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analytica 100

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REVISTA<br />

Mídia oficial da Instrumentação e<br />

Controle de Qualidade Industrial<br />

Ano 17 - Edição <strong>100</strong> - Abr/Mai 2019


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REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>100</strong> - Abr/Mai 2019<br />

EDITORIAL<br />

Chegamos à edição de número <strong>100</strong> da revista Analytica, que continua se consolidando como a revista referência<br />

no setor de controle de qualidade industrial. Nesta edição simbólica, trazemos dois grandes artigos para fornecer<br />

bases científicas para todos que atuam na área. No ramo da qualidade dos alimentos, um dos artigos trata sobre a<br />

qualidade de um dos produtos brasileiros que mais se destaca nos mercados europeus e norte-americanos: o mel.<br />

Produzido com baixo custo, o consumo de mel vem aumentando entre os brasileiros, e assim, se faz cada dia mais<br />

necessário o controle de qualidade para evitar a disseminação de patógenos, zelando pela constante qualidade dos<br />

alimentos consumidos.<br />

Em um segundo momento, iremos explorar um ramo completamente diferente: produtos biotecnológicos, como<br />

o anticorpo bevacizumabe, um dos compostos de suma importância do medicamento Avastin. O estudo multicêntrico<br />

focou na demonstração da capacidade de produzir resultados robustos, para dar suporte para a qualidade deste<br />

princípio. Todos os artigos serão acompanhados do complemento normativo, uma inovação na revista que estamos<br />

construindo para melhor informar o leitor sobre as demandas legais em torno das temáticas retratadas.<br />

Na seção de Microbiologia, o leitor encontrará um tema que transita entre diversos ramos da indústria, e se<br />

faz importante em todas elas: os aspectos microbiológicos do estudo de estabilidade de produtos farmacêuticos.<br />

Pautado nas definições da ANVISA e nos manuais que regem nossa legislação, a seção traz um importante panorama<br />

sobre o cuidado com contaminação de amostras segundo as normas de qualidade vigentes.<br />

Na seção de Análises de minerais desta edição traremos uma discussão importante acerca dos erros sistemáticos<br />

e aleatórios, bem como da importância de identificá-los e reduzi-los, parte fundamental da garantia da qualidade e<br />

confiabilidade dos resultados. Em espectrometria de massas, traremos uma análise acerca dos isótopos, sua história<br />

e importância industrial.<br />

Tudo isso associado à importantes informes de mercado e uma agenda de eventos, planejados para embasar<br />

todos que atuam nos mais diversos campos do setor industrial, priorizando custo, benefício e qualidade.<br />

Boa Leitura!<br />

AMANDA NAVARRO<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revista<strong>analytica</strong>.com.br<br />

11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Expediente<br />

Realização: DEN Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revista<strong>analytica</strong>.com.br<br />

Jornalista Responsável: Amanda Navarro | redação@newslab.com.br<br />

Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revista<strong>analytica</strong>.com.br<br />

Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />

Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Vox | Periodicidade: Bimestral<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

3


REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>100</strong> - Abr/Mai 2019<br />

ÍNDICE<br />

03 Editorial<br />

Artigo 1 12<br />

11 Agenda<br />

Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de<br />

méis comercializados em munícipios do estado de Alagoas<br />

Autores: João Paulo dos Santos 1 , Lucas Pedrosa Souto Maior 2 ,<br />

Eliane Costa Souza 3 , Tatiana Almeida Omura de Paula 4 ,<br />

Lúcia Helena Ferreira Santos 5 , Karwhory Wallas Lins da Silva 6 ,<br />

Yáskara Veruska Ribeiro Barros 7 , Velber Xavier Nascimento 8 ,<br />

Alessandra Valério de Almeida Guedes 9 .<br />

Artigo 2 22<br />

Sequenciamento das regiões F(ab)-12 LC e F(ab)-12 HC do anticorpo<br />

monoclonal humanizado bevacizumabe: um estudo multicêntrico<br />

Autores: Eduardo de Souza Matos 1 , Ronaldo Mohana-Borges *1 ,<br />

Vitor Marcel Faça*2, Fábio César Gozzo *3 ,<br />

Wagner Fontes4, Carlos André O. Ricart 4 ,<br />

Fábio César Sousa Nogueira 5 ,<br />

Mário Sérgio Palma §6 ,<br />

Marcelo Valle de Sousa *4 .<br />

Matéria de Capa 36<br />

Vantagens do Método Rápido<br />

na Microbiologia<br />

42 Espectrometria<br />

de Massa<br />

44 Análise de<br />

Minerais<br />

6<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Microbiologia 46<br />

48 Informe<br />

Científico<br />

50 Em Foco


A RDC nº 234, de 20 de Junho<br />

de 2018 autoriza as Indústrias<br />

Farmacêuticas 280 a terceirizarem as<br />

análises de MATÉRIAS-PRIMAS<br />

ÍNDICE<br />

Terceirize suas análises com o laboratório Reblas<br />

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REVISTA<br />

Ano 17 - Edição <strong>100</strong> - Abr/Mai 2019<br />

Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

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pág<br />

Altmann 19<br />

Analítica LAB 7<br />

Arena Técnica 35<br />

BCQ Consultoria e Qualidade Ltda 21<br />

Bio Scie 45<br />

Disotax 8-9 | 60<br />

FCE Pharma 55<br />

Feira Analítica 51<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Greiner Bio-One 53<br />

Las do Brasil 1<br />

Nova Analítica 2<br />

Polar 27<br />

Prime Cargo 59<br />

Sartorius 47<br />

Veolia 4-5<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

10<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química<br />

da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do<br />

Grupo de Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de<br />

Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth<br />

Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de<br />

São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário<br />

Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Eduardo de Souza Matos, Ronaldo Mohana-Borges, Vitor Marcel Faça, Fábio César Gozzo,Wagner Fontes, Carlos André O. Ricart, Fábio César Sousa<br />

Nogueira, Mário Sérgio Palma, Marcelo Valle de Sousa, João Paulo dos Santos, Lucas Pedrosa Souto Maior, Eliane Costa Souza, Tatiana Almeida Omura de<br />

Paula, Lúcia Helena Ferreira Santos, Karwhory Wallas Lins da Silva, Yáskara Veruska Ribeiro Barros, Velber Xavier Nascimento, Alessandra Valério de Almeida<br />

Guedes, Arena Técnica, Claudio Kiyoshi Hirai, Oscar Vegas Bustillos, Eduardo Pimenta de Almeida Melo.


agenda<br />

Agenda 2019<br />

42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química<br />

Data: 27 a 30/05/2019<br />

Local: Expoville - Joinville, Santa Catarina<br />

Informações: http://www.sbq.org.br/42ra/<br />

42º Encontro de Outono da Sociedade Brasileira de Física<br />

Data: 26 a 31/05/2019<br />

Local: Aracaju, Sergipe.<br />

Informações: http://www.sbfisica.org.br/~eosbf/2019/index.php/pt/<br />

XIV Congresso da Associação Brasileira de Mutagênese e Genômica Ambiental<br />

Data: 03 a 06/06/2019<br />

Local: Dall’Onder Grande Hotel – Bento Gonçalves, Rio grande do Sul<br />

Informações: https://congressomutagen.org/index.php<br />

Ecoenergy 2019<br />

Data: 21 a 23/05/2019<br />

Local: São Paulo Expo – São Paulo, SP.<br />

Informações: http://feiraecoenergy.com.br/16/<br />

9º Seminário e 3ª Feira de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia<br />

Data: 03 a 06/06/2019<br />

Local: Transamérica ExpoCenter – São Paulo, SP<br />

Informações: https://www.sefe.eng.br/<br />

CURSOS<br />

Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM)<br />

Cursos presenciais<br />

23 a 24/05/2019 – Calibração de instrumento de área – Massa<br />

06 a 07/06/2019 – Interpretação dos requisitos da NBR ISO/IEC 17025:2017<br />

Informações: http://metrologia.org.br/wpsite/<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

11


artigo 1<br />

Avaliação da qualidade<br />

microbiológica e<br />

físico-química de méis<br />

comercializados em munícipios<br />

do estado de Alagoas<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Autores:<br />

João Paulo dos Santos 1 ,<br />

Lucas Pedrosa Souto Maior 2 ,<br />

Eliane Costa Souza 3 ,<br />

Tatiana Almeida Omura de Paula 4 ,<br />

Lúcia Helena Ferreira Santos 5 ,<br />

Karwhory Wallas Lins da Silva 6 ,<br />

Yáskara Veruska Ribeiro Barros 7 ,<br />

Velber Xavier Nascimento 8 ,<br />

Alessandra Valério de Almeida Guedes 9 .<br />

1. Biomédico, Centro de Estudos Superíores de Maceió - CESMAC,<br />

Especialista em Hemoterapia e Imuno-Hematologia, Departamento<br />

de Oncologia Clínica e Experimental, Disciplina de Hematologia e<br />

Hemoterapia da Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP –<br />

EPM, Mestrando em Reumatologia, Universidade Federal de São<br />

Paulo UNIFESP – EPM, Analista de Hemoterapia, Hospital Israelita<br />

Albert Einstein-HMVSC.<br />

2. Biomédico Graduada pelo Centro Universitário Cesmac.<br />

3. Nutricionista, Hospital Escola Dr. Hélvio Auto- UNCISAL.<br />

Especialista em Qualidade na Produção de Alimentos. Mestre em<br />

Nutrição Humana-Universidade Federal de Alagoas (UFAL).<br />

4. Bióloga, Especialista em Hemoterapia, SENAC-SP, Coordenadora<br />

Hemoterapia,Hospital Israelita Albert Einstein-HMVSC.<br />

5. Biomédica Graduada pelo Centro Universitário Cesmac.<br />

6. Biomédico Graduada pelo Centro Universitário Cesmac.<br />

7. Biomédica, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).<br />

Professora assistente de Bioquímica na Universidade Estadual<br />

de Ciências da Saúde de Alagoas e de Microbiologia no Centro<br />

Universitário Cesmac.<br />

8. Doutor em Biotecnologia em Saúde, Rede Nordeste de<br />

Biotecnologia – RENORBIO, Pós-Doutorado, Universidade Federal<br />

de Alagoas, UFAL. Professor do Curso de Nutrição do CESMAC.<br />

9. Bióloga, Universidade de Guarulhos - SP<br />

Instituição: Centro de Estudos Superiores de Maceió-CESMAC.<br />

Rua. Cônego Machado, nº 918, CEP 57051 -160 – Maceió-AL.<br />

Correspondência para: João Paulo dos Santos. Rua Jornal de<br />

Alagoas, 41, Farol. Maceió-AL, CEP: 57051-420. Email: joaobiome@<br />

hotmail.com. Tel. (11) 96473-7972.<br />

12<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Resumo<br />

O mel é um dos alimentos mais puros da natureza,<br />

com mais de 180 substancias distintas e alta proporção<br />

de carboidratos, que apresenta baixo investimento para<br />

sua produção, e que mesmo pouco consumido pela população<br />

brasileira, teve leve aumento de vendas nos últimos<br />

anos, com isso se faz necessário um controle de<br />

sua comercialização, evitando a disseminação de patógenos,<br />

com isso este estudo contribuiu na avaliação da<br />

qualidade sanitária e físico-química dos méis comercializados<br />

no Estado de Alagoas. Sendo analisadas 32<br />

amostras de méis de diversos municípios através da<br />

quantificando bactérias do grupo coliformes, utilizando<br />

a metodologia de número mais provável e analises<br />

de pH, °brix e umidade, onde quatro méis apresentaram<br />

valor para coliforme maior que <strong>100</strong> NMP/mL e 13<br />

amostras apresentaram-se fora do padrão físico-químico<br />

para umidade, além do fato da necessidade de<br />

uma revisão da legislação atual, já que a mesma não<br />

preconiza parâmetros oficiais para pH e °Brix.<br />

Palavras-chave:<br />

Mel, microbiológico, Físico-químico, Coliformes.<br />

Abstract<br />

Title: Evaluation of microbiological quality and<br />

physicochemical of honey sold in the municipalities of<br />

the state of Alagoas<br />

Honey is one of nature's purest foods, with more than 180<br />

different substances and high proportion of carbohydrates,<br />

which has low investment for their production, and even<br />

a little consumed by the Brazilian population had slightly<br />

increased sales in recent years, with it is necessary to<br />

control its marketing, preventing the spread of pathogens,<br />

thus this study contributed to the assessment of the health<br />

and physical-chemistry of honey sold in the State of Alagoas<br />

quality. Being analyzed 32 honey samples from various<br />

municipalities through the quantification of coliform bacteria,<br />

using the most probable number methodology and analysis<br />

of pH, ° Brix and moisture, where four honeys present<br />

value greater than <strong>100</strong> MPN / mL and 13 coliform samples<br />

presented themselves outside the physical-chemical pattern<br />

for moisture, beyond the fact of the need for a revision of the<br />

current legislation, since it does not seek official parameters<br />

for pH and ° Brix.<br />

Keywords: honey, microbiological, physicochemical,<br />

coliforms.


João Paulo dos Santos1,<br />

Bacharel em Biomedicina pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió<br />

(2008) e mestrando em Ciências da Saúde aplicadas à Reumatologia,<br />

pela Universidade Federal de São Paulo, (UNIFESP-EPM).<br />

Introdução<br />

O mel é um dos alimentos mais<br />

puros da natureza, sendo este muito<br />

apreciado por seu sabor característico.<br />

Sua composição complexa<br />

pode apresentar mais de 180<br />

substancias distintas e sua grande<br />

quantidade de carboidratos e outras<br />

substancias como enzimas,<br />

vitaminas, grãos de pólen, cera e<br />

muitas outras dependem basicamente,<br />

da composição do néctar<br />

da espécie vegetal produtora e da<br />

espécie de abelha que o produz,<br />

conferindo-lhe características específicas,<br />

enquanto que as condições<br />

edafo-climáticas e o manejo<br />

do apicultor têm menor influência<br />

nesta composição 1, 2 .<br />

Sua produção não requer altos<br />

volumes de investimentos iniciais<br />

nem grandes áreas de terra. Também<br />

não requer dos produtores<br />

rurais, técnicas especializadas e<br />

nem dedicação exclusiva. Os fatores<br />

culturais, e de acessibilidade ao<br />

mel reflete no baixo consumo por<br />

parte da população brasileira, que<br />

é um dos mais baixos do mundo, 3<br />

mesmo o Brasil apresentando segundo<br />

Lieven 4 um clima considerado<br />

quase perfeito para o manejo do<br />

mel e uma flora bastante ampla.<br />

Com isso segundo IBGE 5 o Brasil<br />

produziu 33.931,5 toneladas<br />

de mel em 2012 destinado ao comercio,<br />

tendo o estado de Alagoas<br />

representado 0,4% de toda produção<br />

de mel Brasileiro e 1,7% da<br />

produção do nordeste com 133,7<br />

toneladas e 7700 toneladas respectivamente.<br />

Porém segundo SEBRAE 6 seu<br />

comercio tem tido um leve aumento<br />

desde 2011, devido à grande<br />

procura da sociedade a produtos<br />

naturais e saudáveis, em busca<br />

de uma melhor qualidade de vida<br />

e segundo SILVIA 7 pelo seu potencial<br />

antimicrobiano evidente no<br />

tratamento diante a uma gama de<br />

infecções microbianas e fúngicas<br />

como infecções cutâneas, pneumonia,<br />

meningites e sinusites.<br />

E mesmo o mel apresentando<br />

uma grande propriedade antimicrobiana,<br />

é possível se visualizar no<br />

mel grupos de microrganismos que<br />

podem se originar da flora intestinal<br />

da própria abelha produtora,<br />

esses que na maioria participam de<br />

uma maneira simbiôntica, recebendo<br />

nutrientes e vitaminas para seu<br />

metabolismo em troca de participação<br />

do processo de metabolismo<br />

do mel e do organismo da abelha,<br />

tendo mais destaque para as bactérias<br />

do grupo que tem capacidade<br />

de produzir ácido glucônico e os<br />

localizados na vesícula melífera 8 .<br />

Enquanto isso, o mel dos favos<br />

pode apresentar além microrganismos<br />

do trato intestinal da abelha<br />

como Bacteridiums spp., Bacilluss<br />

spp., Streptococcus spp. e Clostridium<br />

spp., microrganismos oriundos<br />

do ambiente ao redor da colmeia<br />

como leveduras e bactérias<br />

formadoras de esporos 9 .<br />

Mais a presença de coliformes<br />

totais e fecais, principalmente no<br />

mel pós-extração ou com suspeita<br />

de adulteração é indicador de mal<br />

conformidade higiênica-sanitária<br />

da cadeia produtora do mel, por<br />

isso se faz necessário uma avaliação<br />

constante do produtor da<br />

qualidade microbiológica de seu<br />

produto para uma melhor garantia<br />

de minimização dos riscos de patógenos<br />

se disseminarem para o<br />

consumidor através do mel, tendo<br />

o produtor várias regulamentações<br />

nacionais e locais referentes ao<br />

produção de mel como exemplo a<br />

instrução normativa nº 11, de 20<br />

de outubro de 2000 e a norma técnica<br />

do MERCOSUL como referências<br />

atuais 10,11,12 .<br />

E juntamente com diversos parâmetros<br />

físico-químicos se vêm<br />

sendo utilizados na caracterização<br />

do mel. A composição físico-química<br />

varia em função de fatores<br />

que interferem na qualidade, entre<br />

elas estão as condições climáticas,<br />

estágio de maturação, espécie de<br />

abelhas, processamento e armazenamento<br />

13 .<br />

A partir destas informações, o<br />

estudo contribui para: avaliar a<br />

qualidade sanitária e físico-química<br />

dos méis comercializados no Estado<br />

de Alagoas, verificando pH,<br />

°Brix, Umidade e quantificando<br />

bactérias do grupo coliformes.<br />

Material e Métodos<br />

Coleta de Amostras<br />

Foram coletadas Amostras de<br />

méis artesanais produzidos e comercializados<br />

nos municípios de<br />

Barra de Santo Antônio, Barra de<br />

São Miguel, Batalha, Branquinha,<br />

Capela, Coruripe, Feliz Deserto,<br />

Fleixeras, Inhapí, Jequiá da Praia,<br />

Maceió, Marechal Deodoro, Maribondo,<br />

Matriz do Camaragibe, Pão<br />

de Açúcar, Penedo, Piaçabuçu, Porto<br />

Calvo, Porto de Pedras, Roteiro,<br />

Santana do Ipanema, São Luiz do<br />

Quitunde e Senador Ruy Palmeira,<br />

todos pertencentes ao estado de<br />

Alagoas, onde foram submetidas<br />

análises bacteriológicas e físico-<br />

-químicas.<br />

As amostras foram adquiridas<br />

em forma de doação e compra em<br />

suas embalagens originais contendo<br />

no mínimo 200 mL de mel<br />

e classificadas em embalagens<br />

padronizadas e embalagens reutilizadas<br />

de acordo com os critérios<br />

da instrução normativa nº 11 de 20<br />

de outubro de 2000, sendo em seguida<br />

registradas em ficha de cadastro<br />

padrão (Apêndice A) e transportadas<br />

em caixa de isopor até o<br />

Laboratório de Pesquisas do Centro<br />

Universitário CESMAC.<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

13


artigo 1<br />

Autores:<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

João Paulo dos Santos 1 ,<br />

Lucas Pedrosa Souto Maior 2 ,<br />

COLETA DE AMOSTRAS<br />

Eliane Costa Souza 3 ,<br />

Tatiana Almeida Omura de Paula 4 ,<br />

Lúcia Helena Ferreira Santos 5 ,<br />

Foram coletadas 32 amostras de méis em suas embalagens Karwhory originais, Wallas Lins tendo da Silva 6 ,<br />

Yáskara Veruska Ribeiro Barros 7 ,<br />

somente 11 amostras (34,38%) comercializadas em embalagens Velber padronizadas,<br />

Xavier Nascimento 8 ,<br />

Alessandra Valério de Almeida Guedes<br />

segundo a legislação brasileira em vigor (IN nº 11, de 20 de outubro de 2000),<br />

9 .<br />

Imagem Ilustrativa<br />

enquanto 21 amostras (65,63%) se apresentaram para comercio em embalagens<br />

Análises de Bactérias do alização de uma nova encubação ômetro da marca DIGIMED, modelo<br />

reutilizadas Grupo Coliforme ou fora dos padrões até completar da legislação 48±2h onde Brasileira foi repetir<br />

a leitura.<br />

de precisão, enquanto a concentra-<br />

em DM-20, vigor com 11 duas . casas decimais<br />

De cada amostra foi retirado 25<br />

mL de Sendo mel em capela confirmada de fluxo la-minar e adicionados a 225 mL de confirmativa para a presença de e a Umidade foram determinadas<br />

ausência Em seguida de foi informação realizada a etapa ou rotulo ção de sólidos prático solúveis e objetivo totais (ºBrix) para<br />

o solução consumidor salina a 0,85%, sobre obtendo o produto coliformes em totais todas e termotolerantes. as embalagens refratômetro que foram portátil classificadas<br />

OPPuma<br />

diluição inicial de 10<br />

como improprias de acordo -1 e a De cada tubo de LST considerado TECH, modelo RCZ, com escala a IN nº 11, de 20 de outubro de 2000, demonstrando<br />

partir desta foi preparada diluições<br />

decimais uma não até 10 -3 conformidade , tendo o de LST de através acordo de alça a de legislação platina para de °Brix envase e escala de de 10% produtos a 27%<br />

positivo, foi transferido alíquotas 55% a 95% e precisão de ±0,2%<br />

assim<br />

uma parte do volume restante repartido<br />

em 3 tubos do de centrifuga Mercosul Verde (GMC Brilhante 36/93), Lactose Bile enquanto 2% dade. todas Sendo todas as embalagens<br />

análises re-<br />

estéril para tubos contendo Caldo e precisão de ±0,5% para a Umi-<br />

alimentícios<br />

de fundo cônico estéreis de 25 ml (Caldo VB) e Caldo Escherichia coli alizadas em triplicata 15 .<br />

padronizadas para caráter de análises estiveram futuras. dentro (Caldo dos EC), padrões os tubos foram estabelecidos incubados<br />

em<br />

pelo Mercosul e presença<br />

Para a realização da etapa presuntiva<br />

selo foi do inoculado ministério 1 mL de da cada agricultura 11,16 estufa 35º±0,5C/48±2h Resultados e<br />

de e 45,5±0,2°C/48±2h . respectivamente.<br />

E foram considerados po-<br />

Coleta de Amostras<br />

Discussão<br />

diluição em três tubos de ensaio<br />

O maior percentual de comercialização do mel em embalagens reutilizadas e<br />

contendo 9 mL de caldo Lauril sitivos aqueles que apresentaram Foram coletadas 32 amostras de<br />

inapropriadas Sulfato Triptose (LST) e com tubo ausência de turvação de rotulagem do caldo e correta produção de é confirmada méis em suas em embalagens outra literatura, originais,<br />

tendo somente 11 amostras<br />

Durhan invertido. Sendo em seguida<br />

segundo incubados em Junior temperatura 17 muitos do utilizado consumidores a tabela de NMP os para preferem (34,38%) por comercializadas ser visualizado em em-<br />

na<br />

gás dentro do tubo de Durhan, sen-<br />

onde<br />

de 35°±0,5C/24±2h, sendo considerados<br />

dos positivos casos pela recorrente turvação NMP/mL ao não 14 . tratamento do mel o legislação resíduo brasileira de cera, em vigor trazendo (IN nº<br />

expressão final do resultado em balagens padronizadas, segundo a<br />

maioria<br />

do meio de cultura com produção<br />

11, de 20 de outubro de 2000), enquanto<br />

torna 21 amostras mais “puro”. (65,63%) Sendo se<br />

uma de gás maior no interior confiança dos tubos e propriedade de Ph, Sólidos para Solúveis o produto Totais que se<br />

Durhan, tendo nos casos que não (ºbrix) e Umidade<br />

apresentaram para comercio em<br />

também confirmado entre os municípios analisados, como mostra a figura 1, a<br />

ocorreram a produção de gás no O potencial de hidrogênio (pH) foi embalagens reutilizadas ou fora<br />

prevalência interior dos tubos de de comercio Durhan, a re-<br />

de embalagens medido a 25ºC, reutilizáveis.<br />

utilizando potenci-<br />

dos padrões da legislação Brasileira<br />

em vigor 11 .<br />

Padronizada<br />

Reutilizado<br />

14<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Figura 1 – Municípios pesquisados e quantidade de amostras comercializadas em embalagens reutilizadas e<br />

Fig.1 Padronizadas – Municípios de acordo pesquisados a legislação brasileira e quantidade em vigor. de amostras comercializadas em embalagens<br />

reutilizadas e Padronizadas de acordo a legislação brasileira em vigor.


