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Agosto/2016 - Referência Industrial 177

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ENTREVISTA - Presidente da Abesco vê <strong>2016</strong> como um bom ano para repensar a eficiência energética<br />

I N D U S T R I A L<br />

Na palma<br />

da mão<br />

Com bom custo benefício, autoclaves se<br />

adaptam ao século XXI e oferecem integração<br />

com dispositivos móveis<br />

In the Palm<br />

of the Hand<br />

With a good cost benefit ratio, autoclaves<br />

are adapted to the 21st century and offer<br />

integration with mobile devices<br />

Especial – Destaques da Formóbile, uma das mais importantes feiras do setor realizada em SP


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

SUMÁRIO<br />

SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

32<br />

Baukus 09<br />

Cerumaq 15<br />

Congresso Moveleiro 73<br />

Contraco 53<br />

DRV Ferramentas 13<br />

Engecass 17<br />

Gaidzinski 65<br />

H. Bremer 11<br />

42<br />

04 Editorial<br />

06 Cartas<br />

08 Bastidores<br />

50<br />

Homag 07<br />

Indumec 75<br />

IWF Atlanta 49<br />

Máquinas Dallabona 71<br />

Marrari 41<br />

Mill Indústrias 76<br />

Montana Química 02<br />

MSM Química 31<br />

Planeta <strong>Industrial</strong> 71<br />

Razi Máquinas 59<br />

Salvador 45<br />

Siempelkamp 05<br />

Tecnovapor 69<br />

Vantec 29<br />

10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

12 Notas<br />

18 Aplicação<br />

19 Alta e Baixa<br />

20 Frases<br />

21 Affemaq<br />

26 Entrevista<br />

30 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />

32 Principal Autoclaves conectadas<br />

38 Empresa e negócios<br />

42 Construção Civil<br />

46 Informe<br />

50 Especial Formóbile<br />

62 Química na Madeira<br />

66 Artigo<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

AGOSTO | 03


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EDITORIAL<br />

Ano XVIII - Edição n.º <strong>177</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2016</strong><br />

Year XVIII - Edition n.º <strong>177</strong> - August <strong>2016</strong><br />

Nesta edição o destaque<br />

fica por conta da integração a<br />

dispositivos móveis, realizadas<br />

pelas autoclaves da Fhaizer<br />

UM FUTURO<br />

VISIONÁRIO<br />

Há milhares de anos, o pensador chinês Confúcio fez<br />

uma reflexão que se propagou até os dias de hoje: “se quiser<br />

prever o futuro, estude o passado”. Tal frase cai como uma<br />

luva nesta edição de REFERÊNCIA INDUSTRIAL, que trata<br />

sobre as perspectivas para os próximos anos em diversas das<br />

suas editorias. Na nossa matéria principal, falamos sobre a<br />

evolução e modernização das autoclaves, que hoje podem<br />

ser operadas e diagnosticadas usando o touch screen de um<br />

smartphone; visitamos a feira ForMóbile, uma das mais importantes<br />

do setor, e trouxemos em primeira mão as tendências<br />

do mercado nacional; em Construção Civil, o maior prédio de<br />

madeira da Europa se ergue na Itália, mostrando que o futuro<br />

do setor procura cada vez mais a sustentabilidade encontrada<br />

na madeira. Desejamos a todos assinantes e leitores uma<br />

leitura visionária, assim como os retratados nestas páginas.<br />

A VISIONARY FUTURE<br />

Thousands of years ago, Chinese philosopher Confucius<br />

reflected on something that is valid even today: “If you want<br />

to predict the future, study the past.” This fits this issue of RE-<br />

FERÊNCIA <strong>Industrial</strong> like a glove, as to the outlook for the next<br />

few years in several of this month’s articles. In our lead story,<br />

we talk about the evolution and modernization of autoclaves,<br />

which today can be operated and diagnosed using a touch on<br />

the screen of a smartphone; we visit ForMóbile, one of the most<br />

important trade fairs in the industry, noting the national market<br />

trends firsthand; and in the Building Construction Section, the<br />

largest building in Europe using wood is being constructed in<br />

Italy, demonstrating that the Sector's future increasingly looks<br />

at the sustainability found in wood. We wish all subscribers<br />

and readers a visionary reading, such as the vision depicted in<br />

these pages.<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Veículo filiado a:<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

Bruno Raphael Müller<br />

Larissa Angeli<br />

jornalismo@referenciaindustrial.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Domingues<br />

Fernanda Maier<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Colaboradores / Colaborators<br />

Fotógrafos: Mauricio de Paula<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Monica Kirchner - Coordenação<br />

Alessandra Reich<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida<br />

aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de<br />

pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais, ONG’s, entidades de<br />

classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao segmento madeireiro.<br />

A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por conceitos<br />

emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes<br />

materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e<br />

outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são terminantemente proibidos<br />

sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the<br />

producers and consumers of the good and services of the lumberz industry, research<br />

institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities<br />

directly and/or indirectly linked to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does<br />

not hold itself responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of<br />

the texts, photographs and other intellectual property in each publication of Revista<br />

REFERÊNCIA is expressly prohibited without the written authorization of the holders<br />

of the authorial rights.<br />

04 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CARTAS<br />

Capa da Edição 176 da<br />

Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

mês de julho de <strong>2016</strong><br />

Capacidade<br />

Mercado<br />

Por<br />

Jefferson Silva -<br />

Campinas (SP)<br />

A China como<br />

potência econômica<br />

pode até<br />

ter desacelerado<br />

nos últimos anos,<br />

mas sua capacidade<br />

industrial só é aprimorada a cada ano que passa. Prova<br />

disso é a capa da última revista, que mostra a investida dos<br />

asiáticos no setor de máquinas.<br />

Foto: Mauricio de Paula<br />

Por Antônio<br />

Gazizi -<br />

Santos (SP)<br />

A REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL<br />

tem melhorado<br />

a cada edição.<br />

Dou meus parabéns<br />

à toda<br />

equipe pela matéria sobre exportação de madeira. Sem<br />

dúvidas, um mercado que só tem a crescer nos próximos<br />

anos.<br />

Foto: divulgação<br />

Segmento<br />

Por Marcos Frota -<br />

Rio de Janeiro (RJ)<br />

Acredito que a comissão<br />

de estudos sobre<br />

o wood frame venha<br />

fortalecer ainda mais<br />

este segmento da<br />

construção civil. Já é<br />

passada a hora de uma<br />

normatização.<br />

Foto: divulgação<br />

Inovação<br />

Por Carlos Aguilar -<br />

Rio Branco (AC)<br />

Muito pertinente a<br />

última coluna do Flávio<br />

Geraldo. Ninguém<br />

pode se dar ao luxo de<br />

acomodar-se, principalmente em um ano de grandes<br />

transformações como tem sido <strong>2016</strong>. Que os industriais<br />

trabalhem sempre em prol de inovações!<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião<br />

é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

06 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados para redação ou siga:


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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

BASTIDORES<br />

AUTOCLAVES<br />

MODERNAS<br />

Para a principal<br />

matéria desta edição,<br />

visitamos a fábrica da<br />

Fhaizer em Joinville<br />

(SC), especialista na<br />

produção de autoclaves,<br />

conduzidos pelos<br />

diretores Victor Aguiar e<br />

André Clemente.<br />

Da esquerda para a<br />

direita: Bruno Raphael<br />

Müller (jornalista do<br />

GRUPO JOTA); Fábio<br />

Machado (diretor<br />

comercial do GRUPO<br />

JOTA); Mauro Speck,<br />

da Fhaizer, Dr. Victor<br />

Aguiar, da Fhaizer,<br />

Guilherme Muhlhausen e<br />

André Clemente, diretor<br />

comercial da Fhaizer<br />

Foto: Mauricio de Paula<br />

Da esquerda para<br />

a direita: Roberto<br />

Floriani (diretor<br />

da Esquadribrás);<br />

Joseane Knop<br />

(diretora de negócios<br />

do GRUPO JOTA);<br />

Eduardo Rechenberg<br />

(diretor da Alca<br />

Máquinas); e Bruno<br />

Raphael Müller<br />

(jornalista do GRUPO<br />

JOTA)<br />

Foto: Mauricio de Paula<br />

FÁBRICA DE<br />

PORTAS<br />

A REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL visitou a<br />

fábrica da Esquadribrás<br />

(SC) para ver de perto o<br />

trabalho das máquinas<br />

Razi<br />

VERSATILIDADE<br />

MADEIREIRA<br />

Acompanhando a<br />

produção das máquinas<br />

chinesas, a REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL visitou<br />

também a Beatriz<br />

Madeiras (SC)<br />

Foto: Mauricio de Paula<br />

08 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA<br />

MOMENTOS<br />

Lentamente, o setor produtivo começa a respirar novos ares<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Arch Proteção de Madeiras - Grupo Lonza<br />

Contato: flavio.geraldo@lonza.com<br />

Foto: divulgação<br />

N<br />

ão se trata de título de uma música romântica,<br />

mas é inegável que depois de um período<br />

de muita turbulência em nossa economia<br />

- afetando frontalmente o setor produtivo - parece<br />

que começamos a respirar outros momentos. Não vai<br />

ter jeito, os ajustes virão: sabe-se lá o que vai ser das<br />

cotações da nossa moeda em relação às moedas fortes;<br />

ajustes fiscais; necessidade de modernização das<br />

relações de trabalho; reforma da previdência; enfim,<br />

pelo menos existem indicações de mudanças no médio<br />

prazo que poderão ser benéficas. Para o setor industrial<br />

madeireiro, é o momento de reflexões, buscando decifrar<br />

algumas oportunidades que o momento parece<br />

desvendar.<br />

Todos sabem que no mercado interno o setor da<br />

construção é ávido por madeiras. As indicações são<br />

de que o setor consome cerca de 25% do volume total<br />

de madeira serrada no Brasil, anualmente. Só em<br />

estruturas de coberturas, a projeção é de um volume<br />

médio anual da ordem de 2,5 a 3,0 milhões de m³ (metros<br />

cúbicos). Por outro lado, a CEF (Caixa Econômica<br />

Federal) acaba de informar a respeito de uma nova<br />

linha de crédito que visa ampliar o financiamento de<br />

imóveis com preços entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. A<br />

entidade informa que tem R$ 3,8 bilhões para financiar<br />

a compra da casa própria pela linha pró-cotista, que é<br />

voltada para trabalhadores com pelo menos 36 meses<br />

de vínculo com o Fgts (Fundo de garantia do tempo de<br />

serviço) com saldo na conta de pelo menos 10% do valor<br />

do imóvel ou trabalhando. A taxa de juros é de 8,66%<br />

ao ano. São medidas que podem dinamizar o mercado<br />

industrial madeireiro, sem dúvidas; afinal, sendo repetitivo,<br />

há capacidade ociosa e matéria-prima disponível,<br />

assim como Normas Técnicas que credenciam o setor<br />

ao devido suprimento desse fantástico mercado.<br />

Saindo de casa e indo para o campo, o ministro da<br />

Agricultura do Brasil foi aos EUA (Estados Unidos da<br />

América) para fechar um acordo sobre o comércio de<br />

carne bovina in natura entre os dois países. Tal acordo<br />

vem sendo costurado há alguns anos e poderá incrementar<br />

as exportações brasileiras em R$ 900 milhões<br />

por ano, estima o Ministério da Agricultura do Brasil.<br />

Vale lembrar que já somos exportadores de carnes<br />

bovinas industrializadas para os EUA. O objetivo do<br />

novo acordo é viabilizar também a exportação de carne<br />

fresca e congelada.<br />

Boi no pasto lembra cercas e cercas lembram mourões<br />

de madeira tratada, produtos de pleno domínio e<br />

atual vocação do setor no Brasil, ainda que de baixos<br />

valores agregados e de ambiente de alta competitividade.<br />

Ao lado das pastagens limitadas por cercas com<br />

mourões tratados, em muitas áreas estão as ferrovias<br />

que, pelas indicações de decisões relacionadas a novas<br />

parcerias governamentais, poderão se estendidas com<br />

novos troncos e ramais, afinal, o escoamento de safras<br />

de grão através das ferrovias, comprovadamente são<br />

vantajosos em termos logísticos. Mercado para os<br />

dormentes ferroviários, produzidos com madeiras<br />

cultivadas e tratadas. Há que se mencionar uma nova<br />

disposição dos principais órgãos reguladores do Brasil<br />

em relação a uma gradativa desburocratização no processo<br />

de registros de novas formulações preservativas<br />

para madeiras.<br />

Claro que o alto nível de exigência permanece, mas<br />

a forma como esses órgãos estão vendo os andamentos<br />

de processos, poderá trazer maior dinamismo às<br />

analises e eventuais aprovações de formulações mais<br />

inovadoras, cujo principal mercado alvo será o setor<br />

da construção, em consonância com o que ocorre em<br />

países de maior desenvolvimento. Os exemplos aqui<br />

mencionados permitem o sentimento de que novos<br />

e esperançosos momentos de melhorias começam a<br />

surgir, vale, no entanto, bater três vezes na madeira.<br />

A conferir.<br />

O sentimento é que novos e esperançosos momentos de<br />

melhorias começam a surgir. Vale, no entanto, bater três vezes<br />

na madeira<br />

10 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Tecnologia de ponta<br />

A produção conectada e inteligente é a evolução proporcionada<br />

pela Indústria 4.0, também conhecida como a quarta<br />

Revolução <strong>Industrial</strong>. Este conceito, que já é aplicado em<br />

diferentes áreas produtivas, foi o tema da palestra Indústria<br />

4.0 na Produção de Móveis realizando pela Homag durante<br />

a VII ForMóbile. O evento foi um sucesso e reuniu centenas<br />

de fabricantes de móveis interessados em saber mais sobre<br />

a tecnologia da empresa alemã. Quem falou sobre o assunto<br />

foi o engenheiro e diretor de métodos, ferramentas<br />

e sistemas da Homag, Ernst Esslinger, que está há 30 anos<br />

na empresa. Esslinger explicou que fornecer linhas em Lote<br />

1 personalizadas é uma realidade no Grupo Homag.“Nós<br />

entregamos várias linhas altamente integradas, flexíveis e<br />

produtivas no mundo todo, principalmente para o mercado<br />

europeu, americano e chinês. ”Como exemplo de produção<br />

conectada de alto nível, o engenheiro apresentou a empresa<br />

Hali, uma fabricante de móveis de escritório da Áustria, que<br />

consegue produzir 48 milhões de variações em apenas 15<br />

dias de trabalho, o que gerou um aumentou na sua produção<br />

de 30% após ter investido em uma linha altamente flexível e<br />

produtiva. O Grupo Homag já domina todos os processos,<br />

softwares, máquinas e serviços que envolvem a produção<br />

conectada e agora está focando em pesquisas e desenvolvimentos<br />

para alcançar o conceito Indústria 4.0 por completo.<br />

Canteiro para<br />

madeira<br />

O canteiro experimental de Arquitetura da Ufpr (Universidade<br />

Federal do Paraná) está prestes a sair do papel.<br />

O espaço terá um grande enfoque em madeira. A expectativa<br />

é de que o departamento possa começar a trabalhar<br />

no projeto ainda no segundo semestre deste ano.<br />

Um dos grandes diferenciais é o diálogo da universidade<br />

com o setor industrial e escritórios de arquitetura,<br />

para envolvê-los nos debates, escutando suas demandas<br />

e contribuições. O departamento de Arquitetura e Urbanismo<br />

da Ufpr também vem trabalhando para popularizar<br />

a madeira como material construtivo.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Móveis a partir<br />

de resíduos<br />

O doutor em Biotecnologia pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas),<br />

Leonardo Brandão, transforma resíduos de madeiras, que antes<br />

eram descartados no lixo, em artigos de luxo. O material retirado das ruas<br />

de Manaus é usado na montagem de mesas, baús, adegas, molduras, prateleiras,<br />

sofás e estantes. O trabalho conta com apoio do Governo do Amazonas,<br />

por meio da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do<br />

Amazonas).<br />

O projeto começou como um hobby e se tornou, posteriormente, um empreendimento. Os produtos possuem uma estética<br />

inovadora, aliada ao conceito de sustentabilidade. A produção de móveis com resíduos de madeira é um dos 40 projetos aprovados<br />

no Programa Sinapse da Inovação.<br />

12 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

NOTAS<br />

Demissões<br />

aumentam no<br />

Polo de Ubá<br />

O Polo Moveleiro de Ubá (MG) sofre os efeitos<br />

da crise econômica nacional. O momento ruim da<br />

economia resultou na demissão de mais de 2.600<br />

funcionários, além do fechamento de dez fábricas<br />

do setor. E as empresas que ainda estão abertas<br />

passaram a ter medidas de contenção de custos<br />

para não agravar ainda mais a situação atual.<br />

O presidente do Intersind (Sindicato das Indústrias<br />

de Móveis de Ubá e região), Áureo Barbosa,<br />

contou que um dos recursos adotados por algumas<br />

empresas é dar férias coletivas para driblar<br />

as máquinas paradas. Ele acredita que haja uma<br />

recuperação até o final deste ano.<br />

Foto: divulgação<br />

Madeira é Legal<br />

Em busca da promoção do uso sustentável da madeira na<br />

construção civil, o programa Madeira é Legal realiza uma série<br />

de cinco palestras para o segundo semestre deste ano, em Brasília<br />

(DF). O objetivo do evento é mostrar as possibilidades de uso<br />

sustentável da madeira para arquitetos, engenheiros e urbanistas.<br />

As palestras, que são gratuitas e abertas ao público, terão<br />

início em agosto e serão realizadas no CasaPark Shopping. O<br />

calendário e os oradores convidados ainda serão divulgados. Assinado<br />

por 23 instituições em 2009, o programa é um protocolo<br />

de cooperação que busca incentivar o uso da madeira certificada<br />

na construção civil brasileira.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Governo do Acre<br />

entrega R$ 500 mil<br />

em móveis<br />

O governador do Acre, Tião Viana, realizou a entrega de quase<br />

R$ 500 mil em mobiliário que serão destinados aos escritórios da<br />

Seaprof (Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção<br />

Familiar) na capital, Rio Branco, e interior do Estado.<br />

A entrega foi feita no Polo Moveleiro de Rio Branco e faz parte<br />

do Programa de Fortalecimento do Setor Moveleiro do Acre, que<br />

permitiu a aquisição de 525 mobiliários, entre mesas, gaveteiros, armários, estantes, poltronas e portas para computadores desktop.<br />

