LEGISLAÇÃO Confira as principais mudanças aprovadas no Código Ambiental do Rio Grande do Sul
HIGH PRODUCTIVITY
AND SUSTAINABILITY
TECHNOLOGY AND MACHINE
CUSTOMIZATION REDUCE
CONSUMPTION AND
DECREASE CO 2
EMISSIONS
ALTA PRODUTIVIDADE
E SUSTENTABILIDADE
TECNOLOGIA E CUSTOMIZAÇÃO
DE MÁQUINAS REDUZEM O CONSUMO
E DIMINUEM EMISSÃO DE C02
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SUMÁRIO
FEVEREIRO 2020
38
BAIXO CONSUMO
COM ALTA
PRODUTIVIDADE E
SUSTENTABILIDADE
10 Editorial
12 Cartas
14 Bastidores
16 Coluna Ivan Tomaselli
18 Notas
28 Frases
30 Entrevista
38 Principal
44 Espécie
48 Legislação
52 Economia
56 Política Pública
60 Pesquisa
64 Agenda
66 Espaço Aberto
44
52
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
27 ABC Norte
13 BKT
11 Carrocerias Bachiega
65 D’Antonio Equipamentos
68 Denis Cimaf
02 Dinagro
21 Engeforest
23 Fex Ferro e Aço
04 Emex
67 Envimat
06 Grupo AIZ
09 Komatsu Forest
15 Liebherr Brasil
57 Lion Equipamentos
47 Log Max
59 Mill Indústrias
63 Mill Indústrias
51 Potenza
37 Prêmio REFERÊNCIA 2020
25 Rotary-Ax
55 Rotor Equipamentos
17 Sergomel
35 Show Florestal
29 Vantec
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EDITORIAL
Novas
perspectivas
O ano de 2020 chega repleto de desafios e novas perspectivas.
Ao olhar para o passado, podemos planejar melhor o futuro. Por
isso, nesta edição da REFERÊNCIA FLORESTAL trazemos um balanço
das exportações de madeira e uma entrevista exclusiva com o
novo presidente do Fnbf (Fórum Nacional de Base Florestal), que
apresenta um panaroma do setor e revela os principais objetivos
da entidade diante do Governo Federal. O ano também começou
com o novo Código Ambiental do Rio Grande do Sul sancionado,
um marco na área que traz muitas mudanças na legislação. A nossa
capa apresenta o case de sucesso do Grupo Aiz que, por meio
da customização de máquinas, consegue unir alta produtividade e
sustentabilidade em prol do meio ambiente.
Toda equipe deseja um 2020 próspero e muito bem informado.
Ótima leitura!
2
A segurança que o seu desafio
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máquinas customizadas é
destaque desta edição
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
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Ano XXII • N°215 • Fevereiro 2020
LEGISLAÇÃO Confira as principais mudanças aprovadas no Código Ambiental do Rio Grande do Sul
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NEW PERSPECTIVES
The year 2020 has arrived full of challenges and new perspectives.
By looking at the past, we can better plan for the future. Therefore,
in this issue of REFERÊNCIA FLORESTAL, we have an analysis of
timber exports and an exclusive interview with the new president of
the National Forum for Forest-Based Activities (Fnbf), who outlines a
panorama of the Sector and reveals the main objectives of the entity
as to the Federal Government. The year also began with the sanctioning
of the new State of Rio Grande do Sul Environmental Code, a
milestone in the area that provides for many changes in legislation.
Our cover story presents a case of success, the Aiz Group, which,
through machine customization, has united high productivity and
environmental sustainability.
Our entire team wishes you a prosperous and very well informed
2020! Pleasant reading!
Entrevista
com Frank Rogieri
Novo Código Ambiental do Rio
Grande do Sul: O que mudou?
3
EXPEDIENTE
ANO XXII - EDIÇÃO 215 - FEVEREIRO 2020
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Redação / Writing
Lídia Ferreira
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista
Ivan Tomaselli
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski - Supervisão
Fabiano Mendes
Crislaine Briatori Ferreira
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criacao@revistareferencia.com.br
Tradução / Translation
John Wood Moore
Cartunista / Cartunist
Francis Ortolan
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Gerson Penkal,
Tainá Carolina Brandão
comercial@revistareferencia.com.br
fone: +55 (41) 3333-1023
Representante Comercial
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,
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direitos autorais, exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication
directed at the producers and consumers of the good and services of the
lumberz industry, research institutions, university students, governmental
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself
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signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,
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Capa da Edição 214 da
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,
mês de dezembro de 2019
A Revista da Indústria Florestal / The Magazine for the Forest Product
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Ano XXI • N°214 • Dezembro 2019
EMPREGOS NO SETOR
Por Dilson de Oliveira - Fortaleza (CE)
Fechar o ano com a boa notícia que o setor florestal vai gerar empregos na
Bahia, como li na última edição, dá uma esperança especialmente para o
nordestino que tem um alto índice de desemprego
INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS
Por Marina Heloísa Silva - São José dos Pinhais (PR)
Para quem está iniciando na carreira, a Revista ajuda muito pois apresenta
muitas informações do mercado e outras mais técnicas como as editorias
Pesquisa e Espécie.
