Agosto/2016 - Referência Industrial 177
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ENTREVISTA - Presidente da Abesco vê <strong>2016</strong> como um bom ano para repensar a eficiência energética<br />
I N D U S T R I A L<br />
Na palma<br />
da mão<br />
Com bom custo benefício, autoclaves se<br />
adaptam ao século XXI e oferecem integração<br />
com dispositivos móveis<br />
In the Palm<br />
of the Hand<br />
With a good cost benefit ratio, autoclaves<br />
are adapted to the 21st century and offer<br />
integration with mobile devices<br />
Especial – Destaques da Formóbile, uma das mais importantes feiras do setor realizada em SP
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
SUMÁRIO<br />
SUMÁRIO<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
32<br />
Baukus 09<br />
Cerumaq 15<br />
Congresso Moveleiro 73<br />
Contraco 53<br />
DRV Ferramentas 13<br />
Engecass 17<br />
Gaidzinski 65<br />
H. Bremer 11<br />
42<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
50<br />
Homag 07<br />
Indumec 75<br />
IWF Atlanta 49<br />
Máquinas Dallabona 71<br />
Marrari 41<br />
Mill Indústrias 76<br />
Montana Química 02<br />
MSM Química 31<br />
Planeta <strong>Industrial</strong> 71<br />
Razi Máquinas 59<br />
Salvador 45<br />
Siempelkamp 05<br />
Tecnovapor 69<br />
Vantec 29<br />
10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
12 Notas<br />
18 Aplicação<br />
19 Alta e Baixa<br />
20 Frases<br />
21 Affemaq<br />
26 Entrevista<br />
30 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />
32 Principal Autoclaves conectadas<br />
38 Empresa e negócios<br />
42 Construção Civil<br />
46 Informe<br />
50 Especial Formóbile<br />
62 Química na Madeira<br />
66 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
AGOSTO | 03
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
EDITORIAL<br />
Ano XVIII - Edição n.º <strong>177</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2016</strong><br />
Year XVIII - Edition n.º <strong>177</strong> - August <strong>2016</strong><br />
Nesta edição o destaque<br />
fica por conta da integração a<br />
dispositivos móveis, realizadas<br />
pelas autoclaves da Fhaizer<br />
UM FUTURO<br />
VISIONÁRIO<br />
Há milhares de anos, o pensador chinês Confúcio fez<br />
uma reflexão que se propagou até os dias de hoje: “se quiser<br />
prever o futuro, estude o passado”. Tal frase cai como uma<br />
luva nesta edição de REFERÊNCIA INDUSTRIAL, que trata<br />
sobre as perspectivas para os próximos anos em diversas das<br />
suas editorias. Na nossa matéria principal, falamos sobre a<br />
evolução e modernização das autoclaves, que hoje podem<br />
ser operadas e diagnosticadas usando o touch screen de um<br />
smartphone; visitamos a feira ForMóbile, uma das mais importantes<br />
do setor, e trouxemos em primeira mão as tendências<br />
do mercado nacional; em Construção Civil, o maior prédio de<br />
madeira da Europa se ergue na Itália, mostrando que o futuro<br />
do setor procura cada vez mais a sustentabilidade encontrada<br />
na madeira. Desejamos a todos assinantes e leitores uma<br />
leitura visionária, assim como os retratados nestas páginas.<br />
A VISIONARY FUTURE<br />
Thousands of years ago, Chinese philosopher Confucius<br />
reflected on something that is valid even today: “If you want<br />
to predict the future, study the past.” This fits this issue of RE-<br />
FERÊNCIA <strong>Industrial</strong> like a glove, as to the outlook for the next<br />
few years in several of this month’s articles. In our lead story,<br />
we talk about the evolution and modernization of autoclaves,<br />
which today can be operated and diagnosed using a touch on<br />
the screen of a smartphone; we visit ForMóbile, one of the most<br />
important trade fairs in the industry, noting the national market<br />
trends firsthand; and in the Building Construction Section, the<br />
largest building in Europe using wood is being constructed in<br />
Italy, demonstrating that the Sector's future increasingly looks<br />
at the sustainability found in wood. We wish all subscribers<br />
and readers a visionary reading, such as the vision depicted in<br />
these pages.<br />
EXPEDIENTE<br />
JOTA COMUNICAÇÃO<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Diretora de Negócios / Business Director<br />
Joseane Knop<br />
joseane@jotacomunicacao.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Veículo filiado a:<br />
JOTA EDITORA<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
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Redação / Writing<br />
Rafael Macedo - Editor<br />
editor@revistareferencia.com.br<br />
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Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo<br />
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Fotógrafos: Mauricio de Paula<br />
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Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
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Monica Kirchner - Coordenação<br />
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assinatura@revistareferencia.com.br<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida<br />
aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de<br />
pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, ONG’s, entidades de<br />
classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao segmento madeireiro.<br />
A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por conceitos<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CARTAS<br />
Capa da Edição 176 da<br />
Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />
mês de julho de <strong>2016</strong><br />
Capacidade<br />
Mercado<br />
Por<br />
Jefferson Silva -<br />
Campinas (SP)<br />
A China como<br />
potência econômica<br />
pode até<br />
ter desacelerado<br />
nos últimos anos,<br />
mas sua capacidade<br />
industrial só é aprimorada a cada ano que passa. Prova<br />
disso é a capa da última revista, que mostra a investida dos<br />
asiáticos no setor de máquinas.<br />
Foto: Mauricio de Paula<br />
Por Antônio<br />
Gazizi -<br />
Santos (SP)<br />
A REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL<br />
tem melhorado<br />
a cada edição.<br />
Dou meus parabéns<br />
à toda<br />
equipe pela matéria sobre exportação de madeira. Sem<br />
dúvidas, um mercado que só tem a crescer nos próximos<br />
anos.<br />
Foto: divulgação<br />
Segmento<br />
Por Marcos Frota -<br />
Rio de Janeiro (RJ)<br />
Acredito que a comissão<br />
de estudos sobre<br />
o wood frame venha<br />
fortalecer ainda mais<br />
este segmento da<br />
construção civil. Já é<br />
passada a hora de uma<br />
normatização.<br />
Foto: divulgação<br />
Inovação<br />
Por Carlos Aguilar -<br />
Rio Branco (AC)<br />
Muito pertinente a<br />
última coluna do Flávio<br />
Geraldo. Ninguém<br />
pode se dar ao luxo de<br />
acomodar-se, principalmente em um ano de grandes<br />
transformações como tem sido <strong>2016</strong>. Que os industriais<br />
trabalhem sempre em prol de inovações!<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />
é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
06 |<br />
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E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados para redação ou siga:
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
BASTIDORES<br />
AUTOCLAVES<br />
MODERNAS<br />
Para a principal<br />
matéria desta edição,<br />
visitamos a fábrica da<br />
Fhaizer em Joinville<br />
(SC), especialista na<br />
produção de autoclaves,<br />
conduzidos pelos<br />
diretores Victor Aguiar e<br />
André Clemente.<br />
Da esquerda para a<br />
direita: Bruno Raphael<br />
Müller (jornalista do<br />
GRUPO JOTA); Fábio<br />
Machado (diretor<br />
comercial do GRUPO<br />
JOTA); Mauro Speck,<br />
da Fhaizer, Dr. Victor<br />
Aguiar, da Fhaizer,<br />
Guilherme Muhlhausen e<br />
André Clemente, diretor<br />
comercial da Fhaizer<br />
Foto: Mauricio de Paula<br />
Da esquerda para<br />
a direita: Roberto<br />
Floriani (diretor<br />
da Esquadribrás);<br />
Joseane Knop<br />
(diretora de negócios<br />
do GRUPO JOTA);<br />
Eduardo Rechenberg<br />
(diretor da Alca<br />
Máquinas); e Bruno<br />
Raphael Müller<br />
(jornalista do GRUPO<br />
JOTA)<br />
Foto: Mauricio de Paula<br />
FÁBRICA DE<br />
PORTAS<br />
A REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL visitou a<br />
fábrica da Esquadribrás<br />
(SC) para ver de perto o<br />
trabalho das máquinas<br />
Razi<br />
VERSATILIDADE<br />
MADEIREIRA<br />
Acompanhando a<br />
produção das máquinas<br />
chinesas, a REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL visitou<br />
também a Beatriz<br />
Madeiras (SC)<br />
Foto: Mauricio de Paula<br />
08 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
COLUNA<br />
MOMENTOS<br />
Lentamente, o setor produtivo começa a respirar novos ares<br />
Flavio C. Geraldo<br />
Arch Proteção de Madeiras - Grupo Lonza<br />
Contato: flavio.geraldo@lonza.com<br />
Foto: divulgação<br />
N<br />
ão se trata de título de uma música romântica,<br />
mas é inegável que depois de um período<br />
de muita turbulência em nossa economia<br />
- afetando frontalmente o setor produtivo - parece<br />
que começamos a respirar outros momentos. Não vai<br />
ter jeito, os ajustes virão: sabe-se lá o que vai ser das<br />
cotações da nossa moeda em relação às moedas fortes;<br />
ajustes fiscais; necessidade de modernização das<br />
relações de trabalho; reforma da previdência; enfim,<br />
pelo menos existem indicações de mudanças no médio<br />
prazo que poderão ser benéficas. Para o setor industrial<br />
madeireiro, é o momento de reflexões, buscando decifrar<br />
algumas oportunidades que o momento parece<br />
desvendar.<br />
Todos sabem que no mercado interno o setor da<br />
construção é ávido por madeiras. As indicações são<br />
de que o setor consome cerca de 25% do volume total<br />
de madeira serrada no Brasil, anualmente. Só em<br />
estruturas de coberturas, a projeção é de um volume<br />
médio anual da ordem de 2,5 a 3,0 milhões de m³ (metros<br />
cúbicos). Por outro lado, a CEF (Caixa Econômica<br />
Federal) acaba de informar a respeito de uma nova<br />
linha de crédito que visa ampliar o financiamento de<br />
imóveis com preços entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. A<br />
entidade informa que tem R$ 3,8 bilhões para financiar<br />
a compra da casa própria pela linha pró-cotista, que é<br />
voltada para trabalhadores com pelo menos 36 meses<br />
de vínculo com o Fgts (Fundo de garantia do tempo de<br />
serviço) com saldo na conta de pelo menos 10% do valor<br />
do imóvel ou trabalhando. A taxa de juros é de 8,66%<br />
ao ano. São medidas que podem dinamizar o mercado<br />
industrial madeireiro, sem dúvidas; afinal, sendo repetitivo,<br />
há capacidade ociosa e matéria-prima disponível,<br />
assim como Normas Técnicas que credenciam o setor<br />
ao devido suprimento desse fantástico mercado.<br />
Saindo de casa e indo para o campo, o ministro da<br />
Agricultura do Brasil foi aos EUA (Estados Unidos da<br />
América) para fechar um acordo sobre o comércio de<br />
carne bovina in natura entre os dois países. Tal acordo<br />
vem sendo costurado há alguns anos e poderá incrementar<br />
as exportações brasileiras em R$ 900 milhões<br />
por ano, estima o Ministério da Agricultura do Brasil.<br />
Vale lembrar que já somos exportadores de carnes<br />
bovinas industrializadas para os EUA. O objetivo do<br />
novo acordo é viabilizar também a exportação de carne<br />
fresca e congelada.<br />
Boi no pasto lembra cercas e cercas lembram mourões<br />
de madeira tratada, produtos de pleno domínio e<br />
atual vocação do setor no Brasil, ainda que de baixos<br />
valores agregados e de ambiente de alta competitividade.<br />
Ao lado das pastagens limitadas por cercas com<br />
mourões tratados, em muitas áreas estão as ferrovias<br />
que, pelas indicações de decisões relacionadas a novas<br />
parcerias governamentais, poderão se estendidas com<br />
novos troncos e ramais, afinal, o escoamento de safras<br />
de grão através das ferrovias, comprovadamente são<br />
vantajosos em termos logísticos. Mercado para os<br />
dormentes ferroviários, produzidos com madeiras<br />
cultivadas e tratadas. Há que se mencionar uma nova<br />
disposição dos principais órgãos reguladores do Brasil<br />
em relação a uma gradativa desburocratização no processo<br />
de registros de novas formulações preservativas<br />
para madeiras.<br />
Claro que o alto nível de exigência permanece, mas<br />
a forma como esses órgãos estão vendo os andamentos<br />
de processos, poderá trazer maior dinamismo às<br />
analises e eventuais aprovações de formulações mais<br />
inovadoras, cujo principal mercado alvo será o setor<br />
da construção, em consonância com o que ocorre em<br />
países de maior desenvolvimento. Os exemplos aqui<br />
mencionados permitem o sentimento de que novos<br />
e esperançosos momentos de melhorias começam a<br />
surgir, vale, no entanto, bater três vezes na madeira.<br />
A conferir.<br />
O sentimento é que novos e esperançosos momentos de<br />
melhorias começam a surgir. Vale, no entanto, bater três vezes<br />
na madeira<br />
10 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Tecnologia de ponta<br />
A produção conectada e inteligente é a evolução proporcionada<br />
pela Indústria 4.0, também conhecida como a quarta<br />
Revolução <strong>Industrial</strong>. Este conceito, que já é aplicado em<br />
diferentes áreas produtivas, foi o tema da palestra Indústria<br />
4.0 na Produção de Móveis realizando pela Homag durante<br />
a VII ForMóbile. O evento foi um sucesso e reuniu centenas<br />
de fabricantes de móveis interessados em saber mais sobre<br />
a tecnologia da empresa alemã. Quem falou sobre o assunto<br />
foi o engenheiro e diretor de métodos, ferramentas<br />
e sistemas da Homag, Ernst Esslinger, que está há 30 anos<br />
na empresa. Esslinger explicou que fornecer linhas em Lote<br />
1 personalizadas é uma realidade no Grupo Homag.“Nós<br />
entregamos várias linhas altamente integradas, flexíveis e<br />
produtivas no mundo todo, principalmente para o mercado<br />
europeu, americano e chinês. ”Como exemplo de produção<br />
conectada de alto nível, o engenheiro apresentou a empresa<br />
Hali, uma fabricante de móveis de escritório da Áustria, que<br />
consegue produzir 48 milhões de variações em apenas 15<br />
dias de trabalho, o que gerou um aumentou na sua produção<br />
de 30% após ter investido em uma linha altamente flexível e<br />
produtiva. O Grupo Homag já domina todos os processos,<br />
softwares, máquinas e serviços que envolvem a produção<br />
conectada e agora está focando em pesquisas e desenvolvimentos<br />
para alcançar o conceito Indústria 4.0 por completo.<br />
Canteiro para<br />
madeira<br />
O canteiro experimental de Arquitetura da Ufpr (Universidade<br />
Federal do Paraná) está prestes a sair do papel.<br />
O espaço terá um grande enfoque em madeira. A expectativa<br />
é de que o departamento possa começar a trabalhar<br />
no projeto ainda no segundo semestre deste ano.<br />
Um dos grandes diferenciais é o diálogo da universidade<br />
com o setor industrial e escritórios de arquitetura,<br />
para envolvê-los nos debates, escutando suas demandas<br />
e contribuições. O departamento de Arquitetura e Urbanismo<br />
da Ufpr também vem trabalhando para popularizar<br />
a madeira como material construtivo.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Móveis a partir<br />
de resíduos<br />
O doutor em Biotecnologia pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas),<br />
Leonardo Brandão, transforma resíduos de madeiras, que antes<br />
eram descartados no lixo, em artigos de luxo. O material retirado das ruas<br />
de Manaus é usado na montagem de mesas, baús, adegas, molduras, prateleiras,<br />
sofás e estantes. O trabalho conta com apoio do Governo do Amazonas,<br />
por meio da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do<br />
Amazonas).<br />
O projeto começou como um hobby e se tornou, posteriormente, um empreendimento. Os produtos possuem uma estética<br />
inovadora, aliada ao conceito de sustentabilidade. A produção de móveis com resíduos de madeira é um dos 40 projetos aprovados<br />
no Programa Sinapse da Inovação.<br />
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NOTAS<br />
Demissões<br />
aumentam no<br />
Polo de Ubá<br />
O Polo Moveleiro de Ubá (MG) sofre os efeitos<br />
da crise econômica nacional. O momento ruim da<br />
economia resultou na demissão de mais de 2.600<br />
funcionários, além do fechamento de dez fábricas<br />
do setor. E as empresas que ainda estão abertas<br />
passaram a ter medidas de contenção de custos<br />
para não agravar ainda mais a situação atual.<br />
O presidente do Intersind (Sindicato das Indústrias<br />
de Móveis de Ubá e região), Áureo Barbosa,<br />
contou que um dos recursos adotados por algumas<br />
empresas é dar férias coletivas para driblar<br />
as máquinas paradas. Ele acredita que haja uma<br />
recuperação até o final deste ano.<br />
Foto: divulgação<br />
Madeira é Legal<br />
Em busca da promoção do uso sustentável da madeira na<br />
construção civil, o programa Madeira é Legal realiza uma série<br />
de cinco palestras para o segundo semestre deste ano, em Brasília<br />
(DF). O objetivo do evento é mostrar as possibilidades de uso<br />
sustentável da madeira para arquitetos, engenheiros e urbanistas.<br />
As palestras, que são gratuitas e abertas ao público, terão<br />
início em agosto e serão realizadas no CasaPark Shopping. O<br />