Para o governador, a entrega representa o fortalecimento do potencial econômico do estado. O programa foi criado em 2011, para<br />

incentivar o setor moveleiro do Acre.<br />

14 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


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2<br />

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Dados de processo<br />

• Capacidade: 180 peças/minuto<br />

• Espessura tábua: 12 à 50 mm<br />

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espessura)<br />

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Opcionais<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Polo moveleiro<br />

de Linhares<br />

Em maio, a CNI (Confederação Nacional da Indústria)<br />

divulgou o perfil da indústria nos Estados, que apontou a<br />

relevância do setor produtivo em cada região. A pesquisa<br />

apontou Espírito Santo como o primeiro colocado do<br />

ranking nacional: 40,5% das riquezas produzidas vêm da<br />

indústria. O setor moveleiro é um dos mais tradicionais do<br />

Estado e conta com 800 indústrias, que geram hoje cerca<br />

de 11 mil empregos.<br />

O destaque é o polo moveleiro de Linhares, que abrange<br />

diversos municípios do norte capixaba e onde estão instaladas<br />

140 empresas de móveis seriados e marcenarias,<br />

que atendem às demandas dos grandes centros urbanos do<br />

país. De acordo com o Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia<br />

e Estatística), o Espírito Santo foi um dos únicos Estados<br />

que apresentou variações positivas no volume de vendas de<br />

móveis de 2008 a 2014. Em 2008, foi o Estado com o maior<br />

crescimento em vendas de móveis.<br />

Mais empregos<br />

no Alagoas<br />

No Polo José Aprígio Vilela, está localizada a Atacadista<br />

Paletes de Madeira. Apesar de a inauguração estar<br />

prevista para outubro, a indústria já está operando. Ela<br />

fornece paletes para a Portobello e gera 50 empregos diretos,<br />

além de 150 empregos indiretos.<br />

Para o diretor-presidente da Atacadista, André Toledo,<br />

o Prodesin (Programa de Desenvolvimento Integrado)<br />

foi fundamental para a instalação da indústria.<br />

Para os empresários que queiram investir em Alagoas, a<br />

Sedetur (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico<br />

e Turismo) oferece vantagens. Entre elas, estão<br />

o apoio para encontrar uma localização estratégica e o<br />

deferimento de Icms (Imposto sobre Circulação de Mercadorias<br />

e Serviços).<br />

Foto: divulgacão<br />

Expobois é adiada<br />

para 2018<br />

O Symop (Sindicato dos Maquinários e Tecnologias Francesas de<br />

Produção) anunciou o adiamento da feira Expobois, prevista para ocorrer<br />

em 2017. Agora, o evento deverá acontecer em março de 2018, em Paris.<br />

A decisão da mudança da data foi tomada levando em conta a instabilidade<br />

econômica do mercado interno da França.<br />

Segundo o comunicado oficial, os organizadores agora trabalharão<br />

para fazer da feira um evento ainda maior do que o previsto, devido ao<br />

prazo maior para a elaboração dos estandes. A Expobois 2018 será focada<br />

em novos meios de processamento de madeira e máquinas do setor,<br />

assim como métodos de otimizar a produção.<br />

Foto: divulgacão<br />

16 |<br />

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Caldeira Flamotubular<br />

Grelha Móvel ou Grelha Fixa<br />

TRANSFORME<br />

SEU INVESTIMENTO<br />

EM SOLUÇÕES<br />

LUCRATIVAS<br />

Secador de Madeira<br />

facebook.com/Engecass-Caldeiras


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

APLICAÇÃO<br />

JARDIM DENTRO<br />

DE CASA<br />

Foto:divulgação<br />

O<br />

s jardins verticais têm se tornado uma das decorações<br />

preferidas dos últimos anos para os amantes da natureza.<br />

Na falta de espaços como varandas ou quintais,<br />

muitos donos de imóveis optaram por pendurar suas plantas na<br />

parede, otimizando o espaço disponível em apartamentos.<br />

Pensando nisso, a Elo7, em parceria com o site MadeiraMadeira,<br />

criou tipos de jardins verticais, feitos com paletes de MDF<br />

e voltados especialmente para locais aconchegantes. Disponível<br />

em diversas versões, os jardins verticais podem vir em diversos<br />

formatos para vasos pequenos e médios. Além dos verticais, também<br />

há opções de jardins tradicionais, também feitos de pallet.<br />

LUXO E<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

A<br />

decoradora Walkiria Nossol lançou este mês<br />

uma linha de mobiliário, a convite da catarinense<br />

Móveis Serraltense, empresa moveleira<br />

de São Bento do Sul (SC). No total, serão 14 peças produzidas<br />

com a proposta de compor uma sala de jantar. A<br />

primeira peça a ser lançada é uma cadeira, desenvolvida<br />

em madeira 100% sustentável, com detalhe em algodão<br />

natural e tecidos de fibra igualmente natural.<br />

"Para a cadeira a minha inspiração foi a busca por<br />

produtos sustentáveis que atendessem à proporção ideal<br />

entre largura e altura, e ainda tivessem linhas simples<br />

e detalhes inovadores, de preferência manufaturados",<br />

explica Walkiria Nossol. De acordo com a profissional, a<br />

linha tem como objetivo trazer o luxo aliado à sustentabilidade.<br />

Fotos: divulgação<br />

18 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ALTA E BAIXA<br />

ALTA<br />

MAIS MADEIRA EM MT<br />

O ramo de produtos de madeira no Mato Grosso teve aumento na produção, por causa de maior<br />

fabricação de madeira serrada, aplainada ou polida. Isso contribuiu para alta na produção industrial<br />

mato-grossense, que voltou a se destacar em maio. De acordo com dados mais recentes<br />

do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve um crescimento de 14,6% em<br />

comparação com o mesmo período, no ano passado. Essa foi a quarta taxa positiva consecutiva<br />

para o Estado nas comparações interanuais.<br />

CONSULTORIA PARA NR-12<br />

O Instituto Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem <strong>Industrial</strong>) de Tecnologia em Meio Ambiente e Química, em Curitiba<br />

(PR), criou uma equipe de consultores para avaliação de máquinas e equipamentos dentro da NR-12, que permite às<br />

empresas adequarem seu maquinário de acordo com essas instruções. Por ser uma norma de complexo entendimento e<br />

aplicação, o Senai deu início a este serviço, que já conta com a adesão de diversas empresas do Paraná.<br />

QUEDA NO NORDESTE<br />

O setor moveleiro baiano está à deriva. As vendas registraram em maio deste ano uma redução de 20,8% em relação<br />

ao mesmo mês de 2015, segundo o estudo do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado em julho.<br />

Para a gerente de serviços e comércio do instituto, Isabella Nunes, o resultado negativo foi influenciado principalmente<br />

pela evolução dos preços acima do índice geral da inflação, mercado de trabalho enfraquecido, número menor de<br />

trabalhadores com carteira assinada no setor privado e de salários.<br />

BAIXA<br />

PORTAS FECHANDO EM ARAPONGAS<br />

O Sima (Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas) confirmou que mais uma empresa<br />

moveleira do município, a Fiasini Indústria e Comércio de Móveis, encerrou as atividades durante<br />

a última semana. Com mais de 20 anos de atividades, a empresa acabou dispensando<br />

um total de 117 funcionários que ainda atuavam no setor de produção. De janeiro a julho deste<br />

ano, pelo menos quatro empresas do ramo fecharam as portas, extinguindo 2,3 mil vagas de<br />

emprego em Arapongas. Cenário mais que preocupante.<br />

AGOSTO | 19


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

FRASES<br />

Estamos ansiosos de ver medidas<br />

muito duras, modernas, mas difíceis de<br />

serem apresentadas como a [reforma<br />

da] Previdência Social, para um futuro<br />

promissor e questões trabalhistas<br />

Foto: Agência Brasil<br />

Robson Andrade, Presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), ao<br />

se manifestar a favor de reformas trabalhistas e da aposentadoria no Brasil<br />

após encontro com o presidente interino Michel Temer<br />

O retorno da confiança aos níveis médios históricos dependerá, de<br />

agora em diante, de uma efetiva recuperação da demanda interna e da<br />

redução das incertezas originadas no ambiente político<br />

Aloisio Campelo Jr., superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV (Fundação Getúlio Vargas), sobre a<br />

retomada da confiança do setor industrial ao melhor nível desde 2014<br />

O desempenho ruim da indústria foi o epicentro de nossa crise, e<br />

a retomada do crescimento do país passa por sua recuperação. A<br />

exportação é o principal motor desse movimento, e a substituição das<br />

importações também ajudará<br />

Rafael Cagnin, economista do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento <strong>Industrial</strong>)<br />

Nós enfatizamos ao Presidente da<br />

República e a todos os ministros presentes<br />

que, ao lado do câmbio favorecido, nós<br />

precisamos de mais crédito e política de<br />

estímulo à exportação<br />

Foto: Agência Brasil<br />

Elizabeth de Carvalhaes, Presidente-executiva da Ibá (Indústria<br />

Brasileira de Árvores), após encontro em Brasília com ministros<br />

do governo federal<br />

20 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

AFFEMAQ<br />

TUDO<br />

EM CASA<br />

Fotos: Affemaq<br />

MOSTRA AFFEMAQ<br />

SERRA GAÚCHA ANIMA<br />

POLO MOVELEIRO DE<br />

BENTO GONÇALVES<br />

E DESTACA A<br />

NECESSIDADE DE<br />

APROVEITAR AS<br />

OPORTUNIDADES DO<br />

MERCADO<br />

F<br />

undada em 2004, na cidade de Bento Gonçalves<br />

(RS), a Affemaq (Associação dos Fornecedores<br />

para as Indústrias de Madeira e Móveis) sempre<br />

teve em seu DNA o espírito empreendedor, inspirado na<br />

trajetória das empresas associadas e especializadas em<br />

diferentes soluções para o segmento moveleiro. No fim<br />

de junho, ocorreu no município a 19ª edição da Mostra<br />

Affemaq. O evento foi promovido no Estado com apoio<br />

e incentivo de importantes entidades da cadeia madeira<br />

e móveis, como Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do<br />

Mobiliário de Bento Gonçalves) e Movergs (Associação<br />

das indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul),<br />

além de outros sindicatos regionais e entidades ligadas<br />

ao setor, como Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem<br />

<strong>Industrial</strong>) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro<br />

e Pequenas Empresas).<br />

A Mostra Affemaq Serra Gaúcha reuniu mais de 40<br />

expositores, além de fornecedores e prestadores de<br />

serviço para o setor. Durante os três dias de evento, mais<br />

de 500 empresas tiveram acesso às melhores soluções<br />

24 |<br />

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apresentadas pelo mercado, atualmente. Os contatos<br />

contabilizaram uma previsão de 11,9 milhões em negócios,<br />

para fechamentos até o final deste ano.<br />

Com a interação de cerca de 1.200 profissionais, o<br />

evento cumpriu com o seu papel de promover a aproximação<br />

entre os elos da cadeia moveleira, sempre com<br />

o intuito de levar tecnologia e inovação, com condições<br />

diferenciadas para viabilizar negócios. “Sem dúvidas, realizar<br />

o evento na nossa casa, após 18 consolidadas edições,<br />

nos trouxe muita alegria. Tínhamos esta responsabilidade<br />

de apresentar a Affemaq aos nossos moveleiros gaúchos e<br />

comprovar a competência de nossos associados e parceiros<br />

nas soluções para o setor”, destacou Fabrício Zanetti,<br />

presidente da Affemaq. “Nos últimos anos, a tecnologia<br />

nacional do setor ganhou força e evoluiu, melhorando<br />

substancialmente o desempenho dos fabricantes de<br />

móveis de todo o Brasil. Ainda temos um caminho até<br />

desmistificar a ideia de que é necessário importar tecnologia,<br />

mas nosso empenho em apresentar novas soluções<br />

contribui para este novo momento da indústria nacional.”<br />

Henrique Tecchio, presidente do Sindmóveis, também<br />

se manifestou durante a ocasião. “O Sindmóveis é uma<br />

entidade que construiu reputação fortalecendo a cadeia<br />

moveleira integralmente. A fórmula de sucesso utilizada<br />

pela Affemaq em suas feiras itinerantes mostra que o<br />

associativismo e, principalmente, a parceria entre as entidades<br />

do setor, são fundamentais para enfrentarmos os<br />

obstáculos e dificuldades impostos pelo governo.”<br />

Na visão do presidente da Movergs, Volnei Benini, a<br />

Mostra Affemaq é um evento que orgulha não só o Rio<br />

Grande do Sul, mas as empresas do setor moveleiro do<br />

Brasil como um todo. “Trabalhamos em prol dos mesmos<br />

objetivos e da mesma cadeia produtiva. A força do setor<br />

moveleiro pode ser mensurada pelos números da indústria<br />

gaúcha, que representa 18,4% do total de móveis fabricados<br />

no Brasil, com posição de liderança como maior<br />

produtor de móveis do país. Juntos, somos muito mais<br />

fortes”, assegura Benini.<br />

O evento deste ano buscou mostrar os diferenciais da<br />

entidade, que prima pela fidelização dos clientes, com parcerias<br />

duradouras, que deem segurança aos investimentos<br />

e resultados ao processo produtivo. “Quando planejamos<br />

as edições e selecionamos os locais, cada expositor já pensa<br />

os produtos a serem expostos de modo que atendam as<br />

necessidades específicas daquele perfil de produção”, destaca<br />

Fabrício Zanetti. “São particularidades que também<br />

fomos reconhecendo ao longo dos anos e esta experiência<br />

nos faz conhecer melhor e nos aproximar dos clientes”.<br />

Uma das pioneiras no<br />

segmento, a Affemaq realiza<br />

a mostra para aproximar<br />

fabricantes de móveis de seus<br />

fornecedores<br />

O evento foi promovido<br />

com apoio e incentivo<br />

de importantes<br />

entidades da cadeia<br />

madeira e móveis, como<br />

Sindmóveis, Movergs,<br />

Senai e Sebrae<br />

O evento deste ano buscou<br />

mostrar os diferenciais da<br />

entidade, que prima pela<br />

fidelização dos clientes<br />

AGOSTO | 25


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

ALEXANDRE<br />

SEDLACECK MOANA<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL<br />

EDUCATION:<br />

Bacharel em Ciências Aeronáuticas pela Academia da<br />

Força Aérea e bacharel em direito<br />

Bachelor in Aeronautical Sciences, Brazilian Air Force Academy, and<br />

Bachelor in Law<br />

Foto: divulgação<br />

CARGO<br />

PROFESSION:<br />

Presidente da Abesco (Associação Brasileira das Empresas<br />

Brasileiras de Conservação de Energia)<br />

President of the Brazilian Association of Energy Conservation Service<br />

Companies (Abesco)<br />

Repensando a eficiência<br />

energética da indústria brasileira<br />

Rethinking energy efficiency in the brazilian<br />

industrial sector<br />

E<br />

m um momento de contenção de gastos e de<br />

repensar despesas, a energia deve estar entre os<br />

primeiros itens da lista. Para se ter ideia, estudos<br />

recentes da Abesco (Associação Brasileira das Empresas<br />

Brasileiras de Conservação de Energia) apontam que 39%<br />

da energia elétrica produzia no Brasil é consumida pelo setor<br />

industrial. Porém, em uma pesquisa realizada pela iniciativa<br />

norte-americana denominada Conselho para uma Economia<br />

Energeticamente Eficiente, ficou constatado que o Brasil<br />

está em último lugar entre as 16 potências mundiais, quando<br />

o assunto é eficiência no uso de energia. Para conversar a<br />

respeito de soluções em curto e longo prazo, REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL conversou com o presidente da Abesco, Alexandre<br />

