15.09.2017 Views

edição de 23 de maio de 2016

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

propmark.com.br<br />

AbRil iNveste em<br />

clubes <strong>de</strong> cOmpRA<br />

O grupo, presidido por<br />

Walter Longo, investe<br />

R$ 20 milhões para<br />

criar a GoBox. Novida<strong>de</strong><br />

é uma plataforma <strong>de</strong><br />

marketplace para ven<strong>de</strong>r<br />

assinaturas <strong>de</strong> Clubes<br />

<strong>de</strong> Compra. pág. 10<br />

WmccANN GANHA Gp<br />

NO FiAp e NA espm<br />

A campanha Meu Primeiro<br />

Dia da Mulher,<br />

criada para L’Oréal, teve<br />

dupla premiação semana<br />

passada: ganhou<br />

Gran Sol no Fiap e GP do<br />

Prêmio Renato Castelo<br />

Branco. págs. 144 e 148<br />

<strong>edição</strong> <strong>de</strong> aniversário<br />

ANO 51 - Nº 2597 - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> R$ 9,50<br />

cA<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ARQuivAR<br />

AÇÃO cONtRA ceNp<br />

O Ca<strong>de</strong>, que tem<br />

Eduardo Fra<strong>de</strong> como<br />

superinten<strong>de</strong>nte-geral,<br />

sugere arquivamento<br />

<strong>de</strong> ação contra o Cenp.<br />

Decisão final sairá após<br />

análise do tribunal administrativo.<br />

pág. 18<br />

boas i<strong>de</strong>ias<br />

consagram<br />

marcas<br />

Nesta <strong>edição</strong> <strong>de</strong> aniversário, o<br />

pROpmARK faz uma homenagem<br />

a 51 slogans e conceitos publicitários.<br />

com a força <strong>de</strong> se inserir<br />

na cultura popular, eles também<br />

têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> se instalar na<br />

mente do consumidor e influenciar<br />

<strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> compra. pág. 36<br />

Pict Estúdio


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

É hora <strong>de</strong> anunciar<br />

Os primeiros sinais dos novos tempos brasileiros começam a<br />

aparecer, mesmo contra a vonta<strong>de</strong> e consequentes críticas<br />

<strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong> simpatizantes do velho regime, muitos dos<br />

quais i<strong>de</strong>ntificados com algum tipo <strong>de</strong> favorecimento recebido.<br />

O mais importante para o governo <strong>de</strong> Michel Temer neste<br />

momento é manter e até aumentar o grau <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong><br />

que a sua presidência interina <strong>de</strong>spertou em mais <strong>de</strong> 70% do<br />

nosso povo.<br />

Não é tarefa fácil, pois, além <strong>de</strong> as finanças do país estarem quebradas,<br />

reina ainda em muitos escalões oficiais uma resistência<br />

à nova or<strong>de</strong>m, que somente a muito custo será suplantada.<br />

Seria normal esse estado <strong>de</strong> coisas se não tivéssemos pressa.<br />

Mas temos e não é pouca. Se o governo anterior perdurasse por<br />

mais dois ou três meses, o Brasil quebraria <strong>de</strong> vez e muito possivelmente<br />

<strong>de</strong> nada mais adiantaria o vice-presi<strong>de</strong>nte assumir e<br />

trocar o Ministério.<br />

Por isso, é necessário que as forças vivas da nação contribuam<br />

para que o país saia o mais <strong>de</strong>pressa possível <strong>de</strong>ssa crise. Confiança<br />

não tem faltado, mas não basta. Quando o presi<strong>de</strong>nte<br />

interino da República falou no seu discurso <strong>de</strong> posse que o<br />

essencial é trabalho, muito trabalho, citando emblematicamente<br />

uma placa que vira em uma das estradas do interior<br />

paulista (que <strong>de</strong>pois foi noticiado pela imprensa tratar-se <strong>de</strong><br />

uma iniciativa <strong>de</strong> um pequeno empresário que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> a<br />

placa afixada acabou fechando o seu comércio). Os dizeres da<br />

mesma sugeriam às pessoas não reclamarem da crise e trabalharem<br />

mais.<br />

Sem dúvida, um bom exemplo para um discurso <strong>de</strong> posse no<br />

principal cargo público brasileiro, mas ao mesmo tempo ineficaz<br />

para quem já havia sofrido as consequências dos <strong>de</strong>smandos<br />

oficiais na economia do país.<br />

Daí a pressa que todos temos em fazer com que o mercado como<br />

um todo volte à normalida<strong>de</strong> e, para isso, tendo em vista as graves<br />

circunstâncias <strong>de</strong>ssa crise, <strong>de</strong>vemos todos contribuir.<br />

Os players do mercado publicitário, por exemplo, <strong>de</strong>vem encontrar<br />

forças para retomar seus negócios em busca do nível <strong>de</strong> volume<br />

que havia antes <strong>de</strong> se instalar a presente situação adversa.<br />

Vamos todos voltar o filme <strong>de</strong>stes últimos dois anos para o seu<br />

ponto inicial e reescrevê-lo, mudando o enredo e aproveitando<br />

a troca dos personagens, lembrando que a propaganda é a mola<br />

propulsora do <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Os anunciantes, principal força <strong>de</strong>sse mercado, têm a obrigação<br />

<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rar esse movimento como já foi feito em outra época,<br />

com o ministro Delfim Netto aconselhando as empresas a reforçar<br />

suas verbas publicitárias e o povo a comprar.<br />

Po<strong>de</strong> parecer exagero, mas <strong>de</strong>u certo. Porque naquela ocasião,<br />

muito semelhante à atual, o então novo ministro das Finanças<br />

já havia tomado as primeiras medidas para reverter o cenário,<br />

mas precisava da colaboração das empresas e dos consumidores,<br />

sem o que ficaria apenas na teoria.<br />

Seu esforço e sua crença <strong>de</strong>ram certo. É do que precisamos<br />

agora.<br />

Não falar mais em crise, acreditar que estamos fazendo o certo<br />

e, no mercado em que o PROPMARK mais atua, esperar <strong>de</strong> todos<br />

atitu<strong>de</strong>s positivas.<br />

Se assim for, os resultados veremos em pouco tempo, como, aliás,<br />

já estamos vendo os primeiros sinais <strong>de</strong> melhora.<br />

O que passou, passou.<br />

***<br />

O editorialista elogiou no online do meio da última semana<br />

um anúncio da mcgarrybowen, que aproveitou a onda contra<br />

o Ministério exclusivamente masculino do presi<strong>de</strong>nte interino<br />

Michel Temer, mostrando o inverso na agência: o presi<strong>de</strong>nte<br />

amarrado e amordaçado em uma ca<strong>de</strong>ira giratória, la<strong>de</strong>ado por<br />

quatro mulheres livres, leves e soltas para tomar <strong>de</strong>cisões em<br />

prol do <strong>de</strong>senvolvimento dos seus negócios.<br />

Vice-presi<strong>de</strong>ntes e diretoras <strong>de</strong> suas respectivas áreas <strong>de</strong> atuação<br />

representavam no anúncio o necessário contraponto ao Ministério<br />

<strong>de</strong> Michel Temer, o que nos levou à lembrança <strong>de</strong> um<br />

passado recente, quando os fatos principais e controvertidos do<br />

mundo político serviam <strong>de</strong> inspiração para anúncios e até campanhas<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto junto ao público.<br />

Lembramos o leitor do online <strong>de</strong> um artigo do nosso colaborador<br />

Stalimir Vieira, publicado no impresso <strong>de</strong>ste jornal,<br />

<strong>edição</strong> <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> abril, <strong>de</strong> título Janaína merecia um anúncio,<br />

referindo-se à atuação da advogada Janaína Paschoal no processo<br />

<strong>de</strong> impeachment da então presi<strong>de</strong>nte da República Dilma<br />

Rousseff.<br />

Nesse artigo, Stalimir Vieira lamentava exatamente o abandono<br />

pela criação publicitária não só dos fatos da política, como também<br />

do cotidiano em geral.<br />

Foi aí que recebemos <strong>de</strong> Gustavo Bastos, da agência 11:21, do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, e-mail reclamando a injustiça que fizemos nesse<br />

texto do nosso online com a sua agência, criadora <strong>de</strong> inúmeros<br />

e recentes anúncios e campanhas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, inclusive<br />

com algumas peças veiculadas neste jornal.<br />

Sempre bem-humorado, Bastos lembra os vários anúncios feitos<br />

para a cerveja Rio Carioca abordando o contexto político do<br />

país. Alguns títulos: Combina com coxinha e morta<strong>de</strong>la, É tudo<br />

lúpulo do mesmo saco, Não vai ter gole e outros mais.<br />

Temos <strong>de</strong> admitir a verda<strong>de</strong> da presença constante da 11:21<br />

nesse quesito criativo, lamentando porém que seja uma exceção<br />

à regra geral, que evita os temas mais populares do momento.<br />

Talvez por falta <strong>de</strong> apoio dos anunciantes, talvez por quererem<br />

nossos criativos trilhar novos caminhos criativos e talvez até<br />

mesmo por trabalharem tanto e em boa parte do tempo isolados<br />

do mundo exterior, <strong>de</strong>ixando com isso <strong>de</strong> perceber e registrar a<br />

riqueza do nosso cotidiano.<br />

De qualquer forma, está aberto o <strong>de</strong>bate. É um bom tema para<br />

discussão.<br />

***<br />

A inegável força do PROPMARK junto ao mercado está mais uma<br />

vez <strong>de</strong>monstrada em uma <strong>edição</strong> comemorativa como esta, com<br />

164 páginas e repleta <strong>de</strong> conteúdo editorial e <strong>de</strong> anúncios das<br />

mais diversas pessoas jurídicas do tra<strong>de</strong>.<br />

A todos, os nossos agra<strong>de</strong>cimentos pelo indispensável apoio, na<br />

certeza <strong>de</strong> que o compromisso com a verda<strong>de</strong>, que abraçamos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as primeiras linhas do embrião <strong>de</strong>ste jornal, no já longínquo<br />

21 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> 1965, será por nós sempre respeitado.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 3


36<br />

cAPA<br />

Índice<br />

PROPMARK cOMeMORA 51 AnOS<br />

Especial <strong>de</strong> aniversário, inspirado no slogan da Cachaça 51,<br />

resgata 51 slogans que representam “boas i<strong>de</strong>ias”. Eles ganham<br />

interpretação visual <strong>de</strong> convidados especiais (na foto, <strong>de</strong>talhe da<br />

arte i<strong>de</strong>alizada por Juan Maresca, da Agência Maria).<br />

PRÊMiOS<br />

Brasil conquista<br />

dois GPs no Fiap<br />

F/Nazca conquistou um Gran Sol no festival semana<br />

passada, no México, com Tudo em Preto & Branco<br />

para Leica (foto). WMcCann ficou com o outro, por<br />

Meu Primeiro Dia da Mulher para L’Oréal. pág. 148<br />

MÍdiA<br />

Yahoo se posiciona<br />

como partner friendly<br />

Empresa quer ser parceira do anunciante e<br />

fala que ví<strong>de</strong>o e mobile serão as plataformas<br />

que a farão crescer globalmente. pág. 32<br />

cOnSuMO<br />

Grupo Abril<br />

lança GoBox<br />

Executivo Walter Longo apresenta o primeiro<br />

projeto <strong>de</strong> sua gestão no comando da Abril.<br />

É a plataforma <strong>de</strong> marketplace GoBox,<br />

que vai unir clubes <strong>de</strong> compras. pág. 10<br />

AGÊnciAS<br />

eduardo Lima<br />

completa mo<strong>de</strong>lo<br />

da Wie<strong>de</strong>n+Kennedy<br />

Com a chegada do criativo, agência passa<br />

a ter comando tripartite. Ele vai dividir a<br />

li<strong>de</strong>rança do escritório <strong>de</strong> São Paulo com<br />

Renato Simões e Andre Gustavo. pág. 26<br />

Jor na lis ta res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Diretores<br />

Ar man do Fer ren ti ni e Nel lo Fer ren ti ni<br />

Diretor <strong>de</strong> redação<br />

Marcello Queiroz<br />

editores<br />

Neu sa Spau luc ci<br />

Kelly Dores (Site)<br />

Alê Oliveira (Fotografia)<br />

editores-assistentes<br />

Cristiane Marsola<br />

Paulo Macedo<br />

repórteres<br />

Bárbara Barbosa (SP)<br />

Vinícius Novaes (SP)<br />

Mariana Zirondi (SP)<br />

Rafael Vazquez (SP)<br />

Ana Paula Jung (RS)<br />

Claudia Penteado (RJ)<br />

assistente <strong>de</strong> redação<br />

Vanessa Franco <strong>de</strong> Bastos<br />

editor <strong>de</strong> arte<br />

Adu nias Bis po da Luz<br />

assistentes <strong>de</strong> arte<br />

Lucas Boccatto<br />

Michel Medina<br />

revisor<br />

José Carlos Boanerges<br />

site<br />

propmark.com.br<br />

redação<br />

Rua Fran çois Coty, 228<br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

Departamento Comercial<br />

Diretor<br />

Renato Resston<br />

resston@editorareferencia.com.br<br />

Tels.: (11) 2065-0743<br />

e (11) 94783-1208<br />

Gerentes<br />

Almir Aleo<br />

almir@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0745<br />

Monserrat Miró<br />

monserrat@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0744<br />

Sergio Ricardo<br />

sergio@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0750<br />

Departamento <strong>de</strong> Marketing<br />

Gerente Máster: Tatiana Milani Ferrentini<br />

tatiana@editorareferencia.com.br<br />

Consultor Jurídico<br />

Tiago A. Milani Ferrentini<br />

(OAB/SP nº 186.504)<br />

tferrentini@editorareferencia.com.br<br />

representantes Comerciais<br />

AM - atendimento@vrassessoria.com.br<br />

AL/SE - comercial@gabinete<strong>de</strong>midia.com.br<br />

BA - bette.fernan<strong>de</strong>s@gmail.com<br />

CE/MA/PI - ricardo@moviemidia.net<br />

DF - fernando@meioemidia.com<br />

ES - Didimo.effgen@uol.com.br<br />

GO - comercial@wverissimocomunicacao.com.br<br />

MG - andrea@crossmidiamg.com.br<br />

MT/MS - propmarkmtms@terra.com.br<br />

PA - propmark.para@gmail.com<br />

PE/PB/RN - propmark_sferraz@yahoo.com.br<br />

PR - miriam@linscomunicacao.com.br<br />

RJ - propmarkrj@gmail.com<br />

RS - flavio.duarte@terra.com.br<br />

SC - anuar@comtato.net<br />

INTERIOR SP - fernando@fecampos.com.br<br />

celso@grupocrcom.com.br<br />

luciane@hbm.net.br<br />

Gran<strong>de</strong> São Paulo<br />

midiabr.comercial@gmail.com<br />

Educacional Estado De São Paulo<br />

jdias@moboup .com.br<br />

Turismo Estado De São Paulo<br />

eeabdulack@gmail.com<br />

Departamento <strong>de</strong> assinaturas<br />

Coor<strong>de</strong>nadora<br />

Regina Sumaya<br />

regina-sumaya@editorareferencia.com.br<br />

assinaturas/renovação/<br />

atendimento a assinantes<br />

assinatura@editorareferencia.com.br<br />

São Paulo (11) 2065-0738<br />

Demais estados: 0800 704 4149<br />

O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia Ltda.<br />

rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP<br />

CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />

as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />

opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />

6 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


BOAS IDEIAS<br />

MERECEM SER LEMBRADAS.<br />

E, SE DEPENDER DE NÓS,<br />

CELEBRADAS.<br />

Quando a Cachaça 51 começou, muito antes <strong>de</strong> se tornar a <strong>maio</strong>r cachaça do Brasil e<br />

do mundo, as campanhas publicitárias da época tinham muito mais texto do que as <strong>de</strong><br />

hoje. Talvez por isso escolhemos abrir esta <strong>edição</strong> comemorativa, que celebra os 51 anos<br />

do PROPMARK e as boas i<strong>de</strong>ias brasileiras, com mais palavras que teria um anúncio. É<br />

sim uma homenagem ao início <strong>de</strong> um tempo, mas também um reconhecimento a tudo que<br />

foi construído nos últimos anos. Mais do que slogans ou títulos marcantes, a criativida<strong>de</strong><br />

brasileira construiu uma gran<strong>de</strong> história.<br />

Nas próximas páginas você verá 51 boas i<strong>de</strong>ias que provam isso. Elas marcaram não só o<br />

mercado, mas a vida das pessoas e <strong>de</strong> todo um país. Quanto a nós, que escolhemos olhar<br />

para o Brasil com otimismo, criativida<strong>de</strong> e um espírito <strong>de</strong> celebração incurável, só po<strong>de</strong>mos<br />

nos sentir honrados. Esta <strong>edição</strong> é o legado <strong>de</strong> que boas i<strong>de</strong>ias sempre existirão, a <strong>de</strong>speito<br />

<strong>de</strong> tudo, e serão sempre o nosso <strong>maio</strong>r motivo <strong>de</strong> alegria.<br />

Quando a famosa frase “Uma boa i<strong>de</strong>ia” foi criada, não imaginávamos que estaríamos aqui,<br />

ao lado <strong>de</strong> um veículo tão sério e importante como o PROPMARK. Somos gratos por isso, e<br />

para expressar nossa gratidão, queremos pedir que enquanto folheia estas páginas, você<br />

não pense em nós. Pense no Brasil e na capacida<strong>de</strong> criativa do brasileiro. Ela vence as<br />

adversida<strong>de</strong>s, muda pontos <strong>de</strong> vista, nos emociona, e isso sim é uma boa i<strong>de</strong>ia que merece<br />

ser celebrada. Ao final da <strong>edição</strong>, quando <strong>de</strong> fato for brindar, aí sim, pense em nós.


conexões<br />

Compliance<br />

“Parabéns. A matéria Nova/SB estabelece<br />

compliance na sua gestão<br />

e busca aval da CGU, assinada por<br />

Paulo Macedo, sobre compliance,<br />

com Bob Vieira da Costa, foi oportuna<br />

e relevante. Palmas também<br />

para o artigo <strong>de</strong> Claudia Penteado,<br />

Dimitrius, o estagiário. É um texto<br />

primoroso.”<br />

Decio Vomero<br />

Diretor-executivo da Abap<br />

São Paulo - SP<br />

res do universo da moda, que nossa<br />

parceria para novos editoriais<br />

e boas notícias continue gerando<br />

bons frutos. Em <strong>2016</strong>, a C&A comemora<br />

40 anos <strong>de</strong> presença no<br />

Brasil, trazendo um olhar rejuvenescido<br />

sobre a moda e como as<br />

pessoas se conectam a ela. Que os<br />

próximos anos sejam repletos <strong>de</strong><br />

muitas realizações.”<br />

C&A, RP1 Comunicação e MktMix<br />

São Paulo - SP<br />

Criativida<strong>de</strong><br />

“Gostaria <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer à equipe<br />

do PROPMARK pelas reportagens<br />

que têm mostrado como as agências<br />

estão se virando para driblar,<br />

<strong>de</strong> forma criativa, a crise que assola<br />

o país. Para nós, que trabalhamos<br />

na área, é uma forma <strong>de</strong><br />

sabermos o que vem ocorrendo no<br />

mercado e ficarmos atualizados.<br />

Nunca perco uma <strong>edição</strong> e sempre<br />

aconselho toda a equipe a ler a publicação.<br />

Já tive muitas i<strong>de</strong>ias inspiradas<br />

em reportagens que li aqui.<br />

Obrigada à equipe pela qualida<strong>de</strong><br />

do trabalho.”<br />

Elisa Akikusa<br />

Diretora <strong>de</strong> marketing da Record<br />

News<br />

São Paulo - SP<br />

Errata<br />

Na reportagem Inovação ganha significado<br />

<strong>de</strong> sobrevivência no mundo<br />

digital, publicada no PROPMARK<br />

(<strong>edição</strong> 2596), os <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> permanência<br />

<strong>de</strong> Fred Saldanha na Isobar<br />

Brasil incluem a soma do período<br />

em que ele esteve na AgênciaClick,<br />

comprada em 2007 pela Dentsu<br />

Aegis Network, dona da Isobar.<br />

última Hora<br />

RÁDIO<br />

Os brasileiros, em média,<br />

dizem ouvir rádio<br />

tradicional por 9,8 horas<br />

na semana, pela internet<br />

por 4,7 horas e áudio digital<br />

por 10,8 horas. Os dados<br />

são referentes à nova<br />

pesquisa da Audio.ad, da<br />

qual participaram cinco mil<br />

entrevistados. O estudo<br />

analisou o consumo <strong>de</strong><br />

rádio tradicional, rádio pela<br />

internet e áudio digital.<br />

A pesquisa completa será<br />

apresentada ao mercado<br />

nesta terça-feira (24), no<br />

Museu da Imagem e do<br />

Som, em São Paulo.<br />

CONCORRÊNCIA<br />

A divisão Crop Science,<br />

da Bayer, li<strong>de</strong>rada pelo<br />

executivo Lucas Perez, está<br />

em concorrência.<br />

51 anos<br />

“Neste ano <strong>de</strong> celebrações, gostaríamos<br />

<strong>de</strong> comemorar os 51 anos<br />

do PROPMARK ao lado <strong>de</strong> toda a<br />

redação, uma equipe que trabalha<br />

com <strong>de</strong>dicação para trazer o<br />

melhor conteúdo do universo <strong>de</strong><br />

propaganda e marketing. Só po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>sejar que os próximos anos<br />

sejam tão brilhantes como estes<br />

51 primeiros, com muito sucesso,<br />

para que vocês possam continuar<br />

a aproximar cada vez mais os leitodorinHo<br />

O processo conta com sete<br />

agências na disputa.<br />

SUBSTITUIÇÃO<br />

A <strong>de</strong>cisão sobre o novo<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da<br />

Y&R, que vai substituir Rui<br />

Branquinho, que <strong>de</strong>ixou a<br />

agência este mês, está sendo<br />

costurada pessoalmente pelo<br />

CCO global Tony Granger.<br />

Ele já tem alguns nomes,<br />

inclusive <strong>de</strong> fora do Brasil.<br />

INTEGRAÇÃO<br />

A Re<strong>de</strong> Globo <strong>de</strong> Televisão<br />

e a Ampro (Associação <strong>de</strong><br />

Marketing Promocional)<br />

formalizaram compromisso<br />

para oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

negócios na área <strong>de</strong> live<br />

marketing. O executivo Carlos<br />

Henrique Nascimento, da área<br />

comercial da emissora, investe<br />

na integração.<br />

Facebook<br />

Post: A força da dúvida<br />

“Falta Lula na ca<strong>de</strong>ia, para completar<br />

minha felicida<strong>de</strong> rsrs...”<br />

Sérgio Santos Novaes<br />

Post: Anúncios <strong>de</strong> comidas pouco<br />

saudáveis po<strong>de</strong>m ser banidos no<br />

Reino Unido<br />

“Empresas antenadas se antecipam à<br />

lei, praticando o marketing inteligente,<br />

respeitando a dinâmica social.”<br />

Luiz Santos<br />

Post: “Procuramos eliminar tudo o<br />

que havia <strong>de</strong> México na marca”<br />

Vivo no México. É só no Brasil que<br />

“las paletas” são mexicanas. Criaram<br />

algo que se tornou um monstro, mitificaram<br />

um nome, agora <strong>de</strong>smistificar<br />

a i<strong>de</strong>ia é, no mínimo, curioso. Sorte<br />

e sucesso. MaIs do que isso. Devem<br />

fazer muito branding para reverter o<br />

que fizeram!<br />

Fausto Godoy Siqueira<br />

Disqus<br />

Post: Dimitrius, o estagiário<br />

“Muito bom o artigo!”<br />

Paulo Penteado<br />

“Muito bom, Claudia. O Dimitrius <strong>de</strong>ve<br />

ter adorado.”<br />

Maria Lucia Munhoz da Fontoura<br />

Post: Mulher sobrando<br />

“Gostei da i<strong>de</strong>ia e uso <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>,<br />

mas a imagem perpetua o estereótipo<br />

<strong>de</strong> que ter mulheres no po<strong>de</strong>r implica<br />

em homens amordaçados, como<br />

se o nosso objetivo fosse o matriarcado<br />

em vez da equida<strong>de</strong>, como se mulheres<br />

po<strong>de</strong>rosas fossem sinônimo <strong>de</strong><br />

mulheres mandonas e raivosas.”<br />

Aléxia Borgonovo Hetka<br />

8 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Depois do sapo que virou príncipe,<br />

a re<strong>de</strong> social que virou livro infantil.<br />

Hoje em dia, as pessoas ficam mais<br />

tempo no celular do que lendo livros.<br />

Mas nós conseguimos transformar<br />

esse novo comportamento numa<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar o alcance<br />

do nosso projeto Leia Para Uma Criança.<br />

Foi assim que <strong>de</strong>senvolvemos uma<br />

forma inovadora <strong>de</strong> usar os recursos do<br />

Facebook Canvas para criar uma série<br />

<strong>de</strong> livros infantis feita por gran<strong>de</strong>s<br />

autores só para mobile. Inovar faz parte<br />

da nossa história, mas quando<br />

a inovação ajuda a trazer um final feliz<br />

para crianças é ainda melhor.<br />

+5.000<br />

comentários<br />

99% positivos<br />

+600%<br />

shares<br />

do que a média<br />

+18MM<br />

pessoas atingidas<br />

+244K<br />

horas <strong>de</strong> leitura<br />

Quer ver como funciona?<br />

Acesse a página do Itaú pelo app<br />

do Facebook e boa leitura.


consumo<br />

Abril investe em marketplace com<br />

GoBox e planeja lançar e-commerce<br />

I<strong>de</strong>ia é atrair clubes <strong>de</strong> compras com as expertises editorial, logística e<br />

Big Data do grupo, para ven<strong>de</strong>r produtos pelo sistema <strong>de</strong> assinaturas<br />

Paulo<br />

Macedo<br />

Dois meses<br />

após assumir<br />

a presidência executiva do<br />

Grupo Abril, Walter Longo apresenta<br />

o primeiro projeto da sua<br />

gestão. Trata-se da plataforma<br />

<strong>de</strong> marketplace GoBox, que vai<br />

unir clubes <strong>de</strong> compra que se<br />

utilizarão das<br />

expertises da organização<br />

editorial,<br />

como a produção <strong>de</strong> conteúdos e<br />

sua capacida<strong>de</strong> logística.<br />

A i<strong>de</strong>ia, que já vinha sendo<br />

articulada pela equipe do diretor<br />

<strong>de</strong> vendas Dimas Mietto, envolve<br />

estimular a venda <strong>de</strong> assinaturas<br />

para pelo menos 200 mil<br />

consumidores nos próximos três<br />

anos. São clubes <strong>de</strong><br />

vinho, meias, gastronômicos<br />

e até da revista<br />

Capricho. O investimento é <strong>de</strong><br />

R$ 20 milhões, principalmente<br />

nos canais <strong>de</strong> mídia da empresa,<br />

como Veja, Exame, Claudia e Superinteressante.<br />

As vendas terão início em julho.<br />

Nesse espaço <strong>de</strong> tempo, a<br />

equipe <strong>de</strong> marketing, li<strong>de</strong>rada<br />

por Tiago Afonso,<br />

vai intensificar a divulgação<br />

do projeto nas<br />

revistas do portfólio da Abril, no<br />

site www.gobox.com.br e veículos<br />

do tra<strong>de</strong> publicitário. A Abril<br />

já está conversando com várias<br />

empresas para buscar a<strong>de</strong>são.<br />

Uma <strong>de</strong>las é o supermercado<br />

chic Eataly. O mercado global<br />

já tem cerca <strong>de</strong> 10 mil clubes <strong>de</strong><br />

10 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Alê Oliveira<br />

Protasov NA/Shutterstock<br />

À esquerda, o diretor <strong>de</strong> vendas Dimas Mietto, com o presi<strong>de</strong>nte-executivo, Walter Longo, e o diretor <strong>de</strong> marketing, Tiago Afonso<br />

Já imaginou um<br />

clube <strong>de</strong> compras<br />

<strong>de</strong> meias? O Socks<br />

on the Beat é<br />

uma das atrações<br />

do ecossistema<br />

GoBox, que o<br />

Grupo Abril está<br />

lançando<br />

“AjudAmos<br />

o cliente nA<br />

curAdoriA dos<br />

produtos dA cestA,<br />

que precisA ter<br />

conveniênciA e<br />

surpresA”<br />

compras. No Brasil apenas 25,<br />

entre os quais o Clube Wine, ligado<br />

à empresa <strong>de</strong> mídia RBS.<br />

A Abril também está finalizando<br />

parcerias com o Socks on the<br />

Beat, <strong>de</strong> meias masculinas, e o<br />

Open Beauty, <strong>de</strong> beleza. A revista<br />

Capricho terá o próprio clube.<br />

O título tem cerca <strong>de</strong> 500 SKUs<br />

(unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estoque) para marcas<br />

como O Boticário e Tilibra, e<br />

a sua marca está licenciada para<br />

959 produtos. O Open Beats terá<br />

endosso da apresentadora Ticiane<br />

Pinheiro<br />

“Nosso plano é <strong>de</strong>senvolver<br />

esse mercado no país. O Walmart<br />

e a Target já trafegam nesse<br />

universo. Ajudamos o cliente<br />

na curadoria dos produtos que<br />

vão integrar a cesta, que precisa<br />

entregar ao cliente conveniência<br />

e surpresa. As equipes editoriais<br />

vão produzir o storytelling que<br />

acompanha cada pacote”, observa<br />

Longo. “Vamos ter caixas<br />

padronizadas para cada cliente.<br />

Depois, elas são acondicionadas<br />

em uma embalagem padrão da<br />

GoBox. Usamos a infraestrutura<br />

da Abril, que já ven<strong>de</strong> assinaturas<br />

há mais <strong>de</strong> 40 anos. Veja<br />

tem 780 mil assinantes e, no<br />

total, a Abril tem 3,4 milhões <strong>de</strong><br />

assinantes. O sistema Abril Big<br />

Data tem mais <strong>de</strong> 40 milhões <strong>de</strong><br />

nomes cadastrados. A logística<br />

faz manuseio <strong>de</strong> 770 milhões <strong>de</strong><br />

itens por ano, por meio da Total<br />

Express. E as embalagens serão<br />

impressas no nosso parque gráfico”,<br />

acrescenta Mietto.<br />

Longo enfatiza que a embalagem<br />

da GoBox vai permitir<br />

ambientação digital. O sistema<br />

Mobile View, lançado na semana<br />

passada com a Veja, permite<br />

o acesso do conteúdo impresso<br />

por smartphones e tablets ao<br />

apontar a câmera para a capa.<br />

No caso das caixas GoBox, com<br />

o mesmo método, o cliente po<strong>de</strong>rá<br />

ter acesso ao editorial, ví<strong>de</strong>os<br />

e textos, do kit e até mesmo<br />

ter no sistema um set list<br />

com músicas sob medida para<br />

um jantar romântico com os vinhos<br />

que recebeu.<br />

“A seleção é um dos pontos-<br />

-chaves <strong>de</strong>sse negócio. Ela <strong>de</strong>ve<br />

surpreen<strong>de</strong>r. O cliente não sabe<br />

o que vai chegar naquele mês.<br />

Mas ele tem a confiança <strong>de</strong> que<br />

será algo bom. Temos profissionais<br />

que vão orientar o processo<br />

seletivo em conjunto com os<br />

gestores dos clubes. O assinante<br />

po<strong>de</strong> encerrar o compromisso<br />

na hora que quiser. Não ven<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>scontos como premissa.<br />

A i<strong>de</strong>ia é a percepção do consumidor<br />

com exclusivida<strong>de</strong> e valor<br />

agregado”, <strong>de</strong>talha Longo.<br />

O Mobile View é inspirador<br />

para Longo. Ele acredita que os<br />

canais impressos não po<strong>de</strong>m<br />

enxergar o digital apenas como<br />

ponto futuro. E que serão suprimidos<br />

pela tecnologia. Em sua<br />

opinião, a convergência é o caminho.<br />

“O GoBox é o storytelling<br />

que ativa o storyselling. No caso<br />

das revistas, o digital será complementar.<br />

Não acredito em<br />

substituição. Nos últimos meses,<br />

a Abril cresceu suas vendas nas<br />

bancas em aproximadamente<br />

40%. A combinação é atraente<br />

para o leitor e para os anunciantes”,<br />

observa Longo, que planeja,<br />

para os próximos meses, o<br />

lançamento <strong>de</strong> um e-commerce<br />

da Abril. O novo canal <strong>de</strong> vendas<br />

terá um carrinho virtual, que vai<br />

comercializar os produtos anunciados<br />

nas revistas do grupo.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 11


consumo<br />

Brahma preten<strong>de</strong> resgatar<br />

o protagonismo do produto<br />

Enquanto a <strong>maio</strong>ria das cervejas opta por anunciar no verão, marca<br />

prefere outro caminho e investe na mídia entre abril e novembro<br />

Divulgação<br />

Cena da recente campanha <strong>de</strong> Brahma já baseada no estudo que aponta que quem gosta do que faz realiza as tarefas com <strong>de</strong>dicação e, por isso, faz bem-feito<br />

AnA PAulA Jung<br />

As pessoas que gostam do<br />

que fazem ten<strong>de</strong>m a realizar<br />

<strong>de</strong> forma bem-feita. Esta é a<br />

conclusão <strong>de</strong> uma pesquisa realizada<br />

pela Brahma/Provokers,<br />

com 600 brasileiros <strong>maio</strong>res <strong>de</strong><br />

18 anos das principais regiões<br />

metropolitanas do país. O estudo<br />

A fórmula secreta <strong>de</strong> fazer<br />

com gosto revela que <strong>de</strong>dicação<br />

e gostar do que faz estão relacionados.<br />

Marcelo Tucci, diretor <strong>de</strong><br />

marketing da Brahma, toma a<br />

pesquisa como referência e fala<br />

que o resultado confirma o sucesso<br />

<strong>de</strong> Brahma junto ao consumidor,<br />

já que as pessoas envolvidas<br />

na fabricação da cerveja<br />

gostam muito do que fazem.<br />

“Encontramos uma relação<br />

do que ocorre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa<br />

com a história <strong>de</strong> tantas pessoas<br />

que fazem o que amam todos<br />

os dias”. 78% dos entrevistados,<br />

entre 32% que concordam<br />

totalmente e 46% que concordam<br />

parcialmente, informaram<br />

que, para fazer o que gostam,<br />

abandonariam um emprego<br />

“Estamos fazEndo<br />

uma comunicação<br />

atEmporal.<br />

durantE o vErão<br />

nEm chEgamos a<br />

anunciar”<br />

com salário <strong>maio</strong>r. “Nós somos<br />

muito apaixonados, por isso<br />

temos a melhor cerveja, que é<br />

uma referência real em sabor”,<br />

afirma.<br />

O estudo também mostrou<br />

que a <strong>maio</strong>r parte dos brasileiros<br />

enten<strong>de</strong> que a <strong>de</strong>dicação é<br />

o principal ingrediente para a<br />

excelência. Entre as pessoas<br />

citadas como admiráveis pelos<br />

entrevistados estão o apresentador<br />

e empresário Silvio Santos;<br />

o juiz Sérgio Moro; o presi<strong>de</strong>nte<br />

dos EUA, Barack Obama;<br />

a atriz Angelina Jolie; Ayton<br />

Senna e o papa Francisco.<br />

O estudo serviu como base<br />

para a comunicação da marca.<br />

Sob a assinatura Cerveja é assim<br />

que se faz, a Brahma lançou recentemente<br />

campanha, criada<br />

pela Africa, que mostra histórias<br />

reais <strong>de</strong> gente que inspira<br />

todos em volta, por se <strong>de</strong>dicarem<br />

a algo <strong>de</strong> corpo e alma.<br />

Em breve, entrará no ar a<br />

nova fase da ação <strong>de</strong> Brahma<br />

Extra. Todas as campanhas<br />

buscam um novo enfoque da<br />

marca em relação ao consumi-<br />

dor. A cerveja também continua<br />

investindo pesado no estilo<br />

sertanejo e no futebol.<br />

Enquanto a <strong>maio</strong>ria das cervejas<br />

opta por anunciar no verão,<br />

associando a bebida ao<br />

clima <strong>de</strong>scontraído <strong>de</strong> praia e<br />

amigos, a Brahma prefere outro<br />

caminho: colocar a cerveja<br />

como protagonista da comunicação<br />

e investir na mídia entre<br />

abril e novembro. “Estamos<br />

fazendo uma comunicação<br />

atemporal. Durante o verão<br />

nem chegamos a anunciar”,<br />

diz Tucci. “Na última década,<br />

a comunicação <strong>de</strong> cerveja foi<br />

muito emocional, com humor,<br />

relacionada a uma piada, a uma<br />

história, abordando o universo<br />

do clichê, <strong>de</strong> amigos, da praia e<br />

o produto em si. A cerveja não<br />

está mais no centro das atenções.<br />

Nós estamos resgatando o<br />

protagonismo do produto. Temos<br />

uma história <strong>de</strong> 128 anos<br />

<strong>de</strong> tradição. Cada variante da<br />

Brahma vai trazer características<br />

do produto que <strong>de</strong> fato diferenciam<br />

e mostram a cerveja<br />

como protagonista”.<br />

14 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Agora, o conteúdo<br />

<strong>de</strong> VEJA vai além<br />

do ponto final.<br />

Conheça o Mobile View: a nova dimensão <strong>de</strong><br />

conteúdo <strong>de</strong> VEJA. Uma tecnologia que permite<br />

que os leitores reproduzam, em som e imagem,<br />

conteúdos adicionais <strong>de</strong>ntro da própria revista.<br />

Bom para o leitor, melhor ainda para a sua marca<br />

que, a partir <strong>de</strong> agora, po<strong>de</strong>rá ampliar<br />

o impacto <strong>de</strong> seus anúncios na revista impressa,<br />

proporcionando mais engajamento e atenção.<br />

Descubra como funciona o Mobile View.<br />

Agora com<br />

Baixe o aplicativo<br />

Blippar na Apple Store<br />

ou Google Play<br />

Aponte a câmera<br />

para o ícone<br />

do Mobile View<br />

Conheça um novo<br />

jeito <strong>de</strong> anunciar<br />

Os olhos do Brasil.<br />

MOBILE VIEW


mercado<br />

Segmento infantil li<strong>de</strong>ra ranking<br />

<strong>de</strong> licenciamento no Brasil<br />

Associação que representa o setor no país afirma que 80%<br />

dos produtos licenciados atualmente têm como alvo as crianças<br />

Vinícius noVaes<br />

Osegmento infantil ainda<br />

li<strong>de</strong>ra o mercado <strong>de</strong> licenciamento<br />

no Brasil. De acordo<br />

com informações da Abral<br />

(Associação Brasileira <strong>de</strong> Licenciamento),<br />

80% dos licenciamentos<br />

realizados hoje no<br />

país são provenientes da área<br />

<strong>de</strong>stinada às crianças.<br />

Marici Ferreira, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Abral, explica o porquê: “É<br />

um mercado encantador, as<br />

crianças sempre <strong>de</strong>sejam ter<br />

ao seu lado um brinquedo do<br />

seu personagem predileto”,<br />

afirma.<br />

Um produto com um personagem<br />

conhecido no mundo<br />

das crianças tem o potencial<br />

<strong>de</strong> venda aumentado em até<br />

20%. Mas a presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Licenciamento<br />

alerta que ainda<br />

existe certa <strong>de</strong>sconfiança da<br />

indústria em apostar num licenciamento.<br />

“Boa parte da indústria<br />

tem receio <strong>de</strong> apostar no licenciamento,<br />

mas o que elas<br />

precisam enten<strong>de</strong>r é que um<br />

personagem estampando um<br />

ca<strong>de</strong>rno, por exemplo, é uma<br />

gran<strong>de</strong> ferramenta <strong>de</strong> marketing”,<br />

garante Marici.<br />

Ainda segundo a Abral,<br />

existem 600 licenças disponíveis<br />

hoje no mercado, sendo<br />

75% estrangeiras. O setor <strong>de</strong><br />

brinquedos é dono do segundo<br />

lugar entre os segmentos<br />

que mais utilizam a plataforma,<br />

e o Brasil está entre os<br />

seis países com <strong>maio</strong>r faturamento<br />

em licenciamento.<br />

Os números <strong>de</strong> faturamento<br />

giram acima dos R$ 10 bilhões<br />

há algum tempo, e no<br />

ano passado atingiram R$ 17<br />

bilhões. Para este ano, a previsão<br />

é um aumento <strong>de</strong> 5%.<br />

Atualmente, o “alvo” dos<br />

licenciamentos é o Show da<br />

Luna, uma série <strong>de</strong> TV, criada<br />

e dirigida por Célia Catunda<br />

e Kiko Mistrorigo, que conta<br />

Marici Ferreira: produto com algum licenciamento aumenta a venda em 20%<br />

“boa parte<br />

da indústria<br />

tem receio <strong>de</strong><br />

apostar no<br />

licenciamento,<br />

mas o que<br />

elas precisam<br />

enten<strong>de</strong>r é que<br />

um personagem<br />

estampando<br />

um ca<strong>de</strong>rno é<br />

uma gran<strong>de</strong><br />

ferramenta <strong>de</strong><br />

marketing”<br />

Divulgação<br />

a história <strong>de</strong> uma menina <strong>de</strong><br />

seis anos que gosta <strong>de</strong> ciência.<br />

Outro bom exemplo <strong>de</strong> licenciamento<br />

é o Patati Patatá.<br />

A marca, presente diariamente<br />

no canal Discovery<br />

Kids, possui um gri<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos<br />

licenciados que vão,<br />

claro, <strong>de</strong> brinquedos, a alimentos,<br />

passando por itens<br />

<strong>de</strong> cama, mesa e banho. No<br />

total, existem mais 1.300 itens<br />

licenciados.<br />

Para Igor Faria, diretor-<br />

-geral da Rinaldi Produções –<br />

empresa <strong>de</strong>tentora da marca<br />

Patati Patatá –, a estratégia<br />

é acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do consumidor <strong>de</strong><br />

hoje. “As crianças estão cada<br />

vez mais conectadas e em busca<br />

<strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s. As marcas<br />

precisam investir em novos<br />

conteúdos, múltiplas plataformas,<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> produtos que atendam estas<br />

necessida<strong>de</strong>s e ofereçam<br />

uma experiência completa a<br />

este consumidor”, diz. “Além<br />

disso, buscar a interação real<br />

através <strong>de</strong> shows, eventos em<br />

shoppings e ações sociais”,<br />

complementa.<br />

Roberto Ruiz, sócio-diretor<br />

da MCD – empresa que atua na<br />

área <strong>de</strong> licenciamento e possui<br />

em seu portfólio o boneco<br />

do Fofão e a Palavra Cantada<br />

–, acredita que o licenciamento<br />

é oportunida<strong>de</strong>.<br />

“Estamos há mais <strong>de</strong> 20<br />

anos no mercado e consolidamos<br />

uma posição nas áreas<br />

<strong>de</strong> produção, distribuição<br />

e licenciamento <strong>de</strong> conteúdo<br />

musical e audiovisual. Para<br />

nós, o licenciamento surgiu<br />

como oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir<br />

a presença das nossas<br />

marcas em outros segmentos<br />

do mercado e gerar novas<br />

frentes <strong>de</strong> receita”, diz.<br />

Em relação ao mercado<br />

brasileiro, Ruiz o classifica<br />

como competitivo. “Sabemos<br />

que é um mercado altamente<br />

competitivo, que no Brasil a<br />

pirataria cresce <strong>de</strong> forma alarmante,<br />

entretanto a dificulda<strong>de</strong><br />

para a importação <strong>de</strong> produtos,<br />

graças à alta do dólar,<br />

representa uma oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> crescimento para o mercado<br />

interno”, afirma.<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com o executivo<br />

da MCD, a estratégia<br />

para um <strong>de</strong>sempenho favorável<br />

no segmento <strong>de</strong> licenciamento<br />

é a exposição da marca<br />

atrelada ao <strong>de</strong>sejo e reconhecimento<br />

do público. “A tecnologia<br />

contribuiu para aproximar<br />

marca e consumidor.<br />

Hoje as pessoas estão muito<br />

participativas, e isso torna<br />

mais exigente a forma <strong>de</strong> pensar<br />

em produtos e serviços. É<br />

essencial que haja sinergia entre<br />

os valores da marca com os<br />

produtos”, <strong>de</strong>staca.<br />

16 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


merCado<br />

Superintendência do Ca<strong>de</strong> sugere<br />

arquivamento <strong>de</strong> ação contra Cenp<br />

Após 17 anos, processo será analisado pelo tribunal administrativo<br />

da instituição, que terá como relator o conselheiro Gilvandro Araújo<br />

Paulo Macedo<br />

A superintendência geral<br />

da autorida<strong>de</strong> antitruste<br />

brasileira, o Ca<strong>de</strong> (Conselho<br />

Administrativo <strong>de</strong> Defesa Econômica),<br />

responsável pela instrução<br />

dos processos administrativos<br />

da instituição, emitiu<br />

parecer na última quinta-feira<br />

(19) pelo arquivamento <strong>de</strong> ação<br />

contra o Cenp (Conselho Executivo<br />

das Normas-Padrão)<br />

que já se estendia por 17 anos,<br />

ou seja, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação.<br />

A nota técnica já foi publicada<br />

no Diário Oficial da União.<br />

Para encerrar <strong>de</strong>finitivamente<br />

o caso, haverá julgamento<br />

pelo tribunal administrativo<br />

da instituição, cujo<br />

relator é o conselheiro Gilvandro<br />

Araújo. Foi por meio da extinta<br />

Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Econômico do MF que<br />

o processo chegou ao Ca<strong>de</strong>.<br />

Comandada por Eduardo<br />

Fra<strong>de</strong>, a superintendência<br />

geral estava averiguando “suposto<br />

abuso <strong>de</strong> posição dominante<br />

no mercado publicitário<br />

brasileiro” em “<strong>de</strong>sfavor” do<br />

Cenp. A ementa do organismo<br />

afirma que a questão envolvia<br />

“a orientação para que veículos<br />

<strong>de</strong> comunicação não pagassem<br />

ou pagassem apenas<br />

fração do <strong>de</strong>sconto-padrão a<br />

agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> que<br />

não tenham Certificado <strong>de</strong><br />

Qualificação Técnica, fixação<br />

<strong>de</strong> porcentagem uniforme da<br />

comissão <strong>de</strong> veiculação e incentivo<br />

à adoção <strong>de</strong> tabelas<br />

referenciais <strong>de</strong> custeio <strong>de</strong> serviços<br />

internos”.<br />

O parecer ressalta o ambiente<br />

legal que norteia as relações<br />

comerciais entre agências<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, veículos<br />

<strong>de</strong> comunicação e empresas<br />

anunciantes para sugerir o<br />

arquivamento do processo.<br />

A base da superintendência<br />

foi a Lei 4.680/65, a chamada<br />

Lei da Propaganda; o Decreto<br />

57.690/66, que a regulamen-<br />

Crystal Eye Studio/Shutterstock<br />

O Ca<strong>de</strong> analisou, durante 17 anos, questão contra o Cenp, mas não viu ilegalida<strong>de</strong><br />

tou; o Decreto 4.563/2002; e a<br />

Lei 12.<strong>23</strong>2/2010, que reconheceu<br />

o Cenp como balizador<br />

dos processos <strong>de</strong> remuneração<br />

publicitária.<br />

“Diante do cenário regulatório<br />

que rege o mercado <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>,<br />

conclui-se que, em<br />

verda<strong>de</strong>, faz-se necessária uma<br />

gran<strong>de</strong> reanálise e rediscussão<br />

<strong>de</strong> seu escopo normativo, consi<strong>de</strong>rando<br />

a eficiência almejada,<br />

as necessida<strong>de</strong>s específicas<br />

do setor e <strong>de</strong> seus agentes, tendo<br />

por consi<strong>de</strong>ração, sobretudo,<br />

os aspectos concorrenciais,<br />

Divulgação<br />

para que possam se beneficiar<br />

seus agentes e os consumidores<br />

finais. Tal tarefa é <strong>de</strong> advocacia<br />

da concorrência, sendo<br />

uma competência do Ministério<br />

da Fazenda”.<br />

Os juristas Tercio Sampaio<br />

Ferraz Junior, Juliano Souza<br />

<strong>de</strong> Albuquerque Maranhão e<br />

Thiago Francisco da Silva Brito,<br />

do escritório Sampaio Ferraz<br />

Advogados, acompanharam<br />

e representaram o Cenp no<br />

imbroglio. O questionamento<br />

surgiu na extinta Secretaria <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Econômico<br />

do Ministério da Fazenda, que<br />

encaminhou para o Ca<strong>de</strong> dar<br />

um parecer<br />

Quando retornar à Fazenda,<br />

ainda sem prazo estipulado<br />

pelo Ca<strong>de</strong>, como o ministério<br />

não tem autorida<strong>de</strong> legal para<br />

fazer juízo <strong>de</strong> valor, precisará<br />

articular mudanças nas leis vigentes<br />

<strong>de</strong> propaganda no Congresso<br />

Nacional, mas a tendência,<br />

segundo especialistas<br />

consultados pelo PROPMARK,<br />

é que <strong>de</strong>ve seguir a recomendação<br />

feita pelo Ca<strong>de</strong>.<br />

O segmento <strong>de</strong> comunicação<br />

corporativa vem apresentando<br />

expansão nos últimos anos.<br />

E essa tendência tem motivado<br />

aquisições <strong>de</strong> agências nacionais<br />

por grupos globais, <strong>de</strong> acordo<br />

com os indicadores do Anuário<br />

da Comunicação Corporativa,<br />

lançado na semana passada pela<br />

Mega Brasil, do diretor Eduardo<br />

Ribeiro (foto). O faturamento do<br />

setor ficou próximo <strong>de</strong> R$ 2,37<br />

bilhões. Houve crescimento superior<br />

a 2%, mas, <strong>de</strong>scontada a<br />

inflação, o setor encolheu em<br />

2015. A <strong>maio</strong>r agência brasileira<br />

é a FSB, com receita <strong>de</strong> R$ 210<br />

milhões. A surpresa ficou para<br />

o segundo lugar, assumido pela<br />

InPress Porter Novelli, com CDN<br />

<strong>de</strong>scendo uma posição. O mercado<br />

tem cerca <strong>de</strong> mil agências.<br />

18 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Seus Seus produtos nas nas mãos mãos do consumidor,<br />

pelas pelas mãos mãos certas: certas: o Grupo o Grupo Abril. Abril.


