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Revista SECOVIRIO - 108

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Para muita gente, envolver-se em temas que estão fora de sua alçada doméstica – inclusive,<br />

ser síndico – é visto como algo desagradável. O senhor, tão mergulhado na atividade<br />

sindical, pelo jeito não faz parte desse grupo. O que te move?<br />

Você usou um exemplo muito bacana, de um setor que a gente representa. Por que um morador não<br />

se conforma em chegar em casa, fechar a porta e dar adeus aos problemas de sua comunidade?<br />

Resumidamente, porque ele quer fazer daquela comunidade algo melhor, que funcione, cujos<br />

recursos sejam aplicados com mais eficiência, com uma convivência mais adequada. O síndico é o<br />

primeiro exemplo de por que motivo eu ou qualquer empresário devemos sair de nosso quadrado,<br />

olhar nosso entorno e procurar participar, ainda que modestamente, da construção da sociedade<br />

como um todo. Tem, é claro, um pouquinho de idealismo e de crença de que cada um pode colaborar<br />

para melhorar a sociedade.<br />

Pedro<br />

Me permita mudar o ângulo: por que isso é tão raro? Por que essa participação nos<br />

problemas comuns ainda esbarra em um clima de letargia?<br />

É difícil analisar. A vida empresarial, ou de qualquer atividade, por exemplo, é muito árdua. Você tem<br />

a cada dia um novo problema, de uma lei que muda, de uma forma de recolhimento de tributos que<br />

se altera... Agora, por exemplo, vamos entrar na fase do eSocial, que são as informações das<br />

empresas on-line. Isso é uma coisa tão complicada que já foi adiada três vezes. Está tudo mudando.<br />

Pedro<br />

E essas mudanças não são questão de escolha, não é?<br />

Hoje em dia, o mundo está te puxando para executar, por exemplo, serviços que antigamente o<br />

banco prestava. É preciso buscar sempre atualização e melhorar os mais simples processos, e<br />

também se envolver com o Legislativo, com o Executivo. Mas o que quero dizer é que a gente<br />

precisa, sobretudo, pensar em deixar o mundo um pouco melhor do que encontrou. Se a gente<br />

reclama tanto dos males que temos no Brasil, a maneira que temos é continuar a combater isso e<br />

melhorar, quem sabe até ocupar novos lugares, para que os bons sobrepujem os maus na condução<br />

do país.<br />

Pedro<br />

Precisamos pensar em deixar o mundo<br />

melhor do que encontramos<br />

Shutterstock<br />

SECOVI RIO / 2017 / nº <strong>108</strong> / 13

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