Moana.<br />

A<br />

t a time of spending restraint and rethinking expenditures,<br />

energy should be amongst the first<br />

items on the list. To get an idea, recent Brazilian<br />

Association of Energy Conservation Service Companies<br />

(Abesco) studies indicate that 39% of the electric energy<br />

produced in Brazil is consumed by the <strong>Industrial</strong> Sector. However,<br />

in a survey conducted by the American Council for an<br />

Energy Efficient Economy, it was found that Brazil is in last<br />

place amongst the 16 world powers when it comes to Energy<br />

Efficiency. To talk about short-term and long-term solutions,<br />

REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> spoke with Alexandre Moana, President<br />

of Abesco.<br />

26 |<br />

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Um estudo colocou o Brasil como o pior entre as 16 potências<br />

do mundo na questão da eficiência energética. Por<br />

que o Brasil desperdiça tanta energia?<br />

Alguns pontos diferenciam o Brasil da realidade da Europa<br />

ou dos EUA (Estados Unidos da América). Um deles é a<br />

idade do nosso sistema produtivo, que é três a quatro vezes<br />

mais antigo do que desses outros países. Ou seja, os nossos<br />

equipamentos, por serem mais antigos, não vão ter a mesma<br />

eficiência dos mais modernos, que já equipam outras realidades<br />

dos países desenvolvidos. Um outro item talvez seja a falta de<br />

acompanhamento contínuo. Hoje, nós da Abesco defendemos<br />

constantemente a adoção de processos de acompanhamento<br />

de utilização de energia. Talvez esse seja outro item que pode<br />

nos tornar mais eficientes.<br />

Mesmo com a desaceleração da economia nos últimos<br />

anos, o desperdício de energia nas indústrias aumentou em<br />

3%. Isso quer dizer que produção e gasto de energia não<br />

andam necessariamente juntos?<br />

Exatamente. Quando diminuo a minha produção, muitas<br />

vezes aumento o desperdício. Ou seja, não diminuo a produção<br />

na mesma proporção em que diminuo a utilização de energia<br />

elétrica, porque tenho itens dentro da minha planta que não<br />

são moduláveis com a redução da distribuição, por exemplo.<br />

Diminuindo a produção, nem sempre vou eliminar luzes do<br />

meu galpão. Nem sempre reduzindo a produção diminuirei<br />

a circulação de pessoas em determinados horários em locais<br />

da minha planta produtiva. Nem sempre paramos esteiras de<br />

produção na linha de montagem, mesmo que tenha menos<br />

produtos sobre ela. Reduzindo em 10% a produção não significa<br />

reduzir a energia em 10% também. Isso gera um histórico cada<br />

vez mais ineficiente.<br />

Um projeto da Aneel (Agência Nacional de Energia<br />

Elétrica) incentiva a troca de motores elétricos nos meios<br />

industriais para otimizar justamente esse gasto. Você vê<br />

isso como uma forma de melhorar o cenário da eficiência<br />

energética no país?<br />

Sim, principalmente no setor industrial. Desse total de<br />

39% da energia consumida em nível nacional, praticamente<br />

mais de 40% são de motores. Então, se trocar um motor de<br />

baixa eficiência por um de alta eficiência, tem um ganho significativo,<br />

no decorrer do tempo, da energia economizada pelo<br />

sistema. Infelizmente, isso é só a ponta do iceberg. Às vezes,<br />

utilizar melhor os motores que já possui pode ser uma forma<br />

de reduzir em uma porcentagem muito maior o desperdício de<br />

energia. Melhor dizendo: tenho motores que, pela dimensão<br />

de um acoplamento em bombas e outros itens de força motriz,<br />

só o ajuste pode trazer uma redução de desperdício maior<br />

ainda que a própria troca de motor. Talvez existam formas de<br />

otimização ainda mais grandiosas e com necessidade menor<br />

de investimento.<br />

Em um estudo aproximado, ficou constatado que o desperdício<br />

de energia dos últimos cinco anos chegou na faixa<br />

dos R$ 12 bilhões – ou, em kw/h (quilowatts hora) o equivalente<br />

a 60% da produção anual de Itaipu. Como acha que<br />

esse dinheiro, caso transformado em algo a fim de otimizar<br />

A recent study placed Brazil as the worst among 16<br />

world powers as to the issue of Energy Efficiency. Why does<br />

Brazil waste so much energy?<br />

Several points separate Brazilian reality from European or<br />

American reality. One of them is the age of our productive system,<br />

which is three to four times older than that of these other<br />

countries. In other words, our equipment, because it is older,<br />

isn’t going to have the same efficiency as the most modern equipment<br />

that is already a reality in developed countries. Another<br />

item that might be missing is ongoing monitoring. Today, we at<br />

Abesco are constantly advocating the adoption of the energy<br />

use monitoring process. Maybe, this is another item that can<br />

lead us to become more efficient.<br />

Even with the slowdown of the economy in recent years,<br />

industrial energy waste has increased by 3%. Does this mean<br />

that production and energy expenditures do not necessarily<br />

go hand in hand?<br />

Exactly. When I reduce my production, I often increase the<br />

waste. That is, I don't lower electric energy use in the same proportion<br />

in which I lower production, because I have items in my<br />

plant that are not scalable with reduced sales. For example,<br />

decreasing production does not always eliminate lighting in the<br />

plant. Reducing production will not always diminish the movement<br />

of people at certain times in the locations of productive<br />

plants. Belts on the production line are not always stopped,<br />

even though there are fewer products on it. Reducing production<br />

10% does not mean reducing energy 10% too. This generates an<br />

increasingly inefficient story.<br />

A project from the National Electric Energy Agency (Aneel)<br />

encourages the exchange of electric motors in industrial<br />

processes as a way to optimize energy expenditures. Do you<br />

see this as a way to improve Energy Efficiency in the Country?<br />

Yes, especially in the <strong>Industrial</strong> Sector. The Sector represents<br />

39% of the energy consumed at the national level, and almost<br />

40% by motors. So, if you exchange a low efficiency motor for a<br />

high efficiency one, there is a significant gain in the energy saved<br />

by the system over the course of time. Unfortunately, this is<br />

just the tip of the iceberg. Sometimes, making better use of the<br />

motors already in use can be a much better form of achieving a<br />

much larger percentage reduction in energy waste. Better yet:<br />

by having pump couplings sized to motors and other motive power<br />

items can result in larger waste reduction than exchanging<br />

the motor itself. Maybe, there are other ways of optimization<br />

that lead to large energy waste reduction and need less investment.<br />

In a recent study, it was found that the energy waste<br />

over the last five years was in the range of R$ 12 billion, or,<br />

in kw/h, the equivalent of 60% of the annual production of<br />

the Itaipu Power Station. How do you think this money could<br />

be invested in something that could transform the Sector,<br />

optimizing Energy Efficiency?<br />

Today, what I have argued is that the energy inefficiency is<br />

only a small percentage of inefficiencies in Brazilian companies<br />

that require much more research and development, and more<br />

competitiveness in a market that continuously reinvents itself,<br />

AGOSTO | 27


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ENTREVISTA<br />

o setor, poderia ser investido?<br />

O que tenho defendido hoje é que a ineficiência da energia é<br />

uma pequena porcentagem da ineficiência das indústrias brasileiras,<br />

que carecem de mais pesquisa, desenvolvimento e maior<br />

competitividade no mercado que se reinventa a todo momento,<br />

principalmente na questão do custo de trabalho no Brasil. Ou<br />

seja, para que nós sejamos competitivos, esse dinheiro poderia<br />

ter sido gasto na melhoria dessas outras variáveis que podem<br />

fazer com que o Brasil cresça novamente. A nossa situação<br />

hoje é grave, não só por conta da deficiência energética que é<br />

uma parte menor da ineficiência geral. Esse dinheiro deveria<br />

ter sido usado para aumentar a nossa competitividade global.<br />

A Abesco mesmo já apontou algumas iniciativas em favor<br />

da política sustentável esse ano, como o guia sobre consumo<br />

eficiente feito em parceria com o Sebrae...<br />

Essa é uma das iniciativas da Abesco. Agora, a iniciativa que<br />

nós estamos divulgando, que foi uma das metas do nosso plano<br />

diretor para <strong>2016</strong> e 2017, é que seja criada uma política nacional<br />

de melhoria contínua da utilização de energia. Para isso, nós<br />

desenhamos um sistema que pode ser utilizado por todas as<br />

indústrias brasileiras. Acompanhando, nós vamos identificar<br />

as melhores ações da indústria energética, sem apenas auditar<br />

em um curto período de tempo para saber as possibilidades de<br />

utilização. Nós entendemos hoje que o processo é um projeto<br />

de melhoria contínua do uso da energia.<br />

Hoje, as usinas hidrelétricas respondem por mais de<br />

70% da geração total de energia no país. O Brasil é um dos<br />

países mais abundantes em questão de energia renovável<br />

do mundo. Apesar disso, ainda falta um pouco de incentivo.<br />

Consegue-se a curto e médio prazo outro tipo de energia<br />

renovável, que possa abocanhar uma parcela do mercado<br />

tão grande como essa?<br />

Se nós crescemos em produção, a participação da renovável<br />

é cada vez menor, porque temos que acionar as termoelétricas.<br />

Por isso, existem as bandeiras amarela e vermelha nas faturas<br />

de energia. Essa participação torna-se menor quanto mais<br />

produzimos. Agora, com esse projeto prioritário de geração de<br />

renováveis, o Brasil tende realmente a continuar nessa posição<br />

confortável de ser um país com muitas fontes de energia. Esse<br />

nosso futuro continua brilhante no contexto mundial. Mas não<br />

adianta nada ser um país com a melhor condição renovável se o<br />

seu produto é pouco competitivo e muito pouco rentável. Isso<br />

que precisa ser melhorado.<br />

Acredita que o momento de recessão econômica pode<br />

ser um revés benéfico, do ponto de vista que as indústrias<br />

comecem a dar mais atenção a esse tipo de gasto com desperdício<br />

de energia?<br />

Sem dúvida. É um momento onde as empresas ficam mais<br />

concentradas. E nós acreditamos que o motivo disso seja essa<br />

busca de competitividade. A energia é só um dos itens para que<br />

essa reflexão aconteça, some-se o fato que muitas tiveram a<br />

oportunidade de parar com o seu processo produtivo pela redução<br />

de comercialização. Com essas linhas paradas, talvez haja<br />

uma pausa para redobrar a atenção na melhor utilização delas.<br />

especially on the Brazilian labor cost issue. That is, for us to be<br />

more competitive, this money could have been spent on the improvement<br />

of these other variables that would make Brazil grow<br />

again. Today, our situation is serious, not just because of energy<br />

inefficiency, which is only a small part of our overall inefficiency.<br />

That money should have been used to increase our global competitiveness.<br />

This year, in partnership with Sebrae, Abesco has already<br />

pointed out some initiatives in favor of a sustainable policy<br />

as a guide for efficient consumption...<br />

This is one of the Abesco initiatives. Now, the initiative that<br />

we are promoting, which was one of the goals of our <strong>2016</strong>-17<br />

strategic plan, is the creation of a national policy for the continuous<br />

improvement of energy usage. For this, we have designed<br />

a system that can be used by all Brazilian companies. Through<br />

monitoring, not just auditing over a short period of time, we will<br />

find out the possibilities for use and identify the best actions for<br />

energy industry. Today, we understand that the process is a project<br />

for continuous improvement in energy use.<br />

Today, hydroelectric plants account for over 70% of the<br />

total energy generated in the Country. Brazil is a country<br />

with the most abundant sources of renewable energy in the<br />

world. Nevertheless, there is still little incentive as to its use.<br />

Over the short and medium term, do you see another type of<br />

renewable energy that could obtain a market share as large<br />

as this?<br />

As production increases, the renewable share is becoming<br />

smaller because we have to bring on the thermal plants. As a<br />

result, there are the yellow and red flags (tariff zones) on our<br />

electric bills. This participation becomes less the more we produce.<br />

Now, with a priority project for renewable generation, Brazil<br />

really tends to continue in this comfortable position of being a<br />

country with many energy sources, and with this our future is<br />

still bright in the world context. But there's no point to being a<br />

country with the best renewable conditions if your product is uncompetitive<br />

and unprofitable. This is what needs attention.<br />

Do you believe that the timing of the economic recession<br />

could turn out to be beneficial from the point of view that<br />

industries need to begin to pay more attention to this kind of<br />

expenditure, such as that on wasted energy?<br />

Without a doubt. It is the time when businesses become the<br />

most concentrated. And we believe that the reason for this is the<br />

search for competitiveness. Energy is just one of the items where<br />

this occurs, plus the fact that many had the opportunity to bring<br />

their production process to a halt due to reduced sales. With these<br />

lines halted, there may be a pause to redouble attention to<br />

the better use of resources.<br />

28 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

COLUNA ABIMCI<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de<br />

Madeira Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE<br />

A indústria da madeira não ficou imune aos desafios do primeiro semestre deste ano<br />

A<br />

ssim como prevíamos no começo deste ano, o<br />

primeiro semestre foi dos mais desafiadores para<br />

o setor produtivo. A paralisia que tomou conta do<br />

país, em virtude do momento político, infelizmente influenciou<br />

diretamente na economia, no consumo e no humor do<br />

mercado interno. E a indústria da madeira não ficou imune<br />

a esse cenário, procurando assim um certo alívio para o seu<br />

faturamento nas exportações. E muitos olhando apenas a<br />

valorização do dólar, que sabemos não é a única variável a<br />

ser avaliada na hora de se fechar contratos internacionais.<br />

Uma estratégia preocupante, pois o mercado externo não<br />

absorve de forma natural uma oferta maior de produtos,<br />

sem que isso reflita em queda do preço internacional – fato<br />

que acabou por se concretizar.<br />

Com isso, tivemos no período um aumento no volume<br />

físico de embarques de alguns produtos, mas em cima de<br />

uma base de preços distante da realidade que as empresas<br />

necessitam para se tornarem competitivas. Como exemplo,<br />

o compensado de pinus, que no acumulado do ano, cresceu<br />

21%, seu volume exportado, e o compensado tropical, com<br />

um crescimento de 35% nos embarques de janeiro a junho.<br />

Números positivos, mas que precisam ser analisados dentro<br />

desse contexto de esfacelamento do mercado interno, oferta<br />

alta de produtos para o exterior e crescente aumento de<br />

custos operacionais.<br />

O dever de casa parece que toda indústria está fazendo:<br />

procurar reduzir seus custos, encontrar novas estratégias<br />

de vendas, apostar e reforçar ações associativas, como as<br />

realizadas pela Abimci, para o melhor posicionamento setorial<br />

no mercado.<br />

O que se espera a partir de agora é que o governo federal,<br />

mesmo que interinamente, coloque em prática as mudanças<br />

anunciadas: novas possibilidades de acordos internacionais,<br />

reformas estruturantes, que resultem em investimentos<br />

e na retomada do crescimento da economia, e, acima de<br />

tudo, na reforma política, essencial para manter a ordem,<br />

a democracia e reestabelecer a confiança dos brasileiros no<br />

sistema político.<br />

Se os desafios foram grandes até aqui, o segundo semestre<br />

pedirá ainda mais cautela e trabalho. Passaremos por<br />

meses de novas mudanças e fatos importantes aos quais a<br />

economia e os negócios são vulneráveis: eleições municipais,<br />

o desfecho do processo de impeachment da presidente da<br />

República e as eleições presidenciais norte-americanas.<br />

Dessa forma, cabe aos industriais permanecerem firmes<br />

e focados em suas estratégias de negócios, avaliando todo<br />

esse contexto, fortalecendo seus departamentos de vendas.<br />

À Abimci fica o desafio de fortalecer sua representatividade,<br />

levar adiante as demandas do segmento, a defesa de interesses<br />

do setor e participar ativamente de iniciativas como as<br />

que pretendem estimular o aumento do consumo per capita<br />

de madeira no Brasil.<br />

Na esfera política, uma das ações que cabe à sociedade<br />

civil e a entidades como a Abimci, é a de mobilizar os seus<br />

segmentos na busca pelo debate de ideias e, cada vez mais,<br />

se engajar em movimentos que cobrem e fiscalizem uma<br />

atuação exemplar dos políticos eleitos.<br />

A associação aderiu, por exemplo, ao movimento Vote<br />

Bem, iniciativa apartidária, liderada pela Fiep (Federação<br />

das Indústrias do Paraná), com o apoio de mais de 100<br />

instituições, que pretende estimular a reflexão sobre o voto<br />

responsável e mobilizar a sociedade sobre a importância de<br />

votar com informação e fiscalizar os representantes públicos.<br />

Passaremos nos próximos meses por um período de<br />

eleições municipais que muito precisará de nossa atenção.<br />

Cada empresário, profissional, acadêmico, tem o deve de se<br />

comprometer com a política de seus municípios. O ministro<br />

Gilmar Mendes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral),<br />

defendeu, durante palestra de lançamento do Vote<br />

Bem, o engajamento dos cidadãos, para que nós também<br />

assumamos as nossas responsabilidades como agentes<br />

políticos. Precisamos, como parte indispensável para o<br />

desenvolvimento do país, apoiar a reforma política, medida<br />

defendida também pelo presidente do TSE.<br />

Disseminar informações, promover o debate de ideias e<br />

o voto consciente deverá estar na nossa lista de atividades<br />

prioritárias. Porque somente assim, com representantes<br />

e governos cientes de suas responsabilidades para com a<br />

sociedade, será possível avançarmos no desenvolvimento<br />

de nossos negócios, com uma economia crescente e pujante.<br />

O momento é de extrema atenção e exigirá da iniciativa<br />

privada equilíbrio para fazer as exigências necessárias para<br />

que as mudanças ocorram dentro da legalidade. É chegada<br />

a hora de seguirmos o conselho do ministro: “Já enfrentamos<br />

muitos obstáculos. O Estado de direito tem sido preservado e<br />

isso deve ser levado em conta. Mas é preciso que tenhamos<br />

coragem. Conseguimos avançar em muitos pontos e agora<br />

precisamos encerrar esse ciclo que nos enche de vergonha.”<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

