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Revista Apólice #222

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❙❙Alessandro Gomes, da Chubb<br />

melhor ou não dependendo da atividade<br />

do cliente. “A empresa que tem uma<br />

atividade instalada em um andar de um<br />

edifício, por exemplo, vai precisar mais<br />

de algumas coberturas e menos de outras,<br />

como é o caso da cobertura de vendaval,<br />

que se aplica muito mais às pequenas e<br />

médias empresas localizadas em um terreno<br />

térreo do que as que estão situadas<br />

em um prédio”, explica Reina.<br />

❙❙Nilton Dias, da Seguralta<br />

O seguro na prática<br />

A importância de se estar amparado<br />

fica ainda mais evidente quando ocorre<br />

algum incêndio ou explosão, sinistros<br />

registrados com mais frequência pelas<br />

pequenas e médias empresas. Um dos<br />

acidentes recentes aconteceu em abril<br />

deste ano com a explosão de um bar<br />

localizado na Vila Mariana, zona Sul de<br />

São Paulo. Seis pessoas ficaram feridas,<br />

uma delas em estado grave. As informações<br />

divulgadas pela perícia excluíram o<br />

vazamento de gás de botijão e indicaram<br />

que o acidente pode ter sido motivado<br />

pelo acúmulo de metano vindo do esgoto.<br />

Quase dois anos antes um caso semelhante<br />

ocorreu em São Cristóvão, zona<br />

norte do Rio de Janeiro, no local onde<br />

funcionavam uma pizzaria, uma drogaria<br />

e um restaurante. A explosão começou<br />

na pizzaria, após um vazamento de gás,<br />

onde estavam estocados botijões – inclusive<br />

alguns abertos. Na época, a Defesa<br />

Civil somou 54 imóveis residenciais e<br />

comerciais atingidos, que ocupavam um<br />

espaço equivalente a um quarteirão, e 41<br />

pessoas desalojadas. Dos escombros foram<br />

retirados sete feridos, mas por sorte<br />

nenhum deles com gravidade.<br />

Diretor de PME da Chubb Brasil,<br />

Alessandro Barletta Gomes lembra que<br />

os sinistros em patrimônios neste segmento<br />

são muito comuns, não raramente<br />

com prejuízos a terceiros que podem<br />

representar perdas ainda maiores. “Se<br />

houver óbitos, os prejuízos são particularmente<br />

severos e provavelmente a justiça<br />

determinará uma indenização equivalente<br />

à renda que essas pessoas deixaram<br />

de obter, caso permanecessem vivas”,<br />

afirma. “Uma eventual reconstrução a<br />

partir de um incêndio pode ser possível<br />

se os prejuízos causarem apenas danos<br />

materiais. Contudo, na medida em que<br />

terceiros são afetados, as perdas podem<br />

se multiplicar, inviabilizando o prosseguimento<br />

da operação”, diz ele.<br />

Já para as empresas de tecnologia da<br />

informação e construção, as coberturas<br />

são basicamente as mesmas do seguro<br />

empresarial: incêndio, explosão, vendaval,<br />

queda de raio, roubo ou furto de<br />

bens e danos elétricos. “Essas atividades<br />

possibilitam a contratação de seguros<br />

específicos, também fundamentais para<br />

o negócio como, por exemplo, o seguro<br />

de riscos de engenharia, que engloba<br />

coberturas para danos causados à obra,<br />

responsabilidade civil, vida em grupo dos<br />

funcionários e equipamentos incorporados<br />

à obra e erro de projeto”, declara Nilton<br />

Dias, diretor comercial da Seguralta.<br />

Aos salões de beleza, um dos setores<br />

que mais cresce no Brasil (dados do Sebrae<br />

indicam que em 2016 o País tinha<br />

❙❙Jarbas Medeiros, da Porto Seguro<br />

mais de 300 mil salões de beleza e cerca<br />

de sete mil salões abertos mensalmente),<br />

o seguro patrimonial garante desde os<br />

riscos básicos até a responsabilidade civil<br />

envolvendo as atividades do cabeleireiro<br />

em produtos específicos disponibilizado<br />

pelas seguradoras.<br />

Conscientização<br />

O pequeno e médio empresário<br />

se importa em profissionalizar o seu<br />

negócio nos mínimos detalhes. Ainda<br />

assim, a maioria deles deixa de incluir<br />

a proteção no planejamento da empresa,<br />

sendo o fator principal o equívoco quanto<br />

ao preço do produto. “O valor varia de<br />

acordo com a atividade desenvolvida<br />

na empresa. Dependendo da atividade,<br />

os comércios de pequeno porte podem<br />

contratar o seguro anual pagando menos<br />

que o valor de um cafezinho por dia”,<br />

declara Jarbas Medeiros, superintendente<br />

de Ramos Elementares da Porto Seguro.<br />

Uma parcela significativa do mercado<br />

de PME imagina que o seguro patrimonial<br />

é caro, percepção formada com<br />

base em um raciocínio equivocado. Estas<br />

pessoas tomam como referência o seguro<br />

de automóvel, que é bem mais divulgado<br />

e pode custar R$ 2 mil para a cobertura<br />

de um carro avaliado em R$ 40 mil. Para<br />

este público, se a propriedade valer cerca<br />

de R$ 300 mil, o custo do seguro tende a<br />

crescer na mesma proporção.<br />

Na verdade, o valor do seguro patrimonial<br />

é bem menor que a taxa do seguro<br />

auto. O ticket médio do produto fica entre<br />

R$ 1.500 e R$ 2 mil por ano. Ou seja,<br />

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