*Novembro/2019 - Referência Florestal 213
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ARTIGO<br />
Floresta Amazônica<br />
NEGÓCIO OU RELIGIÃO<br />
Por: Waldemar Vieira Lopes<br />
Fotos: divulgação<br />
Lastimável, prosperarem argumentos falaciosos implantados<br />
na mídia do Brasil e do mundo quanto à<br />
extinção de nossas florestas, recurso renovável abundante<br />
no país e, guindado a uma situação de constrangimento<br />
pelo avanço da ideologia ambientalista<br />
como fator inibidor ao processo de desenvolvimento econômico<br />
do país, prejudicando inclusive, a necessária e correta proteção<br />
ao meio ambiente.<br />
O efeito colateral é o aumento da atividade ilegal e predatória,<br />
cujo desserviço é fomentado por uma rede de organizações<br />
que objetivam restringir implantação de obras de infraestrutura,<br />
perfeitamente sintonizados com agendas externas, fazendo<br />
dessa Suposta Proteção Ambiental, fator decisório e ordenador<br />
das atividades econômicas, agindo com o objetivo geopolítico<br />
de inviabilizar a transformação do país em grande potência, contando<br />
com grandes aportes financeiros e utilizando táticas de<br />
guerra psicológica, operando com enorme desenvoltura através<br />
da mídia, jamais no campo de batalha técnico, trazendo para<br />
suas fileiras pessoas do meio político, artístico e intelectual,<br />
agindo como mercadores do caos e marqueteiros de interesses<br />
que não o do Brasil, aplaudidos no grande circo ambiental, dando<br />
sustentabilidade a um sem números de falácias.<br />
Cabe aos bons brasileiros contraporem inverdades implantadas<br />
por essa corrente “neo-ambiental”, identificando quem<br />
as alimenta financeiramente, pois esse turismo ecológico com<br />
suas táticas de guerrilha, colocação de textos e mais textos em<br />
jornais, propagandas na mídia televisiva e no rádio, certamente<br />
tem custos estratosféricos.<br />
Descompromissados com os problemas advindos dos absurdos<br />
que encontram eco em mentes pouco analíticas, vendem<br />
a imagem de um país sem governo, de um sistema de controle<br />
ambiental incompetente, de um país que tem uma fábrica de<br />
desastres ambientais e transporta-os para o mundo inteiro.<br />
Ora Cara Pálida, empresário madeireiro algum tem como<br />
objetivo dizimar a floresta, fonte de matéria-prima necessária à<br />
perenidade do negócio florestal, sendo seu verdadeiro e legítimo<br />
guardião, pois dela depende seu futuro e bem manejadas as<br />
árvores durarão para sempre, bastando que seja reconhecido o<br />
seu valor e sua importância como meio de vida para um mundo<br />
em transição.<br />
Esse país é feito por gente pacata e de boa índole, pois em<br />
nenhum outro lugar do mundo alguém conseguiria emplacar<br />
um discurso de engessamento de um produto reconhecidamente<br />
renovável e de suma importância para o equilíbrio da sua<br />
balança comercial.<br />
Diariamente se tem acesso a pareceres contra qualquer iniciativa<br />
de desenvolvimento, principalmente na Amazônia, erroneamente<br />
eleita como santuário intocável, em uma visão muito<br />
parecida com a da Índia, na adoração do boi ou da vaca.<br />
A madeira é o material de construção mais antigo empregado<br />
pelo homem, podendo ser obtido em grandes quantidades<br />
já que suas reservas se renovam por si mesmas, tornando o<br />
material permanentemente disponível, desde que explorado e<br />
industrializado de forma racional.<br />
A madeira é que permitirá à região amazônica a evolução a<br />
que tem direito, o crescimento da qualidade de vida e do poder<br />
aquisitivo do seu povo, pois não há como fazer manejo sustentado<br />
de uma mina de ferro, de uma exploração de cimento ou<br />
de uma jazida de petróleo, que uma vez esgotadas, esgotadas<br />
estão e os danos ambientais estão feitos.<br />
A sobrevivência da Amazônia é função de sua utilização<br />
inovadora e não do seu isolamento como possibilidade de produção,<br />
progresso e renda, com arranjos produtivos que levem<br />
em conta o capital natural, compatibilizando o uso através de<br />
tecnologia atualizada e visão holística, maximizando retorno e<br />
minimizando impactos, pois é sabido que inexiste evolução com<br />
impacto zero.<br />
Urge melhorar a gestão dessa heterogeneidade que congre-<br />
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