15.09.2017 Views

edição de 23 de maio de 2016

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

propmark.com.br<br />

AbRil iNveste em<br />

clubes <strong>de</strong> cOmpRA<br />

O grupo, presidido por<br />

Walter Longo, investe<br />

R$ 20 milhões para<br />

criar a GoBox. Novida<strong>de</strong><br />

é uma plataforma <strong>de</strong><br />

marketplace para ven<strong>de</strong>r<br />

assinaturas <strong>de</strong> Clubes<br />

<strong>de</strong> Compra. pág. 10<br />

WmccANN GANHA Gp<br />

NO FiAp e NA espm<br />

A campanha Meu Primeiro<br />

Dia da Mulher,<br />

criada para L’Oréal, teve<br />

dupla premiação semana<br />

passada: ganhou<br />

Gran Sol no Fiap e GP do<br />

Prêmio Renato Castelo<br />

Branco. págs. 144 e 148<br />

<strong>edição</strong> <strong>de</strong> aniversário<br />

ANO 51 - Nº 2597 - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> R$ 9,50<br />

cA<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ARQuivAR<br />

AÇÃO cONtRA ceNp<br />

O Ca<strong>de</strong>, que tem<br />

Eduardo Fra<strong>de</strong> como<br />

superinten<strong>de</strong>nte-geral,<br />

sugere arquivamento<br />

<strong>de</strong> ação contra o Cenp.<br />

Decisão final sairá após<br />

análise do tribunal administrativo.<br />

pág. 18<br />

boas i<strong>de</strong>ias<br />

consagram<br />

marcas<br />

Nesta <strong>edição</strong> <strong>de</strong> aniversário, o<br />

pROpmARK faz uma homenagem<br />

a 51 slogans e conceitos publicitários.<br />

com a força <strong>de</strong> se inserir<br />

na cultura popular, eles também<br />

têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> se instalar na<br />

mente do consumidor e influenciar<br />

<strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> compra. pág. 36<br />

Pict Estúdio


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

É hora <strong>de</strong> anunciar<br />

Os primeiros sinais dos novos tempos brasileiros começam a<br />

aparecer, mesmo contra a vonta<strong>de</strong> e consequentes críticas<br />

<strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong> simpatizantes do velho regime, muitos dos<br />

quais i<strong>de</strong>ntificados com algum tipo <strong>de</strong> favorecimento recebido.<br />

O mais importante para o governo <strong>de</strong> Michel Temer neste<br />

momento é manter e até aumentar o grau <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong><br />

que a sua presidência interina <strong>de</strong>spertou em mais <strong>de</strong> 70% do<br />

nosso povo.<br />

Não é tarefa fácil, pois, além <strong>de</strong> as finanças do país estarem quebradas,<br />

reina ainda em muitos escalões oficiais uma resistência<br />

à nova or<strong>de</strong>m, que somente a muito custo será suplantada.<br />

Seria normal esse estado <strong>de</strong> coisas se não tivéssemos pressa.<br />

Mas temos e não é pouca. Se o governo anterior perdurasse por<br />

mais dois ou três meses, o Brasil quebraria <strong>de</strong> vez e muito possivelmente<br />

<strong>de</strong> nada mais adiantaria o vice-presi<strong>de</strong>nte assumir e<br />

trocar o Ministério.<br />

Por isso, é necessário que as forças vivas da nação contribuam<br />

para que o país saia o mais <strong>de</strong>pressa possível <strong>de</strong>ssa crise. Confiança<br />

não tem faltado, mas não basta. Quando o presi<strong>de</strong>nte<br />

interino da República falou no seu discurso <strong>de</strong> posse que o<br />

essencial é trabalho, muito trabalho, citando emblematicamente<br />

uma placa que vira em uma das estradas do interior<br />

paulista (que <strong>de</strong>pois foi noticiado pela imprensa tratar-se <strong>de</strong><br />

uma iniciativa <strong>de</strong> um pequeno empresário que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> a<br />

placa afixada acabou fechando o seu comércio). Os dizeres da<br />

mesma sugeriam às pessoas não reclamarem da crise e trabalharem<br />

mais.<br />

Sem dúvida, um bom exemplo para um discurso <strong>de</strong> posse no<br />

principal cargo público brasileiro, mas ao mesmo tempo ineficaz<br />

para quem já havia sofrido as consequências dos <strong>de</strong>smandos<br />

oficiais na economia do país.<br />

Daí a pressa que todos temos em fazer com que o mercado como<br />

um todo volte à normalida<strong>de</strong> e, para isso, tendo em vista as graves<br />

circunstâncias <strong>de</strong>ssa crise, <strong>de</strong>vemos todos contribuir.<br />

Os players do mercado publicitário, por exemplo, <strong>de</strong>vem encontrar<br />

forças para retomar seus negócios em busca do nível <strong>de</strong> volume<br />

que havia antes <strong>de</strong> se instalar a presente situação adversa.<br />

Vamos todos voltar o filme <strong>de</strong>stes últimos dois anos para o seu<br />

ponto inicial e reescrevê-lo, mudando o enredo e aproveitando<br />

a troca dos personagens, lembrando que a propaganda é a mola<br />

propulsora do <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Os anunciantes, principal força <strong>de</strong>sse mercado, têm a obrigação<br />

<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rar esse movimento como já foi feito em outra época,<br />

com o ministro Delfim Netto aconselhando as empresas a reforçar<br />

suas verbas publicitárias e o povo a comprar.<br />

Po<strong>de</strong> parecer exagero, mas <strong>de</strong>u certo. Porque naquela ocasião,<br />

muito semelhante à atual, o então novo ministro das Finanças<br />

já havia tomado as primeiras medidas para reverter o cenário,<br />

mas precisava da colaboração das empresas e dos consumidores,<br />

sem o que ficaria apenas na teoria.<br />

Seu esforço e sua crença <strong>de</strong>ram certo. É do que precisamos<br />

agora.<br />

Não falar mais em crise, acreditar que estamos fazendo o certo<br />

e, no mercado em que o PROPMARK mais atua, esperar <strong>de</strong> todos<br />

atitu<strong>de</strong>s positivas.<br />

Se assim for, os resultados veremos em pouco tempo, como, aliás,<br />

já estamos vendo os primeiros sinais <strong>de</strong> melhora.<br />

O que passou, passou.<br />

***<br />

O editorialista elogiou no online do meio da última semana<br />

um anúncio da mcgarrybowen, que aproveitou a onda contra<br />

o Ministério exclusivamente masculino do presi<strong>de</strong>nte interino<br />

Michel Temer, mostrando o inverso na agência: o presi<strong>de</strong>nte<br />

amarrado e amordaçado em uma ca<strong>de</strong>ira giratória, la<strong>de</strong>ado por<br />

quatro mulheres livres, leves e soltas para tomar <strong>de</strong>cisões em<br />

prol do <strong>de</strong>senvolvimento dos seus negócios.<br />

Vice-presi<strong>de</strong>ntes e diretoras <strong>de</strong> suas respectivas áreas <strong>de</strong> atuação<br />

representavam no anúncio o necessário contraponto ao Ministério<br />

<strong>de</strong> Michel Temer, o que nos levou à lembrança <strong>de</strong> um<br />

passado recente, quando os fatos principais e controvertidos do<br />

mundo político serviam <strong>de</strong> inspiração para anúncios e até campanhas<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto junto ao público.<br />

Lembramos o leitor do online <strong>de</strong> um artigo do nosso colaborador<br />

Stalimir Vieira, publicado no impresso <strong>de</strong>ste jornal,<br />

<strong>edição</strong> <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> abril, <strong>de</strong> título Janaína merecia um anúncio,<br />

referindo-se à atuação da advogada Janaína Paschoal no processo<br />

<strong>de</strong> impeachment da então presi<strong>de</strong>nte da República Dilma<br />

Rousseff.<br />

Nesse artigo, Stalimir Vieira lamentava exatamente o abandono<br />

pela criação publicitária não só dos fatos da política, como também<br />

do cotidiano em geral.<br />

Foi aí que recebemos <strong>de</strong> Gustavo Bastos, da agência 11:21, do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, e-mail reclamando a injustiça que fizemos nesse<br />

texto do nosso online com a sua agência, criadora <strong>de</strong> inúmeros<br />

e recentes anúncios e campanhas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, inclusive<br />

com algumas peças veiculadas neste jornal.<br />

Sempre bem-humorado, Bastos lembra os vários anúncios feitos<br />

para a cerveja Rio Carioca abordando o contexto político do<br />

país. Alguns títulos: Combina com coxinha e morta<strong>de</strong>la, É tudo<br />

lúpulo do mesmo saco, Não vai ter gole e outros mais.<br />

Temos <strong>de</strong> admitir a verda<strong>de</strong> da presença constante da 11:21<br />

nesse quesito criativo, lamentando porém que seja uma exceção<br />

à regra geral, que evita os temas mais populares do momento.<br />

Talvez por falta <strong>de</strong> apoio dos anunciantes, talvez por quererem<br />

nossos criativos trilhar novos caminhos criativos e talvez até<br />

mesmo por trabalharem tanto e em boa parte do tempo isolados<br />

do mundo exterior, <strong>de</strong>ixando com isso <strong>de</strong> perceber e registrar a<br />

riqueza do nosso cotidiano.<br />

De qualquer forma, está aberto o <strong>de</strong>bate. É um bom tema para<br />

discussão.<br />

***<br />

A inegável força do PROPMARK junto ao mercado está mais uma<br />

vez <strong>de</strong>monstrada em uma <strong>edição</strong> comemorativa como esta, com<br />

164 páginas e repleta <strong>de</strong> conteúdo editorial e <strong>de</strong> anúncios das<br />

mais diversas pessoas jurídicas do tra<strong>de</strong>.<br />

A todos, os nossos agra<strong>de</strong>cimentos pelo indispensável apoio, na<br />

certeza <strong>de</strong> que o compromisso com a verda<strong>de</strong>, que abraçamos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as primeiras linhas do embrião <strong>de</strong>ste jornal, no já longínquo<br />

21 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> 1965, será por nós sempre respeitado.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 3


36<br />

cAPA<br />

Índice<br />

PROPMARK cOMeMORA 51 AnOS<br />

Especial <strong>de</strong> aniversário, inspirado no slogan da Cachaça 51,<br />

resgata 51 slogans que representam “boas i<strong>de</strong>ias”. Eles ganham<br />

interpretação visual <strong>de</strong> convidados especiais (na foto, <strong>de</strong>talhe da<br />

arte i<strong>de</strong>alizada por Juan Maresca, da Agência Maria).<br />

PRÊMiOS<br />

Brasil conquista<br />

dois GPs no Fiap<br />

F/Nazca conquistou um Gran Sol no festival semana<br />

passada, no México, com Tudo em Preto & Branco<br />

para Leica (foto). WMcCann ficou com o outro, por<br />

Meu Primeiro Dia da Mulher para L’Oréal. pág. 148<br />

MÍdiA<br />

Yahoo se posiciona<br />

como partner friendly<br />

Empresa quer ser parceira do anunciante e<br />

fala que ví<strong>de</strong>o e mobile serão as plataformas<br />

que a farão crescer globalmente. pág. 32<br />

cOnSuMO<br />

Grupo Abril<br />

lança GoBox<br />

Executivo Walter Longo apresenta o primeiro<br />

projeto <strong>de</strong> sua gestão no comando da Abril.<br />

É a plataforma <strong>de</strong> marketplace GoBox,<br />

que vai unir clubes <strong>de</strong> compras. pág. 10<br />

AGÊnciAS<br />

eduardo Lima<br />

completa mo<strong>de</strong>lo<br />

da Wie<strong>de</strong>n+Kennedy<br />

Com a chegada do criativo, agência passa<br />

a ter comando tripartite. Ele vai dividir a<br />

li<strong>de</strong>rança do escritório <strong>de</strong> São Paulo com<br />

Renato Simões e Andre Gustavo. pág. 26<br />

Jor na lis ta res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Diretores<br />

Ar man do Fer ren ti ni e Nel lo Fer ren ti ni<br />

Diretor <strong>de</strong> redação<br />

Marcello Queiroz<br />

editores<br />

Neu sa Spau luc ci<br />

Kelly Dores (Site)<br />

Alê Oliveira (Fotografia)<br />

editores-assistentes<br />

Cristiane Marsola<br />

Paulo Macedo<br />

repórteres<br />

Bárbara Barbosa (SP)<br />

Vinícius Novaes (SP)<br />

Mariana Zirondi (SP)<br />

Rafael Vazquez (SP)<br />

Ana Paula Jung (RS)<br />

Claudia Penteado (RJ)<br />

assistente <strong>de</strong> redação<br />

Vanessa Franco <strong>de</strong> Bastos<br />

editor <strong>de</strong> arte<br />

Adu nias Bis po da Luz<br />

assistentes <strong>de</strong> arte<br />

Lucas Boccatto<br />

Michel Medina<br />

revisor<br />

José Carlos Boanerges<br />

site<br />

propmark.com.br<br />

redação<br />

Rua Fran çois Coty, 228<br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

Departamento Comercial<br />

Diretor<br />

Renato Resston<br />

resston@editorareferencia.com.br<br />

Tels.: (11) 2065-0743<br />

e (11) 94783-1208<br />

Gerentes<br />

Almir Aleo<br />

almir@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0745<br />

Monserrat Miró<br />

monserrat@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0744<br />

Sergio Ricardo<br />

sergio@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0750<br />

Departamento <strong>de</strong> Marketing<br />

Gerente Máster: Tatiana Milani Ferrentini<br />

tatiana@editorareferencia.com.br<br />

Consultor Jurídico<br />

Tiago A. Milani Ferrentini<br />

(OAB/SP nº 186.504)<br />

tferrentini@editorareferencia.com.br<br />

representantes Comerciais<br />

AM - atendimento@vrassessoria.com.br<br />

AL/SE - comercial@gabinete<strong>de</strong>midia.com.br<br />

BA - bette.fernan<strong>de</strong>s@gmail.com<br />

CE/MA/PI - ricardo@moviemidia.net<br />

DF - fernando@meioemidia.com<br />

ES - Didimo.effgen@uol.com.br<br />

GO - comercial@wverissimocomunicacao.com.br<br />

MG - andrea@crossmidiamg.com.br<br />

MT/MS - propmarkmtms@terra.com.br<br />

PA - propmark.para@gmail.com<br />

PE/PB/RN - propmark_sferraz@yahoo.com.br<br />

PR - miriam@linscomunicacao.com.br<br />

RJ - propmarkrj@gmail.com<br />

RS - flavio.duarte@terra.com.br<br />

SC - anuar@comtato.net<br />

INTERIOR SP - fernando@fecampos.com.br<br />

celso@grupocrcom.com.br<br />

luciane@hbm.net.br<br />

Gran<strong>de</strong> São Paulo<br />

midiabr.comercial@gmail.com<br />

Educacional Estado De São Paulo<br />

jdias@moboup .com.br<br />

Turismo Estado De São Paulo<br />

eeabdulack@gmail.com<br />

Departamento <strong>de</strong> assinaturas<br />

Coor<strong>de</strong>nadora<br />

Regina Sumaya<br />

regina-sumaya@editorareferencia.com.br<br />

assinaturas/renovação/<br />

atendimento a assinantes<br />

assinatura@editorareferencia.com.br<br />

São Paulo (11) 2065-0738<br />

Demais estados: 0800 704 4149<br />

O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia Ltda.<br />

rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP<br />

CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />

as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />

opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />

6 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


BOAS IDEIAS<br />

MERECEM SER LEMBRADAS.<br />

E, SE DEPENDER DE NÓS,<br />

CELEBRADAS.<br />

Quando a Cachaça 51 começou, muito antes <strong>de</strong> se tornar a <strong>maio</strong>r cachaça do Brasil e<br />

do mundo, as campanhas publicitárias da época tinham muito mais texto do que as <strong>de</strong><br />

hoje. Talvez por isso escolhemos abrir esta <strong>edição</strong> comemorativa, que celebra os 51 anos<br />

do PROPMARK e as boas i<strong>de</strong>ias brasileiras, com mais palavras que teria um anúncio. É<br />

sim uma homenagem ao início <strong>de</strong> um tempo, mas também um reconhecimento a tudo que<br />

foi construído nos últimos anos. Mais do que slogans ou títulos marcantes, a criativida<strong>de</strong><br />

brasileira construiu uma gran<strong>de</strong> história.<br />

Nas próximas páginas você verá 51 boas i<strong>de</strong>ias que provam isso. Elas marcaram não só o<br />

mercado, mas a vida das pessoas e <strong>de</strong> todo um país. Quanto a nós, que escolhemos olhar<br />

para o Brasil com otimismo, criativida<strong>de</strong> e um espírito <strong>de</strong> celebração incurável, só po<strong>de</strong>mos<br />

nos sentir honrados. Esta <strong>edição</strong> é o legado <strong>de</strong> que boas i<strong>de</strong>ias sempre existirão, a <strong>de</strong>speito<br />

<strong>de</strong> tudo, e serão sempre o nosso <strong>maio</strong>r motivo <strong>de</strong> alegria.<br />

Quando a famosa frase “Uma boa i<strong>de</strong>ia” foi criada, não imaginávamos que estaríamos aqui,<br />

ao lado <strong>de</strong> um veículo tão sério e importante como o PROPMARK. Somos gratos por isso, e<br />

para expressar nossa gratidão, queremos pedir que enquanto folheia estas páginas, você<br />

não pense em nós. Pense no Brasil e na capacida<strong>de</strong> criativa do brasileiro. Ela vence as<br />

adversida<strong>de</strong>s, muda pontos <strong>de</strong> vista, nos emociona, e isso sim é uma boa i<strong>de</strong>ia que merece<br />

ser celebrada. Ao final da <strong>edição</strong>, quando <strong>de</strong> fato for brindar, aí sim, pense em nós.


conexões<br />

Compliance<br />

“Parabéns. A matéria Nova/SB estabelece<br />

compliance na sua gestão<br />

e busca aval da CGU, assinada por<br />

Paulo Macedo, sobre compliance,<br />

com Bob Vieira da Costa, foi oportuna<br />

e relevante. Palmas também<br />

para o artigo <strong>de</strong> Claudia Penteado,<br />

Dimitrius, o estagiário. É um texto<br />

primoroso.”<br />

Decio Vomero<br />

Diretor-executivo da Abap<br />

São Paulo - SP<br />

res do universo da moda, que nossa<br />

parceria para novos editoriais<br />

e boas notícias continue gerando<br />

bons frutos. Em <strong>2016</strong>, a C&A comemora<br />

40 anos <strong>de</strong> presença no<br />

Brasil, trazendo um olhar rejuvenescido<br />

sobre a moda e como as<br />

pessoas se conectam a ela. Que os<br />

próximos anos sejam repletos <strong>de</strong><br />

muitas realizações.”<br />

C&A, RP1 Comunicação e MktMix<br />

São Paulo - SP<br />

Criativida<strong>de</strong><br />

“Gostaria <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer à equipe<br />

do PROPMARK pelas reportagens<br />

que têm mostrado como as agências<br />

estão se virando para driblar,<br />

<strong>de</strong> forma criativa, a crise que assola<br />

o país. Para nós, que trabalhamos<br />

na área, é uma forma <strong>de</strong><br />

sabermos o que vem ocorrendo no<br />

mercado e ficarmos atualizados.<br />

Nunca perco uma <strong>edição</strong> e sempre<br />

aconselho toda a equipe a ler a publicação.<br />

Já tive muitas i<strong>de</strong>ias inspiradas<br />

em reportagens que li aqui.<br />

Obrigada à equipe pela qualida<strong>de</strong><br />

do trabalho.”<br />

Elisa Akikusa<br />

Diretora <strong>de</strong> marketing da Record<br />

News<br />

São Paulo - SP<br />

Errata<br />

Na reportagem Inovação ganha significado<br />

<strong>de</strong> sobrevivência no mundo<br />

digital, publicada no PROPMARK<br />

(<strong>edição</strong> 2596), os <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> permanência<br />

<strong>de</strong> Fred Saldanha na Isobar<br />

Brasil incluem a soma do período<br />

em que ele esteve na AgênciaClick,<br />

comprada em 2007 pela Dentsu<br />

Aegis Network, dona da Isobar.<br />

última Hora<br />

RÁDIO<br />

Os brasileiros, em média,<br />

dizem ouvir rádio<br />

tradicional por 9,8 horas<br />

na semana, pela internet<br />

por 4,7 horas e áudio digital<br />

por 10,8 horas. Os dados<br />

são referentes à nova<br />

pesquisa da Audio.ad, da<br />

qual participaram cinco mil<br />

entrevistados. O estudo<br />

analisou o consumo <strong>de</strong><br />

rádio tradicional, rádio pela<br />

internet e áudio digital.<br />

A pesquisa completa será<br />

apresentada ao mercado<br />

nesta terça-feira (24), no<br />

Museu da Imagem e do<br />

Som, em São Paulo.<br />

CONCORRÊNCIA<br />

A divisão Crop Science,<br />

da Bayer, li<strong>de</strong>rada pelo<br />

executivo Lucas Perez, está<br />

em concorrência.<br />

51 anos<br />

“Neste ano <strong>de</strong> celebrações, gostaríamos<br />

<strong>de</strong> comemorar os 51 anos<br />

do PROPMARK ao lado <strong>de</strong> toda a<br />

redação, uma equipe que trabalha<br />

com <strong>de</strong>dicação para trazer o<br />

melhor conteúdo do universo <strong>de</strong><br />

propaganda e marketing. Só po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>sejar que os próximos anos<br />

sejam tão brilhantes como estes<br />

51 primeiros, com muito sucesso,<br />

para que vocês possam continuar<br />

a aproximar cada vez mais os leitodorinHo<br />

O processo conta com sete<br />

agências na disputa.<br />

SUBSTITUIÇÃO<br />

A <strong>de</strong>cisão sobre o novo<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da<br />

Y&R, que vai substituir Rui<br />

Branquinho, que <strong>de</strong>ixou a<br />

agência este mês, está sendo<br />

costurada pessoalmente pelo<br />

CCO global Tony Granger.<br />

Ele já tem alguns nomes,<br />

inclusive <strong>de</strong> fora do Brasil.<br />

INTEGRAÇÃO<br />

A Re<strong>de</strong> Globo <strong>de</strong> Televisão<br />

e a Ampro (Associação <strong>de</strong><br />

Marketing Promocional)<br />

formalizaram compromisso<br />

para oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

negócios na área <strong>de</strong> live<br />

marketing. O executivo Carlos<br />

Henrique Nascimento, da área<br />

comercial da emissora, investe<br />

na integração.<br />

Facebook<br />

Post: A força da dúvida<br />

“Falta Lula na ca<strong>de</strong>ia, para completar<br />

minha felicida<strong>de</strong> rsrs...”<br />

Sérgio Santos Novaes<br />

Post: Anúncios <strong>de</strong> comidas pouco<br />

saudáveis po<strong>de</strong>m ser banidos no<br />

Reino Unido<br />

“Empresas antenadas se antecipam à<br />

lei, praticando o marketing inteligente,<br />

respeitando a dinâmica social.”<br />

Luiz Santos<br />

Post: “Procuramos eliminar tudo o<br />

que havia <strong>de</strong> México na marca”<br />

Vivo no México. É só no Brasil que<br />

“las paletas” são mexicanas. Criaram<br />

algo que se tornou um monstro, mitificaram<br />

um nome, agora <strong>de</strong>smistificar<br />

a i<strong>de</strong>ia é, no mínimo, curioso. Sorte<br />

e sucesso. MaIs do que isso. Devem<br />

fazer muito branding para reverter o<br />

que fizeram!<br />

Fausto Godoy Siqueira<br />

Disqus<br />

Post: Dimitrius, o estagiário<br />

“Muito bom o artigo!”<br />

Paulo Penteado<br />

“Muito bom, Claudia. O Dimitrius <strong>de</strong>ve<br />

ter adorado.”<br />

Maria Lucia Munhoz da Fontoura<br />

Post: Mulher sobrando<br />

“Gostei da i<strong>de</strong>ia e uso <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>,<br />

mas a imagem perpetua o estereótipo<br />

<strong>de</strong> que ter mulheres no po<strong>de</strong>r implica<br />

em homens amordaçados, como<br />

se o nosso objetivo fosse o matriarcado<br />

em vez da equida<strong>de</strong>, como se mulheres<br />

po<strong>de</strong>rosas fossem sinônimo <strong>de</strong><br />

mulheres mandonas e raivosas.”<br />

Aléxia Borgonovo Hetka<br />

8 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Depois do sapo que virou príncipe,<br />

a re<strong>de</strong> social que virou livro infantil.<br />

Hoje em dia, as pessoas ficam mais<br />

tempo no celular do que lendo livros.<br />

Mas nós conseguimos transformar<br />

esse novo comportamento numa<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar o alcance<br />

do nosso projeto Leia Para Uma Criança.<br />

Foi assim que <strong>de</strong>senvolvemos uma<br />

forma inovadora <strong>de</strong> usar os recursos do<br />

Facebook Canvas para criar uma série<br />

<strong>de</strong> livros infantis feita por gran<strong>de</strong>s<br />

autores só para mobile. Inovar faz parte<br />

da nossa história, mas quando<br />

a inovação ajuda a trazer um final feliz<br />

para crianças é ainda melhor.<br />

+5.000<br />

comentários<br />

99% positivos<br />

+600%<br />

shares<br />

do que a média<br />

+18MM<br />

pessoas atingidas<br />

+244K<br />

horas <strong>de</strong> leitura<br />

Quer ver como funciona?<br />

Acesse a página do Itaú pelo app<br />

do Facebook e boa leitura.


consumo<br />

Abril investe em marketplace com<br />

GoBox e planeja lançar e-commerce<br />

I<strong>de</strong>ia é atrair clubes <strong>de</strong> compras com as expertises editorial, logística e<br />

Big Data do grupo, para ven<strong>de</strong>r produtos pelo sistema <strong>de</strong> assinaturas<br />

Paulo<br />

Macedo<br />

Dois meses<br />

após assumir<br />

a presidência executiva do<br />

Grupo Abril, Walter Longo apresenta<br />

o primeiro projeto da sua<br />

gestão. Trata-se da plataforma<br />

<strong>de</strong> marketplace GoBox, que vai<br />

unir clubes <strong>de</strong> compra que se<br />

utilizarão das<br />

expertises da organização<br />

editorial,<br />

como a produção <strong>de</strong> conteúdos e<br />

sua capacida<strong>de</strong> logística.<br />

A i<strong>de</strong>ia, que já vinha sendo<br />

articulada pela equipe do diretor<br />

<strong>de</strong> vendas Dimas Mietto, envolve<br />

estimular a venda <strong>de</strong> assinaturas<br />

para pelo menos 200 mil<br />

consumidores nos próximos três<br />

anos. São clubes <strong>de</strong><br />

vinho, meias, gastronômicos<br />

e até da revista<br />

Capricho. O investimento é <strong>de</strong><br />

R$ 20 milhões, principalmente<br />

nos canais <strong>de</strong> mídia da empresa,<br />

como Veja, Exame, Claudia e Superinteressante.<br />

As vendas terão início em julho.<br />

Nesse espaço <strong>de</strong> tempo, a<br />

equipe <strong>de</strong> marketing, li<strong>de</strong>rada<br />

por Tiago Afonso,<br />

vai intensificar a divulgação<br />

do projeto nas<br />

revistas do portfólio da Abril, no<br />

site www.gobox.com.br e veículos<br />

do tra<strong>de</strong> publicitário. A Abril<br />

já está conversando com várias<br />

empresas para buscar a<strong>de</strong>são.<br />

Uma <strong>de</strong>las é o supermercado<br />

chic Eataly. O mercado global<br />

já tem cerca <strong>de</strong> 10 mil clubes <strong>de</strong><br />

10 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Alê Oliveira<br />

Protasov NA/Shutterstock<br />

À esquerda, o diretor <strong>de</strong> vendas Dimas Mietto, com o presi<strong>de</strong>nte-executivo, Walter Longo, e o diretor <strong>de</strong> marketing, Tiago Afonso<br />

Já imaginou um<br />

clube <strong>de</strong> compras<br />

<strong>de</strong> meias? O Socks<br />

on the Beat é<br />

uma das atrações<br />

do ecossistema<br />

GoBox, que o<br />

Grupo Abril está<br />

lançando<br />

“AjudAmos<br />

o cliente nA<br />

curAdoriA dos<br />

produtos dA cestA,<br />

que precisA ter<br />

conveniênciA e<br />

surpresA”<br />

compras. No Brasil apenas 25,<br />

entre os quais o Clube Wine, ligado<br />

à empresa <strong>de</strong> mídia RBS.<br />

A Abril também está finalizando<br />

parcerias com o Socks on the<br />

Beat, <strong>de</strong> meias masculinas, e o<br />

Open Beauty, <strong>de</strong> beleza. A revista<br />

Capricho terá o próprio clube.<br />

O título tem cerca <strong>de</strong> 500 SKUs<br />

(unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estoque) para marcas<br />

como O Boticário e Tilibra, e<br />

a sua marca está licenciada para<br />

959 produtos. O Open Beats terá<br />

endosso da apresentadora Ticiane<br />

Pinheiro<br />

“Nosso plano é <strong>de</strong>senvolver<br />

esse mercado no país. O Walmart<br />

e a Target já trafegam nesse<br />

universo. Ajudamos o cliente<br />

na curadoria dos produtos que<br />

vão integrar a cesta, que precisa<br />

entregar ao cliente conveniência<br />

e surpresa. As equipes editoriais<br />

vão produzir o storytelling que<br />

acompanha cada pacote”, observa<br />

Longo. “Vamos ter caixas<br />

padronizadas para cada cliente.<br />

Depois, elas são acondicionadas<br />

em uma embalagem padrão da<br />

GoBox. Usamos a infraestrutura<br />

da Abril, que já ven<strong>de</strong> assinaturas<br />

há mais <strong>de</strong> 40 anos. Veja<br />

tem 780 mil assinantes e, no<br />

total, a Abril tem 3,4 milhões <strong>de</strong><br />

assinantes. O sistema Abril Big<br />

Data tem mais <strong>de</strong> 40 milhões <strong>de</strong><br />

nomes cadastrados. A logística<br />

faz manuseio <strong>de</strong> 770 milhões <strong>de</strong><br />

itens por ano, por meio da Total<br />

Express. E as embalagens serão<br />

impressas no nosso parque gráfico”,<br />

acrescenta Mietto.<br />

Longo enfatiza que a embalagem<br />

da GoBox vai permitir<br />

ambientação digital. O sistema<br />

Mobile View, lançado na semana<br />

passada com a Veja, permite<br />

o acesso do conteúdo impresso<br />

por smartphones e tablets ao<br />

apontar a câmera para a capa.<br />

No caso das caixas GoBox, com<br />

o mesmo método, o cliente po<strong>de</strong>rá<br />

ter acesso ao editorial, ví<strong>de</strong>os<br />

e textos, do kit e até mesmo<br />

ter no sistema um set list<br />

com músicas sob medida para<br />

um jantar romântico com os vinhos<br />

que recebeu.<br />

“A seleção é um dos pontos-<br />

-chaves <strong>de</strong>sse negócio. Ela <strong>de</strong>ve<br />

surpreen<strong>de</strong>r. O cliente não sabe<br />

o que vai chegar naquele mês.<br />

Mas ele tem a confiança <strong>de</strong> que<br />

será algo bom. Temos profissionais<br />

que vão orientar o processo<br />

seletivo em conjunto com os<br />

gestores dos clubes. O assinante<br />

po<strong>de</strong> encerrar o compromisso<br />

na hora que quiser. Não ven<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>scontos como premissa.<br />

A i<strong>de</strong>ia é a percepção do consumidor<br />

com exclusivida<strong>de</strong> e valor<br />

agregado”, <strong>de</strong>talha Longo.<br />

O Mobile View é inspirador<br />

para Longo. Ele acredita que os<br />

canais impressos não po<strong>de</strong>m<br />

enxergar o digital apenas como<br />

ponto futuro. E que serão suprimidos<br />

pela tecnologia. Em sua<br />

opinião, a convergência é o caminho.<br />

“O GoBox é o storytelling<br />

que ativa o storyselling. No caso<br />

das revistas, o digital será complementar.<br />

Não acredito em<br />

substituição. Nos últimos meses,<br />

a Abril cresceu suas vendas nas<br />

bancas em aproximadamente<br />

40%. A combinação é atraente<br />

para o leitor e para os anunciantes”,<br />

observa Longo, que planeja,<br />

para os próximos meses, o<br />

lançamento <strong>de</strong> um e-commerce<br />

da Abril. O novo canal <strong>de</strong> vendas<br />

terá um carrinho virtual, que vai<br />

comercializar os produtos anunciados<br />

nas revistas do grupo.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 11


consumo<br />

Brahma preten<strong>de</strong> resgatar<br />

o protagonismo do produto<br />

Enquanto a <strong>maio</strong>ria das cervejas opta por anunciar no verão, marca<br />

prefere outro caminho e investe na mídia entre abril e novembro<br />

Divulgação<br />

Cena da recente campanha <strong>de</strong> Brahma já baseada no estudo que aponta que quem gosta do que faz realiza as tarefas com <strong>de</strong>dicação e, por isso, faz bem-feito<br />

AnA PAulA Jung<br />

As pessoas que gostam do<br />

que fazem ten<strong>de</strong>m a realizar<br />

<strong>de</strong> forma bem-feita. Esta é a<br />

conclusão <strong>de</strong> uma pesquisa realizada<br />

pela Brahma/Provokers,<br />

com 600 brasileiros <strong>maio</strong>res <strong>de</strong><br />

18 anos das principais regiões<br />

metropolitanas do país. O estudo<br />

A fórmula secreta <strong>de</strong> fazer<br />

com gosto revela que <strong>de</strong>dicação<br />

e gostar do que faz estão relacionados.<br />

Marcelo Tucci, diretor <strong>de</strong><br />

marketing da Brahma, toma a<br />

pesquisa como referência e fala<br />

que o resultado confirma o sucesso<br />

<strong>de</strong> Brahma junto ao consumidor,<br />

já que as pessoas envolvidas<br />

na fabricação da cerveja<br />

gostam muito do que fazem.<br />

“Encontramos uma relação<br />

do que ocorre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa<br />

com a história <strong>de</strong> tantas pessoas<br />

que fazem o que amam todos<br />

os dias”. 78% dos entrevistados,<br />

entre 32% que concordam<br />

totalmente e 46% que concordam<br />

parcialmente, informaram<br />

que, para fazer o que gostam,<br />

abandonariam um emprego<br />

“Estamos fazEndo<br />

uma comunicação<br />

atEmporal.<br />

durantE o vErão<br />

nEm chEgamos a<br />

anunciar”<br />

com salário <strong>maio</strong>r. “Nós somos<br />

muito apaixonados, por isso<br />

temos a melhor cerveja, que é<br />

uma referência real em sabor”,<br />

afirma.<br />

O estudo também mostrou<br />

que a <strong>maio</strong>r parte dos brasileiros<br />

enten<strong>de</strong> que a <strong>de</strong>dicação é<br />

o principal ingrediente para a<br />

excelência. Entre as pessoas<br />

citadas como admiráveis pelos<br />

entrevistados estão o apresentador<br />

e empresário Silvio Santos;<br />

o juiz Sérgio Moro; o presi<strong>de</strong>nte<br />

dos EUA, Barack Obama;<br />

a atriz Angelina Jolie; Ayton<br />

Senna e o papa Francisco.<br />

O estudo serviu como base<br />

para a comunicação da marca.<br />

Sob a assinatura Cerveja é assim<br />

que se faz, a Brahma lançou recentemente<br />

campanha, criada<br />

pela Africa, que mostra histórias<br />

reais <strong>de</strong> gente que inspira<br />

todos em volta, por se <strong>de</strong>dicarem<br />

a algo <strong>de</strong> corpo e alma.<br />

Em breve, entrará no ar a<br />

nova fase da ação <strong>de</strong> Brahma<br />

Extra. Todas as campanhas<br />

buscam um novo enfoque da<br />

marca em relação ao consumi-<br />

dor. A cerveja também continua<br />

investindo pesado no estilo<br />

sertanejo e no futebol.<br />

Enquanto a <strong>maio</strong>ria das cervejas<br />

opta por anunciar no verão,<br />

associando a bebida ao<br />

clima <strong>de</strong>scontraído <strong>de</strong> praia e<br />

amigos, a Brahma prefere outro<br />

caminho: colocar a cerveja<br />

como protagonista da comunicação<br />

e investir na mídia entre<br />

abril e novembro. “Estamos<br />

fazendo uma comunicação<br />

atemporal. Durante o verão<br />

nem chegamos a anunciar”,<br />

diz Tucci. “Na última década,<br />

a comunicação <strong>de</strong> cerveja foi<br />

muito emocional, com humor,<br />

relacionada a uma piada, a uma<br />

história, abordando o universo<br />

do clichê, <strong>de</strong> amigos, da praia e<br />

o produto em si. A cerveja não<br />

está mais no centro das atenções.<br />

Nós estamos resgatando o<br />

protagonismo do produto. Temos<br />

uma história <strong>de</strong> 128 anos<br />

<strong>de</strong> tradição. Cada variante da<br />

Brahma vai trazer características<br />

do produto que <strong>de</strong> fato diferenciam<br />

e mostram a cerveja<br />

como protagonista”.<br />

14 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Agora, o conteúdo<br />

<strong>de</strong> VEJA vai além<br />

do ponto final.<br />

Conheça o Mobile View: a nova dimensão <strong>de</strong><br />

conteúdo <strong>de</strong> VEJA. Uma tecnologia que permite<br />

que os leitores reproduzam, em som e imagem,<br />

conteúdos adicionais <strong>de</strong>ntro da própria revista.<br />

Bom para o leitor, melhor ainda para a sua marca<br />

que, a partir <strong>de</strong> agora, po<strong>de</strong>rá ampliar<br />

o impacto <strong>de</strong> seus anúncios na revista impressa,<br />

proporcionando mais engajamento e atenção.<br />

Descubra como funciona o Mobile View.<br />

Agora com<br />

Baixe o aplicativo<br />

Blippar na Apple Store<br />

ou Google Play<br />

Aponte a câmera<br />

para o ícone<br />

do Mobile View<br />

Conheça um novo<br />

jeito <strong>de</strong> anunciar<br />

Os olhos do Brasil.<br />

MOBILE VIEW


mercado<br />

Segmento infantil li<strong>de</strong>ra ranking<br />

<strong>de</strong> licenciamento no Brasil<br />

Associação que representa o setor no país afirma que 80%<br />

dos produtos licenciados atualmente têm como alvo as crianças<br />

Vinícius noVaes<br />

Osegmento infantil ainda<br />

li<strong>de</strong>ra o mercado <strong>de</strong> licenciamento<br />

no Brasil. De acordo<br />

com informações da Abral<br />

(Associação Brasileira <strong>de</strong> Licenciamento),<br />

80% dos licenciamentos<br />

realizados hoje no<br />

país são provenientes da área<br />

<strong>de</strong>stinada às crianças.<br />

Marici Ferreira, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Abral, explica o porquê: “É<br />

um mercado encantador, as<br />

crianças sempre <strong>de</strong>sejam ter<br />

ao seu lado um brinquedo do<br />

seu personagem predileto”,<br />

afirma.<br />

Um produto com um personagem<br />

conhecido no mundo<br />

das crianças tem o potencial<br />

<strong>de</strong> venda aumentado em até<br />

20%. Mas a presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Licenciamento<br />

alerta que ainda<br />

existe certa <strong>de</strong>sconfiança da<br />

indústria em apostar num licenciamento.<br />

“Boa parte da indústria<br />

tem receio <strong>de</strong> apostar no licenciamento,<br />

mas o que elas<br />

precisam enten<strong>de</strong>r é que um<br />

personagem estampando um<br />

ca<strong>de</strong>rno, por exemplo, é uma<br />

gran<strong>de</strong> ferramenta <strong>de</strong> marketing”,<br />

garante Marici.<br />

Ainda segundo a Abral,<br />

existem 600 licenças disponíveis<br />

hoje no mercado, sendo<br />

75% estrangeiras. O setor <strong>de</strong><br />

brinquedos é dono do segundo<br />

lugar entre os segmentos<br />

que mais utilizam a plataforma,<br />

e o Brasil está entre os<br />

seis países com <strong>maio</strong>r faturamento<br />

em licenciamento.<br />

Os números <strong>de</strong> faturamento<br />

giram acima dos R$ 10 bilhões<br />

há algum tempo, e no<br />

ano passado atingiram R$ 17<br />

bilhões. Para este ano, a previsão<br />

é um aumento <strong>de</strong> 5%.<br />

Atualmente, o “alvo” dos<br />

licenciamentos é o Show da<br />

Luna, uma série <strong>de</strong> TV, criada<br />

e dirigida por Célia Catunda<br />

e Kiko Mistrorigo, que conta<br />

Marici Ferreira: produto com algum licenciamento aumenta a venda em 20%<br />

“boa parte<br />

da indústria<br />

tem receio <strong>de</strong><br />

apostar no<br />

licenciamento,<br />

mas o que<br />

elas precisam<br />

enten<strong>de</strong>r é que<br />

um personagem<br />

estampando<br />

um ca<strong>de</strong>rno é<br />

uma gran<strong>de</strong><br />

ferramenta <strong>de</strong><br />

marketing”<br />

Divulgação<br />

a história <strong>de</strong> uma menina <strong>de</strong><br />

seis anos que gosta <strong>de</strong> ciência.<br />

Outro bom exemplo <strong>de</strong> licenciamento<br />

é o Patati Patatá.<br />

A marca, presente diariamente<br />

no canal Discovery<br />

Kids, possui um gri<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos<br />

licenciados que vão,<br />

claro, <strong>de</strong> brinquedos, a alimentos,<br />

passando por itens<br />

<strong>de</strong> cama, mesa e banho. No<br />

total, existem mais 1.300 itens<br />

licenciados.<br />

Para Igor Faria, diretor-<br />

-geral da Rinaldi Produções –<br />

empresa <strong>de</strong>tentora da marca<br />

Patati Patatá –, a estratégia<br />

é acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do consumidor <strong>de</strong><br />

hoje. “As crianças estão cada<br />

vez mais conectadas e em busca<br />

<strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s. As marcas<br />

precisam investir em novos<br />

conteúdos, múltiplas plataformas,<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> produtos que atendam estas<br />

necessida<strong>de</strong>s e ofereçam<br />

uma experiência completa a<br />

este consumidor”, diz. “Além<br />

disso, buscar a interação real<br />

através <strong>de</strong> shows, eventos em<br />

shoppings e ações sociais”,<br />

complementa.<br />

Roberto Ruiz, sócio-diretor<br />

da MCD – empresa que atua na<br />

área <strong>de</strong> licenciamento e possui<br />

em seu portfólio o boneco<br />

do Fofão e a Palavra Cantada<br />

–, acredita que o licenciamento<br />

é oportunida<strong>de</strong>.<br />

“Estamos há mais <strong>de</strong> 20<br />

anos no mercado e consolidamos<br />

uma posição nas áreas<br />

<strong>de</strong> produção, distribuição<br />

e licenciamento <strong>de</strong> conteúdo<br />

musical e audiovisual. Para<br />

nós, o licenciamento surgiu<br />

como oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir<br />

a presença das nossas<br />

marcas em outros segmentos<br />

do mercado e gerar novas<br />

frentes <strong>de</strong> receita”, diz.<br />

Em relação ao mercado<br />

brasileiro, Ruiz o classifica<br />

como competitivo. “Sabemos<br />

que é um mercado altamente<br />

competitivo, que no Brasil a<br />

pirataria cresce <strong>de</strong> forma alarmante,<br />

entretanto a dificulda<strong>de</strong><br />

para a importação <strong>de</strong> produtos,<br />

graças à alta do dólar,<br />

representa uma oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> crescimento para o mercado<br />

interno”, afirma.<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com o executivo<br />

da MCD, a estratégia<br />

para um <strong>de</strong>sempenho favorável<br />

no segmento <strong>de</strong> licenciamento<br />

é a exposição da marca<br />

atrelada ao <strong>de</strong>sejo e reconhecimento<br />

do público. “A tecnologia<br />

contribuiu para aproximar<br />

marca e consumidor.<br />

Hoje as pessoas estão muito<br />

participativas, e isso torna<br />

mais exigente a forma <strong>de</strong> pensar<br />

em produtos e serviços. É<br />

essencial que haja sinergia entre<br />

os valores da marca com os<br />

produtos”, <strong>de</strong>staca.<br />

16 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


merCado<br />

Superintendência do Ca<strong>de</strong> sugere<br />

arquivamento <strong>de</strong> ação contra Cenp<br />

Após 17 anos, processo será analisado pelo tribunal administrativo<br />

da instituição, que terá como relator o conselheiro Gilvandro Araújo<br />

Paulo Macedo<br />

A superintendência geral<br />

da autorida<strong>de</strong> antitruste<br />

brasileira, o Ca<strong>de</strong> (Conselho<br />

Administrativo <strong>de</strong> Defesa Econômica),<br />

responsável pela instrução<br />

dos processos administrativos<br />

da instituição, emitiu<br />

parecer na última quinta-feira<br />

(19) pelo arquivamento <strong>de</strong> ação<br />

contra o Cenp (Conselho Executivo<br />

das Normas-Padrão)<br />

que já se estendia por 17 anos,<br />

ou seja, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação.<br />

A nota técnica já foi publicada<br />

no Diário Oficial da União.<br />

Para encerrar <strong>de</strong>finitivamente<br />

o caso, haverá julgamento<br />

pelo tribunal administrativo<br />

da instituição, cujo<br />

relator é o conselheiro Gilvandro<br />

Araújo. Foi por meio da extinta<br />

Secretaria <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Econômico do MF que<br />

o processo chegou ao Ca<strong>de</strong>.<br />

Comandada por Eduardo<br />

Fra<strong>de</strong>, a superintendência<br />

geral estava averiguando “suposto<br />

abuso <strong>de</strong> posição dominante<br />

no mercado publicitário<br />

brasileiro” em “<strong>de</strong>sfavor” do<br />

Cenp. A ementa do organismo<br />

afirma que a questão envolvia<br />

“a orientação para que veículos<br />

<strong>de</strong> comunicação não pagassem<br />

ou pagassem apenas<br />

fração do <strong>de</strong>sconto-padrão a<br />

agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> que<br />

não tenham Certificado <strong>de</strong><br />

Qualificação Técnica, fixação<br />

<strong>de</strong> porcentagem uniforme da<br />

comissão <strong>de</strong> veiculação e incentivo<br />

à adoção <strong>de</strong> tabelas<br />

referenciais <strong>de</strong> custeio <strong>de</strong> serviços<br />

internos”.<br />

O parecer ressalta o ambiente<br />

legal que norteia as relações<br />

comerciais entre agências<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, veículos<br />

<strong>de</strong> comunicação e empresas<br />

anunciantes para sugerir o<br />

arquivamento do processo.<br />

A base da superintendência<br />

foi a Lei 4.680/65, a chamada<br />

Lei da Propaganda; o Decreto<br />

57.690/66, que a regulamen-<br />

Crystal Eye Studio/Shutterstock<br />

O Ca<strong>de</strong> analisou, durante 17 anos, questão contra o Cenp, mas não viu ilegalida<strong>de</strong><br />

tou; o Decreto 4.563/2002; e a<br />

Lei 12.<strong>23</strong>2/2010, que reconheceu<br />

o Cenp como balizador<br />

dos processos <strong>de</strong> remuneração<br />

publicitária.<br />

“Diante do cenário regulatório<br />

que rege o mercado <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>,<br />

conclui-se que, em<br />

verda<strong>de</strong>, faz-se necessária uma<br />

gran<strong>de</strong> reanálise e rediscussão<br />

<strong>de</strong> seu escopo normativo, consi<strong>de</strong>rando<br />

a eficiência almejada,<br />

as necessida<strong>de</strong>s específicas<br />

do setor e <strong>de</strong> seus agentes, tendo<br />

por consi<strong>de</strong>ração, sobretudo,<br />

os aspectos concorrenciais,<br />

Divulgação<br />

para que possam se beneficiar<br />

seus agentes e os consumidores<br />

finais. Tal tarefa é <strong>de</strong> advocacia<br />

da concorrência, sendo<br />

uma competência do Ministério<br />

da Fazenda”.<br />

Os juristas Tercio Sampaio<br />

Ferraz Junior, Juliano Souza<br />

<strong>de</strong> Albuquerque Maranhão e<br />

Thiago Francisco da Silva Brito,<br />

do escritório Sampaio Ferraz<br />

Advogados, acompanharam<br />

e representaram o Cenp no<br />

imbroglio. O questionamento<br />

surgiu na extinta Secretaria <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Econômico<br />

do Ministério da Fazenda, que<br />

encaminhou para o Ca<strong>de</strong> dar<br />

um parecer<br />

Quando retornar à Fazenda,<br />

ainda sem prazo estipulado<br />

pelo Ca<strong>de</strong>, como o ministério<br />

não tem autorida<strong>de</strong> legal para<br />

fazer juízo <strong>de</strong> valor, precisará<br />

articular mudanças nas leis vigentes<br />

<strong>de</strong> propaganda no Congresso<br />

Nacional, mas a tendência,<br />

segundo especialistas<br />

consultados pelo PROPMARK,<br />

é que <strong>de</strong>ve seguir a recomendação<br />

feita pelo Ca<strong>de</strong>.<br />

O segmento <strong>de</strong> comunicação<br />

corporativa vem apresentando<br />

expansão nos últimos anos.<br />

E essa tendência tem motivado<br />

aquisições <strong>de</strong> agências nacionais<br />

por grupos globais, <strong>de</strong> acordo<br />

com os indicadores do Anuário<br />

da Comunicação Corporativa,<br />

lançado na semana passada pela<br />

Mega Brasil, do diretor Eduardo<br />

Ribeiro (foto). O faturamento do<br />

setor ficou próximo <strong>de</strong> R$ 2,37<br />

bilhões. Houve crescimento superior<br />

a 2%, mas, <strong>de</strong>scontada a<br />

inflação, o setor encolheu em<br />

2015. A <strong>maio</strong>r agência brasileira<br />

é a FSB, com receita <strong>de</strong> R$ 210<br />

milhões. A surpresa ficou para<br />

o segundo lugar, assumido pela<br />

InPress Porter Novelli, com CDN<br />

<strong>de</strong>scendo uma posição. O mercado<br />

tem cerca <strong>de</strong> mil agências.<br />

18 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Seus Seus produtos nas nas mãos mãos do consumidor,<br />

pelas pelas mãos mãos certas: certas: o Grupo o Grupo Abril. Abril.


