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Revista Cleto Fontoura 23º Edição

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QUALIDADE DE VIDA E<br />

Câncer<br />

DR. ANTONIO<br />

H. O. POLETTO<br />

Cirurgia Oncológica<br />

Doutorado - FMUSP<br />

Nas últimas décadas houve uma significativa mudança<br />

na filosofia do tratamento oncológico, graças a um<br />

conjunto de evoluções: medicamentos antineoplásicos<br />

com maior índice de cura; radioterapia com maior precisão;<br />

cirurgias menores com melhores resultados estéticos<br />

e funcionais.<br />

Também houve a evolução do conceito de qualidade<br />

de vida e saúde, que de maneira geral, se relaciona<br />

com a percepção individual sobre a sua saúde, suas<br />

exigências culturais, sistemas de valores, metas, expectativas<br />

e preocupações.<br />

Na oncologia, a avaliação da qualidade de vida dos pacientes<br />

é ainda mais difícil, pois depende do tipo do<br />

câncer, sua localização e do tratamento empregado.<br />

Existe ainda a filosofia dos cuidados paliativos, com o<br />

foco na qualidade e não na duração da vida. Seu principal<br />

objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente,<br />

que decidirá junto com seu médico e familiares quando<br />

eles devem começar.<br />

Neste contexto, a enfermeira australiana, Bronnie Ware,<br />

escreveu um livro muito importante intitulado: “The Top<br />

Five Regrets of the Dying”, que avaliou os cinco maiores<br />

arrependimentos das pessoas com uma percepção<br />

real de morte, sob um ponto de vista pessoal, não deixa<br />

de ser uma autoavaliação retrospectiva da qualidade de<br />

vida, um verdadeiro balanço final.<br />

Segundo Bronnie, o arrependimento mais comum de<br />

todos foi: “Queria ter aproveitado a vida do meu jeito e<br />

não da forma que os outros queriam”. Quando as pessoas<br />

percebem que sua vida chegou ao fim, fica mais<br />

fácil ver quantos sonhos elas deixaram para trás.<br />

Outro: “Queria não ter trabalhado tanto”. Bronnie conta<br />

que esse desejo era muito comum aos homens. O terceiro:<br />

“Queria ter falado mais sobre meus sentimentos”.<br />

Para viver em paz com outras pessoas, muita gente<br />

acaba suprimindo seus próprios sentimentos.<br />

“Não queria ter perdido contato com meus amigos”.<br />

Segundo ela, muitas pessoas não percebem que sentem<br />

saudades dos amigos até chegar a estes momentos<br />

finais.<br />

E o quinto: “Queria ter me permitido ser feliz”. De acordo<br />

com a autora, muitas pessoas só percebem no fim<br />

que o medo de mudar fez com que elas fingissem que<br />

estavam satisfeitas, quando não estavam.<br />

Curiosamente, Montaigne (1533 a 1592) já acreditava que<br />

a função da morte seria nos ensinar a viver: “Não importa<br />

se você viveu muitos ou poucos anos, o que importa é a<br />

forma e a maneira como você aproveitou esse tempo”.<br />

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