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Revista Apólice #196

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para que as companhias possam obter um<br />

processo que ofereça agilidade e segurança<br />

na transmissão de dados e documentos.<br />

“A pressão por custos e a crescente<br />

concorrência também fazem parte do<br />

momento que vivemos. Os novos players<br />

locais e internacionais acirram a disputa<br />

por mercado, o que é saudável e gera<br />

oportunidades de apresentar inovações<br />

ao cliente, mas, também cria um desafio<br />

de manter margens capazes de sustentar<br />

o desenvolvimento das corretoras”, diz<br />

Sergio Rocha, diretor de vendas e filiais<br />

da Marsh Brasil.<br />

Leonardo Dale, diretor Internacional<br />

da JLT Brasil, também ressalta a concorrência<br />

como um alerta. Entre as quatro<br />

maiores corretoras que se estabeleceram<br />

no Brasil, as plataformas são muito similares<br />

e o que acaba diferenciando cada<br />

companhia é a tecnologia que ela utiliza.<br />

Com um mercado jovem e com bastante<br />

potencial para receber novos produtos, o<br />

Brasil precisa se desenvolver.<br />

Relações Internacionais<br />

Mesmo em momentos em que o<br />

cenário é extremamente particular em<br />

um país, ser uma empresa global requer<br />

relacionamento intenso com filiais no exterior<br />

em questõe técnicas, relacionamento<br />

jurídico, compliance, ética, e troca de<br />

experiências em relação ao atendimento<br />

aos clientes.<br />

Os riscos de engenharia, como<br />

lembra Munerato, são um bom exemplo<br />

de know how adquirido de fora do país.<br />

Setores como os de privatizações de rodovias<br />

e ferrovias e geração de energia<br />

elétrica eram recentes há cerca de 20 anos<br />

no Brasil e foi preciso que as seguradoras<br />

analisassem o que era feito em outros locais<br />

e adaptassem ao mercado brasileiro.<br />

José Otávio, CEO para Willis no Brasil,<br />

lembra que a abertura do mercado de<br />

resseguros, entre 2007 e 2008, melhorou<br />

muito as condições de mercado, trazendo<br />

o Brasil ao alcance de novas companhias,<br />

facilitando assim o relacionamento. “O<br />

D&O era um produto que não tinha muita<br />

penetração no Brasil há pouco tempo e<br />

hoje já é uma contratação muito mais<br />

comum. Isso prova como o mercado é<br />

dinâmico e atento às novidades em todas<br />

as localidades”, acrescenta o executivo.<br />

Mas muitas adaptações são necessárias<br />

para importar esses produtos e<br />

processos de gestão. A legislação brasileira<br />

é bastante específica e seu clausulado<br />

precisa ser acertado e analisado de<br />

acordo com as exigências judiciais e de<br />

regulamentação da Susep. A autarquia<br />

é bastante rígida com as normas para<br />

implementar um seguro, processos que<br />

durariam de três a seis meses para serem<br />

aprovados, hoje podem chegar até um<br />

ano. “O mercado brasileiro é único, esse<br />

é o seu grande diferencial. Precisamos<br />

de apólices locais. Há a legislação de<br />

resseguros e impostos que o mercado<br />

internacional, muitas vezes, não entende”,<br />

acrescenta Dale.<br />

Embora a burocracia possa dificultar<br />

a chegada de novidades, todas essas particularidades<br />

têm um lado bom: atraem<br />

executivos de outros países que precisam<br />

conhecer as peculiaridades para<br />

poder investir no país. Os executivos<br />

entrevistados acreditam que isso ajuda<br />

a estreitar os laços do País com as companhias.<br />

“Acredito que é necessária uma<br />

capacidade de dar vazão às demandas,<br />

mas essa fiscalização não é uma barreira.<br />

O Governo está dando mais atenção ao<br />

seguro, porque percebeu que o segmento<br />

aumentou sua participação no PIB”,<br />

aponta o executivo da Willis.<br />

Na Alemanha, por exemplo, existem<br />

alguns seguros obrigatórios nas apólices<br />

de automóvel, como a cobertura Responsabilidade<br />

Civil. Já na Argentina, o<br />

seguro de acidente de trabalho é privatizado.<br />

Para Munerato, essas exigências<br />

favorecem o mercado e colaboram para<br />

que os corretores possam oferecer produtos<br />

variados, ajudando a indústria a<br />

se desenvolver e a ser mais criativas em<br />

sua aproximação com o cliente. “O Brasil<br />

hoje tem comunicadores alinhados com<br />

as expectativas do restante do mundo e<br />

a legislação é favorável para diminuir as<br />

diferenças de produtos oferecidos aqui e<br />

no exterior”, pontua.<br />

Relação entre players<br />

Dentro do universo da corretagem<br />

há espaço para diversos portes de corretores.<br />

Associações, franquias, empresas<br />

familiares e grandes companhias<br />

compartilham o mercado, cada uma se<br />

especializando nos segmentos que mais<br />

se enquadram em seu modo de atuação.<br />

Cada uma ao seu modo, as grandes corretoras<br />

atuantes no Brasil procuram manter<br />

uma relação de respeito e, muitas vezes,<br />

de cooperação com outros profissionais<br />

da área.<br />

Pequenos e médios corretores têm<br />

um mercado muito importante. Willis<br />

e AON, por exemplo, têm participação<br />

efetiva desse perfil de profissionais dentro<br />

das empresas, atuando como uma rede.<br />

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