Chegou GoBox<br />

O O novo canal <strong>de</strong> <strong>de</strong> vendas para seus produtos<br />

GoBox é o é novo o novo negócio do do Grupo Abril Abril que que <strong>de</strong>senvolve, promove,<br />

ven<strong>de</strong> ven<strong>de</strong> e e entrega múltiplos produtos pelo pelo sistema clube clube <strong>de</strong> <strong>de</strong> assinaturas.<br />

Com Com GoBox sua sua empresa ganha ganha um um canal canal <strong>de</strong> <strong>de</strong> vendas recorrente<br />

e e seguro. E o E o consumidor, a a surpreen<strong>de</strong>nte experiência <strong>de</strong> <strong>de</strong> assinar<br />

e e receber em em casa, casa, todo todo mês, mês, produtos que que po<strong>de</strong>m ser ser do mundo<br />

fashion, beauty, fitness, gastronômico, geek, geek, infantil, pet pet e muito e muito mais. mais.<br />

Por Por que que ser ser parceiro da da GoBox?<br />

A A GoBox é uma é uma empresa que que já nasce já nasce com com a a múltipla expertise<br />

que que só só o o Grupo Abril Abril oferece:<br />

Experiência <strong>de</strong> <strong>de</strong> mais mais <strong>de</strong> <strong>de</strong> 40 40 anos anos na na gestão <strong>de</strong> <strong>de</strong> assinantes,<br />

contando hoje hoje com com uma uma carteira <strong>de</strong> <strong>de</strong> 3,4 3,4 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong> assinaturas<br />

ativas e 40 e 40 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong> nomes do do Abril Abril Big Big Data. Data.<br />

Investimento maciço na na divulgação dos dos seus seus produtos nas nas<br />

revistas, sites sites e re<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s sociais Abril. Abril.<br />

Domínio logístico completo, do do manuseio à à entrega <strong>de</strong> <strong>de</strong> mais mais<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> 770 770 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong> itens itens por por ano, ano, pela pela Total Total Express.<br />

Abra Abra uma uma nova nova página <strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios para para a sua a sua empresa: traga traga os os produtos<br />

para para a a GoBox e tenha e tenha uma uma fonte fonte <strong>de</strong> <strong>de</strong> receita garantida com com essa essa nova nova<br />

maneira <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r. Para Para saber saber mais, mais, acesse www.assinegobox.com.br.


AgênCiAS<br />

Spin-off Tudo Concept é criada com<br />

objetivo <strong>de</strong> gerar conhecimento<br />

Nova área <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ve ser lançada no próximo mês com a proposta<br />

<strong>de</strong> disponibilizar estudos para fomentar o mercado <strong>de</strong> comunicação<br />

Cristiane Marsola<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> fomentar<br />

a indústria <strong>de</strong> comunicação<br />

com conhecimento relevante,<br />

a agência Tudo <strong>de</strong>ve lançar, em<br />

junho, um spin-off, a Tudo Concept.<br />

Segundo Maurício Magalhães,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Tudo, a área<br />

será “uma plataforma que gere<br />

conhecimentos para que as marcas<br />

se sintam mais seguras para<br />

tomar <strong>de</strong>cisões estratégicas”. O<br />

anúncio foi feito durante a apresentação<br />

do dossiê Show me the<br />

ROI, no dia 17 <strong>de</strong> <strong>maio</strong>, na se<strong>de</strong> da<br />

agência, em São Paulo.<br />

“Além <strong>de</strong> planejamento estruturado,<br />

a gente vai ter divisões<br />

<strong>de</strong> trabalhos e estudos que vai<br />

disponibilizar para o mercado,<br />

como, por exemplo, <strong>de</strong> comportamento<br />

sociológico do consumo<br />

em regiões e estados brasileiros<br />

ou produtos <strong>de</strong>senvolvidos por<br />

profissionais que possam <strong>de</strong>codificar<br />

o mundo do futebol”, explicou<br />

Magalhães.<br />

De acordo com o executivo, a<br />

intenção é promover encontros a<br />

cada dois meses para apresentar<br />

conteúdos que <strong>de</strong>em mais subsídio<br />

ao mercado como um todo.<br />

O mo<strong>de</strong>lo será mantido como o<br />

que foi feito na semana passada,<br />

ou no Dossiê Olímpico, em 2014,<br />

e no Arroz <strong>de</strong> Festa, um levantamento<br />

<strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> festas populares<br />

do Brasil, em 2012.<br />

“Claro que nós continuaremos<br />

fazendo propaganda, eventos e<br />

ativação, mas teremos uma re<strong>de</strong><br />

mais estruturada <strong>de</strong> sociólogos,<br />

arquitetos e músicos, porque a<br />

gente quer apren<strong>de</strong>r e enten<strong>de</strong>r<br />

todas as mudanças do mundo<br />

da comunicação. As pessoas são<br />

instrumentos <strong>de</strong> construções <strong>de</strong><br />

inteligências”, disse Magalhães.<br />

A discussão sobre o dossiê<br />

Show me the ROI reuniu convidados<br />

e colaboradores da agência<br />

para assistir às apresentações<br />

<strong>de</strong> Cleber Para<strong>de</strong>la, sócio e head<br />

<strong>de</strong> estratégia da Tudo; Diego Senise,<br />

diretor da consultoria Ilumeo;<br />

e Caroline Carvalho Ergas,<br />

Magalhães: “as pessoas são instrumentos <strong>de</strong> construções <strong>de</strong> inteligências”<br />

“A comunicAção<br />

A cAdA diA<br />

que pAssA vAi<br />

se tornAndo<br />

mAis complexA.<br />

o ponto <strong>de</strong><br />

pArtidA dA<br />

indústriA <strong>de</strong><br />

comunicAção<br />

não está nelA,<br />

mAs no mundo<br />

lá forA. A<br />

tecnologiA<br />

impActou e<br />

trAnsformou A<br />

sociedA<strong>de</strong>”<br />

Divulgação<br />

superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> patrocínio<br />

e eventos institucionais do Itaú,<br />

que falaram do retorno sobre investimentos.<br />

“A comunicação, a cada dia<br />

que passa, vai se tornando mais<br />

complexa. O ponto <strong>de</strong> partida da<br />

indústria <strong>de</strong> comunicação não<br />

está nela, mas no mundo lá fora.<br />

A tecnologia impactou e transformou<br />

a socieda<strong>de</strong>. O evento <strong>de</strong><br />

hoje é um pouco da indústria da<br />

comunicação tentando enten<strong>de</strong>r<br />

esse novo mundo lá fora com<br />

muito mais métricas, com muito<br />

mais inteligências, com muito<br />

mais possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> montagem<br />

<strong>de</strong> equação”, concluiu o presi<strong>de</strong>nte<br />

da agência.<br />

O evento começou com a palestra<br />

<strong>de</strong> Para<strong>de</strong>la, com o título<br />

Mais por Menos. Você está fazendo<br />

isso errado. A apresentação<br />

mostrou que a mudança do<br />

mercado vem sendo realizada há<br />

muito tempo, mas as empresas<br />

<strong>de</strong> comunicação pouco fizeram<br />

para acompanhar a mudança.<br />

Segundo o executivo, com a crise<br />

econômica e política, elas foram<br />

obrigadas a agir. “A sobrevivência<br />

está em fazer mais por menos,<br />

mas não é fazer mais trabalho<br />

com mais dinheiro. Fazer mais<br />

com menos é fazer <strong>de</strong> forma mais<br />

estratégica e com menos esforço”,<br />

afirma.<br />

O encontro continuou com a<br />

apresentação <strong>de</strong> Senise, com o<br />

título Precisamos conversar sobre<br />

ROI. O executivo indicou como<br />

melhorar a mensuração dos resultados.<br />

“As três dicas são: primeiro,<br />

‘reduza o tamanho <strong>de</strong> sua<br />

pergunta’. Vamos um passo <strong>de</strong><br />

cada vez. A recomendação número<br />

dois é ‘formalize o processo<br />

<strong>de</strong> mensuração’. Não é ser burocrático,<br />

mas escrever os objetivos<br />

<strong>de</strong> forma mensurável. A dica<br />

número três é ‘não fique <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

das métricas já existentes’.<br />

Não é porque nunca se fez que a<br />

gente vai achar que é impossível<br />

<strong>de</strong> fazer”, explica. Senise ainda<br />

contou que está <strong>de</strong>senvolvendo,<br />

em parceria com a Tudo, um jeito<br />

<strong>de</strong> medir brand experience.<br />

A executiva do Itaú encerrou<br />

as apresentações com o tema O<br />

papel do patrocínio na construção<br />

da marca. Caroline chamou a<br />

atenção para a importância <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r<br />

as necessida<strong>de</strong>s do cliente<br />

e incentivar as pessoas a falarem<br />

da marca espontaneamente. “A<br />

gente tem <strong>de</strong> ser digital, mas não<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser pessoal”, diz.<br />

Segundo Caroline, na construção<br />

da marca, 30% é comunicação e<br />

70% é experiência. “Aqui, experiência<br />

não é exclusivamente <strong>de</strong><br />

ações <strong>de</strong> patrocínio, mas toda a<br />

jornada do cliente, em todos os<br />

pontos <strong>de</strong> contato. No Itaú, o patrocínio<br />

já é o segundo meio pelo<br />

qual as pessoas mais lembram da<br />

marca”, conta.<br />

Os patrocínios do banco são<br />

organizados em quatro pilares:<br />

cultura, educação, esporte e mobilida<strong>de</strong><br />

urbana, sempre com o<br />

conceito #issomudaomundo. “O<br />

principal objetivo que eu tenho<br />

hoje é conseguir ampliar o entendimento<br />

global <strong>de</strong> Itaú e aumentar<br />

o impacto e engajamento<br />

dos patrocínios ativados”, afirma<br />

Caroline.<br />

22 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


aGências<br />

Giacometti Rio recorre à<br />

sociologia e à antropologia<br />

Leveza operacional é priorida<strong>de</strong> para tornar processos <strong>de</strong> planejamento<br />

mais dinâmicos e oferecer alternativas para clientes serem fi<strong>de</strong>lizados<br />

Paulo Macedo<br />

unida<strong>de</strong> fluminense da<br />

A Giacometti quer reativar o<br />

processo <strong>de</strong> retomada <strong>de</strong> crescimento<br />

que norteou a operação<br />

entre 2005 e 2014. A perda<br />

do BNDES no ano passado,<br />

mais o enfraquecimento da<br />

economia do país, colaborou<br />

para uma <strong>de</strong>saceleração. O sócio<br />

e diretor geral Flavio Martino<br />

explica que do ponto <strong>de</strong><br />

financeiro a situação está sob<br />

controle, em sua opinião fundamental<br />

para buscar novos<br />

negócios e recolocar a agência<br />

na trilha do crescimento. Na<br />

carteira <strong>de</strong> negócios estão contas<br />

como Sebrae/RJ, Brasilcap<br />

(OuroCap), Condor Armas-Não<br />

letais e Grupo Editorial Record<br />

que, nas palavras <strong>de</strong> Martino,<br />

“dão um faturamento confortável<br />

para os padrões <strong>de</strong> infraestrutura<br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro”.<br />

Mesmo com liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ações, há <strong>de</strong>pendência econômica<br />

da matriz. “Operacionalmente<br />

temos autonomia, mas<br />

financeiramente não. Temos<br />

como premissa que as filiais, do<br />

Rio, Brasília e Belo Horizonte<br />

trabalhem com total liberda<strong>de</strong>.<br />

Mas, vale lembrar, que realizamos<br />

um controle macro, sem<br />

interferência direta, através<br />

<strong>de</strong> um board <strong>de</strong> comando, do<br />

qual faço parte. Lá planejamos<br />

os <strong>de</strong>stinos da agência: invetimentos,<br />

orçamentos e os mais<br />

diversos tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, inclusive<br />

as ligadas à negociação.<br />

Cabe a matriz, em São Paulo,<br />

controlar o fluxo financeiro e<br />

orçamentário das unida<strong>de</strong>s”,<br />

enfatiza Martino.<br />

A fortaleza que Martino<br />

<strong>de</strong>staca <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a Thinkers<br />

foi incorporada pela Giacometti<br />

há 11 anos é uma espécie<br />

<strong>de</strong> leveza que tornam os processos<br />

gerenciais mais dinâmicos<br />

e horizontais. “Des<strong>de</strong><br />

o ano passado conseguimos<br />

emplacar um novo pensamento,<br />

principalmente no<br />

Martino: “As agências buscam processos mais dinâmicos e hibridos; vivemos um momento <strong>de</strong>licado no mercado em função da crise”<br />

“Não é para<br />

ser boriNg. é<br />

para dar peso<br />

ao processo.<br />

mudamos o foco,<br />

saímos da caixa<br />

e eNcoNtramos<br />

alterNativas<br />

para Nossos<br />

clieNtes.<br />

diria que os<br />

trouxemos para<br />

terreNos mais<br />

taNgíveis”<br />

planejamento, área que atuo<br />

com mais precisão: usar <strong>de</strong><br />

forma mais sistemática a antropologia<br />

do consumo e da<br />

sociologia com mais peso e<br />

profundida<strong>de</strong>. Não é para ser<br />

boring, é para dar peso ao processo.<br />

Dessa forma, mudamos<br />

um pouco o foco do pensamento:<br />

saímos realmente<br />

da caixa e encontramos boas<br />

alternativas para os nossos<br />

clientes. Diria que trouxemos<br />

os clientes para terrenos mais<br />

tangíveis”, argumenta.<br />

A agência <strong>de</strong>u início ao plano<br />

<strong>de</strong> veiculação para os purificadores<br />

<strong>de</strong> água Soft com<br />

campanha e estratégia digital<br />

“O projeto inova, pois estamos<br />

trabalhando, não só a<br />

mídia, mas também uma plataforma<br />

<strong>de</strong> e-commerce mul-<br />

Divulgação<br />

tidirecionada. É um projeto<br />

ambicioso e trabalhoso, mas<br />

que esta me dando um gran<strong>de</strong><br />

prazer <strong>de</strong> conduzi-lo”, celebra<br />

Martino, que acrescenta.<br />

“Tudo envolve inteligência.<br />

Se é impossível lançar uma<br />

campanha sem planejamento,<br />

diria que é impossível prospectar<br />

sem essa mesma visao<br />

sistemica. Não dá para chegar<br />

em um prospect e apenas<br />

apresentar “quem somos”.<br />

Informação e inteligência,<br />

seja <strong>de</strong> mercado ou <strong>de</strong> consumidor,<br />

tem que estar no nosso<br />

speech <strong>de</strong> prospecção. Percebo<br />

que as agências tem buscado<br />

processos mais dinamicos<br />

e mais hibridos. Mas, estamos<br />

vivendo um momento <strong>de</strong>licado<br />

no mercado em função da<br />

crise”, finaliza.<br />

24 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Todo ano olímpico a emociona o mundo com sua campanha #ObrigadoMae.<br />

Este ano, com os jogos em casa, <strong>de</strong>safiamo-nos a fazer a campanha mais engajadora<br />

<strong>de</strong> todas. Lançamos ela antes do Dia das Mães com a funcionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

app que personalizava o filme com a imagem e o nome da mãe, tornando-se<br />

um conteúdo emocionante para cada consumidora. Em apenas cinco dias, foram<br />

mais <strong>de</strong> 118 mil filmes criados e postados no Facebook, alcançando milhares<br />

<strong>de</strong> pessoas organicamente em suas timelines.<br />

É nisso que acreditamos: tecnologia a serviço da emoção. #ObrigadoP&G<br />

+55 11 3371 0377 • sunsetcom.com.br •<br />

/sunsETcOM


agências<br />

Wie<strong>de</strong>n+Keneddy reforça criação<br />

para se a<strong>de</strong>quar ao mo<strong>de</strong>lo global<br />

Depois <strong>de</strong> período sabático nos EUA, o publicitário Eduardo Lima retorna<br />

ao Brasil para comandar negócio com Renato Simões e Andre Gustavo<br />

Paulo Macedo<br />

Um dos principais nomes<br />

da sua geração e vencedor<br />

do Grand Prix da área Film do<br />

Cannes Lions 2015 com o 100,<br />

para a Leica, o publicitário Eduardo<br />

Lima está <strong>de</strong> volta ao mercado<br />

brasileiro para atuar na<br />

área <strong>de</strong> criação do escritório da<br />

Wie<strong>de</strong>n+Keneddy e dividir o<br />

comando da agência com o também<br />

criativo Renato Simões e o<br />

executivo Andre Gustavo. O trabalho<br />

que o consagrou em Cannes<br />

foi o primeiro GP do país no<br />

festival. No ano passado, ainda<br />

com a Leica, Lima conquistou o<br />

Grand Clio <strong>de</strong> Áudio com o case<br />

SoundLab Container, que foi feito<br />

em parceria com a produtora<br />

Satelite.<br />

“O Edu é dono <strong>de</strong> uma das<br />

carreiras mais brilhantes e consistentes<br />

<strong>de</strong> que se tem notícia<br />

neste mercado. Um sujeito que,<br />

assim como a própria W+K, sempre<br />

teve como princípio colocar<br />

o trabalho em primeiro lugar.<br />

Que ele seja muito bem-vindo na<br />

sua volta ao Brasil - e na sua chegada<br />

à Wie<strong>de</strong>n”, disse Simões.<br />

“A vinda do Edu coroa uma trajetória<br />

muito bacana da agência.<br />

Estamos atraindo os melhores<br />

talentos e os melhores clientes,<br />

aqueles que acreditam que um<br />

gran<strong>de</strong> trabalho criativo faz a diferença<br />

para suas marcas e seus<br />

negócios. Agora temos a li<strong>de</strong>rança<br />

da agência completa, e vamos<br />

continuar a focar na qualida<strong>de</strong><br />

do trabalho”, acrescentou Gustavo.<br />

Lima começa na nova agência<br />

no próximo mês <strong>de</strong> agosto.<br />

Conhecido pelo “bom gosto”<br />

no acabamento e conceitos dos<br />

trabalhos que está à frente, Lima<br />

trabalhou em poucas agências.<br />

Antes <strong>de</strong> integrar a criação da F/<br />

Nazca Saatchi & Saatchi, on<strong>de</strong><br />

trabalhou durante 21 anos e se<br />

tornou uma espécie <strong>de</strong> braço<br />

direito do presi<strong>de</strong>nte Fabio Fernan<strong>de</strong>s,<br />

teve uma passagem<br />

pela SGB. Com Lima, a W+K São<br />

Paulo se a<strong>de</strong>qua <strong>de</strong>finitivamente<br />

Depois <strong>de</strong> 21 anos na F/Nazca Saatchi & Saatchi, Eduardo Lima começa em agosto nova fase da sua carreira na Wie<strong>de</strong>n+Kennedy<br />

ao mo<strong>de</strong>lo das <strong>de</strong>mais sete unida<strong>de</strong>s<br />

da re<strong>de</strong>, todas com dois<br />

diretores-gerais <strong>de</strong> criação e um<br />

profissional <strong>de</strong> negócios no comando.<br />

“Depois que o Icaro Doria <strong>de</strong>ixou<br />

a agência, há pouco mais <strong>de</strong><br />

um ano, tínhamos <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> estar<br />

alinhados com uma das premissas<br />

mais importantes da re<strong>de</strong>.<br />

Agora, resolvemos essa questão<br />

e ampliamos a qualida<strong>de</strong> do nosso<br />

time. A criativida<strong>de</strong> é uma obsessão<br />

que faz parte da nossa essência.<br />

E é com esse diferencial<br />

que buscamos novos negócios.<br />

Alê Oliveira<br />

Trabalhamos com marcas como<br />

Skol Ultra, Nike, Old Spice, Dell<br />

Vale e muitas outras do portfólio<br />

da Mon<strong>de</strong>lez. O propósito é<br />

crescer com uma oferta criativa<br />

consistente capaz <strong>de</strong> diferenciar<br />

os clientes que nos confiam a sua<br />

comunicação”, finaliza Simões.<br />

26 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


As tendências, os <strong>de</strong>safios<br />

e as soluções que vão<br />

mudar o seu negócio<br />

Participe com a sua marca do <strong>maio</strong>r encontro<br />

<strong>de</strong> negócios da indústria automobilística.<br />

Oportunida<strong>de</strong> única para gerar novos negócios, networking com os<br />

<strong>maio</strong>res players e profissionais do segmento e <strong>de</strong>staque para sua marca<br />

na plataforma <strong>de</strong> mídia da QUATRO RODAS.<br />

Atrações já confirmadas:<br />

- Antonio Megale, Presi<strong>de</strong>nte da ANFAVEA<br />

- Stefan Ketter, Presi<strong>de</strong>nte da FCA (Fiat Chrysler Automobiles)<br />

Debate: “O Desafio do Mercado <strong>de</strong> Luxo”<br />

Debate: “O Futuro do Pós-venda”<br />

13 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> <strong>2016</strong><br />

Horário: das 8h30 às 17h - São Paulo<br />

PARA PATROCÍNIO, ENTRE EM CONTATO<br />

Willian Hagopian: whagopian@abril.com.br / Tel.: (11) 3037-4765<br />

Fabio Santos: fabiosantos@abril.com.br / Tel.: (11) 3037-4653<br />

www.publiabril.com.br


MÍDIA<br />

GNT investe em licenciamento para<br />

levar marca a outras plataformas<br />

Livros inspirados nos programas do canal <strong>de</strong> TV por assinatura<br />

e marmitas com as cores do veículo são alguns dos lançamentos<br />

Fotos: Divulgação<br />

As receitas que Bela Gil apresenta na TV já ven<strong>de</strong>ram quase 200 mil exemplares<br />

Um dos lançamentos do canal <strong>de</strong> TV paga é o Diário do Olivier - As Receitas da Bocaina<br />

AnA PAulA Jung<br />

canal GNT está fazendo um<br />

O movimento além das telas:<br />

investir em licenciamento. Em<br />

parceria com a Editora Globo, a<br />

emissora acaba <strong>de</strong> lançar o título<br />

Diário do Olivier – As Receitas<br />

da Bocaina e, com a Ediouro, vai<br />

lançar, em breve, Fazendo a Festa.<br />

Outros projetos estão em produção.<br />

Além disso, o GNT fechou<br />

uma parceria com a Bento Store<br />

para lançar marmitas personalizadas,<br />

com as cores e estampas<br />

presentes na comunicação visual<br />

do GNT, com previsão <strong>de</strong> lançamento<br />

ainda para este ano.<br />

De acordo com Mariana Novaes,<br />

gerente <strong>de</strong> marketing do<br />

canal, o objetivo da estratégia<br />

é ampliar a presença do GNT<br />

junto ao público, além da televisão.<br />

“Queremos estar presentes<br />

na vida do nosso público<br />

<strong>de</strong> forma útil, prazerosa e<br />

agregadora e, assim, fortalecer<br />

a marca como referência para o<br />

“O licenciamentO<br />

<strong>de</strong> prOdutOs<br />

fOrtalece a marca<br />

dOs prOgramas,<br />

que passam a ser<br />

cada vez mais<br />

recOnhecidOs<br />

pelO públicO<br />

e presentes na<br />

vida das pessOas,<br />

além da tv”<br />

público feminino. Enten<strong>de</strong>mos<br />

que as plataformas são complementares<br />

e po<strong>de</strong>m gerar uma<br />

experiência única para quem já<br />

consome – ou não – aquele conteúdo<br />

<strong>de</strong> alguma forma”, conta<br />

a gerente <strong>de</strong> marketing.<br />

A parceria do canal com a<br />

Editora Globo, levando a marca<br />

dos programas para livros,<br />

já tem resultados bem-sucedidos.<br />

As duas edições do livro<br />

Bela Cozinha ven<strong>de</strong>ram quase<br />

200 mil unida<strong>de</strong>s, consi<strong>de</strong>rando<br />

o período entre novembro<br />

<strong>de</strong> 2014 e janeiro <strong>de</strong> <strong>2016</strong>. “O<br />

licenciamento <strong>de</strong> produtos fortalece<br />

a marca dos programas,<br />

que passam a ser cada vez mais<br />

reconhecidos pelo público e<br />

presentes na vida das pessoas,<br />

além da TV”, reforça Mariana.<br />

Também estão em produção,<br />

em parceria com a Editora Leya,<br />

um novo livro Socorro, Meu Filho<br />

Come Mal e o primeiro livro do<br />

Santa Ajuda, com a Editora Globo.<br />

“Dessa vez, teremos entrevis-<br />

tas com as famílias que participaram<br />

do programa e do processo<br />

<strong>de</strong> reeducação alimentar da Gabriela<br />

Kapim. Um livro com dicas<br />

para as mães, receitas saborosas,<br />

fáceis e nutritivas, além <strong>de</strong> um<br />

especial para os filhos”, adianta<br />

Mariana. Já a obra baseada no<br />

programa <strong>de</strong> organização vai trazer<br />

dicas infalíveis <strong>de</strong> arrumação<br />

com Micaela Góes, com capítulos<br />

divididos em cômodos.<br />

Sobre a parceria com a Bento<br />

Store para lançar marmitas personalizadas,<br />

a estratégia será<br />

semelhante à do licenciamento<br />

dos livros. “É mais uma oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> estarmos próximo ao<br />

público. E buscamos parceiros<br />

em sintonia com o GNT, ou seja,<br />

com marcas respeitadas, produtos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e público<br />

semelhante”, conta. “Também<br />

temos ainda conversas com a<br />

Editora Globo para uma nova<br />

<strong>edição</strong> do Tempero <strong>de</strong> Família,<br />

com provável lançamento em<br />

2017”, adianta.<br />

28 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mídiA<br />

Flix tem crescimento <strong>de</strong> 84% em<br />

cinco anos em salas <strong>de</strong> cinema<br />

Grupo, que está em 22 estados, tem exclusivida<strong>de</strong> para comercializar<br />

publicida<strong>de</strong> nas re<strong>de</strong>s Cinemark, Kinoplex, Cinesystem e Centerplex<br />

Divulgação<br />

Um dos cases no portfólio da Flix Media é o da Claro, apresentado no fim <strong>de</strong> 2015: o ví<strong>de</strong>o, que divulgava o 4GMax, “travava” o trailer do filme star Wars - o Despertar da Força<br />

Vinícius noVaes<br />

Flix Media, empresa especializada<br />

na comercia-<br />

A<br />

lização <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> para o<br />

mercado <strong>de</strong> entretenimento,<br />

<strong>de</strong>sembarcou no Brasil há cinco<br />

anos e, a partir daí, vem ganhando<br />

terreno. A companhia<br />

anunciou, na semana passada,<br />

um crescimento <strong>de</strong> 84% <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que chegou ao país.<br />

A empresa atua hoje em 71 cida<strong>de</strong>s,<br />

em 22 estados, somando<br />

mais <strong>de</strong> 150 complexos e quase<br />

mil salas <strong>de</strong> cinema, sendo a<br />

única que tem exclusivida<strong>de</strong><br />

para comercializar publicida<strong>de</strong><br />

nas re<strong>de</strong>s Cinemark, Kinoplex,<br />

Cinesystem e Centerplex, que<br />

só no ano <strong>de</strong> 2015 tiveram público<br />

<strong>de</strong> 65 milhões <strong>de</strong> pessoas.<br />

Além disso, a empresa tem<br />

parceria com os sites Cinepop,<br />

Ingresso.com, Cineclick, Filmow<br />

e Estrelando.<br />

De acordo com Adriana Cacace,<br />

diretora-geral da Flix Me-<br />

“estamos<br />

passando por<br />

um período<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfazer<br />

alguns<br />

paradigmas <strong>de</strong><br />

dificulda<strong>de</strong>.<br />

hoje a mídia<br />

cinema é uma<br />

mídia muito<br />

dinâmica”<br />

dia, a penetração da empresa<br />

em São Paulo é <strong>de</strong> 62%; no Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, <strong>de</strong> 61%; e em Brasília,<br />

<strong>de</strong> 78%. “Estamos em mercados<br />

importantes e relevantes<br />

não apenas no que diz respeito<br />

à mídia, e não apenas na venda<br />

<strong>de</strong> ingressos”, diz a executiva.<br />

Adriana explica como foi<br />

a criação da Flix Media. “Ela<br />

foi criada para se antecipar ao<br />

projeto <strong>de</strong> digitalização do cinema,<br />

porque, até então, a mídia<br />

cinema era vista com certa<br />

dificulda<strong>de</strong> por conta do meio<br />

analógico”, revela.<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com a diretora-geral<br />

da empresa, com a<br />

digitalização do cinema, a Flix<br />

Media passa a falar <strong>de</strong> igual<br />

para igual com outros meios<br />

em termos <strong>de</strong> programação,<br />

por exemplo. “Estamos passando<br />

por um período <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfazer<br />

alguns paradigmas <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>.<br />

Hoje a mídia cinema<br />

é fácil <strong>de</strong> se programar, é muito<br />

dinâmica”, diz.<br />

Adriana acredita que o mercado<br />

ainda está enten<strong>de</strong>ndo<br />

essa “nova” mídia. “A Flix tem<br />

essa responsabilida<strong>de</strong>, por ser<br />

a principal empresa do meio <strong>de</strong><br />

comercialização <strong>de</strong> mídia, <strong>de</strong><br />

mostrar o que está sendo realizado<br />

no meio <strong>de</strong> cinema”, fala.<br />

“As agências estão enten<strong>de</strong>ndo<br />

as oportunida<strong>de</strong>s que hoje<br />

não são mais reais”, completa a<br />

executiva da empresa quen comanda<br />

a operação no país.<br />

CASE<br />

Durante encontro realizado<br />

pela Flix Media, na última semana,<br />

foram apresentados alguns<br />

cases <strong>de</strong> marcas. Um <strong>de</strong>les<br />

foi o da Claro. No lançamento<br />

do trailer do filme Star Wars -<br />

O Despertar da Força, a Lesma<br />

Chip trava o ví<strong>de</strong>o, fazendo<br />

contraponto com a internet da<br />

Claro, que tem o 4GMax reconhecido<br />

como lí<strong>de</strong>r em velocida<strong>de</strong>.<br />

A ação ocorre em quase<br />

30 salas da Re<strong>de</strong> Cinemark.<br />

30 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mídia<br />

Yahoo se reestrutura para crescer<br />

globalmente com mobile e ví<strong>de</strong>o<br />

Nova se<strong>de</strong> brasileira, em São Paulo, tem posição estratégica na<br />

empresa após fechamento das unida<strong>de</strong>s na Argentina e no México<br />

BárBara BarBosa<br />

estratégia do Yahoo é clara:<br />

sem ro<strong>de</strong>ios, a empresa<br />

A<br />

revela que ví<strong>de</strong>o e mobile são<br />

as apostas para crescer globalmente,<br />

inclusive no Brasil. Na<br />

semana passada, os executivos<br />

da operação brasileira apresentaram<br />

a sua nova se<strong>de</strong>, em<br />

São Paulo, que passa a ser um<br />

ponto-chave para o mercado<br />

Latam após o fechamento dos<br />

escritórios na Argentina e no<br />

México, e também para receber<br />

públicos estratégicos em<br />

ações do novo programa Purple<br />

Moments, que atuará como um<br />

hub para disseminar conhecimento<br />

digital.<br />

Segundo André Izay, diretor-<br />

-geral do Yahoo Brasil, a empresa<br />

se posiciona como “partner<br />

friendly”, ou seja, como um<br />

parceiro <strong>de</strong> negócio do anunciante<br />

– daí a criação do Purple<br />

Moments, que será dividido em<br />

quatro tipos <strong>de</strong> eventos (Yahoo<br />

Purple Brakfast, Purple Hour,<br />

Purple Circle e Purple Island)<br />

para abordar diferentes assuntos,<br />

<strong>de</strong> pesquisas e tendências<br />

a cases e inovação.<br />

Izay ressaltou também a mudança<br />

nos negócios da empresa,<br />

que ao longo dos últimos<br />

anos <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ter a divisão<br />

<strong>de</strong> conteúdo e editorial como<br />

priorida<strong>de</strong> para investir mais<br />

em advertising. “Nosso core<br />

business é advertising, focado<br />

em mobile e ví<strong>de</strong>o. Mobile<br />

hoje não é só um meio, mas<br />

um estado do usuário naquele<br />

momento”, disse, mencionando<br />

o fato <strong>de</strong> que as pessoas po<strong>de</strong>m<br />

ser atingidas pelo anúncio<br />

móvel quando se exercitando<br />

e usando um aplicativo <strong>de</strong> corrida<br />

ou quando estão numa<br />

fila, por exemplo. “O <strong>de</strong>safio é<br />

enten<strong>de</strong>r o melhor momento.<br />

A fórmula <strong>de</strong> negócio do mobile<br />

ainda não foi <strong>de</strong>scoberta”,<br />

acrescentou.<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> ficar entre<br />

os três principais players do<br />

André Izay: empresa se posiciona como “partner friendly”, ou seja, como parceiro <strong>de</strong> negócio do anunciante<br />

“O <strong>de</strong>safiO<br />

é enten<strong>de</strong>r<br />

O melhOr<br />

mOmentO.<br />

a fórmula<br />

<strong>de</strong> negóciO<br />

dO mObile<br />

ainda nãO fOi<br />

<strong>de</strong>scOberta”<br />

universo digital no país – um<br />

mercado dominado por Google<br />

e Facebook – o Yahoo Brasil recebe<br />

hoje 1 bilhão <strong>de</strong> visitas por<br />

mês, sendo que 600 milhões<br />

<strong>de</strong>sses acessos são feitos via<br />

mobile. Essa forte presença no<br />

meio, na opinião <strong>de</strong> Izay, está<br />

relacionada, em boa parte, à li<strong>de</strong>rança<br />

<strong>de</strong> Marissa Mayer, presi<strong>de</strong>nte-executiva<br />

da empresa<br />

contratada há quatro anos e, <strong>de</strong><br />

lá para cá, alvo <strong>de</strong> muitas críticas.<br />

“Ela é a melhor CEO que<br />

nós já tivemos”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Izay,<br />

que acredita que as críticas <strong>de</strong>correm<br />

do fato <strong>de</strong> ela ter sido<br />

“en<strong>de</strong>usada” no início <strong>de</strong> sua<br />

gestão.<br />

Produtos<br />

Atualmente, o Yahoo aposta<br />

em três produtos: BrightRoll,<br />

Tumblr e Flurry, este último o<br />

principal diferencial da empresa<br />

para anunciantes. Adquirido<br />

pelo Yahoo em 2014, o Flurry<br />

é uma ferramenta <strong>de</strong> Mobile<br />

Divulgação<br />

Analytics no formato <strong>de</strong> plug-<br />

-in, instalado em mais 800 mil<br />

aplicativos que rodam em 2 bilhões<br />

<strong>de</strong> aparelhos móveis pelo<br />

mundo e tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mapear mais <strong>de</strong> 10 bilhões <strong>de</strong><br />

sessões <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> aplicativos<br />

por mês. Em outras palavras, a<br />

ferramenta permite traçar perfis<br />

<strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> internet móvel<br />

a partir do conhecimento<br />

do que eles consomem via aplicativos.<br />

“É uma ferramenta <strong>de</strong><br />

advertising que permite <strong>de</strong>finir<br />

target e também gera insights”,<br />

comenta Izay.<br />

Hoje, a ferramenta do Yahoo<br />

é utilizada por empresas lí<strong>de</strong>res<br />

<strong>de</strong> mercado na implementação<br />

<strong>de</strong> campanhas publicitárias<br />

mais assertivas em mobile, em<br />

formatos como banners, publicida<strong>de</strong><br />

nativa e ví<strong>de</strong>o. O Flurry<br />

também auxilia mais <strong>de</strong> 170 mil<br />

<strong>de</strong>senvolvedores a enten<strong>de</strong>rem<br />

o perfil do público do seus aplicativos<br />

e assim monetizarem<br />

seus apps.<br />

32 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mídia<br />

Negócios <strong>de</strong> digital out of home<br />

entram no ambiente resi<strong>de</strong>ncial<br />

Elemidia leva suas telas para elevadores <strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong> apartamentos<br />

e impulsiona crescimento no primeiro trimestre <strong>de</strong>ste ano<br />

BárBara BarBosa<br />

Elemidia, lí<strong>de</strong>r no segmento<br />

digital out of home<br />

A<br />

no Brasil e na América Latina,<br />

anunciou, no ano passado, a<br />

entrada no ambiente resi<strong>de</strong>ncial.<br />

Inicialmente, o objetivo<br />

era instalar as telas em 500<br />

elevadores resi<strong>de</strong>nciais até o<br />

fim <strong>de</strong> <strong>2016</strong> e, com isso, crescer<br />

25% no ano. Ainda no primeiro<br />

trimestre <strong>de</strong>ste ano, contudo,<br />

a empresa apresenta os resultados<br />

obtidos com a novida<strong>de</strong><br />

e fila <strong>de</strong> espera para o serviço<br />

em todo o estado <strong>de</strong> São Paulo,<br />

além <strong>de</strong> um crescimento <strong>maio</strong>r<br />

no período, se comparado ao<br />

ano passado – o que <strong>de</strong>ve contribuir<br />

para superar a expectativa<br />

para o ano.<br />

“O ano <strong>de</strong> 2015 foi muito<br />

positivo para a Elemidia. Investimos,<br />

crescemos e nos<br />

consolidamos. Hoje, estamos<br />

presentes em 80% dos edifícios<br />

comerciais <strong>de</strong> São Paulo e esperamos<br />

o mesmo sucesso no ambiente<br />

resi<strong>de</strong>ncial”, diz Claudio<br />

Ferreira, diretor nacional <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> na Elemidia.<br />

No novo canal, a empresa<br />

oferece comunicação interna<br />

para os síndicos e administradoras,<br />

além <strong>de</strong> conteúdo informativo<br />

local para os condôminos,<br />

atingindo o tomador <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão em mais um momento<br />

da sua jornada – além <strong>de</strong> ampliar<br />

seu alcance para um novo<br />

público, o tomador <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

da família.<br />

A Elemidia está presente em<br />

mais <strong>de</strong> 80% dos edifícios comerciais<br />

<strong>de</strong> São Paulo e marca<br />

presença também em outros<br />

estados, como Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Belo Horizonte, Curitiba e Porto<br />

Alegre, totalizando mais <strong>de</strong><br />

12 mil pontos espalhados pelo<br />

Brasil, além <strong>de</strong> Buenos Aires,<br />

na Argentina.<br />

Pesquisa<br />

Uma nova pesquisa do Datafolha<br />

revela que a Elemidia<br />

Claudio Ferreira: expectativa é superar os bons resultados <strong>de</strong> 2015<br />

possui 96% <strong>de</strong> atenção do público<br />

– em 2014, esse número,<br />

também segundo o Datafolha,<br />

era <strong>de</strong> 94%. A pesquisa revela<br />

ainda que 97% dos entrevistados<br />

consi<strong>de</strong>ram o conteúdo da<br />

Elemidia útil, 91% afirmam que<br />

é um meio <strong>de</strong> comunicação<br />

Fotos: Divulgação<br />

Exemplo <strong>de</strong> tela da Elemidia em edifício resi<strong>de</strong>ncial; empresa está presente em 80% dos prédios comerciais e quer igualar número<br />

inovador e 89% dizem que as<br />

telas trazem informações confiáveis.<br />

Além disso, cerca <strong>de</strong><br />

quatro em cada <strong>de</strong>z entrevistados<br />

lembram <strong>de</strong> propagandas<br />

exibidas nos monitores da Elemidia.<br />

Ainda segundo o Datafolha,<br />

meta<strong>de</strong> dos entrevistados afirma<br />

que assistir às propagandas<br />

nas telas da Elemidia os influencia<br />

na compra <strong>de</strong> produtos<br />

e 47% dizem já ter pesquisado<br />

mais sobre alguma notícia<br />

à qual tiveram acesso por meio<br />

da empresa <strong>de</strong> mídia.<br />

34 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

slogans se instalam<br />

no coração e no<br />

mundo pop<br />

Nesta <strong>edição</strong> <strong>de</strong> aniversário, uma<br />

homenagem a 51 boas i<strong>de</strong>ias que estão na<br />

mente e no coração dos consumidores<br />

MARCELLO QUEIROZ<br />

I<strong>de</strong>ias, i<strong>de</strong>ias e mais i<strong>de</strong>ias.<br />

Há exatos 51 anos, consi<strong>de</strong>rando o início <strong>de</strong> sua<br />

história a partir da primeira publicação da coluna<br />

Asteriscos, em 21 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> 1965, o PROPMARK<br />

acompanha a força e a criativida<strong>de</strong> das i<strong>de</strong>ias em<br />

torno do marketing.<br />

No começo, meio e fim <strong>de</strong> todos os processos envolvendo<br />

publicida<strong>de</strong>, mídia ou qualquer estratégia<br />

<strong>de</strong> comunicação sobre consumo, elas são simplesmente<br />

um elo vital na lei <strong>de</strong> oferta e procura.<br />

As boas i<strong>de</strong>ias, especificamente, tanto as que surgem<br />

por acaso como as que vêm após árduos partos,<br />

<strong>de</strong>sgastantes reuniões ou divertidos exercícios <strong>de</strong><br />

brainstorming, são imprescindíveis para a eficácia<br />

das mensagens que chegam ao target.<br />

Elas são válvulas essenciais para ativar as múltiplas<br />

engrenagens que resultam em algum tipo <strong>de</strong> sucesso<br />

mercadológico, seja em lançamento, vendas,<br />

recall, visibilida<strong>de</strong> ou fortalecimento <strong>de</strong> marcas.<br />

Nesse infinito e insondável mundo das i<strong>de</strong>ias,<br />

os slogans e conceitos publicitários são palavras<br />

que mantêm o incrível po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> sintetizar a força<br />

do movimento <strong>de</strong> produtos ou serviços. Da natureza<br />

da matéria-prima aos complexos esquemas <strong>de</strong><br />

produção e logística, passando pelos números <strong>de</strong><br />

GRP, views, cliques, CPM, métodos “quanti-quali”<br />

ou uma pura investigação <strong>de</strong> tendências, eles, os<br />

slogans, parecem captar <strong>de</strong> uma só vez todos os códigos,<br />

muitos <strong>de</strong>les absconsos, guardados atrás <strong>de</strong><br />

roupas, gela<strong>de</strong>iras, automóveis, calçados, alimentos,<br />

remédios, bebidas, smartphones, bancos ou<br />

cartões <strong>de</strong> crédito.<br />

Ainda nesse fluxo <strong>de</strong> força, como se fossem dotados<br />

<strong>de</strong> superpo<strong>de</strong>res, eles conseguem se instalar<br />

no cérebro do consumidor e conquistam um cantinho<br />

próprio, bem especial, na memória <strong>de</strong> quem<br />

influencia ou <strong>de</strong> fato toma as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> compra.<br />

Além disso, se viralizam, viram bordões, gírias, ganham<br />

adaptações e inva<strong>de</strong>m a cultura popular tanto<br />

em um papo <strong>de</strong> família quanto em uma discussão <strong>de</strong><br />

negócios ou em uma conversa <strong>de</strong> botequim.<br />

Nesta <strong>edição</strong> especial, para comemorar seus 51<br />

anos, o PROPMARK faz uma homenagem a esses incríveis<br />

recursos da publicida<strong>de</strong>, que são os slogans e<br />

conceitos <strong>de</strong> marcas.<br />

Pela obvieda<strong>de</strong> que o número do aniversário<br />

proporciona, com remissão automática a Uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia, o ótimo slogan da Cachaça 51, a homenagem<br />

se curva a 51 boas i<strong>de</strong>ias que já vimos ou ouvimos na<br />

mídia nessas últimas décadas.<br />

A partir <strong>de</strong> pesquisas e consultas a muitos profissionais<br />

dos diversos segmentos que fazem marketing,<br />

a Redação selecionou 51 slogans ou conceitos<br />

que po<strong>de</strong>m representar “uma boa i<strong>de</strong>ia”. Para cada<br />

um <strong>de</strong>les há um convidado especial para uma interpretação<br />

visual.<br />

Importante ressaltar que a escolha não<br />

tem a mínima pretensão <strong>de</strong> apontar as<br />

51 melhores i<strong>de</strong>ias ou melhores slogans<br />

já apresentados pela publicida<strong>de</strong><br />

criada no Brasil e no mundo. É<br />

claro que ela foi feita a partir <strong>de</strong> critérios<br />

associados a impactos mercadológicos.<br />

Também foi avaliada a diversida<strong>de</strong><br />

dos segmentos e categorias <strong>de</strong> produtos. Mas,<br />

acima <strong>de</strong> tudo, a homenagem ressalta a fantástica<br />

dimensão dos slogans na mente, no coração ou no<br />

comportamento dos consumidores.<br />

Boas i<strong>de</strong>ias a todos!<br />

36 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


COMO SE FOSSEM DOTADOS<br />

DE SUPERPODERES, ELES<br />

CONQUISTAM UM CANTINHO<br />

PRÓPRIO, BEM ESPECIAL, NO<br />

CÉREBRO DO CONSUMIDOR,<br />

NA MEMÓRIA DE QUEM<br />

INFLUENCIA OU DE FATO TOMA<br />

AS DECISÕES DE COMPRA<br />

Malchev/Shutterstock<br />

Índice<br />

1. Uma boa i<strong>de</strong>ia por Juan maresca ...........................................................pág. 38<br />

2. 4X4 é Mitsubishi por Fernando Julianelli .............................................. pág. 39<br />

3. A primeira faz tchan... por Rodrigo Jatene ............................................ pág. 40<br />

4. A verda<strong>de</strong>ira <strong>maio</strong>nese por claudio Lima ............................................. pág. 42<br />

5. A vida gira em torno do sol por arício Fortes ........................................ pág. 43<br />

6. As Amarelinhas por maurício nahas ..................................................... pág. 44<br />

7. Abuse e use por Woody Gebara ............................................................... pág. 46<br />

8. Alma sana in corpore sano por alexandre Gama ................................. pág. 47<br />

9. And you are done por marcelo Tripoli ................................................... pág. 48<br />

10. Anúncio protetor por Joanna monteiro ............................................... pág. 50<br />

11. Apaixonados por carro por João Livi .................................................... pág. 51<br />

12. Bonita a camisa, Fernandinho por Ruy Lin<strong>de</strong>nbergh......................... pág. 52<br />

13. Dê férias para os seus pés por Álvaro Rodrigues ................................. pág. 54<br />

14. Dedicação total a você por marcos Quintela ...................................... pág. 55<br />

15. Desce redondo por Fabio Fernan<strong>de</strong>s ................................................... pág. 56<br />

16. É assim que se escreve por david Laloum ............................................ pág. 58<br />

17. Eu sou você amanhã por Paschoal Fabra neto .................................. pág. 59<br />

18. Experimenta, experimenta! por Átila Francucci ................................ pág. 60<br />

19. Feito para você por eduardo Tracanella .............................................. pág. 62<br />

20. Fresquinho porque ven<strong>de</strong> mais... por Rodolfo Patrocinio ................. pág. 63<br />

21. Gostoso como a vida <strong>de</strong>ve ser por eduardo simon ............................. pág. 64<br />

22. Just do it por andré Gustavo................................................................. pág. 66<br />

<strong>23</strong>. As legítimas por clovis mello ............................................................... pág. 67<br />

24. Não basta ser pai... por andré Felix .................................................... pág. 68<br />

25. Não esqueça a minha Caloi por Roberto Lautert ............................... pág. 70<br />

26. Não tem comparação por Thomas Roth ............................................. pág. 71<br />

27. Não tem preço por beatriz Galloni ....................................................... pág. 72<br />

28. Nove entre 10 estrelas... por Ricardo John .......................................... pág. 74<br />

29. O caldo nobre da Galinha Azul por Hugo Rodrigues ........................... pág. 75<br />

30. O mundo é dos Nets por eduardo martins ........................................... pág. 76<br />

31. O mundo gira, a Lusitana roda... por Fernando Guntovitch ............... pág. 78<br />

32. O primeiro sutiã a gente nunca esquece por Washington olivetto .. pág. 79<br />

33. Pense diferente por márcio oliveira ..................................................... pág. 80<br />

34. Põe na Consul por carlos Righi ............................................................ pág. 82<br />

35. Por um mundo mais doce por marcelo Reis ...................................... pág. 83<br />

36. Porque somos mamíferos por erh Ray ................................................ pág. 84<br />

37. Quem bate? É o frio...por Fabio seidl ................................................... pág. 86<br />

38. Retratos da real beleza por anselmo Ramos ..................................... pág. 87<br />

39. Se alguém te oferecer flores... por christina carvalho Pinto ............. pág. 88<br />

40. Se é Bayer, é bom por chico baldini ..................................................... pág. 90<br />

41. Se o bar é bom o chopp é Brahma por sergio Gordilho....................... pág. 91<br />

42. Sinal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> por chris Gebara ................................................... pág. 92<br />

43. Tem 1001 utilida<strong>de</strong>s por Rafael Urenha .............................................. pág. 94<br />

44. Tomou Doril, a dor sumiu por Tiago bizaetto ...................................... pág. 95<br />

45. Um banho <strong>de</strong> alegria... por Fernando campos ................................... pág. 96<br />

46. Um raro prazer por andré Pedroso ...................................................... pág. 98<br />

47. Vale por um bifinho por Rui branquinho ............................................ pág. 99<br />

48. Varig, Varig, Varig por Guga Ketzer ................................................... pág. 100<br />

49. Você conhece, você confia por benjamin Yung ................................. pág. 102<br />

50. Você faz maravilhas com Leite Moça por marisa Furtado ............... pág. 103<br />

51. Quem pe<strong>de</strong> um, pe<strong>de</strong> bis por mario narita ....................................... pág. 104<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 37