Sendo confirmada a ausência<br />

de informação ou rotulo prático e<br />

objetivo para o consumidor sobre o<br />

produto em todas as embalagens<br />

que foram classificadas como improprias<br />

de acordo a IN nº 11, de<br />

20 de outubro de 2000, demonstrando<br />

assim uma não conformidade<br />

de acordo a legislação de<br />

envase de produtos alimentícios do<br />

Mercosul (GMC 36/93), enquanto<br />

todas as embalagens padronizadas<br />

estiveram dentro dos padrões<br />

estabelecidos pelo Mercosul e<br />

presença de selo do ministério da<br />

agricultura 11,16 .<br />

O maior percentual de comercialização<br />

do mel em embalagens<br />

reutilizadas e inapropriadas e com<br />

ausência de rotulagem correta é<br />

confirmada em outra literatura,<br />

onde segundo Junior 17 muitos<br />

consumidores os preferem por ser<br />

visualizado na maioria dos casos<br />

recorrente ao não tratamento do<br />

mel o resíduo de cera, trazendo<br />

uma maior confiança e propriedade<br />

para o produto que se torna mais<br />

“puro”. Sendo também confirmado<br />

entre os municípios analisados,<br />

como mostra a figura 1, a prevalência<br />

de comercio de embalagens<br />

reutilizáveis.<br />

Também foi constatada a presença<br />

de sujidade, como insetos,<br />

resíduos de plantas e entre outros,<br />

em cinco amostras ou 23,8% do<br />

total de méis comercializados em<br />

embalagens reutilizadas ou inapropriadas,<br />

representando assim<br />

um indicador de baixa higiene no<br />

armazenamento do produto, onde<br />

Lieven 4 também visualizou a presença<br />

de sujidade em suas amostras,<br />

tendo 4 amostras de um total<br />

de 18 com presença de resíduos<br />

de plantas e insetos.<br />

Análises de Bactérias do<br />

Grupo Coliformes<br />

Como é observado na tabela<br />

1, das 32 amostras de méis analisados,<br />

13 amostras (40,63%)<br />

apresentaram resultados maiores<br />

ou iguais a 3 NMP/mL de coliformes<br />

totais (35°C) e termotolerantes<br />

(45°C), enquanto 19 amostras<br />

(59,37%) apresentaram resultados<br />

< 3 NMP/mL caracterizando ausência<br />

de Coliformes totais (35°C)<br />

e termotolerantes (45°C).<br />

Também foi constatando que das<br />

13 amostras com resultado igual<br />

ou superior a 3 NMP/mL, as amostras<br />

A3, A16 e A28, apresentaram<br />

o valor máximo em NMP/mL encontrados<br />

em um alimento.<br />

Desde a revogação da portaria<br />

N° 367 de 04 de setembro de<br />

1994 pelo atual regulamento técnico<br />

de identidade e qualidade do<br />

mel nº 11, de 20 de outubro de<br />

2000, não se visualiza valores de<br />

referência e parâmetros microbiológicos<br />

para avaliação da qualidade<br />

microbiológica do mel, que na portaria<br />

revogada se considerava qualquer<br />

mel com valor igual ou maior<br />

que 3 NMP/mL como improprio<br />

para comercio e consumo, onde<br />

também é encontrada ausência de<br />

valores microbiológicos específicos<br />

para o mel na regulamentação<br />

técnica sobre padrões microbiológicos<br />

para alimentos de consumo<br />

humano (RDC N° 12 de 02 de janeiro<br />

2001), se fazendo necessário<br />

a atualização dos padrões técnicos<br />

do país para o produto, deixando<br />

mais claro para o produtor o limar<br />

de segurança de seu alimento 18 .<br />

Com tudo, mesmo que a legislação<br />

brasileira não apresente referências<br />

microbiológicas para o<br />

mel, a análise microbiológica foi<br />

baseada segundo outras literaturas,<br />

que fixam o limiar de aceitação<br />

de acordo aos padrões da RDC<br />

N° 12 de 02 de janeiro 2001 em<br />

relação ao melado e o melaço que<br />

é de <strong>100</strong>NMP/mL, pois levam em<br />

conta a sua similaridade físico-<br />

-química, levando cinco amostras<br />

da tabela 1 com resultados de coliformes<br />

a 45°C maiores que <strong>100</strong><br />

NMP/mL a se enquadrarem como<br />

impróprias para consumo, já que<br />

a presença de coliformes a 45° ou<br />

Termotolerantes segundo Alves 19 e<br />

JAY 20 nos alimentos revelam uma<br />

baixa condição higiênica-sanitária<br />

os tornando um causador de enfermidades,<br />

e em outras literaturas<br />

padrões microbiológicos parecidos<br />

foram visualizados, mesmo em um<br />

alimento com propriedades anti-<br />

-microbianas 21, 22 .<br />

Vide Tabela 1 – Valores dos micro-<br />

-organismos nas amostras analisadas e seus<br />

respectivos municípios.<br />

Outros estudos apresentaram divergência<br />

em relação a valores de<br />

coliformes a 45° em relação a este<br />

estudo, onde Pires 23 e Souza 10 encontraram<br />

em todas as suas amostras<br />

ausência de coliformes a 45°,<br />

porem ambos focaram seu processo<br />

de análise em méis retirados<br />

diretamente da coméia, sugerindo<br />

para os resultados do quadro 1<br />

positivos para coliformes a 45° de<br />

contaminação no processo de envase<br />

do mel tanto nas embalagens<br />

reutilizadas como nas embalagens<br />

padronizadas.<br />

A maior positividade microbiana<br />

em recipientes reutilizados também<br />

foi constatada por Lieven 4 ,<br />

tendo uma maior positividade microbiológica<br />

em méis comercializados<br />

em recipientes reutilizados,<br />

já que a forma rustica e artesanal<br />

do envase contribui para um maior<br />

contato entre o produto e produtor.<br />

Foi visualizado nas amostras A3,<br />

A4, A9, A14, A29 da tabela 1 tanto<br />

uma positividade microbiológica<br />

como a presença de sujidade no<br />

produto comercializado sugerindo<br />

assim uma relação entre os dois<br />

quadros.<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

15


16<br />

artigo 1<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Autores:<br />

João Paulo dos Santos 1 ,<br />

Lucas Pedrosa Souto Maior 2 ,<br />

Eliane Costa Souza 3 ,<br />

como impróprias para consumo, já que a presença de coliformes Tatiana Almeida a 45° Omura ou de Paula 4 ,<br />

Lúcia Helena Ferreira Santos 5 ,<br />

Termotolerantes segundo Alves 19 e JAY 20 nos alimentos revelam Karwhory uma Wallas baixa Lins da Silva 6 ,<br />

Yáskara Veruska Ribeiro Barros<br />

condição higiênica-sanitária os tornando um causador de enfermidades, e em outras<br />

7 ,<br />

Velber Xavier Nascimento 8 ,<br />

literaturas padrões microbiológicos parecidos foram visualizados,<br />

Alessandra<br />

mesmo<br />

Valério<br />

em<br />

de Almeida<br />

um<br />

Guedes 9 .<br />

alimento com propriedades anti-microbianas 21, 22 .<br />

Tabela. 1 – Valores dos micro-organismos nas amostras analisadas e seus<br />

respectivos Tabela 1 – Valores municípios. dos micro-organismos nas amostras analisadas e seus respectivos municípios.<br />

N° da<br />

Micro-organismos<br />

Municípios<br />

Amostra<br />

Coliformes a 35°C<br />

(NMP/mL)<br />

Coliformes a 45°C<br />

(NMP/mL)<br />

Barra de Santo Antônio A1 1<strong>100</strong><br />

Branquinha A4 6,2 6,2<br />

Capela A5


O potencial de hidrogênio (pH) dos lotes analisados, representados na tabela<br />

2 demonstram um padrão predominante de pH ácido com média de 4,01, onde o<br />

menor e maior valor de pH respectivamente foram 2,27 e 5,03, enquanto o valor<br />

médio encontrado para sólidos solúveis (°Brix) foi de 78,12%, apresentando uma<br />

variação Determinações que ficou de PH, entre Sólidos<br />

Solúveis (°Brix) e Umidade e maior valor de pH respectivamenmetro<br />

descrito na legislação atual<br />

74% com e 82%. média de 4,01, onde o menor A Umidade (%H2O) único parâ-<br />

(%H2o) A Umidade (%H2O) único te foram parâmetro 2,27 e 5,03, descrito enquanto o na legislação em vigor apresentou atual em uma variação vigor<br />

O potencial de hidrogênio (pH) valor médio encontrado para sólidos<br />

solúveis<br />

média de 19,88%, tendo o valor<br />

dos<br />

apresentou<br />

lotes analisados,<br />

uma<br />

representados<br />

variação média de 19,88%,<br />

(°Brix) foi<br />

tendo<br />

de 78,12%,<br />

o valor<br />

máximo<br />

máximo<br />

encontrado<br />

encontrado<br />

de 24,50%<br />

de<br />

e<br />

24,50% na tabela e o 2 valor demonstram mínimo um de 10,50%. apresentando uma variação que o valor mínimo de 10,50%.<br />

padrão predominante de pH ácido ficou entre 74% e 82%.<br />

Tabela 2 – Parâmetros de pH, °Brix e %H2O encontrados em amostras de méis<br />

comercializados Tabela 2 – Parâmetros no de estado pH, °Brix de e %H2O Alagoas. encontrados em amostras de méis comercializados no estado de Alagoas.<br />

Parâmetros pH °Brix %H2O<br />

Máximo 5,03 82,00% 24,50%<br />

Mínimo 2,27 74,00% 10,50%<br />

Medias 4,01 78,12% 19,88%<br />

O resultado<br />

O resultado<br />

médio e a<br />

médio<br />

faixa de<br />

e a a faixa temperatura de resultados de armazenamento para o pH padrão demonstrados parecido pH na e tabela °Brix em<br />

resultados 2, também para o pH são demonstrados visualizados para em comercio outras do mel literaturas, 26,xxx . relação a outras literaturas publicadas<br />

21,27,31,32 , e uma relação entre<br />

onde ANDRIGHETTO 24 e<br />

na tabela 2, também são visualizados<br />

CAMPOS em outras 25 visualizaram literaturas, onde respectivamente solúveis (°Brix) também um padrão foram ob-<br />

ácido o com pH e valor a umidade média com de a vida 4,18 de<br />

E além do pH, valores de sólidos<br />

ANDRIGHETTO<br />

e 4,08 de 24 e CAMPOS<br />

pH das amostras 25 visualizaram<br />

respectivamente um dos não na legislação atual, onde o desenvolvimento microbiológico.<br />

servados, entretanto não são cita-<br />

prateleira do mel, já que propicia o<br />

estudadas. Porém, não se visualiza na legislação atual<br />

padrão (IN nº ácido 11, com de 20 valor de média outubro de de °Brix 2000) se revela uma como faixa a quantidade de pH ideal para a comercialização<br />

4,18 e 4,08 de pH das amostras de sólidos encontrados dissolvidos Conclusão<br />

estudadas. do mel, Porém, já que não seu visualiza<br />

na legislação atual (IN nº 11, de<br />

pH está na ligado água dos diretamente alimentos e tem a gran-<br />

florada De usada acordo pela com abelha os resultados na<br />

encontrados, a uma necessidade<br />

20 de outubro de 2000) uma faixa<br />

de maior revisão da legislação em<br />

de pH ideal para a comercialização<br />

vigor, principalmente no quesito<br />

do mel, já que seu pH está ligado<br />

microbiológico e que o envase do<br />

diretamente a florada usada pela<br />

mel e seus parâmetros físico-químicos<br />

devem ser observados para<br />

abelha na produção do mel, sendo<br />

assim a análise de pH baseada segundo<br />

outras literaturas, que estão<br />

conservação de sua vida de prateleira<br />

em especial a umidade, já<br />

estabelecendo uma faixa ideal para<br />

que valores elevados podem além<br />

o produto entre 2,3 e 5,5 de pH,<br />

de acarretar uma menor segurança<br />

sendo mais recomendado méis<br />

microbiológica, gerar a suspeita de<br />

com valores inferiores a 4, já que<br />

adulteração.<br />

valores muito altos diminuem sua<br />

capacidade bactericida e sua vida<br />

Referências<br />

de prateleira 8,24,26 1 White Júnior JWH. Honey. New York: Advances in Food<br />

. Valores de pH,<br />

Research. 1978. v. 22, p.287-374.<br />

°Brix e Umidade das amostras e<br />

2 Vargas T. Avaliação da qualidade do mel produzido na região<br />

dos Campos Gerais do Paraná. [Monografia de conclusão<br />

seus respectivos municípios estão<br />

de curso de Mestrado em Ciência e tecnologia de alimentos].<br />

Ponta Grossa: Universidade Federal de Ponta Grossa, 2006.<br />

descritos na tabela 3.<br />

Tabela 3 – Valores de pH, °Brix<br />

e Umidade das amostras analisadas<br />

e seus respectivos municípios.<br />

Com isso todos os méis da tabela<br />

3 estão de acordo com os<br />

valores de pH estabelecidos pelas<br />

literaturas atuais, onde está grande<br />

faixa de variação do pH pode ser<br />

explicada pela variedade da flora<br />

de cada município e a temperatura<br />

de armazenamento dos méis,<br />

já que estudos demonstram uma<br />

variação do pH original de acordo<br />

de importância para a agroindústria<br />

na qualidade final do produto e seu<br />

controle de ingredientes, sendo<br />

esse parâmetro realizado como<br />

mais uma variável de comparação<br />

analítica, onde comparativos<br />

a outras literaturas demonstram<br />

uma faixa de resultados dentre<br />

as visualizadas na tabela 3, tendo<br />

Meireles 27 e Silva 28 apresentado<br />

respectivamente uma variação entre<br />

81,55% a 83,85% e 76,07%<br />

a 80,80%.<br />

Porem diferente do pH e do °Brix<br />

a umidade se enquadra como único<br />

parâmetro analisado que apresenta<br />

descrição na legislação atual,<br />

não podendo passar de 20%, já<br />

que valores elevados afetam tanto<br />

a atividade antimicrobiana como o<br />

valor de pH 18,25,27,29 .<br />

Com isso, os méis A2, A11, A21,<br />

A22, A23, A28, A29 E A32 da tabela<br />

3 estão classificados como inadequados<br />

para comercialização, já<br />

que estão com valores superiores<br />

ao exigido pela legislação, sendo<br />

também visualizado em Pires 21 e<br />

Silva 28 valores acima do aceitável,<br />

levando assim ao aumento do pH<br />

e da diminuição do tempo de plateleira<br />

29,30,31 .<br />

Sendo assim demostrado um<br />

3 Oliveira JTCO, Santos AF, Freitas WR, Almeida OC, Junior<br />

JPS. O Mercado de mel e produtos apícolas no município de<br />

Garanhuns-Pe. Garanhuns: Universidade Federal Rural de<br />

Pernambuco, 2009. [Acesso em 15 de abril de 2013]. Disponível<br />

em .<br />

4 Lieven M, Correia KR, Flor TL, Fortuna JL. Avaliação da<br />

qualidade microbiológica do mel comercializado no extremo<br />

sul da Bahia. Bahia: Revista Baiana de Saúde Pública. 2009.<br />

v.33, p.544-552.<br />

5 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.<br />

Produção de origem animal, por tipo de produto. Rio de<br />

Janeiro, 2013. [Acesso em 11 de Julho de 2014]. Disponível<br />

em .<br />

6 Sebrae. Produções de ovos, lã e mel crescem, enquanto<br />

caem casulos de bicho da seda. São Paulo, 2012. [Acesso em<br />

03 de Maio de 2014]. Disponível em: .<br />

7 Lorenzetti ER, Marques P, Caldas RG. Microbiologia<br />

do mel. São Paulo, 2009. [Acesso em 03 de Maio de 2014].<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

17


18<br />

artigo 1<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Autores:<br />

João Paulo dos Santos 1 ,<br />

Lucas Pedrosa Souto Maior 2 ,<br />

Eliane Costa Souza 3 ,<br />

Tatiana Almeida Omura de Paula 4 ,<br />

produção do mel, sendo assim a análise de pH baseada segundo outras Lúcia literaturas,<br />

Helena Ferreira Santos 5 ,<br />

Karwhory Wallas Lins da Silva 6 ,<br />

que estão estabelecendo uma faixa ideal para o produto entre 2,3 Yáskara e 5,5 Veruska de Ribeiro pH, Barros 7 ,<br />

Velber Xavier Nascimento 8 ,<br />

sendo mais recomendado méis com valores inferiores a 4, já que Alessandra valores Valério muito de Almeida altos Guedes 9 .<br />

diminuem sua capacidade bactericida e sua vida de prateleira 8,24,26 . Valores de pH,<br />

Imagem Ilustrativa<br />

°Brix e Umidade das amostras e seus respectivos municípios estão descritos na<br />

tabela 3.<br />

Tabela 3 – Valores de pH, °Brix e Umidade das amostras analisadas e seus<br />

Tabela 3 – Valores de pH, °Brix e Umidade das amostras analisadas e seus respectivos municípios.<br />

respectivos municípios.<br />

N° da<br />

Físico-Químico<br />

Municípios<br />

Amostra<br />

pH °Brix % H 2O Umidade<br />

Barra de Santo Antônio A1 4,18 79,00% (±0,5%) 20,00% (±0,5%)<br />

Barra de São Miguel A2 3,85 76,00% (±0,5%) 21,00% (±0,5%)<br />

Batalha A3 4,08 78,00% (±0,5%) 19,50% (±0,5%)<br />

Branquinha A4 3,75 80,00% (±0,5%) 18,00% (±0,5%)<br />

Capela A5 4,1 77,50% (±0,5%) 20,50% (±0,5%)<br />

Coruripe A6 4,46 79,00% (±0,5%) 19,00% (±0,5%)<br />

Feliz Deserto A7 4,02 79,00% (±0,5%) 19,00% (±0,5%)<br />

Flexeiras A8 5,03 78,00% (±0,5%) 20,00% (±0,5%)<br />

Inhapi A9 3,3 76,00% (±0,5%) 20,25% (±0,5%)<br />

A10 4,18 78,00% (±0,5%) 20,00% (±0,5%)<br />

Jequiá da Praia<br />

A11 4,19 77,50% (±0,5%) 21,50% (±0,5%)<br />

Maceió A12 3,84 79,00% (±0,5%) 20,50% (±0,5%)<br />

Marechal Deodoro A13 4,29 78,50% (±0,5%) 20,00% (±0,5%)<br />

Maribondo A14 4,08 79,56% (±0,5%) 20,50% (±0,5%)<br />

Matriz do Camaragibe A15 4,18 80,00% (±0,5%) 10,50% (±0,5%)<br />

A16 3,62 80,00% (±0,5%) 19,50% (±0,5%)<br />

Pão de Açúcar<br />

Penedo<br />

A17 3,61 79,00% (±0,5%) 19,00% (±0,5%)<br />

A18 3,65 79,90% (±0,5%) 19,50% (±0,5%)<br />

A19 4,19 82,00% (±0,5%) 18,00% (±0,5%)<br />

A20 3,66 80,00% (±0,5%) 18,50% (±0,5%)<br />

A21 3,63 74,00% (±0,5%) 23,50% (±0,5%)<br />

A22 4,25 77,00% (±0,5%) 21,00% (±0,5%)<br />

A23 3,8 76,00% (±0,5%) 22,00% (±0,5%)<br />

Piaçabuçu<br />

A24 4,12 78,30% (±0,5%) 20,00% (±0,5%)<br />

Porto Calvo A25 4,36 79,50% (±0,5%) 18,50% (±0,5%)<br />

Porto de Pedras A26 3,84 76,00% (±0,5%) 20,00% (±0,5%)<br />

Roteiro A27 3,65 79,50% (±0,5%) 19,50% (±0,5%)<br />

A28 2,77 74,00% (±0,5%) 24,50% (±0,5%)<br />

Santana do Ipanema<br />

A29 4,02 77,00% (±0,5%) 21,00% (±0,5%)<br />

São Luís do Quitunde A30 4,35 79,00% (±0,5%) 19,00% (±0,5%)<br />

A31 4,5 77,50% (±0,5%) 20,25% (±0,5%)<br />

Senador Rui Palmeira<br />

A32 5 76,00% (±0,5%) 22,20% (±0,5%)