Chegou GoBox<br />

O O novo canal <strong>de</strong> <strong>de</strong> vendas para seus produtos<br />

GoBox é o é novo o novo negócio do do Grupo Abril Abril que que <strong>de</strong>senvolve, promove,<br />

ven<strong>de</strong> ven<strong>de</strong> e e entrega múltiplos produtos pelo pelo sistema clube clube <strong>de</strong> <strong>de</strong> assinaturas.<br />

Com Com GoBox sua sua empresa ganha ganha um um canal canal <strong>de</strong> <strong>de</strong> vendas recorrente<br />

e e seguro. E o E o consumidor, a a surpreen<strong>de</strong>nte experiência <strong>de</strong> <strong>de</strong> assinar<br />

e e receber em em casa, casa, todo todo mês, mês, produtos que que po<strong>de</strong>m ser ser do mundo<br />

fashion, beauty, fitness, gastronômico, geek, geek, infantil, pet pet e muito e muito mais. mais.<br />

Por Por que que ser ser parceiro da da GoBox?<br />

A A GoBox é uma é uma empresa que que já nasce já nasce com com a a múltipla expertise<br />

que que só só o o Grupo Abril Abril oferece:<br />

Experiência <strong>de</strong> <strong>de</strong> mais mais <strong>de</strong> <strong>de</strong> 40 40 anos anos na na gestão <strong>de</strong> <strong>de</strong> assinantes,<br />

contando hoje hoje com com uma uma carteira <strong>de</strong> <strong>de</strong> 3,4 3,4 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong> assinaturas<br />

ativas e 40 e 40 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong> nomes do do Abril Abril Big Big Data. Data.<br />

Investimento maciço na na divulgação dos dos seus seus produtos nas nas<br />

revistas, sites sites e re<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s sociais Abril. Abril.<br />

Domínio logístico completo, do do manuseio à à entrega <strong>de</strong> <strong>de</strong> mais mais<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> 770 770 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong> itens itens por por ano, ano, pela pela Total Total Express.<br />

Abra Abra uma uma nova nova página <strong>de</strong> <strong>de</strong> negócios para para a sua a sua empresa: traga traga os os produtos<br />

para para a a GoBox e tenha e tenha uma uma fonte fonte <strong>de</strong> <strong>de</strong> receita garantida com com essa essa nova nova<br />

maneira <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r. Para Para saber saber mais, mais, acesse www.assinegobox.com.br.


AgênCiAS<br />

Spin-off Tudo Concept é criada com<br />

objetivo <strong>de</strong> gerar conhecimento<br />

Nova área <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ve ser lançada no próximo mês com a proposta<br />

<strong>de</strong> disponibilizar estudos para fomentar o mercado <strong>de</strong> comunicação<br />

Cristiane Marsola<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> fomentar<br />

a indústria <strong>de</strong> comunicação<br />

com conhecimento relevante,<br />

a agência Tudo <strong>de</strong>ve lançar, em<br />

junho, um spin-off, a Tudo Concept.<br />

Segundo Maurício Magalhães,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Tudo, a área<br />

será “uma plataforma que gere<br />

conhecimentos para que as marcas<br />

se sintam mais seguras para<br />

tomar <strong>de</strong>cisões estratégicas”. O<br />

anúncio foi feito durante a apresentação<br />

do dossiê Show me the<br />

ROI, no dia 17 <strong>de</strong> <strong>maio</strong>, na se<strong>de</strong> da<br />

agência, em São Paulo.<br />

“Além <strong>de</strong> planejamento estruturado,<br />

a gente vai ter divisões<br />

<strong>de</strong> trabalhos e estudos que vai<br />

disponibilizar para o mercado,<br />

como, por exemplo, <strong>de</strong> comportamento<br />

sociológico do consumo<br />

em regiões e estados brasileiros<br />

ou produtos <strong>de</strong>senvolvidos por<br />

profissionais que possam <strong>de</strong>codificar<br />

o mundo do futebol”, explicou<br />

Magalhães.<br />

De acordo com o executivo, a<br />

intenção é promover encontros a<br />

cada dois meses para apresentar<br />

conteúdos que <strong>de</strong>em mais subsídio<br />

ao mercado como um todo.<br />

O mo<strong>de</strong>lo será mantido como o<br />

que foi feito na semana passada,<br />

ou no Dossiê Olímpico, em 2014,<br />

e no Arroz <strong>de</strong> Festa, um levantamento<br />

<strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> festas populares<br />

do Brasil, em 2012.<br />

“Claro que nós continuaremos<br />

fazendo propaganda, eventos e<br />

ativação, mas teremos uma re<strong>de</strong><br />

mais estruturada <strong>de</strong> sociólogos,<br />

arquitetos e músicos, porque a<br />

gente quer apren<strong>de</strong>r e enten<strong>de</strong>r<br />

todas as mudanças do mundo<br />

da comunicação. As pessoas são<br />

instrumentos <strong>de</strong> construções <strong>de</strong><br />

inteligências”, disse Magalhães.<br />

A discussão sobre o dossiê<br />

Show me the ROI reuniu convidados<br />

e colaboradores da agência<br />

para assistir às apresentações<br />

<strong>de</strong> Cleber Para<strong>de</strong>la, sócio e head<br />

<strong>de</strong> estratégia da Tudo; Diego Senise,<br />

diretor da consultoria Ilumeo;<br />

e Caroline Carvalho Ergas,<br />

Magalhães: “as pessoas são instrumentos <strong>de</strong> construções <strong>de</strong> inteligências”<br />

“A comunicAção<br />

A cAdA diA<br />

que pAssA vAi<br />

se tornAndo<br />

mAis complexA.<br />

o ponto <strong>de</strong><br />

pArtidA dA<br />

indústriA <strong>de</strong><br />

comunicAção<br />

não está nelA,<br />

mAs no mundo<br />

lá forA. A<br />

tecnologiA<br />

impActou e<br />

trAnsformou A<br />

sociedA<strong>de</strong>”<br />

Divulgação<br />

superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> patrocínio<br />

e eventos institucionais do Itaú,<br />

que falaram do retorno sobre investimentos.<br />

“A comunicação, a cada dia<br />

que passa, vai se tornando mais<br />

complexa. O ponto <strong>de</strong> partida da<br />

indústria <strong>de</strong> comunicação não<br />

está nela, mas no mundo lá fora.<br />

A tecnologia impactou e transformou<br />

a socieda<strong>de</strong>. O evento <strong>de</strong><br />

hoje é um pouco da indústria da<br />

comunicação tentando enten<strong>de</strong>r<br />

esse novo mundo lá fora com<br />

muito mais métricas, com muito<br />

mais inteligências, com muito<br />

mais possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> montagem<br />

<strong>de</strong> equação”, concluiu o presi<strong>de</strong>nte<br />

da agência.<br />

O evento começou com a palestra<br />

<strong>de</strong> Para<strong>de</strong>la, com o título<br />

Mais por Menos. Você está fazendo<br />

isso errado. A apresentação<br />

mostrou que a mudança do<br />

mercado vem sendo realizada há<br />

muito tempo, mas as empresas<br />

<strong>de</strong> comunicação pouco fizeram<br />

para acompanhar a mudança.<br />

Segundo o executivo, com a crise<br />

econômica e política, elas foram<br />

obrigadas a agir. “A sobrevivência<br />

está em fazer mais por menos,<br />

mas não é fazer mais trabalho<br />

com mais dinheiro. Fazer mais<br />

com menos é fazer <strong>de</strong> forma mais<br />

estratégica e com menos esforço”,<br />

afirma.<br />

O encontro continuou com a<br />

apresentação <strong>de</strong> Senise, com o<br />

título Precisamos conversar sobre<br />

ROI. O executivo indicou como<br />

melhorar a mensuração dos resultados.<br />

“As três dicas são: primeiro,<br />

‘reduza o tamanho <strong>de</strong> sua<br />

pergunta’. Vamos um passo <strong>de</strong><br />

cada vez. A recomendação número<br />

dois é ‘formalize o processo<br />

<strong>de</strong> mensuração’. Não é ser burocrático,<br />

mas escrever os objetivos<br />

<strong>de</strong> forma mensurável. A dica<br />

número três é ‘não fique <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

das métricas já existentes’.<br />

Não é porque nunca se fez que a<br />

gente vai achar que é impossível<br />

<strong>de</strong> fazer”, explica. Senise ainda<br />

contou que está <strong>de</strong>senvolvendo,<br />

em parceria com a Tudo, um jeito<br />

<strong>de</strong> medir brand experience.<br />

A executiva do Itaú encerrou<br />

as apresentações com o tema O<br />

papel do patrocínio na construção<br />

da marca. Caroline chamou a<br />

atenção para a importância <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r<br />

as necessida<strong>de</strong>s do cliente<br />

e incentivar as pessoas a falarem<br />

da marca espontaneamente. “A<br />

gente tem <strong>de</strong> ser digital, mas não<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser pessoal”, diz.<br />

Segundo Caroline, na construção<br />

da marca, 30% é comunicação e<br />

70% é experiência. “Aqui, experiência<br />

não é exclusivamente <strong>de</strong><br />

ações <strong>de</strong> patrocínio, mas toda a<br />

jornada do cliente, em todos os<br />

pontos <strong>de</strong> contato. No Itaú, o patrocínio<br />

já é o segundo meio pelo<br />

qual as pessoas mais lembram da<br />

marca”, conta.<br />

Os patrocínios do banco são<br />

organizados em quatro pilares:<br />

cultura, educação, esporte e mobilida<strong>de</strong><br />

urbana, sempre com o<br />

conceito #issomudaomundo. “O<br />

principal objetivo que eu tenho<br />

hoje é conseguir ampliar o entendimento<br />

global <strong>de</strong> Itaú e aumentar<br />

o impacto e engajamento<br />

dos patrocínios ativados”, afirma<br />

Caroline.<br />

22 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


aGências<br />

Giacometti Rio recorre à<br />

sociologia e à antropologia<br />

Leveza operacional é priorida<strong>de</strong> para tornar processos <strong>de</strong> planejamento<br />

mais dinâmicos e oferecer alternativas para clientes serem fi<strong>de</strong>lizados<br />

Paulo Macedo<br />

unida<strong>de</strong> fluminense da<br />

A Giacometti quer reativar o<br />

processo <strong>de</strong> retomada <strong>de</strong> crescimento<br />

que norteou a operação<br />

entre 2005 e 2014. A perda<br />

do BNDES no ano passado,<br />

mais o enfraquecimento da<br />

economia do país, colaborou<br />

para uma <strong>de</strong>saceleração. O sócio<br />

e diretor geral Flavio Martino<br />

explica que do ponto <strong>de</strong><br />

financeiro a situação está sob<br />

controle, em sua opinião fundamental<br />

para buscar novos<br />

negócios e recolocar a agência<br />

na trilha do crescimento. Na<br />

carteira <strong>de</strong> negócios estão contas<br />

como Sebrae/RJ, Brasilcap<br />

(OuroCap), Condor Armas-Não<br />

letais e Grupo Editorial Record<br />

que, nas palavras <strong>de</strong> Martino,<br />

“dão um faturamento confortável<br />

para os padrões <strong>de</strong> infraestrutura<br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro”.<br />

Mesmo com liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ações, há <strong>de</strong>pendência econômica<br />

da matriz. “Operacionalmente<br />

temos autonomia, mas<br />

financeiramente não. Temos<br />

como premissa que as filiais, do<br />

Rio, Brasília e Belo Horizonte<br />

trabalhem com total liberda<strong>de</strong>.<br />

Mas, vale lembrar, que realizamos<br />

um controle macro, sem<br />

interferência direta, através<br />

<strong>de</strong> um board <strong>de</strong> comando, do<br />

qual faço parte. Lá planejamos<br />

os <strong>de</strong>stinos da agência: invetimentos,<br />

orçamentos e os mais<br />

diversos tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, inclusive<br />

as ligadas à negociação.<br />

Cabe a matriz, em São Paulo,<br />

controlar o fluxo financeiro e<br />

orçamentário das unida<strong>de</strong>s”,<br />

enfatiza Martino.<br />

A fortaleza que Martino<br />

<strong>de</strong>staca <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a Thinkers<br />

foi incorporada pela Giacometti<br />

há 11 anos é uma espécie<br />

<strong>de</strong> leveza que tornam os processos<br />

gerenciais mais dinâmicos<br />

e horizontais. “Des<strong>de</strong><br />

o ano passado conseguimos<br />

emplacar um novo pensamento,<br />

principalmente no<br />

Martino: “As agências buscam processos mais dinâmicos e hibridos; vivemos um momento <strong>de</strong>licado no mercado em função da crise”<br />

“Não é para<br />

ser boriNg. é<br />

para dar peso<br />

ao processo.<br />

mudamos o foco,<br />

saímos da caixa<br />

e eNcoNtramos<br />

alterNativas<br />

para Nossos<br />

clieNtes.<br />

diria que os<br />

trouxemos para<br />

terreNos mais<br />

taNgíveis”<br />

planejamento, área que atuo<br />

com mais precisão: usar <strong>de</strong><br />

forma mais sistemática a antropologia<br />

do consumo e da<br />

sociologia com mais peso e<br />

profundida<strong>de</strong>. Não é para ser<br />

boring, é para dar peso ao processo.<br />

Dessa forma, mudamos<br />

um pouco o foco do pensamento:<br />

saímos realmente<br />

da caixa e encontramos boas<br />

alternativas para os nossos<br />

clientes. Diria que trouxemos<br />

os clientes para terrenos mais<br />

tangíveis”, argumenta.<br />

A agência <strong>de</strong>u início ao plano<br />

<strong>de</strong> veiculação para os purificadores<br />

<strong>de</strong> água Soft com<br />

campanha e estratégia digital<br />

“O projeto inova, pois estamos<br />

trabalhando, não só a<br />

mídia, mas também uma plataforma<br />

<strong>de</strong> e-commerce mul-<br />

Divulgação<br />

tidirecionada. É um projeto<br />

ambicioso e trabalhoso, mas<br />

que esta me dando um gran<strong>de</strong><br />

prazer <strong>de</strong> conduzi-lo”, celebra<br />

Martino, que acrescenta.<br />

“Tudo envolve inteligência.<br />

Se é impossível lançar uma<br />

campanha sem planejamento,<br />

diria que é impossível prospectar<br />

sem essa mesma visao<br />

sistemica. Não dá para chegar<br />

em um prospect e apenas<br />

apresentar “quem somos”.<br />

Informação e inteligência,<br />

seja <strong>de</strong> mercado ou <strong>de</strong> consumidor,<br />

tem que estar no nosso<br />

speech <strong>de</strong> prospecção. Percebo<br />

que as agências tem buscado<br />

processos mais dinamicos<br />

e mais hibridos. Mas, estamos<br />

vivendo um momento <strong>de</strong>licado<br />

no mercado em função da<br />

crise”, finaliza.<br />

24 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Todo ano olímpico a emociona o mundo com sua campanha #ObrigadoMae.<br />

Este ano, com os jogos em casa, <strong>de</strong>safiamo-nos a fazer a campanha mais engajadora<br />

<strong>de</strong> todas. Lançamos ela antes do Dia das Mães com a funcionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

app que personalizava o filme com a imagem e o nome da mãe, tornando-se<br />

um conteúdo emocionante para cada consumidora. Em apenas cinco dias, foram<br />

mais <strong>de</strong> 118 mil filmes criados e postados no Facebook, alcançando milhares<br />

<strong>de</strong> pessoas organicamente em suas timelines.<br />

É nisso que acreditamos: tecnologia a serviço da emoção. #ObrigadoP&G<br />

+55 11 3371 0377 • sunsetcom.com.br •<br />

/sunsETcOM


agências<br />

Wie<strong>de</strong>n+Keneddy reforça criação<br />

para se a<strong>de</strong>quar ao mo<strong>de</strong>lo global<br />

Depois <strong>de</strong> período sabático nos EUA, o publicitário Eduardo Lima retorna<br />

ao Brasil para comandar negócio com Renato Simões e Andre Gustavo<br />

Paulo Macedo<br />

Um dos principais nomes<br />

da sua geração e vencedor<br />

do Grand Prix da área Film do<br />

Cannes Lions 2015 com o 100,<br />

para a Leica, o publicitário Eduardo<br />

Lima está <strong>de</strong> volta ao mercado<br />

brasileiro para atuar na<br />

área <strong>de</strong> criação do escritório da<br />

Wie<strong>de</strong>n+Keneddy e dividir o<br />

comando da agência com o também<br />

criativo Renato Simões e o<br />

executivo Andre Gustavo. O trabalho<br />

que o consagrou em Cannes<br />

foi o primeiro GP do país no<br />

festival. No ano passado, ainda<br />

com a Leica, Lima conquistou o<br />

Grand Clio <strong>de</strong> Áudio com o case<br />

SoundLab Container, que foi feito<br />

em parceria com a produtora<br />

Satelite.<br />

“O Edu é dono <strong>de</strong> uma das<br />

carreiras mais brilhantes e consistentes<br />

<strong>de</strong> que se tem notícia<br />

neste mercado. Um sujeito que,<br />

assim como a própria W+K, sempre<br />

teve como princípio colocar<br />

o trabalho em primeiro lugar.<br />

Que ele seja muito bem-vindo na<br />

sua volta ao Brasil - e na sua chegada<br />

à Wie<strong>de</strong>n”, disse Simões.<br />

“A vinda do Edu coroa uma trajetória<br />

muito bacana da agência.<br />

Estamos atraindo os melhores<br />

talentos e os melhores clientes,<br />

aqueles que acreditam que um<br />

gran<strong>de</strong> trabalho criativo faz a diferença<br />

para suas marcas e seus<br />

negócios. Agora temos a li<strong>de</strong>rança<br />

da agência completa, e vamos<br />

continuar a focar na qualida<strong>de</strong><br />

do trabalho”, acrescentou Gustavo.<br />

Lima começa na nova agência<br />

no próximo mês <strong>de</strong> agosto.<br />

Conhecido pelo “bom gosto”<br />

no acabamento e conceitos dos<br />

trabalhos que está à frente, Lima<br />

trabalhou em poucas agências.<br />

Antes <strong>de</strong> integrar a criação da F/<br />

Nazca Saatchi & Saatchi, on<strong>de</strong><br />

trabalhou durante 21 anos e se<br />

tornou uma espécie <strong>de</strong> braço<br />

direito do presi<strong>de</strong>nte Fabio Fernan<strong>de</strong>s,<br />

teve uma passagem<br />

pela SGB. Com Lima, a W+K São<br />

Paulo se a<strong>de</strong>qua <strong>de</strong>finitivamente<br />

Depois <strong>de</strong> 21 anos na F/Nazca Saatchi & Saatchi, Eduardo Lima começa em agosto nova fase da sua carreira na Wie<strong>de</strong>n+Kennedy<br />

ao mo<strong>de</strong>lo das <strong>de</strong>mais sete unida<strong>de</strong>s<br />

da re<strong>de</strong>, todas com dois<br />

diretores-gerais <strong>de</strong> criação e um<br />

profissional <strong>de</strong> negócios no comando.<br />

“Depois que o Icaro Doria <strong>de</strong>ixou<br />

a agência, há pouco mais <strong>de</strong><br />

um ano, tínhamos <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> estar<br />

alinhados com uma das premissas<br />

mais importantes da re<strong>de</strong>.<br />

Agora, resolvemos essa questão<br />

e ampliamos a qualida<strong>de</strong> do nosso<br />

time. A criativida<strong>de</strong> é uma obsessão<br />

que faz parte da nossa essência.<br />

E é com esse diferencial<br />

que buscamos novos negócios.<br />

Alê Oliveira<br />

Trabalhamos com marcas como<br />

Skol Ultra, Nike, Old Spice, Dell<br />

Vale e muitas outras do portfólio<br />

da Mon<strong>de</strong>lez. O propósito é<br />

crescer com uma oferta criativa<br />

consistente capaz <strong>de</strong> diferenciar<br />

os clientes que nos confiam a sua<br />

comunicação”, finaliza Simões.<br />

26 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


As tendências, os <strong>de</strong>safios<br />

e as soluções que vão<br />

mudar o seu negócio<br />

Participe com a sua marca do <strong>maio</strong>r encontro<br />

<strong>de</strong> negócios da indústria automobilística.<br />

Oportunida<strong>de</strong> única para gerar novos negócios, networking com os<br />

<strong>maio</strong>res players e profissionais do segmento e <strong>de</strong>staque para sua marca<br />

na plataforma <strong>de</strong> mídia da QUATRO RODAS.<br />

Atrações já confirmadas:<br />

- Antonio Megale, Presi<strong>de</strong>nte da ANFAVEA<br />

- Stefan Ketter, Presi<strong>de</strong>nte da FCA (Fiat Chrysler Automobiles)<br />

Debate: “O Desafio do Mercado <strong>de</strong> Luxo”<br />

Debate: “O Futuro do Pós-venda”<br />

13 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> <strong>2016</strong><br />

Horário: das 8h30 às 17h - São Paulo<br />

PARA PATROCÍNIO, ENTRE EM CONTATO<br />

Willian Hagopian: whagopian@abril.com.br / Tel.: (11) 3037-4765<br />

Fabio Santos: fabiosantos@abril.com.br / Tel.: (11) 3037-4653<br />

www.publiabril.com.br


MÍDIA<br />

GNT investe em licenciamento para<br />

levar marca a outras plataformas<br />

Livros inspirados nos programas do canal <strong>de</strong> TV por assinatura<br />

e marmitas com as cores do veículo são alguns dos lançamentos<br />

Fotos: Divulgação<br />

As receitas que Bela Gil apresenta na TV já ven<strong>de</strong>ram quase 200 mil exemplares<br />

Um dos lançamentos do canal <strong>de</strong> TV paga é o Diário do Olivier - As Receitas da Bocaina<br />

AnA PAulA Jung<br />

canal GNT está fazendo um<br />

O movimento além das telas:<br />

investir em licenciamento. Em<br />

parceria com a Editora Globo, a<br />

emissora acaba <strong>de</strong> lançar o título<br />

Diário do Olivier – As Receitas<br />

da Bocaina e, com a Ediouro, vai<br />

lançar, em breve, Fazendo a Festa.<br />

Outros projetos estão em produção.<br />

Além disso, o GNT fechou<br />

uma parceria com a Bento Store<br />

para lançar marmitas personalizadas,<br />

com as cores e estampas<br />

presentes na comunicação visual<br />

do GNT, com previsão <strong>de</strong> lançamento<br />

ainda para este ano.<br />

De acordo com Mariana Novaes,<br />

gerente <strong>de</strong> marketing do<br />

canal, o objetivo da estratégia<br />

é ampliar a presença do GNT<br />

junto ao público, além da televisão.<br />

“Queremos estar presentes<br />

na vida do nosso público<br />

<strong>de</strong> forma útil, prazerosa e<br />

agregadora e, assim, fortalecer<br />

a marca como referência para o<br />

“O licenciamentO<br />

<strong>de</strong> prOdutOs<br />

fOrtalece a marca<br />

dOs prOgramas,<br />

que passam a ser<br />

cada vez mais<br />

recOnhecidOs<br />

pelO públicO<br />

e presentes na<br />

vida das pessOas,<br />

além da tv”<br />

público feminino. Enten<strong>de</strong>mos<br />

que as plataformas são complementares<br />

e po<strong>de</strong>m gerar uma<br />

experiência única para quem já<br />

consome – ou não – aquele conteúdo<br />

<strong>de</strong> alguma forma”, conta<br />

a gerente <strong>de</strong> marketing.<br />

A parceria do canal com a<br />

Editora Globo, levando a marca<br />

dos programas para livros,<br />

já tem resultados bem-sucedidos.<br />

As duas edições do livro<br />

Bela Cozinha ven<strong>de</strong>ram quase<br />

200 mil unida<strong>de</strong>s, consi<strong>de</strong>rando<br />

o período entre novembro<br />

<strong>de</strong> 2014 e janeiro <strong>de</strong> <strong>2016</strong>. “O<br />

licenciamento <strong>de</strong> produtos fortalece<br />

a marca dos programas,<br />

que passam a ser cada vez mais<br />

reconhecidos pelo público e<br />

presentes na vida das pessoas,<br />

além da TV”, reforça Mariana.<br />

Também estão em produção,<br />

em parceria com a Editora Leya,<br />

um novo livro Socorro, Meu Filho<br />

Come Mal e o primeiro livro do<br />

Santa Ajuda, com a Editora Globo.<br />

“Dessa vez, teremos entrevis-<br />

tas com as famílias que participaram<br />

do programa e do processo<br />

<strong>de</strong> reeducação alimentar da Gabriela<br />

Kapim. Um livro com dicas<br />

para as mães, receitas saborosas,<br />

fáceis e nutritivas, além <strong>de</strong> um<br />

especial para os filhos”, adianta<br />

Mariana. Já a obra baseada no<br />

programa <strong>de</strong> organização vai trazer<br />

dicas infalíveis <strong>de</strong> arrumação<br />

com Micaela Góes, com capítulos<br />

divididos em cômodos.<br />

Sobre a parceria com a Bento<br />

Store para lançar marmitas personalizadas,<br />

a estratégia será<br />

semelhante à do licenciamento<br />

dos livros. “É mais uma oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> estarmos próximo ao<br />

público. E buscamos parceiros<br />

em sintonia com o GNT, ou seja,<br />

com marcas respeitadas, produtos<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e público<br />

semelhante”, conta. “Também<br />

temos ainda conversas com a<br />

Editora Globo para uma nova<br />

<strong>edição</strong> do Tempero <strong>de</strong> Família,<br />

com provável lançamento em<br />

2017”, adianta.<br />

28 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mídiA<br />

Flix tem crescimento <strong>de</strong> 84% em<br />

cinco anos em salas <strong>de</strong> cinema<br />

Grupo, que está em 22 estados, tem exclusivida<strong>de</strong> para comercializar<br />

publicida<strong>de</strong> nas re<strong>de</strong>s Cinemark, Kinoplex, Cinesystem e Centerplex<br />

Divulgação<br />

Um dos cases no portfólio da Flix Media é o da Claro, apresentado no fim <strong>de</strong> 2015: o ví<strong>de</strong>o, que divulgava o 4GMax, “travava” o trailer do filme star Wars - o Despertar da Força<br />

Vinícius noVaes<br />

Flix Media, empresa especializada<br />

na comercia-<br />

A<br />

lização <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> para o<br />

mercado <strong>de</strong> entretenimento,<br />

<strong>de</strong>sembarcou no Brasil há cinco<br />

anos e, a partir daí, vem ganhando<br />

terreno. A companhia<br />

anunciou, na semana passada,<br />

um crescimento <strong>de</strong> 84% <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que chegou ao país.<br />

A empresa atua hoje em 71 cida<strong>de</strong>s,<br />

em 22 estados, somando<br />

mais <strong>de</strong> 150 complexos e quase<br />

mil salas <strong>de</strong> cinema, sendo a<br />

única que tem exclusivida<strong>de</strong><br />

para comercializar publicida<strong>de</strong><br />

nas re<strong>de</strong>s Cinemark, Kinoplex,<br />

Cinesystem e Centerplex, que<br />

só no ano <strong>de</strong> 2015 tiveram público<br />

<strong>de</strong> 65 milhões <strong>de</strong> pessoas.<br />

Além disso, a empresa tem<br />

parceria com os sites Cinepop,<br />

Ingresso.com, Cineclick, Filmow<br />

e Estrelando.<br />

De acordo com Adriana Cacace,<br />

diretora-geral da Flix Me-<br />

“estamos<br />

passando por<br />

um período<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfazer<br />

alguns<br />

paradigmas <strong>de</strong><br />

dificulda<strong>de</strong>.<br />

hoje a mídia<br />

cinema é uma<br />

mídia muito<br />

dinâmica”<br />

dia, a penetração da empresa<br />

em São Paulo é <strong>de</strong> 62%; no Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, <strong>de</strong> 61%; e em Brasília,<br />

<strong>de</strong> 78%. “Estamos em mercados<br />

importantes e relevantes<br />

não apenas no que diz respeito<br />

à mídia, e não apenas na venda<br />

<strong>de</strong> ingressos”, diz a executiva.<br />

Adriana explica como foi<br />

a criação da Flix Media. “Ela<br />

foi criada para se antecipar ao<br />

projeto <strong>de</strong> digitalização do cinema,<br />

porque, até então, a mídia<br />

cinema era vista com certa<br />

dificulda<strong>de</strong> por conta do meio<br />

analógico”, revela.<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com a diretora-geral<br />

da empresa, com a<br />

digitalização do cinema, a Flix<br />

Media passa a falar <strong>de</strong> igual<br />

para igual com outros meios<br />

em termos <strong>de</strong> programação,<br />

por exemplo. “Estamos passando<br />

por um período <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfazer<br />

alguns paradigmas <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>.<br />

Hoje a mídia cinema<br />

é fácil <strong>de</strong> se programar, é muito<br />

dinâmica”, diz.<br />

Adriana acredita que o mercado<br />

ainda está enten<strong>de</strong>ndo<br />

essa “nova” mídia. “A Flix tem<br />

essa responsabilida<strong>de</strong>, por ser<br />

a principal empresa do meio <strong>de</strong><br />

comercialização <strong>de</strong> mídia, <strong>de</strong><br />

mostrar o que está sendo realizado<br />

no meio <strong>de</strong> cinema”, fala.<br />

“As agências estão enten<strong>de</strong>ndo<br />

as oportunida<strong>de</strong>s que hoje<br />

não são mais reais”, completa a<br />

executiva da empresa quen comanda<br />

a operação no país.<br />

CASE<br />

Durante encontro realizado<br />

pela Flix Media, na última semana,<br />

foram apresentados alguns<br />

cases <strong>de</strong> marcas. Um <strong>de</strong>les<br />

foi o da Claro. No lançamento<br />

do trailer do filme Star Wars -<br />

O Despertar da Força, a Lesma<br />

Chip trava o ví<strong>de</strong>o, fazendo<br />

contraponto com a internet da<br />

Claro, que tem o 4GMax reconhecido<br />

como lí<strong>de</strong>r em velocida<strong>de</strong>.<br />

A ação ocorre em quase<br />

30 salas da Re<strong>de</strong> Cinemark.<br />

30 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mídia<br />

Yahoo se reestrutura para crescer<br />

globalmente com mobile e ví<strong>de</strong>o<br />

Nova se<strong>de</strong> brasileira, em São Paulo, tem posição estratégica na<br />

empresa após fechamento das unida<strong>de</strong>s na Argentina e no México<br />

BárBara BarBosa<br />

estratégia do Yahoo é clara:<br />

sem ro<strong>de</strong>ios, a empresa<br />

A<br />

revela que ví<strong>de</strong>o e mobile são<br />

as apostas para crescer globalmente,<br />

inclusive no Brasil. Na<br />

semana passada, os executivos<br />

da operação brasileira apresentaram<br />

a sua nova se<strong>de</strong>, em<br />

São Paulo, que passa a ser um<br />

ponto-chave para o mercado<br />

Latam após o fechamento dos<br />

escritórios na Argentina e no<br />

México, e também para receber<br />

públicos estratégicos em<br />

ações do novo programa Purple<br />

Moments, que atuará como um<br />

hub para disseminar conhecimento<br />

digital.<br />

Segundo André Izay, diretor-<br />

-geral do Yahoo Brasil, a empresa<br />

se posiciona como “partner<br />

friendly”, ou seja, como um<br />

parceiro <strong>de</strong> negócio do anunciante<br />

– daí a criação do Purple<br />

Moments, que será dividido em<br />

quatro tipos <strong>de</strong> eventos (Yahoo<br />

Purple Brakfast, Purple Hour,<br />

Purple Circle e Purple Island)<br />

para abordar diferentes assuntos,<br />

<strong>de</strong> pesquisas e tendências<br />

a cases e inovação.<br />

Izay ressaltou também a mudança<br />

nos negócios da empresa,<br />

que ao longo dos últimos<br />

anos <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ter a divisão<br />

<strong>de</strong> conteúdo e editorial como<br />

priorida<strong>de</strong> para investir mais<br />

em advertising. “Nosso core<br />

business é advertising, focado<br />

em mobile e ví<strong>de</strong>o. Mobile<br />

hoje não é só um meio, mas<br />

um estado do usuário naquele<br />

momento”, disse, mencionando<br />

o fato <strong>de</strong> que as pessoas po<strong>de</strong>m<br />

ser atingidas pelo anúncio<br />

móvel quando se exercitando<br />

e usando um aplicativo <strong>de</strong> corrida<br />

ou quando estão numa<br />

fila, por exemplo. “O <strong>de</strong>safio é<br />

enten<strong>de</strong>r o melhor momento.<br />

A fórmula <strong>de</strong> negócio do mobile<br />

ainda não foi <strong>de</strong>scoberta”,<br />

acrescentou.<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> ficar entre<br />

os três principais players do<br />

André Izay: empresa se posiciona como “partner friendly”, ou seja, como parceiro <strong>de</strong> negócio do anunciante<br />

“O <strong>de</strong>safiO<br />

é enten<strong>de</strong>r<br />

O melhOr<br />

mOmentO.<br />

a fórmula<br />

<strong>de</strong> negóciO<br />

dO mObile<br />

ainda nãO fOi<br />

<strong>de</strong>scOberta”<br />

universo digital no país – um<br />

mercado dominado por Google<br />

e Facebook – o Yahoo Brasil recebe<br />

hoje 1 bilhão <strong>de</strong> visitas por<br />

mês, sendo que 600 milhões<br />

<strong>de</strong>sses acessos são feitos via<br />

mobile. Essa forte presença no<br />

meio, na opinião <strong>de</strong> Izay, está<br />

relacionada, em boa parte, à li<strong>de</strong>rança<br />

<strong>de</strong> Marissa Mayer, presi<strong>de</strong>nte-executiva<br />

da empresa<br />

contratada há quatro anos e, <strong>de</strong><br />

lá para cá, alvo <strong>de</strong> muitas críticas.<br />

“Ela é a melhor CEO que<br />

nós já tivemos”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Izay,<br />

que acredita que as críticas <strong>de</strong>correm<br />

do fato <strong>de</strong> ela ter sido<br />

“en<strong>de</strong>usada” no início <strong>de</strong> sua<br />

gestão.<br />

Produtos<br />

Atualmente, o Yahoo aposta<br />

em três produtos: BrightRoll,<br />

Tumblr e Flurry, este último o<br />

principal diferencial da empresa<br />

para anunciantes. Adquirido<br />

pelo Yahoo em 2014, o Flurry<br />

é uma ferramenta <strong>de</strong> Mobile<br />

Divulgação<br />

Analytics no formato <strong>de</strong> plug-<br />

-in, instalado em mais 800 mil<br />

aplicativos que rodam em 2 bilhões<br />

<strong>de</strong> aparelhos móveis pelo<br />

mundo e tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mapear mais <strong>de</strong> 10 bilhões <strong>de</strong><br />

sessões <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> aplicativos<br />

por mês. Em outras palavras, a<br />

ferramenta permite traçar perfis<br />

<strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> internet móvel<br />

a partir do conhecimento<br />

do que eles consomem via aplicativos.<br />

“É uma ferramenta <strong>de</strong><br />

advertising que permite <strong>de</strong>finir<br />

target e também gera insights”,<br />

comenta Izay.<br />

Hoje, a ferramenta do Yahoo<br />

é utilizada por empresas lí<strong>de</strong>res<br />

<strong>de</strong> mercado na implementação<br />

<strong>de</strong> campanhas publicitárias<br />

mais assertivas em mobile, em<br />

formatos como banners, publicida<strong>de</strong><br />

nativa e ví<strong>de</strong>o. O Flurry<br />

também auxilia mais <strong>de</strong> 170 mil<br />

<strong>de</strong>senvolvedores a enten<strong>de</strong>rem<br />

o perfil do público do seus aplicativos<br />

e assim monetizarem<br />

seus apps.<br />

32 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mídia<br />

Negócios <strong>de</strong> digital out of home<br />

entram no ambiente resi<strong>de</strong>ncial<br />

Elemidia leva suas telas para elevadores <strong>de</strong> edifícios <strong>de</strong> apartamentos<br />

e impulsiona crescimento no primeiro trimestre <strong>de</strong>ste ano<br />

BárBara BarBosa<br />

Elemidia, lí<strong>de</strong>r no segmento<br />

digital out of home<br />

A<br />

no Brasil e na América Latina,<br />

anunciou, no ano passado, a<br />

entrada no ambiente resi<strong>de</strong>ncial.<br />

Inicialmente, o objetivo<br />

era instalar as telas em 500<br />

elevadores resi<strong>de</strong>nciais até o<br />

fim <strong>de</strong> <strong>2016</strong> e, com isso, crescer<br />

25% no ano. Ainda no primeiro<br />

trimestre <strong>de</strong>ste ano, contudo,<br />

a empresa apresenta os resultados<br />

obtidos com a novida<strong>de</strong><br />

e fila <strong>de</strong> espera para o serviço<br />

em todo o estado <strong>de</strong> São Paulo,<br />

além <strong>de</strong> um crescimento <strong>maio</strong>r<br />

no período, se comparado ao<br />

ano passado – o que <strong>de</strong>ve contribuir<br />

para superar a expectativa<br />

para o ano.<br />

“O ano <strong>de</strong> 2015 foi muito<br />

positivo para a Elemidia. Investimos,<br />

crescemos e nos<br />

consolidamos. Hoje, estamos<br />

presentes em 80% dos edifícios<br />

comerciais <strong>de</strong> São Paulo e esperamos<br />

o mesmo sucesso no ambiente<br />

resi<strong>de</strong>ncial”, diz Claudio<br />

Ferreira, diretor nacional <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> na Elemidia.<br />

No novo canal, a empresa<br />

oferece comunicação interna<br />

para os síndicos e administradoras,<br />

além <strong>de</strong> conteúdo informativo<br />

local para os condôminos,<br />

atingindo o tomador <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão em mais um momento<br />

da sua jornada – além <strong>de</strong> ampliar<br />

seu alcance para um novo<br />

público, o tomador <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

da família.<br />

A Elemidia está presente em<br />

mais <strong>de</strong> 80% dos edifícios comerciais<br />

<strong>de</strong> São Paulo e marca<br />

presença também em outros<br />

estados, como Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Belo Horizonte, Curitiba e Porto<br />

Alegre, totalizando mais <strong>de</strong><br />

12 mil pontos espalhados pelo<br />

Brasil, além <strong>de</strong> Buenos Aires,<br />

na Argentina.<br />

Pesquisa<br />

Uma nova pesquisa do Datafolha<br />

revela que a Elemidia<br />

Claudio Ferreira: expectativa é superar os bons resultados <strong>de</strong> 2015<br />

possui 96% <strong>de</strong> atenção do público<br />

– em 2014, esse número,<br />

também segundo o Datafolha,<br />

era <strong>de</strong> 94%. A pesquisa revela<br />

ainda que 97% dos entrevistados<br />

consi<strong>de</strong>ram o conteúdo da<br />

Elemidia útil, 91% afirmam que<br />

é um meio <strong>de</strong> comunicação<br />

Fotos: Divulgação<br />

Exemplo <strong>de</strong> tela da Elemidia em edifício resi<strong>de</strong>ncial; empresa está presente em 80% dos prédios comerciais e quer igualar número<br />

inovador e 89% dizem que as<br />

telas trazem informações confiáveis.<br />

Além disso, cerca <strong>de</strong><br />

quatro em cada <strong>de</strong>z entrevistados<br />

lembram <strong>de</strong> propagandas<br />

exibidas nos monitores da Elemidia.<br />

Ainda segundo o Datafolha,<br />

meta<strong>de</strong> dos entrevistados afirma<br />

que assistir às propagandas<br />

nas telas da Elemidia os influencia<br />

na compra <strong>de</strong> produtos<br />

e 47% dizem já ter pesquisado<br />

mais sobre alguma notícia<br />

à qual tiveram acesso por meio<br />

da empresa <strong>de</strong> mídia.<br />

34 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

slogans se instalam<br />

no coração e no<br />

mundo pop<br />

Nesta <strong>edição</strong> <strong>de</strong> aniversário, uma<br />

homenagem a 51 boas i<strong>de</strong>ias que estão na<br />

mente e no coração dos consumidores<br />

MARCELLO QUEIROZ<br />

I<strong>de</strong>ias, i<strong>de</strong>ias e mais i<strong>de</strong>ias.<br />

Há exatos 51 anos, consi<strong>de</strong>rando o início <strong>de</strong> sua<br />

história a partir da primeira publicação da coluna<br />

Asteriscos, em 21 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> 1965, o PROPMARK<br />

acompanha a força e a criativida<strong>de</strong> das i<strong>de</strong>ias em<br />

torno do marketing.<br />

No começo, meio e fim <strong>de</strong> todos os processos envolvendo<br />

publicida<strong>de</strong>, mídia ou qualquer estratégia<br />

<strong>de</strong> comunicação sobre consumo, elas são simplesmente<br />

um elo vital na lei <strong>de</strong> oferta e procura.<br />

As boas i<strong>de</strong>ias, especificamente, tanto as que surgem<br />

por acaso como as que vêm após árduos partos,<br />

<strong>de</strong>sgastantes reuniões ou divertidos exercícios <strong>de</strong><br />

brainstorming, são imprescindíveis para a eficácia<br />

das mensagens que chegam ao target.<br />

Elas são válvulas essenciais para ativar as múltiplas<br />

engrenagens que resultam em algum tipo <strong>de</strong> sucesso<br />

mercadológico, seja em lançamento, vendas,<br />

recall, visibilida<strong>de</strong> ou fortalecimento <strong>de</strong> marcas.<br />

Nesse infinito e insondável mundo das i<strong>de</strong>ias,<br />

os slogans e conceitos publicitários são palavras<br />

que mantêm o incrível po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> sintetizar a força<br />

do movimento <strong>de</strong> produtos ou serviços. Da natureza<br />

da matéria-prima aos complexos esquemas <strong>de</strong><br />

produção e logística, passando pelos números <strong>de</strong><br />

GRP, views, cliques, CPM, métodos “quanti-quali”<br />

ou uma pura investigação <strong>de</strong> tendências, eles, os<br />

slogans, parecem captar <strong>de</strong> uma só vez todos os códigos,<br />

muitos <strong>de</strong>les absconsos, guardados atrás <strong>de</strong><br />

roupas, gela<strong>de</strong>iras, automóveis, calçados, alimentos,<br />

remédios, bebidas, smartphones, bancos ou<br />

cartões <strong>de</strong> crédito.<br />

Ainda nesse fluxo <strong>de</strong> força, como se fossem dotados<br />

<strong>de</strong> superpo<strong>de</strong>res, eles conseguem se instalar<br />

no cérebro do consumidor e conquistam um cantinho<br />

próprio, bem especial, na memória <strong>de</strong> quem<br />

influencia ou <strong>de</strong> fato toma as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> compra.<br />

Além disso, se viralizam, viram bordões, gírias, ganham<br />

adaptações e inva<strong>de</strong>m a cultura popular tanto<br />

em um papo <strong>de</strong> família quanto em uma discussão <strong>de</strong><br />

negócios ou em uma conversa <strong>de</strong> botequim.<br />

Nesta <strong>edição</strong> especial, para comemorar seus 51<br />

anos, o PROPMARK faz uma homenagem a esses incríveis<br />

recursos da publicida<strong>de</strong>, que são os slogans e<br />

conceitos <strong>de</strong> marcas.<br />

Pela obvieda<strong>de</strong> que o número do aniversário<br />

proporciona, com remissão automática a Uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia, o ótimo slogan da Cachaça 51, a homenagem<br />

se curva a 51 boas i<strong>de</strong>ias que já vimos ou ouvimos na<br />

mídia nessas últimas décadas.<br />

A partir <strong>de</strong> pesquisas e consultas a muitos profissionais<br />

dos diversos segmentos que fazem marketing,<br />

a Redação selecionou 51 slogans ou conceitos<br />

que po<strong>de</strong>m representar “uma boa i<strong>de</strong>ia”. Para cada<br />

um <strong>de</strong>les há um convidado especial para uma interpretação<br />

visual.<br />

Importante ressaltar que a escolha não<br />

tem a mínima pretensão <strong>de</strong> apontar as<br />

51 melhores i<strong>de</strong>ias ou melhores slogans<br />

já apresentados pela publicida<strong>de</strong><br />

criada no Brasil e no mundo. É<br />

claro que ela foi feita a partir <strong>de</strong> critérios<br />

associados a impactos mercadológicos.<br />

Também foi avaliada a diversida<strong>de</strong><br />

dos segmentos e categorias <strong>de</strong> produtos. Mas,<br />

acima <strong>de</strong> tudo, a homenagem ressalta a fantástica<br />

dimensão dos slogans na mente, no coração ou no<br />

comportamento dos consumidores.<br />

Boas i<strong>de</strong>ias a todos!<br />

36 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


COMO SE FOSSEM DOTADOS<br />

DE SUPERPODERES, ELES<br />

CONQUISTAM UM CANTINHO<br />

PRÓPRIO, BEM ESPECIAL, NO<br />

CÉREBRO DO CONSUMIDOR,<br />

NA MEMÓRIA DE QUEM<br />

INFLUENCIA OU DE FATO TOMA<br />

AS DECISÕES DE COMPRA<br />

Malchev/Shutterstock<br />

Índice<br />

1. Uma boa i<strong>de</strong>ia por Juan maresca ...........................................................pág. 38<br />

2. 4X4 é Mitsubishi por Fernando Julianelli .............................................. pág. 39<br />

3. A primeira faz tchan... por Rodrigo Jatene ............................................ pág. 40<br />

4. A verda<strong>de</strong>ira <strong>maio</strong>nese por claudio Lima ............................................. pág. 42<br />

5. A vida gira em torno do sol por arício Fortes ........................................ pág. 43<br />

6. As Amarelinhas por maurício nahas ..................................................... pág. 44<br />

7. Abuse e use por Woody Gebara ............................................................... pág. 46<br />

8. Alma sana in corpore sano por alexandre Gama ................................. pág. 47<br />

9. And you are done por marcelo Tripoli ................................................... pág. 48<br />

10. Anúncio protetor por Joanna monteiro ............................................... pág. 50<br />

11. Apaixonados por carro por João Livi .................................................... pág. 51<br />

12. Bonita a camisa, Fernandinho por Ruy Lin<strong>de</strong>nbergh......................... pág. 52<br />

13. Dê férias para os seus pés por Álvaro Rodrigues ................................. pág. 54<br />

14. Dedicação total a você por marcos Quintela ...................................... pág. 55<br />

15. Desce redondo por Fabio Fernan<strong>de</strong>s ................................................... pág. 56<br />

16. É assim que se escreve por david Laloum ............................................ pág. 58<br />

17. Eu sou você amanhã por Paschoal Fabra neto .................................. pág. 59<br />

18. Experimenta, experimenta! por Átila Francucci ................................ pág. 60<br />

19. Feito para você por eduardo Tracanella .............................................. pág. 62<br />

20. Fresquinho porque ven<strong>de</strong> mais... por Rodolfo Patrocinio ................. pág. 63<br />

21. Gostoso como a vida <strong>de</strong>ve ser por eduardo simon ............................. pág. 64<br />

22. Just do it por andré Gustavo................................................................. pág. 66<br />

<strong>23</strong>. As legítimas por clovis mello ............................................................... pág. 67<br />

24. Não basta ser pai... por andré Felix .................................................... pág. 68<br />

25. Não esqueça a minha Caloi por Roberto Lautert ............................... pág. 70<br />

26. Não tem comparação por Thomas Roth ............................................. pág. 71<br />

27. Não tem preço por beatriz Galloni ....................................................... pág. 72<br />

28. Nove entre 10 estrelas... por Ricardo John .......................................... pág. 74<br />

29. O caldo nobre da Galinha Azul por Hugo Rodrigues ........................... pág. 75<br />

30. O mundo é dos Nets por eduardo martins ........................................... pág. 76<br />

31. O mundo gira, a Lusitana roda... por Fernando Guntovitch ............... pág. 78<br />

32. O primeiro sutiã a gente nunca esquece por Washington olivetto .. pág. 79<br />

33. Pense diferente por márcio oliveira ..................................................... pág. 80<br />

34. Põe na Consul por carlos Righi ............................................................ pág. 82<br />

35. Por um mundo mais doce por marcelo Reis ...................................... pág. 83<br />

36. Porque somos mamíferos por erh Ray ................................................ pág. 84<br />

37. Quem bate? É o frio...por Fabio seidl ................................................... pág. 86<br />

38. Retratos da real beleza por anselmo Ramos ..................................... pág. 87<br />

39. Se alguém te oferecer flores... por christina carvalho Pinto ............. pág. 88<br />

40. Se é Bayer, é bom por chico baldini ..................................................... pág. 90<br />

41. Se o bar é bom o chopp é Brahma por sergio Gordilho....................... pág. 91<br />

42. Sinal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> por chris Gebara ................................................... pág. 92<br />

43. Tem 1001 utilida<strong>de</strong>s por Rafael Urenha .............................................. pág. 94<br />

44. Tomou Doril, a dor sumiu por Tiago bizaetto ...................................... pág. 95<br />

45. Um banho <strong>de</strong> alegria... por Fernando campos ................................... pág. 96<br />

46. Um raro prazer por andré Pedroso ...................................................... pág. 98<br />

47. Vale por um bifinho por Rui branquinho ............................................ pág. 99<br />

48. Varig, Varig, Varig por Guga Ketzer ................................................... pág. 100<br />

49. Você conhece, você confia por benjamin Yung ................................. pág. 102<br />

50. Você faz maravilhas com Leite Moça por marisa Furtado ............... pág. 103<br />

51. Quem pe<strong>de</strong> um, pe<strong>de</strong> bis por mario narita ....................................... pág. 104<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 37