1 Uma boa i<strong>de</strong>ia por Juan Maresca*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

O número da criativida<strong>de</strong><br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

Não adianta: toda vez que o número<br />

51 surge, alguém fala – ou pensa, que<br />

seja – na boa i<strong>de</strong>ia. Pois é, a frase acompanha<br />

o número <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1978 graças a uma das<br />

campanhas mais conhecidas da história da<br />

publicida<strong>de</strong>. Pensado pela Lage Stabel &<br />

Guerreiro para a cachaça Pirassununga 51,<br />

o conceito tinha como um dos seus gran<strong>de</strong>s<br />

diferenciais o fato <strong>de</strong> não estar focado diretamente<br />

nos atributos clássicos do produto,<br />

mas sim no hábito <strong>de</strong> seu consumo.<br />

Uma das teorias sobre o nome da cachaça<br />

remete ao ano <strong>de</strong> seu lançamento, 1951, em<br />

Santa Cruz das Palmeiras, interior paulista.<br />

Ela foi vendida para a Companhia Müller<br />

<strong>de</strong> Bebidas, <strong>de</strong> Pirassununga (SP), em 1959.<br />

De volta à força do conceito e slogan, vale<br />

ressaltar que a comunicação atribuía aos<br />

consumidores uma qualificação especial,<br />

inserindo-os num hall <strong>de</strong> privilegiados<br />

que, ao pedir a cachaça, têm sempre uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia.<br />

Foi graças ao slogan que a marca 51 ganhou<br />

fama até entre aqueles que preferem<br />

tomar leite.<br />

*Juan Maresca é presi<strong>de</strong>nte da agência<br />

Maria São Paulo, que aten<strong>de</strong> a Companhia<br />

Müller <strong>de</strong> Bebidas, dona da Cachaça 51<br />

38 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

2 4x4 é Mitsubishi por Fernando Julianelli*<br />

Divulgação<br />

Tração e atração<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

posicionamento mais 4x4 do Brasil é,<br />

O sem dúvida, o da montadora japonesa<br />

Mitsubishi. A marca associa o conceito em<br />

suas peças <strong>de</strong> comunicação no país <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os anos 1990, quando lançou o famoso slogan<br />

4x4 é Mitsubishi.<br />

A partir daí, pequenas mudanças foram<br />

feitas, sempre preservando a associação<br />

com o sistema <strong>de</strong> tração nas quatro rodas,<br />

que permite melhor distribuição da força<br />

do motor, característica <strong>de</strong> seus principais<br />

carros, como os da linha Pajero e L-200.<br />

A conexão promovida pela comunicação<br />

da marca não é protegida à toa. Após décadas<br />

<strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> entre mo<strong>de</strong>los pouco<br />

exitosos e até mesmo a Segunda Guerra,<br />

que <strong>de</strong>struiu a indústria japonesa, somente<br />

nos anos 1980 a empresa começou a se consolidar<br />

mundialmente com o lançamento<br />

do Pajero, uma mistura <strong>de</strong> van com jipe que<br />

popularizou o conceito <strong>de</strong> automóvel tipo<br />

off-road para os cenários urbanos.<br />

*Fernando Julianelli é diretor-comercial e <strong>de</strong><br />

marketing da HPE Automotores, representante<br />

da Mitsubishi Motors no Brasil. Ele assina a<br />

arte acima com participação do Chief Creative<br />

Officer da Africa, Sergio Gordilho, e com<br />

o diretor <strong>de</strong> criação Bruno Valença<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 39


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

3 A primeira faz tchan, a segunda... por Rodrigo Jatene*<br />

Divulgação<br />

Barba feita com expressão pop<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Gillette é um dos <strong>maio</strong>res exemplos <strong>de</strong><br />

marca pioneira que se torna sinônimo<br />

da categoria <strong>de</strong> produto. Inclusive, a palavra<br />

“gilete” consta como verbete no dicionário.<br />

Lançada em 1908, a marca é o sobrenome<br />

do inventor e fabricante dos primeiros<br />

aparelhos <strong>de</strong> fazer a barba, o americano<br />

King Camp Gillette (1855-1932). Hoje, a marca<br />

está avaliada em US$ 54 bilhões.<br />

Um dos slogans <strong>de</strong> <strong>maio</strong>r sucesso na década<br />

<strong>de</strong> 1980, A primeira faz tchan, a segunda<br />

faz tchun, e, tchan, tchan, tchan virou<br />

uma espécie <strong>de</strong> meme daqueles tempos<br />

em que nem existia e imensurável força da<br />

internet para interações permanentes entre<br />

consumidores. Mas, a frase tem recall<br />

até hoje. Ela foi criada pela agência carioca<br />

Esquire, em 1976. O <strong>de</strong>safio era apresentar<br />

uma nova categoria no mercado <strong>de</strong> lâminas<br />

e aparelhos <strong>de</strong> barbear com o primeiro aparelho<br />

<strong>de</strong>scartável brasileiro, o Prestobarba.<br />

Em dois anos, as vendas do novo produto<br />

triplicaram e atingiram um volume que ultrapassou<br />

as expectativas do investimento<br />

em mídia.<br />

* Rodrigo Jatene é Chief Creative Officer<br />

da Grey. Ele assina a arte acima com a<br />

participação dos diretores <strong>de</strong> arte Felipe<br />

Petroni e Leone Damiao, e do ilustrador<br />

Gabriel Carcavalli<br />

40 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

4 A verda<strong>de</strong>ira <strong>maio</strong>nese por Claudio Lima*<br />

Divulgação<br />

O slogan sintetiza o fato<br />

KELLY DORES<br />

Hellmann’s é a verda<strong>de</strong>ira <strong>maio</strong>nese para<br />

a <strong>maio</strong>ria dos brasileiros há muito tempo<br />

e também se tornou um daqueles típicos<br />

casos em que a marca virou sinônimo <strong>de</strong><br />

produto. Top of mind na categoria com li<strong>de</strong>rança<br />

absoluta, foi graças à força da marca<br />

que a linha cresceu e hoje inclui também<br />

ketchup, mostarda e molhos para salada.<br />

O famoso slogan Hellmann’s, a verda<strong>de</strong>ira<br />

<strong>maio</strong>nese foi criado pela antiga agência<br />

MPM (que foi absorvida pela Lintas, hoje<br />

Mullen Lowe) e utilizado apenas no Brasil.<br />

Nos Estados Unidos, a assinatura é Bring<br />

out the best.<br />

Lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado, a marca chegou ao país<br />

em 1962. Hoje faz parte do portfólio da<br />

Unilever, que, junto com a Ogilvy, buscou<br />

por meio da comunicação ampliar o uso<br />

da <strong>maio</strong>nese para além do lanche da tar<strong>de</strong>,<br />

com dicas como <strong>maio</strong>nese com bife acebolado.<br />

O nome Hellmann’s faz referência ao<br />

seu fundador, o alemão Richard Hellmann,<br />

que em 1905 começou a ven<strong>de</strong>r a <strong>maio</strong>nese<br />

criada por sua mulher em sua <strong>de</strong>licatessen,<br />

em Nova York. Foi <strong>de</strong>le também a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

diferenciar a <strong>maio</strong>nese com laços azuis nos<br />

potes, para <strong>de</strong>stacar a qualida<strong>de</strong> e o sabor.<br />

* Claudio Lima é VP nacional <strong>de</strong> criação da Ogilvy.<br />

Ele assina a arte em homenagem à Hellmann’s<br />

com participação do diretor <strong>de</strong> criação Michel<br />

Neuhaus e do redator Rodrigo Bergel<br />

42 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

5 A vida gira em torno do sol por Aricio Fortes*<br />

Divulgação<br />

O astro que nos protege<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

Quem quer aproveitar o verão sempre<br />

espera que o sol apareça. Seja na<br />

praia, no campo ou na cida<strong>de</strong>, na estação<br />

mais quente do ano, o astro-rei é o centro<br />

das atenções. Sabendo disso, a DM9DDB<br />

criou, no fim <strong>de</strong> 2006, o slogan A vida gira<br />

em torno do sol para a marca <strong>de</strong> protetores<br />

solares Sundown. Quem assinou a<br />

criação foi Aricio Fortes e Denis Kakazu.<br />

O novo posicionamento mostrava as vantagens<br />

<strong>de</strong> curtir a vida ao ar livre, sempre<br />

com o sol brilhando, e apresentava<br />

o produto como um parceiro para po<strong>de</strong>r<br />

aproveitar o que o verão tem <strong>de</strong> melhor<br />

sem precisar se preocupar com os malefícios<br />

trazidos pela exposição à luz solar. A<br />

marca Sundown, da Johnson&Johnson,<br />

foi lançada no Brasil em 1984 e inaugurou<br />

a categoria <strong>de</strong> protetores solares. Até<br />

então o país conhecia apenas os bronzeadores.<br />

*Aricio Fortes é vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da<br />

DM9DDB. Ele assina a arte com a participação<br />

do diretor <strong>de</strong> arte Thiago R. Martins<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 43


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

6 As amarelinhas por Maurício Nahas*<br />

Divulgação<br />

Energia com pique <strong>de</strong> gol<br />

PAULO MACEDO<br />

Companheiras <strong>de</strong> todo e qualquer consumidor,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> sexo,<br />

ida<strong>de</strong> ou religião, as pilhas estão no dia a<br />

dia <strong>de</strong> <strong>de</strong>z entre <strong>de</strong>z brasileiros. Em um<br />

mercado que tem vários players importantes,<br />

entre eles Duracell, Energizer, Eveready<br />

e Panasonic, esta <strong>edição</strong> especial do<br />

PROPMARK faz uma homenagem ao slogan<br />

As amarelinhas, criado pela extinta Norton<br />

Publicida<strong>de</strong> e usado pela Rayovac. “É uma<br />

i<strong>de</strong>ntificação precisa do produto”, <strong>de</strong>staca<br />

o professor Fabio Mestriner, da ESPM, em<br />

uma análise sobre a importância das cores<br />

no branding das marcas. E a fabricante <strong>de</strong><br />

produtos <strong>de</strong> energia móvel usou bem esse<br />

recurso mercadológico. A ação contou com<br />

o jogador Pelé, que, nas peças <strong>de</strong> mídia impressa,<br />

fazia um endosso aos consumidores<br />

com um Faça como eu, use somente pilhas<br />

Rayovac. O projeto fazia associação com a<br />

cor da camisa oficial da seleção brasileira.<br />

Fundada em 1906, a empresa sempre se<br />

utilizou do marketing como elemento <strong>de</strong><br />

integração com os consumidores.<br />

* Maurício Nahas estudou até o terceiro ano <strong>de</strong><br />

medicia e <strong>de</strong>cidiu ser fotógrafo a partir <strong>de</strong> 1985.<br />

Já trabalhou com as mais importantes agências<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> do Brasil, tem quatro Leões em<br />

Cannes e assina várias exposições e projetos<br />

artísticos com fotografia<br />

44 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


LDC.<br />

MAS PODE CHAMAR DE:<br />

A AGÊNCIA QUE AGORA TEM<br />

OLYMPIKUS, AZALEIA, DIJEAN,<br />

UBER, UFC E O MÁRCIO.<br />

E TAMBÉM<br />

A AGÊNCIA DA:<br />

AMBEV<br />

BARUEL<br />

CATHO<br />

FOX CHANNELS<br />

FOX FILM<br />

LEROY MERLIN<br />

GRUPO L’OCCITANE<br />

NEXTEL<br />

PEPSICO<br />

RECORD<br />

RED BULL<br />

SANTANDER<br />

UNIDAS<br />

LDC<br />

AV. BRIG. LUÍS ANTÔNIO, 4980<br />

JD. PAULISTA SÃO PAULO/SP 01402 002<br />

CONTATO<br />

@LDC.AGENCY<br />

WWW.<br />

LDC.AGENCY


7 Abuse e use por Woody Gebara*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

Black is beautiful<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

Durante duas décadas, o slogan Abuse e<br />

Use C&A foi a assinatura oficial da filial<br />

brasileira da gigante mundial <strong>de</strong> roupas<br />

que surgiu na Holanda, em 1841, com os<br />

irmãos Clemens e August. Criado em 1989,<br />

o posicionamento foi um marco na história<br />

da comunicação da C&A. A estreia ocorreu<br />

juntamente com a primeira campanha do<br />

dançarino Sebastian para a re<strong>de</strong>, que reforçava<br />

o DNA ousado, <strong>de</strong>mocrático e versátil<br />

da moda. Esse acontecimento, inclusive,<br />

envolveu outro marco, <strong>de</strong>sta vez para a publicida<strong>de</strong><br />

brasileira: Sebatian foi o primeiro<br />

garoto-propaganda negro do país. A i<strong>de</strong>ia<br />

foi “sacudir” os comerciais <strong>de</strong> TV, com algo<br />

que fosse irreverente, inovador e diferente.<br />

O primeiro filme da série Abuse e Use, assinada<br />

por Woody Gebara, foi inspirado em<br />

uma cena clássica <strong>de</strong> The Blues Brothers (Os<br />

Irmãos Cara <strong>de</strong> Pau), em que o cantor Cob<br />

Coloway animava uma gran<strong>de</strong> plateia com<br />

a música Minnie The Mutcher. A parceria<br />

entre Sebastian e C&A ren<strong>de</strong>u inúmeras<br />

campanhas até 2010, quando o contrato<br />

com o dançarino foi encerrado e o slogan,<br />

<strong>de</strong>scontinuado.<br />

*Woody Gebara, publicitário, que criou muitas<br />

campanhas para C&A, é hoje presi<strong>de</strong>nte da<br />

agência Woody Comunicação. Ele assina a<br />

arte com o diretor <strong>de</strong> arte Daniel Curalov e<br />

participação <strong>de</strong> Cristiane Pina e Gustavo Nardi<br />

46 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

8 alma sana in corpore sano por Alexandre Gama*<br />

Divulgação<br />

Acróstico do mundo esportivo<br />

Cristiane Marsola<br />

Geralmente, o consumidor comum <strong>de</strong><br />

Asics, que corre nas ruas nos fins <strong>de</strong><br />

semana ou religiosa e diariamente na esteira,<br />

<strong>de</strong>sconhece a origem do nome da<br />

marca. Pois bem, ela é simplesmente um<br />

acróstico com a frase latina Anima sana in<br />

corpore sano, dita pelo poeta romano Juvenal,<br />

que significa mente sã, corpo são. É<br />

um conceito que virou nome <strong>de</strong> produto. A<br />

frase expressa a filosofia da marca: as pessoas<br />

<strong>de</strong>vem viver com saú<strong>de</strong> e felicida<strong>de</strong><br />

por meio do esporte. O embrião da empresa<br />

foi criado em 1949 pelo japonês Kinachiro<br />

Onitsuka, com o nome Onitsuka Co..<br />

A empresa começou produzindo tênis <strong>de</strong><br />

basquete. Foi em 1977, com a fusão da Onitsuka<br />

Co., da GTO Co. e da Jelenk Co., que<br />

nasceu a Asics Corporation, uma fabricante<br />

<strong>de</strong> equipamentos para esporte em geral. A<br />

marca chegou ao Brasil em 1984, com o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> uma subsidiária em São<br />

Paulo. Hoje ela é lí<strong>de</strong>r no segmento <strong>de</strong> running<br />

performance no Brasil, tendo também<br />

gran<strong>de</strong> atuação em outros esportes como<br />

tênis, vôlei e han<strong>de</strong>bol, entre outros.<br />

*Alexandre Gama é presi<strong>de</strong>nte da<br />

Neogama e aten<strong>de</strong> a marca Asics no Brasil<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 47


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

9 And you’re done por Marcelo Tripoli*<br />

Divulgação<br />

www.superpratico.com<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Wie<strong>de</strong>n & Kennedy <strong>de</strong> Portland, a mesma<br />

que assina um dos mais po<strong>de</strong>rosos<br />

A<br />

slogans do planeta – Just Do It, da Nike –,<br />

criou o slogan And you’re done para a Amazon<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> conquistar a conta, em 2001,<br />

marcando o retorno dos investimentos da<br />

marca em televisão. O slogan claramente<br />

foca na proveitosa e conveniente experiência<br />

<strong>de</strong> fazer compras no <strong>maio</strong>r varejista online<br />

do planeta. Na ocasião, a Amazon buscava<br />

um parceiro para fazer o seu branding<br />

global, especialmente na Europa e na Ásia.<br />

O esforço coincidiu com um gran<strong>de</strong> corte<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas da Amazon.com e a presença<br />

<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> rival, a Buy.com. Os primeiros<br />

filmes mostravam as inconveniências<br />

<strong>de</strong> fazer compras em shoppings físicos ou<br />

nas livrarias tradicionais – em situações típicas<br />

<strong>de</strong> frustrações diante <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>dores<br />

incompetentes ou <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s filas para fazer<br />

o pagamento.<br />

Curiosamente, dois anos <strong>de</strong>pois, Jeff<br />

Bezos encerrou seu relacionamento com<br />

a agência, questionando a eficácia da publicida<strong>de</strong><br />

tradicional e <strong>de</strong>cidindo que suas<br />

melhores ferramentas <strong>de</strong> vendas dali pra<br />

frente seriam bons preços, entrega gratuita<br />

e boca a boca.<br />

*Marcelo Tripoli é sócio da agência REF+T.<br />

Ele assina a arte para Amazon com os diretores<br />

<strong>de</strong> arte Cadu Batis e Fernando Pereira, e com<br />

o redator Marcelo Brito, além da participação<br />

do Romeu&Julieta Estúdio<br />

48 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

10 Anúncio protetor por Joanna Monteiro*<br />

Divulgação<br />

Filhooo, eu sei on<strong>de</strong> você está!<br />

VINICIUS NOVAES<br />

Criança na praia nem sempre é sinal <strong>de</strong><br />

tranquilida<strong>de</strong>, ainda mais se for uma<br />

praia lotada, que geralmente potencializa<br />

o risco <strong>de</strong> repentinas, porém perigosas, dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> localização.<br />

E foi pensando na tranquilida<strong>de</strong> dos<br />

pais que a Nívea criou uma <strong>de</strong> suas principais<br />

campanhas dos últimos anos. O case<br />

Anúncio Protetor, divulgado em revistas,<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um dos mais pertinentes<br />

exemplos <strong>de</strong> aplicação do conceito<br />

da marca, principalmente em relação<br />

à exposição da pele ao sol. Através <strong>de</strong> um<br />

projeto i<strong>de</strong>alizado pela agência FCB Brasil,<br />

ela usou uma pulseira e a sincronizou<br />

com o aplicativo Nívea Protege. Então, por<br />

meio <strong>de</strong>le, os pais conseguem monitorar a<br />

criança numa praia. Se o filho resolve ultrapassar<br />

a barreira estabelecida pelos pais<br />

ou responsáveis, o aplicativo emite um sinal<br />

<strong>de</strong> alerta. O case foi sucesso no mundo<br />

da publicida<strong>de</strong> – venceu inclusive o Grand<br />

Prix <strong>de</strong> Mobile no Festival <strong>de</strong> Cannes, em<br />

2014 – e <strong>de</strong>staque do Gunn Report, pela<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prêmios. Isso, claro, sem<br />

falar na tranquilida<strong>de</strong> proporcionada aos<br />

pais curtindo uma praia.<br />

*Joanna Monteiro é Chief Creative Officer da FCB<br />

Brasil. Ela assina a arte acima com o diretor <strong>de</strong><br />

criação Fábio Simões “Simon”, o diretor <strong>de</strong> arte<br />

Andre Vervloet e o redator Leonardo Andra<strong>de</strong>.<br />

A produção gráfica é <strong>de</strong> Diego Bischoff, Daniela<br />

Fonseca e Camila Galdêncio<br />

50 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

11 Apaixonados por carro como todo brasileiro por João Livi*<br />

Divulgação<br />

Xodó sobre quatro rodas<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Ipiranga começou suas ativida<strong>de</strong>s no<br />

A Sul do país como pequena refinaria <strong>de</strong><br />

petróleo, em 1937. Deu seu gran<strong>de</strong> salto nos<br />

negócios e na comunicação no começo da<br />

década <strong>de</strong> 1990. Em 1993, a companhia adquiriu<br />

a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> postos Atlantic, o que abriu<br />

caminho para a expansão da marca.<br />

Para buscar uma aproximação com as<br />

pessoas, em 1994, a Talent, agência fundada<br />

por Julio Ribeiro, propôs o slogan<br />

Ipiranga - apaixonados por carros como todo<br />

brasileiro. Foi um divisor <strong>de</strong> águas para<br />

revitalizar a marca. A re<strong>de</strong> se apropriou do<br />

sentimento do brasileiro pelo carro para<br />

mostrar que o posto Ipiranga atendia ao<br />

consumidor e, ao mesmo tempo, cuidava<br />

do “xodó” <strong>de</strong>le, o automóvel. O slogan<br />

acompanhou a marca durante 20 anos.<br />

Sempre com pegada <strong>de</strong> humor, a comunicação<br />

da Ipiranga, a partir <strong>de</strong> 2010, teve<br />

nova revolução. Os postos tinham evoluído<br />

para oferecer vários serviços além <strong>de</strong> combustíveis,<br />

como lojas <strong>de</strong> conveniência, troca<br />

<strong>de</strong> óleo, farmácias, caixa eletrônico etc.<br />

* João Livi é CEO da Talent Marcel. Ele assina<br />

a arte em homenagem à marca Ipiranga com<br />

a participação do redator Cássio Zanatta e do<br />

diretor <strong>de</strong> arte José Carlos Lollo<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 51


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

12 Bonita camisa, Fernandinho por Ruy Lin<strong>de</strong>nberg*<br />

Divulgação<br />

`<br />

Uma reunião muito marcante<br />

Paulo Macedo<br />

Em 1985 a USTop era lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado.<br />

Estava tão associada ao jeans que<br />

a percepção da sua linha <strong>de</strong> camisas era<br />

inexpressiva. Nessa época, a Talent <strong>de</strong>senvolveu<br />

um comercial para promover<br />

as camisas que tornou o slogan Bonita camisa,<br />

Fernadinho em bordão. A criação foi<br />

<strong>de</strong> Ana Carmen Longobardi, Ruy Lin<strong>de</strong>nberg<br />

e Túlio Fagin, com direção <strong>de</strong> Dodi<br />

Taterka. O protagonista do comercial era o<br />

ator e diretor <strong>de</strong> cinema Nello <strong>de</strong> Rossi, já<br />

falecido, também dono da cantina Nello’s.<br />

“No papel <strong>de</strong> chefe, sentado na cabeceira<br />

da mesa, a fala do Nello era simples<br />

e sem nenhuma gran<strong>de</strong> sacada, ele somente<br />

dizia: Bonita camisa, Fernandinho.<br />

Mas ele disse a frase com uma entonação<br />

tão melodiosa, em seu sotaque italiano e<br />

com uma fisionomia tão expressiva, que<br />

mudou o <strong>de</strong>stino do comercial. Pelo seu<br />

sucesso, ele se transformou em campanha”,<br />

relembra José Eustachio, chairman<br />

da Talent Marcel. Na arte acima, Ruy Lin<strong>de</strong>nberg,<br />

aproveitou o famoso bordão da<br />

USTop para fazer referência a envolvidos<br />

na Operação Lava Jato e para afirmar que<br />

“O mundo trata melhor quem se comporta<br />

bem.”<br />

* Ruy Lin<strong>de</strong>nberg é publicitário.<br />

Ele assina a arte acima em parceria<br />

com José Carlos Lollo, da Talent Marcel<br />

52 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

13 Dê férias para os seus pés por Álvaro Rodrigues*<br />

Divulgação<br />

Momentos <strong>de</strong> relax<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Lançada pela Gren<strong>de</strong>ne em 1986, a marca<br />

Ri<strong>de</strong>r é uma das principais do seu segmento<br />

e ficou famosa nos anos 1980 e 1990<br />

pelo seu chinelo <strong>de</strong> tira única e solado macio.<br />

O primeiro slogan do produto, Dê férias<br />

para os seus pés, sintetizava bem o conceito<br />

das sandálias naquela época. Ele foi criado<br />

por Washington Olivetto, que no ano <strong>de</strong><br />

1986 estava saindo da DPZ para abrir a W/<br />

GGK, que <strong>de</strong>pois virou a W/Brasil, atualmente<br />

a W/McCann.<br />

No início, feita especialmente para o público<br />

masculino, Ri<strong>de</strong>r era justamente uma<br />

sandália para <strong>de</strong>scanso. Depois passou por<br />

um reposicionamento e se tornou uma sandália<br />

para a prática <strong>de</strong> caminhada e aventura.<br />

Nesta mudança, ganhou outro slogan,<br />

que acompanhou a evolução do produto,<br />

Ri<strong>de</strong>r – Enjoy the ri<strong>de</strong>. A marca também ampliou<br />

a sua linha <strong>de</strong> produtos para o público<br />

feminino e infantil.<br />

O tema atual da campanha da Ri<strong>de</strong>r,<br />

criado pela Africa, incentiva o conceito Lifeaholic,<br />

ou seja, que a vida <strong>de</strong>ve ser vivida<br />

intensamente.<br />

*Álvaro Rodrigues é vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da<br />

Africa e presi<strong>de</strong>nte da ABP (Associação Brasileira<br />

<strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>). Ele conta que, para a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

“momentos relaxados”, pensou na imagem dos<br />

pés da filha quando ela tinha oito meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

A foto é <strong>de</strong> Paula Massoni<br />

54 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

14 Dedicação total a você por Marcos Quintela*<br />

Divulgação<br />

A força do olhar varejista<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Dedicação total a você é o slogan do império<br />

construído por Samuel Klein: a<br />

Casas Bahia. Um dos <strong>maio</strong>res anunciantes<br />

brasileiros, a comunicação da re<strong>de</strong> atinge<br />

quase toda a população do país.<br />

Casas Bahia é reconhecida como a marca<br />

<strong>de</strong> varejo número 1 no ranking Marcas Brasileiras<br />

Mais Valiosas, feito pela consultoria<br />

Interbrand.<br />

O nome foi escolhido como uma forma<br />

<strong>de</strong> homenagear e agradar ao gran<strong>de</strong> número<br />

<strong>de</strong> nor<strong>de</strong>stinos que moravam na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo, local on<strong>de</strong> surgiu a primeira<br />

loja da re<strong>de</strong>.<br />

Em 1970, já com sete filiais e a mascote<br />

i<strong>de</strong>ntificada na figura <strong>de</strong> um boneco chamado<br />

Baianinho, foi criado o slogan Dedicação<br />

total a você. Também foi a partir dos<br />

anos 1970, que a re<strong>de</strong> iniciou seu processo<br />

<strong>de</strong> expansão.<br />

Com diversos highlights, entre eles o<br />

Quer pagar quanto?, criado para enfatizar<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crediário, a publicida<strong>de</strong> da<br />

Casas Bahia contribui para a história do varejo<br />

no Brasil. A conta é atendida pela agência<br />

Y&R.<br />

* Marcos Quintela é presi<strong>de</strong>nte do grupo<br />

Newcomm, que controla Y&R, Wun<strong>de</strong>rman, Grey<br />

Brasil, Ação, VML e Red Fuse. Ele assina a arte<br />

em parceria com Ricardo Papp, diretor-geral<br />

e <strong>de</strong> criação da Y&R SCS (São Caetano do Sul)<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 55


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

15 Desce redondo por Fabio Fernan<strong>de</strong>s*<br />

Divulgação<br />

O gole <strong>de</strong> curvas perfeitas<br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

Foi na década <strong>de</strong> 1990 que o “<strong>de</strong>scer redondo”<br />

virou sinônimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>leite, <strong>de</strong><br />

tranquilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> estar sempre “<strong>de</strong> boa”.<br />

Ficar em casa, assistindo a um jogo <strong>de</strong> futebol,<br />

com as pernas para o ar, é redondo,<br />

assim como acalmar o calor num dia quente<br />

na praia. É tudo redondo. A frase, famosa no<br />

mundo da publicida<strong>de</strong>, surgiu mais precisamente<br />

em 1996. Foi na campanha <strong>de</strong> Skol,<br />

batizada <strong>de</strong> Raio-X, que tudo começou. O<br />

ví<strong>de</strong>o fazia algumas representações gráficas<br />

e sonoras da cerveja que <strong>de</strong>sce redondo, em<br />

contraponto a uma que <strong>de</strong>sce quadrada. Mas<br />

uma das mais famosas foi a Bunda quadrada,<br />

na qual um rapaz, na praia, bebia a cerveja<br />

Quadrat e via o sol, o guarda-sol e até<br />

mesmo a bunda <strong>de</strong> uma mulher no famoso,<br />

porém, neste caso, nada atraente, formado<br />

com todos os lados e ângulos iguais. A campanha<br />

– redonda até hoje – é uma criação da<br />

F/Nazca Saatchi & Saatchi.<br />

*Fabio Fernan<strong>de</strong>s é presi<strong>de</strong>nte e diretor-geral<br />

<strong>de</strong> criação da F/Nazca Saatchi & Saatchi.<br />

Ele criou a arte acima com a participação<br />

<strong>de</strong> Rodrigo Castellari<br />

56 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

16 É assim que se escreve por David Laloum*<br />

Divulgação<br />

Sinônimo <strong>de</strong> canetas<br />

KELLY DORES<br />

BIC é uma daquelas marcas que muitos<br />

brasileiros pensam se tratar <strong>de</strong> uma<br />

empresa nacional. A multinacional surgiu<br />

em 1945, em um subúrbio <strong>de</strong> Paris, quando<br />

Marcel Bich, ex-gerente <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

uma fábrica <strong>de</strong> tintas, e seu sócio, Edouard<br />

Buffard, começaram a produzir peças para<br />

canetas-tinteiro e lapiseiras.<br />

A primeira caneta esferográfica BIC<br />

Cristal, uma abreviação do sobrenome do<br />

fundador, chegou ao mercado francês em<br />

1950. Reconhecida por sua qualida<strong>de</strong> e preço<br />

acessível, ela <strong>de</strong>mocratizou a escrita no<br />

mundo.<br />

No Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1956, BIC ganhou um<br />

slogan marcante aqui. BIC. É assim que se<br />

escreve foi criado no início dos anos 1980<br />

pelo publicitário Rino Ferrari, fundador da<br />

Rino Publicida<strong>de</strong>. Depois, em outras agências,<br />

a campanha também ganhou <strong>de</strong>sdobramentos,<br />

como a variação É assim que se<br />

educa, baseada na plataforma <strong>de</strong> educação<br />

da marca.<br />

Hoje, a Y&R é a agência <strong>de</strong> BIC, que é<br />

ainda sinônimo <strong>de</strong> isqueiros e barbeadores<br />

<strong>de</strong>scartáveis.<br />

*David Laloum é presi<strong>de</strong>nte da Y&R,<br />

atual agência da marca BIC<br />

58 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

17 Eu sou você amanhã por Paschoal Fabra Neto*<br />

Divulgação<br />

O alerta da vodca<br />

ANA PAULA JUNG<br />

famosa campanha que trazia o chamado<br />

Efeito Orloff, Eu sou você amanhã,<br />

A<br />

alertando o consumidor sobre a importância<br />

<strong>de</strong> escolher certo a bebida alcoólica e<br />

evitar a ressaca do dia seguinte, foi criada<br />

pelo publicitário Jaques Lewkowicz. O slogan<br />

foi lançado no início dos anos 1980 e era<br />

um <strong>de</strong>sdobramento do conceito Pense em<br />

você amanhã, exija Orloff hoje. A agência na<br />

época era a Standard Ogilvy&Mather, on<strong>de</strong><br />

Lewkowicz era vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação.<br />

O comercial mostrava um homem bem-<br />

-vestido diante <strong>de</strong> um espelho em que ele<br />

se via com enormes olheiras, <strong>de</strong>tonado, antes<br />

mesmo <strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa à noite. Ao perguntar<br />

a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> daquela imagem, ela<br />

respondia: Eu sou você, amanhã.<br />

Anos <strong>de</strong>pois, Jaques Lewkowicz voltou a<br />

aten<strong>de</strong>r a conta na Lew’Lara\TBWA, agencia<br />

que fundou ao lado <strong>de</strong> Luiz Lara, em<br />

1992. Atualmente, a marca Orloff está na<br />

carteira <strong>de</strong> clientes atendidos pela agência<br />

F&Q Brasil, do grupo M&C Saatchi.<br />

*Paschoal Fabra Neto é sócio, presi<strong>de</strong>nte e<br />

Chief Creative Officer da F&Q Brasil. Ele assina<br />

a arte em parceria com o diretor <strong>de</strong> criação<br />

Antônio Costa Neto, com a diretora <strong>de</strong> arte<br />

Elô Rosendo e com o redator Ovídio Ferreira<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 59


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

18 Experimenta, experimenta! por Átila Francucci*<br />

Divulgação<br />

Comando cheio <strong>de</strong> repercussão<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Experimenta, experimenta! O comando,<br />

mais do que um slogan, convidava as<br />

pessoas a darem uma chance à Nova Schin,<br />

então menos conhecida que as opções do<br />

mercado, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um segmento que está<br />

sempre em “guerra”. A criação foi em 2003,<br />

pela então Fischer América, agência experiente<br />

em campanhas <strong>de</strong> cerveja, que tinha<br />

na época o publicitário Átila Francucci na<br />

direção <strong>de</strong> criação. O trabalho contou com<br />

uma potente estratégia que incluiu teasers,<br />

cerca <strong>de</strong> um mês antes do lançamento,<br />

e a participação <strong>de</strong> uma profusão <strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s<br />

como Luciano Huck, Fernanda<br />

Lima, Alinne Moraes, Thiago Lacerda e a<br />

estrela principal, o cantor Zeca Pagodinho,<br />

um tradicional bebedor da marca Brahma.<br />

O comando Experimenta logo <strong>de</strong>pois foi<br />

proibido pelo Conar, junto com quaisquer<br />

expressões que estimulem o consumo <strong>de</strong><br />

bebida alcoólica, mas a agência driblou a<br />

proibição lançando o slogan Essa é Nova<br />

e um filme em que as pessoas produzem<br />

quatro ruídos e ao final a sílaba “ta”, para<br />

lembrar a sonorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Experimenta, encerrando<br />

com a frase Experimente com mo<strong>de</strong>ração.<br />

*Átila Francucci, que criou o conceito Experimenta,<br />

é atualmente sócio e diretor <strong>de</strong> criação da<br />

CO:collective Brasil. Ele acredita que o buzz e o<br />

aumento <strong>de</strong> share gerados pela campanha “foram<br />

mesmo uma pedra no sapato <strong>de</strong> muita gente<br />

graúda”. Francucci assina a arte acima com foto,<br />

direção <strong>de</strong> arte e finalização <strong>de</strong> Rodrigo Cabello<br />

60 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

19 Feito para você por Eduardo Tracanella*<br />

Divulgação<br />

Finanças personalizadas<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

Basta digitar Itaú no Google para encontrar<br />

o nome do banco acompanhado do<br />

simbólico slogan Feito para você. A frase já<br />

está há tanto tempo ali que se tornou continuida<strong>de</strong><br />

da marca. Em 2001, a DM9DDB,<br />

na época DM9, criou a assinatura publicitária<br />

para uma campanha pontual. Entretanto,<br />

ganhou tanta força que foi assumida<br />

como slogan oficial do banco em 2004.<br />

Itaú: feito para você foi apresentado como<br />

posicionamento da instituição financeira -<br />

atualmente, após a fusão com o Unibanco,<br />

em 2008, o <strong>maio</strong>r banco privado do país -,<br />

acompanhado <strong>de</strong> uma ação para mídia exterior,<br />

realizada no mesmo ano. O objetivo<br />

<strong>de</strong> cada peça era mostrar, <strong>de</strong> forma totalmente<br />

personalizada, o quanto o banco era<br />

i<strong>de</strong>al para os mais diversos públicos. Cada<br />

outdoor trazia uma palavra que representava<br />

um dos subgrupos do target como surfistas,<br />

supersticiosos, apressados, <strong>de</strong>sorganizados,<br />

sonhadores, sobrecarregados e<br />

pe<strong>de</strong>stres, entre outros, além <strong>de</strong> pessoas<br />

jurídicas como hotéis ou padarias.<br />

*Eduardo Tracanella é superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

marketing institucional do Itaú-Unibanco.<br />

Ele assina a arte acima com Rafael Urenha,<br />

Chief Creative Officer da DPZ&T<br />

62 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

20 Fresquinho porque ven<strong>de</strong> mais ou ven<strong>de</strong> mais... por Rodolfo Patrocinio*<br />

Divulgação<br />

Dúvida cruel<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Tostines é fresquinho porque ven<strong>de</strong> mais<br />

ou ven<strong>de</strong> mais porque é fresquinho? A<br />

pergunta do slogan que foi lançado e conquistou<br />

o país nos anos 1980 permanece,<br />

para muitos, sem uma resposta. O que é<br />

possível afirmar, no entanto, é que Tostines<br />

ven<strong>de</strong>u, sim, mais <strong>de</strong>pois da propaganda<br />

criada por Enio Mainardi, autor <strong>de</strong><br />

vários conceitos marcantes da publicida<strong>de</strong><br />

brasileira.<br />

Lançada em 1965 pela fábrica <strong>de</strong> doces<br />

Carvalho & Lobo, então situada em São<br />

Paulo, a marca Tostines foi a primeira a<br />

comercializar, no Brasil, biscoitos em pacotes.<br />

A popularida<strong>de</strong> e a preferência do<br />

consumidor, no entanto, vieram em 1984,<br />

<strong>de</strong>pois do slogan mencionado – que, na verda<strong>de</strong>,<br />

era a resposta para o conceito Qual o<br />

segredo <strong>de</strong> Tostines?.<br />

Em 1993, a Tostines foi adquirida pela<br />

Nestlé, que passou a utilizar a assinatura<br />

Não tem segredo. Mais fresquinho e gostoso<br />

é Tostines. Somente em 2002 a Nestlé e a<br />

Tostines oficializaram a fusão e, em, 2006,<br />

a Tostines voltou à mídia - <strong>de</strong>sta vez sob o<br />

conceito Tostines, sempre Tostines.<br />

*Rodolfo Patrocinio é diretor da Digital 21<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 63


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

21 Gostoso como a vida <strong>de</strong>ve ser por Eduardo Simon*<br />

Divulgação<br />

Hummmm... McDelícia!<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Presente no Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1979, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fast food americana McDonald’s caiu no<br />

gosto brasileiro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, mas se consolidou<br />

mesmo no país apenas na década<br />

<strong>de</strong> 1990, após um gran<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

que ajudou a popularizar a marca.<br />

Em 1994, a re<strong>de</strong> passou a investir na proximida<strong>de</strong><br />

afetiva com o público ao lançar o<br />

conceito Gostoso como a vida <strong>de</strong>ve ser, criado<br />

pelo publicitário Antônio Costa Neto, o<br />

Toninho Neto.<br />

O comercial para a TV, na época, apresentava<br />

a marca em cenas cotidianas e<br />

sempre bem-humoradas, como um senhor<br />

pulando corda ou pessoas andando<br />

em pernas-<strong>de</strong>-pau. Embalada pela leveza<br />

do jingle Gostoso como a vida <strong>de</strong>ve ser, a<br />

criação fez tanto sucesso que passou a ser<br />

reconhecida internacionalmente: por três<br />

anos consecutivos, o conceito ganhou o<br />

McDonald’s World Award como a melhor<br />

campanha mundial da re<strong>de</strong>. O sucesso da<br />

marca no Brasil também está ligado ao talento<br />

<strong>de</strong> Dorian Taterka, diretor <strong>de</strong> cena,<br />

e também sócio da Taterka, agência que<br />

aten<strong>de</strong>u o McDonald’s por muitos anos e foi<br />

incorporada pela DPZ, formando a DPZ&T,<br />

atual dona da conta.<br />

*Eduardo Simon é Chief Executive<br />

Officer da DPZ&T. Ele assina a arte acima<br />

com o diretor <strong>de</strong> arte Robson Oliveira<br />

64 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


O que a<br />

GlObO.cOm<br />

tem para<br />

encOntrar<br />

sOluções<br />

<strong>de</strong> cOnteúdO<br />

para a<br />

sua marca?<br />

uma GlObO<br />

inteira.<br />

SOLUÇÃO COM CONTEÚDO.


22 Just do it por André Gustavo*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

That’s Nike<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

Em 1988, Dan Wie<strong>de</strong>n, fundador da<br />

Wie<strong>de</strong>n + Kennedy, foi responsável<br />

por criar um dos slogans mais populares<br />

do mundo. Just do it, da Nike, foi inspirado<br />

nas últimas palavras <strong>de</strong> Gary Gilmore,<br />

criminoso americano con<strong>de</strong>nado à morte.<br />

Quando criado, o posicionamento permitiu<br />

que a Nike crescesse, em 10 anos, <strong>de</strong><br />

18% para 43% seu <strong>de</strong>sempenho nacional<br />

em calçados esportivos. O objetivo foi<br />

atingir os americanos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da ida<strong>de</strong>, sexo ou nível <strong>de</strong> aptidão física.<br />

Isso levou a marca a se tornar um ícone <strong>de</strong><br />

moda, não apenas como fornecedora <strong>de</strong><br />

equipamentos fitness. Entretanto, continuou<br />

atraindo atletas profissionais, como<br />

Ronaldo, Wayne Rooney, Michael Jordan,<br />

Kobe Bryant, Rafael Nadal e Roger Fe<strong>de</strong>rer.<br />

O posicionamento foi divulgado em<br />

diversas mídias e estampou a imagem da<br />

Nike como um ícone americano inovador,<br />

combinando atletas profissionais e amadores,<br />

sempre com mensagens motivacionais.<br />

Just do it estampa os produtos até<br />

hoje e assina as campanhas da marca em<br />

todo o mundo.<br />

*André Gustavo é diretor-geral da Wie<strong>de</strong>n +<br />

Kennedy no Brasil. Ele assina a arte acima<br />

com participação <strong>de</strong> Icaro Doria, diretor<br />

<strong>de</strong> criação da DDB NY; Pedro Izique, head<br />

of art da W+K Porland; e com o ilustrador<br />

Arthur Daraujo. A criação é <strong>de</strong> Gabriel<br />

Gue<strong>de</strong>lha e Vinicius Dalvi<br />

66 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


<strong>23</strong> As legítimas por Clovis Mello*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

Nos pés <strong>de</strong> todos<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

As sandálias Havaianas estão no mercado<br />

brasileiro há mais <strong>de</strong> 50 anos. Icônica,<br />

a marca foi consolidada ao longo do<br />

tempo por ser um gran<strong>de</strong> anunciante em<br />

diversas mídias. Em 1973, a forte concorrência<br />

do produto, que se tornava cada dia<br />

mais popular entre os brasileiros, fez com<br />

que a marca criasse posicionamento contra<br />

as cópias. Foi então que surge o slogan Proteja-se<br />

das fajutas. Legítimas, só Havaianas.<br />

Não <strong>de</strong>formam, não soltam as tiras e não<br />

têm cheiro. A primeira campanha <strong>de</strong>ssa nova<br />

fase foi estrelada pelo humorista Chico<br />

Anysio e o termo ‘fajuta’ ficou tão popular<br />

que entrou no dicionário Aurélio como sinônimo<br />

<strong>de</strong> produto falsificado e <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong>.<br />

Atualmente, o slogan ainda é usado<br />

em diversas campanhas, mas a marca ganhou<br />

a assinatura Havaianas. Todo Mundo<br />

Usa, criada pela AlmapBBDO.<br />

A Havaianas também é um dos <strong>maio</strong>res<br />

sucessos brasileiros no mercado internacional.<br />

As sandálias estão nos pés <strong>de</strong> cidadãos<br />

<strong>de</strong> todas as classes sociais, nos quatro cantos<br />

do mundo.<br />

* Clovis Mello é diretor <strong>de</strong> cena e sócio da Cine. Ele<br />

já dirigiu mais <strong>de</strong> 100 comerciais para Havaianas<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 67


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

24 Não basta ser pai. Tem que participar por André Felix*<br />

Divulgação<br />

Muito mais<br />

que um<br />

companheiro<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Ver um slogan <strong>de</strong> uma marca transformar-se<br />

em um bordão pelas ruas é o<br />

sonho <strong>de</strong> todo criativo. O slogan <strong>de</strong> Gelol,<br />

criado por Duda Mendonça, na DM9, em<br />

1984, tornou-se mais do que isso, motivando<br />

discussões em torno <strong>de</strong> um tema que já<br />

foi bem complexo e polêmico: o papel do<br />

“pai mo<strong>de</strong>rno”, aquele que, <strong>de</strong> fato, “participa”<br />

no dia a dia da vida dos filhos. O tipo<br />

<strong>de</strong> pai que acabou ganhando pelas ruas o<br />

apelido <strong>de</strong> “Pai Gelol”. O slogan foi lançado<br />

num emocionante comercial em que o pai<br />

acompanha o filho em uma partida <strong>de</strong> futebol,<br />

massificado com a força da TV aberta<br />

e <strong>de</strong>u nova nuance à comunicação <strong>de</strong> um<br />

produto <strong>de</strong> uma categoria com imagem antiguinha.<br />

Até hoje a expressão é repetida<br />

e uma simples busca no Google revela seu<br />

uso como título em uma profusão <strong>de</strong> matérias<br />

jornalísticas bem recentes, inclusive.<br />

Lula Vieira faz graça da potência emocional<br />

do comercial <strong>de</strong> Gelol <strong>de</strong>finindo-o como<br />

um “comercial <strong>de</strong> margarina com porrada”.<br />

*André Felix é vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação<br />

da Y&R Bravo Miami. Ele assina a arte<br />

com ilustração <strong>de</strong> Ricco.Rocks, brasileiro<br />

que também trabalha na Flórida<br />

68 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

25 Não esqueça a minha... por Roberto Lautert*<br />

Lembrete <strong>de</strong> presente<br />

e <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong><br />

Divulgação<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Entre os anos 1970 e 1980, nas famílias<br />

brasileiras <strong>de</strong> classe média, não havia<br />

um pai sequer que ousava se esquecer <strong>de</strong><br />

presentear o filho com uma bicicleta Caloi.<br />

Era exatamente esse o objetivo do slogan<br />

Não esqueça a minha Caloi, que transformou<br />

a marca em febre e está na memória<br />

do consumidor até hoje. Na época, as<br />

campanhas da Caloi eram assinadas pela<br />

Novo Ciclo, agência in house da empresa.<br />

Como porta-voz do conceito Não esqueça<br />

a minha Caloi, o personagem animado<br />

Zigbim, um menino na pré-adolescência,<br />

aparecia espalhando pela casa diversos<br />

bilhetinhos com o lembrete – sempre em<br />

locais que o pai passava, como o armário<br />

do banheiro, por exemplo. O garotinho<br />

apareceu pela primeira vez na TV em<br />

1978, voltando na década seguinte em outras<br />

campanhas com o mesmo mote.<br />

A Caloi só voltou a investir em publicida<strong>de</strong><br />

com essa força em 2007, quando<br />

lançou o slogan Caloi. Movimentando a<br />

Vida.<br />

*Roberto Lautert é diretor <strong>de</strong> criação e empresário.<br />

Atualmente trabalha como associado da<br />

Julio Ribeiro Planejamento <strong>de</strong> Empresas<br />

70 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

26 Não tem comparação por Thomas Roth*<br />

Divulgação<br />

Ou é ou não é<br />

KELLY DORES<br />

Não é assim uma Brastemp. O famoso<br />

bordão foi lançado pela propaganda<br />

brasileira nos anos 1990 e até hoje há quem<br />

use a expressão para classificar algo que é<br />

razoável. A bem-humorada campanha - intitulada<br />

Brastemp, não tem comparação -<br />

foi criada pela Talent (atual Talent Marcel)<br />

para a marca <strong>de</strong> eletrodomésticos e é um<br />

exemplo <strong>de</strong> como os bordões criados pela<br />

publicida<strong>de</strong> se popularizam fortemente entre<br />

os consumidores.<br />

Um dos protagonistas da série <strong>de</strong> filmes<br />

foi o cantor e ator Wandi Doratiotto. Os comerciais<br />

traziam uma tradicional poltrona,<br />

on<strong>de</strong> consumidores frustrados sentavam<br />

para contar por que não tinham comprado<br />

produtos Brastemp.<br />

A histórica campanha ganhou Leão em<br />

Cannes e Profissionais do Ano, entre outros<br />

prêmios. Com direção <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

Ana Carmen Longobardi e Mauro Perez,<br />

esse foi o tema da comunicação da marca<br />

até o ano <strong>de</strong> 2003.<br />

Hoje, a Brastemp é atendida pela FCB<br />

Brasil, que ganhou concorrência em abril<br />

passado.<br />

*Thomas Roth é publicitário, músico, compositor<br />

e diretor-geral da Lua Nova Produções Artísticas.<br />

Também já atuou como ator, aliás, sua última<br />

interpretação na publicida<strong>de</strong> foi exatamente em<br />

uma campanha para a série Não tem comparação.<br />

Ele assina a arte acima, na qual há link para uma<br />

música especialmente criada para o conceito, com<br />

a participação <strong>de</strong> Rodolfo Patrocinio, da Digital 21<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 71