NOVA LEITORA
Por Lucimar Mendonça - Belém (PA)
Descobri a Revista há pouco tempo e já virei leitora assídua pela
qualidade do conteúdo e diversidade das matérias.
E-mails, críticas e
sugestões podem ser
enviados para redação
revistareferencia@revistareferencia.com.br
Mande sua opinião sobre a Revista
REFERÊNCIA FLORESTAL ou a
respeito de reportagem produzida
pelo veículo.
CURTA NOSSA PÁGINA
MÓVEIS DE TECA
Por João Neto Hentz - Goiânia (GO)
Fiquei impressionado com o potencial da teca e qualidade dessa madeira
para os móveis. Foi uma ótima dica que complementei lendo também a
Revista PRODUTOS DE MADEIRA.
TECNOLOGIA NO
CAMPO
Por José Ribamar Flores -
Cuiabá (MT)
A mecanização é o caminho certo
para quem trabalha no setor florestal.
Agora o trabalhador do campo
também tem que se informar sobre
as novas tecnologias e a Revista
ajuda muito pela precisão.
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Charge: Francis Ortolan
Revista
VIAGEM
A equipe comercial da
REFERÊNCIA FLORESTAL
viajou até Lages (SC) para
uma visita aos parceiros
de empresas de destaque
do setor.
Fotos: REFERÊNCIA
O diretor da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio
Machado, junto a Giuseppe Rosa e Rubens Rosa, da
empresa Minusa e o analista comercial da Revista,
Gerson Penkal
Eliel Búrigo Borges, Guilherme Venícius
Brignoni, Fábio Machado e Giovani
Rodrigo Brignoni, na sede da Potenza
VISITA
A equipe comercial da
REFERÊNCIA FLORESTAL
durante viagem à
Ponta Grossa (PR) para
conhecer as instalações
da empresa Fex.
Foto: REFERÊNCIA
O analista comercial da
REFERÊNCIA FLORESTAL,
Gerson Penkal ao lado
de Dalmir Gatterman, da
empresa Fex
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COLUNA
EVOLUÇÃO RECENTE DO MERCADO
INTERNACIONAL DE PRODUTOS
FLORESTAIS E A INDÚSTRIA
NACIONAL
Os reflexos da crise iniciada em 2014 e as
perspectivas para o novo ano
Ivan Tomaselli
Diretor-presidente da Stcp
Engenharia de Projetos Ltda
Contato: itomaselli@stcp.com.br
Foto: divulgação
Embora a
demanda
nacional por
produtos de
madeira sólida
deva crescer em
2020, os preços
internacionais
ainda serão
determinantes
para a
rentabilidade dos
negócios
C
om a crise iniciada em 2014, e a
queda no PIB (Produto Interno
Bruto) por três anos consecutivos, a
indústria florestal nacional buscou
alternativa no mercado internacional.
Nos últimos meses, no entanto, houve uma
redução na demanda internacional de produtos
florestais, que resultou em queda dos preços.
Em coluna anteriormente publicada analisamos
as possíveis causas deste fato, tendo sido
evidenciando a possibilidade de um aumento na
oferta de madeira na Europa e nos países que
compõe a CIS (Commonwealth Independent States),
em função de desastres naturais. A conclusão
foi de que embora o aumento na oferta possa
ter afetado os preços não justificava a queda de
preços ocorrida.
A celulose foi um dos produtos com a maior
queda de preços em 2019, trata-se do produto
florestal mais importante em nossa pauta de
exportações do setor. O preço internacional
de celulose branqueada de coníferas kraft, por
exemplo, caiu mais de 30% em 2019. A indústria
de celulose brasileira tem escala e é competitiva.
De qualquer forma as margens caíram e geraram
preocupações, especialmente considerando as
expansões em curso. No entanto com a tendência
de queda nos estoques o preço da celulose
tenderá a se estabilizar, e deverá reagir ao longo
de 2020.
Na área de produtos de madeira sólida, a
indústria florestal nacional é mais fragmentada e
menos competitiva. Embora a demanda nacional
por produtos de madeira sólida deva crescer em
2020, em função da recuperação da construção
civil, os preços internacionais ainda serão determinantes
para a rentabilidade dos negócios.
