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Técnica<br />
Gestão de pneus em veículos pesa<strong>dos</strong><br />
foi distorcida ou esticada e que não foram<br />
causa<strong>dos</strong> danos à área do talão que possam<br />
levar à penetração de humidade ou ar na<br />
carcaça.<br />
Também deve ser tomado cuidado ao remover<br />
um pneu da respetiva jante, de forma a<br />
não causar qualquer dano na área do talão<br />
ou na carcaça.<br />
l <strong>Pneus</strong> direcionais<br />
Um pneu direcional é um pneu recomendado<br />
pelo fabricante para ser utilizado numa<br />
direção de rotação específica, de forma a<br />
otimizar o desempenho de desgaste do<br />
piso. A utilização de um pneu direcional<br />
na direção oposta não constitui uma condição<br />
insegura e, apesar de não ser ideal,<br />
a manobrabilidade e desempenho gerais<br />
não serão comprometi<strong>dos</strong>. No entanto, a<br />
utilização de um pneu direcional na direção<br />
oposta não é aconselhada e deve ser considerada<br />
apenas uma medida temporária. A<br />
utilização continuada de um pneu direcional<br />
na direção oposta pode levar ao desgaste<br />
desigual do pneu e/ou ao aumento do ruído<br />
e das vibrações.<br />
Se um pneu direcional demonstrar um perfil<br />
de desgaste irregular (por exemplo, um<br />
padrão de desgaste inclinado), este pode<br />
ser invertido na jante e funcionar na direção<br />
oposta, sem qualquer prejuízo para os<br />
outros critérios de desempenho.<br />
Em casos como este, recomenda-se que to<strong>dos</strong><br />
os pneus no mesmo eixo sejam inverti<strong>dos</strong><br />
na jante, de forma a que todas as marcações<br />
de setas rotacionais estejam voltadas para a<br />
mesma direção.<br />
Ao inverter estes pneus na jante ou ao<br />
deslocá-los de um lado para o outro num<br />
veículo, estes devem ser trata<strong>dos</strong> em to<strong>dos</strong><br />
os outros pontos da mesma forma que qualquer<br />
outro pneu.<br />
w PNEUS EM UTILIZAÇÃO<br />
l Regulamentações aplicáveis<br />
A regulamentação de utilização e construção<br />
requer que um pneu seja adequado à sua<br />
aplicação e que esteja com a pressão correta.<br />
A regulamentação também especifica os limites<br />
para danos aceitáveis e os requisitos<br />
mínimos relativamente à profundidade do<br />
piso. A profundidade do piso em veículos<br />
pesa<strong>dos</strong> não deve ser inferior a 1 mm em<br />
qualquer ponto, numa banda contínua que<br />
abranja, pelo menos, 75% da largura do piso<br />
em torno da circunferência do pneu (a profundidade<br />
mínima para veículos ligeiros é<br />
de 1,6 mm).<br />
l Desgaste irregular do piso<br />
O desgaste do pneu deve ser verificado com<br />
antecedência, dado que, assim que o padrão<br />
de desgaste fique firmemente implantado,<br />
este torna-se difícil de interromper, ainda<br />
que a causa subjacente seja corrigida.<br />
Os pneus em eixos direcionais, particularmente<br />
os mais próximos, frequentemente<br />
desgastam-se mais num ombro do que no<br />
outro. Isto pode ocorrer devido ao camber<br />
da estrada, às curvas contínuas e rotundas<br />
nas estradas, ao desalinhamento ou, por<br />
vezes, ao subenchimento. Igualmente, os<br />
pneus <strong>dos</strong> eixos motrizes desgastam-se,<br />
frequentemente, mais rapidamente na<br />
extremidade interior <strong>dos</strong> pneus interiores.<br />
Inverter o pneu na jante, se realizado na altura<br />
correta, pode prolongar a vida útil do<br />
pneu e oferecer uma contenção de custos<br />
ao utilizador ou proprietário da frota.<br />
Um pneu deve ser invertido na jante com<br />
antecedência suficiente para igualar o desgaste.<br />
Uma diferença superior a 3 mm de<br />
um ombro ao outro deverá justificar virar<br />
o pneu na jante.<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2018