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2017_Luzes-ApostoloPulchrum

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<strong>Luzes</strong> da Civilização Cristã<br />

ra, maravilhada. Esta olha comprazida para sua prima,<br />

mas não Se inclina. É natural: cada uma delas trazia<br />

em si um menino; mas no claustro de Santa Isabel não<br />

se encontrava senão o precursor do Menino que estava<br />

no claustro virginal de Maria. Sem dúvida é uma honra<br />

imensa ter concebido São João Batista – Nosso Senhor<br />

o comparou a Elias –, mas conceber o Homem-Deus não<br />

há comparação com nada!<br />

No afresco representando o Nascimento do Menino<br />

Jesus, São José está dormindo, as ovelhinhas estão ali<br />

perto, o burrico também e os Anjos enchem o céu, cantando<br />

a glória de Deus. Os pastores estão ouvindo o cân-<br />

A Visitação<br />

Nascimento do Menino Jesus<br />

tico celeste. “Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz<br />

na Terra aos homens de boa vontade” (Lc 2, 14). É exatamente<br />

o que a Liturgia, no dia 24 para 25 de dezembro,<br />

deverá estar cantando.<br />

É noite. Nossa Senhora acaba de dar à luz o Menino-<br />

-Deus de um modo misterioso e maravilhoso. A atitude<br />

d’Ela é de uma pessoa inteiramente sadia, que está aconchegando<br />

melhor seu Divino Filho numa manjedoura.<br />

Mas com um desembaraço de movimentos que não é o<br />

de uma mãe da qual acaba de nascer sua criança. Compreende-se:<br />

o processo de nascimento é dolorido e difícil<br />

em virtude do pecado original, mas em Nossa Senhora<br />

não. Ela foi virgem antes, durante e depois do parto. Esse<br />

nascimento se deu de modo milagroso, de maneira a<br />

não representar um esforço para Ela. Ali está seu Filho,<br />

e Ela, como quem tivesse acordado de um sono brando,<br />

abrisse um pouco os olhos para ver o Menino, e vai dormir<br />

dali a pouco de novo.<br />

De fato, é uma cena lindíssima, que empolga! Pode-<br />

-se imaginar a situação de Maria Santíssima ao ver, pela<br />

primeira vez, o fruto do Divino Espírito Santo nas<br />

suas próprias entranhas. E que fisionomia tinha o Homem-Deus<br />

que acabava de nascer d’Ela! O Menino Jesus<br />

tomava toda a atitude de uma criança dessa idade.<br />

Ele teve, durante toda a vida, a atitude própria às<br />

idades que foi percorrendo, até os 33 anos com que Ele<br />

morreu.<br />

Porém, como Ele possuía a natureza humana ligada<br />

à divina pela união hipostática, em uma só Pessoa, teve<br />

de fato uma inteligência plena desde o primeiro instante<br />

em que sua Santíssima Mãe O concebeu. Já no claustro<br />

materno Ele rezava, oferecia a Deus reparações, O adorava<br />

e implorava pelos homens. O Menino Jesus começou<br />

a sua vida inteiramente consciente, desde o primeiro<br />

momento em que passou a existir.<br />

De maneira que essa Criança, com o todo de um bebê,<br />

teve, entretanto, incontáveis comunicações místicas,<br />

talvez diretas, não se sabe como, com sua Mãe virginal<br />

já desde o período da gestação. Nossa Senhora sabia<br />

que seu Filho era uma Criança inteiramente inteligente.<br />

Mas olhava para Ele, um Menininho, a quem a Segunda<br />

Pessoa da Santíssima Trindade estava unida hipostaticamente.<br />

Maria Santíssima compreendia ser lúcido e cheio de<br />

amor o olhar que Ele deitava n’Ela, e que os dois estavam<br />

Se conhecendo: o Filho tomava conhecimento da fisionomia<br />

de sua Mãe, e Ela de seu Filho. Foi um momento<br />

sublimíssimo da vida de ambos. Podemos imaginar o<br />

auge de amor de Deus a que Nossa Senhora chegou nesse<br />

momento!<br />

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