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Revista MB Rural 33

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jovens, aumentando o tempo de<br />

pastejo. Um ponto importante é<br />

atentar-se para a estrutura do pasto<br />

seco ao final de estação, uma vez que,<br />

a característica da macega ao final da<br />

seca influenciará as características e<br />

formação do pasto de águas. Uma<br />

macega com muito resíduo ao<br />

final da seca, com grande presença<br />

de material morto, composto em<br />

sua maior parte por talos secos,<br />

refletirá em uma estrutura de difícil<br />

formação do bocado pelo animal,<br />

aumentando ainda mais o tempo de<br />

busca por alimento, impactando o<br />

desempenho.<br />

Caso as chuvas demorem a<br />

firmar, e a macega acumulada tiver<br />

perdido as folhas, uma opção é aumentar<br />

a quantidade de suplemento/ração<br />

fornecido para os animais<br />

no cocho. Para essa ação é importante<br />

avaliar a disponibilidade de<br />

cocho, garantindo acesso ao suplemento<br />

por todos animais do lote.<br />

No caso de proteinados, a recomendação<br />

é de 10 a 15 cm lineares por<br />

animal, já para produtos de maior<br />

consumo, precisamos ofertar de 25<br />

a 30 cm lineares por cabeça.<br />

Para produtores que possuem<br />

estrutura de confinamento e/<br />

ou estrutura de piquetes, uma estratégia<br />

interessante é fazer o “sequestro”<br />

de categorias jovens (bezerros e<br />

garrotes) em recria. Basicamente, é<br />

formulada uma dieta mais volumosa<br />

e fornecida aos animais fechados<br />

no confinamento ou piquetes. Essa<br />

dieta simula um pasto de boa qualidade<br />

e ajuda a manter o ganho de<br />

peso dos animais nessa fase crítica<br />

de transição de seca para águas.<br />

Quando a pastagem já estiver estabelecida,<br />

retornamos os animais aos<br />

pastos e seguimos a estratégia definida<br />

para o período das águas, com<br />

um suplemento especifico para essa<br />

fase do ano.<br />

Por outro lado, se as chuvas<br />

firmarem, se possível, devemos<br />

buscar rebaixar ao máximo a macega<br />

acumulada (resíduo do final da<br />

seca), favorecendo a formação do<br />

pasto de águas, visando uma estrutura<br />

rica em folhas. Nesse sentido,<br />

o que pode ser feito é aumentar a<br />

taxa de lotação, permitindo um rebaixamento<br />

da macega de forma<br />

mais homogênea ou abrir mão do<br />

uso de roçadeiras para uniformização<br />

do local. Aliado a esses manejos<br />

para uniformização do dossel forrageiro,<br />

pode-se utilizar estratégias de<br />

adubação, as quais acelerarão o crescimento<br />

da forrageira presente.<br />

Para as matrizes bovinas, o momento<br />

é o de iniciar a suplementação mineral<br />

com produtos que contenham<br />

elevados teores de minerais importantes<br />

para a reprodução.<br />

É necessário redobrar a<br />

atenção com produtos contendo<br />

altos níveis de uréia, precisamos ter<br />

em mente que, não é ela que mata<br />

os animais, mas sim, a água acumulada<br />

e consumida no cocho. Uma<br />

ação muito importante é orientar os<br />

responsáveis pelo manejo do gado<br />

a rodar os pastos (principalmente<br />

os sem animais e que podem estar<br />

com o cocho cheio), verificando o<br />

acúmulo de água e/ou suplementos<br />

velhos nos cochos antes de voltar<br />

com os animais. Geralmente, esse é<br />

um ponto esquecido.<br />

Ainda, é preciso lembrar que<br />

o consumo dos produtos pode cair,<br />

frente ao que estava sendo observado<br />

nas últimas semanas. Os animais<br />

gastam mais tempo buscando broto,<br />

o que pode refletir no aumento do<br />

tempo de pastejo e redução do consumo<br />

do produto no cocho.<br />

Normalmente nas fazendas ainda<br />

encontramos produtos de seca que<br />

precisam ser utilizados, mas ao mesmo<br />

tempo temos que nos preparar<br />

para transição, desta forma, se faz<br />

necessário algumas misturas para<br />

minimizar a transição natural e utilizar<br />

os estoques restantes de produtos<br />

para seca, sendo assim é orientado:<br />

Proteinado de seca, misturado<br />

com proteinado de águas, forma um<br />

ótimo produto de transição; o mesmo<br />

raciocínio pode ser trabalhado<br />

para o ureado misturado ao sal mineral;<br />

outra opção é misturar o proteinado<br />

de seca com milho, fazendo<br />

um suplemento proteico energético<br />

de consumo de 0,2 a 0,5%, dependendo<br />

da diluição a ser feita.<br />

EDIÇÃO <strong>33</strong> | ANO 07 | SET/OUT 2017<br />

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