1 Uma boa i<strong>de</strong>ia por Juan Maresca*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

O número da criativida<strong>de</strong><br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

Não adianta: toda vez que o número<br />

51 surge, alguém fala – ou pensa, que<br />

seja – na boa i<strong>de</strong>ia. Pois é, a frase acompanha<br />

o número <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1978 graças a uma das<br />

campanhas mais conhecidas da história da<br />

publicida<strong>de</strong>. Pensado pela Lage Stabel &<br />

Guerreiro para a cachaça Pirassununga 51,<br />

o conceito tinha como um dos seus gran<strong>de</strong>s<br />

diferenciais o fato <strong>de</strong> não estar focado diretamente<br />

nos atributos clássicos do produto,<br />

mas sim no hábito <strong>de</strong> seu consumo.<br />

Uma das teorias sobre o nome da cachaça<br />

remete ao ano <strong>de</strong> seu lançamento, 1951, em<br />

Santa Cruz das Palmeiras, interior paulista.<br />

Ela foi vendida para a Companhia Müller<br />

<strong>de</strong> Bebidas, <strong>de</strong> Pirassununga (SP), em 1959.<br />

De volta à força do conceito e slogan, vale<br />

ressaltar que a comunicação atribuía aos<br />

consumidores uma qualificação especial,<br />

inserindo-os num hall <strong>de</strong> privilegiados<br />

que, ao pedir a cachaça, têm sempre uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia.<br />

Foi graças ao slogan que a marca 51 ganhou<br />

fama até entre aqueles que preferem<br />

tomar leite.<br />

*Juan Maresca é presi<strong>de</strong>nte da agência<br />

Maria São Paulo, que aten<strong>de</strong> a Companhia<br />

Müller <strong>de</strong> Bebidas, dona da Cachaça 51<br />

38 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

2 4x4 é Mitsubishi por Fernando Julianelli*<br />

Divulgação<br />

Tração e atração<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

posicionamento mais 4x4 do Brasil é,<br />

O sem dúvida, o da montadora japonesa<br />

Mitsubishi. A marca associa o conceito em<br />

suas peças <strong>de</strong> comunicação no país <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os anos 1990, quando lançou o famoso slogan<br />

4x4 é Mitsubishi.<br />

A partir daí, pequenas mudanças foram<br />

feitas, sempre preservando a associação<br />

com o sistema <strong>de</strong> tração nas quatro rodas,<br />

que permite melhor distribuição da força<br />

do motor, característica <strong>de</strong> seus principais<br />

carros, como os da linha Pajero e L-200.<br />

A conexão promovida pela comunicação<br />

da marca não é protegida à toa. Após décadas<br />

<strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> entre mo<strong>de</strong>los pouco<br />

exitosos e até mesmo a Segunda Guerra,<br />

que <strong>de</strong>struiu a indústria japonesa, somente<br />

nos anos 1980 a empresa começou a se consolidar<br />

mundialmente com o lançamento<br />

do Pajero, uma mistura <strong>de</strong> van com jipe que<br />

popularizou o conceito <strong>de</strong> automóvel tipo<br />

off-road para os cenários urbanos.<br />

*Fernando Julianelli é diretor-comercial e <strong>de</strong><br />

marketing da HPE Automotores, representante<br />

da Mitsubishi Motors no Brasil. Ele assina a<br />

arte acima com participação do Chief Creative<br />

Officer da Africa, Sergio Gordilho, e com<br />

o diretor <strong>de</strong> criação Bruno Valença<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 39


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

3 A primeira faz tchan, a segunda... por Rodrigo Jatene*<br />

Divulgação<br />

Barba feita com expressão pop<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Gillette é um dos <strong>maio</strong>res exemplos <strong>de</strong><br />

marca pioneira que se torna sinônimo<br />

da categoria <strong>de</strong> produto. Inclusive, a palavra<br />

“gilete” consta como verbete no dicionário.<br />

Lançada em 1908, a marca é o sobrenome<br />

do inventor e fabricante dos primeiros<br />

aparelhos <strong>de</strong> fazer a barba, o americano<br />

King Camp Gillette (1855-1932). Hoje, a marca<br />

está avaliada em US$ 54 bilhões.<br />

Um dos slogans <strong>de</strong> <strong>maio</strong>r sucesso na década<br />

<strong>de</strong> 1980, A primeira faz tchan, a segunda<br />

faz tchun, e, tchan, tchan, tchan virou<br />

uma espécie <strong>de</strong> meme daqueles tempos<br />

em que nem existia e imensurável força da<br />

internet para interações permanentes entre<br />

consumidores. Mas, a frase tem recall<br />

até hoje. Ela foi criada pela agência carioca<br />

Esquire, em 1976. O <strong>de</strong>safio era apresentar<br />

uma nova categoria no mercado <strong>de</strong> lâminas<br />

e aparelhos <strong>de</strong> barbear com o primeiro aparelho<br />

<strong>de</strong>scartável brasileiro, o Prestobarba.<br />

Em dois anos, as vendas do novo produto<br />

triplicaram e atingiram um volume que ultrapassou<br />

as expectativas do investimento<br />

em mídia.<br />

* Rodrigo Jatene é Chief Creative Officer<br />

da Grey. Ele assina a arte acima com a<br />

participação dos diretores <strong>de</strong> arte Felipe<br />

Petroni e Leone Damiao, e do ilustrador<br />

Gabriel Carcavalli<br />

40 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

4 A verda<strong>de</strong>ira <strong>maio</strong>nese por Claudio Lima*<br />

Divulgação<br />

O slogan sintetiza o fato<br />

KELLY DORES<br />

Hellmann’s é a verda<strong>de</strong>ira <strong>maio</strong>nese para<br />

a <strong>maio</strong>ria dos brasileiros há muito tempo<br />

e também se tornou um daqueles típicos<br />

casos em que a marca virou sinônimo <strong>de</strong><br />

produto. Top of mind na categoria com li<strong>de</strong>rança<br />

absoluta, foi graças à força da marca<br />

que a linha cresceu e hoje inclui também<br />

ketchup, mostarda e molhos para salada.<br />

O famoso slogan Hellmann’s, a verda<strong>de</strong>ira<br />

<strong>maio</strong>nese foi criado pela antiga agência<br />

MPM (que foi absorvida pela Lintas, hoje<br />

Mullen Lowe) e utilizado apenas no Brasil.<br />

Nos Estados Unidos, a assinatura é Bring<br />

out the best.<br />

Lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado, a marca chegou ao país<br />

em 1962. Hoje faz parte do portfólio da<br />

Unilever, que, junto com a Ogilvy, buscou<br />

por meio da comunicação ampliar o uso<br />

da <strong>maio</strong>nese para além do lanche da tar<strong>de</strong>,<br />

com dicas como <strong>maio</strong>nese com bife acebolado.<br />

O nome Hellmann’s faz referência ao<br />

seu fundador, o alemão Richard Hellmann,<br />

que em 1905 começou a ven<strong>de</strong>r a <strong>maio</strong>nese<br />

criada por sua mulher em sua <strong>de</strong>licatessen,<br />

em Nova York. Foi <strong>de</strong>le também a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

diferenciar a <strong>maio</strong>nese com laços azuis nos<br />

potes, para <strong>de</strong>stacar a qualida<strong>de</strong> e o sabor.<br />

* Claudio Lima é VP nacional <strong>de</strong> criação da Ogilvy.<br />

Ele assina a arte em homenagem à Hellmann’s<br />

com participação do diretor <strong>de</strong> criação Michel<br />

Neuhaus e do redator Rodrigo Bergel<br />

42 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

5 A vida gira em torno do sol por Aricio Fortes*<br />

Divulgação<br />

O astro que nos protege<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

Quem quer aproveitar o verão sempre<br />

espera que o sol apareça. Seja na<br />

praia, no campo ou na cida<strong>de</strong>, na estação<br />

mais quente do ano, o astro-rei é o centro<br />

das atenções. Sabendo disso, a DM9DDB<br />

criou, no fim <strong>de</strong> 2006, o slogan A vida gira<br />

em torno do sol para a marca <strong>de</strong> protetores<br />

solares Sundown. Quem assinou a<br />

criação foi Aricio Fortes e Denis Kakazu.<br />

O novo posicionamento mostrava as vantagens<br />

<strong>de</strong> curtir a vida ao ar livre, sempre<br />

com o sol brilhando, e apresentava<br />

o produto como um parceiro para po<strong>de</strong>r<br />

aproveitar o que o verão tem <strong>de</strong> melhor<br />

sem precisar se preocupar com os malefícios<br />

trazidos pela exposição à luz solar. A<br />

marca Sundown, da Johnson&Johnson,<br />

foi lançada no Brasil em 1984 e inaugurou<br />

a categoria <strong>de</strong> protetores solares. Até<br />

então o país conhecia apenas os bronzeadores.<br />

*Aricio Fortes é vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da<br />

DM9DDB. Ele assina a arte com a participação<br />

do diretor <strong>de</strong> arte Thiago R. Martins<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 43


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

6 As amarelinhas por Maurício Nahas*<br />

Divulgação<br />

Energia com pique <strong>de</strong> gol<br />

PAULO MACEDO<br />

Companheiras <strong>de</strong> todo e qualquer consumidor,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> sexo,<br />

ida<strong>de</strong> ou religião, as pilhas estão no dia a<br />

dia <strong>de</strong> <strong>de</strong>z entre <strong>de</strong>z brasileiros. Em um<br />

mercado que tem vários players importantes,<br />

entre eles Duracell, Energizer, Eveready<br />

e Panasonic, esta <strong>edição</strong> especial do<br />

PROPMARK faz uma homenagem ao slogan<br />

As amarelinhas, criado pela extinta Norton<br />

Publicida<strong>de</strong> e usado pela Rayovac. “É uma<br />

i<strong>de</strong>ntificação precisa do produto”, <strong>de</strong>staca<br />

o professor Fabio Mestriner, da ESPM, em<br />

uma análise sobre a importância das cores<br />

no branding das marcas. E a fabricante <strong>de</strong><br />

produtos <strong>de</strong> energia móvel usou bem esse<br />

recurso mercadológico. A ação contou com<br />

o jogador Pelé, que, nas peças <strong>de</strong> mídia impressa,<br />

fazia um endosso aos consumidores<br />

com um Faça como eu, use somente pilhas<br />

Rayovac. O projeto fazia associação com a<br />

cor da camisa oficial da seleção brasileira.<br />

Fundada em 1906, a empresa sempre se<br />

utilizou do marketing como elemento <strong>de</strong><br />

integração com os consumidores.<br />

* Maurício Nahas estudou até o terceiro ano <strong>de</strong><br />

medicia e <strong>de</strong>cidiu ser fotógrafo a partir <strong>de</strong> 1985.<br />

Já trabalhou com as mais importantes agências<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> do Brasil, tem quatro Leões em<br />

Cannes e assina várias exposições e projetos<br />

artísticos com fotografia<br />

44 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


LDC.<br />

MAS PODE CHAMAR DE:<br />

A AGÊNCIA QUE AGORA TEM<br />

OLYMPIKUS, AZALEIA, DIJEAN,<br />

UBER, UFC E O MÁRCIO.<br />

E TAMBÉM<br />

A AGÊNCIA DA:<br />

AMBEV<br />

BARUEL<br />

CATHO<br />

FOX CHANNELS<br />

FOX FILM<br />

LEROY MERLIN<br />

GRUPO L’OCCITANE<br />

NEXTEL<br />

PEPSICO<br />

RECORD<br />

RED BULL<br />

SANTANDER<br />

UNIDAS<br />

LDC<br />

AV. BRIG. LUÍS ANTÔNIO, 4980<br />

JD. PAULISTA SÃO PAULO/SP 01402 002<br />

CONTATO<br />

@LDC.AGENCY<br />

WWW.<br />

LDC.AGENCY


7 Abuse e use por Woody Gebara*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

Black is beautiful<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

Durante duas décadas, o slogan Abuse e<br />

Use C&A foi a assinatura oficial da filial<br />

brasileira da gigante mundial <strong>de</strong> roupas<br />

que surgiu na Holanda, em 1841, com os<br />

irmãos Clemens e August. Criado em 1989,<br />

o posicionamento foi um marco na história<br />

da comunicação da C&A. A estreia ocorreu<br />

juntamente com a primeira campanha do<br />

dançarino Sebastian para a re<strong>de</strong>, que reforçava<br />

o DNA ousado, <strong>de</strong>mocrático e versátil<br />

da moda. Esse acontecimento, inclusive,<br />

envolveu outro marco, <strong>de</strong>sta vez para a publicida<strong>de</strong><br />

brasileira: Sebatian foi o primeiro<br />

garoto-propaganda negro do país. A i<strong>de</strong>ia<br />

foi “sacudir” os comerciais <strong>de</strong> TV, com algo<br />

que fosse irreverente, inovador e diferente.<br />

O primeiro filme da série Abuse e Use, assinada<br />

por Woody Gebara, foi inspirado em<br />

uma cena clássica <strong>de</strong> The Blues Brothers (Os<br />

Irmãos Cara <strong>de</strong> Pau), em que o cantor Cob<br />

Coloway animava uma gran<strong>de</strong> plateia com<br />

a música Minnie The Mutcher. A parceria<br />

entre Sebastian e C&A ren<strong>de</strong>u inúmeras<br />

campanhas até 2010, quando o contrato<br />

com o dançarino foi encerrado e o slogan,<br />

<strong>de</strong>scontinuado.<br />

*Woody Gebara, publicitário, que criou muitas<br />

campanhas para C&A, é hoje presi<strong>de</strong>nte da<br />

agência Woody Comunicação. Ele assina a<br />

arte com o diretor <strong>de</strong> arte Daniel Curalov e<br />

participação <strong>de</strong> Cristiane Pina e Gustavo Nardi<br />

46 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

8 alma sana in corpore sano por Alexandre Gama*<br />

Divulgação<br />

Acróstico do mundo esportivo<br />

Cristiane Marsola<br />

Geralmente, o consumidor comum <strong>de</strong><br />

Asics, que corre nas ruas nos fins <strong>de</strong><br />

semana ou religiosa e diariamente na esteira,<br />

<strong>de</strong>sconhece a origem do nome da<br />

marca. Pois bem, ela é simplesmente um<br />

acróstico com a frase latina Anima sana in<br />

corpore sano, dita pelo poeta romano Juvenal,<br />

que significa mente sã, corpo são. É<br />

um conceito que virou nome <strong>de</strong> produto. A<br />

frase expressa a filosofia da marca: as pessoas<br />

<strong>de</strong>vem viver com saú<strong>de</strong> e felicida<strong>de</strong><br />

por meio do esporte. O embrião da empresa<br />

foi criado em 1949 pelo japonês Kinachiro<br />

Onitsuka, com o nome Onitsuka Co..<br />

A empresa começou produzindo tênis <strong>de</strong><br />

basquete. Foi em 1977, com a fusão da Onitsuka<br />

Co., da GTO Co. e da Jelenk Co., que<br />

nasceu a Asics Corporation, uma fabricante<br />

<strong>de</strong> equipamentos para esporte em geral. A<br />

marca chegou ao Brasil em 1984, com o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> uma subsidiária em São<br />

Paulo. Hoje ela é lí<strong>de</strong>r no segmento <strong>de</strong> running<br />

performance no Brasil, tendo também<br />

gran<strong>de</strong> atuação em outros esportes como<br />

tênis, vôlei e han<strong>de</strong>bol, entre outros.<br />

*Alexandre Gama é presi<strong>de</strong>nte da<br />

Neogama e aten<strong>de</strong> a marca Asics no Brasil<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 47


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

9 And you’re done por Marcelo Tripoli*<br />

Divulgação<br />

www.superpratico.com<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Wie<strong>de</strong>n & Kennedy <strong>de</strong> Portland, a mesma<br />

que assina um dos mais po<strong>de</strong>rosos<br />

A<br />

slogans do planeta – Just Do It, da Nike –,<br />

criou o slogan And you’re done para a Amazon<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> conquistar a conta, em 2001,<br />

marcando o retorno dos investimentos da<br />

marca em televisão. O slogan claramente<br />

foca na proveitosa e conveniente experiência<br />

<strong>de</strong> fazer compras no <strong>maio</strong>r varejista online<br />

do planeta. Na ocasião, a Amazon buscava<br />

um parceiro para fazer o seu branding<br />

global, especialmente na Europa e na Ásia.<br />

O esforço coincidiu com um gran<strong>de</strong> corte<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas da Amazon.com e a presença<br />

<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> rival, a Buy.com. Os primeiros<br />

filmes mostravam as inconveniências<br />

<strong>de</strong> fazer compras em shoppings físicos ou<br />

nas livrarias tradicionais – em situações típicas<br />

<strong>de</strong> frustrações diante <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>dores<br />

incompetentes ou <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s filas para fazer<br />

o pagamento.<br />

Curiosamente, dois anos <strong>de</strong>pois, Jeff<br />

Bezos encerrou seu relacionamento com<br />

a agência, questionando a eficácia da publicida<strong>de</strong><br />

tradicional e <strong>de</strong>cidindo que suas<br />

melhores ferramentas <strong>de</strong> vendas dali pra<br />

frente seriam bons preços, entrega gratuita<br />

e boca a boca.<br />

*Marcelo Tripoli é sócio da agência REF+T.<br />

Ele assina a arte para Amazon com os diretores<br />

<strong>de</strong> arte Cadu Batis e Fernando Pereira, e com<br />

o redator Marcelo Brito, além da participação<br />

do Romeu&Julieta Estúdio<br />

48 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

10 Anúncio protetor por Joanna Monteiro*<br />

Divulgação<br />

Filhooo, eu sei on<strong>de</strong> você está!<br />

VINICIUS NOVAES<br />

Criança na praia nem sempre é sinal <strong>de</strong><br />

tranquilida<strong>de</strong>, ainda mais se for uma<br />

praia lotada, que geralmente potencializa<br />

o risco <strong>de</strong> repentinas, porém perigosas, dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> localização.<br />

E foi pensando na tranquilida<strong>de</strong> dos<br />

pais que a Nívea criou uma <strong>de</strong> suas principais<br />

campanhas dos últimos anos. O case<br />

Anúncio Protetor, divulgado em revistas,<br />

po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado um dos mais pertinentes<br />

exemplos <strong>de</strong> aplicação do conceito<br />

da marca, principalmente em relação<br />

à exposição da pele ao sol. Através <strong>de</strong> um<br />

projeto i<strong>de</strong>alizado pela agência FCB Brasil,<br />

ela usou uma pulseira e a sincronizou<br />

com o aplicativo Nívea Protege. Então, por<br />

meio <strong>de</strong>le, os pais conseguem monitorar a<br />

criança numa praia. Se o filho resolve ultrapassar<br />

a barreira estabelecida pelos pais<br />

ou responsáveis, o aplicativo emite um sinal<br />

<strong>de</strong> alerta. O case foi sucesso no mundo<br />

da publicida<strong>de</strong> – venceu inclusive o Grand<br />

Prix <strong>de</strong> Mobile no Festival <strong>de</strong> Cannes, em<br />

2014 – e <strong>de</strong>staque do Gunn Report, pela<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prêmios. Isso, claro, sem<br />

falar na tranquilida<strong>de</strong> proporcionada aos<br />

pais curtindo uma praia.<br />

*Joanna Monteiro é Chief Creative Officer da FCB<br />

Brasil. Ela assina a arte acima com o diretor <strong>de</strong><br />

criação Fábio Simões “Simon”, o diretor <strong>de</strong> arte<br />

Andre Vervloet e o redator Leonardo Andra<strong>de</strong>.<br />

A produção gráfica é <strong>de</strong> Diego Bischoff, Daniela<br />

Fonseca e Camila Galdêncio<br />

50 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

11 Apaixonados por carro como todo brasileiro por João Livi*<br />

Divulgação<br />

Xodó sobre quatro rodas<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Ipiranga começou suas ativida<strong>de</strong>s no<br />

A Sul do país como pequena refinaria <strong>de</strong><br />

petróleo, em 1937. Deu seu gran<strong>de</strong> salto nos<br />

negócios e na comunicação no começo da<br />

década <strong>de</strong> 1990. Em 1993, a companhia adquiriu<br />

a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> postos Atlantic, o que abriu<br />

caminho para a expansão da marca.<br />

Para buscar uma aproximação com as<br />

pessoas, em 1994, a Talent, agência fundada<br />

por Julio Ribeiro, propôs o slogan<br />

Ipiranga - apaixonados por carros como todo<br />

brasileiro. Foi um divisor <strong>de</strong> águas para<br />

revitalizar a marca. A re<strong>de</strong> se apropriou do<br />

sentimento do brasileiro pelo carro para<br />

mostrar que o posto Ipiranga atendia ao<br />

consumidor e, ao mesmo tempo, cuidava<br />

do “xodó” <strong>de</strong>le, o automóvel. O slogan<br />

acompanhou a marca durante 20 anos.<br />

Sempre com pegada <strong>de</strong> humor, a comunicação<br />

da Ipiranga, a partir <strong>de</strong> 2010, teve<br />

nova revolução. Os postos tinham evoluído<br />

para oferecer vários serviços além <strong>de</strong> combustíveis,<br />

como lojas <strong>de</strong> conveniência, troca<br />

<strong>de</strong> óleo, farmácias, caixa eletrônico etc.<br />

* João Livi é CEO da Talent Marcel. Ele assina<br />

a arte em homenagem à marca Ipiranga com<br />

a participação do redator Cássio Zanatta e do<br />

diretor <strong>de</strong> arte José Carlos Lollo<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 51


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

12 Bonita camisa, Fernandinho por Ruy Lin<strong>de</strong>nberg*<br />

Divulgação<br />

`<br />

Uma reunião muito marcante<br />

Paulo Macedo<br />

Em 1985 a USTop era lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado.<br />

Estava tão associada ao jeans que<br />

a percepção da sua linha <strong>de</strong> camisas era<br />

inexpressiva. Nessa época, a Talent <strong>de</strong>senvolveu<br />

um comercial para promover<br />

as camisas que tornou o slogan Bonita camisa,<br />

Fernadinho em bordão. A criação foi<br />

<strong>de</strong> Ana Carmen Longobardi, Ruy Lin<strong>de</strong>nberg<br />

e Túlio Fagin, com direção <strong>de</strong> Dodi<br />

Taterka. O protagonista do comercial era o<br />

ator e diretor <strong>de</strong> cinema Nello <strong>de</strong> Rossi, já<br />

falecido, também dono da cantina Nello’s.<br />

“No papel <strong>de</strong> chefe, sentado na cabeceira<br />

da mesa, a fala do Nello era simples<br />

e sem nenhuma gran<strong>de</strong> sacada, ele somente<br />

dizia: Bonita camisa, Fernandinho.<br />

Mas ele disse a frase com uma entonação<br />

tão melodiosa, em seu sotaque italiano e<br />

com uma fisionomia tão expressiva, que<br />

mudou o <strong>de</strong>stino do comercial. Pelo seu<br />

sucesso, ele se transformou em campanha”,<br />

relembra José Eustachio, chairman<br />

da Talent Marcel. Na arte acima, Ruy Lin<strong>de</strong>nberg,<br />

aproveitou o famoso bordão da<br />

USTop para fazer referência a envolvidos<br />

na Operação Lava Jato e para afirmar que<br />

“O mundo trata melhor quem se comporta<br />

bem.”<br />

* Ruy Lin<strong>de</strong>nberg é publicitário.<br />

Ele assina a arte acima em parceria<br />

com José Carlos Lollo, da Talent Marcel<br />

52 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

13 Dê férias para os seus pés por Álvaro Rodrigues*<br />

Divulgação<br />

Momentos <strong>de</strong> relax<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Lançada pela Gren<strong>de</strong>ne em 1986, a marca<br />

Ri<strong>de</strong>r é uma das principais do seu segmento<br />

e ficou famosa nos anos 1980 e 1990<br />

pelo seu chinelo <strong>de</strong> tira única e solado macio.<br />

O primeiro slogan do produto, Dê férias<br />

para os seus pés, sintetizava bem o conceito<br />

das sandálias naquela época. Ele foi criado<br />

por Washington Olivetto, que no ano <strong>de</strong><br />

1986 estava saindo da DPZ para abrir a W/<br />

GGK, que <strong>de</strong>pois virou a W/Brasil, atualmente<br />

a W/McCann.<br />

No início, feita especialmente para o público<br />

masculino, Ri<strong>de</strong>r era justamente uma<br />

sandália para <strong>de</strong>scanso. Depois passou por<br />

um reposicionamento e se tornou uma sandália<br />

para a prática <strong>de</strong> caminhada e aventura.<br />

Nesta mudança, ganhou outro slogan,<br />

que acompanhou a evolução do produto,<br />

Ri<strong>de</strong>r – Enjoy the ri<strong>de</strong>. A marca também ampliou<br />

a sua linha <strong>de</strong> produtos para o público<br />

feminino e infantil.<br />

O tema atual da campanha da Ri<strong>de</strong>r,<br />

criado pela Africa, incentiva o conceito Lifeaholic,<br />

ou seja, que a vida <strong>de</strong>ve ser vivida<br />

intensamente.<br />

*Álvaro Rodrigues é vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da<br />

Africa e presi<strong>de</strong>nte da ABP (Associação Brasileira<br />

<strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>). Ele conta que, para a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

“momentos relaxados”, pensou na imagem dos<br />

pés da filha quando ela tinha oito meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

A foto é <strong>de</strong> Paula Massoni<br />

54 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

14 Dedicação total a você por Marcos Quintela*<br />

Divulgação<br />

A força do olhar varejista<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Dedicação total a você é o slogan do império<br />

construído por Samuel Klein: a<br />

Casas Bahia. Um dos <strong>maio</strong>res anunciantes<br />

brasileiros, a comunicação da re<strong>de</strong> atinge<br />

quase toda a população do país.<br />

Casas Bahia é reconhecida como a marca<br />

<strong>de</strong> varejo número 1 no ranking Marcas Brasileiras<br />

Mais Valiosas, feito pela consultoria<br />

Interbrand.<br />

O nome foi escolhido como uma forma<br />

<strong>de</strong> homenagear e agradar ao gran<strong>de</strong> número<br />

<strong>de</strong> nor<strong>de</strong>stinos que moravam na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo, local on<strong>de</strong> surgiu a primeira<br />

loja da re<strong>de</strong>.<br />

Em 1970, já com sete filiais e a mascote<br />

i<strong>de</strong>ntificada na figura <strong>de</strong> um boneco chamado<br />

Baianinho, foi criado o slogan Dedicação<br />

total a você. Também foi a partir dos<br />

anos 1970, que a re<strong>de</strong> iniciou seu processo<br />

<strong>de</strong> expansão.<br />

Com diversos highlights, entre eles o<br />

Quer pagar quanto?, criado para enfatizar<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crediário, a publicida<strong>de</strong> da<br />

Casas Bahia contribui para a história do varejo<br />

no Brasil. A conta é atendida pela agência<br />

Y&R.<br />

* Marcos Quintela é presi<strong>de</strong>nte do grupo<br />

Newcomm, que controla Y&R, Wun<strong>de</strong>rman, Grey<br />

Brasil, Ação, VML e Red Fuse. Ele assina a arte<br />

em parceria com Ricardo Papp, diretor-geral<br />

e <strong>de</strong> criação da Y&R SCS (São Caetano do Sul)<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 55


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

15 Desce redondo por Fabio Fernan<strong>de</strong>s*<br />

Divulgação<br />

O gole <strong>de</strong> curvas perfeitas<br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

Foi na década <strong>de</strong> 1990 que o “<strong>de</strong>scer redondo”<br />

virou sinônimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>leite, <strong>de</strong><br />

tranquilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> estar sempre “<strong>de</strong> boa”.<br />

Ficar em casa, assistindo a um jogo <strong>de</strong> futebol,<br />

com as pernas para o ar, é redondo,<br />

assim como acalmar o calor num dia quente<br />

na praia. É tudo redondo. A frase, famosa no<br />

mundo da publicida<strong>de</strong>, surgiu mais precisamente<br />

em 1996. Foi na campanha <strong>de</strong> Skol,<br />

batizada <strong>de</strong> Raio-X, que tudo começou. O<br />

ví<strong>de</strong>o fazia algumas representações gráficas<br />

e sonoras da cerveja que <strong>de</strong>sce redondo, em<br />

contraponto a uma que <strong>de</strong>sce quadrada. Mas<br />

uma das mais famosas foi a Bunda quadrada,<br />

na qual um rapaz, na praia, bebia a cerveja<br />

Quadrat e via o sol, o guarda-sol e até<br />

mesmo a bunda <strong>de</strong> uma mulher no famoso,<br />

porém, neste caso, nada atraente, formado<br />

com todos os lados e ângulos iguais. A campanha<br />

– redonda até hoje – é uma criação da<br />

F/Nazca Saatchi & Saatchi.<br />

*Fabio Fernan<strong>de</strong>s é presi<strong>de</strong>nte e diretor-geral<br />

<strong>de</strong> criação da F/Nazca Saatchi & Saatchi.<br />

Ele criou a arte acima com a participação<br />

<strong>de</strong> Rodrigo Castellari<br />

56 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

16 É assim que se escreve por David Laloum*<br />

Divulgação<br />

Sinônimo <strong>de</strong> canetas<br />

KELLY DORES<br />

BIC é uma daquelas marcas que muitos<br />

brasileiros pensam se tratar <strong>de</strong> uma<br />

empresa nacional. A multinacional surgiu<br />

em 1945, em um subúrbio <strong>de</strong> Paris, quando<br />

Marcel Bich, ex-gerente <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

uma fábrica <strong>de</strong> tintas, e seu sócio, Edouard<br />

Buffard, começaram a produzir peças para<br />

canetas-tinteiro e lapiseiras.<br />

A primeira caneta esferográfica BIC<br />

Cristal, uma abreviação do sobrenome do<br />

fundador, chegou ao mercado francês em<br />

1950. Reconhecida por sua qualida<strong>de</strong> e preço<br />

acessível, ela <strong>de</strong>mocratizou a escrita no<br />

mundo.<br />

No Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1956, BIC ganhou um<br />

slogan marcante aqui. BIC. É assim que se<br />

escreve foi criado no início dos anos 1980<br />

pelo publicitário Rino Ferrari, fundador da<br />

Rino Publicida<strong>de</strong>. Depois, em outras agências,<br />

a campanha também ganhou <strong>de</strong>sdobramentos,<br />

como a variação É assim que se<br />

educa, baseada na plataforma <strong>de</strong> educação<br />

da marca.<br />

Hoje, a Y&R é a agência <strong>de</strong> BIC, que é<br />

ainda sinônimo <strong>de</strong> isqueiros e barbeadores<br />

<strong>de</strong>scartáveis.<br />

*David Laloum é presi<strong>de</strong>nte da Y&R,<br />

atual agência da marca BIC<br />

58 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

17 Eu sou você amanhã por Paschoal Fabra Neto*<br />

Divulgação<br />

O alerta da vodca<br />

ANA PAULA JUNG<br />

famosa campanha que trazia o chamado<br />

Efeito Orloff, Eu sou você amanhã,<br />

A<br />

alertando o consumidor sobre a importância<br />

<strong>de</strong> escolher certo a bebida alcoólica e<br />

evitar a ressaca do dia seguinte, foi criada<br />

pelo publicitário Jaques Lewkowicz. O slogan<br />

foi lançado no início dos anos 1980 e era<br />

um <strong>de</strong>sdobramento do conceito Pense em<br />

você amanhã, exija Orloff hoje. A agência na<br />

época era a Standard Ogilvy&Mather, on<strong>de</strong><br />

Lewkowicz era vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação.<br />

O comercial mostrava um homem bem-<br />

-vestido diante <strong>de</strong> um espelho em que ele<br />

se via com enormes olheiras, <strong>de</strong>tonado, antes<br />

mesmo <strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa à noite. Ao perguntar<br />

a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> daquela imagem, ela<br />

respondia: Eu sou você, amanhã.<br />

Anos <strong>de</strong>pois, Jaques Lewkowicz voltou a<br />

aten<strong>de</strong>r a conta na Lew’Lara\TBWA, agencia<br />

que fundou ao lado <strong>de</strong> Luiz Lara, em<br />

1992. Atualmente, a marca Orloff está na<br />

carteira <strong>de</strong> clientes atendidos pela agência<br />

F&Q Brasil, do grupo M&C Saatchi.<br />

*Paschoal Fabra Neto é sócio, presi<strong>de</strong>nte e<br />

Chief Creative Officer da F&Q Brasil. Ele assina<br />

a arte em parceria com o diretor <strong>de</strong> criação<br />

Antônio Costa Neto, com a diretora <strong>de</strong> arte<br />

Elô Rosendo e com o redator Ovídio Ferreira<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 59


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

18 Experimenta, experimenta! por Átila Francucci*<br />

Divulgação<br />

Comando cheio <strong>de</strong> repercussão<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Experimenta, experimenta! O comando,<br />

mais do que um slogan, convidava as<br />

pessoas a darem uma chance à Nova Schin,<br />

então menos conhecida que as opções do<br />

mercado, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um segmento que está<br />

sempre em “guerra”. A criação foi em 2003,<br />

pela então Fischer América, agência experiente<br />

em campanhas <strong>de</strong> cerveja, que tinha<br />

na época o publicitário Átila Francucci na<br />

direção <strong>de</strong> criação. O trabalho contou com<br />

uma potente estratégia que incluiu teasers,<br />

cerca <strong>de</strong> um mês antes do lançamento,<br />

e a participação <strong>de</strong> uma profusão <strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s<br />

como Luciano Huck, Fernanda<br />

Lima, Alinne Moraes, Thiago Lacerda e a<br />

estrela principal, o cantor Zeca Pagodinho,<br />

um tradicional bebedor da marca Brahma.<br />

O comando Experimenta logo <strong>de</strong>pois foi<br />

proibido pelo Conar, junto com quaisquer<br />

expressões que estimulem o consumo <strong>de</strong><br />

bebida alcoólica, mas a agência driblou a<br />

proibição lançando o slogan Essa é Nova<br />

e um filme em que as pessoas produzem<br />

quatro ruídos e ao final a sílaba “ta”, para<br />

lembrar a sonorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Experimenta, encerrando<br />

com a frase Experimente com mo<strong>de</strong>ração.<br />

*Átila Francucci, que criou o conceito Experimenta,<br />

é atualmente sócio e diretor <strong>de</strong> criação da<br />

CO:collective Brasil. Ele acredita que o buzz e o<br />

aumento <strong>de</strong> share gerados pela campanha “foram<br />

mesmo uma pedra no sapato <strong>de</strong> muita gente<br />

graúda”. Francucci assina a arte acima com foto,<br />

direção <strong>de</strong> arte e finalização <strong>de</strong> Rodrigo Cabello<br />

60 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

19 Feito para você por Eduardo Tracanella*<br />

Divulgação<br />

Finanças personalizadas<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

Basta digitar Itaú no Google para encontrar<br />

o nome do banco acompanhado do<br />

simbólico slogan Feito para você. A frase já<br />

está há tanto tempo ali que se tornou continuida<strong>de</strong><br />

da marca. Em 2001, a DM9DDB,<br />

na época DM9, criou a assinatura publicitária<br />

para uma campanha pontual. Entretanto,<br />

ganhou tanta força que foi assumida<br />

como slogan oficial do banco em 2004.<br />

Itaú: feito para você foi apresentado como<br />

posicionamento da instituição financeira -<br />

atualmente, após a fusão com o Unibanco,<br />

em 2008, o <strong>maio</strong>r banco privado do país -,<br />

acompanhado <strong>de</strong> uma ação para mídia exterior,<br />

realizada no mesmo ano. O objetivo<br />

<strong>de</strong> cada peça era mostrar, <strong>de</strong> forma totalmente<br />

personalizada, o quanto o banco era<br />

i<strong>de</strong>al para os mais diversos públicos. Cada<br />

outdoor trazia uma palavra que representava<br />

um dos subgrupos do target como surfistas,<br />

supersticiosos, apressados, <strong>de</strong>sorganizados,<br />

sonhadores, sobrecarregados e<br />

pe<strong>de</strong>stres, entre outros, além <strong>de</strong> pessoas<br />

jurídicas como hotéis ou padarias.<br />

*Eduardo Tracanella é superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

marketing institucional do Itaú-Unibanco.<br />

Ele assina a arte acima com Rafael Urenha,<br />

Chief Creative Officer da DPZ&T<br />

62 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

20 Fresquinho porque ven<strong>de</strong> mais ou ven<strong>de</strong> mais... por Rodolfo Patrocinio*<br />

Divulgação<br />

Dúvida cruel<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Tostines é fresquinho porque ven<strong>de</strong> mais<br />

ou ven<strong>de</strong> mais porque é fresquinho? A<br />

pergunta do slogan que foi lançado e conquistou<br />

o país nos anos 1980 permanece,<br />

para muitos, sem uma resposta. O que é<br />

possível afirmar, no entanto, é que Tostines<br />

ven<strong>de</strong>u, sim, mais <strong>de</strong>pois da propaganda<br />

criada por Enio Mainardi, autor <strong>de</strong><br />

vários conceitos marcantes da publicida<strong>de</strong><br />

brasileira.<br />

Lançada em 1965 pela fábrica <strong>de</strong> doces<br />

Carvalho & Lobo, então situada em São<br />

Paulo, a marca Tostines foi a primeira a<br />

comercializar, no Brasil, biscoitos em pacotes.<br />

A popularida<strong>de</strong> e a preferência do<br />

consumidor, no entanto, vieram em 1984,<br />

<strong>de</strong>pois do slogan mencionado – que, na verda<strong>de</strong>,<br />

era a resposta para o conceito Qual o<br />

segredo <strong>de</strong> Tostines?.<br />

Em 1993, a Tostines foi adquirida pela<br />

Nestlé, que passou a utilizar a assinatura<br />

Não tem segredo. Mais fresquinho e gostoso<br />

é Tostines. Somente em 2002 a Nestlé e a<br />

Tostines oficializaram a fusão e, em, 2006,<br />

a Tostines voltou à mídia - <strong>de</strong>sta vez sob o<br />

conceito Tostines, sempre Tostines.<br />

*Rodolfo Patrocinio é diretor da Digital 21<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 63


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

21 Gostoso como a vida <strong>de</strong>ve ser por Eduardo Simon*<br />

Divulgação<br />

Hummmm... McDelícia!<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Presente no Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1979, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fast food americana McDonald’s caiu no<br />

gosto brasileiro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, mas se consolidou<br />

mesmo no país apenas na década<br />

<strong>de</strong> 1990, após um gran<strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

que ajudou a popularizar a marca.<br />

Em 1994, a re<strong>de</strong> passou a investir na proximida<strong>de</strong><br />

afetiva com o público ao lançar o<br />

conceito Gostoso como a vida <strong>de</strong>ve ser, criado<br />

pelo publicitário Antônio Costa Neto, o<br />

Toninho Neto.<br />

O comercial para a TV, na época, apresentava<br />

a marca em cenas cotidianas e<br />

sempre bem-humoradas, como um senhor<br />

pulando corda ou pessoas andando<br />

em pernas-<strong>de</strong>-pau. Embalada pela leveza<br />

do jingle Gostoso como a vida <strong>de</strong>ve ser, a<br />

criação fez tanto sucesso que passou a ser<br />

reconhecida internacionalmente: por três<br />

anos consecutivos, o conceito ganhou o<br />

McDonald’s World Award como a melhor<br />

campanha mundial da re<strong>de</strong>. O sucesso da<br />

marca no Brasil também está ligado ao talento<br />

<strong>de</strong> Dorian Taterka, diretor <strong>de</strong> cena,<br />

e também sócio da Taterka, agência que<br />

aten<strong>de</strong>u o McDonald’s por muitos anos e foi<br />

incorporada pela DPZ, formando a DPZ&T,<br />

atual dona da conta.<br />

*Eduardo Simon é Chief Executive<br />

Officer da DPZ&T. Ele assina a arte acima<br />

com o diretor <strong>de</strong> arte Robson Oliveira<br />

64 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


O que a<br />

GlObO.cOm<br />

tem para<br />

encOntrar<br />

sOluções<br />

<strong>de</strong> cOnteúdO<br />

para a<br />

sua marca?<br />

uma GlObO<br />

inteira.<br />

SOLUÇÃO COM CONTEÚDO.


22 Just do it por André Gustavo*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

That’s Nike<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

Em 1988, Dan Wie<strong>de</strong>n, fundador da<br />

Wie<strong>de</strong>n + Kennedy, foi responsável<br />

por criar um dos slogans mais populares<br />

do mundo. Just do it, da Nike, foi inspirado<br />

nas últimas palavras <strong>de</strong> Gary Gilmore,<br />

criminoso americano con<strong>de</strong>nado à morte.<br />

Quando criado, o posicionamento permitiu<br />

que a Nike crescesse, em 10 anos, <strong>de</strong><br />

18% para 43% seu <strong>de</strong>sempenho nacional<br />

em calçados esportivos. O objetivo foi<br />

atingir os americanos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da ida<strong>de</strong>, sexo ou nível <strong>de</strong> aptidão física.<br />

Isso levou a marca a se tornar um ícone <strong>de</strong><br />

moda, não apenas como fornecedora <strong>de</strong><br />

equipamentos fitness. Entretanto, continuou<br />

atraindo atletas profissionais, como<br />

Ronaldo, Wayne Rooney, Michael Jordan,<br />

Kobe Bryant, Rafael Nadal e Roger Fe<strong>de</strong>rer.<br />

O posicionamento foi divulgado em<br />

diversas mídias e estampou a imagem da<br />

Nike como um ícone americano inovador,<br />

combinando atletas profissionais e amadores,<br />

sempre com mensagens motivacionais.<br />

Just do it estampa os produtos até<br />

hoje e assina as campanhas da marca em<br />

todo o mundo.<br />

*André Gustavo é diretor-geral da Wie<strong>de</strong>n +<br />

Kennedy no Brasil. Ele assina a arte acima<br />

com participação <strong>de</strong> Icaro Doria, diretor<br />

<strong>de</strong> criação da DDB NY; Pedro Izique, head<br />

of art da W+K Porland; e com o ilustrador<br />

Arthur Daraujo. A criação é <strong>de</strong> Gabriel<br />

Gue<strong>de</strong>lha e Vinicius Dalvi<br />

66 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


<strong>23</strong> As legítimas por Clovis Mello*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

Nos pés <strong>de</strong> todos<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

As sandálias Havaianas estão no mercado<br />

brasileiro há mais <strong>de</strong> 50 anos. Icônica,<br />

a marca foi consolidada ao longo do<br />

tempo por ser um gran<strong>de</strong> anunciante em<br />

diversas mídias. Em 1973, a forte concorrência<br />

do produto, que se tornava cada dia<br />

mais popular entre os brasileiros, fez com<br />

que a marca criasse posicionamento contra<br />

as cópias. Foi então que surge o slogan Proteja-se<br />

das fajutas. Legítimas, só Havaianas.<br />

Não <strong>de</strong>formam, não soltam as tiras e não<br />

têm cheiro. A primeira campanha <strong>de</strong>ssa nova<br />

fase foi estrelada pelo humorista Chico<br />

Anysio e o termo ‘fajuta’ ficou tão popular<br />

que entrou no dicionário Aurélio como sinônimo<br />

<strong>de</strong> produto falsificado e <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong>.<br />

Atualmente, o slogan ainda é usado<br />

em diversas campanhas, mas a marca ganhou<br />

a assinatura Havaianas. Todo Mundo<br />

Usa, criada pela AlmapBBDO.<br />

A Havaianas também é um dos <strong>maio</strong>res<br />

sucessos brasileiros no mercado internacional.<br />

As sandálias estão nos pés <strong>de</strong> cidadãos<br />

<strong>de</strong> todas as classes sociais, nos quatro cantos<br />

do mundo.<br />

* Clovis Mello é diretor <strong>de</strong> cena e sócio da Cine. Ele<br />

já dirigiu mais <strong>de</strong> 100 comerciais para Havaianas<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 67


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

24 Não basta ser pai. Tem que participar por André Felix*<br />

Divulgação<br />

Muito mais<br />

que um<br />

companheiro<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Ver um slogan <strong>de</strong> uma marca transformar-se<br />

em um bordão pelas ruas é o<br />

sonho <strong>de</strong> todo criativo. O slogan <strong>de</strong> Gelol,<br />

criado por Duda Mendonça, na DM9, em<br />

1984, tornou-se mais do que isso, motivando<br />

discussões em torno <strong>de</strong> um tema que já<br />

foi bem complexo e polêmico: o papel do<br />

“pai mo<strong>de</strong>rno”, aquele que, <strong>de</strong> fato, “participa”<br />

no dia a dia da vida dos filhos. O tipo<br />

<strong>de</strong> pai que acabou ganhando pelas ruas o<br />

apelido <strong>de</strong> “Pai Gelol”. O slogan foi lançado<br />

num emocionante comercial em que o pai<br />

acompanha o filho em uma partida <strong>de</strong> futebol,<br />

massificado com a força da TV aberta<br />

e <strong>de</strong>u nova nuance à comunicação <strong>de</strong> um<br />

produto <strong>de</strong> uma categoria com imagem antiguinha.<br />

Até hoje a expressão é repetida<br />

e uma simples busca no Google revela seu<br />

uso como título em uma profusão <strong>de</strong> matérias<br />

jornalísticas bem recentes, inclusive.<br />

Lula Vieira faz graça da potência emocional<br />

do comercial <strong>de</strong> Gelol <strong>de</strong>finindo-o como<br />

um “comercial <strong>de</strong> margarina com porrada”.<br />

*André Felix é vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação<br />

da Y&R Bravo Miami. Ele assina a arte<br />

com ilustração <strong>de</strong> Ricco.Rocks, brasileiro<br />

que também trabalha na Flórida<br />

68 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

25 Não esqueça a minha... por Roberto Lautert*<br />

Lembrete <strong>de</strong> presente<br />

e <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong><br />

Divulgação<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Entre os anos 1970 e 1980, nas famílias<br />

brasileiras <strong>de</strong> classe média, não havia<br />

um pai sequer que ousava se esquecer <strong>de</strong><br />

presentear o filho com uma bicicleta Caloi.<br />

Era exatamente esse o objetivo do slogan<br />

Não esqueça a minha Caloi, que transformou<br />

a marca em febre e está na memória<br />

do consumidor até hoje. Na época, as<br />

campanhas da Caloi eram assinadas pela<br />

Novo Ciclo, agência in house da empresa.<br />

Como porta-voz do conceito Não esqueça<br />

a minha Caloi, o personagem animado<br />

Zigbim, um menino na pré-adolescência,<br />

aparecia espalhando pela casa diversos<br />

bilhetinhos com o lembrete – sempre em<br />

locais que o pai passava, como o armário<br />

do banheiro, por exemplo. O garotinho<br />

apareceu pela primeira vez na TV em<br />

1978, voltando na década seguinte em outras<br />

campanhas com o mesmo mote.<br />

A Caloi só voltou a investir em publicida<strong>de</strong><br />

com essa força em 2007, quando<br />

lançou o slogan Caloi. Movimentando a<br />

Vida.<br />

*Roberto Lautert é diretor <strong>de</strong> criação e empresário.<br />

Atualmente trabalha como associado da<br />

Julio Ribeiro Planejamento <strong>de</strong> Empresas<br />

70 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

26 Não tem comparação por Thomas Roth*<br />

Divulgação<br />

Ou é ou não é<br />

KELLY DORES<br />

Não é assim uma Brastemp. O famoso<br />

bordão foi lançado pela propaganda<br />

brasileira nos anos 1990 e até hoje há quem<br />

use a expressão para classificar algo que é<br />

razoável. A bem-humorada campanha - intitulada<br />

Brastemp, não tem comparação -<br />

foi criada pela Talent (atual Talent Marcel)<br />

para a marca <strong>de</strong> eletrodomésticos e é um<br />

exemplo <strong>de</strong> como os bordões criados pela<br />

publicida<strong>de</strong> se popularizam fortemente entre<br />

os consumidores.<br />

Um dos protagonistas da série <strong>de</strong> filmes<br />

foi o cantor e ator Wandi Doratiotto. Os comerciais<br />

traziam uma tradicional poltrona,<br />

on<strong>de</strong> consumidores frustrados sentavam<br />

para contar por que não tinham comprado<br />

produtos Brastemp.<br />

A histórica campanha ganhou Leão em<br />

Cannes e Profissionais do Ano, entre outros<br />

prêmios. Com direção <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

Ana Carmen Longobardi e Mauro Perez,<br />

esse foi o tema da comunicação da marca<br />

até o ano <strong>de</strong> 2003.<br />

Hoje, a Brastemp é atendida pela FCB<br />

Brasil, que ganhou concorrência em abril<br />

passado.<br />

*Thomas Roth é publicitário, músico, compositor<br />

e diretor-geral da Lua Nova Produções Artísticas.<br />

Também já atuou como ator, aliás, sua última<br />

interpretação na publicida<strong>de</strong> foi exatamente em<br />

uma campanha para a série Não tem comparação.<br />

Ele assina a arte acima, na qual há link para uma<br />

música especialmente criada para o conceito, com<br />

a participação <strong>de</strong> Rodolfo Patrocinio, da Digital 21<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 71


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

27 Não tem preço por Beatriz Galloni*<br />

Divulgação<br />

Crédito recheado <strong>de</strong> emoções<br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

que não tem preço para você? A felicida<strong>de</strong>,<br />

talvez? Um fim <strong>de</strong> semana na<br />

O<br />

praia com os amigos? Pois é, a campanha<br />

Não tem preço, da Mastercard, feita pela<br />

McCann Worldgroup, dona da conta global,<br />

e pela WMcCann no Brasil, teve – e ainda<br />

tem – um objetivo: mostrar que nem tudo<br />

na vida tem um preço. Sim, mas para todas<br />

as outras existem Mastercard.<br />

Esse se tornou um dos motes mais famosos<br />

e eficazes da história da publicida<strong>de</strong><br />

mundial - e brasileira, por tabela. A prova<br />

é que até hoje, mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois, a<br />

campanha ainda é lembrada com altos índices<br />

<strong>de</strong> recall, principalmente no seu segmento<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços financeiros.<br />

