NOVEMBRO 2016 - edição 223
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Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: <strong>223</strong> | Novembro <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
“Prometo trazer<br />
mais taças e levar a<br />
bandeira de Portugal<br />
bem lá em cima<br />
em grandes<br />
competições”<br />
Página 17<br />
Pág. 3<br />
Editorial Entrevista<br />
Actualidade<br />
O CLZ agradece a todos os<br />
sócios que enviem os seus dados e<br />
uma foto tipo passe, para a elaboração<br />
de novo cartão.<br />
Pág. 7<br />
“Foi muito gratificante<br />
todos estes anos no CLZ“<br />
Pág. 23<br />
CCP - Carta aberta à Comunidade.
2 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
Edição anterior<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich<br />
www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />
Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55<br />
Cursos de alemão 076 332 08 34<br />
Direcção<br />
Futebol<br />
InCentro<br />
Publicidade<br />
Rancho folclórico<br />
044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />
———————————————_<br />
incentro@cldz.ch<br />
079 222 09 14 / alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
076 344 15 40 / rancho@cldz.ch<br />
Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />
Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />
Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />
Tel. Geral: 044 200 30 40<br />
Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />
Serviços sociais: 044 261 33 32<br />
Abertura de segunda a sexta-feira das<br />
08:30 às 14:30 horas<br />
Embaixada de Portugal<br />
Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />
Secção consular: 031 351 17 73<br />
Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />
Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />
Serviços municipais de informação para<br />
imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />
Tel.: 044 412 37 37<br />
Polícia 117<br />
Bombeiros 118<br />
Ambulância 144<br />
Intoxicações 145<br />
Rega 1414<br />
Pág. 3<br />
Directora: Sandra Ferreira CC nº 28 | Ano: XXII | N.º: 222 | Outubro <strong>2016</strong> | Mensal | Gratuito<br />
Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
Rancho Folclórico do Centro Lusitano de Zurique<br />
FUTURO<br />
ASSEGURADO<br />
Pág. 8+9<br />
Vigésimo<br />
Sétimo Aniversário<br />
do Rancho do<br />
Centro Lusitano de<br />
Zurich<br />
Editorial Ensino<br />
Actualidade<br />
Suíços reprovaram<br />
Inovar no Ensino do<br />
Lei de “Expulsão de estrangeiros<br />
criminosos” entra em<br />
o aumento para os<br />
Português no Estrangeiro<br />
aposentados<br />
(EPE)<br />
vigor a 1 de Outubro<br />
Pág. 17<br />
Pág. 20<br />
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />
Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />
Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />
Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />
Horário de atendimento:<br />
- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h
Novembro <strong>2016</strong><br />
Editorial<br />
Lusitano de Zurique<br />
3<br />
“Marcelinho“ dos portugueses<br />
Foi mais uma vez num ambiente de euforia e braços abertos que a comunidade portuguesa,<br />
desta vez na Suíça, recebeu o seu mais recente Presidente. Quase visto por muitos<br />
como o novo salvador da Pátria, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou Genebra e Berna, onde<br />
não apenas esteve com a comunidade portuguesa, mas com o presidente da Confederação<br />
Suíça, Johann N. Schneider-Ammann e com o Chanceler da Confederação Suíça, Walter<br />
Thurnherr.<br />
Sem fazer promessas ouviu as queixas dos portugueses em relação aos impostos sobre as<br />
pensões dos emigrantes assim como os lesados do banco BES e como bom actor televisivo<br />
distribuiu beijinhos e abraços de conforto, assim como agradeceu o apoio económico<br />
que a comunidade residente na suíça tem dado a Portugal nos últimos anos<br />
Também aqui na Suíça o nosso presidente teve atenção televisiva, sendo noticia do dia,<br />
pelo seu encontro entre presidentes.<br />
Numa altura em que se debate a aplicação das medidas contra a emigração de massa,<br />
que pode por em causa muitos dos contratos bilaterais com a Europa e, que por efeito, ira<br />
prejudicar os portugueses, este encontro serviu, segundo os presidentes, pelo contrario:<br />
para intensificar as relações entre ambos os países.<br />
Sandra Ferreira - Directora<br />
Cartão de Identidade de Colaborador das Comunidades nº 28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Aos Sócios do C.L.Z. :<br />
1 - O Centro Lusitano de Zurique pretende elaborar um cartão de sócio<br />
para todos os seus sócios. Para tal agradece a todos os sócios que enviem<br />
os seus dados (nome e morada actual) assim como uma fotografia<br />
(foto de cara) para que estes possam ser elaborados o mais rápido possível.<br />
O envio pode ser feito por carta para a morada do centro ou por<br />
e-mail.<br />
2 - Junto com o envelope que alberga a revista que os sócios irão receber<br />
este mês, vai um Formulário para reserva do lugar na Festa de<br />
Natal que se realiza no Domingo dia 11.2.<strong>2016</strong>, no Turnhalle Unterrohr<br />
em Schlieren pelas 13:00 Horas, o qual agradecemos que o preencham e<br />
devolvam logo que possível<br />
Desde já agradecemos a todos os sócios.<br />
Ficha técnica Nota: Os artigos assinados re fle ctem tão-somente a opinião dos seus autores e não vinculam necessariamente a Direcção desta Revista<br />
Propriedade<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
8004 Zürich<br />
Redacção e Colaboração<br />
4 Cristina Fernandes Alves CC nº32<br />
4 Maria José Bernardo CC nº29<br />
4 Pedro Nabais CC nº 30<br />
Publicidade:<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Tel.: 079 222 09 14<br />
Email: info@cldz.ch<br />
4 Joana Araújo CC nº27<br />
4 Jorge Rodrigues CC nº33<br />
Edição, composição e paginação<br />
Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />
Administração<br />
4 Daniel Bohren<br />
Braga – Portugal<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
4 Zuila Messmer<br />
araujo@manuelaraujo.org<br />
4 Domingos Pereira<br />
Tel.:(+351) 912 410 333<br />
4 Carmindo de Carvalho<br />
4 Euclides Cavaco<br />
4 Carlos Ademar 4Carlos Matos Gomes<br />
4 Jo Soares 4Carlos Paz<br />
Directora<br />
4 Sandra Ferreira - CC nº28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Sub-director<br />
4 Armindo Alves - CC nº31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Outras fontes:<br />
Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus<br />
autores e não representam necessáriamente as opiniões do Lusitano de Zurique.<br />
Impressão: DM Braga<br />
Tiragem: 2000 exemplares<br />
Periodicidade: Mensal<br />
Distribuição gratuita<br />
Esta publicação não adopta<br />
nem respeita o (des)Acordo<br />
Ortográfico<br />
Publicidade
4 Lusitano de Zurique Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Em Genebra<br />
Centro Lusitano Zurique dá as boasvindas<br />
ao Presidente da República<br />
Armindo Alves<br />
O “Grupo de Cavaquinhos do Centro Lusitano de Zurique” e a<br />
“Confraria de Saberes e Sabores de Portugal em Zurique” no<br />
passado dia 16 de Outubro estiveram presentes em Genebra,<br />
na recepção de boas-vindas ao Presidente da República Portuguesa<br />
Professor Marcelo Rebelo de Sousa.<br />
O Presidente foi recebido com muito carinho e entusiasmo,<br />
tanto pela comunidade portuguesa como pela comunidade<br />
Helvética.<br />
Marcelo Rebelo de Sousa iniciou a sua visita de três dias em<br />
Genebra e terminou em Berna e durante a sua estadia foi<br />
confrontado pela comunidade portuguesa em várias questões,<br />
principalmente na questão relacionada com o Banco<br />
Espírito Santo e também sobre a isenção dos impostos sobre<br />
as pensões que o governo português concede durante dez<br />
anos aos reformados estrangeiros, caso se queiram instalar<br />
em Portugal. São questões do conhecimento do actual Presidente<br />
e que serão analisadas para benefícios dos emigrantes.<br />
Na sua visita em Berna, ele visitou uma empresa onde constatou<br />
com a realidade da aprendizagem profissional do sistema<br />
Suíço. Gostou do que viu e ouviu e até referiu que seria<br />
uma ideia para realizar em Portugal.<br />
O Centro Lusitano de Zurique e a Confraria de Saberes e Sabores<br />
de Portugal de Zurique agradece o convite do Consulado<br />
de Zurique, na pessoa do Srenhor Cônsul Licínio Bingre<br />
do Amaral.
Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
5<br />
Rancho do C.L.Z.<br />
tem nova Direcção<br />
Sofia Azevedo<br />
O Rancho do Centro Lusitano<br />
tem 27 anos de existência.<br />
Com muito carinho recordamo-nos<br />
dos nossos tempos<br />
iniciais nesta grande família<br />
com o nome Rancho CLZ! Ao<br />
longo deste período, fomos<br />
todos juntos construindo um<br />
historial que nos enriquece e<br />
nos dá vontade de seguir em<br />
frente, continuando a trabalhar<br />
para dignificar o folclore e<br />
divulgar a nossa terra.<br />
Somos um Rancho folclórico<br />
de gente empenhada e disposta<br />
a trabalhar e por isso,<br />
o futuro só poderá ser bom.<br />
Vamos viver e sentir o folclore,<br />
dar continuidade à missão<br />
de defender os valores,<br />
princípios e tradições de um<br />
povo, cuja história queremos<br />
preservar.<br />
Agradecemos à direcção do<br />
Centro Lusitano, mas principalmente<br />
a cada membro do<br />
nosso Rancho, um a um, pela<br />
confiança que depositam<br />
nesta nova direcção.<br />
Sofia Azevedo, Arminda Macedo<br />
e António Peixoto.<br />
20<br />
ANOS<br />
NA SUÍÇA<br />
Residentes no Estrangeiro<br />
QUAL É O BANCO QUE ME DÁ<br />
AS BOAS-VINDAS, CÁ E LÁ?<br />
A Caixa. Com Certeza. Porque, quando voltamos a casa, queremos<br />
ser bem recebidos e estar sempre bem acompanhados.<br />
A Caixa tem várias soluções para que se sinta assim. Desde os<br />
Depósitos Caixa para poupar com maior segurança, aos novos<br />
Cartões para ter sempre o seu país na carteira e às condições<br />
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A Caixa Geral de Depósitos S.A. é autorizada pelo Banco de Portugal.
6 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
““Foi muito<br />
gratificante<br />
todos estes<br />
anos no CLZ“”<br />
Maria José Guedes<br />
Bernardo da Silva
Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
7<br />
Maria José Guedes Bernardo da Silva é<br />
uma das muitas portuguesas que reside<br />
em Zurique! Mulher determinada e<br />
com capacidade de enfrentar todos os<br />
desafios culturais, sociais e desportivos<br />
do C.L.Z. deixou-nos entrar na sua vida<br />
através desta pequena cavaqueira.<br />
De sorriso contagiante e olhar brilhante,<br />
esta pequena - grande mulher tem<br />
as mais variadas histórias para contar,<br />
sobre nós portugueses que durante os<br />
anos 80 decidimos recomeçar a vida<br />
neste país dos Alpes!<br />
Sempre bem-disposta e humorada a<br />
Maria José é conhecida como a Zé do<br />
Lusitano (pelo menos para mim). Sincera<br />
e directa ela tenta fazer o que melhor<br />
sabe em prol da nossa Comunidade.<br />
Está de parabéns pela dedicação do<br />
seu tempo livre ao voluntariado que ao<br />
longo de tantos anos pôs ao dispor de<br />
todos nós!<br />
Maria dos Santos<br />
Centro Lusitano de Zurique — Desde<br />
quando estás ligada a esta Associação<br />
Maria José da Silva — Estou ligada ao<br />
CLZ há cerca de 10 anos quando o meu<br />
marido entrou para a direcção foi aí que<br />
tomei conhecimento do trabalho que se<br />
fazia nos diversos departamentos.<br />
Mas foi no futebol que me integrei mais<br />
rápido pois havia um grupo espectacular<br />
na altura e fizemos coisas incríveis. Mas<br />
foi em 2007 que entrei para a direcção<br />
com o actual presidente.<br />
C.L.Z. — Após tantos anos a defender os<br />
interesses desta casa, decidistes fazer<br />
uma pausa. Que guardas de melhor destas<br />
experiências?<br />
M.J.S — Foi muito gratificante todos<br />
estes anos. Todos os projectos em que<br />
estive presente tiveram pernas para andar<br />
e ainda continuam quase todos. Mas<br />
sem dúvida o que mais me preencheu foi<br />
o contacto com as pessoas, é muito gratificante.<br />
Também as duas semanas que<br />
ficávamos no Buffet na época do Natal e<br />
Ano Novo e que era ali que estava a nossa<br />
família mesmo não tendo cá ninguém,<br />
nunca nos sentimos sozinhos.<br />
C.L.Z. — Quais foram as tuas prioridades<br />
em servir a Comunidade Portuguesa,<br />
que passou ao longo destes anos<br />
pelo C.L.Z.?<br />
M.J.S. — Sempre tentamos ajudar quem<br />
nos procurou dentro das nossas possibilidades.<br />
As pessoas que chegaram aqui<br />
sem nada nem comida tinham, foi no Bufet<br />
do CLZ que reconfortaram o estômago<br />
e a alma. Temos que agradecer a Dona<br />
Zeza e Rosa Pereira pois muitas vezes<br />
eram elas que davam as refeições. Também<br />
crianças com dificuldades escolares<br />
foram por nós ajudadas e algumas com<br />
sucesso, mas a prioridade foi fazer um<br />
trabalho sempre bem feito e justo.<br />
C.L.Z. — A revista do C.L.Z. é sem duvida<br />
um “selo” na nossa comunidade. Como<br />
vês a evolução desde que foi lançada há<br />
mais de 25 anos?<br />
M.J.S. — A menina dos nossos olhos tem<br />
tido uma evolução positiva sem dúvida<br />
mas estamos em tempo de contenção e<br />
também aqui se nota nos nossos patrocinadores<br />
alguma redução de custos e<br />
isso também nos limita o trabalho, mas<br />
vamos continuando. É de realçar que é<br />
um trabalho não é renumerado pois além<br />
de dizermos que é um trabalho voluntário<br />
