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Revista Elas por elas 2017

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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trabalhadores arcam com a responsabilidade<br />

<strong>por</strong> suas aposentadorias e<br />

pensões, buscando a previdência privada,<br />

assim como fazem com a saúde<br />

e educação privada”. Por isso, segundo<br />

Valéria Morato, o governo vem com<br />

esta ofensiva contra a organização<br />

dos/as trabalhadores/as. “Isso tudo<br />

tem reflexos nas negociações coletivas.<br />

O ataque ao financiamento do<br />

movimento sindical é essencialmente<br />

o ataque à luta coletiva, que é a luta<br />

que resiste e que pressiona. E <strong>por</strong> isso,<br />

em 2016, sem nenhum alarde, mas<br />

com tudo em mente, o Congresso<br />

Nacional reduziu em 50% o orçamento<br />

de custeio da Justiça do Trabalho, tornando-a<br />

mais morosa, dificultando o<br />

acesso dos/as trabalhadores/as. A<br />

ideia central do golpe é essa: menos<br />

estado, menos governo, mais empenho<br />

individual, cada um <strong>por</strong> si,<br />

mercado para tudo. Resistiremos e<br />

lutaremos”, ressalta.<br />

Já o desmonte da Previdência prejudicará<br />

todo/a trabalhador/a, principalmente<br />

os/as professores/as que hoje<br />

têm regime especial. A realidade atual<br />

em que a professora se aposenta aos<br />

25 de contribuição e o professor, aos<br />

30 anos, acaba. “Se passar a proposta<br />

de 49 anos de contribuição ininterrupta,<br />

ninguém se aposentará. Imagina<br />

o que é uma professora da educação<br />

infantil estar em sala de aula aos 65<br />

anos de idade?”, questiona Valéria Morato.<br />

Ela ressalta que a reforma trabalhista<br />

vai impactar a profissão docente.<br />

“Com ela, o contrato <strong>por</strong> tempo determinado<br />

passa de 90 dias para 9 meses.<br />

Ora, 9 meses é exatamente o período<br />

letivo. É o fim dos direitos dos educadores.<br />

Para os donos de escolas privadas,<br />

melhor contratar <strong>por</strong> tempo determinado<br />

do que com carteira assinada<br />

e com os direitos garantidos pela CLT,<br />

como é hoje. É um desmonte também<br />

da educação que começou com a reforma<br />

da educação básica e a terceirização”,<br />

afirma.<br />

O secretário de Previdência, Aposentados<br />

e Pensionistas da CTB Nacional<br />

(Central dos Trabalhadores e<br />

Trabalhadoras do Brasil), Pascoal Carneiro,<br />

afirma que o desmonte da Previdência<br />

tem o objetivo de estimular a<br />

previdência privada. “Esta é a vontade<br />

dos banqueiros que têm acordos com<br />

o governo golpista. Daí veio a a escolha<br />

do secretário da Previdência, ou seja,<br />

ligado à inicitiva privada, para decretar<br />

o fim da Previdência que, diferente do<br />

que nos querem fazer acreditar, nunca<br />

foi deficitária”, diz.<br />

Pacote de maldades<br />

“As reformas trabalhista e previdenciária<br />

são um pacote de maldades contra<br />

a soberania nacional, o povo brasileiro.<br />

Tudo que está dentro é negativo, principalmente<br />

para as mulheres do campo”.<br />

É o que afirma a diretora de finanças<br />

da Federação dos Trabalhadores na<br />

Agricultura do Estado de Minas Gerais<br />

(Fetaemg) Maria Rita Fernandes de Figueiredo.<br />

“Falta de consideração humana<br />

subir o teto da idade mínima. Todos<br />

começam muito cedo no campo, ajudando<br />

os pais. E a mulher, além da roça,<br />

tem a casa. Ela se levanta antes de todo<br />

mundo e, desde pequena, aprende a<br />

cuidar da horta, das criações, da casa,<br />

da comida, da saúde de todos, dos irmãos<br />

Mark Florest<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Agosto <strong>2017</strong><br />

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