Isso porque, talvez, a campanha – <strong>de</strong> um<br />

cartão <strong>de</strong> crédito, vale dizer – tem apelo<br />

para o aspecto mais emocional, mostrando<br />

um lado mais “amigo” da empresa. O recado<br />

que Não tem preço <strong>de</strong>ixa é que o dinheiro<br />

ajuda em muitas coisas na vida, mas não<br />

compra a felicida<strong>de</strong>.<br />

*Beatriz Galloni é Chief Marketing Officer da<br />

marca Mastercard para o Brasil e Cone Sul<br />

72 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

28 Nove entre <strong>de</strong>z estrelas... por Ricardo John*<br />

Divulgação<br />

A espuma das atrizes notáveis<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

marca <strong>de</strong> sabonetes Lux, da Unilever,<br />

A usou por décadas a imagem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

atrizes na comunicação. A campanha<br />

global Nove entre <strong>de</strong>z estrelas usam Lux foi<br />

<strong>de</strong>senvolvida ainda nos anos 1930, quando<br />

os profissionais da indústria da sétima arte<br />

começavam a ganhar status <strong>de</strong> luxo e riqueza.<br />

A agência responsável pela campanha<br />

foi a J. Walter Thompson. Foram cerca<br />

<strong>de</strong> 50 anos com o mesmo posicionamento,<br />

sendo reformulado apenas nos anos 1980.<br />

Mais <strong>de</strong> 400 mulheres estrelaram os anúncios<br />

<strong>de</strong> Lux. Entre as mais <strong>de</strong> 400 estrelas<br />

<strong>de</strong> Hollywood que fizeram parte da galeria<br />

da marca <strong>de</strong> sabonetes estão Rita Hayworth,<br />

Ginger Rogers, Marilyn Monroe, Raquel<br />

Welch, Sophia Loren, Elizabeth Taylor e<br />

Brigitte Bardot.<br />

No Brasil, a atriz Regina Duarte estrelou<br />

a campanha a partir dos anos 1960, quando<br />

o sabonete adotou a marca internacional<br />

também por aqui.<br />

*Ricardo John é Chief Creative Officer da<br />

J. Walter Thompson. Ele assina a arte assina<br />

com o também CCO Rodrigo Grau, com o<br />

diretor <strong>de</strong> criação Humberto Fernan<strong>de</strong>z<br />

e com o diretor <strong>de</strong> arte Pablo Lobo<br />

74 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

29 O caldo nobre da Galinha Azul por Hugo Rodrigues*<br />

Divulgação<br />

Sucesso <strong>de</strong> Norte a Sul<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

slogan Caldo Maggi. O caldo nobre da<br />

O Galinha Azul, criado pela Norton, em<br />

1976, tinha o objetivo <strong>de</strong> diferenciar o produto<br />

da Nestlé <strong>de</strong> seu <strong>maio</strong>r concorrente,<br />

o caldo Knorr. A cor azul, adotada pela<br />

personagem símbolo da marca, remete ao<br />

sangue azul da nobreza. Embora nobre,<br />

a Galinha Azul caiu na boca do povo, nos<br />

anos 1980, quando estrelou uma promoção<br />

no programa Viva a Noite, apresentado por<br />

Gugu Liberato, no SBT. Os versos “<strong>de</strong> Leste<br />

a Oeste, <strong>de</strong> Norte a Sul, a onda é a dança<br />

da Galinha Azul” viraram hit até no Carnaval<br />

<strong>de</strong> 1989, com um bloco da marca. Todo<br />

mundo sabia a dancinha que embalava a<br />

ação no programa. O Gran<strong>de</strong> Concurso da<br />

Galinha Azul, no qual o consumidor <strong>de</strong>veria<br />

adivinhar qual letra a galinha havia<br />

escolhido, recebeu mais <strong>de</strong> 25 milhões <strong>de</strong><br />

cartas.<br />

*Hugo Rodrigues é Chief Operating Officer<br />

e Chief Creative Officer da Publicis Brasil.<br />

Ele assina a arte acima com os diretores<br />

<strong>de</strong> criação Kevin Zung e Henrique Mattos.<br />

A ilustração é do Estúdio Opala Rosa Choque<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 75


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

30 O mundo é dos Nets por Eduardo Martins*<br />

Divulgação<br />

Um universo bem particular<br />

KELLY DORES<br />

Há exatos 11 anos no ar, a assinatura O<br />

mundo é dos Nets introduziu no mercado<br />

brasileiro um conceito <strong>de</strong> “clube” até<br />

então nunca antes apresentado <strong>de</strong>sta forma<br />

na propaganda. O slogan foi criado pela<br />

Talent Marcel, uma expert em popularizar<br />

bordões. No atendimento da conta da operadora,<br />

a agência vem <strong>de</strong>senvolvendo ao<br />

longo dos últimos anos novos <strong>de</strong>sdobramentos<br />

do conceito.<br />

Um dos personagens que marcaram a<br />

campanha foi o coronel Boris Tuchenko.<br />

Em geral, ele aparecia em situações inusitadas,<br />

como no filme em que estava na<br />

Sibéria e chamava os consumidores para<br />

“saírem da Sibéria e irem para a Net já” –<br />

uma referência à concorrência. Seu grito<br />

<strong>de</strong> guerra “Skavuska” (parabéns em russo)<br />

também virou hit no país.<br />

Lí<strong>de</strong>r entre as operadoras <strong>de</strong> telecomunicações,<br />

graças em boa parte à campanha,<br />

a Net virou referência no setor. Atualmente,<br />

a comunicação da marca é focada nas<br />

vantagens dos seus serviços, com o mote<br />

Vem pro lado Net.<br />

*Eduardo Martins é diretor <strong>de</strong> criação da Talent<br />

Marcel<br />

76 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


MENTORIA PME<br />

Garanta um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

para sua marca entre renomados CEOs<br />

e empreen<strong>de</strong>dores em busca <strong>de</strong> crescimento.<br />

EXAME e Fundação Dom Cabral reuniram um time estrelado <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> diferentes áreas<br />

que vão orientar empreen<strong>de</strong>dores para transformar seus negócios em gran<strong>de</strong>s companhias.<br />

Uma iniciativa inédita no Brasil, com a força <strong>de</strong> nomes que enten<strong>de</strong>m tudo sobre o assunto.<br />

Alguns dos 25 mentores que farão parte dos encontros<br />

Alexandre Costa<br />

Cacau Show<br />

Fabio Barbosa<br />

Itaú Unibanco<br />

Jorge Moll<br />

Re<strong>de</strong> D’Or<br />

Marco Stefanini<br />

Stefanini<br />

Mateus Ban<strong>de</strong>ira<br />

Falconi<br />

Rômulo Dias<br />

Cielo<br />

Walter Longo<br />

Abril<br />

Wilson Poit<br />

Poit Energia<br />

Palestrantes convidados para falar sobre questões fundamentais na busca <strong>de</strong> bons resultados<br />

Roger Ingold Eduardo Giannetti Mario Sergio Cortella Nizan Guanaes Marcio Fernan<strong>de</strong>s<br />

CONQUISTE A ATENÇÃO DE UM PÚBLICO ALTAMENTE QUALIFICADO<br />

EM BUSCA DE CONHECIMENTO E SOLUÇÕES PARA SEUS NEGÓCIOS.<br />

• Gran<strong>de</strong> exposição <strong>de</strong> marca nos cinco encontros e no hotsite ao longo do ano<br />

• Participação do principal executivo da marca em <strong>de</strong>bate exclusivo<br />

• Relacionamento direto com <strong>de</strong>cisores<br />

• Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativação para aumentar a visibilida<strong>de</strong> e ampliar a interação com o público<br />

• Cobertura dos encontros em EXAME<br />

Patrocine!<br />

Realização:<br />

Acesse agora www.publiabril.com.br/mentoria pme


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

31 O mundo gira, a Lusitana roda por Fernando Guntovitch*<br />

Divulgação<br />

Mudanças são<br />

sempre bem-vindas<br />

PAULO MACEDO<br />

Com uma frota <strong>de</strong> 90 caminhões, a Lusitana<br />

é referência na área <strong>de</strong> logística,<br />

principalmente na área <strong>de</strong> mudanças resi<strong>de</strong>nciais.<br />

O branding da empresa foi <strong>de</strong>lineado<br />

logo no início da sua operação pelo<br />

fundador Joaquim Monteiro, em 1921. Ele<br />

é o autor do slogan O mundo gira, a Lusitana<br />

roda, que tornou a marca conhecida e<br />

símbolo <strong>de</strong>sse tra<strong>de</strong>. E é usado até os dias<br />

<strong>de</strong> hoje. As carrocerias dos veículos são autênticos<br />

outdoors, como frisa e compara o<br />

executivo Manoel Vicente.<br />

Não se sabe ao certo o impacto que causa,<br />

mas a exposição no tráfego das principais<br />

rodovias é sintomática. Apenas no Carnaval<br />

<strong>de</strong> <strong>2016</strong>, as estradas sob concessão do<br />

consórcio CCR, entre as quais a Dutra, contabilizaram<br />

5,2 milhões <strong>de</strong> veículos.<br />

O mundo gira, a Lusitana roda também<br />

se tornou bordão, aplicado quando a situação<br />

é relacionada a movimento não necessariamente<br />

sobre rodas nem sobre estradas<br />

e muito menos apenas sobre mudanças <strong>de</strong><br />

casa, bairro ou cida<strong>de</strong>s.<br />

*Fernando Guntovitch é presi<strong>de</strong>nte da<br />

agência The Group. Ele assina a arte acima<br />

com a diretora <strong>de</strong> criação Lygia Fernan<strong>de</strong>s<br />

78 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

32 O primeiro sutiã a gente nunca esquece por Washington Olivetto*<br />

Divulgação<br />

A estreia sempre na memória<br />

KELLY DORES<br />

Provavelmente, ele é um dos comerciais<br />

mais poéticos da história da propaganda<br />

brasileira. O primeiro sutiã a gente nunca<br />

esquece foi criado por ninguém menos<br />

do que Washington Olivetto, atualmente<br />

chairman da WMcCann, e entrou <strong>de</strong>finitivamente<br />

para o imaginário popular, sendo<br />

uma das peças publicitárias mais lembradas<br />

<strong>de</strong> todos os tempos.<br />

Com um conceito po<strong>de</strong>roso e um resultado<br />

sutil e <strong>de</strong>licado, o filme, <strong>de</strong>senvolvido<br />

para Valisère, mostra uma menina experimentando<br />

o seu primeiro sutiã. O slogan<br />

surgiu a partir da percepção da importância<br />

do sutiã para as meninas na passagem<br />

da infância para a adolescência.<br />

Des<strong>de</strong> a veiculação da campanha, em<br />

1987, a expressão o primeiro a gente nunca<br />

esquece virou um bordão popular. O<br />

filme também está registrado no livro Os<br />

100 melhores comerciais <strong>de</strong> todos os tempos<br />

e recebeu inúmeros prêmios, entre<br />

eles Leão <strong>de</strong> Ouro no Cannes Lions e Clio<br />

Awards.<br />

*Washington Olivetto é chairman e Chief Creative<br />

Officer da WMcCann. Ele assina a arte acima com<br />

criação <strong>de</strong> Andréia Barion e Sibely Silveira, e direção<br />

<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> Guime Davidson. O VP <strong>de</strong> produção<br />

é Marcelo Hack, bordado <strong>de</strong> Luca Schiller,<br />

produção gráfica <strong>de</strong> Ricardo Rodrigues e Mauricio<br />

Martim. Art buyer é Bibiana Oliveira com<br />

fotografia <strong>de</strong> Miro e Murillo Percivalle.<br />

O tratamento <strong>de</strong> imagem é <strong>de</strong> Pancho<br />

e a mo<strong>de</strong>lo é Carol Zimmermann<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 79


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

33 Pense diferente por Marcio Oliveira*<br />

Divulgação<br />

A maçã fora da caixa<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

agência TBWA\Chiat\Day assinou a<br />

A campanha Think Different (pense diferente,<br />

em tradução livre), criada para<br />

Apple em 1997, ano que marcou a volta do<br />

fundador Steve Jobs à empresa como CEO.<br />

O slogan foi usado até 2002 e estava alinhado<br />

com o posicionamento da empresa<br />

inovadora. O comercial, com um minuto<br />

<strong>de</strong> duração, mostrava personalida<strong>de</strong>s<br />

mundiais que se <strong>de</strong>stacaram por serem<br />

“fora da caixa”. Aparecem no filme Albert<br />

Einstein, Bob Dylan, Martin Luther King<br />

Jr., John Lennon com Yoko Ono, Maria<br />

Callas, Alfred Hitchcock e Pablo Picasso,<br />

entre outros. A narração do ator Richard<br />

Dreyfuss chama a atenção às características<br />

em comum <strong>de</strong>sses ícones. “Alguns<br />

po<strong>de</strong>m vê-los como loucos. Nós vemos gênios.<br />

As pessoas que são loucas o suficiente<br />

para achar que po<strong>de</strong>m mudar o mundo<br />

são aquelas que o fazem”, diz a mensagem<br />

inspiradora.<br />

*Marcio Oliveira é presi<strong>de</strong>nte da Lew’Lara\TBWA,<br />

multinacional que tem a Apple entre os<br />

seus principais clientes globais. Ele assina a<br />

arte com participação <strong>de</strong> Domênico Massareto,<br />

diretor <strong>de</strong> inovação do grupo TBWA no Brasil<br />

80 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


NESSES 51 ANOS,<br />

O PROPMARK PASSOU<br />

POR 8 CRISES ECONÔMICAS,<br />

7 MOEDAS E UNS 43<br />

GURUS DA COMUNICAÇÃO<br />

DECRETANDO A MORTE<br />

DA MÍDIA IMPRESSA.<br />

Parabéns, PROPMARK, pelos 51 anos cobrindo,<br />

informando e inspirando o mercado publicitário.<br />

Paulo Queiroz / Presi<strong>de</strong>nte<br />

55 11 3054.9390<br />

pqueiroz@dm9ddb.com.br<br />

Alcir Gomes Leite / Presi<strong>de</strong>nte<br />

55 11 3054.9699<br />

aleite@dm9ddb.com.br<br />

Marcelo Passos / VP <strong>de</strong> Atendimento<br />

55 11 3054.9610<br />

marcelo.passos@dm9ddb.com.br<br />

SUA MARCA<br />

PRECISA DE UMA<br />

AGÊNCIA DE ALTA<br />

PERFORMANCE,<br />

SUA MARCA<br />

PRECISA DA DM9.<br />

Uma das agências mais premiadas do mundo.<br />

55 11 3054-9999<br />

dm9ddb.com.br<br />

facebook.com/dm9ddb<br />

twitter.com/dm9ddb<br />

youtube.com/agenciadm9ddb


34 Põe na Consul por Carlos Righi*<br />

51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

Divulgação<br />

Fica frio...<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

bordão criado pela Salles nos anos<br />

O 1970 frequentou maciçamente as<br />

emissoras <strong>de</strong> rádio e <strong>de</strong> TV, revistas e jornais<br />

e entrou rapidamente para o repertório<br />

cotidiano das pessoas. A Consul queria<br />

se tornar sinônimo <strong>de</strong> gela<strong>de</strong>ira. O conceito<br />

reflete a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que quando um assunto<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>ixado para <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong>ve ser<br />

“colocado na gela<strong>de</strong>ira”. Há informações<br />

no mercado afirmando que ele teria surgido,<br />

inclusive, durante uma reunião em<br />

que a criação <strong>de</strong>cidiu, em dado momento,<br />

dar um tempo e “esfriar a cabeça”, quando<br />

alguém disse, distraidamente, “põe<br />

a cabeça na Consul”. Funcionou. O slogan<br />

permaneceu no ar por cerca <strong>de</strong> uma<br />

década. Naqueles anos, a marca buscava<br />

inovar com cores fortes como o amarelo<br />

e o vermelho nos produtos e o mecanismo<br />

que permitia abrir a porta da gela<strong>de</strong>ira<br />

com os pés – facilitando o armazenamento<br />

dos alimentos quando se estava com as<br />

mãos ocupadas.<br />

*Carlos Righi é sócio e diretor <strong>de</strong> criação da<br />

Cia <strong>de</strong> Cinema. Ele assina a arte em homenagem<br />

ao slogan da Consul com direção <strong>de</strong> arte <strong>de</strong><br />

Rodolfo Vanni e fotografia <strong>de</strong> Adriano Vanni<br />

82 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

35 Por um mundo mais doce por Marcelo Reis*<br />

Divulgação<br />

O açúcar nosso <strong>de</strong> cada dia<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

posicionamento Por um mundo mais<br />

O doce, criado pela Leo Burnett Tailor<br />

Ma<strong>de</strong>, foi lançado em novembro <strong>de</strong> 2014,<br />

com a campanha Doces Notícias. Como<br />

não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser, a alusão à doçura<br />

sempre esteve ligada à comunicação<br />

do Açúcar União. Nos anos 1980, a marca<br />

lançou a campanha Açúcar União, o Doce<br />

Sabor da Energia, criada pela Gang Publicida<strong>de</strong>.<br />

Durante a comemoração dos 70<br />

anos da marca, na mesma década, um dos<br />

anúncios trazia a expressão: Há 70 anos a<br />

União dos Refinadores vem fazendo a sua<br />

vida mais doce. Anos mais tar<strong>de</strong>, em 2012,<br />

a assinatura adotada foi On<strong>de</strong> tem doce tem<br />

União, com o conceito Receitas <strong>de</strong> vida por<br />

um mundo mais doce. A agência responsável<br />

por essa comunicação foi a New Energy,<br />

do Grupo Newcomm.<br />

Na arte acima, o conceito Por um mundo<br />

mais doce está retratado em uma homenagem<br />

da Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong> aos 51 anos<br />

do PROPMARK com uma visão da agência<br />

sobre a comunicação do próprio conceito<br />

da marca União.<br />

*Marcelo Reis é copresi<strong>de</strong>nte e Chief Creative Officer<br />

da Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>. Ele assina a arte<br />

com criação <strong>de</strong> Thony Fernan<strong>de</strong>s e Fernando Calvache,<br />

direção <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> João Caetano Brasil e<br />

Alexandre Pagano, e ilustração <strong>de</strong> Marlos Lima<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 83


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

36 Porque somos mamíferos por Erh Ray*<br />

Divulgação<br />

Engajamento com pelúcia<br />

PAULO MACEDO<br />

ano <strong>de</strong> 1996 é indissociável na história<br />

O da Parmalat. A empresa lançou uma<br />

campanha com foco no público infantil,<br />

que ativou branding e negócios simultaneamente.<br />

No comercial, as crianças se<br />

vestiam com roupas <strong>de</strong> pelúcia <strong>de</strong> animais<br />

como leão, elefante, rinoceronte, gato e<br />

cachorro, em um envolvente jingle ressaltando<br />

que todos os animais são fãs <strong>de</strong><br />

Parmalat. No final, havia a assinatura sonora<br />

Tomou? e uma locução em off pedindo<br />

Trate seus bichihos com amor e Parmalat.<br />

A criação teve a assinatura <strong>de</strong> Erh Ray<br />

e Nizan Guanaes, à época na DM9DDB. A<br />

estratégia, inspirada em um trabalho do<br />

fotógrafo americano Tom Arma, durou três<br />

anos. Ray estava em Nova York quando viu<br />

os bichinhos em uma vitrine e teve a inspiração<br />

para a ação multidisciplinar batizada<br />

<strong>de</strong> Mamíferos. A parte promocional envolveu<br />

a comercialização dos bichinhos por<br />

R$ 8,00 mais 20 códigos <strong>de</strong> barras. O anunciante<br />

precisou ampliar <strong>de</strong> 300 mil para 15<br />

milhões <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s, para suprir a <strong>de</strong>manda.<br />

A força <strong>de</strong>sse projeto, digamos, dos pequenos<br />

mamíferos com pelúcia, ajudou a<br />

empresa a saltar <strong>de</strong> um faturamento <strong>de</strong> R$<br />

38 milhões para R$ 1,87 bilhão.<br />

* Erh Ray é sócio e co-CEO da BETC e copresi<strong>de</strong>nte<br />

do Havas Creative Group no Brasil.<br />

Além <strong>de</strong> créditos a Tom Arma, ele i<strong>de</strong>alizou<br />

a arte acima com a participação do diretor<br />

<strong>de</strong> criação Rodolfo Barreto, do diretor<br />

<strong>de</strong> arte Cristiano Bernardo e do redator<br />

João Queiroz. Produtora é Patrica Mota,<br />

com arte final da Cia da Produção<br />

84 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


A FISCHER<br />

CRIA COM<br />

FRANCIS<br />

UMA NOVA<br />

CATEGORIA<br />

DE BANHO.<br />

Mais do que uma campanha publicitária, a Fischer está lançando com Francis uma nova categoria:<br />

o banho floral. Isso porque a linha <strong>de</strong> sabonetes Francis é feita <strong>de</strong> óleos florais extraídos das melhores<br />

flores do mundo. Um case que já nasce com cheiro <strong>de</strong> ótimos resultados.<br />

INOVAÇÃO • ESTRATÉGIA • POSICIONAMENTO • CONSULTORIA<br />

ARQUITETURA DE MARCA • BRANDING • ENTERTAINMENT • DIGITAL<br />

INTELIGÊNCIA COMERCIAL • BRANDED CONTENT • EXPERIENCE<br />

ATIVAÇÃO DE MKT • AUDITORIA DE CADEIA • AH, E PROPAGANDA<br />

ISSO É<br />

fischeramerica.com.br • Tel.: (11) 3704-1411 • fischeramerica@fischeramerica.com.br • /agenciafischer • /agenciafischer


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

37 Quem bate? É o frio por Fabio Seidl*<br />

Divulgação<br />

O toc-toc-toc para agasalhar<br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

Se existisse algum termômetro para o<br />

sucesso <strong>de</strong> uma campanha, este po<strong>de</strong>ria<br />

ser um jingle. Veja você: Quem bate? É<br />

o frio! Mesmo sem querer, a segunda parte<br />

<strong>de</strong>sta canção <strong>de</strong>ve ter continuado na sua<br />

cabeça. Isso talvez explique a perpetuação<br />

<strong>de</strong> alguns trabalhos publicitários. Este, por<br />

exemplo, foi feito por Heitor Carillo, em<br />

1967, para a Casas Pernambucanas. O comercial<br />

para a televisão era um <strong>de</strong>senho<br />

que tinha um fantasminha no papel <strong>de</strong> protagonista.<br />

Ele representava o frio, que batia<br />

na casa <strong>de</strong> uma pessoa, que o espantava<br />

dali cantando o jingle. No interior da casa,<br />

pessoas apareciam agasalhadas em volta<br />

<strong>de</strong> uma lareira.<br />

Em 2014, a J. Walter Thompson recriou<br />

a campanha. O frio, também um fantasma,<br />

apareceu com um ar mais mo<strong>de</strong>rno e nem<br />

um pouco feliz na janela, assistindo alguns<br />

amigos dançando na sala – <strong>de</strong>vidamente<br />

aquecida, claro.<br />

*Fabio Seidl é diretor <strong>de</strong> criação<br />

da 360iNY. Ele assina a arte acima<br />

com a participação <strong>de</strong> Eduardo Vea<br />

Keating aka Nose, que criou o snow<br />

graffiti e fez a foto<br />

86 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

38 Retratos da real beleza por Anselmo Ramos*<br />

Divulgação<br />

Sucesso <strong>de</strong> autoestima<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

convite da Unilever, a agência Ogilvy<br />

A Brasil foi responsável por criar um dos<br />

<strong>maio</strong>res sucessos publicitários da história da<br />

marca Dove. Retratos da real beleza foi uma<br />

campanha global assinada por brasileiros e<br />

ganhou o Grand Prix no Festival <strong>de</strong> Cannes<br />

2013. Seguindo o conceito da real beleza, posicionamento<br />

usado pela marca há anos, a<br />

agência se inspirou na rígida autocrítica aplicada<br />

pelas mulheres ao se <strong>de</strong>screverem.<br />

Ao mesmo tempo, elas foram convidadas<br />

a falar como viam as colegas também voluntárias<br />

da ação. O resultado surpreeen<strong>de</strong>u as<br />

participantes - e também todos que assistiram<br />

ao ví<strong>de</strong>o - ao provar que, muitas vezes,<br />

as mulheres não enxergam como são bonitas.<br />

A agência criou uma campanha com foco<br />

na internet e escolheu o YouTube para exibir<br />

o minidocumentário, que ‘viralizou’ mundo<br />

afora.<br />

* Anselmo Ramos é fundador e Chief Creative<br />

Officer da agência David. Ele presta uma homenagem<br />

a todos os profissionais que “ajudaram a<br />

fazer a i<strong>de</strong>ia acontecer”. Ramos assina a ilustração<br />

com direção <strong>de</strong> arte <strong>de</strong> Curtis Caja<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 87


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

39 Se alguém te oferecer flores... por Christina Carvalho Pinto*<br />

Divulgação<br />

A romântica sedução<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Ah, os anos 1980! Depois da queima <strong>de</strong><br />

soutiens, a publicida<strong>de</strong> escancarou um<br />

lado mais romântico, piegas – e hétero –, da<br />

socieda<strong>de</strong> na campanha do <strong>de</strong>sodorante<br />

Impulse!, que bradava Se um <strong>de</strong>sconhecido<br />

te oferecer flores, isto é Impulse! e ainda encerrava<br />

dizendo que o produto só não protegia<br />

<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> amor.<br />

O slogan, criado pela Ogilvy, rodou o<br />

mundo. Os filmes retratavam a típica historinha<br />

universal “boy meets girl”. Impulse<br />

foi lançado pela Fabergé (Unilever)<br />

nos anos 1970 na África do Sul, veio para<br />

o Brasil e chegou aos EUA em 1982. Na<br />

Alemanha, chegou a ter 36% do mercado<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sodorantes. A marca ainda existe, se<br />

mo<strong>de</strong>rnizou – inclusive na propaganda – e<br />

é uma das mais fortes em body spray do<br />

Reino Unido, on<strong>de</strong> permanece o conceito<br />

<strong>de</strong> homens agindo <strong>de</strong> forma impulsiva para<br />

agradar mulheres. A agência, que fará, em<br />

2017, o relançamento global <strong>de</strong> Impulse é a<br />

Droga5, com o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> conquistar, quem<br />

diria, a geração <strong>de</strong> Millennials.<br />

* Christina Carvalho Pinto é presi<strong>de</strong>nte do Grupo<br />

Full Jazz. Ela assina a arte acima com o sócio-presi<strong>de</strong>nte<br />

e diretor <strong>de</strong> criação da Full Jazz, Luiz Lobo, e<br />

com Luiz Andra<strong>de</strong>, que fez a direção <strong>de</strong> arte em 3D<br />

88 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


NINGUÉM<br />

SEGURA A<br />

53%<br />

DE PARTICIPAÇÃO<br />

A audiência da Vanguarda<br />

é <strong>maio</strong>r que a soma <strong>de</strong><br />

todos os canais abertos<br />

e mais os canais por<br />

assinatura.<br />

Dos 50 programas <strong>de</strong><br />

<strong>maio</strong>r audiência,<br />

42 são da Vanguarda.<br />

93% <strong>de</strong> cobertura digital na região<br />

100% do jornalismo local em HD<br />

100% da programação local em HD<br />

Fonte: Kantar Ibope Media - Media Workstation<br />

São José dos Campos e Taubaté - nov/2015.


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

40 Se é Bayer, é bom por Chico Baldini*<br />

Divulgação<br />

Resposta curta e direta<br />

CLAUDIA PENTEADO<br />

Washington Olivetto costuma dizer<br />

que slogans brilhantes são aqueles<br />

que se tornam conhecidos não pela repetição<br />

exaustiva, como é o caso da <strong>maio</strong>ria,<br />

mas por traduzirem perfeitamente um<br />

forte conceito. Certamente o caso <strong>de</strong> Se é<br />

Bayer, é bom, criado por Bastos Tigre e possivelmente<br />

o mais antigo slogan criado no<br />

Brasil. Simples, respon<strong>de</strong> à velha pergunta<br />

universal: “Esse remédio é bom?”.<br />

O pernambucano Bastos Tigre, registro<br />

para aqueles que não foram fundo na história<br />

da publicida<strong>de</strong>, foi um jornalista, poeta<br />

e publicitário – entre outros vários talentos<br />

– que criou o slogan em 1922, na Semana<br />

<strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna. A frase foi usada<br />

durante 50 anos e atravessou fronteiras:<br />

tornou-se Si es Bayer, es bueno, em países<br />

da América Latina. Talvez hoje, especula<br />

um integrante do Conselho do Conar, não<br />

performasse tão bem: o adjetivo “Bom”<br />

po<strong>de</strong>ria, por exemplo, ser questionado<br />

por <strong>de</strong>screver uma marca <strong>de</strong> medicamentos.<br />

Porque, afinal <strong>de</strong> contas, o que é bom?<br />

Bons mesmo, eram os tempos vividos por<br />

Bastos Tigre.<br />

*Chico Baldini é sócio e Chief Relationship<br />

Officer da W3haus. Ele <strong>de</strong>senhou uma<br />

“elegante senhora <strong>de</strong> 120 anos <strong>de</strong> Brasil. Um<br />

enorme coração serve <strong>de</strong> fundo (afinal o seu<br />

medicamento mais conhecido, a Aspirina, é<br />

usada para controlar condições cardíacas),<br />

enquanto um sol, flores e pets representam<br />

os segmentos que a W3haus aten<strong>de</strong>”.<br />

90 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

41 Se o bar é bom, o chopp é Brahma por Sergio Gordilho*<br />

Divulgação<br />

Conclusão para convencer<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

Depois <strong>de</strong> muitos anos explorando sua<br />

posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança no ranking <strong>de</strong> cervejas<br />

mais vendidas do Brasil com o slogan<br />

A Número 1, criado pela então Fischer, Justus<br />

- hoje Fischer -, no fim dos anos 1990<br />

e começo do século 21, a Brahma passou a<br />

dividir mais participação <strong>de</strong> mercado com<br />

a amiga e concorrente Skol – ambas pertencem<br />

à Ambev. Isso obrigou a marca, que<br />

hoje é a vice-lí<strong>de</strong>r no mercado nacional, a<br />

renovar sua comunicação.<br />

Outros slogans foram criados após o<br />

gran<strong>de</strong> sucesso com o numeral 1, mas o que<br />

realmente colou na mente dos consumidores<br />

<strong>de</strong>pois disso foi uma i<strong>de</strong>ia, igualmente<br />

forte, que surgiu em meados <strong>de</strong> 2005. Em<br />

preparação para a Copa do Mundo <strong>de</strong> 2006,<br />

evento que sempre agita o mercado cervejeiro,<br />

a agência Africa resolveu transmitir a<br />

percepção <strong>de</strong> que os melhores bares precisam<br />

oferecer a marca para que sejam reconhecidos<br />

como tal. Daí nasceu o slogan que<br />

induz à conclusão: Se o bar é bom, o chopp<br />

é Brahma!<br />

*Sergio Gordilho é copresi<strong>de</strong>nte e Chief Creative<br />

Officer da Africa. Ele assina a arte acima com o<br />

diretor <strong>de</strong> criação Bruno Valença<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 91


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

42 Sinal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> por Christian Gebara*<br />

Divulgação<br />

Conexões imprescindíveis<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

Se por um lado o mercado <strong>de</strong> telefonia celular<br />

é fechado para a atuação <strong>de</strong> poucos<br />

players, por outro lado a concorrência entre<br />

eles é bastante acirrada. Neste cenário,<br />

quem conquista a confiança dos consumidores<br />

nos <strong>de</strong>talhes mais importantes do<br />

serviço leva a vantagem.<br />

Por isso, na década passada, a Vivo apostou<br />

em um slogan simples e direto que vendia<br />

a i<strong>de</strong>ia do Sinal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> antes <strong>de</strong><br />

qualquer outra coisa. O posicionamento foi<br />

planejado pela Africa e conduziu a estratégia<br />

da companhia durante alguns anos,<br />

até a evolução dos smartphones, quando<br />

apenas o sinal <strong>de</strong> serviço telefônico já não<br />

bastava.<br />

Em questões comportamentais e antropológicas,<br />

o conceito do Sinal <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

vem se fortalecendo no dia a dia do consumidor,<br />

que está cada vez mais inseparável<br />

dos seus mo<strong>de</strong>rnos aparelhinhos <strong>de</strong> telefone,<br />

nesses tempos em que a permanente<br />

conexão com a internet tornou-se imprescindível<br />

para o relacionamento com marcas<br />

como a Vivo.<br />

*Christian Gebara é Chief Revenue Officer da<br />

Telefônica Vivo. Ele assina a arte acima com a<br />

participação do copresi<strong>de</strong>nte e Chief Creative<br />

Officer da Africa, Sergio Gordilho, e com Bruno<br />

Valença, diretor <strong>de</strong> criação da agência<br />

92 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

43 Tem 1001 utilida<strong>de</strong>s por Rafael Urenha*<br />

Divulgação<br />

Funcional <strong>de</strong> A a Z<br />

PAULO MACEDO<br />

campanha 1001 utilida<strong>de</strong>s foi criada<br />

A pela McCann-Erickson. A BomBril foi o<br />

primeiro cliente 100% brasileiro da agência<br />

do Interpublic, hoje WMcCann. A DPZ começou<br />

a trabalhar com a marca em 1977 e<br />

o publicitário Washington Olivetto participou<br />

dos projetos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, ao lado <strong>de</strong><br />

Francesc Petit, um dos fundadores da icônica<br />

agência <strong>de</strong> três letras, hoje DPZ&T, que<br />

mantém a conta da marca.<br />

O primeiro comercial foi para o <strong>de</strong>tergente<br />

Bril, com o ator Nuno Leal Maia. O<br />

personagem Garoto BomBril, protagonizado<br />

pelo ator Carlos Moreno, estreou em<br />

1978. A campanha entrou para o Guinness<br />

Book, como a mais longeva da propaganda<br />

mundial, no início dos anos 1990, e ficou no<br />

ar por mais <strong>de</strong> 35 anos. Foram quase 400<br />

comerciais, durante esse período. Olivetto<br />

editou o livro Soy contra, com os anúncios<br />

<strong>de</strong> revista da marca das 1001 utilida<strong>de</strong>s,<br />

com Moreno parodiando pessoas com forte<br />

presença na mídia.<br />

*Rafael Urenha é Chief Creative<br />

Officer da DPZ&T. Ele assina a arte<br />

acima com a participação do diretor<br />

<strong>de</strong> arte Tiago Zanatta<br />

94 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

44 Tomou Doril, a dor sumiu por Tiago Biazetto*<br />

Divulgação<br />

Cadê? On<strong>de</strong> ela foi parar?<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

Um dos slogans mais lembrados das décadas<br />

<strong>de</strong> 1980 e 1990, Tomou Doril, a<br />

dor sumiu foi tão marcante que mais <strong>de</strong> um<br />

publicitário tentou assumir sua paternida<strong>de</strong>.<br />

Quando um bom conceito faz sucesso<br />

e atrai a simpatia dos consumidores, é comum<br />

que apareçam vários “gênios” que<br />

tentam se apo<strong>de</strong>rar da criação nos bastidores.<br />

Até o momento em que o pai finalmente<br />

apareceu, com a mesma fúria <strong>de</strong> Ulisses<br />

quando chegou à sua querida Ítaca após 20<br />

anos <strong>de</strong> Odisseia, e expulsou os preten<strong>de</strong>ntes<br />

que queriam roubar-lhe a sua linda Penélope.<br />

Depois <strong>de</strong> dúvidas sobre quem realmente<br />

havia tido a i<strong>de</strong>ia, Agnelo Pacheco, que<br />

na época estava na Norton Comunicação,<br />

apareceu para tomar o que era seu por direito,<br />

com a anuência <strong>de</strong> Nelson Morizono,<br />

na época dono da Dorsay. Ele explica o insight:<br />

“Na frente <strong>de</strong>le e <strong>de</strong> meu primo, Lucio<br />

Pacheco, peguei a caixa, tapei o IL, ficou só<br />

a palavra DOR na embalagem. Tirei a mão<br />

e a palavra Doril voltou a figurar na embalagem.<br />

Falei: ‘Viu? Tomou Doril, a dor sumiu’.<br />

Simples, direta, como toda a criação<br />

<strong>de</strong>ve ser”.<br />

*Tiago Biazetto é sócio e diretor criativo estratégico<br />

da Tif Comunicação e presi<strong>de</strong>nte do Clube<br />

<strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong> do Paraná. Ele assina a arte com<br />

a participação <strong>de</strong> Juan Ignacio Hervas, Fhabyo<br />

Matesick, Wal<strong>de</strong>mar Segundo e Rafael Coradine.<br />

Fotografia é <strong>de</strong> Nuno Papp<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 95


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

45 Um banho <strong>de</strong> alegria num mundo <strong>de</strong> água quente por Fernando Campos*<br />

Divulgação<br />

Prazer sem racionamento<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

panho um sabonete, abro a torneira<br />

“A e <strong>de</strong> repente a gente sente. Duchas<br />

Corona, um banho <strong>de</strong> alegria, num mundo<br />

<strong>de</strong> água quente”. O leitor que tenha vivido<br />

os agitados anos 1970 provavelmente reconhece<br />

a letra <strong>de</strong>ste jingle e po<strong>de</strong> até mesmo<br />

escutar o ritmo na mente.<br />

Criado pelo compositor Francis Monte<br />

– uma <strong>de</strong> suas primeiras criações publicitárias<br />

–, este clássico da publicida<strong>de</strong> brasileira<br />

foi inicialmente recusado por falar<br />

mais vezes a palavra sabonete do que ducha.<br />

Felizmente o produtor da Publisol, que<br />

encomendou a canção em nome da Corona,<br />

conseguiu convencer o cliente e associou<br />

o refrão à marca durante aproximadamente<br />

uma década. Hoje, em tempos <strong>de</strong> falta<br />

<strong>de</strong> água e represas a baixos níveis, geraria<br />

uma polêmica nas re<strong>de</strong>s sociais ou po<strong>de</strong>ria<br />

até mesmo gerar processo no Conar, como<br />

brinca Fernando Campos, da Santa Clara e<br />

do Clube <strong>de</strong> Criação, que foi convidado pelo<br />

PROPMARK para uma interpretação visual<br />

<strong>de</strong>sse sucesso publicitário.<br />

*Fernando Campos é sócio e diretor<br />

<strong>de</strong> criação da Santa Clara e presi<strong>de</strong>nte<br />

do Clube <strong>de</strong> Criação<br />

96 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


www.zoegas.com.br<br />

9 pots<br />

13 filmes<br />

18 campa has digitais<br />

47 anúncios<br />

9 ações promocion is<br />

13 cliente<br />

2 anos <strong>de</strong> operação. 30 anos <strong>de</strong> experiência.


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

46 Um raro prazer por André Pedroso*<br />

Divulgação<br />

Os po<strong>de</strong>res da fumaça<br />

RAFAEL VAZQUEZ<br />

ale menos do produto e ofereça mais<br />

“Fentretenimento ao consumidor. Insira<br />

a marca no contexto”. Esse conceito, que<br />

hoje está bastante em alta, foi usado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os primórdios da propaganda pelas marcas<br />

<strong>de</strong> cigarro. Se, por um lado, o produto em si<br />

está associado a consequências negativas,<br />

pelo aspecto da comunicação, os comerciais<br />

<strong>de</strong> cigarro ensinaram os publicitários<br />

a ven<strong>de</strong>rem mais que um simples produto<br />

e conectarem marcas com estilos <strong>de</strong> vida.<br />

Um dos slogans históricos <strong>de</strong> <strong>maio</strong>r sucesso<br />

do mercado veio da marca Carlton,<br />

que, com trilhas sonoras bem escolhidas e<br />

apelos mais sutis, fugia do mo<strong>de</strong>lo publicitário<br />

dos anos 1970 e 1980 e transmitia a<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Um raro prazer. Um comercial <strong>de</strong><br />

1979, por exemplo, <strong>de</strong>dicava mais valiosos<br />

segundos mostrando garrafas enchendo<br />

taças <strong>de</strong> vinhos e cortes <strong>de</strong> queijos do que<br />

ao próprio produto, que aparecia praticamente<br />

como algo complementar à ocasião.<br />

Hoje, em tempos <strong>de</strong> Skip Ads, essa estratégia<br />

é mais regra do que exceção em publicida<strong>de</strong><br />

na internet.<br />

*Andre Pedroso, fumante, é diretor <strong>de</strong> criação da<br />

Momentum. Ele assina a homenagem à Carlton<br />

com o diretor <strong>de</strong> arte Ricardo Sanchez e o fotógrafo<br />

Alexandre Salgado (Estudio ArtLuz), também com<br />

participação <strong>de</strong> Marinete Raimondi (art buyer) e Quirino<br />

Nogueira (produção gráfica). Retoque é da Craft.<br />

98 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

47 Vale por um bifinho por Rui Branquinho*<br />

Divulgação<br />

Recall nutritivo<br />

MARIANA ZIRONDI<br />

Sucesso entre a criançada, a Danone<br />

lançou o Danoninho no Brasil em 1973,<br />

abrindo a categoria <strong>de</strong> iogurte petit suisse,<br />

um queijo fresco, adicionado <strong>de</strong> minerais e<br />

vitaminas. Mas, foi na década <strong>de</strong> 1980 que<br />

o iorgute ficou famoso por aqui. E este fato<br />

se <strong>de</strong>ve, principalmente, a um dos slogans<br />

mais populares da história da publicida<strong>de</strong><br />

brasileira: Danoninho vale por um bifinho.<br />

Além disso, o jingle criado por José Mário<br />

e Luiz Orchestra, que parodiava uma famosa<br />

valsinha no Brasil conhecida como Bife,<br />

sequência <strong>de</strong> notas musicais no piano, se<br />

tornou hino para as crianças. Mas, apesar<br />

<strong>de</strong> todo o sucesso, a frase foi contestada por<br />

nutricionistas, que compararam as calorias<br />

do produto com um bife e constataram alto<br />

teor <strong>de</strong> açúcar e gordura, sem alcançar o<br />

nível das proteínas <strong>de</strong> um bife. Notificada<br />

pelo Conar, a Danone evitou utilizar o slogan,<br />

que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser usado no país, mas<br />

foi introduzido na Alemanha e na Áustria,<br />

por exemplo.<br />

* Rui Branquinho é publicitário<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 99


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

48 Varig, Varig, Varig por Guga Ketzer*<br />

Divulgação<br />

Um país nos ceús do mundo<br />

ANA PAULA JUNG<br />

Foi José Bonifácio Sobrinho, o Boni, um<br />

dos <strong>maio</strong>res experts da TV brasileira,<br />

quem criou o memorável slogan Varig, Varig,<br />

Varig. A Viação Aérea Rio-Gran<strong>de</strong>nse,<br />

mais conhecida como Varig, foi a primeira<br />

companhia aérea fundada no Brasil. Foi<br />

inaugurada em 1927, em Porto Alegre, pelo<br />

alemão Otto Ernst Meyer, e consi<strong>de</strong>rada a<br />

<strong>maio</strong>r e mais confiável <strong>de</strong> seu segmento no<br />

Brasil, principalmente entre as décadas <strong>de</strong><br />

1950 e 1970.<br />

Para aten<strong>de</strong>r à Varig não bastava mais<br />

pensar somente em rádio e televisão, então<br />

Boni montou uma pequena agência <strong>de</strong> criação,<br />

chamada BEL (Boni, Edmilson Vianna<br />

e Laerte Agnelli). A primeira missão da nova<br />

empresa foi participar da concorrência<br />

do lançamento da Ponte Aérea. Foi na agência<br />

BEL que a “assinatura sonora” foi criada<br />

e estrategicamente pensada para estar presente<br />

durante muitos anos nas campanhas<br />

em vários canais <strong>de</strong> mídia. Em 2010, foi <strong>de</strong>cretada<br />

a falência da Varig, que <strong>de</strong>ixou sauda<strong>de</strong>s<br />

em muitos passageiros.<br />

*Guga Ketzer, gaúcho como a extinta Varig, é presi<strong>de</strong>nte<br />

da LDC. Ele assina a arte em homenagem<br />

à companhia aérea com <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> Eduardo Talia<br />

100 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

49 Você conhece, você confia por Benjamin Yung*<br />

Divulgação<br />

Felizes para sempre!<br />

VINÍCIUS NOVAES<br />

Acredite: um dos slogans mais memoráveis<br />

da publicida<strong>de</strong> brasileira não<br />

foi criado por nenhum gran<strong>de</strong> nome da<br />

propaganda. Você conhece, você confia, da<br />

Volkswagen, foi o resultado <strong>de</strong> um concurso<br />

realizado pela própria montadora,<br />

em 1988. A frase vencedora foi do paulista<br />

Francisco Carlos Fontanelli, que, à época,<br />

como prêmio, ganhou um Gol. Heinz<br />

Gundlach, diretor-presi<strong>de</strong>nte da Volkswagen<br />

do Brasil naquele ano, disse que o novo<br />

slogan fazia parte <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação corporativa que a empresa<br />

estava <strong>de</strong>senvolvendo. Entre os objetivos,<br />

pretendiam aumentar o grau <strong>de</strong> exposição<br />

da marca frente à concorrência, <strong>de</strong>stacar<br />

fatores <strong>de</strong>cisivos para o consumidor,<br />

valorizar os conceitos da marca - como<br />

conforto, segurança e <strong>de</strong>sempenho - e<br />

realçar o elevado padrão tecnológico <strong>de</strong><br />

seus produtos. Dentre as milhares <strong>de</strong> frases<br />

recebidas, foram escolhidas as cinco<br />

mais representativas. Antes <strong>de</strong> escolher a<br />

vencedora, foi realizada uma pesquisa para<br />

sentir a opinião do público em relação<br />

ao slogan.<br />

*Benjamin Yung, o BJ, é diretor <strong>de</strong> criação da AlmapBBDO,<br />

agência da Volkswagen. Ele conta que<br />

fez uma pesquisa das campanhas da montadora e<br />

viu na imagem acima a melhor representação do<br />

conceito Você conhece, você confia. A imagem é <strong>de</strong><br />

um anúncio criado por Marcello Serpa, ex-sócio<br />

da Almap, com fotografia <strong>de</strong> Ale Catan<br />

102 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

50 Você faz maravilhas com Leite Moça por Marisa Furtado*<br />

Divulgação<br />

Êxtase con<strong>de</strong>nsado<br />

CRISTIANE MARSOLA<br />

Durante quatro décadas, a partir dos<br />

anos 1960, o leite con<strong>de</strong>nsado da Nestlé<br />

usou o slogan Você faz maravilhas com<br />

Leite Moça, criado pela então McCann-<br />

-Ericsson (hoje WMcCann). A frase vinha<br />

no rótulo, em anúncios, comerciais, livros<br />

<strong>de</strong> receitas e brin<strong>de</strong>s da marca, chamando<br />

a atenção para o uso culinário do produto<br />

que começou como uma opção ao leite comum<br />

por ser menos perecível.<br />

O produto Milkmaid começou a ser comercializado<br />

no Brasil no ano <strong>de</strong> 1890, já<br />

trazendo a tradicional camponesa no rótulo.<br />

Foi em 1921 que a Nestlé and Anglo-<br />

-Swiss Con<strong>de</strong>nsed Milk Co. inaugurou a<br />

sua fábrica em Araras, no interior <strong>de</strong> São<br />

Paulo, e passou a produzir o leite con<strong>de</strong>nsado<br />

no país. Em pouco tempo, o produto<br />

já era conhecido, localmente, como sendo o<br />

leite da moça. A partir dos anos 1930, o nome<br />

virou marca, que logo se transformou<br />

em sinônimo da categoria.<br />

Além do leite con<strong>de</strong>nsado, a marca Moça<br />

é comercializada no Brasil em 13 produtos,<br />

entre biscoitos, cereal matinal, chocolate e<br />

picolés.<br />

*Marisa Furtado é sócia e VP <strong>de</strong> inovação da Fabrica.<br />

Também atua com projetos <strong>de</strong> gastronomia<br />

no Madame Aubergine. Ela assina a arte com André<br />

Hernan<strong>de</strong>z, diretor-geral <strong>de</strong> criação da agência.<br />

Tratamento e finalização são <strong>de</strong> Hugo Bueno<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 103


51 anos com 51 boas i<strong>de</strong>ias<br />

51 Quem come um, pe<strong>de</strong> Bis por Mario Narita*<br />

Divulgação<br />

Vonta<strong>de</strong> infinita<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Em 2007, para comemorar os 65 anos do<br />

chocolate Bis, lançado pela Lacta em<br />

1942, a Ogilvy criou o filme Cursinho, que<br />

apresentava um dos slogans mais populares<br />

do Brasil: Quem come um, pe<strong>de</strong> Bis. No<br />

filme, a marca enfatizava o conceito impossível<br />

resistir a Bis, mostrando dois amigos<br />

<strong>de</strong>vorando uma caixa do famoso chocolate<br />

em vez <strong>de</strong> estarem atentos aos estudos<br />

da fase pré-vestibular. Bem-humorado, o<br />

comercial trazia dois amigos conversando<br />

no fundo da sala <strong>de</strong> aula, quando um <strong>de</strong>les<br />

dizia estar interessado em uma garota<br />

sentada mais à frente. Para mostrar quem<br />

era a garota em questão, o personagem ia<br />

<strong>de</strong>vorando um Bis atrás do outro e tentando<br />

acertá-la com as bolinhas feitas com a<br />

embalagem do chocolate. No fim, quando<br />

acertava o “alvo”, quem se virava era um<br />

rapaz <strong>de</strong> cabelos longos. O slogan também<br />

foi usado em um comercial, com roteiro no<br />

qual um homem se finge <strong>de</strong> cabeleireiro no<br />

camarim <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los; além <strong>de</strong> um no qual a<br />

caixa <strong>de</strong> chocolates fica presa em uma porta<br />

giratória <strong>de</strong> banco.<br />

*Mario Narita é Chief Executive Officer da Narita<br />

Design & Strategy. Ele assina a arte acima com<br />

Thiago Takeda<br />

104 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


51 Anos com 51 boAs i<strong>de</strong>iAs<br />

Antes <strong>de</strong> tudo, é preciso<br />

acreditar no potencial<br />

O PROPMARK ouviu profissionais do mercado sobre o que vem<br />

a ser uma boa i<strong>de</strong>ia, tema <strong>de</strong>ste especial dos 51 anos do jornal. A<br />