ainda há quem não entenda esta palavra.<br />
Quanto ao aumento na paginação<br />
acho que não é o momento, mas quem<br />
está neste momento com essa responsabilidade<br />
sabe o que fazer certamente. A<br />
informação sobre o que a nossa comunidade<br />
faz, é certamente uma mais-valia,<br />
mas para ser possível precisávamos de<br />
colaboradores que fossem a esses eventos<br />
e que os relatassem à nossa revista,<br />
mas quem trabalha a 100% e ainda tem<br />
tempo para a comunidade é de louvar.<br />
C.L.Z. — Como mulher, esposa, Mãe e<br />
trabalhadora, que pensas da ideia dos<br />
suíços quererem a idade da reforma aos<br />
65 anos, para ambos os sexos?<br />
M.J.S. — Nós mulheres trabalhamos a<br />
100% no emprego e ainda temos casa<br />
filhos e marido a nosso encargo, que<br />
traduzido cada um faça o seu cálculo de<br />
quantos % uma mulher trabalha, penso<br />
que aos 65 anos a reforma é muito tarde.<br />
Nós estamos cansadas e merecíamos<br />
mais respeito, mas isso não nos é atribuído<br />
pois dizem que se queremos igualdade,<br />
tem que ser em tudo, mas não temos<br />
salário igual para trabalho igual. Todos<br />
sabem que uma mulher é sempre discriminada<br />
em relação ao colega homem.<br />
Estamos muito mal servidos com estes<br />
políticos que vivem na maior e não têm<br />
respeito por quem trabalha no duro.<br />
C.L.Z. — António Guterres um politico<br />
português, consegue chegar ao mais<br />
alto cargo da O.N.U. Sendo ele um profundo<br />
conhecedor da política dos refugiados,<br />
será capaz de conseguir algo que<br />
até hoje ninguém consegui?<br />
M.J.S. — Um grande orgulho para o nosso<br />
país ter António Guterres no mais alto<br />
cargo da ONU é sem duvida um grande<br />
homem e conhecedor deste flagêlo que<br />
nos é infligido pelas politicas desastrosas<br />
dos senhores das grandes potencias<br />
económicas. Tudo isto serve para alguém<br />
vender o que tem em excesso, armamento,<br />
etc, etc. Mas vamos ter esperança que<br />
António Guterres tenha mão forte.<br />
C.L.Z. — E para finalizar, diz-nos qual é o<br />
teu prato preferido no C.L.Z.?<br />
M.J.S. — O bacalhau à Lusitano ou ao<br />
Domingo, grelhado com batata a murro.<br />
Aconselho, é delicioso e como portuguesa<br />
que tenho muito orgulho em o ser não<br />
podia trair o “fiel amigo”.<br />
O Centro Lusitano de Zurique, agradece<br />
a tua disponibilidade o teu voluntariado<br />
e o tempo que tens dedicado a toda<br />
a comunidade portuguesa e em especial<br />
a esta segunda casa que conheces tão<br />
bem!<br />
SEGUROS<br />
Doença ( krakenkasse )<br />
210.70 Chf ( adultos / +25 anos )<br />
205.90 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />
47.40 Chf ( menores / 0-18 anos )<br />
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Birmensdorferstrasse, 55 – 8004 Zürich<br />
Junto à Estação de Wiedikon<br />
Frente ao Centro Lusitano de Zurique<br />
Telm.: 076 336 93 71 * Tel.: 043 811 52 80<br />
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info@andradefinance.ch
8 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
Lafões Clube Português<br />
O Lafões Clube Português foi fundado no 1º de Janeiro de 1993, completam no próximo mês de Janeiro 24 anos.<br />
Neste momento o clube é liderado por Carlos Pinto, juntamente com o vice-presidente e Diretor Desportivo Luís Coutinho, que há<br />
dois anos assumiram estas funções.<br />
A equipa é treinada por António Louro juntamente com Manuel Pinho encontra-se no segundo lugar na 4ª Liga.<br />
O Clube que começou a época com o objectivo de evitar a descida à 5ª Liga. Estão neste momento nos lugares de promoção quando<br />
faltam apenas dois jogos para a pausa do campeonato.<br />
Fotos e texto de:<br />
Jo Soares<br />
Carlos Pinto<br />
Miguel Pinho<br />
O Carlos Pinto, é o presidente do Lafões Clube Português desde há<br />
cerca de dois anos. Passou pelo Lafões como jogador durante 18<br />
anos, depois vice-presidente e é actualmente o presidente.<br />
Manuel Pinho, adjunto do treinador do Lafões.<br />
Lusitano de Zurique - Qual a sua opinião sobre o grupo?<br />
— Em relação a quando entrei aqui, o grupo está muito<br />
melhor, mais unido é um grupo muito bom.<br />
LZ - Em relação ao início de época, que estás a achar?<br />
— Começamos a época dentro das expectativas em ficar<br />
entre os primeiros e estamos a conseguir esse objectivo,<br />
pois também reforçamos bem o plantel para o conseguir.<br />
LZ - Que acha da iniciativa da revista em entrevistar as<br />
equipas portuguesas?<br />
— Acho muito bem, porque a comunidade portuguesa é<br />
muito grande e temos que divulgar a nossa cultura e o<br />
nosso futebol na Suíça.<br />
LZ - Qual a mensagem que deixa aos jogadores?<br />
— Continuar o excelente trabalho produzido até agora e<br />
que nos mantenhamos com esta união de equipa para<br />
conseguir os nossos objectivos, continuando assim, vamos<br />
fazer coisas bonitas.<br />
Lusitano de Zurique - A escolha do treinador como surgiu?<br />
— Foi através de um convite nosso para uma reunião onde apresentamos<br />
o nosso projecto e foi logo, aceitei no momento. Nós estamos<br />
contentes com ele e ele transmite-nos que também está contente.<br />
Eu sinceramente acho que não há rivalidade entre as equipas<br />
portuguesas. Há jogadores suficientes para todas equipas. Eu até<br />
opino que deviam haver várias reuniões entres nós os três, Centro<br />
Lusitano com grande historial e o Benfica para nos reunirmos contra<br />
certos critérios de arbitragens, sozinhos não conseguimos.<br />
LZ - Que acha da iniciativa da revista em entrevistar as equipas<br />
portuguesas?<br />
— Acho muito bem, já a acompanho a bastante a revista e está de<br />
parabéns não só a parte de desporto mas sim em todas as áreas.<br />
LZ - Qual a mensagem que deixa aos jogadores e aos leitores da<br />
revista?<br />
— A mensagem que deixamos é que a direcção esta com os jogadores<br />
e com a equipa técnica. Sabemos que a equipa técnica esta com<br />
os jogadores, todos os meses pelo menos um convívio com toda a<br />
equipa. Por isso estamos todos juntos e unidos para conseguir os<br />
objectivos.
Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidade/Ensino<br />
Lusitano de Zurique<br />
9<br />
António Louro<br />
Comunicado<br />
SINDICATO DOS PROFESSORES NAS COMUNIDADES LUSÍADAS<br />
Os Portugueses Pagam mas para os Estrangeiros é de graça<br />
António Louro, 49 anos é treinador do Lafões<br />
há duas épocas.<br />
Antes de chegar ao Lafões, trinou algumas<br />
equipas da 4ª e 5ª liga.<br />
Lusitano de Zurique - Como começou então<br />
a sua ligação ao Lafões?<br />
— Começou através director desportivo<br />
Luís Coutinho juntamente com o presidente<br />
onde chegamos a acordo logo na reunião.<br />
LZ - Quantos elementos constituem o plantel?<br />
— Neste momento o plantel é constituído<br />
por 27 jogadores. Com média de 20/21 jogadores<br />
por treino.<br />
LZ - Como avalia este início de época?<br />
— Podia estar melhor porque o empate não<br />
foi merecido, tivemos um grande obstáculo<br />
a impedir-nos. A derrota contra o FC Glattbrugg<br />
merecíamos bem o empate, fazendo<br />
as contas, poderíamos ter mais 4 pontos.<br />
Mas em comparação para o ano passado estamos<br />
muito melhor.<br />
LZ - Quais os objectivos do clube para a época?<br />
— O objectivo da direcção é evitar a descida,<br />
o Lafões foi sempre uma equipa de zona de<br />
perigo. No ano passado já ficamos a meio<br />
da tabela. Mas eu disse aos meus jogadores<br />
que o o meu objectivo pessoal era no mínimo<br />
“roer os calcanhares” aos líderes e no<br />
final da época é que se fazem as contas.<br />
LZ - Que acha da iniciativa da revista em<br />
entrevistar as equipas portuguesas?<br />
— Acho sinceramente que devia haver mais<br />
iniciativas assim, as equipas portuguesas<br />
deviam ser mais unidas e noto uma certa rivalidade<br />
entre as equipas portuguesas. No<br />
meu ponto de vistas é triste, com tão bons<br />
jogadores portugueses não termos nenhuma<br />
equipa na 3ª liga.<br />
LZ - Qual a mensagem que deixa aos jogadores<br />
e aos leitores da revista?<br />
— Aos meu jogadores desejo-lhes tudo de<br />
bom desportivamente e pessoalmente e<br />
que continuem empenhados como até agora.<br />
Em primeiro parabéns a direcção da revista<br />
e que teve esta iniciativa e que os leitores<br />
continuem sempre apoiá-la para não<br />
acabar.<br />
Os resultados da reunião no passado dia 7 com o Secretário de Estado das Comunidades<br />
para a chamada “Revisão” do Regime Jurídico para professores, leitores e coordenadores<br />
no estrangeiro ficaram aquém das expectativas.<br />
O fim do limite de permanência no estrangeiro, à primeira vista positivo, irá na realidade<br />
beneficiar mais os coordenadores e adjuntos, cujos os cargos poderão ter caráter quase<br />
vitalício.<br />
Quanto aos professores, a comissão de serviço poderá sempre ser terminada por extinção<br />
do posto de trabalho, visto que a tutela se recusou a definir critérios para a mesma como<br />
tinha sido proposto pelo nosso Sindicato.<br />
Com a rápida diminuição do número de alunos, especialmente nos países onde é obrigatória<br />
a propina, será evidentemente fácil despedir professores.<br />
Os professores têm de ter números suficiente de alunos para manter os seus postos de<br />
trabalho. Já os coordenadores não precisam de ter qualquer número específico de<br />
professores a seu cargo para se manterem em funções.<br />
Também preocupantes são os dois novos artigos introduzidos no Regime Jurídico que<br />
permitem ao Instituto Camões colocar e renumerar professores nas escolas estrangeiras<br />
para lecionar Português a alunos desses países, que poderão assim usufruir de ensino<br />
gratuito enquanto os filhos dos trabalhadores portugueses, na Alemanha, Suíça, Reino<br />
Unido, parte do Luxemburgo e ensino associativo em França, continuarão a pagar propina.<br />
A proposta do nosso Sindicato, de que todos os alunos passassem a pagar os manuais e a<br />
prova para a obtenção do Certificado, que é voluntária, eliminando assim a propina, não foi<br />
sequer considerada, possivelmente porque os lucros seriam mais reduzidos.<br />
Portanto os coordenadores estão favorecidos, os alunos estrangeiros estão favorecidos,<br />
mas a situação dos professores permanece instável e os alunos portugueses continuam a<br />
ser discriminados.<br />
De realçar de que em 2013/2014, quando foi aplicada a propina, 30 professores ficaram<br />
desempregados e 9 000 alunos foram retirados do sistema, o que rendeu ao Instituto<br />
Camões a verba extra de quase 3 milhões de euros.<br />
Um milhão, a verba correspondente aos vencimentos dos 30 professores despedidos<br />
adicionada ao 1,9 milhões da propina.<br />
Atualmente, devido à constante diminuição do número de alunos, desmotivados pelo ensino<br />
obrigatório do Português como língua estrangeira e pelo pagamento a receita obtida é de<br />
1,2 milhões.<br />
Os fundamentos para obter esta taxa obrigatória são os habituais: a falta de verba, o alto<br />
preço dos manuais - 25 euros em média - , a formação de professores e a crise económica,<br />
que estranhamente não afeta os alunos da França, Espanha, Bélgica e África do Sul, onde o<br />
ensino do Português é gratuito.<br />
Teresa Duarte Soares<br />
Sindicatos dos Professores nas comunidades lusíadas<br />
__________________________________________________________________________________________<br />
Contacto: Maria Teresa Duarte Soares Tel/Fax: 0049 911 941 9854<br />
Kantstrasse 7<br />
teresa.duartesoares@t-online.de<br />
90489 Nuernberg- Alemanha<br />
吀 伀 刀 一 䔀 䤀 伀 䐀 䔀 匀 唀 䔀 䌀 䄀<br />
䔀 䨀 䄀 一 吀 䄀 刀 䌀 伀 一 嘀 촀 嘀 䤀 伀<br />
䔀 䴀 䠀 伀 一 刀 䄀 䐀 䔀 匀 쌀 伀 倀 䄀 䤀 伀 䐀 䔀 䈀 刀 唀 一 䠀 䄀 䤀 匀
10 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Novembro <strong>2016</strong>
Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
11<br />
Grupo Infantil Folclore do C.L.Z.<br />
comemora primeiro aniversário<br />
Sofia Azevedo<br />
Somos o Grupo Infantil de Folclore do Centro Lusitano<br />
de Zurique e é com enorme prazer que cá estamos a<br />
representar as tradições e costumes da nossa terra e a<br />
dignificar o nosso folclore.<br />
No festival folclórico do Rancho Centro Lusitano de<br />
Zurique realizado em 12 de Setembro 2015 duas quadras<br />
de crianças tiveram a sua estreia em palco. Daí<br />
surgiu então a ideia de lançar a semente para um grupo<br />
infantil. Depois de alimentá-la para que crescesse,<br />
nasceu então em Outubro de 2015 o Rancho Infantil<br />
Centro Lusitano de Zurique.<br />
A sua fama projectou-se e as suas actuações passaram<br />
a ser inevitáveis. Actualmente, o nosso grupo é constituído<br />
por 23 rancheiros com idades entre os 3 e os 15<br />
anos de idade. Não esquecendo a nossa cantadeira do<br />
grupo infantil, uma jovem de 17 anos que com sua bela<br />
voz, acompanhada por um grande grupo de tocadores,<br />
encanta qualquer público.<br />
Com muito orgulho e carinho comemoramos o nosso<br />
primeiro ano de existência. Foi um ano de intenso trabalho<br />
com o ensinar das crianças a darem os primeiros<br />
passos de dança, a recolher modas, a organizar a tocata<br />
e preparar a apresentação pública do Rancho. As<br />
nossas crianças e jovens têm merecido todo o apoio<br />
e empenhamento das pessoas responsáveis do Racho<br />
CLZ, que com a ajuda e colaboração de todos os componentes<br />
e familiares, tem sabido honrar o folclore<br />
minhoto.<br />
Deve-se à agilidade e simplicidade destas crianças e<br />
jovens artistas que não se cansam de demonstrar -<br />
exibindo-se com brio e brilhantismo – o esforço que<br />
todos temos feito pela continuidade desta actividade<br />
em que o nosso lema é “Aprender para fazer melhor”.