calendário e os oradores convidados ainda serão divulgados. Assinado<br />
por 23 instituições em 2009, o programa é um protocolo<br />
de cooperação que busca incentivar o uso da madeira certificada<br />
na construção civil brasileira.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Governo do Acre<br />
entrega R$ 500 mil<br />
em móveis<br />
O governador do Acre, Tião Viana, realizou a entrega de quase<br />
R$ 500 mil em mobiliário que serão destinados aos escritórios da<br />
Seaprof (Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção<br />
Familiar) na capital, Rio Branco, e interior do Estado.<br />
A entrega foi feita no Polo Moveleiro de Rio Branco e faz parte<br />
do Programa de Fortalecimento do Setor Moveleiro do Acre, que<br />
permitiu a aquisição de 525 mobiliários, entre mesas, gaveteiros, armários, estantes, poltronas e portas para computadores desktop.<br />
Para o governador, a entrega representa o fortalecimento do potencial econômico do estado. O programa foi criado em 2011, para<br />
incentivar o setor moveleiro do Acre.<br />
14 |<br />
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2<br />
A N O S<br />
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Tem como objetivo otimizar a classificação de tábuas, flexibilizando a produção e gerando valor ao<br />
processo. O equipamento classifica as tábuas automaticamente em relação as suas dimensões.<br />
Dados de processo<br />
• Capacidade: 180 peças/minuto<br />
• Espessura tábua: 12 à 50 mm<br />
• Largura tábua: 50 à 200 mm<br />
• Comprimento da tábua: 600 à 1800 mm (de acordo com a<br />
espessura)<br />
• Potência total: 10 CV<br />
Opcionais<br />
• Marcação em cada tábua (marcação física ou impressa)<br />
• Escovas para limpeza das tábuas<br />
• Colocação de amarração automática<br />
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e espessura, conforme dados<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Polo moveleiro<br />
de Linhares<br />
Em maio, a CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />
divulgou o perfil da indústria nos Estados, que apontou a<br />
relevância do setor produtivo em cada região. A pesquisa<br />
apontou Espírito Santo como o primeiro colocado do<br />
ranking nacional: 40,5% das riquezas produzidas vêm da<br />
indústria. O setor moveleiro é um dos mais tradicionais do<br />
Estado e conta com 800 indústrias, que geram hoje cerca<br />
de 11 mil empregos.<br />
O destaque é o polo moveleiro de Linhares, que abrange<br />
diversos municípios do norte capixaba e onde estão instaladas<br />
140 empresas de móveis seriados e marcenarias,<br />
que atendem às demandas dos grandes centros urbanos do<br />
país. De acordo com o Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia<br />
e Estatística), o Espírito Santo foi um dos únicos Estados<br />
que apresentou variações positivas no volume de vendas de<br />
móveis de 2008 a 2014. Em 2008, foi o Estado com o maior<br />
crescimento em vendas de móveis.<br />
Mais empregos<br />
no Alagoas<br />
No Polo José Aprígio Vilela, está localizada a Atacadista<br />
Paletes de Madeira. Apesar de a inauguração estar<br />
prevista para outubro, a indústria já está operando. Ela<br />
fornece paletes para a Portobello e gera 50 empregos diretos,<br />
além de 150 empregos indiretos.<br />
Para o diretor-presidente da Atacadista, André Toledo,<br />
o Prodesin (Programa de Desenvolvimento Integrado)<br />
foi fundamental para a instalação da indústria.<br />
Para os empresários que queiram investir em Alagoas, a<br />
Sedetur (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico<br />
e Turismo) oferece vantagens. Entre elas, estão<br />
o apoio para encontrar uma localização estratégica e o<br />
deferimento de Icms (Imposto sobre Circulação de Mercadorias<br />
e Serviços).<br />
Foto: divulgacão<br />
Expobois é adiada<br />
para 2018<br />
O Symop (Sindicato dos Maquinários e Tecnologias Francesas de<br />
Produção) anunciou o adiamento da feira Expobois, prevista para ocorrer<br />
em 2017. Agora, o evento deverá acontecer em março de 2018, em Paris.<br />
A decisão da mudança da data foi tomada levando em conta a instabilidade<br />
econômica do mercado interno da França.<br />
Segundo o comunicado oficial, os organizadores agora trabalharão<br />
para fazer da feira um evento ainda maior do que o previsto, devido ao<br />
prazo maior para a elaboração dos estandes. A Expobois 2018 será focada<br />
em novos meios de processamento de madeira e máquinas do setor,<br />
assim como métodos de otimizar a produção.<br />
Foto: divulgacão<br />
16 |<br />
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Grelha Móvel ou Grelha Fixa<br />
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SEU INVESTIMENTO<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
APLICAÇÃO<br />
JARDIM DENTRO<br />
DE CASA<br />
Foto:divulgação<br />
O<br />
s jardins verticais têm se tornado uma das decorações<br />
preferidas dos últimos anos para os amantes da natureza.<br />
Na falta de espaços como varandas ou quintais,<br />
muitos donos de imóveis optaram por pendurar suas plantas na<br />
parede, otimizando o espaço disponível em apartamentos.<br />
Pensando nisso, a Elo7, em parceria com o site MadeiraMadeira,<br />
criou tipos de jardins verticais, feitos com paletes de MDF<br />
e voltados especialmente para locais aconchegantes. Disponível<br />
em diversas versões, os jardins verticais podem vir em diversos<br />
formatos para vasos pequenos e médios. Além dos verticais, também<br />
há opções de jardins tradicionais, também feitos de pallet.<br />
LUXO E<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
A<br />
decoradora Walkiria Nossol lançou este mês<br />
uma linha de mobiliário, a convite da catarinense<br />
Móveis Serraltense, empresa moveleira<br />
de São Bento do Sul (SC). No total, serão 14 peças produzidas<br />
com a proposta de compor uma sala de jantar. A<br />
primeira peça a ser lançada é uma cadeira, desenvolvida<br />
em madeira 100% sustentável, com detalhe em algodão<br />
natural e tecidos de fibra igualmente natural.<br />
"Para a cadeira a minha inspiração foi a busca por<br />
produtos sustentáveis que atendessem à proporção ideal<br />
entre largura e altura, e ainda tivessem linhas simples<br />
e detalhes inovadores, de preferência manufaturados",<br />
explica Walkiria Nossol. De acordo com a profissional, a<br />
linha tem como objetivo trazer o luxo aliado à sustentabilidade.<br />
Fotos: divulgação<br />
18 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ALTA E BAIXA<br />
ALTA<br />
MAIS MADEIRA EM MT<br />
O ramo de produtos de madeira no Mato Grosso teve aumento na produção, por causa de maior<br />
fabricação de madeira serrada, aplainada ou polida. Isso contribuiu para alta na produção industrial<br />
mato-grossense, que voltou a se destacar em maio. De acordo com dados mais recentes<br />
do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve um crescimento de 14,6% em<br />
comparação com o mesmo período, no ano passado. Essa foi a quarta taxa positiva consecutiva<br />
para o Estado nas comparações interanuais.<br />
CONSULTORIA PARA NR-12<br />
O Instituto Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem <strong>Industrial</strong>) de Tecnologia em Meio Ambiente e Química, em Curitiba<br />
(PR), criou uma equipe de consultores para avaliação de máquinas e equipamentos dentro da NR-12, que permite às<br />
empresas adequarem seu maquinário de acordo com essas instruções. Por ser uma norma de complexo entendimento e<br />
aplicação, o Senai deu início a este serviço, que já conta com a adesão de diversas empresas do Paraná.<br />
QUEDA NO NORDESTE<br />
O setor moveleiro baiano está à deriva. As vendas registraram em maio deste ano uma redução de 20,8% em relação<br />
ao mesmo mês de 2015, segundo o estudo do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado em julho.<br />
Para a gerente de serviços e comércio do instituto, Isabella Nunes, o resultado negativo foi influenciado principalmente<br />
pela evolução dos preços acima do índice geral da inflação, mercado de trabalho enfraquecido, número menor de<br />
trabalhadores com carteira assinada no setor privado e de salários.<br />
BAIXA<br />
PORTAS FECHANDO EM ARAPONGAS<br />
O Sima (Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas) confirmou que mais uma empresa<br />
moveleira do município, a Fiasini Indústria e Comércio de Móveis, encerrou as atividades durante<br />
a última semana. Com mais de 20 anos de atividades, a empresa acabou dispensando<br />
um total de 117 funcionários que ainda atuavam no setor de produção. De janeiro a julho deste<br />
ano, pelo menos quatro empresas do ramo fecharam as portas, extinguindo 2,3 mil vagas de<br />
emprego em Arapongas. Cenário mais que preocupante.<br />
AGOSTO | 19
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
FRASES<br />
Estamos ansiosos de ver medidas<br />
muito duras, modernas, mas difíceis de<br />
serem apresentadas como a [reforma<br />
da] Previdência Social, para um futuro<br />
promissor e questões trabalhistas<br />
Foto: Agência Brasil<br />
Robson Andrade, Presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), ao<br />
se manifestar a favor de reformas trabalhistas e da aposentadoria no Brasil<br />
após encontro com o presidente interino Michel Temer<br />
O retorno da confiança aos níveis médios históricos dependerá, de<br />
agora em diante, de uma efetiva recuperação da demanda interna e da<br />
redução das incertezas originadas no ambiente político<br />
Aloisio Campelo Jr., superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV (Fundação Getúlio Vargas), sobre a<br />
retomada da confiança do setor industrial ao melhor nível desde 2014<br />
O desempenho ruim da indústria foi o epicentro de nossa crise, e<br />
a retomada do crescimento do país passa por sua recuperação. A<br />
exportação é o principal motor desse movimento, e a substituição das<br />
importações também ajudará<br />
Rafael Cagnin, economista do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento <strong>Industrial</strong>)<br />
Nós enfatizamos ao Presidente da<br />
República e a todos os ministros presentes<br />
que, ao lado do câmbio favorecido, nós<br />
precisamos de mais crédito e política de<br />
estímulo à exportação<br />
Foto: Agência Brasil<br />
Elizabeth de Carvalhaes, Presidente-executiva da Ibá (Indústria<br />
Brasileira de Árvores), após encontro em Brasília com ministros<br />
do governo federal<br />
20 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
AFFEMAQ<br />
TUDO<br />
EM CASA<br />
Fotos: Affemaq<br />
MOSTRA AFFEMAQ<br />
SERRA GAÚCHA ANIMA<br />
POLO MOVELEIRO DE<br />
BENTO GONÇALVES<br />
E DESTACA A<br />
NECESSIDADE DE<br />
APROVEITAR AS<br />
OPORTUNIDADES DO<br />
MERCADO<br />
F<br />
undada em 2004, na cidade de Bento Gonçalves<br />
(RS), a Affemaq (Associação dos Fornecedores<br />
para as Indústrias de Madeira e Móveis) sempre<br />
teve em seu DNA o espírito empreendedor, inspirado na<br />
trajetória das empresas associadas e especializadas em<br />
diferentes soluções para o segmento moveleiro. No fim<br />
de junho, ocorreu no município a 19ª edição da Mostra<br />
Affemaq. O evento foi promovido no Estado com apoio<br />
e incentivo de importantes entidades da cadeia madeira<br />
e móveis, como Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do<br />
Mobiliário de Bento Gonçalves) e Movergs (Associação<br />
das indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul),<br />
além de outros sindicatos regionais e entidades ligadas<br />
ao setor, como Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem<br />
<strong>Industrial</strong>) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro<br />
e Pequenas Empresas).<br />
A Mostra Affemaq Serra Gaúcha reuniu mais de 40<br />
expositores, além de fornecedores e prestadores de<br />
serviço para o setor. Durante os três dias de evento, mais<br />
de 500 empresas tiveram acesso às melhores soluções<br />
24 |<br />
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apresentadas pelo mercado, atualmente. Os contatos<br />
contabilizaram uma previsão de 11,9 milhões em negócios,<br />
para fechamentos até o final deste ano.<br />
Com a interação de cerca de 1.200 profissionais, o<br />
evento cumpriu com o seu papel de promover a aproximação<br />
entre os elos da cadeia moveleira, sempre com<br />
o intuito de levar tecnologia e inovação, com condições<br />
diferenciadas para viabilizar negócios. “Sem dúvidas, realizar<br />
o evento na nossa casa, após 18 consolidadas edições,<br />
nos trouxe muita alegria. Tínhamos esta responsabilidade<br />
de apresentar a Affemaq aos nossos moveleiros gaúchos e<br />
comprovar a competência de nossos associados e parceiros<br />
nas soluções para o setor”, destacou Fabrício Zanetti,<br />
presidente da Affemaq. “Nos últimos anos, a tecnologia<br />
nacional do setor ganhou força e evoluiu, melhorando<br />
substancialmente o desempenho dos fabricantes de<br />
móveis de todo o Brasil. Ainda temos um caminho até<br />
desmistificar a ideia de que é necessário importar tecnologia,<br />
mas nosso empenho em apresentar novas soluções<br />
contribui para este novo momento da indústria nacional.”<br />
Henrique Tecchio, presidente do Sindmóveis, também<br />
se manifestou durante a ocasião. “O Sindmóveis é uma<br />
entidade que construiu reputação fortalecendo a cadeia<br />
moveleira integralmente. A fórmula de sucesso utilizada<br />
pela Affemaq em suas feiras itinerantes mostra que o<br />
associativismo e, principalmente, a parceria entre as entidades<br />
do setor, são fundamentais para enfrentarmos os<br />
obstáculos e dificuldades impostos pelo governo.”<br />
Na visão do presidente da Movergs, Volnei Benini, a<br />
Mostra Affemaq é um evento que orgulha não só o Rio<br />
Grande do Sul, mas as empresas do setor moveleiro do<br />
Brasil como um todo. “Trabalhamos em prol dos mesmos<br />
objetivos e da mesma cadeia produtiva. A força do setor<br />
moveleiro pode ser mensurada pelos números da indústria<br />
gaúcha, que representa 18,4% do total de móveis fabricados<br />
no Brasil, com posição de liderança como maior<br />
produtor de móveis do país. Juntos, somos muito mais<br />
fortes”, assegura Benini.<br />
O evento deste ano buscou mostrar os diferenciais da<br />
entidade, que prima pela fidelização dos clientes, com parcerias<br />
duradouras, que deem segurança aos investimentos<br />
e resultados ao processo produtivo. “Quando planejamos<br />
as edições e selecionamos os locais, cada expositor já pensa<br />
os produtos a serem expostos de modo que atendam as<br />
necessidades específicas daquele perfil de produção”, destaca<br />
Fabrício Zanetti. “São particularidades que também<br />
fomos reconhecendo ao longo dos anos e esta experiência<br />
nos faz conhecer melhor e nos aproximar dos clientes”.<br />
Uma das pioneiras no<br />
segmento, a Affemaq realiza<br />
a mostra para aproximar<br />
fabricantes de móveis de seus<br />
fornecedores<br />
O evento foi promovido<br />
com apoio e incentivo<br />
de importantes<br />
entidades da cadeia<br />
madeira e móveis, como<br />
Sindmóveis, Movergs,<br />
Senai e Sebrae<br />
O evento deste ano buscou<br />
mostrar os diferenciais da<br />
entidade, que prima pela<br />
fidelização dos clientes<br />
AGOSTO | 25
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
ALEXANDRE<br />
SEDLACECK MOANA<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />
EDUCATION:<br />
Bacharel em Ciências Aeronáuticas pela Academia da<br />
Força Aérea e bacharel em direito<br />
Bachelor in Aeronautical Sciences, Brazilian Air Force Academy, and<br />
Bachelor in Law<br />
Foto: divulgação<br />
CARGO<br />
PROFESSION:<br />
Presidente da Abesco (Associação Brasileira das Empresas<br />
Brasileiras de Conservação de Energia)<br />
President of the Brazilian Association of Energy Conservation Service<br />
Companies (Abesco)<br />
Repensando a eficiência<br />
energética da indústria brasileira<br />
Rethinking energy efficiency in the brazilian<br />
industrial sector<br />
E<br />
m um momento de contenção de gastos e de<br />
repensar despesas, a energia deve estar entre os<br />
primeiros itens da lista. Para se ter ideia, estudos<br />
recentes da Abesco (Associação Brasileira das Empresas<br />
Brasileiras de Conservação de Energia) apontam que 39%<br />
da energia elétrica produzia no Brasil é consumida pelo setor<br />
industrial. Porém, em uma pesquisa realizada pela iniciativa<br />
norte-americana denominada Conselho para uma Economia<br />
Energeticamente Eficiente, ficou constatado que o Brasil<br />
está em último lugar entre as 16 potências mundiais, quando<br />
o assunto é eficiência no uso de energia. Para conversar a<br />
respeito de soluções em curto e longo prazo, REFERÊNCIA<br />
INDUSTRIAL conversou com o presidente da Abesco, Alexandre<br />
Moana.<br />
A<br />
t a time of spending restraint and rethinking expenditures,<br />
energy should be amongst the first<br />
items on the list. To get an idea, recent Brazilian<br />
Association of Energy Conservation Service Companies<br />
(Abesco) studies indicate that 39% of the electric energy<br />
produced in Brazil is consumed by the <strong>Industrial</strong> Sector. However,<br />
in a survey conducted by the American Council for an<br />
Energy Efficient Economy, it was found that Brazil is in last<br />
place amongst the 16 world powers when it comes to Energy<br />
Efficiency. To talk about short-term and long-term solutions,<br />
REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> spoke with Alexandre Moana, President<br />
of Abesco.<br />
26 |<br />
