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36 ESPECIAL | VER +
Jornal da Bairrada
27 | setembro | 2018
Menos de metade dos doentes com diabetes
fizeram um rastreio oftalmológico
Estima-se que, em Portugal,
cerca de um milhão
de pessoas vivam com diabetes.
Os dados que constam
do Programa Nacional
para a Saúde da Visão
acrescentam a estes outros
números: nem metade
destes portugueses foram
alguma vez avaliados por
um oftalmologista. E isto
apesar dos olhos serem um
dos órgãos que podem ser
gravemente afetados pela
doença, que se manifesta
sob a forma de retinopatia
diabética.
No Dia Mundial da Retina,
que se assinala a 29 de
setembro, a Sociedade Portuguesa
de Oftalmologia
(SPO) alerta para a necessidade
dos rastreios, e envio
em tempo útil para centros
de diagnóstico e tratamento,
capazes de impedir
uma das consequências
mais graves da doença, a
cegueira.
“As pessoas com retinopatia
diabética veem limitada
a realização do seu
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
alerta para a retinopatia diabética,
uma doença que se não for tratada
a tempo pode causar cegueira.
potencial de vida além de
se tornarem membros menos
ativos na sociedade
civil”, refere Carlos Marques
Neves, Oftalmologista
e Coordenador do Grupo
Português de Retina e
Vítreo da SPO. Esta situação
pode ser evitada com
um rastreio regular e tratamento
oftalmológico eficaz,
seguindo o exemplo
de Inglaterra em que a retinopatia
diabética deixou
de ser a principal causa de
perda de visão dos 20 aos
64 anos.
Apesar de não existirem
dados definitivos sobre a
prevalência da retinopatia
diabética em Portugal,
e sobre a perda de visão
que lhe está associada, dados
de um estudo recente
avançam para a existência
de pelo menos 250 mil diabéticos
tipo 2 com retinopatia
diabética, em vários
estádios da doença.
No DR Barometer Study
25% dos diabéticos inquiridos
têm dificuldade em
tratar a sua própria diabetes,
destes 83% com retinopatia
diabética ou edema
macular diabético, refere
que tem dificuldades em
conduzir ou fazer atividades
domésticas e que 27%
deles não discutem as complicações
oculares com o
seu médico.
Rastreio é essencial
Tratar a retinopatia diabética
é possível, estando
o sucesso do tratamento
da mesma, que inclui a
manutenção da visão, associado
a diagnóstico precoce.
É aqui que entram
os rastreios. “Um doente
com diabetes deve fazer
regularmente um exame
médico ocular para detetar
as alterações iniciais da
retinopatia diabética”, reforça
Carlos Marques Neves.
“Mas sem um esquema
nacional implantado, a
maioria dos diabéticos não
realiza rastreios e ou seguimento
adequado da sua retinopatia”,
alerta o oftalmologista.
Recentemente, a Direção-Geral
da Saúde emitiu
um conjunto de normas,
016/2018, dirigidas aos médicos
do Serviço Nacional
de Saúde, para a realização
do rastreio da retinopatia
diabética. Estas recomendações
definem ainda
o esquema de seguimento
e orientação até ao tratamento,
que implica a criação
de centros de diagnóstico
e tratamento integrado
(CDTI).
O rastreio deve ser feito
com periodicidade dependente
dos anos de diabetes
e do tipo de retinopatia
existente. Por isso o especialista
apela a que “alerte o
seu familiar diabético para
o rastreio oftalmológico.”
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Optíca Termal ao
serviço
da comunidade
Q - Há quanto tempo existe a Óptica Termal?
OT – A Óptica Termal existe há 4 anos e surgiu com o
objetivo de complementar os serviços de saúde já
prestados na Farmácia Termal, aqui ao lado.
Q – De que equipamento dispõem?
OT - Aqui na Óptica Termal temos todo o equipamento
necessário ao normal funcionamento da óptica e das
consultas de optometria. Destaco o visioteste, o focómetro,
o foróptero, o tonómetro e mais recentemente, a oficina de
corte e montagem de lentes.
Q- Que marcas destaca na Óptica Termal?
OT – Procuramos ter produto para os vários segmentos de
clientes que nos visitam. Temos armações de vista e de
sol Porshe, Furla, Tous, Lacoste, Polaroid, Boss e Ray
Ban. Temos também armações económicas.
Q – Que balanço faz deste período?
OT – É um balanço bastante positivo. As pessoas ficam
satisfeitas por ter este serviço de proximidade. Podem vir
fazer pequenas reparações nos óculos que já possuem,
podem vir fazer apenas um rastreio para verificar se
precisam de óculos ou de mudar de óculos e podem ainda
fazer uma consulta de optometria completa e gratuita, em
que se determinam as lentes de que a pessoa necessita
para ver bem, mas também a saúde ocular do olho em
geral, para detetar patologias, tais como a existência de
cataratas, a tensão ocular (que pode dar origem ao
glaucoma) e outros problemas ao nível da retina e da
córnea, permitindo assim atuar de forma preventiva.
Nestes casos encaminhamos o doente para um médico
oftalmologista.
Neste momento já temos muitos clientes que vêm renovar
os óculos que adquiriram aqui há 3 ou 4 anos, o que
significa que ficaram satisfeitos e volta.
Q – O que significa para si trabalhar nesta área?
OT – É um grande prazer porque, em complemento aos
oftalmologistas e aos optometristas, tenho o privilégio de
poder ajudar as pessoas a ver melhor, dando informações
úteis ao nível da saúde ocular, assim como no
aconselhamento para uma boa adaptação aos óculos e
sua manutenção. A Visão é um dos nossos maiores bens
e sinto-me muito orgulhosa com a confiança que
depositam em mim.