12 Lusitano de Zurique Comunidade<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
Oitavo festival de folclore do<br />
Rancho de Luzern!<br />
Maria dos Santos<br />
O sol despedia-se da bonita cidade de<br />
Kreins, ao som dos instrumentos folclóricos,<br />
dos vários grupos que iriam<br />
actuar, neste serão de vinte e quatro de<br />
Setembro de <strong>2016</strong>.<br />
A comunidade portuguesa tinha ao<br />
seu dispor um pavilhão decorado com<br />
requinte. Os pratos de loiça, copos de<br />
vidro e talheres de metal, marcaram a<br />
diferença de todos os outros festivais<br />
e por isso, parabéns ao grupo organizador.<br />
A culinária esteve perfeita e com sabor<br />
apurado. O som não falhou e foi da responsabilidade<br />
do Triangulo Zap, imensamente<br />
conhecidos, que esperaram<br />
pelo fim do festival para animar o serão<br />
dançante.<br />
Este oitavo festival contou com a presença<br />
de cinco grupos, que se deslocaram<br />
a esta cidade no coração de Luzern.<br />
Foi casa cheia, com um público acolhedor<br />
e gente com garra em defender o<br />
melhor da cultura popular portuguesa.<br />
O Rancho de Baar dançou sem a presença<br />
do seu presidente, que aqui deixo, em<br />
nome do rancho de Luzern, os sentidos<br />
pêsames. Apesar da sua ausência, o rancho<br />
entregou-se ao que melhor sabe fazer:<br />
dançar o nosso folclore.<br />
De seguida, e para provar que a integração<br />
passa pelo casa organizadora, estiveram<br />
em palco o grupo Sérvio “ Kud<br />
- Ras “, também de Luzern. O aplauso<br />
mais forte foi para eles, que nos deleitaram<br />
um uma exibição característica da<br />
sua cultura. Ficamos todos sem fôlego!<br />
Congratulações, para todos estes jovens<br />
que dedicam o seu tempo à cultura além<br />
fronteiras.<br />
O Rancho de Genéve, que desde 2007<br />
representa o folclore, subiu ao palco<br />
com o ritmo que lhes é característico, na<br />
defesa das danças e cantares do Alto e<br />
Baixo Minho.<br />
Preparava-se, então, o Rancho Folclórico<br />
Terras de Portugal, para a sua actuação.<br />
Apesar de exaustos por toda a organização,<br />
energias não faltaram e alegria<br />
tão pouco.<br />
O Sr. Manuel Martins, presidente do grupo<br />
organizador, tinha tudo para estar<br />
feliz! Este era o primeiro festival, onde<br />
um grupo vindo de Portugal, iria actuar.<br />
A sala, repleta de um público presente e<br />
entregue ao seu grupo, animaram estes<br />
jovens que se orgulham em preservar<br />
as danças e cantares, de norte a sul, de<br />
Portugal!<br />
Também os mais pequenitos fizeram a<br />
delícia da noite. Crianças de hoje, adultos<br />
de amanhã, que saberão contar as<br />
peripécias dos ensaios dos espectáculos<br />
e, certamente, dos aplausos que se tornaram<br />
uma realidade e que tão soberbamente<br />
receberam! O Rancho adulto<br />
sorria a este oitavo festival, com olhos<br />
brilhantes que demonstravam o triunfo<br />
obtido.<br />
Para encerrar os festejos, o Grupo R.F.e<br />
E. de Palmeiras Braga Portugal enchia<br />
o cenário, para triunfar na sua primeira<br />
vinda à Suíça. Fundados em 1974 a partir<br />
das Rusgas de João, estes elementos<br />
defendem a cultura do baixo Minho. Os<br />
seus trajes de Cávado, Encosta, Pastora<br />
e Aguadeiro, entre muitos outros, deram<br />
um toque especial ao festival.<br />
As coreografias, também elas algo diferente<br />
do que estamos habituados, fizeram<br />
a sala renascer e todos nos sentimos<br />
gratos, por termos a possibilidade<br />
de dar continuidade ao que os nossos<br />
antecedentes nos deixaram como património<br />
cultural!<br />
O serão folclórico despediu-se com o<br />
tradicional Vira geral.<br />
O Rancho Folclórico Terras de Portugal<br />
agradece o dinamismo de todos os<br />
que contribuíram para que este oitavo<br />
festival fosse um triunfo e um especial<br />
agradecimento ao Sr. Albino Burães,<br />
que patrocinou a vinda deste Grupo de<br />
Palmeira - Braga.
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Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidades<br />
Lusitano de Zurique<br />
15<br />
O PCP reuniu em Neuchâtel o Organismo de<br />
Coordenação da Emigração na Europa<br />
Domingos Pereira<br />
Esta reunião serviu para analisar e debater sobre o actual<br />
quadro politico sòcio-económico e cultural nacional<br />
e europeu e as consequências para os portugueses<br />
e luso-descendentes.<br />
O Organismo de Coordenação da Emigração na Europa<br />
(OCEE) do Partido Comunista Português (PCP) reuniu<br />
uma vez mais ordinariamente em Boudry - Neuchâtel.<br />
Este ano, foi o Onanismo de Direção Nacional (ODN) da<br />
Suíça a quem coube a tarefa de realizar este encontro<br />
nos dias 22 e 23 de Outubro, onde participaram militantes<br />
vindos de França, Reino Unido, Alemanha, Suécia,<br />
Bélgica, Luxemburgo e Suíça.<br />
Esta reunião serviu para analisar e debater sobre o actual<br />
quadro politico socio-económico e cultural nacional<br />
e europeu e as consequências para os portugueses e<br />
luso-descendentes, assim como os novos fluxos migratórios<br />
na Europa. Sendo ainda elaborado o plano de actividades<br />
para o próximo ano.<br />
Maria da Conceição Belo coordenadora nacional disse<br />
ao nosso jornal que “estas reuniões são importantes para<br />
o partido se inteirar dos problemas existentes nos vários<br />
países e redescobrir a realidade da nova emigração e dos<br />
luso-descentes. São uma necessidade para que todos os<br />
órgãos do nosso partido possam definir linhas sobre questões<br />
de grande interesse para as comunidades como a<br />
língua, educação e cultura, participação cívica, cidadania,<br />
direitos sociais e económicos”.
16 Lusitano O PCP de Zurique<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
reuniu em Neuchâtel o Organismo de Coordenação da Emigração na Europa
Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
17<br />
Tiago<br />
Pereira<br />
“Prometo trazer mais taças e levar<br />
a bandeira de Portugal bem lá em<br />
cima em grandes competições”<br />
O atleta português Tiago Pereira, de 31 anos<br />
natural do norte de Portugal, reside na Suíça há<br />
cerca de cinco anos.<br />
No passado dia 15 de Outubro, em Basel<br />
tornou-se campeão Suíço de men phisique até<br />
1.78 e campeão do Overoll. O atleta português,<br />
após ter começado apenas há dois anos a competir<br />
em provas de culturismo, já escreve o seu<br />
nome na lista dos campeões.<br />
Jo Soares<br />
Lusitano de Zurique - Tiago é um prazer<br />
tê-lo aqui! Gostaríamos que você se apresentasse<br />
aos que ainda não o conhecem.<br />
Tiago Pereira - Quero agradecer em primeiro<br />
à Revista Lusitano por me ter convidado<br />
para a entrevista. Chamo-me Tiago<br />
Pereira, tenho 30 anos, nasci em Taíde Póvoa<br />
de Lanhoso.<br />
LZ - O que o levou a apaixonar-se por este<br />
desporto?<br />
TP - Este desporto comecei em 2010 um<br />
pouco antes de vir para a Suíça, a principal<br />
razão de entrar no ginásio foi por complexos<br />
com o meu corpo e sempre gostei de<br />
culturismo, mas nunca com o objectivo de<br />
entrar em competição. Mas em 2013 tive<br />
um acidente que me fez estar um ano de<br />
cama, mas em 2014 deram-me um presente<br />
de incentivo para competir em competição<br />
de culturismo e aí dediquei-me a 1000% e<br />
comecei a procura de profissionais.<br />
LZ - Qual a sua trajectória em competições<br />
até os dias de hoje?<br />
TP - Competi a primeira vez no dia 11 de<br />
Outubro de 2014, 2 meses depois de sair<br />
da clínica e desde aí tenho estado sempre<br />
em competições apesar de algumas pausas<br />
por causa de operações.<br />
LZ - Actualmente, quais são os seus focos<br />
na sua vida? O culturismo, o trabalho, a<br />
família ou todos acabam sendo parte de<br />
um grande foco geral?<br />
TP - Já tenho data para a próxima competição<br />
que é de 2 á 5 de Dezembro em San<br />
Marino o Mister Olímpia Amador<br />
LZ - Entre os seus títulos, destaque alguns<br />
e conte-nos um pouco sobre as maiores dificuldades<br />
as quais passou para obtê-los.<br />
TP - Em relação a dificuldades foi o 8º lugar<br />
na minha primeira competição depois<br />
dois meses sair de um clínica ainda a mancar.<br />
Agora em relação a gosto foi a última<br />
prova, quando se ganha tudo numa competição<br />
tão grande não há gosto maior.<br />
LZ - Ao iniciar-se no meio desportivo competitivo,<br />
qual foi a reacção de seus familiares,<br />
amigos e pessoas próximas?<br />
TP - O maior incentivo em entrar no ginásio<br />
foi a minha mãe, quando me via com a<br />
auto-estima em baixo, mas desde do início<br />
a minha família, os meus amigos e as<br />
pessoas chegadas sempre me apoiaram e<br />
cada vez apoiam mais.<br />
LZ - Qual é sua maior motivação hoje para<br />
continuar dentro do desporto competitivo?<br />
Até quando pretende levar isso adiante<br />
(as competições em si)?<br />
TP - Neste momento depois de estar no<br />
top nacional na Suíça é tentar chegar ao<br />
topo internacional já nas olímpicas em San<br />
Marino, mas claro que a família e os amigos<br />
dão-me muito incentivo.<br />
LZ - Tem alguns agradecimentos especiais?<br />
TP - Sim tenho ao meu preparador físico<br />
Frank Muller que é campeão europeu, também<br />
ao Daniel Morais que é uma pessoa<br />
com um coração enorme para os atletas,<br />
que me dá apoio em tudo que eu preciso,<br />
esteve e está sempre lá quando preciso.<br />
Obviamente a toda a minha família e amigos<br />
pelo apoio dado.<br />
LZ - Qual a mensagem que deixa aos leitores?<br />
TP - Prometo trazer mais taças e levar a<br />
bandeira de Portugal bem lá em cima em<br />
grandes competições. Por isto gosto de<br />
estar na Suíça a comunidade portuguesa é<br />
muito unida e dão valor a estas conquistas<br />
apesar de as pessoas ainda não terem muitas<br />
informações sobre o culturismo. Dou<br />
valor a esta iniciativa da Revista Lusitano<br />
em mostrar o nosso trabalho sentimo-nos<br />
mais valorizados.
18 Lusitano de Zurique Espectáculo<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
AtrapalhArte em digressão pela Suíça<br />
“Há muito que não dava tanta gargalhada!”<br />
Margarida Pereira (*)<br />
“AtrapalhArte - Provavelmente<br />
a Melhor Companhia<br />
de Teatro Infantil<br />
do País”: é assim que se<br />
apresenta na sua página<br />
do Facebook. E foi exatamente<br />
isto que pouco mais<br />
de mil crianças e adultos<br />
tiveram oportunidade de<br />
confirmar durante 9 dias,<br />
em 7 pontos diferentes da<br />
Suíça alemã.<br />
A companhia de teatro de<br />
Coimbra AtrapalhArte esteve<br />
em digressão pela Suíça, de 3<br />
a 11 de Setembro. Os espetáculos<br />
‘Estendal de Contos’ e<br />
‘Robertices’ encheram salas<br />
em Zurique, Steckborn, Arbon,<br />
Pontresina, Uster, Luzern e Dübendorf.<br />
Apresentou ainda a<br />
ante-estreia da peça ‘Do Céu<br />
Caiu um Anjinho’, em Zurique.<br />
O sucesso foi total<br />
Tanto pequenos como graúdos<br />
deliciaram-se e divertiram-se<br />
com os espetáculos interativos<br />
de comédia que a AtrapalhArte<br />
levou ao palco. “Há muito que<br />
não dava tanta gargalhada!”,<br />
comentou um dos espetadores.<br />
“São fantásticos! Adorámos!”,<br />
referiu uma outra espetadora.<br />
De facto, o sucesso foi<br />
total! A onda de boa-disposição<br />
e entusiasmo foi crescendo<br />
de espetáculo para espetáculo,<br />
começando por uma<br />
sala semi-cheia com cerca de<br />
100 espetadores em Zurique e<br />
atingindo o seu auge com salas<br />
a abarrotar nas cidades de<br />
Uster e Dübendorf. No total,<br />
foram mais de mil crianças, jovens<br />
e adultos que assistiram<br />
aos espetáculos. Um recorde<br />
absoluto para uma atividade<br />
cultural e pedagógica entre a<br />
comunidade portuguesa residente<br />
na Suíça de expressão<br />
alemã.<br />
É importante referir que esta<br />
iniciativa só foi possível graças<br />
à grande força de vontade e ao<br />
empenho imenso de Lúcia Sousa,<br />
professora dos cursos de<br />
Língua e Cultura Portuguesas<br />
(LCP) em Uster, Wetzikon e Rüti<br />
ZH. Foi ela que, assumindo as<br />
funções de organizadora, convidou<br />
a companhia, tratou da<br />
logística, mobilizou Comissões<br />
de Pais, alunos e professores<br />
de Português, e conseguiu<br />
apoios e patrocínios de diversas<br />
associações, entidades e<br />
negócios portugueses e, em<br />
alguns casos, das autoridades<br />
suíças. E, assim, deu provas de<br />
que “se o homem (neste caso,<br />
a mulher) sonha, a obra nasce”!<br />
Quando questionada sobre as<br />
razões que a levaram a convidar<br />
a AtrapalhArte a vir à Suíça,<br />
declarou: “Quis trazer o teatro<br />
em Português aos alunos dos<br />
cursos de LCP e à comunidade<br />
portuguesa na Suíça em geral.<br />
Os objetivos de divulgar a<br />
nossa cultura e permitir um<br />
intercâmbio dos atores com os<br />
portugueses aqui residentes<br />
foram plenamente cumpridos,<br />
tendo conseguido uma importante<br />
interação com público de<br />
todas as idades.” Para além dos<br />
espetáculos, foi também possível<br />
“o contacto com alunos<br />
em contexto de sala de aula,<br />
já que dois dos atores deram<br />
uma aula de expressão dramática<br />
a jovens do 5º ao 9º anos<br />
em Uster, seguramente uma<br />
experiência e aprendizagem<br />
muito relevante e inovadora,<br />
de que todos (alunos, atores<br />
e eu própria!) desfrutaram.<br />
Foi uma alegria também contar<br />
com a entusiástica adesão<br />
a esta digressão das colegas<br />
Paula Rodrigues, Sónia Melo e<br />
Cidália Carvalho, professoras<br />
de LCP noutros cantões que,<br />
com a colaboração das respetivas<br />
Comissões de Pais, mobilizaram<br />
alunos, pais, familiares,<br />
amigos e a comunidade<br />
portuguesa das localidades<br />
onde lecionam, conseguindo<br />
também obter patrocínios junto<br />
dos portugueses aqui residentes.<br />
O meu sincero agradecimento<br />
a todas as entidades<br />
e pessoas que, a título individual,<br />
concederam o seu apoio<br />
a este evento, sem o qual não<br />
teria sido possível concretizar<br />
este projeto, mas também a<br />
todos os espetadores, miúdos<br />
e graúdos, presentes nos espetáculos,<br />
a quem se deve igualmente<br />
o êxito desta iniciativa.”<br />
Uma experiência fantástica,<br />
inesquecível<br />
Comentário de uma das professoras<br />
de LCP: “AtrapalhArte,<br />
SEGURAMENTE a melhor<br />
companhia de teatro infanto-<br />
-juvenil portuguesa e sem-<br />
-fronteiras! O brilho dos olhos<br />
dos portuguesinhos é impagável!<br />
Obrigada! Fizeram mais<br />
hoje pela cultura portuguesa<br />
do que eu um ano inteiro.”<br />
De salientar o profissionalismo,<br />
a energia contagiante e<br />
simpatia dos actores, verdadeiramente<br />
encantados com<br />
a forma como foram recebidos<br />
na Suíça nesta sua estreia<br />
longe de Portugal – uma<br />
experiência fantástica, inesquecível.<br />
Partiram de coração<br />
cheio, agradecendo a partilha,<br />
o entusiasmo, os momentos<br />
de aprendizagem e o carinho<br />
do público.<br />
Fazemos nossas as palavras de<br />
dois dos alunos que estiveram<br />
presentes em alguns dos espetáculos<br />
– “Gostámos muito!”,<br />
“Eles são super divertidos!<br />
Queremos mais!” Ficamos, portanto,<br />
de coração conquistado,<br />
a aguardar a próxima tournée<br />
da AtrapalhArte por terras helvéticas.<br />
(*) Autora escrve segundo o AO<br />
AGRADECIMENTOS<br />
Na digressão à Suíça de 3 a 31 de Setembro<br />
deste ano, a “Atrapalhar-te”<br />
teve o apoio de múltiplas entidades<br />
as quais tornaram esta digressão<br />
possível e às quais agradece:<br />
Centro Lusitano de Zurique, Associação<br />
Portuguesa de Zurique, às Comissão<br />
de Pais de Arbon, de Luzern,<br />
Wetzikon, Uster, Eschenz e Engadin.<br />
À Caixa Agrícola, Caixa Geral de Depósitos,<br />
Santander Totta, Covin AG,<br />
A&M Durães Reinigung, Dr. Studer<br />
Hausartzpraxis - Luzern, Gazeta Lusófona,<br />
Rádio Lora, Uster Wohnstadt<br />
am Wasser, Kanton Zurich - Integrationsstelle,<br />
Stadt Duebendorf - Integrationsstelle,<br />
Missão Católica de<br />
Zurique.
