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Jornal da Bairrada<br />
27 | setembro | 2018<br />
FUTEBOL | DESPORTO 27<br />
3 2<br />
SERTANENSE<br />
ANADIA FC<br />
CPP Num jogo intenso e nem sempre bem jogado, o Sertanense, perante<br />
um Anadia longe dos últimos jogos, acabou por merecer o resultado.<br />
Ousadia dos locais valeu-lhe<br />
vitória mais do que justa<br />
Leo Martins<br />
Divisão de Elite<br />
AFA<br />
Jorge Santos<br />
Colaborador<br />
OS TREINADORES<br />
Manuel Zappa<br />
zappa@jb.pt<br />
Campo de Jogos Dr. Marques<br />
dos Santos, na Sertã<br />
Árbitro:Hugo Silva (AF<br />
Santarém), auxiliado por Francisco<br />
Pereira e Rui Cabeleira.<br />
SERTANENSE: Dani; Tito<br />
Júnior, Tiago Correia, Rojas e<br />
Osifoh; Kevin, Batista (João Jesus,<br />
90+2) e Barbosa (Vladimir,<br />
87); Sócrates (Pereirinha, 64)<br />
Ricardo Pires e Davou.<br />
Treinador: João Manuel<br />
Pinto<br />
ANADIA: Verdade; João<br />
Nogueira, Dos Santos, Pedro<br />
Santos e Rui Raínho; Maurício<br />
(Marc Mucha, 86), Kingsley<br />
(Manuel Garruço, 72) e André<br />
Aranha; Ruben Silvestre, Mino<br />
e Leandro Vieira (Samuel Garrido,<br />
81).<br />
Treinador: Nuno Pedro<br />
Ao intervalo: 2-1<br />
Marcadores: Barbosa<br />
(37), Leandro Vieira (39),<br />
Ricardo Pires (41), André Aranha<br />
(61) e Batista (84).<br />
Disciplina: cartão amarelo<br />
a Ricardo Pires (46), Mino (51),<br />
Rui Raínho (71), Ruben Silvestre<br />
(73), Rojas (73), Manuel Garruço<br />
(83) e Miguel Assunção, no<br />
banco (89).<br />
Numa tarde de autêntica canícula<br />
e no primeiro dia de outono,<br />
a mudança de estação acabou<br />
por estagnar grande parte<br />
dos jogadores do Anadia que,<br />
perante um adversário que teve<br />
mais raça, querer e determinação,<br />
saíram do jogo com uma<br />
derrota. A vitória assenta bem<br />
ao Sertanense.<br />
O jogo começou muito<br />
incaracterístico e equilibrado,<br />
João Man. Pinto<br />
Treinador do<br />
Sertanense FC<br />
A<br />
Ruben Silvestre nas alturas com Tiago Correia e com Davou na expetativa<br />
mas com maior iniciativa da equipa<br />
do coração da zona do pinhal.<br />
O Anadia mostrava uma equipa<br />
apática, com poucas ideias, sem<br />
intensidade, meio campo muito<br />
estático, a bola nunca foi colocada<br />
em perfeitas condições<br />
pelos corredores, pouca velocidade<br />
nas suas ações e, alguns<br />
jogadores, que nos outros jogos<br />
têm desequilibrado, algo a leste<br />
das incidências do jogo.<br />
Aos 24 minutos, Tito Júnior,<br />
num remate com o pé esquerdo,<br />
obrigou Verdade a grande<br />
defesa para canto.<br />
O Sertanense continuava por<br />
cima do jogo e não houve grande<br />
surpresa quando, aos 37 minutos,<br />
chegou à vantagem. Davou<br />
(que grande exibição), à entrada<br />
da área, bailou em frente<br />
dos defesas bairradinos, tabelou<br />
com Ricardo Pires e serviu<br />
Barbosa que, de pé esquerdo,<br />
não deu a mínima hipótese a<br />
Verdade. Foi, sem sombra de<br />
Foi uma vitória importante e<br />
justa. Defrontámos uma excelente<br />
equipa e com jogadores de valor fortíssimo,<br />
estava no primeiro lugar e é por alguma<br />
coisa, mas o Sertanense foi forte, correu, trabalhou<br />
muito mais, teve mais bola e marcou mais<br />
golos. Apenas conquistámos mais três pontos no<br />
nosso caminho e, ao contrário de outros jogos em<br />
casa, tivemos uma eficácia a cem por cento. E Verdade,<br />
com duas grandes defesas na primeira parte<br />
e três na segunda, evitou outro resultado. Os golos<br />
foram muito bem trabalhados. Arbitragem com<br />
muitos erros e não foi capaz de controlar o jogo.”<br />
dúvidas, uma grande jogada.<br />
A resposta do Anadia foi rápida<br />
e, volvidos dois minutos, João<br />
Nogueira centrou para a área;<br />
Mino desviou a bola já dentro da<br />
pequena área e, Leandro Vieira,<br />
apenas limitou-se a empurrar o<br />
esférico para dentro da baliza.<br />
Nem deu para saborear o<br />
empate. Dois minutos depois, o<br />
Sertanense volta de novo à vantagem.<br />
Tito Júnior apontou um<br />
livre para a área, Rojas, de cabeça,<br />
descompensou a defesa<br />
bairradina, Verdade hesitou e,<br />
ao segundo poste, Ricardo Pires,<br />
de cabeça, não perdoou.<br />