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Um estudo colocou o Brasil como o pior entre as 16 potências<br />
do mundo na questão da eficiência energética. Por<br />
que o Brasil desperdiça tanta energia?<br />
Alguns pontos diferenciam o Brasil da realidade da Europa<br />
ou dos EUA (Estados Unidos da América). Um deles é a<br />
idade do nosso sistema produtivo, que é três a quatro vezes<br />
mais antigo do que desses outros países. Ou seja, os nossos<br />
equipamentos, por serem mais antigos, não vão ter a mesma<br />
eficiência dos mais modernos, que já equipam outras realidades<br />
dos países desenvolvidos. Um outro item talvez seja a falta de<br />
acompanhamento contínuo. Hoje, nós da Abesco defendemos<br />
constantemente a adoção de processos de acompanhamento<br />
de utilização de energia. Talvez esse seja outro item que pode<br />
nos tornar mais eficientes.<br />
Mesmo com a desaceleração da economia nos últimos<br />
anos, o desperdício de energia nas indústrias aumentou em<br />
3%. Isso quer dizer que produção e gasto de energia não<br />
andam necessariamente juntos?<br />
Exatamente. Quando diminuo a minha produção, muitas<br />
vezes aumento o desperdício. Ou seja, não diminuo a produção<br />
na mesma proporção em que diminuo a utilização de energia<br />
elétrica, porque tenho itens dentro da minha planta que não<br />
são moduláveis com a redução da distribuição, por exemplo.<br />
Diminuindo a produção, nem sempre vou eliminar luzes do<br />
meu galpão. Nem sempre reduzindo a produção diminuirei<br />
a circulação de pessoas em determinados horários em locais<br />
da minha planta produtiva. Nem sempre paramos esteiras de<br />
produção na linha de montagem, mesmo que tenha menos<br />
produtos sobre ela. Reduzindo em 10% a produção não significa<br />
reduzir a energia em 10% também. Isso gera um histórico cada<br />
vez mais ineficiente.<br />
Um projeto da Aneel (Agência Nacional de Energia<br />
Elétrica) incentiva a troca de motores elétricos nos meios<br />
industriais para otimizar justamente esse gasto. Você vê<br />
isso como uma forma de melhorar o cenário da eficiência<br />
energética no país?<br />
Sim, principalmente no setor industrial. Desse total de<br />
39% da energia consumida em nível nacional, praticamente<br />
mais de 40% são de motores. Então, se trocar um motor de<br />
baixa eficiência por um de alta eficiência, tem um ganho significativo,<br />
no decorrer do tempo, da energia economizada pelo<br />
sistema. Infelizmente, isso é só a ponta do iceberg. Às vezes,<br />
utilizar melhor os motores que já possui pode ser uma forma<br />
de reduzir em uma porcentagem muito maior o desperdício de<br />
energia. Melhor dizendo: tenho motores que, pela dimensão<br />
de um acoplamento em bombas e outros itens de força motriz,<br />
só o ajuste pode trazer uma redução de desperdício maior<br />
ainda que a própria troca de motor. Talvez existam formas de<br />
otimização ainda mais grandiosas e com necessidade menor<br />
de investimento.<br />
Em um estudo aproximado, ficou constatado que o desperdício<br />
de energia dos últimos cinco anos chegou na faixa<br />
dos R$ 12 bilhões – ou, em kw/h (quilowatts hora) o equivalente<br />
a 60% da produção anual de Itaipu. Como acha que<br />
esse dinheiro, caso transformado em algo a fim de otimizar<br />
A recent study placed Brazil as the worst among 16<br />
world powers as to the issue of Energy Efficiency. Why does<br />
Brazil waste so much energy?<br />
Several points separate Brazilian reality from European or<br />
American reality. One of them is the age of our productive system,<br />
which is three to four times older than that of these other<br />
countries. In other words, our equipment, because it is older,<br />
isn’t going to have the same efficiency as the most modern equipment<br />
that is already a reality in developed countries. Another<br />
item that might be missing is ongoing monitoring. Today, we at<br />
Abesco are constantly advocating the adoption of the energy<br />
use monitoring process. Maybe, this is another item that can<br />
lead us to become more efficient.<br />
Even with the slowdown of the economy in recent years,<br />
industrial energy waste has increased by 3%. Does this mean<br />
that production and energy expenditures do not necessarily<br />
go hand in hand?<br />
Exactly. When I reduce my production, I often increase the<br />
waste. That is, I don't lower electric energy use in the same proportion<br />
in which I lower production, because I have items in my<br />
plant that are not scalable with reduced sales. For example,<br />
decreasing production does not always eliminate lighting in the<br />
plant. Reducing production will not always diminish the movement<br />
of people at certain times in the locations of productive<br />
plants. Belts on the production line are not always stopped,<br />
even though there are fewer products on it. Reducing production<br />
10% does not mean reducing energy 10% too. This generates an<br />
increasingly inefficient story.<br />
A project from the National Electric Energy Agency (Aneel)<br />
encourages the exchange of electric motors in industrial<br />
processes as a way to optimize energy expenditures. Do you<br />
see this as a way to improve Energy Efficiency in the Country?<br />
Yes, especially in the <strong>Industrial</strong> Sector. The Sector represents<br />
39% of the energy consumed at the national level, and almost<br />
40% by motors. So, if you exchange a low efficiency motor for a<br />
high efficiency one, there is a significant gain in the energy saved<br />
by the system over the course of time. Unfortunately, this is<br />
just the tip of the iceberg. Sometimes, making better use of the<br />
motors already in use can be a much better form of achieving a<br />
much larger percentage reduction in energy waste. Better yet:<br />
by having pump couplings sized to motors and other motive power<br />
items can result in larger waste reduction than exchanging<br />
the motor itself. Maybe, there are other ways of optimization<br />
that lead to large energy waste reduction and need less investment.<br />
In a recent study, it was found that the energy waste<br />
over the last five years was in the range of R$ 12 billion, or,<br />
in kw/h, the equivalent of 60% of the annual production of<br />
the Itaipu Power Station. How do you think this money could<br />
be invested in something that could transform the Sector,<br />
optimizing Energy Efficiency?<br />
Today, what I have argued is that the energy inefficiency is<br />
only a small percentage of inefficiencies in Brazilian companies<br />
that require much more research and development, and more<br />
competitiveness in a market that continuously reinvents itself,<br />
AGOSTO | 27
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ENTREVISTA<br />
o setor, poderia ser investido?<br />
O que tenho defendido hoje é que a ineficiência da energia é<br />
uma pequena porcentagem da ineficiência das indústrias brasileiras,<br />
que carecem de mais pesquisa, desenvolvimento e maior<br />
competitividade no mercado que se reinventa a todo momento,<br />
principalmente na questão do custo de trabalho no Brasil. Ou<br />
seja, para que nós sejamos competitivos, esse dinheiro poderia<br />
ter sido gasto na melhoria dessas outras variáveis que podem<br />
fazer com que o Brasil cresça novamente. A nossa situação<br />
hoje é grave, não só por conta da deficiência energética que é<br />
uma parte menor da ineficiência geral. Esse dinheiro deveria<br />
ter sido usado para aumentar a nossa competitividade global.<br />
A Abesco mesmo já apontou algumas iniciativas em favor<br />
da política sustentável esse ano, como o guia sobre consumo<br />
eficiente feito em parceria com o Sebrae...<br />
Essa é uma das iniciativas da Abesco. Agora, a iniciativa que<br />
nós estamos divulgando, que foi uma das metas do nosso plano<br />
diretor para <strong>2016</strong> e 2017, é que seja criada uma política nacional<br />
de melhoria contínua da utilização de energia. Para isso, nós<br />
desenhamos um sistema que pode ser utilizado por todas as<br />
indústrias brasileiras. Acompanhando, nós vamos identificar<br />
as melhores ações da indústria energética, sem apenas auditar<br />
em um curto período de tempo para saber as possibilidades de<br />
utilização. Nós entendemos hoje que o processo é um projeto<br />
de melhoria contínua do uso da energia.<br />
Hoje, as usinas hidrelétricas respondem por mais de<br />
70% da geração total de energia no país. O Brasil é um dos<br />
países mais abundantes em questão de energia renovável<br />
do mundo. Apesar disso, ainda falta um pouco de incentivo.<br />
Consegue-se a curto e médio prazo outro tipo de energia<br />
renovável, que possa abocanhar uma parcela do mercado<br />
tão grande como essa?<br />
Se nós crescemos em produção, a participação da renovável<br />
é cada vez menor, porque temos que acionar as termoelétricas.<br />
Por isso, existem as bandeiras amarela e vermelha nas faturas<br />
de energia. Essa participação torna-se menor quanto mais<br />
produzimos. Agora, com esse projeto prioritário de geração de<br />
renováveis, o Brasil tende realmente a continuar nessa posição<br />
confortável de ser um país com muitas fontes de energia. Esse<br />
nosso futuro continua brilhante no contexto mundial. Mas não<br />
adianta nada ser um país com a melhor condição renovável se o<br />
seu produto é pouco competitivo e muito pouco rentável. Isso<br />
que precisa ser melhorado.<br />
Acredita que o momento de recessão econômica pode<br />
ser um revés benéfico, do ponto de vista que as indústrias<br />
comecem a dar mais atenção a esse tipo de gasto com desperdício<br />
de energia?<br />
Sem dúvida. É um momento onde as empresas ficam mais<br />
concentradas. E nós acreditamos que o motivo disso seja essa<br />
busca de competitividade. A energia é só um dos itens para que<br />
essa reflexão aconteça, some-se o fato que muitas tiveram a<br />
oportunidade de parar com o seu processo produtivo pela redução<br />
de comercialização. Com essas linhas paradas, talvez haja<br />
uma pausa para redobrar a atenção na melhor utilização delas.<br />
especially on the Brazilian labor cost issue. That is, for us to be<br />
more competitive, this money could have been spent on the improvement<br />
of these other variables that would make Brazil grow<br />
again. Today, our situation is serious, not just because of energy<br />
inefficiency, which is only a small part of our overall inefficiency.<br />
That money should have been used to increase our global competitiveness.<br />
This year, in partnership with Sebrae, Abesco has already<br />
pointed out some initiatives in favor of a sustainable policy<br />
as a guide for efficient consumption...<br />
This is one of the Abesco initiatives. Now, the initiative that<br />
we are promoting, which was one of the goals of our <strong>2016</strong>-17<br />
strategic plan, is the creation of a national policy for the continuous<br />
improvement of energy usage. For this, we have designed<br />
a system that can be used by all Brazilian companies. Through<br />
monitoring, not just auditing over a short period of time, we will<br />
find out the possibilities for use and identify the best actions for<br />
energy industry. Today, we understand that the process is a project<br />
for continuous improvement in energy use.<br />
Today, hydroelectric plants account for over 70% of the<br />
total energy generated in the Country. Brazil is a country<br />
with the most abundant sources of renewable energy in the<br />
world. Nevertheless, there is still little incentive as to its use.<br />
Over the short and medium term, do you see another type of<br />
renewable energy that could obtain a market share as large<br />
as this?<br />
As production increases, the renewable share is becoming<br />
smaller because we have to bring on the thermal plants. As a<br />
result, there are the yellow and red flags (tariff zones) on our<br />
electric bills. This participation becomes less the more we produce.<br />
Now, with a priority project for renewable generation, Brazil<br />
really tends to continue in this comfortable position of being a<br />
country with many energy sources, and with this our future is<br />
still bright in the world context. But there's no point to being a<br />
country with the best renewable conditions if your product is uncompetitive<br />
and unprofitable. This is what needs attention.<br />
Do you believe that the timing of the economic recession<br />
could turn out to be beneficial from the point of view that<br />
industries need to begin to pay more attention to this kind of<br />
expenditure, such as that on wasted energy?<br />
Without a doubt. It is the time when businesses become the<br />
most concentrated. And we believe that the reason for this is the<br />
search for competitiveness. Energy is just one of the items where<br />
this occurs, plus the fact that many had the opportunity to bring<br />
their production process to a halt due to reduced sales. With these<br />
lines halted, there may be a pause to redouble attention to<br />
the better use of resources.<br />
28 |<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
COLUNA ABIMCI<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />
Madeira Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE<br />
A indústria da madeira não ficou imune aos desafios do primeiro semestre deste ano<br />
A<br />
ssim como prevíamos no começo deste ano, o<br />
primeiro semestre foi dos mais desafiadores para<br />
o setor produtivo. A paralisia que tomou conta do<br />
país, em virtude do momento político, infelizmente influenciou<br />
diretamente na economia, no consumo e no humor do<br />
mercado interno. E a indústria da madeira não ficou imune<br />
a esse cenário, procurando assim um certo alívio para o seu<br />
faturamento nas exportações. E muitos olhando apenas a<br />
valorização do dólar, que sabemos não é a única variável a<br />
ser avaliada na hora de se fechar contratos internacionais.<br />
Uma estratégia preocupante, pois o mercado externo não<br />
absorve de forma natural uma oferta maior de produtos,<br />
sem que isso reflita em queda do preço internacional – fato<br />
que acabou por se concretizar.<br />
Com isso, tivemos no período um aumento no volume<br />
físico de embarques de alguns produtos, mas em cima de<br />
uma base de preços distante da realidade que as empresas<br />
necessitam para se tornarem competitivas. Como exemplo,<br />
o compensado de pinus, que no acumulado do ano, cresceu<br />
21%, seu volume exportado, e o compensado tropical, com<br />
um crescimento de 35% nos embarques de janeiro a junho.<br />
Números positivos, mas que precisam ser analisados dentro<br />
desse contexto de esfacelamento do mercado interno, oferta<br />
alta de produtos para o exterior e crescente aumento de<br />
custos operacionais.<br />
O dever de casa parece que toda indústria está fazendo:<br />
procurar reduzir seus custos, encontrar novas estratégias<br />
de vendas, apostar e reforçar ações associativas, como as<br />
realizadas pela Abimci, para o melhor posicionamento setorial<br />
no mercado.<br />
O que se espera a partir de agora é que o governo federal,<br />
mesmo que interinamente, coloque em prática as mudanças<br />
anunciadas: novas possibilidades de acordos internacionais,<br />
reformas estruturantes, que resultem em investimentos<br />
e na retomada do crescimento da economia, e, acima de<br />
tudo, na reforma política, essencial para manter a ordem,<br />
a democracia e reestabelecer a confiança dos brasileiros no<br />
sistema político.<br />
Se os desafios foram grandes até aqui, o segundo semestre<br />
pedirá ainda mais cautela e trabalho. Passaremos por<br />
meses de novas mudanças e fatos importantes aos quais a<br />
economia e os negócios são vulneráveis: eleições municipais,<br />
o desfecho do processo de impeachment da presidente da<br />
República e as eleições presidenciais norte-americanas.<br />
Dessa forma, cabe aos industriais permanecerem firmes<br />
e focados em suas estratégias de negócios, avaliando todo<br />
esse contexto, fortalecendo seus departamentos de vendas.<br />
À Abimci fica o desafio de fortalecer sua representatividade,<br />
levar adiante as demandas do segmento, a defesa de interesses<br />
do setor e participar ativamente de iniciativas como as<br />
que pretendem estimular o aumento do consumo per capita<br />
de madeira no Brasil.<br />
Na esfera política, uma das ações que cabe à sociedade<br />
civil e a entidades como a Abimci, é a de mobilizar os seus<br />
segmentos na busca pelo debate de ideias e, cada vez mais,<br />
se engajar em movimentos que cobrem e fiscalizem uma<br />
atuação exemplar dos políticos eleitos.<br />
A associação aderiu, por exemplo, ao movimento Vote<br />
Bem, iniciativa apartidária, liderada pela Fiep (Federação<br />
das Indústrias do Paraná), com o apoio de mais de 100<br />
instituições, que pretende estimular a reflexão sobre o voto<br />
responsável e mobilizar a sociedade sobre a importância de<br />
votar com informação e fiscalizar os representantes públicos.<br />
Passaremos nos próximos meses por um período de<br />
eleições municipais que muito precisará de nossa atenção.<br />
Cada empresário, profissional, acadêmico, tem o deve de se<br />
comprometer com a política de seus municípios. O ministro<br />
Gilmar Mendes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral),<br />
defendeu, durante palestra de lançamento do Vote<br />
Bem, o engajamento dos cidadãos, para que nós também<br />
assumamos as nossas responsabilidades como agentes<br />