Novembro <strong>2016</strong><br />
Comunidade<br />
Lusitano de Zurique<br />
19<br />
18° Festival<br />
34 anos, 34 rosas e muito Folclore<br />
Maria dos Santos<br />
Sierre, uma cidade com 10%<br />
de portugueses a ocuparem<br />
um destaque privilegiado<br />
nesta cidade, em que o folclore<br />
tem dado que falar e<br />
tem encantado todos os que<br />
por ele se deixam envolver.<br />
Foi assim que a sala polivalente<br />
de Réchy, em Vaud de<br />
Chalais, recebeu mais um<br />
serão onde o rodopiar das<br />
saias estiveram na linha da<br />
frente!<br />
Quatro ranchos folclóricos,<br />
um deles vindo de França,<br />
outro de Portugal e mais<br />
dois de terras helvéticas:<br />
Aarburg e o rancho organizador,<br />
A.C.R.P. de Sierre.<br />
A sala, com um ambiente<br />
muito acolhedor, recebeu a<br />
comunidade portuguesa que<br />
estava preste a entregar-se<br />
ao ritmo das danças e cantares<br />
das nossas regiões.<br />
Depois de um jantar suculento,<br />
os grupos davam o último<br />
retoque para que nada<br />
falhasse, enquanto os aplausos<br />
já se faziam sentir. A alegria<br />
era contagiante; amigos<br />
que se revêm; comentários<br />
sobre a evolução do folclore;<br />
críticas positivas a uma<br />
comunidade dedicada à sua<br />
cultura e um grupo estimado<br />
de Alentejanos que fizeram<br />
as delícias deste sarau.<br />
O Rancho Folclórico de Aarburg<br />
foi o encarregado de<br />
abrir a festa. Alegres, populares,<br />
bem trajados e com<br />
uma garra folclórica indiscutível<br />
mostraram que as danças,<br />
cantares e coreografias<br />
não são segredo para o grupo.<br />
Os mais pequenos, atentos,<br />
memorizaram tudo o<br />
que entre eles se passava, já<br />
que o rancho infantil é o responsável<br />
de dar continuidade<br />
a esta nossa cultura. É<br />
sempre um mimo ver estes<br />
jovens em cima de um palco!<br />
O Rancho Folclórico Flores<br />
de Anglet que veio de França,<br />
deu uma grande lição de<br />
como poupar tempo e aproveitar<br />
para dançar o maior<br />
numero de danças possível.<br />
Entre cada vira, chula, malhão<br />
ou o que fosse para se<br />
bailar, o grupo dispunha-se<br />
em palco com uma rapidez<br />
e elegância, que podemos<br />
qualificar como nunca visto!<br />
O Rancho da A.C.R.D.P. Sierre<br />
subiu ao cenário, orgulhosos<br />
dos seus trajes, que são<br />
verdadeiras cópias do Alto<br />
Minho, no nome das Lavradeiras<br />
da Meadela, das suas<br />
coreografias, dos seus cantadores<br />
e cantadeiras e de todos<br />
os mais de 50 elementos.<br />
Sorridentes, felizes e encorajados<br />
por um público que lhes<br />
pertence, este rancho dançou<br />
como se o palco fosse um mar<br />
de nuvens!<br />
Os dançarinos e as dançarinas<br />
mostraram, com elegância<br />
e subtileza, como dominam<br />
com sabedoria, o folclore. Todos<br />
estavam a transbordar de<br />
satisfação e, por conseguinte,<br />
o publico retribui.<br />
A surpresa da noite estava<br />
por chegar com o rancho do<br />
Ciborro, uma aldeia que pertence<br />
a Évora e que fez o<br />
público vibrar! As suas danças<br />
em forma de marchas, o<br />
vira, malhão, o picadinho entre<br />
outras e, também, para<br />
entusiasmo do público, o<br />
fandango do Ribatejo, arrebatou<br />
o entusiasmo eufórico<br />
de todos. Um grupo muito divertido<br />
que, apesar da brincadeira<br />
com o vocabulário alentejano,<br />
soube respeitar os<br />
trajes e a cultura. Deixaram-<br />
-nos com boas recordações<br />
e esperemos que, num outro<br />
festival em terras helvéticas,<br />
possam mostrar o humor<br />
alentejano traduzido em folclore.<br />
Foi um frenesim de um<br />
grupo que chegou e marcou<br />
muitos pontos, deixando saudades<br />
de uma flama que não<br />
esqueceremos!
20 Lusitano de Zurique Crónica<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
E agora, António?<br />
Carlos Ademar (*)<br />
mcademar@gmail.com<br />
Não será esta uma pergunta que coloques<br />
a ti próprio, António. Confio que<br />
quando te candidataste ao lugar já tinhas<br />
ideias para fazeres obra. O que viveste<br />
até aí, que te catapultou para o patamar<br />
de verdadeiro homem do mundo,<br />
concedeu-te as experiências suficientes<br />
para conheceres os principais problemas<br />
e poderes reflectir assertivamente<br />
sobre as melhores soluções.<br />
Apesar de seres ainda muito jovem, com<br />
o 25 de Abril tornaste-te notado como<br />
uma das promessas da política portuguesa,<br />
de uma nova geração que então<br />
emergiu. Fizeste carreira no PS como dirigente<br />
e eu cresci a apreciar a tua postura<br />
serena, de bom senso, em que as<br />
preocupações sociais eram sublinhadas<br />
nos teus discursos e notavam-se nas<br />
acções. Ascendeste na hierarquia até<br />
ao topo e entre 1995 e 2002, ocupaste<br />
as altas responsabilidades que cabem<br />
a um primeiro-ministro. Mas foram as<br />
funções de alto-comissário da ONU<br />
para os refugiados, que certamente te<br />
deram os conhecimentos que te permitirão<br />
intervir cirurgicamente, como<br />
convém a uma instituição com aquele<br />
peso e tu bem sabes fazer. Foram dez<br />
anos da tua vida, um período em que o<br />
termo «refugiados» passou a fazer parte<br />
do quotidiano mundial, por força da<br />
comunicação social, ao dar conta das<br />
inúmeras e maciças fugas de gentes<br />
do Norte de África e do Médio Oriente<br />
com destino à Europa, com as tragédias<br />
de todos conhecidas, mais aquelas que<br />
jamais conheceremos, num coro de intenso<br />
lamento e dor como o mundo há<br />
muito não conhecia.<br />
Não pretendo abordar este, quiçá estranho,<br />
tratamento por tu, porque teria<br />
que recuar quarenta anos, quando ainda<br />
usavas bigode e eu ficava feliz quando,<br />
de longe-a-longe, tinha que rapar algumas<br />
pilosidades que iam crescendo algo<br />
anarquicamente. Tu eras já um quadro<br />
importante do também jovem PS<br />
e tinhas a responsabilidade de acudir a<br />
certas necessidades que as delegações<br />
do partido dos arredores da capital iam<br />
sentindo para organizar as famosas e<br />
então, para mim, compridas e chatas<br />
sessões de esclarecimento. Por isso, várias<br />
vezes te deslocaste ao Cacém, onde<br />
eu residia na altura e era um quase inconsciente<br />
militante da JS.<br />
Podia também fazer referência à explosão<br />
de alegria que senti quando em<br />
1995 o PS, contigo como secretário-<br />
-geral, ganhou as eleições, afastando<br />
para o canto da história o que restava<br />
dos dez anos do cavaquismo tecnocrata<br />
e socialmente tacanho. Aí foste a esperança,<br />
criaste uma expectativa que foste<br />
capaz de em parte cumprir, com uma<br />
aposta forte na educação e na cultura,<br />
que haviam sido chutadas para o beco<br />
mais esconso da política nacional nos<br />
últimos anos. Na altura já eu não era militante<br />
de coisa alguma há muito tempo,<br />
a não ser, como continuo e continuarei<br />
a ser, porque me está agarrado à pele,<br />
da cidadania, mas a alegria empurrou-<br />
-me, como a outros milhares de portugueses,<br />
para o espaço fronteiro à Torre<br />
de Belém, onde foste fazer o discurso<br />
da vitória com Vangelis em pano de fundo<br />
sonoro, mas também, para quem ali<br />
estava, da derrota do cavaquismo e dos<br />
seus seguidores, que nos fez regressar a<br />
uma espécie de salazarismo em democracia<br />
e talvez por isso a cores. Sensação<br />
estranha aquela.<br />
Pouco depois de abandonares São Bento,<br />
andaste pelo mundo no cumprimento<br />
da missão que assumiste ao venceres<br />
o concurso internacional para o lugar<br />
de alto-comissário para os refugiados<br />
da ONU. Ia-te acompanhando pelas notícias<br />
e, com satisfação, embora sem
Novembro <strong>2016</strong><br />
Crónica<br />
Lusitano de Zurique<br />
21<br />
foto: afp<br />
surpresa, foi-nos chegando a informação<br />
reconfortante dos méritos da tua<br />
prestação, dos cuidados que punhas nas<br />
questões humanitárias que tocavam os<br />
mais desvalidos de entre todos quantos,<br />
apesar do desespero ou talvez por ele,<br />
não lhes faltou a coragem de partir em<br />
busca de paz e da tranquilidade que só<br />
ela potencia. De enaltecer também a<br />
gestão que fizeste dos sempre escassos<br />
recursos, ao diminuíres o peso da máquina<br />
administrativa que comandavas e<br />
os desviares para quem deles mais precisava,<br />
os refugiados, afinal a razão da<br />
criação do Alto-Comissariado. Por aqui<br />
se vê que as tuas preocupações não se<br />
esgotam nos problemas mais mediáticos.<br />
Tu olhas à volta, sentes ou pressentes<br />
e procuras ser justo, com uma visão<br />
das questões humanitárias que em ti<br />
cava mais fundo e ultrapassa a ideologia.<br />
Aqui entramos em matéria que não partilhamos,<br />
mas isso não pesa nada. Se todos<br />
os homens religiosos fossem como<br />
tu, talvez eu não deixasse de acreditar.<br />
Na verdade, pelas ligações que sempre<br />
mantiveste com a Igreja Católica,<br />
mas também porque te fizeste homem<br />
quando se começavam a ver os primeiros<br />
resultados palpáveis do Concílio Vaticano<br />
II, no que concerne a uma Igreja<br />
mais virada para o Homem e menos para<br />
ela própria; uma Igreja mais próxima de<br />
Jesus Cristo como gostamos de o entender<br />
- homem justo e bom -, porque<br />
mais solidária com quem sofre, bebeste<br />
dessa cultura e tomaste-a como tua, até<br />
porque, no fundo, ela casa na perfeição<br />
com os fundamentos humanistas do socialismo<br />
democrático a que cedo aderiste.<br />
Por tudo quanto para trás ficou, facilmente<br />
se percebe a enorme alegria que<br />
senti quando naquele domingo, que<br />
ameaçava passar rápido, como todos,<br />
mas acima de tudo sem surpresas, o teu<br />
nome começou a surgir no rodapé da televisão<br />
como vencedor da última e decisiva<br />
votação no Conselho de Segurança,<br />
para secretário-geral da ONU, e então<br />
sem votos contra. Por outras palavras,<br />
a breve prazo serias tu o ocupante do<br />
lugar. A surpresa foi muita, não por desmereceres<br />
a vitória, bem pelo contrário,<br />
mas devido aos jogos de bastidores que<br />
haviam surgido nos últimos dias. A entrada<br />
na corrida de uma segunda búlgara,<br />
que contava com o apoio declarado<br />
da Alemanha, levou-me a concluir que,<br />
apesar das vitórias convincentes que<br />
havias obtido em todas as eleições preliminares<br />
realizadas até ali, vitórias que<br />
resultaram das provas que prestaste e<br />
logo da demonstração das tuas competências,<br />
saber e cultura, jamais chegarias<br />
ao lugar. Foi isto que pensei, mas<br />
pensei mal.<br />
Em jeito de defesa, recorro à convicção<br />
que senti de que a tal segunda senhora<br />
da Bulgária não avançaria naquela<br />
fase tão adiantada do concurso senão<br />
tivesse obtido a garantia da vitória. No<br />
meu sentir, errado já se vê, calejado no<br />
entanto pelos constantes atropelos à<br />
ética, de que nos vamos apercebendo, a<br />
Alemanha já se havia entendido com os<br />
EUA e com a Rússia e vencidos estes dois<br />
obstáculos, o caminho ficaria escancarado<br />
para levar os restantes membros<br />
permanentes do Conselho de Segurança<br />
a apoiá-la e com eles, todo o Conselho.<br />
Tudo estaria bem cozinhado como temos<br />
aprendido e tanto assim era que,<br />
sabendo que aquele era o dia decisivo,<br />
fiquei desligado, abstraindo-me com as<br />
doçuras de um domingo caseiro e sereno,<br />
veloz por ele, porque corria que se<br />
desunhava, mas sereno no seu passar,<br />
caseiro e doce. Daí a enorme, mas muito<br />
agradável surpresa, não tanto por seres<br />
português, que, claro, também teve o<br />
seu peso, mas essencialmente por ter a<br />
certeza de que contigo aos comandos,<br />
a ONU, que apesar de algum desgaste<br />
continua a ter um papel único e determinante<br />
na condução deste nosso mundo,<br />
ficará muito melhor entregue. Pelas<br />
tuas características pessoais de bom diplomata,<br />
de humanista dotado de uma<br />
inteligência incisiva, és o homem certo<br />
para aquele lugar nesta fase turbulenta<br />
que este nosso mundo atravessa e que a<br />
ONU não deixa de reflectir.<br />
E agora, António? Era o ponto de partida<br />
e nesta altura do texto, com cerca de<br />
5.500 caracteres, seria talvez suposto<br />
que algumas das respostas ou pelo menos<br />
algumas questões com que te vais<br />
debater a partir de Janeiro, estivessem<br />
já visíveis, mas não. Como já vai longa a<br />
escrita, fica a promessa de que, em nova<br />
investida pela crónica como género,<br />
abordarei o que aqui não consegui, procurando<br />
então obter o que não me foi<br />
possível, prometendo igualmente manter<br />
o título, apenas com um acrescento:<br />
“Parte II”. Boas…<br />
(*) Carlos Ademar é escritor e exerceu a actividade<br />
de investigador criminal na Secção de Homicídios.<br />
Actualmente é professor na Escola de Polícia<br />
Judiciária.
