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Dietmar Rabich (CC 3.0)<br />
N<br />
otre-Dame de Paris. Eis a catedral de uma beleza<br />
perfeita, alegria da Terra inteira!<br />
Para sentir o equilíbrio da fachada, notemos<br />
que há três partes distintas. Uma vai dos portais de<br />
entrada e termina com a galeria enorme de estátuas, as<br />
quais dão as costas para um terraço que vou analisar daqui<br />
a pouco.<br />
Um resplendor em torno da<br />
Santíssima Virgem<br />
Percebe-se ali o corrimão do terraço e se vê, logo<br />
atrás, uma imagem de Nossa Senhora sustentando nos<br />
braços o Menino Jesus. É a segunda parte do edifício,<br />
que vai do terraço até uma série de colunas que separa<br />
o terraço da torre. Há uma grande rosácea central, toda<br />
feita de vitrais. Nela nota-se uma parte mais central, delimitada<br />
por um trabalho de pedra. Dentro há um círculo<br />
menor ainda, onde está a cabeça de Nossa Senhora. A<br />
ideia que fica insinuada é a seguinte: toda essa rosácea é<br />
o resplendor da cabeça de Maria Santíssima. E sendo a<br />
rosácea o centro da catedral, a ideia que fica meio confusa,<br />
mas realmente verdadeira, é que a catedral é um hino<br />
a Nossa Senhora.<br />
Contrastes harmônicos na relação entre<br />
os diversos elementos da fachada<br />
Ela tem nos braços o Menino Jesus e, com o mais inefável<br />
sorriso de Rainha e de Mãe, olha para seu Divino<br />
Filho. A alma fica assim transportada de entusiasmo<br />
e com vontade de subir. O que ela encontra em cima?<br />
Uma série de colunas, mas que dão para o vazio!<br />
Essas colunas têm uma função que parece um disparate:<br />
sendo tão frágeis, elegantes e harmoniosas, parecendo<br />
irmãs que se tocam pelas mãos, elas sustentam o peso<br />
de duas torres. Porém, ninguém tem a impressão de<br />
que as torres vão esmagar a colunata. Parece tão natural,<br />
com um contraste tão agradável, que se uma pessoa mais<br />
atenta não nos mostrasse, talvez nem notaríamos.<br />
Por detrás, vemos a flecha que se ergue, bem no meio<br />
das duas torres. O resto é o céu...<br />
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