RCIA - ED. 148 - NOVEMBRO 2017
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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />
por: Ivan Roberto Peroni<br />
IPTU: Prefeito perde na Câmara e dá peso<br />
à trajetória de quem teve bom senso<br />
A reavalição da Planta Genérica de Valores que calcula o IPTU, levou Araraquara, a viver em outubro<br />
um período conturbado no qual podemos ver claramente que política e economia andam juntas.<br />
Rejeitado pela Câmara, pois a maioria dos vereadores usou o bom senso, criou-se um verdadeiro<br />
Palmeiras x Corinthians entre governo e oposição e logo Edinho Silva utilizou recursos públicos em<br />
veículos de comunicação claramente seletivos, para propagar uma absurda divisão entre miseráveis e<br />
abastados, prática pouco recomendável para quem sempre falou em cidadania.<br />
Em 2001, quando assumiu pela primeira<br />
vez a Prefeitura de Araraquara<br />
o então prefeito Edinho dizia que “as<br />
medidas de combate às desigualdades<br />
para terem resultados positivos<br />
começam na cidade” e em nome da<br />
pobreza existente em uma grande<br />
parte da população, usou a casa do<br />
João de Barro para impor o óbvio -<br />
quem tem mais, paga mais; quem<br />
tem menos, paga menos.<br />
Passados 16 anos, dos quais 8 dele<br />
e outros 8 anos de Marcelo Barbieri,<br />
Edinho ressurge com o mesmo discurso,<br />
pregando a necessidade de uma<br />
revisão na Planta Genérica de Valores<br />
- da qual somos plenamente favoráveis<br />
- só que ele utiliza regras envolvidas<br />
por cálculos bem distantes do<br />
que o PT denomina de justiça social.<br />
E para sensibilizar a cidade de uma<br />
forma geral, usa demagogicamente<br />
a população mais humilde, estabelecendo<br />
um confronto de classes, deixando<br />
transparecer que os considerados<br />
melhores de vida são ‘bandidos’.<br />
Ora, se desde 2011 não se reavalia a<br />
PGV não é por culpa do contribuinte,<br />
mas dos gestores públicos e dos vereadores que nos representavam, dentre os<br />
quais os do próprio PT que em momento algum alertaram Marcelo Barbieri para<br />
proceder estudos sobre a expansão urbanística da cidade. Entre os vereadores<br />
omissos estava o atual Secretário de Gestão e Finanças, Donizeti Simioni, que<br />
tem o dever de promover o controle dos recursos que entram e saem dos cofres<br />
da prefeitura. Aliás, o que era feito com o dinheiro do IPTU, o saudoso prefeito<br />
Waldemar De Santi mostrava na capa do carnê até 2001, esclarecendo:<br />
Neste carnê estão inclusos os seguintes tributos:<br />
CÓDIGOS: IPT - Imposto Predial Territorial; IT - Imposto Territorial; IL - Taxa de<br />
Iluminação Pública; LP - Taxa de Limpeza Pública; CP - Taxa de Conservação de<br />
Pavimentação; PI - Taxa de Prevenção contra incêndio; TL - Taxa de Remoção de<br />
Lixo e EX - Expediente.<br />
Ao assumir a prefeitura em 2001 (foi eleito em 2000), Edinho retirou da capa<br />
do carnê o descritivo sobre o direcionamento dos recursos provenientes do IPTU<br />
e passou a anunciar que “com os impostos, ela (prefeitura) paga os servidores<br />
municipais, constrói creches, escolas, postos de saúde e asfalta rua”. Tudo isso<br />
outra vez é óbvio; e os que não pagam corretamente seus impostos devem ser<br />
penalizados, também de maneira justa, pois a lei concede ao devedor este tipo<br />
de benefício.<br />
E como disse o jornalista Geraldo Polezze, em seu Jornal de Araraquara, na edição<br />
de 28 de outubro: “Edinho Silva gasta mundo e fundo na televisão, mas, não<br />
consegue esconder aumento do IPTU. Numa época de crise, população fica com<br />
pé atrás: falta verba e prefeito tenta ressuscitar Facira, coloca monte de assessores<br />
(até via PT de outros centros) e vai patrocinar carnaval? Prefeito pensa que<br />
ainda é ministro, com o calor de Dilma e Lula. Humilde como vereador, hoje,<br />
assumindo cargos petistas, não consegue segurar a imagem de “otoridade” e<br />
mancha sua biografia. Edinho é um político profissional. Isso ninguém nega”.<br />
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