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para que as companhias possam obter um<br />
processo que ofereça agilidade e segurança<br />
na transmissão de dados e documentos.<br />
“A pressão por custos e a crescente<br />
concorrência também fazem parte do<br />
momento que vivemos. Os novos players<br />
locais e internacionais acirram a disputa<br />
por mercado, o que é saudável e gera<br />
oportunidades de apresentar inovações<br />
ao cliente, mas, também cria um desafio<br />
de manter margens capazes de sustentar<br />
o desenvolvimento das corretoras”, diz<br />
Sergio Rocha, diretor de vendas e filiais<br />
da Marsh Brasil.<br />
Leonardo Dale, diretor Internacional<br />
da JLT Brasil, também ressalta a concorrência<br />
como um alerta. Entre as quatro<br />
maiores corretoras que se estabeleceram<br />
no Brasil, as plataformas são muito similares<br />
e o que acaba diferenciando cada<br />
companhia é a tecnologia que ela utiliza.<br />
Com um mercado jovem e com bastante<br />
potencial para receber novos produtos, o<br />
Brasil precisa se desenvolver.<br />
Relações Internacionais<br />
Mesmo em momentos em que o<br />
cenário é extremamente particular em<br />
um país, ser uma empresa global requer<br />
relacionamento intenso com filiais no exterior<br />
em questõe técnicas, relacionamento<br />
jurídico, compliance, ética, e troca de<br />
experiências em relação ao atendimento<br />
aos clientes.<br />
Os riscos de engenharia, como<br />
lembra Munerato, são um bom exemplo<br />
de know how adquirido de fora do país.<br />
Setores como os de privatizações de rodovias<br />
e ferrovias e geração de energia<br />
elétrica eram recentes há cerca de 20 anos<br />
no Brasil e foi preciso que as seguradoras<br />
analisassem o que era feito em outros locais<br />
e adaptassem ao mercado brasileiro.<br />
José Otávio, CEO para Willis no Brasil,<br />
lembra que a abertura do mercado de<br />
resseguros, entre 2007 e 2008, melhorou<br />
muito as condições de mercado, trazendo<br />
o Brasil ao alcance de novas companhias,<br />
facilitando assim o relacionamento. “O<br />
D&O era um produto que não tinha muita<br />
penetração no Brasil há pouco tempo e<br />
hoje já é uma contratação muito mais<br />
comum. Isso prova como o mercado é<br />
dinâmico e atento às novidades em todas<br />
as localidades”, acrescenta o executivo.<br />
Mas muitas adaptações são necessárias<br />
para importar esses produtos e<br />
processos de gestão. A legislação brasileira<br />
é bastante específica e seu clausulado<br />
precisa ser acertado e analisado de<br />
acordo com as exigências judiciais e de<br />
regulamentação da Susep. A autarquia<br />
é bastante rígida com as normas para<br />
implementar um seguro, processos que<br />
durariam de três a seis meses para serem<br />
aprovados, hoje podem chegar até um<br />
ano. “O mercado brasileiro é único, esse<br />
é o seu grande diferencial. Precisamos<br />
de apólices locais. Há a legislação de<br />
resseguros e impostos que o mercado<br />
internacional, muitas vezes, não entende”,<br />
acrescenta Dale.<br />
Embora a burocracia possa dificultar<br />
a chegada de novidades, todas essas particularidades<br />
têm um lado bom: atraem<br />
executivos de outros países que precisam<br />
conhecer as peculiaridades para<br />
poder investir no país. Os executivos<br />
entrevistados acreditam que isso ajuda<br />
a estreitar os laços do País com as companhias.<br />
“Acredito que é necessária uma<br />
capacidade de dar vazão às demandas,<br />
mas essa fiscalização não é uma barreira.<br />
O Governo está dando mais atenção ao<br />
seguro, porque percebeu que o segmento<br />
aumentou sua participação no PIB”,<br />
aponta o executivo da Willis.<br />
Na Alemanha, por exemplo, existem<br />
alguns seguros obrigatórios nas apólices<br />
de automóvel, como a cobertura Responsabilidade<br />
Civil. Já na Argentina, o<br />
seguro de acidente de trabalho é privatizado.<br />
Para Munerato, essas exigências<br />
favorecem o mercado e colaboram para<br />
que os corretores possam oferecer produtos<br />
variados, ajudando a indústria a<br />
se desenvolver e a ser mais criativas em<br />
sua aproximação com o cliente. “O Brasil<br />
hoje tem comunicadores alinhados com<br />
as expectativas do restante do mundo e<br />
a legislação é favorável para diminuir as<br />
diferenças de produtos oferecidos aqui e<br />
no exterior”, pontua.<br />
Relação entre players<br />
Dentro do universo da corretagem<br />
há espaço para diversos portes de corretores.<br />
Associações, franquias, empresas<br />
familiares e grandes companhias<br />
compartilham o mercado, cada uma se<br />
especializando nos segmentos que mais<br />
se enquadram em seu modo de atuação.<br />
Cada uma ao seu modo, as grandes corretoras<br />
atuantes no Brasil procuram manter<br />
uma relação de respeito e, muitas vezes,<br />
de cooperação com outros profissionais<br />
da área.<br />
Pequenos e médios corretores têm<br />
um mercado muito importante. Willis<br />
e AON, por exemplo, têm participação<br />
efetiva desse perfil de profissionais dentro<br />
das empresas, atuando como uma rede.<br />
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