22 Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes<br />
https://www.facebook.com/transportes.fernandes
Novembro <strong>2016</strong><br />
Cidadania<br />
Lusitano de Zurique<br />
23<br />
Conselho das Comunidades Portugueses em Suíça<br />
Carta aberta à Comunidade Portuguesa<br />
Secretário de estado das Comunidades Portuguesas vem à Suíça e ignora os Conselheiros das<br />
Comunidades Portuguesas neste país.<br />
Nós, Conselheiros das Comunidades Portuguesas na Suíça, vimos por meio desta expor o lamentável<br />
comportamento do Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP) na sua primeira<br />
deslocação à Suíça de (16 a 20 de Outubro) ao excluir da sua agenda os seus interlocutores eleitos<br />
democraticamente pelos cidadãos portugueses residentes neste país - os Conselheiros das Comunidades<br />
Portuguesas.<br />
O Dr. José Luís Carneiro veio à Suíça integrando a comitiva do Senhor Presidente da República (16 a 18) de<br />
Outubro. Realizando de (19 a 20) visitas aos consulados de Berna, Zurique, Sion, Genebra e empresas de<br />
compatriotas empresários de sucesso na zona alemã e francesa.<br />
O Senhor SECP ao ignorar os seus interlocutores, demonstrou, que não se interessa como vivem os seus<br />
compatriotas neste país de acolhimento. Onde, para quem, em que condições trabalham, habitam e<br />
convivem socialmente. Se existe comportamento de excesso de zelo, no cumprimento dos acordos<br />
estabelecidos por parte das autoridades suíças para com a comunidade portuguesa, como por exemplo, na<br />
renovação de autorização de residência. Se os serviços-sociais da embaixada tem meios para actuar,<br />
defender, renegociar em situações que ponham em causa a livre-circulação e, nos casos que possam vir<br />
acontecer no futuro relacionados com a nova “lei-de-estrangeiros”.<br />
No entanto, sendo sabedor das deficiências existentes no ensino, sua excelência, não teve tempo para<br />
contactar, nem constatar as riais razões. Não se interessou em saber porquê, este ano lectivo na Suíça<br />
leccionam menos dois docentes do que o ano passado? Porquê, os manuais (na data actual) ainda não foram<br />
entregues aos alunos na sua totalidade?<br />
O Senhor SECP sabe, mas prefere “fazer orelhas moucas” sobre o medíocre apoio aos portugueses em<br />
termos de burocracia em Portugal, (por exemplo a segurança-social). Apesar de muitas comunicações por<br />
escrito, a verdade é que, a emissão, devolução dos formulários (E 411) continuam a necessitar mais de 6<br />
meses para chegar ao seu beneficiário, penalizando consecutivamente todos aqueles que várias vezes ao<br />
ano, como os (trabalhadores temporários). A mesma coisa acontece com a dupla tributação, não é uma<br />
dificuldade nova, mas também não parece ser uma prioridade para este governo e seus representantes neste<br />
país.<br />
Também os pensionistas e todos os que estão a caminho estão confrontados com penalizações.<br />
Concretamente, com quem regressa (ou deseja regressar) a Portugal e deparam-se com uma carga fiscal que<br />
pode chegar a (48%), por outro lado, os pensionistas estrangeiros que pretendam fixarem-se em Portugal<br />
(têm dez anos de isenção fiscal)?!<br />
Nos consulados, a falta de recursos, instalações desenquadradas das necessidades dos utentes e<br />
funcionários, os blackouts contínuos e prolongados de ligação aos serviços centrais, as semanas de espera<br />
por técnicos para executar reparações.<br />
O salário dos trabalhadores consulares, o seu estatuto de residência, a discriminação na (dedução fiscal) em<br />
relação aos seus colegas em território físico nacional. Será, que não é necessário falar disto?<br />
Caríssimos Compatriotas, lamentamos que o Dr. José Luís Carneiro não tenha a diplomacia politica nem<br />
respeito pelos cidadãos e seus problemas na Suíça. Desejamos que saibam, que continuaremos a trabalhar<br />
unindo esforços para o reconhecimento do CCP assim como a luta em defesa dos vossos direitos como<br />
cidadãos.<br />
Domingos Pereira<br />
Manuel Figueira<br />
Sónia Oliveira<br />
José Sebastião<br />
Conselheiros das Comunidades Portuguesas - Suíça
24 Lusitano de Zurique Recantos helvéticos<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
Pilatos<br />
A 2132 metros de altitude, encontramos<br />
a montanha mais turística<br />
da região de Lucerne. O seu nome é<br />
sobejamente conhecido por todos.<br />
Trata-se da grandiosa e bela montanha<br />
de Pilatos. Dois teleféricos,<br />
dois hotéis e sete restaurantes, oferecem<br />
as mais variadas alternativas,<br />
para se passar uns dias encantados,<br />
na profunda natureza.<br />
Maria dos Santos<br />
O seu símbolo, um enorme dragão,<br />
capta rapidamente a atenção e certamente<br />
nos perguntamos o seu<br />
significado. Não representa a nossa<br />
equipa do Porto…nada disso! Esta região foi outrora furiosamente<br />
atacada por grandes tempestades, que destruíram<br />
tudo, e, como elas começavam sempre do pequeno lago de Lucerne,<br />
ninguém acreditava que as violentas tormentas fossem<br />
capazes de desmantelar a região. Criou-se então uma lenda e,<br />
naturalmente, a culpa foi para o dragão! Em 1585, na capela<br />
de Klinsenhorn, situada a 1.864 metros, puderam rezar e deixar<br />
que a alma deste poderoso animal repousasse em paz,<br />
devolvendo assim a calma ao lago da região!<br />
Pilatos é uma montanha com pouca vegetação e com muita<br />
pedra calcária, o que torna a atmosfera propícia para ser uma<br />
zona protegida de “Steinbock ; König der Alpen”.<br />
Como tal, decidi fazer um pequeno safari e, uma vez mais,<br />
parti à descoberta dos animais que por ali habitam, numa natureza<br />
onde o silêncio quase faz adormecer a alma!<br />
Os caminhos estreitos, sinuosos e escorregadios devido à<br />
neve, já existente e algo congelada, dificultam o percurso<br />
para a visão das corajosas cabras Ibex que por ali habitam e<br />
se deixam ver, não tendo medo dos humanos. Temos apenas<br />
que respeitar o silêncio que elas nos impõem e deixar que os<br />
nossos olhares se cruzem, para poder entender a magia entre<br />
homem e animal! É sublime.<br />
O céu azul começava a decorar os picos das montanhas, dando<br />
um toque primaveril ao meu dia. Para aquecer o corpo, lá fui<br />
tomar algo quentinho e não me surpreendi quando me deparei<br />
com uma equipa muito simpática de portugueses que ali<br />
trabalham. Após uma curta cavaqueira, dirigi-me ao pequeno<br />
comboio, considerado o mais rápido do mundo e regressei à<br />
terra, onde a realidade me esperava.<br />
Quem passa por Pilatos, tem a possibilidade de visitar Hergiswil,<br />
onde existe a famosa fábrica de vidro e onde uma<br />
grande equipa de portugueses dá forma a esta arte de trabalhar<br />
o vidro! Parabéns a nós!<br />
São dias como estes, que me dão condição física, bem-estar<br />
psicológico, uma visão positiva da vida e estabilidade emocional<br />
para continuar a escrever no meu livro da vida as histórias<br />
por mim vividas.
Novembro <strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
25<br />
O V Império começa assim?<br />
foto: Joana Cabrita<br />
Antonio Manuel Ribeiro (*)<br />
Não me acho poeta, já o disse por várias<br />
vezes, antes um escritor de canções que<br />
às vezes escreve poemas, apesar dos<br />
três livros de inéditos publicados. Mas<br />
hoje sou um poeta a escrever-vos.<br />
Invoco Fernando Pessoa e Agostinho da<br />
Silva e arremesso ideias proféticas (estão<br />
a ver?) a propósito da eleição do António<br />
Guterres (engenheiro com currículo profissional<br />
vasto) para a regência da ONU,<br />
depois de tanta votação positiva e uns<br />
truques de última hora a lembrar que há<br />
figurinos da antiga Europa de Leste que<br />
levam muito tempo a corromper. Guterres<br />
ganhou. E isso trouxe-me à presença<br />
aquela ideia, sobre a qual duvido tanto,<br />
do destino traçado para este Império<br />
dirigir a Humanidade, um Império da palavra<br />
que uns habilidosos colocaram ao<br />
nível do disparate científico (a casta do<br />
Erro a que chamaram Acordo Ortográfico)<br />
– se renegamos o étimo de uma língua,<br />
acabamos com uma linguagem de<br />
esferovite.<br />
Será Guterres, depois de Durão, com todos<br />
os senãos que conhecemos a este último<br />
e a que se junta o apetite pelo Golda<br />
Saca (versão popular de Goldman Sachs),<br />
serão eles os indícios desse Império<br />
que há-de vir, a língua que se cumpre, o<br />
prosseguimento da palavra e da genuína<br />
cultura que Pessoa anteviu, Saramago<br />
elevou, por Eça e Camões é brilhante,<br />
Vieira da Silva pintalgou, Siza Vieira edifica,<br />
António Lobo Antunes (que renega<br />
o génio de Pessoa, e a diatribe só lhe fica<br />
bem) continua a expandir, quais descobridores<br />
sem necessidade de acantonar<br />
a terras inóspitas caravelas de lenha, levando<br />
a espada e a cruz por utensílios, os<br />
de hoje, o nosso Agora? Teremos a nação<br />
dormente e adormecida para tanto ver e<br />
enaltecer?<br />
Conheci António Guterres em 1987 e firmámos<br />
amizade e respeito. Trabalhámos<br />
juntos para uma campanha política que<br />
falhou – Constâncio perdeu, só podia perder.<br />
Um abraço forte por seres a pessoa<br />
certa nesse alicate de poderes, um saco<br />
de boxe onde todos irão experimentar o<br />
seu jeito. A ONU fez-se para que o mundo<br />
não mais se entregasse a uma guerra<br />
global. Andamos muito perto de retomar<br />
o episódio a que chamámos II Guerra<br />
Mundial e o cortejo das vítimas em tempo<br />
de ‘paz’ é hediondo. Precisamos de<br />
homens bons a dirigir a massa crítica da<br />
espécie. Chegaste ao posto certo.<br />
Um livro:<br />
“Eu e os Políticos – O Livro Proibido”, de<br />
António José Saraiva – <strong>edição</strong> Gradiva<br />
(<strong>2016</strong>). Foi o primeiro livro que li e não<br />
comprei, porque me foi oferecido por<br />
um amigo em formato PDF, facto muito<br />
estranho porque o formato digital que<br />
recebi é a prova final que as editoras enviam<br />
aos autores para a última revisão.<br />
Ou seja, quem colocou aquele livro à disposição<br />
alheia é muito próximo do editor<br />
ou da gráfica onde foi impresso. A não<br />
ser que o Saraiva…<br />
Chamo à colação este livro porque de<br />
proibido tem muito pouco e de ajuste<br />
de contas bastante, apesar de o autor<br />
afiançar que não. É, tecnicamente, um<br />
livro sem génio literário, um sortido de<br />
redacções que a minha velha quarta classe<br />
impunha com rigor – constata-se que<br />
passou muito tempo em restaurantes<br />
e pouco mais. Mas já era assim que eu<br />
via a escrita do arquitecto AJS, quer no<br />
Expresso, quer no Sol. Os assuntos até<br />
poderiam ser interessantes, o prisma de<br />
abordagem curioso, mas a veia literária<br />
era mais de régua e esquadro, básica.<br />
Fui ‘obrigado’ a ler este livro, e até me<br />
deu jeito. Há um par de semanas estive<br />
por três dias no Funchal, e no regresso<br />
nocturno o avião atrasou-se duas horas<br />
e dez minutos. Como era o último voo<br />
escalado as lojas foram fechando e os<br />
passageiros, esticados por todos os assentos<br />
disponíveis, ficaram entregues<br />
ao pouco disponível para comer, beber<br />
ou ler. Terminara o livro que andava a ler<br />
nessa manhã, lembrei-me então do e-<br />
-mail do meu amigo e dediquei a espera<br />
à leitura digital no tablet. A primeira vez.<br />
Tem uma entrada sobre Guterres, incómoda<br />
e patética, mazinha até, se é que<br />
a voz escrita de AJS chega ou chegou a<br />
algum lado, apesar de ele julgar que sim.<br />
Duvido que tenha incomodado a classe<br />
política: alguns já morreram, não se podem<br />
defender, e os outros continuarão a<br />
fazer pela vida. Ao longo da prosa, AJS<br />
coloca-se por vezes como sinaleiro do<br />
nosso teatro democrático, mas cada um<br />
tem o espelho que quer. Mesmo para ex-<br />
-director do Expresso. Julgar que este livro<br />
pode contribuir para a história deste<br />
tempo, é ele que o afirma, soa a anedota<br />
suave. Nem para roteiro dos restaurantes<br />
lisboetas, por serem mencionados<br />
sempre os mesmos.<br />
(*) Escritor, compositor, fundador e vocalista<br />
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Desporto<br />
Lusitano de Zurique<br />
27<br />
União da equipa feminina faz a força<br />
Jo Soares<br />
Neste começo de época as Juniores A<br />
feminina, do Centro Lusitano de Zurique<br />
teve um mau começo mas isso deve-se<br />
ao difícil grupo que lhes calhou para<br />
esta primeira meia época. Num grupo<br />
com equipas como FC Rapperswil-Jona,<br />
Töss / Phönix Seen, FC Baden e SC Wipkingen<br />
ZH, que são os actuais quatro<br />
classificados neste momento.<br />
Mas mesmo assim, apesar de os resultados<br />
positivos não estarem aparecer<br />
tendo sido abervadas algumas derrotas<br />
pesadas e goleadas com números exagerados,<br />
a união da equipa continua e<br />
com força. Finalmente apareceu o primeiro<br />
resultado positivo com a vitória<br />
de 1-0 com o SV Höngg.<br />
Treinadas pelo mister Lúcio Sousa com o<br />
seu adjunto David Gonçalves, é a primeira<br />
equipa portuguesa feminina e está a<br />
tornar-se numa autentica “família” com<br />
todo o trabalho e apoio sempre juntas<br />
para enfrentar as dificuldades.<br />
Fica a promessa de uma equipa que trabalhará<br />
duro para dar continuação aos<br />
bons resultados e escreveram uma bela<br />
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dia<br />
03.12.<strong>2016</strong><br />
Apresentação Summer Collection<br />
No Hotel Crowne Plaza, Badenerstrasse 420 em Zurique<br />
Domingo, dia 29 de Maio <strong>2016</strong> das 10.00 às 18.00 horas<br />
Brevemente também disponível no online shop<br />
www.cristinabarros.ch
28 Lusitano de Zurique Vamos contar uma história<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
Vamos contar uma história<br />
Os pais de crianças dos 2 aos 6 anos estão convidados a<br />
participar no mundo fantástico das histórias infantis.<br />
Juntos vamos divertir-nos muito...<br />
Entrada<br />
livre!<br />
Sábado<br />
dias<br />
26.11.<strong>2016</strong><br />
Das 15.30 às 17:30h<br />
Vamos fazer trabalhos manuais<br />
Cantar e brincar...<br />
Animadoras:<br />
Sandra Alves<br />
Ana Matos<br />
Para confirmar a participação<br />
envie um SMS para o número<br />
079 6470146 e indique o nome<br />
e a idade da criança.<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich<br />
Preciso<br />
COLABORADORA<br />
Bar/Buffet do Centro Lusitano de Zurique<br />
Contacto: Tlm. 077 403 72 55<br />
Seja sócio do CLZ<br />
Ligue<br />
Tel.: 079 222 09 14
Novembro <strong>2016</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
O problema<br />
das religiões<br />
Carlos Esperança<br />
29<br />
O problema das religiões não está<br />
nas fábulas que contam ou na liturgia<br />
que praticam, o problema insolúvel,<br />
a tragédia da sua existência,<br />
reside na fanatização que incita os<br />
crentes para a ação.<br />
Não prejudica ninguém que um<br />
católico acredite na virgindade de<br />
Maria* ou no voo de Jesus para o<br />
Paraíso, a desgraça está no proselitismo<br />
para persuadir disso a concorrência<br />
e anatematizar os que<br />
desprezam a sua fé.<br />
Que os muçulmanos detestem a<br />
carne de porco, como eu abomino<br />
cebola crua, não traz qualquer problema<br />
à humanidade, mas quando<br />
o opúsculo terrorista os convence<br />
de que devem matar os infiéis, isso<br />
já é problema grave e um crime<br />
contra a Humanidade.<br />
Os judeus das trancinhas podem<br />
descansar ao Sábado e pensarem<br />
o que entenderem do Messias que<br />
aguardam, mas a gravidade do que<br />
pensam está toda no sionismo.<br />
A fé não passaria de uma treta inofensiva<br />
se os crentes não se achassem<br />
na obrigação de converter incréus,<br />
de acossar outras crenças e<br />
de intoxicar crianças com as suas.<br />
PARA QUEM VERDADEIRAMENTE<br />
AMA O SEU CARRO, SO A MELHOR<br />
COBERTURA CONTA.<br />
Zurich,<br />
Generalagentur<br />
Marcel Strangis<br />
Manessestrasse 87<br />
8045 Zürich<br />
Tiago Costa<br />
044 405 54 90<br />
078 719 64 81<br />
tiago.costa@zurich.ch<br />
Deus podia ter sido uma criação interessante,<br />
como as deusas gregas<br />
ou as sereias, mas tornou-se um<br />
detonador do ódio e está na origem<br />
de guerras e interditos.<br />
*«A doutrina segundo a qual a<br />
Bem-aventurada Virgem Maria, no<br />
primeiro instante da sua conceição,<br />
foi por especial privilégio de<br />
Deus Omnipotente, com vista aos<br />
méritos de Jesus Cristo, Salvador<br />
do género humano, preservada<br />
imune de toda a mácula do pecado<br />
original, é revelada por Deus e deve<br />
por isso ser acreditada por todos<br />
os fiéis, firmemente e com constância».<br />
(Pio IX, in Bula Ineffabilis<br />
Deus — 08-12-1854).**<br />
SEGUROS DA ZURICH.<br />
PARA TODOS QUE AMAM VERDADEIRAMENTE.<br />
**Depois disto cessaram as discussões<br />
ginecológicas sobre a Virgem<br />
Maria.