políticos. Precisamos, como parte indispensável para o<br />
desenvolvimento do país, apoiar a reforma política, medida<br />
defendida também pelo presidente do TSE.<br />
Disseminar informações, promover o debate de ideias e<br />
o voto consciente deverá estar na nossa lista de atividades<br />
prioritárias. Porque somente assim, com representantes<br />
e governos cientes de suas responsabilidades para com a<br />
sociedade, será possível avançarmos no desenvolvimento<br />
de nossos negócios, com uma economia crescente e pujante.<br />
O momento é de extrema atenção e exigirá da iniciativa<br />
privada equilíbrio para fazer as exigências necessárias para<br />
que as mudanças ocorram dentro da legalidade. É chegada<br />
a hora de seguirmos o conselho do ministro: “Já enfrentamos<br />
muitos obstáculos. O Estado de direito tem sido preservado e<br />
isso deve ser levado em conta. Mas é preciso que tenhamos<br />
coragem. Conseguimos avançar em muitos pontos e agora<br />
precisamos encerrar esse ciclo que nos enche de vergonha.”<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
AUTOCLAVES<br />
CONECTADAS<br />
Fotos: Mauricio de Paula<br />
CONNECTED<br />
AUTOCLAVING<br />
THE AUTOCLAVING PROCESS IS<br />
UPDATED BY ENGINEERS AND<br />
PROGRAMMERS, ALLOWING FOR<br />
INTEGRATION WITH MOBILE DEVICES<br />
PROCESSO DE<br />
AUTOCLAVAGEM É<br />
ATUALIZADO POR<br />
ENGENHEIROS E<br />
PROGRAMADORES,<br />
PERMITINDO A<br />
PRODUTIVIDADE INTEGRADA<br />
A DISPOSITIVOS MÓVEIS DO<br />
CLIENTE<br />
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A<br />
primeira autoclave foi criada há cerca de 150 anos,<br />
pelos cientistas franceses Louis Pasteur e Charles<br />
Chamberland. A princípio, a ideia dos dois era eliminar<br />
quaisquer vestígios de microrganismos atrapalhando as experiências<br />
de Pasteur, que no fim do século XIX se dedicava a uma<br />
pesquisa histórica: a invenção da vacina contra a raiva. Desde<br />
então, mais de um século se passou e, assim como a ciência, o<br />
processo das autoclaves passou por atualizações e invenções,<br />
uma delas tema desta reportagem.<br />
Não seria contraditório dizer que o futuro da área é escrito<br />
por empresas como a Fhaizer, especializada no desenvolvimento<br />
e fabricação de autoclaves por mais de uma década.<br />
Incorporada no seu DNA, inovações tecnológicas e a aplicação<br />
rigorosa das normas de segurança de fabricação de vaso de<br />
pressão NR 13 e ASME VIII divisão 1. Em 2015, a marca oriunda<br />
de Joinville (SC) anunciou a modernização dos seus produtos,<br />
com o lançamento de autoclaves cujo funcionamento e diagnóstico<br />
pode ser realizado por meio de smartphones e tablets.<br />
Isso representa uma quebra de paradígmas no tratamento de<br />
madeira, permitindo o controle remoto de processos que outrora<br />
limitavam logisticamente o proprietário de um equipamento<br />
“Esse tipo de ação não é feita por acaso, temos especialistas<br />
trabalhando diariamente, pensando em como gerar economia<br />
de energia, produtos químicos e otimizar o tempo dos processos”,<br />
explica o professor doutor Victor Aguiar, especialista e<br />
consultor da empresa.<br />
Focada na necessidade de cada cliente, a Fhaizer desenvolveu<br />
três configurações básicas de autoclaves para tratamento<br />
de madeira, permitindo que o empresário do setor possa decidir<br />
pelo melhor custo beneficio de aquisição. Nas configurações<br />
básicas, o cliente tem a liberdade de escolher o tamanho ideal<br />
da autoclave para o seu negócio e adicionar acessórios e periféricos<br />
que possam otimizar o processo de produção, objetivando<br />
o menor custo de produção por m³ (metros cúbicos) de madeira<br />
tratada. Com a orientação de um consultor técnico de vendas,<br />
a Fhaizer auxilia o cliente fazer a melhor escolha. As autoclaves<br />
automatizadas e semi-automatizadas, disponíveis para os sistemas<br />
Android e iOS, permitem obter informações sobre o tempo<br />
he first autoclave was created about 150 years ago by<br />
French scientists Louis Pasteur and Charles Chamberland.<br />
At first, the idea of the two was to eliminate any<br />
T<br />
traces of microorganisms hindering Pasteur’s experiments,<br />
which at the end of the 19th century were dedicated to the<br />
historical research: the invention of the vaccine against rabies.<br />
Since then, more than a century has passed and, science has<br />
progressed, the autoclave processes have been updated and<br />
gone through inventive modifications, one of which is the<br />
subject of this story.<br />
It wouldn’t be contradictory to say that the future of the<br />
area is written by companies such as Fhaizer, a company that<br />
has specialized in autoclave development and manufacture of<br />
over a decade. It has incorporated into its DNA the strict application<br />
of the pressure vessel manufacture safety standards,<br />
NR 13 and Asme VIII Division 1. In 2015, the Company from<br />
Joinville (SC) announced the upgrading of its products with<br />
the launch of autoclaves whose operation and diagnosis can be<br />
accomplished using smartphones and tablets. This represents<br />
breaking down of the notorious barriers in wood treatment,<br />
allowing remote control of processes that were once logistically<br />
limited to the equipment<br />
“This digital interaction was not taken by chance: we have<br />
experts working on a daily basis, thinking about how to generate<br />
energy and chemical products savings while optimizing<br />
the process times,” explains Professor Victor Aguiar, specialist<br />
and consultant for the Company.<br />
Focused on the needs of each client, Fhaizer has developed<br />
three basic autoclave configurations for wood treatment, so<br />
that the industry entrepreneur can decide which purchase provides<br />
the best purchase cost benefit ratio. The three basic settings<br />
allow the customer to be free to choose the ideal autoclave size<br />
for his business and add accessories and peripherals that can<br />
optimize his production process, aiming at the lowest treated<br />
wood production cost per m³. With the guidance of a technical<br />
sales advisor, Fhaizer helps the customer make the best choice.<br />
The automated and semiautomatic autoclaves, available<br />
for the Android and iOS systems provide information on the<br />
O sistema de portas em<br />
forma de alavanca aumenta<br />
a segurança e praticidade<br />
a longo prazo: apresenta<br />
apenas necessidade de<br />
lubrificação por meio de<br />
engraxadeiras facilitando a<br />
operação<br />
AGOSTO | 33
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
A fábrica da Fhaizer,<br />
em Joinville (SC): solda<br />
automatizada, com arco<br />
submerso, garante melhor<br />
fusão do aço na criação das<br />
autoclaves, aumentando a<br />
segurança e confiabilidade<br />
de ciclo, válvulas em operação e o consumo de energia e água,<br />
entre outros detalhes. “Quando a autoclave atingir o número<br />
de horas de desgaste da borracha ou dos filtros, previsto no<br />
manual técnico, o próprio aplicativo irá notificar o momento<br />
recomendado da manutenção”, conta André Luiz, consultor<br />
técnico de vendas da Fhaizer. Se o cliente desejar, poderá obter<br />
em tempo real o custo do tratamento por batelada. “Sem<br />
dúvida, isso ajuda significativamente no gerenciamento dos<br />
custos operacionais. As correções poderão ser efetuadas nas<br />
próximas bateladas. Além disso, as informações auxiliam na<br />
formação do preço de venda e lucratividade.”<br />
Mais do que gerenciar, é possível realizar a operação<br />
completa da autoclave através da conexão 4G ou wi-fi. As autoclaves<br />
podem ser controladas de qualquer lugar fora da sede<br />
do cliente: é possível efetuar todas as manobras de operação<br />
da autoclave ou saber se ela está trabalhando, quantas horas<br />
já trabalhou ou se está parada, entre outras informações. Uma<br />
poderosa ferramenta de gestão e controle em tempo real.<br />
Há 12 anos trabalhando no desenvolvimento e fabricação de<br />
cycle time, valves in operation and energy and water consumption,<br />
amongst other details. “By knowing the number<br />
of hours the autoclave has been in use, the application itself<br />
can calculate rubber and filter wear and, as provided in the<br />
technical manual, advise as to recommended maintenance,”<br />
advises André Luiz, Technical Sales Advisor for Fhaizer. If the<br />
customer wants, he can receive in real time the direct treatment<br />
cost per load. “No doubt, this helps significantly in managing<br />
operating costs. Any corrections can be made at the time of the<br />
next batch. In addition, the information helps in the formation<br />
of the sales price and profitability,” details Technical Sales<br />
Advisor André Luiz.<br />
More than manage, you can carry out the complete operation<br />
of autoclave using a 4G or Wi-Fi connection. The autoclaves<br />
can be controlled from anywhere outside of the customer head<br />
office: you can perform all the autoclave operation maneuvers<br />
or see how it is operating, how many hours it has been in operation<br />
or if standing idle, amongst other information. A powerful<br />
real time management and control tool. The Company has been<br />
Pelo celular e<br />
por tablets, é<br />
possível saber<br />
o diagnóstico<br />
e tempo de<br />
saturação da<br />
madeira, além de<br />
operar a máquina<br />
automatizada<br />
“ESSE TIPO DE INTEGRAÇÃO<br />
COM O DIGITAL NÃO É<br />
PENSADA POR ACASO: TEMOS<br />
ESPECIALISTAS TRABALHANDO<br />
DIARIAMENTE, PENSANDO EM<br />
COMO GERAR ECONOMIA DE<br />
ENERGIA, PRODUTOS QUÍMICOS<br />
E OTIMIZAR O TEMPO DOS<br />
PROCESSOS”<br />
PROF. DR. VICTOR AGUIAR,<br />
CONSULTOR DA FHAIZER<br />
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autoclaves, a empresa está sempre em busca de atualizações<br />
e novidades do setor. “Por sermos uma empresa especializada,<br />
quando buscamos inovação é só nesse segmento”, diz André<br />
Luiz. “Vejo isso, inclusive, como um diferencial de mercado: o<br />
potencial cliente que vem à nossa fábrica e constata que vivenciamos<br />
o mundo da autoclave 24 horas por dia.”<br />
Sobre os clientes, existem dois tipos que procuram os<br />
equipamentos da empresa. O primeiro, oriundo da internet,<br />
muitas vezes é um empreendedor que não conhece a Fhaizer<br />
e não domina o processo do tratamento de madeira. “Quando<br />
o cliente tem esse perfil, ele praticamente nem cota outras<br />
marcas e, basicamente, acaba fechando com a empresa em<br />
função de toda a orientação e suporte que oferecemos”, relata<br />
André Luiz. O segundo tipo de comprador, este já inserido no<br />
mercado, conhece a empresa e sabe do know-how em engenharia<br />
que carrega o nome Fhaizer. “Podemos dizer que, em<br />
nível técnico, buscamos ofertar um produto que maximize o<br />
lucro para os nossos clientes”, enfatiza Victor Aguiar.<br />
ALÉM DO DIGITAL<br />
“O diferencial da integração com a internet é apenas mais<br />
uma aposta certeira, que se junta a um conjunto de inovações<br />
que a empresa sustenta. O sistema de travamento de portas,<br />
a preocupação com o vazamento, o anel de vedação desenvolvido<br />
exclusivamente para autoclaves, a performance do<br />
equipamento, a segurança do operador, a facilidade de IHM<br />
(integração entre o homem e máquina) e a programação de<br />
operação lógica desenvolvida pela Fhaizer, são identidades<br />
marcantes que justificam a aquisição de uma autoclave da<br />
marca Fhaizer”, garante André Luiz.<br />
A Fhaizer, comprometida com a continuidade dos negócios<br />
dos clientes de forma sustentável economicamente, estará<br />
implantando em Joinville até o final do ano, um centro de<br />
treinamento e formação de operadores de autoclaves. Isso se<br />
dá por dois motivos: ofertar para os clientes cursos de capacitação<br />
e reciclagem de operadores de autoclaves, com foco na<br />
segurança e resultados. Além de suprir a carência de mão de<br />
obra especializada para esse setor. Considerando o atual cenário<br />
de escassez de financiamento para máquinas e equipamentos,<br />
a Fhaizer tem ajudado seus clientes na obtenção de recursos<br />
por meio de consultorias especializadas e de bancos parceiros.<br />
working 12 years on the development and manufacture of autoclaves<br />
and is always looking for modernization and novelties<br />
in the Sector. “Because we are a specialized Company, when we<br />
seek innovation it is just in that segment,” says Technical Sales<br />
Advisor André Luiz. “Inclusively, I see it as a market differentiator:<br />
the prospective customer that visits our factory notes that<br />
we live in the autoclave world 24 hours a day.”<br />
About customers, there are two types that look for the<br />
equipment that the Company manufactures, precisely due to<br />
the Company's online activities, investing in Search Engine<br />
Optimization services, increasingly a trend in the business world<br />
as being a reference in Google Searches. The first type, from<br />
the internet, who very often is an entrepreneur, who doesn't<br />
know about Fhaizer and doesn't understand wood treatment<br />
very well. “When the customer has this type of profile, he often<br />
has not gotten quotes from other brands, and basically, is just<br />
closing with the first company,” says Technical Sales Advisor<br />
André Luiz. The second type of buyer, is already inserted into<br />
the market, knows about the Company and its know-how in<br />
engineering of the products that bear the name Fhaizer. “We<br />
can say that, on a technical level, we offer a product that maximizes<br />
profit for our customer,” emphasizes Company Specialist<br />
and Consultant Victor Aguiar.<br />
IN ADDITION TO DIGITAL<br />
“Integration with the internet is just one more correct<br />
bet, which joins a set of innovations that the Company has<br />
made: the door locking system, the concern over leakage, a<br />
sealing ring developed exclusively for autoclaves, equipment<br />
performance, operator safety, the ease of integration between<br />
man and machine, and programmable software operation<br />
developed by Fhaizer are striking characteristics that justify<br />
the purchase of a Fhaizer brand autoclave,” states Technical<br />
Sales Advisor André Luiz.<br />
By the end of the year, Fhaizer, committed to the continuity<br />
of its customer businesses in a sustainable way economically,<br />
will be implementing a Training Center in Joinville, for autoclave<br />
operator training. This is for two reasons: the first, to offer<br />
customers: training courses and autoclave operator retraining,<br />
with a focus on safety and results. The second, due to the lack<br />
of skilled labor for this Sector.<br />
Nas autoclaves,<br />
existem sensores de<br />
segurança dentro<br />
do equipamento<br />
que impedem que<br />
problemas causados<br />
por medições<br />
incorretas façam<br />
a qualidade do<br />
produto diminuir<br />
A fim de otimizar<br />
a questão de<br />
manutenção e<br />
processos, as<br />
autoclaves da Fhaizer<br />
apresentam de<br />
seis a oito válvulas<br />
operacionais,<br />
enquanto as<br />
tradicionais possuem<br />
em torno de 16 a 20<br />
AGOSTO | 35
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
PRINCIPAL<br />
Para ter o<br />
equipamento<br />
digital<br />
funcionando<br />
perfeitamente, o<br />
cliente da Fhaizer<br />
precisa ter uma<br />
rede wi-fi ou<br />
conexão 4G em<br />
sua planta<br />
“POR SERMOS UMA EMPRESA<br />
ESPECIALIZADA, QUANDO<br />
BUSCAMOS INOVAÇÃO É SÓ<br />
NESSE SEGMENTO. O POSSÍVEL<br />
CLIENTE QUE VEM À NOSSA<br />
FÁBRICA CONSTATA QUE<br />
VIVENCIAMOS O MUNDO DA<br />
AUTOCLAVE 24 HORAS POR DIA”<br />
ANDRÉ LUIZ, CONSULTOR TÉCNICO DE<br />
VENDAS DA FHAIZER<br />
“Com um bom pacote tecnológico e qualidade atrelada<br />
ao nome, a Fhaizer desenvolveu uma autoclave compacta<br />
com preço de entrada a partir de R$ 97 mil, praticamente o<br />
valor de um carro novo”, compara André Luiz. Vale ressaltar<br />
que, mesmo dentro da linha convencional, toda a qualidade<br />
atrelada ao nome é mantida, com exceção da integração à internet.<br />
Com dimensão de 0,95m x 6,0m (metros), double deck,<br />
o equipamento é ideal para serrarias e madeireiras de pequeno<br />
e médio porte que desejam agregar valor aos produtos, colocar<br />
novos produtos no mercado ou que queiram "experimentar"<br />
o mercado de madeira tratada como prestador de serviços,<br />
além de ocupar um espaço consideravelmente pequeno em<br />
comparação com outras autoclaves. Pensando em espaço,<br />
a Fhaizer desenvolveu tanques reservatórios que podem ser<br />
instalados no subsolo em substituição ao fosso. O sistema das<br />
autoclaves automatizadas e semi-automatizadas também é<br />
customizável, com a possibilidade de utilizar o processo de<br />
impregnação tradicional parametrizado por tabelas de tempo<br />
ou por processo gerenciável através de sistema. Nesse caso,<br />
a Fhaizer desenvolveu um programa batizado internamente<br />
de Slim (Sistema de Leitura de Impregnação). Ressalta Andre<br />
Luiz, que o sistema poderá ser implantado, também, em equipamentos<br />
já em operação no mercado.<br />
Em <strong>2016</strong>, a Fhaizer chegou à marca de 200 autoclaves<br />
vendidas em toda a América Latina, mas com mercado majoritariamente<br />
brasileiro. Os clientes trabalham prioritariamente<br />
com o tratamento de eucalipto e pinus, porém teca e até bambu<br />
são matérias-primas utilizadas nas autoclaves.<br />