<strong>maio</strong>ria <strong>de</strong>les concorda que uma i<strong>de</strong>ia genial é em geral simples<br />

Claudia Penteado<br />

Uma vez conversava<br />

com um redator<br />

e dizia a ele o quanto<br />

respeito a coragem<br />

dos profissionais que<br />

escolhem trabalhar<br />

em criação <strong>de</strong> agência,<br />

on<strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ias po<strong>de</strong>m<br />

custar milhões e<br />

contribuir para mexer<br />

seriamente nas finanças<br />

<strong>de</strong> empresas – para<br />

o bem e para o mal.<br />

Ele me dizia que é preciso,<br />

<strong>de</strong> fato, acreditar<br />

muito no potencial das<br />

próprias i<strong>de</strong>ias.<br />

Fico imaginando um<br />

criativo apresentando<br />

corajosamente a i<strong>de</strong>ia<br />

do projeto Dumb Ways<br />

to Die. Ou o filme da<br />

tartaruga ou do caranguejo,<br />

da Brahma. Ou<br />

os roteiros dos filmes <strong>de</strong><br />

Bombril...? Demanda<br />

autoestima, acima <strong>de</strong><br />

tudo, acho eu. Penso<br />

que o que leva profissionais<br />

aos <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong><br />

criação é a crença na própria<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter boas i<strong>de</strong>ias,<br />

acompanhada da confiança <strong>de</strong><br />

vendê-las e um <strong>de</strong>sejo intenso<br />

<strong>de</strong> colocá-las no mundo.<br />

E é claro que não é simples.<br />

Mas a <strong>maio</strong>ria concorda<br />

que uma boa i<strong>de</strong>ia, em geral,<br />

é simples, tão simples que no<br />

instante seguinte parece que<br />

sempre existiu, <strong>de</strong> tanta “liga”<br />

com o universo. É fácil reconhecer<br />

uma boa i<strong>de</strong>ia. E é fácil<br />

dizer, <strong>de</strong>pois que ela foi gerada,<br />

a famosa frase: “Como eu<br />

não pensei nisso antes?”<br />

Outro efeito <strong>de</strong> uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia: costuma dar inveja.<br />

Muita inveja. Olivetto chama<br />

<strong>de</strong> “inveja saudável”. Mas acho<br />

que, na <strong>maio</strong>ria dos casos, é<br />

uma bruta inveja mesmo, daquelas<br />

<strong>de</strong> remoer no cantinho.<br />

Mas não se po<strong>de</strong> esquecer<br />

nunca <strong>de</strong> que uma i<strong>de</strong>ia é apenas<br />

uma i<strong>de</strong>ia. Conversando<br />

sobre o assunto com diversas<br />

pessoas – cujas opiniões estão<br />

compiladas nas páginas 107,<br />

108 e 109 – percebi que a <strong>maio</strong>ria<br />

separa a sugestão recém-<br />

-concebida nos miolos daquilo<br />

que vai <strong>de</strong> fato para o concreto,<br />

se materializa, se digitaliza, o<br />

que for. Uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>ve ganhar<br />

“corpo”, forma, para passar a<br />

existir. Essas, sim, são as boas<br />

i<strong>de</strong>ias (quando elas se mantêm<br />

boas <strong>de</strong> fato, materializadas).<br />

Hugo Veiga, da AKQA, conta<br />

que uma vez um dupla lhe<br />

disse, em meio a um brainstorming<br />

frustrante, a seguinte<br />

frase: “Se uma árvore cai na<br />

floresta e ninguém viu, será<br />

que caiu <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>?”.<br />

Isso o fez perceber que, em<br />

geral, os criativos são mais conhecidos<br />

pelo que fazem do<br />

Brian A Jackson/Shutterstock<br />

que pelas i<strong>de</strong>ias que têm.<br />

Veiga também fala que uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia é algo muito frágil,<br />

que temos o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> proteger.<br />

Até <strong>de</strong> nós próprios. Porque,<br />

com o avanço da tecnologia,<br />

tornou-se mais fácil e simples<br />

materializá-la. E o resultado<br />

po<strong>de</strong> ser bem... ruim.<br />

O escritor Robert Greene<br />

diz, em seu livro Maestria, que<br />

todos nós temos um “po<strong>de</strong>r<br />

latente” <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós. Porque<br />

durante milhões <strong>de</strong> anos<br />

fomos caçadores, coletores e<br />

<strong>de</strong>senvolvemos cérebros altamente<br />

adaptáveis e criativos. E<br />

continuamos com esse mesmo<br />

cérebro caçador-coletor <strong>de</strong>ntro<br />

do crânio (já isso quem disse<br />

foi o Richard Leakey, paleoantropólogo<br />

queniano).<br />

Greene acredita em uma<br />

forma <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e inteligência<br />

que representa o ápice do potencial<br />

humano. Em fases <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong> excepcional, impelidos<br />

pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fazer algo prático – resolver<br />

uma crise, cumprir um prazo<br />

–, saímos da concha e da segurança<br />

das i<strong>de</strong>ias habituais<br />

para nos conectarmos com o<br />

mundo e nos tornarmos inspirados,<br />

criativos, brilhantes.<br />

Depois do prazo cumprido, o<br />

sentimento <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e criativida<strong>de</strong><br />

quase sempre se esvai<br />

(a menos que você seja, por<br />

exemplo, David Droga ou John<br />

Hegarty, claro).<br />

Imagino que até o final do<br />

livro eu aprenda a manter meu<br />

brilhantismo ocasional mais<br />

presente. Mas, enquanto isso,<br />

vamos às visões sobre esse<br />

gran<strong>de</strong> enigma chamado “a<br />

boa i<strong>de</strong>ia” <strong>de</strong> um bocado <strong>de</strong><br />

gente que <strong>de</strong>ve ser brilhante<br />

quase o tempo todo.<br />

106 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que tem a capacida<strong>de</strong><br />

quase mágica <strong>de</strong> conectar estratégia,<br />

visão, ação e ainda inspirar criativamente<br />

quem entra em contato com ela. Uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia será mãe <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> boas i<strong>de</strong>ias,<br />

<strong>de</strong> todos os tamanhos, geradas 365 dias por<br />

ano, por qualquer um, inclusive consumidores.<br />

”<br />

Fotos: Divulgação<br />

andre Galhardo<br />

Diretor <strong>de</strong> criação e planejamento da<br />

AG365<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é como o DNA. Uma ca<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> informação programada para ser replicada,<br />

modificada e melhorada com o tempo,<br />

planejada para realçar características <strong>de</strong>sejadas,<br />

que liga o passado e o futuro da história<br />

<strong>de</strong> uma marca. Uma boa i<strong>de</strong>ia, como o<br />

DNA humano, pertence a todos e todos conseguem<br />

contribuir para sua força.<br />

”<br />

51 Anos com 51 boAs i<strong>de</strong>iAs<br />

”<br />

Para mim, o selo ‘boa i<strong>de</strong>ia’ só é possível<br />

<strong>de</strong>pois que ela ‘ganha as ruas’. Antes disso,<br />

é impossível saber com 100% <strong>de</strong> certeza se<br />

ela é boa ou não. Porque uma boa i<strong>de</strong>ia é<br />

aquela que mobiliza as pessoas, incomoda,<br />

ou seja, as tira da comodida<strong>de</strong> do momento.<br />

Boa i<strong>de</strong>ia, mais que sucesso <strong>de</strong> crítica, é<br />

sucesso <strong>de</strong> público.<br />

Átila Francucci ”<br />

Sócio-diretor criativo da CO:collective<br />

”<br />

As melhores, para mim, são aquelas que<br />

juntam várias coisas que já estavam por aí<br />

<strong>de</strong> uma maneira que ninguém pensou antes<br />

e criam novas.<br />

”<br />

nelito Fernan<strong>de</strong>s<br />

Jornalista, roteirista na TV Globo<br />

e fundador d’O Sensacionalista<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que <strong>de</strong>sconstrói<br />

o que as pessoas pensam sobre algo. Descontextualização<br />

é um caminho frequente<br />

para surpreen<strong>de</strong>r alguém. Ou seja, o uso fora<br />

do contexto dá novos significados ao que<br />

conhecemos e ilumina a mente para novos<br />

entendimentos. Uma boa i<strong>de</strong>ia, em geral,<br />

utiliza elementos já conhecidos no universo<br />

simbólico do fruidor. Sem conhecer ou<br />

usar elementos já conhecidos, as i<strong>de</strong>ias ficam<br />

incompreensíveis. Portanto, uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia é trazer um novo significado para algo<br />

que conhecíamos antes <strong>de</strong> modo diferente.<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é a expansão do significado<br />

que possibilita novos entendimentos. Uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>sperta um sorriso na mente.<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia encanta e surpreen<strong>de</strong>. Uma<br />

é i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>ve ser simples.<br />

Ricardo leite ”<br />

Designer, sócio da Crama<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que minha Tia<br />

Maria Lúcia gosta. Ela não enten<strong>de</strong> nada <strong>de</strong><br />

marketing, <strong>de</strong> posicionamento, <strong>de</strong> target.<br />

Ela não sabe o que é Mashable. Nunca foi<br />

pra SXSW. Mas, todas as i<strong>de</strong>ias até hoje que<br />

Tia Maria Lúcia gostou, são i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> sucesso,<br />

que ajudam a construir marcas, dão<br />

resultados e acabam ganhando prêmios.<br />

Quando a Tia Maria Lúcia não gosta <strong>de</strong> uma<br />

i<strong>de</strong>ia, é melhor continuar pensando.<br />

”<br />

ra uma i<strong>de</strong>ia ser consi<strong>de</strong>rada boa, <strong>de</strong>ve vir<br />

com um novo ângulo ou uma solução criativa,<br />

sem ser óbvia ou lugar-comum. Uma<br />

i<strong>de</strong>ia que não melhora nada ou não é a solução<br />

para nenhuma situação ou problema<br />

é <strong>de</strong>snecessária. E se essa solução ou i<strong>de</strong>ia<br />

for completamente inalcançável, nunca vai<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser uma i<strong>de</strong>ia e se transformar<br />

em uma ação, permanece como uma divagação,<br />

um <strong>de</strong>vaneio.<br />

daniel Japiassú ”<br />

Diretor <strong>de</strong> operações da YDreams<br />

”<br />

Não é difícil reconhecer uma boa i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>. Ela flui. Tem vida própria, tem<br />

alma e tem carisma. A gente gosta <strong>de</strong>la e<br />

pronto. Colocamos a nossa inveja <strong>de</strong> lado e<br />

abraçamos ela como se fosse nossa. Ela nos<br />

representa. Quando você se pegar contando<br />

ou <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo com entusiasmo uma<br />

i<strong>de</strong>ia que não é sua, é que você está diante<br />

<strong>de</strong>la: a boa i<strong>de</strong>ia.<br />

”<br />

Marcello noronha<br />

Diretor <strong>de</strong> criação da NBS Rio<br />

”<br />

A boa i<strong>de</strong>ia é aquela que muda uma história,<br />

<strong>de</strong>ixas as pessoas emocionalmente<br />

perplexas. Para um criativo honesto e humil<strong>de</strong><br />

é a inveja pura e secreta <strong>de</strong> que não<br />

foi gerada ou estimulada por ele, acompanhada<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo reverencial <strong>de</strong> abraçar<br />

seu criador. Para o criativo comum é uma<br />

raiva: como uma i<strong>de</strong>ia tão boa não veio <strong>de</strong><br />

mim? Desgraçado.<br />

”<br />

Rodrigo leão<br />

Sócio e diretor <strong>de</strong> criação da Casa Darwin<br />

”<br />

Eu acho que a boa i<strong>de</strong>ia é aquela que, na<br />

hora que chega, soluciona e preenche perfeitamente,<br />

parece um milagre, mas um<br />

pouco <strong>de</strong>pois causa dúvida - <strong>de</strong> tão simples,<br />

será mesmo tão boa? A ‘prova real’,<br />

muitas vezes, só vem tempos <strong>de</strong>pois, quando<br />

você se <strong>de</strong>para com ela e admira muito:<br />

parece até que é <strong>de</strong> outra pessoa, não minha.<br />

Parece que ganhou vida sozinha. Eu<br />

sinto isso quando releio alguns trechos dos<br />

meus livros, anos <strong>de</strong>pois, ou quando vejo<br />

um esquete ou manchete do Sensa. É uma<br />

sensação bem engraçada.<br />

”<br />

Martha Mendonça<br />

Jornalista, escritora e roteirista<br />

anselmo Ramos<br />

CCO, cofundador da David Miami<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é um pensamento inovador<br />

que soluciona ou respon<strong>de</strong> a um problema<br />

<strong>de</strong> forma viável, para que possa virar<br />

uma ação. Em uma frase eu vejo assim. Pa-<br />

José Guilherme Vereza<br />

Escritor e sócio-diretor da<br />

11:21 Simplicida<strong>de</strong> Criativa<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 107


”<br />

Acho que a boa i<strong>de</strong>ia é aquela capaz <strong>de</strong><br />

provocar mudanças positivas. Isso vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

uma piada bem colocada, que provoca<br />

um sorriso, passando por i<strong>de</strong>ias capazes <strong>de</strong><br />

engajar pessoas a mudar um status quo retrógrado<br />

(o movimento feminista contemporâneo<br />

está cheio <strong>de</strong> boas i<strong>de</strong>ias) e chegando<br />

nas i<strong>de</strong>ias capazes <strong>de</strong> ampliar um ou<br />

criar novos negócios e oportunida<strong>de</strong>s.<br />

”<br />

leonardo Brossa<br />

Sócio e creative planner da Quintal<br />

”<br />

Eu sei o que ela não é: uma i<strong>de</strong>ia boa. O<br />

que quero dizer é que uma boa i<strong>de</strong>ia é apenas<br />

um sonho não realizado, enquanto que<br />

uma i<strong>de</strong>ia boa é aquela realizada, colocada<br />

em prática. Gosto <strong>de</strong> pensar (e dizer) que<br />

se uma i<strong>de</strong>ia não foi realizada, então nem<br />

i<strong>de</strong>ia é.<br />

eduardo ” Garretano<br />

Creative Coaching, professor na Miami<br />

Ad School e no Polo Criativo, além<br />

<strong>de</strong> mentoria no Estaleiro Liberda<strong>de</strong><br />

e lí<strong>de</strong>r do estúdio Unnico<br />

”<br />

Acho que uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que<br />

po<strong>de</strong> ajudar a resolver um problema ou<br />

questão <strong>de</strong> um jeito criativo, ou uma i<strong>de</strong>ia<br />

original, ousada, que ainda não foi vista em<br />

prática.<br />

”<br />

Jacqueline lafloufa<br />

Editora <strong>de</strong> insights na Kantar<br />

”<br />

Acho que uma boa i<strong>de</strong>ia é algo que soluciona<br />

um problema <strong>de</strong> uma forma diferente<br />

do que se esperaria.<br />

”<br />

51 Anos com 51 boAs i<strong>de</strong>iAs<br />

”<br />

Acabei <strong>de</strong> brincar com uma pessoa do<br />

atendimento aqui que disse: ‘acho que o<br />

cliente vai gostar da 3ª rota. Rota? I<strong>de</strong>ia<br />

não é rota. I<strong>de</strong>ia é i<strong>de</strong>ia. É o que vai colar<br />

na cabeça das pessoas. É o que te tira um<br />

brilho nos olhos. Ou um sorriso. É o que faz<br />

tua marcha ser diferente do seu concorrente.<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> produto, <strong>de</strong><br />

ativação, <strong>de</strong> filme, <strong>de</strong> post... Uma boa i<strong>de</strong>ia<br />

transcen<strong>de</strong> o meio. Uma boa i<strong>de</strong>ia simplesmente<br />

encanta.<br />

”<br />

Guilherme Jahara<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da F.biz<br />

”<br />

É uma solução que, normalmente, <strong>de</strong>sperta<br />

um sorriso cúmplice, leva pessoas a<br />

se moverem, a reagir e traz resultados.<br />

”<br />

Gal Barradas<br />

CO-CEO da BETC e Copresi<strong>de</strong>nte<br />

do Havas Creative Group no Brasil<br />

”<br />

Para mim, uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que<br />

po<strong>de</strong> tornar a vidas das pessoas melhor. E<br />

também aquela que resolve ou aponta um<br />

caminho possível para um problema que<br />

parecia sem solução.<br />

”<br />

isaac Bernat<br />

Ator, diretor e doutor<br />

em Teatro pela Unirio<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia precisa ser original e autêntica.<br />

Transmite uma mensagem <strong>de</strong> forma<br />

imediata com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> ressonância e spread,<br />

principalmente para o target <strong>de</strong>finido.<br />

”<br />

Em geral, a não ser como exercício conceitual.<br />

Que po<strong>de</strong> ser válido em algumas circunstâncias.<br />

Nem sempre eu tenho certeza<br />

que uma i<strong>de</strong>ia minha é viável. Mas, ao tentar<br />

torná-la viável, se po<strong>de</strong> inovar. Po<strong>de</strong>-se<br />

falhar também. Mas não há inovação sem<br />

risco.<br />

”<br />

Muti Randolph<br />

Designer multimídia<br />

”<br />

Para mim, uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela mensagem,<br />

imagem, música ou artigo que<br />

acenda uma faísca, que me leve na mesma<br />

hora a querer fazer algo que eu nunca fiz,<br />

que me faça procurar mais informação sobre<br />

<strong>de</strong>terminado assunto, produto, arte ou<br />

pensamento. Uma boa i<strong>de</strong>ia é simples, direta,<br />

sem ro<strong>de</strong>ios, é aquela que eu penso:<br />

por que eu não pensei nisso antes?<br />

”<br />

Paulo netto<br />

Diretor <strong>de</strong> cena<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é o que tira você da zona<br />

<strong>de</strong> conforto, mexe com sua emoção e faz<br />

você lembrar <strong>de</strong>la, dias <strong>de</strong>pois, com vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ver <strong>de</strong> novo.<br />

João daniel tikhomiroff ”<br />

Sócio-diretor da Mixer<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia, para mim, é aquela que<br />

eu não tive, criada por outro profissional,<br />

que me provoca um sentimento que eu<br />

apeli<strong>de</strong>i <strong>de</strong> inveja saudável.<br />

”<br />

Michel lent<br />

Chief Product Officer, Lent/AG<br />

Patricia Weiss<br />

Consultora estratégica <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d<br />

entertainment & content e brand<br />

storytelling<br />

”<br />

Uma i<strong>de</strong>ia que soluciona um problema<br />

<strong>de</strong> forma rapida, eficiente e viavel. Não<br />

adianta fazer um projeto que seja inviável.<br />

Washington olivetto<br />

Chairman da WMcCann<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia não é nada (se você não<br />

souber <strong>de</strong>senvolvê-la). É a tal história: 2%<br />

<strong>de</strong> inspiração e 98% <strong>de</strong> transpiração!<br />

Ricardo Hoffstetter ”<br />

Escritor, autor, roteirista da TV Globo e<br />

presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> Roteiristas<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que parece tão<br />

simples que você não consegue enten<strong>de</strong>r<br />

por que ninguém pensou antes. Sinceramente,<br />

não é realizada toda hora. Quando<br />

ocorre, o prazer é enorme.<br />

”<br />

Rynaldo Gondim<br />

Diretor <strong>de</strong> criação da AlmapBBDO<br />

108 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


”<br />

Aquela coisa simples, pertinente. E que<br />

gruda na cabeça, no ouvido. E no coração.<br />

”<br />

nizan Guanaes<br />

Sócio e cofundador do Grupo ABC<br />

”<br />

Boa i<strong>de</strong>ia é aquela criatura que aparece<br />

para te assombrar. Que não <strong>de</strong>ixa você<br />

dormir. Que pesa continuamente na consciência<br />

até você a produzir. Se uma boa<br />

i<strong>de</strong>ia é boa o suficiente, ela vai assombrar<br />

seu time, o cliente, a equipe <strong>de</strong> produção.<br />

Boa i<strong>de</strong>ia é um monstro. E todos vão recear<br />

não conseguir dar-lhe o corpo que sua alma<br />

merece.<br />

”<br />

Hugo Veiga<br />

Diretor <strong>de</strong> criação e fundador da<br />

AKQA São Paulo<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia em propaganda é aquela<br />

que consiga pren<strong>de</strong>r a atenção do meu consumidor<br />

e o motive a comprar meu produto<br />

ou serviço.<br />

”<br />

José luiz Vaz<br />

Supervisor digital e re<strong>de</strong>s sociais<br />

da Agência3<br />

51 Anos com 51 boAs i<strong>de</strong>iAs<br />

”<br />

Para mim, é a que você tem vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contar pra todo mundo. Sendo ou não sua,<br />

claro!<br />

”<br />

antonia Zobaran<br />

Diretora <strong>de</strong> arte da NBS<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia nos faz sorrir cúmplices,<br />

mesmo sem ser engraçada. Sentimo-nos<br />

mais inteligentes pelo simples fato <strong>de</strong> entendê-la<br />

e saber apreciá-la. A boa i<strong>de</strong>ia estava<br />

ali o tempo todo, mas só alguém viu.<br />

Parece mais uma revelação divina do que<br />

uma criação humana. Definir o que é uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia é difícil, mas uma coisa é certa:<br />

uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que dá inveja.<br />

”<br />

João Paulo Pereira<br />

Diretor <strong>de</strong> arte e <strong>de</strong>signer<br />

”<br />

Costumo dizer que boa i<strong>de</strong>ia é i<strong>de</strong>ia aprovada<br />

(se bem, que nem todas aprovadas são<br />

boas). De maneira menos direta, a boa i<strong>de</strong>ia<br />

faz cócegas no cérebro, assusta, provoca dor<br />

<strong>de</strong> barriga. Ou seja, não é possível ficar-se indiferente<br />

a uma boa i<strong>de</strong>ia. Infelizmente, muitas<br />

vezes, a boa i<strong>de</strong>ia é uma Geni: leva pedradas,<br />

é violada, é maltratada até a morte.<br />

”<br />

edson athay<strong>de</strong><br />

CEO e diretor <strong>de</strong> criação<br />

da FCB Lisboa<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia, para mim, é aquela que<br />

surge <strong>de</strong> repente, às vezes até nos sonhos, e<br />

te faz vislumbrar o novo. É muito comum,<br />

quando isso acontece, que as pessoas à sua<br />

volta, com quem, naturalmente, você quer<br />

dividir essa i<strong>de</strong>ia, duvi<strong>de</strong>m <strong>de</strong> você e po<strong>de</strong>m<br />

até te fazer <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> seguir em frente,<br />

se você não for autoconfiante.<br />

Marzio Fiorini<br />

”<br />

Designer, estilista e artista plástico<br />

”<br />

O clipe ninguém sabe exatamente <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

veio ou como surgiu, nem em que ano<br />

apareceu em nossas vidas. Des<strong>de</strong> que eu<br />

nasci o vejo circulando por aí. Perfeito. Sem<br />

sobras, sem emendas, sem falhas. Já se tentou<br />

<strong>de</strong> tudo para substituí-lo. Nada lhe chega<br />

aos pés. O clipe é a i<strong>de</strong>ia em sua forma<br />

mais pura. E genial. Toda vez que sento para<br />

criar, penso em um clipe. Será que esta<br />

i<strong>de</strong>ia tem sobras, emendas e falhas? A i<strong>de</strong>ia<br />

exata: que sobrevive a todos os critérios. A<br />

i<strong>de</strong>ia inteira: que o cliente não mexeu, não<br />

mudou. A i<strong>de</strong>ia infalível: que captou imediatamente<br />

o coração do consumidor. Poucos<br />

<strong>de</strong> nós conseguem. O que só aumenta o<br />

<strong>de</strong>safio. Se um dia eu fosse criar um troféu,<br />

ele certamente teria a forma <strong>de</strong> um clipe.<br />

toninho lima<br />

”<br />

Redator/supervisor <strong>de</strong> criação da Artplan<br />

”<br />

Uma i<strong>de</strong>ia, quando é excelente, provoca<br />

um sintoma que é aquela porradinha que<br />

começa na barriga, bate na cabeça e termina<br />

com um palavrão saindo da boca. Seja<br />

porque você achou engraçado, emocional,<br />

novo, grandioso ou com uma simplicida<strong>de</strong><br />

tão gran<strong>de</strong> que é inacreditável que ninguém<br />

tenha pensado nela antes. Esse é o<br />

efeito. O que faz ela provocar isso é o uso<br />

livre <strong>de</strong> talento.<br />

”<br />

Fábio Seidl<br />

Diretor <strong>de</strong> criação da 360i NY<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é aquela que dá inveja.<br />

Talvez porque seja tão simples que todo<br />

mundo se pergunte como ninguém pensou<br />

nisso antes. Talvez porque seja tão revolucionária<br />

que obrigue todo mundo a pensar<br />

diferente. Talvez porque seja tão pertinente<br />

que nem o cliente mais cascudo seja capaz<br />

<strong>de</strong> reprovar.<br />

Renato Fernan<strong>de</strong>z”<br />

Diretor <strong>de</strong> criação global da TBWA\<br />

Chiat|Day para Gatora<strong>de</strong><br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é tão simples que o primeiro<br />

pensamento que você tem, quando<br />

se <strong>de</strong>para com ela, é: ‘caraca, como po<strong>de</strong><br />

ser tão simples e ninguém antes pensou<br />

nisso?’, mas i<strong>de</strong>ia por i<strong>de</strong>ia, é só uma i<strong>de</strong>ia.<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia precisa <strong>de</strong> uma execução<br />

acima da i<strong>de</strong>ia, uma execução que transcenda<br />

a i<strong>de</strong>ia e a leve para on<strong>de</strong> ela merece<br />

estar. Nos olhos dos outros.<br />

alex Mehedff ”<br />

Produtor da Hungry Man<br />

”<br />

Uma boa i<strong>de</strong>ia é um pensamento individual<br />

que po<strong>de</strong> ou não ser construído coletivamente<br />

e, quando bem executado, provoca<br />

um impacto positivo em um certo indivíduo<br />

ou grupo <strong>de</strong> pessoas. Tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

transformar, mudar um comportamento,<br />

gerar discussão, influenciar, inspirar e criar<br />

tendências.<br />

andre nassar ”<br />

Diretor <strong>de</strong> criação da Leo Burnett Dubai<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 109


51 anoS com 51 boaS i<strong>de</strong>iaS<br />

Slogans precisam resumir<br />

propósitos <strong>de</strong> uma marca<br />

Publicitários enfatizam a importância <strong>de</strong> uma assinatura na comunicação,<br />

mas há requisitos para estabelecer conexão eficaz com os consumidores<br />

Paulo Macedo<br />

Algumas marcas não precisam<br />

<strong>de</strong> uma expressão verbal<br />

para materializar seus objetivos<br />

mercadológicos. A Ferrari<br />

é uma <strong>de</strong>las. É referência <strong>de</strong> luxo<br />

no universo automobilístico<br />

e fora <strong>de</strong>le. Não precisa dizer<br />

mais nada. Mesmo a Brastemp<br />

teve <strong>de</strong> enfatizar que não tem<br />

comparação e o Mastercard não<br />

se cansa <strong>de</strong> repetir o mote Priceless.<br />

Através <strong>de</strong> um slogan,<br />

marcas, produtos e serviços<br />

conseguem estabelecer uma<br />

conexão dos seus propósitos<br />

com sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>rs.<br />

É um recurso onipresente<br />

na publicida<strong>de</strong>. É o resumo da<br />

ópera <strong>de</strong> uma boa i<strong>de</strong>ia. Vamos<br />

tomar uma 51?<br />

Na avaliação <strong>de</strong> Washington<br />

Olivetto, chairman da WMc-<br />

Cann, criador do célebre O<br />

primeiro sutiã a gente nunca<br />

esquece, que <strong>de</strong>u vida a uma<br />

estratégia da Valisere que, do<br />

ponto semiótico, po<strong>de</strong> ser um<br />

recado para que profissionais<br />

<strong>de</strong> criação não se esqueçam<br />

que um slogan é mais do que<br />

uma frase <strong>de</strong> efeito.<br />

“Um slogan tem <strong>de</strong> ser bem<br />

mais do que um simples slogan.<br />

Precisa traduzir, <strong>de</strong> forma<br />

enxuta e memorável, toda a<br />

biografia <strong>de</strong> uma empresa ou<br />

<strong>de</strong> um produto. Gran<strong>de</strong>s slogans<br />

são a síntese perfeita <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s planejamentos. Gran<strong>de</strong>s<br />

slogans não são aqueles<br />

que ficam conhecidos pela repetição<br />

exaustiva; são aqueles<br />

que se tornam consagrados por<br />

parecerem que não tiveram um<br />

autor. Mas que nasceram única<br />

e exclusivamente para aquela<br />

empresa ou aquele produto.<br />

Gran<strong>de</strong>s slogans não são antigos<br />

nem mo<strong>de</strong>rnos, são eternos”,<br />

<strong>de</strong>staca Olivetto.<br />

O slogan é uma espécie <strong>de</strong><br />

guia <strong>de</strong> uma marca, mas não<br />

uma amarra que torna inflexí-<br />

Gabriela: “Se for forte, curto, memorável e verda<strong>de</strong>iro, o slogan será uma peça po<strong>de</strong>rosa na estratégia”<br />

Fotos: Divulgação<br />

110 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


vel o processo criativo. Porém,<br />

as campanhas produzidas <strong>de</strong>vem<br />

manter coerência com o<br />

que ele propõe. “Acho que o<br />

slogan é um mantra revisitado;<br />

é a moral da história que fica se<br />

repetindo. É o alfa e o ômega, o<br />

início e o lugar <strong>de</strong> chegada. É o<br />

suprassumo daquilo que uma<br />

empresa quer manifestar para<br />

seus consumidores, a moral da<br />

história. A Apple propôs Thik<br />

diferente e é fiel a esse mantra.<br />

Porém, na hora <strong>de</strong> criar uma<br />

campanha, as peças precisam<br />

ser coerentes e manter lealda<strong>de</strong><br />

ao conceito. Isso não impe<strong>de</strong> o<br />

exercício criativo. Pelo contrário,<br />

abre o leque para muitas<br />

possibilida<strong>de</strong>s”, observa Nizan<br />

Guanaes.<br />

O publicitário Carlos Chiesa,<br />

da agência 440 Volts, relembra<br />

que quando foi escalado para<br />

criar campanhas para o jornal<br />

Folha <strong>de</strong> S.Paulo convenceu<br />

os executivos <strong>de</strong> marketing do<br />

título que o slogan criado por<br />

Jarbas José <strong>de</strong> Souza, De rabo<br />

preso com o leitor, não <strong>de</strong>veria<br />

ser mudado. “Tecnicamente,<br />

um slogan tem <strong>de</strong> ser o resumo<br />

da imagem que a marca preten<strong>de</strong><br />

passar, como se estivesse<br />

dizendo seu nome para alguém<br />

ou entregando seu currículo. É<br />

a maneira como o outro lado vai<br />

perceber algo e, com essa apresentação,<br />

chamar a atenção.<br />

Se a campanha diz Você conhece,<br />

você confia, a marca precisa<br />

ser confiável porque qualquer<br />

<strong>de</strong>slize será fatal”, raciocina<br />

Chiesa, que atuou em agências<br />

como a Salles e a Leo Burnett.<br />

Gabriela Soares, diretora-geral<br />

<strong>de</strong> planejamento da Mullen-<br />

Lowe Brasil concorda que a verda<strong>de</strong><br />

é essencial. “Se for forte,<br />

curto, memorável e verda<strong>de</strong>iro,<br />

o slogan será uma peça po<strong>de</strong>rosa<br />

na estratégia <strong>de</strong> comunicação<br />

para construir a marca<br />

na cabeça das pessoas. Se não,<br />

ficará na paisagem. Um bom<br />

slogan não é uma assinatura <strong>de</strong><br />

campanha, é o resumo criativo<br />

e impactante da estratégia <strong>de</strong><br />

marca no longo prazo com proposta<br />

e valor emocional para as<br />

pessoas.”<br />

Para o CEO da Lew’Lara\<br />

TBWA, o executivo Marcio Oliveira,<br />

o slogan <strong>de</strong>clara um propósito.<br />

Um case da agência que<br />

garantiu retorno foi Carne <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> tem nome, é Friboi,<br />

que marcou território na campanha<br />

protagonizada por Tony<br />

Ramos e logo se transformou<br />

em bordão, que incomodou a<br />

concorrência do anunciante.<br />

“O slogan é como uma marca<br />

resume e <strong>de</strong>clara seu gran<strong>de</strong><br />

propósito. É o motivo <strong>de</strong>la existir<br />

no mundo e isso serve para<br />

seus clientes, colaboradores,<br />

donos, acionistas e socieda<strong>de</strong>.<br />

Não vejo algo mais importante<br />

e estratégico que guie toda e<br />

qualquer expressão <strong>de</strong>sta mesma<br />

marca”.<br />

Na avaliação <strong>de</strong> André Felix,<br />

da Y&R Bravo Miami, em um<br />

mercado globalizado e cercado<br />

pela concorrência, é natural<br />

que os empreen<strong>de</strong>dores busquem<br />

visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque,<br />

porém é preciso <strong>de</strong>finir bem o<br />

posicionamento. “É claro que<br />

para viabilizar a fixação do slogan<br />

é preciso criar algo que seja<br />

fácil <strong>de</strong> guardar. O que está errado<br />

é enten<strong>de</strong>r que só esse fator<br />

é o suficiente. Desse modo,<br />

mensagens, sobretudo originais,<br />

<strong>de</strong>vem ser curtas, objetivas<br />

e mnemônicas”.<br />

Para Claudio Lima, VP <strong>de</strong><br />

criação da Ogilvy Brasil, o slogan<br />

é ferramenta clássica. “Mas<br />

Chiesa: “Slogan<br />

tem <strong>de</strong> ser<br />

o resumo<br />

da imagem<br />

da marca”<br />

Claudio<br />

Lima: “Hoje a<br />

publicida<strong>de</strong> é feita<br />

mais <strong>de</strong> snacks,<br />

com posts, snaps<br />

e tweets”<br />

ele já foi mais importante. Principalmente<br />

quando a publicida<strong>de</strong><br />

era feita apenas <strong>de</strong> peças<br />

mais completas, como filme,<br />

spot ou anúncio. Hoje a publicida<strong>de</strong><br />

é feita mais <strong>de</strong> snacks, com<br />

posts, snaps e tweets, por isso<br />

muitas marcas têm se comunicado<br />

sem o slogan e algumas<br />

novas marcas nem slogan têm:<br />

qual o slogan do Facebook? Da<br />

Amazon? Ou do Netflix?”.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 111


51 AnOs cOM 51 bOAs i<strong>de</strong>iAs<br />

História do PROPMARK acompanha<br />

o fortalecimento do mercado<br />

Com a Lei 4.680, em 1965, mesmo ano do lançamento da coluna<br />

Asteriscos, publicida<strong>de</strong> brasileira ganhou sofisticação e qualida<strong>de</strong><br />

Fotos Alê Oliveira e Divulgação<br />

Chairman do Grupo TBWA, o executivo Luiz Lara comandou duas edições do Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Comunicação: liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão comercial e mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios<br />

Paulo Macedo<br />

PROPMARK chega aos 51<br />

O anos <strong>de</strong> circulação e nesse<br />

período acompanhou o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das boas i<strong>de</strong>ias dos<br />

profissionais <strong>de</strong> criação, a evolução<br />

do planejamento, a consolidação<br />

da mídia e da própria ativida<strong>de</strong>.<br />

Surgiu como uma coluna, a<br />

Asteriscos, no Diário Popular no<br />

dia 21 <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> 1965, assinada<br />

por Armando Ferrentini.<br />

É testemunha ocular da busca<br />

dos criativos por elementos para<br />

consubstanciar estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />

e, por consequência,<br />

obter o brilho dos holofotes nos<br />

gran<strong>de</strong>s festivais como o Cannes<br />

Lions. E também <strong>de</strong> um contingente<br />

que atua nos bastidores<br />

para garantir a flui<strong>de</strong>z da estrutura<br />

do negócio, sobretudo para<br />

estabelecer regras e parâmetros<br />

legais que envolvem códigos <strong>de</strong><br />

conduta, posicionamento comercial<br />

e ambientação corporativa.<br />

Bem antes do lançamento da<br />

Asteriscos, um dos gran<strong>de</strong>s fatos<br />

<strong>de</strong> importância para o mercado<br />

foi o primeiro código <strong>de</strong> ética<br />

profissional da publicida<strong>de</strong>, em<br />

1957. Posteriormente, ele foi <strong>de</strong>stacado<br />

em diversas edições do<br />

PROPMARK.<br />

O código era a sequência da<br />

mentalida<strong>de</strong> corporativa iniciada<br />

com a Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Propaganda em 1937. Em 1949,<br />

foi lançada a Abap (Associação<br />

Brasileira das Agências <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>),<br />

que assumiu as principais<br />

iniciativas do segmento.<br />

O papel da Abap no 1º Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Propaganda,<br />

realizado <strong>de</strong> <strong>23</strong> a 28 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 1959, foi fundamental. Era um<br />

momento <strong>de</strong> profissionalização<br />

e <strong>de</strong> uma virada das agências locais,<br />

que <strong>de</strong>cidiram fazer frente<br />

às multinacionais usando os mes-<br />

O 5º COngressO<br />

fOi um marCO aO<br />

ampliar a pauta<br />

e espeCtrO para<br />

a indústria da<br />

COmuniCaçãO,<br />

muitO além da<br />

publiCida<strong>de</strong>; O<br />

tema Central<br />

fOi relaCiOnadO<br />

à liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

expressãO<br />

112 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


mos atributos <strong>de</strong> conhecimento<br />

para dialogar com os anunciantes<br />

<strong>de</strong> forma pragmática. Antes<br />

da segunda <strong>edição</strong>, realizada entre<br />

<strong>23</strong> e 28 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1969,<br />

três meses antes da assinatura<br />

do Ato Institucional nº 5, o momento<br />

mais sombrio do regime<br />

<strong>de</strong> exceção, o mercado se articulou<br />

para aprovar a Lei 4.680, no<br />

dia 18 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1965. Um ano<br />

<strong>de</strong>pois, foi promulgado o Decreto<br />

57.690, que regulamentou a<br />

Lei da Propaganda, como ficou<br />

conhecida. Na terceira <strong>edição</strong><br />

do Congresso, <strong>de</strong> 17 a 20 <strong>de</strong> abril<br />

<strong>de</strong> 1978, a ditadura militar ainda<br />

ditava as regras, mas o mercado<br />

publicitário resolveu se concentrar<br />

nas questões empresariais,<br />

afinal havia um crescimento <strong>de</strong><br />

8,8% no volume <strong>de</strong> negócios,<br />

equivalente a 1,5% do PIB. Um<br />

dos fatos relevantes do evento<br />

foi a aprovação do Conar (Código<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Autorregulamentação<br />

Publicitária). A i<strong>de</strong>ia ganhou<br />

relevância com a ameaça do governo<br />

<strong>de</strong> sancionar uma lei que<br />

iria censurar peças publicitárias.<br />

O relator Caio Aurélio Domingues<br />

costurou o texto final, com colaboração<br />

direta <strong>de</strong> Mauro Salles.<br />

Dois anos <strong>de</strong>pois, foi inaugurado<br />

oficialmente o Conar, com<br />

anuência da ABA (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes), da<br />

Aner (Associação Nacional dos<br />

Editores <strong>de</strong> Revistas), da ANJ<br />

(Associação Nacional <strong>de</strong> Jornais),<br />

e da Abert (Associação Brasileira<br />

das Emissoras <strong>de</strong> Rádio e Televisão).<br />

Em 1984, o projeto editorial da<br />

Asteriscos evoluiu para Ca<strong>de</strong>rno<br />

Propaganda & Marketing e passou<br />

a circular como suplemento<br />

dos jornais Gazeta Esportiva<br />

e Folha da Tar<strong>de</strong>. O site www.<br />

propmark.com.br entrou no ar<br />

em 1998. Um ano <strong>de</strong>pois, com o<br />

fim do jornal Folha da Tar<strong>de</strong>, foi<br />

suprimida a palavra “Ca<strong>de</strong>rno” e<br />

tornou-se Propaganda & Marketing<br />

com logística in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

Em 2007, adotou a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

propmark (em caixa baixa), com<br />

projeto gráfico <strong>de</strong>senvolvido<br />

pelo diretor <strong>de</strong> arte Pascoal Fabra<br />

Neto, sob a coor<strong>de</strong>nação do diretor<br />

<strong>de</strong> redação Marcello Queiroz.<br />

A Abap li<strong>de</strong>rou a organização<br />

do 4º Congresso <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>,<br />

realizado entre 14 e 16 <strong>de</strong> junho<br />

<strong>de</strong> 2008, em São Paulo. O jornal<br />

fez cobertura especial do encontro.<br />

Além <strong>de</strong> uma homenagem<br />

aos 200 anos da imprensa no<br />

Brasil, o 4º Congresso organizou<br />

15 comissões temáticas e reuniu<br />

o mercado, 30 anos após o encontro<br />

<strong>de</strong> 78, em torno <strong>de</strong> uma<br />

pauta para estimular o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do mercado. Foi criada<br />

no evento a Frente Parlamentar<br />

da Comunicação, li<strong>de</strong>rada pelo<br />

<strong>de</strong>putado Milton Monti (PP/SP),<br />

que ajudou na aprovação da Lei<br />

12.<strong>23</strong>2/2010, do <strong>de</strong>putado José<br />

Eduardo Cardozo (PT/SP), que<br />

reconheceu o Cenp (Conselho<br />

Executivo das Normas-Padrão) e,<br />

entre outras coisas, as BVs (Bonificações<br />

<strong>de</strong> Volume).<br />

O 5º Congresso, quatro anos<br />

<strong>de</strong>pois, foi um marco ao ampliar<br />

a pauta e o espectro para a indústria<br />

da comunicação, muito além<br />

da publicida<strong>de</strong>. Foram 34 tra<strong>de</strong>s<br />

contemplados, como o gráfico,<br />

veículos, anunciantes, marketing<br />

promocional, produção e tecnologia.<br />

O tema central foi a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> expressão.<br />

Nesses 51 anos, o mercado<br />

acompanhou uma evolução sintomática.<br />

Passou a contar com o<br />

Clube <strong>de</strong> Criação <strong>de</strong> São Paulo,<br />

fundado em 1976, um ano <strong>de</strong>pois<br />

do clube do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Foi<br />

nesse período que a publicida<strong>de</strong><br />

brasileira começou a fazer bonito<br />

nos principais festivais internacionais,<br />

especialmente o Cannes<br />

Lions, que atualmente tem o país<br />

entre os seus protagonistas.<br />

O Grupo <strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong> São Paulo,<br />

lançado em 1968, reúne mais<br />

<strong>de</strong> mil profissionais <strong>de</strong> agências.<br />

A entida<strong>de</strong> exerce papel didático<br />

na formação cultural da ativida<strong>de</strong>,<br />

sobretudo nas <strong>de</strong>mandas relacionadas<br />

à era digital, em que<br />

tudo é mídia. O Grupo <strong>de</strong> Profissionais<br />

<strong>de</strong> Mídia do Rio <strong>de</strong> Janei-<br />

Caio Aurélio Domingues foi responsável pela redação <strong>de</strong> projetos como o do Conar<br />

Gilberto Leifert, presi<strong>de</strong>nte do Conar, lançado no 3º Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Propaganda<br />

ro foi criado em 19 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

1972, em reunião na se<strong>de</strong> da ABP<br />

(Associação Brasileira <strong>de</strong> Propaganda),<br />

originalmente com o<br />

nome Clube dos Medias.<br />

A Apro (Associação Brasileira<br />

da Produção <strong>de</strong> Obras Audiovisuais),<br />

que representa as produtoras<br />

<strong>de</strong> comerciais há mais <strong>de</strong><br />

40 anos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> os interesses<br />

do segmento, como na recente<br />

articulação que pôs fim às BVs<br />

pagas às agências. A Aprosom<br />

(Associação Brasileira das Produtoras<br />

<strong>de</strong> Fonogramas Publicitários)<br />

foi fundada em 1973 “com<br />

o objetivo <strong>de</strong> estabelecer normas,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r as empresas prestadoras<br />

