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QUALIDADE DE VIDA E<br />
Câncer<br />
DR. ANTONIO<br />
H. O. POLETTO<br />
Cirurgia Oncológica<br />
Doutorado - FMUSP<br />
Nas últimas décadas houve uma significativa mudança<br />
na filosofia do tratamento oncológico, graças a um<br />
conjunto de evoluções: medicamentos antineoplásicos<br />
com maior índice de cura; radioterapia com maior precisão;<br />
cirurgias menores com melhores resultados estéticos<br />
e funcionais.<br />
Também houve a evolução do conceito de qualidade<br />
de vida e saúde, que de maneira geral, se relaciona<br />
com a percepção individual sobre a sua saúde, suas<br />
exigências culturais, sistemas de valores, metas, expectativas<br />
e preocupações.<br />
Na oncologia, a avaliação da qualidade de vida dos pacientes<br />
é ainda mais difícil, pois depende do tipo do<br />
câncer, sua localização e do tratamento empregado.<br />
Existe ainda a filosofia dos cuidados paliativos, com o<br />
foco na qualidade e não na duração da vida. Seu principal<br />
objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente,<br />
que decidirá junto com seu médico e familiares quando<br />
eles devem começar.<br />
Neste contexto, a enfermeira australiana, Bronnie Ware,<br />
escreveu um livro muito importante intitulado: “The Top<br />
Five Regrets of the Dying”, que avaliou os cinco maiores<br />
arrependimentos das pessoas com uma percepção<br />
real de morte, sob um ponto de vista pessoal, não deixa<br />
de ser uma autoavaliação retrospectiva da qualidade de<br />
vida, um verdadeiro balanço final.<br />
Segundo Bronnie, o arrependimento mais comum de<br />
todos foi: “Queria ter aproveitado a vida do meu jeito e<br />
não da forma que os outros queriam”. Quando as pessoas<br />
percebem que sua vida chegou ao fim, fica mais<br />
fácil ver quantos sonhos elas deixaram para trás.<br />
Outro: “Queria não ter trabalhado tanto”. Bronnie conta<br />
que esse desejo era muito comum aos homens. O terceiro:<br />
“Queria ter falado mais sobre meus sentimentos”.<br />
Para viver em paz com outras pessoas, muita gente<br />
acaba suprimindo seus próprios sentimentos.<br />
“Não queria ter perdido contato com meus amigos”.<br />
Segundo ela, muitas pessoas não percebem que sentem<br />
saudades dos amigos até chegar a estes momentos<br />
finais.<br />
E o quinto: “Queria ter me permitido ser feliz”. De acordo<br />
com a autora, muitas pessoas só percebem no fim<br />
que o medo de mudar fez com que elas fingissem que<br />
estavam satisfeitas, quando não estavam.<br />
Curiosamente, Montaigne (1533 a 1592) já acreditava que<br />
a função da morte seria nos ensinar a viver: “Não importa<br />
se você viveu muitos ou poucos anos, o que importa é a<br />
forma e a maneira como você aproveitou esse tempo”.<br />
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