Disponível em: <br />

8 Silva RA, Maia GA, Sousa, PHM, Costa, JMC. Composição<br />

e propriedades terapêuticas do mel de abelha. Araraquara:<br />

Alim. Nutr. 2006. V.17, n.1, p.113-120.<br />

9 Barros LB. Perfil sensorial e de qualidade do mel de abelha<br />

(apismellifera) produzido no estado do Rio de Janeiro.<br />

[Monografia de conclusão de curso Doutorado em medicina<br />

veterinária]. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2011.<br />

10 Souza BA, Marchini LC, Dias CTS, Oda-Souza M, Carvalho<br />

CAL, Alves RMO. Avaliação microbiológica de amostras de mel<br />

de trigoníneos (apidae: trigonini) do estado da Bahia. Campinas:<br />

Ciênc. Tecnol. Aliment. 2009. V.29, n.4, p798-802.<br />

11 Brasil. Ministério da Agricultura e do Abastecimento.<br />

Instrução Normativa Nº 11, DE 20 DE OUTUBRO DE 2000.<br />

12 Santos DC, Martins JN, Silva KFNL. Aspectos físico-<br />

-químicos e microbiológicos do mel comercializado na cidade<br />

de Tabuleiro Do Norte-Ceará. Mossoró: Revista Verde. 2009.<br />

V.5, n.1, p.79-85.<br />

13 Franco BDGM, Landegraf M. Microbiologia de alimentos.<br />

São Paulo: Atheneu. 2003. 182p.<br />

14 Silva N, Junqueira VCA, Silveira NFA. Manual de métodos<br />

de análise microbiológica de alimentos e água. São Paulo:<br />

Varela. 2010. 295p.<br />

15 LANARA - Laboratório Nacional de Referência Animal.<br />

Métodos Analíticos. II – Métodos físico-químicos para Mel.<br />

Brasília: Ministério da Agricultura. 1981. cap. 25, p. 1-15.<br />

16 Mercosur. GMC 36/93 - Reglamento Tecnico Mercosur<br />

Para Rotulacion Dealimentos Envasados. Asunción, 1993<br />

[Acesso em 18 de outubro de 2014]. Disponível em:<br />

17 Júnior, JZS. Qualidade do mel em unidade de beneficiamento<br />

de apicultores familiares. [Monografia de conclusão de<br />

curso - Especialista em gestão da defesa sanitária agropecuária].<br />

Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2011.<br />

18 Brasil - Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária. Resolução RDC n°275, de 21 de outubro de<br />

2002.<br />

19 Alves TTL, Meneses ARV, Silva JN, Parente GDL, Holanda<br />

neto, JP. Caracterização físico-química e avaliação microbiológica<br />

de méis de abelhas nativas do nordeste brasileiro. Mossoró:<br />

Revista Verde. v.6, n.3, p.91-97, 2011.<br />

20 Jay JM. Microbiologia de alimentos. Porto Alegre: Artmed.<br />

2005. 6. ed.<br />

21 Matos ITSR, Nunes MT, Mota DA, Laureano MMM. Qualidade<br />

microbiológica do mel de melípona sp. produzido na<br />

Amazônia central (Parintins – AM – Brasil). Mossoró: Revista<br />

Verde. 2011. V.6, n.4, p.91-95.<br />

22 Sales DP, Souza PB, Brito LBS, Alves LMC, Bezerra JMD.<br />

Avaliação da qualidade microbiológica de amostras de mel de<br />

Melipona compressipese de apismelliferano estado do Maranhão.<br />

Maranhão, 2011. [Acesso em 25 de Agosto de 2014].<br />

Disponível em: <br />

23 Pires RMC. Qualidade do mel de abelhas apismelliferalinnaeus,<br />

1758 produzido no Piauí. [Monografia de conclusão<br />

de curso - Mestre em alimentos e nutrição pelo programa de<br />

Pós-Graduação em Alimentos em Nutrição]. Teresina: Universidade<br />

Federal Do Piauí, 2011.<br />

24 Andrighetto AJ, Andrighetto RM, Sarzi, MIV, Marque,<br />

MS. Avaliação da qualidade físico-química do mel comercializado<br />

em Santo Augusto- RS. In: Fórum Nacional de Iniciação<br />

Científica no Ensino Médio e Técnico. Anais. Santa Catarina:<br />

Universidade Federal de Santa Catarina, 2009.<br />

25 Campos FS, Gois GC, Carneiro GG. Parâmetros físico-<br />

-químicos do mel de abelhas Meliponas cutellaris produzido<br />

no estado da Paraíba. Uberaba: FAZU em Revista. 2010. p.186<br />

– 190.<br />

26 Capuci K, Honorato CA. Efeito Da Temperatura De Estocagem<br />

Na Qualidade Do Mel .Dourados : Revista de Ciências<br />

Exatas e da Terra. 2012, v1, n.1.<br />

27 Meireles S, Cançado IAC. Mel: Parâmetros de qualidade<br />

e suas implicações para a saúde. Pará de Minas :Revista Digital<br />

FAPAM. 2013. v.4, n.4, p207-219.<br />

28 Silva CL, Queiroz AJM, Figueiredo RMF. Caracterização<br />

físico-química de méis produzidos no Estado do Piauí para<br />

diferentes floradas. Campina Grande: Revista Brasileira de Engenharia<br />

Agrícola e Ambiental. 2004. v. 8, n. 2/3. [Acesso em<br />

25 de Agosto de 2014]. Disponível em: <br />

29 Bera A. Efeitos nas características físico-químicas, microbiológicas<br />

e sensoriais em amostras de mel de abelhas<br />

submetidas à radiação gama. [Monografia de conclusão de<br />

curso - Doutorado em Ciências na Área de tecnologia Nuclear].<br />

São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2010.<br />

30 Europen Commission. Opinion of the Scientific Committee<br />

on Veterinary Measures Relting to Public Health on Honey<br />

and Microbiological Hazards. Bruxelas. 2002.<br />

31 Pinto CCOA, Lima LRP. Análises físico-químicas de méis<br />

consumidos no Vale do Aço/ MG. Coronel Fabriciano: Farmácia<br />

& Ciência. 2010. v.1, p.27-40.<br />

32 Schlabitz C, Silva, SAF, Souza, CFV. Avaliação de parâmetros<br />

físico-químicos e microbiológicos em mel. Lajeado: Revista<br />

Brasileira de Tecnologia Agroindustrial. 2010. v. 04, n. 01.


Complemento Normativo<br />

Referente ao artigo: 1<br />

Disponibilizado por Analytica em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

artigo 1<br />

Avaliação da qualidade microbiológica<br />

e físico-química de méis comercializados em<br />

munícipios do estado de Alagoas<br />

ABNT NBR 16581<br />

Meliponicultura — Mel — Classificação e características<br />

Norma publicada em: 05/2017. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Apicultura. Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil. Resumo: Esta Norma estabelece um sistema para classificação<br />

do mel produzido pelas abelhas sem ferrão, especificando suas características e<br />

definindo as suas formas de apresentação, métodos de processamento e conservação. https://<br />

www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=370936<br />

ABNT NBR 16573<br />

Apicultura - Materiais - Vestimentas apícolas<br />

Norma publicada em: 12/2016. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Apicultura. Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil. Resumo: Esta Norma especifica os<br />

requisitos de confecção, segurança e conforto para as vestimentas apícolas.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364601<br />

ABNT NBR 16572<br />

Apicultura - Equipamento - Centrífuga apícola.<br />

Norma publicada em: 12/2016. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Apicultura. Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil. Resumo: Esta Norma especifica os<br />

requisitos para industrialização de centrífuga apícola.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364601<br />

ABNT NBR 16576<br />

Apicultura — Pólen apícola — Sistema de produção no campo<br />

Norma publicada em: 05/2017. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Apicultura. Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil. Resumo: Esta Norma estabelece os requisitos para instalação<br />

de apiário, manejo das colmeias, coleta, acondicionamento, transporte e armazenamento<br />

de pólen apícola. https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=370927<br />

DIN 10755<br />

Analysis of honey - Determination of mineral content<br />

Norma publicada em: 04/2001. / Status: Vigente. Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: DIN. País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-10755/38095701<br />

DIN 10756<br />

Analysis of honey - Determination of free acidity<br />

Norma publicada em: 08/2009. / Status: Vigente. Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: DIN. País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-10756/117797171<br />

DIN 10758<br />

Analysis of honey - Determination of the content of saccharides fructose, glucose, saccharose,<br />

turanose and altose - HPLC method<br />

Norma publicada em: 05/1997. / Status: Vigente. Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: DIN. País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-10758/2949226<br />

20<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

DIN 10741<br />

Analysis of honey - General guidelines for the ad hoc validation of analysis methods for organic<br />

residues or contaminants<br />

Norma publicada em: 08/2010. / Status: Vigente. Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: DIN. País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-10741/128420142<br />

DIN 10762<br />

Analysis of honey - Determination of ethanol content - Enzymatic method<br />

Norma publicada em: 06/2004. / Status: Vigente. Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: DIN. País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-10762/71075024<br />

DIN 10763<br />

Analysis of honey - Determination of glycerol content - Enzymatic method<br />

Norma publicada em: 06/2004. / Status: Vigente. Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: DIN. País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-10763/71076913<br />

DIN 10759<br />

Analysis of honey - Determination of saccharase activity - Siegenthaler method<br />

Norma publicada em: 12/2016. / Status: Vigente. Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: DIN. País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-10759/264017752<br />

DIN 10750-1<br />

Analysis of honey - Determination of diastase activity - Part 1: Schade method<br />

Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente<br />

Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de méis comercializados em<br />

municípios do estado de Alagoas.<br />

Entidade: DIN.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-10750-1/292262555<br />

Safety & Risk Strategy report é um relatório reservado produzido pela Arena Técnica conforme acordo com a Editora.<br />

Os resumos aqui expostos foram retirados da internet dos sites das entidades respectivas, portanto, deverão ser consultadas em caso de<br />

publicação em sua íntegra por estarem protegidos por copyright.


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artigo 2<br />

Sequenciamento das regiões<br />

F(ab)-12 LC e F(ab)-12<br />

HC do anticorpo monoclonal<br />

humanizado bevacizumabe: um<br />

estudo multicêntrico<br />

Autores:<br />

Eduardo de Souza Matos 1 ,<br />

Ronaldo Mohana-Borges *1 ,<br />

Vitor Marcel Faça*2, Fábio César Gozzo *3 ,<br />

Wagner Fontes4, Carlos André O. Ricart 4 ,<br />

Fábio César Sousa Nogueira 5 ,<br />

Mário Sérgio Palma §6 ,<br />

Marcelo Valle de Sousa *4 .<br />

1- Centro de Espectrometria de Massas de Biomoléculas (CEMBIO),<br />

Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF), UFRJ<br />

2- Laboratório de Proteômica do Câncer - Faculdade de Medicina de<br />

Ribeirão Preto – USP.<br />

3- Instituto de Química, Unicamp.<br />

4- Núcleo de Proteômica, Laboratório de Bioquímica e Química de<br />

Proteínas, Departamento de Biologia Celular, UnB.<br />

5- Unidade de Proteômica, Instituto de Química, UFRJ e Laboratório de<br />

Proteômica, LADETEC, Instituto de Química, UFRJ.<br />

6- Laboratório de Biologia Estrutural e Zooquímica; CEIS/Instituto de<br />

Biociências de Rio Claro-UNESP.<br />

* Estes laboratórios contribuíram igualmente para o trabalho.<br />

(§) Autor correspondente: Prof. Dr. Mario Sergio Palma;<br />

e-mail: mario.palma@unesp.br; Fone : (19) 3526 4163<br />

Imagem Ilustrativa<br />

22<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Resumo<br />

Produtos biotecnologicos, como o anticorpo bevacizumabe,<br />

o ingrediente ativo do medicamento<br />

Avastin, dependem de sua estrutura tridimensional<br />

perfeita para serem terapeuticamente ativos. Sua<br />

característica biológica de ligação muito específica<br />

ao Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF)<br />

é definida pela sequência de aminoácidos da proteína.<br />

Quatro laboratórios diferentes especialistas em<br />

espectrometria de massas de proteínas no Brasil<br />

desenvolveram estratégias independentes para<br />

sequenciar as cadeias pesada e leve do anticorpo<br />

bevacizumabe. Usando diferentes tipos de instrumentação,<br />

enzimas proteolíticas e ferramentas de<br />

bioinformática para interpretação dos espectros de<br />

massa, os quatro grupos foram capazes de confirmar<br />

de forma independente as sequências dos<br />

domínios que contêm as regiões hipervariáveis do<br />

bevacizumabe em três diferentes lotes do produto<br />

comercial Avastin. Desta forma, os laboratórios<br />

envolvidos neste estudo multicêntrico, demonstraram<br />

capacidade em fornecer resultados analíticos<br />

robustos, que suportam a qualidade de tal princípio<br />

ativo complexo em uso clínico.<br />

Palavras-chave: anticorpos; espectrometria<br />

de massas; sequenciamento de proteínas; peptídeos;<br />

proteoma; bioinformática<br />

Abstract<br />

Biotechnology products such as the antibody<br />

bevacizumab, the active ingredient of the drug<br />

Avastin, depend on its perfect three-dimensional<br />

structure to be therapeutically active. The<br />

biological feature of the antibody bevacizumab<br />

to bind very specifically to the Vascular<br />

Endothelial Growth Factor (VEGF) is defined by<br />

the amino acid sequence of the protein. Four<br />

different laboratories specialized in protein mass<br />

spectrometry in Brazil developed independent<br />

strategies to sequence the heavy and light<br />

chains of the antibody bevacizumab. Using<br />

different types of instrumentation, proteolytic<br />

enzymes and bioinformatics tools for mass<br />

spectra interpretation, all four groups were able<br />

to independently confirm the complete sequence<br />

of the domains that contain the hypervariable<br />

regions of bevacizumab in three different batches<br />

of the commercial product Avastin. In conclusion,<br />

the laboratories involved in this multicentric<br />

study demonstrated capacity to provide robust<br />

<strong>analytica</strong>l results that support the quality of such<br />

a complex active principle in clinical use.<br />

Keywords: antibodies; mass spectrometry;<br />

protein sequencing; peptides; proteomics;<br />

bioinformatics.


