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2017_Luzes-ApostoloPulchrum

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<strong>Luzes</strong> da Civilização Cristã<br />

Daniel Stockman (CC 3.0)<br />

Jebulon (CC 3.0)<br />

to grande, que é o tabuleiro da ponte, acrescido de tudo<br />

e de todos que passam por cima. A ponte precisa ser tal<br />

que se nós a imaginarmos, por uma razão qualquer, toda<br />

cheia de gente ou de veículos numa hora de trânsito<br />

muito obstruído, não há o menor problema: ela carrega<br />

com seriedade e com indiferença. A seriedade indiferente<br />

a obstáculos e agarrando as dificuldades, empunhando-as<br />

e impondo-se a elas, é o próprio aspecto da alma<br />

católica dotada da virtude da fortaleza. Essa regularidade<br />

nos fala da temperança, a qual é regular em tudo. Temos,<br />

assim, duas virtudes cardeais que se exprimem magnificamente<br />

nesse monumento. Logo, há uma beleza moral<br />

por detrás dessa ponte.<br />

Vista à distância, o aspecto forte e pesado se dilui um<br />

tanto, e ela se torna mais graciosa, sem perder aquela<br />

garra e força própria às coisas que devem ser fortes. A<br />

mistura da graça com a garra é um dos traços do talento<br />

francês, um dos fatores do famoso charme. Observada<br />

por determinados ângulos, a ponte deixa ver uma parte<br />

do seu charme. Mas o que é esse charme? É o sorriso<br />

da alma católica.<br />

Elegância<br />

aristocrática e<br />

majestade real<br />

Outras verdadeiras<br />

obras de arte<br />

que exprimem<br />

inteiramente o espírito<br />

francês são<br />

esses lindos lampadários<br />

localizados<br />

perto do Museu<br />

do Louvre, em<br />

Paris. Cada lâmpada,<br />

provavelmente<br />

de um cristal muito<br />

bom, é alta e encimada<br />

por algo que<br />

dá a impressão das<br />

flores de groselha, como as que se encontram nas coroas<br />

dos reis. Depois há um certo espaço e, por cima, umas<br />

coroinhas pequenas. Por fim, no ápice, a cruz.<br />

É um misto de elegância aristocrática e de majestade<br />

real. Observem o braço dos lampadários: há um pino<br />

central e braços colaterais. Vejam a leveza com que cada<br />

braço desses carrega um lampadário num movimento<br />

natural, como quem está quase se distraindo e levando o<br />

lampadário na mão.<br />

Para percebermos bem como isso é belo, imaginemos<br />

que o lampadário fosse preso à parte central por um eixo<br />

perpendicular o qual pegasse em baixo o lampadário.<br />

Ficariam três toquinhos pequenos e quadrados. Assim<br />

como foram concebidos, não são indiscutivelmente mais<br />

belos, esguios e nobres? Em uma palavra: não há Contra-Revolução<br />

dentro disso?<br />

Duas torres históricas<br />

Outro monumento ligado à História da França, à<br />

Contra-Revolução e a um determinado tipo humano é o<br />

Palácio dos Rohan.<br />

A família dos Príncipes de Rohan era de descendentes<br />

dos Duques antigos da Bretanha, mas colateralmente.<br />

Os Duques da Bretanha tinham toda a categoria de<br />

príncipes, as princesas casavam-se com reis. Eram mais<br />

ou menos como os Duques da Baviera, de Württemberg,<br />

grandes ducados, que se casavam com pessoas da realeza,<br />

absolutamente de igual a igual. Os Rohan não eram<br />

dessa categoria, mas pertenciam a um ramo dessa categoria.<br />

Eles constituíam, com algumas outras famílias da<br />

alta nobreza francesa, um verdadeiro escalão intermediário<br />

entre a família real e o comum dos nobres da corte.<br />

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