certeza, servirão de imprescindível base de conhecimento para futuros empreendimentos no estado. A EXPERIÊNCIA DOS NOVOS INVESTIDORES Apesar da descontinuidade parcial desses grandes empreendimentos, a silvicultura desenvolvida, pelos novos investidores e suas equipes de profissionais, possibilitou significativos avanços tecnológicos. Ficou evidente a necessidade de se desenvolver práticas silviculturais bem distintas das utilizadas nas regiões tradicionais de silvicultura – principalmente, sul e sudeste do Brasil. Criou-se, quase uma nova silvicultura! Ficou comprovada a necessidade de pesquisas e experimentações com novos materiais genéticos, sistemas e quantidades de adubações, espaçamentos mais adequados, novos procedimentos de plantio e manutenções, etc. Enfim, as condições do estado do Tocantins exigiram um redesenho da tradicional silvicultura. Desenvolveram-se excelentes trabalhos técnicos, que resultaram em valiosas informações operacionais. Criaram-se as bases para que a silvicultura pudesse se desenvolver de maneira mais satisfatória no estado. A CONTINUIDADE DA SILVICULTURA NO TOCANTINS O crescimento das indústrias de base florestal do Brasil deve continuar, diante do grande potencial do mercado nacional e internacional. E poucos estados com condições favoráveis, ainda se mantem desocupados e com terras a preços competitivos. Portanto, continuam as apostas no potencial do Tocantins, como importante região para crescimento da silvicultura brasileira. Há necessidade, no entanto, que algumas medidas sejam tomadas: • Avanços significativos foram alcançados, e há exemplos de sucesso com os trabalhos desenvolvidos e em desenvolvimento, mas para que a silvicultura se torne política pública e melhoramentos crescentes, há necessidade de mais pesquisas e experimentações florestais. É imprescindível a participação governamental nesse desafio; • A silvicultura no Tocantins exige conhecimentos técnicos específicos, face às diversas condições naturais existentes no estado. Os empreendimentos bem-sucedidos mostram a impossibilidade de se generalizar procedimentos para as diferentes situações existentes: solo, clima e déficits hídricos; • O Tocantins precisa estabelecer políticas industriais para uso das florestas plantadas. Nesse sentido, a formação de um grande polo de geração de energia da madeira – energia verde, é uma alternativa que deveria merecer atenção especial no Tocantins. As condições naturais existentes, infraestrutura e logística favorecem, sobremaneira, o uso das florestas para tal finalidade. • É importante registrar que as dificuldades existentes no Tocantins, também ocorreram em todas as novas fronteiras, como Norte de Minas, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Sul da Bahia e Norte do Espirito Santo. E as superações para melhorias silviculturais se deram pelo aprofundamento do conhecimento e pela expansão das pesquisas e experimentações. E o Tocantins não seria diferente. Difere, no entanto, pelo fato de que, apesar das dificuldades, estes conhecimentos, aparentemente, estão se dando de forma mais rápida e efetiva que nas antigas “novas fronteiras “. 42 EDIÇÃO <strong>33</strong> | ANO 07 | SET/OUT 2017
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