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18 POR TERRAS DA BAIRRADA | ANADIA<br />
Jornal da Bairrada<br />
27 | setembro | 2018<br />
ANADIA<br />
Dina Lopes termina pintura ao vivo<br />
com música e provas de vinhos<br />
Dina Lopes concluiu no passado<br />
domingo, dia 23 de setembro,<br />
o conjunto de quatro<br />
eventos que realizou no Museu<br />
do Vinho Bairrada, no âmbito<br />
da sua Exposição “Bairrada:<br />
Essência e História”, uma das<br />
quatro exposições comemorativas<br />
dos 15 anos no Museu, patentes<br />
até dia 27 de setembro.<br />
Durante os eventos, lembrou<br />
os artistas Miguel Cardoso,<br />
através do Piano, e Fausto<br />
Sampaio, conhecido como<br />
“Pintor do Império” no início do<br />
Séc. XX, que, como Pintor Impressionista<br />
e Paisagista pintava<br />
ao vivo.<br />
Durante os eventos, Dina<br />
Lopes transportou o seu “Espaço<br />
Criativo” para a sua exposição<br />
com a intenção de criar<br />
uma “Obra 5D”, que, como diz,<br />
“fica registada em todos os que<br />
nela participaram e em alguns<br />
registos, como o fotográfico”.<br />
Agregado à pintura ao vivo e<br />
à música, houve ainda provas<br />
de vinhos Baga, Tintos e Espumantes,<br />
realizadas com a colaboração<br />
da Comissão Vitivinícola<br />
da Bairrada, que permitiram<br />
aos visitantes saborear o<br />
resultado do trabalho dos agricultores,<br />
enólogos e produtores<br />
da Bairrada à medida que<br />
observavam o quadro Baga e<br />
usufruíam das partilhas vindas<br />
do mundo criativo de Dina<br />
Lopes.<br />
No dia 23, a parte musical<br />
contou com a colaboração dos<br />
músicos: Enrique Ferreira (piano),<br />
António Athayde (saxofone),<br />
Fernando Jorge (guitarra), José<br />
Paião e Luís Gamelas (no baixo).<br />
Dina Lopes adianta que esta<br />
foi a sua forma de “agradecer<br />
e presentear o Município<br />
de Anadia, a Bairrada e todos<br />
aqueles seres fantásticos que<br />
tenho conhecido ao longo da<br />
vida e continuo a conhecer. É<br />
com eles que continuarei esta<br />
caminhada com uma enorme<br />
Paixão pela Arte mas longe de<br />
ambicionar habitar exclusivamente<br />
no Universo Artístico”.<br />
A artista plástica aproveita<br />
para agradecer a presença dos<br />
artistas Pedro D’Oliveira, autor<br />
da Exposição “Água, Pão,<br />
Vinho, Alegria”, DoAmaral, da<br />
Exposição “Vinte e cinco Anos<br />
nas Tintas” e a Fernando Jorge<br />
e Luís Gamelas que participam<br />
na Exposição da Associação<br />
dos Artistas Plásticos<br />
da Bairrada “BrinD`Arte”<br />
. “Agradeço também a toda a<br />
imprensa que colaborou, muito<br />
em especial ao Jornal da<br />
Bairrada”, conclui.<br />
ANADIA<br />
Torneio de Malha reuniu freguesias<br />
Decorreu na tarde do passado<br />
dia 16 de setembro, a<br />
fase final da edição 2018 do<br />
Torneio Municipal de Malha de<br />
Anadia, um evento que reuniu<br />
no Parque Urbano da cidade<br />
as três equipas finalistas da<br />
prova, que ali representaram<br />
outras tantas freguesias ou<br />
uniões de freguesia do concelho<br />
de Anadia.<br />
Durante a fase de<br />
apuramento, que se realizou<br />
ao longo dos meses de junho e<br />
julho, as equipas foram divididas<br />
em três grupos. Assim, no<br />
Grupo A participaram a Freguesia<br />
de Sangalhos, a União<br />
das Freguesias de Arcos e<br />
Mogofores, e a União das Freguesias<br />
de Tamengos, Aguim<br />
e Óis do Bairro, sendo esta a<br />
apurada para final; o Grupo B<br />
pôs em confronto a Freguesia<br />
de Vila Nova de Monsarros,<br />
a Freguesia de Vilarinho do<br />
Bairro, e a União das Freguesias<br />
de Amoreira da Gândara,<br />
Paredes do Bairro e Ancas,<br />
que disputou a final; no Grupo<br />
C, o acesso à final opôs as<br />
Freguesias de Avelãs de Caminho,<br />
de Avelãs de Cima, e<br />
de São Lourenço do Bairro,<br />
tendo esta última conseguido<br />
o apuramento.<br />
Agora, no confronto destinado<br />
a encontrar o vencedor<br />
do torneio, e que opôs as três<br />
equipas apuradas na fase de<br />
grupos, o primeiro lugar da<br />
classificação foi conquistado<br />
pela União das Freguesias de<br />
Amoreira da Gândara, Paredes<br />
do Bairro e Ancas, que ganhou<br />