AUTOCLAVES<br />

CONECTADAS<br />

Fotos: Mauricio de Paula<br />

CONNECTED<br />

AUTOCLAVING<br />

THE AUTOCLAVING PROCESS IS<br />

UPDATED BY ENGINEERS AND<br />

PROGRAMMERS, ALLOWING FOR<br />

INTEGRATION WITH MOBILE DEVICES<br />

PROCESSO DE<br />

AUTOCLAVAGEM É<br />

ATUALIZADO POR<br />

ENGENHEIROS E<br />

PROGRAMADORES,<br />

PERMITINDO A<br />

PRODUTIVIDADE INTEGRADA<br />

A DISPOSITIVOS MÓVEIS DO<br />

CLIENTE<br />

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A<br />

primeira autoclave foi criada há cerca de 150 anos,<br />

pelos cientistas franceses Louis Pasteur e Charles<br />

Chamberland. A princípio, a ideia dos dois era eliminar<br />

quaisquer vestígios de microrganismos atrapalhando as experiências<br />

de Pasteur, que no fim do século XIX se dedicava a uma<br />

pesquisa histórica: a invenção da vacina contra a raiva. Desde<br />

então, mais de um século se passou e, assim como a ciência, o<br />

processo das autoclaves passou por atualizações e invenções,<br />

uma delas tema desta reportagem.<br />

Não seria contraditório dizer que o futuro da área é escrito<br />

por empresas como a Fhaizer, especializada no desenvolvimento<br />

e fabricação de autoclaves por mais de uma década.<br />

Incorporada no seu DNA, inovações tecnológicas e a aplicação<br />

rigorosa das normas de segurança de fabricação de vaso de<br />

pressão NR 13 e ASME VIII divisão 1. Em 2015, a marca oriunda<br />

de Joinville (SC) anunciou a modernização dos seus produtos,<br />

com o lançamento de autoclaves cujo funcionamento e diagnóstico<br />

pode ser realizado por meio de smartphones e tablets.<br />

Isso representa uma quebra de paradígmas no tratamento de<br />

madeira, permitindo o controle remoto de processos que outrora<br />

limitavam logisticamente o proprietário de um equipamento<br />

“Esse tipo de ação não é feita por acaso, temos especialistas<br />

trabalhando diariamente, pensando em como gerar economia<br />

de energia, produtos químicos e otimizar o tempo dos processos”,<br />

explica o professor doutor Victor Aguiar, especialista e<br />

consultor da empresa.<br />

Focada na necessidade de cada cliente, a Fhaizer desenvolveu<br />

três configurações básicas de autoclaves para tratamento<br />

de madeira, permitindo que o empresário do setor possa decidir<br />

pelo melhor custo beneficio de aquisição. Nas configurações<br />

básicas, o cliente tem a liberdade de escolher o tamanho ideal<br />

da autoclave para o seu negócio e adicionar acessórios e periféricos<br />

que possam otimizar o processo de produção, objetivando<br />

o menor custo de produção por m³ (metros cúbicos) de madeira<br />

tratada. Com a orientação de um consultor técnico de vendas,<br />

a Fhaizer auxilia o cliente fazer a melhor escolha. As autoclaves<br />

automatizadas e semi-automatizadas, disponíveis para os sistemas<br />

Android e iOS, permitem obter informações sobre o tempo<br />

he first autoclave was created about 150 years ago by<br />

French scientists Louis Pasteur and Charles Chamberland.<br />

At first, the idea of the two was to eliminate any<br />

T<br />

traces of microorganisms hindering Pasteur’s experiments,<br />

which at the end of the 19th century were dedicated to the<br />

historical research: the invention of the vaccine against rabies.<br />

Since then, more than a century has passed and, science has<br />

progressed, the autoclave processes have been updated and<br />

gone through inventive modifications, one of which is the<br />

subject of this story.<br />

It wouldn’t be contradictory to say that the future of the<br />

area is written by companies such as Fhaizer, a company that<br />

has specialized in autoclave development and manufacture of<br />

over a decade. It has incorporated into its DNA the strict application<br />

of the pressure vessel manufacture safety standards,<br />

NR 13 and Asme VIII Division 1. In 2015, the Company from<br />

Joinville (SC) announced the upgrading of its products with<br />

the launch of autoclaves whose operation and diagnosis can be<br />

accomplished using smartphones and tablets. This represents<br />

breaking down of the notorious barriers in wood treatment,<br />

allowing remote control of processes that were once logistically<br />

limited to the equipment<br />

“This digital interaction was not taken by chance: we have<br />

experts working on a daily basis, thinking about how to generate<br />

energy and chemical products savings while optimizing<br />

the process times,” explains Professor Victor Aguiar, specialist<br />

and consultant for the Company.<br />

Focused on the needs of each client, Fhaizer has developed<br />

three basic autoclave configurations for wood treatment, so<br />

that the industry entrepreneur can decide which purchase provides<br />

the best purchase cost benefit ratio. The three basic settings<br />

allow the customer to be free to choose the ideal autoclave size<br />

for his business and add accessories and peripherals that can<br />

optimize his production process, aiming at the lowest treated<br />

wood production cost per m³. With the guidance of a technical<br />

sales advisor, Fhaizer helps the customer make the best choice.<br />

The automated and semiautomatic autoclaves, available<br />

for the Android and iOS systems provide information on the<br />

O sistema de portas em<br />

forma de alavanca aumenta<br />

a segurança e praticidade<br />

a longo prazo: apresenta<br />

apenas necessidade de<br />

lubrificação por meio de<br />

engraxadeiras facilitando a<br />

operação<br />

AGOSTO | 33


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

A fábrica da Fhaizer,<br />

em Joinville (SC): solda<br />

automatizada, com arco<br />

submerso, garante melhor<br />

fusão do aço na criação das<br />

autoclaves, aumentando a<br />

segurança e confiabilidade<br />

de ciclo, válvulas em operação e o consumo de energia e água,<br />

entre outros detalhes. “Quando a autoclave atingir o número<br />

de horas de desgaste da borracha ou dos filtros, previsto no<br />

manual técnico, o próprio aplicativo irá notificar o momento<br />

recomendado da manutenção”, conta André Luiz, consultor<br />

técnico de vendas da Fhaizer. Se o cliente desejar, poderá obter<br />

em tempo real o custo do tratamento por batelada. “Sem<br />

dúvida, isso ajuda significativamente no gerenciamento dos<br />

custos operacionais. As correções poderão ser efetuadas nas<br />

próximas bateladas. Além disso, as informações auxiliam na<br />

formação do preço de venda e lucratividade.”<br />

Mais do que gerenciar, é possível realizar a operação<br />

completa da autoclave através da conexão 4G ou wi-fi. As autoclaves<br />

podem ser controladas de qualquer lugar fora da sede<br />

do cliente: é possível efetuar todas as manobras de operação<br />

da autoclave ou saber se ela está trabalhando, quantas horas<br />

já trabalhou ou se está parada, entre outras informações. Uma<br />

poderosa ferramenta de gestão e controle em tempo real.<br />

Há 12 anos trabalhando no desenvolvimento e fabricação de<br />

cycle time, valves in operation and energy and water consumption,<br />

amongst other details. “By knowing the number<br />

of hours the autoclave has been in use, the application itself<br />

can calculate rubber and filter wear and, as provided in the<br />

technical manual, advise as to recommended maintenance,”<br />

advises André Luiz, Technical Sales Advisor for Fhaizer. If the<br />

customer wants, he can receive in real time the direct treatment<br />

cost per load. “No doubt, this helps significantly in managing<br />

operating costs. Any corrections can be made at the time of the<br />

next batch. In addition, the information helps in the formation<br />

of the sales price and profitability,” details Technical Sales<br />

Advisor André Luiz.<br />

More than manage, you can carry out the complete operation<br />

of autoclave using a 4G or Wi-Fi connection. The autoclaves<br />

can be controlled from anywhere outside of the customer head<br />

office: you can perform all the autoclave operation maneuvers<br />

or see how it is operating, how many hours it has been in operation<br />

or if standing idle, amongst other information. A powerful<br />

real time management and control tool. The Company has been<br />

Pelo celular e<br />

por tablets, é<br />

possível saber<br />

o diagnóstico<br />

e tempo de<br />

saturação da<br />

madeira, além de<br />

operar a máquina<br />

automatizada<br />

“ESSE TIPO DE INTEGRAÇÃO<br />

COM O DIGITAL NÃO É<br />

PENSADA POR ACASO: TEMOS<br />

ESPECIALISTAS TRABALHANDO<br />

DIARIAMENTE, PENSANDO EM<br />

COMO GERAR ECONOMIA DE<br />

ENERGIA, PRODUTOS QUÍMICOS<br />

E OTIMIZAR O TEMPO DOS<br />

PROCESSOS”<br />

PROF. DR. VICTOR AGUIAR,<br />

CONSULTOR DA FHAIZER<br />

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autoclaves, a empresa está sempre em busca de atualizações<br />

e novidades do setor. “Por sermos uma empresa especializada,<br />

quando buscamos inovação é só nesse segmento”, diz André<br />

Luiz. “Vejo isso, inclusive, como um diferencial de mercado: o<br />

potencial cliente que vem à nossa fábrica e constata que vivenciamos<br />

o mundo da autoclave 24 horas por dia.”<br />

Sobre os clientes, existem dois tipos que procuram os<br />

equipamentos da empresa. O primeiro, oriundo da internet,<br />

muitas vezes é um empreendedor que não conhece a Fhaizer<br />

e não domina o processo do tratamento de madeira. “Quando<br />

o cliente tem esse perfil, ele praticamente nem cota outras<br />

marcas e, basicamente, acaba fechando com a empresa em<br />

função de toda a orientação e suporte que oferecemos”, relata<br />

André Luiz. O segundo tipo de comprador, este já inserido no<br />

mercado, conhece a empresa e sabe do know-how em engenharia<br />

que carrega o nome Fhaizer. “Podemos dizer que, em<br />

nível técnico, buscamos ofertar um produto que maximize o<br />

lucro para os nossos clientes”, enfatiza Victor Aguiar.<br />

ALÉM DO DIGITAL<br />

“O diferencial da integração com a internet é apenas mais<br />

uma aposta certeira, que se junta a um conjunto de inovações<br />

que a empresa sustenta. O sistema de travamento de portas,<br />

a preocupação com o vazamento, o anel de vedação desenvolvido<br />

exclusivamente para autoclaves, a performance do<br />

equipamento, a segurança do operador, a facilidade de IHM<br />

(integração entre o homem e máquina) e a programação de<br />

operação lógica desenvolvida pela Fhaizer, são identidades<br />

marcantes que justificam a aquisição de uma autoclave da<br />

marca Fhaizer”, garante André Luiz.<br />

A Fhaizer, comprometida com a continuidade dos negócios<br />

dos clientes de forma sustentável economicamente, estará<br />

implantando em Joinville até o final do ano, um centro de<br />

treinamento e formação de operadores de autoclaves. Isso se<br />

dá por dois motivos: ofertar para os clientes cursos de capacitação<br />

e reciclagem de operadores de autoclaves, com foco na<br />

segurança e resultados. Além de suprir a carência de mão de<br />

obra especializada para esse setor. Considerando o atual cenário<br />

de escassez de financiamento para máquinas e equipamentos,<br />

a Fhaizer tem ajudado seus clientes na obtenção de recursos<br />

por meio de consultorias especializadas e de bancos parceiros.<br />

working 12 years on the development and manufacture of autoclaves<br />

and is always looking for modernization and novelties<br />

in the Sector. “Because we are a specialized Company, when we<br />

seek innovation it is just in that segment,” says Technical Sales<br />

Advisor André Luiz. “Inclusively, I see it as a market differentiator:<br />

the prospective customer that visits our factory notes that<br />

we live in the autoclave world 24 hours a day.”<br />

About customers, there are two types that look for the<br />

equipment that the Company manufactures, precisely due to<br />

the Company's online activities, investing in Search Engine<br />

Optimization services, increasingly a trend in the business world<br />

as being a reference in Google Searches. The first type, from<br />

the internet, who very often is an entrepreneur, who doesn't<br />

know about Fhaizer and doesn't understand wood treatment<br />

very well. “When the customer has this type of profile, he often<br />

has not gotten quotes from other brands, and basically, is just<br />

closing with the first company,” says Technical Sales Advisor<br />

André Luiz. The second type of buyer, is already inserted into<br />

the market, knows about the Company and its know-how in<br />

engineering of the products that bear the name Fhaizer. “We<br />

can say that, on a technical level, we offer a product that maximizes<br />

profit for our customer,” emphasizes Company Specialist<br />

and Consultant Victor Aguiar.<br />

IN ADDITION TO DIGITAL<br />

“Integration with the internet is just one more correct<br />

bet, which joins a set of innovations that the Company has<br />

made: the door locking system, the concern over leakage, a<br />

sealing ring developed exclusively for autoclaves, equipment<br />

performance, operator safety, the ease of integration between<br />

man and machine, and programmable software operation<br />

developed by Fhaizer are striking characteristics that justify<br />

the purchase of a Fhaizer brand autoclave,” states Technical<br />

Sales Advisor André Luiz.<br />

By the end of the year, Fhaizer, committed to the continuity<br />

of its customer businesses in a sustainable way economically,<br />

will be implementing a Training Center in Joinville, for autoclave<br />

operator training. This is for two reasons: the first, to offer<br />

customers: training courses and autoclave operator retraining,<br />

with a focus on safety and results. The second, due to the lack<br />

of skilled labor for this Sector.<br />

Nas autoclaves,<br />

existem sensores de<br />

segurança dentro<br />

do equipamento<br />

que impedem que<br />

problemas causados<br />

por medições<br />

incorretas façam<br />

a qualidade do<br />

produto diminuir<br />

A fim de otimizar<br />

a questão de<br />

manutenção e<br />

processos, as<br />

autoclaves da Fhaizer<br />

apresentam de<br />

seis a oito válvulas<br />

operacionais,<br />

enquanto as<br />

tradicionais possuem<br />

em torno de 16 a 20<br />

AGOSTO | 35


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

PRINCIPAL<br />

Para ter o<br />

equipamento<br />

digital<br />

funcionando<br />

perfeitamente, o<br />

cliente da Fhaizer<br />

precisa ter uma<br />

rede wi-fi ou<br />

conexão 4G em<br />

sua planta<br />

“POR SERMOS UMA EMPRESA<br />

ESPECIALIZADA, QUANDO<br />

BUSCAMOS INOVAÇÃO É SÓ<br />

NESSE SEGMENTO. O POSSÍVEL<br />

CLIENTE QUE VEM À NOSSA<br />

FÁBRICA CONSTATA QUE<br />

VIVENCIAMOS O MUNDO DA<br />

AUTOCLAVE 24 HORAS POR DIA”<br />

ANDRÉ LUIZ, CONSULTOR TÉCNICO DE<br />

VENDAS DA FHAIZER<br />

“Com um bom pacote tecnológico e qualidade atrelada<br />

ao nome, a Fhaizer desenvolveu uma autoclave compacta<br />

com preço de entrada a partir de R$ 97 mil, praticamente o<br />

valor de um carro novo”, compara André Luiz. Vale ressaltar<br />

que, mesmo dentro da linha convencional, toda a qualidade<br />

atrelada ao nome é mantida, com exceção da integração à internet.<br />

Com dimensão de 0,95m x 6,0m (metros), double deck,<br />

o equipamento é ideal para serrarias e madeireiras de pequeno<br />

e médio porte que desejam agregar valor aos produtos, colocar<br />

novos produtos no mercado ou que queiram "experimentar"<br />

o mercado de madeira tratada como prestador de serviços,<br />

além de ocupar um espaço consideravelmente pequeno em<br />

comparação com outras autoclaves. Pensando em espaço,<br />

a Fhaizer desenvolveu tanques reservatórios que podem ser<br />

instalados no subsolo em substituição ao fosso. O sistema das<br />

autoclaves automatizadas e semi-automatizadas também é<br />

customizável, com a possibilidade de utilizar o processo de<br />

impregnação tradicional parametrizado por tabelas de tempo<br />

ou por processo gerenciável através de sistema. Nesse caso,<br />

a Fhaizer desenvolveu um programa batizado internamente<br />

de Slim (Sistema de Leitura de Impregnação). Ressalta Andre<br />

Luiz, que o sistema poderá ser implantado, também, em equipamentos<br />

já em operação no mercado.<br />

Em <strong>2016</strong>, a Fhaizer chegou à marca de 200 autoclaves<br />

vendidas em toda a América Latina, mas com mercado majoritariamente<br />

brasileiro. Os clientes trabalham prioritariamente<br />

com o tratamento de eucalipto e pinus, porém teca e até bambu<br />

são matérias-primas utilizadas nas autoclaves.<br />

Considering the current scenario leading to a scarcity of<br />

machinery and equipment financing, Fhaizer has been helping<br />

its customers in obtaining resources through specialized consulting<br />

services and partner banks.<br />

“With a good quality and technological package tied to its<br />

name, Fhaizer has developed a compact autoclave at R$ 97<br />

thousand entry price, roughly the value of a new car,” compares<br />

André Clemente. It is worth noting that, as with the conventional<br />

line, all the quality linked to the name is maintained,<br />

with the exception of internet integration. With dimensions of<br />

0.5 m x 6 m, double deck, the equipment is ideal for treating<br />

wood for those beginning treatment operations, in addition to<br />

occupying a pretty small space compared to other autoclaves.<br />

Thinking about space, Fhaizer, developed reservoir tanks that<br />

can be installed under the equipment replacing the catch tank.<br />

The automated and semi-automatic autoclave systems are also<br />

customizable, with the possibility of using a timed or saturation<br />

impregnation process.<br />

In <strong>2016</strong>, Fhaizer reached the 200 mark in autoclaves sold<br />

throughout Latin America, mostly in the Brazilian market.<br />

Customers primarily use the equipment for eucalyptus and pine<br />

treatment, but teak and even bamboo are also being treated<br />

in the autoclaves.<br />

SIDE BY SIDE WITH THE COSTUMER<br />

A Fhaizer customer for over a year, Presto Florestal from<br />

Showroom a céu aberto<br />

da Presto Florestal, em<br />

Gaspar (SC), com produtos<br />

tratados quimicamente<br />

pela máquina<br />

semiautomatizada Fhaizer;<br />

produção mensal da<br />

empresa é de 200 m³<br />

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LADO A LADO COM O CLIENTE<br />

