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❙❙Alessandro Gomes, da Chubb<br />
melhor ou não dependendo da atividade<br />
do cliente. “A empresa que tem uma<br />
atividade instalada em um andar de um<br />
edifício, por exemplo, vai precisar mais<br />
de algumas coberturas e menos de outras,<br />
como é o caso da cobertura de vendaval,<br />
que se aplica muito mais às pequenas e<br />
médias empresas localizadas em um terreno<br />
térreo do que as que estão situadas<br />
em um prédio”, explica Reina.<br />
❙❙Nilton Dias, da Seguralta<br />
O seguro na prática<br />
A importância de se estar amparado<br />
fica ainda mais evidente quando ocorre<br />
algum incêndio ou explosão, sinistros<br />
registrados com mais frequência pelas<br />
pequenas e médias empresas. Um dos<br />
acidentes recentes aconteceu em abril<br />
deste ano com a explosão de um bar<br />
localizado na Vila Mariana, zona Sul de<br />
São Paulo. Seis pessoas ficaram feridas,<br />
uma delas em estado grave. As informações<br />
divulgadas pela perícia excluíram o<br />
vazamento de gás de botijão e indicaram<br />
que o acidente pode ter sido motivado<br />
pelo acúmulo de metano vindo do esgoto.<br />
Quase dois anos antes um caso semelhante<br />
ocorreu em São Cristóvão, zona<br />
norte do Rio de Janeiro, no local onde<br />
funcionavam uma pizzaria, uma drogaria<br />
e um restaurante. A explosão começou<br />
na pizzaria, após um vazamento de gás,<br />
onde estavam estocados botijões – inclusive<br />
alguns abertos. Na época, a Defesa<br />
Civil somou 54 imóveis residenciais e<br />
comerciais atingidos, que ocupavam um<br />
espaço equivalente a um quarteirão, e 41<br />
pessoas desalojadas. Dos escombros foram<br />
retirados sete feridos, mas por sorte<br />
nenhum deles com gravidade.<br />
Diretor de PME da Chubb Brasil,<br />
Alessandro Barletta Gomes lembra que<br />
os sinistros em patrimônios neste segmento<br />
são muito comuns, não raramente<br />
com prejuízos a terceiros que podem<br />
representar perdas ainda maiores. “Se<br />
houver óbitos, os prejuízos são particularmente<br />
severos e provavelmente a justiça<br />
determinará uma indenização equivalente<br />
à renda que essas pessoas deixaram<br />
de obter, caso permanecessem vivas”,<br />
afirma. “Uma eventual reconstrução a<br />
partir de um incêndio pode ser possível<br />
se os prejuízos causarem apenas danos<br />
materiais. Contudo, na medida em que<br />
terceiros são afetados, as perdas podem<br />
se multiplicar, inviabilizando o prosseguimento<br />
da operação”, diz ele.<br />
Já para as empresas de tecnologia da<br />
informação e construção, as coberturas<br />
são basicamente as mesmas do seguro<br />
empresarial: incêndio, explosão, vendaval,<br />
queda de raio, roubo ou furto de<br />
bens e danos elétricos. “Essas atividades<br />
possibilitam a contratação de seguros<br />
específicos, também fundamentais para<br />
o negócio como, por exemplo, o seguro<br />
de riscos de engenharia, que engloba<br />
coberturas para danos causados à obra,<br />
responsabilidade civil, vida em grupo dos<br />
funcionários e equipamentos incorporados<br />
à obra e erro de projeto”, declara Nilton<br />
Dias, diretor comercial da Seguralta.<br />
Aos salões de beleza, um dos setores<br />
que mais cresce no Brasil (dados do Sebrae<br />
indicam que em 2016 o País tinha<br />
❙❙Jarbas Medeiros, da Porto Seguro<br />
mais de 300 mil salões de beleza e cerca<br />
de sete mil salões abertos mensalmente),<br />
o seguro patrimonial garante desde os<br />
riscos básicos até a responsabilidade civil<br />
envolvendo as atividades do cabeleireiro<br />
em produtos específicos disponibilizado<br />
pelas seguradoras.<br />
Conscientização<br />
O pequeno e médio empresário<br />
se importa em profissionalizar o seu<br />
negócio nos mínimos detalhes. Ainda<br />
assim, a maioria deles deixa de incluir<br />
a proteção no planejamento da empresa,<br />
sendo o fator principal o equívoco quanto<br />
ao preço do produto. “O valor varia de<br />
acordo com a atividade desenvolvida<br />
na empresa. Dependendo da atividade,<br />
os comércios de pequeno porte podem<br />
contratar o seguro anual pagando menos<br />
que o valor de um cafezinho por dia”,<br />
declara Jarbas Medeiros, superintendente<br />
de Ramos Elementares da Porto Seguro.<br />
Uma parcela significativa do mercado<br />
de PME imagina que o seguro patrimonial<br />
é caro, percepção formada com<br />
base em um raciocínio equivocado. Estas<br />
pessoas tomam como referência o seguro<br />
de automóvel, que é bem mais divulgado<br />
e pode custar R$ 2 mil para a cobertura<br />
de um carro avaliado em R$ 40 mil. Para<br />
este público, se a propriedade valer cerca<br />
de R$ 300 mil, o custo do seguro tende a<br />
crescer na mesma proporção.<br />
Na verdade, o valor do seguro patrimonial<br />
é bem menor que a taxa do seguro<br />
auto. O ticket médio do produto fica entre<br />
R$ 1.500 e R$ 2 mil por ano. Ou seja,<br />
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