30 Lusitano de Zurique Culinária<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
Omelete duas caras<br />
Ingredientes<br />
3 ovos<br />
sal a gosto<br />
2 colheres (sopa) farinha de trigo<br />
1 ramo de agrião<br />
2 fatias grossas de fiambre picadas<br />
2 fatias de queijo mozzarela picadas<br />
1 tomate picado<br />
margarina ou óleo para frita<br />
Modo de Preparação<br />
Bater as 3 claras até formar uma leve neve, em seguida adicionar<br />
uma pitada de sal<br />
Juntar as gemas, e continuar a bater. Adiciona a farinha de trigo<br />
peneirando nos ovos batidos. De seguida, misturar o fiambre,<br />
agrião e o tomate. Untar a frigideira com manteiga ou óleo e<br />
colocar em fogo baixo, de seguida coloque a mistura. Para finalizar<br />
coloque a mozarela, aguarde alguns minutos para virar a<br />
omelete para fritar dos dois lados.<br />
TARTE CITRINA<br />
Ingredientes:<br />
1 embalagem de massa folhada<br />
5 ovos<br />
Sumo de 5 limões pequenos<br />
200 g açúcar<br />
90 g manteiga<br />
PÃO DE LÓ DAS NUVENS<br />
Ingredientes:<br />
9 ovos<br />
3 gemas<br />
375 g de açúcar<br />
150 g de farinha<br />
Preparação:<br />
Estender a massa folhada e revestir uma forma de tartes. Numa<br />
taça, bater os ovos com o açúcar até obter uma mistura esbranquiçada.<br />
Adicionar o sumo de limão, a manteiga derretida e mexer.<br />
Deitar o preparado na forma das tartes e levar ao forno a<br />
180ºC durante 35 minutos. Deixar arrefecer antes de desenformar<br />
para permitir que o recheio solidifique.<br />
Modo de Preparar:<br />
Numa taça bata as 12 gemas com o açúcar até ficar<br />
uma massa grossa e esbranquiçada.<br />
Depois junte a farinha e deixe ficar a bater mais uns<br />
minutos. Bata as claras em castelo e envolva-as, delicadamente,<br />
na massa. Unte com manteiga e polvilhe<br />
com farinha uma forma de chaminé com 26 cm de diâmetro.<br />
Verta o preparado para a forma e leve ao forno<br />
a 180ºC por uns 30 minutos. No fim de cozido deixe arrefecer<br />
antes de desenformar. Realmente cresce muito,<br />
encheu totalmente a forma, fica delicioso.<br />
Coordenação e recolho: Joana Araújo
Novembro <strong>2016</strong><br />
Plantas medicinais<br />
Lusitano de Zurique<br />
31<br />
PLANTAS MEDICINAIS<br />
ERVA DE BICHO (Polygonum acre,<br />
hydropiper): A planta seca é usada no<br />
preparo de compressas e infusões. É<br />
hemostática, depurativa, adstringente<br />
e diurética. Amplamente empregada no<br />
Brasil contra reumatismo e ferimentos.<br />
Tem a fama de amenizar hemorragias,<br />
hemorróidas e varizes. Tem fama de melhorar<br />
o desempenho cerebral e o raciocínio.<br />
Não deve ser usada por mulheres<br />
grávidas.<br />
ERVA CIDREIRA (Lippia alba): O chá<br />
relaxa o sistema nervoso, induz ao sono<br />
e acalma as emoções. Ajuda nas cólicas,<br />
espasmos e gases. Possui propriedades<br />
digestivas. Indicada nas taquicardias e<br />
depressões, alívio das dores de cabeça e<br />
da pressão alta.<br />
ERVA DOCE (Pimpinella anisum): A<br />
semente da erva-doce favorece as secreções<br />
salivares, gástricas e a lactação.<br />
É indicado em dispepsias nervosas, enxaquecas<br />
de origem digestiva, cólicas<br />
infantis, deficiências cardiovasculares<br />
(palpitações e angina), asma, espasmos<br />
brônquicos. Popularmente é muito conhecida<br />
por ajudar a aumentar o leite<br />
materno. Ajuda a acalmar cólicas menstruais<br />
e gases intestinais. O infuso das<br />
sementes acalma a excitação nervosa<br />
e insônia. Evitar o uso prolongado, pois<br />
pode causar intoxicação e confusão<br />
mental.<br />
ERVA SANTA MARIA (Chenopodium<br />
ambrosioides): As folhas secas afugentam<br />
insetos caseiros. Pode ser usada<br />
como vermífugo e tônico digestivo. Popularmente<br />
é usada contra hemorróidas,<br />
varizes, para facilitar a menstruação, a<br />
circulação e combater doenças nervosas.<br />
Sua infusão e tintura aliviam bronquite<br />
e tosse.<br />
ERVA MATE (Ilex paraguayensis):<br />
Indicada como estimulante dos vervos,<br />
digestiva, auxiliar nas afecções dos rins<br />
e bexiga, reumatismo e dispepsias. Laxativa.<br />
Em função da caféina, é estimulante<br />
da atividade cerebral, combate o cansaço.<br />
Sua infusão é ótima auxiliar nos regimes<br />
de emagrecimento.<br />
ESPINHEIRA SANTA (Maytenus<br />
ilicifolia): Na medicina popular a planta<br />
espinheira-santa é famosa no combate<br />
à úlcera e outros problemas estomacais<br />
como gases, má digestão, gastrite crônica<br />
e azia, males dos rins e fígado. As<br />
folhas, frescas ou secas, são utilizadas<br />
no preparo de infusões para uso interno<br />
e externo. O efeito cicatrizante também<br />
pode ser observado como auxiliar no<br />
tratamento de problemas da pele, como<br />
acnes, feridas e eczemas. O uso mais comum<br />
da Espinheira Santa é como auxiliar<br />
no tratamento de gastrites e úlceras<br />
gástricas e duodenais. A indicação popular<br />
do chá feito das folhas da Espinheira<br />
Santa foi comprovada cientificamente<br />
por vários pesquisadores (Carlini & Bráz,<br />
1988; Faleiros et al., 1992; Ferreira et al.,<br />
1996; e Carvalho et al., 1997).Seu uso é<br />
indicado para combater as fermentações<br />
anormais do intestino, normalizando as<br />
funções gastrointestinais, é ainda antisséptica<br />
e cicatrizante. No final da década<br />
de 80, a Central de Medicamentos (Ceme)<br />
divulgou um estudo oficial em que comprova<br />
as propriedades terapêuticas desta<br />
erva. Os índios brasileiros a empregavam<br />
no tratamento de tumores – o que<br />
pode ter dado origem a nomes populares<br />
como “erva cancerosa”. Seu efeito<br />
cicatrizante também é observado sobre<br />
afecções da pele.<br />
FÁFIA (Pfaffia paniculata): Popularmente<br />
conhecida como ginseng brasileiro,<br />
tem uma longa lista de indicações<br />
medicinais. É tida como rejuvenescedora,<br />
revitalizante e inibidora de tumores.<br />
Seria, ainda, estimulante das funções<br />
sexuais e agente de combate ao stress.<br />
FEIJÃO BRANCO (Phaseolus vulgaris):<br />
Recentemente, cientistas de<br />
todo o mundo começaram a investigar<br />
a faseolamina, uma substância extraída<br />
a partir do Feijão Branco. A Faseolamina<br />
tem como propriedade inibir a<br />
atividade da enzima alfa-amilase humana<br />
que é responsável pela transformação<br />
do amido (carboidrato) ingerido, em glicose.<br />
Essa enzima, presente na saliva e<br />
liberada pelo pâncreas no intestino, atua<br />
após a alimentação, durante o processo<br />
de digestão, quebrando os amidos ingeridos<br />
e convertendo-os nos açúcares da<br />
circulação sangüínea, o que irá causar o<br />
aumento da glicemia (taxa de açúcar no<br />
sangue). Com a inibição da enzima alfa-<br />
-amilase, os amidos não conseguem ser<br />
digeridos e são enviados diretamente<br />
ao intestino para sua eliminação através<br />
das fezes. Esse mecanismo apresenta<br />
uma alternativa segura para as dietas<br />
de emagrecimento e para diabéticos que<br />
precisam diminuir a quantidade de açúcar<br />
circulante.<br />
FOLIA MAGRA (Cordia ecalyculata<br />
Vell; salicifolia): Também conhecida<br />
como chá-de-bugre, cafezinho e cafá-<br />
-do-mato, a Pholia Magra, é uma planta<br />
nativa do Brasil que tem alcançado fama<br />
mundial por ajudar a combater a obesidade.<br />
Estudos indicam que esta planta<br />
medicinal da farmacopéia brasileira<br />
pode atuar no sistema nervoso central,<br />
causando uma atividade supressora do<br />
apetite, contribuindo, ainda, para uma<br />
maior queima de gorduras localizadas<br />
principalmente do abdômen, além de<br />
atuar também como estimulante no<br />
sistema imunológico. Princípios constituintes<br />
da Pholia Magra ajudam a evitar<br />
o depósito de gorduras na parede das artérias<br />
coronarianas, diminuindo os riscos<br />
de problemas cardíacos. Em razão dos<br />
seus constituintes (alantoína, cafeína,<br />
potássio, tanino e óleos essenciais) age<br />
também como diurético, contribuindo<br />
para a redução dos depósitos de celulite,<br />
pois, estimula a circulação e possui ação<br />
energética por seu efeito termogênico.<br />
Estudos realizados em laboratório revelaram<br />
que a planta apresenta baixa toxicidade<br />
e uma de suas maiores vantagens<br />
é que pode ser um coadjuvante natural<br />
para auxiliar no tratamento da obesidade,<br />
sem os efeitos indesejáveis que os<br />
outros produtos para emagrecimento<br />
causam. A Pholia Magra é muito conhecida<br />
nos Estados Unidos, para onde tem<br />
sido exportada como a erva anti-barriga.<br />
ATENÇÃO:<br />
Estas informações são meramente informativas<br />
e não devem ser usadas para diagnosticar, tratar,<br />
curar ou prevenir qualquer doença e muito menos<br />
substituir cuidados médicos adequados.