Cliente da Fhaizer há mais de um ano, a Presto Florestal, de<br />

Gaspar (SC), tem uma produção mensal de 200 m³ de madeira<br />

e cerca de 10 funcionários, com especialidade na fabricação<br />

de mourões para os fazendeiros da região. “Os procuramos<br />

primeiro após ler sobre a marca na própria REFERÊNCIA IN-<br />

DUSTRIAL e já ter visto em feiras”, comenta João Vitor Hess<br />

de Souza, diretor da empresa, que recebeu a sua máquina<br />

semi-automatizada em menos de sessenta dias, uma política<br />

da Fhaizer que tem alcance em todo o território nacional. “Para<br />

nós, que estávamos ingressando no mercado de tratamento de<br />

madeira, o interessante era uma tecnologia automatizada e<br />

uma máquina que agregasse valor à madeira. Mais que isso, a<br />

Fhaizer tem um pós-venda muito atencioso e uma assistência<br />

técnica de prontidão.”<br />

Localizada no Vale do Jequitinhonha (MG), a Utramad recém<br />

completou dois anos trabalhando em parceria com a Fhaizer.<br />

Por meio de pesquisas pela internet, o diretor da empresa,<br />

Anderson Pires, constatou que a máquina semi-automatizada<br />

com dimensões de 1,60 x 15 m seria o equipamento ideal para<br />

a sua produção focada em postes de luz e mourões. “Aqui no<br />

Vale, trabalhamos com uma espécie específica de eucalipto,<br />

cujo tratamento ideal só se deu com essa máquina”, explica<br />

Anderson. “Atualmente, realizamos de seis a sete ciclos diários,<br />

com uma produção mensal orbitando em volta de 360 m³.<br />

Nesse tempo todo, só tivemos uma pequena ocorrência com<br />

o carrinho da máquina, que a Fhaizer resolveu prontamente.”<br />

Para os próximos anos, a intenção da Fhaizer é tornar o<br />

contato com seus clientes mais próximos e a resolução de ocorrências<br />

e dúvidas mais rápida. “Com esse sistema de controle<br />

por celular e tablet, com a permissão do cliente, nós da Fhaizer<br />

também temos acesso às máquinas”, revela André Luiz. “Portanto,<br />

conseguimos diagnosticar muito rapidamente eventuais<br />

dificuldades, antes mesmo de comparecer pessoalmente ao<br />

local de ocorrência. Todas as válvulas, componentes e motores<br />

da autoclave possuem algum tipo de sensor. Se acontecer alguma<br />

situação, o pós-venda ou a própria engenharia conseguem<br />

acessar a máquina remotamente. É difícil o cliente ficar sem<br />

conseguir se comunicar conosco.” Nossa prioridade é o cliente<br />

não ficar sem suporte técnico", afirma Guilherme Mühlhausen,<br />

consultor técnico de pós-vendas da Fhaizer.<br />

Gaspar (SC), has a monthly production of 200 m³ of wood and<br />

about 10 employees, producing fence posts for the farmers in<br />

the region. “We sought them out first, after reading about the<br />

brand in REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> and have seen their in trade<br />

fairs,” says João Vitor Hess de Souza, Director of the Company,<br />

which had its semi-automated machine delivered in less than<br />

60 days after purchase, a Fhaizer policy throughout the whole<br />

of Brazil. “For us, we were entering the treated wood market,<br />

and we were interested in an automated technology and a<br />

machine that added value to the wood. More than this, Fhaizer<br />

has a very attentive after-sale service and an on-call technical<br />

assistance.”<br />

Located in the Jequitinhonha Valley in Minas Gerais, Utramad<br />

recently completed two years of operation, all of them<br />

working in partnership with Fhaizer. Through researching on<br />

the internet, Anderson Pires, Company Director, found that<br />

the semi-automated 1.60 x 15.0 m machine would be the ideal<br />

equipment for its production that is focused on telephone<br />

poles and fence posts. “Here in the Valley, we work with a<br />

specific eucalyptus species, whose ideal treatment could only<br />

be performed with this machine,” explains Company Director<br />

Anderson. “Currently, we operate in six to seven daily cycles,<br />

with a monthly production orbiting around 360 m³. In all that<br />

time, we only have had one small problem and that with the<br />

autoclave trolley that Fhaizer resolved promptly.”<br />

Over the next few years, Fhaizer's intention is to make closer<br />

contact with its customers and resolving any problems more<br />

quickly. “With the mobile and tablet control system, we, at Fhaizer,<br />

also have access to the machines,” reveals André Clemente.<br />

“So we can diagnose any problem very quickly, before even<br />

appearing in person at the place of occurrence. All autoclave<br />

valves, components and motors are equipped with some kind of<br />

sensor. If a problem occurs, our after sales or engineering team<br />

can access the customer’s machine. It’s hard for the client not<br />

to be able to communicate any problems to us.”<br />

Em <strong>2016</strong>, a Fhaizer<br />

chegou à marca de 200<br />

máquinas vendidas em<br />

toda a América Latina<br />

AGOSTO | 37


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EMPRESAS E NEGÓCIOS<br />

BODAS DE<br />

DIAMANTE<br />

Fotos: divulgação<br />

MANOEL MARCHETTI<br />

CELEBRA 60 ANOS DE<br />

EXISTÊNCIA COM A<br />

PRESENÇA DE DIRETORES,<br />

FUNCIONÁRIOS, CLIENTES E<br />

FORNECEDORES QUE<br />

FAZEM PARTE DE TODA<br />

SUA HISTÓRIA<br />

38 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Bruna Isadora, Ayres<br />

e Fábio Marchetti<br />

entregaram homenagens<br />

aos amigos que ajudaram<br />

a construir a história da<br />

Manoel Marchetti<br />

C<br />

ompletar mais de meio século é mérito de<br />

poucas empresas no Brasil. No Vale do Itajaí,<br />

interior de Santa Catarina, a Manoel<br />

Marchetti Indústria e Comércio Ltda bateu esta meta<br />

e celebrou seis décadas de existência na cidade de Ibirama,<br />

sua terra natal. Em uma festa para cerca de 700<br />

convidados, o município de pouco mais de 17 mil habitantes<br />

se movimentou para homenagear e ser homenageado<br />

no centro de eventos, uma vez que os diretores<br />

da empresa fizeram questão de convidar a todos que<br />

ajudaram a moldar sua história, que começou em 1956.<br />

Ser abraçada pela cidade que ajudou a construir<br />

é um privilégio que talvez apenas a Marchetti tenha<br />

no país. Prefeito de Ibirama por dois mandatos consecutivos<br />

(2001 a 2008), o diretor da empresa, Ayres<br />

Marchetti, é referência de sucesso na região, além de<br />

ser um conselheiro cobiçado pelos cerca de 800 colaboradores<br />

da empresa, que sempre pedem a opinião<br />

dele nos mais diversos temas. Hoje suplente do<br />

senador catarinense Dário Berger, “seu Ayres”, como<br />

é carinhosamente chamado, foi o grande homenageado<br />

do dia em vídeos, depoimentos e declarações.<br />

“Nosso começo foi simples, apenas com madeira<br />

serrada e alguns poucos colaboradores, mas desafiador<br />

desde o início”, lembra Fábio Marchetti, Diretor Executivo<br />

da Marchetti e filho de Ayres, quando subiu ao palco.<br />

Ao fim de seu discurso, que enalteceu o crescimento da<br />

empresa ao longo das décadas, já com a voz embargada,<br />

ele se emocionou e agradeceu ao pai, sua esposa e<br />

filhos. “Passou um filme na minha cabeça em cima do<br />

palco, que me trouxe muita emoção, muita lembrança<br />

de conquistas e desafios. O discurso foi longo, porque<br />

essa lembrança também foi. Eu acredito que o legado<br />

mais importante que nós passaremos para as próximas<br />

décadas é o da sustentabilidade, ou seja, como vamos<br />

nos manter sustentáveis em um mercado competitivo,<br />

com muita disputa, muita inovação. Sustentabilidade<br />

para nós é reduzir riscos, ter bastante solidez financeira,<br />

muita inovação e produtos homologados. É aí que a<br />

gente vai se perpetuando. E o tamanho da Marchetti é o<br />

tamanho dos braços dos gestores, todos unidos. Esse é<br />

o nosso tamanho.”<br />

Para Bruna Isadora Marchetti, filha de Ayres e responsável<br />

pelo setor de custos e controladoria da empresa,<br />

a lição principal que a história da Manoel Marchetti<br />

deixa para seus colaboradores é a de nunca desistir dos<br />

seus sonhos. “O pensamento cria, o desejo atrai e a fé<br />

realiza”, afirmou, durante o seu discurso, arrancando di-<br />

“SE UMA PORTA<br />

APRESENTAR FALHAS COM<br />

5 ANOS DE USO, NÓS<br />

VAMOS LÁ E TROCAMOS.<br />

NÃO TENHA DÚVIDA DE<br />

QUE NÓS FAZEMOS ISSO”<br />

AYRES MARCHETTI, DIRETOR<br />

DA MANOEL MARCHETTI<br />

AGOSTO | 39


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

EMPRESAS E NEGÓCIOS<br />

versos aplausos dos presentes.<br />

Talvez a presença mais esperada do evento, Ayres<br />

Marchetti foi breve, mas sucinto em suas palavras. “São<br />

60 anos, não seis dias”, brincou, relembrando o passeio a<br />

cavalo com seu pai que deu origem à empresa. “Fui com<br />

meu pai buscar gado para abater no açougue que tínhamos.<br />

Aí sentamos na beira da estrada, os cavalos foram<br />

tomar água e meu pai disse: ‘você viu quanta madeira<br />

sendo queimada?’ Naquele momento ele se decidiu:<br />

‘vou montar uma serraria, só que não em Dona Emma.<br />

Vou me transferir para Ibirama’. Eu era guri, mas já sabia<br />

o que era sair de um lugar para outro. Perguntei por que<br />

não em Dona Emma. Ele disse que lá não tinha estrada,<br />

não tinha ligação com o porto, não tem comunicação e<br />

em Ibirama tinha tudo isso.”<br />

Vice-presidente Regional para o Alto Vale da Fiesc<br />

(Federação das Indústrias de Santa Catarina), Lino<br />

Rohden falou à reportagem sobre a influência da Manoel<br />

Marchetti no cenário nacional. “O [Ayres] Marchetti sempre<br />

foi um grande líder, que ajudou a desenvolver o setor<br />

madeireiro e o mercado de madeira em geral no Brasil”,<br />

destacou. “Isso é uma inspiração também para os concorrentes,<br />

porque eles sempre se destacaram com bons<br />

produtos e um grande profissionalismo no mercado.”<br />

A história de muitas empresas, em alguns casos,<br />

se confundem. É o caso da Construtora Copas, de Navegantes<br />

(SC), cujo proprietário, Ivo Vargas, começou<br />

a carreira como tratorista e motorista de transporte na<br />

Marchetti. “Até hoje me emociono de ter trabalhado<br />

aqui e, atualmente, ser um empresário que participa da<br />

história da empresa”, revelou. “Disse para o seu Ayres<br />

que aprendi muito com ele. Esse tipo de vivência faz com<br />

que a gente se posicione em uma direção na vida. Aprendi<br />

muito com ele.”<br />

Ayres Marchetti discursa<br />

durante o evento; para o diretor<br />

da empresa, sinônimo de<br />

qualidade foi o que manteve<br />

a empresa no caminho do<br />

sucesso<br />

“Acredito que o legado<br />

mais importante que<br />

nós passaremos para as<br />

próximas décadas é o da<br />

sustentabilidade”, disse<br />

Fábio Marchetti<br />

40 |<br />

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Gerenciamento de<br />

Secagem da Madeira 14, 15 e 16<br />

de setembro de <strong>2016</strong><br />

• Processo de Secagem<br />

da Madeira<br />

• Gerenciamento EcoPower<br />

Criar e aplicar sistemas e equipamentos com tecnologia de ponta,<br />

ser reconhecida e lembrada como líder nos setores em que atua e divulgar<br />

tecnologia e inovação são objetivos que fazem com que a<br />

MARRARI continue trabalhando ao lado de seus clientes,<br />

oferecendo sempre o seu melhor produto: SOLUÇÃO.<br />

Local do Curso:<br />

Centro de Estudos Florestais e da Madeira<br />

CIFLOMA<br />

Campus Botânico<br />

Prédio dos Cursos de Engenharia<br />

Florestal e Engenharia <strong>Industrial</strong><br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

ARRANHANDO<br />

O CÉU<br />

Fotos: divulgação<br />

ARQUITETOS<br />

ITALIANOS<br />

PROJETAM O<br />

MAIOR HOTEL<br />

DE MADEIRA DA<br />

EUROPA, COM 28<br />

METROS DE ALTURA<br />

E SETE ANDARES<br />

42 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Foram utilizados mais<br />

de 240 mil pregos e<br />

4.600 conexões de<br />

aço para realizar a<br />

união dos painéis que<br />

compõem a estrutura<br />

No total, foram<br />

utilizados 788 m³ (metros<br />

cúbicos) de madeira de<br />

reflorestamento para criar<br />

o edifício quatro estrelas<br />

F<br />

oi inaugurado em junho deste ano na cidade de<br />

Pésaro, na Itália, o maior hotel feito de madeira<br />

do continente europeu até os dias de hoje. O<br />

Nautilus, desde a abertura, já se tornou um ponto turístico<br />

para os admiradores de arquitetura: são 28 m (metros)<br />

de altura, divididos em sete andares. No total, foram dois<br />

meses de trabalho e 788 m³ (metros cúbicos) de madeira<br />

de reflorestamento para criar o edifício quatro estrelas,<br />

destinado a se tornar um dos mais populares hotéis<br />

para o turismo da região banhada pelo Mar Adriático,<br />

ao leste do país.<br />

À parte da madeira, foram utilizados mais de 240<br />

mil pregos e 4.600 conexões de aço para realizar a união<br />

dos painéis que compõem a estrutura, idealizada pelo<br />

arquiteto Marco Gaudenzi, especialista na construção<br />

de edifícios sustentáveis. A atenção com o uso de energia<br />

renovável também se destaca pela instalação de<br />

duas placas de energia solar na cobertura do hotel, que<br />

segundo os administradores, atendem 60% das necessidades<br />

energéticas do complexo. O Nautilus conta com<br />

111 quartos no seu hotel, todos assinados pelo designer<br />

Roberto Garbugli.<br />

Além do prédio, também foi utilizada madeira da<br />

própria província para os balcões da recepção, mesas,<br />

cabeceiras de cama e portas do local. Contrariando a<br />

crença popular de que estruturas de madeira são menos<br />

resistentes que as de concreto, o Nautilus é capaz<br />

de resistir a um terremoto de magnitude 8, capaz de<br />

atingir áreas até 55 km (quilômetros) de distância do seu<br />

epicentro. As propriedades naturais de isolamento da<br />

madeira minimizam o uso de ar condicionado no verão<br />

e de aquecimento no inverno, reduzindo as emissões de<br />

CO2 (Gás Carbônico) e o consumo de energia exacerbado<br />

nestas estações do ano.<br />

No que tange à questão estética, o Nautilus se inspira<br />

nas principais tendências da arquitetura: as curvas<br />

do edifício remetem às ondas do mar, e as cores pálidas<br />

nas áreas comuns têm como inspiração as praias que<br />

cortam o Mar Adriático, de grande importância histórica<br />

no comércio europeu, primeiro na época romana e depois<br />

na Idade Média, por constituir o caminho marítimo mais<br />

curto para o intercâmbio de mercadorias com o Oriente.<br />

A partir do século XVII, sua função econômica se reduziu<br />

ao âmbito regional. Na segunda metade do século XX,<br />

o turismo revitalizou a economia nas costas adriáticas,<br />

onde é o carro-chefe até os dias atuais.<br />

AGOSTO |<br />

43


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

3 MAIORES PRÉDIOS FEITOS<br />

DE MADEIRA DO MUNDO<br />

Não há dúvida que a madeira é a matéria-prima do<br />

momento na construção civil. Separamos abaixo três<br />

edifícios que foram inaugurados recentemente ou estão<br />

em processo de construção.<br />

HOHO VIENNA<br />

(VIENA, ÁUSTRIA)<br />

Inauguração: 2017<br />

Altura: 84 metros<br />

Com um custo final de US$ 68 milhões (cerca de R$ 197<br />

milhões de reais na cotação de julho de <strong>2016</strong>), o Hoho<br />

Vienna foi um projeto pensado pela Rüdiger Lainer,<br />

composto por duas torres gêmeas. Ambicioso, o projeto<br />

deve se tornar, após o lançamento, o maior prédio de<br />

madeira da história.<br />

TREET<br />

(BERGA, NORUEGA)<br />

Inauguração: <strong>2016</strong><br />

Altura: 50 metros<br />

Com um custo final de US$ 68 milhões (cerca de R$<br />

197 milhões de reais na cotação de julho de <strong>2016</strong>), o<br />

Hoho Vienna foi um projeto pensado pela Rüdiger<br />

Lainer, composto por duas torres gêmeas. Ambicioso,<br />

o projeto deve se tornar, após o lançamento, o<br />

maior prédio de madeira da história.<br />

44 |<br />

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BANYAN WHARF<br />

(LONDRES, REINO UNIDO)<br />

Inauguração: 2015<br />

Altura: 27 metros<br />

Construído no bairro de Hackney, o Banyan Wharf é um<br />

empreendimento residencial, arquitetado pelo britânico<br />

Hawkins Brown. A estrutura do edifício é feita de aço e<br />

painéis de madeira laminada, com um custo total de US$<br />

15 milhões (cerca de R$ 45 milhões).