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

27 Não tem preço por Beatriz Galloni*<br />

Divulgação<br />

Crédito recheado <strong>de</strong> emoções<br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

que não tem preço para você? A felicida<strong>de</strong>,<br />

talvez? Um fim <strong>de</strong> semana na<br />

O<br />

praia com os amigos? Pois é, a campanha<br />

Não tem preço, da Mastercard, feita pela<br />

McCann Worldgroup, dona da conta global,<br />

e pela WMcCann no Brasil, teve – e ainda<br />

tem – um objetivo: mostrar que nem tudo<br />

na vida tem um preço. Sim, mas para todas<br />

as outras existem Mastercard.<br />

Esse se tornou um dos motes mais famosos<br />

e eficazes da história da publicida<strong>de</strong><br />

mundial - e brasileira, por tabela. A prova<br />

é que até hoje, mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois, a<br />

campanha ainda é lembrada com altos índices<br />

<strong>de</strong> recall, principalmente no seu segmento<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços financeiros.<br />

Isso porque, talvez, a campanha – <strong>de</strong> um<br />

cartão <strong>de</strong> crédito, vale dizer – tem apelo<br />

para o aspecto mais emocional, mostrando<br />

um lado mais “amigo” da empresa. O recado<br />

que Não tem preço <strong>de</strong>ixa é que o dinheiro<br />

ajuda em muitas coisas na vida, mas não<br />

compra a felicida<strong>de</strong>.<br />

*Beatriz Galloni é Chief Marketing Officer da<br />

marca Mastercard para o Brasil e Cone Sul<br />

72 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

28 Nove entre <strong>de</strong>z estrelas... por Ricardo John*<br />

Divulgação<br />

A espuma das atrizes notáveis<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

marca <strong>de</strong> sabonetes Lux, da Unilever,<br />

A usou por décadas a imagem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

atrizes na comunicação. A campanha<br />

global Nove entre <strong>de</strong>z estrelas usam Lux foi<br />

<strong>de</strong>senvolvida ainda nos anos 1930, quando<br />

os profissionais da indústria da sétima arte<br />

começavam a ganhar status <strong>de</strong> luxo e riqueza.<br />

A agência responsável pela campanha<br />

foi a J. Walter Thompson. Foram cerca<br />

<strong>de</strong> 50 anos com o mesmo posicionamento,<br />

sendo reformulado apenas nos anos 1980.<br />

Mais <strong>de</strong> 400 mulheres estrelaram os anúncios<br />

<strong>de</strong> Lux. Entre as mais <strong>de</strong> 400 estrelas<br />

<strong>de</strong> Hollywood que fizeram parte da galeria<br />

da marca <strong>de</strong> sabonetes estão Rita Hayworth,<br />

Ginger Rogers, Marilyn Monroe, Raquel<br />

Welch, Sophia Loren, Elizabeth Taylor e<br />

Brigitte Bardot.<br />

No Brasil, a atriz Regina Duarte estrelou<br />

a campanha a partir dos anos 1960, quando<br />

o sabonete adotou a marca internacional<br />

também por aqui.<br />

*Ricardo John é Chief Creative Officer da<br />

J. Walter Thompson. Ele assina a arte assina<br />

com o também CCO Rodrigo Grau, com o<br />

diretor <strong>de</strong> criação Humberto Fernan<strong>de</strong>z<br />

e com o diretor <strong>de</strong> arte Pablo Lobo<br />

74 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

29 O caldo nobre da Galinha Azul por Hugo Rodrigues*<br />

Divulgação<br />

Sucesso <strong>de</strong> Norte a Sul<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

slogan Caldo Maggi. O caldo nobre da<br />

O Galinha Azul, criado pela Norton, em<br />

1976, tinha o objetivo <strong>de</strong> diferenciar o produto<br />

da Nestlé <strong>de</strong> seu <strong>maio</strong>r concorrente,<br />

o caldo Knorr. A cor azul, adotada pela<br />

personagem símbolo da marca, remete ao<br />

sangue azul da nobreza. Embora nobre,<br />

a Galinha Azul caiu na boca do povo, nos<br />

anos 1980, quando estrelou uma promoção<br />

no programa Viva a Noite, apresentado por<br />

Gugu Liberato, no SBT. Os versos “<strong>de</strong> Leste<br />

a Oeste, <strong>de</strong> Norte a Sul, a onda é a dança<br />

da Galinha Azul” viraram hit até no Carnaval<br />

<strong>de</strong> 1989, com um bloco da marca. Todo<br />

mundo sabia a dancinha que embalava a<br />

ação no programa. O Gran<strong>de</strong> Concurso da<br />

Galinha Azul, no qual o consumidor <strong>de</strong>veria<br />

adivinhar qual letra a galinha havia<br />

escolhido, recebeu mais <strong>de</strong> 25 milhões <strong>de</strong><br />

cartas.<br />

*Hugo Rodrigues é Chief Operating Officer<br />

e Chief Creative Officer da Publicis Brasil.<br />

Ele assina a arte acima com os diretores<br />

<strong>de</strong> criação Kevin Zung e Henrique Mattos.<br />

A ilustração é do Estúdio Opala Rosa Choque<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 75


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

30 O mundo é dos Nets por Eduardo Martins*<br />

Divulgação<br />

Um universo bem particular<br />

KELLY DORES<br />

Há exatos 11 anos no ar, a assinatura O<br />

mundo é dos Nets introduziu no mercado<br />

brasileiro um conceito <strong>de</strong> “clube” até<br />

então nunca antes apresentado <strong>de</strong>sta forma<br />

na propaganda. O slogan foi criado pela<br />

Talent Marcel, uma expert em popularizar<br />

bordões. No atendimento da conta da operadora,<br />

a agência vem <strong>de</strong>senvolvendo ao<br />

longo dos últimos anos novos <strong>de</strong>sdobramentos<br />

do conceito.<br />

Um dos personagens que marcaram a<br />

campanha foi o coronel Boris Tuchenko.<br />

Em geral, ele aparecia em situações inusitadas,<br />

como no filme em que estava na<br />

Sibéria e chamava os consumidores para<br />

“saírem da Sibéria e irem para a Net já” –<br />

uma referência à concorrência. Seu grito<br />

<strong>de</strong> guerra “Skavuska” (parabéns em russo)<br />

também virou hit no país.<br />

Lí<strong>de</strong>r entre as operadoras <strong>de</strong> telecomunicações,<br />

graças em boa parte à campanha,<br />

a Net virou referência no setor. Atualmente,<br />

a comunicação da marca é focada nas<br />

vantagens dos seus serviços, com o mote<br />

Vem pro lado Net.<br />

*Eduardo Martins é diretor <strong>de</strong> criação da Talent<br />

Marcel<br />

76 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


MENTORIA PME<br />

Garanta um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

para sua marca entre renomados CEOs<br />

e empreen<strong>de</strong>dores em busca <strong>de</strong> crescimento.<br />

EXAME e Fundação Dom Cabral reuniram um time estrelado <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> diferentes áreas<br />

que vão orientar empreen<strong>de</strong>dores para transformar seus negócios em gran<strong>de</strong>s companhias.<br />

Uma iniciativa inédita no Brasil, com a força <strong>de</strong> nomes que enten<strong>de</strong>m tudo sobre o assunto.<br />

Alguns dos 25 mentores que farão parte dos encontros<br />

Alexandre Costa<br />

Cacau Show<br />

Fabio Barbosa<br />

Itaú Unibanco<br />

Jorge Moll<br />

Re<strong>de</strong> D’Or<br />

Marco Stefanini<br />

Stefanini<br />

Mateus Ban<strong>de</strong>ira<br />

Falconi<br />

Rômulo Dias<br />

Cielo<br />

Walter Longo<br />

Abril<br />

Wilson Poit<br />

Poit Energia<br />

Palestrantes convidados para falar sobre questões fundamentais na busca <strong>de</strong> bons resultados<br />

Roger Ingold Eduardo Giannetti Mario Sergio Cortella Nizan Guanaes Marcio Fernan<strong>de</strong>s<br />

CONQUISTE A ATENÇÃO DE UM PÚBLICO ALTAMENTE QUALIFICADO<br />

EM BUSCA DE CONHECIMENTO E SOLUÇÕES PARA SEUS NEGÓCIOS.<br />

• Gran<strong>de</strong> exposição <strong>de</strong> marca nos cinco encontros e no hotsite ao longo do ano<br />

• Participação do principal executivo da marca em <strong>de</strong>bate exclusivo<br />

• Relacionamento direto com <strong>de</strong>cisores<br />

• Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativação para aumentar a visibilida<strong>de</strong> e ampliar a interação com o público<br />

• Cobertura dos encontros em EXAME<br />

Patrocine!<br />

Realização:<br />

Acesse agora www.publiabril.com.br/mentoria pme


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

31 O mundo gira, a Lusitana roda por Fernando Guntovitch*<br />

Divulgação<br />

Mudanças são<br />

sempre bem-vindas<br />

PAULO MACEDO<br />

Com uma frota <strong>de</strong> 90 caminhões, a Lusitana<br />

é referência na área <strong>de</strong> logística,<br />

principalmente na área <strong>de</strong> mudanças resi<strong>de</strong>nciais.<br />

O branding da empresa foi <strong>de</strong>lineado<br />

logo no início da sua operação pelo<br />

fundador Joaquim Monteiro, em 1921. Ele<br />

é o autor do slogan O mundo gira, a Lusitana<br />

roda, que tornou a marca conhecida e<br />

símbolo <strong>de</strong>sse tra<strong>de</strong>. E é usado até os dias<br />

<strong>de</strong> hoje. As carrocerias dos veículos são autênticos<br />

outdoors, como frisa e compara o<br />

executivo Manoel Vicente.<br />

Não se sabe ao certo o impacto que causa,<br />

mas a exposição no tráfego das principais<br />

rodovias é sintomática. Apenas no Carnaval<br />

<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, as estradas sob concessão do<br />

consórcio CCR, entre as quais a Dutra, contabilizaram<br />

5,2 milhões <strong>de</strong> veículos.<br />

O mundo gira, a Lusitana roda também<br />

se tornou bordão, aplicado quando a situação<br />

é relacionada a movimento não necessariamente<br />

sobre rodas nem sobre estradas<br />

e muito menos apenas sobre mudanças <strong>de</strong><br />

casa, bairro ou cida<strong>de</strong>s.<br />

*Fernando Guntovitch é presi<strong>de</strong>nte da<br />

agência The Group. Ele assina a arte acima<br />

com a diretora <strong>de</strong> criação Lygia Fernan<strong>de</strong>s<br />

78 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

32 O primeiro sutiã a gente nunca esquece por Washington Olivetto*<br />

Divulgação<br />

A estreia sempre na memória<br />

KELLY DORES<br />

Provavelmente, ele é um dos comerciais<br />

mais poéticos da história da propaganda<br />

brasileira. O primeiro sutiã a gente nunca<br />

esquece foi criado por ninguém menos<br />

do que Washington Olivetto, atualmente<br />

chairman da WMcCann, e entrou <strong>de</strong>finitivamente<br />

para o imaginário popular, sendo<br />

uma das peças publicitárias mais lembradas<br />

<strong>de</strong> todos os tempos.<br />

Com um conceito po<strong>de</strong>roso e um resultado<br />

sutil e <strong>de</strong>licado, o filme, <strong>de</strong>senvolvido<br />

para Valisère, mostra uma menina experimentando<br />

o seu primeiro sutiã. O slogan<br />

surgiu a partir da percepção da importância<br />

do sutiã para as meninas na passagem<br />

da infância para a adolescência.<br />

Des<strong>de</strong> a veiculação da campanha, em<br />

1987, a expressão o primeiro a gente nunca<br />

esquece virou um bordão popular. O<br />

filme também está registrado no livro Os<br />

100 melhores comerciais <strong>de</strong> todos os tempos<br />

e recebeu inúmeros prêmios, entre<br />

eles Leão <strong>de</strong> Ouro no Cannes Lions e Clio<br />

Awards.<br />

*Washington Olivetto é chairman e Chief Creative<br />

Officer da WMcCann. Ele assina a arte acima com<br />

criação <strong>de</strong> Andréia Barion e Sibely Silveira, e direção<br />

<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> Guime Davidson. O VP <strong>de</strong> produção<br />

é Marcelo Hack, bordado <strong>de</strong> Luca Schiller,<br />

produção gráfica <strong>de</strong> Ricardo Rodrigues e Mauricio<br />

Martim. Art buyer é Bibiana Oliveira com<br />

fotografia <strong>de</strong> Miro e Murillo Percivalle.<br />

O tratamento <strong>de</strong> imagem é <strong>de</strong> Pancho<br />

e a mo<strong>de</strong>lo é Carol Zimmermann<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 79


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

33 Pense diferente por Marcio Oliveira*<br />

Divulgação<br />

A maçã fora da caixa<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

agência TBWA\Chiat\Day assinou a<br />

A campanha Think Different (pense diferente,<br />

em tradução livre), criada para<br />

Apple em 1997, ano que marcou a volta do<br />

fundador Steve Jobs à empresa como CEO.<br />

O slogan foi usado até 2002 e estava alinhado<br />

com o posicionamento da empresa<br />

inovadora. O comercial, com um minuto<br />

<strong>de</strong> duração, mostrava personalida<strong>de</strong>s<br />

mundiais que se <strong>de</strong>stacaram por serem<br />

“fora da caixa”. Aparecem no filme Albert<br />

Einstein, Bob Dylan, Martin Luther King<br />

Jr., John Lennon com Yoko Ono, Maria<br />

Callas, Alfred Hitchcock e Pablo Picasso,<br />

entre outros. A narração do ator Richard<br />

Dreyfuss chama a atenção às características<br />

em comum <strong>de</strong>sses ícones. “Alguns<br />

po<strong>de</strong>m vê-los como loucos. Nós vemos gênios.<br />

As pessoas que são loucas o suficiente<br />

para achar que po<strong>de</strong>m mudar o mundo<br />

são aquelas que o fazem”, diz a mensagem<br />

inspiradora.<br />

*Marcio Oliveira é presi<strong>de</strong>nte da Lew’Lara\TBWA,<br />

multinacional que tem a Apple entre os<br />

seus principais clientes globais. Ele assina a<br />

arte com participação <strong>de</strong> Domênico Massareto,<br />

diretor <strong>de</strong> inovação do grupo TBWA no Brasil<br />

80 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


NESSES 51 ANOS,<br />

O PROPMARK PASSOU<br />

POR 8 CRISES ECONÔMICAS,<br />

7 MOEDAS E UNS 43<br />

GURUS DA COMUNICAÇÃO<br />

DECRETANDO A MORTE<br />

DA MÍDIA IMPRESSA.<br />

Parabéns, PROPMARK, pelos 51 anos cobrindo,<br />

informando e inspirando o mercado publicitário.<br />

Paulo Queiroz / Presi<strong>de</strong>nte<br />

55 11 3054.9390<br />

pqueiroz@dm9ddb.com.br<br />

Alcir Gomes Leite / Presi<strong>de</strong>nte<br />

55 11 3054.9699<br />

aleite@dm9ddb.com.br<br />

Marcelo Passos / VP <strong>de</strong> Atendimento<br />

55 11 3054.9610<br />

marcelo.passos@dm9ddb.com.br<br />

SUA MARCA<br />

PRECISA DE UMA<br />

AGÊNCIA DE ALTA<br />

PERFORMANCE,<br />

SUA MARCA<br />

PRECISA DA DM9.<br />

Uma das agências mais premiadas do mundo.<br />

55 11 3054-9999<br />

dm9ddb.com.br<br />

facebook.com/dm9ddb<br />

twitter.com/dm9ddb<br />

youtube.com/agenciadm9ddb


34 Põe na Consul por Carlos Righi*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

Fica frio...<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

bordão criado pela Salles nos anos<br />

O 1970 frequentou maciçamente as<br />

emissoras <strong>de</strong> rádio e <strong>de</strong> TV, revistas e jornais<br />

e entrou rapidamente para o repertório<br />

cotidiano das pessoas. A Consul queria<br />

se tornar sinônimo <strong>de</strong> gela<strong>de</strong>ira. O conceito<br />

reflete a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que quando um assunto<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>ixado para <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong>ve ser<br />

“colocado na gela<strong>de</strong>ira”. Há informações<br />

no mercado afirmando que ele teria surgido,<br />

inclusive, durante uma reunião em<br />

que a criação <strong>de</strong>cidiu, em dado momento,<br />

dar um tempo e “esfriar a cabeça”, quando<br />

alguém disse, distraidamente, “põe<br />

a cabeça na Consul”. Funcionou. O slogan<br />

permaneceu no ar por cerca <strong>de</strong> uma<br />

década. Naqueles anos, a marca buscava<br />

inovar com cores fortes como o amarelo<br />

e o vermelho nos produtos e o mecanismo<br />

que permitia abrir a porta da gela<strong>de</strong>ira<br />

com os pés – facilitando o armazenamento<br />

dos alimentos quando se estava com as<br />

mãos ocupadas.<br />

*Carlos Righi é sócio e diretor <strong>de</strong> criação da<br />

Cia <strong>de</strong> Cinema. Ele assina a arte em homenagem<br />

ao slogan da Consul com direção <strong>de</strong> arte <strong>de</strong><br />

Rodolfo Vanni e fotografia <strong>de</strong> Adriano Vanni<br />

82 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

35 Por um mundo mais doce por Marcelo Reis*<br />

Divulgação<br />

O açúcar nosso <strong>de</strong> cada dia<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

posicionamento Por um mundo mais<br />

O doce, criado pela Leo Burnett Tailor<br />

Ma<strong>de</strong>, foi lançado em novembro <strong>de</strong> 2014,<br />

com a campanha Doces Notícias. Como<br />

não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, a alusão à doçura<br />

sempre esteve ligada à comunicação<br />

do Açúcar União. Nos anos 1980, a marca<br />

lançou a campanha Açúcar União, o Doce<br />

Sabor da Energia, criada pela Gang Publicida<strong>de</strong>.<br />

Durante a comemoração dos 70<br />

anos da marca, na mesma década, um dos<br />

anúncios trazia a expressão: Há 70 anos a<br />

União dos Refinadores vem fazendo a sua<br />

vida mais doce. Anos mais tar<strong>de</strong>, em 2012,<br />

a assinatura adotada foi On<strong>de</strong> tem doce tem<br />

União, com o conceito Receitas <strong>de</strong> vida por<br />

um mundo mais doce. A agência responsável<br />

por essa comunicação foi a New Energy,<br />

do Grupo Newcomm.<br />

Na arte acima, o conceito Por um mundo<br />

mais doce está retratado em uma homenagem<br />

da Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong> aos 51 anos<br />

do PROPMARK com uma visão da agência<br />

sobre a comunicação do próprio conceito<br />

da marca União.<br />

*Marcelo Reis é copresi<strong>de</strong>nte e Chief Creative Officer<br />

da Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>. Ele assina a arte<br />

com criação <strong>de</strong> Thony Fernan<strong>de</strong>s e Fernando Calvache,<br />

direção <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> João Caetano Brasil e<br />

Alexandre Pagano, e ilustração <strong>de</strong> Marlos Lima<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 83


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

36 Porque somos mamíferos por Erh Ray*<br />

Divulgação<br />

Engajamento com pelúcia<br />

PAULO MACEDO<br />

ano <strong>de</strong> 1996 é indissociável na história<br />

O da Parmalat. A empresa lançou uma<br />

campanha com foco no público infantil,<br />

que ativou branding e negócios simultaneamente.<br />

No comercial, as crianças se<br />

vestiam com roupas <strong>de</strong> pelúcia <strong>de</strong> animais<br />

como leão, elefante, rinoceronte, gato e<br />

cachorro, em um envolvente jingle ressaltando<br />

que todos os animais são fãs <strong>de</strong><br />

Parmalat. No final, havia a assinatura sonora<br />

Tomou? e uma locução em off pedindo<br />

Trate seus bichihos com amor e Parmalat.<br />

A criação teve a assinatura <strong>de</strong> Erh Ray<br />

e Nizan Guanaes, à época na DM9DDB. A<br />

estratégia, inspirada em um trabalho do<br />

fotógrafo americano Tom Arma, durou três<br />

anos. Ray estava em Nova York quando viu<br />

os bichinhos em uma vitrine e teve a inspiração<br />

para a ação multidisciplinar batizada<br />

<strong>de</strong> Mamíferos. A parte promocional envolveu<br />

a comercialização dos bichinhos por<br />

R$ 8,00 mais 20 códigos <strong>de</strong> barras. O anunciante<br />

precisou ampliar <strong>de</strong> 300 mil para 15<br />

milhões <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s, para suprir a <strong>de</strong>manda.<br />

A força <strong>de</strong>sse projeto, digamos, dos pequenos<br />

mamíferos com pelúcia, ajudou a<br />

empresa a saltar <strong>de</strong> um faturamento <strong>de</strong> R$<br />

38 milhões para R$ 1,87 bilhão.<br />

* Erh Ray é sócio e co-CEO da BETC e copresi<strong>de</strong>nte<br />

do Havas Creative Group no Brasil.<br />

Além <strong>de</strong> créditos a Tom Arma, ele i<strong>de</strong>alizou<br />

a arte acima com a participação do diretor<br />

<strong>de</strong> criação Rodolfo Barreto, do diretor<br />

<strong>de</strong> arte Cristiano Bernardo e do redator<br />

João Queiroz. Produtora é Patrica Mota,<br />

com arte final da Cia da Produção<br />

84 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


A FISCHER<br />

CRIA COM<br />

FRANCIS<br />

UMA NOVA<br />

CATEGORIA<br />

DE BANHO.<br />

Mais do que uma campanha publicitária, a Fischer está lançando com Francis uma nova categoria:<br />

o banho floral. Isso porque a linha <strong>de</strong> sabonetes Francis é feita <strong>de</strong> óleos florais extraídos das melhores<br />

flores do mundo. Um case que já nasce com cheiro <strong>de</strong> ótimos resultados.<br />

INOVAÇÃO • ESTRATÉGIA • POSICIONAMENTO • CONSULTORIA<br />

ARQUITETURA DE MARCA • BRANDING • ENTERTAINMENT • DIGITAL<br />

INTELIGÊNCIA COMERCIAL • BRANDED CONTENT • EXPERIENCE<br />

ATIVAÇÃO DE MKT • AUDITORIA DE CADEIA • AH, E PROPAGANDA<br />

ISSO É<br />

fischeramerica.com.br • Tel.: (11) 3704-1411 • fischeramerica@fischeramerica.com.br • /agenciafischer • /agenciafischer


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

37 Quem bate? É o frio por Fabio Seidl*<br />

Divulgação<br />

O toc-toc-toc para agasalhar<br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

Se existisse algum termômetro para o<br />

sucesso <strong>de</strong> uma campanha, este po<strong>de</strong>ria<br />

ser um jingle. Veja você: Quem bate? É<br />

o frio! Mesmo sem querer, a segunda parte<br />

<strong>de</strong>sta canção <strong>de</strong>ve ter continuado na sua<br />

cabeça. Isso talvez explique a perpetuação<br />

<strong>de</strong> alguns trabalhos publicitários. Este, por<br />

exemplo, foi feito por Heitor Carillo, em<br />

1967, para a Casas Pernambucanas. O comercial<br />

para a televisão era um <strong>de</strong>senho<br />

que tinha um fantasminha no papel <strong>de</strong> protagonista.<br />

Ele representava o frio, que batia<br />

na casa <strong>de</strong> uma pessoa, que o espantava<br />

dali cantando o jingle. No interior da casa,<br />

pessoas apareciam agasalhadas em volta<br />

<strong>de</strong> uma lareira.<br />

Em 2014, a J. Walter Thompson recriou<br />

a campanha. O frio, também um fantasma,<br />

apareceu com um ar mais mo<strong>de</strong>rno e nem<br />

um pouco feliz na janela, assistindo alguns<br />

amigos dançando na sala – <strong>de</strong>vidamente<br />

aquecida, claro.<br />

*Fabio Seidl é diretor <strong>de</strong> criação<br />

da 360iNY. Ele assina a arte acima<br />

com a participação <strong>de</strong> Eduardo Vea<br />

Keating aka Nose, que criou o snow<br />

graffiti e fez a foto<br />

86 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

38 Retratos da real beleza por Anselmo Ramos*<br />

Divulgação<br />

Sucesso <strong>de</strong> autoestima<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

convite da Unilever, a agência Ogilvy<br />

A Brasil foi responsável por criar um dos<br />

<strong>maio</strong>res sucessos publicitários da história da<br />

marca Dove. Retratos da real beleza foi uma<br />

campanha global assinada por brasileiros e<br />

ganhou o Grand Prix no Festival <strong>de</strong> Cannes<br />

2013. Seguindo o conceito da real beleza, posicionamento<br />

usado pela marca há anos, a<br />

agência se inspirou na rígida autocrítica aplicada<br />

pelas mulheres ao se <strong>de</strong>screverem.<br />

Ao mesmo tempo, elas foram convidadas<br />

a falar como viam as colegas também voluntárias<br />

da ação. O resultado surpreeen<strong>de</strong>u as<br />

participantes - e também todos que assistiram<br />

ao ví<strong>de</strong>o - ao provar que, muitas vezes,<br />

as mulheres não enxergam como são bonitas.<br />

A agência criou uma campanha com foco<br />

na internet e escolheu o YouTube para exibir<br />

o minidocumentário, que ‘viralizou’ mundo<br />

afora.<br />

* Anselmo Ramos é fundador e Chief Creative<br />

Officer da agência David. Ele presta uma homenagem<br />

a todos os profissionais que “ajudaram a<br />

fazer a i<strong>de</strong>ia acontecer”. Ramos assina a ilustração<br />

com direção <strong>de</strong> arte <strong>de</strong> Curtis Caja<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 87


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

39 Se alguém te oferecer flores... por Christina Carvalho Pinto*<br />

Divulgação<br />

A romântica sedução<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Ah, os anos 1980! Depois da queima <strong>de</strong><br />

soutiens, a publicida<strong>de</strong> escancarou um<br />

lado mais romântico, piegas – e hétero –, da<br />

socieda<strong>de</strong> na campanha do <strong>de</strong>sodorante<br />

Impulse!, que bradava Se um <strong>de</strong>sconhecido<br />

te oferecer flores, isto é Impulse! e ainda encerrava<br />

dizendo que o produto só não protegia<br />

<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> amor.<br />

O slogan, criado pela Ogilvy, rodou o<br />

mundo. Os filmes retratavam a típica historinha<br />

universal “boy meets girl”. Impulse<br />

foi lançado pela Fabergé (Unilever)<br />

nos anos 1970 na África do Sul, veio para<br />

o Brasil e chegou aos EUA em 1982. Na<br />

Alemanha, chegou a ter 36% do mercado<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sodorantes. A marca ainda existe, se<br />

mo<strong>de</strong>rnizou – inclusive na propaganda – e<br />

é uma das mais fortes em body spray do<br />

Reino Unido, on<strong>de</strong> permanece o conceito<br />

<strong>de</strong> homens agindo <strong>de</strong> forma impulsiva para<br />

agradar mulheres. A agência, que fará, em<br />

2017, o relançamento global <strong>de</strong> Impulse é a<br />

Droga5, com o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> conquistar, quem<br />

diria, a geração <strong>de</strong> Millennials.<br />

* Christina Carvalho Pinto é presi<strong>de</strong>nte do Grupo<br />

Full Jazz. Ela assina a arte acima com o sócio-presi<strong>de</strong>nte<br />

e diretor <strong>de</strong> criação da Full Jazz, Luiz Lobo, e<br />

com Luiz Andra<strong>de</strong>, que fez a direção <strong>de</strong> arte em 3D<br />

88 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


NINGUÉM<br />

SEGURA A<br />

53%<br />

DE PARTICIPAÇÃO<br />

A audiência da Vanguarda<br />

é <strong>maio</strong>r que a soma <strong>de</strong><br />

todos os canais abertos<br />

e mais os canais por<br />

assinatura.<br />

Dos 50 programas <strong>de</strong><br />

<strong>maio</strong>r audiência,<br />

42 são da Vanguarda.<br />

93% <strong>de</strong> cobertura digital na região<br />

100% do jornalismo local em HD<br />

100% da programação local em HD<br />

Fonte: Kantar Ibope Media - Media Workstation<br />

São José dos Campos e Taubaté - nov/2015.


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

40 Se é Bayer, é bom por Chico Baldini*<br />

Divulgação<br />

Resposta curta e direta<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Washington Olivetto costuma dizer<br />

que slogans brilhantes são aqueles<br />

que se tornam conhecidos não pela repetição<br />

exaustiva, como é o caso da <strong>maio</strong>ria,<br />

mas por traduzirem perfeitamente um<br />

forte conceito. Certamente o caso <strong>de</strong> Se é<br />

Bayer, é bom, criado por Bastos Tigre e possivelmente<br />

o mais antigo slogan criado no<br />

Brasil. Simples, respon<strong>de</strong> à velha pergunta<br />

universal: “Esse remédio é bom?”.<br />

O pernambucano Bastos Tigre, registro<br />

para aqueles que não foram fundo na história<br />

da publicida<strong>de</strong>, foi um jornalista, poeta<br />

e publicitário – entre outros vários talentos<br />

– que criou o slogan em 1922, na Semana<br />

<strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna. A frase foi usada<br />

durante 50 anos e atravessou fronteiras:<br />

tornou-se Si es Bayer, es bueno, em países<br />

da América Latina. Talvez hoje, especula<br />

um integrante do Conselho do Conar, não<br />

performasse tão bem: o adjetivo “Bom”<br />

po<strong>de</strong>ria, por exemplo, ser questionado<br />

por <strong>de</strong>screver uma marca <strong>de</strong> medicamentos.<br />

Porque, afinal <strong>de</strong> contas, o que é bom?<br />

Bons mesmo, eram os tempos vividos por<br />

Bastos Tigre.<br />

*Chico Baldini é sócio e Chief Relationship<br />

Officer da W3haus. Ele <strong>de</strong>senhou uma<br />

“elegante senhora <strong>de</strong> 120 anos <strong>de</strong> Brasil. Um<br />

enorme coração serve <strong>de</strong> fundo (afinal o seu<br />

medicamento mais conhecido, a Aspirina, é<br />

usada para controlar condições cardíacas),<br />

enquanto um sol, flores e pets representam<br />

os segmentos que a W3haus aten<strong>de</strong>”.<br />

90 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

41 Se o bar é bom, o chopp é Brahma por Sergio Gordilho*<br />

Divulgação<br />

Conclusão para convencer<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

Depois <strong>de</strong> muitos anos explorando sua<br />

posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança no ranking <strong>de</strong> cervejas<br />

mais vendidas do Brasil com o slogan<br />

A Número 1, criado pela então Fischer, Justus<br />

- hoje Fischer -, no fim dos anos 1990<br />

e começo do século 21, a Brahma passou a<br />

dividir mais participação <strong>de</strong> mercado com<br />

a amiga e concorrente Skol – ambas pertencem<br />

à Ambev. Isso obrigou a marca, que<br />

hoje é a vice-lí<strong>de</strong>r no mercado nacional, a<br />

renovar sua comunicação.<br />

Outros slogans foram criados após o<br />

gran<strong>de</strong> sucesso com o numeral 1, mas o que<br />

realmente colou na mente dos consumidores<br />

<strong>de</strong>pois disso foi uma i<strong>de</strong>ia, igualmente<br />

forte, que surgiu em meados <strong>de</strong> 2005. Em<br />

preparação para a Copa do Mundo <strong>de</strong> 2006,<br />

evento que sempre agita o mercado cervejeiro,<br />

a agência Africa resolveu transmitir a<br />

percepção <strong>de</strong> que os melhores bares precisam<br />

oferecer a marca para que sejam reconhecidos<br />

como tal. Daí nasceu o slogan que<br />

induz à conclusão: Se o bar é bom, o chopp<br />

é Brahma!<br />

*Sergio Gordilho é copresi<strong>de</strong>nte e Chief Creative<br />

Officer da Africa. Ele assina a arte acima com o<br />

diretor <strong>de</strong> criação Bruno Valença<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 91


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

42 Sinal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> por Christian Gebara*<br />

Divulgação<br />

Conexões imprescindíveis<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

Se por um lado o mercado <strong>de</strong> telefonia celular<br />

é fechado para a atuação <strong>de</strong> poucos<br />

players, por outro lado a concorrência entre<br />

eles é bastante acirrada. Neste cenário,<br />

quem conquista a confiança dos consumidores<br />

nos <strong>de</strong>talhes mais importantes do<br />

serviço leva a vantagem.<br />

Por isso, na década passada, a Vivo apostou<br />

em um slogan simples e direto que vendia<br />

a i<strong>de</strong>ia do Sinal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> antes <strong>de</strong><br />

qualquer outra coisa. O posicionamento foi<br />

planejado pela Africa e conduziu a estratégia<br />

da companhia durante alguns anos,<br />

até a evolução dos smartphones, quando<br />

apenas o sinal <strong>de</strong> serviço telefônico já não<br />

bastava.<br />

Em questões comportamentais e antropológicas,<br />

o conceito do Sinal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

vem se fortalecendo no dia a dia do consumidor,<br />

que está cada vez mais inseparável<br />

dos seus mo<strong>de</strong>rnos aparelhinhos <strong>de</strong> telefone,<br />

nesses tempos em que a permanente<br />

conexão com a internet tornou-se imprescindível<br />

para o relacionamento com marcas<br />

como a Vivo.<br />

*Christian Gebara é Chief Revenue Officer da<br />

Telefônica Vivo. Ele assina a arte acima com a<br />

participação do copresi<strong>de</strong>nte e Chief Creative<br />

Officer da Africa, Sergio Gordilho, e com Bruno<br />

Valença, diretor <strong>de</strong> criação da agência<br />

92 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

43 Tem 1001 utilida<strong>de</strong>s por Rafael Urenha*<br />

Divulgação<br />

Funcional <strong>de</strong> A a Z<br />

PAULO MACEDO<br />

campanha 1001 utilida<strong>de</strong>s foi criada<br />

A pela McCann-Erickson. A BomBril foi o<br />

primeiro cliente 100% brasileiro da agência<br />

do Interpublic, hoje WMcCann. A DPZ começou<br />

a trabalhar com a marca em 1977 e<br />

o publicitário Washington Olivetto participou<br />

dos projetos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, ao lado <strong>de</strong><br />

Francesc Petit, um dos fundadores da icônica<br />

agência <strong>de</strong> três letras, hoje DPZ&T, que<br />

mantém a conta da marca.<br />

O primeiro comercial foi para o <strong>de</strong>tergente<br />

Bril, com o ator Nuno Leal Maia. O<br />

personagem Garoto BomBril, protagonizado<br />

pelo ator Carlos Moreno, estreou em<br />

1978. A campanha entrou para o Guinness<br />

Book, como a mais longeva da propaganda<br />

mundial, no início dos anos 1990, e ficou no<br />

ar por mais <strong>de</strong> 35 anos. Foram quase 400<br />

comerciais, durante esse período. Olivetto<br />

editou o livro Soy contra, com os anúncios<br />

<strong>de</strong> revista da marca das 1001 utilida<strong>de</strong>s,<br />

com Moreno parodiando pessoas com forte<br />

presença na mídia.<br />

*Rafael Urenha é Chief Creative<br />

Officer da DPZ&T. Ele assina a arte<br />

acima com a participação do diretor<br />

<strong>de</strong> arte Tiago Zanatta<br />

94 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

44 Tomou Doril, a dor sumiu por Tiago Biazetto*<br />

Divulgação<br />

Cadê? On<strong>de</strong> ela foi parar?<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

Um dos slogans mais lembrados das décadas<br />

<strong>de</strong> 1980 e 1990, Tomou Doril, a<br />

dor sumiu foi tão marcante que mais <strong>de</strong> um<br />

publicitário tentou assumir sua paternida<strong>de</strong>.<br />

Quando um bom conceito faz sucesso<br />

e atrai a simpatia dos consumidores, é comum<br />

que apareçam vários “gênios” que<br />

tentam se apo<strong>de</strong>rar da criação nos bastidores.<br />

Até o momento em que o pai finalmente<br />

apareceu, com a mesma fúria <strong>de</strong> Ulisses<br />

quando chegou à sua querida Ítaca após 20<br />

anos <strong>de</strong> Odisseia, e expulsou os preten<strong>de</strong>ntes<br />

que queriam roubar-lhe a sua linda Penélope.<br />

Depois <strong>de</strong> dúvidas sobre quem realmente<br />

havia tido a i<strong>de</strong>ia, Agnelo Pacheco, que<br />

na época estava na Norton Comunicação,<br />

apareceu para tomar o que era seu por direito,<br />

com a anuência <strong>de</strong> Nelson Morizono,<br />

na época dono da Dorsay. Ele explica o insight:<br />

“Na frente <strong>de</strong>le e <strong>de</strong> meu primo, Lucio<br />

Pacheco, peguei a caixa, tapei o IL, ficou só<br />

a palavra DOR na embalagem. Tirei a mão<br />

e a palavra Doril voltou a figurar na embalagem.<br />

Falei: ‘Viu? Tomou Doril, a dor sumiu’.<br />

Simples, direta, como toda a criação<br />

<strong>de</strong>ve ser”.<br />

*Tiago Biazetto é sócio e diretor criativo estratégico<br />

da Tif Comunicação e presi<strong>de</strong>nte do Clube<br />

<strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong> do Paraná. Ele assina a arte com<br />

a participação <strong>de</strong> Juan Ignacio Hervas, Fhabyo<br />

Matesick, Wal<strong>de</strong>mar Segundo e Rafael Coradine.<br />

Fotografia é <strong>de</strong> Nuno Papp<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 95


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

45 Um banho <strong>de</strong> alegria num mundo <strong>de</strong> água quente por Fernando Campos*<br />

Divulgação<br />

Prazer sem racionamento<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

panho um sabonete, abro a torneira<br />

“A e <strong>de</strong> repente a gente sente. Duchas<br />

Corona, um banho <strong>de</strong> alegria, num mundo<br />

<strong>de</strong> água quente”. O leitor que tenha vivido<br />

os agitados anos 1970 provavelmente reconhece<br />

a letra <strong>de</strong>ste jingle e po<strong>de</strong> até mesmo<br />

escutar o ritmo na mente.<br />

Criado pelo compositor Francis Monte<br />

– uma <strong>de</strong> suas primeiras criações publicitárias<br />

–, este clássico da publicida<strong>de</strong> brasileira<br />

foi inicialmente recusado por falar<br />

mais vezes a palavra sabonete do que ducha.<br />

Felizmente o produtor da Publisol, que<br />

encomendou a canção em nome da Corona,<br />

conseguiu convencer o cliente e associou<br />

o refrão à marca durante aproximadamente<br />

uma década. Hoje, em tempos <strong>de</strong> falta<br />

<strong>de</strong> água e represas a baixos níveis, geraria<br />

uma polêmica nas re<strong>de</strong>s sociais ou po<strong>de</strong>ria<br />

até mesmo gerar processo no Conar, como<br />

brinca Fernando Campos, da Santa Clara e<br />

do Clube <strong>de</strong> Criação, que foi convidado pelo<br />

PROPMARK para uma interpretação visual<br />

<strong>de</strong>sse sucesso publicitário.<br />

*Fernando Campos é sócio e diretor<br />

<strong>de</strong> criação da Santa Clara e presi<strong>de</strong>nte<br />

do Clube <strong>de</strong> Criação<br />

96 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


www.zoegas.com.br<br />

9 pots<br />

13 filmes<br />

18 campa has digitais<br />

47 anúncios<br />

9 ações promocion is<br />

13 cliente<br />

2 anos <strong>de</strong> operação. 30 anos <strong>de</strong> experiência.


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

46 Um raro prazer por André Pedroso*<br />

Divulgação<br />

Os po<strong>de</strong>res da fumaça<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

ale menos do produto e ofereça mais<br />

“Fentretenimento ao consumidor. Insira<br />

a marca no contexto”. Esse conceito, que<br />

hoje está bastante em alta, foi usado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os primórdios da propaganda pelas marcas<br />

<strong>de</strong> cigarro. Se, por um lado, o produto em si<br />

está associado a consequências negativas,<br />

pelo aspecto da comunicação, os comerciais<br />

<strong>de</strong> cigarro ensinaram os publicitários<br />

a ven<strong>de</strong>rem mais que um simples produto<br />

e conectarem marcas com estilos <strong>de</strong> vida.<br />

Um dos slogans históricos <strong>de</strong> <strong>maio</strong>r sucesso<br />

do mercado veio da marca Carlton,<br />

que, com trilhas sonoras bem escolhidas e<br />

apelos mais sutis, fugia do mo<strong>de</strong>lo publicitário<br />

dos anos 1970 e 1980 e transmitia a<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Um raro prazer. Um comercial <strong>de</strong><br />

1979, por exemplo, <strong>de</strong>dicava mais valiosos<br />

segundos mostrando garrafas enchendo<br />

taças <strong>de</strong> vinhos e cortes <strong>de</strong> queijos do que<br />

ao próprio produto, que aparecia praticamente<br />

como algo complementar à ocasião.<br />

Hoje, em tempos <strong>de</strong> Skip Ads, essa estratégia<br />

é mais regra do que exceção em publicida<strong>de</strong><br />

na internet.<br />

*Andre Pedroso, fumante, é diretor <strong>de</strong> criação da<br />

Momentum. Ele assina a homenagem à Carlton<br />

com o diretor <strong>de</strong> arte Ricardo Sanchez e o fotógrafo<br />

Alexandre Salgado (Estudio ArtLuz), também com<br />

participação <strong>de</strong> Marinete Raimondi (art buyer) e Quirino<br />

Nogueira (produção gráfica). Retoque é da Craft.<br />

98 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

47 Vale por um bifinho por Rui Branquinho*<br />

Divulgação<br />

Recall nutritivo<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

Sucesso entre a criançada, a Danone<br />

lançou o Danoninho no Brasil em 1973,<br />

abrindo a categoria <strong>de</strong> iogurte petit suisse,<br />

um queijo fresco, adicionado <strong>de</strong> minerais e<br />

vitaminas. Mas, foi na década <strong>de</strong> 1980 que<br />

o iorgute ficou famoso por aqui. E este fato<br />

se <strong>de</strong>ve, principalmente, a um dos slogans<br />

mais populares da história da publicida<strong>de</strong><br />

brasileira: Danoninho vale por um bifinho.<br />

Além disso, o jingle criado por José Mário<br />

e Luiz Orchestra, que parodiava uma famosa<br />

valsinha no Brasil conhecida como Bife,<br />

sequência <strong>de</strong> notas musicais no piano, se<br />

tornou hino para as crianças. Mas, apesar<br />

<strong>de</strong> todo o sucesso, a frase foi contestada por<br />

nutricionistas, que compararam as calorias<br />

do produto com um bife e constataram alto<br />

teor <strong>de</strong> açúcar e gordura, sem alcançar o<br />

nível das proteínas <strong>de</strong> um bife. Notificada<br />

pelo Conar, a Danone evitou utilizar o slogan,<br />

que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser usado no país, mas<br />

foi introduzido na Alemanha e na Áustria,<br />

por exemplo.<br />

* Rui Branquinho é publicitário<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 99


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

48 Varig, Varig, Varig por Guga Ketzer*<br />

Divulgação<br />

Um país nos ceús do mundo<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Foi José Bonifácio Sobrinho, o Boni, um<br />

dos <strong>maio</strong>res experts da TV brasileira,<br />

quem criou o memorável slogan Varig, Varig,<br />

Varig. A Viação Aérea Rio-Gran<strong>de</strong>nse,<br />

mais conhecida como Varig, foi a primeira<br />

companhia aérea fundada no Brasil. Foi<br />

inaugurada em 1927, em Porto Alegre, pelo<br />

alemão Otto Ernst Meyer, e consi<strong>de</strong>rada a<br />

<strong>maio</strong>r e mais confiável <strong>de</strong> seu segmento no<br />

Brasil, principalmente entre as décadas <strong>de</strong><br />

1950 e 1970.<br />

Para aten<strong>de</strong>r à Varig não bastava mais<br />

pensar somente em rádio e televisão, então<br />

Boni montou uma pequena agência <strong>de</strong> criação,<br />

chamada BEL (Boni, Edmilson Vianna<br />

e Laerte Agnelli). A primeira missão da nova<br />

empresa foi participar da concorrência<br />

do lançamento da Ponte Aérea. Foi na agência<br />

BEL que a “assinatura sonora” foi criada<br />

e estrategicamente pensada para estar presente<br />

durante muitos anos nas campanhas<br />

em vários canais <strong>de</strong> mídia. Em 2010, foi <strong>de</strong>cretada<br />

a falência da Varig, que <strong>de</strong>ixou sauda<strong>de</strong>s<br />

em muitos passageiros.<br />

*Guga Ketzer, gaúcho como a extinta Varig, é presi<strong>de</strong>nte<br />

da LDC. Ele assina a arte em homenagem<br />

à companhia aérea com <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> Eduardo Talia<br />

100 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

49 Você conhece, você confia por Benjamin Yung*<br />

Divulgação<br />

Felizes para sempre!<br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

Acredite: um dos slogans mais memoráveis<br />

da publicida<strong>de</strong> brasileira não<br />

foi criado por nenhum gran<strong>de</strong> nome da<br />

propaganda. Você conhece, você confia, da<br />

Volkswagen, foi o resultado <strong>de</strong> um concurso<br />

realizado pela própria montadora,<br />

em 1988. A frase vencedora foi do paulista<br />

Francisco Carlos Fontanelli, que, à época,<br />

como prêmio, ganhou um Gol. Heinz<br />

Gundlach, diretor-presi<strong>de</strong>nte da Volkswagen<br />

do Brasil naquele ano, disse que o novo<br />

slogan fazia parte <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação corporativa que a empresa<br />

estava <strong>de</strong>senvolvendo. Entre os objetivos,<br />

pretendiam aumentar o grau <strong>de</strong> exposição<br />

da marca frente à concorrência, <strong>de</strong>stacar<br />

fatores <strong>de</strong>cisivos para o consumidor,<br />

valorizar os conceitos da marca - como<br />

conforto, segurança e <strong>de</strong>sempenho - e<br />

realçar o elevado padrão tecnológico <strong>de</strong><br />

seus produtos. Dentre as milhares <strong>de</strong> frases<br />

recebidas, foram escolhidas as cinco<br />

mais representativas. Antes <strong>de</strong> escolher a<br />

vencedora, foi realizada uma pesquisa para<br />

sentir a opinião do público em relação<br />

ao slogan.<br />

*Benjamin Yung, o BJ, é diretor <strong>de</strong> criação da AlmapBBDO,<br />

agência da Volkswagen. Ele conta que<br />

fez uma pesquisa das campanhas da montadora e<br />

viu na imagem acima a melhor representação do<br />

conceito Você conhece, você confia. A imagem é <strong>de</strong><br />

um anúncio criado por Marcello Serpa, ex-sócio<br />

da Almap, com fotografia <strong>de</strong> Ale Catan<br />

102 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

50 Você faz maravilhas com Leite Moça por Marisa Furtado*<br />

Divulgação<br />

Êxtase con<strong>de</strong>nsado<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

Durante quatro décadas, a partir dos<br />

anos 1960, o leite con<strong>de</strong>nsado da Nestlé<br />

usou o slogan Você faz maravilhas com<br />

Leite Moça, criado pela então McCann-<br />

-Ericsson (hoje WMcCann). A frase vinha<br />

no rótulo, em anúncios, comerciais, livros<br />

<strong>de</strong> receitas e brin<strong>de</strong>s da marca, chamando<br />

a atenção para o uso culinário do produto<br />

que começou como uma opção ao leite comum<br />

por ser menos perecível.<br />

O produto Milkmaid começou a ser comercializado<br />

no Brasil no ano <strong>de</strong> 1890, já<br />

trazendo a tradicional camponesa no rótulo.<br />

Foi em 1921 que a Nestlé and Anglo-<br />

-Swiss Con<strong>de</strong>nsed Milk Co. inaugurou a<br />

sua fábrica em Araras, no interior <strong>de</strong> São<br />

Paulo, e passou a produzir o leite con<strong>de</strong>nsado<br />

no país. Em pouco tempo, o produto<br />

já era conhecido, localmente, como sendo o<br />

leite da moça. A partir dos anos 1930, o nome<br />

virou marca, que logo se transformou<br />

em sinônimo da categoria.<br />

Além do leite con<strong>de</strong>nsado, a marca Moça<br />

é comercializada no Brasil em 13 produtos,<br />

entre biscoitos, cereal matinal, chocolate e<br />

picolés.<br />

*Marisa Furtado é sócia e VP <strong>de</strong> inovação da Fabrica.<br />

Também atua com projetos <strong>de</strong> gastronomia<br />

no Madame Aubergine. Ela assina a arte com André<br />

Hernan<strong>de</strong>z, diretor-geral <strong>de</strong> criação da agência.<br />

Tratamento e finalização são <strong>de</strong> Hugo Bueno<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 103


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

51 Quem come um, pe<strong>de</strong> Bis por Mario Narita*<br />

Divulgação<br />

Vonta<strong>de</strong> infinita<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Em 2007, para comemorar os 65 anos do<br />

chocolate Bis, lançado pela Lacta em<br />

1942, a Ogilvy criou o filme Cursinho, que<br />

apresentava um dos slogans mais populares<br />

do Brasil: Quem come um, pe<strong>de</strong> Bis. No<br />

filme, a marca enfatizava o conceito impossível<br />

resistir a Bis, mostrando dois amigos<br />

<strong>de</strong>vorando uma caixa do famoso chocolate<br />

em vez <strong>de</strong> estarem atentos aos estudos<br />

da fase pré-vestibular. Bem-humorado, o<br />

comercial trazia dois amigos conversando<br />

no fundo da sala <strong>de</strong> aula, quando um <strong>de</strong>les<br />

dizia estar interessado em uma garota<br />

sentada mais à frente. Para mostrar quem<br />

era a garota em questão, o personagem ia<br />

<strong>de</strong>vorando um Bis atrás do outro e tentando<br />

acertá-la com as bolinhas feitas com a<br />

embalagem do chocolate. No fim, quando<br />

acertava o “alvo”, quem se virava era um<br />

rapaz <strong>de</strong> cabelos longos. O slogan também<br />

foi usado em um comercial, com roteiro no<br />

qual um homem se finge <strong>de</strong> cabeleireiro no<br />

camarim <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los; além <strong>de</strong> um no qual a<br />

caixa <strong>de</strong> chocolates fica presa em uma porta<br />

giratória <strong>de</strong> banco.<br />

*Mario Narita é Chief Executive Officer da Narita<br />

Design & Strategy. Ele assina a arte acima com<br />

Thiago Takeda<br />

104 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 Anos com 51 boAs i<strong>de</strong>iAs<br />