os jogos frente à União<br />
das Freguesias de Tamengos,<br />
Aguim e Óis do Bairro e<br />
ECOFESTIVAL<br />
Pedr’Art Land Fest voltou à Pedralva<br />
à Freguesia de São Lourenço<br />
do Bairro. O segundo lugar<br />
foi para a equipa da União<br />
das Freguesias de Tamengos,<br />
Aguim e Óis do Bairro, que<br />
venceu a Freguesia de São<br />
Lourenço do Bairro.<br />
O torneio, que vai já na sua<br />
quinta edição, foi promovido<br />
pelo Município de Anadia<br />
em colaboração com as freguesias<br />
e uniões de freguesia<br />
do concelho, e decorreu<br />
no âmbito do programa municipal<br />
“Sentir Anadia” e da<br />
promoção da Candidatura de<br />
Anadia a Cidade Europeia do<br />
Desporto em 2020.<br />
AVELÃS DE CIMA<br />
E depois da reforma...<br />
Com este artigo, para além<br />
de divulgar estes artefactos,<br />
construídos por Valdemar<br />
Moreira, natural do Pereiro,<br />
Avelãs de Cima, pretendo desenvolver<br />
algumas das questões<br />
que todos um dia iremos<br />
colocar, quando atingirmos a<br />
idade da reforma.<br />
Em primeiro lugar, gostaria<br />
de referir a reutilização<br />
das paletes de madeira, com<br />
um aproveitamento de materiais<br />
que terão uma nova utilização<br />
e poupança de energia<br />
perante os desperdícios<br />
que a sociedade atual faz,<br />
pois nem sequer pensa nesse<br />
tema e nas consequências<br />
ambientais que daí advêm.<br />
Voltando ao tema da reforma,<br />
existem duas atitudes,<br />
aquela em que baixamos os<br />
braços e vamos para o Lar, e<br />
a outra, aqui vivenciada por<br />
Valdemar. Estas pessoas<br />
têm uma larga experiência,<br />
que regra geral as empresas<br />
desprezam, e viram-se para<br />
o artesanato, demonstrando<br />
as suas aptidões e capacidades.<br />
Vale a pena visitar<br />
o sr. Valdemar, residente na<br />
Curia, e apreciar o seu artesanato<br />
realizado com paletes<br />
que normalmente vão para a<br />
lareira.<br />
António Leonel do Paço Araújo<br />
No passado fim de semana<br />
voltou a acontecer na Pedralva<br />
o Pedr’Art Land Fest,<br />
o ecofestival que promove a<br />
arte, nas suas mais diversas<br />
formas, em comunhão<br />
com a natureza.<br />
A 5.ª edição do festival<br />
trouxe à aldeia um evento<br />
rico e variado artisticamente,<br />
com concertos de música,<br />
danças do mundo, exposição<br />
de artes visuais e fotografia,<br />
workshops e uma<br />
caminhada com passagem<br />
pelo Museu Etnográfico da<br />
Pedralva.<br />
Tudo isto em perfeita harmonia<br />
com o espaço natural<br />
e com uma preocupação<br />
ecológica exemplar. Nos<br />
dois dias de festival, o conceito<br />
de sustentabilidade e<br />
comunidade atingiu todos<br />
os visitantes. Através de<br />
medidas como voluntariado,<br />
rede de boleias, cozinha e<br />
casas de banho ecológicas,<br />
onde não há desperdício de<br />
energia e a água é racionalizada,<br />
pode destacar-se que<br />
o total de lixo produzido foi<br />
de apenas 2kg de matéria<br />
reciclável.<br />
O cartaz musical primou<br />
pela quantidade de artistas<br />
regionais como, o coletivo<br />
Bairrada Krew (Anadia),<br />
Francisco Saldanha (Antes),<br />
Slim Charley Santus<br />
& Voyager 2 (Águeda)<br />
e o grupo de bombos Bate-<br />
-Forte (Vilarinho do Bairro),<br />
destacando-se ainda o<br />
percussionista Winga Kan<br />
e a banda de Almada, Desert<br />
Mammooth. Já o corredor<br />
das artes apresentou<br />
uma grande diversidade de<br />
ilustradores, pintores e fotógrafos<br />
de âmbito nacional<br />
e internacional.<br />
No final do evento, o público<br />
destacou o ambiente<br />
de partilha e bem-estar que<br />
se cria no festival, com a garantia<br />
de que voltarão nas<br />
próximas edições.<br />
A organização, formada<br />
pelos arquitetos paisagistas<br />
Rita Raposo e Ricardo Cruz,<br />
considera que o Pedr’Art<br />
cada vez mais se aproxima<br />
da utopia de ser possível<br />
existir um festival assente<br />
na cultura local, de uma<br />
forma totalmente sustentável<br />
e sem recorrer a marcas<br />
ou rótulos, garantindo<br />
que o mote continuará a ser<br />
a “aproximação do homem<br />
à natureza através da arte”.