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

INFORME<br />

SERRARIA DE<br />

TRADIÇÃOFotos: divulgação<br />

HÁ 30 ANOS NO<br />

MERCADO, WOOD-MIZER<br />

CHEGA A MAIS DE 120<br />

PAÍSES E SE CONSOLIDA<br />

COMO LÍDER MUNDIAL<br />

EM PROCESSAMENTO<br />

ECONÔMICO DE<br />

MADEIRA<br />

C<br />

om uma bem-sucedida e reconhecida linha de<br />

equipamentos no Brasil, a Wood-Mizer oferece<br />

soluções para serrarias rentáveis e fabricadas<br />

com qualidade, prontas para seguir os padrões do mercado<br />

brasileiro. Dispõe de uma filial autorizada no país,<br />

com estrutura comercial e de suporte técnico, capaz de<br />

auxiliar os clientes de maneira dinâmica e eficaz. A Wood-<br />

-Mizer está há quatro anos no Brasil, com a filial localizada<br />

no Rio Grande do Sul, reunindo mais de 100 clientes<br />

neste período. “A nossa marca acredita fortemente no<br />

mercado brasileiro”, revela Rafaela Laurentino, gerente<br />

local da filial brasileira. “Vislumbramos um futuro muito<br />

otimista para quem trabalha com madeira, em curto e<br />

longo prazo.”<br />

A empresa teve início em 1982, quando surgiu a<br />

ideia de tornar a transformação de toras em madeira<br />

serrada um trabalho seguro e eficiente, feito por uma<br />

única pessoa. Com a inovação das serrarias portáteis e a<br />

tecnologia das serras-fitas, os produtos da marca permitem<br />

ao indsutrial processar madeira de forma econômica,<br />

característica que marcou o início de uma revolução para<br />

produtores de madeira em todo o mundo. Nestes mais<br />

46 |<br />

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Os produtos da Wood-Mizer permitem ao operador<br />

ser capaz de processar madeira de forma econômica,<br />

com um setup avançado e controle computadorizado<br />

de 30 anos, ganhou a reputação de líder mundial na produção<br />

de serrarias portáteis e estacionárias, com mais de<br />

60 mil serrarias vendidas em 120 países.<br />

No Brasil, a Wood-Mizer oferece uma linha completa<br />

de serrarias portáteis e industriais, desdobramento<br />

de madeiras, refiladores, estufas, rachadores de tora,<br />

equipamentos para manuseio de materiais, serras-fita e<br />

equipamentos para manutenção de serras destinados a<br />

profissionais dos ramos florestal e madeireiro ao redor<br />

do mundo. A linha de processadores, industriais ou portáteis,<br />

oferecem uma vasta gama de oportunidades para<br />

pequenos negócios e indivíduos. As serrarias industriais<br />

são capazes de produção em nível comercial com custos<br />

operacionais mais baixos e melhor aproveitamento de<br />

cada tora serrada.<br />

Além do equipamento voltado para indústrias, a<br />

Wood-Mizer também fabrica uma vasta linha de serras-fita,<br />

que cortam qualquer espécie de madeira em qualquer<br />

lugar do mundo. Esta linha inclui serras econômicas em<br />

aço carbono para produção contínua e as serras de alta<br />

durabilidade Widea e Bi-metais. A promessa adicional<br />

de redução garantida na quantidade de madeira que é<br />

perdida com a utilização da tecnologia das serras-fita é<br />

também sinônimo de custo benefício. Visando atender<br />

às diversas necessidades decorrentes do uso de seus<br />

produtos, a empresa oferece também a manutenção de<br />

lâminas, com travadores e afiadores que tornam menos<br />

custosas as manutenções.<br />

Visando atender necessidades decorrentes do uso de seus<br />

produtos, a empresa oferece também a manutenção de<br />

lâminas<br />

No Brasil, a empresa oferece uma linha completa de serrarias<br />

portáteis e industriais, desdobramento de madeiras e<br />

refiladores, entre outros<br />

AGOSTO | 47


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

INFORME<br />

As serras-fita da<br />

Wood-Mizer em<br />

ação: linha inclui<br />

serras econômicas<br />

em aço carbono para<br />

produção contínua e<br />

de alta durabilidade<br />

SERRAS-FITA, O CARRO-CHEFE DA WOOD-MIZER<br />

Listamos abaixo algumas das serras-fita produzidas pela Wood-Mizer, com<br />

suas especificações:<br />

Serras-fita Silvertip de Carbono: ideais para beneficiamento<br />

primário e secundário, assim como para serrarias com grande volume de<br />

produção;<br />

Serra-Fita DoubleHard de alta-liga: lâminas duráveis para todas<br />

as finalidades, capazes de serrar madeiras macias, duras, nodosas e também<br />

madeiras congeladas;<br />

Serra-Fita MaxFlex Premium: de alta qualidade, podem ser<br />

utilizadas tanto na serragem como no desdobramento, onde a máxima<br />

durabilidade é desejada;<br />

Serra-Fita BiMetal <strong>Industrial</strong>: oferece maior durabilidade de<br />

afiação do que a maioria das serras de carbono e alta-liga, projetadas para<br />

produção em nível industrial;<br />

Serra-fita RazorTip Stellite: mantém a performance mesmo em<br />

longos períodos de utilização;<br />

Serra-Fita RazorTip Carbide: resistentes e permanecem afiadas<br />

por mais tempo em condições mais complexas, como madeiras tropicais<br />

duras, madeira serrada seca em estufa, derivados da madeira e materiais<br />

mais abrasivos.<br />

48 |<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

VOLTA<br />

POR<br />

CIMA<br />

APESAR DA CRISE QUE SE ENCONTRA O<br />

SEGMENTO MADEIRA MÓVEIS, FORMÓBILE<br />

ENTUSIASMA OS EXPOSITORES EM QUATRO DIAS<br />

DE EVENTO E DÁ FÔLEGO PARA O SETOR<br />

POR LARISSA ANGELI, DE SÃO PAULO (SP)<br />

50 |<br />

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AGOSTO | 51<br />

Fotos: REFERÊNCIA


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

A<br />

redução no tamanho da feira chocou à primeira<br />

vista, reflexo do momento difícil pelo qual passa<br />

o segmento, mas quem pôde marcar presença<br />

na 7ª ForMóbile (Feira Internacional de Fornecedores<br />

da Indústria Madeira e Móveis) não se arrependeu. Os<br />

corredores permaneceram lotados nos quatro dias de<br />

eventos – até mesmo no primeiro e no último, considerados<br />

os mais mornos pelos industriais.<br />

A visitação, segundo os expositores consultados pela<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL, estava bastante qualificada e<br />

com muita participação de marceneiros, o que fez com<br />

que as grandes empresas, conhecidas pelas linhas industriais,<br />

direcionassem os maquinários para esse público.<br />

No total, a feira, que aconteceu de 26 a 29 de julho no<br />

Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP),<br />

reuniu 650 marcas expositoras de mais de 30 países, 58<br />

mil visitantes e muitos lançamentos em ferragens, acessórios,<br />

maquinários e matérias-primas.<br />

“É a sétima edição que participamos e acreditamos<br />

muito nessa feira, viemos em uma crescente de espaço e<br />

investindo, porque o retorno é eficaz. Cada vez mais vemos<br />

a necessidade de trazer não só inovação, mas também<br />

produtos de alta qualidade”, frisa Camila Bartalena,<br />

responsável pelo marketing da Rehau.<br />

Um dos pontos fortes do evento foi o público altamente<br />

qualificado e otimista com a expectativa de retomada<br />

do setor já nos próximos meses. O volume de<br />

negócios gerados durante a feira revela que o mercado<br />

moveleiro não só vive uma fase de recuperação, como de<br />

ampliação das vendas.<br />

"A abrangência da ForMóbile é indiscutível.<br />

Ela consegue, além de trazer<br />

empresas do Brasil, unificar toda a<br />

América Latina"<br />

Fabrício Zanetti, presidente da Affemaq<br />

Pela logística favorável, a ForMóbile é responsável<br />

por unir visitantes de diferentes Estados brasileiros e<br />

também de vários países da América do Sul. Justamente<br />

por essa alta visibilidade muitas empresas aproveitam a<br />

oportunidade para levar inovações não apenas em produtos,<br />

mas também para divulgar as estratégias. Foi o<br />

caso da Bosch, que além de levar o portfólio completo<br />

das linhas Bosch e Skil, já conhecidas pelos marceneiros,<br />

separou em seu estande um espaço para outras marcas<br />

que fazem parte do grupo como a Freud e a Sia Abrasivos.<br />

“Este ano estamos aproximando as operações e a Sia<br />

está passando por uma integração de sistema e comercial<br />

pela Bosch, por isso começamos a vir em conjunto<br />

para as feiras”, destaca Glauco Vecchia, gerente da linha<br />

de abrasivos flexíveis.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

“Imaginamos que em 2017 o Brasil<br />

comece a dar uma decolada.<br />

Os empresários estão muito<br />

entusiasmados com a ForMóbile e isso<br />

faz com que as pessoas se empolguem<br />

para ir à Fimma”<br />

Rogério Francio, presidente da Fimma<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

REPRESENTATIVIDADE<br />

As entidades do setor marcaram presença no evento<br />

para reforçar as ações e divulgar novos projetos. É o<br />

caso da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do<br />

Estado do Rio Grande do Sul) que aproveitou a oportunidade<br />

para comercializar espaços da Fimma (Feira Internacional<br />

de Máquinas, Matérias-primas e acessórios para<br />

a Indústria Moveleira) da qual é detentora dos direitos. A<br />

feira gaúcha será realizada de 28 a 31 de março de 2017,<br />

em Bento Gonçalves e já está com 70% dos espaços comercializados.<br />

“Há um mês tínhamos 65%. Vários contatos foram<br />

feitos na ForMóbile. A maioria dos expositores aqui também<br />

estão da Fimma, mas alguns que não eram se entusiasmaram.<br />

Temos confirmados no Projeto Comprador<br />

52 |<br />

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mais de 50 empresários dos quatro cantos do mundo. Já<br />

organizamos várias caravanas de microempresários e<br />

marceneiros. Além disso, tomamos atitudes em relação à<br />

infraestrutura da cidade como hotéis e serviços”, pontua<br />

Rogério Francio, presidente da Fimma.<br />

A Affemaq (Associação dos Fornecedores para as<br />

Indústrias de Madeiras e Móveis) que realiza feiras itinerantes<br />

de máquinas, ferramentas, acessórios, insumos e<br />

serviços nos principais polos moveleiros do Brasil, levou à<br />

ForMóbile 11 das 15 empresas associadas. “Viemos juntos<br />

para reduzir custos de fretes e montagem. Nossos<br />

estandes estão todos próximos e queremos futuramente<br />

reunir os associados em um ponto só”, avalia Fabrício<br />

Zanetti, presidente da associação. “Estamos procurando<br />

novos apoiadores, as feiras são as oportunidades para encontrar<br />

novas empresas para participar da mostra Affemaq”,<br />

completa.<br />

CASA NOVA<br />

Durante a feira foram anunciadas algumas<br />

mudanças para a próxima edição que ocorre<br />

de 10 a 13 de julho de 2018. A principal delas<br />

é a troca de endereço. Essa foi a despedida<br />

do Anhembi. O São Paulo Expo passa a<br />

ser a nova casa da ForMóbile. Segundo a<br />

organização do evento, a troca foi feita pelo<br />

novo espaço ser maior e mais moderno.<br />

Inaugurado em maio deste ano, o São<br />

Paulo Expo contempla 90 mil m² (metros<br />

quadrados) de área de exposição, mais de<br />

5 mil vagas de estacionamento (4,5 mil<br />

cobertas) e localização estratégica – a 850 m<br />

(metros) do metrô Jabaquara, 10 minutos do<br />

aeroporto de Congonhas e fora do perímetro<br />

de restrição municipal (rodízio) de veículos<br />

de passeios e de carga.


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

NOVIDADES<br />

Confira os principais lançamentos que a equipe da REFERÊNCIA INDUSTRIAL observou<br />

durante os quatro dias de ForMóbile <strong>2016</strong>:<br />

Razi<br />

O lançamento da Razi na linha industrial foi a<br />

plaina moldureira modelo Worker de 6 eixos com<br />

largura máxima de 210 mm (milímetros), máquina<br />

projetada especialmente para batente de portas,<br />

pisos, decks e assoalhos. O grande diferencial do<br />

produto, segundo o diretor da Alca Máquinas e<br />

representante da Razi, Eduardo Rechenberg, é o<br />

custo benefício em relação a outro equipamento<br />

da própria empresa. “Tínhamos apenas uma linha,<br />

e agora trouxemos esse outro modelo que chega a<br />

ter o valor até 20% abaixo. A máquina tem a mesma<br />

robustez, qualidade de usinagem e precisão”,<br />

compara. A Worker conta ainda com um sistema de<br />

tração mais vantajoso do mercado com nove rolos<br />

fracionados superiores e quatro inferiores. A Razi<br />

ainda levou as máquinas para marceneiros e hobistas<br />

e também a linha de ferramentas.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Salvador<br />

Foto: divulgação<br />

A fabricante italiana de otimizadoras<br />

Salvador colocou a Supercut<br />

500 para funcionar na feira. Segundo<br />

Cristian Salvador, CEO da empresa, é<br />

uma máquina extremamente rápida,<br />

com velocidade de avanço de 2.000<br />

a 2.500 metros por hora. “É um equipamento<br />

muito interessante para<br />

tempos de crise, porque é altamente<br />

produtivo, reduz a necessidade de<br />

mão de obra e consequentemente, a<br />

ocorrência de acidentes de trabalho”,<br />

pontua Cristian.<br />

54 |<br />

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Gaidzinski<br />

A Gaidzinski, de Braço Forte (SC), levou<br />

para a feira evoluções das máquinas<br />

que já são carro-chefe da empresa como<br />

a laminadora de portas e painéis. O equipamento,<br />

como explica Ewaldo Quint,<br />

do departamento comercial, atende tanto<br />

os fabricantes de portas como os moveleiros.<br />

A grande vantagem, segundo<br />

ele, é que com esta máquina o moveleiro<br />

consegue ter um leque de revestimentos<br />

maior do que quando compra a chapa<br />

já revestida. Além disso, a laminadora é<br />

prática de ser operada e aceita adesivos<br />

PVA e hotmelt EVA e PUR.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Bottene<br />

Foto: divulgação<br />

No Brasil há 2 anos, por meio da Simas<br />

Soluções Industriais, a italiana Bottene<br />

já é referência em otimizadoras<br />

com scanner. "Nossa linha de scanner<br />

controla com câmeras os quatro lados<br />

da madeira e otimiza conforme a necessidade<br />

de cada cliente, eliminando<br />

os defeitos através de uma ou mais otimizadoras",<br />

explica Joao Carlos Simas. A<br />

empresa oferece linhas completas para<br />

fábricas de móveis, molduras e painéis,<br />

com scanner, otimizadora, finger jointer<br />

vertical e horizontal, serras múltiplas e<br />

toda parte de automação.<br />

Montana Química<br />

A Montana Química levou à For-<br />

Móbile 11 lançamentos, todos baseados<br />

nas tendências internacionais<br />

para o setor moveleiro. O gerente<br />

comercial da divisão vernici, Leonardo<br />

Miyake, destacou o Lacksteel<br />

Oxidado, que mistura tons de cobre e<br />

ferro resultando em um acabamento<br />

com aparência enferrujada e o Lackfrozen<br />

Acqua que reproduz os cristais<br />

de gelo nas superfícies que são aplicadas.<br />

“É ideal para o arquiteto que<br />

quer fazer um efeito diferente na decoração”,<br />

ressalta.<br />

Foto: divulgação<br />

AGOSTO | 55


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

Dallabona<br />

A destopadeira automática da<br />

Dallabona Máquinas pode ser utilizada<br />

em diferentes tipos de aplicação<br />

como cama box, estofados, paletes,<br />

caixas de madeira. “A grande vantagem<br />

é o avanço automático. O operador<br />

programa as bitolas em um CLP<br />

(Controle Lógico Programável) e ela<br />

faz o corte desejado”, detalha Jussara<br />

Dallabona. A máquina está dentro<br />

das novas normas de segurança. “Tenho<br />

um cliente que substituiu quatro<br />

destopadeiras pneumáticas por uma<br />

dessa”, revela.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Marrari<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

A Marrari Automação aproveitou a feira<br />

para divulgar o III Curso de Gerenciamento<br />

de Secagem de Madeira, que será realizado<br />

entre 14 e 16 de setembro na Ufpr (Universidade<br />

Federal do Paraná) em Curitiba.<br />

“Um dos maiores gargalos nas empresas é<br />

o processo de secagem de madeira, o que<br />

consequentemente acaba tendo alto custo.<br />

O curso é bem avançado com informações<br />

técnicas e práticas. Ótimo também para as<br />

empresas realizarem networking”, avalia<br />

Joaquim Almeida, gerente comercial. O produto<br />

que vendeu bastante durante a feira foram<br />

os medidores portáteis de umidade de<br />

madeira M51 e M52, que são mais robustos,<br />

à prova de impactos e resistentes à água.<br />

Wirutex<br />

A serra de performance Atack,<br />

que corta até 150 mil chapas sem a<br />

necessidade de afiação foi um dos<br />

destaques da Wirutex, fabricante de<br />

ferramentas de diamante com produção<br />

100% nacional. “Trouxemos ferramentas<br />

de alto desempenho. Entre<br />

elas as fresas com ângulos de avanço<br />

de 60º, o que oferece qualidade e<br />

acabamento”, garante Neri Basso, diretor<br />

administrativo da empresa.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

56 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


Laserflex<br />

Os cilindros para fabricantes de<br />

móveis que têm a linha de impressão<br />

própria são os destaques da Laserflex.<br />

“Nossos clientes estão atrás de<br />

inovação em padrões e com as variedades<br />

da Laserflex eles conseguem<br />

isso”, assegura Otavio Ronconi supervisor<br />

do departamento moveleiro da<br />

empresa. A fabricante trabalha com<br />

cilindros Rotolaser para impressão<br />

direta de alta qualidade e Decorlaser,<br />

impressão em alto relevo. Segundo<br />

Otávio entre as tendências estão os<br />

padrões que imitam couro e pedra.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Mill<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