32 Lusitano de Zurique Tecnologia<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
Joana Araújo (*)<br />
Nova carta de condução<br />
chega à internet<br />
O pedido de emissão e de revalidação<br />
da carta de condução para motociclos e<br />
para automóveis ligeiros vai poder ser<br />
feito online a partir do dia 2 de janeiro<br />
de 2017.<br />
É uma das medidas de destaque do Simplex<br />
<strong>2016</strong> e acaba de ganhar uma data<br />
para entrar em prática e estar à disposição<br />
dos cidadãos, segundo avança do<br />
Jornal de Notícias.<br />
phishing lançados por hackers que se fazem passar pela Paypal,<br />
aumentou.<br />
Como medidas preventivas, a Check Point aconselha ainda a instalação<br />
de Sistemas de Prevenção de Intrusões (IPS) capazes de<br />
monitorizar o tráfego de rede e as actividades do sistema, em<br />
busca de actividade maliciosa.<br />
Tesla vai pôr condução autónoma e<br />
carros mais baratos<br />
Era este o anúncio “inesperado” que Elon Musk tinha para fazer:<br />
que a tecnologia de condução autónoma desenvolvida para os<br />
seus automóveis vai chegar a todos os modelos, mesmo ao Model<br />
3, a gama mais acessível da marca.<br />
Depois de um adiamento de alguns dias, a notícia foi dada pelas<br />
habituais vias: o Twitter, tal como já tinha acontecido com<br />
um primeiro teaser e com a informação sobre o “atraso” para<br />
“aperfeiçoamento”.<br />
WWF “deixa recado” à Comissão Europeia<br />
O Fundo Mundial da Natureza (WWF) quer “aumentar o som da<br />
Natureza” e promover as Leis da Natureza da UE. Por isso, lançou<br />
um micro-site que permite aos utilizadores criarem faixas<br />
de áudio com sons de animais e elementos naturais e enviá-los<br />
aos Ministros do Ambiente. - http://www.wwf.pt/natureup/<br />
30 mil artigos em leilão, todas as<br />
semanas, à distância de um clique<br />
A Catawiki é uma plataforma de leilões online que agora se estende<br />
aos dispositivos móveis com duas novas aplicações: uma<br />
para vendedores e outra para licitadores.<br />
É provável que a primeira imagem que associe a um leilão seja<br />
algo elitista e reservado, mas é exactamente isso que a Catawiki<br />
pretende combater com a democratização destes eventos.<br />
Paypal é uma das “máscaras” preferidas<br />
para fazer ataques de phishing<br />
A Check Point detetou um aumento no número de ataques de<br />
phishing realizados por hackers que se fazem passar pela empresa.<br />
Erros ortográficos e anexos são alguns dos sinais que podem<br />
ajudar a identificar um mail fraudulento.<br />
De acordo com uma das últimas análises realizadas pela fabricante<br />
tecnológica, Check Point, o número de ataques de<br />
Apesar de já estar presente na web há algum tempo, a plataforma<br />
de leilões online chega agora aos dispositivos móveis com<br />
duas aplicações que reproduzem o mesmo serviço que oferece<br />
desde 2008 no ecrã dos smartphones e tablets.<br />
A Catawiki promove semanalmente 30 mil artigos de 80 categorias<br />
diferentes em leilões, onde podem ser solicitadas coisas<br />
tão sui generis como o esqueleto de um mamute ou um meteorito<br />
lunar.<br />
A app já está disponível para Android e iOS de forma gratuita.<br />
CERN em Portugal à procura de parceiros<br />
A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear quer encontrar<br />
empresas portuguesas interessadas em fornecerem tecnologia<br />
para o novo acelerador de partículas.<br />
(*) c/ tek sapo
Novembro <strong>2016</strong><br />
Carneiro<br />
Este mês chega com uma energia<br />
mais leve ao signo Carneiro<br />
e traz como foco relacionamento,<br />
parceria e associação.<br />
É um belo momento para você<br />
agir de uma forma diferente<br />
nos seus relacionamentos promovendo<br />
mais temperamento,<br />
equilíbrio e harmonia. Este<br />
mês é também um mês interessante<br />
para a carreira, pois o<br />
seu planeta regente Marte estará<br />
transitando o sector profissional,<br />
pedindo uma atitude<br />
mais concentrada e determinada<br />
na realização dos seus<br />
objectivos.<br />
Afectivamente, será importante<br />
agir com mais intimidade e<br />
entrega, de modo que você vivencie<br />
uma sexualidade numa<br />
relação mais plena.<br />
Touro<br />
Aprimoramento é a palavra-<br />
-chave deste mês para o signo<br />
Touro. É um mês em que você<br />
deverá agir com mais equilíbrio<br />
no quotidiano, no trabalho<br />
e nos relacionamentos. É<br />
um momento em que poderá<br />
investir na sua beleza, bem-<br />
-estar e qualidade de vida. É<br />
um mês que pode ressaltar<br />
novas propostas de trabalho<br />
por meio de parceria e de relacionamento.<br />
É um momento<br />
de muitos ajustes na dinâmica<br />
do seu quotidiano para que ele<br />
seja mais eficiente e traga resultados<br />
positivos.<br />
Afectivamente, é um mês que<br />
intensifica as emoções e o relacionamento,<br />
é importante<br />
haver uma sintonia emocional<br />
e espiritual. A intimidade e a<br />
sexualidade são factores importantes<br />
para aprofundar o<br />
vínculo emocional.<br />
Gémeos<br />
A vida sorri ao signo de Gémeos<br />
este mês, embora haja<br />
certos desafios, é um mês que<br />
enaltece uma abertura maior<br />
para a vida com sentimentos<br />
mais espontâneos e uma naturalidade<br />
na expressão afectiva.<br />
É um mês em que você poderá<br />
sentir mais plenamente a<br />
energia do amor e da criatividade<br />
e, pode ser também, uma<br />
fase significativa para o contacto<br />
com crianças e filhos. Os<br />
projectos criativos, o contacto<br />
com a arte e a cultura estarão<br />
estimulados. É também um<br />
mês importante para as finanças,<br />
onde você deve agir com<br />
mais maturidade e responsabilidade,<br />
evitando dívidas e<br />
empréstimos.<br />
Afectivamente, a segunda<br />
quinzena deste mês tem uma<br />
energia mais favorável, onde<br />
você perceberá o valor da parceria<br />
e de uma identidade de<br />
ideais e valores.<br />
Horóscopo<br />
Caranguejo<br />
Centralmente e equilíbrio<br />
emocional são essenciais ao<br />
signo Caranguejo durante este<br />
mês. É um período que assinala<br />
questões familiares e domésticas<br />
que podem também<br />
estar relacionadas a imóveis,<br />
privacidade e emoções. É um<br />
belo momento para você estar<br />
em mais sintonia consigo, promovendo<br />
momentos de interiorização<br />
e de reflexão, isso se<br />
reflectirá numa melhoria em<br />
seus relacionamentos, seja a<br />
relação amorosa ou de amizades,<br />
e até mesmo os contactos<br />
profissionais.<br />
Amorosamente, a primeira<br />
quinzena deste mês é mais<br />
favorável ao signo Caranguejo,<br />
pois teremos a passagem<br />
do planeta Vénus pelo sector<br />
afectivo, intensificando as<br />
emoções, as reacções e a intimidade<br />
com o parceiro.<br />
Profissionalmente, o mês é<br />
muito interessante para o estabelecimento<br />
de contratos e<br />
de parcerias que lhe auxiliem<br />
a realizar os seus objectivos.<br />
Tudo que é feito na colaboração<br />
e na união poderá mostrar<br />
resultados favoráveis.<br />
Leão<br />
Estudos, viagens, contactos,<br />
diálogo, capacidade de comunicação<br />
e de expressão das<br />
suas ideias são os temas enfatizados<br />
neste mês para o signo<br />
Leão. É o mês que estimula os<br />
relacionamentos, a capacidade<br />
de conciliação e de chegar<br />
a acordos que beneficiem as<br />
relações. É um momento importante<br />
para o contacto com<br />
parentes e com pessoas próximas.<br />
É necessário estar mais<br />
atento à saúde e reflectir sobre<br />
os hábitos que podem levar a<br />
uma vida mais saudável.<br />
Afectivamente, a segunda<br />
quinzena traz uma energia de<br />
renovação no amor, onde você<br />
tende a se expressar com mais<br />
naturalidade e tende também<br />
a agir com mais autoconfiança,<br />
o que, sem dúvidas, faz muita<br />
diferença na relação amorosa.<br />
Virgem<br />
Recursos, dons, potenciais, finanças<br />
e parcerias são os temas<br />
em evidência durante este mês<br />
para o signo Virgem. É hora de<br />
reflectir sobre os seus valores<br />
mais significativos e como eles<br />
devem incluir mais as pessoas<br />
e os relacionamentos. Não basta<br />
conquistar as coisas apenas<br />
para si mesmo, é necessário<br />
compartilhar.<br />
Afectivamente, é um mês interessante<br />
em que você perceberá<br />
uma intensificação de sentimentos.<br />
Por conta disso, deverá<br />
ter cuidado com a possessividade,<br />
o ciúme e a tendência ao<br />
controle. É um momento importante<br />
para ter mais estabilidade<br />
emocional e equilíbrio.<br />
Balança<br />
Este mês representa uma espécie<br />
de ano novo para o signo<br />
Balança em <strong>2016</strong>, já que é o<br />
mês em que teremos a lunação<br />
ocorrendo no seu signo, além<br />
do facto do planeta Júpiter<br />
estar transitando, o que significa<br />
uma ampliação de horizontes<br />
emocionais e mentais.<br />
É hora de se abrir a novas experiências<br />
e ter mais iniciativa<br />
e assertividade para realizar<br />
os seus objectivos. Relacionamento<br />
é um tema importantíssimo<br />
do mês, e você deve agir<br />
com mais temperança e equilíbrio.<br />
Afectivamente, é um mês em<br />
que deve evitar atitudes possessivas,<br />
carências e inseguranças<br />
emocionais. É preciso<br />
que se mostre mais como você<br />
verdadeiramente é, de forma a<br />
ter uma naturalidade maior em<br />
seus sentimentos.<br />
Escorpião<br />
Este mês é um mês que pede<br />
interiorização e reflexão ao<br />
signo Escorpião e o tema principal<br />
é relacionamento. Observe<br />
as situações que se repetem<br />
nas suas relações e na vida<br />
emocional. É hora de superar<br />
os antigos padrões, de perdoar<br />
e de saber recomeçar. Há um<br />
forte aprendizado sobre amor-<br />
-próprio e também sobre o<br />
reconhecimento das nuances<br />
espirituais que regem as suas<br />
relações.<br />
Afectivamente, você deve ter<br />
cuidado com a tendência a<br />
reacções drásticas e radicais<br />
que podem minar a confiança<br />
da relação amorosa. É uma<br />
fase em que você estará mais<br />
ciente dos aspectos anteriormente<br />
reprimidos ou inconscientes<br />
relacionados a suas<br />
emoções.<br />
Sagitário<br />
Este mês é um mês com uma<br />
energia mais alegre, expansiva<br />
e leve para o signo Sagitário,<br />
depois de vários meses com<br />
fortes restrições e limitações.<br />
Pode haver um incremento na<br />
vida social, no relacionamento<br />
com amigos e nos projectos<br />
compartilhados com pessoas,<br />
grupos ou instituições. É hora<br />
de agir com mais confiança e<br />
de se preparar para o que você<br />
quer realizar ao longo dos próximos<br />
meses.<br />
Afectivamente, a segunda<br />
quinzena tende a ser mais interessante,<br />
já que teremos justamente<br />
o planeta do amor e<br />
dos relacionamentos, Vénus,<br />
move-se no seu signo, o que<br />
indica um novo ciclo emocional<br />
onde você está ciente de<br />
suas verdadeiras necessidades<br />
e do que busca no amor e na<br />
relação.<br />
Lusitano de Zurique<br />
33<br />
Capricórnio<br />
O signo Capricórnio tende a<br />
sentir uma energia mais assertiva<br />
e aguerrida durante este<br />
mês, já que teremos a movimentação<br />
do planeta Marte no<br />
seu signo, que é um símbolo<br />
de atitude, de energia física e<br />
sexual. É um momento interessante<br />
para você se jogar de cabeça<br />
nos seus projectos, mas<br />
agindo também com consciência<br />
das consequências a médio<br />
e a longo prazo das suas escolhas<br />
neste momento.<br />
Profissionalmente, é um dos<br />
meses mais importantes de<br />
<strong>2016</strong>, pois teremos a lunação<br />
ocorrendo no sector de carreira,<br />
o que estimula uma relação<br />
mais harmoniosa com chefias<br />
e naquilo que envolva parceria<br />
e questões hierárquicas.<br />
Contratos profissionais podem<br />
ser muito interessantes nesta<br />
fase.<br />
Aquário<br />
Espiritualidade, autoconhecimento,<br />
ética, viagens e estudos<br />
são temas enfatizados ao<br />
longo deste mês para o signo<br />
Aquário. É o momento de expandir<br />
as suas perspectivas e a<br />
sua visão da realidade, é uma<br />
fase que enfatiza a necessidade<br />
de agir com mais equilíbrio,<br />
temperança e ética e isso terá<br />
reflexo nos seus relacionamentos.<br />
Afectivamente, você perceberá<br />
a importância da amizade<br />
e do companheirismo, o que<br />
torna, também, mais receptiva<br />
a sua atitude em relação à<br />
pessoa amada. É um momento<br />
de maior satisfação emocional<br />
para o signo Aquário.<br />
Peixes<br />
Este mês tende a ser um dos<br />
mais intensos e transformadores<br />
de <strong>2016</strong> para o signo Peixes,<br />
pois teremos a lunação ocorrendo<br />
exactamente no sector<br />
de transformações emocionais,<br />
de autoconhecimento e<br />
de percepção de factores anteriormente<br />
negligenciados ou<br />
reprimidos de sua personalidade.<br />
É um momento que enfatiza<br />
também questões financeiras<br />
como taxas, empréstimos<br />
e contratos. É uma fase importantíssima<br />
para agir de modo<br />
mais colaborativo e isso pode<br />
ter reflexos positivos tanto na<br />
vida emocional quanto profissional.<br />
Afectivamente, haverá a necessidade<br />
de uma sintonia espiritual<br />
com quem você ama<br />
e deverá haver cuidado com a<br />
tendência ao ciúme, ao controle<br />
e à manipulação emocional.<br />
A segunda quinzena tende a<br />
enfatizar uma energia mais libertadora<br />
e revolucionária em<br />
relação ao amor.<br />
Coordenação: Joana Araújo
34 Lusitano de Zurique Humor/Passatempo (*)<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
“Quem não sabe rir, não sabe viver...”<br />
(*) O humor é um estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de disposição e de bem-estar psicológico e emocional de cada indivíduo a cada momento.<br />
O Poder<br />
Um agente da ASAE vai a uma propriedade<br />
e diz ao dono, um velho agricultor:<br />
- “Preciso inspeccionar a sua propriedade.<br />
Há uma denúncia de plantação ilegal.”<br />
O agricultor diz: -”Ok, inspeccione o que<br />
quiser, mas não vá àquele campo ali.” E<br />
aponta para uma determinada área.<br />
O agente da ASAE diz indignado:<br />
- “O senhor sabe que tenho o poder da autoridade<br />
comigo?”<br />
E tira do bolso um crachá mostrando ao<br />
agricultor:<br />