Antes <strong>de</strong> tudo, é preciso<br />

acreditar no potencial<br />

O PROPMARK ouviu profissionais do mercado sobre o que vem<br />

a ser uma boa i<strong>de</strong>ia, tema <strong>de</strong>ste especial dos 51 anos do jornal. A<br />

<strong>maio</strong>ria <strong>de</strong>les concorda que uma i<strong>de</strong>ia genial é em geral simples<br />

Claudia Penteado<br />

Uma vez conversava<br />

com um redator<br />

e dizia a ele o quanto<br />

respeito a coragem<br />

dos profissionais que<br />

escolhem trabalhar<br />

em criação <strong>de</strong> agência,<br />

on<strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ias po<strong>de</strong>m<br />

custar milhões e<br />

contribuir para mexer<br />

seriamente nas finanças<br />

<strong>de</strong> empresas – para<br />

o bem e para o mal.<br />

Ele me dizia que é preciso,<br />

<strong>de</strong> fato, acreditar<br />

muito no potencial das<br />

próprias i<strong>de</strong>ias.<br />

Fico imaginando um<br />

criativo apresentando<br />

corajosamente a i<strong>de</strong>ia<br />

do projeto Dumb Ways<br />

to Die. Ou o filme da<br />

tartaruga ou do caranguejo,<br />

da Brahma. Ou<br />

os roteiros dos filmes <strong>de</strong><br />

Bombril...? Demanda<br />

autoestima, acima <strong>de</strong><br />

tudo, acho eu. Penso<br />

que o que leva profissionais<br />

aos <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong><br />

criação é a crença na própria<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter boas i<strong>de</strong>ias,<br />

acompanhada da confiança <strong>de</strong><br />

vendê-las e um <strong>de</strong>sejo intenso<br />

<strong>de</strong> colocá-las no mundo.<br />

E é claro que não é simples.<br />

Mas a <strong>maio</strong>ria concorda<br />

que uma boa i<strong>de</strong>ia, em geral,<br />

é simples, tão simples que no<br />

instante seguinte parece que<br />

sempre existiu, <strong>de</strong> tanta “liga”<br />

com o universo. É fácil reconhecer<br />

uma boa i<strong>de</strong>ia. E é fácil<br />

dizer, <strong>de</strong>pois que ela foi gerada,<br />

a famosa frase: “Como eu<br />

não pensei nisso antes?”<br />

Outro efeito <strong>de</strong> uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia: costuma dar inveja.<br />

Muita inveja. Olivetto chama<br />

<strong>de</strong> “inveja saudável”. Mas acho<br />

que, na <strong>maio</strong>ria dos casos, é<br />

uma bruta inveja mesmo, daquelas<br />

<strong>de</strong> remoer no cantinho.<br />

Mas não se po<strong>de</strong> esquecer<br />

nunca <strong>de</strong> que uma i<strong>de</strong>ia é apenas<br />

uma i<strong>de</strong>ia. Conversando<br />

sobre o assunto com diversas<br />

pessoas – cujas opiniões estão<br />

compiladas nas páginas 107,<br />

108 e 109 – percebi que a <strong>maio</strong>ria<br />

separa a sugestão recém-<br />

-concebida nos miolos daquilo<br />

que vai <strong>de</strong> fato para o concreto,<br />

se materializa, se digitaliza, o<br />

que for. Uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>ve ganhar<br />

“corpo”, forma, para passar a<br />

existir. Essas, sim, são as boas<br />

i<strong>de</strong>ias (quando elas se mantêm<br />

boas <strong>de</strong> fato, materializadas).<br />

Hugo Veiga, da AKQA, conta<br />

que uma vez um dupla lhe<br />

disse, em meio a um brainstorming<br />

frustrante, a seguinte<br />

frase: “Se uma árvore cai na<br />

floresta e ninguém viu, será<br />

que caiu <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>?”.<br />

Isso o fez perceber que, em<br />

geral, os criativos são mais conhecidos<br />

pelo que fazem do<br />

Brian A Jackson/Shutterstock<br />

que pelas i<strong>de</strong>ias que têm.<br />

Veiga também fala que uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia é algo muito frágil,<br />

que temos o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> proteger.<br />

Até <strong>de</strong> nós próprios. Porque,<br />

com o avanço da tecnologia,<br />

tornou-se mais fácil e simples<br />

materializá-la. E o resultado<br />

po<strong>de</strong> ser bem... ruim.<br />

O escritor Robert Greene<br />

diz, em seu livro Maestria, que<br />

todos nós temos um “po<strong>de</strong>r<br />

latente” <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós. Porque<br />

durante milhões <strong>de</strong> anos<br />

fomos caçadores, coletores e<br />

<strong>de</strong>senvolvemos cérebros altamente<br />

adaptáveis e criativos. E<br />

continuamos com esse mesmo<br />

cérebro caçador-coletor <strong>de</strong>ntro<br />

do crânio (já isso quem disse<br />

foi o Richard Leakey, paleoantropólogo<br />

queniano).<br />

Greene acredita em uma<br />

forma <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e inteligência<br />

que representa o ápice do potencial<br />

humano. Em fases <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong> excepcional, impelidos<br />

pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fazer algo prático – resolver<br />

uma crise, cumprir um prazo<br />

–, saímos da concha e da segurança<br />

das i<strong>de</strong>ias habituais<br />

para nos conectarmos com o<br />

mundo e nos tornarmos inspirados,<br />

criativos, brilhantes.<br />

Depois do prazo cumprido, o<br />

sentimento <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e criativida<strong>de</strong><br />

quase sempre se esvai<br />

(a menos que você seja, por<br />

exemplo, David Droga ou John<br />

Hegarty, claro).<br />

Imagino que até o final do<br />

livro eu aprenda a manter meu<br />

brilhantismo ocasional mais<br />

presente. Mas, enquanto isso,<br />

vamos às visões sobre esse<br />

gran<strong>de</strong> enigma chamado “a<br />

boa i<strong>de</strong>ia” <strong>de</strong> um bocado <strong>de</strong><br />

gente que <strong>de</strong>ve ser brilhante<br />

quase o tempo todo.<br />

106 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que tem a capacida<strong>de</strong><br />

quase mágica <strong>de</strong> conectar estratégia,<br />

visão, ação e ainda inspirar criativamente<br />

quem entra em contato com ela. Uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia será mãe <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> boas i<strong>de</strong>ias,<br />

<strong>de</strong> todos os tamanhos, geradas 365 dias por<br />

ano, por qualquer um, inclusive consumidores.<br />

”<br />

Fotos: Divulgação<br />

andre Galhardo<br />

Diretor <strong>de</strong> criação e planejamento da<br />

AG365<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é como o DNA. Uma ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> informação programada para ser replicada,<br />

modificada e melhorada com o tempo,<br />

planejada para realçar características <strong>de</strong>sejadas,<br />

que liga o passado e o futuro da história<br />

<strong>de</strong> uma marca. Uma boa i<strong>de</strong>ia, como o<br />

DNA humano, pertence a todos e todos conseguem<br />

contribuir para sua força.<br />

”<br />

51 Anos com 51 boAs i<strong>de</strong>iAs<br />

”<br />

Para mim, o selo ‘boa i<strong>de</strong>ia’ só é possível<br />

<strong>de</strong>pois que ela ‘ganha as ruas’. Antes disso,<br />

é impossível saber com 100% <strong>de</strong> certeza se<br />

ela é boa ou não. Porque uma boa i<strong>de</strong>ia é<br />

aquela que mobiliza as pessoas, incomoda,<br />

ou seja, as tira da comodida<strong>de</strong> do momento.<br />

Boa i<strong>de</strong>ia, mais que sucesso <strong>de</strong> crítica, é<br />

sucesso <strong>de</strong> público.<br />

Átila Francucci ”<br />

Sócio-diretor criativo da CO:collective<br />

”<br />

As melhores, para mim, são aquelas que<br />

juntam várias coisas que já estavam por aí<br />

<strong>de</strong> uma maneira que ninguém pensou antes<br />

e criam novas.<br />

”<br />

nelito Fernan<strong>de</strong>s<br />

Jornalista, roteirista na TV Globo<br />

e fundador d’O Sensacionalista<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que <strong>de</strong>sconstrói<br />

o que as pessoas pensam sobre algo. Descontextualização<br />

é um caminho frequente<br />

para surpreen<strong>de</strong>r alguém. Ou seja, o uso fora<br />

do contexto dá novos significados ao que<br />

conhecemos e ilumina a mente para novos<br />

entendimentos. Uma boa i<strong>de</strong>ia, em geral,<br />

utiliza elementos já conhecidos no universo<br />

simbólico do fruidor. Sem conhecer ou<br />

usar elementos já conhecidos, as i<strong>de</strong>ias ficam<br />

incompreensíveis. Portanto, uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia é trazer um novo significado para algo<br />

que conhecíamos antes <strong>de</strong> modo diferente.<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é a expansão do significado<br />

que possibilita novos entendimentos. Uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>sperta um sorriso na mente.<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia encanta e surpreen<strong>de</strong>. Uma<br />

é i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>ve ser simples.<br />

Ricardo leite ”<br />

Designer, sócio da Crama<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que minha Tia<br />

Maria Lúcia gosta. Ela não enten<strong>de</strong> nada <strong>de</strong><br />

marketing, <strong>de</strong> posicionamento, <strong>de</strong> target.<br />

Ela não sabe o que é Mashable. Nunca foi<br />

pra SXSW. Mas, todas as i<strong>de</strong>ias até hoje que<br />

Tia Maria Lúcia gostou, são i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> sucesso,<br />

que ajudam a construir marcas, dão<br />

resultados e acabam ganhando prêmios.<br />

Quando a Tia Maria Lúcia não gosta <strong>de</strong> uma<br />

i<strong>de</strong>ia, é melhor continuar pensando.<br />

”<br />

ra uma i<strong>de</strong>ia ser consi<strong>de</strong>rada boa, <strong>de</strong>ve vir<br />

com um novo ângulo ou uma solução criativa,<br />

sem ser óbvia ou lugar-comum. Uma<br />

i<strong>de</strong>ia que não melhora nada ou não é a solução<br />

para nenhuma situação ou problema<br />

é <strong>de</strong>snecessária. E se essa solução ou i<strong>de</strong>ia<br />

for completamente inalcançável, nunca vai<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser uma i<strong>de</strong>ia e se transformar<br />

em uma ação, permanece como uma divagação,<br />

um <strong>de</strong>vaneio.<br />

daniel Japiassú ”<br />

Diretor <strong>de</strong> operações da YDreams<br />

”<br />

Não é difícil reconhecer uma boa i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>. Ela flui. Tem vida própria, tem<br />

alma e tem carisma. A gente gosta <strong>de</strong>la e<br />

pronto. Colocamos a nossa inveja <strong>de</strong> lado e<br />

abraçamos ela como se fosse nossa. Ela nos<br />

representa. Quando você se pegar contando<br />

ou <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo com entusiasmo uma<br />

i<strong>de</strong>ia que não é sua, é que você está diante<br />

<strong>de</strong>la: a boa i<strong>de</strong>ia.<br />

”<br />

Marcello noronha<br />

Diretor <strong>de</strong> criação da NBS Rio<br />

”<br />

A boa i<strong>de</strong>ia é aquela que muda uma história,<br />

<strong>de</strong>ixas as pessoas emocionalmente<br />

perplexas. Para um criativo honesto e humil<strong>de</strong><br />

é a inveja pura e secreta <strong>de</strong> que não<br />

foi gerada ou estimulada por ele, acompanhada<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo reverencial <strong>de</strong> abraçar<br />

seu criador. Para o criativo comum é uma<br />

raiva: como uma i<strong>de</strong>ia tão boa não veio <strong>de</strong><br />

mim? Desgraçado.<br />

”<br />

Rodrigo leão<br />

Sócio e diretor <strong>de</strong> criação da Casa Darwin<br />

”<br />

Eu acho que a boa i<strong>de</strong>ia é aquela que, na<br />

hora que chega, soluciona e preenche perfeitamente,<br />

parece um milagre, mas um<br />

pouco <strong>de</strong>pois causa dúvida - <strong>de</strong> tão simples,<br />

será mesmo tão boa? A ‘prova real’,<br />

muitas vezes, só vem tempos <strong>de</strong>pois, quando<br />

você se <strong>de</strong>para com ela e admira muito:<br />

parece até que é <strong>de</strong> outra pessoa, não minha.<br />

Parece que ganhou vida sozinha. Eu<br />

sinto isso quando releio alguns trechos dos<br />

meus livros, anos <strong>de</strong>pois, ou quando vejo<br />

um esquete ou manchete do Sensa. É uma<br />

sensação bem engraçada.<br />

”<br />

Martha Mendonça<br />

Jornalista, escritora e roteirista<br />

anselmo Ramos<br />

CCO, cofundador da David Miami<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é um pensamento inovador<br />

que soluciona ou respon<strong>de</strong> a um problema<br />

<strong>de</strong> forma viável, para que possa virar<br />

uma ação. Em uma frase eu vejo assim. Pa-<br />

José Guilherme Vereza<br />

Escritor e sócio-diretor da<br />

11:21 Simplicida<strong>de</strong> Criativa<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 107


”<br />

Acho que a boa i<strong>de</strong>ia é aquela capaz <strong>de</strong><br />

provocar mudanças positivas. Isso vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

uma piada bem colocada, que provoca<br />

um sorriso, passando por i<strong>de</strong>ias capazes <strong>de</strong><br />

engajar pessoas a mudar um status quo retrógrado<br />

(o movimento feminista contemporâneo<br />

está cheio <strong>de</strong> boas i<strong>de</strong>ias) e chegando<br />

nas i<strong>de</strong>ias capazes <strong>de</strong> ampliar um ou<br />

criar novos negócios e oportunida<strong>de</strong>s.<br />

”<br />

leonardo Brossa<br />

Sócio e creative planner da Quintal<br />

”<br />

Eu sei o que ela não é: uma i<strong>de</strong>ia boa. O<br />

que quero dizer é que uma boa i<strong>de</strong>ia é apenas<br />

um sonho não realizado, enquanto que<br />

uma i<strong>de</strong>ia boa é aquela realizada, colocada<br />

em prática. Gosto <strong>de</strong> pensar (e dizer) que<br />

se uma i<strong>de</strong>ia não foi realizada, então nem<br />

i<strong>de</strong>ia é.<br />

eduardo ” Garretano<br />

Creative Coaching, professor na Miami<br />

Ad School e no Polo Criativo, além<br />

<strong>de</strong> mentoria no Estaleiro Liberda<strong>de</strong><br />

e lí<strong>de</strong>r do estúdio Unnico<br />

”<br />

Acho que uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que<br />

po<strong>de</strong> ajudar a resolver um problema ou<br />

questão <strong>de</strong> um jeito criativo, ou uma i<strong>de</strong>ia<br />

original, ousada, que ainda não foi vista em<br />

prática.<br />

”<br />

Jacqueline lafloufa<br />

Editora <strong>de</strong> insights na Kantar<br />

”<br />

Acho que uma boa i<strong>de</strong>ia é algo que soluciona<br />

um problema <strong>de</strong> uma forma diferente<br />

do que se esperaria.<br />

”<br />

51 Anos com 51 boAs i<strong>de</strong>iAs<br />

”<br />

Acabei <strong>de</strong> brincar com uma pessoa do<br />

atendimento aqui que disse: ‘acho que o<br />

cliente vai gostar da 3ª rota. Rota? I<strong>de</strong>ia<br />

não é rota. I<strong>de</strong>ia é i<strong>de</strong>ia. É o que vai colar<br />

na cabeça das pessoas. É o que te tira um<br />

brilho nos olhos. Ou um sorriso. É o que faz<br />

tua marcha ser diferente do seu concorrente.<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> produto, <strong>de</strong><br />

ativação, <strong>de</strong> filme, <strong>de</strong> post... Uma boa i<strong>de</strong>ia<br />

transcen<strong>de</strong> o meio. Uma boa i<strong>de</strong>ia simplesmente<br />

encanta.<br />

”<br />

Guilherme Jahara<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da F.biz<br />

”<br />

É uma solução que, normalmente, <strong>de</strong>sperta<br />

um sorriso cúmplice, leva pessoas a<br />

se moverem, a reagir e traz resultados.<br />

”<br />

Gal Barradas<br />

CO-CEO da BETC e Copresi<strong>de</strong>nte<br />

do Havas Creative Group no Brasil<br />

”<br />

Para mim, uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que<br />

po<strong>de</strong> tornar a vidas das pessoas melhor. E<br />

também aquela que resolve ou aponta um<br />

caminho possível para um problema que<br />

parecia sem solução.<br />

”<br />

isaac Bernat<br />

Ator, diretor e doutor<br />

em Teatro pela Unirio<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia precisa ser original e autêntica.<br />

Transmite uma mensagem <strong>de</strong> forma<br />

imediata com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> ressonância e spread,<br />

principalmente para o target <strong>de</strong>finido.<br />

”<br />

Em geral, a não ser como exercício conceitual.<br />

Que po<strong>de</strong> ser válido em algumas circunstâncias.<br />

Nem sempre eu tenho certeza<br />

que uma i<strong>de</strong>ia minha é viável. Mas, ao tentar<br />

torná-la viável, se po<strong>de</strong> inovar. Po<strong>de</strong>-se<br />

falhar também. Mas não há inovação sem<br />

risco.<br />

”<br />

Muti Randolph<br />

Designer multimídia<br />

”<br />

Para mim, uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela mensagem,<br />

imagem, música ou artigo que<br />

acenda uma faísca, que me leve na mesma<br />

hora a querer fazer algo que eu nunca fiz,<br />

que me faça procurar mais informação sobre<br />

<strong>de</strong>terminado assunto, produto, arte ou<br />

pensamento. Uma boa i<strong>de</strong>ia é simples, direta,<br />

sem ro<strong>de</strong>ios, é aquela que eu penso:<br />

por que eu não pensei nisso antes?<br />

”<br />

Paulo netto<br />

Diretor <strong>de</strong> cena<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é o que tira você da zona<br />

<strong>de</strong> conforto, mexe com sua emoção e faz<br />

você lembrar <strong>de</strong>la, dias <strong>de</strong>pois, com vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ver <strong>de</strong> novo.<br />

João daniel tikhomiroff ”<br />

Sócio-diretor da Mixer<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia, para mim, é aquela que<br />

eu não tive, criada por outro profissional,<br />

que me provoca um sentimento que eu<br />

apeli<strong>de</strong>i <strong>de</strong> inveja saudável.<br />

”<br />

Michel lent<br />

Chief Product Officer, Lent/AG<br />

Patricia Weiss<br />

Consultora estratégica <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d<br />

entertainment & content e brand<br />

storytelling<br />

”<br />

Uma i<strong>de</strong>ia que soluciona um problema<br />

<strong>de</strong> forma rapida, eficiente e viavel. Não<br />

adianta fazer um projeto que seja inviável.<br />

Washington olivetto<br />

Chairman da WMcCann<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia não é nada (se você não<br />

souber <strong>de</strong>senvolvê-la). É a tal história: 2%<br />

<strong>de</strong> inspiração e 98% <strong>de</strong> transpiração!<br />

Ricardo Hoffstetter ”<br />

Escritor, autor, roteirista da TV Globo e<br />

presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> Roteiristas<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que parece tão<br />

simples que você não consegue enten<strong>de</strong>r<br />

por que ninguém pensou antes. Sinceramente,<br />

não é realizada toda hora. Quando<br />

ocorre, o prazer é enorme.<br />

”<br />

Rynaldo Gondim<br />

Diretor <strong>de</strong> criação da AlmapBBDO<br />

108 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


”<br />

Aquela coisa simples, pertinente. E que<br />

gruda na cabeça, no ouvido. E no coração.<br />

”<br />

nizan Guanaes<br />

Sócio e cofundador do Grupo ABC<br />

”<br />

Boa i<strong>de</strong>ia é aquela criatura que aparece<br />

para te assombrar. Que não <strong>de</strong>ixa você<br />

dormir. Que pesa continuamente na consciência<br />

até você a produzir. Se uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia é boa o suficiente, ela vai assombrar<br />

seu time, o cliente, a equipe <strong>de</strong> produção.<br />

Boa i<strong>de</strong>ia é um monstro. E todos vão recear<br />

não conseguir dar-lhe o corpo que sua alma<br />

merece.<br />

”<br />

Hugo Veiga<br />

Diretor <strong>de</strong> criação e fundador da<br />

AKQA São Paulo<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia em propaganda é aquela<br />

que consiga pren<strong>de</strong>r a atenção do meu consumidor<br />

e o motive a comprar meu produto<br />

ou serviço.<br />

”<br />

José luiz Vaz<br />

Supervisor digital e re<strong>de</strong>s sociais<br />

da Agência3<br />

51 Anos com 51 boAs i<strong>de</strong>iAs<br />

”<br />

Para mim, é a que você tem vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contar pra todo mundo. Sendo ou não sua,<br />

claro!<br />

”<br />

antonia Zobaran<br />

Diretora <strong>de</strong> arte da NBS<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia nos faz sorrir cúmplices,<br />

mesmo sem ser engraçada. Sentimo-nos<br />

mais inteligentes pelo simples fato <strong>de</strong> entendê-la<br />

e saber apreciá-la. A boa i<strong>de</strong>ia estava<br />

ali o tempo todo, mas só alguém viu.<br />

Parece mais uma revelação divina do que<br />

uma criação humana. Definir o que é uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia é difícil, mas uma coisa é certa:<br />

uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que dá inveja.<br />

”<br />

João Paulo Pereira<br />

Diretor <strong>de</strong> arte e <strong>de</strong>signer<br />

”<br />

Costumo dizer que boa i<strong>de</strong>ia é i<strong>de</strong>ia aprovada<br />

(se bem, que nem todas aprovadas são<br />

boas). De maneira menos direta, a boa i<strong>de</strong>ia<br />

faz cócegas no cérebro, assusta, provoca dor<br />

<strong>de</strong> barriga. Ou seja, não é possível ficar-se indiferente<br />

a uma boa i<strong>de</strong>ia. Infelizmente, muitas<br />

vezes, a boa i<strong>de</strong>ia é uma Geni: leva pedradas,<br />

é violada, é maltratada até a morte.<br />

”<br />

edson athay<strong>de</strong><br />

CEO e diretor <strong>de</strong> criação<br />

da FCB Lisboa<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia, para mim, é aquela que<br />

surge <strong>de</strong> repente, às vezes até nos sonhos, e<br />

te faz vislumbrar o novo. É muito comum,<br />

quando isso acontece, que as pessoas à sua<br />

volta, com quem, naturalmente, você quer<br />

dividir essa i<strong>de</strong>ia, duvi<strong>de</strong>m <strong>de</strong> você e po<strong>de</strong>m<br />

até te fazer <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> seguir em frente,<br />

se você não for autoconfiante.<br />

Marzio Fiorini<br />

”<br />

Designer, estilista e artista plástico<br />

”<br />

O clipe ninguém sabe exatamente <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

veio ou como surgiu, nem em que ano<br />

apareceu em nossas vidas. Des<strong>de</strong> que eu<br />

nasci o vejo circulando por aí. Perfeito. Sem<br />

sobras, sem emendas, sem falhas. Já se tentou<br />

<strong>de</strong> tudo para substituí-lo. Nada lhe chega<br />

aos pés. O clipe é a i<strong>de</strong>ia em sua forma<br />

mais pura. E genial. Toda vez que sento para<br />

criar, penso em um clipe. Será que esta<br />

i<strong>de</strong>ia tem sobras, emendas e falhas? A i<strong>de</strong>ia<br />

exata: que sobrevive a todos os critérios. A<br />

i<strong>de</strong>ia inteira: que o cliente não mexeu, não<br />

mudou. A i<strong>de</strong>ia infalível: que captou imediatamente<br />

o coração do consumidor. Poucos<br />

<strong>de</strong> nós conseguem. O que só aumenta o<br />

<strong>de</strong>safio. Se um dia eu fosse criar um troféu,<br />

ele certamente teria a forma <strong>de</strong> um clipe.<br />

toninho lima<br />

”<br />

Redator/supervisor <strong>de</strong> criação da Artplan<br />

”<br />

Uma i<strong>de</strong>ia, quando é excelente, provoca<br />

um sintoma que é aquela porradinha que<br />

começa na barriga, bate na cabeça e termina<br />

com um palavrão saindo da boca. Seja<br />

porque você achou engraçado, emocional,<br />

novo, grandioso ou com uma simplicida<strong>de</strong><br />

tão gran<strong>de</strong> que é inacreditável que ninguém<br />

tenha pensado nela antes. Esse é o<br />

efeito. O que faz ela provocar isso é o uso<br />

livre <strong>de</strong> talento.<br />

”<br />

Fábio Seidl<br />

Diretor <strong>de</strong> criação da 360i NY<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que dá inveja.<br />

Talvez porque seja tão simples que todo<br />

mundo se pergunte como ninguém pensou<br />

nisso antes. Talvez porque seja tão revolucionária<br />

que obrigue todo mundo a pensar<br />

diferente. Talvez porque seja tão pertinente<br />

que nem o cliente mais cascudo seja capaz<br />

<strong>de</strong> reprovar.<br />

Renato Fernan<strong>de</strong>z”<br />

Diretor <strong>de</strong> criação global da TBWA\<br />

Chiat|Day para Gatora<strong>de</strong><br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é tão simples que o primeiro<br />

pensamento que você tem, quando<br />

se <strong>de</strong>para com ela, é: ‘caraca, como po<strong>de</strong><br />

ser tão simples e ninguém antes pensou<br />

nisso?’, mas i<strong>de</strong>ia por i<strong>de</strong>ia, é só uma i<strong>de</strong>ia.<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia precisa <strong>de</strong> uma execução<br />

acima da i<strong>de</strong>ia, uma execução que transcenda<br />

a i<strong>de</strong>ia e a leve para on<strong>de</strong> ela merece<br />

estar. Nos olhos dos outros.<br />

alex Mehedff ”<br />

Produtor da Hungry Man<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é um pensamento individual<br />

que po<strong>de</strong> ou não ser construído coletivamente<br />

e, quando bem executado, provoca<br />

um impacto positivo em um certo indivíduo<br />

ou grupo <strong>de</strong> pessoas. Tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

transformar, mudar um comportamento,<br />

gerar discussão, influenciar, inspirar e criar<br />

tendências.<br />

andre nassar ”<br />

Diretor <strong>de</strong> criação da Leo Burnett Dubai<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 109


51 anoS com 51 boaS i<strong>de</strong>iaS<br />

Slogans precisam resumir<br />

propósitos <strong>de</strong> uma marca<br />

Publicitários enfatizam a importância <strong>de</strong> uma assinatura na comunicação,<br />

mas há requisitos para estabelecer conexão eficaz com os consumidores<br />

Paulo Macedo<br />

Algumas marcas não precisam<br />

<strong>de</strong> uma expressão verbal<br />

para materializar seus objetivos<br />

mercadológicos. A Ferrari<br />

é uma <strong>de</strong>las. É referência <strong>de</strong> luxo<br />

no universo automobilístico<br />

e fora <strong>de</strong>le. Não precisa dizer<br />

mais nada. Mesmo a Brastemp<br />

teve <strong>de</strong> enfatizar que não tem<br />

comparação e o Mastercard não<br />

se cansa <strong>de</strong> repetir o mote Priceless.<br />

Através <strong>de</strong> um slogan,<br />

marcas, produtos e serviços<br />

conseguem estabelecer uma<br />

conexão dos seus propósitos<br />

com sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>rs.<br />

É um recurso onipresente<br />

na publicida<strong>de</strong>. É o resumo da<br />

ópera <strong>de</strong> uma boa i<strong>de</strong>ia. Vamos<br />

tomar uma 51?<br />

Na avaliação <strong>de</strong> Washington<br />

Olivetto, chairman da WMc-<br />

Cann, criador do célebre O<br />

primeiro sutiã a gente nunca<br />

esquece, que <strong>de</strong>u vida a uma<br />

estratégia da Valisere que, do<br />

ponto semiótico, po<strong>de</strong> ser um<br />

recado para que profissionais<br />

<strong>de</strong> criação não se esqueçam<br />

que um slogan é mais do que<br />

uma frase <strong>de</strong> efeito.<br />

“Um slogan tem <strong>de</strong> ser bem<br />

mais do que um simples slogan.<br />

Precisa traduzir, <strong>de</strong> forma<br />

enxuta e memorável, toda a<br />

biografia <strong>de</strong> uma empresa ou<br />

<strong>de</strong> um produto. Gran<strong>de</strong>s slogans<br />

são a síntese perfeita <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s planejamentos. Gran<strong>de</strong>s<br />

slogans não são aqueles<br />

que ficam conhecidos pela repetição<br />

exaustiva; são aqueles<br />

que se tornam consagrados por<br />

parecerem que não tiveram um<br />

autor. Mas que nasceram única<br />

e exclusivamente para aquela<br />

empresa ou aquele produto.<br />

Gran<strong>de</strong>s slogans não são antigos<br />

nem mo<strong>de</strong>rnos, são eternos”,<br />

<strong>de</strong>staca Olivetto.<br />

O slogan é uma espécie <strong>de</strong><br />

guia <strong>de</strong> uma marca, mas não<br />

uma amarra que torna inflexí-<br />

Gabriela: “Se for forte, curto, memorável e verda<strong>de</strong>iro, o slogan será uma peça po<strong>de</strong>rosa na estratégia”<br />

Fotos: Divulgação<br />

110 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


vel o processo criativo. Porém,<br />

as campanhas produzidas <strong>de</strong>vem<br />

manter coerência com o<br />

que ele propõe. “Acho que o<br />

slogan é um mantra revisitado;<br />

é a moral da história que fica se<br />

repetindo. É o alfa e o ômega, o<br />

início e o lugar <strong>de</strong> chegada. É o<br />

suprassumo daquilo que uma<br />

empresa quer manifestar para<br />

seus consumidores, a moral da<br />

história. A Apple propôs Thik<br />

diferente e é fiel a esse mantra.<br />

Porém, na hora <strong>de</strong> criar uma<br />

campanha, as peças precisam<br />

ser coerentes e manter lealda<strong>de</strong><br />

ao conceito. Isso não impe<strong>de</strong> o<br />

exercício criativo. Pelo contrário,<br />

abre o leque para muitas<br />

possibilida<strong>de</strong>s”, observa Nizan<br />

Guanaes.<br />

O publicitário Carlos Chiesa,<br />

da agência 440 Volts, relembra<br />

que quando foi escalado para<br />

criar campanhas para o jornal<br />

Folha <strong>de</strong> S.Paulo convenceu<br />

os executivos <strong>de</strong> marketing do<br />

título que o slogan criado por<br />

Jarbas José <strong>de</strong> Souza, De rabo<br />

preso com o leitor, não <strong>de</strong>veria<br />

ser mudado. “Tecnicamente,<br />

um slogan tem <strong>de</strong> ser o resumo<br />

da imagem que a marca preten<strong>de</strong><br />

passar, como se estivesse<br />

dizendo seu nome para alguém<br />

ou entregando seu currículo. É<br />

a maneira como o outro lado vai<br />

perceber algo e, com essa apresentação,<br />

chamar a atenção.<br />

Se a campanha diz Você conhece,<br />

você confia, a marca precisa<br />

ser confiável porque qualquer<br />

<strong>de</strong>slize será fatal”, raciocina<br />

Chiesa, que atuou em agências<br />

como a Salles e a Leo Burnett.<br />

Gabriela Soares, diretora-geral<br />

<strong>de</strong> planejamento da Mullen-<br />

Lowe Brasil concorda que a verda<strong>de</strong><br />

é essencial. “Se for forte,<br />

curto, memorável e verda<strong>de</strong>iro,<br />

o slogan será uma peça po<strong>de</strong>rosa<br />

na estratégia <strong>de</strong> comunicação<br />

para construir a marca<br />

na cabeça das pessoas. Se não,<br />

ficará na paisagem. Um bom<br />

slogan não é uma assinatura <strong>de</strong><br />

campanha, é o resumo criativo<br />

e impactante da estratégia <strong>de</strong><br />

marca no longo prazo com proposta<br />

e valor emocional para as<br />

pessoas.”<br />

Para o CEO da Lew’Lara\<br />

TBWA, o executivo Marcio Oliveira,<br />

o slogan <strong>de</strong>clara um propósito.<br />

Um case da agência que<br />

garantiu retorno foi Carne <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> tem nome, é Friboi,<br />

que marcou território na campanha<br />

protagonizada por Tony<br />

Ramos e logo se transformou<br />

em bordão, que incomodou a<br />

concorrência do anunciante.<br />

“O slogan é como uma marca<br />

resume e <strong>de</strong>clara seu gran<strong>de</strong><br />

propósito. É o motivo <strong>de</strong>la existir<br />

no mundo e isso serve para<br />

seus clientes, colaboradores,<br />

donos, acionistas e socieda<strong>de</strong>.<br />

Não vejo algo mais importante<br />

e estratégico que guie toda e<br />

qualquer expressão <strong>de</strong>sta mesma<br />

marca”.<br />

Na avaliação <strong>de</strong> André Felix,<br />

da Y&R Bravo Miami, em um<br />

mercado globalizado e cercado<br />

pela concorrência, é natural<br />

que os empreen<strong>de</strong>dores busquem<br />

visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque,<br />

porém é preciso <strong>de</strong>finir bem o<br />

posicionamento. “É claro que<br />

para viabilizar a fixação do slogan<br />

é preciso criar algo que seja<br />

fácil <strong>de</strong> guardar. O que está errado<br />

é enten<strong>de</strong>r que só esse fator<br />

é o suficiente. Desse modo,<br />

mensagens, sobretudo originais,<br />

<strong>de</strong>vem ser curtas, objetivas<br />

e mnemônicas”.<br />

Para Claudio Lima, VP <strong>de</strong><br />

criação da Ogilvy Brasil, o slogan<br />

é ferramenta clássica. “Mas<br />

Chiesa: “Slogan<br />

tem <strong>de</strong> ser<br />

o resumo<br />

da imagem<br />

da marca”<br />

Claudio<br />

Lima: “Hoje a<br />

publicida<strong>de</strong> é feita<br />

mais <strong>de</strong> snacks,<br />

com posts, snaps<br />

e tweets”<br />

ele já foi mais importante. Principalmente<br />

quando a publicida<strong>de</strong><br />

era feita apenas <strong>de</strong> peças<br />

mais completas, como filme,<br />

spot ou anúncio. Hoje a publicida<strong>de</strong><br />

é feita mais <strong>de</strong> snacks, com<br />

posts, snaps e tweets, por isso<br />

muitas marcas têm se comunicado<br />

sem o slogan e algumas<br />

novas marcas nem slogan têm:<br />

qual o slogan do Facebook? Da<br />

Amazon? Ou do Netflix?”.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 111


51 AnOs cOM 51 bOAs i<strong>de</strong>iAs<br />

História do PROPMARK acompanha<br />

o fortalecimento do mercado<br />

Com a Lei 4.680, em 1965, mesmo ano do lançamento da coluna<br />

Asteriscos, publicida<strong>de</strong> brasileira ganhou sofisticação e qualida<strong>de</strong><br />

Fotos Alê Oliveira e Divulgação<br />

Chairman do Grupo TBWA, o executivo Luiz Lara comandou duas edições do Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Comunicação: liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão comercial e mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios<br />

Paulo Macedo<br />

PROPMARK chega aos 51<br />

O anos <strong>de</strong> circulação e nesse<br />

período acompanhou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das boas i<strong>de</strong>ias dos<br />

profissionais <strong>de</strong> criação, a evolução<br />

do planejamento, a consolidação<br />

da mídia e da própria ativida<strong>de</strong>.<br />

Surgiu como uma coluna, a<br />

Asteriscos, no Diário Popular no<br />

dia 21 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> 1965, assinada<br />

por Armando Ferrentini.<br />

É testemunha ocular da busca<br />

dos criativos por elementos para<br />

consubstanciar estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />

e, por consequência,<br />

obter o brilho dos holofotes nos<br />

gran<strong>de</strong>s festivais como o Cannes<br />

Lions. E também <strong>de</strong> um contingente<br />

que atua nos bastidores<br />

para garantir a flui<strong>de</strong>z da estrutura<br />

do negócio, sobretudo para<br />

estabelecer regras e parâmetros<br />

legais que envolvem códigos <strong>de</strong><br />

conduta, posicionamento comercial<br />

e ambientação corporativa.<br />

Bem antes do lançamento da<br />

Asteriscos, um dos gran<strong>de</strong>s fatos<br />

<strong>de</strong> importância para o mercado<br />

foi o primeiro código <strong>de</strong> ética<br />

profissional da publicida<strong>de</strong>, em<br />

1957. Posteriormente, ele foi <strong>de</strong>stacado<br />

em diversas edições do<br />

PROPMARK.<br />

O código era a sequência da<br />

mentalida<strong>de</strong> corporativa iniciada<br />

com a Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Propaganda em 1937. Em 1949,<br />

foi lançada a Abap (Associação<br />

Brasileira das Agências <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>),<br />

que assumiu as principais<br />

iniciativas do segmento.<br />

O papel da Abap no 1º Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Propaganda,<br />

realizado <strong>de</strong> <strong>23</strong> a 28 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 1959, foi fundamental. Era um<br />

momento <strong>de</strong> profissionalização<br />

e <strong>de</strong> uma virada das agências locais,<br />

que <strong>de</strong>cidiram fazer frente<br />

às multinacionais usando os mes-<br />

O 5º COngressO<br />

fOi um marCO aO<br />

ampliar a pauta<br />

e espeCtrO para<br />

a indústria da<br />

COmuniCaçãO,<br />

muitO além da<br />

publiCida<strong>de</strong>; O<br />

tema Central<br />

fOi relaCiOnadO<br />

à liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

expressãO<br />

112 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mos atributos <strong>de</strong> conhecimento<br />

para dialogar com os anunciantes<br />

<strong>de</strong> forma pragmática. Antes<br />

da segunda <strong>edição</strong>, realizada entre<br />

<strong>23</strong> e 28 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1969,<br />

três meses antes da assinatura<br />

do Ato Institucional nº 5, o momento<br />

mais sombrio do regime<br />

<strong>de</strong> exceção, o mercado se articulou<br />

para aprovar a Lei 4.680, no<br />

dia 18 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1965. Um ano<br />

<strong>de</strong>pois, foi promulgado o Decreto<br />

57.690, que regulamentou a<br />

Lei da Propaganda, como ficou<br />

conhecida. Na terceira <strong>edição</strong><br />

do Congresso, <strong>de</strong> 17 a 20 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>de</strong> 1978, a ditadura militar ainda<br />

ditava as regras, mas o mercado<br />

publicitário resolveu se concentrar<br />

nas questões empresariais,<br />

afinal havia um crescimento <strong>de</strong><br />

8,8% no volume <strong>de</strong> negócios,<br />

equivalente a 1,5% do PIB. Um<br />

dos fatos relevantes do evento<br />

foi a aprovação do Conar (Código<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Autorregulamentação<br />

Publicitária). A i<strong>de</strong>ia ganhou<br />

relevância com a ameaça do governo<br />

<strong>de</strong> sancionar uma lei que<br />

iria censurar peças publicitárias.<br />

O relator Caio Aurélio Domingues<br />

costurou o texto final, com colaboração<br />

direta <strong>de</strong> Mauro Salles.<br />

Dois anos <strong>de</strong>pois, foi inaugurado<br />

oficialmente o Conar, com<br />

anuência da ABA (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes), da<br />

Aner (Associação Nacional dos<br />

Editores <strong>de</strong> Revistas), da ANJ<br />

(Associação Nacional <strong>de</strong> Jornais),<br />

e da Abert (Associação Brasileira<br />

das Emissoras <strong>de</strong> Rádio e Televisão).<br />

Em 1984, o projeto editorial da<br />

Asteriscos evoluiu para Ca<strong>de</strong>rno<br />

Propaganda & Marketing e passou<br />

a circular como suplemento<br />

dos jornais Gazeta Esportiva<br />

e Folha da Tar<strong>de</strong>. O site www.<br />

propmark.com.br entrou no ar<br />

em 1998. Um ano <strong>de</strong>pois, com o<br />

fim do jornal Folha da Tar<strong>de</strong>, foi<br />

suprimida a palavra “Ca<strong>de</strong>rno” e<br />

tornou-se Propaganda & Marketing<br />

com logística in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

Em 2007, adotou a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

propmark (em caixa baixa), com<br />

projeto gráfico <strong>de</strong>senvolvido<br />

pelo diretor <strong>de</strong> arte Pascoal Fabra<br />

Neto, sob a coor<strong>de</strong>nação do diretor<br />

<strong>de</strong> redação Marcello Queiroz.<br />

A Abap li<strong>de</strong>rou a organização<br />

do 4º Congresso <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>,<br />

realizado entre 14 e 16 <strong>de</strong> junho<br />

<strong>de</strong> 2008, em São Paulo. O jornal<br />

fez cobertura especial do encontro.<br />

Além <strong>de</strong> uma homenagem<br />

aos 200 anos da imprensa no<br />

Brasil, o 4º Congresso organizou<br />

15 comissões temáticas e reuniu<br />

o mercado, 30 anos após o encontro<br />

<strong>de</strong> 78, em torno <strong>de</strong> uma<br />

pauta para estimular o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do mercado. Foi criada<br />

no evento a Frente Parlamentar<br />

da Comunicação, li<strong>de</strong>rada pelo<br />

<strong>de</strong>putado Milton Monti (PP/SP),<br />

que ajudou na aprovação da Lei<br />

12.<strong>23</strong>2/2010, do <strong>de</strong>putado José<br />

Eduardo Cardozo (PT/SP), que<br />

reconheceu o Cenp (Conselho<br />

Executivo das Normas-Padrão) e,<br />

entre outras coisas, as BVs (Bonificações<br />

<strong>de</strong> Volume).<br />

O 5º Congresso, quatro anos<br />

<strong>de</strong>pois, foi um marco ao ampliar<br />

a pauta e o espectro para a indústria<br />

da comunicação, muito além<br />

da publicida<strong>de</strong>. Foram 34 tra<strong>de</strong>s<br />

contemplados, como o gráfico,<br />

veículos, anunciantes, marketing<br />

promocional, produção e tecnologia.<br />

O tema central foi a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> expressão.<br />

Nesses 51 anos, o mercado<br />

acompanhou uma evolução sintomática.<br />

Passou a contar com o<br />

Clube <strong>de</strong> Criação <strong>de</strong> São Paulo,<br />

fundado em 1976, um ano <strong>de</strong>pois<br />

do clube do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Foi<br />

nesse período que a publicida<strong>de</strong><br />

brasileira começou a fazer bonito<br />

nos principais festivais internacionais,<br />

especialmente o Cannes<br />

Lions, que atualmente tem o país<br />

entre os seus protagonistas.<br />

O Grupo <strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong> São Paulo,<br />

lançado em 1968, reúne mais<br />

<strong>de</strong> mil profissionais <strong>de</strong> agências.<br />

A entida<strong>de</strong> exerce papel didático<br />

na formação cultural da ativida<strong>de</strong>,<br />

sobretudo nas <strong>de</strong>mandas relacionadas<br />

à era digital, em que<br />

tudo é mídia. O Grupo <strong>de</strong> Profissionais<br />

<strong>de</strong> Mídia do Rio <strong>de</strong> Janei-<br />

Caio Aurélio Domingues foi responsável pela redação <strong>de</strong> projetos como o do Conar<br />

Gilberto Leifert, presi<strong>de</strong>nte do Conar, lançado no 3º Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Propaganda<br />

ro foi criado em 19 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

1972, em reunião na se<strong>de</strong> da ABP<br />

(Associação Brasileira <strong>de</strong> Propaganda),<br />

originalmente com o<br />

nome Clube dos Medias.<br />

A Apro (Associação Brasileira<br />

da Produção <strong>de</strong> Obras Audiovisuais),<br />

que representa as produtoras<br />

<strong>de</strong> comerciais há mais <strong>de</strong><br />

40 anos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> os interesses<br />

do segmento, como na recente<br />

articulação que pôs fim às BVs<br />

pagas às agências. A Aprosom<br />

(Associação Brasileira das Produtoras<br />

<strong>de</strong> Fonogramas Publicitários)<br />

foi fundada em 1973 “com<br />

o objetivo <strong>de</strong> estabelecer normas,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r as empresas prestadoras<br />