<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> som no<br />

mercado publicitário e garantir<br />

aos associados proteção legal <strong>de</strong><br />

direitos autoral”. Outras entida<strong>de</strong>s,<br />

como a Central <strong>de</strong> Outdoor e<br />

a Associação Brasileira <strong>de</strong> Mídia<br />

Exterior, são fruto da profissionalização<br />

iniciada em 1965, com<br />

a Lei 4.680. Na era digital, o mercado<br />

conta com o IAB (Interactive<br />

Advertising Bureau).<br />

No dia 7 <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2015,<br />

<strong>de</strong>ntro das comemorações <strong>de</strong><br />

50 anos, foi lançada a marca<br />

PROPMARK com uma série <strong>de</strong><br />

mudanças que incluem o formato<br />

tabloi<strong>de</strong> e impressão em<br />

papel couché. O projeto gráfico<br />

do PROPMARK é assinado pela<br />

agência Africa.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 113


“<br />

Willliam malfatti<br />

entrevista<br />

a gente<br />

promove a<br />

saú<strong>de</strong> com uma<br />

cultura <strong>de</strong><br />

inovação<br />

“<br />

Ao completar 90 anos, o Fleury Medicina<br />

e Saú<strong>de</strong> vai à mídia para ressaltar não<br />

apenas os atributos <strong>de</strong> uma empresa que<br />

teve em 2015, uma receita <strong>de</strong> R$ 2,1 bilhões,<br />

mas, principalmente, para relembrar histórias que<br />

marcaram sua trajetória. Na entrevista a seguir, o<br />

diretor <strong>de</strong> comunicação e relações com stakehol<strong>de</strong>rs<br />

do Grupo Fleury, William Malfati, <strong>de</strong>talha aspectos<br />

da campanha multimeios Para o seu bem, produzida<br />

pela WE para comemorar o aniversário da empresa<br />

e celebrar uma história ancorada na inovação<br />

na cordialida<strong>de</strong>. Confira as suas i<strong>de</strong>ias abaixo.<br />

bárbara barbosa<br />

Como será a campanha <strong>de</strong> 90 anos<br />

do Fleury?<br />

Nosso plano começou em<br />

abril, com a campanha Para o<br />

seu bem, e inclui bastante mídia<br />

<strong>de</strong> rádio. A gente vai ficar o ano<br />

inteiro no rádio, mudando <strong>de</strong><br />

spot a cada dois meses. Estamos<br />

na CBN, na Band FM, na Antena<br />

1 e na Alpha FM...<br />

Por que rádio?<br />

A gente quer fazer uma mídia<br />

bem qualificada. O Fleury<br />

não faz mídia <strong>de</strong> massa, só mídia<br />

qualificada. Essas rádios são<br />

bem nosso público, o público<br />

que a gente quer atingir. A gente<br />

começa com frequência em<br />

rádio e, <strong>de</strong>pois, partimos para<br />

outras mídias.<br />

Hoje qual é o público-alvo do Fleury<br />

e como foi feita essa segmentação?<br />

É a classe AB, acima <strong>de</strong> 25<br />

anos. Nosso plano foi segmentar<br />

(a campanha) por classe social<br />

e por região também. Vamos<br />

ter ainda relógio <strong>de</strong> rua, com os<br />

quais vamos entrar nos bairros<br />

próximos às unida<strong>de</strong>s, que já ficam<br />

on<strong>de</strong> está esse público AB,<br />

sendo a <strong>maio</strong>ria mulher. O plano<br />

inclui também um pouco <strong>de</strong> televisão,<br />

como a Globonews, em<br />

que partimos para programas<br />

bem específicos. Também vamos<br />

estar no cinema, em algumas<br />

salas on<strong>de</strong> circula esse público.<br />

Vamos ter, por exemplo,<br />

mídias <strong>de</strong>ntro dos shoppings JK<br />

e Cida<strong>de</strong> Jardim, algo bem segmentado<br />

mesmo. E no digital<br />

vamos fazer basicamente um<br />

remarketing.<br />

Essa é a <strong>maio</strong>r campanha do Fleury<br />

nos últimos anos?<br />

Não é a nossa <strong>maio</strong>r campanha,<br />

mas talvez seja a mais segmentada<br />

que estamos fazendo.<br />

Com essa evolução toda que a<br />

mídia teve nos últimos anos,<br />

combinada com nossos movi-<br />

mentos <strong>de</strong> inteligência, no sentido<br />

<strong>de</strong> otimizar o atingimento<br />

do público-alvo, a gente fez as<br />

escolhas que acredita ter um<br />

impacto mais efetivo em nosso<br />

público-alvo, sem dispersão. A<br />

gente quis fazer, com esse projeto<br />

<strong>de</strong> comunicação, algo relevante<br />

para os 90 anos, mas centrado<br />

no nosso público-alvo.<br />

A campanha dura o ano inteiro.<br />

Como será a sustentação <strong>de</strong>la?<br />

A gente pensou em mídia segmentada,<br />

com peças segmentadas.<br />

A campanha Para o seu<br />

bem é pautada em três pilares,<br />

um <strong>de</strong>les é a inovação, que está<br />

bem presente na rádio com o<br />

spot Você sabia?. Já o filme, por<br />

exemplo, valoriza o pilar institucional<br />

e fala muito da marca.<br />

E no relógio <strong>de</strong> rua aparece<br />

o terceiro pilar, que tem uma<br />

pegada mais <strong>de</strong> ativação. A plataforma<br />

da campanha, vamos<br />

dizer assim, é institucional, em<br />

cima dos 90 anos. Nós estamos<br />

contando a história do Fleury,<br />

mas olhando para a frente, um<br />

trabalho construído com a agência<br />

WE.<br />

O digital hoje representa, em alguns<br />

anunciantes, uma importante<br />

parte do investimento publicitário.<br />

Isso é uma realida<strong>de</strong> para vocês<br />

também?<br />

É porque ajuda a otimizar<br />

recursos. O digital tem um po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> efetivida<strong>de</strong> <strong>maio</strong>r, você<br />

enxerga melhor o retorno. Essa<br />

questão do digital para nós já é<br />

historicamente muito relevante.<br />

O Fleury sempre foi pioneiro<br />

no meio digital, foi a primeira<br />

empresa a investir em links patrocinados<br />

e sempre investiu<br />

nas páginas no Facebook, por<br />

exemplo. Para essa campanha,<br />

especificamente, vamos trabalhar<br />

mais remarketing.<br />

Quais outras ações fazem parte das<br />

comemorações pelos 90 anos?<br />

A gente vai usar o tema para<br />

confraternizar com nossos colaboradores.<br />

Nas nossas festas<br />

anuais, a temática vai ser essa.<br />

Estamos fazendo muitas ações<br />

<strong>de</strong> endomarketing, pois consi<strong>de</strong>ramos<br />

que essa celebração<br />

precisa ser <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora.<br />

Externamente, <strong>de</strong>vemos ter<br />

também, no segundo semestre,<br />

um evento institucional para<br />

nossos contatos mais estratégicos<br />

do dia a dia.<br />

São muitas marcas <strong>de</strong>ntro do guarda-chuva<br />

Fleury. Como é dividido o<br />

investimento em marketing?<br />

A gente tem algumas âncoras<br />

<strong>de</strong> investimento. Na marca<br />

Fleury, concentramos muito<br />

nosso investimento nessa frente<br />

<strong>de</strong> comunicação mesmo da<br />

marca, tendo um balizador que<br />

é o projeto <strong>de</strong> branding. Nós temos<br />

também a célula <strong>de</strong> relacionamento<br />

médico, em que fazemos<br />

um relacionamento muito<br />

intenso com a comunida<strong>de</strong> médica,<br />

que é quem endossa nosso<br />

trabalho. O médico, para nós, é<br />

um público bem relevante no<br />

processo <strong>de</strong> escolha. Na campanha<br />

<strong>de</strong> 90 anos, inclusive, temos<br />

uma linha exclusiva para esse<br />

público. Nós temos outra frente,<br />

que é <strong>de</strong> ativação, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

dos 90 anos ou do ano,<br />

pensamos em como colocar no<br />

“nosso<br />

branding e<br />

comunicação<br />

também<br />

estão<br />

presentes<br />

no nosso<br />

atendimento<br />

do call<br />

center e na<br />

entrega <strong>de</strong><br />

resultados,<br />

por exemplo”<br />

116 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Alê Oliveira<br />

radar do nosso cliente as soluções<br />

que temos – fazemos por<br />

links patrocinados, mídias sociais<br />

e mobile um processo <strong>de</strong><br />

ativação que utiliza, inclusive,<br />

nossas unida<strong>de</strong>s como pontos<br />

<strong>de</strong> contato.<br />

A campanha <strong>de</strong> 90 anos tinha sido<br />

planejada há quanto tempo? Houve<br />

mudança por conta da crise econômica<br />

do país?<br />

Já estávamos pensando nos<br />

90 anos há algum tempo, mas<br />

intensificamos o planejamento<br />

<strong>de</strong>le no segundo semestre do<br />

ano passado. A gente se organizou<br />

para fazer algo ancorado<br />

na data. Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong><br />

investimento, ele é estável em<br />

relação ao ano passado. O setor<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, como um todo, é mais<br />

resiliente aos efeitos da crise.<br />

Particularmente nossa empresa<br />

tem obtido crescimento na<br />

casa dos dois dígitos, ano a ano.<br />

E, ao mesmo tempo, a gente vê<br />

sinal <strong>de</strong> muita força na marca,<br />

mesmo nesse cenário <strong>de</strong> crise.<br />

Talvez até por nosso posicionamento,<br />

<strong>de</strong> estar em um grupo<br />

da faixa premium, sejamos<br />

mais resistentes ao processo <strong>de</strong><br />

crise. Além disso, o processo<br />

<strong>de</strong> comunicação da marca é um<br />

diferencial. A gente tem o conceito<br />

<strong>de</strong> trabalhar o branding e a<br />

comunicação em todos os pontos<br />

da marca. O nosso branding<br />

e a comunicação também estão<br />

presentes no nosso atendimento<br />

do call center e na entrega <strong>de</strong><br />

resultados, por exemplo.<br />

Qual é a meta <strong>de</strong>ssa campanha?<br />

A marca Fleury é <strong>de</strong> ponta<br />

quando se fala em inovação.<br />

Mais que isso, tem a questão do<br />

surgimento da empresa, que lá<br />

atrás já tinha uma cultura <strong>de</strong><br />

excelência técnica e médica coor<strong>de</strong>nada<br />

com uma cultura <strong>de</strong><br />

cordialida<strong>de</strong> muito forte. Isso ao<br />

longo dos 90 anos é muito marcante<br />

na história da empresa. As<br />

pessoas nos escolhem por esses<br />

três elementos, não por preço. O<br />

que está se somando para os próximos<br />

90 é que a empresa está<br />

avançando muito em excelência<br />

em gestão. A campanha vem<br />

para reforçar tudo isso. Ela faz<br />

uma soma <strong>de</strong> todos esses pilares.<br />

E por que o mote Para o seu bem?<br />

Eu gosto <strong>de</strong> dizer que a gente<br />

trabalha no segmento da socieda<strong>de</strong><br />

mais importante da vida da<br />

pessoa, que é a saú<strong>de</strong>. A gente<br />

promove a saú<strong>de</strong> com uma cultura<br />

<strong>de</strong> inovação e o bem-estar,<br />

com a cultura da cordialida<strong>de</strong>.<br />

Nossa missão é fazer com que a<br />

pessoa saia das nossas unida<strong>de</strong>s<br />

melhor do que ela entrou. Por<br />

isso a campanha está muito centrada<br />

na questão do benefício<br />

que geramos para as pessoas. A<br />

gente não queria fazer uma campanha<br />

que fosse egocêntrica, do<br />

tipo “olha como somos bons”.<br />

Esse é o gran<strong>de</strong> risco <strong>de</strong> uma<br />

campanha institucional. Nossa<br />

i<strong>de</strong>ia sempre foi falar do quão<br />

bem talvez a gente esteja fazendo<br />

para as pessoas, relacionando<br />

quem somos ao que as pessoas<br />

percebem <strong>de</strong> nós. No rádio, por<br />

exemplo, mostramos que fomos<br />

a primeira empresa a fazer a <strong>de</strong>tecção<br />

do H1N1, algo que ajudou<br />

a socieda<strong>de</strong>. Ou então que fomos<br />

a primeira empresa a mostrar o<br />

resultado do exame pela internet.<br />

A internet chegou nas nossas<br />

casas em 1995 e já em 1998 fomos<br />

os primeiros do mundo a ter essa<br />

opção <strong>de</strong> entrega. Nosso propósito,<br />

naquele momento, não era<br />

ser a melhor ou a primeira, mas,<br />

sim, em fazer algo bom para as<br />

pessoas, que ajudaria a reduzir a<br />

ansieda<strong>de</strong> causada pela espera <strong>de</strong><br />

um resultado <strong>de</strong> exame. Por isso<br />

a campanha é Para o seu bem.<br />

“nossa<br />

missão é<br />

fazer com<br />

que a pessoa<br />

saia das<br />

nossas<br />

unida<strong>de</strong>s<br />

melhor<br />

do que ela<br />

entrou.<br />

por isso a<br />

campanha<br />

está muito<br />

centrada na<br />

questão do<br />

benefício que<br />

geramos”<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 117


STORYTELLER<br />

Marina Cota<br />

Povo na praça<br />

Todo dia é uma manifestação,<br />

a favor e contra tudo que é<br />

possível ser a favor ou contra<br />

LuLa Vieira<br />

Continuo aqui na Cinelândia olhando a<br />

vida passar pela minha janela enquanto<br />

trabalho. Ou tento fazê-lo, pois a barulheira<br />

geral entra pelas pare<strong>de</strong>s insistindo em<br />

me distrair. Todo dia é uma manifestação,<br />

a favor e contra tudo que é possível ser a favor<br />

ou contra. Hoje é a CUT e meia dúzia <strong>de</strong><br />

sindicatos, tentando <strong>de</strong>struir a Re<strong>de</strong> Globo<br />

(porra, não dá para falar da Re<strong>de</strong> TV? Ou da<br />

Band? Isso é fixação freudiana...). A coleção<br />

<strong>de</strong> banalida<strong>de</strong>s chega a ser dolorosa, principalmente<br />

porque muitos dos oradores<br />

se dizem professores. E <strong>de</strong>stroem a última<br />

flor do Lácio com a mesma <strong>de</strong>sfaçatez que<br />

mudam a história, os pilares da economia<br />

e a lógica. Sou obrigado a ouvir que a classe<br />

média apoia o impeachment porque não<br />

quer pobre nos aviões nem pretos na faculda<strong>de</strong>.<br />

Súbito, uma explosão <strong>de</strong> aplausos.<br />

Vem chegando o Batman, completamente<br />

paramentado.<br />

É saudado pelos oradores e convidado a<br />

subir no carro <strong>de</strong> som. Palmas. Batman escala<br />

e chega ao teto do carro. Mais palmas.<br />

Abre os braços e a turba vai ao <strong>de</strong>lírio. Daí<br />

ele abre um cartaz: “Fora Dilma!” A plateia<br />

saqueia os ambulantes e joga garrafas <strong>de</strong><br />

água no Batman. Gothan City está em crise.<br />

Chamam a polícia. Diz um orador: “ele está<br />

mascarado! É proibido”! Ou seja, mascarado<br />

do nosso lado po<strong>de</strong>, inimigo não po<strong>de</strong>.<br />

Vem a polícia. Só falta o Comissário Gordon.<br />

Tiram o Batman do teto do carro <strong>de</strong><br />

som. Ele sai, provocando a torcida. Vaiado,<br />

ofendido, xingado <strong>de</strong> morcego viado, palhaço<br />

<strong>de</strong> merda. Nem nos quadrinhos personagem<br />

algum foi da glória ao lixo tão rápido.<br />

Um orador pega o microfone. Começa<br />

a gritar: “patrões filhos da puta, coxinhas<br />

do caralho, vão se fudê, vão tomar no cu!”<br />

Cortam o som. Vem um outro orador, com<br />

voz conciliadora e começa: “a gente tem<br />

que entendê que os coxinha tá provocano<br />

a gente e a gente reage. Num vai ter golpe,<br />

mas a gente tem <strong>de</strong> não per<strong>de</strong>r a tranqulida<strong>de</strong><br />

porque esses facista filho da puta quer<br />

isso, que a gente perda a educação...”.<br />

Um orador fala <strong>de</strong> “golpe legal”. Outro<br />

afirma que a direita <strong>de</strong>struiu a Venezuela.<br />

Todos não querem pagar as dívidas com os<br />

bancos internacionais, pois é essa a <strong>de</strong>sgraça<br />

do país. Outro afirma que a terceirização<br />

é o fim <strong>de</strong> todas as conquistas dos trabalhadores,<br />

o Fundo <strong>de</strong> Garantia, as férias e<br />

a licença-maternida<strong>de</strong>. Agora alguém canta<br />

“avante o populo alla riscossa”, <strong>de</strong>safinadíssimo.<br />

Percebo que se trata <strong>de</strong> um velho,<br />

pois brada que a bandiera rossa triunfará. O<br />

importante é que a luta continua.<br />

Observo uma aglomeração inusual em<br />

torno <strong>de</strong> um ambulante. Ajusto meu binóculo<br />

para ver a razão <strong>de</strong> seu sucesso, já<br />

que outros camelôs não conseguem atrair<br />

tanta gente. Ele tem uma TV ligada sobre<br />

um burro sem rabo, acionada por um geradorzinho,<br />

e ven<strong>de</strong> latinhas <strong>de</strong> Coca-Cola,<br />

Doritos e Paçoquita. O pessoal se aglomera<br />

para ver a novela e os flashes dos noticiários<br />

da Globo, que <strong>de</strong> vez em quando entra<br />

ao vivo diretamente da praça. Pelo ângulo<br />

da tomada, <strong>de</strong>scobriram que a câmera estava<br />

instalada na cobertura <strong>de</strong> meu prédio.<br />

Alguns, quando a Globo transmite, acenam<br />

entusiasmados. Outros mostram o <strong>de</strong>do<br />

médio. O povo não é bobo... Acho que po<strong>de</strong>mos,<br />

sim, dar um tempo ao Temer. Ou<br />

temer o tempo e pedir ao tempo todo tempo<br />

que o tempo tem. Temos que temer a<br />

trama <strong>de</strong> uma presi<strong>de</strong>nta em tecla pausa,<br />

tramando contra. Temos <strong>de</strong> temer o Temer<br />

fazendo tudo para ficar mais tempo. Temos<br />

<strong>de</strong> temer as trocas, pois os que foram e os<br />

que ficam só querem um troco. Temos <strong>de</strong><br />

não ficar só fazendo troça, mas enten<strong>de</strong>r o<br />

truque. Olho vivo, pois.<br />

Que se registre um a<strong>de</strong>us sentido ao Paulo<br />

Salles e um abraço à sua família. Ele era<br />

um cara profundamente otimista e alegre,<br />

<strong>de</strong> bem com a vida. A missa por sua alma,<br />

aqui no Rio <strong>de</strong> Janeiro, foi dia 17. O trânsito<br />

do Rio me impediu <strong>de</strong> chegar a tempo. Mas<br />

alguns amigos e a prima <strong>de</strong>le, Anatê, minha<br />

comadre, nos encontramos em minha<br />

casa para falar um pouco <strong>de</strong> suas histórias,<br />

como se tentássemos obrigá-lo a ficar mais<br />

tempo entre nós. Eu nunca vou enten<strong>de</strong>r a<br />

morte e tenho certeza que jamais me darei<br />

bem com ela. A sensação <strong>de</strong> que os da<br />

nossa turma aos poucos estão partindo, faz<br />

parte da ida<strong>de</strong>, mas <strong>de</strong> vez em quando surge<br />

o inexplicável. E, além da tristeza, fica a<br />

dolorosa sensação <strong>de</strong> que, mesmo já tendo<br />

visto e vivido muita coisa, a gente nunca<br />

sabe realmente <strong>de</strong> nada.<br />

Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />

Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />

radialista, escritor, editor e professor<br />

lulavieira@grupomesa.com.br<br />

118 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


inspiração<br />

Filipe Cubero/Divulgação<br />

avenida vida<br />

Executivo da Dentsu afirma que a primeira coisa que<br />

lembrou ao ouvir a palavra inspiração foi Avenida Paulista, em<br />

São Paulo. "Um verda<strong>de</strong>iro livro <strong>de</strong> antropologia a céu aberto"<br />

120 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Mario D’Andrea é presi<strong>de</strong>nte<br />

e CCO da Dentsu<br />

Alê Oliveira<br />

MARIO D’ANDREA<br />

Especial para o PROPMARK<br />

Avenida Paulista. Essa foi a primeira coisa que<br />

me veio à cabeça quando me perguntaram sobre<br />

inspiração.<br />

Claro, po<strong>de</strong>ria falar <strong>de</strong> alguns dos milhares <strong>de</strong> filmes<br />

que já assisti. O último, por exemplo: Truman.<br />

Um filme imperdível – nem que seja apenas para ver<br />

um ator ser capaz <strong>de</strong> fazer sombra ao gran<strong>de</strong> Ricardo<br />

Darín. No caso, falo <strong>de</strong> um ator espanhol chamado<br />

Javier Cámara.<br />

Ou po<strong>de</strong>ria falar <strong>de</strong> qualquer livro <strong>de</strong> Stephen<br />

King, o mestre em contar histórias absurdas <strong>de</strong> forma<br />

absolutamente plausível.<br />

Cujo, o cão raivoso? Sim, plausível.<br />

Christine, um carro assassino? Claro, plausível.<br />

Po<strong>de</strong>ria ainda voltar no tempo e citar algumas letras<br />

do The Who, minha banda <strong>de</strong> cabeceira – todas<br />

elas criadas pelo gênio Pete Townshend.<br />

Mas não. A primeira coisa que lembrei ao ouvir a<br />

palavra inspiração foi Avenida Paulista.<br />

Explico: um amigo, jornalista e escritor, me contou<br />

um truque que usava durante o processo <strong>de</strong><br />

criação <strong>de</strong> um livro. Ele sentava-se aleatoriamente<br />

em praças e cafés e observava as pessoas. E tentava<br />

<strong>de</strong>scobrir as histórias por trás <strong>de</strong> cada pessoa observada.<br />

Após algum tempo, a “história” mais interessante<br />

fazia com que ele, o escritor, seguisse a pessoa<br />

por quase todo o dia – claro, sem ser notado. Acompanhava<br />

os passos, os lugares, os encontros <strong>de</strong>ssa<br />

pessoa, sempre mantendo uma segura distância.<br />

Apenas para apren<strong>de</strong>r com ela, viajar em sua vida<br />

cotidiana.<br />

Claro, nunca cheguei a tanto. Mas confesso que<br />

morri <strong>de</strong> inveja <strong>de</strong>sse amigo escritor. Porque não<br />

foram poucas as vezes que fiquei andando por ruas<br />

e praças apenas pelo prazer <strong>de</strong> observar as pessoas.<br />

E tentar <strong>de</strong>scobrir as histórias que existem por<br />

trás <strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las, tentar captar seus sentimentos<br />

e adivinhar suas angústias.<br />

De todos os lugares em que fiz isso, aqui ou no<br />

exterior, um <strong>de</strong>les é especial para mim: a Avenida<br />

Paulista. Um verda<strong>de</strong>iro livro <strong>de</strong> antropologia a céu<br />

aberto. Um gran<strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> sociologia, ali, na minha<br />

frente.<br />

São milhares <strong>de</strong> “dados” <strong>de</strong>sfilando pelas calçadas.<br />

“Dados” a serem arquivados na memória e um<br />

dia utilizados para um insight ou uma campanha.<br />

Por exemplo: aquela velhinha, sentada na galeria<br />

do Conjunto Nacional, vestindo um elegante casaco<br />

<strong>de</strong> lã xadrez, com cheiro <strong>de</strong> armário. Quem ela está<br />

esperando? Seria o filho, que nunca aparece?<br />

Aquele casal <strong>de</strong> garotas, andando pela calçada <strong>de</strong><br />

mãos dadas, apaixonadas. E aliviadas, sem se preocupar<br />

com algum idiota <strong>de</strong> plantão, o tipo <strong>de</strong> idiota<br />

que existe aos montes em seu bairro distante – inclusive<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas famílias.<br />

Aquele velho lutador <strong>de</strong> boxe, um brasileiro<br />

duas vezes campeão mundial, atravessando ao<br />

meu lado a Paulista no cruzamento com a Augusta,<br />

atordoado com a multidão que passa por<br />

ele sem sequer o reconhecer. O que passa pela<br />

cabeça confusa <strong>de</strong>sse senhor, uma das <strong>maio</strong>res<br />

glórias do seu esporte?<br />

O rapaz tocando sax no primeiro <strong>de</strong>grau da escadaria<br />

do Gazeta, lançando notas ao ar, como bolhas<br />

<strong>de</strong> sabão. On<strong>de</strong> ele teria aprendido a tocar <strong>de</strong>ssa<br />

forma tão sublime? E por que um sax? Se fosse um<br />

violão, será que seu chapéu ali na calçada não teria<br />

mais dinheiro?<br />

Vejo tudo isso andando, imaginando.<br />

Caminho por entre essas histórias. Sento a uma<br />

mesinha na calçada. Tomo café com cada um <strong>de</strong>sses<br />

personagens, mesmo sem eles perceberem. E<br />

sorrio. Porque, para mim, a vida real é sempre mais<br />

criativa e apaixonante do que a ficção.<br />

Truque<br />

“...um amigo, jornalista e escritor, me contou um truque<br />

que usava durante o processo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> um livro.<br />

Ele sentava-se aleatoriamente em praças e cafés<br />

e observava as pessoas. E tentava <strong>de</strong>scobrir<br />

as histórias por trás <strong>de</strong> cada pessoa observada”<br />

Banda <strong>de</strong> cabeceira...<br />

“Po<strong>de</strong>ria ainda voltar no tempo e citar algumas letras<br />

do The Who, minha banda <strong>de</strong> cabeceira – todas elas<br />

criadas pelo gênio Pete Townshend”<br />

Phovoir/Shutterstock<br />

Anthony Money/Shutterstock<br />

Dilvugação<br />

Imperdível<br />

Os atores Javier Cámara e Ricardo Darín em cena <strong>de</strong><br />

Truman, filme que Mario D’Andrea recomenda e diz “ser<br />

imperdível”<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 121


eyond tHe line<br />

Filipe Birck<br />

Hora <strong>de</strong> ação<br />

Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sprezar o tsunami digital<br />

no horizonte, invadindo as praias do mercado<br />

Alexis Thuller PAgliArini<br />

Escrevo este artigo no avião, em direção à<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitória, para o último evento<br />

<strong>de</strong> um road show que durou mais <strong>de</strong> dois<br />

meses, envolvendo 26 apresentações (nem<br />

todas fora <strong>de</strong> São Paulo). Tudo para levar<br />

a publicitários os resultados <strong>de</strong> um amplo<br />

estudo realizado pelo sistema Fenapro/Sinapros<br />

junto a agências <strong>de</strong> propaganda <strong>de</strong><br />

diversas regiões do Brasil.<br />

O estudo envolveu uma pesquisa visando<br />

i<strong>de</strong>ntificar o perfil das agências <strong>de</strong> propaganda<br />

em 14 mercados brasileiros e um<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign thinking, com cinco<br />

sessões, que foi realizada em diferentes regiões<br />

brasileiras, do norte ao sul, <strong>de</strong> leste a<br />

oeste.<br />

Tal estudo permitiu uma privilegiada<br />

percepção da forma atual <strong>de</strong> operação das<br />

agências (pela pesquisa) e, ao mesmo tempo,<br />

uma visão projetada <strong>de</strong> como po<strong>de</strong>ria<br />

ser melhor (<strong>de</strong>sign thinking). Tendo os dois<br />

resultados lado a lado, po<strong>de</strong>mos enxergar<br />

com clareza alguns gaps a serem superados.<br />

Ao final do road show, mais <strong>de</strong> 300 agências,<br />

<strong>de</strong> diferentes regiões do Brasil, foram<br />

sensibilizadas diretamente pelas apresentações<br />

ao vivo. Sem consi<strong>de</strong>rarmos o alcance<br />

do PROPMARK e outros veículos especializados,<br />

que <strong>de</strong>ram ampla cobertura<br />

aos estudos, po<strong>de</strong>mos imaginar que outras<br />

centenas foram impactadas pelos conceitos<br />

e insights.<br />

Em paralelo, não para <strong>de</strong> sair matéria<br />

alertando para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma profunda<br />

revisão do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação das<br />

agências, perante as novas <strong>de</strong>mandas do<br />

mercado, assolado por inovações constantes.<br />

O mesmo ocorre nos eventos do setor,<br />

quando palestrantes nacionais e internacionais<br />

apresentam estudos e cases que<br />

dramatizam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças.<br />

E a pergunta que fica é: e agora? Digerir e<br />

interpretar a informação e os alertas <strong>de</strong> especialistas<br />

é apenas o primeiro passo.<br />

A forma <strong>de</strong> agir em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>sses sinais<br />

é o mais difícil. Mas, uma coisa é certa,<br />

ignorar todos esses sinais é, seguramente,<br />

a pior atitu<strong>de</strong>. Sabemos que, muitas vezes,<br />

as previsões catastróficas não se concreti-<br />

zam. Como exemplo, já vimos “matarem”<br />

o cinema, por causa da chegada da televisão.<br />

E agora já estão querendo matar a televisão,<br />

em função dos múltiplos conteúdos<br />

gerados e acessados pela internet.<br />

É claro que precisamos pon<strong>de</strong>rar as tendências<br />

para não agir impulsivamente. No<br />

caso da TV, por exemplo, é para lá que vai a<br />

<strong>maio</strong>r parte dos recursos <strong>de</strong> veiculação ainda.<br />

E crescendo.<br />

Basta ver os números obtidos no primeiro<br />

trimestre no Brasil e mesmo em mercados<br />

mais <strong>de</strong>senvolvidos, que mostram a<br />

velha e boa TV (aquela que você assiste na<br />

sala da sua casa) ainda exuberante nos planos<br />

<strong>de</strong> mídia.<br />

Mas não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sprezar o tsunami<br />

digital no horizonte, invadindo as praias<br />

do mercado da propaganda. Não po<strong>de</strong>mos<br />

também <strong>de</strong>sprezar todas as pressões dos<br />

clientes por novas formas <strong>de</strong> remuneração<br />

e por uma atuação mais eclética e abrangente<br />

das suas agências <strong>de</strong> perfil mais tradicional.<br />

Tudo isso exige mudança, exige ação.<br />

Acabamos <strong>de</strong> passar por um processo <strong>de</strong><br />

enorme impacto para nosso país, que é a<br />

mudança <strong>de</strong> governo fe<strong>de</strong>ral (ainda que interino).<br />

O que esperamos do novo time <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

governamental é mais do que xororô<br />

ou a constatação do óbvio, que é o estado<br />

lamentável da economia brasileira. Esperamos<br />

ação.<br />

Quanto às empresas, que estavam anestesiadas,<br />

temerosas <strong>de</strong> partir para a luta<br />

em um mercado em retração, impactado<br />

pelo péssimo momento macroeconômico<br />

e social que passamos, há um fato novo e<br />

auspicioso.<br />

Que tal acreditar nesse novo momento<br />

e partir para a ação? Que tal acreditar que<br />

boa parte da retração econômica é advinda<br />

<strong>de</strong> um pessimismo, que po<strong>de</strong> agora ser<br />

revertido?<br />

Sabemos que não é simples, mas é melhor<br />

tentar algo do que ficar esperando<br />

iniciativas milagrosas, que po<strong>de</strong>rão vir <strong>de</strong><br />

cima pra baixo. É hora <strong>de</strong> arregaçar as mangas,<br />

colocar a faca entre os <strong>de</strong>ntes e ir à luta.<br />

É hora <strong>de</strong> ação!<br />

Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda)<br />

alexis@fenapro.org.br<br />

122 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Des<strong>de</strong> 1965, o jornal mais lido da propaganda.<br />

Nossa<br />

homenagem<br />

aos 51 anos<br />

do PROPMARK.


quem fez<br />

Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />

AlertA<br />

Para aproveitar o Dia Nacional <strong>de</strong> Combate<br />

ao Abuso e à Exploração Sexual <strong>de</strong> Crianças<br />

e Adolescentes, em 18 <strong>de</strong> <strong>maio</strong>, a ABCP (Associação<br />

Brasileira Todos Contra a Pedofilia)<br />

lançou uma campanha para incentivar <strong>de</strong>núncias.<br />

Os anúncios, criados pela Revolution<br />

Brasil, trazem imagens <strong>de</strong> religiosos com<br />

crianças e a inscrição Deus tá vendo.<br />

Fotos: Divulgação<br />

Revolution BRasil<br />

ABCP<br />

Título: Deus tá vendo; produto: institucional; direção<br />

<strong>de</strong> criação executiva: Augusto Moya; redação: Felipe<br />

Sanches, Carlos Pereira; direção <strong>de</strong> arte: Jean Carlo,<br />

Carlos Pereira e Augusto Moya; ilustração: Estudiorama;<br />

aprovação do cliente: Valdair Mauro Debus<br />

esquisitos<br />

A Samsung aposta no humor na campanha<br />

do Galaxy 7. São cinco filmes para a internet,<br />

assinados pela Isobar, que <strong>de</strong>stacam<br />

atitu<strong>de</strong>s esquisitas dos consumidores. Na<br />

peça Sereia, um rapaz conta que adora curtir<br />

a vida como um dos seres mitológicos do<br />

mar. Para isso, ele usa o celular acoplado a<br />

óculos <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> virtual.<br />

isoBaR<br />

SAmSunG<br />

Título: Sereia; produto: Galaxy S7; criação: Eduardo<br />

Battiston, Diego Araujo, Andrea Siqueira, Rafael<br />

Ochoa, Pedro Fernan<strong>de</strong>s e Henrique Pecego;<br />

produtora do filme: Your Mama; produtora <strong>de</strong><br />

áudio: Comando S; aprovação do cliente: Giuliano<br />

Carneiro e Juliana Cavalheiro<br />

Cheiro <strong>de</strong> Corpo<br />

O odor das axilas ganha vida no filme criado pela<br />

Wie<strong>de</strong>n+Kennedy São Paulo para Old Spice. Na peça<br />

Amigos, produção da Delicatessen Filmes e direção<br />

<strong>de</strong> cena do argentino Lemon, o mau cheiro<br />

fica magoado quando o garoto que está malhando<br />

em casa <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> acabar com ele. “Pensei que fôssemos<br />

amigos”, <strong>de</strong>clara a boca embaixo do braço.<br />

wie<strong>de</strong>n+kennedy<br />

P&G<br />

Título: Amigos; produto: Old Spice; diretores <strong>de</strong> criação:<br />

Gustavo Victorino e Rafael Genu; redator: Rafael Melo; diretor<br />

<strong>de</strong> arte: Erica Harumi e Pedro Sattin; produtora <strong>de</strong><br />

filmes: Delicatessen Filmes; diretor <strong>de</strong> cena: Lemon; produtora<br />

<strong>de</strong> áudio: A9 Áudio; aprovação do cliente: Isabel<br />

Pimentel, Adriana Mari, Wesley Murkin e Julia Asakawa<br />

124 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


vAriedA<strong>de</strong><br />

A linha <strong>de</strong> produtos da Heinz é apresentada no novo filme<br />

criado pela Africa para a marca. Na peça, um homem<br />

está comendo um hambúrguer com katchup Heinz no balcão<br />

<strong>de</strong> um bar e, à medida que vai citando os produtos da<br />

marca, é transportado para um novo cenário. Ao lembrar<br />

da mostarda, ele pilota uma moto com uma bela garota na<br />

garupa <strong>de</strong>gustando um cachorro quente. Ao citar a <strong>maio</strong>nese,<br />

ele aparece sobre um cavalo em um cenário do Velho<br />

Oeste. Depois é a vez do molho barbecue e, por último, do<br />

molho <strong>de</strong> tomate. A peça se encerra com uma lembrança<br />

da avó do rapaz, que conta o segredinho da receita <strong>de</strong> família:<br />

“era Heinz, seu bocó”, diz a velhinha na foto.<br />

afRica<br />

Heinz BrASil<br />

Título: O Crítico; produto: masterbrand; direção <strong>de</strong> criação: Alexandre<br />

Prado e Rodrigo Bombana; criação: Alexandre Prado, Rodrigo<br />

Bombana, Luiz Kanadani, Marcelo Lobo, Felipe Ribeiro, Felipe<br />

Cury e Fernando Drudi; redação: Luiz Kanadani; direção <strong>de</strong> arte:<br />

Marcelo Lobo; produtora <strong>de</strong> filme: Sentimental Filmes; direção<br />

<strong>de</strong> cena: Amnésia; produtora <strong>de</strong> som: Satelite Audio; aprovação<br />

do cliente: Isabella Rizzo e Olivia Martin<br />

provoCAção<br />

Para chamar a atenção para um problema que<br />

tem causado muitos aci<strong>de</strong>ntes, a cana<strong>de</strong>nse<br />

John St. criou um outdoor provocativo. A<br />

mensagem incentiva motoristas a mandar<br />

mensagens enquanto dirigem e é assinada por<br />

uma funerária. Ao acessar o site da empresa,<br />

a pessoas <strong>de</strong>scobre que, na verda<strong>de</strong>, tratava-<br />

-se <strong>de</strong> uma campanha <strong>de</strong> conscientização e<br />

o anunciante é a empresa <strong>de</strong> mídia exterior<br />

Cieslok Media, em parceria com a agência.<br />

John st.<br />

CieSlok meDiA<br />

Título: Text & Drive; diretores-executivos <strong>de</strong> criação:<br />

Angus Tucker e Stephen Jurisic; criação: Sébastien<br />

Lafaye e Cédric Au<strong>de</strong>t; gerente-geral:<br />

Mylène Savoie; produtora: Kimberley Mullen<br />

superAção<br />

O Bra<strong>de</strong>sco conta a história do garoto Gabriel<br />

Neris, um paratleta que, em <strong>maio</strong> do<br />

ano passado, ao participar <strong>de</strong> uma competição<br />

dos 100 metros rasos, per<strong>de</strong>u a prótese<br />

com apenas 10 metros <strong>de</strong> competição.<br />

O menino, que vai conduzir a tocha olímpica,<br />

não teve dúvida: pegou sua prótese e<br />

terminou a prova em um pé só.<br />

R/Ga<br />

BrADeSCo<br />

Título: Gabriel; produto: institucional; criação:<br />

Tom Vouga, André Rezen<strong>de</strong>, Giulio Beloto e Thiago<br />

Grigoletto; produtora <strong>de</strong> filme: Stink; direção<br />

<strong>de</strong> cena: Squarehead e Douglas Bernardt;<br />

produtora <strong>de</strong> Som: Antfood; aprovação do<br />

cliente: Jorge Nasser, Marcio Parizotto, Daniela<br />

Ugayama e Thais Prescinotti<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 125


opinião<br />

Mudanças precisam<br />

acontecer também<br />

na propaganda<br />

Lightsping/Shutterstock<br />

RobeRto Duailibi<br />

Muita gente tem falado, com toda razão,<br />

da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças urgentes<br />

nos rumos da economia, da educação,<br />

da saú<strong>de</strong> e da moral pública. Toda mudança<br />

profunda reflete os anseios da <strong>maio</strong>ria.<br />

Mas quero aqui chamar a atenção para um<br />

assunto que é muito importante, que consome<br />

todos os anos bilhões <strong>de</strong> reais dos<br />

cofres públicos e po<strong>de</strong>, em muito, mudar<br />

a imagem do Brasil e ajudar os brasileiros.<br />

Precisamos <strong>de</strong> mudanças no segmento da<br />

propaganda.<br />

O aparelhamento do Estado, com envolvimento<br />

<strong>de</strong> partidos – e a Operação Lava Jato<br />

já provou isso – afetou profundamente as<br />

contas públicas, as agências, as produtoras,<br />

os veículos, os fornecedores <strong>de</strong> serviços e a<br />

imagem dos profissionais. E disso a classe<br />

reclamava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios <strong>de</strong>sse governo<br />

atual. O surgimento <strong>de</strong> “agências”<br />

sem qualquer cre<strong>de</strong>ncial e sem<br />

clientes da iniciativa privada,<br />

a aparente manipulação das<br />

planilhas <strong>de</strong> licitações, o uso<br />

<strong>de</strong> estagiários em vez <strong>de</strong> profissionais,<br />

<strong>de</strong>pois que as contas<br />

estavam ganhas, a partidarização<br />

das <strong>de</strong>cisões, tudo nos<br />

fazia lembrar da peça O Rei da<br />

Vela, <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>.<br />

Ao longo das investigações, ficou claro<br />

que a publicida<strong>de</strong> do governo vinha sendo<br />

utilizada como foco <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, e em muitos<br />

casos usada para <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> recursos para<br />

campanhas eleitorais. Publicitários e pseudopublicitários<br />

foram presos, para gran<strong>de</strong><br />

prejuízo <strong>de</strong> toda a classe. O papel das agências,<br />

dos publicitários e das produtoras<br />

passou a ser visto como meio <strong>de</strong> transferir<br />

recursos para campanhas e contas particulares.<br />

Não estou aqui, vejam bem, fazendo<br />

acusações novas. Tudo isso já foi provado<br />

pela Força Tarefa, que conduz o <strong>maio</strong>r processo<br />

<strong>de</strong> combate à corrupção já visto neste<br />

país.<br />

“Toda<br />

mudança<br />

profunda<br />

refleTe os<br />

anseios da<br />

<strong>maio</strong>ria”<br />

A mudança, do porte da que estamos<br />

vivendo, é muito positiva. Mas <strong>de</strong> nada<br />

adiantará se, nos primeiros dias do futuro<br />

governo, não houver a sinalização clara <strong>de</strong><br />

que <strong>de</strong> fato estaremos entrando num novo<br />

tempo, em nova fase, preocupada em solucionar<br />

os graves problemas do país e usar,<br />

<strong>de</strong> forma objetiva e racional - e moral -, os<br />

recursos. É muito gran<strong>de</strong> o volume <strong>de</strong> verba<br />

<strong>de</strong>stinado à propaganda governamental.<br />

O governo Dilma tem gasto em média<br />

mais <strong>de</strong> R$ 2 bilhões em mídia por ano. Somados,<br />

os governos Lula e Dilma, apenas<br />

com a mídia televisiva, gastaram R$ 13,9 bilhões<br />

e outros R$ 2,1 bilhões com os jornais<br />

e revistas. Ou seja, estamos falando <strong>de</strong> volumes<br />

enormes que, até por isso, <strong>de</strong>vem ser<br />

gastos <strong>de</strong> forma competente, equilibrada,<br />

livre <strong>de</strong> interferências e, o que é melhor,<br />

sem <strong>de</strong>sperdício.<br />

A nova fase, que, ao que tudo indica,<br />

está a caminho, tem tudo para melhorar a<br />

percepção das pessoas em relação ao governo,<br />

à imagem do país, aos serviços públicos.<br />

Essas verbas po<strong>de</strong>m usar as concepções<br />

consagradas da comunicação social e<br />

po<strong>de</strong>m passar a ter um papel <strong>de</strong> altíssima<br />

relevância para a socieda<strong>de</strong>. Os programas<br />

sociais, as campanhas da área da saú<strong>de</strong>, os<br />

serviços <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública, tudo isso po<strong>de</strong><br />

ter um upgra<strong>de</strong>, com o uso racional dos<br />

recursos, contratações eficientes,<br />

trabalhos consequentes e, o que<br />

é melhor, resultados muito acima<br />

daqueles que nós temos visto até<br />

agora.<br />

É preciso levar em conta, mais<br />

que tudo, o tamanho do país, a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> as mensagens chegarem<br />

a todos os rincões, <strong>de</strong> atingir<br />

<strong>de</strong> forma diferente aos mais variados<br />

públicos. Temos <strong>de</strong> passar à população<br />

as informações que po<strong>de</strong>m ajudar no dia<br />

a dia, que po<strong>de</strong>m melhorar sua qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida, favorecer o crescimento e salvar<br />

vidas.<br />

A propaganda precisa voltar a ser vista<br />

não apenas como o meio para informar sobre<br />

produtos ou propagar sonhos <strong>de</strong> consumo.<br />

Ou ainda ser vista como meio que usa<br />

a mentira para eleger políticos. Ela precisa<br />

ser vista como ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal, como política <strong>de</strong> governo,<br />

por sua relevância, po<strong>de</strong>r e papel educativo.<br />

Se o governo olhar com novos olhos para<br />

essa área, colocar as pessoas certas nos<br />

lugares certos, po<strong>de</strong>rá contratar melhor,<br />

gastar menos e ter um saldo final muito<br />

mais positivo. O mo<strong>de</strong>lo baseado no aparelhamento<br />

político nos tem levado a uma<br />

propaganda <strong>de</strong> mau gosto, mal produzida e<br />

pouco preocupada com o uso dos recursos<br />

e com o que pensam os brasileiros sobre esse<br />

eficiente meio <strong>de</strong> comunicação e aqueles<br />

que vivem honestamente <strong>de</strong> seu ofício.<br />

Roberto Duailibi é conselheiro da DPZ&T<br />

roberto.duailibi@dpzt.com.br<br />

126 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


we<br />

mkt<br />

Matteus <strong>de</strong> Faria Vilas Boas<br />

Seconds<br />

“Matar o sonho é matarmo-nos.<br />

É mutilar a nossa alma”.<br />

Fernando Pessoa<br />

Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />

Arthur gostaria muito <strong>de</strong> ter uma segunda<br />

vida. Bancário <strong>de</strong> meia ida<strong>de</strong>,<br />

família convencional e relação fria com a<br />

mulher e a filha já adulta. Mas nada aconteceria<br />

não fosse um telefonema aterrador.<br />

O <strong>de</strong> um amigo que julgava morto e tinha<br />

comprado os serviços <strong>de</strong> uma segunda vida<br />

com a “Companhia”. Pediu a direção e<br />

foi adiante. Meses <strong>de</strong>pois, um mendigo é<br />

atropelado e morto. Vai para uma cirurgia<br />

facial e vira Arthur. Enquanto isso, na sala<br />

ao lado, Arthur ganha uma nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

– Tony Wilson - e uma segunda vida.<br />

O filme, <strong>de</strong> 1966, com direção <strong>de</strong> John<br />

Frankenheimer, adaptação do livro Seconds,<br />

<strong>de</strong> David Ely, Arthur é protagonizado<br />

por Rock Hudson. E os letreiros <strong>de</strong> abertura<br />

levam a assinatura do mestre do <strong>de</strong>sign<br />

Saul Bass. Anos <strong>de</strong>pois, por curiosida<strong>de</strong>,<br />

Arthur volta para conferir, a distância, a<br />

família. A mulher casara-se novamente, a<br />

casa permanecia a mesma, mas a sensação<br />

<strong>de</strong> ter renascido <strong>de</strong>saparecera. Renascer,<br />

conclui, é uma impossibilida<strong>de</strong> absoluta.<br />

Então, por que <strong>de</strong>ixar-se morrer? Ou matar?<br />

Abilio Diniz ven<strong>de</strong>u seu sonho. No momento<br />

da entrega, fez tudo para recomprar.<br />

Isabela Capeto ven<strong>de</strong>u seu sonho<br />

e trabalhou feito uma con<strong>de</strong>nada para<br />

recomprá-lo. Michael Klein ven<strong>de</strong>u o sonho<br />

<strong>de</strong> sua família, pai, seu, e hoje, volta<br />

e meia, tenta se reaproximar do sonho, à<br />

semelhança <strong>de</strong> Arthur. Na busca <strong>de</strong> um Seconds.<br />

Sua filha, Natalie Klein, fashion <strong>de</strong>signer,<br />

casou-se com Tufi Duek, com quem<br />

tem dois filhos, Ava e Ezra, e é muito feliz.<br />

Poucas pessoas fizeram carreira, prosperaram,<br />

e construíram marcas <strong>de</strong> forma tão<br />

visceral, compulsiva e arrebatadora como<br />

Tufi. No início, jovem, vendia camisetas<br />

para amigos e construiu um pequeno império<br />

e marcas legendárias trabalhando 14<br />

horas por dia: “De 52 fins <strong>de</strong> semana por<br />

ano, eu trabalhava 45”, <strong>de</strong>clarou a Sylvain<br />

Justum, da GQ Brasil. Hoje, aos 61 anos,<br />

explo<strong>de</strong>: “Destruíram o que levei quatro<br />

décadas para construir. A marca Forum<br />

merecia mais respeito”.<br />

Março <strong>de</strong> 2008. A campanha <strong>de</strong> Barack<br />

Obama empolga o mundo. A crise das hipotecas,<br />

uma hipótese aparentemente distante.<br />

Em meio a uma série <strong>de</strong> circunstâncias,<br />

incluindo a morte <strong>de</strong> sua mãe, Tufi sucumbe<br />

e ven<strong>de</strong> tudo – sua empresa, marcas, nome –<br />

para a AMC, <strong>de</strong> Alexandre Menegotti e mais<br />

três sócios. No portfólio da AMC estão Colcci,<br />

Sommer, Carmelitas, mais licenciamento da<br />

Coca-Cola Fashion. Ven<strong>de</strong>u tudo, repito: Forum,<br />

Triton, Forum Tufi Duek e Tufi Duek.<br />

Pela bagatela <strong>de</strong> R$ 251 milhões – o que equivaleria<br />

hoje, segundo Tufi, a R$ 700 milhões:<br />

“uma empresa saudável, com lucro líquido <strong>de</strong><br />

R$ 40 milhões ano”. Maio <strong>de</strong> <strong>2016</strong>, GQ Brasil:<br />

“Nos tempos áureos, os <strong>de</strong>sfiles da Forum<br />

viajavam pelo Brasil como forma <strong>de</strong> fortalecer<br />

mercados regionais e expandir a marca.<br />

Fazer parte do universo Forum dava status,<br />

envolvia o sentimento aspiracional em uma<br />

calça com o célebre F no bolso traseiro...”. Tufi<br />

reconhece: “fui ingênuo, acreditei nas promessas<br />

que o grupo não mexeria na filosofia<br />

que implantei e fazia a engrenagem funcionar<br />

perfeitamente...”, hoje posso assinar Tufi<br />

Duek como <strong>de</strong>signer, mas nunca mais como<br />

marca. Menegotti, o comprador, concorda e<br />

lembra: “A marca Tufi Duek foi adquirida pelo<br />

AMC e, portanto, não po<strong>de</strong> ser utilizada por<br />

terceiros, tampouco por quem a ven<strong>de</strong>u...”.<br />

Goethe dizia que “quando uma criatura<br />

humana <strong>de</strong>sperta para um gran<strong>de</strong> sonho e<br />

sobre ele lança toda a força <strong>de</strong> sua alma, todo<br />

o universo conspira a favor”. Aristóteles,<br />

que “a esperança é o sonho <strong>de</strong> um homem<br />

acordado”. E, Mario Quintana, que “sonhar<br />

é acordar-se para <strong>de</strong>ntro”. E mesmo assim,<br />

Abilio, Isabela, Michael, Tufi, Herchcovitch<br />

e muitos outros empreen<strong>de</strong>dores acreditaram<br />

ser possível ven<strong>de</strong>rem seus sonhos. O<br />

que existe <strong>de</strong> comum entre todos, e apenas,<br />

é que nunca mais conseguiram dormir<br />

em paz. Permanecem <strong>de</strong>spertos; para <strong>de</strong>ntro<br />

e para fora. Resta o conselho do saudoso<br />

Barão <strong>de</strong> Itararé: “Nunca <strong>de</strong>sista <strong>de</strong> seu sonho.<br />

Se ele acabou numa padaria, procure<br />

em outra”.<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

é consultor <strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

128 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


sul online<br />

Ana Paula Jung propsul@uol.com.br<br />

Divulgação<br />

Polar é segunda<br />

mais lembrada<br />

pelos gaúchos<br />

cerveja Polar conquistou o segundo lugar entre as mais lembradas pelos gaúchos.<br />

A Com 20,3%, está cada vez mais próxima da Skol, que ocupa a li<strong>de</strong>rança, com 35,3%,<br />

conforme aponta a pesquisa Top of Mind <strong>2016</strong>, promovida pela Revista Amanhã. O índice<br />

representa mais que o dobro dos 9,8% obtido na sondagem <strong>de</strong> 2014. A diferença, que era<br />

<strong>de</strong> 28,8% há dois anos, fecha <strong>2016</strong> em 15% e confirma a curva ascen<strong>de</strong>nte da marca, que<br />

nasceu como Polar Chopp na cida<strong>de</strong> gaúcha <strong>de</strong> Estrela há 104 anos. Em 1969, tornou-se<br />

cervejaria Polar e há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos reforça a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> local com o slogan A melhor é<br />

daqui. Os vencedores <strong>de</strong> todas as categorias do Top of Mind <strong>2016</strong> serão anunciados nesta<br />

terça-feira (24), em Porto Alegre.<br />

Peça <strong>de</strong> recente<br />

campanha da Polar,<br />

criada pela Paim<br />

croissants<br />

Os sócios-diretores da Croasonho, Gustavo<br />

Susin e Eduardo Silva, têm planos <strong>de</strong><br />

cativar novos consumidores para expandir<br />

a empresa gaúcha. A previsão é fechar <strong>2016</strong><br />

com 78 lojas no Brasil e faturamento <strong>de</strong> R$<br />

100 milhões. “Criamos um novo conceito<br />

<strong>de</strong> alimentação no país, cujo produto é a<br />

marca. As pessoas que provam se apaixonam”,<br />

diz Silva. Para fi<strong>de</strong>lizar os croalovers,<br />

a marca trabalha com a campanha Provou,<br />

amou, criada pela Batuca, <strong>de</strong> Bento Gonçalves<br />

(RS). Fundada em 1997, a marca ganhou<br />

mercado ao lançar uma mistura <strong>de</strong> croissants<br />

recheados artesanais. A partir <strong>de</strong><br />

2009, expandiu a re<strong>de</strong> para 16 estados por<br />

meio do franchising. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da crise, a meta é manter crescimento orgânico<br />

com média <strong>de</strong> <strong>de</strong>z novas lojas por ano.<br />

O <strong>de</strong>safio é ser conhecida nacionalmente.<br />

lutadores<br />

Patrocinadora do UFC, a Reebok vem fazendo<br />

diversas ações com o esporte. Agora<br />

lança filme com <strong>de</strong>poimento dos lutadores<br />

José Aldo e Ronaldo Jacaré, patrocinados<br />

pela marca. No filme, que será veiculado na<br />

TV e na internet, criado pela 3YZ e produzido<br />

pela Guts and Films, as duas estrelas<br />

da modalida<strong>de</strong> falam sobre as dificulda<strong>de</strong>s<br />

e <strong>de</strong>rrotas <strong>de</strong> suas carreiras, <strong>de</strong>ixando claro<br />

que nunca pensaram em <strong>de</strong>sistir, enquanto<br />

treinam e se preparam para lutar novamen-<br />

te. “O filme faz um paralelo das vitórias e<br />

<strong>de</strong>rrotas dos dois atletas”, explica Eduardo<br />

Menezes, diretor <strong>de</strong> criação da 3yz. O<br />

conceito é Vencedor não é aquele que ganha<br />

sempre, é aquele que nunca <strong>de</strong>siste <strong>de</strong> lutar.<br />

loja <strong>de</strong> FÁBrica<br />

A Karsten, tradicional marca catarinense<br />

<strong>de</strong> cama, mesa, banho e tecidos<br />

para <strong>de</strong>coração, abriu sua primeira loja<br />

<strong>de</strong> fábrica em Porto Alegre. A empresa, <strong>de</strong><br />