- “Este crachá dá-me a autoridade de ir<br />
onde quero.... e entrar em qualquer propriedade.<br />
Não preciso pedir ou responder<br />
a nenhuma pergunta. Está claro? Fiz-me<br />
entender?”<br />
O agricultor poucos minutos depois, ouve<br />
uma gritaria e vê o agente de autoridade<br />
a correr para salvar e sua própria vida perseguido<br />
pelo Asdrúbal, o maior touro da<br />
quinta.<br />
A cada passo o touro vai chegando mais<br />
perto do agente, que parece que será apanhado<br />
antes de conseguir alcançar um lugar<br />
seguro. O agente está apavorado.<br />
O agricultor larga as ferramentas, corre<br />
para a cerca e grita com todas as forças<br />
de seus pulmões: - “O Crachá, mostre-lhe<br />
o CRACHÁ!”<br />
Passear o boi<br />
Dois alentejanos, zangados há muito<br />
tempo, passam um pelo outro num caminho.<br />
Um deles leva um bovino à frente.<br />
Diz o outro:<br />
- Atão vai passear o boi?<br />
O outro, muito admirado:<br />
- Mas que jêto, compadre? A gente nã se<br />
falava há tanto tempo! Mas isto nã é um<br />
boi. É uma vaquinha. O compadre enganou-se.<br />
Resposta do primeiro:<br />
- Ê cá nã falê consigo. Foi com a vaca.<br />
Milagre de Lázaro<br />
Um Padre de uma freguesia perto de<br />
Guimarães contava na eucaristia um dos<br />
mais famosos milagres de Cristo aquando<br />
da sua estadia na Terra: a Ressurreição de<br />
Lázaro.<br />
-… E então, Cristo pegou nas mãos de<br />
Lájaro e dixe-lhe “Lájaro, alabanta-te e<br />
anda!” … Lájaro lebantou-xe e andeu!<br />
Ouve-se uma voz no fundo da Igreja : –<br />
Não é “andeu”, é andou! Estúpido!<br />
Ao que o padre respondeu:<br />
- Pois, andou estúpido durante uns tempos,<br />
mas depois paxou!<br />
Sutiã<br />
Mãe, já posso usar sutiã?<br />
Não, credo. Nem pensar.<br />
Por favor mãe…<br />
Não!<br />
Mãe, mas eu já tenho 16 anos.<br />
Já te disse um par de vezes que não, não e<br />
não, João Abel!<br />
Treinador do Real Madrid<br />
Três treinadores de futebol foram convidados<br />
para treinar o REAL MADRID mas tinham<br />
todos obrigatoriamente que passar<br />
um teste, que consistia por escrever um<br />
texto que englobasse três palavras em Espanhol;<br />
PARTIDO, PELOTA e PORTERO.<br />
Apareceram três candidatos.<br />
Um Francês, um Escocês e um Português.<br />
Começou o Escocês, Alex Ferguson:<br />
- Hayer estuve en Madrid y hemos jugado<br />
un PARTIDO de futebol com la nueva PE-<br />
LOTA . El PORTERO he jugado mui biem.<br />
Depois o Francês, Laurent Blanc:<br />
- Hemos comprado una nueva PELOTA, el<br />
PORTERO he dicho que es buena y vamos<br />
a provar en el próximo PARTIDO.<br />
Por fim o Português, Jorge Jesus:<br />
- Ontem ayer, saio do hotel cumprimento<br />
o PORTERO vou para o campo de futebol,<br />
mira, fiquei todo PARTIDO ó despôs fuie<br />
tomar uma duche de PELOTA.<br />
Anões<br />
Um anão entra num bar. Vendo um balcão<br />
muito alto, começa aos saltos e a gritar:<br />
- Queria um sumo! Queria um sumo!<br />
Como ninguém aparecia, o anão começa a<br />
ficar chateado.<br />
Decide dar a volta ao balcão e, do outro<br />
lado, vê outro anão aos saltos a gritar:<br />
- Fresco ou natural? Fresco ou natural?<br />
Aula de português<br />
Na aula de português a professora pede<br />
ao Joãozinho para dizer uma frase que incluísse<br />
o verbo formatar:<br />
Ao que o Joãozinho muito prestativo responde:<br />
- Se a ‘Stora formatar alguém leve uma<br />
faca ou uma pistola.<br />
Donos de casa<br />
Fascinado com as tarefas domésticas, o<br />
marido resolveu lavar uma camisola dele.<br />
Bastante tempo depois de ter chegado ao<br />
pé da máquina de lavar, gritou de lá:<br />
- Que programa de lavagem é que devo<br />
usar na máquina?<br />
- Isso depende - lê o que é que está na<br />
camisola. Respondeu-lhe a esposa.<br />
Ele respondeu prontamente:<br />
- Está escrito - Jorge Jesus!<br />
E andam os homens a falar das loiras, mas<br />
um sportinguista é bem pior...<br />
Recolha e coordenação:Manuel Araújo
Novembro <strong>2016</strong><br />
Júnior<br />
Lusitano de Zurique<br />
35<br />
AS ÁRVORES<br />
QUEREM<br />
MANDAR<br />
António Torrado<br />
No reino das árvores, as pessoas mandam<br />
muito.<br />
Dizem até algumas árvores que as pessoas<br />
mandam demais. Pois se, para que<br />
as árvores cresçam, há que escorá-las,<br />
para que elas se desenvolvam, há que<br />
podá-las, para que elas ganhem força, há<br />
que regá-las, o que é que resta às árvores,<br />
o que é que lhes cabe fazerem sozinhas?<br />
– Fazemos os frutos – dizem as árvores<br />
mais experientes. – As pessoas ainda não<br />
conseguem fazer peras, maçãs, laranjas,<br />
romãs, cerejas, ginjas, ameixas, sem nós.<br />
– Mas, depois, as pessoas tiram-nos o<br />
que fizemos – dizia um limoeiro novo.<br />
– E para que é que tu precisas dos limões,<br />
meu tolo? – replicava uma macieira com<br />
muitos anos de vida.<br />
– Para enfeitar – respondia o limoeiro.<br />
Aconteceu que, naquele ano, por altura<br />
da apanha, o reino das árvores não foi visitado<br />
por ninguém.<br />
O dono do pomar estaria doente ou teria<br />
ido para fora, talvez desinteressado das<br />
árvores a que, noutros anos, dera toda a<br />
atenção.<br />
Os frutos por colher pendiam dos ramos.<br />
Uns secaram. Outros caíram no chão,<br />
apodrecidos. Uma lástima.<br />
Ainda se aquele pomar ficasse perto da<br />
estrada que leva à escola, talvez houvesse<br />
quem se tentasse e fizesse a colheita<br />
por sua conta… Mas, como ficava num<br />
sítio isolado e pouco acessível, ninguém<br />
deu pelo pomar ao abandono.<br />
Vieram os pássaros. Vieram as lagartas.<br />
Vieram os insectos. Foi uma razia.<br />
Depois, o terreno do pomar não teve<br />
quem o lavrasse. Cresceram as silvas e as<br />
ervas daninhas. Muitas árvores ganharam<br />
moléstia. Deram, quando deram, uns frutos<br />
murchos e raquíticos. Sem préstimo.<br />
Quando, tempos depois, o pomar abandonado<br />
foi visitado por pessoas, metia dó.<br />
O pequeno limoeiro, que, entretanto,<br />
crescera, olhava em volta e só via árvores<br />
secas.<br />
– Uma ruína – diziam as pessoas. – Salvou-se<br />
o limoeiro, porque é árvore resistente,<br />
mas mesmo esse precisa de tratamento.<br />
Acompanhado e tratado arribou. É, agora,<br />
um belo e perfumado limoeiro, que não<br />
se importa nada, mesmo nada, de dar os<br />
seus limões às pessoas que lhos pedem.<br />
FIM
36 Lusitano de Zurique Literatura<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
Carmindo de Carvalho<br />
É membro da Academia de Letras e Artes Luso Suíça<br />
Carmindo de<br />
Carvalho<br />
Precedido por um almoço<br />
convívio no Café<br />
Pessoa em Genebra,<br />
Carmindo de Carvalho<br />
assim como vários outros<br />
compatriotas ligados<br />
às Letras, Artes<br />
e ofícios, numa sessão<br />
solene foram acolhidos<br />
e tomaram posse como<br />
membros efectivos da<br />
recém-criada Academia<br />
de Letras e Artes Luso<br />
Suíça (ALLAS).<br />
Mãe galinha<br />
Vivas à amizade<br />
Mãe, teu ventre me gerou<br />
O que sou eu sem um amigo?<br />
E o berço me embalou.<br />
Um animal numa selva perdido<br />
Teu doce falar<br />
Um leão caduco sem rugido<br />
Ao acarinhar,<br />
Uma pedra pronta a cair<br />
Teu saber grandioso,<br />
Num muro para ruir.<br />
Para a vida me soube preparar,<br />
Fazendo de mim trabalhador lutador Carmindo de Carvalho<br />
E não ocioso preguiçoso.<br />
No ventre me transportaste,<br />
Imagino quanto peso carregaste!<br />
Quantos sacrifícios passaste!<br />
Tantos filhos criaste!<br />
Mãe, sei que meu silêncio te faz sofrer.<br />
Olha, não é palavra vã,<br />
Mesmo, mesmo amanhã te vou escrever.<br />
E para alegrar teu coração,<br />
Sem mais demora<br />
Que já é hora,<br />
A carta mando de avião.<br />
Carmindo de Carvalho<br />
Pois é<br />
É tão verdade<br />
Que não há carecas burros<br />
Como verdade é<br />
Que há muitos burros carecas!<br />
E eu que careca sou e algo de burro também<br />
Estou à vontade<br />
Para falar desta realidade<br />
A muitos filhos da mãe !<br />
Carmindo de Carvalho<br />
https://www.facebook.com/carmindo.carvalho
Novembro <strong>2016</strong><br />
Literatura<br />
Lusitano de Zurique<br />
37<br />
São Martinho<br />
Fonte das Lágrimas<br />
São Martinho em devoção<br />
Foi bastante venerado<br />
Mas na nossa tradição<br />
É assim idolatrado...<br />
Dizem que a fonte lendária<br />
Só de lágrimas se fez<br />
Na tragédia sanguinária<br />
Do drama da linda Inês...<br />
Dia onze é o seu dia<br />
De Novembro, diz o povo<br />
Quase por autolatria<br />
Vai-se abrir o vinho novo.<br />
Lá diz o velho ditado<br />
No dia de São Martinho<br />
Para ser bem celebrado<br />
Vai à adega e prova o vinho.<br />
As castanhas são rainhas<br />
De saboroso degusto<br />
Que fazem quando quentinhas<br />
O tão popular magusto.<br />
Comem-se depois assadas<br />
Festejando o São Martinho<br />
Mas devem ser bem regadas<br />
Com água pé ou bom vinho.<br />
Perece Inês por amor<br />
P’lo crime de ter amado<br />
Em gritos de pranto e dor<br />
Seu corpo é dilacerado!...<br />
No local, a lenda reza<br />
Que uma fonte ali brotou<br />
E em sinal de tristeza<br />
A fonte não mais secou...<br />
Há luto de dor e mágoas<br />
Naquela fonte velhinha<br />
São plangentes as àguas<br />
São lágrimas de rainha !...<br />
Euclides Cavaco<br />
Euclides Cavaco<br />
www.euclidescavaco.com<br />
É assim a tradição<br />
Por Portugal inteirinho<br />
Que em notória animação<br />
Se celebra o São Martinho !...<br />
Euclides Cavaco<br />
https://www.facebook.com/euclides.cavaco<br />
DEIXAR CANTAR QUEM SABE<br />
OS BEIJOS POR NÓS TROCADOS<br />
Chico Bento<br />
Gabar-me do que não faço<br />
Na minha ideia não cabe<br />
Eu prefiro versos escreverE deixar cantar<br />
quem sabe<br />
Tudo o que não me pertence<br />
Não quero nem um pedaço<br />
Nunca foi um feitio meu<br />
Gabar-me do que não faço<br />
Quero aqui deixar explícito<br />
Antes que o meu tempo acabe<br />
Gabar-me do que não fiz<br />
Na minha ideia não cabe<br />
Se gosto de improvisar<br />
Nas quadras que sei fazer<br />
Para passar o meu tempo<br />
Eu prefiro versos escrever<br />
Quer acreditem, quer não<br />
A mentira em mim não cabe<br />
Gosto é de escrever cantigas<br />
E deixar cantar quem sabe.<br />
Chico Bento<br />
Dällikon - Suíça<br />
Vamos tudo devolver<br />
Já não somos namorados<br />
Não têm devolução<br />
Os beijos por nós trocados<br />
Tantos presentes trocámos<br />
Vendo o nosso amor crescer<br />
Agora que ele acabou<br />
Vamos tudo devolver<br />
Que este amor perdurasse<br />
Nós vivíamos empenhados<br />
Mas afinal não deu mais<br />
Já não somos namorados<br />
O que tu deste e o que eu dei<br />
Tudo é devolvido então<br />
Os nossos melhores momentos<br />
Não têm devolução<br />
Porque o namoro acabou<br />
Não vamos ficar zangados<br />
Por não poder devolver<br />
Os beijos por nós trocados.<br />
Chico Bento<br />
Dällikon - Suiça<br />
https://www.facebook.com/chico.bento.98
38 Lusitano de Zurique Opinião<br />
Novembro <strong>2016</strong><br />
NOBEL<br />
Carlos Matos Gomes<br />
Nobel. Os prémios Nobel são um número<br />
mediático de primeira grandeza. Não há<br />
dúvida. Promovem pessoas de alto valor<br />
e fazem incidir sobre os seus trabalhos<br />
a atenção de milhões de pessoas que, se<br />
não fosse o prémio, nunca pensariam nas<br />
questões que os contemplados abordam.<br />
Na medicina, o nobéis de umas vezes escolhem<br />
as batidas do coração, de outras a<br />
estrutura da célula, mas são médicos ou<br />
aparentados os vencedores. Na economia<br />
os Nobel de cada ano tanto tratam<br />
da dívida como da pressão da procura. O<br />
macro e o micro. Mas são economistas e<br />
não contabilistas. Nas ciências, de umas<br />
vezes ganham a genética, de outras os<br />
hábitos e os comportamentos como influenciadores<br />
de comportamento. Na<br />
literatura não é assim. A literatura é um<br />
bazar. Tanto contempla champôs como<br />
malas de viagem. Pomada para os calos,<br />
como camisas de dormir.<br />
Infelizmente para os contemplados com<br />
o Nobel da Literatura, nem Cervantes,<br />
nem Camões viveram no período de venda<br />
de garagem, de bazar, ou de pagode<br />
instituídos pelo actual Comité Nobel.<br />
Infelizmente para Cervantes e Camões,<br />
não acompanharam o D. Quixote nem Os<br />
Lusíadas à guitarra e com uma gaita de<br />
beiços. Camões e Cervantes produziram<br />
obras que pertencem ao património da<br />
literatura. Sem música.<br />
Os trovadores pertenciam, no seu tempo,<br />
a outra categoria de artistas. Camões escreveu<br />
a epopeia de um povo que chegou<br />
ao Oriente. Cervantes a de um povo que,<br />
da aridez de Castela, dominou mais de<br />
meio mundo. Eram literatos, homens do<br />
mundo. Na sua esteira, à sua babugem,<br />
surgiram constelações de trovadores<br />
com cítaras e bandolins. Respeitava-se a<br />
diferença entre os criadores e os baladeiros.<br />
Na Europa, na do Sul, a Europa civilizada,<br />
que herdou a cultura dos gregos e<br />
dos romanos, onde existiram feudalismo,<br />
as lutas religiosas, discussão sobre os<br />
direitos do ser, os direitos internos e os<br />
direitos dos que são submetidos, era natural<br />
a distinção entre o trovador, o poeta<br />
e o romanceiro. Julgo que para nós, europeus<br />
e portugueses, era natural que a<br />
popular e culta Amália Rodrigues distinguisse,<br />
e o salientasse no palco, que ia<br />
cantar um fado de Frederico Valério, ou<br />
um poema de David Mourão Ferreira, de<br />
Alain Oulmain, ou de Pedro Homem de<br />
Melo. Não era a mesma coisa. Em Portugal<br />
era natural que não fosse atribuído<br />
o Grande Prémio da Literatura ao Zeca<br />
Afonso e se discutisse a sua atribuição a<br />
Cardoso Pires ou a Saramago… A mim não<br />
me passava pela cabeça, apesar da amizade,<br />
da cumplicidade e da enorme consideração<br />
que tenho pelo Zeca Afonso, que<br />
lhe fosse atribuído o grande prémio da Literatura<br />
Portuguesa. Ele ficaria siderado,<br />
julgo. É que, se todo o escrito pode ser literatura,<br />
cada som pode ser música, cada<br />
risco pode ser pintura, cada parede pode<br />
ser arquitectura, porque não será cada<br />
folha de papel uma nota de banco, cada<br />
berro uma ária de ópera, cada pergunta<br />
um tratado de filosofia? Porque não será<br />
o assobio de pastor uma sinfonia?<br />
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