<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> som no<br />

mercado publicitário e garantir<br />

aos associados proteção legal <strong>de</strong><br />

direitos autoral”. Outras entida<strong>de</strong>s,<br />

como a Central <strong>de</strong> Outdoor e<br />

a Associação Brasileira <strong>de</strong> Mídia<br />

Exterior, são fruto da profissionalização<br />

iniciada em 1965, com<br />

a Lei 4.680. Na era digital, o mercado<br />

conta com o IAB (Interactive<br />

Advertising Bureau).<br />

No dia 7 <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2015,<br />

<strong>de</strong>ntro das comemorações <strong>de</strong><br />

50 anos, foi lançada a marca<br />

PROPMARK com uma série <strong>de</strong><br />

mudanças que incluem o formato<br />

tabloi<strong>de</strong> e impressão em<br />

papel couché. O projeto gráfico<br />

do PROPMARK é assinado pela<br />

agência Africa.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 113


“<br />

Willliam malfatti<br />

entrevista<br />

a gente<br />

promove a<br />

saú<strong>de</strong> com uma<br />

cultura <strong>de</strong><br />

inovação<br />

“<br />

Ao completar 90 anos, o Fleury Medicina<br />

e Saú<strong>de</strong> vai à mídia para ressaltar não<br />

apenas os atributos <strong>de</strong> uma empresa que<br />

teve em 2015, uma receita <strong>de</strong> R$ 2,1 bilhões,<br />

mas, principalmente, para relembrar histórias que<br />

marcaram sua trajetória. Na entrevista a seguir, o<br />

diretor <strong>de</strong> comunicação e relações com stakehol<strong>de</strong>rs<br />

do Grupo Fleury, William Malfati, <strong>de</strong>talha aspectos<br />

da campanha multimeios Para o seu bem, produzida<br />

pela WE para comemorar o aniversário da empresa<br />

e celebrar uma história ancorada na inovação<br />

na cordialida<strong>de</strong>. Confira as suas i<strong>de</strong>ias abaixo.<br />

bárbara barbosa<br />

Como será a campanha <strong>de</strong> 90 anos<br />

do Fleury?<br />

Nosso plano começou em<br />

abril, com a campanha Para o<br />

seu bem, e inclui bastante mídia<br />

<strong>de</strong> rádio. A gente vai ficar o ano<br />

inteiro no rádio, mudando <strong>de</strong><br />

spot a cada dois meses. Estamos<br />

na CBN, na Band FM, na Antena<br />

1 e na Alpha FM...<br />

Por que rádio?<br />

A gente quer fazer uma mídia<br />

bem qualificada. O Fleury<br />

não faz mídia <strong>de</strong> massa, só mídia<br />

qualificada. Essas rádios são<br />

bem nosso público, o público<br />

que a gente quer atingir. A gente<br />

começa com frequência em<br />

rádio e, <strong>de</strong>pois, partimos para<br />

outras mídias.<br />

Hoje qual é o público-alvo do Fleury<br />

e como foi feita essa segmentação?<br />

É a classe AB, acima <strong>de</strong> 25<br />

anos. Nosso plano foi segmentar<br />

(a campanha) por classe social<br />

e por região também. Vamos<br />

ter ainda relógio <strong>de</strong> rua, com os<br />

quais vamos entrar nos bairros<br />

próximos às unida<strong>de</strong>s, que já ficam<br />

on<strong>de</strong> está esse público AB,<br />

sendo a <strong>maio</strong>ria mulher. O plano<br />

inclui também um pouco <strong>de</strong> televisão,<br />

como a Globonews, em<br />

que partimos para programas<br />

bem específicos. Também vamos<br />

estar no cinema, em algumas<br />

salas on<strong>de</strong> circula esse público.<br />

Vamos ter, por exemplo,<br />

mídias <strong>de</strong>ntro dos shoppings JK<br />

e Cida<strong>de</strong> Jardim, algo bem segmentado<br />

mesmo. E no digital<br />

vamos fazer basicamente um<br />

remarketing.<br />

Essa é a <strong>maio</strong>r campanha do Fleury<br />

nos últimos anos?<br />

Não é a nossa <strong>maio</strong>r campanha,<br />

mas talvez seja a mais segmentada<br />

que estamos fazendo.<br />

Com essa evolução toda que a<br />

mídia teve nos últimos anos,<br />

combinada com nossos movi-<br />

mentos <strong>de</strong> inteligência, no sentido<br />

<strong>de</strong> otimizar o atingimento<br />

do público-alvo, a gente fez as<br />

escolhas que acredita ter um<br />

impacto mais efetivo em nosso<br />

público-alvo, sem dispersão. A<br />

gente quis fazer, com esse projeto<br />

<strong>de</strong> comunicação, algo relevante<br />

para os 90 anos, mas centrado<br />

no nosso público-alvo.<br />

A campanha dura o ano inteiro.<br />

Como será a sustentação <strong>de</strong>la?<br />

A gente pensou em mídia segmentada,<br />

com peças segmentadas.<br />

A campanha Para o seu<br />

bem é pautada em três pilares,<br />

um <strong>de</strong>les é a inovação, que está<br />

bem presente na rádio com o<br />

spot Você sabia?. Já o filme, por<br />

exemplo, valoriza o pilar institucional<br />

e fala muito da marca.<br />

E no relógio <strong>de</strong> rua aparece<br />

o terceiro pilar, que tem uma<br />

pegada mais <strong>de</strong> ativação. A plataforma<br />

da campanha, vamos<br />

dizer assim, é institucional, em<br />

cima dos 90 anos. Nós estamos<br />

contando a história do Fleury,<br />

mas olhando para a frente, um<br />

trabalho construído com a agência<br />

WE.<br />

O digital hoje representa, em alguns<br />

anunciantes, uma importante<br />

parte do investimento publicitário.<br />

Isso é uma realida<strong>de</strong> para vocês<br />

também?<br />

É porque ajuda a otimizar<br />

recursos. O digital tem um po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> efetivida<strong>de</strong> <strong>maio</strong>r, você<br />

enxerga melhor o retorno. Essa<br />

questão do digital para nós já é<br />

historicamente muito relevante.<br />

O Fleury sempre foi pioneiro<br />

no meio digital, foi a primeira<br />

empresa a investir em links patrocinados<br />

e sempre investiu<br />

nas páginas no Facebook, por<br />

exemplo. Para essa campanha,<br />

especificamente, vamos trabalhar<br />

mais remarketing.<br />

Quais outras ações fazem parte das<br />

comemorações pelos 90 anos?<br />

A gente vai usar o tema para<br />

confraternizar com nossos colaboradores.<br />

Nas nossas festas<br />

anuais, a temática vai ser essa.<br />

Estamos fazendo muitas ações<br />

<strong>de</strong> endomarketing, pois consi<strong>de</strong>ramos<br />

que essa celebração<br />

precisa ser <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora.<br />

Externamente, <strong>de</strong>vemos ter<br />

também, no segundo semestre,<br />

um evento institucional para<br />

nossos contatos mais estratégicos<br />

do dia a dia.<br />

São muitas marcas <strong>de</strong>ntro do guarda-chuva<br />

Fleury. Como é dividido o<br />

investimento em marketing?<br />

A gente tem algumas âncoras<br />

<strong>de</strong> investimento. Na marca<br />

Fleury, concentramos muito<br />

nosso investimento nessa frente<br />

<strong>de</strong> comunicação mesmo da<br />

marca, tendo um balizador que<br />

é o projeto <strong>de</strong> branding. Nós temos<br />

também a célula <strong>de</strong> relacionamento<br />

médico, em que fazemos<br />

um relacionamento muito<br />

intenso com a comunida<strong>de</strong> médica,<br />

que é quem endossa nosso<br />

trabalho. O médico, para nós, é<br />

um público bem relevante no<br />

processo <strong>de</strong> escolha. Na campanha<br />

<strong>de</strong> 90 anos, inclusive, temos<br />

uma linha exclusiva para esse<br />

público. Nós temos outra frente,<br />

que é <strong>de</strong> ativação, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

dos 90 anos ou do ano,<br />

pensamos em como colocar no<br />

“nosso<br />

branding e<br />

comunicação<br />

também<br />

estão<br />

presentes<br />

no nosso<br />

atendimento<br />

do call<br />

center e na<br />

entrega <strong>de</strong><br />

resultados,<br />

por exemplo”<br />

116 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Alê Oliveira<br />

radar do nosso cliente as soluções<br />

que temos – fazemos por<br />

links patrocinados, mídias sociais<br />

e mobile um processo <strong>de</strong><br />

ativação que utiliza, inclusive,<br />

nossas unida<strong>de</strong>s como pontos<br />

<strong>de</strong> contato.<br />

A campanha <strong>de</strong> 90 anos tinha sido<br />

planejada há quanto tempo? Houve<br />

mudança por conta da crise econômica<br />

do país?<br />

Já estávamos pensando nos<br />

90 anos há algum tempo, mas<br />

intensificamos o planejamento<br />

<strong>de</strong>le no segundo semestre do<br />

ano passado. A gente se organizou<br />

para fazer algo ancorado<br />

na data. Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong><br />

investimento, ele é estável em<br />

relação ao ano passado. O setor<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, como um todo, é mais<br />

resiliente aos efeitos da crise.<br />

Particularmente nossa empresa<br />

tem obtido crescimento na<br />

casa dos dois dígitos, ano a ano.<br />

E, ao mesmo tempo, a gente vê<br />

sinal <strong>de</strong> muita força na marca,<br />

mesmo nesse cenário <strong>de</strong> crise.<br />

Talvez até por nosso posicionamento,<br />

<strong>de</strong> estar em um grupo<br />

da faixa premium, sejamos<br />

mais resistentes ao processo <strong>de</strong><br />

crise. Além disso, o processo<br />

<strong>de</strong> comunicação da marca é um<br />

diferencial. A gente tem o conceito<br />

<strong>de</strong> trabalhar o branding e a<br />

comunicação em todos os pontos<br />

da marca. O nosso branding<br />

e a comunicação também estão<br />

presentes no nosso atendimento<br />

do call center e na entrega <strong>de</strong><br />

resultados, por exemplo.<br />

Qual é a meta <strong>de</strong>ssa campanha?<br />

A marca Fleury é <strong>de</strong> ponta<br />

quando se fala em inovação.<br />

Mais que isso, tem a questão do<br />

surgimento da empresa, que lá<br />

atrás já tinha uma cultura <strong>de</strong><br />

excelência técnica e médica coor<strong>de</strong>nada<br />

com uma cultura <strong>de</strong><br />

cordialida<strong>de</strong> muito forte. Isso ao<br />

longo dos 90 anos é muito marcante<br />

na história da empresa. As<br />

pessoas nos escolhem por esses<br />

três elementos, não por preço. O<br />

que está se somando para os próximos<br />

90 é que a empresa está<br />

avançando muito em excelência<br />

em gestão. A campanha vem<br />

para reforçar tudo isso. Ela faz<br />

uma soma <strong>de</strong> todos esses pilares.<br />

E por que o mote Para o seu bem?<br />

Eu gosto <strong>de</strong> dizer que a gente<br />

trabalha no segmento da socieda<strong>de</strong><br />

mais importante da vida da<br />

pessoa, que é a saú<strong>de</strong>. A gente<br />

promove a saú<strong>de</strong> com uma cultura<br />

<strong>de</strong> inovação e o bem-estar,<br />

com a cultura da cordialida<strong>de</strong>.<br />

Nossa missão é fazer com que a<br />

pessoa saia das nossas unida<strong>de</strong>s<br />

melhor do que ela entrou. Por<br />

isso a campanha está muito centrada<br />

na questão do benefício<br />

que geramos para as pessoas. A<br />

gente não queria fazer uma campanha<br />

que fosse egocêntrica, do<br />

tipo “olha como somos bons”.<br />

Esse é o gran<strong>de</strong> risco <strong>de</strong> uma<br />

campanha institucional. Nossa<br />

i<strong>de</strong>ia sempre foi falar do quão<br />

bem talvez a gente esteja fazendo<br />

para as pessoas, relacionando<br />

quem somos ao que as pessoas<br />

percebem <strong>de</strong> nós. No rádio, por<br />

exemplo, mostramos que fomos<br />

a primeira empresa a fazer a <strong>de</strong>tecção<br />

do H1N1, algo que ajudou<br />

a socieda<strong>de</strong>. Ou então que fomos<br />

a primeira empresa a mostrar o<br />

resultado do exame pela internet.<br />

A internet chegou nas nossas<br />

casas em 1995 e já em 1998 fomos<br />

os primeiros do mundo a ter essa<br />

opção <strong>de</strong> entrega. Nosso propósito,<br />

naquele momento, não era<br />

ser a melhor ou a primeira, mas,<br />

sim, em fazer algo bom para as<br />

pessoas, que ajudaria a reduzir a<br />

ansieda<strong>de</strong> causada pela espera <strong>de</strong><br />

um resultado <strong>de</strong> exame. Por isso<br />

a campanha é Para o seu bem.<br />

“nossa<br />

missão é<br />

fazer com<br />

que a pessoa<br />

saia das<br />

nossas<br />

unida<strong>de</strong>s<br />

melhor<br />

do que ela<br />

entrou.<br />

por isso a<br />

campanha<br />

está muito<br />

centrada na<br />

questão do<br />

benefício que<br />

geramos”<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 117


STORYTELLER<br />

Marina Cota<br />

Povo na praça<br />

Todo dia é uma manifestação,<br />

a favor e contra tudo que é<br />

possível ser a favor ou contra<br />

LuLa Vieira<br />

Continuo aqui na Cinelândia olhando a<br />

vida passar pela minha janela enquanto<br />

trabalho. Ou tento fazê-lo, pois a barulheira<br />

geral entra pelas pare<strong>de</strong>s insistindo em<br />

me distrair. Todo dia é uma manifestação,<br />

a favor e contra tudo que é possível ser a favor<br />

ou contra. Hoje é a CUT e meia dúzia <strong>de</strong><br />

sindicatos, tentando <strong>de</strong>struir a Re<strong>de</strong> Globo<br />

(porra, não dá para falar da Re<strong>de</strong> TV? Ou da<br />

Band? Isso é fixação freudiana...). A coleção<br />

<strong>de</strong> banalida<strong>de</strong>s chega a ser dolorosa, principalmente<br />

porque muitos dos oradores<br />

se dizem professores. E <strong>de</strong>stroem a última<br />

flor do Lácio com a mesma <strong>de</strong>sfaçatez que<br />

mudam a história, os pilares da economia<br />

e a lógica. Sou obrigado a ouvir que a classe<br />

média apoia o impeachment porque não<br />

quer pobre nos aviões nem pretos na faculda<strong>de</strong>.<br />

Súbito, uma explosão <strong>de</strong> aplausos.<br />

Vem chegando o Batman, completamente<br />

paramentado.<br />

É saudado pelos oradores e convidado a<br />

subir no carro <strong>de</strong> som. Palmas. Batman escala<br />

e chega ao teto do carro. Mais palmas.<br />

Abre os braços e a turba vai ao <strong>de</strong>lírio. Daí<br />

ele abre um cartaz: “Fora Dilma!” A plateia<br />

saqueia os ambulantes e joga garrafas <strong>de</strong><br />

água no Batman. Gothan City está em crise.<br />

Chamam a polícia. Diz um orador: “ele está<br />

mascarado! É proibido”! Ou seja, mascarado<br />

do nosso lado po<strong>de</strong>, inimigo não po<strong>de</strong>.<br />

Vem a polícia. Só falta o Comissário Gordon.<br />

Tiram o Batman do teto do carro <strong>de</strong><br />

som. Ele sai, provocando a torcida. Vaiado,<br />

ofendido, xingado <strong>de</strong> morcego viado, palhaço<br />

<strong>de</strong> merda. Nem nos quadrinhos personagem<br />

algum foi da glória ao lixo tão rápido.<br />

Um orador pega o microfone. Começa<br />

a gritar: “patrões filhos da puta, coxinhas<br />

do caralho, vão se fudê, vão tomar no cu!”<br />

Cortam o som. Vem um outro orador, com<br />

voz conciliadora e começa: “a gente tem<br />

que entendê que os coxinha tá provocano<br />

a gente e a gente reage. Num vai ter golpe,<br />

mas a gente tem <strong>de</strong> não per<strong>de</strong>r a tranqulida<strong>de</strong><br />

porque esses facista filho da puta quer<br />

isso, que a gente perda a educação...”.<br />

Um orador fala <strong>de</strong> “golpe legal”. Outro<br />

afirma que a direita <strong>de</strong>struiu a Venezuela.<br />

Todos não querem pagar as dívidas com os<br />

bancos internacionais, pois é essa a <strong>de</strong>sgraça<br />

do país. Outro afirma que a terceirização<br />

é o fim <strong>de</strong> todas as conquistas dos trabalhadores,<br />

o Fundo <strong>de</strong> Garantia, as férias e<br />

a licença-maternida<strong>de</strong>. Agora alguém canta<br />

“avante o populo alla riscossa”, <strong>de</strong>safinadíssimo.<br />

Percebo que se trata <strong>de</strong> um velho,<br />

pois brada que a bandiera rossa triunfará. O<br />

importante é que a luta continua.<br />

Observo uma aglomeração inusual em<br />

torno <strong>de</strong> um ambulante. Ajusto meu binóculo<br />

para ver a razão <strong>de</strong> seu sucesso, já<br />

que outros camelôs não conseguem atrair<br />

tanta gente. Ele tem uma TV ligada sobre<br />

um burro sem rabo, acionada por um geradorzinho,<br />

e ven<strong>de</strong> latinhas <strong>de</strong> Coca-Cola,<br />

Doritos e Paçoquita. O pessoal se aglomera<br />

para ver a novela e os flashes dos noticiários<br />

da Globo, que <strong>de</strong> vez em quando entra<br />

ao vivo diretamente da praça. Pelo ângulo<br />

da tomada, <strong>de</strong>scobriram que a câmera estava<br />

instalada na cobertura <strong>de</strong> meu prédio.<br />

Alguns, quando a Globo transmite, acenam<br />

entusiasmados. Outros mostram o <strong>de</strong>do<br />

médio. O povo não é bobo... Acho que po<strong>de</strong>mos,<br />

sim, dar um tempo ao Temer. Ou<br />

temer o tempo e pedir ao tempo todo tempo<br />

que o tempo tem. Temos que temer a<br />

trama <strong>de</strong> uma presi<strong>de</strong>nta em tecla pausa,<br />

tramando contra. Temos <strong>de</strong> temer o Temer<br />

fazendo tudo para ficar mais tempo. Temos<br />

<strong>de</strong> temer as trocas, pois os que foram e os<br />

que ficam só querem um troco. Temos <strong>de</strong><br />

não ficar só fazendo troça, mas enten<strong>de</strong>r o<br />

truque. Olho vivo, pois.<br />

Que se registre um a<strong>de</strong>us sentido ao Paulo<br />

Salles e um abraço à sua família. Ele era<br />

um cara profundamente otimista e alegre,<br />

<strong>de</strong> bem com a vida. A missa por sua alma,<br />

aqui no Rio <strong>de</strong> Janeiro, foi dia 17. O trânsito<br />

do Rio me impediu <strong>de</strong> chegar a tempo. Mas<br />

alguns amigos e a prima <strong>de</strong>le, Anatê, minha<br />

comadre, nos encontramos em minha<br />

casa para falar um pouco <strong>de</strong> suas histórias,<br />

como se tentássemos obrigá-lo a ficar mais<br />

tempo entre nós. Eu nunca vou enten<strong>de</strong>r a<br />

morte e tenho certeza que jamais me darei<br />

bem com ela. A sensação <strong>de</strong> que os da<br />

nossa turma aos poucos estão partindo, faz<br />

parte da ida<strong>de</strong>, mas <strong>de</strong> vez em quando surge<br />

o inexplicável. E, além da tristeza, fica a<br />

dolorosa sensação <strong>de</strong> que, mesmo já tendo<br />

visto e vivido muita coisa, a gente nunca<br />

sabe realmente <strong>de</strong> nada.<br />

Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />

Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />

radialista, escritor, editor e professor<br />

lulavieira@grupomesa.com.br<br />

118 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


inspiração<br />

Filipe Cubero/Divulgação<br />

avenida vida<br />

Executivo da Dentsu afirma que a primeira coisa que<br />

lembrou ao ouvir a palavra inspiração foi Avenida Paulista, em<br />

São Paulo. "Um verda<strong>de</strong>iro livro <strong>de</strong> antropologia a céu aberto"<br />

120 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Mario D’Andrea é presi<strong>de</strong>nte<br />

e CCO da Dentsu<br />

Alê Oliveira<br />

MARIO D’ANDREA<br />

Especial para o PROPMARK<br />

Avenida Paulista. Essa foi a primeira coisa que<br />

me veio à cabeça quando me perguntaram sobre<br />

inspiração.<br />

Claro, po<strong>de</strong>ria falar <strong>de</strong> alguns dos milhares <strong>de</strong> filmes<br />

que já assisti. O último, por exemplo: Truman.<br />

Um filme imperdível – nem que seja apenas para ver<br />

um ator ser capaz <strong>de</strong> fazer sombra ao gran<strong>de</strong> Ricardo<br />

Darín. No caso, falo <strong>de</strong> um ator espanhol chamado<br />

Javier Cámara.<br />

Ou po<strong>de</strong>ria falar <strong>de</strong> qualquer livro <strong>de</strong> Stephen<br />

King, o mestre em contar histórias absurdas <strong>de</strong> forma<br />

absolutamente plausível.<br />

Cujo, o cão raivoso? Sim, plausível.<br />

Christine, um carro assassino? Claro, plausível.<br />

Po<strong>de</strong>ria ainda voltar no tempo e citar algumas letras<br />

do The Who, minha banda <strong>de</strong> cabeceira – todas<br />

elas criadas pelo gênio Pete Townshend.<br />

Mas não. A primeira coisa que lembrei ao ouvir a<br />

palavra inspiração foi Avenida Paulista.<br />

Explico: um amigo, jornalista e escritor, me contou<br />

um truque que usava durante o processo <strong>de</strong><br />

criação <strong>de</strong> um livro. Ele sentava-se aleatoriamente<br />

em praças e cafés e observava as pessoas. E tentava<br />

<strong>de</strong>scobrir as histórias por trás <strong>de</strong> cada pessoa observada.<br />

Após algum tempo, a “história” mais interessante<br />

fazia com que ele, o escritor, seguisse a pessoa<br />

por quase todo o dia – claro, sem ser notado. Acompanhava<br />

os passos, os lugares, os encontros <strong>de</strong>ssa<br />

pessoa, sempre mantendo uma segura distância.<br />

Apenas para apren<strong>de</strong>r com ela, viajar em sua vida<br />

cotidiana.<br />

Claro, nunca cheguei a tanto. Mas confesso que<br />

morri <strong>de</strong> inveja <strong>de</strong>sse amigo escritor. Porque não<br />

foram poucas as vezes que fiquei andando por ruas<br />

e praças apenas pelo prazer <strong>de</strong> observar as pessoas.<br />

E tentar <strong>de</strong>scobrir as histórias que existem por<br />

trás <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las, tentar captar seus sentimentos<br />

e adivinhar suas angústias.<br />

De todos os lugares em que fiz isso, aqui ou no<br />

exterior, um <strong>de</strong>les é especial para mim: a Avenida<br />

Paulista. Um verda<strong>de</strong>iro livro <strong>de</strong> antropologia a céu<br />

aberto. Um gran<strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> sociologia, ali, na minha<br />

frente.<br />

São milhares <strong>de</strong> “dados” <strong>de</strong>sfilando pelas calçadas.<br />

“Dados” a serem arquivados na memória e um<br />

dia utilizados para um insight ou uma campanha.<br />

Por exemplo: aquela velhinha, sentada na galeria<br />

do Conjunto Nacional, vestindo um elegante casaco<br />

<strong>de</strong> lã xadrez, com cheiro <strong>de</strong> armário. Quem ela está<br />

esperando? Seria o filho, que nunca aparece?<br />

Aquele casal <strong>de</strong> garotas, andando pela calçada <strong>de</strong><br />

mãos dadas, apaixonadas. E aliviadas, sem se preocupar<br />

com algum idiota <strong>de</strong> plantão, o tipo <strong>de</strong> idiota<br />

que existe aos montes em seu bairro distante – inclusive<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas famílias.<br />

Aquele velho lutador <strong>de</strong> boxe, um brasileiro<br />

duas vezes campeão mundial, atravessando ao<br />

meu lado a Paulista no cruzamento com a Augusta,<br />

atordoado com a multidão que passa por<br />

ele sem sequer o reconhecer. O que passa pela<br />

cabeça confusa <strong>de</strong>sse senhor, uma das <strong>maio</strong>res<br />

glórias do seu esporte?<br />

O rapaz tocando sax no primeiro <strong>de</strong>grau da escadaria<br />

do Gazeta, lançando notas ao ar, como bolhas<br />

<strong>de</strong> sabão. On<strong>de</strong> ele teria aprendido a tocar <strong>de</strong>ssa<br />

forma tão sublime? E por que um sax? Se fosse um<br />

violão, será que seu chapéu ali na calçada não teria<br />

mais dinheiro?<br />

Vejo tudo isso andando, imaginando.<br />

Caminho por entre essas histórias. Sento a uma<br />

mesinha na calçada. Tomo café com cada um <strong>de</strong>sses<br />

personagens, mesmo sem eles perceberem. E<br />

sorrio. Porque, para mim, a vida real é sempre mais<br />

criativa e apaixonante do que a ficção.<br />

Truque<br />

“...um amigo, jornalista e escritor, me contou um truque<br />

que usava durante o processo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> um livro.<br />

Ele sentava-se aleatoriamente em praças e cafés<br />

e observava as pessoas. E tentava <strong>de</strong>scobrir<br />

as histórias por trás <strong>de</strong> cada pessoa observada”<br />

Banda <strong>de</strong> cabeceira...<br />

“Po<strong>de</strong>ria ainda voltar no tempo e citar algumas letras<br />

do The Who, minha banda <strong>de</strong> cabeceira – todas elas<br />

criadas pelo gênio Pete Townshend”<br />

Phovoir/Shutterstock<br />

Anthony Money/Shutterstock<br />

Dilvugação<br />

Imperdível<br />

Os atores Javier Cámara e Ricardo Darín em cena <strong>de</strong><br />

Truman, filme que Mario D’Andrea recomenda e diz “ser<br />

imperdível”<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 121


eyond tHe line<br />

Filipe Birck<br />

Hora <strong>de</strong> ação<br />

Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sprezar o tsunami digital<br />

no horizonte, invadindo as praias do mercado<br />

Alexis Thuller PAgliArini<br />

Escrevo este artigo no avião, em direção à<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitória, para o último evento<br />

<strong>de</strong> um road show que durou mais <strong>de</strong> dois<br />

meses, envolvendo 26 apresentações (nem<br />

todas fora <strong>de</strong> São Paulo). Tudo para levar<br />

a publicitários os resultados <strong>de</strong> um amplo<br />

estudo realizado pelo sistema Fenapro/Sinapros<br />

junto a agências <strong>de</strong> propaganda <strong>de</strong><br />

diversas regiões do Brasil.<br />

O estudo envolveu uma pesquisa visando<br />

i<strong>de</strong>ntificar o perfil das agências <strong>de</strong> propaganda<br />

em 14 mercados brasileiros e um<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign thinking, com cinco<br />

sessões, que foi realizada em diferentes regiões<br />

brasileiras, do norte ao sul, <strong>de</strong> leste a<br />

oeste.<br />

Tal estudo permitiu uma privilegiada<br />

percepção da forma atual <strong>de</strong> operação das<br />

agências (pela pesquisa) e, ao mesmo tempo,<br />

uma visão projetada <strong>de</strong> como po<strong>de</strong>ria<br />

ser melhor (<strong>de</strong>sign thinking). Tendo os dois<br />

resultados lado a lado, po<strong>de</strong>mos enxergar<br />

com clareza alguns gaps a serem superados.<br />

Ao final do road show, mais <strong>de</strong> 300 agências,<br />

<strong>de</strong> diferentes regiões do Brasil, foram<br />

sensibilizadas diretamente pelas apresentações<br />

ao vivo. Sem consi<strong>de</strong>rarmos o alcance<br />

do PROPMARK e outros veículos especializados,<br />

que <strong>de</strong>ram ampla cobertura<br />

aos estudos, po<strong>de</strong>mos imaginar que outras<br />

centenas foram impactadas pelos conceitos<br />

e insights.<br />

Em paralelo, não para <strong>de</strong> sair matéria<br />

alertando para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma profunda<br />

revisão do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação das<br />

agências, perante as novas <strong>de</strong>mandas do<br />

mercado, assolado por inovações constantes.<br />

O mesmo ocorre nos eventos do setor,<br />

quando palestrantes nacionais e internacionais<br />

apresentam estudos e cases que<br />

dramatizam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças.<br />

E a pergunta que fica é: e agora? Digerir e<br />

interpretar a informação e os alertas <strong>de</strong> especialistas<br />

é apenas o primeiro passo.<br />

A forma <strong>de</strong> agir em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>sses sinais<br />

é o mais difícil. Mas, uma coisa é certa,<br />

ignorar todos esses sinais é, seguramente,<br />

a pior atitu<strong>de</strong>. Sabemos que, muitas vezes,<br />

as previsões catastróficas não se concreti-<br />

zam. Como exemplo, já vimos “matarem”<br />

o cinema, por causa da chegada da televisão.<br />

E agora já estão querendo matar a televisão,<br />

em função dos múltiplos conteúdos<br />

gerados e acessados pela internet.<br />

É claro que precisamos pon<strong>de</strong>rar as tendências<br />

para não agir impulsivamente. No<br />

caso da TV, por exemplo, é para lá que vai a<br />

<strong>maio</strong>r parte dos recursos <strong>de</strong> veiculação ainda.<br />

E crescendo.<br />

Basta ver os números obtidos no primeiro<br />

trimestre no Brasil e mesmo em mercados<br />

mais <strong>de</strong>senvolvidos, que mostram a<br />

velha e boa TV (aquela que você assiste na<br />

sala da sua casa) ainda exuberante nos planos<br />

<strong>de</strong> mídia.<br />

Mas não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sprezar o tsunami<br />

digital no horizonte, invadindo as praias<br />

do mercado da propaganda. Não po<strong>de</strong>mos<br />

também <strong>de</strong>sprezar todas as pressões dos<br />

clientes por novas formas <strong>de</strong> remuneração<br />

e por uma atuação mais eclética e abrangente<br />

das suas agências <strong>de</strong> perfil mais tradicional.<br />

Tudo isso exige mudança, exige ação.<br />

Acabamos <strong>de</strong> passar por um processo <strong>de</strong><br />

enorme impacto para nosso país, que é a<br />

mudança <strong>de</strong> governo fe<strong>de</strong>ral (ainda que interino).<br />

O que esperamos do novo time <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

governamental é mais do que xororô<br />

ou a constatação do óbvio, que é o estado<br />

lamentável da economia brasileira. Esperamos<br />

ação.<br />

Quanto às empresas, que estavam anestesiadas,<br />

temerosas <strong>de</strong> partir para a luta<br />

em um mercado em retração, impactado<br />

pelo péssimo momento macroeconômico<br />

e social que passamos, há um fato novo e<br />

auspicioso.<br />

Que tal acreditar nesse novo momento<br />

e partir para a ação? Que tal acreditar que<br />

boa parte da retração econômica é advinda<br />

<strong>de</strong> um pessimismo, que po<strong>de</strong> agora ser<br />

revertido?<br />

Sabemos que não é simples, mas é melhor<br />

tentar algo do que ficar esperando<br />

iniciativas milagrosas, que po<strong>de</strong>rão vir <strong>de</strong><br />

cima pra baixo. É hora <strong>de</strong> arregaçar as mangas,<br />

colocar a faca entre os <strong>de</strong>ntes e ir à luta.<br />

É hora <strong>de</strong> ação!<br />

Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda)<br />

alexis@fenapro.org.br<br />

122 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Des<strong>de</strong> 1965, o jornal mais lido da propaganda.<br />

Nossa<br />

homenagem<br />

aos 51 anos<br />

do PROPMARK.


quem fez<br />

Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />

AlertA<br />

Para aproveitar o Dia Nacional <strong>de</strong> Combate<br />

ao Abuso e à Exploração Sexual <strong>de</strong> Crianças<br />

e Adolescentes, em 18 <strong>de</strong> <strong>maio</strong>, a ABCP (Associação<br />

Brasileira Todos Contra a Pedofilia)<br />

lançou uma campanha para incentivar <strong>de</strong>núncias.<br />

Os anúncios, criados pela Revolution<br />

Brasil, trazem imagens <strong>de</strong> religiosos com<br />

crianças e a inscrição Deus tá vendo.<br />

Fotos: Divulgação<br />

Revolution BRasil<br />

ABCP<br />

Título: Deus tá vendo; produto: institucional; direção<br />

<strong>de</strong> criação executiva: Augusto Moya; redação: Felipe<br />

Sanches, Carlos Pereira; direção <strong>de</strong> arte: Jean Carlo,<br />

Carlos Pereira e Augusto Moya; ilustração: Estudiorama;<br />

aprovação do cliente: Valdair Mauro Debus<br />

esquisitos<br />

A Samsung aposta no humor na campanha<br />

do Galaxy 7. São cinco filmes para a internet,<br />

assinados pela Isobar, que <strong>de</strong>stacam<br />

atitu<strong>de</strong>s esquisitas dos consumidores. Na<br />

peça Sereia, um rapaz conta que adora curtir<br />

a vida como um dos seres mitológicos do<br />

mar. Para isso, ele usa o celular acoplado a<br />

óculos <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> virtual.<br />

isoBaR<br />

SAmSunG<br />

Título: Sereia; produto: Galaxy S7; criação: Eduardo<br />

Battiston, Diego Araujo, Andrea Siqueira, Rafael<br />

Ochoa, Pedro Fernan<strong>de</strong>s e Henrique Pecego;<br />

produtora do filme: Your Mama; produtora <strong>de</strong><br />

áudio: Comando S; aprovação do cliente: Giuliano<br />

Carneiro e Juliana Cavalheiro<br />

Cheiro <strong>de</strong> Corpo<br />

O odor das axilas ganha vida no filme criado pela<br />

Wie<strong>de</strong>n+Kennedy São Paulo para Old Spice. Na peça<br />

Amigos, produção da Delicatessen Filmes e direção<br />

<strong>de</strong> cena do argentino Lemon, o mau cheiro<br />

fica magoado quando o garoto que está malhando<br />

em casa <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> acabar com ele. “Pensei que fôssemos<br />

amigos”, <strong>de</strong>clara a boca embaixo do braço.<br />

wie<strong>de</strong>n+kennedy<br />

P&G<br />

Título: Amigos; produto: Old Spice; diretores <strong>de</strong> criação:<br />

Gustavo Victorino e Rafael Genu; redator: Rafael Melo; diretor<br />

<strong>de</strong> arte: Erica Harumi e Pedro Sattin; produtora <strong>de</strong><br />

filmes: Delicatessen Filmes; diretor <strong>de</strong> cena: Lemon; produtora<br />

<strong>de</strong> áudio: A9 Áudio; aprovação do cliente: Isabel<br />

Pimentel, Adriana Mari, Wesley Murkin e Julia Asakawa<br />

124 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


vAriedA<strong>de</strong><br />

A linha <strong>de</strong> produtos da Heinz é apresentada no novo filme<br />

criado pela Africa para a marca. Na peça, um homem<br />

está comendo um hambúrguer com katchup Heinz no balcão<br />

<strong>de</strong> um bar e, à medida que vai citando os produtos da<br />

marca, é transportado para um novo cenário. Ao lembrar<br />

da mostarda, ele pilota uma moto com uma bela garota na<br />

garupa <strong>de</strong>gustando um cachorro quente. Ao citar a <strong>maio</strong>nese,<br />

ele aparece sobre um cavalo em um cenário do Velho<br />

Oeste. Depois é a vez do molho barbecue e, por último, do<br />

molho <strong>de</strong> tomate. A peça se encerra com uma lembrança<br />

da avó do rapaz, que conta o segredinho da receita <strong>de</strong> família:<br />

“era Heinz, seu bocó”, diz a velhinha na foto.<br />

afRica<br />

Heinz BrASil<br />

Título: O Crítico; produto: masterbrand; direção <strong>de</strong> criação: Alexandre<br />

Prado e Rodrigo Bombana; criação: Alexandre Prado, Rodrigo<br />

Bombana, Luiz Kanadani, Marcelo Lobo, Felipe Ribeiro, Felipe<br />

Cury e Fernando Drudi; redação: Luiz Kanadani; direção <strong>de</strong> arte:<br />

Marcelo Lobo; produtora <strong>de</strong> filme: Sentimental Filmes; direção<br />

<strong>de</strong> cena: Amnésia; produtora <strong>de</strong> som: Satelite Audio; aprovação<br />

do cliente: Isabella Rizzo e Olivia Martin<br />

provoCAção<br />

Para chamar a atenção para um problema que<br />

tem causado muitos aci<strong>de</strong>ntes, a cana<strong>de</strong>nse<br />

John St. criou um outdoor provocativo. A<br />

mensagem incentiva motoristas a mandar<br />

mensagens enquanto dirigem e é assinada por<br />

uma funerária. Ao acessar o site da empresa,<br />

a pessoas <strong>de</strong>scobre que, na verda<strong>de</strong>, tratava-<br />

-se <strong>de</strong> uma campanha <strong>de</strong> conscientização e<br />

o anunciante é a empresa <strong>de</strong> mídia exterior<br />

Cieslok Media, em parceria com a agência.<br />

John st.<br />

CieSlok meDiA<br />

Título: Text & Drive; diretores-executivos <strong>de</strong> criação:<br />

Angus Tucker e Stephen Jurisic; criação: Sébastien<br />

Lafaye e Cédric Au<strong>de</strong>t; gerente-geral:<br />

Mylène Savoie; produtora: Kimberley Mullen<br />

superAção<br />

O Bra<strong>de</strong>sco conta a história do garoto Gabriel<br />

Neris, um paratleta que, em <strong>maio</strong> do<br />

ano passado, ao participar <strong>de</strong> uma competição<br />

dos 100 metros rasos, per<strong>de</strong>u a prótese<br />

com apenas 10 metros <strong>de</strong> competição.<br />

O menino, que vai conduzir a tocha olímpica,<br />

não teve dúvida: pegou sua prótese e<br />

terminou a prova em um pé só.<br />

R/Ga<br />

BrADeSCo<br />

Título: Gabriel; produto: institucional; criação:<br />

Tom Vouga, André Rezen<strong>de</strong>, Giulio Beloto e Thiago<br />

Grigoletto; produtora <strong>de</strong> filme: Stink; direção<br />

<strong>de</strong> cena: Squarehead e Douglas Bernardt;<br />

produtora <strong>de</strong> Som: Antfood; aprovação do<br />

cliente: Jorge Nasser, Marcio Parizotto, Daniela<br />

Ugayama e Thais Prescinotti<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 125


opinião<br />

Mudanças precisam<br />

acontecer também<br />

na propaganda<br />

Lightsping/Shutterstock<br />

RobeRto Duailibi<br />

Muita gente tem falado, com toda razão,<br />

da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças urgentes<br />

nos rumos da economia, da educação,<br />

da saú<strong>de</strong> e da moral pública. Toda mudança<br />

profunda reflete os anseios da <strong>maio</strong>ria.<br />

Mas quero aqui chamar a atenção para um<br />

assunto que é muito importante, que consome<br />

todos os anos bilhões <strong>de</strong> reais dos<br />

cofres públicos e po<strong>de</strong>, em muito, mudar<br />

a imagem do Brasil e ajudar os brasileiros.<br />

Precisamos <strong>de</strong> mudanças no segmento da<br />

propaganda.<br />

O aparelhamento do Estado, com envolvimento<br />

<strong>de</strong> partidos – e a Operação Lava Jato<br />

já provou isso – afetou profundamente as<br />

contas públicas, as agências, as produtoras,<br />

os veículos, os fornecedores <strong>de</strong> serviços e a<br />

imagem dos profissionais. E disso a classe<br />

reclamava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios <strong>de</strong>sse governo<br />

atual. O surgimento <strong>de</strong> “agências”<br />

sem qualquer cre<strong>de</strong>ncial e sem<br />

clientes da iniciativa privada,<br />

a aparente manipulação das<br />

planilhas <strong>de</strong> licitações, o uso<br />

<strong>de</strong> estagiários em vez <strong>de</strong> profissionais,<br />

<strong>de</strong>pois que as contas<br />

estavam ganhas, a partidarização<br />

das <strong>de</strong>cisões, tudo nos<br />

fazia lembrar da peça O Rei da<br />

Vela, <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>.<br />

Ao longo das investigações, ficou claro<br />

que a publicida<strong>de</strong> do governo vinha sendo<br />

utilizada como foco <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, e em muitos<br />

casos usada para <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> recursos para<br />

campanhas eleitorais. Publicitários e pseudopublicitários<br />

foram presos, para gran<strong>de</strong><br />

prejuízo <strong>de</strong> toda a classe. O papel das agências,<br />

dos publicitários e das produtoras<br />

passou a ser visto como meio <strong>de</strong> transferir<br />

recursos para campanhas e contas particulares.<br />

Não estou aqui, vejam bem, fazendo<br />

acusações novas. Tudo isso já foi provado<br />

pela Força Tarefa, que conduz o <strong>maio</strong>r processo<br />

<strong>de</strong> combate à corrupção já visto neste<br />

país.<br />

“Toda<br />

mudança<br />

profunda<br />

refleTe os<br />

anseios da<br />

<strong>maio</strong>ria”<br />

A mudança, do porte da que estamos<br />

vivendo, é muito positiva. Mas <strong>de</strong> nada<br />

adiantará se, nos primeiros dias do futuro<br />

governo, não houver a sinalização clara <strong>de</strong><br />

que <strong>de</strong> fato estaremos entrando num novo<br />

tempo, em nova fase, preocupada em solucionar<br />

os graves problemas do país e usar,<br />

<strong>de</strong> forma objetiva e racional - e moral -, os<br />

recursos. É muito gran<strong>de</strong> o volume <strong>de</strong> verba<br />

<strong>de</strong>stinado à propaganda governamental.<br />

O governo Dilma tem gasto em média<br />

mais <strong>de</strong> R$ 2 bilhões em mídia por ano. Somados,<br />

os governos Lula e Dilma, apenas<br />

com a mídia televisiva, gastaram R$ 13,9 bilhões<br />

e outros R$ 2,1 bilhões com os jornais<br />

e revistas. Ou seja, estamos falando <strong>de</strong> volumes<br />

enormes que, até por isso, <strong>de</strong>vem ser<br />

gastos <strong>de</strong> forma competente, equilibrada,<br />

livre <strong>de</strong> interferências e, o que é melhor,<br />

sem <strong>de</strong>sperdício.<br />

A nova fase, que, ao que tudo indica,<br />

está a caminho, tem tudo para melhorar a<br />

percepção das pessoas em relação ao governo,<br />

à imagem do país, aos serviços públicos.<br />

Essas verbas po<strong>de</strong>m usar as concepções<br />

consagradas da comunicação social e<br />

po<strong>de</strong>m passar a ter um papel <strong>de</strong> altíssima<br />

relevância para a socieda<strong>de</strong>. Os programas<br />

sociais, as campanhas da área da saú<strong>de</strong>, os<br />

serviços <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública, tudo isso po<strong>de</strong><br />

ter um upgra<strong>de</strong>, com o uso racional dos<br />

recursos, contratações eficientes,<br />

trabalhos consequentes e, o que<br />

é melhor, resultados muito acima<br />

daqueles que nós temos visto até<br />

agora.<br />

É preciso levar em conta, mais<br />

que tudo, o tamanho do país, a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> as mensagens chegarem<br />

a todos os rincões, <strong>de</strong> atingir<br />

<strong>de</strong> forma diferente aos mais variados<br />

públicos. Temos <strong>de</strong> passar à população<br />

as informações que po<strong>de</strong>m ajudar no dia<br />

a dia, que po<strong>de</strong>m melhorar sua qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida, favorecer o crescimento e salvar<br />

vidas.<br />

A propaganda precisa voltar a ser vista<br />

não apenas como o meio para informar sobre<br />

produtos ou propagar sonhos <strong>de</strong> consumo.<br />

Ou ainda ser vista como meio que usa<br />

a mentira para eleger políticos. Ela precisa<br />

ser vista como ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal, como política <strong>de</strong> governo,<br />

por sua relevância, po<strong>de</strong>r e papel educativo.<br />

Se o governo olhar com novos olhos para<br />

essa área, colocar as pessoas certas nos<br />

lugares certos, po<strong>de</strong>rá contratar melhor,<br />

gastar menos e ter um saldo final muito<br />

mais positivo. O mo<strong>de</strong>lo baseado no aparelhamento<br />

político nos tem levado a uma<br />

propaganda <strong>de</strong> mau gosto, mal produzida e<br />

pouco preocupada com o uso dos recursos<br />

e com o que pensam os brasileiros sobre esse<br />

eficiente meio <strong>de</strong> comunicação e aqueles<br />

que vivem honestamente <strong>de</strong> seu ofício.<br />

Roberto Duailibi é conselheiro da DPZ&T<br />

roberto.duailibi@dpzt.com.br<br />

126 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


we<br />

mkt<br />

Matteus <strong>de</strong> Faria Vilas Boas<br />

Seconds<br />

“Matar o sonho é matarmo-nos.<br />

É mutilar a nossa alma”.<br />

Fernando Pessoa<br />

Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />

Arthur gostaria muito <strong>de</strong> ter uma segunda<br />

vida. Bancário <strong>de</strong> meia ida<strong>de</strong>,<br />

família convencional e relação fria com a<br />

mulher e a filha já adulta. Mas nada aconteceria<br />

não fosse um telefonema aterrador.<br />

O <strong>de</strong> um amigo que julgava morto e tinha<br />

comprado os serviços <strong>de</strong> uma segunda vida<br />

com a “Companhia”. Pediu a direção e<br />

foi adiante. Meses <strong>de</strong>pois, um mendigo é<br />

atropelado e morto. Vai para uma cirurgia<br />

facial e vira Arthur. Enquanto isso, na sala<br />

ao lado, Arthur ganha uma nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

– Tony Wilson - e uma segunda vida.<br />

O filme, <strong>de</strong> 1966, com direção <strong>de</strong> John<br />

Frankenheimer, adaptação do livro Seconds,<br />

<strong>de</strong> David Ely, Arthur é protagonizado<br />

por Rock Hudson. E os letreiros <strong>de</strong> abertura<br />

levam a assinatura do mestre do <strong>de</strong>sign<br />

Saul Bass. Anos <strong>de</strong>pois, por curiosida<strong>de</strong>,<br />

Arthur volta para conferir, a distância, a<br />

família. A mulher casara-se novamente, a<br />

casa permanecia a mesma, mas a sensação<br />

<strong>de</strong> ter renascido <strong>de</strong>saparecera. Renascer,<br />

conclui, é uma impossibilida<strong>de</strong> absoluta.<br />

Então, por que <strong>de</strong>ixar-se morrer? Ou matar?<br />

Abilio Diniz ven<strong>de</strong>u seu sonho. No momento<br />

da entrega, fez tudo para recomprar.<br />

Isabela Capeto ven<strong>de</strong>u seu sonho<br />

e trabalhou feito uma con<strong>de</strong>nada para<br />

recomprá-lo. Michael Klein ven<strong>de</strong>u o sonho<br />

<strong>de</strong> sua família, pai, seu, e hoje, volta<br />

e meia, tenta se reaproximar do sonho, à<br />

semelhança <strong>de</strong> Arthur. Na busca <strong>de</strong> um Seconds.<br />

Sua filha, Natalie Klein, fashion <strong>de</strong>signer,<br />

casou-se com Tufi Duek, com quem<br />

tem dois filhos, Ava e Ezra, e é muito feliz.<br />

Poucas pessoas fizeram carreira, prosperaram,<br />

e construíram marcas <strong>de</strong> forma tão<br />

visceral, compulsiva e arrebatadora como<br />

Tufi. No início, jovem, vendia camisetas<br />

para amigos e construiu um pequeno império<br />

e marcas legendárias trabalhando 14<br />

horas por dia: “De 52 fins <strong>de</strong> semana por<br />

ano, eu trabalhava 45”, <strong>de</strong>clarou a Sylvain<br />

Justum, da GQ Brasil. Hoje, aos 61 anos,<br />

explo<strong>de</strong>: “Destruíram o que levei quatro<br />

décadas para construir. A marca Forum<br />

merecia mais respeito”.<br />

Março <strong>de</strong> 2008. A campanha <strong>de</strong> Barack<br />

Obama empolga o mundo. A crise das hipotecas,<br />

uma hipótese aparentemente distante.<br />

Em meio a uma série <strong>de</strong> circunstâncias,<br />

incluindo a morte <strong>de</strong> sua mãe, Tufi sucumbe<br />

e ven<strong>de</strong> tudo – sua empresa, marcas, nome –<br />

para a AMC, <strong>de</strong> Alexandre Menegotti e mais<br />

três sócios. No portfólio da AMC estão Colcci,<br />

Sommer, Carmelitas, mais licenciamento da<br />

Coca-Cola Fashion. Ven<strong>de</strong>u tudo, repito: Forum,<br />

Triton, Forum Tufi Duek e Tufi Duek.<br />

Pela bagatela <strong>de</strong> R$ 251 milhões – o que equivaleria<br />

hoje, segundo Tufi, a R$ 700 milhões:<br />

“uma empresa saudável, com lucro líquido <strong>de</strong><br />

R$ 40 milhões ano”. Maio <strong>de</strong> <strong>2016</strong>, GQ Brasil:<br />

“Nos tempos áureos, os <strong>de</strong>sfiles da Forum<br />

viajavam pelo Brasil como forma <strong>de</strong> fortalecer<br />

mercados regionais e expandir a marca.<br />

Fazer parte do universo Forum dava status,<br />

envolvia o sentimento aspiracional em uma<br />

calça com o célebre F no bolso traseiro...”. Tufi<br />

reconhece: “fui ingênuo, acreditei nas promessas<br />

que o grupo não mexeria na filosofia<br />

que implantei e fazia a engrenagem funcionar<br />

perfeitamente...”, hoje posso assinar Tufi<br />

Duek como <strong>de</strong>signer, mas nunca mais como<br />

marca. Menegotti, o comprador, concorda e<br />

lembra: “A marca Tufi Duek foi adquirida pelo<br />

AMC e, portanto, não po<strong>de</strong> ser utilizada por<br />

terceiros, tampouco por quem a ven<strong>de</strong>u...”.<br />

Goethe dizia que “quando uma criatura<br />

humana <strong>de</strong>sperta para um gran<strong>de</strong> sonho e<br />

sobre ele lança toda a força <strong>de</strong> sua alma, todo<br />

o universo conspira a favor”. Aristóteles,<br />

que “a esperança é o sonho <strong>de</strong> um homem<br />

acordado”. E, Mario Quintana, que “sonhar<br />

é acordar-se para <strong>de</strong>ntro”. E mesmo assim,<br />

Abilio, Isabela, Michael, Tufi, Herchcovitch<br />

e muitos outros empreen<strong>de</strong>dores acreditaram<br />

ser possível ven<strong>de</strong>rem seus sonhos. O<br />

que existe <strong>de</strong> comum entre todos, e apenas,<br />

é que nunca mais conseguiram dormir<br />

em paz. Permanecem <strong>de</strong>spertos; para <strong>de</strong>ntro<br />

e para fora. Resta o conselho do saudoso<br />

Barão <strong>de</strong> Itararé: “Nunca <strong>de</strong>sista <strong>de</strong> seu sonho.<br />

Se ele acabou numa padaria, procure<br />

em outra”.<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

é consultor <strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

128 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


sul online<br />

Ana Paula Jung propsul@uol.com.br<br />

Divulgação<br />

Polar é segunda<br />

mais lembrada<br />

pelos gaúchos<br />

cerveja Polar conquistou o segundo lugar entre as mais lembradas pelos gaúchos.<br />

A Com 20,3%, está cada vez mais próxima da Skol, que ocupa a li<strong>de</strong>rança, com 35,3%,<br />

conforme aponta a pesquisa Top of Mind <strong>2016</strong>, promovida pela Revista Amanhã. O índice<br />

representa mais que o dobro dos 9,8% obtido na sondagem <strong>de</strong> 2014. A diferença, que era<br />

<strong>de</strong> 28,8% há dois anos, fecha <strong>2016</strong> em 15% e confirma a curva ascen<strong>de</strong>nte da marca, que<br />

nasceu como Polar Chopp na cida<strong>de</strong> gaúcha <strong>de</strong> Estrela há 104 anos. Em 1969, tornou-se<br />

cervejaria Polar e há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos reforça a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> local com o slogan A melhor é<br />

daqui. Os vencedores <strong>de</strong> todas as categorias do Top of Mind <strong>2016</strong> serão anunciados nesta<br />

terça-feira (24), em Porto Alegre.<br />

Peça <strong>de</strong> recente<br />

campanha da Polar,<br />

criada pela Paim<br />

croissants<br />

Os sócios-diretores da Croasonho, Gustavo<br />

Susin e Eduardo Silva, têm planos <strong>de</strong><br />

cativar novos consumidores para expandir<br />

a empresa gaúcha. A previsão é fechar <strong>2016</strong><br />

com 78 lojas no Brasil e faturamento <strong>de</strong> R$<br />

100 milhões. “Criamos um novo conceito<br />

<strong>de</strong> alimentação no país, cujo produto é a<br />

marca. As pessoas que provam se apaixonam”,<br />

diz Silva. Para fi<strong>de</strong>lizar os croalovers,<br />

a marca trabalha com a campanha Provou,<br />

amou, criada pela Batuca, <strong>de</strong> Bento Gonçalves<br />

(RS). Fundada em 1997, a marca ganhou<br />

mercado ao lançar uma mistura <strong>de</strong> croissants<br />

recheados artesanais. A partir <strong>de</strong><br />

2009, expandiu a re<strong>de</strong> para 16 estados por<br />

meio do franchising. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da crise, a meta é manter crescimento orgânico<br />

com média <strong>de</strong> <strong>de</strong>z novas lojas por ano.<br />

O <strong>de</strong>safio é ser conhecida nacionalmente.<br />

lutadores<br />

Patrocinadora do UFC, a Reebok vem fazendo<br />

diversas ações com o esporte. Agora<br />

lança filme com <strong>de</strong>poimento dos lutadores<br />

José Aldo e Ronaldo Jacaré, patrocinados<br />

pela marca. No filme, que será veiculado na<br />

TV e na internet, criado pela 3YZ e produzido<br />

pela Guts and Films, as duas estrelas<br />

da modalida<strong>de</strong> falam sobre as dificulda<strong>de</strong>s<br />

e <strong>de</strong>rrotas <strong>de</strong> suas carreiras, <strong>de</strong>ixando claro<br />

que nunca pensaram em <strong>de</strong>sistir, enquanto<br />

treinam e se preparam para lutar novamen-<br />

te. “O filme faz um paralelo das vitórias e<br />

<strong>de</strong>rrotas dos dois atletas”, explica Eduardo<br />

Menezes, diretor <strong>de</strong> criação da 3yz. O<br />

conceito é Vencedor não é aquele que ganha<br />

sempre, é aquele que nunca <strong>de</strong>siste <strong>de</strong> lutar.<br />

loja <strong>de</strong> FÁBrica<br />

A Karsten, tradicional marca catarinense<br />

<strong>de</strong> cama, mesa, banho e tecidos<br />

para <strong>de</strong>coração, abriu sua primeira loja<br />

<strong>de</strong> fábrica em Porto Alegre. A empresa, <strong>de</strong><br />