Considering the current scenario leading to a scarcity of<br />
machinery and equipment financing, Fhaizer has been helping<br />
its customers in obtaining resources through specialized consulting<br />
services and partner banks.<br />
“With a good quality and technological package tied to its<br />
name, Fhaizer has developed a compact autoclave at R$ 97<br />
thousand entry price, roughly the value of a new car,” compares<br />
André Clemente. It is worth noting that, as with the conventional<br />
line, all the quality linked to the name is maintained,<br />
with the exception of internet integration. With dimensions of<br />
0.5 m x 6 m, double deck, the equipment is ideal for treating<br />
wood for those beginning treatment operations, in addition to<br />
occupying a pretty small space compared to other autoclaves.<br />
Thinking about space, Fhaizer, developed reservoir tanks that<br />
can be installed under the equipment replacing the catch tank.<br />
The automated and semi-automatic autoclave systems are also<br />
customizable, with the possibility of using a timed or saturation<br />
impregnation process.<br />
In <strong>2016</strong>, Fhaizer reached the 200 mark in autoclaves sold<br />
throughout Latin America, mostly in the Brazilian market.<br />
Customers primarily use the equipment for eucalyptus and pine<br />
treatment, but teak and even bamboo are also being treated<br />
in the autoclaves.<br />
SIDE BY SIDE WITH THE COSTUMER<br />
A Fhaizer customer for over a year, Presto Florestal from<br />
Showroom a céu aberto<br />
da Presto Florestal, em<br />
Gaspar (SC), com produtos<br />
tratados quimicamente<br />
pela máquina<br />
semiautomatizada Fhaizer;<br />
produção mensal da<br />
empresa é de 200 m³<br />
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LADO A LADO COM O CLIENTE<br />
Cliente da Fhaizer há mais de um ano, a Presto Florestal, de<br />
Gaspar (SC), tem uma produção mensal de 200 m³ de madeira<br />
e cerca de 10 funcionários, com especialidade na fabricação<br />
de mourões para os fazendeiros da região. “Os procuramos<br />
primeiro após ler sobre a marca na própria REFERÊNCIA IN-<br />
DUSTRIAL e já ter visto em feiras”, comenta João Vitor Hess<br />
de Souza, diretor da empresa, que recebeu a sua máquina<br />
semi-automatizada em menos de sessenta dias, uma política<br />
da Fhaizer que tem alcance em todo o território nacional. “Para<br />
nós, que estávamos ingressando no mercado de tratamento de<br />
madeira, o interessante era uma tecnologia automatizada e<br />
uma máquina que agregasse valor à madeira. Mais que isso, a<br />
Fhaizer tem um pós-venda muito atencioso e uma assistência<br />
técnica de prontidão.”<br />
Localizada no Vale do Jequitinhonha (MG), a Utramad recém<br />
completou dois anos trabalhando em parceria com a Fhaizer.<br />
Por meio de pesquisas pela internet, o diretor da empresa,<br />
Anderson Pires, constatou que a máquina semi-automatizada<br />
com dimensões de 1,60 x 15 m seria o equipamento ideal para<br />
a sua produção focada em postes de luz e mourões. “Aqui no<br />
Vale, trabalhamos com uma espécie específica de eucalipto,<br />
cujo tratamento ideal só se deu com essa máquina”, explica<br />
Anderson. “Atualmente, realizamos de seis a sete ciclos diários,<br />
com uma produção mensal orbitando em volta de 360 m³.<br />
Nesse tempo todo, só tivemos uma pequena ocorrência com<br />
o carrinho da máquina, que a Fhaizer resolveu prontamente.”<br />
Para os próximos anos, a intenção da Fhaizer é tornar o<br />
contato com seus clientes mais próximos e a resolução de ocorrências<br />
e dúvidas mais rápida. “Com esse sistema de controle<br />
por celular e tablet, com a permissão do cliente, nós da Fhaizer<br />
também temos acesso às máquinas”, revela André Luiz. “Portanto,<br />
conseguimos diagnosticar muito rapidamente eventuais<br />
dificuldades, antes mesmo de comparecer pessoalmente ao<br />
local de ocorrência. Todas as válvulas, componentes e motores<br />
da autoclave possuem algum tipo de sensor. Se acontecer alguma<br />
situação, o pós-venda ou a própria engenharia conseguem<br />
acessar a máquina remotamente. É difícil o cliente ficar sem<br />
conseguir se comunicar conosco.” Nossa prioridade é o cliente<br />
não ficar sem suporte técnico", afirma Guilherme Mühlhausen,<br />
consultor técnico de pós-vendas da Fhaizer.<br />
Gaspar (SC), has a monthly production of 200 m³ of wood and<br />
about 10 employees, producing fence posts for the farmers in<br />
the region. “We sought them out first, after reading about the<br />
brand in REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> and have seen their in trade<br />
fairs,” says João Vitor Hess de Souza, Director of the Company,<br />
which had its semi-automated machine delivered in less than<br />
60 days after purchase, a Fhaizer policy throughout the whole<br />
of Brazil. “For us, we were entering the treated wood market,<br />
and we were interested in an automated technology and a<br />
machine that added value to the wood. More than this, Fhaizer<br />
has a very attentive after-sale service and an on-call technical<br />
assistance.”<br />
Located in the Jequitinhonha Valley in Minas Gerais, Utramad<br />
recently completed two years of operation, all of them<br />
working in partnership with Fhaizer. Through researching on<br />
the internet, Anderson Pires, Company Director, found that<br />
the semi-automated 1.60 x 15.0 m machine would be the ideal<br />
equipment for its production that is focused on telephone<br />
poles and fence posts. “Here in the Valley, we work with a<br />
specific eucalyptus species, whose ideal treatment could only<br />
be performed with this machine,” explains Company Director<br />
Anderson. “Currently, we operate in six to seven daily cycles,<br />
with a monthly production orbiting around 360 m³. In all that<br />
time, we only have had one small problem and that with the<br />
autoclave trolley that Fhaizer resolved promptly.”<br />
Over the next few years, Fhaizer's intention is to make closer<br />
contact with its customers and resolving any problems more<br />
quickly. “With the mobile and tablet control system, we, at Fhaizer,<br />
also have access to the machines,” reveals André Clemente.<br />
“So we can diagnose any problem very quickly, before even<br />
appearing in person at the place of occurrence. All autoclave<br />
valves, components and motors are equipped with some kind of<br />
sensor. If a problem occurs, our after sales or engineering team<br />
can access the customer’s machine. It’s hard for the client not<br />
to be able to communicate any problems to us.”<br />
Em <strong>2016</strong>, a Fhaizer<br />
chegou à marca de 200<br />
máquinas vendidas em<br />
toda a América Latina<br />
AGOSTO | 37
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
EMPRESAS E NEGÓCIOS<br />
BODAS DE<br />
DIAMANTE<br />
Fotos: divulgação<br />
MANOEL MARCHETTI<br />
CELEBRA 60 ANOS DE<br />
EXISTÊNCIA COM A<br />
PRESENÇA DE DIRETORES,<br />
FUNCIONÁRIOS, CLIENTES E<br />
FORNECEDORES QUE<br />
FAZEM PARTE DE TODA<br />
SUA HISTÓRIA<br />
38 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Bruna Isadora, Ayres<br />
e Fábio Marchetti<br />
entregaram homenagens<br />
aos amigos que ajudaram<br />
a construir a história da<br />
Manoel Marchetti<br />
C<br />
ompletar mais de meio século é mérito de<br />
poucas empresas no Brasil. No Vale do Itajaí,<br />
interior de Santa Catarina, a Manoel<br />
Marchetti Indústria e Comércio Ltda bateu esta meta<br />
e celebrou seis décadas de existência na cidade de Ibirama,<br />
sua terra natal. Em uma festa para cerca de 700<br />
convidados, o município de pouco mais de 17 mil habitantes<br />
se movimentou para homenagear e ser homenageado<br />
no centro de eventos, uma vez que os diretores<br />
da empresa fizeram questão de convidar a todos que<br />
ajudaram a moldar sua história, que começou em 1956.<br />
Ser abraçada pela cidade que ajudou a construir<br />
é um privilégio que talvez apenas a Marchetti tenha<br />
no país. Prefeito de Ibirama por dois mandatos consecutivos<br />
(2001 a 2008), o diretor da empresa, Ayres<br />
Marchetti, é referência de sucesso na região, além de<br />
ser um conselheiro cobiçado pelos cerca de 800 colaboradores<br />
da empresa, que sempre pedem a opinião<br />
dele nos mais diversos temas. Hoje suplente do<br />
senador catarinense Dário Berger, “seu Ayres”, como<br />
é carinhosamente chamado, foi o grande homenageado<br />
do dia em vídeos, depoimentos e declarações.<br />
“Nosso começo foi simples, apenas com madeira<br />
serrada e alguns poucos colaboradores, mas desafiador<br />
desde o início”, lembra Fábio Marchetti, Diretor Executivo<br />
da Marchetti e filho de Ayres, quando subiu ao palco.<br />
Ao fim de seu discurso, que enalteceu o crescimento da<br />
empresa ao longo das décadas, já com a voz embargada,<br />
ele se emocionou e agradeceu ao pai, sua esposa e<br />
filhos. “Passou um filme na minha cabeça em cima do<br />
palco, que me trouxe muita emoção, muita lembrança<br />
de conquistas e desafios. O discurso foi longo, porque<br />
essa lembrança também foi. Eu acredito que o legado<br />
mais importante que nós passaremos para as próximas<br />
décadas é o da sustentabilidade, ou seja, como vamos<br />
nos manter sustentáveis em um mercado competitivo,<br />
com muita disputa, muita inovação. Sustentabilidade<br />
para nós é reduzir riscos, ter bastante solidez financeira,<br />
muita inovação e produtos homologados. É aí que a<br />
gente vai se perpetuando. E o tamanho da Marchetti é o<br />
tamanho dos braços dos gestores, todos unidos. Esse é<br />
o nosso tamanho.”<br />
Para Bruna Isadora Marchetti, filha de Ayres e responsável<br />
pelo setor de custos e controladoria da empresa,<br />
a lição principal que a história da Manoel Marchetti<br />
deixa para seus colaboradores é a de nunca desistir dos<br />
seus sonhos. “O pensamento cria, o desejo atrai e a fé<br />
realiza”, afirmou, durante o seu discurso, arrancando di-<br />
“SE UMA PORTA<br />
APRESENTAR FALHAS COM<br />
5 ANOS DE USO, NÓS<br />
VAMOS LÁ E TROCAMOS.<br />
NÃO TENHA DÚVIDA DE<br />
QUE NÓS FAZEMOS ISSO”<br />
AYRES MARCHETTI, DIRETOR<br />
DA MANOEL MARCHETTI<br />
AGOSTO | 39
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
EMPRESAS E NEGÓCIOS<br />
versos aplausos dos presentes.<br />
Talvez a presença mais esperada do evento, Ayres<br />
Marchetti foi breve, mas sucinto em suas palavras. “São<br />
60 anos, não seis dias”, brincou, relembrando o passeio a<br />
cavalo com seu pai que deu origem à empresa. “Fui com<br />
meu pai buscar gado para abater no açougue que tínhamos.<br />
Aí sentamos na beira da estrada, os cavalos foram<br />
tomar água e meu pai disse: ‘você viu quanta madeira<br />
sendo queimada?’ Naquele momento ele se decidiu:<br />
‘vou montar uma serraria, só que não em Dona Emma.<br />
Vou me transferir para Ibirama’. Eu era guri, mas já sabia<br />
o que era sair de um lugar para outro. Perguntei por que<br />
não em Dona Emma. Ele disse que lá não tinha estrada,<br />
não tinha ligação com o porto, não tem comunicação e<br />
em Ibirama tinha tudo isso.”<br />
Vice-presidente Regional para o Alto Vale da Fiesc<br />
(Federação das Indústrias de Santa Catarina), Lino<br />
Rohden falou à reportagem sobre a influência da Manoel<br />
Marchetti no cenário nacional. “O [Ayres] Marchetti sempre<br />
foi um grande líder, que ajudou a desenvolver o setor<br />
madeireiro e o mercado de madeira em geral no Brasil”,<br />
destacou. “Isso é uma inspiração também para os concorrentes,<br />
porque eles sempre se destacaram com bons<br />
produtos e um grande profissionalismo no mercado.”<br />
A história de muitas empresas, em alguns casos,<br />
se confundem. É o caso da Construtora Copas, de Navegantes<br />
(SC), cujo proprietário, Ivo Vargas, começou<br />
a carreira como tratorista e motorista de transporte na<br />
Marchetti. “Até hoje me emociono de ter trabalhado<br />
aqui e, atualmente, ser um empresário que participa da<br />
história da empresa”, revelou. “Disse para o seu Ayres<br />
que aprendi muito com ele. Esse tipo de vivência faz com<br />
que a gente se posicione em uma direção na vida. Aprendi<br />
muito com ele.”<br />
Ayres Marchetti discursa<br />
durante o evento; para o diretor<br />
da empresa, sinônimo de<br />
qualidade foi o que manteve<br />
a empresa no caminho do<br />
sucesso<br />
“Acredito que o legado<br />
mais importante que<br />
nós passaremos para as<br />
próximas décadas é o da<br />
sustentabilidade”, disse<br />
Fábio Marchetti<br />
40 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
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Gerenciamento de<br />
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tecnologia e inovação são objetivos que fazem com que a<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
ARRANHANDO<br />
O CÉU<br />
Fotos: divulgação<br />
ARQUITETOS<br />
ITALIANOS<br />
PROJETAM O<br />
MAIOR HOTEL<br />
DE MADEIRA DA<br />
EUROPA, COM 28<br />
METROS DE ALTURA<br />
E SETE ANDARES<br />
42 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Foram utilizados mais<br />
de 240 mil pregos e<br />
4.600 conexões de<br />
aço para realizar a<br />
união dos painéis que<br />
compõem a estrutura<br />
No total, foram<br />
utilizados 788 m³ (metros<br />
cúbicos) de madeira de<br />
reflorestamento para criar<br />
o edifício quatro estrelas<br />
F<br />
oi inaugurado em junho deste ano na cidade de<br />
Pésaro, na Itália, o maior hotel feito de madeira<br />
do continente europeu até os dias de hoje. O<br />
Nautilus, desde a abertura, já se tornou um ponto turístico<br />
para os admiradores de arquitetura: são 28 m (metros)<br />
de altura, divididos em sete andares. No total, foram dois<br />
meses de trabalho e 788 m³ (metros cúbicos) de madeira<br />
de reflorestamento para criar o edifício quatro estrelas,<br />
destinado a se tornar um dos mais populares hotéis<br />
para o turismo da região banhada pelo Mar Adriático,<br />
ao leste do país.<br />
À parte da madeira, foram utilizados mais de 240<br />
mil pregos e 4.600 conexões de aço para realizar a união<br />
dos painéis que compõem a estrutura, idealizada pelo<br />
arquiteto Marco Gaudenzi, especialista na construção<br />
de edifícios sustentáveis. A atenção com o uso de energia<br />
renovável também se destaca pela instalação de<br />
duas placas de energia solar na cobertura do hotel, que<br />
segundo os administradores, atendem 60% das necessidades<br />
energéticas do complexo. O Nautilus conta com<br />
111 quartos no seu hotel, todos assinados pelo designer<br />
Roberto Garbugli.<br />
Além do prédio, também foi utilizada madeira da<br />
própria província para os balcões da recepção, mesas,<br />
cabeceiras de cama e portas do local. Contrariando a<br />
crença popular de que estruturas de madeira são menos<br />
resistentes que as de concreto, o Nautilus é capaz<br />
de resistir a um terremoto de magnitude 8, capaz de<br />
atingir áreas até 55 km (quilômetros) de distância do seu<br />
epicentro. As propriedades naturais de isolamento da<br />
madeira minimizam o uso de ar condicionado no verão<br />
e de aquecimento no inverno, reduzindo as emissões de<br />
CO2 (Gás Carbônico) e o consumo de energia exacerbado<br />
nestas estações do ano.<br />
No que tange à questão estética, o Nautilus se inspira<br />
nas principais tendências da arquitetura: as curvas<br />
do edifício remetem às ondas do mar, e as cores pálidas<br />
nas áreas comuns têm como inspiração as praias que<br />
cortam o Mar Adriático, de grande importância histórica<br />
no comércio europeu, primeiro na época romana e depois<br />
na Idade Média, por constituir o caminho marítimo mais<br />
curto para o intercâmbio de mercadorias com o Oriente.<br />
A partir do século XVII, sua função econômica se reduziu<br />
ao âmbito regional. Na segunda metade do século XX,<br />
o turismo revitalizou a economia nas costas adriáticas,<br />
onde é o carro-chefe até os dias atuais.<br />
AGOSTO |<br />
43
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
3 MAIORES PRÉDIOS FEITOS<br />
DE MADEIRA DO MUNDO<br />
Não há dúvida que a madeira é a matéria-prima do<br />
momento na construção civil. Separamos abaixo três<br />
edifícios que foram inaugurados recentemente ou estão<br />
em processo de construção.<br />
HOHO VIENNA<br />
(VIENA, ÁUSTRIA)<br />
Inauguração: 2017<br />
Altura: 84 metros<br />
Com um custo final de US$ 68 milhões (cerca de R$ 197<br />
milhões de reais na cotação de julho de <strong>2016</strong>), o Hoho<br />
Vienna foi um projeto pensado pela Rüdiger Lainer,<br />
composto por duas torres gêmeas. Ambicioso, o projeto<br />
deve se tornar, após o lançamento, o maior prédio de<br />
madeira da história.<br />
TREET<br />
(BERGA, NORUEGA)<br />
Inauguração: <strong>2016</strong><br />
Altura: 50 metros<br />
Com um custo final de US$ 68 milhões (cerca de R$<br />
197 milhões de reais na cotação de julho de <strong>2016</strong>), o<br />
Hoho Vienna foi um projeto pensado pela Rüdiger<br />
Lainer, composto por duas torres gêmeas. Ambicioso,<br />
o projeto deve se tornar, após o lançamento, o<br />
maior prédio de madeira da história.<br />
44 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
BANYAN WHARF<br />
(LONDRES, REINO UNIDO)<br />
Inauguração: 2015<br />
Altura: 27 metros<br />
Construído no bairro de Hackney, o Banyan Wharf é um<br />
empreendimento residencial, arquitetado pelo britânico<br />
Hawkins Brown. A estrutura do edifício é feita de aço e<br />
painéis de madeira laminada, com um custo total de US$<br />
15 milhões (cerca de R$ 45 milhões).
