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MB Rural Ed. 30

Edição especial de aniversário de 6 anos da Revista MB Rural

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João Houly<br />

Médico/Pecuarísta<br />

jhouly@uol.com.br<br />

GESTÃO<br />

GESTÃO PECUÁRIA<br />

COMO GERIR UMA FAZENDA DE GADO DE CORTE<br />

COM MAIS PROFISSIONALISMO<br />

Gerir o que quer que seja,<br />

exige do gestor um mínimo de conhecimento<br />

e informações<br />

Do próprio negocio e do<br />

ambiente em que se encontra inserido,<br />

sem estas informações as decisões<br />

são fortuitas e entregues ao<br />

acaso.<br />

No setor pecuário esta máxima<br />

não é diferente ou o produtor<br />

se mantém atualizado com as realidades<br />

do mercado ou corre o risco<br />

de por seu negocio a deriva.<br />

Em resposta a esses desafios,<br />

o pecuarista brasileiro vem buscando<br />

inovar e melhorar a produtividade<br />

de seus sistemas de produção.<br />

Isso fica claro quando se compara<br />

os censos agropecuários de 1996<br />

e 2006. O rebanho bovino cresceu<br />

de 153 para 170 milhões de cabeças<br />

ao passo que a área de pastagem diminuiu<br />

de 177 para 172 milhões de<br />

hectares. Isso significa que a lotação<br />

média passou de 0,86 para 0,99 cabeças/ha.<br />

Nesse mesmo período,<br />

a produção de carne aumentou de<br />

6,4 para 7,4 milhões de toneladas<br />

(ANUALPEC, 2006), viabilizando a<br />

participação definitiva do Brasil no<br />

mercado de exportação.<br />

A população de cabeças de<br />

gado bovino em fazendas brasileiras<br />

cresceu e atingiu o recorde de 215,2<br />

milhões de animais em 2015, com<br />

um aumento de 1,3% sobre 2014.<br />

O crescimento de 2015 foi o<br />

maior desde 2011 e representa uma<br />

aceleração após a queda causada<br />

pela seca de 2012 e a variação próxima<br />

de zero registrada em 2013 e<br />

2014.<br />

Em uma análise regional, a população<br />

de gado cresceu mais no Norte<br />

(2,9%) e teve queda no Nordeste,<br />

com -0,9%.<br />

O Centro-Oeste teve variação<br />

de 2,1% e continua a ser a região<br />

que concentra a maior criação, com<br />

33,8% da participação nacional. O<br />

IBGE aponta que a região conta<br />

com “grandes propriedades destinadas<br />

à criação de bovinos e produtores<br />

especializados, possuindo clima,<br />

relevo e solo favoráveis à atividade,<br />

como também grandes plantas frigoríficas<br />

que têm impulsionado o<br />

abate em larga escala”.<br />

Todos sabem que o momento<br />

atual é bastante inóspito tanto na<br />

parte econômica do Brasil , quanto<br />

o senário especifico da pecuária pós<br />

publicações sensacionalistas e irresponsáveis<br />

de boa parte da mídia.<br />

Apesar do grande salto tecnológico<br />

observado no setor produtivo<br />

como um todo, esse desempenho<br />

excepcional da pecuária não<br />

tem sido uniforme, visto que vários<br />

pecuaristas ainda hoje enfrentam dificuldades<br />

no manejo das pastagens,<br />

a grande maioria faz manejo do gado<br />

e não manejo de pastagens, não respeita<br />

altura de pastejo, lotação adequada,<br />

distancia de oferta hídrica<br />

entre outros, na nutrição animal, no<br />

controle de endo e ectoparasitas, no<br />

melhoramento genético do rebanho<br />

ou na comercialização do gado.<br />

O que chama a atenção é que existem<br />

diversas soluções tecnológicas<br />

já disponíveis para atender essas e<br />

outras demandas da cadeia produtiva.<br />

Muitas vezes elas não são colocadas<br />

em prática porque a gestão<br />

da propriedade não dá o suporte necessário<br />

à tomada de decisão. Muitas<br />

fazendas pecam por não terem<br />

10<br />

EDIÇÃO 01 | ANO 07 | MAR/ABR 2017

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