134 anos, é uma das <strong>maio</strong>res indústrias<br />

do segmento no Brasil e uma das principais<br />

marcas em termos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

inovação e beleza. Segundo Rui Leopoldo<br />

Hess <strong>de</strong> Souza, diretor <strong>de</strong> marketing<br />

da Karsten, a loja faz parte dos planos da<br />

empresa <strong>de</strong> ampliar a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

seus produtos para o consumidor final.<br />

“É um canal muito importante para levar<br />

os valores da marca numa loja exclusiva.<br />

É uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>”, comenta.<br />

O conceito da campanha, criada pela Modus,<br />

<strong>de</strong> Blumenau, é Os alemães são como<br />

os gaúchos, adoram uma tradição. O investimento<br />

em marketing no Brasil é <strong>de</strong><br />

R$ 12 milhões.<br />

Festa<br />

A festa do Colunistas Brasil será no próximo<br />

dia 9, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Do RS, Centro,<br />

JWT, Matriz e Santo <strong>de</strong> Casa, mais a<br />

produtora Guts, serão homenageadas.<br />

130 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


produtoraS<br />

Moreira: especialista em filmes <strong>de</strong> produto, ele tem em seu portfólio trabalhos com marcas como Unilever e Bra<strong>de</strong>sco<br />

Divulgação<br />

Spray contrata<br />

diretor com<br />

experiência<br />

em produto<br />

Rodrigo Moreira chega<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passagem<br />

pela Honey Bunny<br />

Vinícius noVaes<br />

Rodrigo Moreira é o novo diretor <strong>de</strong> cena<br />

da Spray Filmes. Com mais <strong>de</strong> 15 anos<br />

<strong>de</strong> atuação no mercado publicitário, Moreira<br />

traz em seu portfólio filmes para marcas<br />

como Kopenhagen, Pizza Hut, Subway, além<br />

<strong>de</strong> Johnson & Johnson, Unilever e Bra<strong>de</strong>sco.<br />

Antes <strong>de</strong> integrar o time da Spray, trabalhou<br />

em produtoras como Conspiração e Honey<br />

Bunny.<br />

“A Spray Filmes tem uma <strong>de</strong>manda muito<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> filme <strong>de</strong> produto e esta é uma<br />

área na qual eu tenho especialida<strong>de</strong>”, conta<br />

o novo diretor <strong>de</strong> cena da produtora. “Eles<br />

me procuraram e pensei que a gente se completava<br />

nesta área”, complementa o profissional.<br />

Roberta Reigado, produtora-executiva da<br />

Spray Filmes, disse que o foco e a experiência<br />

<strong>de</strong> Moreira em filmes <strong>de</strong> produto são muito<br />

complementares para o trabalho <strong>de</strong> sua empresa.<br />

“Como diretor e fotógrafo, o Rodrigo<br />

é extremamente exigente com a qualida<strong>de</strong> e<br />

a estética dos filmes, sua formação em fotografia<br />

traz também um olhar muito apurado<br />

e técnico”, afirma a executiva.<br />

Para o novo diretor <strong>de</strong> cena da Spray, um<br />

dos seus principais <strong>de</strong>safios será conseguir<br />

elevar o nível técnico <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> dos filmes<br />

<strong>de</strong> produto. “Além disso, a Spray vai me<br />

proporcionar a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eu expandir<br />

o meu leque”, garante.<br />

A Spray, que possui seis anos <strong>de</strong> mercado,<br />

foi a produtora responsável pela produção<br />

do longa Quebrando o Tabu, que <strong>de</strong>bate as<br />

consequências da legalização da maconha,<br />

que teve a participação <strong>de</strong> nomes como os<br />

ex-presi<strong>de</strong>ntes Fernando Henrique Cardoso,<br />

Bill Clinton e Jimmy Carter. Na publicida<strong>de</strong>,<br />

a Spray já filmou com agências como AlmapBBDO,<br />

DM9DDB, Africa, Y&R e WMcCann,<br />

entre outras. E tem como clientes Coca-Cola,<br />

Ambev, Itaú, Mitsubishi, Volkswagen, P&G<br />

etc.<br />

Em 2014, a produtora produziu o filme<br />

Últimos Desejos da Kombi, vencedora <strong>de</strong> sete<br />

Leões <strong>de</strong> ouro no Festival <strong>de</strong> Cannes, além<br />

<strong>de</strong> prêmios no Clio Awards e no Festival do<br />

CCSP. No ano passado, a Spray produziu Radio<br />

Pri<strong>de</strong> Para<strong>de</strong>, que ren<strong>de</strong>u um Leão <strong>de</strong><br />

prata no Festival <strong>de</strong> Cannes, na categoria<br />

Bran<strong>de</strong>d Content.<br />

132 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


HÁ 51 ANOS,<br />

NÃO SE PODIA<br />

FALAR O QUE<br />

SE PENSAVA.<br />

HOJE, DEVEMOS<br />

FALAR O QUE<br />

NINGUÉM<br />

AINDA PENSOU.<br />

Ganhar a vida tá osso?<br />

Voltemos 51 anos. Quando<br />

nasceu este jornal, a propaganda<br />

não era consi<strong>de</strong>rada essencial,<br />

e a profissão <strong>de</strong> publicitário<br />

acabava <strong>de</strong> ser regulamentada.<br />

O respeito só veio com a chegada<br />

das gran<strong>de</strong>s montadoras e as<br />

primeiras campanhas.<br />

Os carros, aliás, <strong>de</strong>sfilavam<br />

em 1965 o a<strong>de</strong>sivo Brasil, ame-o<br />

ou <strong>de</strong>ixe-o. Bem, semelhanças<br />

à parte, importante pra BigBee<br />

é ser reconhecida como<br />

agência otimista e inovadora.<br />

É ter o mais ágil sistema<br />

<strong>de</strong> mensuração <strong>de</strong> mídia<br />

e análise do mercado,<br />

o DATAROI.<br />

É pensar, como poucos,<br />

planejamento estratégico,<br />

business intelligence<br />

e performance criativa.<br />

É saber potencializar<br />

i<strong>de</strong>ias e resultados.<br />

Venha tomar uma<br />

com a gente.<br />

Uma boa xícara<br />

<strong>de</strong> café.<br />

114130 5200 / www.bigbee.com.br


Produtoras<br />

Piloto se reestrutura e reforça<br />

equipe com seis diretores <strong>de</strong> cena<br />

Com mudanças, que atingem também a área comercial, objetivo da<br />

empresa é expandir a atuação no mercado brasileiro <strong>de</strong> audiovisual<br />

Divulgação<br />

Equipe da produtora Piloto: empresa quer se tornar mais competitiva no mercado e aposta em diversos tipos <strong>de</strong> filmes<br />

Vinícius noVaes<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> expandir a atuação da<br />

produtora no mercado brasileiro <strong>de</strong> audiovisual,<br />

a Piloto contratou seis diretores<br />

<strong>de</strong> cena. Desses diretores que entraram para<br />

compor o casting, alguns já atuavam no mercado<br />

e outros são profissionais que estão sendo<br />

lançados.<br />

Octavio Scopelliti, André Chitas, Carla Nobre,<br />

Ronaldo Soares, Gustavo Zylbersztajn e<br />

Rafael Antonelli, ao lado da dupla fundadora<br />

da produtora, formada por Daniel Soro e Alexandre<br />

Chalabi, tornam-se responsáveis pela<br />

estética e pelas novas linguagens dos projetos,<br />

apresentando tendências para todos os tipos<br />

<strong>de</strong> filme, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> documentários, live action e<br />

animação, para mídias digitais ou multiplataformas,<br />

entre outras opções.<br />

No comando da empresa, a novida<strong>de</strong> é que<br />

Biba Wer<strong>de</strong>sheim <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> atuar na área <strong>de</strong><br />

atendimento para assumir as funções <strong>de</strong> diretora-executiva.<br />

Ela terá como meta imprimir<br />

mais eficiência ao trabalho da produtora, por<br />

meio <strong>de</strong> uma gestão classificada pela própria<br />

empresa como criativa.<br />

“Um dos principais diferenciais da Piloto<br />

sempre foi a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> unir versatilida<strong>de</strong><br />

para trabalhar em orçamentos <strong>de</strong>safiadores<br />

à capacida<strong>de</strong> criativa. Precisamos<br />

oxigenar constantemente a produtora, revirar<br />

o fundo, fazer com que a força criativa<br />

que já está <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa seja renovada e,<br />

ao mesmo tempo, aumentar a nossa capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> resposta a diferentes <strong>de</strong>mandas”,<br />

afirma a executiva.<br />

Outra novida<strong>de</strong> é que Regina Knapp, profissional<br />

com vasta experiência <strong>de</strong> mercado,<br />

que estava na Piloto há alguns meses, torna-se<br />

diretora-comercial, focada nas áreas <strong>de</strong> atendimento,<br />

prospecção e gestão do quadro diretores<br />

<strong>de</strong> cena da casa.<br />

“A chegada dos novos diretores nos possibilita<br />

aumentar o leque <strong>de</strong> atuação nas agências<br />

e clientes, mas sem nunca per<strong>de</strong>r a qualida<strong>de</strong><br />

técnica e criativa, que prezamos tanto”, afirma<br />

Regina Knapp, diretora-comercial da Piloto.<br />

Essa ampliação no time <strong>de</strong> profissionais<br />

faz parte da atuação <strong>de</strong> Biba como diretora-<br />

-executiva, com Regina à frente da direção<br />

comercial.<br />

Biba garante que o objetivo da produtora<br />

é ampliar a oferta <strong>de</strong> trabalho no mercado.<br />

“Sem per<strong>de</strong>r nosso DNA, vamos tornar a produtora<br />

mais competitiva, oferecendo filmes<br />

com qualida<strong>de</strong> estética, unindo <strong>de</strong>sign, narrativa,<br />

capacida<strong>de</strong> criativa e boa gestão”, afirma.<br />

134 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


DeSign<br />

Fonte Sarandi se reposiciona com<br />

novas embalagens no portfólio<br />

Destaque da linha é garrafa <strong>de</strong> água <strong>de</strong>senvolvida com foco nos<br />

praticantes <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física; Lincoln Seragini assina a mudança<br />

AnA PAulA Jung<br />

Um dos principais <strong>de</strong>signers<br />

<strong>de</strong> embalagem do Brasil,<br />

Lincoln Seragini, é quem assina<br />

a renovação do portfólio da<br />

empresa gaúcha Fonte Sarandi.<br />

Com 45 anos <strong>de</strong> carreira e<br />

trabalhos para gigantes como<br />

Colgate-Palmolive, Nestlé, Dixie-Toga<br />

e Johnson & Johnson<br />

no currículo, Seragini <strong>de</strong>staca<br />

neste projeto a embalagem inovadora<br />

da água Floresta Ativa,<br />

projetada para quem pratica<br />

ativida<strong>de</strong> física, como um<br />

squeeze <strong>de</strong>scartável.<br />

Com forma anatômica, nas<br />

cores cristal, azul, rosa e ver<strong>de</strong>,<br />

a garrafa possui uma alça para<br />

pren<strong>de</strong>r nos <strong>de</strong>dos durante o<br />

uso. A i<strong>de</strong>ia é ser uma solução<br />

conveniente, econômica e higiênica.<br />

“Não existe igual no<br />

mercado. A Sarandi está sendo<br />

pioneira nesta embalagem”,<br />

comenta Seragini.<br />

“Será um ícone das pessoas<br />

ativas. Por ser exclusiva e única,<br />

possibilita que a Sarandi a<br />

comercialize em todo o mercado<br />

brasileiro. Será possível<br />

viabilizar a sua venda em qualquer<br />

distância, vencendo a barreira<br />

do frete, fator que sempre<br />

limitou a expansão das marcas<br />

regionais <strong>de</strong> água mineral”, explica<br />

Seragini.<br />

Com quase 70 anos <strong>de</strong> existência,<br />

a Fonte Sarandi se reinventa,<br />

apostando em inovação<br />

e mudanças estratégicas para<br />

fortalecer a marca e ganhar<br />

mercado. O projeto <strong>de</strong> reposicionamento<br />

da Sarandi levou<br />

dois anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o planejamento<br />

até a sua execução. Foram<br />

investidos R$ 1 milhão em<br />

pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

R$ 1,5 milhão em tecnologia e<br />

maquinário e R$ 1 milhão em<br />

marketing, além da contratação<br />

<strong>de</strong> 50 novos funcionários<br />

nos últimos 12 meses.<br />

Seragini acredita que as empresas<br />

<strong>de</strong> vanguarda sabem<br />

que fazer o bem à socieda<strong>de</strong><br />

Lincoln Seragini, um dos principais <strong>de</strong>signers <strong>de</strong> embalagem do Brasil, com o diretor da Fonte Sarandi, Jairo Zandoná<br />

“Todas as<br />

empresas<br />

precisam<br />

ganhar<br />

dinheiro, mas<br />

é imporTanTe<br />

buscar não só<br />

nos produTos,<br />

mas nas suas<br />

ações, um<br />

benefício a<br />

mais para as<br />

pessoas”<br />

é um bom negócio. Por isso, o<br />

mercado está entrando na era<br />

espiritual das marcas. “Todas<br />

as empresas precisam ganhar<br />

dinheiro, mas é importante<br />

buscar não só nos produtos,<br />

mas nas suas ações, um benefício<br />

a mais para as pessoas.<br />

Já passamos da fase da marca<br />

racional, da estética <strong>de</strong>pois da<br />

emocional e agora chegamos<br />

na era espiritual. Poucas marcas<br />

chegaram até aqui. É preciso<br />

buscar a própria verda<strong>de</strong>”,<br />

comenta. Segundo Seragini,<br />

para a marca <strong>de</strong> água, a verda<strong>de</strong><br />

é latente e está expressa no<br />

slogan Nossa fonte é a natureza.<br />

Para <strong>de</strong>ixar claro o posicionamento,<br />

a linha <strong>de</strong> produtos<br />

ganhou novas embalagens e<br />

rótulos para as linhas <strong>de</strong> água<br />

mineral, e o guaraná ganhou<br />

um novo sabor. “Este é o <strong>maio</strong>r<br />

projeto da empresa em todos<br />

esses anos. Uma reformulação<br />

completa focada no crescimento<br />

e no fortalecimento <strong>de</strong> mer-<br />

Divulgação<br />

cado, que vai na contramão das<br />

expectativas do cenário nacional<br />

em um ano <strong>de</strong> crise”, comemora<br />

o diretor da empresa,<br />

Jairo Zandoná.<br />

O novo formato das garrafas,<br />

além <strong>de</strong> mais apropriado para o<br />

manuseio, com o centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />

na região central, teve<br />

peso reduzido. “Dentro dos<br />

melhores padrões atuais em<br />

termos <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> PET, po<strong>de</strong>mos<br />

afirmar que chegamos a<br />

uma embalagem otimizada e<br />

i<strong>de</strong>al em seu conjunto”, explica<br />

Seragini.<br />

A empresa li<strong>de</strong>ra dois movimentos,<br />

<strong>de</strong>ntro da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ser<br />

uma marca espiritual: Prevenção<br />

da Saú<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a<br />

importância do pH alcalino das<br />

águas naturais; e Vida Ativa,<br />

que visa promover a qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida.<br />

A campanha, com anúncios,<br />

jingles e material <strong>de</strong> PDV, foi<br />

criada pela Martins+Andra<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

136 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


opinião<br />

Scyther5/Shutterstock<br />

Comunicação para<br />

crianças e adolescentes<br />

Silvia viSani<br />

Em se tratando <strong>de</strong> comunicação e mídia<br />

voltada para crianças e adolescentes,<br />

não é necessário ser um especialista no assunto<br />

para perceber que <strong>de</strong>terminadas características<br />

<strong>de</strong>sse público-alvo são muito<br />

diferentes quando comparadas com as <strong>de</strong><br />

suas gerações passadas.<br />

Como mãe, tenho a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> frequentemente<br />

observar as discussões nos<br />

grupos <strong>de</strong> crianças: nem todas gostam dos<br />

mesmos brinquedos e opções <strong>de</strong> lazer. Se<br />

há décadas todas tinham o mesmo personagem<br />

favorito, hoje uma po<strong>de</strong> gostar <strong>de</strong><br />

um animal, a outra po<strong>de</strong> ter como ídolo<br />

um super-herói e outra, ainda, sonhar em<br />

ser um jogador <strong>de</strong> futebol. Cada<br />

uma elege um ícone diferente<br />

<strong>de</strong> sua preferência.<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da década<br />

em que se vive, é fácil<br />

perceber que as transformações<br />

na vida <strong>de</strong> uma criança<br />

ocorrem muito mais rápido do<br />

que na <strong>de</strong> um adulto. Contudo,<br />

há uma gran<strong>de</strong> diferença nos<br />

dias <strong>de</strong> hoje: a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

informação que os mais jovens<br />

encontram disponível fez com<br />

que se tornassem muito mais<br />

exigentes quanto ao consumo.<br />

E no passado esse grau <strong>de</strong> exigência<br />

era encontrado somente<br />

no público adulto.<br />

“o ponto <strong>de</strong><br />

partida da<br />

mensagem<br />

<strong>de</strong>ve ser<br />

abordar<br />

a criança<br />

sem que seja<br />

<strong>de</strong> forma<br />

invasiva<br />

e sem se<br />

aproveitar<br />

<strong>de</strong> sua<br />

inocência”<br />

O fácil alcance <strong>de</strong>sse volume <strong>de</strong> conhecimento<br />

lhes permite uma análise mais<br />

aguçada. Contam com mais possibilida<strong>de</strong>s,<br />

escolhas, informações e ofertas, para que<br />

possam optar por aquilo que consi<strong>de</strong>ram<br />

melhor. Isso significa que não se <strong>de</strong>ixam<br />

mais ser guiados pelo comportamento <strong>de</strong><br />

massa como antigamente. Suas <strong>de</strong>cisões<br />

se tornaram mais individualizadas e baseadas<br />

em gostos e experiências pessoais, já<br />

nesta faixa etária.<br />

Outro ponto importante é o nível <strong>de</strong> troca<br />

<strong>de</strong> informação, antes mais restrito aos<br />

amigos da escola e do bairro. Atualmente<br />

ela se dispersa além <strong>de</strong>sses ambientes físicos,<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais, na TV e, obviamente,<br />

no Google. Nesse contexto, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio<br />

da publicida<strong>de</strong> é saber como se comunicar<br />

e segmentar a mensagem para cada<br />

target, já que é preciso transmitir a mesma<br />

informação <strong>de</strong> forma diferente para cada<br />

indivíduo. Não se fala <strong>de</strong> uma só maneira<br />

com todos, cada vez surge uma nova abordagem<br />

para se explorar diferentes interesses<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um mesmo público.<br />

Ao pensar no lançamento <strong>de</strong><br />

um novo produto ou campanha,<br />

creio que o meio prioritário para<br />

se atingir crianças e adolescentes<br />

seja a internet (que abrange<br />

re<strong>de</strong>s sociais e diversos canais <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>o, presentes principalmente<br />

em games e apps). Na sequência,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do produto, outro<br />

meio a ser consi<strong>de</strong>rado são os canais<br />

on <strong>de</strong>mand, já que as crianças<br />

<strong>de</strong> hoje não possuem mais<br />

apego ao canal <strong>de</strong> TV em si, mas,<br />

sim, ao conteúdo exibido. Importante<br />

ressaltar que nesse meio a<br />

interferência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> ainda<br />

é mínima, portanto é preciso<br />

estar atento a essa nova oportunida<strong>de</strong>,<br />

que <strong>de</strong>sperta gran<strong>de</strong><br />

atenção dos mais jovens.<br />

Para concluir, nos <strong>de</strong>paramos com o<br />

polêmico <strong>de</strong>bate em torno da proibição da<br />

publicida<strong>de</strong> dirigida ao público infantil.<br />

Devemos nos lembrar <strong>de</strong> que, em todas as<br />

circunstâncias, o ponto <strong>de</strong> partida da mensagem<br />

<strong>de</strong>ve ser abordar a criança sem que<br />

seja <strong>de</strong> forma invasiva e sem se aproveitar<br />

<strong>de</strong> sua inocência.<br />

Silvia Visani é diretora <strong>de</strong> mídia da SapientNitro<br />

silvia.visani@sapient.com<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 137


CANNES <strong>2016</strong><br />

Cyber precisa<br />

apontar caminho<br />

para a indústria<br />

Alê Oliveira<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Integração e Inovação da<br />

DM9DDB, Igor Puga será o representante<br />

brasileiro no júri <strong>de</strong> Cyber Lions. Para o<br />

publicitário, os projetos mais interessantes<br />

na área são aqueles que se transformam em algum<br />

tipo <strong>de</strong> serviço ou entretenimento para a socieda<strong>de</strong>.<br />

Ele diz também acreditar que, com o re<strong>de</strong>senho das<br />

subcategorias <strong>de</strong> Cyber, os jurados terão mais tempo<br />

para julgar, o que é bom para o resultado final.<br />

Outro ponto que ele <strong>de</strong>staca é que Cyber precisa<br />

reconstruir seu lugar e contribuição no festival,<br />

como uma categoria que tem um território <strong>de</strong>finido<br />

capaz <strong>de</strong> apontar relevância para nossa indústria.<br />

Confira abaixo algumas opiniões <strong>de</strong> Puga.<br />

Kelly Dores<br />

JÚRI HETEROGÊNEO<br />

É um ano complicado para o<br />

júri, por termos um re<strong>de</strong>senho<br />

das subcategorias <strong>de</strong> Cyber.<br />

Craft ganhou status <strong>de</strong> categoria,<br />

Data já tinha passado por<br />

isso e temos o protagonismo<br />

<strong>de</strong> Mobile. Somado à categoria<br />

Innovation, Cyber precisa<br />

reconstruir seu lugar e contribuição<br />

no festival, como uma<br />

categoria que tem um território<br />

<strong>de</strong>finido capaz <strong>de</strong> apontar relevância<br />

para nossa indústria.<br />

Como a categoria estava muito<br />

inchada, foi bom que subcategorias<br />

viraram categorias. No<br />

raciocínio que o festival está fazendo,<br />

o júri vai ter mais tempo<br />

para apreciar as peças com mais<br />

cuidado e tomar <strong>de</strong>cisões mais<br />

maduras. Nesse sentido, me<br />

agrada um júri bem heterogêneo,<br />

com muitos profissionais<br />

que não são provenientes <strong>de</strong><br />

criação, o que <strong>de</strong>ve fazer um<br />

processo <strong>de</strong> julgamento mais<br />

plural. Estou animado.<br />

MAIS TEMPO<br />

O que mais me incomoda<br />

hoje em júri é essa história <strong>de</strong><br />

você ter <strong>de</strong> cumprir um prazo<br />

supercurto e julgar muita coisa.<br />

Todo mundo pensa no raciocínio<br />

inverso. Por que tem múltiplas<br />

categorias? Do ponto <strong>de</strong><br />

vista do jurado, é o contrário.<br />

Que bom ter múltiplas cate-<br />

gorias, porque você tem mais<br />

tempo para julgar e menos peças.<br />

Estou feliz por estar no júri<br />

<strong>de</strong> Cyber por isso também.<br />

RETHINK ORNAMENT<br />

Os cases marcantes são<br />

aqueles que eu só vou saber no<br />

processo <strong>de</strong> júri. Ficamos muito<br />

inclinados a premiar alguns<br />

projetos <strong>de</strong> repercussão internacional,<br />

que tivemos acesso<br />

previamente, vi<strong>de</strong> sua popularida<strong>de</strong>,<br />

e <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> valorizar<br />

ações em países e mercados<br />

que possuem insight e execução<br />

dignos <strong>de</strong> serem notados.<br />

Mas, para não ser o ranzinza,<br />

gosto muito do case <strong>de</strong> Rethink<br />

Ornament, uma iniciativa cana<strong>de</strong>nse<br />

que polariza muito as<br />

pessoas: ou gostam muito ou<br />

o<strong>de</strong>iam (a campanha criada<br />

pela Rethink transformou o celular<br />

em um enfeite da árvore<br />

<strong>de</strong> Natal. Eles <strong>de</strong>senvolveram<br />

um acessório para pendurar<br />

o smartphone na árvore e um<br />

app com ornamentos animados.<br />

A i<strong>de</strong>ia é que as pessoas<br />

<strong>de</strong>ixem o celular <strong>de</strong> lado para<br />

se confraternizar com a família<br />

e amigos).<br />

SERVIÇO OU ENTRETENIMENTO<br />

O que me agrada são os projetos<br />

que parecem perenes e<br />

quando viabilizados se transformam<br />

em algum tipo <strong>de</strong> serviço<br />

ou entretenimento que<br />

perdure por meses e anos e não<br />

Igor Puga: os projetos mais interessantes são os que se transformam em serviço<br />

“Ficamos muito<br />

inclinados a<br />

premiar alguns<br />

projetos <strong>de</strong><br />

repercussão<br />

internacional, que<br />

tivemos acesso<br />

previamente, vi<strong>de</strong><br />

sua popularida<strong>de</strong>,<br />

e <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong><br />

valorizar ações<br />

em países e<br />

mercados que<br />

possuem insight e<br />

execução dignos<br />

<strong>de</strong> serem notados”<br />

aqueles factoi<strong>de</strong>s que, ainda<br />

sendo incríveis, tenham o mérito<br />

<strong>de</strong> encantar ou engajar por<br />

alguns meros segundos na vida<br />

do consumidor.<br />

JULGAMENTO<br />

Insight, execução e resultados<br />

são a tría<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer<br />

julgamento, mas me preocupo<br />

muito com a relevância e verda<strong>de</strong><br />

dos problemas diagnosticados<br />

- que são o ponto <strong>de</strong> partida<br />

na condução dos cases.<br />

PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA<br />

Com essa diluição <strong>de</strong> muitas<br />

categorias na área digital,<br />

é difícil fazer um prognóstico<br />

sobre como será a participação<br />

brasileira nesta <strong>edição</strong>. De<br />

qualquer modo, em função da<br />

crise, creio que teremos mais<br />

aproveitamento entre inscrições<br />

e prêmios que nos anos<br />

anteriores – as agências brasileiras<br />

<strong>de</strong>vem estar mais seletivas<br />

nas inscrições, num filtro<br />

prévio mais austero. Agora, em<br />

número absoluto <strong>de</strong> metais,<br />

não fico confortável em prever<br />

algum resultado.<br />

138 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


CRIATIVIDADE E PERFORMANCE<br />

COMBINADOS<br />

A ESV Digital Brasil é uma agência digital<br />

orientada a dados capaz <strong>de</strong> aliar inovadores<br />

conceitos criativos, com entregas focadas em<br />

performance e alinhadas aos objetivos<br />

<strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> seus clientes.<br />

www.esvdigital.com.br<br />

ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />

Educação • Turismo • E-commerce • Energia • Financeiro • Serviços • Saú<strong>de</strong> • Indústria<br />

NOSSOS PRINCIPAIS CLIENTES NO BRASIL


CanneS <strong>2016</strong><br />

esse é o<br />

momento do<br />

entertainment<br />

Diretor e sócio da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes,<br />

Ta<strong>de</strong>u Jungle, e Roberta Medina<br />

(do Rock in Rio) serão os primeiros<br />

brasileiros a participarem do júri do<br />

novo Lions Entertainment, festival lançado<br />

este ano pelo Cannes Lions para premiar o<br />

entretenimento. Jungle vai julgar Entertainment<br />

Lions, categoria que premiará trabalhos <strong>de</strong><br />

conteúdo na publicida<strong>de</strong>, e a executiva estará na<br />

área <strong>de</strong> som, em Entertainment Lions for Music.<br />

Para Jungle, esse é o momento do entertainment.<br />

“Vivemos uma revolução <strong>de</strong> plataformas e<br />

narrativas e está todo mundo tentando achar um<br />

caminho”. Segundo ele, o que mais surpreen<strong>de</strong><br />

nesse cenário é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reinvenção da<br />

publicida<strong>de</strong>. O sócio da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes diz<br />

ainda que, mesmo nesta época tão ruim da nossa<br />

economia e política, acredita ver bons trabalhos<br />

brasileiros no festival, já que “o Brasil sempre<br />

foi um expert em criativida<strong>de</strong>”. Confira abaixo<br />

algumas opiniões <strong>de</strong> Ta<strong>de</strong>u Jungle.<br />

Ta<strong>de</strong>u Jungle, que está no primeiro júri <strong>de</strong> Entertainment Lions: “tenho gran<strong>de</strong>s expectativas”<br />

Alê Oliveira<br />

kelly dores<br />

gran<strong>de</strong> virada<br />

Eu acredito que esse é o<br />

momento do entertainment.<br />

Nós estamos numa gran<strong>de</strong><br />

virada no mundo. O mundo<br />

está numa revolução <strong>de</strong> plataformas,<br />

numa revolução<br />

<strong>de</strong> narrativas, e isso envolve<br />

a publicida<strong>de</strong>, os players <strong>de</strong><br />

conteúdo e os exibidores. E<br />

está todo mundo tentando<br />

achar um caminho. E nessa<br />

ebulição, eu espero que em<br />

Cannes a gente consiga encontrar<br />

algumas soluções, ou<br />

pelo menos alguns bons cases<br />

que apontem para novos caminhos.<br />

MeSTre da CriaTivida<strong>de</strong><br />

O Brasil sempre foi um expert<br />

em criativida<strong>de</strong>. Sempre<br />

foi um mestre em dar um<br />

jeito nas coisas mais rápido,<br />

<strong>de</strong> se adaptar facilmente aos<br />

novos <strong>de</strong>safios. Acredito que<br />

o Brasil tem chances. Estou<br />

bem curioso para ver todos os<br />

inscritos. Faz parte do caráter<br />

do país se adaptar ao novo e<br />

construir o novo. Somos seres<br />

antropofágicos e nos reinventamos<br />

comendo um pouco<br />

<strong>de</strong> todo mundo. Há anos as<br />

criações brasileiras se <strong>de</strong>stacam<br />

em Cannes. Mesmo neste<br />

momento tão ruim da nossa<br />

economia e política, sigo com<br />

esperanças em ver bons produtos<br />

por lá.<br />

SenSaÇÃO eSPeCiaL<br />

Tenho gran<strong>de</strong>s expectativas.<br />

Acho que todos os jurados<br />

<strong>de</strong> Entertainment compartilham<br />

uma sensação muito especial<br />

<strong>de</strong> inaugurar uma nova<br />

categoria do Festival <strong>de</strong> Cannes.<br />

É uma honra representar<br />

o Brasil na avaliação dos cases<br />

em que as marcas se propõem<br />

a criar conteúdo.<br />

CaSeS<br />

O presi<strong>de</strong>nte do júri <strong>de</strong> Entertainment<br />

(Jae Goodman,<br />

CCO e co-head da CAA Marketing)<br />

nos pediu para não citar<br />

cases neste momento. Posso<br />

dizer que já começamos a avaliação<br />

dos trabalhos, e há peças<br />

<strong>de</strong> conteúdo para a marca<br />

“Acredito que o<br />

BrAsil tem chAnces.<br />

estou Bem curioso<br />

pArA ver todos os<br />

inscritos. FAz pArte<br />

do cAráter do pAís<br />

se AdAptAr Ao novo<br />

e construir o novo”<br />

que são realmente surpreen<strong>de</strong>ntes.<br />

CandidaTOS a PrÊMiOS<br />

Vou ter <strong>de</strong> manter o suspense<br />

aqui.<br />

reaLida<strong>de</strong> virTUaL<br />

Surpreen<strong>de</strong>-me a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reinvenção da publicida<strong>de</strong>,<br />

em especial pela<br />

apropriação <strong>de</strong> linguagens.<br />

Tenho certeza que <strong>2016</strong> é um<br />

ano icônico para a realida<strong>de</strong><br />

virtual, por exemplo. Ainda<br />

vamos nos entreter muito<br />

com ela. E o caminho em que<br />

as marcas são as produtoras<br />

<strong>de</strong> conteúdo pra valer e não<br />

apenas apoiadoras me parece<br />

estimulante e rejuvenescedor<br />

na comunicação audiovisual.<br />

MaiS iMPOrTanTe<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as peças<br />

serem emocionantes, <strong>de</strong> ter<br />

um impacto <strong>de</strong> longo termo<br />

na memória do espectador e<br />

tudo isso estabelecendo uma<br />

conexão com a marca, principalmente,<br />

são os pontos mais<br />

importantes.<br />

140 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Cannes <strong>2016</strong><br />

tecnologia abre<br />

oportunida<strong>de</strong>s<br />

para o meio rádio<br />

Divulgação<br />

R<br />

afael Urenha, jurado brasileiro no Radio<br />

Lions, começou na DPZ há 20 anos e foi<br />

indicado para a posição <strong>de</strong> CCO após a fusão<br />

com a Taterka, que fez surgir a DPZ&T.<br />

Diretor <strong>de</strong> arte com formação na ECA/USP, trabalha<br />

com marcas como Itaú, Natura, Vivo, McDonald’s,<br />

Bombril e BMW. Confira os principais pontos da<br />

entrevista que ele conce<strong>de</strong>u ao PROPMARK.<br />

Paulo Macedo<br />

Visão<br />

Rádio é o meio em que o segredo<br />

é fazer muito com pouco.<br />

Se você pensar bem, a caixinha<br />

<strong>de</strong> ferramentas básica se<br />

resume ao uso <strong>de</strong> voz, música<br />

e efeitos sonoros. Mas a combinação<br />

<strong>de</strong>stes elementos é<br />

po<strong>de</strong>rosa. O gran<strong>de</strong> objetivo<br />

é <strong>de</strong>spertar a imaginação das<br />

pessoas e gerar uma conexão,<br />

emocional ou racional, com<br />

uma mensagem.<br />

CriatiVida<strong>de</strong><br />

O brasileiro é especialista em<br />

criar soluções em situações que<br />

apresentam limitações. O meio<br />

rádio é perfeito para isso. Não<br />

é à toa que o país trouxe para o<br />

currículo o Grand Prix da área<br />

em 2012, além <strong>de</strong> vários Leões<br />

ao longo dos anos. E hoje, se levarmos<br />

em consi<strong>de</strong>ração a rápida<br />

adoção <strong>de</strong> novas tecnologias<br />

pela população, um novo leque<br />

<strong>de</strong> alternativas se abre. Rádios<br />

digitais, serviços <strong>de</strong> streaming<br />

e as re<strong>de</strong>s sociais estão ampliando<br />

as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

novida<strong>de</strong>s.<br />

diferenCial<br />

O Brasil é um país musical,<br />

como poucos no mundo, que<br />

tem no humor um traço forte<br />

da sua personalida<strong>de</strong> coletiva.<br />

Esses dois ingredientes, juntos<br />

e misturados, somados a<br />

algumas pitadas <strong>de</strong> inovação,<br />

formam uma bela receita para<br />

gran<strong>de</strong>s trabalhos. Vivemos<br />

num país continental e o rádio<br />

sempre vai ter um papel importante<br />

no mix <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> toda<br />

campanha na hora <strong>de</strong> ganhar<br />

cobertura e penetração.<br />

importânCia<br />

Fundamental. Gosto <strong>de</strong> pensar<br />

que a música, incluíndo trilha<br />

e efeitos, é como um gatilho<br />

emocional que disparamos nas<br />

peças publicitárias para gerar<br />

conexão com o público. Fazer<br />

rir, emocionar e entreter são tarefas<br />

quase impossíveis sem o<br />

uso <strong>de</strong> recursos sonoros.<br />

branding<br />

É uma disciplina que está<br />

ganhando cada vez mais a atenção<br />

dos gran<strong>de</strong>s clientes no<br />

Brasil. Itaú e Vivo, por exemplo,<br />

são duas marcas cuja comunicação<br />

consegue ser familiar<br />

num nível puramente sonoro,<br />

com assets <strong>de</strong> marca musicais<br />

po<strong>de</strong>rosos.<br />

sound <strong>de</strong>sign<br />

A qualida<strong>de</strong> das produtoras<br />

<strong>de</strong> áudio no Brasil é indiscutível.<br />

Acho que nunca tivemos<br />

tantos fornecedores com boa<br />

capacida<strong>de</strong> para escolher na<br />

hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um trabalho.<br />

Esse amadurecimento da<br />

categoria se esten<strong>de</strong>u além da<br />

composição e produção <strong>de</strong> trilhas<br />

sonoras e teve um impacto<br />

sensível na qualida<strong>de</strong> do sound<br />

<strong>de</strong>sign nas peças sonoras.<br />

features<br />

Ser escolhido como jurado<br />

na categoria Radio Lions em<br />

Cannes este ano, além <strong>de</strong> ser<br />

um gran<strong>de</strong> presente, uniu duas<br />

gran<strong>de</strong>s paixões: publicida<strong>de</strong> e<br />

música. Sou DJ há vários anos<br />

por hobby, nas madrugadas vagas.<br />

Não entendo nada <strong>de</strong> estúdio,<br />

mas aprendi um pouco com<br />

as reações das pessoas numa<br />

pista <strong>de</strong> dança. O que essa experiência<br />

me traz é uma sensi-<br />

Rafael Urenha, que vai compor o júri <strong>de</strong> Radio na <strong>edição</strong> <strong>de</strong>ste ano do Cannes Lions<br />

“A quAlidA<strong>de</strong> dAs<br />

produtorAs <strong>de</strong><br />

áudio no BrAsil<br />

é indiscutível.<br />

Acho que nuncA<br />

tivemos tAntos<br />

fornecedores <strong>de</strong><br />

BoA quAlidA<strong>de</strong><br />

pArA escolher<br />

nA horA <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver um<br />

trABAlho”<br />

bilida<strong>de</strong> sobre o po<strong>de</strong>r instantâneo<br />

que a música tem sobre as<br />

pessoas. A música certa, na hora<br />

certa, muda o astral <strong>de</strong> uma pessoa,<br />

<strong>de</strong> uma festa, assim como<br />

<strong>de</strong> um filme ou spot publicitário.<br />

O papel do som é criar drama,<br />

ativar os sentidos e se conectar<br />

com as pessoas. Tudo o que uma<br />

boa propaganda <strong>de</strong>ve fazer.<br />

proCessos<br />

Na hora <strong>de</strong> avaliar um trabalho,<br />

tento me colocar no lugar<br />

<strong>de</strong> quem vai ser impactado por<br />

aquela peça publicitária pela<br />

primeira vez. Alguém que não<br />

necessariamente está interessado<br />

no produto, na marca ou nas<br />

qualida<strong>de</strong>s técnicas do material.<br />

É um exercício <strong>de</strong> imaginar o que<br />

faz uma pessoa parar o que está<br />

fazendo e se interessar por aquela<br />

mensagem. Depois, é claro, entram<br />

na avaliação quesitos como<br />

originalida<strong>de</strong> da i<strong>de</strong>ia, execução<br />

técnica, a<strong>de</strong>quação à categoria e<br />

ao negócio, inovação e resultados.<br />

preparação<br />

Este ano, como jurado, vou<br />

para o festival com uma responsabilida<strong>de</strong><br />

nova. Então, estou<br />

ampliando meu radar para os<br />

cases e trabalhos internacionais<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque. Isto inclui fazer um<br />

review dos trabalhos premiados<br />

na categoria Radio nos últimos<br />

anos, para afinar o critério <strong>de</strong><br />

julgamento. Além disso, estou<br />

conhecendo melhor e me aproximando<br />

dos outros profissionais<br />

que farão parte do júri, o que<br />

também é bastante importante.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 141


canneS <strong>2016</strong><br />

Social media<br />

trouxe métricas<br />

tangíveis para Pr<br />

Alê Oliveira<br />

Edson Giusti, jurado <strong>de</strong>ste ano em PR no<br />

Cannes Lions, é jornalista e sócio <strong>de</strong> uma<br />

nova geração <strong>de</strong> agências da disciplina - a<br />

Giusti Comunicação. A empresa nasceu<br />

como parte do grupo Loducca, ainda quando<br />

pertencia à re<strong>de</strong> Lowe (Interpublic), atualmente<br />

LDC e integrante do Grupo ABC. No júri do festival<br />

pela primeira vez, o profissional afirma que gosta<br />

<strong>de</strong> valorizar a i<strong>de</strong>ia e buscar resultados para seus<br />

clientes. Veja abaixo os principais pontos da<br />

entrevista <strong>de</strong> Giusti ao PROPMARK.<br />

Claudia Penteado<br />

Social<br />

PR tornou-se fundamental e<br />

indispensável. O Social Media<br />

trouxe o PR para o centro das <strong>de</strong>cisões<br />

<strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> marketing.<br />

Governos e empresas já administram<br />

seus perfis em re<strong>de</strong>s<br />

sociais alinhados com estratégias<br />

que contemplem e integrem<br />

todas as mídias. Essa integração<br />

é foco do trabalho <strong>de</strong> relações<br />

públicas. Outro fator foi a importância<br />

que a mídia espontânea<br />

ganhou nesse novo cenário. E<br />

ninguém melhor do que as agências<br />

<strong>de</strong> relações públicas para lidar<br />

com mídia espontânea.<br />

PrêmioS<br />

O nosso papel sempre foi<br />

exclusivamente o <strong>de</strong> relacionamento<br />

com as mídias tradicionais.<br />

Éramos responsáveis<br />

apenas por assessoria <strong>de</strong> imprensa.<br />

PR é dialogo. E nós dialogávamos<br />

só com a imprensa.<br />

Ficamos especialistas em releases<br />

e gestão <strong>de</strong> crise. Tínhamos<br />

pouco espaço para criativida<strong>de</strong>.<br />

Quando isso acontecia, chamávamos<br />

<strong>de</strong> agenda positiva. Com<br />

o digital, abriu-se a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer campanhas integradas.<br />

Passamos a dialogar com<br />

outros públicos. E começamos<br />

a criar campanhas completas,<br />

post, filmes, memes e transmissões<br />

<strong>de</strong> eventos pela web.<br />

Acabamos nos arriscando bem<br />

mais. Você po<strong>de</strong> esperar mais<br />

inscriçoes <strong>de</strong> agências <strong>de</strong> PR e<br />

mais prêmios. É uma questão<br />

<strong>de</strong> pouco tempo.<br />

criativida<strong>de</strong><br />

Ser criativo em PR é criar<br />

campanhas que gerem diálogo<br />

com a socieda<strong>de</strong>, percepção e<br />

resultados efetivos. E aju<strong>de</strong>m a<br />

criar reputação para clientes e<br />

suas marcas.<br />

eficiência<br />

Eficiência sempre foi a gran<strong>de</strong><br />

dificulda<strong>de</strong> do PR no passado.<br />

Não havia uma régua, uma<br />

medida eficiente. Cada agência<br />

ou re<strong>de</strong> internacional criava a<br />

própria métrica. Na propaganda,<br />

sempre foi muito mais fácil.<br />

A régua era a mesma. Os resultados<br />

po<strong>de</strong>riam ser comprovados<br />

na audiência <strong>de</strong> TV, rádio<br />

e mídia impressa. E, principalmente,<br />

nos resultados <strong>de</strong> vendas<br />

do clientes. Reputação tem<br />

outro valuation. Reputação não<br />

se me<strong>de</strong> em audiência. Com<br />

as mídias sociais, passamos a<br />

competir e sermos avaliados<br />

com uma métrica tangível.<br />

Agora po<strong>de</strong>mos mostrar nossos<br />

resultados e comparar com várias<br />

ferramentas que me<strong>de</strong>m o<br />

engajamento <strong>de</strong> mensagens.<br />

canneS<br />

Festival inspirador, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />

Apren<strong>de</strong>-se muito em Cannes.<br />

Participei tantas vezes como assessoria<br />

<strong>de</strong> imprensa para meus<br />

clientes. Ganhar um Leão sempre<br />

foi uma gran<strong>de</strong> conquista.<br />

Agora me sinto renovado participando<br />

e inscrevendo peças.<br />

Queremos Leões também.<br />

JúriS<br />

É minha primeira vez em<br />

Giusti: “Campanhas para gran<strong>de</strong>s marcas que querem dialogar com consumidores”<br />

“A áreA <strong>de</strong> Pr<br />

não fAz APenAs<br />

cAmPAnhAs <strong>de</strong><br />

cunho sociAl. fAz<br />

cAmPAnhAs PArA<br />

grAn<strong>de</strong>s mArcAs<br />

que querem<br />

diAlogAr com seus<br />

consumidores.<br />

cAmPAnhAs com<br />

resultAdos<br />

voltAdos PArA<br />

A mArcA”<br />

Cannes. Mas já fui jurado no<br />

Fiap e no El Ojo. Valorizo muito<br />

a i<strong>de</strong>ia. Precisa ter resultados<br />

claros. Mas criativida<strong>de</strong> é<br />

fundamental. Como jurado em<br />

Cannes, não acho que terei um<br />

<strong>de</strong>safio específico. Acho que<br />

será um gran<strong>de</strong> prazer e um<br />

gran<strong>de</strong> aprendizado.<br />

marcaS<br />

A área <strong>de</strong> PR não faz apenas<br />

campanhas que tenham<br />

um cunho social. Ela faz campanhas<br />

para gran<strong>de</strong>s marcas<br />

que querem dialogar com os<br />

seus consumidores. Campanhas<br />

com resultados voltados<br />

para a marca. Querem valorizar<br />

mensagens e, assim, criar reputação.<br />

Veja o case <strong>de</strong> Always.<br />

(Like a Girl)<br />

<strong>de</strong>Safio<br />

Disputamos cada vez mais<br />

a atenção do consumidor, <strong>de</strong><br />

nossa audiência, com milhares<br />

<strong>de</strong> mensagens. Só terá relevância<br />

num mundo cada vez mais<br />

mobile, cada vez mais digital,<br />

se você for realmente criativo<br />

em sua mensagem.<br />

trabalho<br />

Primeiramente tenho <strong>de</strong> votar<br />

em centenas <strong>de</strong> cases online.<br />

São 10 horas por semana durante<br />

30 dias antes. Isso é muito<br />

bom, pois temos tempo <strong>de</strong> ver<br />

os cases com profundida<strong>de</strong>.<br />

Essa é a verda<strong>de</strong>ira preparação.<br />

Pois os jurados chegam ao festival<br />

já conhecendo praticamente<br />

boa parte dos cases.<br />

142 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


PRêMiOs<br />

Grand Prix Renato Castelo Branco<br />

fica com WMcCann e L’Oréal<br />

Premiação organizada pela ESPM Social valoriza anunciantes e<br />

agências responsáveis pela criação <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> caráter socioambiental<br />

Alê Oliveira<br />

Vencedores das oito categorias foram premiados pela ESPM Social semana passada, em São Paulo; WMcCann recebeu três prêmios, incluindo o GP<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Depois <strong>de</strong> ser premiada com o<br />

primeiro Gran Sol brasileiro<br />

no Fiap (Festival Ibero Americano<br />

<strong>de</strong> la Publicidad, veja matéria<br />

na página 148), a campanha Meu<br />

Primeiro Dia da Mulher, assinada<br />

pela WMcCann Rio para L’Oréal<br />

Paris Brasil, venceu também em<br />

três categorias do Prêmio Renato<br />

Castelo Branco <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong><br />

Socioambiental na Propaganda,<br />

incluindo o GP.<br />

Em sua 12ª <strong>edição</strong>, a premiação,<br />

realizada na semana passada,<br />

é organizada por alunos da<br />

ESPM, por meio da ESPM Social,<br />

e julgada por profissionais do<br />

mercado, com o objetivo <strong>de</strong> reconhecer<br />

as agências e empresas<br />

responsáveis por <strong>de</strong>senvolver<br />

campanhas e ações com caráter<br />

socioambiental, num total <strong>de</strong><br />

oito categorias.<br />

espm reforça<br />

que <strong>de</strong>senvolver<br />

uma consciência<br />

mais alinhada<br />

faz parte da<br />

transformação<br />

socioambiental<br />

Além do Grand Prix, a campanha<br />

da WMcCann foi <strong>de</strong>staque<br />

nas categorias Melhor Peça Veiculada<br />

em TV ou Cinema e Voto<br />

Popular - Empresas. O evento<br />

ainda premiou a Ogilvy, pela peça<br />

HIV Positivo, para o Grupo <strong>de</strong> Incentivo<br />

à Vida, na categoria ONGs<br />

e Governo; a F.Biz, pela peça #PorUm<strong>2016</strong>CheioDeCor,<br />

para Omo,<br />

na categoria Melhor Ação Digital;<br />

a DPZ&, por Leia para uma Criança,<br />

na categoria Melhor Peça Veiculada<br />

em Meio Impresso; a 21<br />

Gramas, por Carta para Jack, na<br />

categoria Voto Popular - ONGs<br />

e Governos; e a ESPM, por peça<br />

criada para o Banco do Brasil, na<br />

categoria Acadêmica.<br />

“Para nós, essa é uma oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> homenagear anunciantes<br />

e agências que se <strong>de</strong>stacam<br />

nesse meio. A ESPM sempre<br />

se colocou ao lado das questões<br />

socioambientais e sabemos que<br />

essa transformação passa pelo<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma consciência<br />

mais alinhada”, ressaltou o<br />

VP acadêmico da ESPM, Alexandre<br />

Gracioso.<br />

No Prêmio Renato Castelo<br />

Branco não há inscrições. São<br />

os próprios alunos da ESPM<br />

Social os responsáveis por avaliar<br />

e selecionar as campanhas,<br />

veiculadas em diversas plataformas,<br />

para a premiação. Posteriormente,<br />

uma comissão, que é<br />

formada por executivos do meio<br />

publicitário, professores e acadêmicos,<br />

faz o julgamento das<br />

peças – com exceção da categoria<br />

voto popular, que é avaliada<br />

<strong>de</strong> forma online pelo público.<br />

Este ano, o júri foi comandado<br />

pela presi<strong>de</strong>nte da ABA (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes)<br />

e VP <strong>de</strong> assuntos corporativos<br />

e sustentabilida<strong>de</strong> da Brasil<br />

Kirin, Juliana Nunes.<br />

144 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


FESTA DO COLUNISTAS<br />

É IGUAL MINISTÉRIO:<br />

PARECE QUE TEM LUGAR<br />

PRA TODO MUNDO,<br />

MAS DE REPENTE ACABA.<br />

SIMPLICIDADE<br />

CRIATIVA<br />

Garanta já o seu convite e participe da festa mais tradicional da nossa comunicação:<br />

