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2017_Luzes-ApostoloPulchrum

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Dietmar Rabich (CC 3.0)<br />

N<br />

otre-Dame de Paris. Eis a catedral de uma beleza<br />

perfeita, alegria da Terra inteira!<br />

Para sentir o equilíbrio da fachada, notemos<br />

que há três partes distintas. Uma vai dos portais de<br />

entrada e termina com a galeria enorme de estátuas, as<br />

quais dão as costas para um terraço que vou analisar daqui<br />

a pouco.<br />

Um resplendor em torno da<br />

Santíssima Virgem<br />

Percebe-se ali o corrimão do terraço e se vê, logo<br />

atrás, uma imagem de Nossa Senhora sustentando nos<br />

braços o Menino Jesus. É a segunda parte do edifício,<br />

que vai do terraço até uma série de colunas que separa<br />

o terraço da torre. Há uma grande rosácea central, toda<br />

feita de vitrais. Nela nota-se uma parte mais central, delimitada<br />

por um trabalho de pedra. Dentro há um círculo<br />

menor ainda, onde está a cabeça de Nossa Senhora. A<br />

ideia que fica insinuada é a seguinte: toda essa rosácea é<br />

o resplendor da cabeça de Maria Santíssima. E sendo a<br />

rosácea o centro da catedral, a ideia que fica meio confusa,<br />

mas realmente verdadeira, é que a catedral é um hino<br />

a Nossa Senhora.<br />

Contrastes harmônicos na relação entre<br />

os diversos elementos da fachada<br />

Ela tem nos braços o Menino Jesus e, com o mais inefável<br />

sorriso de Rainha e de Mãe, olha para seu Divino<br />

Filho. A alma fica assim transportada de entusiasmo<br />

e com vontade de subir. O que ela encontra em cima?<br />

Uma série de colunas, mas que dão para o vazio!<br />

Essas colunas têm uma função que parece um disparate:<br />

sendo tão frágeis, elegantes e harmoniosas, parecendo<br />

irmãs que se tocam pelas mãos, elas sustentam o peso<br />

de duas torres. Porém, ninguém tem a impressão de<br />

que as torres vão esmagar a colunata. Parece tão natural,<br />

com um contraste tão agradável, que se uma pessoa mais<br />

atenta não nos mostrasse, talvez nem notaríamos.<br />

Por detrás, vemos a flecha que se ergue, bem no meio<br />

das duas torres. O resto é o céu...<br />

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