Professor Dr. Mario Sergio Palma, químico, doutor em Bioquímica<br />

pela USP e pós-doutorado em Quimica Bio-Orgânica pelo Instituto<br />

SUNBOR em Osaka, Japão. Professor titular da UNESP.<br />

1 Introdução<br />

Desde que Kohler e Milstein<br />

desenvolveram um procedimento<br />

para produção de anticorpos<br />

monoclonais (MAbs) (KÖHLER &<br />

MILSTEIN, 1975) os cientistas reconheceram<br />

que anticorpos em<br />

geral poderiam potencialmente se<br />

tornar ferramentas muito potentes<br />

para o tratamento de muitas doenças<br />

(SMITH, 1996). MAbs são<br />

tipicamente modelados à forma/<br />

função das imunoglobulinas (Igs),<br />

que são tipicamente grandes proteínas<br />

homodiméricas, de massa<br />

molecular da ordem de 150 kDa,<br />

em que cada molécula é constituída<br />

de duas cadeias pesadas idênticas<br />

(50 a 70 kDa), e duas cadeias<br />

leves também idênticas entre si (22<br />

a 24 kDa). As cadeias leves e pesadas<br />

são ligadas entre si através<br />

de pontes dissulfeto. As regiões<br />

N-terminais destas cadeias contêm<br />

as sequências hipervariáveis<br />

de aminoácidos que determinam<br />

a especificidade de ligação das Igs<br />

aos antígenos específicos (Fab); já<br />

as regiões C-terminais de ambas<br />

as cadeias (Fc) contêm sequências<br />

constantes, que caracterizam as<br />

Igs por isotipo e classe.<br />

Devido ao crescente uso terapêutico<br />

de anticorpos, agências<br />

regulatórias de muitos países desenvolvidos<br />

têm estabelecido rígidos<br />

padrões de controle de qualidade<br />

para essas proteínas. As<br />

características estruturais dessas<br />

macromoléculas biológicas descritas<br />

acima são fontes conhecidas<br />

de heterogeneidade intrínseca,<br />

que frequentemente resultam em<br />

questionamentos tais como: i) quão<br />

reprodutíveis são os diferentes lotes,<br />

quando comparados entre si?;<br />

ii) quão “pura” é cada preparação<br />

(lote)?; iii) qual a homogeneidade<br />

do produto final?; iv) Existem diferentes<br />

padrões de modificações<br />

pós-traducionais (glicosilações)<br />

nessas preparações?; ou ainda v)<br />

qual a concentração real de proteína<br />

em cada preparação? Atualmente,<br />

a espectrometria de massas<br />

(EM) tem um papel central no<br />

controle de qualidade da produção<br />

e na caracterização estrutural de<br />

proteínas e em especial dos MAbs<br />

(LADWIG et al., 2017; SEN et al.,<br />

2017).<br />

A proteômica estuda o complemento<br />

proteico do genoma das<br />

células, ou seja, o proteoma (WA-<br />

SINGER et al., 1995), incluindo a<br />

identificação, modificação, quantificação<br />

e localização das proteínas<br />

(ZHANG et al., 2013). A proteômica<br />

se vale da EM para caracterizar<br />

as proteínas, através da obtenção<br />

de suas sequências de aminoácidos<br />

(AEBERSOLD & MANN, 2016).<br />

O progresso da proteômica tem<br />

sido impulsionado pelo desenvolvimento<br />

de novas tecnologias de<br />

separação de proteínas/peptídeos,<br />

de espectrômetros de massa de<br />

alta resolução e desempenho e<br />

da análise de dados empregando<br />

ferramentas de bioinformática. A<br />

principal abordagem empregada<br />

para a identificação e a caracterização<br />

de proteínas por EM se<br />

baseia na hidrólise enzimática por<br />

peptidases específicas como, por<br />

exemplo, tripsina, endoproteinase<br />

Glu-C e quimiotripsina. Acoplada<br />

à cromatografia liquida (CL-EM), a<br />

EM se torna ainda mais poderosa<br />

para a análise e a identificação de<br />

misturas complexas de peptídeos,<br />

como por exemplo, um hidrolisado<br />

enzimático de uma grande proteína<br />

como um Mab. A bioinformática<br />

tem um papel essencial na identificação<br />

dos peptídeos e na inferência<br />

e quantificação das proteínas<br />

(ZHANG et al., 2013).<br />

Historicamente, o Brasil tem uma<br />

ampla atuação na área de química<br />

de proteínas e EM. Esta experiência<br />

tornou, recentemente, o Brasil reconhecido<br />

internacionalmente (PA-<br />

DRÓN & DOMONT 2014). Este reconhecimento<br />

foi evidenciado nas<br />

duas edições especiais publicadas<br />

nas revistas internacionais Proteomics<br />

e Journal of Proteomics, que<br />

reuniram artigos de laboratórios<br />

brasileiros que trabalham com<br />

técnicas estado-da-arte em diferentes<br />

áreas (MARTINS-DE-SOUZA,<br />

2012; NOGUEIRA et al., 2017). Os<br />

laboratórios brasileiros são bem<br />

equipados com espectrômetros de<br />

massas híbridos, que apresentam<br />

na sua configuração analisadores<br />

do tipo Tempo-de-Voo (TOF), Orbitrap<br />

e ICR. Estes instrumentos<br />

têm medidas de massa com alta<br />

acurácia, resolução e velocidade<br />

de varredura, o que faz destes<br />

instrumentos ideais para a análise<br />

da sequência de cadeias leves e<br />

pesadas de anticorpos (LADWIG et<br />

al., 2017).<br />

O estabelecimento de análises<br />

multicomplexas, como as descritas<br />

acima, para fomentar o desenvolvimento<br />

de biofármacos do tipo<br />

MAbs no Brasil, é imperativo para<br />

o desenvolvimento dessa área no<br />

Brasil; e para isso, é importante<br />

avaliar a comunidade analítica brasileira<br />

com relação à infraestrutura<br />

laboratorial, expertise e experiência<br />

no meio acadêmico. Este trabalho<br />

teve a finalidade de desenvolver<br />

um estudo multicêntrico (prospectivo),<br />

envolvendo quatro diferentes<br />

laboratórios acadêmicos brasileiros,<br />

para confirmar a sequência<br />

de aminoácidos dos domínios que<br />

contêm as regiões hipervariáveis<br />

das cadeias leve e pesada do<br />

MAb bevacizumabe (Avastin®) de<br />

acordo com a publicação de Presta<br />

e colaboradores (PRESTA et al.,<br />

1997). Estes domínios são fundamentais<br />

para a determinação da<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

23


artigo 2<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Autores:<br />

Eduardo de Souza Matos 1 ,<br />

Ronaldo Mohana-Borges *1 ,<br />

Vitor Marcel Faça*2, Fábio César Gozzo *3 ,<br />

Wagner Fontes4, Carlos André O. Ricart 4 ,<br />

Fábio César Sousa Nogueira 5 ,<br />

Mário Sérgio Palma §6 ,<br />

Marcelo Valle de Sousa *4 .<br />

24<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

especificidade do anticorpo e serão<br />

denominadas de agora em diante<br />

como F(ab)-12 LC para a cadeia<br />

leve e F(ab)-12 HC para a cadeia<br />

pesada (PRESTA et al, 1997). Os<br />

resultados entre os laboratórios<br />

foram convergentes, mesmo desenvolvendo<br />

estratégias independentes<br />

e utilizando diferentes<br />

espectrômetros de massa, peptidases<br />

e ferramentas bioinformáticas.<br />

Materiais e Métodos<br />

Laboratórios<br />

participantes do Estudo<br />

Foram convidados quatro laboratórios<br />

brasileiros para participar<br />

desse estudo multicêntrico:<br />

1- Laboratório 1: Centro de Espectrometria<br />

de massas de Biomoléculas<br />

(CEMBIO) da Universidade<br />

Federal do Rio de Janeiro;<br />

2- Laboratório 2: Laboratório<br />

de Bioquímica e Química de Proteínas,<br />

Departamento de Biologia<br />

Celular, Instituto de Ciências Biológicas,<br />

Universidade de Brasília,<br />

Brasília, DF;<br />

3- Laboratório 3: Instituto de<br />

Química, Universidade de Campinas,<br />

Campinas, SP;<br />

4- Laboratório 4: Laboratório<br />

de Proteômica do Câncer, Departamento<br />

de Bioquímica e Imunologia,<br />

Faculdade de Medicina de Ribeirão<br />

Preto - USP.<br />

Descrição das amostras<br />

Três frascos do medicamento<br />

Avastin <strong>100</strong> mg/4mL, de três<br />

diferentes lotes (B7233B21,<br />

B7234B07 e B7234B12), produzidos<br />

pelo grupo Roche, foram adquiridos<br />

no mercado diretamente<br />

por cada laboratório. Para cada<br />

lote de Avastin (princípio ativo bevacizumabe),<br />

foram aliquotados 20<br />

tubos contendo <strong>100</strong> µL e 40 tubos<br />

contendo 50 µL da amostra. O procedimento<br />

foi realizado em câmara<br />

de segurança biológica estéril com<br />

fluxo laminar (Classe 2 BSC). Os<br />

lotes aliquotados foram estocados<br />

em freezer a -80 °C.<br />

Estratégias experimentais<br />

adotada pelos laboratórios<br />

Cada laboratório teve a<br />

liberdade de escolher os métodos<br />

e estratégias experimentais que<br />

julgassem mais adequados para se<br />

alcançar os objetivos pretendidos.<br />

Três laboratórios verificaram<br />

a pureza e integridade dos<br />

lotes recebidos por eletroforese<br />

em gel de poliacrilamida com dodecilsulfato<br />

de sódio (SDS-PAGE)<br />

sob condições não redutoras e<br />

redutoras. O Laboratório 2 utilizou<br />

espectrometria de massa do tipo<br />

MALDI-TOF para tal fim. Sendo<br />

verificada a integridade e pureza<br />

dos três lotes, cada laboratório desenhou<br />

e executou separadamente<br />

o sequenciamento dos aminoácidos<br />

dos lotes de bevacizumabe.<br />

Os procedimentos adotados serão<br />

descritos a seguir.<br />

Laboratório 1<br />

O protocolo de digestão e a<br />

análise por CL-EM foram realizados<br />

em dois momentos diferentes.<br />

Alíquotas dos três lotes de bevacizumabe<br />

foram diluídas utilizando-<br />

-se água grau HPLC para atingir<br />

a concentração de 2 µg/µL. Dois<br />

volumes de 50 µL de cada lote do<br />

bevacizumabe foram diluídos como<br />

duas amostras distintas, sendo<br />

uma dessas submetida a protocolo<br />

com digestão por tripsina e a outra<br />

submetida a protocolo de digestão<br />

simultânea por tripsina (Promega) e<br />

endoproteinase Glu-C (Sigma).<br />

Foram adicionados 10 µL de<br />

solução de bicarbonato de amônio<br />

a 50 mM e de cloreto de cálcio a<br />

1 mM às amostras destinadas à<br />

digestão por tripsina e 10 µL de<br />

solução de bicarbonato de amônio<br />

a 50 mM às amostras destinadas<br />

à digestão simultânea por tripsina<br />

e endoproteínase Glu-C. Adicionaram-se<br />

a todas as amostras 10 µL<br />

de solução RapiGest SF a 0,2%,<br />

homogeneizou-se e aqueceu-se<br />

durante 15 minutos a 80 °C. Para<br />

a redução de pontes de sulfeto e<br />

alquilação dos radicais de cisteína,<br />

adicionaram-se 2,5 µL de DTT a<br />

<strong>100</strong> mM às amostras, aquecendo-<br />

-as durante 30 minutos a 60 °C.<br />

Após isso, as amostras foram resfriadas<br />

à temperatura ambiente.<br />

Em seguida, adicionaram-se 2,5<br />

µL de iodoacetamida 300 a mM,<br />

deixando reagir em temperatura<br />

ambiente durante 30 minutos ao<br />

abrigo da luz.<br />

Adicionaram-se 20 µL da solução<br />

de enzima proteolítica (tripsina


ou tripsina + Glu-C) e homogeneizou-se,<br />

deixando a digestão ocorrer<br />

durante 15 horas a 37 °C. Em<br />

seguida, adicionaram-se 10 µL de<br />

solução de ácido trifluoroacético a<br />

5%, incubando-se as amostras por<br />

90 minutos a 37 °C para a precipitação<br />

do RapiGest SF. Em seguida,<br />

centrifugou-se a mesma a 14000<br />

g durante 15 minutos a 4 °C. Os<br />

sobrenadantes foram transferidos<br />

para microtubos, sendo as amostras<br />

secas por liofilização. Para a<br />

análise por CL-EM, cada amostra<br />

foi ressuspensa em <strong>100</strong> μL de uma<br />

mistura de ácido fórmico a 0,1%<br />

com acetonitrila a 3% em água<br />

grau HPLC. As amostras foram<br />

transferidas para frascos de 1,5<br />

mL e acondicionadas a temperatura<br />

de 2 a 8°C até sua injeção no<br />

cromatógrafo líquido.<br />

A análise das digestões em solução<br />

foi realizada no sistema de<br />

cromatografia líquida de ultra alta<br />

eficiência (UHPLC) Nexera X2, do<br />

fabricante Shimadzu. A coluna cromatográfica<br />

utilizada foi a Acquity<br />

UPLC CSH C18, 150 x 1 mm, 1,7<br />

µm de tamanho de partícula, do<br />

fabricante Waters. A temperatura<br />

de forno na análise foi de 50 ºC. As<br />

fases móveis A e B usadas foram<br />

respectivamente solução de ácido<br />

fórmico a 0,1% em água e solução<br />

de ácido fórmico a 0,1% em acetonitrila.<br />

A cromatografia foi acoplada ao<br />

espectrômetro de massas espectrômetro<br />

de massas modelo Maxis<br />

Impact, configuração ESI-Q-TOF,<br />

do fabricante Bruker. Foram utilizadas<br />

duas estratégias de aquisição<br />

para análise espectrométrica dos<br />

peptídeos eluídos da corrida cromatográfica:<br />

estratégia de aquisição<br />

por DDA (seleção automática<br />

de três íons de maior abundância)<br />

e estratégia de aquisição guiada,<br />

que realizou a seleção de íons de<br />

peptídeos para análise sequencial<br />

a partir de uma lista de m/z previamente<br />

determinada, baseada<br />

em m/z de peptídeos gerados pela<br />

digestão por tripsina ou gerados<br />

pela co-digestão por tripsina e<br />

endoproteinase Glu-C. Todas as<br />

aquisições realizadas em ambas as<br />

estratégias foram configuradas na<br />

polaridade positiva, com faixa de<br />

m/z medida foi de 50 a 1500 nas<br />

varreduras em MS e MS2.<br />

As listas de picos referentes às<br />

análises realizadas com os métodos<br />

de abordagem guiada e por<br />

DDA do mesmo dia foram agrupadas<br />

para cada lote e para cada<br />

tipo de digestão, constituindo uma<br />

única lista de picos para submissão<br />

em softwares. As listas geradas<br />

foram analisadas no software<br />

Biotools versão 3.2 SR4, da Bruker<br />

Daltonics, utilizando-se duas abordagens.<br />

A primeira abordagem foi<br />

a comparação dos conjuntos de<br />

espectros de íon precursor e íons<br />

produtos respectivos, com perfil de<br />

fragmentação esperado de peptídeos<br />

gerados pela digestão in silico<br />

das cadeias leve e pesada do bevacizumabe.<br />

A segunda abordagem<br />

foi a análise dos mesmos conjuntos<br />

de espectros pelo algoritmo de<br />

identificação proteômica Mascot,<br />

versão 2.4, tendo como referência<br />

a combinação de três bancos de<br />

dados: i) banco de dados curado<br />

de proteínas Swissprot (atualizado<br />

no dia 29/06/2018), disponível<br />

na internet (www.uniprot.org); ii)<br />

banco de dados de contaminantes<br />

proteicos (disponível no próprio<br />

servidor Mascot) e iii) banco de dados<br />

criado a partir das sequências<br />

das cadeias leve e pesada do bevacizumabe<br />

contida no DrugBank<br />

(https://www.drugbank.ca/drugs/<br />

DB00112).<br />

Laboratório 2<br />

Os lotes de Avastin® tinham entre<br />

seus excipientes o detergente<br />

polissorbato 20 (Tween 20), que<br />

poderia diminuir a eficiência das<br />

etapas posteriores de digestão<br />

enzimática, separação de peptídeos<br />

em coluna de fase reversa e<br />

de análises por EM. Tween 20 foi<br />

então removido por ultrafiltração<br />

em Amicon Ultra 0,5 mL – Ultracel<br />

30 k, seguindo recomendações do<br />

fabricante). Análise por MALDI-TOF<br />

MS confirmou a redução do conteúdo<br />

de Tween 20 nas amostras, assim<br />

como a pureza e a integridade<br />

estrutural da proteína.<br />

As amostras foram então submetidas<br />

a etapas de redução das<br />

pontes dissulfeto com DTT e posterior<br />

alquilação das cadeias laterais<br />

de resíduos de cisteína com iodacetamida.<br />

As amostras reduzidas<br />

e alquiladas foram submetidas a<br />

digestão com 3 diferentes proteases:<br />

tripsina (Promega), Lys-C<br />

(Promega) e quimotripsina (Sigma-<br />

-Aldrich). Paralelamente, amostras<br />

reduzidas e alquiladas foram submetidas<br />

a cromatografia em fase<br />

reversa (C4) para separação das<br />

cadeias leve e pesada. Foram obtidas<br />

duas frações principais que<br />

foram analisadas por MALDI-TOF<br />

EM. Verificou-se assim, que a cromatografia<br />

não separou totalmente<br />

a cadeia leve da pesada, mas proporcionou<br />

um enriquecimento da<br />

cadeia leve no pico 1 e da cadeia<br />

pesada no pico 2. A fração obtida<br />

no pico 1 foi submetida a digestão<br />

proteolítica com as três enzimas<br />

anteriores e adicionalmente com<br />

a enzima Glu-C (protease V8 de<br />

Staphylococcus aureus, Promega).<br />

A utilização do pico 1, após digestão<br />

com as quatro diferentes proteases,<br />

contribuiu para a obtenção<br />

da sequência completa da proteína.<br />

As amostras digeridas foram dessalinizadas<br />

em microcolunas C18<br />

antes da etapa seguinte de LC-MS/<br />

MS. A eficácia e a reprodutibilidade<br />

das digestões enzimáticas foram<br />

verificadas e comprovadas por<br />

MALDI-TOF EM antes da análise<br />

por CL-EM.<br />

Os digestos foram submetidos<br />

a CL-EM usando cromatógrafo<br />

(UHPLC) Dionex Ultimate<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

25


artigo 2<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Autores:<br />

Eduardo de Souza Matos 1 ,<br />

Ronaldo Mohana-Borges *1 ,<br />

Vitor Marcel Faça*2, Fábio César Gozzo *3 ,<br />

Wagner Fontes4, Carlos André O. Ricart 4 ,<br />

Fábio César Sousa Nogueira 5 ,<br />

Mário Sérgio Palma §6 ,<br />

Marcelo Valle de Sousa *4 .<br />

26<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

300 (Thermo Scientific) acoplado<br />

a espectrômetro de massas LTQ<br />

Orbitrap Elite (Thermo Scientific).<br />

Foram utilizadas as técnicas de<br />

fragmentação “collision induced<br />

dissociation “(CID), “higher-energy<br />

collisional dissociation” (HCD) e<br />

“electron transfer dissociation”<br />

(ETD) e a combinação entre HCD<br />

e ETD com auxílio de software que<br />

define o método a ser usado após a<br />

ionização (“decision tree”). Os dados<br />

de íons precursores (MS 1 ) e de<br />

fragmentos (MS 2 ) foram gravados<br />

em formato “.raw” para posterior<br />

análise.<br />

Os arquivos “.raw” contendo os<br />

espectros das quatro modalidades<br />

de fragmentação, de cada uma das<br />

quatro digestões de cada amostra,<br />

foram analisados de forma combinada<br />

utilizando-se o software<br />

Peaks versão 7.0. Foi realizado<br />

sequenciamento de novo de todos<br />

os peptídeos fragmentados e<br />

seu alinhamento com a sequência<br />

esperada para cada uma das<br />

cadeias. Foram selecionados os<br />

peptídeos com score de sequenciamento<br />

global de, no mínimo,<br />

50, parâmetro recomendado pelo<br />

software. As sequências obtidas<br />

foram comparadas com a sequência<br />

esperada para o bevacizumabe.<br />

Ao final de todos os procedimentos<br />

experimentais descritos, foi<br />

possível determinar, para os três<br />

lotes analisados, <strong>100</strong>% da sequência<br />

de aminoácidos do anticorpo.<br />

Para tanto, foi necessário analisar<br />

independentemente, para cada<br />

amostra, os digestos com tripsina,<br />

quimotripsina e com protease<br />

Lys-C das amostras reduzidas e<br />

alquiladas contendo a mistura das<br />

cadeias leve e pesada. Como ainda<br />

restavam alguns resíduos de aminoácidos<br />

não sequenciados, utilizou-se<br />

dados de sequência do pico<br />

1 conforme descrito anteriormente.<br />

Laboratório 3<br />

As digestões em solução com<br />

ambas as enzimas (tripsina e quimotripsina)<br />

foram conduzidas em<br />

tampão bicarbonato de amônio 50<br />

mM, pH = 8, a 37 ºC por 16h. Foi<br />

mantida constante, em 50:1 (m/m),<br />

a proporção amostra:protease,<br />

sendo aliquotadas 1 mg de amostra<br />

para digestões com tripsina e<br />

quimiotripsina. Após o período de<br />

digestão, as amostras foram dessalinizadas<br />

utilizando-se cartuchos<br />

de extração em fase sólida (SPE)<br />

Oasis HLB (Waters Co.), cujo procedimento<br />

consistiu na lavagem<br />

das amostras com 1 mL de água<br />

contendo 0,1% (V/V) de ácido<br />

fórmico por 4 vezes e posterior<br />

eluição com 2 mL de uma mistura<br />

água:acetonitrila 20:80 (v/v). A<br />

amostra foi concentrada por evaporação<br />

rotativa a vácuo até um<br />

volume final de 50 µL.<br />

Para a análise por EM, 2 µg de<br />

cada amostra foram injetados no<br />

LC EasyLC 1200 acoplado a um<br />

espectrômetro LTQ Orbitrap Velos<br />

(Thermo Scientific). O método cromatográfico<br />

teve duração de 90<br />

minutos, com aquisição de dados<br />

de MS1 no orbitrap e MS2 no ion<br />

trap. Os dados foram adquiridos<br />

em modo DDA (data dependent<br />

analysis) selecionando os top 10<br />

precursores com cargas 2+, 3+ e<br />

4+. Alternativamente, as amostras<br />

foram analisadas em um espectrômetro<br />

de massas Xevo Q-Tof G2X<br />

acoplado a um cromatógrafo Nano-<br />

Acquity com um método cromatográfico<br />

de 90 minutos de duração.<br />

Os dados foram adquirido em modo<br />

DDA (data dependent analysis) selecionando<br />

os top 5 precursores<br />

com cargas 2+, 3+ e 4+.<br />

O processamento das amostras<br />

foi feito utilizando-se o software<br />

Mascot 2.6 (Matrix Science) utilizando<br />

os bancos de dados de E.<br />

coli acrescida das sequências do<br />

anticorpo além de sequências de<br />

contaminantes comuns. Os parâmetros<br />

de busca foram a enzima<br />

utilizada para cada amostra (semi-<br />

-específica), com o número de sítios<br />

de clivagem não-digeridos de<br />

3 para a tripsina e 5 para a quimiotripsina.<br />

Foi adicionada a oxidação<br />

de metionina como uma modificação<br />

variável e carbamidometilcisteína<br />

como modificação fixa. Os erros<br />

utilizados foram de <strong>100</strong> ppm para<br />

MS e 0,8 Da para MS2 para os dados<br />

do Orbitrap Velos e 50 ppm tanto<br />

para o precursor quanto para os<br />

fragmentos. Os arquivos de dados<br />

utilizados na busca foram arquivos<br />

MGF gerados pelo software Mascot<br />

Distiller 2.6 (Matrix Science). Para<br />

as amostras digeridas com tripsina,<br />

foram realizadas buscas com os<br />

seguintes parâmetros: 25 ppm de<br />

erro para o precursor, 50 ppm de<br />

erro para os fragmentos, nenhum


artigo 2<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Autores:<br />

Eduardo de Souza Matos 1 ,<br />

Ronaldo Mohana-Borges *1 ,<br />

Vitor Marcel Faça*2, Fábio César Gozzo *3 ,<br />

Wagner Fontes4, Carlos André O. Ricart 4 ,<br />

Fábio César Sousa Nogueira 5 ,<br />

Mário Sérgio Palma §6 ,<br />

Marcelo Valle de Sousa *4 .<br />

28<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

sítio de clivagem perdido, carbamidometilcisteína<br />

como modificação<br />

fixa e oxidação de metionina como<br />

modificação variável. Os dados<br />

foram processados para um intervalo<br />

de significância de p


ácidos contido nas cadeias leves<br />

e pesadas do anticorpo bevacizumabe.<br />

Ambiguidades na verificação<br />

da sequência foram resolvidas utilizando-se<br />

espectros redundantes<br />

dos peptídeos.<br />

Resultados<br />

Laboratório 1<br />

Perfil cromatográfico dos peptídeos<br />

obtidos após hidrólise enzimática<br />

do bevacizumabe<br />

Após uma digestão teórica in silico<br />

das sequências F(ab)-12 LC e<br />

F(ab)-12 HC por tripsina verificou-<br />

-se que alguns peptídeos poderiam<br />

ser de difícil caracterização por<br />

apresentarem massa molecular<br />

muito próxima a 3kDa. Desta forma,<br />

decidiu-se também realizar a<br />

co-digestão do anticorpo com duas<br />

enzimas, a tripsina e endoproteínase<br />

Glu-C. A co-digestão gerou peptídeos<br />

menores que os obtidos por<br />

digestão única com tripsina. A separação<br />

cromatográfica em coluna<br />

de fase reversa C18 dos peptídeos<br />

obtidos da hidrólise enzimática dos<br />

3 lotes do bevacizumabe por digestão<br />

com tripsina ou pela co-digestão<br />

tripsina + endoproteinase<br />

<br />

<br />

Glu-C (resultados não mostrados),<br />

geraram um perfil cromatográfico<br />

muito similar, demonstrando alta<br />

reprodutibilidade do método de separação<br />

entre os diferentes lotes.<br />

Um segundo processo de hidrólise,<br />

separação e análise por EM foi necessário<br />

porque alguns pequenos<br />

peptídeos obtidos durante a hidrólise<br />

enzimática não foram selecionados<br />

para sequenciamento MS2<br />

pela estratégia automática (DDA),<br />

sendo necessário o uso também da<br />

estratégia guiada (vide abaixo).<br />

Verificação da presença das sequências<br />

F(ab)-12 LC e F(ab)-12<br />

HC, nas amostras do bevacizumabe<br />

À medida que os peptídeos foram<br />

eluídos da coluna cromatográfica,<br />

eles foram injetados imediatamente<br />

no espectrômetro de massas configuração<br />

ESI-q-TOF, que mediu a<br />

sua razão massa/carga (m/z). Além<br />

disso, o equipamento foi ajustado<br />

para realizar o sequenciamento<br />

MS 2 de forma automática dos peptídeos<br />

mais abundantes DDA ou de<br />

forma guiada dos peptídeos previamente<br />

selecionados. Os cromatogramas<br />

e os espectros MS e MS 2<br />

de cada amostra de bevacizumabe<br />

foram compilados e processados<br />

pelo software Biotools. A primeira<br />

análise realizada comparou as sequências<br />

de aminoácidos obtidas<br />

experimentalmente a partir deste<br />

programa com as sequências teóricas<br />

do bevacizumabe depositada<br />

no DrugBank.<br />

As tabelas 1 e 2 (representativa<br />

para os três lotes analisados)<br />

compilam as sequências hipervariáveis<br />

de aminoácidos identificados<br />

em cada uma destas análises, i.e.,<br />

os primeiros 123 resíduos de aminoácidos<br />

da cadeia pesada e os<br />

primeiros 108 resíduos da cadeia<br />

leve .<br />

Identificação do bevacizumabe a<br />

partir de busca de larga escala em<br />

bancos de dados usando algoritmo<br />

Mascot<br />

Uma alternativa ao protocolo<br />

experimental usado acima para<br />

a confirmação das sequências<br />

F(ab)-12 LC e F(ab)-12 HC foi feita<br />

utilizando-se o software Mascot.<br />

Assim, o objetivo da análise por<br />

este software foi verificar se as<br />

sequências dos peptídeos obtidos<br />

por EM neste projeto iriam identificar<br />

o anticorpo bevacizumabe<br />

<br />

Tabela 1: Dados de caracterização da sequência primária da sequência C com análise LC-MS dos peptídeos gerados por hidrólise do lote<br />

B7234B07 de Avastin.<br />

Tabela 1: Dados de caracterização da sequência primária da sequência C com análise LC-MS dos peptídeos gerados por hidrólise do lote<br />

B7234B07 de Avastin.<br />

No. de<br />

Tabela 1: Dados de caracterização da sequência primária da sequência F(ab)-12 HC com análise LC-MS dos<br />

aminoácidos<br />

Enzima Data de<br />

peptídeos gerados por No. de hidrólise do lote B7234B07 de Avastin.<br />

utilizada análise identificados na<br />

Sequência identificada<br />

região de<br />

aminoácidos<br />

Enzima Data de<br />

interesse<br />

identificados na<br />

Sequência identificada<br />

utilizada Tripsina 06/06/2018 análise No. 118/123<br />

região de aminoácidos EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVR_____GLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

de<br />

Enzima<br />

interesse<br />

Sequência identificada<br />

Tripsina + Glu-C Data 06/06/2018 de identificados 118/123 na região EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVR_____GLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

utilizada Tripsina 06/06/2018 análise de interesse 118/123 EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVR_____GLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

Tripsina 27/06/2018 123/123 EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVRQAPGKGLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

Tripsina + Glu-C 06/06/2018 118/123 EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVR_____GLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

Tripsina + Glu-C 27/06/2018 123/123 EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVRQAPGKGLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

Tripsina 27/06/2018 123/123 EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVRQAPGKGLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

Compilação de todas as<br />

123/123 EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVRQAPGKGLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

Tripsina + Glu-C<br />

análises<br />

27/06/2018 123/123 EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVRQAPGKGLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

Sequência F(ab)-12 HC<br />

EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVRQAPGKGLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

Compilação de todas as<br />

123/123 EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVRQAPGKGLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

análises<br />

Sequência F(ab)-12 HC<br />

EVQLVESGGGLVQPGGSLRLSCAASGYTFTNYGMNWVRQAPGKGLEWVGWINTYTGEPTYAADFKRRFTFSLDTSKSTAYLQMNSLRAEDTAVYYCAKYPHYYGSSHWYFDVWGQGTLVTVSS<br />

<br />

Tabela 2: Dados de caracterização da sequência primária da sequência F(ab)-12 LC com análise LC-MS dos peptídeos gerados por hidrólise do lote<br />

Tabela B7234B07<br />

Tabela 2: Dados de Avastin.<br />

2: de Dados caracterização de caracterização da sequência primária da da sequência F(ab)-12 primária LC com da análise sequência LC-MS dos F(ab)-12 peptídeos gerados LC com por análise hidrólise do LC-MS lote dos<br />