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
INFORME<br />
SERRARIA DE<br />
TRADIÇÃOFotos: divulgação<br />
HÁ 30 ANOS NO<br />
MERCADO, WOOD-MIZER<br />
CHEGA A MAIS DE 120<br />
PAÍSES E SE CONSOLIDA<br />
COMO LÍDER MUNDIAL<br />
EM PROCESSAMENTO<br />
ECONÔMICO DE<br />
MADEIRA<br />
C<br />
om uma bem-sucedida e reconhecida linha de<br />
equipamentos no Brasil, a Wood-Mizer oferece<br />
soluções para serrarias rentáveis e fabricadas<br />
com qualidade, prontas para seguir os padrões do mercado<br />
brasileiro. Dispõe de uma filial autorizada no país,<br />
com estrutura comercial e de suporte técnico, capaz de<br />
auxiliar os clientes de maneira dinâmica e eficaz. A Wood-<br />
-Mizer está há quatro anos no Brasil, com a filial localizada<br />
no Rio Grande do Sul, reunindo mais de 100 clientes<br />
neste período. “A nossa marca acredita fortemente no<br />
mercado brasileiro”, revela Rafaela Laurentino, gerente<br />
local da filial brasileira. “Vislumbramos um futuro muito<br />
otimista para quem trabalha com madeira, em curto e<br />
longo prazo.”<br />
A empresa teve início em 1982, quando surgiu a<br />
ideia de tornar a transformação de toras em madeira<br />
serrada um trabalho seguro e eficiente, feito por uma<br />
única pessoa. Com a inovação das serrarias portáteis e a<br />
tecnologia das serras-fitas, os produtos da marca permitem<br />
ao indsutrial processar madeira de forma econômica,<br />
característica que marcou o início de uma revolução para<br />
produtores de madeira em todo o mundo. Nestes mais<br />
46 |<br />
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Os produtos da Wood-Mizer permitem ao operador<br />
ser capaz de processar madeira de forma econômica,<br />
com um setup avançado e controle computadorizado<br />
de 30 anos, ganhou a reputação de líder mundial na produção<br />
de serrarias portáteis e estacionárias, com mais de<br />
60 mil serrarias vendidas em 120 países.<br />
No Brasil, a Wood-Mizer oferece uma linha completa<br />
de serrarias portáteis e industriais, desdobramento<br />
de madeiras, refiladores, estufas, rachadores de tora,<br />
equipamentos para manuseio de materiais, serras-fita e<br />
equipamentos para manutenção de serras destinados a<br />
profissionais dos ramos florestal e madeireiro ao redor<br />
do mundo. A linha de processadores, industriais ou portáteis,<br />
oferecem uma vasta gama de oportunidades para<br />
pequenos negócios e indivíduos. As serrarias industriais<br />
são capazes de produção em nível comercial com custos<br />
operacionais mais baixos e melhor aproveitamento de<br />
cada tora serrada.<br />
Além do equipamento voltado para indústrias, a<br />
Wood-Mizer também fabrica uma vasta linha de serras-fita,<br />
que cortam qualquer espécie de madeira em qualquer<br />
lugar do mundo. Esta linha inclui serras econômicas em<br />
aço carbono para produção contínua e as serras de alta<br />
durabilidade Widea e Bi-metais. A promessa adicional<br />
de redução garantida na quantidade de madeira que é<br />
perdida com a utilização da tecnologia das serras-fita é<br />
também sinônimo de custo benefício. Visando atender<br />
às diversas necessidades decorrentes do uso de seus<br />
produtos, a empresa oferece também a manutenção de<br />
lâminas, com travadores e afiadores que tornam menos<br />
custosas as manutenções.<br />
Visando atender necessidades decorrentes do uso de seus<br />
produtos, a empresa oferece também a manutenção de<br />
lâminas<br />
No Brasil, a empresa oferece uma linha completa de serrarias<br />
portáteis e industriais, desdobramento de madeiras e<br />
refiladores, entre outros<br />
AGOSTO | 47
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
INFORME<br />
As serras-fita da<br />
Wood-Mizer em<br />
ação: linha inclui<br />
serras econômicas<br />
em aço carbono para<br />
produção contínua e<br />
de alta durabilidade<br />
SERRAS-FITA, O CARRO-CHEFE DA WOOD-MIZER<br />
Listamos abaixo algumas das serras-fita produzidas pela Wood-Mizer, com<br />
suas especificações:<br />
Serras-fita Silvertip de Carbono: ideais para beneficiamento<br />
primário e secundário, assim como para serrarias com grande volume de<br />
produção;<br />
Serra-Fita DoubleHard de alta-liga: lâminas duráveis para todas<br />
as finalidades, capazes de serrar madeiras macias, duras, nodosas e também<br />
madeiras congeladas;<br />
Serra-Fita MaxFlex Premium: de alta qualidade, podem ser<br />
utilizadas tanto na serragem como no desdobramento, onde a máxima<br />
durabilidade é desejada;<br />
Serra-Fita BiMetal <strong>Industrial</strong>: oferece maior durabilidade de<br />
afiação do que a maioria das serras de carbono e alta-liga, projetadas para<br />
produção em nível industrial;<br />
Serra-fita RazorTip Stellite: mantém a performance mesmo em<br />
longos períodos de utilização;<br />
Serra-Fita RazorTip Carbide: resistentes e permanecem afiadas<br />
por mais tempo em condições mais complexas, como madeiras tropicais<br />
duras, madeira serrada seca em estufa, derivados da madeira e materiais<br />
mais abrasivos.<br />
48 |<br />
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AGOSTO | 51<br />
Fotos: REFERÊNCIA
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
A<br />
redução no tamanho da feira chocou à primeira<br />
vista, reflexo do momento difícil pelo qual passa<br />
o segmento, mas quem pôde marcar presença<br />
na 7ª ForMóbile (Feira Internacional de Fornecedores<br />
da Indústria Madeira e Móveis) não se arrependeu. Os<br />
corredores permaneceram lotados nos quatro dias de<br />
eventos – até mesmo no primeiro e no último, considerados<br />
os mais mornos pelos industriais.<br />
A visitação, segundo os expositores consultados pela<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL, estava bastante qualificada e<br />
com muita participação de marceneiros, o que fez com<br />
que as grandes empresas, conhecidas pelas linhas industriais,<br />
direcionassem os maquinários para esse público.<br />
No total, a feira, que aconteceu de 26 a 29 de julho no<br />
Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP),<br />
reuniu 650 marcas expositoras de mais de 30 países, 58<br />
mil visitantes e muitos lançamentos em ferragens, acessórios,<br />
maquinários e matérias-primas.<br />
“É a sétima edição que participamos e acreditamos<br />
muito nessa feira, viemos em uma crescente de espaço e<br />
investindo, porque o retorno é eficaz. Cada vez mais vemos<br />
a necessidade de trazer não só inovação, mas também<br />
produtos de alta qualidade”, frisa Camila Bartalena,<br />
responsável pelo marketing da Rehau.<br />
Um dos pontos fortes do evento foi o público altamente<br />
qualificado e otimista com a expectativa de retomada<br />
do setor já nos próximos meses. O volume de<br />
negócios gerados durante a feira revela que o mercado<br />
moveleiro não só vive uma fase de recuperação, como de<br />
ampliação das vendas.<br />
"A abrangência da ForMóbile é indiscutível.<br />
Ela consegue, além de trazer<br />
empresas do Brasil, unificar toda a<br />
América Latina"<br />
Fabrício Zanetti, presidente da Affemaq<br />
Pela logística favorável, a ForMóbile é responsável<br />
por unir visitantes de diferentes Estados brasileiros e<br />
também de vários países da América do Sul. Justamente<br />
por essa alta visibilidade muitas empresas aproveitam a<br />
oportunidade para levar inovações não apenas em produtos,<br />
mas também para divulgar as estratégias. Foi o<br />
caso da Bosch, que além de levar o portfólio completo<br />
das linhas Bosch e Skil, já conhecidas pelos marceneiros,<br />
separou em seu estande um espaço para outras marcas<br />
que fazem parte do grupo como a Freud e a Sia Abrasivos.<br />
“Este ano estamos aproximando as operações e a Sia<br />
está passando por uma integração de sistema e comercial<br />
pela Bosch, por isso começamos a vir em conjunto<br />
para as feiras”, destaca Glauco Vecchia, gerente da linha<br />
de abrasivos flexíveis.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
“Imaginamos que em 2017 o Brasil<br />
comece a dar uma decolada.<br />
Os empresários estão muito<br />
entusiasmados com a ForMóbile e isso<br />
faz com que as pessoas se empolguem<br />
para ir à Fimma”<br />
Rogério Francio, presidente da Fimma<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
REPRESENTATIVIDADE<br />
As entidades do setor marcaram presença no evento<br />
para reforçar as ações e divulgar novos projetos. É o<br />
caso da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do<br />
Estado do Rio Grande do Sul) que aproveitou a oportunidade<br />
para comercializar espaços da Fimma (Feira Internacional<br />
de Máquinas, Matérias-primas e acessórios para<br />
a Indústria Moveleira) da qual é detentora dos direitos. A<br />
feira gaúcha será realizada de 28 a 31 de março de 2017,<br />
em Bento Gonçalves e já está com 70% dos espaços comercializados.<br />
“Há um mês tínhamos 65%. Vários contatos foram<br />
feitos na ForMóbile. A maioria dos expositores aqui também<br />
estão da Fimma, mas alguns que não eram se entusiasmaram.<br />
Temos confirmados no Projeto Comprador<br />
52 |<br />
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mais de 50 empresários dos quatro cantos do mundo. Já<br />
organizamos várias caravanas de microempresários e<br />
marceneiros. Além disso, tomamos atitudes em relação à<br />
infraestrutura da cidade como hotéis e serviços”, pontua<br />
Rogério Francio, presidente da Fimma.<br />
A Affemaq (Associação dos Fornecedores para as<br />
Indústrias de Madeiras e Móveis) que realiza feiras itinerantes<br />
de máquinas, ferramentas, acessórios, insumos e<br />
serviços nos principais polos moveleiros do Brasil, levou à<br />
ForMóbile 11 das 15 empresas associadas. “Viemos juntos<br />
para reduzir custos de fretes e montagem. Nossos<br />
estandes estão todos próximos e queremos futuramente<br />
reunir os associados em um ponto só”, avalia Fabrício<br />
Zanetti, presidente da associação. “Estamos procurando<br />
novos apoiadores, as feiras são as oportunidades para encontrar<br />
novas empresas para participar da mostra Affemaq”,<br />
completa.<br />
CASA NOVA<br />
Durante a feira foram anunciadas algumas<br />
mudanças para a próxima edição que ocorre<br />
de 10 a 13 de julho de 2018. A principal delas<br />
é a troca de endereço. Essa foi a despedida<br />
do Anhembi. O São Paulo Expo passa a<br />
ser a nova casa da ForMóbile. Segundo a<br />
organização do evento, a troca foi feita pelo<br />
novo espaço ser maior e mais moderno.<br />
Inaugurado em maio deste ano, o São<br />
Paulo Expo contempla 90 mil m² (metros<br />
quadrados) de área de exposição, mais de<br />
5 mil vagas de estacionamento (4,5 mil<br />
cobertas) e localização estratégica – a 850 m<br />
(metros) do metrô Jabaquara, 10 minutos do<br />
aeroporto de Congonhas e fora do perímetro<br />
de restrição municipal (rodízio) de veículos<br />
de passeios e de carga.
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
NOVIDADES<br />
Confira os principais lançamentos que a equipe da REFERÊNCIA INDUSTRIAL observou<br />
durante os quatro dias de ForMóbile <strong>2016</strong>:<br />
Razi<br />
O lançamento da Razi na linha industrial foi a<br />
plaina moldureira modelo Worker de 6 eixos com<br />
largura máxima de 210 mm (milímetros), máquina<br />
projetada especialmente para batente de portas,<br />
pisos, decks e assoalhos. O grande diferencial do<br />
produto, segundo o diretor da Alca Máquinas e<br />
representante da Razi, Eduardo Rechenberg, é o<br />
custo benefício em relação a outro equipamento<br />
da própria empresa. “Tínhamos apenas uma linha,<br />
e agora trouxemos esse outro modelo que chega a<br />
ter o valor até 20% abaixo. A máquina tem a mesma<br />
robustez, qualidade de usinagem e precisão”,<br />
compara. A Worker conta ainda com um sistema de<br />
tração mais vantajoso do mercado com nove rolos<br />
fracionados superiores e quatro inferiores. A Razi<br />
ainda levou as máquinas para marceneiros e hobistas<br />
e também a linha de ferramentas.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Salvador<br />
Foto: divulgação<br />
A fabricante italiana de otimizadoras<br />
Salvador colocou a Supercut<br />
500 para funcionar na feira. Segundo<br />
Cristian Salvador, CEO da empresa, é<br />
uma máquina extremamente rápida,<br />
com velocidade de avanço de 2.000<br />
a 2.500 metros por hora. “É um equipamento<br />
muito interessante para<br />
tempos de crise, porque é altamente<br />
produtivo, reduz a necessidade de<br />
mão de obra e consequentemente, a<br />
ocorrência de acidentes de trabalho”,<br />
pontua Cristian.<br />
54 |<br />
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Gaidzinski<br />
A Gaidzinski, de Braço Forte (SC), levou<br />
para a feira evoluções das máquinas<br />
que já são carro-chefe da empresa como<br />
a laminadora de portas e painéis. O equipamento,<br />
como explica Ewaldo Quint,<br />
do departamento comercial, atende tanto<br />
os fabricantes de portas como os moveleiros.<br />
A grande vantagem, segundo<br />
ele, é que com esta máquina o moveleiro<br />
consegue ter um leque de revestimentos<br />
maior do que quando compra a chapa<br />
já revestida. Além disso, a laminadora é<br />
prática de ser operada e aceita adesivos<br />
PVA e hotmelt EVA e PUR.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Bottene<br />
Foto: divulgação<br />
No Brasil há 2 anos, por meio da Simas<br />
Soluções Industriais, a italiana Bottene<br />
já é referência em otimizadoras<br />
com scanner. "Nossa linha de scanner<br />
controla com câmeras os quatro lados<br />
da madeira e otimiza conforme a necessidade<br />
de cada cliente, eliminando<br />
os defeitos através de uma ou mais otimizadoras",<br />
explica Joao Carlos Simas. A<br />
empresa oferece linhas completas para<br />
fábricas de móveis, molduras e painéis,<br />
com scanner, otimizadora, finger jointer<br />
vertical e horizontal, serras múltiplas e<br />
toda parte de automação.<br />
Montana Química<br />
A Montana Química levou à For-<br />
Móbile 11 lançamentos, todos baseados<br />
nas tendências internacionais<br />
para o setor moveleiro. O gerente<br />
comercial da divisão vernici, Leonardo<br />
Miyake, destacou o Lacksteel<br />
Oxidado, que mistura tons de cobre e<br />
ferro resultando em um acabamento<br />
com aparência enferrujada e o Lackfrozen<br />
Acqua que reproduz os cristais<br />
de gelo nas superfícies que são aplicadas.<br />
“É ideal para o arquiteto que<br />
quer fazer um efeito diferente na decoração”,<br />
ressalta.<br />
Foto: divulgação<br />
AGOSTO | 55
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
Dallabona<br />
A destopadeira automática da<br />
Dallabona Máquinas pode ser utilizada<br />
em diferentes tipos de aplicação<br />
como cama box, estofados, paletes,<br />
caixas de madeira. “A grande vantagem<br />
é o avanço automático. O operador<br />
programa as bitolas em um CLP<br />
(Controle Lógico Programável) e ela<br />
faz o corte desejado”, detalha Jussara<br />
Dallabona. A máquina está dentro<br />
das novas normas de segurança. “Tenho<br />
um cliente que substituiu quatro<br />
destopadeiras pneumáticas por uma<br />
dessa”, revela.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Marrari<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
A Marrari Automação aproveitou a feira<br />
para divulgar o III Curso de Gerenciamento<br />
de Secagem de Madeira, que será realizado<br />
entre 14 e 16 de setembro na Ufpr (Universidade<br />
Federal do Paraná) em Curitiba.<br />
“Um dos maiores gargalos nas empresas é<br />
o processo de secagem de madeira, o que<br />
consequentemente acaba tendo alto custo.<br />
O curso é bem avançado com informações<br />
técnicas e práticas. Ótimo também para as<br />
empresas realizarem networking”, avalia<br />
Joaquim Almeida, gerente comercial. O produto<br />
que vendeu bastante durante a feira foram<br />
os medidores portáteis de umidade de<br />
madeira M51 e M52, que são mais robustos,<br />
à prova de impactos e resistentes à água.<br />
Wirutex<br />
A serra de performance Atack,<br />
que corta até 150 mil chapas sem a<br />
necessidade de afiação foi um dos<br />
destaques da Wirutex, fabricante de<br />
ferramentas de diamante com produção<br />
100% nacional. “Trouxemos ferramentas<br />
de alto desempenho. Entre<br />
elas as fresas com ângulos de avanço<br />
de 60º, o que oferece qualidade e<br />
acabamento”, garante Neri Basso, diretor<br />
administrativo da empresa.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
56 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Laserflex<br />
Os cilindros para fabricantes de<br />
móveis que têm a linha de impressão<br />
própria são os destaques da Laserflex.<br />
“Nossos clientes estão atrás de<br />
inovação em padrões e com as variedades<br />
da Laserflex eles conseguem<br />
isso”, assegura Otavio Ronconi supervisor<br />
do departamento moveleiro da<br />
empresa. A fabricante trabalha com<br />
cilindros Rotolaser para impressão<br />
direta de alta qualidade e Decorlaser,<br />
impressão em alto relevo. Segundo<br />
Otávio entre as tendências estão os<br />
padrões que imitam couro e pedra.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Mill<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