134 anos, é uma das <strong>maio</strong>res indústrias<br />

do segmento no Brasil e uma das principais<br />

marcas em termos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

inovação e beleza. Segundo Rui Leopoldo<br />

Hess <strong>de</strong> Souza, diretor <strong>de</strong> marketing<br />

da Karsten, a loja faz parte dos planos da<br />

empresa <strong>de</strong> ampliar a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

seus produtos para o consumidor final.<br />

“É um canal muito importante para levar<br />

os valores da marca numa loja exclusiva.<br />

É uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>”, comenta.<br />

O conceito da campanha, criada pela Modus,<br />

<strong>de</strong> Blumenau, é Os alemães são como<br />

os gaúchos, adoram uma tradição. O investimento<br />

em marketing no Brasil é <strong>de</strong><br />

R$ 12 milhões.<br />

Festa<br />

A festa do Colunistas Brasil será no próximo<br />

dia 9, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Do RS, Centro,<br />

JWT, Matriz e Santo <strong>de</strong> Casa, mais a<br />

produtora Guts, serão homenageadas.<br />

130 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


produtoraS<br />

Moreira: especialista em filmes <strong>de</strong> produto, ele tem em seu portfólio trabalhos com marcas como Unilever e Bra<strong>de</strong>sco<br />

Divulgação<br />

Spray contrata<br />

diretor com<br />

experiência<br />

em produto<br />

Rodrigo Moreira chega<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passagem<br />

pela Honey Bunny<br />

Vinícius noVaes<br />

Rodrigo Moreira é o novo diretor <strong>de</strong> cena<br />

da Spray Filmes. Com mais <strong>de</strong> 15 anos<br />

<strong>de</strong> atuação no mercado publicitário, Moreira<br />

traz em seu portfólio filmes para marcas<br />

como Kopenhagen, Pizza Hut, Subway, além<br />

<strong>de</strong> Johnson & Johnson, Unilever e Bra<strong>de</strong>sco.<br />

Antes <strong>de</strong> integrar o time da Spray, trabalhou<br />

em produtoras como Conspiração e Honey<br />

Bunny.<br />

“A Spray Filmes tem uma <strong>de</strong>manda muito<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> filme <strong>de</strong> produto e esta é uma<br />

área na qual eu tenho especialida<strong>de</strong>”, conta<br />

o novo diretor <strong>de</strong> cena da produtora. “Eles<br />

me procuraram e pensei que a gente se completava<br />

nesta área”, complementa o profissional.<br />

Roberta Reigado, produtora-executiva da<br />

Spray Filmes, disse que o foco e a experiência<br />

<strong>de</strong> Moreira em filmes <strong>de</strong> produto são muito<br />

complementares para o trabalho <strong>de</strong> sua empresa.<br />

“Como diretor e fotógrafo, o Rodrigo<br />

é extremamente exigente com a qualida<strong>de</strong> e<br />

a estética dos filmes, sua formação em fotografia<br />

traz também um olhar muito apurado<br />

e técnico”, afirma a executiva.<br />

Para o novo diretor <strong>de</strong> cena da Spray, um<br />

dos seus principais <strong>de</strong>safios será conseguir<br />

elevar o nível técnico <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos filmes<br />

<strong>de</strong> produto. “Além disso, a Spray vai me<br />

proporcionar a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eu expandir<br />

o meu leque”, garante.<br />

A Spray, que possui seis anos <strong>de</strong> mercado,<br />

foi a produtora responsável pela produção<br />

do longa Quebrando o Tabu, que <strong>de</strong>bate as<br />

consequências da legalização da maconha,<br />

que teve a participação <strong>de</strong> nomes como os<br />

ex-presi<strong>de</strong>ntes Fernando Henrique Cardoso,<br />

Bill Clinton e Jimmy Carter. Na publicida<strong>de</strong>,<br />

a Spray já filmou com agências como AlmapBBDO,<br />

DM9DDB, Africa, Y&R e WMcCann,<br />

entre outras. E tem como clientes Coca-Cola,<br />

Ambev, Itaú, Mitsubishi, Volkswagen, P&G<br />

etc.<br />

Em 2014, a produtora produziu o filme<br />

Últimos Desejos da Kombi, vencedora <strong>de</strong> sete<br />

Leões <strong>de</strong> ouro no Festival <strong>de</strong> Cannes, além<br />

<strong>de</strong> prêmios no Clio Awards e no Festival do<br />

CCSP. No ano passado, a Spray produziu Radio<br />

Pri<strong>de</strong> Para<strong>de</strong>, que ren<strong>de</strong>u um Leão <strong>de</strong><br />

prata no Festival <strong>de</strong> Cannes, na categoria<br />

Bran<strong>de</strong>d Content.<br />

132 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


HÁ 51 ANOS,<br />

NÃO SE PODIA<br />

FALAR O QUE<br />

SE PENSAVA.<br />

HOJE, DEVEMOS<br />

FALAR O QUE<br />

NINGUÉM<br />

AINDA PENSOU.<br />

Ganhar a vida tá osso?<br />

Voltemos 51 anos. Quando<br />

nasceu este jornal, a propaganda<br />

não era consi<strong>de</strong>rada essencial,<br />

e a profissão <strong>de</strong> publicitário<br />

acabava <strong>de</strong> ser regulamentada.<br />

O respeito só veio com a chegada<br />

das gran<strong>de</strong>s montadoras e as<br />

primeiras campanhas.<br />

Os carros, aliás, <strong>de</strong>sfilavam<br />

em 1965 o a<strong>de</strong>sivo Brasil, ame-o<br />

ou <strong>de</strong>ixe-o. Bem, semelhanças<br />

à parte, importante pra BigBee<br />

é ser reconhecida como<br />

agência otimista e inovadora.<br />

É ter o mais ágil sistema<br />

<strong>de</strong> mensuração <strong>de</strong> mídia<br />

e análise do mercado,<br />

o DATAROI.<br />

É pensar, como poucos,<br />

planejamento estratégico,<br />

business intelligence<br />

e performance criativa.<br />

É saber potencializar<br />

i<strong>de</strong>ias e resultados.<br />

Venha tomar uma<br />

com a gente.<br />

Uma boa xícara<br />

<strong>de</strong> café.<br />

114130 5200 / www.bigbee.com.br


Produtoras<br />

Piloto se reestrutura e reforça<br />

equipe com seis diretores <strong>de</strong> cena<br />

Com mudanças, que atingem também a área comercial, objetivo da<br />

empresa é expandir a atuação no mercado brasileiro <strong>de</strong> audiovisual<br />

Divulgação<br />

Equipe da produtora Piloto: empresa quer se tornar mais competitiva no mercado e aposta em diversos tipos <strong>de</strong> filmes<br />

Vinícius noVaes<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> expandir a atuação da<br />

produtora no mercado brasileiro <strong>de</strong> audiovisual,<br />

a Piloto contratou seis diretores<br />

<strong>de</strong> cena. Desses diretores que entraram para<br />

compor o casting, alguns já atuavam no mercado<br />

e outros são profissionais que estão sendo<br />

lançados.<br />

Octavio Scopelliti, André Chitas, Carla Nobre,<br />

Ronaldo Soares, Gustavo Zylbersztajn e<br />

Rafael Antonelli, ao lado da dupla fundadora<br />

da produtora, formada por Daniel Soro e Alexandre<br />

Chalabi, tornam-se responsáveis pela<br />

estética e pelas novas linguagens dos projetos,<br />

apresentando tendências para todos os tipos<br />

<strong>de</strong> filme, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> documentários, live action e<br />

animação, para mídias digitais ou multiplataformas,<br />

entre outras opções.<br />

No comando da empresa, a novida<strong>de</strong> é que<br />

Biba Wer<strong>de</strong>sheim <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> atuar na área <strong>de</strong><br />

atendimento para assumir as funções <strong>de</strong> diretora-executiva.<br />

Ela terá como meta imprimir<br />

mais eficiência ao trabalho da produtora, por<br />

meio <strong>de</strong> uma gestão classificada pela própria<br />

empresa como criativa.<br />

“Um dos principais diferenciais da Piloto<br />

sempre foi a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> unir versatilida<strong>de</strong><br />

para trabalhar em orçamentos <strong>de</strong>safiadores<br />

à capacida<strong>de</strong> criativa. Precisamos<br />

oxigenar constantemente a produtora, revirar<br />

o fundo, fazer com que a força criativa<br />

que já está <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa seja renovada e,<br />

ao mesmo tempo, aumentar a nossa capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resposta a diferentes <strong>de</strong>mandas”,<br />

afirma a executiva.<br />

Outra novida<strong>de</strong> é que Regina Knapp, profissional<br />

com vasta experiência <strong>de</strong> mercado,<br />

que estava na Piloto há alguns meses, torna-se<br />

diretora-comercial, focada nas áreas <strong>de</strong> atendimento,<br />

prospecção e gestão do quadro diretores<br />

<strong>de</strong> cena da casa.<br />

“A chegada dos novos diretores nos possibilita<br />

aumentar o leque <strong>de</strong> atuação nas agências<br />

e clientes, mas sem nunca per<strong>de</strong>r a qualida<strong>de</strong><br />

técnica e criativa, que prezamos tanto”, afirma<br />

Regina Knapp, diretora-comercial da Piloto.<br />

Essa ampliação no time <strong>de</strong> profissionais<br />

faz parte da atuação <strong>de</strong> Biba como diretora-<br />

-executiva, com Regina à frente da direção<br />

comercial.<br />

Biba garante que o objetivo da produtora<br />

é ampliar a oferta <strong>de</strong> trabalho no mercado.<br />

“Sem per<strong>de</strong>r nosso DNA, vamos tornar a produtora<br />

mais competitiva, oferecendo filmes<br />

com qualida<strong>de</strong> estética, unindo <strong>de</strong>sign, narrativa,<br />

capacida<strong>de</strong> criativa e boa gestão”, afirma.<br />

134 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


DeSign<br />

Fonte Sarandi se reposiciona com<br />

novas embalagens no portfólio<br />

Destaque da linha é garrafa <strong>de</strong> água <strong>de</strong>senvolvida com foco nos<br />

praticantes <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física; Lincoln Seragini assina a mudança<br />

AnA PAulA Jung<br />

Um dos principais <strong>de</strong>signers<br />

<strong>de</strong> embalagem do Brasil,<br />

Lincoln Seragini, é quem assina<br />

a renovação do portfólio da<br />

empresa gaúcha Fonte Sarandi.<br />

Com 45 anos <strong>de</strong> carreira e<br />

trabalhos para gigantes como<br />

Colgate-Palmolive, Nestlé, Dixie-Toga<br />

e Johnson & Johnson<br />

no currículo, Seragini <strong>de</strong>staca<br />

neste projeto a embalagem inovadora<br />

da água Floresta Ativa,<br />

projetada para quem pratica<br />

ativida<strong>de</strong> física, como um<br />

squeeze <strong>de</strong>scartável.<br />

Com forma anatômica, nas<br />

cores cristal, azul, rosa e ver<strong>de</strong>,<br />

a garrafa possui uma alça para<br />

pren<strong>de</strong>r nos <strong>de</strong>dos durante o<br />

uso. A i<strong>de</strong>ia é ser uma solução<br />

conveniente, econômica e higiênica.<br />

“Não existe igual no<br />

mercado. A Sarandi está sendo<br />

pioneira nesta embalagem”,<br />

comenta Seragini.<br />

“Será um ícone das pessoas<br />

ativas. Por ser exclusiva e única,<br />

possibilita que a Sarandi a<br />

comercialize em todo o mercado<br />

brasileiro. Será possível<br />

viabilizar a sua venda em qualquer<br />

distância, vencendo a barreira<br />

do frete, fator que sempre<br />

limitou a expansão das marcas<br />

regionais <strong>de</strong> água mineral”, explica<br />

Seragini.<br />

Com quase 70 anos <strong>de</strong> existência,<br />

a Fonte Sarandi se reinventa,<br />

apostando em inovação<br />

e mudanças estratégicas para<br />

fortalecer a marca e ganhar<br />

mercado. O projeto <strong>de</strong> reposicionamento<br />

da Sarandi levou<br />

dois anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planejamento<br />

até a sua execução. Foram<br />

investidos R$ 1 milhão em<br />

pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

R$ 1,5 milhão em tecnologia e<br />

maquinário e R$ 1 milhão em<br />

marketing, além da contratação<br />

<strong>de</strong> 50 novos funcionários<br />

nos últimos 12 meses.<br />

Seragini acredita que as empresas<br />

<strong>de</strong> vanguarda sabem<br />

que fazer o bem à socieda<strong>de</strong><br />

Lincoln Seragini, um dos principais <strong>de</strong>signers <strong>de</strong> embalagem do Brasil, com o diretor da Fonte Sarandi, Jairo Zandoná<br />

“Todas as<br />

empresas<br />

precisam<br />

ganhar<br />

dinheiro, mas<br />

é imporTanTe<br />

buscar não só<br />

nos produTos,<br />

mas nas suas<br />

ações, um<br />

benefício a<br />

mais para as<br />

pessoas”<br />

é um bom negócio. Por isso, o<br />

mercado está entrando na era<br />

espiritual das marcas. “Todas<br />

as empresas precisam ganhar<br />

dinheiro, mas é importante<br />

buscar não só nos produtos,<br />

mas nas suas ações, um benefício<br />

a mais para as pessoas.<br />

Já passamos da fase da marca<br />

racional, da estética <strong>de</strong>pois da<br />

emocional e agora chegamos<br />

na era espiritual. Poucas marcas<br />

chegaram até aqui. É preciso<br />

buscar a própria verda<strong>de</strong>”,<br />

comenta. Segundo Seragini,<br />

para a marca <strong>de</strong> água, a verda<strong>de</strong><br />

é latente e está expressa no<br />

slogan Nossa fonte é a natureza.<br />

Para <strong>de</strong>ixar claro o posicionamento,<br />

a linha <strong>de</strong> produtos<br />

ganhou novas embalagens e<br />

rótulos para as linhas <strong>de</strong> água<br />

mineral, e o guaraná ganhou<br />

um novo sabor. “Este é o <strong>maio</strong>r<br />

projeto da empresa em todos<br />

esses anos. Uma reformulação<br />

completa focada no crescimento<br />

e no fortalecimento <strong>de</strong> mer-<br />

Divulgação<br />

cado, que vai na contramão das<br />

expectativas do cenário nacional<br />

em um ano <strong>de</strong> crise”, comemora<br />

o diretor da empresa,<br />

Jairo Zandoná.<br />

O novo formato das garrafas,<br />

além <strong>de</strong> mais apropriado para o<br />

manuseio, com o centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />

na região central, teve<br />

peso reduzido. “Dentro dos<br />

melhores padrões atuais em<br />

termos <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> PET, po<strong>de</strong>mos<br />

afirmar que chegamos a<br />

uma embalagem otimizada e<br />

i<strong>de</strong>al em seu conjunto”, explica<br />

Seragini.<br />

A empresa li<strong>de</strong>ra dois movimentos,<br />

<strong>de</strong>ntro da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ser<br />

uma marca espiritual: Prevenção<br />

da Saú<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a<br />

importância do pH alcalino das<br />

águas naturais; e Vida Ativa,<br />

que visa promover a qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida.<br />

A campanha, com anúncios,<br />

jingles e material <strong>de</strong> PDV, foi<br />

criada pela Martins+Andra<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

136 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


opinião<br />

Scyther5/Shutterstock<br />

Comunicação para<br />

crianças e adolescentes<br />

Silvia viSani<br />

Em se tratando <strong>de</strong> comunicação e mídia<br />

voltada para crianças e adolescentes,<br />

não é necessário ser um especialista no assunto<br />

para perceber que <strong>de</strong>terminadas características<br />

<strong>de</strong>sse público-alvo são muito<br />

diferentes quando comparadas com as <strong>de</strong><br />

suas gerações passadas.<br />

Como mãe, tenho a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frequentemente<br />

observar as discussões nos<br />

grupos <strong>de</strong> crianças: nem todas gostam dos<br />

mesmos brinquedos e opções <strong>de</strong> lazer. Se<br />

há décadas todas tinham o mesmo personagem<br />

favorito, hoje uma po<strong>de</strong> gostar <strong>de</strong><br />

um animal, a outra po<strong>de</strong> ter como ídolo<br />

um super-herói e outra, ainda, sonhar em<br />

ser um jogador <strong>de</strong> futebol. Cada<br />

uma elege um ícone diferente<br />

<strong>de</strong> sua preferência.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da década<br />

em que se vive, é fácil<br />

perceber que as transformações<br />

na vida <strong>de</strong> uma criança<br />

ocorrem muito mais rápido do<br />

que na <strong>de</strong> um adulto. Contudo,<br />

há uma gran<strong>de</strong> diferença nos<br />

dias <strong>de</strong> hoje: a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

informação que os mais jovens<br />

encontram disponível fez com<br />

que se tornassem muito mais<br />

exigentes quanto ao consumo.<br />

E no passado esse grau <strong>de</strong> exigência<br />

era encontrado somente<br />

no público adulto.<br />

“o ponto <strong>de</strong><br />

partida da<br />

mensagem<br />

<strong>de</strong>ve ser<br />

abordar<br />

a criança<br />

sem que seja<br />

<strong>de</strong> forma<br />

invasiva<br />

e sem se<br />

aproveitar<br />

<strong>de</strong> sua<br />

inocência”<br />

O fácil alcance <strong>de</strong>sse volume <strong>de</strong> conhecimento<br />

lhes permite uma análise mais<br />

aguçada. Contam com mais possibilida<strong>de</strong>s,<br />

escolhas, informações e ofertas, para que<br />

possam optar por aquilo que consi<strong>de</strong>ram<br />

melhor. Isso significa que não se <strong>de</strong>ixam<br />

mais ser guiados pelo comportamento <strong>de</strong><br />

massa como antigamente. Suas <strong>de</strong>cisões<br />

se tornaram mais individualizadas e baseadas<br />

em gostos e experiências pessoais, já<br />

nesta faixa etária.<br />

Outro ponto importante é o nível <strong>de</strong> troca<br />

<strong>de</strong> informação, antes mais restrito aos<br />

amigos da escola e do bairro. Atualmente<br />

ela se dispersa além <strong>de</strong>sses ambientes físicos,<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais, na TV e, obviamente,<br />

no Google. Nesse contexto, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio<br />

da publicida<strong>de</strong> é saber como se comunicar<br />

e segmentar a mensagem para cada<br />

target, já que é preciso transmitir a mesma<br />

informação <strong>de</strong> forma diferente para cada<br />

indivíduo. Não se fala <strong>de</strong> uma só maneira<br />

com todos, cada vez surge uma nova abordagem<br />

para se explorar diferentes interesses<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um mesmo público.<br />

Ao pensar no lançamento <strong>de</strong><br />

um novo produto ou campanha,<br />

creio que o meio prioritário para<br />

se atingir crianças e adolescentes<br />

seja a internet (que abrange<br />

re<strong>de</strong>s sociais e diversos canais <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>o, presentes principalmente<br />

em games e apps). Na sequência,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do produto, outro<br />

meio a ser consi<strong>de</strong>rado são os canais<br />

on <strong>de</strong>mand, já que as crianças<br />

<strong>de</strong> hoje não possuem mais<br />

apego ao canal <strong>de</strong> TV em si, mas,<br />

sim, ao conteúdo exibido. Importante<br />

ressaltar que nesse meio a<br />

interferência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> ainda<br />

é mínima, portanto é preciso<br />

estar atento a essa nova oportunida<strong>de</strong>,<br />

que <strong>de</strong>sperta gran<strong>de</strong><br />

atenção dos mais jovens.<br />

Para concluir, nos <strong>de</strong>paramos com o<br />

polêmico <strong>de</strong>bate em torno da proibição da<br />

publicida<strong>de</strong> dirigida ao público infantil.<br />

Devemos nos lembrar <strong>de</strong> que, em todas as<br />

circunstâncias, o ponto <strong>de</strong> partida da mensagem<br />

<strong>de</strong>ve ser abordar a criança sem que<br />

seja <strong>de</strong> forma invasiva e sem se aproveitar<br />

<strong>de</strong> sua inocência.<br />

Silvia Visani é diretora <strong>de</strong> mídia da SapientNitro<br />

silvia.visani@sapient.com<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 137


CANNES <strong>2016</strong><br />

Cyber precisa<br />

apontar caminho<br />

para a indústria<br />

Alê Oliveira<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Integração e Inovação da<br />

DM9DDB, Igor Puga será o representante<br />

brasileiro no júri <strong>de</strong> Cyber Lions. Para o<br />

publicitário, os projetos mais interessantes<br />

na área são aqueles que se transformam em algum<br />

tipo <strong>de</strong> serviço ou entretenimento para a socieda<strong>de</strong>.<br />

Ele diz também acreditar que, com o re<strong>de</strong>senho das<br />

subcategorias <strong>de</strong> Cyber, os jurados terão mais tempo<br />

para julgar, o que é bom para o resultado final.<br />

Outro ponto que ele <strong>de</strong>staca é que Cyber precisa<br />

reconstruir seu lugar e contribuição no festival,<br />

como uma categoria que tem um território <strong>de</strong>finido<br />

capaz <strong>de</strong> apontar relevância para nossa indústria.<br />

Confira abaixo algumas opiniões <strong>de</strong> Puga.<br />

Kelly Dores<br />

JÚRI HETEROGÊNEO<br />

É um ano complicado para o<br />

júri, por termos um re<strong>de</strong>senho<br />

das subcategorias <strong>de</strong> Cyber.<br />

Craft ganhou status <strong>de</strong> categoria,<br />

Data já tinha passado por<br />

isso e temos o protagonismo<br />

<strong>de</strong> Mobile. Somado à categoria<br />

Innovation, Cyber precisa<br />

reconstruir seu lugar e contribuição<br />

no festival, como uma<br />

categoria que tem um território<br />

<strong>de</strong>finido capaz <strong>de</strong> apontar relevância<br />

para nossa indústria.<br />

Como a categoria estava muito<br />

inchada, foi bom que subcategorias<br />

viraram categorias. No<br />

raciocínio que o festival está fazendo,<br />

o júri vai ter mais tempo<br />

para apreciar as peças com mais<br />

cuidado e tomar <strong>de</strong>cisões mais<br />

maduras. Nesse sentido, me<br />

agrada um júri bem heterogêneo,<br />

com muitos profissionais<br />

que não são provenientes <strong>de</strong><br />

criação, o que <strong>de</strong>ve fazer um<br />

processo <strong>de</strong> julgamento mais<br />

plural. Estou animado.<br />

MAIS TEMPO<br />

O que mais me incomoda<br />

hoje em júri é essa história <strong>de</strong><br />

você ter <strong>de</strong> cumprir um prazo<br />

supercurto e julgar muita coisa.<br />

Todo mundo pensa no raciocínio<br />

inverso. Por que tem múltiplas<br />

categorias? Do ponto <strong>de</strong><br />

vista do jurado, é o contrário.<br />

Que bom ter múltiplas cate-<br />

gorias, porque você tem mais<br />

tempo para julgar e menos peças.<br />

Estou feliz por estar no júri<br />

<strong>de</strong> Cyber por isso também.<br />

RETHINK ORNAMENT<br />

Os cases marcantes são<br />

aqueles que eu só vou saber no<br />

processo <strong>de</strong> júri. Ficamos muito<br />

inclinados a premiar alguns<br />

projetos <strong>de</strong> repercussão internacional,<br />

que tivemos acesso<br />

previamente, vi<strong>de</strong> sua popularida<strong>de</strong>,<br />

e <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> valorizar<br />

ações em países e mercados<br />

que possuem insight e execução<br />

dignos <strong>de</strong> serem notados.<br />

Mas, para não ser o ranzinza,<br />

gosto muito do case <strong>de</strong> Rethink<br />

Ornament, uma iniciativa cana<strong>de</strong>nse<br />

que polariza muito as<br />

pessoas: ou gostam muito ou<br />

o<strong>de</strong>iam (a campanha criada<br />

pela Rethink transformou o celular<br />

em um enfeite da árvore<br />

<strong>de</strong> Natal. Eles <strong>de</strong>senvolveram<br />

um acessório para pendurar<br />

o smartphone na árvore e um<br />

app com ornamentos animados.<br />

A i<strong>de</strong>ia é que as pessoas<br />

<strong>de</strong>ixem o celular <strong>de</strong> lado para<br />

se confraternizar com a família<br />

e amigos).<br />

SERVIÇO OU ENTRETENIMENTO<br />

O que me agrada são os projetos<br />

que parecem perenes e<br />

quando viabilizados se transformam<br />

em algum tipo <strong>de</strong> serviço<br />

ou entretenimento que<br />

perdure por meses e anos e não<br />

Igor Puga: os projetos mais interessantes são os que se transformam em serviço<br />

“Ficamos muito<br />

inclinados a<br />

premiar alguns<br />

projetos <strong>de</strong><br />

repercussão<br />

internacional, que<br />

tivemos acesso<br />

previamente, vi<strong>de</strong><br />

sua popularida<strong>de</strong>,<br />

e <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong><br />

valorizar ações<br />

em países e<br />

mercados que<br />

possuem insight e<br />

execução dignos<br />

<strong>de</strong> serem notados”<br />

aqueles factoi<strong>de</strong>s que, ainda<br />

sendo incríveis, tenham o mérito<br />

<strong>de</strong> encantar ou engajar por<br />

alguns meros segundos na vida<br />

do consumidor.<br />

JULGAMENTO<br />

Insight, execução e resultados<br />

são a tría<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer<br />

julgamento, mas me preocupo<br />

muito com a relevância e verda<strong>de</strong><br />

dos problemas diagnosticados<br />

- que são o ponto <strong>de</strong> partida<br />

na condução dos cases.<br />

PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA<br />

Com essa diluição <strong>de</strong> muitas<br />

categorias na área digital,<br />

é difícil fazer um prognóstico<br />

sobre como será a participação<br />

brasileira nesta <strong>edição</strong>. De<br />

qualquer modo, em função da<br />

crise, creio que teremos mais<br />

aproveitamento entre inscrições<br />

e prêmios que nos anos<br />

anteriores – as agências brasileiras<br />

<strong>de</strong>vem estar mais seletivas<br />

nas inscrições, num filtro<br />

prévio mais austero. Agora, em<br />

número absoluto <strong>de</strong> metais,<br />

não fico confortável em prever<br />

algum resultado.<br />

138 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


CRIATIVIDADE E PERFORMANCE<br />

COMBINADOS<br />

A ESV Digital Brasil é uma agência digital<br />

orientada a dados capaz <strong>de</strong> aliar inovadores<br />

conceitos criativos, com entregas focadas em<br />

performance e alinhadas aos objetivos<br />

<strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> seus clientes.<br />

www.esvdigital.com.br<br />

ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />

Educação • Turismo • E-commerce • Energia • Financeiro • Serviços • Saú<strong>de</strong> • Indústria<br />

NOSSOS PRINCIPAIS CLIENTES NO BRASIL


CanneS <strong>2016</strong><br />

esse é o<br />

momento do<br />

entertainment<br />

Diretor e sócio da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes,<br />

Ta<strong>de</strong>u Jungle, e Roberta Medina<br />

(do Rock in Rio) serão os primeiros<br />

brasileiros a participarem do júri do<br />

novo Lions Entertainment, festival lançado<br />

este ano pelo Cannes Lions para premiar o<br />

entretenimento. Jungle vai julgar Entertainment<br />

Lions, categoria que premiará trabalhos <strong>de</strong><br />

conteúdo na publicida<strong>de</strong>, e a executiva estará na<br />

área <strong>de</strong> som, em Entertainment Lions for Music.<br />

Para Jungle, esse é o momento do entertainment.<br />

“Vivemos uma revolução <strong>de</strong> plataformas e<br />

narrativas e está todo mundo tentando achar um<br />

caminho”. Segundo ele, o que mais surpreen<strong>de</strong><br />

nesse cenário é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reinvenção da<br />

publicida<strong>de</strong>. O sócio da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes diz<br />

ainda que, mesmo nesta época tão ruim da nossa<br />

economia e política, acredita ver bons trabalhos<br />

brasileiros no festival, já que “o Brasil sempre<br />

foi um expert em criativida<strong>de</strong>”. Confira abaixo<br />

algumas opiniões <strong>de</strong> Ta<strong>de</strong>u Jungle.<br />

Ta<strong>de</strong>u Jungle, que está no primeiro júri <strong>de</strong> Entertainment Lions: “tenho gran<strong>de</strong>s expectativas”<br />

Alê Oliveira<br />

kelly dores<br />

gran<strong>de</strong> virada<br />

Eu acredito que esse é o<br />

momento do entertainment.<br />

Nós estamos numa gran<strong>de</strong><br />

virada no mundo. O mundo<br />

está numa revolução <strong>de</strong> plataformas,<br />

numa revolução<br />

<strong>de</strong> narrativas, e isso envolve<br />

a publicida<strong>de</strong>, os players <strong>de</strong><br />

conteúdo e os exibidores. E<br />

está todo mundo tentando<br />

achar um caminho. E nessa<br />

ebulição, eu espero que em<br />

Cannes a gente consiga encontrar<br />

algumas soluções, ou<br />

pelo menos alguns bons cases<br />

que apontem para novos caminhos.<br />

MeSTre da CriaTivida<strong>de</strong><br />

O Brasil sempre foi um expert<br />

em criativida<strong>de</strong>. Sempre<br />

foi um mestre em dar um<br />

jeito nas coisas mais rápido,<br />

<strong>de</strong> se adaptar facilmente aos<br />

novos <strong>de</strong>safios. Acredito que<br />

o Brasil tem chances. Estou<br />

bem curioso para ver todos os<br />

inscritos. Faz parte do caráter<br />

do país se adaptar ao novo e<br />

construir o novo. Somos seres<br />

antropofágicos e nos reinventamos<br />

comendo um pouco<br />

<strong>de</strong> todo mundo. Há anos as<br />

criações brasileiras se <strong>de</strong>stacam<br />

em Cannes. Mesmo neste<br />

momento tão ruim da nossa<br />

economia e política, sigo com<br />

esperanças em ver bons produtos<br />

por lá.<br />

SenSaÇÃO eSPeCiaL<br />

Tenho gran<strong>de</strong>s expectativas.<br />

Acho que todos os jurados<br />

<strong>de</strong> Entertainment compartilham<br />

uma sensação muito especial<br />

<strong>de</strong> inaugurar uma nova<br />

categoria do Festival <strong>de</strong> Cannes.<br />

É uma honra representar<br />

o Brasil na avaliação dos cases<br />

em que as marcas se propõem<br />

a criar conteúdo.<br />

CaSeS<br />

O presi<strong>de</strong>nte do júri <strong>de</strong> Entertainment<br />

(Jae Goodman,<br />

CCO e co-head da CAA Marketing)<br />

nos pediu para não citar<br />

cases neste momento. Posso<br />

dizer que já começamos a avaliação<br />

dos trabalhos, e há peças<br />

<strong>de</strong> conteúdo para a marca<br />

“Acredito que o<br />

BrAsil tem chAnces.<br />

estou Bem curioso<br />

pArA ver todos os<br />

inscritos. FAz pArte<br />

do cAráter do pAís<br />

se AdAptAr Ao novo<br />

e construir o novo”<br />

que são realmente surpreen<strong>de</strong>ntes.<br />

CandidaTOS a PrÊMiOS<br />

Vou ter <strong>de</strong> manter o suspense<br />

aqui.<br />

reaLida<strong>de</strong> virTUaL<br />

Surpreen<strong>de</strong>-me a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reinvenção da publicida<strong>de</strong>,<br />

em especial pela<br />

apropriação <strong>de</strong> linguagens.<br />

Tenho certeza que <strong>2016</strong> é um<br />

ano icônico para a realida<strong>de</strong><br />

virtual, por exemplo. Ainda<br />

vamos nos entreter muito<br />

com ela. E o caminho em que<br />

as marcas são as produtoras<br />

<strong>de</strong> conteúdo pra valer e não<br />

apenas apoiadoras me parece<br />

estimulante e rejuvenescedor<br />

na comunicação audiovisual.<br />

MaiS iMPOrTanTe<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as peças<br />

serem emocionantes, <strong>de</strong> ter<br />

um impacto <strong>de</strong> longo termo<br />

na memória do espectador e<br />

tudo isso estabelecendo uma<br />

conexão com a marca, principalmente,<br />

são os pontos mais<br />

importantes.<br />

140 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Cannes <strong>2016</strong><br />

tecnologia abre<br />

oportunida<strong>de</strong>s<br />

para o meio rádio<br />

Divulgação<br />

R<br />

afael Urenha, jurado brasileiro no Radio<br />

Lions, começou na DPZ há 20 anos e foi<br />

indicado para a posição <strong>de</strong> CCO após a fusão<br />

com a Taterka, que fez surgir a DPZ&T.<br />

Diretor <strong>de</strong> arte com formação na ECA/USP, trabalha<br />

com marcas como Itaú, Natura, Vivo, McDonald’s,<br />

Bombril e BMW. Confira os principais pontos da<br />

entrevista que ele conce<strong>de</strong>u ao PROPMARK.<br />

Paulo Macedo<br />

Visão<br />

Rádio é o meio em que o segredo<br />

é fazer muito com pouco.<br />

Se você pensar bem, a caixinha<br />

<strong>de</strong> ferramentas básica se<br />

resume ao uso <strong>de</strong> voz, música<br />

e efeitos sonoros. Mas a combinação<br />

<strong>de</strong>stes elementos é<br />

po<strong>de</strong>rosa. O gran<strong>de</strong> objetivo<br />

é <strong>de</strong>spertar a imaginação das<br />

pessoas e gerar uma conexão,<br />

emocional ou racional, com<br />

uma mensagem.<br />

CriatiVida<strong>de</strong><br />

O brasileiro é especialista em<br />

criar soluções em situações que<br />

apresentam limitações. O meio<br />

rádio é perfeito para isso. Não<br />

é à toa que o país trouxe para o<br />

currículo o Grand Prix da área<br />

em 2012, além <strong>de</strong> vários Leões<br />

ao longo dos anos. E hoje, se levarmos<br />

em consi<strong>de</strong>ração a rápida<br />

adoção <strong>de</strong> novas tecnologias<br />

pela população, um novo leque<br />

<strong>de</strong> alternativas se abre. Rádios<br />

digitais, serviços <strong>de</strong> streaming<br />

e as re<strong>de</strong>s sociais estão ampliando<br />

as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

novida<strong>de</strong>s.<br />

diferenCial<br />

O Brasil é um país musical,<br />

como poucos no mundo, que<br />

tem no humor um traço forte<br />

da sua personalida<strong>de</strong> coletiva.<br />

Esses dois ingredientes, juntos<br />

e misturados, somados a<br />

algumas pitadas <strong>de</strong> inovação,<br />

formam uma bela receita para<br />

gran<strong>de</strong>s trabalhos. Vivemos<br />

num país continental e o rádio<br />

sempre vai ter um papel importante<br />

no mix <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> toda<br />

campanha na hora <strong>de</strong> ganhar<br />

cobertura e penetração.<br />

importânCia<br />

Fundamental. Gosto <strong>de</strong> pensar<br />

que a música, incluíndo trilha<br />

e efeitos, é como um gatilho<br />

emocional que disparamos nas<br />

peças publicitárias para gerar<br />

conexão com o público. Fazer<br />

rir, emocionar e entreter são tarefas<br />

quase impossíveis sem o<br />

uso <strong>de</strong> recursos sonoros.<br />

branding<br />

É uma disciplina que está<br />

ganhando cada vez mais a atenção<br />

dos gran<strong>de</strong>s clientes no<br />

Brasil. Itaú e Vivo, por exemplo,<br />

são duas marcas cuja comunicação<br />

consegue ser familiar<br />

num nível puramente sonoro,<br />

com assets <strong>de</strong> marca musicais<br />

po<strong>de</strong>rosos.<br />

sound <strong>de</strong>sign<br />

A qualida<strong>de</strong> das produtoras<br />

<strong>de</strong> áudio no Brasil é indiscutível.<br />

Acho que nunca tivemos<br />

tantos fornecedores com boa<br />

capacida<strong>de</strong> para escolher na<br />

hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um trabalho.<br />

Esse amadurecimento da<br />

categoria se esten<strong>de</strong>u além da<br />

composição e produção <strong>de</strong> trilhas<br />

sonoras e teve um impacto<br />

sensível na qualida<strong>de</strong> do sound<br />

<strong>de</strong>sign nas peças sonoras.<br />

features<br />

Ser escolhido como jurado<br />

na categoria Radio Lions em<br />

Cannes este ano, além <strong>de</strong> ser<br />

um gran<strong>de</strong> presente, uniu duas<br />

gran<strong>de</strong>s paixões: publicida<strong>de</strong> e<br />

música. Sou DJ há vários anos<br />

por hobby, nas madrugadas vagas.<br />

Não entendo nada <strong>de</strong> estúdio,<br />

mas aprendi um pouco com<br />

as reações das pessoas numa<br />

pista <strong>de</strong> dança. O que essa experiência<br />

me traz é uma sensi-<br />

Rafael Urenha, que vai compor o júri <strong>de</strong> Radio na <strong>edição</strong> <strong>de</strong>ste ano do Cannes Lions<br />

“A quAlidA<strong>de</strong> dAs<br />

produtorAs <strong>de</strong><br />

áudio no BrAsil<br />

é indiscutível.<br />

Acho que nuncA<br />

tivemos tAntos<br />

fornecedores <strong>de</strong><br />

BoA quAlidA<strong>de</strong><br />

pArA escolher<br />

nA horA <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver um<br />

trABAlho”<br />

bilida<strong>de</strong> sobre o po<strong>de</strong>r instantâneo<br />

que a música tem sobre as<br />

pessoas. A música certa, na hora<br />

certa, muda o astral <strong>de</strong> uma pessoa,<br />

<strong>de</strong> uma festa, assim como<br />

<strong>de</strong> um filme ou spot publicitário.<br />

O papel do som é criar drama,<br />

ativar os sentidos e se conectar<br />

com as pessoas. Tudo o que uma<br />

boa propaganda <strong>de</strong>ve fazer.<br />

proCessos<br />

Na hora <strong>de</strong> avaliar um trabalho,<br />

tento me colocar no lugar<br />

<strong>de</strong> quem vai ser impactado por<br />

aquela peça publicitária pela<br />

primeira vez. Alguém que não<br />

necessariamente está interessado<br />

no produto, na marca ou nas<br />

qualida<strong>de</strong>s técnicas do material.<br />

É um exercício <strong>de</strong> imaginar o que<br />

faz uma pessoa parar o que está<br />

fazendo e se interessar por aquela<br />

mensagem. Depois, é claro, entram<br />

na avaliação quesitos como<br />

originalida<strong>de</strong> da i<strong>de</strong>ia, execução<br />

técnica, a<strong>de</strong>quação à categoria e<br />

ao negócio, inovação e resultados.<br />

preparação<br />

Este ano, como jurado, vou<br />

para o festival com uma responsabilida<strong>de</strong><br />

nova. Então, estou<br />

ampliando meu radar para os<br />

cases e trabalhos internacionais<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque. Isto inclui fazer um<br />

review dos trabalhos premiados<br />

na categoria Radio nos últimos<br />

anos, para afinar o critério <strong>de</strong><br />

julgamento. Além disso, estou<br />

conhecendo melhor e me aproximando<br />

dos outros profissionais<br />

que farão parte do júri, o que<br />

também é bastante importante.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 141


canneS <strong>2016</strong><br />

Social media<br />

trouxe métricas<br />

tangíveis para Pr<br />

Alê Oliveira<br />

Edson Giusti, jurado <strong>de</strong>ste ano em PR no<br />

Cannes Lions, é jornalista e sócio <strong>de</strong> uma<br />

nova geração <strong>de</strong> agências da disciplina - a<br />

Giusti Comunicação. A empresa nasceu<br />

como parte do grupo Loducca, ainda quando<br />

pertencia à re<strong>de</strong> Lowe (Interpublic), atualmente<br />

LDC e integrante do Grupo ABC. No júri do festival<br />

pela primeira vez, o profissional afirma que gosta<br />

<strong>de</strong> valorizar a i<strong>de</strong>ia e buscar resultados para seus<br />

clientes. Veja abaixo os principais pontos da<br />

entrevista <strong>de</strong> Giusti ao PROPMARK.<br />

Claudia Penteado<br />

Social<br />

PR tornou-se fundamental e<br />

indispensável. O Social Media<br />

trouxe o PR para o centro das <strong>de</strong>cisões<br />

<strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> marketing.<br />

Governos e empresas já administram<br />

seus perfis em re<strong>de</strong>s<br />

sociais alinhados com estratégias<br />

que contemplem e integrem<br />

todas as mídias. Essa integração<br />

é foco do trabalho <strong>de</strong> relações<br />

públicas. Outro fator foi a importância<br />

que a mídia espontânea<br />

ganhou nesse novo cenário. E<br />

ninguém melhor do que as agências<br />

<strong>de</strong> relações públicas para lidar<br />

com mídia espontânea.<br />

PrêmioS<br />

O nosso papel sempre foi<br />

exclusivamente o <strong>de</strong> relacionamento<br />

com as mídias tradicionais.<br />

Éramos responsáveis<br />

apenas por assessoria <strong>de</strong> imprensa.<br />

PR é dialogo. E nós dialogávamos<br />

só com a imprensa.<br />

Ficamos especialistas em releases<br />

e gestão <strong>de</strong> crise. Tínhamos<br />

pouco espaço para criativida<strong>de</strong>.<br />

Quando isso acontecia, chamávamos<br />

<strong>de</strong> agenda positiva. Com<br />

o digital, abriu-se a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer campanhas integradas.<br />

Passamos a dialogar com<br />

outros públicos. E começamos<br />

a criar campanhas completas,<br />

post, filmes, memes e transmissões<br />

<strong>de</strong> eventos pela web.<br />

Acabamos nos arriscando bem<br />

mais. Você po<strong>de</strong> esperar mais<br />

inscriçoes <strong>de</strong> agências <strong>de</strong> PR e<br />

mais prêmios. É uma questão<br />

<strong>de</strong> pouco tempo.<br />

criativida<strong>de</strong><br />

Ser criativo em PR é criar<br />

campanhas que gerem diálogo<br />

com a socieda<strong>de</strong>, percepção e<br />

resultados efetivos. E aju<strong>de</strong>m a<br />

criar reputação para clientes e<br />

suas marcas.<br />

eficiência<br />

Eficiência sempre foi a gran<strong>de</strong><br />

dificulda<strong>de</strong> do PR no passado.<br />

Não havia uma régua, uma<br />

medida eficiente. Cada agência<br />

ou re<strong>de</strong> internacional criava a<br />

própria métrica. Na propaganda,<br />

sempre foi muito mais fácil.<br />

A régua era a mesma. Os resultados<br />

po<strong>de</strong>riam ser comprovados<br />

na audiência <strong>de</strong> TV, rádio<br />

e mídia impressa. E, principalmente,<br />

nos resultados <strong>de</strong> vendas<br />

do clientes. Reputação tem<br />

outro valuation. Reputação não<br />

se me<strong>de</strong> em audiência. Com<br />

as mídias sociais, passamos a<br />

competir e sermos avaliados<br />

com uma métrica tangível.<br />

Agora po<strong>de</strong>mos mostrar nossos<br />

resultados e comparar com várias<br />

ferramentas que me<strong>de</strong>m o<br />

engajamento <strong>de</strong> mensagens.<br />

canneS<br />

Festival inspirador, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />

Apren<strong>de</strong>-se muito em Cannes.<br />

Participei tantas vezes como assessoria<br />

<strong>de</strong> imprensa para meus<br />

clientes. Ganhar um Leão sempre<br />

foi uma gran<strong>de</strong> conquista.<br />

Agora me sinto renovado participando<br />

e inscrevendo peças.<br />

Queremos Leões também.<br />

JúriS<br />

É minha primeira vez em<br />

Giusti: “Campanhas para gran<strong>de</strong>s marcas que querem dialogar com consumidores”<br />

“A áreA <strong>de</strong> Pr<br />

não fAz APenAs<br />

cAmPAnhAs <strong>de</strong><br />

cunho sociAl. fAz<br />

cAmPAnhAs PArA<br />

grAn<strong>de</strong>s mArcAs<br />

que querem<br />

diAlogAr com seus<br />

consumidores.<br />

cAmPAnhAs com<br />

resultAdos<br />

voltAdos PArA<br />

A mArcA”<br />

Cannes. Mas já fui jurado no<br />

Fiap e no El Ojo. Valorizo muito<br />

a i<strong>de</strong>ia. Precisa ter resultados<br />

claros. Mas criativida<strong>de</strong> é<br />

fundamental. Como jurado em<br />

Cannes, não acho que terei um<br />

<strong>de</strong>safio específico. Acho que<br />

será um gran<strong>de</strong> prazer e um<br />

gran<strong>de</strong> aprendizado.<br />

marcaS<br />

A área <strong>de</strong> PR não faz apenas<br />

campanhas que tenham<br />

um cunho social. Ela faz campanhas<br />

para gran<strong>de</strong>s marcas<br />

que querem dialogar com os<br />

seus consumidores. Campanhas<br />

com resultados voltados<br />

para a marca. Querem valorizar<br />

mensagens e, assim, criar reputação.<br />

Veja o case <strong>de</strong> Always.<br />

(Like a Girl)<br />

<strong>de</strong>Safio<br />

Disputamos cada vez mais<br />

a atenção do consumidor, <strong>de</strong><br />

nossa audiência, com milhares<br />

<strong>de</strong> mensagens. Só terá relevância<br />

num mundo cada vez mais<br />

mobile, cada vez mais digital,<br />

se você for realmente criativo<br />

em sua mensagem.<br />

trabalho<br />

Primeiramente tenho <strong>de</strong> votar<br />

em centenas <strong>de</strong> cases online.<br />

São 10 horas por semana durante<br />

30 dias antes. Isso é muito<br />

bom, pois temos tempo <strong>de</strong> ver<br />

os cases com profundida<strong>de</strong>.<br />

Essa é a verda<strong>de</strong>ira preparação.<br />

Pois os jurados chegam ao festival<br />

já conhecendo praticamente<br />

boa parte dos cases.<br />

142 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


PRêMiOs<br />

Grand Prix Renato Castelo Branco<br />

fica com WMcCann e L’Oréal<br />

Premiação organizada pela ESPM Social valoriza anunciantes e<br />

agências responsáveis pela criação <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> caráter socioambiental<br />

Alê Oliveira<br />

Vencedores das oito categorias foram premiados pela ESPM Social semana passada, em São Paulo; WMcCann recebeu três prêmios, incluindo o GP<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Depois <strong>de</strong> ser premiada com o<br />

primeiro Gran Sol brasileiro<br />

no Fiap (Festival Ibero Americano<br />

<strong>de</strong> la Publicidad, veja matéria<br />

na página 148), a campanha Meu<br />

Primeiro Dia da Mulher, assinada<br />

pela WMcCann Rio para L’Oréal<br />

Paris Brasil, venceu também em<br />

três categorias do Prêmio Renato<br />

Castelo Branco <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />

Socioambiental na Propaganda,<br />

incluindo o GP.<br />

Em sua 12ª <strong>edição</strong>, a premiação,<br />

realizada na semana passada,<br />

é organizada por alunos da<br />

ESPM, por meio da ESPM Social,<br />

e julgada por profissionais do<br />

mercado, com o objetivo <strong>de</strong> reconhecer<br />

as agências e empresas<br />

responsáveis por <strong>de</strong>senvolver<br />

campanhas e ações com caráter<br />

socioambiental, num total <strong>de</strong><br />

oito categorias.<br />

espm reforça<br />

que <strong>de</strong>senvolver<br />

uma consciência<br />

mais alinhada<br />

faz parte da<br />

transformação<br />

socioambiental<br />

Além do Grand Prix, a campanha<br />

da WMcCann foi <strong>de</strong>staque<br />

nas categorias Melhor Peça Veiculada<br />

em TV ou Cinema e Voto<br />

Popular - Empresas. O evento<br />

ainda premiou a Ogilvy, pela peça<br />

HIV Positivo, para o Grupo <strong>de</strong> Incentivo<br />

à Vida, na categoria ONGs<br />

e Governo; a F.Biz, pela peça #PorUm<strong>2016</strong>CheioDeCor,<br />

para Omo,<br />

na categoria Melhor Ação Digital;<br />

a DPZ&, por Leia para uma Criança,<br />

na categoria Melhor Peça Veiculada<br />

em Meio Impresso; a 21<br />

Gramas, por Carta para Jack, na<br />

categoria Voto Popular - ONGs<br />

e Governos; e a ESPM, por peça<br />

criada para o Banco do Brasil, na<br />

categoria Acadêmica.<br />

“Para nós, essa é uma oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> homenagear anunciantes<br />

e agências que se <strong>de</strong>stacam<br />

nesse meio. A ESPM sempre<br />

se colocou ao lado das questões<br />

socioambientais e sabemos que<br />

essa transformação passa pelo<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma consciência<br />

mais alinhada”, ressaltou o<br />

VP acadêmico da ESPM, Alexandre<br />

Gracioso.<br />

No Prêmio Renato Castelo<br />

Branco não há inscrições. São<br />

os próprios alunos da ESPM<br />

Social os responsáveis por avaliar<br />

e selecionar as campanhas,<br />

veiculadas em diversas plataformas,<br />

para a premiação. Posteriormente,<br />

uma comissão, que é<br />

formada por executivos do meio<br />

publicitário, professores e acadêmicos,<br />

faz o julgamento das<br />

peças – com exceção da categoria<br />

voto popular, que é avaliada<br />

<strong>de</strong> forma online pelo público.<br />

Este ano, o júri foi comandado<br />

pela presi<strong>de</strong>nte da ABA (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes)<br />

e VP <strong>de</strong> assuntos corporativos<br />

e sustentabilida<strong>de</strong> da Brasil<br />

Kirin, Juliana Nunes.<br />

144 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


FESTA DO COLUNISTAS<br />

É IGUAL MINISTÉRIO:<br />

PARECE QUE TEM LUGAR<br />

PRA TODO MUNDO,<br />

MAS DE REPENTE ACABA.<br />

SIMPLICIDADE<br />

CRIATIVA<br />

Garanta já o seu convite e participe da festa mais tradicional da nossa comunicação:<br />

