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ED113

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8<br />

entrevista<br />

Claudia Werneck<br />

Escritora, pesquisadora, articulista e palestrante, ela deixou uma carreira de jornalista bem sucedida para se<br />

dedicar à difusão e prática de uma sociedade inclusiva. Entre suas ações mais conhecidas está a criação,<br />

em 2002, da Escola de Gente – Comunicação em Inclusão<br />

Fotos: Paulo Rodrigues | Marcelo Correa | Daniel Castro<br />

Com especialização<br />

em Comunicação e<br />

Saúde pela Fundação<br />

Oswaldo Cruz, publicou<br />

14 livros sobre<br />

direitos humanos, diversidade e<br />

inclusão para crianças, jovens<br />

e adultos, muitos também em<br />

espanhol e inglês. Seu livro<br />

“Quem cabe no seu TODOS ?”<br />

é uma obra de referência<br />

mundial. Consultora de<br />

organismos internacionais,<br />

como o Banco Mundial, é empreendedora<br />

social integrante<br />

de várias redes como a Ashoka<br />

e Fundación Avina no Brasil.<br />

Em 2011 recebeu a mais alta<br />

condecoração oferecida pelo<br />

Estado brasileiro: o “Prêmio Direitos<br />

Humanos” da Presidência da<br />

República.<br />

A Escola de Gente - www.escoladegente.org.br<br />

- tem sede no Rio de Janeiro<br />

e atuação nacional e internacional.<br />

É uma Organização da Sociedade Civil de<br />

Interesse Público (OSCIP) que trabalha para<br />

que leis e políticas públicas se transformem<br />

em práticas cotidianas<br />

inclusivas, principalmente<br />

para a população que<br />

tem deficiência e vive na pobreza. Os números<br />

impressionam: de 2002 a 2016, 17 países e<br />

21 estados brasileiros realizaram atividades<br />

da Escola, com 485 mil pessoas mobilizadas<br />

e diretamente sensibilizadas para a causa da<br />

inclusão; 82 mil publicações sobre inclusão e<br />

direitos humanos distribuídas em diferentes<br />

formatos acessíveis; 7.268 horas de formação<br />

continuada para jovens por meio de vários<br />

projetos; cerca de 50 prêmios nacionais e<br />

internacionais e 700 fóruns, conferências e<br />

eventos relacionados a temas como inclusão,<br />

juventude, cultura e educação.<br />

Uma curiosidade: Cláudia é mãe da atriz<br />

Tatá Werneck, fundadora do grupo teatral<br />

acessível “Os Inclusos e os Sisos – Teatro de<br />

Mobilização pela Diversidade”, que continua<br />

fazendo parte da Escola. Tatá é atriz da Rede<br />

Globo e faz sucesso na TV e no teatro, sendo<br />

vista hoje como uma das principais atrizes de<br />

comédia do País.<br />

Revista Reação - Como você teve seu<br />

interesse despertado para as pessoas<br />

com deficiência ? O que a motivou ?<br />

Cláudia Werneck - Despertou em 1991,<br />

quando fui chefe de reportagem da revista<br />

Pais & Filhos, ao escrever uma matéria sobre<br />

síndrome de Down. A minha consciência se<br />

expandiu e mudou radicalmente o meu modo<br />

de pensar e de viver, além de redirecionar a<br />

minha carreira. Na ocasião, fiquei perplexa com<br />

a falta de informação dos profissionais da área<br />

de saúde e educação que eu entrevistava sobre<br />

o assunto. Por meio da minha própria falta de<br />

informação, percebi que eu não era a jornalista<br />

com a visão ampla que imaginava ter, pois<br />

nunca havia pensado em todas as crianças,<br />

em todas as gestantes, em todas as famílias.<br />

Por conta dessa matéria, que foi premiada pela<br />

Associação Médica Brasileira, fui motivada a<br />

escrever o primeiro livro sobre síndrome de<br />

Down, o “Muito Prazer, eu Existo”, publicado<br />

em 1992.

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