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MB Rural Ed. 30

Edição especial de aniversário de 6 anos da Revista MB Rural

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Willian Filgueira Batista<br />

Zootecnista<br />

willian.batista@merck.com<br />

SANIDADE ANIMAL III<br />

Medidas sanitárias<br />

No mês de maio deverá ser realizada a vacinação, obrigatória, contra a febre aftosa, doença altamente<br />

contagiosa que pode causar grandes perdas econômicas. Nesta etapa, no estado do Tocantins, deverão ser<br />

vacinados todos os bovinos e bubalinos, independente da faixa etária. No entanto não podemos esquecer que a<br />

criação de bovinos requer outras medidas sanitárias, como a prevenção das clostridioses e da raiva e o controle<br />

de parasitas. Estas medidas são indispensáveis para a manutenção da saúde do rebanho e para a lucratividade da<br />

fazenda.<br />

As clostridioses, junto com<br />

a raiva, pertencem ao grupo de doenças<br />

que são as maiores causadoras<br />

da morte de bovinos no Brasil. Essas<br />

doenças podem ocorrer esporadicamente<br />

ou em forma de surtos. No<br />

caso de surtos, os prejuízos são ainda<br />

maiores. Para se ter uma ideia, estima-se<br />

que a mortalidade atribuída<br />

ao carbúnculo sintomático, a “manqueira”,<br />

(clostridiose que ocorre em<br />

todo o mundo) esta em torno de<br />

15%. Isto sem levar em consideração<br />

que algumas mortes acontecem<br />

de forma muito rápida e o diagnostico<br />

para “manqueira” acaba não<br />

acontecendo. O tratamento para as<br />

clostridioses é caro e a taxa de cura<br />

é menor que 1%. No caso da raiva<br />

o cuidado não deve ser menor, pois<br />

esta doença é uma zoonose (doença<br />

que pode ser transmitida do animal<br />

contaminado para o ser humano e<br />

do ser humano contaminado para o<br />

animal) e não tem cura. A raiva pode<br />

ser transmitida através do contato<br />

da saliva do animal infectado com o<br />

vírus, por meio de arranhões, mordidas<br />

e até lambidas.<br />

Levando esses dados em<br />

consideração, é preciso sempre buscar<br />

a prevenção, que pode ser alcançada<br />

através da vacinação e medidas<br />

complementares como, recolhimento<br />

de carcaças de animais mortos na<br />

pastagem, por exemplo, que servem<br />

como reservatório das bactérias causadoras<br />

das clostridioses.<br />

Algumas propriedades adotam<br />

um programa sanitário próprio,<br />

realizando a vacinação preventiva a<br />

clostridioses e raiva, assim como o<br />

controle de parasitas internos e externos<br />

em períodos estratégicos, ao<br />

longo do ano (protocolo mais eficiente).<br />

Outras propriedades aproveitam<br />

a “vinda dos animais no curral”<br />

para a vacinação contra aftosa<br />

para realizar estas medidas de profilaxia.<br />

Independente da estratégia<br />

adotada pelo pecuarista, o que não<br />

pode passar despercebido é a prevenção<br />

da raiva e das clostridioses<br />

através da vacinação, para reduzir<br />

cada vez mais o prejuízo causado<br />

pela morte de animais na fazenda. É<br />

de suma importância que a vacina a<br />

EDIÇÃO 01 | ANO 07 | MAR/ABR 2017<br />

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