Venha encontrar o mercado na festa <strong>de</strong> entrega do Prêmio Colunistas São Paulo.<br />

7 <strong>de</strong> junho, terça-feira, na Lime Light - Av. Dr. Cardoso <strong>de</strong> Melo, 1433, Itaim Bibi, às 19:30h.<br />

Convites e informações com Nanny Lima (nanny@editorareferencia.com.br), pelos telefones (11) 2065-0753<br />

e 2065-0766, ou Vitor Souza (vitorsz@gmail.com), pelo telefone (11) 98150-8474.<br />

Apoio:


PrêMios<br />

Mesmo sem Lápis Preto e<br />

Amarelo, Brasil li<strong>de</strong>ra no D&AD<br />

Ogilvy foi a agência com melhor <strong>de</strong>sempenho do país, com um<br />

Lápis Branco para Mães seguranças, para o Sport Club do Recife<br />

Divulgação<br />

Cena <strong>de</strong> Mães seguranças, da Ogilvy para o Sport Club do Recife, que teve o melhor <strong>de</strong>sempenho do Brasil no festival, conquistando um total <strong>de</strong> cinco lápis<br />

bárbara barbosa<br />

Na semana passada, foram<br />

reveladas as distinções dos<br />

prêmios da 54ª <strong>edição</strong> do D&AD<br />

Awards, que teve sua primeira<br />

etapa, a judging week, realizada<br />

em abril, em Londres. Antes,<br />

já haviam sido revelados<br />

30 Lápis para o Brasil, agora<br />

na seguinte divisão: um Lápis<br />

Branco, para trabalhos <strong>de</strong> relevância<br />

social, sete <strong>de</strong> Grafite,<br />

correspon<strong>de</strong>nte a prata, e 22 <strong>de</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira, consi<strong>de</strong>rado o bronze.<br />

O país não conquistou nenhum<br />

Lápis Amarelo, equivalente a<br />

ouro, e nenhum Preto, equivalente<br />

ao Grand Prix. Este ano,<br />

aliás, apenas dois Lápis Pretos<br />

foram concedidos, num total <strong>de</strong><br />

749 Lápis.<br />

Os Lápis Pretos, que repre-<br />

sentam trabalhos <strong>de</strong> relevância<br />

indiscutível e avaliados apenas<br />

pelos presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> júri do festival,<br />

foram para a startup inglesa<br />

what3words, pela criação <strong>de</strong><br />

um método preciso <strong>de</strong> comunicação<br />

<strong>de</strong> localização em todo o<br />

mundo, e para a japonesa iyama<strong>de</strong>sign,<br />

pelo trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign<br />

<strong>de</strong>senvolvido para a marca<br />

<strong>de</strong> fita a<strong>de</strong>siva Kamoi Kakoshi,<br />

durante o mt expo 2015, realizado<br />

no Japão.<br />

Consi<strong>de</strong>rado o segundo troféu<br />

mais importante do D&AD,<br />

o Lápis Branco foi concedido<br />

para apenas três trabalhos, entre<br />

eles, a campanha Mães seguranças,<br />

da Ogilvy Brasil para<br />

o Sport Club do Recife. Este<br />

prêmio, especificamente, é concedido<br />

para campanhas comprovadamente<br />

<strong>de</strong> impacto e re-<br />

levância social.<br />

Com os 30 Lápis, o Brasil foi<br />

o país da América Latina melhor<br />

colocado na competição. A<br />

agência <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho<br />

da região foi a Ogilvy Brasil, impulsionada<br />

pela relevância do<br />

Lápis Branco por Mães seguranças,<br />

que recebeu ainda dois Lápis<br />

<strong>de</strong> Grafite e dois <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Ainda da Ogilvy, Parada Gay na<br />

Rádio, para a Billboard Brasil,<br />

recebeu um Lápis <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

Outra agência brasileira bem<br />

colocada na competição foi a<br />

Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, com<br />

seis Lápis: dois <strong>de</strong> Grafite – por<br />

Fila solidária, para o Clube Sangue<br />

Bom, e Donation badges,<br />

para a Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Transplante <strong>de</strong> Órgãos -, e quatro<br />

<strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira – por Wi-Fi seguro,<br />

para a Fiat; Donation badges;<br />

Compartilhe, para o Centro <strong>de</strong><br />

Valorização à Vida; e Dont’s,<br />

para Jeep.<br />

Com a Nivea Doll, a FCB Brasil<br />

conquistou cinco Lápis. A<br />

AlmapBBDO levou três Lápis<br />

<strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira, por Fato distorcido,<br />

Tailor Ma<strong>de</strong> e Cornering Lights,<br />

além <strong>de</strong> um <strong>de</strong> Grafite por Problems.<br />

Já Africa, F/Nazca S&S<br />

e LDC levaram dois Lápis <strong>de</strong><br />

Ma<strong>de</strong>ira cada, respectivamente<br />

por Mutant Font e Ticket Books;<br />

Celebrating 50 years in Brazil<br />

e Double Taps Ads e NFSCan,<br />

duas vezes premiada. NBS, por<br />

Animais Valiosos para a ONG<br />

Quatro Patinhas, a w3haus, por<br />

Espelhos do racismo para a ONG<br />

Crioula, e a Grey, por Aruba<br />

Image Bank para o Ministério do<br />

Turismo <strong>de</strong> Aruba, conquistaram<br />

um Lápis <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira cada.<br />

146 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


UFC 198. O MAIOR<br />

DA HISTÓRIA DO BRASIL.<br />

ȚRECORDE HISTÓRICO DE PÚBLICO<br />

NO BRASIL:45.207 PESSOAS.<br />

ȚRECORDE DO UFC MUNDIAL DE PÚBLICO<br />

NA PESAGEM: 15.000 PESSOAS.<br />

VOCÊ NÃO<br />

PRECISA SER<br />

UMA LENDA<br />

DO MMA<br />

PARA GANHAR<br />

SEMPRE.<br />

BASTA SER<br />

UM PARCEIRO.<br />

Ț42 MILHÕES DE PESSOAS IMPACTADAS<br />

NAS REDES SOCIAIS EM APENAS 1 SEMANA.<br />

ȚMAIS DER$ 13 MILHÕESEM MÍDIA<br />

ESPONTÂNEA EM 1 SEMANA (WEB E IMPRESSO).<br />

ȚINGRESSOS ESGOTADOS <br />

NO 1º DIA OFICIAL DE VENDAS.<br />

ȚUFC: UM DOS TERMOS MAIS <br />

BUSCADOS NO GOOGLENOS 3 DIAS<br />

QUE ANTECEDERAM O EVENTO.<br />

ȚTRANSMISSÃOPARA 141 PAÍSES.<br />

/UFC


PrêMioS<br />

F/Nazca S&S e WMcCann<br />

conquistam GPs no Fiap<br />

Brasil ganhou 53 Sóis, sendo 13 ouros, 27 pratas e 13 bronzes, além <strong>de</strong> La<br />

Copa <strong>de</strong> Iberoamérica, no festival que foi realizado na Cida<strong>de</strong> do México<br />

Cristiane Marsola<br />

Brasil conquistou dois GPs<br />

O no Fiap (Festival Ibero<br />

Americano <strong>de</strong> la Publicidad),<br />

que foi realizado na semana<br />

passada, no Hotel Intercontinental<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Polanco,<br />

na Cida<strong>de</strong> do México. A F/Nazca<br />

Saatchi & Saatchi ganhou<br />

o Gran Sol na categoria Impresso<br />

com a campanha Tudo<br />

em Preto & Branco para Leica.<br />

O outro gran<strong>de</strong> prêmio ficou<br />

com a WMcCann, que criou a<br />

campanha Meu Primeiro Dia<br />

da Mulher para L’Oréal Paris<br />

Brasil, na categoria Imprensa e<br />

Relações Públicas.<br />

Ao todo, o Brasil ganhou,<br />

além dos dois GPs, 53 Sóis, sendo<br />

13 ouros, 27 pratas e 13 bronzes<br />

(veja tabela completa nesta<br />

página). O país não conquistou<br />

nenhum prêmio nas categorias<br />

Campanhas Políticas, Campa-<br />

nhas Integradas, Rádio e Big<br />

Bang, uma das novida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta<br />

<strong>edição</strong> do festival. A categoria<br />

julgou trabalhos indicados<br />

pelos vários júris nas categorias<br />

Melhor Conceito, Melhor<br />

Estratégia, I<strong>de</strong>ia mais Audaz,<br />

I<strong>de</strong>ia mais Inovadora e Melhor<br />

Uso da Cultura Local. Até o fechamento<br />

<strong>de</strong>sta <strong>edição</strong>, não<br />

havia sido divulgado o prêmio<br />

<strong>de</strong> Agência do Ano.<br />

As categorias em que o Brasil<br />

foi melhor durante o festival,<br />

que julga as campanhas <strong>de</strong><br />

comunicação criadas em português<br />

e em espanhol, foram<br />

as duas <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> produção.<br />

Em Audiovisual, foram 11<br />

prêmios e, em Gráfica, <strong>de</strong>z. Em<br />

Impresso, foram sete prêmios<br />

brasileiros. Na categoria <strong>de</strong><br />

Imprensa e Relações Públicas,<br />

o país ficou com seis prêmios.<br />

Nas categorias Promo, Ativações<br />

e Marketing Direto, e Mí-<br />

VeNCedoreS braSileiroS<br />

CateGoria aGêNCia CaMPaNha aNuNCiaNte PrêMio<br />

Criativida<strong>de</strong> efetiva<br />

WMcCann Meu Primeiro dia da Mulher L'Oréal Paris Brasil Ouro<br />

Cheil Brasil Maior que uma Cicatriz femama Prata<br />

Criativida<strong>de</strong> in<strong>de</strong>Pen<strong>de</strong>nte eM re<strong>de</strong>s sOCiais almapBBdO first days Out Mars Pet Prata<br />

<strong>de</strong>sign almapBBdO Curvas audi Brasil Bronze<br />

WMcCann Meu Primeiro dia da Mulher L’Oréal Paris Brasil gran sol<br />

WMcCann Meu Primeiro dia da Mulher L’Oréal Paris Brasil Ouro<br />

iMPrensa e reLações PúBLiCas<br />

WMcCann Meu Primeiro dia da Mulher L’Oréal Paris Brasil Ouro<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> doação <strong>de</strong> escudos aBtO (associação Brasileira <strong>de</strong> trasplante <strong>de</strong> Órgãos) Prata<br />

Cheil Brasil Maior que uma Cicatriz femama Bronze<br />

Cheil Brasil Maior que uma Cicatriz femama Bronze<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo gran sol<br />

almapBBdO vivir solo volkswagen do Brasil Ouro<br />

<strong>de</strong>ntsu Brasil silver Ball editora abril Ouro<br />

iMPressO<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo Ouro<br />

almapBBdO abuela volkswagen do Brasil Prata<br />

almapBBdO tailor Ma<strong>de</strong> Man Latin america Prata<br />

Momentum/McCann Worldgroup translation Cultura inglesa Bronze<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> doação <strong>de</strong> escudos aBtO (associação Brasileira <strong>de</strong> trasplante <strong>de</strong> Órgãos) Ouro<br />

africa Parking radio fMa Brasil Prata<br />

inOvaçãO eM Mídia<br />

almapBBdO aCC Bus Back volkswagen do Brasil Prata<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> fila solidária Clube sangue Bom Prata<br />

almapBBdO Custom-ma<strong>de</strong> Commercial Man Latin america Prata<br />

ampfy rock'n'roll flight gOL Linhas aéreas Ouro<br />

africa esPn eye test esPn Prata<br />

internet<br />

ampfy rock'n'roll flight gOL Linhas aéreas Prata<br />

africa fonte Mutante anistia internacional Bronze<br />

almapBBdO fato distorcido editora abril Bronze<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> O Wi-fi que salva vidas fiat Prata<br />

Mídia exteriOr<br />

almapBBdO 4 Zone volkswagen do Brasil Prata<br />

<strong>de</strong>ntsu Brasil Prius Challenge toyota do Brasil Bronze<br />

almapBBdO Blank Hour visa Prata<br />

PrOMO, ativações e Marketing diretO Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> fila solidária Clube sangue Bom Bronze<br />

Leo Burnett tailor Ma<strong>de</strong> vecino rockstar guitar Player Bronze<br />

fat Bastards Bigodon ambev - skol Ouro<br />

f/nazca saatchi & saatchi revolution Honda Ouro<br />

f/nazca saatchi & saatchi revolution Honda Ouro<br />

fat Bastards significados Mitsubishi Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi revolution Honda Prata<br />

téCniCas <strong>de</strong> PrOduçãO audiOvisuaL<br />

almapBBdO Custom-ma<strong>de</strong> Commercial Man Latin america Prata<br />

fat Bastards equalizer ambev - skol Prata<br />

fat Bastards Bigodon ambev - skol Prata<br />

fat Bastards Batalha <strong>de</strong> vegas ambev - skol Prata<br />

fat Bastards stunt driver ford Bronze<br />

fat Bastards Batalha <strong>de</strong> vegas ambev - skol Bronze<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo Ouro<br />

f/nazca saatchi & saatchi are You next? (seq 1) d&ad Ouro<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi tudo em Preto & Branco Leica gallery são Paulo Prata<br />

téCniCas <strong>de</strong> PrOduçãO gráfiCa<br />

f/nazca saatchi & saatchi are You next? (Hearts, O toscani) d&ad Prata<br />

almapBBdO Problemas Bayer Prata<br />

<strong>de</strong>ntsu Brasil silver Ball editora abril Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi Celebrando 50 anos <strong>de</strong> Brasil nissin-ajinomoto Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi Why <strong>de</strong>sign (seq 1) Miami ad school/esPM Prata<br />

f/nazca saatchi & saatchi are You next? (Hearts, O toscani) d&ad Bronze<br />

teLevisãO e CineMa almapBBdO Helicóptero O Boticário Bronze<br />

148 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Divulgação<br />

dia Exterior, foram três troféus<br />

em cada. Criativida<strong>de</strong> Efetiva<br />

ren<strong>de</strong>u dois troféus ao país.<br />

Criativida<strong>de</strong> In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte em<br />

Re<strong>de</strong>s Sociais, Design, e Televisão<br />

e Cinema tiveram um<br />

prêmio brasileiro cada.<br />

Antes da divulgação dos últimos<br />

prêmios, a F/Nazca era<br />

a brasileira com o melhor resultado,<br />

com a conquista <strong>de</strong><br />

14 prêmios ao todo. O levantamento<br />

não leva em conta o<br />

peso <strong>de</strong> cada um dos troféus<br />

recebidos pelas agências. A AlmapBBDO<br />

era a segunda melhor<br />

entre as brasileiras, com a<br />

soma <strong>de</strong> 13 prêmios. A produtora<br />

Fat Bastards era a terceira<br />

brasileira com mais prêmios,<br />

levando sete Sóis, seguida pela<br />

Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong>, com<br />

seis prêmios.<br />

A campanha da F/Nazca que<br />

conquistou o Gran Sol foi a brasileira<br />

que levou mais prêmios<br />

na <strong>edição</strong> <strong>de</strong>ste ano do Fiap.<br />

Além do GP, Tudo em Preto &<br />

Branco levou dois ouros, um<br />

em Impresso e outro em Técnicas<br />

<strong>de</strong> Produção Gráfica, e<br />

A mo<strong>de</strong>lo Valentina Sampaio estrela a campanha da WMcCann para L’Oréal Paris Brasil, Meu Primeiro Dia da Mulher<br />

duas pratas, ambas em Técnicas<br />

<strong>de</strong> Produção Gráfica. O<br />

trabalho ainda foi premiado<br />

com La Copa <strong>de</strong> Iberoamérica,<br />

na categoria Eletrodomésticos,<br />

Mobile, Eletrônica, Computação,<br />

Áudio, Ví<strong>de</strong>o e Acessórios.<br />

A Leica é o mesmo anunciante<br />

que, no ano passado, ren<strong>de</strong>u<br />

para a agência <strong>de</strong> Fabio Fernan<strong>de</strong>s<br />

um GP <strong>de</strong> Film em Cannes,<br />

com o comercial 100.<br />

A campanha Meu Primeiro<br />

Dia da Mulher, além do Gran<br />

Sol, foi premiada com um ouro<br />

em Criativida<strong>de</strong> Efetiva e dois<br />

troféus da mesma distinção,<br />

em Imprensa e RP.<br />

A campanha mostra a mo<strong>de</strong>lo<br />

transgênera Valentina Sampaio<br />

se preparando para tirar a<br />

foto <strong>de</strong> sua carteira <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

com seu novo nome, após<br />

a mudança. No filme, a mo<strong>de</strong>lo<br />

conta a emoção <strong>de</strong> viver o seu<br />

primeiro Dia da Mulher.<br />

Os estudantes brasileiros<br />

também se <strong>de</strong>stacaram no<br />

festival. A Miami Ad School/<br />

ESPM foi reconhecida, pela<br />

quinta vez consecutiva, como<br />

Escola do Ano. Na categoria<br />

Estudantes Criativos, o Brasil<br />

levou dois ouros, cinco pratas<br />

e quatro bronzes, e teve sete<br />

finalistas.<br />

Se a sua marca quer trocar, conversar, interagir e engajar<br />

as pessoas nas ruas, fale com a Otima. A Plataforma <strong>de</strong> Mídia Exterior<br />

que ajuda a construir relacionamento entre marcas e consumidores.<br />

/otimaooh<br />

/otimaooh<br />

/otimaooh<br />

/otimaooh<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 149


marCas<br />

Comportamento<br />

metrossexual <strong>de</strong><br />

David Bekcham<br />

inspira Biotherm<br />

Além <strong>de</strong> atuar como embaixador, craque<br />

terá linha <strong>de</strong> produtos para proteção da<br />

pele masculina com lançamento previsto<br />

para 2017 pela multinacional L'Oréal Luxe<br />

David Beckham: a primeira vez que uma celebrida<strong>de</strong> masculina <strong>de</strong>ssa importância <strong>de</strong>senvolve uma linha exclusiva para Biotherm Homm, que chegou ao mercado em 1985<br />

Fotos: Divulgação<br />

Paulo Macedo<br />

Antes <strong>de</strong> entrar em campo<br />

para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r clubes como<br />

Manchester United, Milan<br />

e Real Madrid, David Beckham<br />

dava um tapa completo no seu<br />

makeup: creme para amaciar a<br />

pele, gel no cabelo, retoque na<br />

sobrancelha e um perfuminho<br />

básico faziam parte do ritual do<br />

marido da spice girl Vitoria. Esse<br />

jeito alinhado o transformou<br />

em referência do mo<strong>de</strong>lo metrossexual<br />

<strong>de</strong> comportamento,<br />

homens que dão valor à aparência<br />

e não se <strong>de</strong>scuidam com<br />

o processo <strong>de</strong> envelhecimento.<br />

Mas Beckham ganha muito<br />

com a sua imagem. É estrela <strong>de</strong><br />

muitos comerciais da Nike e da<br />

sueca H&M, por exemplo. Agora,<br />

vai ter uma linha exclusiva<br />

<strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> cuidados para<br />

a pele masculina, prevista para<br />

chegar ao mercado no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>de</strong> 2017, resultado <strong>de</strong> uma joint<br />

venture que une a marca Biotherm<br />

Homme, do portfólio da<br />

L’Oréal Luxe, e a Seven Global,<br />

parceria que envolve Beckham,<br />

Simon Fuller e a grife <strong>de</strong> roupas<br />

Global Brands.<br />

“Estou animado <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />

trabalhar com a Biotherm<br />

Homme a partir <strong>de</strong> agora. Estive<br />

pensando em <strong>de</strong>senvolver<br />

uma linha <strong>de</strong> cuidados para a<br />

pele já faz um tempo e só quan-<br />

do comecei a conversar com a<br />

Biotherm que, <strong>de</strong> repente, tudo<br />

começou a fazer sentido. Eles<br />

são tão ambiciosos quanto eu<br />

e esperamos mostrar logo a todos<br />

os frutos <strong>de</strong> nossa colaboração”,<br />

<strong>de</strong>stacou o ex-jogador<br />

através <strong>de</strong> comunicado.<br />

O executivo Jason Weisen-<br />

feld, presi<strong>de</strong>nte da Seven, explica<br />

que o investimento em<br />

produtos masculinos é uma<br />

oportunida<strong>de</strong> para a empresa<br />

e ressalta o acordo com a marca<br />

Biotherm Homme. “Agora<br />

temos o parceiro perfeito para<br />

nos tornar os lí<strong>de</strong>res globais<br />

com os melhores produtos para<br />

Craque nos gramados, o tatuado Beckham também bate um bolão no marketing<br />

cuidados da pele do homem”.<br />

O gerente-geral David Fridlevski<br />

afirma que a parceria<br />

entre a marca da L’Oréal Luxe<br />

e David Beckham “está disposta<br />

a ultrapassar as fronteiras<br />

da categoria <strong>de</strong> cuidado com a<br />

pele masculina e reforçar a sua<br />

li<strong>de</strong>rança. É a primeira vez que<br />

uma celebrida<strong>de</strong> masculina<br />

<strong>de</strong>ssa importância <strong>de</strong>senvolve<br />

uma linha com esse propósito.<br />

Temos muito orgulho <strong>de</strong> termos<br />

sido escolhidos como parceiros<br />

<strong>de</strong> Beckham para <strong>de</strong>senvolver<br />

a sua visão <strong>de</strong> cuidados<br />

da pele, e estamos felizes por<br />

ele ser o nosso novo embaixador<br />

da marca.”<br />

A linha Homme <strong>de</strong> Biotherm<br />

chegou aos pontos <strong>de</strong> venda há<br />

31 anos, com produtos como<br />

o hidratante gel Aquapower<br />

e o creme antienvelhecimento<br />

correto Force Supreme. “A<br />

marca oferece uma linha completa<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 80 soluções<br />

avançadas para a pele adaptadas<br />

a diferentes tipos e necessida<strong>de</strong>s.<br />

Todos possuem o<br />

po<strong>de</strong>r dos ingredientes aquáticos,<br />

que garantem luz e texturas<br />

revigorantes. Biotherm<br />

Homme é uma das 18 marcas<br />

no portfólio da L’Oréal Luxe,<br />

que gerou vendas que chegaram<br />

a 7,2 bilhões <strong>de</strong> euros no<br />

ano passado, com um crescimento<br />

<strong>de</strong> 6,1%.<br />

150 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


Parece Olimpíadas<br />

www.miamiespm.com.br<br />

O Mundo Real em Sala <strong>de</strong> Aula


mArcAs<br />

Getty Images apresenta nova ação<br />

mundial criada pela AlmapBBDO<br />

O conceito traz vários rostos famosos, como Angela Merkel, constituídos<br />

apenas com imagens do banco sem fotos das próprias celebrida<strong>de</strong>s<br />

Fotos: Divulgação<br />

Angela Merkel e papa Francisco são representados na nova campanha Millions of images. Endless possibilities, assinada pela AlmapBBDO para Getty Images<br />

Depois <strong>de</strong> conquistar dois Lápis <strong>de</strong> Ouro e<br />

um <strong>de</strong> Bronze com a campanha 20 Years,<br />

do Getty Images, no One Show <strong>2016</strong>, a AlmapBBDO<br />

apresenta uma nova campanha global<br />

para o banco <strong>de</strong> imagens. Millions of images.<br />

Endless possibilities (Milhões <strong>de</strong> imagens.<br />

Infinitas possibilida<strong>de</strong>s) é o título da ação<br />

que quer mostrar como qualquer i<strong>de</strong>ia po<strong>de</strong><br />

nascer através <strong>de</strong> imagens. O conceito apresenta<br />

vários rostos famosos, como <strong>de</strong> Angela<br />

Merkel, príncipe Charles, Dalai Lama e papa<br />

Francisco, reconstruídos apenas usando fotografias<br />

do GettyImages.<br />

“Quatro meses <strong>de</strong> extensa pesquisa e testes<br />

foram investidos, sem o uso <strong>de</strong> quaisquer<br />

imagens editoriais das próprias personalida<strong>de</strong>s,<br />

para produzir o resultado. Para cada<br />

rosto, uma intensa procura foi realizada,<br />

mas, com o conteúdo rico do Getty Images,<br />

conseguimos encontrar os <strong>de</strong>talhes exatos<br />

para os rostos que queríamos retratar”, disse<br />

Benjamin Yung Jr., diretor <strong>de</strong> criação da<br />

AlmapBBDO.<br />

A campanha inclui filme, pôster, anúncio<br />

e hotsite, que utilizam imagens <strong>de</strong> Getty<br />

Images e iStock by Getty Images para reconstruir<br />

rostos famosos. “Estamos satisfeitos<br />

com a parceria com a AlmapBBDO que, mais<br />

uma vez, criou uma campanha inovadora e<br />

única, que, <strong>de</strong> forma clara e hábil, <strong>de</strong>monstra<br />

o papel do Getty Images na indústria<br />

criativa como fonte <strong>de</strong> conteúdo visual para<br />

qualquer anunciante, comerciante ou publisher”,<br />

afirma Susan Smith-Ellis, diretora <strong>de</strong><br />

marketing do Getty Images.<br />

Ao longo <strong>de</strong> sete anos, a AlmapBBDO e o<br />

GettyImages foram parceiros em campanhas<br />

vencedoras <strong>de</strong> prêmios mundiais como From<br />

love to bingo e 85 seconds.<br />

152 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


marcas<br />

Natura investe em Kaiak para<br />

conversar com o homem esportista<br />

Ao som da música Do it, do cantor Lenine, sob a assinatura<br />

O que move você?, campanha para perfume é assinada pela DPZ&T<br />

nova campanha do perfume Kaiak, da Natura,<br />

A faz um chamado aos esportistas do cotidiano.<br />

Para manter o espírito aventureiro e esportivo da<br />

fragrância, Kaiak do it leva a assinatura O que move<br />

você?, pela DPZ&T. Um corredor atravessa cenários<br />

<strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>, campo e praia, ao som da música Do<br />

it, do cantor Lenine.<br />

“Kaiak dialoga com o homem que busca movimento.<br />

Com o novo filme, queremos conversar com<br />

o homem ativo, que gosta do esporte, mas que não<br />

é necessariamente um profissional. É um atleta<br />

do dia a dia, que enfrenta os <strong>de</strong>safios que impõe a<br />

si mesmo e os obstáculos do cotidiano. Por isso, a<br />

pergunta: O que move você?”, diz Renata Eduardo,<br />

diretora <strong>de</strong> marketing da Natura. “Kaiak é sobre estar<br />

em movimento o tempo todo, na cida<strong>de</strong> ou em<br />

qualquer lugar. É sobre olhar para a frente e seguir<br />

com energia”, diz Marcello Barcelos, diretor <strong>de</strong> criação<br />

da DPZ&T.<br />

Cena da campanha <strong>de</strong> Kaiak, cujo cenário mostra corredor na cida<strong>de</strong>, no campo e na praia<br />

curtas<br />

Divulgação<br />

O futuro da Escala ainda não está <strong>de</strong>finido.<br />

Agência po<strong>de</strong> ficar <strong>de</strong> fora das<br />

empresas do Grupo ABC, que foram<br />

vendidas para o norte-americano Omnicom.<br />

De acordo com o Grupo ABC,<br />

a situação da Escala <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>finida<br />

em junho. O contrato prevê uma cláusula<br />

que diz ser necessária a anuência<br />

das partes caso a holding fosse vendida.<br />

“O processo está em negociação.<br />

Haverá uma reunião entre Escala, ABC<br />

e Omnicom. O contrato prevê algumas<br />

regras prestabelecidas. A <strong>de</strong>cisão será<br />

tomada nessa reunião”, diz Miguel <strong>de</strong><br />

Luca, sócio-diretor da Escala. Agência<br />

tem se<strong>de</strong> em Porto Alegre e escritórios<br />

em São Paulo e Brasília. Em setembro<br />

<strong>de</strong> 2014, o ABC comprou 60% das ações<br />

da agência e os sócios ficaram como minoritários,<br />

com os 40% restantes.<br />

O Brasil conquistou 13 prêmios no<br />

New York Festivals <strong>2016</strong>, sendo que a<br />

AlmapBBDO foi a agência com o melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho, com sete troféus. A AKQA<br />

São Paulo foi a segunda melhor colocada<br />

entre as brasileiras, com quatro bronzes.<br />

A Dim&Canzian garantiu um bronze e a<br />

Miami Ad School/ESPM Brasil, uma prata<br />

na categoria estudante. Este ano, o festival<br />

elegeu duas campanhas para receberem<br />

o Best of Show, um para Y&R da<br />

Nova Zelândia, pelo case “McWhopper”,<br />

para o Burger King, e com a Watts of Toquio<br />

Inc., do Japão, por “High School<br />

Girl”, para Shiseido’s Products.<br />

154 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


marCas<br />

Coral mostra que as cores têm o<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> transformar os ambientes<br />

Em campanha criada pela Havas, empresa apresenta sua nova tinta<br />

premium Decora e busca inspirar o brasileiro na <strong>de</strong>coração da casa<br />

Fotos: Divulgação<br />

Anúncios trazem o novo conceito da Coral, Quando você muda a cor, muda tudo; objetivo da companhia é ajudar o consumidor a tornar realida<strong>de</strong> o sonho <strong>de</strong> ter uma casa perfeita<br />

KELLY DORES<br />

Os brasileiros passam, em<br />

média, 36 minutos do seu<br />

dia sonhando com uma casa<br />

perfeita. 93% gostariam <strong>de</strong> ter<br />

mais ajuda para tomar as <strong>de</strong>cisões<br />

certas na hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>corar<br />

e 80% têm dificulda<strong>de</strong> para<br />

escolher as cores e os estilos<br />

certos <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>coração. As informações<br />

fazem parte <strong>de</strong> um<br />

estudo realizado em abril pela<br />

AkzoNobel, empresa holan<strong>de</strong>sa<br />

<strong>de</strong>tentora da Coral, em <strong>de</strong>z<br />

países do mundo. Com o apoio<br />

<strong>de</strong>sses insights, a Coral lançou<br />

no mercado a tinta premium<br />

Coral Decora, com uma cartela<br />

<strong>de</strong> 140 cores exclusivas que<br />

ajuda a combinar cores divididas<br />

em sete estilos: Romântico,<br />

Clássico, Minimalista, Re-<br />

trô, Étnico, Mo<strong>de</strong>rno e Rústico.<br />

O lançamento é acompanhado<br />

<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> campanha publicitária,<br />

cujo mote é Quando<br />

você muda a cor, muda tudo.<br />

Baseada na premissa <strong>de</strong> que<br />

a cor tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> transformar<br />

os ambientes, a Coral afirma<br />

que o papel da empresa é<br />

ajudar o brasileiro a tornar o<br />

sonho <strong>de</strong> ter uma casa perfeita<br />

realida<strong>de</strong>, e preten<strong>de</strong> inspirar<br />

o consumidor na sua <strong>de</strong>coração.<br />

“Nós <strong>de</strong>senvolvemos uma<br />

tabela <strong>de</strong> cores para ajudar a<br />

facilitar a escolha do consumidor.<br />

Queremos inspirar os brasileiros<br />

a <strong>de</strong>corarem suas casas<br />

e ajudá-los a escolher as cores<br />

que mais combinam com o seu<br />

estilo <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração”, <strong>de</strong>stacou<br />

Fernando Domingues, diretor<br />

<strong>de</strong> marketing da AkzoNobel<br />

Tintas Decorativas.<br />

Para mostrar o quanto o<br />

tema <strong>de</strong>coração é importante<br />

para os brasileiros, Domingues<br />

acrescenta que o estudo <strong>de</strong>tectou<br />

também que 56% dos entrevistados<br />

já brigaram com o<br />

parceiro ou familiar por causa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>coração.<br />

Sem revelar os investimentos<br />

com a campanha, o diretor<br />

<strong>de</strong> marketing disse que a<br />

empresa está fazendo investimento<br />

em publicida<strong>de</strong> num<br />

momento atípico do setor, que<br />

geralmente concentra as ações<br />

<strong>de</strong> comunicação no segundo<br />

semestre do ano. “Acreditamos<br />

na publicida<strong>de</strong>”, disse Domigues.<br />

A campanha multimídia<br />

foi criada pela Havas e tem<br />

como peça central um filme<br />

para TV aberta.<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> transformação<br />

dos ambientes se materializou<br />

nos trabalhos <strong>de</strong> pós-produção.<br />

A captação das imagens<br />

foi realizada por meio <strong>de</strong><br />

steadicam, com um operador<br />

<strong>de</strong> câmera vindo da França,<br />

com experiência em gran<strong>de</strong>s<br />

produções. Foram mais <strong>de</strong><br />

200 horas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> pós-<br />

-produção para criar o efeito<br />

<strong>de</strong> mudança das cores nas pare<strong>de</strong>s.<br />

A produtora <strong>de</strong> imagem<br />

é a Fantástica Filmes e a <strong>de</strong><br />

som, a Lua Nova Audio.<br />

Como parte <strong>de</strong> seus investimentos<br />

nesse primeiro semestre,<br />

a Coral abriu na semana<br />

passada sua participação na<br />

30ª <strong>edição</strong> da Casa Cor São<br />

Paulo como patrocinadora oficial<br />

<strong>de</strong> tintas da mostra <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração.<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 155


Marcas & Produtos<br />

Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br<br />

Duo<br />

A Sorriso colocou no mercado o seu Sorriso Fort Protect,<br />

composto por creme e escova <strong>de</strong>ntal que possui um<br />

sistema antiplaca + branqueamento para <strong>de</strong>ntes fortes<br />

e brancos. A nova pasta, <strong>de</strong> acordo com a Colgate-<br />

Palmolive, dona da marca, possui proteção contra a<br />

formação da placa e remove manchas, polindo os <strong>de</strong>ntes.<br />

Já a escova tem cerdas multiniveladas, que permitem<br />

limpeza total dos <strong>de</strong>ntes, e um cabo emborrachado<br />

para <strong>maio</strong>r conforto no momento da escovação.<br />

Funcional<br />

Activia lançou semana passada<br />

o seu Activia Café da Manhã,<br />

apresentado em dois sabores:<br />

morango, maçã, banana e<br />

cereais; e maçã, mamão, suco<br />

<strong>de</strong> laranja e cereais. A empresa<br />

afirma que a i<strong>de</strong>ia é ser opção<br />

para a primeira refeição do dia, já<br />

que, além <strong>de</strong> pedaços <strong>de</strong> frutas,<br />

conta com cereais, castanhas,<br />

amêndoas e cerca <strong>de</strong> 4 bilhões<br />

do exclusivo DanRegularis. O<br />

lançamento será marcado por<br />

diversas ativações, como, por<br />

exemplo, <strong>de</strong>gustação nos voos da<br />

companhia aérea Azul.<br />

cabeleira<br />

Palmolive Naturals lançou<br />

a linha Óleo Surpreen<strong>de</strong>nte<br />

e Óleo Nutritivo. Tendência<br />

mundial no mercado <strong>de</strong><br />

beleza, segundo a empresa, o<br />

óleo <strong>de</strong> Camélia é a principal<br />

estrela dos lançamentos.<br />

A marca afirma que ele tem<br />

alto po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> hidratação e<br />

nutrição para o cabelo e para<br />

a pele. A linha é composta<br />

por shampoo, condicionador<br />

e creme para pentear.<br />

conserva<br />

A Gomes da Costa ampliou a sua linha<br />

<strong>de</strong> vegetais em conservas com três<br />

lançamentos <strong>de</strong> palmito - açaí picado,<br />

pupunha em toletes e em ro<strong>de</strong>las. Prontos<br />

para o consumo, têm baixa caloria e,<br />

segundo a empresa, são ricos em proteínas<br />

e minerais como cálcio e potássio. A<br />

novida<strong>de</strong> marca a expansão da Gomes da<br />

Costa no setor <strong>de</strong> alimentação prática e<br />

saudável. Além da sua tradicional linha <strong>de</strong><br />

pescados, a empresa vem expandindo seu<br />

portfólio com lançamentos <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong><br />

saladas prontas e vegetais em conserva.<br />

158 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


supercenas<br />

Marcello Queiroz mqueiroz@propmark.com.br<br />

Cyrille Reboul, o primeiro da direita para a esqueda, <strong>de</strong> pé, com youtubers e executivos da Digital Stars e do site IGN Brasil: métricas dão li<strong>de</strong>rança ao site no segmento <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong> games<br />

A FORÇA DOS GAMES<br />

O IGN, <strong>maio</strong>r portal <strong>de</strong> conteúdo<br />

sobre games e cultura pop<br />

do mundo, alcançou li<strong>de</strong>rança<br />

no mercado brasileiro, em seu<br />

segmento. Lançado há um ano,<br />

<strong>de</strong> acordo com dados <strong>de</strong> março,<br />

da comScore, e <strong>de</strong> abril, da ferramenta<br />

Google Analytics, ele<br />

registra 2,8 milhões <strong>de</strong> visitantes<br />

únicos, com 7,5 milhões <strong>de</strong><br />

visitas mensais e 15 milhões <strong>de</strong><br />

page views. Os números colocam<br />

a operação brasileira como<br />

o terceiro <strong>maio</strong>r site do portal,<br />

que trabalha com 29 edições em<br />

112 países, em 22 idiomas, e com<br />

audiência total <strong>de</strong> 75 milhões<br />

<strong>de</strong> visitantes únicos. O IGN é do<br />

grupo francês Webedia, que tem<br />

como CEO o executivo Cyrille<br />

Reboul. O Webedia também<br />

controla a Digital Stars, network<br />

<strong>de</strong> influenciadores, e sites como<br />

AdoroCinema, PurePeople,<br />

PureBreak e TudoGostoso. Os<br />

resultados do IGN Brasil, que<br />

tem o executivo Aydin Sarmadi<br />

como diretor-geral, foram comemorados<br />

com festa no último<br />

dia 12, em São Paulo.<br />

160 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark<br />

Dudu Bertholini e a apresentadora Kátia Lessa, com garis no caminhão da websérie SP Cida<strong>de</strong> Gentil<br />

Gabriel Barros/Divulgação


Marcelo Paixão/Divulgação<br />

4Humans/Divulgação<br />

O diretor Javier Lourenço com boneca utilizada em animação para filme produzido com a Barry Company para o mercado argentino<br />

ATENÇÃO AO CAMINHÃO<br />

A chef Helena Rizzo está no sétimo<br />

episódio da websérie SP<br />

Cida<strong>de</strong> Gentil, i<strong>de</strong>ia bacana da<br />

Ocah, propondo <strong>maio</strong>r atenção<br />

à questão ambiental, mais<br />

especificamente à reciclagem<br />

<strong>de</strong> lixo. O estúdio do programa,<br />

apresentado por Kátia Lessa,<br />

foi montado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um caminhão<br />

que faz passeios por<br />

Sampa. Semana passada, o entrevistado<br />

foi o estilista Dudu<br />

Bertholini. O projeto conta com<br />

12 episódios e tem canais no<br />

Facebook e no YouTube.<br />

AOS NAMORADOS<br />

O cantor, compositor e produtor<br />

musical Max <strong>de</strong> Castro lança,<br />

dia 9, o single Apenas uma<br />

mulher, em homenagem ao Dia<br />

dos Namorados. A música integra<br />

o álbum A fantástica fábrica<br />

<strong>de</strong> Champignon, que será<br />

lançado no segundo semestre.<br />

Max também é sócio, com Hebert<br />

Mota, e Álvaro Alencar, da<br />

produtora H.A.M.nyc, que tem<br />

escritórios e estúdios em São<br />

Paulo e Nova York.<br />

BRASIL E ARGENTINA JUNTOS<br />

A produtora Barry Company, <strong>de</strong> São Paulo, comemora a boa repercussão<br />

do comercial Fiebre <strong>de</strong> Chocolate por la noche, em veiculação<br />

em emissoras argentinas. O filme, criado pela agência Madre,<br />

<strong>de</strong> Buenos Aires, para o ChocoBar, tem direção <strong>de</strong> cena <strong>de</strong> Javier<br />

Lourenço, que usou técnica <strong>de</strong> stop motion para dar vida aos protagonistas<br />

do roteiro, no caso dois animais, uma leoa e uma gazela.<br />

Após <strong>de</strong>senhos e mo<strong>de</strong>los 3D para mol<strong>de</strong>s revestidos <strong>de</strong> silicone,<br />

os bonecos foram confeccionados na Espanha. A equipe <strong>de</strong> Javier<br />

também construiu maquetes que reproduzem bairros da capital<br />

argentina. Lourenço, que já trabalhou como diretor <strong>de</strong> arte em<br />

agências portenhas, é atualmente sócio da Flamboyant Paradise,<br />

empresa <strong>de</strong> animação com se<strong>de</strong> em Buenos Aires, que é parceira<br />

da Barry Company. Para a publicida<strong>de</strong> brasileira, ele já dirigiu para<br />

AlmapBBDO, F/Nazca S&S, W+K, Talent Marcel e Ogilvy.<br />

O cantor Max <strong>de</strong> Castro, da produtora H.A.M.nyc<br />

César Sartori/Divulgação<br />

CENP<br />

Ele sai fortalecido em<br />

parecer emitido semana<br />

passada que sugere<br />

arquivamento <strong>de</strong> processo<br />

no Ca<strong>de</strong> sobre “suposto<br />

abuso <strong>de</strong> posição<br />

dominante no mercado<br />

publicitário brasileiro”<br />

RÁDIO<br />

Ele ganhou campanha<br />

personalizada no Reino<br />

Unido, em iniciativa <strong>de</strong><br />

associação <strong>de</strong> emissoras<br />

comerciais. Primeiro spot<br />

foi dirigido a Keith Weed,<br />

CMO da Unilever<br />

TV AUSTRALIANA<br />

Emissoras rivais uniram<br />

forças para formar novo<br />

instituto <strong>de</strong> pesquisa<br />

com o objetivo <strong>de</strong><br />

refutar “questionáveis”<br />

resultados <strong>de</strong> métricas da<br />

mídia digital<br />

DISPLAY ONLINE<br />

O formato po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r<br />

cerca <strong>de</strong> US$ 3,9 bilhões <strong>de</strong><br />

investimentos neste ano<br />

em função dos softwares<br />

<strong>de</strong> adblock. Estimativa é<br />

<strong>de</strong> um estudo da Optimal<br />

SOM<br />

Ele não é ativado em cerca<br />

<strong>de</strong> 85% das mais <strong>de</strong> 150<br />

milhões <strong>de</strong> visualizações<br />

mensais <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os no<br />

Facebook. A informação é<br />

do site Digiday<br />

ALIMENTOS GORDUROSOS<br />

Eles integram uma lista<br />

<strong>de</strong> produtos, que inclui<br />

também os que têm alto<br />

teor <strong>de</strong> sal ou açúcar, que<br />

<strong>de</strong>vem ter proibição total<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> dirigida a<br />

crianças no Reino Unido<br />

jornal propmark - <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> 161


última página<br />

LuckyN/Shutterstock<br />

tudo é<br />

propaganda<br />

Stalimir Vieira<br />

Nada como o que estamos vivendo no<br />

Brasil para compreen<strong>de</strong>rmos a força<br />

da propaganda. Des<strong>de</strong> que foi aventada a<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> afastar a presi<strong>de</strong>nte Dilma do cargo<br />

que os produtos “impeachment” e “golpe”<br />

passaram a disputar a preferência dos brasileiros.<br />

Enquanto Michel Temer, garoto-<br />

-propaganda do “impeachment”, sempre<br />

guardou a serenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “quem está com<br />

a razão”, petistas, porta-vozes do “golpe”,<br />

<strong>de</strong>monstram uma inflamada indignação, típica<br />

também <strong>de</strong> “quem está com a razão”.<br />

Técnicas opostas com o mesmo<br />

objetivo: ven<strong>de</strong>r seus produtos.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista estético, o lado<br />

do Temer venceu a disputa, mesmo<br />

junto ao povão. Talvez tenha a<br />

ver com o aspiracional, que a gente<br />

tanto <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> nas estratégias<br />

para nossos clientes.<br />

Um dos gran<strong>de</strong>s problemas do<br />

governo Dilma, tirante as questões<br />

mais afeitas aos intelectuais<br />

para uma análise histórico-sociopolítica,<br />

foi a feiura. Visualmente,<br />

quando sua gente se agrupava era um <strong>de</strong>sastre.<br />

Há quem <strong>de</strong>fenda, em nome <strong>de</strong> uma<br />

diversida<strong>de</strong> politicamente correta, que é<br />

assim que <strong>de</strong>ve ser. O fato, porém, é que<br />

isso não funciona para efeito <strong>de</strong> propaganda<br />

e, portanto, não ven<strong>de</strong>. Goebbels ajudou<br />

a conquistar as massas para Hitler primando<br />

pelo bom gosto na comunicação.<br />

A imensa <strong>maio</strong>ria dos brasileiros ainda<br />

não enten<strong>de</strong>u patavina do que Temer<br />

e sua turma falaram. Mas já percebeu que<br />

se trata <strong>de</strong> uma gente mais alinhada, mais<br />

agradável à vista. Com relação ao conteúdo<br />

– os discursos –, outra <strong>de</strong>rrota acachapante<br />

para os petistas, em que pese o idioma<br />

“estranho” do Temer. Ocorre que a divulgação<br />

das gravações <strong>de</strong> Lula e família foram<br />

“A imensA<br />

mAioriA dos<br />

brAsileiros<br />

AindA não<br />

enten<strong>de</strong>u<br />

pAtAvinA do<br />

que temer e<br />

suA turmA<br />

fAlArAm”<br />

<strong>de</strong>terminantes para uma importante constatação:<br />

clima <strong>de</strong> pago<strong>de</strong>, feijoada e caipirinha<br />

é bacana, mas não o tempo todo. Mesmo<br />

as pessoas mais simples gostam <strong>de</strong> falar<br />

sério no horário do expediente.<br />

Serieda<strong>de</strong> que nem Dilma passava com<br />

suas trapalhadas verbais, que até po<strong>de</strong>riam<br />

compor uma personagem carismática, se<br />

nela não fossem percebidas apenas como a<br />

mais genuína estupi<strong>de</strong>z. Derrotada na forma<br />

e no conteúdo, a marca “golpe” foi per<strong>de</strong>ndo<br />

valor e hoje só significa alguma coisa<br />

para a militância petista e alguns outros.<br />

A presi<strong>de</strong>nte afastada e seus<br />

aliados cometem um erro terrível<br />

<strong>de</strong> marketing, ao permanecerem<br />

abraçados a esse conceito que já<br />

não emociona, se é que algum dia<br />

emocionou.<br />

Por outro lado, a marca “impeachment”<br />

foi absorvida, apesar<br />

<strong>de</strong> grafia e pronúncia difíceis ou,<br />

quem sabe, por isso mesmo. “Golpe”<br />

é chavão <strong>de</strong>sgastado, é um recurso<br />

do varejo político ordinário;<br />

impeachment, digamos, é termo<br />

jurídico elegante. O que se percebe, e aqui<br />

me arrisco a incluir o imaginário popular, é<br />

uma absoluta falta <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> dos interessados<br />

na consagração do conceito <strong>de</strong><br />

“golpe”.<br />

Nada foi produzido para, efetivamente,<br />

justificar o engajamento com ele. Todo o<br />

time envolvido com a sua <strong>de</strong>fesa mostrou-<br />

-se medíocre em termos <strong>de</strong> comunicação.<br />

Nessa área, aliás, as bobagens começaram<br />

lá atrás, com a tentativa <strong>de</strong> impor um <strong>de</strong>sagradável<br />

“presi<strong>de</strong>nta”, em que pese toda a<br />

rejeição à expressão.<br />

O PT parece aquele anunciante teimoso,<br />

que, mesmo per<strong>de</strong>ndo share, insiste em<br />

manter uma house tocada por amigos.<br />

Stalimir Vieira é diretor da Base Marketing<br />

stalimircom@gmail.com<br />

162 <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong> - jornal propmark


PESQUISA INÉDITA, FEITA EM PARCERIA COM OFFICINA<br />

SOPHIA/HSR, COM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS<br />

MAIS DE 1500 EMPRESAS ENTREVISTADAS<br />

EM 17 SEGMENTOS DE 5 SETORES<br />

UM NORTE PARA EMPREENDEDORES NA<br />

ESCOLHA DE SEUS PRINCIPAIS FORNECEDORES<br />

UMA PESQUISA QUE SERÁ<br />

REFERÊNCIA PARA O MERCADO<br />

Bens <strong>de</strong> consumo<br />

Financeiro<br />

Comunicação<br />

Serviços<br />

Seguradora<br />

ÚLTIMOS DIAS!<br />

PUBLICAÇÃO EM<br />

30/05<br />

PUBLICAÇÃO ESPECIAL COM<br />

TODOS OS VENCEDORES<br />

ESPECIAL MULTIPLATAFORMA<br />

BOLETINS NA<br />

RÁDIO ESTADÃO<br />

CONTEÚDO DIGITAL COM<br />

APROFUNDAMENTO DE DADOS<br />

CONSULTE NOSSA EQUIPE COMERCIAL E SAIBA SE SUA EMPRESA FOI UMA DAS GANHADORAS.


Parabéns ao PROPMARK.<br />

51 anos <strong>de</strong> comunicação e informação.<br />

Faz a web trabalhar para você<br />

www.google.com.br/ads

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!