B7234B07 peptídeos Avastin. gerados por hidrólise do lote B7234B07 de Avastin.<br />

No. de<br />

aminoácidos<br />

Enzima Data de<br />

identificados na<br />

Sequência identificada<br />

utilizada análise No. No. de de aminoácidos<br />

região de<br />

Enzima Data de identificados aminoácidos<br />

Enzima Data de<br />

interesse na região<br />

utilizada<br />

identificados na<br />

Sequência identificada<br />

utilizada análise análise<br />

Tripsina 06/06/2018 interesse<br />

Sequência identificada<br />

66/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGKAPKVLIYFTSSLHSGVPSR__________________________________________VEIKR<br />

região de<br />

Tripsina + Glu-C 06/06/2018<br />

interesse<br />

105/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGK___VLIYFTSSLHSGVPSRFSGSGSGTDFTLTISSLQPEDFATYYCQQYSTVPWTFGQGTKVEIKR<br />

Tripsina 06/06/2018 66/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGKAPKVLIYFTSSLHSGVPSR__________________________________________VEIKR<br />

Tripsina 27/06/2018 63/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGK___VLIYFTSSLHSGVPSR__________________________________________VEIKR<br />

Tripsina + Glu-C 06/06/2018 105/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGK___VLIYFTSSLHSGVPSRFSGSGSGTDFTLTISSLQPEDFATYYCQQYSTVPWTFGQGTKVEIKR<br />

Tripsina + Glu-C 27/06/2018 108/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGKAPKVLIYFTSSLHSGVPSRFSGSGSGTDFTLTISSLQPEDFATYYCQQYSTVPWTFGQGTKVEIKR<br />

Tripsina 27/06/2018 63/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGK___VLIYFTSSLHSGVPSR__________________________________________VEIKR<br />

Compilação de todas as análises 108/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGKAPKVLIYFTSSLHSGVPSRFSGSGSGTDFTLTISSLQPEDFATYYCQQYSTVPWTFGQGTKVEIKR<br />

Tripsina + Glu-C 27/06/2018 108/108<br />

Sequência F(ab)-12 LC<br />

DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGKAPKVLIYFTSSLHSGVPSRFSGSGSGTDFTLTISSLQPEDFATYYCQQYSTVPWTFGQGTKVEIKR<br />

DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGKAPKVLIYFTSSLHSGVPSRFSGSGSGTDFTLTISSLQPEDFATYYCQQYSTVPWTFGQGTKVEIKR<br />

Compilação de todas as análises 108/108 DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGKAPKVLIYFTSSLHSGVPSRFSGSGSGTDFTLTISSLQPEDFATYYCQQYSTVPWTFGQGTKVEIKR<br />

<br />

Sequência F(ab)-12 LC<br />

DIQMTQSPSSLSASVGDRVTITCSASQDISNYLNWYQQKPGKAPKVLIYFTSSLHSGVPSRFSGSGSGTDFTLTISSLQPEDFATYYCQQYSTVPWTFGQGTKVEIKR<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

29


artigo 2<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Autores:<br />

Eduardo de Souza Matos 1 ,<br />

Ronaldo Mohana-Borges *1 ,<br />

Vitor Marcel Faça*2, Fábio César Gozzo *3 ,<br />

Wagner Fontes4, Carlos André O. Ricart 4 ,<br />

Fábio César Sousa Nogueira 5 ,<br />

Mário Sérgio Palma §6 ,<br />

Marcelo Valle de Sousa *4 .<br />

Tabela 3 – Compilação dos resultados de identificação do bevacizumabe obtida pelo software Mascot para todos os lotes de Avastin<br />

Lote<br />

Data de<br />

análise<br />

Enzima Proteínas identificadas Colocação Score<br />

No. de<br />

peptídeos<br />

identificados<br />

B7234B07 06/06/2018 Tripsina<br />

Bev_HC-Bevacizumab_heavy_chain<br />

Bev_LC-Bevacizumab_light_chain<br />

1<br />

2<br />

1578<br />

707<br />

29<br />

11<br />

<br />

B7234B07 06/06/2018<br />

Tripsina<br />

+ Glu-C<br />

B7234B07 27/06/2018 Tripsina<br />

B7234B07 27/06/2018<br />

Tripsina<br />

+ Glu-C<br />

Bev_HC-Bevacizumab_heavy_chain<br />

Bev_LC-Bevacizumab_light_chain<br />

Immunoglobulin heavy constant gamma 4 OS=Homo sapiens OX=9606 GN=IGHG4 PE=1<br />

SV=1<br />

Immunoglobulin heavy variable 3-48 OS=Homo sapiens OX=9606 GN=IGHV3-48 PE=1 SV=2<br />

Glutamyl endopeptidase OS=Staphylococcus aureus (strain MRSA252) OX=282458 GN=sspA<br />

PE=3 SV=1<br />

Sarcoplasmic calcium-binding protein (Fragment) OS=Chionoecetes opilio OX=41210 PE=1<br />

SV=1<br />

Bev_HC-Bevacizumab_heavy_chain<br />

Bev_LC-Bevacizumab_light_chain<br />

Immunoglobulin kappa light chain OS=Homo sapiens OX=9606 PE=1 SV=1<br />

Sarcoplasmic calcium-binding protein (Fragment) OS=Chionoecetes opilio OX=41210 PE=1<br />

SV=1<br />

Bev_HC-Bevacizumab_heavy_chain<br />

Bev_LC-Bevacizumab_light_chain<br />

Immunoglobulin kappa light chain OS=Homo sapiens OX=9606 PE=1 SV=1<br />

Girdin OS=Mus musculus OX=<strong>100</strong>90 GN=Ccdc88a PE=1 SV=2<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

1946<br />

971<br />

294<br />

72<br />

54<br />

45<br />

1447<br />

782<br />

498<br />

59<br />

1981<br />

1225<br />

641<br />

52<br />

44<br />

17<br />

10<br />

2<br />

3<br />

1<br />

27<br />

13<br />

8<br />

1<br />

48<br />

24<br />

13<br />

2<br />

dentro de um conjunto enorme de<br />

outras centenas de milhares de sequências<br />

de peptídeos. Para isto,<br />

necessitou-se incluir no banco de<br />

dados Swissprot tanto as sequências<br />

de aminoácidos das cadeias<br />

leve e pesada do bevacizumabe<br />

quanto os peptídeos contaminantes<br />

provenientes da auto-hidrólise<br />

da tripsina e endoproteinase Glu-C.<br />

Após a execução de busca com<br />

o algoritmo Mascot, utilizando-se<br />

o conjunto de espectro para cada<br />

lote de bevacizumabe , obtido nas<br />

duas análises, e tanto para a digestão<br />

com tripsina quanto para a<br />

co-digestão com tripsina e endoproteinase<br />

Glu-C, verificou-se que<br />

os resultados destas buscas foram<br />

a identificação das cadeias leve e<br />

pesada do bevacizumabe , com a<br />

obtenção de scores elevados (p <<br />

0,01) em todas condições analisadas.<br />

Os resultados de identificação<br />

de proteínas obtidas a partir da<br />

análise do Mascot foram compilados<br />

na tabela 3, onde os scores de<br />

proteínas e os números de peptídeos<br />

encontrados na sequência do<br />

bevacizumabe foram explicitados.<br />

Os dados do conjunto de peptídeos<br />

sequenciados com relevância<br />

estatística para as cadeias leve e<br />

pesada do bevacizumabe , nos três<br />

lotes, foram todos compilados. Observou-se<br />

que, para os três lotes, o<br />

sequenciamento de peptídeos que<br />

cobrem as sequências F(ab)-12 LC<br />

e F(ab)-12 HC gerou score individual<br />

superior ao limite mínimo significativo<br />

calculado pelo software.<br />

Os resultados experimentais<br />

completos exigem um grande número<br />

de páginas no formato de tabelas,<br />

que não podem ser mostradas<br />

no formato do presente manuscrito.<br />

Por essa razão, esses dados<br />

estão disponibilizados acessando<br />

30<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Tabela 4 - Proteínas identificadas nos Lotes 1, 2 e 3 de Avastin® mostrando que houve cobertura (coverage) completa de sequência<br />

das cadeias leve e pesada de Bevacizumabe para todos.<br />

Lote Proteína Descrição -10lgP Cobertura (%) Peptídeos Massa média<br />

1<br />

2<br />

3<br />

1 Bevacizumabe, cadeia pesada 1048.59 <strong>100</strong> 528 49847<br />

2 Bevacizumabe, cadeia leve 872.93 <strong>100</strong> 257 23451<br />

1 Bevacizumabe, cadeia pesada 1056.35 <strong>100</strong> 513 49847<br />

2 Bevacizumabe, cadeia leve 910.33 <strong>100</strong> 236 23451<br />

1 Bevacizumabe, cadeia pesada 1064.82 <strong>100</strong> 459 49847<br />

2 Bevacizumabe, cadeia leve 915.97 <strong>100</strong> 230 23451


o link: https://www.dropbox.com/<br />

sh/1h1ybok5wqs5jid/AABEUa-<br />

-uGFWNx7iqmKotezu7a?dl=0-- .<br />

Laboratório 2<br />

A tabela 4 (representativa para<br />

os três lotes analisados) apresenta<br />

os dados resultantes da análise<br />

computacional gerados pelos<br />

experimentos de LC-MS/MS para<br />

os produtos de proteólise com as<br />

enzimas tripsina, quimotripsina,<br />

Lys-C e Glu-C (V8), mostrando que<br />

<strong>100</strong>% das sequências das cadeias<br />

leve e pesada de bevacizumabe<br />

foram confirmadas. A título de<br />

ilustração, a figura 1 (representativa<br />

para os três lotes analisados)<br />

mostra as sequências das cadeias<br />

pesada e leve do princípio ativo do<br />

Avastin®, indicando os peptídeos<br />

sequenciados que proporcionaram<br />

a cobertura de <strong>100</strong>% da sequência<br />

de aminoácidos do anticorpo<br />

bevacizumabe. Dados similares<br />

foram obtidos para os lotes 2 e 3<br />

de Avastin®. Vale ressaltar que um<br />

alto grau de redundância foi obtido<br />

neste trabalho. Ou seja, os peptídeos<br />

foram sequenciados muitas e<br />

repetidas vezes e se sobrepuseram<br />

exaustivamente à sequência de<br />

aminoácidos do bevacizumabe.<br />

Os resultados experimentais<br />

completos exigem um grande número<br />

de páginas no formato de<br />

tabelas, que não podem ser mostradas<br />

no formato do presente<br />

manuscrito. Por essa razão, esses<br />

dados estão disponibilizados acessando<br />

o link: https://massive.ucsd.<br />

edu/ProteoSAFe/dataset.jsp?task<br />

=8a5ad7a21ac14139a474146f8<br />

c4fe268. Para isso, deve-se utilizar<br />

o login: LBQP_MAb, e a senha:<br />

bevacizumabe.<br />

Laboratório 3<br />

A figura 2 (representativa para<br />

os três lotes analisados) apresenta<br />

os dados resultantes da análise<br />

computacional gerados pelos<br />

experimentos de LC-MS/MS para<br />

os produtos de proteólise com as<br />

enzimas tripsina, quimotripsina,<br />

mostrando que <strong>100</strong>% das sequências<br />

das cadeias leve e pesada de<br />

bevacizumabe foram confirmadas.<br />

Os resultados experimentais<br />

completos exigem um grande número<br />

de páginas no formato de<br />

tabelas, que não podem ser mostradas<br />

no formato do presente<br />

manuscrito. Por essa razão, esses<br />

dados estão disponibilizados<br />

acessando-se o link: http://dalton-<br />

-server.iqm.unicamp.br/MSData/ .<br />

Laboratório 4<br />

A estratégia de sequenciamento<br />

completo das regiões que contêm<br />

as sequências F(ab)-12 LC e F(ab)-<br />

12 HC baseou-se na produção de<br />

peptídeos pelas enzimas tripsina<br />

e quimotripsina, o que permite a<br />

sobreposição por diferentes peptídeos<br />

em regiões de ambiguidade<br />

de sequência, devido às diferenças<br />

de especificidade por aminoácidos<br />

no ponto de clivagem. Ainda assim,<br />

a análise de peptídeos específicos<br />

produzidos pelas enzimas tripsina<br />

e quimotripsina, não permitiu uma<br />

cobertura completa da região de<br />

interesse. Vários pontos da sequencia<br />

não puderam ser comprovados<br />

apenas pela sobreposição dos peptídeos<br />

produzidos por ambas as enzimas.<br />

Utilizando-se de ferramentas<br />

de processamento dos dados<br />

de EM mais poderosas, adotou-se<br />

a estratégia de análise combinada<br />

de peptídeos específicos e inespecíficos,<br />

onde considera-se pontos<br />

de clivagens em aminoácidos não<br />

específicos ou perdas de pontos<br />

de clivagens. Primeiramente ficou<br />

claro que ambas as enzimas (tripsina<br />

e quimotripsina), adquiridas<br />

comercialmente em altos graus<br />

de qualidade, não são totalmente<br />

específicas, produzindo peptídeos<br />

pela fragmentação da cadeia<br />

em aminoácidos inespecíficos e a<br />

incapacidade de clivagem em sítios<br />

tidos como específicos. Esta<br />

imperfeição enzimática, foi vista<br />

neste estudo em particular como<br />

importante e interessante para<br />

o estabelecimento da sequência<br />

completa da região de interesse,<br />

visto que alguns desses peptídeos<br />

permitiram completar posições na<br />

sequência do bevacizumabe que<br />

não haviam sido identificadas ou<br />

ainda apresentavam-se ambíguas.<br />

Este processo de clivagem inespecífica<br />

é conhecido para as enzimas<br />

proteolíticas, e dependem de vários<br />

fatores, que incluem a sequência<br />

da cadeia proteica e acessibilidade<br />

às ligações químicas que serão<br />

clivadas.<br />

As sequências completas das<br />

cadeias, bem como os peptídeos<br />

utilizados para a confirmação da<br />

estrutura primária do bevacizumabe<br />

são apresentadas na figura 3<br />

(representativa para os três lotes<br />

analisados). Assim, a identificação<br />

de peptídeos por estratégias de EM<br />

combinada com métodos computacionais<br />

de interpretação de espectros<br />

de fragmentação permitiu<br />

avaliar diferentes lotes do produto<br />

comercial Avastin, através de um<br />

processo simples e reprodutível, e<br />

demostrar que princípio ativo do<br />

produto comercial Avastin é uma<br />

proteína única com sequência de<br />

aminoácidos perfeitamente correspondente<br />

ao anticorpo bevacizumabe<br />

descrito na literatura (PRES-<br />

TA et al., 1997).<br />

Os resultados experimentais<br />

completos exigem um grande<br />

número de páginas no formato<br />

de tabelas, que não podem<br />

ser mostradas no formato do<br />

presente manuscrito. Por essa<br />

razão, esses dados estão disponibilizados<br />

acessando o link:<br />

http://143.107.199.97:8080. Para<br />

isso, deve-se utilizar o login: conveniolicks@lpcfmrp.br,<br />

e a senha:<br />

DIQMTQSPSS.<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

31


artigo 2<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Autores:<br />

Eduardo de Souza Matos 1 ,<br />

Ronaldo Mohana-Borges *1 ,<br />

Vitor Marcel Faça*2, Fábio César Gozzo *3 ,<br />

Wagner Fontes4, Carlos André O. Ricart 4 ,<br />

Fábio César Sousa Nogueira 5 ,<br />

Mário Sérgio Palma §6 ,<br />

Marcelo Valle de Sousa *4 .<br />

Figura 1 - Cobertura de sequência das cadeias pesada e leve (representativa para o três lotes de Avastin®). Em azul, estão peptídeos sequenciados por espectrometria<br />

de massa com “False Discovery Rate” (FDR) < 1 %. Em cinza, estão peptídeos sequenciados por espectrometria de massa com “False Discovery Rate” (FDR) > 1 %. Caixas<br />

vermelhas correspondem a modificação (carbamidometilação) de cisteínas introduzidas durante o preparo da amostra para a separação das pontes dissulfeto. Caixas azuis<br />

correspondem a oxidação de aminoácidos de ocorrência natural na amostra ou durante o preparo por exposição ao oxigênio atmosférico. Caixas amarelas correspondem a<br />

deamidação de aminoácidos de ocorrência natural.<br />

32<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Discussão<br />

Com a finalidade de identificar<br />

a sequência completa dos aminoácidos<br />

correspondentes as sequências<br />

F(ab)-12 LC e F(ab)-12 HC<br />

do anticorpo monoclonal humanizado<br />

bevacizumabe princípio ativo<br />

do medicamento Avastin®, quatro<br />

laboratórios brasileiros, reconhecidamente<br />

proficientes na análise<br />

de peptídeos e proteínas por EM,<br />

desenvolveram estratégias independentes<br />

para obter a sequência<br />

de aminoácidos das cadeias leve e<br />

pesada do bevacizumabe em três<br />

diferentes lotes do produto comercial<br />

Avastin®. Estas estratégias<br />

compreendiam o uso de diferentes<br />

espectrômetros de massas, métodos<br />

de fracionamento das cadeias<br />

do anticorpo (por exemplo, eletroforese<br />

em gel de poliacrilamida com<br />

SDS e agente redutor e cromatografia<br />

líquida), precipitação de proteínas<br />

com solvente orgânico, uso<br />

de enzimas proteolíticas com distintos<br />

sítios de clivagem, métodos<br />

de fragmentação complementares<br />

(CID, Collision Induced Dissociation;<br />

HCD, Higher-energy Collisional<br />

Dissociation; e ETD, Electron<br />

Transfer Dissociation) e variadas<br />

ferramentas bioinformáticas para<br />

interpretação dos espectros de<br />

fragmentação dos íons peptídicos e<br />

inferência da sequência de aminoácidos<br />

do anticorpo.<br />

Todos os quatro laboratórios<br />

alcançaram autonomamente<br />

êxito na obtenção de <strong>100</strong>% das<br />

sequências F(ab)-12 LC e F(ab)-<br />

12 HC do anticorpo monoclonal<br />

humanizado bevacizumabe. Estes<br />

resultados confirmam a sequência<br />

publicada para os aminoácidos do<br />

anticorpo (PRESTA et al., 1997),<br />

em lotes diferentes e usando estratégias<br />

variadas, além de demonstrar<br />

a capacidade analítica<br />

dos laboratórios brasileiros em<br />

fornecer resultados robustos e de<br />

qualidade mesmo em questões<br />

complexas, como na caracterização<br />

de biofármacos.<br />

Conclusão<br />

O Brasil dispõe de laboratórios<br />

de proteômica muito bem<br />

equipados e qualificados, para a<br />

realização de análises multicomplexas<br />

de química de proteínas,<br />

aplicadas ao desenvolvimento e<br />

controle de qualidade de anticorpos<br />

monoclonais de uso terapêutico,<br />

em apoio às indústrias farmacêuticas<br />

interessadas.<br />

Agradecimentos:<br />

Nuno Manuel Domingues e Jaques<br />

Ferreira de Souza, do Laboratório<br />

de Bioquímica e Química<br />

de Proteínas, Departamento de<br />

Biologia Celular, Instituto de Ciências<br />

Biológicas, Universidade de<br />

Brasília, Brasília, DF.


Figura 2. Mapa de cobertura das cadeias leve e pesada do anticorpo monoclonal humanizado bevacizumabe, obtido por hidrolise com tripsina e quimotripsina e<br />

sequenciamento feito por espectrometria de massas.<br />

Figura 3. Sequência descrita para o anticorpo bevacizumabe. As sequências como F(ab)-12 LC e F(ab)-12 HC correspondente às cadeias leve (no painel superior) e<br />

pesada (no painel inferior) têm suas destacadas em negrito (Presta e cols, 1997). Os segmentos, delimitados por bordas pretas representam os peptídeos observados<br />

com as clivagens proteolíticas específicas produzidas pelas enzimas tripsina (segmentos verdes) e quimotripsina (segmentos vermelhos). Os segmentos azuis representam<br />

os peptídeos identificados utilizando a estratégia de busca por clivagens enzimáticas inespecíficas. As linhas pretas verticais ao lado dos aminoácidos nas regiões variáveis<br />

indicam a confirmação da sequência de aminoácidos pela análise do espectro de fragmentação dos peptídeos.<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

33


artigo 2<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Autores:<br />

Eduardo de Souza Matos 1 ,<br />

Ronaldo Mohana-Borges *1 ,<br />

Vitor Marcel Faça*2, Fábio César Gozzo *3 ,<br />

Wagner Fontes4, Carlos André O. Ricart 4 ,<br />

Fábio César Sousa Nogueira 5 ,<br />

Mário Sérgio Palma §6 ,<br />

Marcelo Valle de Sousa *4 .<br />

Agradecimentos:<br />

O Laboratório 1 foi apoiado financeiramente pela<br />

Licks Advogados Associados para a execução deste<br />

projeto através de convênio de número 22075-2 firmado<br />

com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)<br />

e a Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB).<br />

O Laboratório 2 foi apoiado financeiramente pela<br />

Licks Advogados Associados para a execução deste<br />

projeto através de contrato de número 054/2018 firmado<br />

com a Universidade de Brasília e a Fundação de<br />

Empreendimentos Científicos e Tecnológicos.<br />

O Laboratório 3 foi apoiado financeiramente pela<br />

Licks Advogados Associados para a execução deste<br />

projeto através de convênio de número 588 firmado<br />

com a UNICAMP e a Fundação de Desenvolvimento da<br />

Unicamp – FUNCAMP.<br />

O Laboratório 4 foi apoiado financeiramente pela<br />

Licks Advogados Associados para a execução deste projeto<br />

através de convênio de número 7056 firmado com<br />

a Universidade de São Paulo e a Fundação Hemocentro<br />

de Ribeirão Preto.<br />

Complemento Normativo<br />

Referências<br />

bibliográficas<br />

KÖHLER, G. & MILSTEIN, C. Continuous cultures of fused cells secreting antibody of predefined<br />

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doi.org/10.<strong>100</strong>7/s13361-016-1580-0.<br />

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DUNCAN, M.W.; HARRIS, R.; WILLIAMS, K; HUMPHERY-SMITH, I. Progress with Gene-Product<br />

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cr3003533.<br />

AEBERSOLD, R.; MANN, M. 2016. Mass-Spectrometric Exploration of Proteome Structure and<br />

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PADRÓN, G.; DOMONT, G.B. 2014. Two Decades of Proteomics in Latin America: A Personal View.<br />

Journal of Proteomics 107 (July): 83–92, 2014. https://doi.org/10.1016/j.jprot.2014.03.045.<br />

MARTINS-DE-SOUZA, D. Brazil: The Country of Proteomics. PROTEOMICS 12 (17): 2599–2600,<br />

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NOGUEIRA, F.C.S.; JUNQUEIRA, M.; DOMONT, G.B. Editorial: Special Issue on Brazilian Proteomics.<br />

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PRESTA, L.G.; CHEN, H.; O’CONNOR, S.J.; CHISHOLM, V.; MENG, Y.G.; KRUMMEN, L.; WINKLER,<br />

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for the therapy of solid tumors and other disorders. Cancer Res. 57(20): 4593-4599, 1997.<br />

Referente ao artigo: 2<br />

34<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

artigo 2<br />

Disponibilizado por Analytica em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

Sequenciamento das regiões<br />

F(ab)-12 LC e F(ab)-12<br />

HC do anticorpo monoclonal<br />

humanizado bevacizumabe: um<br />

estudo multicêntrico<br />

ISO 21572<br />

Foodstuffs -- Molecular biomarker analysis -- Protein-based methods<br />

Norma publicada em: 02/2013. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos gerais de testes e análises para produtos alimentícios.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Sequenciamento das regiões F(ab)-12 LC e F(ab)-12 HC do anticorpo monoclonal<br />

humanizado bevacizumabe: um estudo multicêntrico.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

Resumo: ISO 21572:2013 provides general guidelines and performance criteria for methods<br />

for the detection and/or quantification of specific proteins or protein(s) of interest [POI(s)] in<br />

a specified matrix<br />

https://www.iso.org/standard/5<strong>100</strong>5.html<br />

DIN 5<strong>100</strong>2-1<br />

Inductively coupled plasma mass spectrometry (ICP-MS) - Part 1: Principles<br />

and definitions<br />

Norma publicada em: 11/2004. / Status: Vigente. Classificação 1: Norma recomendada.<br />

Artigo: Sequenciamento das regiões F(ab)-12 LC e F(ab)-12 HC do anticorpo monoclonal<br />

humanizado bevacizumabe: um estudo multicêntrico.<br />

Entidade: DIN. País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-5<strong>100</strong>2-1/64088589<br />

Safety & Risk Strategy report é um relatório reservado produzido pela Arena Técnica conforme acordo com a Editora.<br />

Os resumos aqui expostos foram retirados da internet dos sites das entidades respectivas, portanto, deverão ser consultadas em caso de<br />

publicação em sua íntegra por estarem protegidos por copyright.


REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

35


Matéria de capa<br />

Matéria de capa<br />

VANTAGENS DO MÉTODO RÁPIDO<br />

NA MICROBIOLOGIA<br />

Uma tecnologia criada originalmente para detectar o crescimento<br />

Uma de tecnologia microrganismos criada originalmente em amostras para de detectar sangue o está crescimento ganhando<br />

de microrganismos terreno no Brasil, porém em amostras com outra de finalidade: sangue reduzir está o ganhando tempo de<br />

terreno quarentena no Brasil, no porém controle com de outra qualidade finalidade: de produtos reduzir farmacêuticos o tempo de<br />

quarentena estéreis. no controle de qualidade de produtos farmacêuticos<br />

estéreis. A utilização desse sistema, embora ainda seja considerado um<br />

A utilização método desse alternativo*, sistema, está embora atraindo ainda a atenção seja dos considerado farmacêuticos um<br />

método visto alternativo*, que, ao automatizar está atraindo o processo a atenção manual e dos retirar farmacêuticos a interferência<br />

visto humana que, ao automatizar de leitura dos o testes, processo praticamente manual e retirar diminui a pela interferência metade a<br />

humana quarentena de leitura para dos liberação testes, de praticamente lotes de seus diminui produtos. pela Com metade isso, as a<br />

quarentena<br />

companhias<br />

para liberação<br />

ganham eficiência<br />

de lotes<br />

em<br />

de seus<br />

seus trâmites<br />

produtos.<br />

logísticos.<br />

Com isso, as<br />

companhias No Brasil, ganham a Anvisa eficiência exige validação em seus do trâmites método rápido logísticos. no controle<br />

de qualidade de cada produto, assim como em outros países.<br />

No Brasil, a Anvisa exige validação do método rápido no controle<br />

Porém, em mercados desenvolvidos, como os EUA e Europa, o<br />

de qualidade<br />

método rápido<br />

de cada<br />

já é usado<br />

produto,<br />

a mais<br />

assim<br />

tempo,<br />

como<br />

sendo<br />

em<br />

habituais<br />

outros países.<br />

e mais<br />

Porém, frequentes em mercados essas validações desenvolvidos, para o uso. como os EUA e Europa, o<br />

método rápido já é usado a mais tempo, sendo habituais e mais<br />

Além da rapidez, os projetos já avaliados e autorizados pela<br />

frequentes<br />

ANVISA,<br />

essas<br />

demonstraram<br />

validações<br />

dados<br />

para<br />

estatísticos<br />

o uso.<br />

que comprovam ainda,<br />

Além a superioridade rapidez, dos projetos métodos já alternativos, avaliados em e limite autorizados de detecção, pela<br />

ANVISA, em relação demonstraram ao sistema dados de estatísticos cultura manual. que comprovam O reflexo disso ainda, é o<br />

a superioridade aumento de dos segurança métodos para alternativos, consumidores em limite e pacientes. de detecção,<br />

em relação “Os métodos ao sistema tradicionais de cultura são baratos manual. e bem O reflexo conhecidos, disso é mas o<br />

aumento consomem de segurança muito tempo para os e consumidores têm detecção e limitada. pacientes. Por outro<br />

“Os métodos lado, estão tradicionais disponíveis são diversas baratos tecnologias e bem conhecidos, alternativas, mas que<br />

consomem<br />

são rápidas<br />

muito<br />

e têm<br />

tempo<br />

maior<br />

e<br />

poder<br />

têm detecção detecção.<br />

limitada.<br />

Como<br />

Por<br />

estatístico,<br />

outro<br />

tive a oportunidade de acompanhar a performance de algumas<br />

lado, estão disponíveis diversas tecnologias alternativas, que<br />

metodologias alternativas versus a metodologia tradicional.<br />

são rápidas e têm maior poder de detecção. Como estatístico,<br />

Principalmente em níveis baixos de contaminação, a performance<br />

tive a<br />

dos<br />

oportunidade<br />

métodos alternativos<br />

de acompanhar<br />

é bem melhor<br />

a performance<br />

que a performance<br />

de algumas<br />

dos<br />

metodologias métodos tradicionais”, alternativas disse versus o estatístico a metodologia Dorival Leão tradicional. proprietário<br />

Principalmente da Estatcamp, em uma níveis empresa baixos de consultoria contaminação, que suporta a performance projetos<br />

dos métodos de validação alternativos nesta área. é bem melhor que a performance dos<br />

métodos Uma tradicionais”, das companhias disse a o se estatístico beneficiar Dorival do método Leão automatizado proprietário<br />

da Estatcamp, produz soluções uma empresa parenterais de e consultoria atende hospitais que suporta e farmácias projetos em<br />

de validação todo território nesta nacional. área. Pioneira em validar e utilizar o método<br />

Uma das companhias a se beneficiar do método automatizado<br />

produz soluções parenterais e atende hospitais e farmácias em<br />

todo território nacional. Pioneira em validar e utilizar o método<br />

36<br />

alternativo, libera seus produtos com registros aprovados pela<br />

alternativo, ANVISA desde libera 2016. seus “Inicialmente, produtos com optamos registros por aprovados validar um pela<br />

ANVISA método alternativo desde 2016. pela “Inicialmente, necessidade de optamos continuar por liberando validar um<br />

método nossos produtos alternativo em pela um prazo necessidade de 7 dias. de Após continuar a publicação liberando<br />

nossos da RDC- produtos 17, em em 2010, um obrigando prazo de a 7 extensão dias. Após do a prazo publicação de<br />

da testes RDC- microbiológicos 17, em 2010, para obrigando 14 dias, enfrentamos a extensão um do desafio prazo de<br />

testes logístico, microbiológicos de armazenagem para e prazos 14 dias, de entrega, enfrentamos que nos um forçou desafio<br />

logístico, a buscar alternativas de armazenagem que aumentassem e prazos de a velocidade entrega, que dos ensaios nos forçou<br />

a microbiológicos. buscar alternativas que aumentassem a velocidade dos ensaios<br />

microbiológicos.<br />

Consultamos quais eram as tecnologias rápidas disponíveis,<br />

Consultamos<br />

e optamos por<br />

quais<br />

iniciar<br />

eram<br />

a validação<br />

as tecnologias<br />

com o sistema<br />

rápidas<br />

baseado<br />

disponíveis,<br />

em<br />

cultivo. Para nossa surpresa, após finalizada a validação, ao<br />

e optamos por iniciar a validação com o sistema baseado em<br />

analisar os dados estatísticos, além do ganho de velocidade em<br />

cultivo. Para nossa surpresa, após finalizada a validação, ao<br />

nosso ensaio, houve expressivo ganho de precisão, comparado<br />

analisar<br />

ao método<br />

os dados<br />

anterior,<br />

estatísticos,<br />

tradicionalmente<br />

além do<br />

utilizado<br />

ganho de<br />

no<br />

velocidade<br />

mercado<br />

em<br />

nosso farmacêutico. ensaio, Visto houve a eficiência expressivo deste ganho novo de método, precisão, e o comparado rápido<br />

ao retorno método de investimento anterior, do tradicionalmente projeto, prosseguimos utilizado para no registrar mercado<br />

farmacêutico. nossos produtos Visto com a sua eficiência utilização”, deste aponta novo os método, líderes técnicos e o rápido<br />

retorno do projeto. de investimento do projeto, prosseguimos para registrar<br />

nossos A gerente produtos de qualidade, com sua responsável utilização”, pelo aponta projeto os líderes se orgulha técnicos<br />

do em projeto. ter assumido este desafio e poder ter contribuído com sua<br />

A empresa gerente para de esse qualidade, processo responsável de melhoria, e pelo ainda projeto acrescenta se que orgulha<br />

em a escolha ter assumido pelo método este foi desafio sustentada e poder pela facilidade ter contribuído de operacao com sua<br />

empresa do sistema para e pela esse analise processo de payback de melhoria, do projeto, e ainda visto acrescenta que o custo que<br />

a total escolha do investimento pelo método gerou foi um sustentada balanco significantemente pela facilidade de positivo. operacao<br />

Com um sistema optico ultrassensível e algoritmos otimizados<br />

do sistema e pela analise de payback do projeto, visto que o custo<br />

para alertar qualquer presenca de microrganismos de forma<br />

total do investimento gerou um balanco significantemente positivo.<br />

rapida e definitiva, o sistema proporcionou ao setor de qualidade<br />

Com um sistema optico ultrassensível e algoritmos otimizados<br />

atuar ativamente, na realidade e na dinâmica de atendimento do<br />

para<br />

mercado,<br />

alertar<br />

contribuindo<br />

qualquer<br />

para<br />

presenca<br />

linearizar<br />

de<br />

a distribuição<br />

microrganismos<br />

de produtos,<br />

de forma<br />

rapida resultando e definitiva, em ganho o de sistema eficiencia proporcionou operacional. ao setor de qualidade<br />

atuar ativamente, na realidade e na dinâmica de atendimento do<br />

*Metodo Alternativo = Metodo Rápido<br />

mercado, contribuindo para linearizar a distribuição de produtos,<br />

resultando em ganho de eficiencia operacional.<br />

Tiago Simões, Ph.D.<br />

*Metodo Alternativo = Metodo Rápido Sales Execuive BD Life Science<br />

Tiago Simões, Ph.D.<br />

Sales Execuive BD Life Science


SOLUÇÃO SOLUÇÃO BD BD BACTEC BD BACTEC FX FX FX PARA PARA TESTE TESTE DE DE ESTERILIDADE DE ESTERILIDADE AUTOMATIZADO.<br />

AUTOMATIZADO.<br />

Proporciona Proporciona um um ambiente um ambiente favorável favorável de de crescimento de crescimento para para uma uma para comunidade uma comunidade microbiana microbiana que que rapidamente que rapidamente detecta sua sua presença detecta sua presença<br />

através através de de um um de sistema um sistema sensível sensível à à variação à variação do do sinal sinal de do de luz sinal luz e, e, de por por luz meio meio e, de por de alarme meio de sonoro alarme e e indicadores sonoro e luminosos, indicadores alerta alerta luminosos, alerta<br />

prontamente prontamente o o usuário o usuário a a detecção a detecção uma uma cultura de uma positiva. cultura positiva.<br />

COMO COMO O O BD BD O BACTEC BD BACTEC FX FX IMPACTA FX IMPACTA POSITIVAMENTE POSITIVAMENTE A A SUA ROTINA?<br />

A SUA ROTINA?<br />

11<br />

Promove redução significativa do do tempo de de preparo de de meios e e ensaio;<br />

1 Promove redução significativa do tempo de preparo de meios e ensaio;<br />

22<br />

Procedimento simples, com com rastreabilidade das das ações passo a a passo, e e resultados definitivos, independentes de de análises<br />

posteriores; 2 Procedimento simples, com rastreabilidade das ações passo a passo, e resultados definitivos, independentes de análises<br />

posteriores;<br />

33<br />

Detecta em em até até 5h 5h e e libera libera em em até até 55 dias, dias, reduzindo período de de quarentena em em inventário.<br />

3 Detecta em até 5h e libera em até 5 dias, reduzindo período de quarentena em inventário.<br />

44<br />

Ensaio robusto em em rotina, sem sem interferentes de de método, não não havendo necessidade de de materiais específicos ou ou cuidado em em<br />

monitoramento 4<br />

Ensaio robusto ambiental em intensivo. rotina, sem interferentes de método, não havendo necessidade de materiais específicos ou cuidado em<br />

monitoramento ambiental intensivo.<br />

CARACTERÍSTICAS & BENEFÍCIOS DIRETOS<br />

CARACTERÍSTICAS & BENEFÍCIOS DIRETOS<br />

Tecnologia de de<br />

fluorescência<br />

Tecnologia de<br />

Sistema<br />

fluorescência<br />

automatizado<br />

Sistema<br />

Qualitativo<br />

automatizado<br />

automatizado<br />

Qualitativo<br />

High High Throughput<br />

automatizado<br />

(200 ensaios simultâneos)<br />

High Throughput<br />

Bactérias, (200 ensaios<br />

fungos<br />

simultâneos)<br />

e e leveduras<br />

Bactérias, fungos<br />

e leveduras<br />

Precisão de de 1UFC<br />

nos nos ensaios<br />

Precisão de 1UFC<br />

Praticidade<br />

nos ensaios<br />

operacional<br />

Praticidade<br />

Segurança na operacional<br />

liberação de de produtos<br />

Segurança na<br />

Rapidez na na liberação validação<br />

de produtos<br />

e e implementação<br />

Rapidez na validação<br />

Monitoramento e implementação<br />

para para<br />

controle efetivo<br />

Monitoramento para<br />

controle efetivo<br />

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nossos especialistas.<br />

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37


38<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19


POR QUE ESCOLHER A LAS DO BRASIL COMO SEU FORNECEDOR?<br />

A LAS do Brasil, buscando melhor atender seus clientes, vem aprimorando<br />

cada vez mais a prestação de serviços com entregas de<br />

produtos analíticos e prazos de importação recorde, utilizando de<br />

processos novos e inteligentes.<br />

Com um portfólio completo de produtos e serviços qualificados,<br />

procura dar suporte e entender as peculiaridades de seus clientes<br />

em todo o processo de compra. A LAS do Brasil possui todos os<br />

requisitos legais para atender em todos os aspectos a legislação de<br />

importação e entregar seus produtos de forma ágil e segura.<br />

Toda a documentação de funcionamento da LAS do Brasil está<br />

disponível no site: http://www.lasdobrasil.com.br/downloads.<br />

Tenha em mãos essas informações e faça a avaliação do atendimento<br />

aos requisitos legais de seu<br />

fornecedor (licenças e alvarás), frente<br />

à vigilância sanitária local, ANVISA<br />

(AFE), Autorização Especial (AE) para<br />

substâncias normais e sujeitas a controle<br />

especial pela Portaria 344/98, licença<br />

ambiental, da Prefeitura, Bombeiro,<br />

CRF, entre outros.<br />

Consolidação de remessas.<br />

Empresa totalmente licenciada.<br />

O cliente garante que o processo de importação<br />

estará em conformidade com as normas brasileiras.<br />

Decisões estratégicas em menor tempo.<br />

Produtos entregues com documentação completa.<br />

Presença em todas as indústrias<br />

farmacêuticas brasileiras.<br />

Emissão de faturas customizadas de acordo com<br />

os requisitos das autoridades brasileiras.<br />

Despacho mais rápido de bens com Alfândega<br />

no Brasil devido a execução do processo de<br />

forma coerente.<br />

Crescimento nos segmentos de mercado<br />

farmacêutico, clínico, químico e alimentos.<br />

Vendedores capacitados.<br />

Importação especializada<br />

Equipe técnica especializada e dedicada.<br />

Radar (Autorizado pelo Governo Federal para importar)<br />

lançado pelo IRS, sem limites de restrições<br />

de valores, para importar.<br />

Gestão sustentável e globalizada.<br />

39<br />

Seu distribuidor autorizado no Brasil.<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19


Tecnologia inovadora que utiliza<br />

Água Ultrapura<br />

Destaque para atuação da água ultrapura<br />

O MasSpec Pen® é uma espécie de “caneta” que analisa os<br />

tecidos em 10 segundos e dá um diagnóstico com 96% de<br />

precisão, de acordo com o estudo desenvolvido pelo Instituto de<br />

Química da Universidade do Texas.<br />

Esse dispositivo de ionização portátil e descartável libera uma<br />

pequena gota de água ultrapura sobre o tecido com suspeita de<br />

câncer. O conteúdo molecular é analisado por um espectrômetro<br />

de massas conectado à “caneta” para determinar se o perfil<br />

biomolecular é correspondente ao tecido canceroso.<br />

Utilizando essa tecnologia, médicos podem saber em tempo real,<br />

como eliminar todo o rastro do câncer em uma operação. Explica<br />

Lívia Schiavianato Eberlin, Professora de Química na Universidade<br />

do Texas e diretora do estudo.<br />

A detecção do câncer com uma gota de água ultrapura ressalta<br />

o avanço da tecnologia de precisão e tem um papel crucial no<br />

desenvolvimento de testes em diagnósticos clínicos.<br />

Informe de Mercado<br />

Atrelando a utilização da água ultrapura como tecnologias<br />

cada vez mais rápidas e precisas, as indústrias farmacêuticas<br />

também se beneficiam com o uso dessa ciência.<br />

Todo tipo de produto, principalmente vinculado ao consumo<br />

humano como medicamentos demanda muita pesquisa. A LAS<br />

do Brasil pensando em atender esse ritmo de desenvolvimento<br />

dos laboratórios industriais, traz ao mercado, purificadores e<br />

ultrapurificadores de alta qualidade.<br />

A indústria farmacêutica aumentou significativamente sua<br />

produção ao longo dos anos utilizando equipamentos<br />

altamente sensíveis de HPLC (Cromatografia Líquida de Alta<br />

Eficiência) e como consequência ao aumento do número<br />

de análises. A demanda de água ultrapura se extende para<br />

abastecer esses equipamentos. Portanto, a água ultrapura é<br />

o reagente com melhor custo benefício comparada a outros<br />

como acetonitrila ou metanol.<br />

40<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Conheça a linha de purificadores de água<br />

THERMO FISHER.<br />

Uma linha completa de purificadores de água para o seu<br />

laboratório. Água tipo I e II que abrangem inúmeras aplicações<br />

laboratoriais.<br />

Conte com o time de Especialistas da LAS do Brasil para escolher o melhor sistema de purificação e<br />

ultrapurificação que você precisa!


REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

41


Espectrometria de Massa<br />

Os isótopos e a espectrometria de massas<br />

Por Oscar Vega Bustillos*<br />

42<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Muitos elementos químicos coexistem<br />

na natureza com diferentes<br />

massas denominadas isótopos. O<br />

termo isótopo é usado para descrever<br />

átomos de um mesmo elemento,<br />

isto é com mesmo número de<br />

prótons, porém pode conter número<br />

variado de nêutrons. A palavra isótopo<br />

provem do grego, “iso” significa<br />

“igual” e topos significa “lugar”,<br />

assim os isótopos de um único elemento<br />

ocupam a mesma posição na<br />

tabela periódica. A doutora escocesa<br />

Margaret Todd sugeriu o nome<br />

isótopo em 1913, a pedido do rádio<br />

químico inglês Frederick Soddy que<br />

ganhou o prêmio Nobel de Química<br />

em 1921.<br />

Os isótopos podem ser radiativos<br />

ou não radiativos. Os isótopos não<br />

radiativos são chamados de isótopos<br />

estáveis. Os isótopos radiativos<br />

são isótopos que sofrem decaimento<br />

radioativo espontaneamente e são<br />

capazes de emitir algum tipo de radiação.<br />

Os isótopos radiativos transformam-se<br />

em outros elementos<br />

químicos tal como explicou F. Soddy<br />

na transformação do U-238 para Pb-<br />

206, que passa por várias etapas de<br />

decaimento, emitindo radiação alfa<br />

e beta. Cada etapa do decaimento<br />

acontece em um tempo especifico<br />

denominada meia-vida equivalente a<br />

um relógio natural. Este fenômeno é<br />

usado para datação de eventos naturais.<br />

Graças aos estudos da datação<br />

por radioisótopos, sabemos que<br />

o planeta Terra foi formado há 4,2<br />

bilhões de anos, que os dinossauros<br />

desapareceram da face da Terra há<br />

65 milhões de anos e que existem pirâmides<br />

do Egito com idade de 4.500<br />

anos.<br />

O primeiro cientista que descobriu<br />

a existência dos isótopos foi<br />

J.J. Thomson em 1912. Ele mesmo<br />

construiu um espectrômetro de<br />

massas e explorou os íons positivos<br />

de Neônio, ele descobre a existência<br />

de dois isótopos Ne-20 e Ne-22.<br />

Thomson conclui que alguns átomos<br />

do gás Neônio possuem massas<br />

maiores que o resto do gás. Este<br />

descobrimento incitou seu aluno<br />

Francis Willian Aston à construção<br />

de um novo espectrômetro de massas,<br />

especifico para pesquisar as<br />

massas dos isótopos dos elementos<br />

químicos conhecidos até então.<br />

Aston descobre que a massa molar<br />

do elemento Cloro, representada na<br />

tabela periódica com massa 35,45 é<br />

na realidade a média ponderada da<br />

contribuição de seus isótopos Cl-35<br />

e Cl-37, tendo abundancias de 76%<br />

e 24%, respectivamente. Por este<br />

feitio, Aston recebe o Premio Nobel<br />

de Química em 1922.<br />

O estudo da Química é dividido em<br />

dois universos: inorgânica e orgânica.<br />

Os isótopos tem um papel muito importante<br />

nos dois ramos desta Ciência.<br />

Na Química Inorgânica é explorado<br />

com maiores detalhes os efeitos<br />

isotópicos.<br />

Existem vários tipos de espectrômetros<br />

de massas comercialmente<br />

ofertados para análise de elementos<br />

inorgânicos. Os mais conhecidos<br />

são:<br />

1) A Espectrometria de Massa com<br />

Plasma Indutivamente Acoplado ICP-<br />

-MS “Inductively Coupled Plasma<br />

Mass Spectrometry”; é um método<br />

sensível para análise e confirmação<br />

de íons metálicos com uma alta faixa<br />

dinâmica linear. O ICP-MS é capaz de<br />

analisar quase todos os elementos da<br />

tabela periódica e pode ser aplicado<br />

em soluções, sólidos e gases. Uma<br />

configuração típica de um ICP-MS é<br />

mostrada na Figura 1. As amostras,<br />

na forma de solução são vaporizadas<br />

usando um nebulizador. Amostras na<br />

forma sólida são analisadas usando<br />

ablação a laser e amostras na forma<br />

gasosa são introduzidas diretamente<br />

no espectrômetro. Todas as amostras<br />

são introduzidos em um plasma<br />

de argônio composto de elétrons e<br />

íons de argônio carregados positivamente.<br />

No plasma que atinge a<br />

temperatura de 10.000 K, o material<br />

se divide em átomos individuais que<br />

perdem elétrons e se tornam íons<br />

carregados positivamente (os ânions<br />

não são detectados pela ICP-MS). O<br />

feixe de íons positivos entra em um<br />

analisador de massa quadrupolo,<br />

onde os íons são separados de acordo<br />

com sua relação massa/carga. O<br />

ICP-MS permite análises qualitativas<br />

de quase <strong>100</strong> metais em várias matrizes,<br />

em um tempo relativamente<br />

curto e em concentrações inferiores<br />

à 1 parte por 1015 (1 ppq).<br />

2) A Espectrometria de Massa<br />

por Ionização Térmica, TIMS “Thermal<br />

Ionization Mass Spectrometry”<br />

é uma técnica de caracterização de<br />

espectrometria de massa de isótopos<br />

altamente sensível. As razões isotópicas<br />

de radionuclídeos são usadas<br />

para obter uma medida precisa para<br />

a análise elementar de uma amostra.<br />

A diluição isotópica permite este cálculo.<br />

Íons da amostra são formados<br />

pelo efeito de ionização térmica. Uma<br />

amostra líquida quimicamente pura<br />

é colocada num filamento de metal<br />

que é então aquecido para evaporar<br />

o solvente (Figura 2). A remoção de<br />

um elétron da amostra purificada é<br />

obtida aquecendo o filamento o suficiente<br />

para liberar um elétron, o que<br />

consequentemente ioniza os átomos<br />

da amostra. Os íons ganham veloci-


ser ocupado por estes espectrômetros, devendo os laboratórios manter uma<br />

elevada limpeza para evitar interferentes nas análises. Exige-se também,<br />

analistas com excelente treinamento para atingir resultados consistentes.<br />

Fonte: Research Gate<br />

dade por um gradiente de potencial<br />

elétrico e são focados em um feixe<br />

por lentes eletrostáticas. O feixe de<br />

íons passa então pelo campo magnético<br />

do eletroímã, onde é dividido<br />

em feixes de íons separados com<br />

base na razão massa/carga.<br />

3) O Espectrômetro de Massas<br />

de Íons Secundários, SIMS “Secondary-ion<br />

mass spectrometry” é<br />

uma técnica utilizada para analisar a<br />

composição de superfícies sólidas e<br />

filmes finos através da aplicação de<br />

“sputtering” na superfície da amostra<br />

com um feixe de íon primário, focalizado,<br />

coletando e analisando os íons<br />

secundários ejetados da mesma.<br />

A razão massa/carga destes íons<br />

secundários é medida com um espectrômetro<br />

de massas a fim de determinar<br />

a composição isotópica ou<br />

molecular da superfície em profundidades<br />

de 1 a 2 nm. SIMS é a técnica<br />

de análise mais sensitiva à superfície,<br />

o espectrômetro de massas SHRIMP<br />

“Sensitive High-Resolution Ion Microprobe”<br />

(Figura 3) é dedicado para<br />

análises de geocronologia podendo<br />

medir abundâncias isotópicas em<br />

minerais a uma escala de 30 micrômetros.<br />

A Geologia da Universidade<br />

de São Paulo USP possui o referido<br />

analisador.<br />

As vantagens do ICP-MS comparadas<br />

com o TIMS e SIMS são: A versatilidade<br />

de utilizar diferentes matrizes<br />

e estados físicos, graças à tocha<br />

plasma como fonte de íons. Rapidez<br />

de concretizar um ciclo analítico desde<br />

a preparação da amostra até a<br />

leitura dos espectros de massas.<br />

A vantagem do TIMS, comparada<br />

com o ICP-MS é na maior exatidão<br />

de medidas isotópicas tornando este<br />

espectrômetro um referencial para<br />

matérias.<br />

Fonte: Research Gate<br />

Figura 1. Diagrama esquemático do Espectrômetro de Massa<br />

A vantagem Fonte: do Research SIMS Gate comparada Figura 1. Diagrama esquemático do Espec-<br />

Indutivamente com o ICP-MS é na maior Acoplado reprodu-<br />

(ICP-MS)<br />

Figura 1. Diagrama esquemático trômetro de do Massa Espectrômetro com Plasma de Indutivamente Massa com Plasma<br />

tibilidade das análises, já que por<br />

Indutivamente Acoplado (ICP-MS) Acoplado (ICP-MS)<br />

ablação de Laser utilizado no ICP-MS<br />

a amostra é destruída no local de coleta,<br />

no caso do SIMS a amostra não<br />

é destruída podendo repetir várias<br />

vezes a análise da mesma amostra<br />

além da robustez analítica.<br />

As desvantagens dos três espectrômetros<br />

de massa em discussão<br />

são: Elevado custo dos analisadores<br />

e da manutenção. Exige um grande<br />

espaço<br />

Fonte:<br />

a ser<br />

Research<br />

ocupado<br />

Gate.<br />

por estes<br />

espectrômetros, devendo os laboratórios<br />

manter Figura uma 2: elevada Diagrama limpeza esquemático da fonte de íons com duplo filamento utilizada<br />

Fonte: Research Gate.<br />

para evitar na interferentes Espectrometria nas análises. de Massa por Ionização Térmica TIMS<br />

Fonte: Exige-se Research também, Gate. analistas com<br />

Figura 2: Diagrama esquemático da fonte<br />

excelente treinamento para atingir<br />

de íons com duplo filamento utilizada na Espectrometria<br />

de Massa por Ionização Térmica<br />

resultados consistentes.<br />

TIMS<br />

Figura 2: Diagrama esquemático da fonte de íons com duplo fila<br />

na Espectrometria de Massa por Ionização Térmica TIMS<br />

Referências Bibliográficas<br />

• Walczyk, T. TIMS versus<br />

multicollector-ICP-MS: coexistence<br />

or struggle for survival? Anal. Bioanal.<br />

Chem. (2004) 378 : 229–231.<br />

• Taylor, H. Inductively Coupled<br />

Plasma Mass Spectrometry.<br />

Academic Press. 2001.<br />

• Moraes, N.M.P. Aplicação<br />

e avalição da técnica de diluição isotópica<br />

por espectrometria de massas<br />

na determinação de elementos de<br />

Terras Raras em materiais geológicos.<br />

Tese IPEN 1988.<br />

Fonte: Australian Scientific Instruments.<br />

Figura 3: Diagrama do espectrômetro de massas SHRIMP “Sensitive High-<br />

Resolution Ion<br />

Microprobe”<br />

Microprobe”<br />

Referências bibliográficas<br />

*Oscar Vega Bustillos<br />

Pesquisador do Centro de Química e Meio<br />

<br />

Ambiente CQMA do Instituto de Pesquisas<br />

Energéticas e Nucleares IPEN/CNEN-SP<br />

<br />

55 11 3133 9343<br />

Fonte: Australian Scientific Instruments.<br />

Figura 3: Diagrama do espectrômetro de<br />

massas SHRIMP “Sensitive High-Resolution Ion<br />

Walczyk, T. TIMS versus multicollector-ICP-MS: coexistence or struggle<br />

for survival? Anal. Bioanal. Chem. (2004) 378 : 229–231.<br />

Taylor, H. Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry. Academic<br />

Press. 2001. ovega@ipen.br<br />

www.vegascience.blogspot.com.br<br />

Moraes, N.M.P. Aplicação e avalição da técnica de diluição isotópica por<br />

espectrometria de massas na determinação de elementos de Terras Raras em<br />

materiais geológicos. Tese IPEN 1988.<br />

*Oscar Vega Bustillos<br />

Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente CQMA do Instituto de


Análise de Minerais<br />

44<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Erros Sistemáticos em Sistemas de Medição<br />

As incertezas de um sistema de<br />

medição podem ser divididas em<br />

dois componentes básicos: um<br />

componente aleatório e outro sistemático.<br />

O componente aleatório,<br />

comumente chamado de erro, no<br />

caso das análises minerais está<br />

diretamente relacionado às características<br />

intrínsecas dos minérios<br />

submetidos à análise e não apenas<br />

ao sistema de medição utilizado.<br />

Isto ocorre independentemente das<br />

técnicas amostrais ou analíticas estão<br />

sendo utilizadas no processo de<br />

determinação.<br />

Já o componente sistemático,<br />

também conhecido como vício ou<br />

viés, está diretamente relacionado<br />

ao sistema de medição, variando<br />

de acordo com o minério que está<br />

sendo amostrado ou analisado naquele<br />

sistema. Ou seja, este vício<br />

é a resultante do somatório da interação<br />

dos efeitos dos elementos<br />

sistema de medição e do minério. A<br />

alteração de um minério em um determinado<br />

sistema pode resultar em<br />

um vício maior, menor ou ausente<br />

quando comparado a outro mineral.<br />

Mas, invariavelmente um erro sistemático<br />

é sempre provocado pelo<br />

projeto, modelo construtivo, ajustes<br />

ou modelo operacional definido para<br />

o sistema de medição.<br />

Para uma amostra ser representativa<br />

do todo é preciso que todas as<br />

partículas tenham as mesmas chances<br />

de serem amostradas. Podemos<br />

extrapolar, de forma inequívoca,<br />

esta definição para as mais diversas<br />

etapas do processo analítico. Assim,<br />

o erro sistemático pode ocorrer em<br />

qualquer etapa: amostragem, preparação<br />

da amostra para ensaios ou<br />

análises e ensaios.<br />

Esta falta de oportunidade de uma<br />

partícula ser amostrada pode ocorrer<br />

por uma infinidade de motivos,<br />

como por exemplo, pelo volume<br />

de produção da indústria mineral o<br />

sistema de amostragem pode ser<br />

incapaz de transpassar o fluxo e<br />

coletar uma porção proporcional do<br />

mesmo, ou porque durante a etapa<br />

de preparação de amostras existe a<br />

perda de um material extremamente<br />

fino que constitui a amostra do minério<br />

em análise.<br />

Outro ponto fundamental para a<br />

inserção de erros sistemáticos nos<br />

sistemas de medição vem de um<br />

importante conceito preconizado<br />

pela ISO 9001:2015:<br />

“Quando a rastreabilidade de<br />

medição for um requisito, ou for<br />

considerada pela organização parte<br />

essencial da provisão da confiança<br />

na validade de resultados de medição,<br />

os equipamentos de medição<br />

devem ser:<br />

a) verificados ou calibrados, ou<br />

ambos, a intervalos especificados,<br />

ou antes do uso, contra padrões de<br />

medição rastreáveis a padrões de<br />

medição internacionais ou nacionais.”<br />

Este ponto é capital, pois frente a<br />

necessidade de redução de custos,<br />

aumento de produtividade dos empregados<br />

e equipamentos e a entrega<br />

de resultados em prazos cada<br />

vez mais curtos, os laboratórios se<br />

preocuparam apenas em calibrar<br />

seus equipamentos periodicamente,<br />

em especial, balanças. Porém, entre<br />

duas calibrações, muitos eventos<br />

podem acontecer e os equipamentos<br />

de medição podem não mais se<br />

encontrar nas condições ideais pós<br />

calibração. A verificação periódica<br />

irá identificar o momento em que o<br />

distúrbio ocorreu e, impedir que o<br />

sistema de medição apresente vício<br />

em seus resultados.<br />

Em colunas anteriores já dissemos<br />

a importância do uso de padrões de<br />

qualidade, importantes aliados na<br />

eliminação ou redução de vícios dos<br />

equipamentos analíticos, como, espectrômetros,<br />

tituladores, colorímetros,<br />

entre outros. Os padrões que<br />

permitirão o adequado ajuste destes<br />

equipamentos, garantindo uma boa<br />

acurácia dos resultados.<br />

Outro elemento importante é o<br />

operador, que muitas vezes tem<br />

sua importância minimizada, em<br />

especial em tempos de automação<br />

dos processos analíticos, sendo um<br />

potencial causador de erros sistemáticos.<br />

Divergências operacionais<br />

entre dois empregados, seja na for-<br />

ma de calibrar e verificar um equipamento<br />

ou no modo como interpreta<br />

um determinado indicador de<br />

qualidade, pode levar a sérios erros<br />

operacionais sistemáticos de difícil<br />

identificação. Assim, uma equipe<br />

bem treinada é crucial, uma das<br />

formas é através da construção de<br />

fóruns, onde operadores compartilham<br />

experiências e técnicas.<br />

Estes são os erros sistemáticos<br />

mais comuns que se pode ter nas<br />

análises minerais e em um processo<br />

de medição em geral. A redução<br />

dos erros sistemáticos para níveis<br />

aceitáveis para o cliente é uma obrigação<br />

dos laboratórios de análises<br />

minerais, uma vez que é a partir dos<br />

resultados mensurados nestes que<br />

se tem a valoração de reservas minerais,<br />

a definição de valores para<br />

comércio entre partes e ajustes de<br />

qualidade de produtos comercializados.<br />

Claro que reduzir ou eliminar<br />

este vício tem um preço e que, por<br />

óbvio, é menor do que a falta de<br />

confiança nos resultados emitidos.<br />

Eduardo Pimenta de Almeida Melo<br />

é Engenheiro Químico,<br />

Gerente de Laboratórios da CSN Mineração,<br />

MBA em Gestão Empresarial,<br />

Pós–Graduado em Gestão de Laboratórios e<br />

Especializado em Data Science.<br />

Coordenador da Comissão de Estudos para<br />

Amostragem e Preparação de Amostras em<br />

Minério de Ferro para a ABNT – Associação<br />

Brasileira de Normas Técnicas.<br />

LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/eduardo-<br />

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Microbiologia<br />

46<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Aspectos microbiológicos do estudo de<br />

estabilidade de produtos farmacêuticos<br />

Por Claudio K. Hirai*<br />

De acordo com as normas vigentes,<br />

os estudos de estabilidade de<br />

medicamentos devem ser realizados<br />

sob diversas condições de temperatura<br />

e umidade. A incubação dos produtos<br />

em diferentes temperaturas e<br />

condições de umidade tem o objetivo<br />

de verificar a estabilidade do produto<br />

nas diversas regiões do pais.<br />

Sabe-se que Anvisa, através da RE<br />

nº 1 de 2005, normatizou a realização<br />

dos estudos de estabilidade de<br />

produtos farmacêuticos com o objetivo<br />

de determinar e acompanhar o<br />

seu prazo de validade.<br />

A regulamentação atual sobre o<br />

tema está dividida em quatro normas<br />

diferentes, além de existirem<br />

diversas recomendações em outros<br />

documentos da Anvisa, prejudicando<br />

a compreensão dos critérios. Os<br />

regulamentos não têm abrangência<br />

total sobre o tema e falta clareza<br />

sobre os requisitos para estudos de<br />

estabilidade, o que motiva interpretações<br />

subjetivas.<br />

Os estudos de estabilidade de longa<br />

duração levam 2 anos ou mais,<br />

enquanto os estudos acelerados<br />

levam cerca de 6 meses. Considerando<br />

o investimento de tempo e de<br />

recursos, é necessário que as empresas<br />

que desenvolvem medicamentos<br />

tenham certeza sobre a validade dos<br />

estudos para análise pela Anvisa.<br />

A revisão das regras também faz<br />

parte do processo de aceitação da<br />

Anvisa no International Conference<br />

on Harmonisation (ICH), um<br />

conselho internacional dedicado à<br />

harmonização dos requisitos técnicos<br />

para medicamentos humanos.<br />

Em dezembro de 2017, foi publicada<br />

a consulta pública nº 453 que<br />

altera a RE nº 1 e atualiza os critérios<br />

para a realização de estudos de estabilidade<br />

de insumos farmacêuticos<br />

ativos e medicamentos, exceto biológicos.<br />

Com a conclusão desta fase inicial, aguarda-se a publicação da nova<br />

norma.<br />

Assim, nesta edição da revista Analytica, focaremos nos aspectos microbiológicos<br />

dos medicamentos estéreis e não estéreis, com um foco concentrado<br />

no último.<br />

Em primeiro lugar, a estabilidade dos produtos não estéreis deve considerar a<br />

carga microbiana dos excipientes, matérias primas ativas (ifas) e as condições<br />

ambientais de fabricação. Tal informação pode ser obtida na 5º edição da Farmacopeia<br />

Brasileira, manual produzido pela Anvisa, na qual informa os limites<br />

microbianos.<br />

A contaminação microbiana de um produto não estéril (especialidade e matéria-prima<br />

farmacêutica) pode conduzir não somente à sua deterioração, com<br />

as mudanças físicas e químicas associadas, mas também ao risco de infecção<br />

para o usuário. Consequentemente, os produtos farmacêuticos orais e tópicos<br />

(cápsulas, comprimidos, suspensões, cremes, etc.) que não são estéreis devem<br />

ser submetidos aos controles da contaminação microbiana.<br />

A garantia de qualidade e os controles de produção devem preconizar que os<br />

micro-organismos capazes de proliferar e contaminar o produto estejam dentro<br />

dos limites aceitáveis. Os limites microbianos devem ser adequados às várias<br />

categorias de produtos que reflitam o tipo de contaminação mais provável introduzida<br />

durante a fabricação, bem como a via de administração, o consumidor<br />

final (neonatos, crianças, idosos, debilitados), o uso de agentes imunossupressores,<br />

corticosteroides e outros fatores. Ao avaliar os resultados dos testes microbiológicos,<br />

o número e os tipos de micro-organismos presentes devem ser<br />

considerados no contexto do uso do produto proposto.<br />

O teste microbiológico de produtos não estéreis e de matéria-prima para uso<br />

farmacêutico é realizado segundo a metodologia descrita em ensaios microbiológicos<br />

para produtos não estéreis, também descrito pela Farmacopeia Brasileira.<br />

Além da descrição metodológica dos ensaios, o manual também oferece os<br />

limites de aceitação, interpretados do seguinte modo:<br />

- 10 1 UFC: valor máximo aceitável = 20<br />

- 10 2 UFC: valor máximo aceitável = 200<br />

- 10 3 UFC: valor máximo aceitável = 2000 e, assim sucessivamente.<br />

Entretanto, há um grande questionamento quanto aos valores máximos<br />

aceitáveis, quando desenvolvemos uma formulação de um comprimido, por<br />

exemplo, devemos considerar a qualidade microbiológica dos excipientes, das<br />

matérias primas ativas e das condições de fabricação. Assim, é inaceitável em<br />

um estudo de estabilidade no qual dados iniciais apresentam um limite de 102<br />

UFC, que seja aceito uma contagem de 200 UFC ou mais.<br />

A repetição dos valores máximos aceitáveis devem ser objeto de uma reavaliação<br />

da formulação e das condições de fabricação, portanto a especificação<br />

final do produto não pode ser relacionada aos valores máximos aceitáveis.<br />

Desta maneira, o valor máximo aceitável não deve fazer parte da especificação<br />

de liberação final do produto. Valores acima da especificação devem ser<br />

objeto de uma investigação pela Garantia de Qualidade.<br />

Os produtos de uso múltiplo devem ser protegidos contra a contaminação microbiana<br />

por meio da adição de conservantes. O ensaio do desafio microbiano<br />

de conservantes deve ser realizado para todas formulações, antes do início dos


estudos de estabilidade, uma vez que<br />

o produto pode estar contaminado<br />

com: Candida albicans ATCC 10231;<br />

Aspergillus niger ATCC 16404; Escherichia<br />

coli ATCC 8739; Pseudomonas<br />

aeruginosa ATCC 9027; e<br />

Staphylococcus aureus ATCC 6538.<br />

A quantidade de conservante utilizada<br />

em uma formulação deverá<br />

ser a mínima necessária para a proteção<br />

do produto sem prejudicar o<br />

paciente ou consumidor. A eficácia<br />

antimicrobiana, seja ela inerente ao<br />

produto ou devida à adição de conservantes,<br />

precisa ser demonstrada<br />

para produtos tópicos múltipla-<br />

-dose, produtos orais, oftálmicos,<br />

otológicos, nasais, fluidos de diálise,<br />

irrigação, entre outros.<br />

Com relação aos produtos estéreis,<br />

os mesmos devem atender a<br />

especificação, sendo que o ensaio<br />

deve ser realizado no início e no final<br />

do estudo de estabilidade.<br />

Bibliografia:<br />

BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 5ª<br />

Ed. Brasília, 2010. (pag 59 – 207).<br />

*Claudio Kiyoshi Hirai<br />

Gerente Técnico Biolab<br />

É farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ<br />

consultoria e qualidade, membro da American Society<br />

of Microbiology e membro do CTT de microbiologia da<br />

Farmacopeia Brasileira.<br />

Telefones: 55 11 3573-2905 55 11 3573-6812<br />

chirai@biolabfarma.com.br www.biolabfarma.com.br<br />

BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária. Resolução nº 1 Anvisa de<br />

29/07/2005 - Guia para a Realização de Estudos<br />

de Estabilidade.<br />

BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária. Consulta Pública nº 453 de<br />