Um final de primeira parte de<br />
loucos, com três golos em quatro<br />
minutos.<br />
Para a segunda parte, o<br />
Anadia teria que arriscar mais,<br />
praticar um futebol mais fluído,<br />
mas foram os homens do Pinhal<br />
Interior que entraram melhor.<br />
No espaço de um minuto,<br />
Verdade, com duas grandes<br />
Nuno Pedro<br />
Treinador do Anadia<br />
Futebol Clube<br />
defesas a remates de Ricardo<br />
Pires e Batista, manteve a sua<br />
equipa viva na discussão do resultado.<br />
E sem o justificar na<br />
sua plenitude, o Anadia acabou<br />
mesmo por chegar ao empate.<br />
Mino centrou da esquerda para<br />
a área e André Aranha adiantou-se<br />
à defesa e bateu Dani.<br />
Com meia hora para jogar,<br />
tudo podia acontecer para qualquer<br />
dos lados, porém, o Anadia<br />
pareceu satisfeito com o empate,<br />
não arriscou, mas, diga-se<br />
em abono da verdade, que lhe<br />
foi faltando argumentos sólidos<br />
para descodificar o empate.<br />
E quem a teve nos pés foi Davou<br />
que, com um cruzamento<br />
bem medido para a área onde<br />
apareceu ao primeiro poste<br />
Batista a pentear a bola para o<br />
fundo da baliza, dando assim a<br />
vitória ao Sertanense nos minutos<br />
finais.<br />
O árbitro esteve mal no capítulo<br />
disciplinar.<br />
A FIGURA<br />
VERDADE<br />
Apesar de ter ficado<br />
mal no cartório no lance<br />
do segundo golo do Sertanense,<br />
o jovem guarda-<br />
-redes manteve sempre a<br />
sua equipa ligada ao jogo.<br />
Excelente a forma como<br />
neutralizou para canto um<br />
cabeceamento de Ricardo<br />
Pires e o remate de Batista<br />
com a ponta dos dedos.<br />
Esteve muito perto o Sertanense<br />
de fazer o 3-1.<br />
Jogo em que as duas equipas se<br />
bateram muito bem e onde a vitória<br />
podia cair para qualquer dos lados.<br />
Depois do 2-2, ambas as equipas procuraram<br />
a vitória, mas num erro nosso, numa bola batida<br />
pelo meu guarda-redes, na sequência de uma transição<br />
rápida, o Sertanense chegou à vitória. Ganhou<br />
a equipa que teve mais sorte e aquela que teve um<br />
índice de aproveitamento acima da média. O nosso<br />
adversário foi cinco vezes à nossa baliza e marcou<br />
três golos. A vitória assenta bem ao Sertanense,<br />
como também podia ser para o Anadia. Nunca é<br />
bom perder, mas alguma vez tinha de acontecer.”<br />
Estádio Municipal Carlos<br />
Duarte, na Pampilhosa<br />
Árbitro: Marco Pereira<br />
Auxiliares: Jorge Silva e<br />
João Henriques.<br />
PAMPILHOSA: Brito; Carela,<br />
Diego (Diogo Rola, 61), Cancela e<br />
Miguel Ramos; Pitéu, Marmelo e<br />
Allan; Miguel Gomes (João Luís,<br />
68), Lima (Vicente, 80) e Diogo<br />
André.<br />
Treinador: Maná<br />
BEIRA-MAR: Maringá; Pedro<br />
Moreira, Tiago Ramalho, Diogo<br />
Lobo e Ricardo Ferreira; Mathieu,<br />
Letz (Marcão, 83) e Artur; Alex<br />
(João Bernardo, 89), Bruno Henrique<br />
(Jorge Monteiro, 45) e Pedro<br />
Aparício.<br />
Treinador: Cajó<br />
Disciplina: cartão amarelo a<br />
Marmelo (4), Mathieu (18), Carela<br />
(22), Miguel Ramos (56),<br />
Allan (66), Ricardo Ferreira<br />
(69), João Luís (70), Artur (81),<br />
Pedro Moreira (90+1) e Marcão<br />
(90+5). Vermelho direto a Dias<br />
(no banco do Pampilhosa, 44).<br />
PAMPILHOSA<br />
BEIRA-MAR<br />
0 0<br />
Locais estancam<br />
“armada” visitante<br />
O Pampilhosa encontrou<br />
antídoto para sair incólume<br />
do confronto com a “armada”<br />
canarinha. No entanto, e como<br />
a estratégia local passou sempre<br />
por se afirmar defensivamente,<br />
a equipa foi insípida<br />
em termos ofensivos, fazendo<br />
com que Maringá não tenha<br />
sido chamado a qualquer<br />
intervenção difícil.<br />
A desilusão de um jogo sem<br />
golos trouxe outras riquezas,<br />
sobretudo a atitude focada e<br />
rigorosa das equipas, segurando<br />
à vez as pontas do confronto<br />
e nunca permitindo que<br />
a outra se conseguisse afirmar.<br />
O Beira-Mar alterou o<br />
seu modelo na etapa complementar,<br />
apelou à mobilidade<br />
dos seus elementos ofensivos,<br />
mas o Pampilhosa mostrou-se<br />
sempre confortável e<br />
acabou por segurar o empate,<br />
que no fundo foi aquilo por que<br />
trabalhou.<br />
Arbitragem com alguns<br />
lapsos.