No estande da Mill o foco foi a<br />
afiadeira de serra automática com<br />
refrigeração. “O cliente ganha bastante<br />
na vida útil podendo economizar<br />
até 30% de lâmina de serra”,<br />
calcula José Carlos Ledra, gerente<br />
de vendas da Mill. A linha de serras<br />
para marcenaria também teve destaque<br />
no espaço da empresa.<br />
Unesa<br />
A nova logo da empresa, com<br />
um visual mais clean foi lançada pela<br />
Unesa durante a ForMóbile. Dentre<br />
as máquinas o destaque ficou com<br />
a recobridora de portas para 1850<br />
mm, ou seja, para uma chapa inteira.<br />
“Esse relançamento foi pensado para<br />
atingir o setor moveleiro. Ela tem um<br />
sistema inédito com um setup ultra<br />
rápido”, realça Eti Galvani Uliano,<br />
presidente da empresa.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
AGOSTO | 57
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
Homag<br />
Foto: divulgação<br />
A Homag levou à feira um grande portfólio<br />
de seus maquinários com destaque<br />
para a produção nacional que se destina a<br />
clientes de pequeno e médio porte. Alessandro<br />
Agnoletti, gerente geral de vendas para<br />
América Latina, destacou a coladeira DKR<br />
100, uma máquina pequena com ótimo custo<br />
benefício. Outra novidade foi a renovação<br />
da linha de coladeira DKR 250, que vem completamente<br />
eletrônica. “Lançamos também<br />
o centro de usinagem CNC PTP 160 primeiro<br />
montado 100% no Brasil. Conseguiu reduzir<br />
quase 50% do valor da máquina importada,<br />
mas com a mesma qualidade, durabilidade<br />
e produtividade do equipamento alemão."<br />
A Homag sorteou uma Saveiro Robust. A Zippe<br />
Marcenaria, de São Paulo, ganhou.<br />
Jowat<br />
A alemã Jowat, referência em adesivos,<br />
lançou o Jowatherm 281.48, um<br />
hotmelt isento de carga, para aplicação<br />
por rolo ou bico. “O diferencial é que ele<br />
é translúcido. Esse produto já é muito<br />
utilizado na Europa e América do Norte<br />
e agora finalmente trouxemos ao Brasil”,<br />
relata o gerente comercial da marca<br />
Rubens de Castro. O Jowatherm-Reaktant<br />
608.00 também teve destaque<br />
no estande da empresa. “É um hotmelt<br />
PUR para fitas de borda com alta resistência<br />
ao calor, água, umidade, solventes<br />
e limpadores”, frisa.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Contraco<br />
Foto: divulgação<br />
A Contraco retornou à ForMóbile<br />
com o tratamento fitossanitário UMA<br />
(Unidade Móvel de Aquecimento). Como<br />
o próprio nome revela, a versatilidade<br />
do produto é o ponto forte já que por ser<br />
móvel ele é adaptável às mais variadas<br />
frentes como furgão, containers e salas<br />
em alvenarias ou metálicas. “O tratamento<br />
pode ser feito na propriedade<br />
ou indústria do fabricante. Ele pode ser<br />
transportado em cima de uma caminhonete”,<br />
enaltece Natalino Bonin, diretor<br />
da Contraco.<br />
58 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Siempelkamp<br />
A Siempelkamp aproveitou a<br />
ForMóbile para encontrar os grandes<br />
clientes que tem aqui no Brasil, como<br />
Berneck, Arauco, Duratex e Guararapes.<br />
A empresa, junto com outras<br />
fabricantes parceiras, é responsável<br />
por toda a planta industrial. “Executamos<br />
as plantas completas, desde<br />
a engenharia até a automação. O<br />
coração dessas empresas é a prensa<br />
que dita o que vem antes e depois”,<br />
define Martin Kemmsies, gerente<br />
executivo da empresa no Brasil. Aqui<br />
a Siempelkamp atua em duas frentes,<br />
de novos projetos e de pós-vendas,<br />
que compreende a manutenção das<br />
indústrias.<br />
Foto: REFERÊNCIA
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPECIAL<br />
CLICKS – FORMÓBILE <strong>2016</strong><br />
CONFIRA QUEM CIRCULOU PELOS CORREDORES DA<br />
FORMÓBILE<br />
Tim Lopes, diretor da Mapaf e Joseane Knop,<br />
diretora de negócios do GRUPO JOTA<br />
Xu Hongqing, presidente do Grupo Yangzi,<br />
Joseane Knop, diretora de negócios do GRUPO<br />
JOTA, Sérgio Amorim, gerente da Razi e Eduardo<br />
Rechenberg, diretor da Alca<br />
Natalia Gonçalves, responsável de marketing pela<br />
linha de acessórios da Bosch Brasil e Glauco Vecchia,<br />
gerente da linha de abrasivos flexíveis da Bosch<br />
Equipe da <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />
Gilmar Fávero, representante comercial e<br />
Cristian Salvador, da Salvador<br />
Eti Galvani Uliano, presidente da Unesa<br />
Visita ao estande da REFERÊNCIA INDUSTRIAL:<br />
Fernando Bongiovanni, Joseane Knop, Norberto<br />
Schultz e Ronaldo Coelho<br />
Joseane Knop e Daniela Safatle, da Teca<br />
Carajás<br />
Affemaq: Suelen Salvati, Euclides Rizzi e<br />
Fabiane Spiça<br />
60 |<br />
João Carlos Simas, da Simas Soluções<br />
Industriais e Matteo Battistella, da Bottene<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Leonardo Miyake, gerente comercial da Montana<br />
Química e Michel Sentinelo, coordenador de<br />
marketing e comunicação da Montana Química<br />
Joseane Knop, diretora de negócios do<br />
GRUPO JOTA e Eduardo Rechenberg, diretor<br />
da Alca Máquinas
Jussara e Everton Dallabona, da Dallabona<br />
Máquinas<br />
Equipe Marrari: Joaquim Almeida, Cassio Sales,<br />
Joyce de Albuquerque e Renato Popovicz<br />
Rafael Ferreira, da Montana Química e Joseane<br />
Knop, diretora de negócios do GRUPO JOTA<br />
Rubens de Castro, gerente comercial da Jowat<br />
e Bernardino Damiani, gerente técnico da<br />
Jowat<br />
Otavio Ronconi, supervisor do departamento<br />
moveleiro da Laserflex<br />
Eduardo Bonin, engenheiro da Contraco e<br />
Natalino Bonin, diretor da Contraco<br />
José Carlos Ledra, gerente de vendas da Mill<br />
Indústrias<br />
Joseane Knop, diretora de negócios do<br />
GRUPO JOTA e Alessandro Agnoletti,<br />
gerente geral de vendas da Homag para<br />
América Latina<br />
Neri Basso, gerente geral da Wirutex, Francisco<br />
Scortecci, do departamento de vendas da SCM<br />
Tecmatic e Marcio Zaffari, gerente de vendas<br />
da Wirutex<br />
Siempelkamp: Bend Haures, Michael Behrla, Maria Cristina<br />
Moosmayer, Rodrigo Suchomel e Martin Kemmsies<br />
Estande da Gaidzinski: Carlos Arevalo, Gilberto Gaidzinski,<br />
Robson de Carvalho, Marcio Selhorst, Rodrigo Ávila e<br />
Ewaldo Quint<br />
AGOSTO | 61
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
TRATAMENTO<br />
QUÍMICO E<br />
USO DO<br />
BAMBU<br />
Fotos: divulgação<br />
62 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
SAIBA MAIS SOBRE A<br />
MATÉRIA-PRIMA CUJA<br />
MAIOR RESERVA<br />
NATURAL É<br />
ENCONTRADA<br />
NO BRASIL<br />
O<br />
bambu é um dos mais valiosos recursos<br />
naturais e, certamente, dos que apresenta<br />
maior velocidade de crescimento. Algumas<br />
de suas características são semelhantes às da madeira,<br />
porém com diferenças em relação à velocidade superior<br />
de crescimento e à microestrutura dos seus elementos<br />
anatômicos.<br />
Com exceção da Europa, quase todos os continentes<br />
possuem espécies nativas de bambus. Paradoxalmente,<br />
o Brasil que possui a maior reserva natural de<br />
bambu do mundo, ocupando uma área de 90 mil km²<br />
(quilômetros quadrados) é um dos países que menos<br />
utiliza esse recurso, enquanto na Ásia os negócios que<br />
envolvem esse material movimentam diretamente cerca<br />
de 10 milhões de pessoas.<br />
O TRATAMENTO DO BAMBU<br />
Tomando como base as premissas anteriores sobre<br />
a baixa durabilidade natural do bambu frente aos agentes<br />
xilófagos, juntamente com a baixa permeabilidade,<br />
seu tratamento só é possível por difusão, no caso de<br />
colmos verdes, ou por pressão em se tratando de colmos<br />
abaixo do ponto de saturação das fibras.<br />
AGOSTO | 63
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
Alguns autores<br />
recomendam que antes<br />
do tratamento de bambus<br />
roliços sejam feitos furos de<br />
10 mm entre os septos dos<br />
colmos e em lados opostos<br />
Embora haja relatos de êxito no tratamento de colmos/taliscas<br />
sem pressão, esses métodos, de forma<br />
geral, são realizados por pessoal sem preparo técnico<br />
e sem uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)<br />
necessários. Muitos deles são itinerantes, deixando<br />
ao seu término volumes de solução preservativa, cujo<br />
acondicionamento final correto é duvidoso. Nestas<br />
condições, pode ter um impacto ambiental negativo e<br />
prejudicial para a indústria como um todo.<br />
Acresça-se a isso que os preservativos comerciais<br />
para madeira têm de ser registrados no Ibama (Instituto<br />
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />
Renováveis) cuja legislação impede a fabricação e comercialização<br />
por empresas que também não possuam<br />
registro em tal órgão para executar o tratamento. Os<br />
tratamentos, até então efetuados por métodos sem<br />
pressão, em sua maioria, fizeram parte de estudos acadêmicos<br />
e a cessão de preservativo para esses fins deu-<br />
-se em pequenas quantidades e exclusivamente para<br />
esse tipo de finalidade.<br />
Por isso e pelo fato do Brasil possuir um parque<br />
industrial com mais de 400 unidades com capacidade<br />
ociosa, é que podemos afirmar que os processos sob<br />
pressão, além de serem confiáveis do ponto de vista<br />
ambiental, estão aptos à produção de um produto final<br />
mais uniforme e passível de ter a sua qualidade controlada.<br />
Há, por exemplo, no município paulista de Cunha,<br />
uma usina que tem tratado quantidades apreciáveis de<br />
bambu, para várias aplicações, sobretudo para fins artesanais.<br />
Entretanto, deve ser lembrado sempre que o bambu<br />
tem diferenças em relação à madeira, de forma que<br />
Tomando como base<br />
premissas anteriores<br />
sobre a baixa durabilidade<br />
natural do bambu frente<br />
aos agentes xilófagos, seu<br />
tratamento só é possível<br />
por difusão ou por pressão<br />
64 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
seus colmos são sujeitos ao colapso. Na forma de taliscas,<br />
o bambu não apresenta esse tipo de problema.<br />
Como exposto em outro trabalho apresentado, alguns<br />
autores recomendam que antes do tratamento de<br />
bambus roliços sejam feitos furos de 10 mm (milímetros)<br />
entre os septos dos colmos e em lados opostos.<br />
Essa técnica equilibra a pressão dos dois lados do bambu,<br />
evitando a possível ocorrência de colapso das peças,<br />
além de melhorar a uniformidade da penetração.<br />
Outra forma de minimizar a ocorrência de colapso<br />
é baixar a pressão de trabalho dos usuais 12,0 kgf/<br />
cm² (quilograma força por centímetro quadrado) para<br />
algo em torno de 7,0kgf/cm², por um período de uma a<br />
duas horas. Para compensar a diminuição da pressão,<br />
trabalha-se com concentrações mais elevadas de preservativo.<br />
Quanto aos preservativos recomendados, há unanimidade<br />
na literatura consultada e específica sobre o<br />
tratamento de bambu, quanto à excelência dos resultados<br />
obtidos com CCA e o CCB-O. Se por um lado o CCA<br />
proporciona fixação mais rápida e maior resistência<br />
à lixiviação, por seu turno, o CCB, por força da grande<br />
mobilidade iônica do boro, é mais recomendável para<br />
espécies de bambu, mais refratárias ao tratamento preservativo,<br />
sendo opção única para aqueles que desejem<br />
competir no mercado externo, principalmente o europeu.<br />
O BRASIL POSSUI A MAIOR<br />
RESERVA NATURAL DE<br />
BAMBU DO MUNDO,<br />
OCUPANDO UMA ÁREA DE<br />
90 MIL KM²
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
A COMPETITIVIDADE<br />
DA INDÚSTRIA<br />
DE MÓVEIS<br />
DO BRASIL<br />
RANGEL GALINARI, JOB RODRIGUES TEIXEIRA JUNIOR,<br />
RICARDO RODRIGUES MORGADO<br />
Departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços da Área <strong>Industrial</strong> do<br />
Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)<br />
Fotos: divulgação<br />
66 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
INTRODUÇÃO<br />
A<br />
indústria moveleira mundial vem experimentando<br />
importantes transformações nas últimas décadas.<br />
Inovações no âmbito do transporte transoceânico<br />
e a maior abertura das economias modernas ao comércio e<br />
aos investimentos produtivos intensificaram o processo de<br />
internacionalização dessa indústria. Na esteira desses acontecimentos,<br />
grandes redes varejistas vêm mudando o padrão<br />
de competitividade do setor à medida que estruturam<br />
redes globais de fornecedores, sobre as quais exercem grande<br />
influência. Pouco inserida nas redes internacionais de fornecedores,<br />
a indústria moveleira do Brasil assiste nos anos<br />
2000 a um rápido ganho de participação de produtos asiáticos,<br />
em especial chineses, em seus principais mercados. A<br />
partir da segunda metade daquela década, as exportações<br />
brasileiras entraram em uma rota declinante, assim como o<br />
saldo comercial do setor. Apesar de as exportações brasileiras<br />
de móveis serem tradicionalmente modestas, tanto em<br />
escala global, como em relação à produção doméstica, a redução<br />
no valor exportado sugere que o setor vem perdendo<br />
competitividade no front externo. Por outro lado, apesar do<br />
crescimento das importações observado nos últimos anos,<br />
o mercado brasileiro continua abastecido majoritariamente<br />
pela produção interna. Os artigos do mobiliário que vêm ganhando<br />
espaço nos mercados mundiais não têm o mesmo<br />
desempenho no mercado brasileiro, sugerindo que a produção<br />
doméstica é competitiva no front interno.<br />
O objetivo do presente trabalho é entender a natureza<br />
da aparente perda de competitividade dos móveis brasileiros<br />
no mercado internacional, assim como sua resistência<br />
no mercado interno. Vale destacar que a análise do setor<br />
foi enriquecida por visitas dos autores a empresas dos polos<br />
moveleiros de Ubá (MG), São Bento do Sul (SC) e Bento Gonçalves<br />
(RS), bem como pela aplicação de um questionário a<br />
340 empresas dessas regiões, das quais 34 responderam.<br />
CARACTERIZAÇÃO DO SETOR<br />
A fabricação de móveis, em especial os de madeira,<br />
pode ser considerada uma das mais tradicionais atividades<br />
da indústria de transformação. O setor reúne características<br />
como elevada utilização de insumos de origem natural, emprego<br />
relativamente intensivo de mão de obra, reduzido dinamismo<br />
tecnológico e alto grau de informalidade. Algumas<br />
particularidades do setor redundam no estabelecimento de<br />
baixas barreiras à entrada: o investimento inicial em ativos<br />
físicos para certos tipos de produção não é demasiado vultoso,<br />
a maior parte das inovações tecnológicas do setor é<br />
gerada por fornecedores de insumos e de bens de capital, as<br />
condições de apropriabilidade de uma das principais fontes<br />
de diferenciação de produtos, o design, são extremamente<br />
baixas. Além disso, a existência de etapas do processo produtivo<br />
cuja automação é difícil, como montagem e estofamento,<br />
não favorece o surgimento de empresas grandes o<br />
suficiente para ter alto poder de mercado.<br />
É grande a heterogeneidade do setor no tocante ao uso<br />
de tecnologias. Alguns tipos de produto admitem processos<br />
de fabricação com elevada automação, como os móveis retilíneos<br />
elaborados com madeiras reconstituídas, como MDF,<br />
enquanto outros demandam grande quantidade de trabalhos<br />
manuais, como os móveis artesanais de madeira maciça.<br />
Coexistem no setor empresas de porte médio ou grande<br />
que produzem em massa, empregando máquinas e equipamentos<br />
de elevado conteúdo tecnológico, empresas parcialmente<br />
automatizadas, além de micro e pequenas empresas<br />
intensivas em trabalho. O setor é marcado também pela<br />
existência de muitos nichos que advêm de uma complexa<br />
segmentação que combina elementos como: o tipo de uso<br />
– móveis residenciais, de escritório e institucionais –, o material<br />
predominante em sua confecção, a classe de consumo<br />
para a qual é projetado (A, B, C, D ou E) e até mesmo a faixa<br />
etária dos prováveis usuários.<br />
Esses atributos determinam uma estrutura de mercado<br />
pulverizada, heterogênea, dotada de variados nichos e com<br />
presença marcante de micro e pequenas empresas. A diversidade<br />
do setor também é grande no que tange ao padrão de<br />
concorrência, já que a competição é pautada basicamente<br />
por preços, nos segmentos mais populares, e por atributos<br />
como qualidade, design e marca, nos superiores.<br />
A INDÚSTRIA MUNDIAL DE MÓVEIS<br />
Segundo Projeto PIB (Perspectiva de Investimento no<br />
Brasil) (2009), até meados da década de 1990 os países desenvolvidos<br />
eram os principais produtores e consumidores<br />
de móveis. Desde então, a progressiva redução de barreiras<br />
ao comércio e aos investimentos internacionais, inovações<br />
no âmbito do transporte marítimo, da embalagem de produtos<br />
frágeis e das tecnologias da informação e comunicação<br />
aprofundaram o processo de globalização da indústria<br />