Venha encontrar o mercado na festa <strong>de</strong> entrega do Prêmio Colunistas São Paulo.<br />

7 <strong>de</strong> junho, terça-feira, na Lime Light - Av. Dr. Cardoso <strong>de</strong> Melo, 1433, Itaim Bibi, às 19:30h.<br />

Convites e informações com Nanny Lima (nanny@editorareferencia.com.br), pelos telefones (11) 2065-0753<br />

e 2065-0766, ou Vitor Souza (vitorsz@gmail.com), pelo telefone (11) 98150-8474.<br />

Apoio:


PrêMios<br />

Mesmo sem Lápis Preto e<br />

Amarelo, Brasil li<strong>de</strong>ra no D&AD<br />

Ogilvy foi a agência com melhor <strong>de</strong>sempenho do país, com um<br />

Lápis Branco para Mães seguranças, para o Sport Club do Recife<br />

Divulgação<br />

Cena <strong>de</strong> Mães seguranças, da Ogilvy para o Sport Club do Recife, que teve o melhor <strong>de</strong>sempenho do Brasil no festival, conquistando um total <strong>de</strong> cinco lápis<br />

bárbara barbosa<br />

Na semana passada, foram<br />

reveladas as distinções dos<br />

prêmios da 54ª <strong>edição</strong> do D&AD<br />

Awards, que teve sua primeira<br />

etapa, a judging week, realizada<br />

em abril, em Londres. Antes,<br />

já haviam sido revelados<br />

30 Lápis para o Brasil, agora<br />

na seguinte divisão: um Lápis<br />

Branco, para trabalhos <strong>de</strong> relevância<br />

social, sete <strong>de</strong> Grafite,<br />

correspon<strong>de</strong>nte a prata, e 22 <strong>de</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira, consi<strong>de</strong>rado o bronze.<br />

O país não conquistou nenhum<br />

Lápis Amarelo, equivalente a<br />

ouro, e nenhum Preto, equivalente<br />

ao Grand Prix. Este ano,<br />

aliás, apenas dois Lápis Pretos<br />

foram concedidos, num total <strong>de</strong><br />

749 Lápis.<br />

Os Lápis Pretos, que repre-<br />

sentam trabalhos <strong>de</strong> relevância<br />

indiscutível e avaliados apenas<br />

pelos presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> júri do festival,<br />

foram para a startup inglesa<br />

what3words, pela criação <strong>de</strong><br />

um método preciso <strong>de</strong> comunicação<br />

<strong>de</strong> localização em todo o<br />

mundo, e para a japonesa iyama<strong>de</strong>sign,<br />

pelo trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign<br />

<strong>de</strong>senvolvido para a marca<br />

<strong>de</strong> fita a<strong>de</strong>siva Kamoi Kakoshi,<br />

durante o mt expo 2015, realizado<br />

no Japão.<br />

Consi<strong>de</strong>rado o segundo troféu<br />

mais importante do D&AD,<br />

o Lápis Branco foi concedido<br />

para apenas três trabalhos, entre<br />

eles, a campanha Mães seguranças,<br />

da Ogilvy Brasil para<br />

o Sport Club do Recife. Este<br />

prêmio, especificamente, é concedido<br />

para campanhas comprovadamente<br />

<strong>de</strong> impacto e re-<br />

levância social.<br />

Com os 30 Lápis, o Brasil foi<br />

o país da América Latina melhor<br />

colocado na competição. A<br />

agência <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho<br />

da região foi a Ogilvy Brasil, impulsionada<br />

pela relevância do<br />

Lápis Branco por Mães seguranças,<br />

que recebeu ainda dois Lápis<br />

<strong>de</strong> Grafite e dois <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Ainda da Ogilvy, Parada Gay na<br />

Rádio, para a Billboard Brasil,<br />

recebeu um Lápis <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

Outra agência brasileira bem<br />

colocada na competição foi a<br />

Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, com<br />

seis Lápis: dois <strong>de</strong> Grafite – por<br />

Fila solidária, para o Clube Sangue<br />

Bom, e Donation badges,<br />

para a Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Transplante <strong>de</strong> Órgãos -, e quatro<br />

<strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira – por Wi-Fi seguro,<br />

para a Fiat; Donation badges;<br />

Compartilhe, para o Centro <strong>de</strong><br />

Valorização à Vida; e Dont’s,<br />

para Jeep.<br />

Com a Nivea Doll, a FCB Brasil<br />

conquistou cinco Lápis. A<br />

AlmapBBDO levou três Lápis<br />

<strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira, por Fato distorcido,<br />

Tailor Ma<strong>de</strong> e Cornering Lights,<br />

além <strong>de</strong> um <strong>de</strong> Grafite por Problems.<br />

Já Africa, F/Nazca S&S<br />

e LDC levaram dois Lápis <strong>de</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira cada, respectivamente<br />

por Mutant Font e Ticket Books;<br />

Celebrating 50 years in Brazil<br />

e Double Taps Ads e NFSCan,<br />

duas vezes premiada. NBS, por<br />

Animais Valiosos para a ONG<br />

Quatro Patinhas, a w3haus, por<br />

Espelhos do racismo para a ONG<br />

Crioula, e a Grey, por Aruba<br />

Image Bank para o Ministério do<br />

Turismo <strong>de</strong> Aruba, conquistaram<br />

um Lápis <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira cada.<br />

146 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


UFC 198. O MAIOR<br />

DA HISTÓRIA DO BRASIL.<br />

ȚRECORDE HISTÓRICO DE PÚBLICO<br />

NO BRASIL:45.207 PESSOAS.<br />

ȚRECORDE DO UFC MUNDIAL DE PÚBLICO<br />

NA PESAGEM: 15.000 PESSOAS.<br />

VOCÊ NÃO<br />

PRECISA SER<br />

UMA LENDA<br />

DO MMA<br />

PARA GANHAR<br />

SEMPRE.<br />

BASTA SER<br />

UM PARCEIRO.<br />

Ț42 MILHÕES DE PESSOAS IMPACTADAS<br />

NAS REDES SOCIAIS EM APENAS 1 SEMANA.<br />

ȚMAIS DER$ 13 MILHÕESEM MÍDIA<br />

ESPONTÂNEA EM 1 SEMANA (WEB E IMPRESSO).<br />

ȚINGRESSOS ESGOTADOS <br />

NO 1º DIA OFICIAL DE VENDAS.<br />

ȚUFC: UM DOS TERMOS MAIS <br />

BUSCADOS NO GOOGLENOS 3 DIAS<br />

QUE ANTECEDERAM O EVENTO.<br />

ȚTRANSMISSÃOPARA 141 PAÍSES.<br />

/UFC


PrêMioS<br />

F/Nazca S&S e WMcCann<br />

conquistam GPs no Fiap<br />

Brasil ganhou 53 Sóis, sendo 13 ouros, 27 pratas e 13 bronzes, além <strong>de</strong> La<br />

Copa <strong>de</strong> Iberoamérica, no festival que foi realizado na Cida<strong>de</strong> do México<br />

Cristiane Marsola<br />

Brasil conquistou dois GPs<br />

O no Fiap (Festival Ibero<br />

Americano <strong>de</strong> la Publicidad),<br />

que foi realizado na semana<br />

passada, no Hotel Intercontinental<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Polanco,<br />

na Cida<strong>de</strong> do México. A F/Nazca<br />

Saatchi & Saatchi ganhou<br />

o Gran Sol na categoria Impresso<br />

com a campanha Tudo<br />

em Preto & Branco para Leica.<br />

O outro gran<strong>de</strong> prêmio ficou<br />

com a WMcCann, que criou a<br />

campanha Meu Primeiro Dia<br />

da Mulher para L’Oréal Paris<br />

Brasil, na categoria Imprensa e<br />

Relações Públicas.<br />

Ao todo, o Brasil ganhou,<br />

além dos dois GPs, 53 Sóis, sendo<br />

13 ouros, 27 pratas e 13 bronzes<br />

(veja tabela completa nesta<br />

página). O país não conquistou<br />

nenhum prêmio nas categorias<br />

Campanhas Políticas, Campa-<br />

nhas Integradas, Rádio e Big<br />

Bang, uma das novida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta<br />

<strong>edição</strong> do festival. A categoria<br />

julgou trabalhos indicados<br />

pelos vários júris nas categorias<br />

Melhor Conceito, Melhor<br />

Estratégia, I<strong>de</strong>ia mais Audaz,<br />

I<strong>de</strong>ia mais Inovadora e Melhor<br />

Uso da Cultura Local. Até o fechamento<br />

<strong>de</strong>sta <strong>edição</strong>, não<br />

havia sido divulgado o prêmio<br />

<strong>de</strong> Agência do Ano.<br />

As categorias em que o Brasil<br />

foi melhor durante o festival,<br />

que julga as campanhas <strong>de</strong><br />

comunicação criadas em português<br />

e em espanhol, foram<br />

as duas <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> produção.<br />

Em Audiovisual, foram 11<br />

prêmios e, em Gráfica, <strong>de</strong>z. Em<br />

Impresso, foram sete prêmios<br />

brasileiros. Na categoria <strong>de</strong><br />

Imprensa e Relações Públicas,<br />

o país ficou com seis prêmios.<br />

Nas categorias Promo, Ativações<br />

e Marketing Direto, e Mí-<br />

VeNCedoreS braSileiroS<br />

CateGoria aGêNCia CaMPaNha aNuNCiaNte PrêMio<br />

Criativida<strong>de</strong> efetiva<br />

WMcCann Meu Primeiro dia da Mulher L'Oréal Paris Brasil Ouro<br />

Cheil Brasil Maior que uma Cicatriz femama Prata<br />

Criativida<strong>de</strong> in<strong>de</strong>Pen<strong>de</strong>nte eM re<strong>de</strong>s sOCiais almapBBdO first days Out Mars Pet Prata<br />

<strong>de</strong>sign almapBBdO Curvas audi Brasil Bronze<br />

WMcCann Meu Primeiro dia da Mulher L’Oréal Paris Brasil gran sol<br />

WMcCann Meu Primeiro dia da Mulher L’Oréal Paris Brasil Ouro<br />

iMPrensa e reLações PúBLiCas<br />

WMcCann Meu Primeiro dia da Mulher L’Oréal Paris Brasil Ouro<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> doação <strong>de</strong> escudos aBtO (associação Brasileira <strong>de</strong> trasplante <strong>de</strong> Órgãos) Prata<br />

Cheil Brasil Maior que uma Cicatriz femama Bronze<br />

Cheil Brasil Maior que uma Cicatriz femama Bronze<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo gran sol<br />

almapBBdO vivir solo volkswagen do Brasil Ouro<br />

<strong>de</strong>ntsu Brasil silver Ball editora abril Ouro<br />

iMPressO<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo Ouro<br />

almapBBdO abuela volkswagen do Brasil Prata<br />

almapBBdO tailor Ma<strong>de</strong> Man Latin america Prata<br />

Momentum/McCann Worldgroup translation Cultura inglesa Bronze<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> doação <strong>de</strong> escudos aBtO (associação Brasileira <strong>de</strong> trasplante <strong>de</strong> Órgãos) Ouro<br />

africa Parking radio fMa Brasil Prata<br />

inOvaçãO eM Mídia<br />

almapBBdO aCC Bus Back volkswagen do Brasil Prata<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> fila solidária Clube sangue Bom Prata<br />

almapBBdO Custom-ma<strong>de</strong> Commercial Man Latin america Prata<br />

ampfy rock'n'roll flight gOL Linhas aéreas Ouro<br />

africa esPn eye test esPn Prata<br />

internet<br />

ampfy rock'n'roll flight gOL Linhas aéreas Prata<br />

africa fonte Mutante anistia internacional Bronze<br />

almapBBdO fato distorcido editora abril Bronze<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> O Wi-fi que salva vidas fiat Prata<br />

Mídia exteriOr<br />

almapBBdO 4 Zone volkswagen do Brasil Prata<br />

<strong>de</strong>ntsu Brasil Prius Challenge toyota do Brasil Bronze<br />

almapBBdO Blank Hour visa Prata<br />

PrOMO, ativações e Marketing diretO Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> fila solidária Clube sangue Bom Bronze<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> vecino rockstar guitar Player Bronze<br />

fat Bastards Bigodon ambev - skol Ouro<br />

f/nazca saatchi & saatchi revolution Honda Ouro<br />

f/nazca saatchi & saatchi revolution Honda Ouro<br />

fat Bastards significados Mitsubishi Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi revolution Honda Prata<br />

téCniCas <strong>de</strong> PrOduçãO audiOvisuaL<br />

almapBBdO Custom-ma<strong>de</strong> Commercial Man Latin america Prata<br />

fat Bastards equalizer ambev - skol Prata<br />

fat Bastards Bigodon ambev - skol Prata<br />

fat Bastards Batalha <strong>de</strong> vegas ambev - skol Prata<br />

fat Bastards stunt driver ford Bronze<br />

fat Bastards Batalha <strong>de</strong> vegas ambev - skol Bronze<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo Ouro<br />

f/nazca saatchi & saatchi are You next? (seq 1) d&ad Ouro<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo Prata<br />

téCniCas <strong>de</strong> PrOduçãO gráfiCa<br />

f/nazca saatchi & saatchi are You next? (Hearts, O toscani) d&ad Prata<br />

almapBBdO Problemas Bayer Prata<br />

<strong>de</strong>ntsu Brasil silver Ball editora abril Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi Celebrando 50 anos <strong>de</strong> Brasil nissin-ajinomoto Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi Why <strong>de</strong>sign (seq 1) Miami ad school/esPM Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi are You next? (Hearts, O toscani) d&ad Bronze<br />

teLevisãO e CineMa almapBBdO Helicóptero O Boticário Bronze<br />

148 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Divulgação<br />

dia Exterior, foram três troféus<br />

em cada. Criativida<strong>de</strong> Efetiva<br />

ren<strong>de</strong>u dois troféus ao país.<br />

Criativida<strong>de</strong> In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte em<br />

Re<strong>de</strong>s Sociais, Design, e Televisão<br />

e Cinema tiveram um<br />

prêmio brasileiro cada.<br />

Antes da divulgação dos últimos<br />

prêmios, a F/Nazca era<br />

a brasileira com o melhor resultado,<br />

com a conquista <strong>de</strong><br />

14 prêmios ao todo. O levantamento<br />

não leva em conta o<br />

peso <strong>de</strong> cada um dos troféus<br />

recebidos pelas agências. A AlmapBBDO<br />

era a segunda melhor<br />

entre as brasileiras, com a<br />

soma <strong>de</strong> 13 prêmios. A produtora<br />

Fat Bastards era a terceira<br />

brasileira com mais prêmios,<br />

levando sete Sóis, seguida pela<br />

Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, com<br />

seis prêmios.<br />

A campanha da F/Nazca que<br />

conquistou o Gran Sol foi a brasileira<br />

que levou mais prêmios<br />

na <strong>edição</strong> <strong>de</strong>ste ano do Fiap.<br />

Além do GP, Tudo em Preto &<br />

Branco levou dois ouros, um<br />

em Impresso e outro em Técnicas<br />

<strong>de</strong> Produção Gráfica, e<br />

A mo<strong>de</strong>lo Valentina Sampaio estrela a campanha da WMcCann para L’Oréal Paris Brasil, Meu Primeiro Dia da Mulher<br />

duas pratas, ambas em Técnicas<br />

<strong>de</strong> Produção Gráfica. O<br />

trabalho ainda foi premiado<br />

com La Copa <strong>de</strong> Iberoamérica,<br />

na categoria Eletrodomésticos,<br />

Mobile, Eletrônica, Computação,<br />

Áudio, Ví<strong>de</strong>o e Acessórios.<br />

A Leica é o mesmo anunciante<br />

que, no ano passado, ren<strong>de</strong>u<br />

para a agência <strong>de</strong> Fabio Fernan<strong>de</strong>s<br />

um GP <strong>de</strong> Film em Cannes,<br />

com o comercial 100.<br />

A campanha Meu Primeiro<br />

Dia da Mulher, além do Gran<br />

Sol, foi premiada com um ouro<br />

em Criativida<strong>de</strong> Efetiva e dois<br />

troféus da mesma distinção,<br />

em Imprensa e RP.<br />

A campanha mostra a mo<strong>de</strong>lo<br />

transgênera Valentina Sampaio<br />

se preparando para tirar a<br />

foto <strong>de</strong> sua carteira <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

com seu novo nome, após<br />

a mudança. No filme, a mo<strong>de</strong>lo<br />

conta a emoção <strong>de</strong> viver o seu<br />

primeiro Dia da Mulher.<br />

Os estudantes brasileiros<br />

também se <strong>de</strong>stacaram no<br />

festival. A Miami Ad School/<br />

ESPM foi reconhecida, pela<br />

quinta vez consecutiva, como<br />

Escola do Ano. Na categoria<br />

Estudantes Criativos, o Brasil<br />

levou dois ouros, cinco pratas<br />

e quatro bronzes, e teve sete<br />

finalistas.<br />

Se a sua marca quer trocar, conversar, interagir e engajar<br />

as pessoas nas ruas, fale com a Otima. A Plataforma <strong>de</strong> Mídia Exterior<br />

que ajuda a construir relacionamento entre marcas e consumidores.<br />

/otimaooh<br />

/otimaooh<br />

/otimaooh<br />

/otimaooh<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 149


marCas<br />

Comportamento<br />

metrossexual <strong>de</strong><br />

David Bekcham<br />

inspira Biotherm<br />

Além <strong>de</strong> atuar como embaixador, craque<br />

terá linha <strong>de</strong> produtos para proteção da<br />

pele masculina com lançamento previsto<br />

para 2017 pela multinacional L'Oréal Luxe<br />

David Beckham: a primeira vez que uma celebrida<strong>de</strong> masculina <strong>de</strong>ssa importância <strong>de</strong>senvolve uma linha exclusiva para Biotherm Homm, que chegou ao mercado em 1985<br />

Fotos: Divulgação<br />

Paulo Macedo<br />

Antes <strong>de</strong> entrar em campo<br />

para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r clubes como<br />

Manchester United, Milan<br />

e Real Madrid, David Beckham<br />

dava um tapa completo no seu<br />

makeup: creme para amaciar a<br />

pele, gel no cabelo, retoque na<br />

sobrancelha e um perfuminho<br />

básico faziam parte do ritual do<br />

marido da spice girl Vitoria. Esse<br />

jeito alinhado o transformou<br />

em referência do mo<strong>de</strong>lo metrossexual<br />

<strong>de</strong> comportamento,<br />

homens que dão valor à aparência<br />

e não se <strong>de</strong>scuidam com<br />

o processo <strong>de</strong> envelhecimento.<br />

Mas Beckham ganha muito<br />

com a sua imagem. É estrela <strong>de</strong><br />

muitos comerciais da Nike e da<br />

sueca H&M, por exemplo. Agora,<br />

vai ter uma linha exclusiva<br />

<strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> cuidados para<br />

a pele masculina, prevista para<br />

chegar ao mercado no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>de</strong> 2017, resultado <strong>de</strong> uma joint<br />

venture que une a marca Biotherm<br />

Homme, do portfólio da<br />

L’Oréal Luxe, e a Seven Global,<br />

parceria que envolve Beckham,<br />

Simon Fuller e a grife <strong>de</strong> roupas<br />

Global Brands.<br />

“Estou animado <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />

trabalhar com a Biotherm<br />

Homme a partir <strong>de</strong> agora. Estive<br />

pensando em <strong>de</strong>senvolver<br />

uma linha <strong>de</strong> cuidados para a<br />

pele já faz um tempo e só quan-<br />

do comecei a conversar com a<br />

Biotherm que, <strong>de</strong> repente, tudo<br />

começou a fazer sentido. Eles<br />

são tão ambiciosos quanto eu<br />

e esperamos mostrar logo a todos<br />

os frutos <strong>de</strong> nossa colaboração”,<br />

<strong>de</strong>stacou o ex-jogador<br />

através <strong>de</strong> comunicado.<br />

O executivo Jason Weisen-<br />

feld, presi<strong>de</strong>nte da Seven, explica<br />

que o investimento em<br />

produtos masculinos é uma<br />

oportunida<strong>de</strong> para a empresa<br />

e ressalta o acordo com a marca<br />

Biotherm Homme. “Agora<br />

temos o parceiro perfeito para<br />

nos tornar os lí<strong>de</strong>res globais<br />

com os melhores produtos para<br />

Craque nos gramados, o tatuado Beckham também bate um bolão no marketing<br />

cuidados da pele do homem”.<br />

O gerente-geral David Fridlevski<br />

afirma que a parceria<br />

entre a marca da L’Oréal Luxe<br />

e David Beckham “está disposta<br />

a ultrapassar as fronteiras<br />

da categoria <strong>de</strong> cuidado com a<br />

pele masculina e reforçar a sua<br />

li<strong>de</strong>rança. É a primeira vez que<br />

uma celebrida<strong>de</strong> masculina<br />

<strong>de</strong>ssa importância <strong>de</strong>senvolve<br />

uma linha com esse propósito.<br />

Temos muito orgulho <strong>de</strong> termos<br />

sido escolhidos como parceiros<br />

<strong>de</strong> Beckham para <strong>de</strong>senvolver<br />

a sua visão <strong>de</strong> cuidados<br />

da pele, e estamos felizes por<br />

ele ser o nosso novo embaixador<br />

da marca.”<br />

A linha Homme <strong>de</strong> Biotherm<br />

chegou aos pontos <strong>de</strong> venda há<br />

31 anos, com produtos como<br />

o hidratante gel Aquapower<br />

e o creme antienvelhecimento<br />

correto Force Supreme. “A<br />

marca oferece uma linha completa<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 80 soluções<br />

avançadas para a pele adaptadas<br />

a diferentes tipos e necessida<strong>de</strong>s.<br />

Todos possuem o<br />

po<strong>de</strong>r dos ingredientes aquáticos,<br />

que garantem luz e texturas<br />

revigorantes. Biotherm<br />

Homme é uma das 18 marcas<br />

no portfólio da L’Oréal Luxe,<br />

que gerou vendas que chegaram<br />

a 7,2 bilhões <strong>de</strong> euros no<br />

ano passado, com um crescimento<br />

<strong>de</strong> 6,1%.<br />

150 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Parece Olimpíadas<br />

www.miamiespm.com.br<br />

O Mundo Real em Sala <strong>de</strong> Aula


mArcAs<br />

Getty Images apresenta nova ação<br />

mundial criada pela AlmapBBDO<br />

O conceito traz vários rostos famosos, como Angela Merkel, constituídos<br />

apenas com imagens do banco sem fotos das próprias celebrida<strong>de</strong>s<br />

Fotos: Divulgação<br />

Angela Merkel e papa Francisco são representados na nova campanha Millions of images. Endless possibilities, assinada pela AlmapBBDO para Getty Images<br />

Depois <strong>de</strong> conquistar dois Lápis <strong>de</strong> Ouro e<br />

um <strong>de</strong> Bronze com a campanha 20 Years,<br />

do Getty Images, no One Show <strong>2016</strong>, a AlmapBBDO<br />

apresenta uma nova campanha global<br />

para o banco <strong>de</strong> imagens. Millions of images.<br />

Endless possibilities (Milhões <strong>de</strong> imagens.<br />

Infinitas possibilida<strong>de</strong>s) é o título da ação<br />

que quer mostrar como qualquer i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong><br />

nascer através <strong>de</strong> imagens. O conceito apresenta<br />

vários rostos famosos, como <strong>de</strong> Angela<br />

Merkel, príncipe Charles, Dalai Lama e papa<br />

Francisco, reconstruídos apenas usando fotografias<br />

do GettyImages.<br />

“Quatro meses <strong>de</strong> extensa pesquisa e testes<br />

foram investidos, sem o uso <strong>de</strong> quaisquer<br />

imagens editoriais das próprias personalida<strong>de</strong>s,<br />

para produzir o resultado. Para cada<br />

rosto, uma intensa procura foi realizada,<br />

mas, com o conteúdo rico do Getty Images,<br />

conseguimos encontrar os <strong>de</strong>talhes exatos<br />

para os rostos que queríamos retratar”, disse<br />

Benjamin Yung Jr., diretor <strong>de</strong> criação da<br />

AlmapBBDO.<br />

A campanha inclui filme, pôster, anúncio<br />

e hotsite, que utilizam imagens <strong>de</strong> Getty<br />

Images e iStock by Getty Images para reconstruir<br />

rostos famosos. “Estamos satisfeitos<br />

com a parceria com a AlmapBBDO que, mais<br />

uma vez, criou uma campanha inovadora e<br />

única, que, <strong>de</strong> forma clara e hábil, <strong>de</strong>monstra<br />

o papel do Getty Images na indústria<br />

criativa como fonte <strong>de</strong> conteúdo visual para<br />

qualquer anunciante, comerciante ou publisher”,<br />

afirma Susan Smith-Ellis, diretora <strong>de</strong><br />

marketing do Getty Images.<br />

Ao longo <strong>de</strong> sete anos, a AlmapBBDO e o<br />

GettyImages foram parceiros em campanhas<br />

vencedoras <strong>de</strong> prêmios mundiais como From<br />

love to bingo e 85 seconds.<br />

152 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


marcas<br />

Natura investe em Kaiak para<br />

conversar com o homem esportista<br />

Ao som da música Do it, do cantor Lenine, sob a assinatura<br />

O que move você?, campanha para perfume é assinada pela DPZ&T<br />

nova campanha do perfume Kaiak, da Natura,<br />

A faz um chamado aos esportistas do cotidiano.<br />

Para manter o espírito aventureiro e esportivo da<br />

fragrância, Kaiak do it leva a assinatura O que move<br />

você?, pela DPZ&T. Um corredor atravessa cenários<br />

<strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>, campo e praia, ao som da música Do<br />

it, do cantor Lenine.<br />

“Kaiak dialoga com o homem que busca movimento.<br />

Com o novo filme, queremos conversar com<br />

o homem ativo, que gosta do esporte, mas que não<br />

é necessariamente um profissional. É um atleta<br />

do dia a dia, que enfrenta os <strong>de</strong>safios que impõe a<br />

si mesmo e os obstáculos do cotidiano. Por isso, a<br />

pergunta: O que move você?”, diz Renata Eduardo,<br />

diretora <strong>de</strong> marketing da Natura. “Kaiak é sobre estar<br />

em movimento o tempo todo, na cida<strong>de</strong> ou em<br />

qualquer lugar. É sobre olhar para a frente e seguir<br />

com energia”, diz Marcello Barcelos, diretor <strong>de</strong> criação<br />

da DPZ&T.<br />

Cena da campanha <strong>de</strong> Kaiak, cujo cenário mostra corredor na cida<strong>de</strong>, no campo e na praia<br />

curtas<br />

Divulgação<br />

O futuro da Escala ainda não está <strong>de</strong>finido.<br />

Agência po<strong>de</strong> ficar <strong>de</strong> fora das<br />

empresas do Grupo ABC, que foram<br />

vendidas para o norte-americano Omnicom.<br />

De acordo com o Grupo ABC,<br />

a situação da Escala <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>finida<br />

em junho. O contrato prevê uma cláusula<br />

que diz ser necessária a anuência<br />

das partes caso a holding fosse vendida.<br />

“O processo está em negociação.<br />

Haverá uma reunião entre Escala, ABC<br />

e Omnicom. O contrato prevê algumas<br />

regras prestabelecidas. A <strong>de</strong>cisão será<br />

tomada nessa reunião”, diz Miguel <strong>de</strong><br />

Luca, sócio-diretor da Escala. Agência<br />

tem se<strong>de</strong> em Porto Alegre e escritórios<br />

em São Paulo e Brasília. Em setembro<br />

<strong>de</strong> 2014, o ABC comprou 60% das ações<br />

da agência e os sócios ficaram como minoritários,<br />

com os 40% restantes.<br />

O Brasil conquistou 13 prêmios no<br />

New York Festivals <strong>2016</strong>, sendo que a<br />

AlmapBBDO foi a agência com o melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho, com sete troféus. A AKQA<br />

São Paulo foi a segunda melhor colocada<br />

entre as brasileiras, com quatro bronzes.<br />

A Dim&Canzian garantiu um bronze e a<br />

Miami Ad School/ESPM Brasil, uma prata<br />

na categoria estudante. Este ano, o festival<br />

elegeu duas campanhas para receberem<br />

o Best of Show, um para Y&R da<br />

Nova Zelândia, pelo case “McWhopper”,<br />

para o Burger King, e com a Watts of Toquio<br />

Inc., do Japão, por “High School<br />

Girl”, para Shiseido’s Products.<br />

154 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


marCas<br />

Coral mostra que as cores têm o<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> transformar os ambientes<br />

Em campanha criada pela Havas, empresa apresenta sua nova tinta<br />

premium Decora e busca inspirar o brasileiro na <strong>de</strong>coração da casa<br />

Fotos: Divulgação<br />

Anúncios trazem o novo conceito da Coral, Quando você muda a cor, muda tudo; objetivo da companhia é ajudar o consumidor a tornar realida<strong>de</strong> o sonho <strong>de</strong> ter uma casa perfeita<br />

KELLY DORES<br />

Os brasileiros passam, em<br />

média, 36 minutos do seu<br />

dia sonhando com uma casa<br />

perfeita. 93% gostariam <strong>de</strong> ter<br />

mais ajuda para tomar as <strong>de</strong>cisões<br />

certas na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>corar<br />

e 80% têm dificulda<strong>de</strong> para<br />

escolher as cores e os estilos<br />

certos <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>coração. As informações<br />

fazem parte <strong>de</strong> um<br />

estudo realizado em abril pela<br />

AkzoNobel, empresa holan<strong>de</strong>sa<br />

<strong>de</strong>tentora da Coral, em <strong>de</strong>z<br />

países do mundo. Com o apoio<br />

<strong>de</strong>sses insights, a Coral lançou<br />

no mercado a tinta premium<br />

Coral Decora, com uma cartela<br />

<strong>de</strong> 140 cores exclusivas que<br />

ajuda a combinar cores divididas<br />

em sete estilos: Romântico,<br />

Clássico, Minimalista, Re-<br />

trô, Étnico, Mo<strong>de</strong>rno e Rústico.<br />

O lançamento é acompanhado<br />

<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> campanha publicitária,<br />

cujo mote é Quando<br />

você muda a cor, muda tudo.<br />

Baseada na premissa <strong>de</strong> que<br />

a cor tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> transformar<br />

os ambientes, a Coral afirma<br />

que o papel da empresa é<br />

ajudar o brasileiro a tornar o<br />

sonho <strong>de</strong> ter uma casa perfeita<br />

realida<strong>de</strong>, e preten<strong>de</strong> inspirar<br />

o consumidor na sua <strong>de</strong>coração.<br />

“Nós <strong>de</strong>senvolvemos uma<br />

tabela <strong>de</strong> cores para ajudar a<br />

facilitar a escolha do consumidor.<br />

Queremos inspirar os brasileiros<br />

a <strong>de</strong>corarem suas casas<br />

e ajudá-los a escolher as cores<br />

que mais combinam com o seu<br />

estilo <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração”, <strong>de</strong>stacou<br />

Fernando Domingues, diretor<br />

<strong>de</strong> marketing da AkzoNobel<br />

Tintas Decorativas.<br />

Para mostrar o quanto o<br />

tema <strong>de</strong>coração é importante<br />

para os brasileiros, Domingues<br />

acrescenta que o estudo <strong>de</strong>tectou<br />

também que 56% dos entrevistados<br />

já brigaram com o<br />

parceiro ou familiar por causa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>coração.<br />

Sem revelar os investimentos<br />

com a campanha, o diretor<br />

<strong>de</strong> marketing disse que a<br />

empresa está fazendo investimento<br />

em publicida<strong>de</strong> num<br />

momento atípico do setor, que<br />

geralmente concentra as ações<br />

<strong>de</strong> comunicação no segundo<br />

semestre do ano. “Acreditamos<br />

na publicida<strong>de</strong>”, disse Domigues.<br />

A campanha multimídia<br />

foi criada pela Havas e tem<br />

como peça central um filme<br />

para TV aberta.<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> transformação<br />

dos ambientes se materializou<br />

nos trabalhos <strong>de</strong> pós-produção.<br />

A captação das imagens<br />

foi realizada por meio <strong>de</strong><br />

steadicam, com um operador<br />

<strong>de</strong> câmera vindo da França,<br />

com experiência em gran<strong>de</strong>s<br />

produções. Foram mais <strong>de</strong><br />

200 horas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> pós-<br />

-produção para criar o efeito<br />

<strong>de</strong> mudança das cores nas pare<strong>de</strong>s.<br />

A produtora <strong>de</strong> imagem<br />

é a Fantástica Filmes e a <strong>de</strong><br />

som, a Lua Nova Audio.<br />

Como parte <strong>de</strong> seus investimentos<br />

nesse primeiro semestre,<br />

a Coral abriu na semana<br />

passada sua participação na<br />

30ª <strong>edição</strong> da Casa Cor São<br />

Paulo como patrocinadora oficial<br />

<strong>de</strong> tintas da mostra <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 155


Marcas & Produtos<br />

Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br<br />

Duo<br />

A Sorriso colocou no mercado o seu Sorriso Fort Protect,<br />

composto por creme e escova <strong>de</strong>ntal que possui um<br />

sistema antiplaca + branqueamento para <strong>de</strong>ntes fortes<br />

e brancos. A nova pasta, <strong>de</strong> acordo com a Colgate-<br />

Palmolive, dona da marca, possui proteção contra a<br />

formação da placa e remove manchas, polindo os <strong>de</strong>ntes.<br />

Já a escova tem cerdas multiniveladas, que permitem<br />

limpeza total dos <strong>de</strong>ntes, e um cabo emborrachado<br />

para <strong>maio</strong>r conforto no momento da escovação.<br />

Funcional<br />

Activia lançou semana passada<br />

o seu Activia Café da Manhã,<br />

apresentado em dois sabores:<br />

morango, maçã, banana e<br />

cereais; e maçã, mamão, suco<br />

<strong>de</strong> laranja e cereais. A empresa<br />

afirma que a i<strong>de</strong>ia é ser opção<br />

para a primeira refeição do dia, já<br />

que, além <strong>de</strong> pedaços <strong>de</strong> frutas,<br />

conta com cereais, castanhas,<br />

amêndoas e cerca <strong>de</strong> 4 bilhões<br />

do exclusivo DanRegularis. O<br />

lançamento será marcado por<br />

diversas ativações, como, por<br />

exemplo, <strong>de</strong>gustação nos voos da<br />

companhia aérea Azul.<br />

cabeleira<br />

Palmolive Naturals lançou<br />

a linha Óleo Surpreen<strong>de</strong>nte<br />

e Óleo Nutritivo. Tendência<br />

mundial no mercado <strong>de</strong><br />

beleza, segundo a empresa, o<br />

óleo <strong>de</strong> Camélia é a principal<br />

estrela dos lançamentos.<br />

A marca afirma que ele tem<br />

alto po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> hidratação e<br />

nutrição para o cabelo e para<br />

a pele. A linha é composta<br />

por shampoo, condicionador<br />

e creme para pentear.<br />

conserva<br />

A Gomes da Costa ampliou a sua linha<br />

<strong>de</strong> vegetais em conservas com três<br />

lançamentos <strong>de</strong> palmito - açaí picado,<br />

pupunha em toletes e em ro<strong>de</strong>las. Prontos<br />

para o consumo, têm baixa caloria e,<br />

segundo a empresa, são ricos em proteínas<br />

e minerais como cálcio e potássio. A<br />

novida<strong>de</strong> marca a expansão da Gomes da<br />

Costa no setor <strong>de</strong> alimentação prática e<br />

saudável. Além da sua tradicional linha <strong>de</strong><br />

pescados, a empresa vem expandindo seu<br />

portfólio com lançamentos <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong><br />

saladas prontas e vegetais em conserva.<br />

158 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


supercenas<br />

Marcello Queiroz mqueiroz@propmark.com.br<br />

Cyrille Reboul, o primeiro da direita para a esqueda, <strong>de</strong> pé, com youtubers e executivos da Digital Stars e do site IGN Brasil: métricas dão li<strong>de</strong>rança ao site no segmento <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong> games<br />

A FORÇA DOS GAMES<br />

O IGN, <strong>maio</strong>r portal <strong>de</strong> conteúdo<br />

sobre games e cultura pop<br />

do mundo, alcançou li<strong>de</strong>rança<br />

no mercado brasileiro, em seu<br />

segmento. Lançado há um ano,<br />

<strong>de</strong> acordo com dados <strong>de</strong> março,<br />

da comScore, e <strong>de</strong> abril, da ferramenta<br />

Google Analytics, ele<br />

registra 2,8 milhões <strong>de</strong> visitantes<br />

únicos, com 7,5 milhões <strong>de</strong><br />

visitas mensais e 15 milhões <strong>de</strong><br />

page views. Os números colocam<br />

a operação brasileira como<br />

o terceiro <strong>maio</strong>r site do portal,<br />

que trabalha com 29 edições em<br />

112 países, em 22 idiomas, e com<br />

audiência total <strong>de</strong> 75 milhões<br />

<strong>de</strong> visitantes únicos. O IGN é do<br />

grupo francês Webedia, que tem<br />

como CEO o executivo Cyrille<br />

Reboul. O Webedia também<br />

controla a Digital Stars, network<br />

<strong>de</strong> influenciadores, e sites como<br />

AdoroCinema, PurePeople,<br />

PureBreak e TudoGostoso. Os<br />

resultados do IGN Brasil, que<br />

tem o executivo Aydin Sarmadi<br />

como diretor-geral, foram comemorados<br />

com festa no último<br />

dia 12, em São Paulo.<br />

160 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark<br />

Dudu Bertholini e a apresentadora Kátia Lessa, com garis no caminhão da websérie SP Cida<strong>de</strong> Gentil<br />

Gabriel Barros/Divulgação


Marcelo Paixão/Divulgação<br />

4Humans/Divulgação<br />

O diretor Javier Lourenço com boneca utilizada em animação para filme produzido com a Barry Company para o mercado argentino<br />

ATENÇÃO AO CAMINHÃO<br />

A chef Helena Rizzo está no sétimo<br />

episódio da websérie SP<br />

Cida<strong>de</strong> Gentil, i<strong>de</strong>ia bacana da<br />

Ocah, propondo <strong>maio</strong>r atenção<br />

à questão ambiental, mais<br />

especificamente à reciclagem<br />

<strong>de</strong> lixo. O estúdio do programa,<br />

apresentado por Kátia Lessa,<br />

foi montado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um caminhão<br />

que faz passeios por<br />

Sampa. Semana passada, o entrevistado<br />

foi o estilista Dudu<br />

Bertholini. O projeto conta com<br />

12 episódios e tem canais no<br />

Facebook e no YouTube.<br />

AOS NAMORADOS<br />

O cantor, compositor e produtor<br />

musical Max <strong>de</strong> Castro lança,<br />

dia 9, o single Apenas uma<br />

mulher, em homenagem ao Dia<br />

dos Namorados. A música integra<br />

o álbum A fantástica fábrica<br />

<strong>de</strong> Champignon, que será<br />

lançado no segundo semestre.<br />

Max também é sócio, com Hebert<br />

Mota, e Álvaro Alencar, da<br />

produtora H.A.M.nyc, que tem<br />

escritórios e estúdios em São<br />

Paulo e Nova York.<br />

BRASIL E ARGENTINA JUNTOS<br />

A produtora Barry Company, <strong>de</strong> São Paulo, comemora a boa repercussão<br />

do comercial Fiebre <strong>de</strong> Chocolate por la noche, em veiculação<br />

em emissoras argentinas. O filme, criado pela agência Madre,<br />

<strong>de</strong> Buenos Aires, para o ChocoBar, tem direção <strong>de</strong> cena <strong>de</strong> Javier<br />

Lourenço, que usou técnica <strong>de</strong> stop motion para dar vida aos protagonistas<br />

do roteiro, no caso dois animais, uma leoa e uma gazela.<br />

Após <strong>de</strong>senhos e mo<strong>de</strong>los 3D para mol<strong>de</strong>s revestidos <strong>de</strong> silicone,<br />

os bonecos foram confeccionados na Espanha. A equipe <strong>de</strong> Javier<br />

também construiu maquetes que reproduzem bairros da capital<br />

argentina. Lourenço, que já trabalhou como diretor <strong>de</strong> arte em<br />

agências portenhas, é atualmente sócio da Flamboyant Paradise,<br />

empresa <strong>de</strong> animação com se<strong>de</strong> em Buenos Aires, que é parceira<br />

da Barry Company. Para a publicida<strong>de</strong> brasileira, ele já dirigiu para<br />

AlmapBBDO, F/Nazca S&S, W+K, Talent Marcel e Ogilvy.<br />

O cantor Max <strong>de</strong> Castro, da produtora H.A.M.nyc<br />

César Sartori/Divulgação<br />

CENP<br />

Ele sai fortalecido em<br />

parecer emitido semana<br />

passada que sugere<br />

arquivamento <strong>de</strong> processo<br />

no Ca<strong>de</strong> sobre “suposto<br />

abuso <strong>de</strong> posição<br />

dominante no mercado<br />

publicitário brasileiro”<br />

RÁDIO<br />

Ele ganhou campanha<br />

personalizada no Reino<br />

Unido, em iniciativa <strong>de</strong><br />

associação <strong>de</strong> emissoras<br />

comerciais. Primeiro spot<br />

foi dirigido a Keith Weed,<br />

CMO da Unilever<br />

TV AUSTRALIANA<br />

Emissoras rivais uniram<br />

forças para formar novo<br />

instituto <strong>de</strong> pesquisa<br />

com o objetivo <strong>de</strong><br />

refutar “questionáveis”<br />

resultados <strong>de</strong> métricas da<br />

mídia digital<br />

DISPLAY ONLINE<br />

O formato po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r<br />

cerca <strong>de</strong> US$ 3,9 bilhões <strong>de</strong><br />

investimentos neste ano<br />

em função dos softwares<br />

<strong>de</strong> adblock. Estimativa é<br />

<strong>de</strong> um estudo da Optimal<br />

SOM<br />

Ele não é ativado em cerca<br />

<strong>de</strong> 85% das mais <strong>de</strong> 150<br />

milhões <strong>de</strong> visualizações<br />

mensais <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os no<br />

Facebook. A informação é<br />

do site Digiday<br />

ALIMENTOS GORDUROSOS<br />

Eles integram uma lista<br />

<strong>de</strong> produtos, que inclui<br />

também os que têm alto<br />

teor <strong>de</strong> sal ou açúcar, que<br />

<strong>de</strong>vem ter proibição total<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> dirigida a<br />

crianças no Reino Unido<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 161


última página<br />

LuckyN/Shutterstock<br />

tudo é<br />

propaganda<br />

Stalimir Vieira<br />

Nada como o que estamos vivendo no<br />

Brasil para compreen<strong>de</strong>rmos a força<br />

da propaganda. Des<strong>de</strong> que foi aventada a<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> afastar a presi<strong>de</strong>nte Dilma do cargo<br />

que os produtos “impeachment” e “golpe”<br />

passaram a disputar a preferência dos brasileiros.<br />

Enquanto Michel Temer, garoto-<br />

-propaganda do “impeachment”, sempre<br />

guardou a serenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “quem está com<br />

a razão”, petistas, porta-vozes do “golpe”,<br />

<strong>de</strong>monstram uma inflamada indignação, típica<br />

também <strong>de</strong> “quem está com a razão”.<br />

Técnicas opostas com o mesmo<br />

objetivo: ven<strong>de</strong>r seus produtos.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista estético, o lado<br />

do Temer venceu a disputa, mesmo<br />

junto ao povão. Talvez tenha a<br />

ver com o aspiracional, que a gente<br />

tanto <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> nas estratégias<br />

para nossos clientes.<br />

Um dos gran<strong>de</strong>s problemas do<br />

governo Dilma, tirante as questões<br />

mais afeitas aos intelectuais<br />

para uma análise histórico-sociopolítica,<br />

foi a feiura. Visualmente,<br />

quando sua gente se agrupava era um <strong>de</strong>sastre.<br />

Há quem <strong>de</strong>fenda, em nome <strong>de</strong> uma<br />

diversida<strong>de</strong> politicamente correta, que é<br />

assim que <strong>de</strong>ve ser. O fato, porém, é que<br />

isso não funciona para efeito <strong>de</strong> propaganda<br />

e, portanto, não ven<strong>de</strong>. Goebbels ajudou<br />

a conquistar as massas para Hitler primando<br />

pelo bom gosto na comunicação.<br />

A imensa <strong>maio</strong>ria dos brasileiros ainda<br />

não enten<strong>de</strong>u patavina do que Temer<br />

e sua turma falaram. Mas já percebeu que<br />

se trata <strong>de</strong> uma gente mais alinhada, mais<br />

agradável à vista. Com relação ao conteúdo<br />

– os discursos –, outra <strong>de</strong>rrota acachapante<br />

para os petistas, em que pese o idioma<br />

“estranho” do Temer. Ocorre que a divulgação<br />

das gravações <strong>de</strong> Lula e família foram<br />

“A imensA<br />

mAioriA dos<br />

brAsileiros<br />

AindA não<br />

enten<strong>de</strong>u<br />

pAtAvinA do<br />

que temer e<br />

suA turmA<br />

fAlArAm”<br />

<strong>de</strong>terminantes para uma importante constatação:<br />

clima <strong>de</strong> pago<strong>de</strong>, feijoada e caipirinha<br />

é bacana, mas não o tempo todo. Mesmo<br />

as pessoas mais simples gostam <strong>de</strong> falar<br />

sério no horário do expediente.<br />

Serieda<strong>de</strong> que nem Dilma passava com<br />

suas trapalhadas verbais, que até po<strong>de</strong>riam<br />

compor uma personagem carismática, se<br />

nela não fossem percebidas apenas como a<br />

mais genuína estupi<strong>de</strong>z. Derrotada na forma<br />

e no conteúdo, a marca “golpe” foi per<strong>de</strong>ndo<br />

valor e hoje só significa alguma coisa<br />

para a militância petista e alguns outros.<br />

A presi<strong>de</strong>nte afastada e seus<br />

aliados cometem um erro terrível<br />

<strong>de</strong> marketing, ao permanecerem<br />

abraçados a esse conceito que já<br />

não emociona, se é que algum dia<br />

emocionou.<br />

Por outro lado, a marca “impeachment”<br />

foi absorvida, apesar<br />

<strong>de</strong> grafia e pronúncia difíceis ou,<br />

quem sabe, por isso mesmo. “Golpe”<br />

é chavão <strong>de</strong>sgastado, é um recurso<br />

do varejo político ordinário;<br />

impeachment, digamos, é termo<br />

jurídico elegante. O que se percebe, e aqui<br />

me arrisco a incluir o imaginário popular, é<br />

uma absoluta falta <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> dos interessados<br />

na consagração do conceito <strong>de</strong><br />

“golpe”.<br />

Nada foi produzido para, efetivamente,<br />

justificar o engajamento com ele. Todo o<br />

time envolvido com a sua <strong>de</strong>fesa mostrou-<br />

-se medíocre em termos <strong>de</strong> comunicação.<br />

Nessa área, aliás, as bobagens começaram<br />

lá atrás, com a tentativa <strong>de</strong> impor um <strong>de</strong>sagradável<br />

“presi<strong>de</strong>nta”, em que pese toda a<br />

rejeição à expressão.<br />

O PT parece aquele anunciante teimoso,<br />

que, mesmo per<strong>de</strong>ndo share, insiste em<br />

manter uma house tocada por amigos.<br />

Stalimir Vieira é diretor da Base Marketing<br />

stalimircom@gmail.com<br />

162 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


PESQUISA INÉDITA, FEITA EM PARCERIA COM OFFICINA<br />

SOPHIA/HSR, COM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS<br />

MAIS DE 1500 EMPRESAS ENTREVISTADAS<br />

EM 17 SEGMENTOS DE 5 SETORES<br />

UM NORTE PARA EMPREENDEDORES NA<br />

ESCOLHA DE SEUS PRINCIPAIS FORNECEDORES<br />

UMA PESQUISA QUE SERÁ<br />

REFERÊNCIA PARA O MERCADO<br />

Bens <strong>de</strong> consumo<br />

Financeiro<br />

Comunicação<br />

Serviços<br />

Seguradora<br />

ÚLTIMOS DIAS!<br />

PUBLICAÇÃO EM<br />

30/05<br />

PUBLICAÇÃO ESPECIAL COM<br />

TODOS OS VENCEDORES<br />

ESPECIAL MULTIPLATAFORMA<br />

BOLETINS NA<br />

RÁDIO ESTADÃO<br />

CONTEÚDO DIGITAL COM<br />

APROFUNDAMENTO DE DADOS<br />

CONSULTE NOSSA EQUIPE COMERCIAL E SAIBA SE SUA EMPRESA FOI UMA DAS GANHADORAS.


Parabéns ao PROPMARK.<br />

51 anos <strong>de</strong> comunicação e informação.<br />

Faz a web trabalhar para você<br />

www.google.com.br/ads

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!