28/12/2017 - Critérios para a Realização de Estudos<br />

de Estabilidade de insumos farmacêuticos ativos<br />

e medicamentos, exceto biológicos, e dá outras<br />

providências.<br />

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Informe Científico<br />

Filtros Integrados<br />

Quando escolher Ultrafiltração ou<br />

Microfiltração?<br />

Autores:<br />

João Paulo dos Santos1,<br />

Lucas Pedrosa Souto Maior2,<br />

Eliane Costa Souza3,<br />

Tatiana Almeida Omura de Paula4,<br />

Lúcia Helena Ferreira Santos5,<br />

Karwhory Wallas Lins da Silva6,<br />

Yáskara Veruska Ribeiro Barros7,<br />

Velber Xavier Nascimento8,<br />

Alessandra Valério de Almeida Guedes9<br />

Filtração é o processo de separação utilizado em sistemas de purificação de água, como uma barreira<br />

física para eliminar contaminantes, tais como partículas e microrganismos, que possam reagir com as<br />

amostras e causar efeitos negativos em aplicações laboratoriais específicas. A grande diferença entre os<br />

dois sistemas de filtração integrado utilizados no PURELAB Chorus, são os tipos e tamanhos dos contaminantes<br />

que podem ser removidos.<br />

Como funciona a<br />

filtração?<br />

Ambos, microfiltração e ultrafiltração, utilizam membranas como uma<br />

barreira física para retenção de partículas. Estes sistemas permitem a filtração<br />

em baixa pressão, entretanto, se houver um bloqueio, então o gradiente<br />

de pressão irá aumentar, e irá forçar o permeado a passar pelos poros das<br />

membranas. Em aplicações que o PURELAB Chorus é utilizado, os cartuchos<br />

de microfiltração ou ultrafiltração são utilizados após a Osmose Resversa<br />

(OR), que remove efetivamente a maioria das partículas. Isto significa<br />

que a filtração atua como a última etapa do sistema, removendo qualquer<br />

partícula que, por ventura, não foi removida no filtro de pré-tratamento ou<br />

na fase de Osmose Reversa (OR) ou ainda no caso improvável de quantidades<br />

vestigiais de bactérias se proliferando no interior do reservatório.<br />

Microfiltração?<br />

O sistema de microfiltração (MF) é desenhado para remoção e retenção<br />

de todas as partículas maiores que o tamanho controlado do poro da superfície<br />

da membrana: tipicamente entre 0,05 e 0,2µm. Estes filtros, geralmente<br />

são utilizados e posicionados o mais próximo possível do ponto<br />

de uso do sistema, e funciona como uma “peneira”, retendo partículas e<br />

bactérias com tamanho maior que 0,2 µm.<br />

48<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

A importância em<br />

Aplicações Analíticas<br />

A microfiltração é particularmente<br />

muito utilizada para aplicações<br />

analíticas, como por exemplo a<br />

preparação da fase móvel para Cromatografia<br />

Líquida de Alta Eficiência<br />

(CLAE) ou High Performance Liquid<br />

Cromatography (HPLC). Podendo<br />

remover moléculas orgânicas (como<br />

por exemplo, pesticidas, herbicidas<br />

ou vestígios de tecido vegetal ou<br />

animal), bactérias (< 0,1UFC/ml) e<br />

particulados (


Ultrafiltração<br />

A ultrafiltração (UF) não é muito diferente da microfiltração, a não ser o<br />

tamanho das partículas que podem ser removidas. Partículas tão pequenas<br />

quanto proteínas e macromoléculas são removidas pela membrana, que<br />

geralmente, é composta por fibras na forma de “tubos ocos” para aumentar<br />

o fluxo de água. O tamanho do poro da membrana, tipicamente está entre<br />

0,001 e 0,1µm. A água pode passar pela membrana de duas formas:<br />

1. Toda a água passa diretamente pela<br />

membrana (“dead-ended”);<br />

2. Uma porção da água passa pela<br />

superfície da membrana em<br />

“cross-flow” (fluxo tangencial).<br />

O benefício deste modelo é a<br />

possibilidade de reduzir o acúmulo<br />

de contaminantes através da<br />

rinsagem do transportado pela água;<br />

Filtração Integrada<br />

(Interna) x Filtro de<br />

Ponto de Uso<br />

O PURELAB Chorus fornece<br />

sistemas com ultrafiltração ou<br />

microfiltração integrados aos sistemas.<br />

Estes sistemas integrados<br />

permitem uma maior efetividade<br />

da filtração, combinando tecnologias<br />

como Osmose Reversa, Troca<br />

Iônica, Lâmpada UV. Sanitização<br />

Química e Micro ou Ultrafiltração<br />

para fornecer água ultrapura, não<br />

dependendo apenas de um único<br />

filtro de ponto de uso. O principal<br />

benefício em relação aos filtros típicos<br />

de ponto de uso (POU) é que<br />

os níveis de bactérias ou endotoxinas<br />

na água ultrapurificada ainda<br />

podem ser garantidos pela filtração<br />

antes da utilização. Como segurança<br />

extra e tranquilidade, filtros de<br />

ponto de uso podem ser adicionados,<br />

também, aos dispensadores.<br />

A importância em Aplicações Life Science<br />

A microfiltração é particularmente muito utilizada para aplicações Life<br />

Science, como por exemplo para Reação em Cadeia da Polimerase ou Polymerase<br />

Chain Reaction (PCR). Promovendo a remoção de nucleases (RNase<br />

/ DNase), endotoxinas bacterianas e pirogênios, compostos orgânicos<br />

(como por exemplo, pesticidas, herbicidas ou vestígios de tecido vegetal ou<br />

animal), bactérias (< 0,1UFC/ml) e particulados (


Em Foco<br />

Fritsch e Altmann, uma nova parceria.<br />

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analítica, a Altmann sempre<br />

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e pipetas que não são da marca<br />

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deve ser realizada no local de operação<br />

do equipamento pois sofre<br />

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www.analiticanet.com.br<br />

Eventos Paralelos<br />

+55 11 3205-5075 | analitica@nm-brasil.com.br<br />

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REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Local<br />

51


Em Foco<br />

Soluções para o cultivo de células e tecidos<br />

Placas e microplacas da Greiner Bio-One oferecem qualidade e versatilidade.<br />

Um dos processos mais requisitados<br />

no dia a dia dos laboratórios,<br />

a cultura de células e tecidos é de<br />

suma importância para aplicações<br />

em diversos campos, contribuindo<br />

desde o uso para a fabricação de<br />

vacinas, pesquisas relacionadas<br />

a doenças como o câncer, desenvolvimento<br />

e testes pré-clínicos de<br />

medicamentos, até terapia utilizando<br />

células-tronco. Com todas estas<br />

aplicações, é um processo que<br />

necessita atender a diversas variáveis,<br />

como o tipo de células que<br />

estão sendo cultivadas, a escala<br />

das culturas, finalidade da análise<br />

e até mesmo o espaço físico disponível<br />

para receber estas demandas<br />

e, por isso, soluções versáteis e<br />

com alto padrão de qualidade são<br />

essenciais para facilitar e agilizar<br />

as rotinas com os melhores resultados.<br />

Por isso, a Greiner Bio-One<br />

oferece uma variedade de placas<br />

para a cultura de células para as<br />

mais diversas finalidades. Entre os<br />

destaques estão as inovações das<br />

linhas CELLSTAR® e Advanced<br />

TC oferecidas em diferentes tamanhos<br />

e tipos de superfícies.<br />

Para o cultivo de células aderentes,<br />

as placas e microplacas<br />

CELLSTAR® TC são fisicamente<br />

modificadas por meio da inserção<br />

de grupos polares no plástico, o<br />

que torna a superfície hidrofílica<br />

para otimizar a adesão celular. Enquanto<br />

para células aderentes mais<br />

sensíveis, o tratamento inovador da<br />

superfície dos produtos Advanced<br />

TC proporciona um ambiente<br />

excelente para o cultivo celular em<br />

condições de ausência ou redução<br />

de soro, células primárias raras,<br />

células transfectadas ou transduzidas.<br />

Ambos os produtos estão<br />

disponíveis em placas de 35 a 145<br />

mm de diâmetro e microplacas de<br />

6 a 1536 poços.<br />

No cultivo de células não aderentes,<br />

a CELLSTAR® Suspensão<br />

oferece a superfície hidrofóbica,<br />

indicada para o cultivo de células<br />

que não necessitam de ancoragem<br />

para se proliferar e sobreviver,<br />

como células de origem hematopoética.<br />

Há também a linha “Cell-repellent”,<br />

uma tecnologia exclusiva<br />

da Greiner que evita efetivamente<br />

a adesão celular, muito utilizada<br />

no cultivo de células em 3D, é indicada<br />

para processos em que as<br />

superfícies hidrofóbicas convencionais<br />

não são suficientes para<br />

impedir a adesão. As placas estão<br />

disponíveis de 35 a 145 mm de diâmetro<br />

e microplacas de 6 a 384<br />

poços.<br />

Os produtos apresentam o alto<br />

nível de qualidade da Greiner Bio-<br />

-One, já reconhecido no mercado,<br />

e estão em conformidade com as<br />

normas do Instituto Nacional Padrão<br />

Americano (ANSI) para microplacas.<br />

Para saber mais sobre estes e<br />

outros produtos, entre em contato<br />

pelo e-mail: info@br.gbo.com.<br />

Analisadores de Carbono Orgânico Total (COT) Sievers®<br />

52<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

Desempenho analítico, confiabilidade<br />

e facilidade de uso incomparáveis<br />

Como fabricante líder mundial de<br />

analisadores e instrumentos analíticos<br />

de COT, fornecemos tecnologia,<br />

design, e qualidade superiores.<br />

Os analisadores de COT da Sievers<br />

cobrem um intervalo analítico dinâmico<br />

de 0,03 ppb até 50.000 ppm<br />

e fornecem soluções em diversos<br />

setores e aplicações.<br />

Sievers M9 Laboratório,<br />

Portátil e On-line<br />

Meça o COT mais precisamente<br />

e maximize a produtividade<br />

O Sievers M9 fornece dados<br />

estáveis e precisos para monitoramento<br />

de água ultrapura (UPW) e<br />

farmacêutica, validação de limpeza<br />

e outras aplicações. Com a tecnologia<br />

de membrana condutométrica<br />

Sievers, os analisadores M9 fornecem<br />

desempenho analítico incomparável,<br />

confiabilidade e facilidade<br />

de uso. Recursos exclusivos, como<br />

o teste simultâneo de condutivida-


your power for health<br />

VISITE-NOS NA 48ª SBBQ!<br />

De 14 a 17/05, no Centro de Convenções<br />

do Hotel Majestic – Águas de Lindóia/SP.<br />

Estandes 19, 20 e 21.<br />

Cultura celular<br />

Inovação e tecnologia ao seu alcance<br />

A variedade de superfícies das placas e microplacas da Greiner<br />

Bio-One oferecem qualidade e versatilidade na cultura de células<br />

para as mais diversas finalidades.<br />

A linha CELLSTAR ® TC oferece opções de superfície<br />

hidrofílica para otimizar a adesão celular.<br />

Os produtos Advanced TC são excelentes para o cultivo<br />

celular em condições de ausência ou redução de soro,<br />

células primárias raras, células transfectadas ou<br />

transduzidas.<br />

A CELLSTAR ® Suspensão oferece superfície hidrofóbica<br />

para cultivo de células que não necessitam de ancoragem<br />

para se proliferar e sobreviver.<br />

A nossa tecnologia exclusiva “Cell-repellent” é indicada para<br />

processos em que as superfícies hidrofóbicas convencionais<br />

não são suficientes para impedir a adesão como, por<br />

exemplo, para a realização de Cultura de Células em 3D.<br />

Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />

Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com/bioscience


Em Foco<br />

de Estágio 1 e COT. Nossa tecnologia<br />

ajuda os clientes a aumentar<br />

a eficiência e manter a conformidade,<br />

principalmente em setores<br />

como o de produtos farmacêuticos<br />

e microeletrônicos.<br />

Sievers 500 RL On-line<br />

Cumpra os regulamentos e melhore<br />

o controle do processo com<br />

o monitoramento on-line preciso e<br />

estável da UPW<br />

O Sievers 500RL fornece a estabilidade<br />

e a precisão, particularmente<br />

para aplicações farmacêuticas.<br />

Com operações variando<br />

de 0,03 ppb até 2,5 ppm, esses<br />

analisadores oferecem o menor<br />

limite de detecção para analisadores<br />

UPW on-line de COT sem<br />

reagentes. Conformidade com a<br />

USP e outras farmacopeias<br />

internacionais e pode ser fornecido<br />

com os protocolos críticos necessários<br />

para a validação do processo<br />

de teste em tempo real (RTT) e<br />

conformidade com a 21 CFR Parte<br />

11. O 500 RL usa a tecnologia de<br />

membrana condutométrica Sievers<br />

para fornecer precisão e confiabilidade,<br />

sem leituras de falso positivo<br />

e falso negativo associadas a outras<br />

tecnologias de COT simplificadas.<br />

Sievers 860 Laboratório<br />

Excelente desempenho analítico<br />

com um conjunto de recursos simplificado<br />

Foi criado para testes gerais de<br />

água farmacêutica, inclusive água<br />

para injeção (WFI) e água purificada<br />

(PW) e está em conformidade<br />

com os principais requisitos<br />

da farmacopeia global. Com um<br />

intervalo linear de 0,3 ppb a 1,5<br />

ppm, o 860 Lab utiliza a tecnologia<br />

comprovada de membrana condutométrica<br />

Sievers e oferece uma<br />

alternativa mais robusta ao método<br />

de condutividade direta. O 860<br />

Lab é fácil de configurar, operar e<br />

pode ser usado com o amostrador<br />

automático RT12 para aumentar a<br />

produtividade.<br />

Padrões e vials Sievers<br />

Minimize os riscos e elimine as<br />

variáveis com vials e padrões certificados<br />

Ao medir o COT é importante minimizar<br />

os riscos de contaminação<br />

e eliminar as variáveis de teste em<br />

todas as análises.<br />

• Padrões Sievers: de precisão,<br />

de calibração, de verificação,<br />

de condutividade, conjuntos de linearidade<br />

e mais.<br />

• Vials Sievers incluem:<br />

vials certificados de baixo COT<br />

(


HÁ 25 ANOS<br />

CELEBRANDO<br />

GRANDES<br />

NEGÓCIOS.<br />

25ª EDIÇÃO<br />

01 - 03<br />

junho<br />

20<br />

20<br />

fcepharma.com.br


Em Foco<br />

Grupo Polar inova mais uma vez e lança linha SafePack com o Polar PCM,<br />

solução que elimina potencial risco de excursão de temperatura<br />

Novas tecnologias, que serão apresentadas na 24 ª FCE Pharma, foram desenvolvidas para manter e<br />

garantir estabilidade sob temperaturas extremas por muito mais tempo<br />

56<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

O Grupo Polar, líder na fabricação<br />

de elementos térmicos, desenvolveu<br />

tecnologias exclusivas<br />

para atender as novas exigências<br />

regulatórias do mercado farmacêutico:<br />

a linha SafePack com o Polar<br />

PCM (Phase Change Material). As<br />

novidades serão apresentadas durante<br />

a FCE Pharma, maior feira da<br />

indústria farmacêutica na América<br />

Latina, entre os dias 21 a 23 de<br />

maio no São Paulo Expo, em São<br />

Paulo.<br />

“Os PCMs são estudados há<br />

mais de uma década em diversas<br />

aplicações com o intuito de reduzir<br />

o consumo de energia e melhorar<br />

a qualidade de algumas aplicações<br />

especificas, como o transporte de<br />

produtos com temperatura controlada.<br />

A Polar trouxe essa novidade<br />

juntamente com a linha SafePack,<br />

diversificando a gama de produtos<br />

e os tipos de isolamento disponíveis<br />

no mercado, como por exemplo<br />

o VIP, que apresenta o melhor<br />

isolamento térmico do mercado nacional<br />

e internacional”, explica Anderson<br />

Fernandes, engenheiro de<br />

desenvolvimento do Grupo Polar.<br />

Disponíveis em três versões “SafePack<br />

Tec, SafePack Max e SafePack<br />

Vip”, foram desenvolvidas<br />

pela Polar Técnica e seguem os<br />

parâmetros do Guia Anvisa para a<br />

Qualificação de Transporte de Produtos<br />

Biológicos, 2ª Edição (2017).<br />

Elas serão comercializadas junto<br />

com o Polar PCM, respeitando o<br />

conceito de química verde, e mantendo<br />

a faixa de temperatura, sejam<br />

elas 2°C a 8°C, 15°C a 25°C<br />

ou negativo.<br />

Conheça a Linha SafePack<br />

SafePack VIP:<br />

Os painéis são fabricados por<br />

meio de um material termicamente<br />

não condutor, embalado a vácuo<br />

e envolto por camadas de filme<br />

especial impermeável. O vácuo<br />

presente nos painéis, mitiga a variação<br />

de temperatura, inibindo assim<br />

a transferência de calor entre o<br />

sistema passivo de transporte e o<br />

exterior. Além disso, possui o melhor<br />

isolante térmico atualmente no<br />

mercado, é reutilizável, e garante<br />

maior tempo de transporte seguro,<br />

aumentando a confiabilidade<br />

aos processos de manutenção da<br />

temperatura para produtos termolábeis.<br />

As placas POLAR VIP, que ficam<br />

na parte interna da caixa, não<br />

contêm asbestos (amianto), utilizando<br />

materiais seguros e aprovados<br />

pelas legislações ambientais.<br />

SafePack Max:<br />

Utiliza como isolante térmico<br />

um plástico rígido de poliestireno<br />

extrudado, chamado XPS, que possui<br />

altíssima resistência mecânica.<br />

Material com baixíssima absorção<br />

de água ou vapor, sua estrutura<br />

celular fechada e homogênea garante<br />

excelentes características de<br />

isolamento térmico e resistência<br />

mecânica, tornando o tempo de<br />

vida útil muito maior que o EPS.<br />

Disponível com revestimento externo<br />

em papelão corrugado branco<br />

ou poliondas.<br />

SafePack Tec:<br />

É feita em EPS (Poliestireno Expandido)<br />

para isolamento térmico,<br />

uma ótima opção, por ser um material<br />

altamente versátil. As possibilidades<br />

de trabalho com o EPS são<br />

diversas devido aos nossos modelos<br />

exclusivos em parede tripla. A<br />

SafePack Tec trabalha com caixas<br />

de alta densidade garantindo um<br />

melhor isolamento térmico para<br />

o sistema passivo de transporte.<br />

Sistema de alta confiabilidade,<br />

propiciando uma excelente relação<br />

custo x benefício para o transporte<br />

de seus produtos.<br />

24 ª edição da FCE Pharma<br />

Data: 21 a 23 de maio de 2019<br />

Horário: 11h às 19h<br />

Estande E-107<br />

Local: São Paulo Expo<br />

Endereço: Rodovia dos Imigrantes,<br />

KM 1,5 – São Paulo


A qualidade necessária<br />

com a agilidade<br />

desejada!<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004<br />

Centro Analítico Reblas 131.<br />

Certificado de Acreditação CRL 1117.<br />

Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica -<br />

EQFAR048<br />

Centro Analítico de Análises e Estudos MAPA -<br />

Licença SP-000545-2<br />

Analítica Analises Fisico-químicas e<br />

Microbiológicas Ltda.<br />

R. Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />

Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />

Fones +55 (11) 4747-7485<br />

analitica@analiticalab.com.br<br />

www.analiticalab.com.br


Em Foco<br />

A importância da qualidade na logística<br />

Para falarmos sobre a importância da qualidade na logística, precisamos falar sobre a importância do<br />

sistema de gestão da qualidade.<br />

58<br />

REVISTA ANALYTICA - ABR/MAI 19<br />

A principal atividade do sistema<br />

de gestão da qualidade é gerar melhorias<br />

em seus produtos e serviços,<br />

garantindo a completa satisfação<br />

dos clientes e superando suas<br />

expectativas.<br />

A NBR ISO 9001, é uma das<br />

principais referências de qualidade<br />

para as empresas por orientar as<br />

empresas a focar seu trabalho na<br />

satisfação do cliente, na melhoria<br />

constante e no gerenciamento do<br />

processo.<br />

A atuação do farmacêutico é<br />

fundamental para que a empresa<br />

consiga atingir uma alta qualidade<br />

na prestação do serviço, com a realização<br />

de treinamentos aos colaboradores,<br />

qualificação de fornecedores<br />

e agentes de carga, controle<br />

de higiene e limpeza do local e dos<br />

veículos, controle de pragas e vetores,<br />

controle de temperatura e<br />

umidade do estoque e dos veículos,<br />

compatibilidade de cargas, garantindo<br />

a chegada ao usuário final, de<br />

produtos íntegros e com qualidade<br />

assegurada.<br />

A empresa deve dispor de uma<br />

boa infraestrutura para a guarda e<br />

armazenamento dos produtos, com<br />

área construída adequada que permita<br />

o monitoramento de temperatura<br />

e a conservação dos produtos,<br />

fatores relacionados diretamente<br />

é qualidade dos medicamentos e<br />

produtos para a saúde.<br />

A empresa deve cumprir as legislações<br />

vigentes para a distribuição<br />

e transporte de produtos farmacêuticos,<br />

cosméticos e produtos para<br />

a saúde conforme determinação<br />

da ANVISA, órgãos certificadores e<br />

vigilâncias sanitárias do município<br />

onde atua.<br />

A vontade da direção da empresa<br />

em desenvolver um planejamento<br />

a curto, médio e longo<br />

prazo, e o comprometimento dos<br />

seus gestores é fundamental para<br />

a implementação do SGS.<br />

Para aplicar a gestão da qualidade<br />

nos processos logísticos é necessário<br />

que os gestores entendam<br />

a necessidade de aprimorar os<br />

procedimentos de armazenagem e<br />

transporte, a necessidade de qualificar<br />

a mão de obra, a implantação<br />

dos indicadores de desempenho<br />

que possibilitam validar a execução<br />

das tarefas e assegurar que estejam<br />

sendo cumpridas, possibilitando<br />

a tomada de decisões estratégicas<br />

e assertivas, a eficiência na<br />

gestão de estoque a fim de evitar<br />

processos ineficientes que geram<br />

desperdícios e prejuízos, o registro<br />

das informações permite que haja<br />

eficiência e agilidade na execução<br />

das atividades.<br />

Com o sistema de gestão da<br />

qualidade implementado, com a<br />

atuação direta do farmacêutico,<br />

com mão de obra qualificada e com<br />

o comprometimento dos gestores é<br />

possível garantir as boas práticas<br />

de armazenagem e distribuição de<br />

produtos farmacêuticos, cosméticos<br />

e produtos para a saúde.<br />

Tâmisa Da Silva Barbosa<br />

Farmacêutica/Coordenadora de<br />

Qualidade


Em Foco<br />

Grupo APS Brasil<br />

REPRESENTADAS<br />

THE INERTSIL COLUMNS' FAMILY<br />

24ª edição<br />

EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA<br />

PARA A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA<br />

visite nosso estande B075<br />

Mantenedores<br />

Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil

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