moveleira. Nesse contexto, empresas varejistas e fabricantes<br />
de móveis dos países centrais passaram a desenvolver<br />
fornecedores ou a instalar plantas produtivas em países em<br />
desenvolvimento (notadamente na Ásia) com vistas a se<br />
beneficiar de menores custos de mão de obra e de insumos<br />
e, ainda, a explorar os mercados locais. Ora em curso, tal<br />
processo vem gradativamente estruturando cadeias globais<br />
de produção, governadas por grandes redes varejistas, nas<br />
quais as competências de maior agregação de valor, como<br />
o design, o marketing, a criação e o fortalecimento de marcas,<br />
tendem a ficar concentradas nos países desenvolvidos,<br />
enquanto a manufatura se estabelece nos países em desenvolvimento.<br />
Apesar do menor dinamismo econômico verificado nos<br />
países centrais em anos recentes e do processo de relocalização<br />
descrito, o mundo desenvolvido ainda responde pela<br />
maior parte da produção global de móveis (52% do total).<br />
Por outro lado, a China, que pertence ao grupo de países de<br />
renda média ou baixa, é o maior produtor mundial, respon-<br />
AGOSTO | 67
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
dendo por 31% do total. Em seguida estão os EUA (Estados<br />
Unidos da América) (14% do total global), a Itália (7%) e a<br />
Alemanha (6%). Os maiores produtores mundiais também<br />
figuram como grandes players do mercado internacional.<br />
Atualmente, o ranking dos cinco maiores exportadores, em<br />
ordem decrescente de valor, é formado por China, Alemanha,<br />
Itália, Polônia e EUA, segundo dados de 2011 da Unctad<br />
(United Nations Conference on Trade and Development).<br />
Os países desenvolvidos apresentam elevado consumo<br />
per capita de móveis. Segundo Iemi (Inteligência de Mercado)<br />
(2009), no ano de 2008 a União Europeia registrou<br />
consumo de US$ 252 por habitante, os EUA de US$ 293, o<br />
Canadá de US$ 368 e o Japão de US$ 122. O elevado consumo<br />
e a escassez relativa de matérias-primas nesses países<br />
os impedem de ser autossuficientes. Embora sejam grandes<br />
produtores, os países desenvolvidos figuram como os maiores<br />
importadores do planeta.<br />
A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÓVEIS<br />
A indústria moveleira do Brasil tem histórica especialização<br />
na produção de artigos confeccionados com madeira, já<br />
que fatores geográficos e climáticos favorecem a oferta em<br />
abundância de insumos de origem florestal no país. De acordo<br />
com informações da Movergs (Associação das Indústrias<br />
de Móveis do Rio Grande do Sul) referentes ao ano de 2011,<br />
a fabricação de móveis de madeira maciça ou reconstituída<br />
representa cerca de 84% do total produzido nacionalmente.<br />
Segundo dados da Abipa (Associação Brasileira da Indústria<br />
de Painéis de Madeira), do total de madeiras consumidas na<br />
produção de móveis no Brasil no ano de 2008, apenas 7%<br />
corresponderam a madeiras maciças, 36% a madeiras reflorestadas<br />
(pinus e eucalipto) e 57% a painéis de madeira. A<br />
maior parte desses insumos é adquirida de fornecedores nacionais.<br />
Apenas as matérias-primas mais elaboradas, como<br />
laminados de alta resistência (fórmica), MDF e MDP revestidos,<br />
têm participação relevante de importados. Estimativas<br />
de Iemi (2011) sugerem que aproximadamente 76% das<br />
empresas moveleiras do Brasil fabricam produtos de forma<br />
seriada, isto é, móveis padronizados, cujas características físicas<br />
não podem ser alteradas pelos consumidores.<br />
Para os próximos anos, espera-se um crescimento na<br />
produção de móveis modulados, planejados e sob desenho.<br />
Mudanças recentes no mercado imobiliário vêm implicando<br />
reduções das áreas úteis dos imóveis, o que valoriza as<br />
soluções que maximizam o aproveitamento de espaço.<br />
Ademais, caso o país continue a combinar crescimento com<br />
distribuição de renda, é razoável supor que o consumo de<br />
móveis se sofistique, aumentando a demanda por projetos<br />
de decoração que contam com planejamento de mobiliário.<br />
A importância do setor moveleiro para a economia brasileira<br />
é claramente percebida por meio de sua capacidade<br />
de geração de empregos, por sua disseminação pelo território<br />
nacional e pela grande quantidade de encadeamentos<br />
a montante e a jusante de sua cadeia produtiva. Em 2011, o<br />
setor foi responsável por mais de 269 mil empregos diretos,<br />
quantidade que correspondeu a 3,5% do emprego formal<br />
da indústria de transformação brasileira, segundo dados<br />
da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério<br />
do Trabalho e Emprego. A atividade é bastante difundida<br />
pelo território brasileiro. Com a grande presença de<br />
pequenos empreendimentos, sobretudo marcenarias que<br />
executam trabalhos customizados, a atividade é registrada<br />
em praticamente todo o território nacional. Não obstante,<br />
adensa-se nas regiões sudeste (que detém 43% do empre-<br />
Alguns tipos de produto admitem<br />
processos de fabricação com<br />
elevada automação, como os móveis<br />
retilíneos elaborados com madeiras<br />
reconstituídas, como MDF<br />
68 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
A progressiva redução de barreiras<br />
ao comércio e aos investimentos<br />
internacionais aprofundaram o processo<br />
de globalização da indústria moveleira<br />
go setorial) e sul (40%) do país, onde estão localizados os<br />
principais polos produtores: Bento Gonçalves (RS), Arapongas<br />
(PR), Ubá (MG), São Bento do Sul (SC), Linhares (ES),<br />
Mirassol (SP), Votuporanga (SP) e região metropolitana de<br />
São Paulo.<br />
Dados da Rais também evidenciam que, no conjunto de<br />
empresas formalmente constituídas do setor, predomina o<br />
emprego em estabelecimentos de portes micro, pequeno e<br />
médio. Em 2011, apenas 9% dos empregados da indústria<br />
de móveis trabalhavam em grandes empresas. Do ponto de<br />
vista social, o porte médio das empresas e a difusão territorial<br />
da atividade são importantes, porque favorecem a<br />
concretização do empreendedorismo individual e oferecem<br />
oportunidades de emprego nos mais diversos subsistemas<br />
regionais de produção, até mesmo nos economicamente<br />
menos dinâmicos. Por outro lado, tornam evidente que parte<br />
substantiva da produção não se beneficia de economias<br />
de escala internas ou externas às firmas.<br />
O desempenho das exportações brasileiras de móveis é<br />
ditado pela dinâmica do segmento de móveis de madeira.<br />
No período analisado, as exportações de móveis desse material<br />
vêm se mantendo em torno de 80% do total. Embora<br />
o Brasil exporte móveis para mais de uma centena de países,<br />
existe uma clara concentração em alguns mercados. No<br />
início da década passada, 82% do valor exportado estavam<br />
concentrados em apenas sete nações, a saber: EUA (32%),<br />
França (14%), Argentina (13%), Reino Unido (8%), Holanda<br />
(5%), Alemanha (5%) e Uruguai (5%).<br />
O declínio das exportações brasileiras é explicado, sobretudo,<br />
pela redução das compras de países desenvolvidos,<br />
especialmente dos EUA, cujas aquisições de móveis do<br />
Brasil caíram 40% entre 2001 e 2012. O resultado da balança<br />
do setor só não foi pior em função da diversificação de parceiros<br />
comerciais. Em 2012, o Brasil exportou móveis para<br />
152 países. Entre estes, Angola, destino de 9% do valor to-
REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ARTIGO<br />
Bento Gonçalves (RS) é um dos<br />
principais polos produtores de móveis<br />
do Brasil<br />
tal, tornou-se o terceiro maior parceiro, atrás apenas de EUA<br />
(13%) e Reino Unido (12%). Países como Chile (5%), Bolívia<br />
(5%), Peru (5%) e Paraguai (5%) ampliaram suas compras e<br />
também se tornaram importantes destinos.<br />
A composição da pauta importadora de móveis do Brasil<br />
é sobremaneira distinta da exportadora. No início da década<br />
passada, o valor das importações de móveis de madeira representava<br />
17% do total. Embora em termos absolutos seu<br />
valor tenha crescido a uma média de 16% entre 2001 e 2012,<br />
representa atualmente apenas 9% do total. A tendência de<br />
crescimento de importações do setor foi determinada por<br />
segmentos em que o Brasil é pouco competitivo, como o de<br />
móveis produzidos com materiais plásticos e metais, sobretudo<br />
assentos giratórios. As importações provenientes de<br />
países asiáticos, principalmente da China, destacam-se das<br />
demais. No início da década, as importações originadas da<br />
Ásia respondiam por 16% do total. Crescendo a uma taxa<br />
média anual de 36%, chegaram a 67% em 2012.<br />
Apesar das importações de artigos do mobiliário seguirem<br />
uma rota ascendente nos últimos anos, a indústria de<br />
móveis do Brasil é bastante sólida no mercado interno. O<br />
consumo de móveis no país vem aumentando, e a indústria<br />
No início da década passada, 82% do<br />
valor exportado pelo Brasil estava<br />
concentrado em apenas sete nações<br />
70 |<br />
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nacional, em especial nos segmentos de madeira, mostra-se<br />
capaz de responder a essa demanda ampliada. Importante<br />
frisar que as importações desse setor se aceleraram menos<br />
que as de outros ramos da indústria tradicional nos anos<br />
2000. Por outro lado, as exportações brasileiras de artigos<br />
do mobiliário não estão conseguindo acompanhar o aquecimento<br />
do comércio internacional e entraram em uma rota<br />
decrescente. Depreende-se desses fatos que a competitividade<br />
da indústria moveleira do Brasil tem diferentes facetas<br />
nos mercados interno e externo. Considerando isso, as próximas<br />
seções abordarão conceitos, medidas e fatores que influenciam<br />
(negativa ou positivamente) a competitividade do<br />
setor. Espera-se, com isso, responder a três questões: Que<br />
fatores determinam a dualidade competitiva nos mercados<br />
interno e externo? Na conjuntura atual, a perda de competitividade<br />
no mercado externo é preocupante? Quais as fontes<br />
da aparente competitividade no mercado interno e em que<br />
medida são sustentáveis?<br />
INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DA<br />
INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÓVEIS<br />
Um dos tipos mais simples de medidas de competitividade<br />
é a participação em agregados. No caso de uma análise<br />
setorial, o principal exemplo é o market share detido pelo país<br />
no comércio internacional. Outros indicadores ainda podem<br />
ser obtidos por meio de dados do comércio exterior, como<br />
taxa de cobertura, taxa de autossuprimento, coeficiente de<br />
penetração das importações, entre outros. A aritmética do<br />
market share é elementar: trata-se do percentual que as<br />
vendas de determinado produtor, no caso o setor moveleiro<br />
do Brasil, representam sobre o agregado de interesse,<br />
como as exportações mundiais do produto em questão. As<br />
informações analisadas sugerem que, entre 2001 e 2004, as<br />
exportações brasileiras cresceram a taxas superiores às das<br />
exportações mundiais, levando o país a ganhar participação<br />
no comércio internacional de móveis. Desde então, o Brasil<br />
deixa de acompanhar o ritmo de crescimento desse mercado<br />
e perde participação de maneira contínua. A perda ou<br />
não de competitividade do setor moveleiro também pode<br />
ser sugerida por outros indicadores, como o coeficiente de<br />
exportação e o coeficiente de penetração das importações.<br />
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AGENDA<br />
AGOSTO <strong>2016</strong><br />
OUTUBRO <strong>2016</strong><br />
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Casa Brasil<br />
10 a 14<br />
São Paulo (SP)<br />
www.casabrasil.com.br<br />
SETEMBRO <strong>2016</strong><br />
Expoanicer<br />
16 a 19<br />
Porto Alegre (RS)<br />
www.anicer.com.br/<br />
Fesqua<br />
21 a 24<br />
São Paulo (SP)<br />
www.fesqua.com.br<br />
ForMar<br />
14 a 16<br />
São Paulo (SP)<br />
www.feiraformar.com.br<br />
Habitacon<br />
19 a 22<br />
Curitiba (PR)<br />
www.feirahabitacon.com.br<br />
DESTAQUE<br />
CASA BRASIL<br />
10 a 14 de agosto<br />
São Paulo (SP)<br />
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A Casa Brasil, feira sediada em Bento Gonçalves desde 2007,<br />
com o objetivo expor grandes nomes dos segmentos de<br />
móveis, iluminação, decoração e complementos de alto padrão,<br />
acontece em São Paulo em <strong>2016</strong>. A parceria entre três<br />
empresas: a Sindmóveis, que organiza a Casa Brasil; o grupo<br />
inglês Informa Group; e a Summit Promo. A Casa Brasil foi<br />
criada e desenvolvida em Bento Gonçalves pela força do polo moveleiro da região.<br />
Imagem: reprodução<br />
72 |<br />
www.referenciaindustrial.com.br
Reserve<br />
esta data:<br />
14 E 15<br />
DE SETEMBRO<br />
DE <strong>2016</strong><br />
Veja o que está programado.<br />
_PALESTRAS<br />
_PAINÉIS<br />
_APRESENTAÇÃO DE CASES<br />
_FOMENTO E DESENVOLVIMENTO DO SETOR MOVELEIRO<br />
_ENCONTROS DE NEGÓCIOS NACIONAL E INTERNACIONAL<br />
_ESPAÇO DO DESIGN<br />
_MOSTRA DE PRODUTOS<br />
_Prêmio Top Móbile<br />
Você<br />
não<br />
pode<br />
perder.<br />
Apoio<br />
Realização<br />
Acesse<br />
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
O QUE OS PROTOCOLOS DE M&V<br />
TÊM A NOS ENSINAR?<br />
O<br />
M&V (protocolo de medição e verificação) é peça<br />
fundamental para o desenvolvimento e avaliações<br />
adequadas de projetos de ações de eficiência<br />
energética que se pretendam implantar; aliás, como qualquer<br />
projeto sério, com avaliação do status inicial é que realmente<br />
se chega ao final.<br />
Não há como avaliar o resultado alcançado de um projeto<br />
sem o claro conhecimento da situação inicial e premissas<br />
aplicáveis.<br />
Especificamente o Pimvp (Protocolo Internacional de<br />
Medição e Verificação de Performance) da EVO (Efficiency<br />
Valuation Organization), voltado para projetos de eficiência<br />
energética, tem por objetivo apresentar uma estrutura com<br />
definição da terminologia utilizada em M&V e como abordar<br />
os tópicos importantes em um projeto de eficiência energética<br />
para elaboração de um correto plano de M&V, já que os planos<br />
devem ser específicos para cada projeto.<br />
Como parte integrante destas premissas, estabelece a linha<br />
de base dos padrões de consumo de energia da instalação<br />
(ou do equipamento ou sistema em que se pretende implantar<br />
um projeto de eficiência energética) para que seja comparada<br />
com os resultados obtidos ao final da implantação do projeto<br />
ou das ações de eficiência energética.<br />
O Pimvp tem aderências importantes com contratos de<br />
desempenho, adoção de padrões, aplicação da ISO (Organização<br />
Internacional de Padronização) 50001 e ainda documentação<br />
consistente de projetos, expectativas e resultados.<br />
Trata-se de entender as variáveis envolvidas no consumo de<br />
energia de forma ampla, definindo as regras que nortearão<br />
os caminhos do projeto e fundamentalmente as conclusões<br />
para as novas medições e verificações ao final evidenciando<br />
as economias atingidas.<br />
Nosso bom e velho mestre Agenor Garcia trouxe à luz,<br />
no treinamento ministrado, alguns conceitos importantes<br />
abaixo resumidos:<br />
LINHA DE BASE<br />
Elaboração do perfil de consumo de energia antes das<br />
ações de eficiência energética, definindo o comportamento<br />
da energia em função das variáveis que a influenciam, a fim de<br />
que ao final da implantação se possa definir com boa precisão<br />
o impacto do projeto.<br />
FRONTEIRA DE MEDIÇÃO<br />
Define os pontos que serão considerados no levantamento<br />
inicial e verificação posterior da economia, delimitados pela<br />
colocação dos medidores. Esta fronteira pode ser um circuito<br />
ou mesmo um interruptor alimentando algumas luminárias,<br />
ou um medidor da concessionária de uma indústria, dependendo<br />
do desenvolvimento do projeto.<br />
OPÇÕES DE MEDIÇÃO<br />
Se a opção de medição for isolada, como no caso do<br />
circuito de iluminação acima, a opção será tipo A (com medição<br />
dos parâmetros chave) ou B (com a medição de todos os<br />
parâmetros), e se for escolhido o medidor da concessionária,<br />
será a opção tipo C. Há ainda a opção D, que é aplicada em<br />
simulações de modelos normalmente em instalações novas,<br />
ainda em fase de projeto e planejamento.<br />
O Pimvp torna-se uma ferramenta atrativa para a execução<br />
de projetos de qualquer complexidade, incluindo aqueles<br />
que de fato trazem resultados práticos em projetos industriais<br />
e grandes complexos comerciais, servindo como documento<br />
de aferição e prova de conclusão adequada de projetos.<br />
Foto: divulgação<br />
Por José Starosta<br />
Diretor da Ação Engenharia, da Abesco (Associação Brasileira das Empresas<br />
de Serviços de Conservação de Energia) e do Deinfra (Departamento de<br />
Infraestrutura) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)<br />
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