No estande da Mill o foco foi a<br />

afiadeira de serra automática com<br />

refrigeração. “O cliente ganha bastante<br />

na vida útil podendo economizar<br />

até 30% de lâmina de serra”,<br />

calcula José Carlos Ledra, gerente<br />

de vendas da Mill. A linha de serras<br />

para marcenaria também teve destaque<br />

no espaço da empresa.<br />

Unesa<br />

A nova logo da empresa, com<br />

um visual mais clean foi lançada pela<br />

Unesa durante a ForMóbile. Dentre<br />

as máquinas o destaque ficou com<br />

a recobridora de portas para 1850<br />

mm, ou seja, para uma chapa inteira.<br />

“Esse relançamento foi pensado para<br />

atingir o setor moveleiro. Ela tem um<br />

sistema inédito com um setup ultra<br />

rápido”, realça Eti Galvani Uliano,<br />

presidente da empresa.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

AGOSTO | 57


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

Homag<br />

Foto: divulgação<br />

A Homag levou à feira um grande portfólio<br />

de seus maquinários com destaque<br />

para a produção nacional que se destina a<br />

clientes de pequeno e médio porte. Alessandro<br />

Agnoletti, gerente geral de vendas para<br />

América Latina, destacou a coladeira DKR<br />

100, uma máquina pequena com ótimo custo<br />

benefício. Outra novidade foi a renovação<br />

da linha de coladeira DKR 250, que vem completamente<br />

eletrônica. “Lançamos também<br />

o centro de usinagem CNC PTP 160 primeiro<br />

montado 100% no Brasil. Conseguiu reduzir<br />

quase 50% do valor da máquina importada,<br />

mas com a mesma qualidade, durabilidade<br />

e produtividade do equipamento alemão."<br />

A Homag sorteou uma Saveiro Robust. A Zippe<br />

Marcenaria, de São Paulo, ganhou.<br />

Jowat<br />

A alemã Jowat, referência em adesivos,<br />

lançou o Jowatherm 281.48, um<br />

hotmelt isento de carga, para aplicação<br />

por rolo ou bico. “O diferencial é que ele<br />

é translúcido. Esse produto já é muito<br />

utilizado na Europa e América do Norte<br />

e agora finalmente trouxemos ao Brasil”,<br />

relata o gerente comercial da marca<br />

Rubens de Castro. O Jowatherm-Reaktant<br />

608.00 também teve destaque<br />

no estande da empresa. “É um hotmelt<br />

PUR para fitas de borda com alta resistência<br />

ao calor, água, umidade, solventes<br />

e limpadores”, frisa.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Contraco<br />

Foto: divulgação<br />

A Contraco retornou à ForMóbile<br />

com o tratamento fitossanitário UMA<br />

(Unidade Móvel de Aquecimento). Como<br />

o próprio nome revela, a versatilidade<br />

do produto é o ponto forte já que por ser<br />

móvel ele é adaptável às mais variadas<br />

frentes como furgão, containers e salas<br />

em alvenarias ou metálicas. “O tratamento<br />

pode ser feito na propriedade<br />

ou indústria do fabricante. Ele pode ser<br />

transportado em cima de uma caminhonete”,<br />

enaltece Natalino Bonin, diretor<br />

da Contraco.<br />

58 |<br />

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Siempelkamp<br />

A Siempelkamp aproveitou a<br />

ForMóbile para encontrar os grandes<br />

clientes que tem aqui no Brasil, como<br />

Berneck, Arauco, Duratex e Guararapes.<br />

A empresa, junto com outras<br />

fabricantes parceiras, é responsável<br />

por toda a planta industrial. “Executamos<br />

as plantas completas, desde<br />

a engenharia até a automação. O<br />

coração dessas empresas é a prensa<br />

que dita o que vem antes e depois”,<br />

define Martin Kemmsies, gerente<br />

executivo da empresa no Brasil. Aqui<br />

a Siempelkamp atua em duas frentes,<br />

de novos projetos e de pós-vendas,<br />

que compreende a manutenção das<br />

indústrias.<br />

Foto: REFERÊNCIA


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPECIAL<br />

CLICKS – FORMÓBILE <strong>2016</strong><br />

CONFIRA QUEM CIRCULOU PELOS CORREDORES DA<br />

FORMÓBILE<br />

Tim Lopes, diretor da Mapaf e Joseane Knop,<br />

diretora de negócios do GRUPO JOTA<br />

Xu Hongqing, presidente do Grupo Yangzi,<br />

Joseane Knop, diretora de negócios do GRUPO<br />

JOTA, Sérgio Amorim, gerente da Razi e Eduardo<br />

Rechenberg, diretor da Alca<br />

Natalia Gonçalves, responsável de marketing pela<br />

linha de acessórios da Bosch Brasil e Glauco Vecchia,<br />

gerente da linha de abrasivos flexíveis da Bosch<br />

Equipe da <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />

Gilmar Fávero, representante comercial e<br />

Cristian Salvador, da Salvador<br />

Eti Galvani Uliano, presidente da Unesa<br />

Visita ao estande da REFERÊNCIA INDUSTRIAL:<br />

Fernando Bongiovanni, Joseane Knop, Norberto<br />

Schultz e Ronaldo Coelho<br />

Joseane Knop e Daniela Safatle, da Teca<br />

Carajás<br />

Affemaq: Suelen Salvati, Euclides Rizzi e<br />

Fabiane Spiça<br />

60 |<br />

João Carlos Simas, da Simas Soluções<br />

Industriais e Matteo Battistella, da Bottene<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Leonardo Miyake, gerente comercial da Montana<br />

Química e Michel Sentinelo, coordenador de<br />

marketing e comunicação da Montana Química<br />

Joseane Knop, diretora de negócios do<br />

GRUPO JOTA e Eduardo Rechenberg, diretor<br />

da Alca Máquinas


Jussara e Everton Dallabona, da Dallabona<br />

Máquinas<br />

Equipe Marrari: Joaquim Almeida, Cassio Sales,<br />

Joyce de Albuquerque e Renato Popovicz<br />

Rafael Ferreira, da Montana Química e Joseane<br />

Knop, diretora de negócios do GRUPO JOTA<br />

Rubens de Castro, gerente comercial da Jowat<br />

e Bernardino Damiani, gerente técnico da<br />

Jowat<br />

Otavio Ronconi, supervisor do departamento<br />

moveleiro da Laserflex<br />

Eduardo Bonin, engenheiro da Contraco e<br />

Natalino Bonin, diretor da Contraco<br />

José Carlos Ledra, gerente de vendas da Mill<br />

Indústrias<br />

Joseane Knop, diretora de negócios do<br />

GRUPO JOTA e Alessandro Agnoletti,<br />

gerente geral de vendas da Homag para<br />

América Latina<br />

Neri Basso, gerente geral da Wirutex, Francisco<br />

Scortecci, do departamento de vendas da SCM<br />

Tecmatic e Marcio Zaffari, gerente de vendas<br />

da Wirutex<br />

Siempelkamp: Bend Haures, Michael Behrla, Maria Cristina<br />

Moosmayer, Rodrigo Suchomel e Martin Kemmsies<br />

Estande da Gaidzinski: Carlos Arevalo, Gilberto Gaidzinski,<br />

Robson de Carvalho, Marcio Selhorst, Rodrigo Ávila e<br />

Ewaldo Quint<br />

AGOSTO | 61


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

QUÍMICA NA MADEIRA<br />

TRATAMENTO<br />

QUÍMICO E<br />

USO DO<br />

BAMBU<br />

Fotos: divulgação<br />

62 |<br />

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SAIBA MAIS SOBRE A<br />

MATÉRIA-PRIMA CUJA<br />

MAIOR RESERVA<br />

NATURAL É<br />

ENCONTRADA<br />

NO BRASIL<br />

O<br />

bambu é um dos mais valiosos recursos<br />

naturais e, certamente, dos que apresenta<br />

maior velocidade de crescimento. Algumas<br />

de suas características são semelhantes às da madeira,<br />

porém com diferenças em relação à velocidade superior<br />

de crescimento e à microestrutura dos seus elementos<br />

anatômicos.<br />

Com exceção da Europa, quase todos os continentes<br />

possuem espécies nativas de bambus. Paradoxalmente,<br />

o Brasil que possui a maior reserva natural de<br />

bambu do mundo, ocupando uma área de 90 mil km²<br />

(quilômetros quadrados) é um dos países que menos<br />

utiliza esse recurso, enquanto na Ásia os negócios que<br />

envolvem esse material movimentam diretamente cerca<br />

de 10 milhões de pessoas.<br />

O TRATAMENTO DO BAMBU<br />

Tomando como base as premissas anteriores sobre<br />

a baixa durabilidade natural do bambu frente aos agentes<br />

xilófagos, juntamente com a baixa permeabilidade,<br />

seu tratamento só é possível por difusão, no caso de<br />

colmos verdes, ou por pressão em se tratando de colmos<br />

abaixo do ponto de saturação das fibras.<br />

AGOSTO | 63


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

QUÍMICA NA MADEIRA<br />

Alguns autores<br />

recomendam que antes<br />

do tratamento de bambus<br />

roliços sejam feitos furos de<br />

10 mm entre os septos dos<br />

colmos e em lados opostos<br />

Embora haja relatos de êxito no tratamento de colmos/taliscas<br />

sem pressão, esses métodos, de forma<br />

geral, são realizados por pessoal sem preparo técnico<br />

e sem uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)<br />

necessários. Muitos deles são itinerantes, deixando<br />

ao seu término volumes de solução preservativa, cujo<br />

acondicionamento final correto é duvidoso. Nestas<br />

condições, pode ter um impacto ambiental negativo e<br />

prejudicial para a indústria como um todo.<br />

Acresça-se a isso que os preservativos comerciais<br />

para madeira têm de ser registrados no Ibama (Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis) cuja legislação impede a fabricação e comercialização<br />

por empresas que também não possuam<br />

registro em tal órgão para executar o tratamento. Os<br />

tratamentos, até então efetuados por métodos sem<br />

pressão, em sua maioria, fizeram parte de estudos acadêmicos<br />

e a cessão de preservativo para esses fins deu-<br />

-se em pequenas quantidades e exclusivamente para<br />

esse tipo de finalidade.<br />

Por isso e pelo fato do Brasil possuir um parque<br />

industrial com mais de 400 unidades com capacidade<br />

ociosa, é que podemos afirmar que os processos sob<br />

pressão, além de serem confiáveis do ponto de vista<br />

ambiental, estão aptos à produção de um produto final<br />

mais uniforme e passível de ter a sua qualidade controlada.<br />

Há, por exemplo, no município paulista de Cunha,<br />

uma usina que tem tratado quantidades apreciáveis de<br />

bambu, para várias aplicações, sobretudo para fins artesanais.<br />

Entretanto, deve ser lembrado sempre que o bambu<br />

tem diferenças em relação à madeira, de forma que<br />

Tomando como base<br />

premissas anteriores<br />

sobre a baixa durabilidade<br />

natural do bambu frente<br />

aos agentes xilófagos, seu<br />

tratamento só é possível<br />

por difusão ou por pressão<br />

64 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


seus colmos são sujeitos ao colapso. Na forma de taliscas,<br />

o bambu não apresenta esse tipo de problema.<br />

Como exposto em outro trabalho apresentado, alguns<br />

autores recomendam que antes do tratamento de<br />

bambus roliços sejam feitos furos de 10 mm (milímetros)<br />

entre os septos dos colmos e em lados opostos.<br />

Essa técnica equilibra a pressão dos dois lados do bambu,<br />

evitando a possível ocorrência de colapso das peças,<br />

além de melhorar a uniformidade da penetração.<br />

Outra forma de minimizar a ocorrência de colapso<br />

é baixar a pressão de trabalho dos usuais 12,0 kgf/<br />

cm² (quilograma força por centímetro quadrado) para<br />

algo em torno de 7,0kgf/cm², por um período de uma a<br />

duas horas. Para compensar a diminuição da pressão,<br />

trabalha-se com concentrações mais elevadas de preservativo.<br />

Quanto aos preservativos recomendados, há unanimidade<br />

na literatura consultada e específica sobre o<br />

tratamento de bambu, quanto à excelência dos resultados<br />

obtidos com CCA e o CCB-O. Se por um lado o CCA<br />

proporciona fixação mais rápida e maior resistência<br />

à lixiviação, por seu turno, o CCB, por força da grande<br />

mobilidade iônica do boro, é mais recomendável para<br />

espécies de bambu, mais refratárias ao tratamento preservativo,<br />

sendo opção única para aqueles que desejem<br />

competir no mercado externo, principalmente o europeu.<br />

O BRASIL POSSUI A MAIOR<br />

RESERVA NATURAL DE<br />

BAMBU DO MUNDO,<br />

OCUPANDO UMA ÁREA DE<br />

90 MIL KM²


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

A COMPETITIVIDADE<br />

DA INDÚSTRIA<br />

DE MÓVEIS<br />

DO BRASIL<br />

RANGEL GALINARI, JOB RODRIGUES TEIXEIRA JUNIOR,<br />

RICARDO RODRIGUES MORGADO<br />

Departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços da Área <strong>Industrial</strong> do<br />

Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)<br />

Fotos: divulgação<br />

66 |<br />

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INTRODUÇÃO<br />

A<br />

indústria moveleira mundial vem experimentando<br />

importantes transformações nas últimas décadas.<br />

Inovações no âmbito do transporte transoceânico<br />

e a maior abertura das economias modernas ao comércio e<br />

aos investimentos produtivos intensificaram o processo de<br />

internacionalização dessa indústria. Na esteira desses acontecimentos,<br />

grandes redes varejistas vêm mudando o padrão<br />

de competitividade do setor à medida que estruturam<br />

redes globais de fornecedores, sobre as quais exercem grande<br />

influência. Pouco inserida nas redes internacionais de fornecedores,<br />

a indústria moveleira do Brasil assiste nos anos<br />

2000 a um rápido ganho de participação de produtos asiáticos,<br />

em especial chineses, em seus principais mercados. A<br />

partir da segunda metade daquela década, as exportações<br />

brasileiras entraram em uma rota declinante, assim como o<br />

saldo comercial do setor. Apesar de as exportações brasileiras<br />

de móveis serem tradicionalmente modestas, tanto em<br />

escala global, como em relação à produção doméstica, a redução<br />

no valor exportado sugere que o setor vem perdendo<br />

competitividade no front externo. Por outro lado, apesar do<br />

crescimento das importações observado nos últimos anos,<br />

o mercado brasileiro continua abastecido majoritariamente<br />

pela produção interna. Os artigos do mobiliário que vêm ganhando<br />

espaço nos mercados mundiais não têm o mesmo<br />

desempenho no mercado brasileiro, sugerindo que a produção<br />

doméstica é competitiva no front interno.<br />

O objetivo do presente trabalho é entender a natureza<br />

da aparente perda de competitividade dos móveis brasileiros<br />

no mercado internacional, assim como sua resistência<br />

no mercado interno. Vale destacar que a análise do setor<br />

foi enriquecida por visitas dos autores a empresas dos polos<br />

moveleiros de Ubá (MG), São Bento do Sul (SC) e Bento Gonçalves<br />

(RS), bem como pela aplicação de um questionário a<br />

340 empresas dessas regiões, das quais 34 responderam.<br />

CARACTERIZAÇÃO DO SETOR<br />

A fabricação de móveis, em especial os de madeira,<br />

pode ser considerada uma das mais tradicionais atividades<br />

da indústria de transformação. O setor reúne características<br />

como elevada utilização de insumos de origem natural, emprego<br />

relativamente intensivo de mão de obra, reduzido dinamismo<br />

tecnológico e alto grau de informalidade. Algumas<br />

particularidades do setor redundam no estabelecimento de<br />

baixas barreiras à entrada: o investimento inicial em ativos<br />

físicos para certos tipos de produção não é demasiado vultoso,<br />

a maior parte das inovações tecnológicas do setor é<br />

gerada por fornecedores de insumos e de bens de capital, as<br />

condições de apropriabilidade de uma das principais fontes<br />

de diferenciação de produtos, o design, são extremamente<br />

baixas. Além disso, a existência de etapas do processo produtivo<br />

cuja automação é difícil, como montagem e estofamento,<br />

não favorece o surgimento de empresas grandes o<br />

suficiente para ter alto poder de mercado.<br />

É grande a heterogeneidade do setor no tocante ao uso<br />

de tecnologias. Alguns tipos de produto admitem processos<br />

de fabricação com elevada automação, como os móveis retilíneos<br />

elaborados com madeiras reconstituídas, como MDF,<br />

enquanto outros demandam grande quantidade de trabalhos<br />

manuais, como os móveis artesanais de madeira maciça.<br />

Coexistem no setor empresas de porte médio ou grande<br />

que produzem em massa, empregando máquinas e equipamentos<br />

de elevado conteúdo tecnológico, empresas parcialmente<br />

automatizadas, além de micro e pequenas empresas<br />

intensivas em trabalho. O setor é marcado também pela<br />

existência de muitos nichos que advêm de uma complexa<br />

segmentação que combina elementos como: o tipo de uso<br />

– móveis residenciais, de escritório e institucionais –, o material<br />

predominante em sua confecção, a classe de consumo<br />

para a qual é projetado (A, B, C, D ou E) e até mesmo a faixa<br />

etária dos prováveis usuários.<br />

Esses atributos determinam uma estrutura de mercado<br />

pulverizada, heterogênea, dotada de variados nichos e com<br />

presença marcante de micro e pequenas empresas. A diversidade<br />

do setor também é grande no que tange ao padrão de<br />

concorrência, já que a competição é pautada basicamente<br />

por preços, nos segmentos mais populares, e por atributos<br />

como qualidade, design e marca, nos superiores.<br />

A INDÚSTRIA MUNDIAL DE MÓVEIS<br />

Segundo Projeto PIB (Perspectiva de Investimento no<br />

Brasil) (2009), até meados da década de 1990 os países desenvolvidos<br />

eram os principais produtores e consumidores<br />

de móveis. Desde então, a progressiva redução de barreiras<br />

ao comércio e aos investimentos internacionais, inovações<br />

no âmbito do transporte marítimo, da embalagem de produtos<br />

frágeis e das tecnologias da informação e comunicação<br />

aprofundaram o processo de globalização da indústria<br />

moveleira. Nesse contexto, empresas varejistas e fabricantes<br />

de móveis dos países centrais passaram a desenvolver<br />

fornecedores ou a instalar plantas produtivas em países em<br />

desenvolvimento (notadamente na Ásia) com vistas a se<br />

beneficiar de menores custos de mão de obra e de insumos<br />

e, ainda, a explorar os mercados locais. Ora em curso, tal<br />

processo vem gradativamente estruturando cadeias globais<br />

de produção, governadas por grandes redes varejistas, nas<br />

quais as competências de maior agregação de valor, como<br />

o design, o marketing, a criação e o fortalecimento de marcas,<br />

tendem a ficar concentradas nos países desenvolvidos,<br />

enquanto a manufatura se estabelece nos países em desenvolvimento.<br />

Apesar do menor dinamismo econômico verificado nos<br />

países centrais em anos recentes e do processo de relocalização<br />

descrito, o mundo desenvolvido ainda responde pela<br />

maior parte da produção global de móveis (52% do total).<br />

Por outro lado, a China, que pertence ao grupo de países de<br />

renda média ou baixa, é o maior produtor mundial, respon-<br />

AGOSTO | 67


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

dendo por 31% do total. Em seguida estão os EUA (Estados<br />

Unidos da América) (14% do total global), a Itália (7%) e a<br />

Alemanha (6%). Os maiores produtores mundiais também<br />

figuram como grandes players do mercado internacional.<br />

Atualmente, o ranking dos cinco maiores exportadores, em<br />

ordem decrescente de valor, é formado por China, Alemanha,<br />

Itália, Polônia e EUA, segundo dados de 2011 da Unctad<br />

(United Nations Conference on Trade and Development).<br />

Os países desenvolvidos apresentam elevado consumo<br />

per capita de móveis. Segundo Iemi (Inteligência de Mercado)<br />

(2009), no ano de 2008 a União Europeia registrou<br />

consumo de US$ 252 por habitante, os EUA de US$ 293, o<br />

Canadá de US$ 368 e o Japão de US$ 122. O elevado consumo<br />

e a escassez relativa de matérias-primas nesses países<br />

os impedem de ser autossuficientes. Embora sejam grandes<br />

produtores, os países desenvolvidos figuram como os maiores<br />

importadores do planeta.<br />

A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÓVEIS<br />

A indústria moveleira do Brasil tem histórica especialização<br />

na produção de artigos confeccionados com madeira, já<br />

que fatores geográficos e climáticos favorecem a oferta em<br />

abundância de insumos de origem florestal no país. De acordo<br />

com informações da Movergs (Associação das Indústrias<br />

de Móveis do Rio Grande do Sul) referentes ao ano de 2011,<br />

a fabricação de móveis de madeira maciça ou reconstituída<br />

representa cerca de 84% do total produzido nacionalmente.<br />

Segundo dados da Abipa (Associação Brasileira da Indústria<br />

de Painéis de Madeira), do total de madeiras consumidas na<br />

produção de móveis no Brasil no ano de 2008, apenas 7%<br />

corresponderam a madeiras maciças, 36% a madeiras reflorestadas<br />

(pinus e eucalipto) e 57% a painéis de madeira. A<br />

maior parte desses insumos é adquirida de fornecedores nacionais.<br />

Apenas as matérias-primas mais elaboradas, como<br />

laminados de alta resistência (fórmica), MDF e MDP revestidos,<br />

têm participação relevante de importados. Estimativas<br />

de Iemi (2011) sugerem que aproximadamente 76% das<br />

empresas moveleiras do Brasil fabricam produtos de forma<br />

seriada, isto é, móveis padronizados, cujas características físicas<br />

não podem ser alteradas pelos consumidores.<br />

Para os próximos anos, espera-se um crescimento na<br />

produção de móveis modulados, planejados e sob desenho.<br />

Mudanças recentes no mercado imobiliário vêm implicando<br />

reduções das áreas úteis dos imóveis, o que valoriza as<br />

soluções que maximizam o aproveitamento de espaço.<br />

Ademais, caso o país continue a combinar crescimento com<br />

distribuição de renda, é razoável supor que o consumo de<br />

móveis se sofistique, aumentando a demanda por projetos<br />

de decoração que contam com planejamento de mobiliário.<br />

A importância do setor moveleiro para a economia brasileira<br />

é claramente percebida por meio de sua capacidade<br />

de geração de empregos, por sua disseminação pelo território<br />

nacional e pela grande quantidade de encadeamentos<br />

a montante e a jusante de sua cadeia produtiva. Em 2011, o<br />

setor foi responsável por mais de 269 mil empregos diretos,<br />

quantidade que correspondeu a 3,5% do emprego formal<br />

da indústria de transformação brasileira, segundo dados<br />

da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério<br />

do Trabalho e Emprego. A atividade é bastante difundida<br />

pelo território brasileiro. Com a grande presença de<br />

pequenos empreendimentos, sobretudo marcenarias que<br />

executam trabalhos customizados, a atividade é registrada<br />

em praticamente todo o território nacional. Não obstante,<br />

adensa-se nas regiões sudeste (que detém 43% do empre-<br />

Alguns tipos de produto admitem<br />

processos de fabricação com<br />

elevada automação, como os móveis<br />

retilíneos elaborados com madeiras<br />

reconstituídas, como MDF<br />

68 |<br />

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A progressiva redução de barreiras<br />

ao comércio e aos investimentos<br />

internacionais aprofundaram o processo<br />

de globalização da indústria moveleira<br />

go setorial) e sul (40%) do país, onde estão localizados os<br />

principais polos produtores: Bento Gonçalves (RS), Arapongas<br />

(PR), Ubá (MG), São Bento do Sul (SC), Linhares (ES),<br />

Mirassol (SP), Votuporanga (SP) e região metropolitana de<br />

São Paulo.<br />

Dados da Rais também evidenciam que, no conjunto de<br />

empresas formalmente constituídas do setor, predomina o<br />

emprego em estabelecimentos de portes micro, pequeno e<br />

médio. Em 2011, apenas 9% dos empregados da indústria<br />

de móveis trabalhavam em grandes empresas. Do ponto de<br />

vista social, o porte médio das empresas e a difusão territorial<br />

da atividade são importantes, porque favorecem a<br />

concretização do empreendedorismo individual e oferecem<br />

oportunidades de emprego nos mais diversos subsistemas<br />

regionais de produção, até mesmo nos economicamente<br />

menos dinâmicos. Por outro lado, tornam evidente que parte<br />

substantiva da produção não se beneficia de economias<br />

de escala internas ou externas às firmas.<br />

O desempenho das exportações brasileiras de móveis é<br />

ditado pela dinâmica do segmento de móveis de madeira.<br />

No período analisado, as exportações de móveis desse material<br />

vêm se mantendo em torno de 80% do total. Embora<br />

o Brasil exporte móveis para mais de uma centena de países,<br />

existe uma clara concentração em alguns mercados. No<br />

início da década passada, 82% do valor exportado estavam<br />

concentrados em apenas sete nações, a saber: EUA (32%),<br />

França (14%), Argentina (13%), Reino Unido (8%), Holanda<br />

(5%), Alemanha (5%) e Uruguai (5%).<br />

O declínio das exportações brasileiras é explicado, sobretudo,<br />

pela redução das compras de países desenvolvidos,<br />

especialmente dos EUA, cujas aquisições de móveis do<br />

Brasil caíram 40% entre 2001 e 2012. O resultado da balança<br />

do setor só não foi pior em função da diversificação de parceiros<br />

comerciais. Em 2012, o Brasil exportou móveis para<br />

152 países. Entre estes, Angola, destino de 9% do valor to-


REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ARTIGO<br />

Bento Gonçalves (RS) é um dos<br />

principais polos produtores de móveis<br />

do Brasil<br />

tal, tornou-se o terceiro maior parceiro, atrás apenas de EUA<br />

(13%) e Reino Unido (12%). Países como Chile (5%), Bolívia<br />

(5%), Peru (5%) e Paraguai (5%) ampliaram suas compras e<br />

também se tornaram importantes destinos.<br />

A composição da pauta importadora de móveis do Brasil<br />

é sobremaneira distinta da exportadora. No início da década<br />

passada, o valor das importações de móveis de madeira representava<br />

17% do total. Embora em termos absolutos seu<br />

valor tenha crescido a uma média de 16% entre 2001 e 2012,<br />

representa atualmente apenas 9% do total. A tendência de<br />

crescimento de importações do setor foi determinada por<br />

segmentos em que o Brasil é pouco competitivo, como o de<br />

móveis produzidos com materiais plásticos e metais, sobretudo<br />

assentos giratórios. As importações provenientes de<br />

países asiáticos, principalmente da China, destacam-se das<br />

demais. No início da década, as importações originadas da<br />

Ásia respondiam por 16% do total. Crescendo a uma taxa<br />

média anual de 36%, chegaram a 67% em 2012.<br />

Apesar das importações de artigos do mobiliário seguirem<br />

uma rota ascendente nos últimos anos, a indústria de<br />

móveis do Brasil é bastante sólida no mercado interno. O<br />

consumo de móveis no país vem aumentando, e a indústria<br />

No início da década passada, 82% do<br />

valor exportado pelo Brasil estava<br />

concentrado em apenas sete nações<br />

70 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br


nacional, em especial nos segmentos de madeira, mostra-se<br />

capaz de responder a essa demanda ampliada. Importante<br />

frisar que as importações desse setor se aceleraram menos<br />

que as de outros ramos da indústria tradicional nos anos<br />

2000. Por outro lado, as exportações brasileiras de artigos<br />

do mobiliário não estão conseguindo acompanhar o aquecimento<br />

do comércio internacional e entraram em uma rota<br />

decrescente. Depreende-se desses fatos que a competitividade<br />

da indústria moveleira do Brasil tem diferentes facetas<br />

nos mercados interno e externo. Considerando isso, as próximas<br />

seções abordarão conceitos, medidas e fatores que influenciam<br />

(negativa ou positivamente) a competitividade do<br />

setor. Espera-se, com isso, responder a três questões: Que<br />

fatores determinam a dualidade competitiva nos mercados<br />

interno e externo? Na conjuntura atual, a perda de competitividade<br />

no mercado externo é preocupante? Quais as fontes<br />

da aparente competitividade no mercado interno e em que<br />

medida são sustentáveis?<br />

INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DA<br />

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÓVEIS<br />

Um dos tipos mais simples de medidas de competitividade<br />

é a participação em agregados. No caso de uma análise<br />

setorial, o principal exemplo é o market share detido pelo país<br />

no comércio internacional. Outros indicadores ainda podem<br />

ser obtidos por meio de dados do comércio exterior, como<br />

taxa de cobertura, taxa de autossuprimento, coeficiente de<br />

penetração das importações, entre outros. A aritmética do<br />

market share é elementar: trata-se do percentual que as<br />

vendas de determinado produtor, no caso o setor moveleiro<br />

do Brasil, representam sobre o agregado de interesse,<br />

como as exportações mundiais do produto em questão. As<br />

informações analisadas sugerem que, entre 2001 e 2004, as<br />

exportações brasileiras cresceram a taxas superiores às das<br />

exportações mundiais, levando o país a ganhar participação<br />

no comércio internacional de móveis. Desde então, o Brasil<br />

deixa de acompanhar o ritmo de crescimento desse mercado<br />

e perde participação de maneira contínua. A perda ou<br />

não de competitividade do setor moveleiro também pode<br />

ser sugerida por outros indicadores, como o coeficiente de<br />

exportação e o coeficiente de penetração das importações.<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

AGENDA<br />

AGOSTO <strong>2016</strong><br />

OUTUBRO <strong>2016</strong><br />

House & Gift Fair<br />

6 a 9<br />

São Paulo (SP)<br />

www.grafitefeiras.com.br<br />

Casa Brasil<br />

10 a 14<br />

São Paulo (SP)<br />

www.casabrasil.com.br<br />

SETEMBRO <strong>2016</strong><br />

Expoanicer<br />

16 a 19<br />

Porto Alegre (RS)<br />

www.anicer.com.br/<br />

Fesqua<br />

21 a 24<br />

São Paulo (SP)<br />

www.fesqua.com.br<br />

ForMar<br />

14 a 16<br />

São Paulo (SP)<br />

www.feiraformar.com.br<br />

Habitacon<br />

19 a 22<br />

Curitiba (PR)<br />

www.feirahabitacon.com.br<br />

DESTAQUE<br />

CASA BRASIL<br />

10 a 14 de agosto<br />

São Paulo (SP)<br />

www.casabrasil.com.br<br />

A Casa Brasil, feira sediada em Bento Gonçalves desde 2007,<br />

com o objetivo expor grandes nomes dos segmentos de<br />

móveis, iluminação, decoração e complementos de alto padrão,<br />

acontece em São Paulo em <strong>2016</strong>. A parceria entre três<br />

empresas: a Sindmóveis, que organiza a Casa Brasil; o grupo<br />

inglês Informa Group; e a Summit Promo. A Casa Brasil foi<br />

criada e desenvolvida em Bento Gonçalves pela força do polo moveleiro da região.<br />

Imagem: reprodução<br />

72 |<br />

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Reserve<br />

esta data:<br />

14 E 15<br />

DE SETEMBRO<br />

DE <strong>2016</strong><br />

Veja o que está programado.<br />

_PALESTRAS<br />

_PAINÉIS<br />

_APRESENTAÇÃO DE CASES<br />

_FOMENTO E DESENVOLVIMENTO DO SETOR MOVELEIRO<br />

_ENCONTROS DE NEGÓCIOS NACIONAL E INTERNACIONAL<br />

_ESPAÇO DO DESIGN<br />

_MOSTRA DE PRODUTOS<br />

_Prêmio Top Móbile<br />

Você<br />

não<br />

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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

O QUE OS PROTOCOLOS DE M&V<br />

TÊM A NOS ENSINAR?<br />

O<br />

M&V (protocolo de medição e verificação) é peça<br />

fundamental para o desenvolvimento e avaliações<br />

adequadas de projetos de ações de eficiência<br />

energética que se pretendam implantar; aliás, como qualquer<br />

projeto sério, com avaliação do status inicial é que realmente<br />

se chega ao final.<br />

Não há como avaliar o resultado alcançado de um projeto<br />

sem o claro conhecimento da situação inicial e premissas<br />

aplicáveis.<br />

Especificamente o Pimvp (Protocolo Internacional de<br />

Medição e Verificação de Performance) da EVO (Efficiency<br />

Valuation Organization), voltado para projetos de eficiência<br />

energética, tem por objetivo apresentar uma estrutura com<br />

definição da terminologia utilizada em M&V e como abordar<br />

os tópicos importantes em um projeto de eficiência energética<br />

para elaboração de um correto plano de M&V, já que os planos<br />

devem ser específicos para cada projeto.<br />

Como parte integrante destas premissas, estabelece a linha<br />

de base dos padrões de consumo de energia da instalação<br />

(ou do equipamento ou sistema em que se pretende implantar<br />

um projeto de eficiência energética) para que seja comparada<br />

com os resultados obtidos ao final da implantação do projeto<br />

ou das ações de eficiência energética.<br />

O Pimvp tem aderências importantes com contratos de<br />

desempenho, adoção de padrões, aplicação da ISO (Organização<br />

Internacional de Padronização) 50001 e ainda documentação<br />

consistente de projetos, expectativas e resultados.<br />

Trata-se de entender as variáveis envolvidas no consumo de<br />

energia de forma ampla, definindo as regras que nortearão<br />

os caminhos do projeto e fundamentalmente as conclusões<br />

para as novas medições e verificações ao final evidenciando<br />

as economias atingidas.<br />

Nosso bom e velho mestre Agenor Garcia trouxe à luz,<br />

no treinamento ministrado, alguns conceitos importantes<br />

abaixo resumidos:<br />

LINHA DE BASE<br />

Elaboração do perfil de consumo de energia antes das<br />

ações de eficiência energética, definindo o comportamento<br />

da energia em função das variáveis que a influenciam, a fim de<br />

que ao final da implantação se possa definir com boa precisão<br />

o impacto do projeto.<br />

FRONTEIRA DE MEDIÇÃO<br />

Define os pontos que serão considerados no levantamento<br />

inicial e verificação posterior da economia, delimitados pela<br />

colocação dos medidores. Esta fronteira pode ser um circuito<br />

ou mesmo um interruptor alimentando algumas luminárias,<br />

ou um medidor da concessionária de uma indústria, dependendo<br />

do desenvolvimento do projeto.<br />

OPÇÕES DE MEDIÇÃO<br />

Se a opção de medição for isolada, como no caso do<br />

circuito de iluminação acima, a opção será tipo A (com medição<br />

dos parâmetros chave) ou B (com a medição de todos os<br />

parâmetros), e se for escolhido o medidor da concessionária,<br />

será a opção tipo C. Há ainda a opção D, que é aplicada em<br />

simulações de modelos normalmente em instalações novas,<br />

ainda em fase de projeto e planejamento.<br />

O Pimvp torna-se uma ferramenta atrativa para a execução<br />

de projetos de qualquer complexidade, incluindo aqueles<br />

que de fato trazem resultados práticos em projetos industriais<br />

e grandes complexos comerciais, servindo como documento<br />

de aferição e prova de conclusão adequada de projetos.<br />

Foto: divulgação<br />

Por José Starosta<br />

Diretor da Ação Engenharia, da Abesco (Associação Brasileira das Empresas<br />

de Serviços de Conservação de Energia) e do Deinfra (Departamento de<br />

Infraestrutura) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)<br />

74 |<br />

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