Em 2019 ocorreram mudanças importantes
no comércio mundial de madeira serrada. A
Rússia exportou em torno de 32 milhões de m3
(metros cúbicos) de serrados, e passou a ser o
maior exportador mundial deste produto, tendo
ultrapassado o Canadá. A produção de serrados
reduziu no Canadá e nos EUA (Estados Unidos da
América). Parte da queda na produção de serrados
nestes países é resultado de uma menor demanda
para construção civil, mas as exportações
também diminuíram. De janeiro a setembro de
2019 o Canadá exportou -5% e os EUA -23%.
Por outro lado, a China aumentou sensivelmente
as importações de serrados em 2019
(+15%), e nos primeiros nove meses a Rússia
foi responsável por 60% da demanda das importações
de serrados, substituindo parte do
suprimento dos EUA, mas os preços caíram sendo
atualmente os mais baixos desde 2016. A Alemanha
também aumentou as exportações em 2019,
atingindo nos primeiros três trimestres 8,2 milhões
de m3, o maior volume dos últimos 10 anos.
Existem, portanto, indícios de que o aumento
na oferta de madeira na Europa não foi o fator
principal da redução dos preços internacionais de
produtos florestais. A demanda global por produtos
florestais deverá continuar a aumentar e a
expectativa é de recuperação dos preços, talvez
em um novo patamar.
Embora a demanda do mercado nacional
para produtos florestais deva aumentar, e ser
uma alternativa para a indústria brasileira, para
mitigar riscos é importante investir em produtividade
para manter a competitividade no mercado
internacional.
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Projeto exige imagens para
infração ambiental
O Projeto de Lei 5786/19 estabelece que o
auto de infração ambiental deverá ser instruído
com fotografias e vídeos, exceto em caso de excepcionalidade
comprovada, quando será acompanhado
de relato circunstanciado do ocorrido. A
proposta, do deputado José Medeiros (Pode-MT),
tramita na Câmara dos Deputados. O texto insere
a medida na Lei dos Crimes Ambientais. Apesar
da prática já ser realizada, o projeto quer evitar
que o Poder Público se utilize apenas de fé pública
para aplicar a sanção. A exigência de fotografias
e vídeos já está prevista no Decreto 6.514/08,
que trata do processo administrativo federal para
apuração dessas infrações ambientais. O projeto
tramita em caráter conclusivo e será analisado
pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável; e de Constituição e Justiça e
de Cidadania.
Foto: divulgação
Foto: REFERÊNCIA
Operações
garantidas
Em um comunicado à imprensa, a direção da
Morbark informou que as operações da Denis
Cimaf no Brasil, após a aquisição pela Morbark e
a subsequente aquisição da Morbark pela Alamo
Group Inc. estão garantidas e que as mudanças
previstas são positivas, pois a intenção das empresas
é um envolvimento mais profundo com o
mercado brasileiro. “Os mercados internacionais,
principalmente os da América do Sul, são importantes
para a Morbark e para o Grupo Alamo.
Acreditamos que, ao fazer parte do Grupo Alamo,
fortaleceremos nossas vendas e suporte internacional.
Reiteramos o nosso compromisso em atender
todos os nossos clientes, não importa onde
eles estejam no mundo, continuamos forte
como sempre”, descreve a nota assinada por John
Foote, vice-presidente senior da Morbark.
18 www.referenciaflorestal.com.br
Liberação para usar drones
Foto: divulgação
A Klabin, maior produtora e exportadora
de papéis para embalagens do Brasil
e pioneira na adoção do manejo florestal
em forma de mosaico, é a primeira empresa
do setor de papel e celulose a conseguir
liberação da Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) para operar veículos aéreos
não tripulados (Vants ou drones), sem a
necessidade de contato visual constante
com uma equipe em terra. A Unidade
Florestal da companhia, responsável pelo
manejo de cerca de 216 mil ha (hectares)
de florestas nativas e mais de 239 mil ha
de florestas plantadas de pínus e eucalipto,
já utiliza drones em sua operação desde
2014. Com a liberação, poderá realizar
voos de até 400 pés - aproximadamente
120m (metros) - de altura e a um raio de 5
km (quilômetros) de distância. Antes, as distâncias eram limitadas a 500m do ponto de decolagem. Por meio do novo sistema,
a operação é observada em tempo real, seja para captar imagens aéreas da região quanto para ajudar na prevenção de
pragas, doenças, possíveis incêndios florestais, dentre outras atividades.
Projeto quer isentar ITR
Um projeto de lei do deputado Schiavinato (PP-
-PR) quer isentar o pagamento do Imposto sobre
a ITR (Propriedade Territorial Rural) de produtores
que utilizam a biomassa para produzir energia
elétrica. Segundo o parlamentar, a biomassa é uma
das maiores fontes de energia disponíveis na área
rural, aparecendo na forma de resíduos vegetais e
animais, tais como restos de colheita, esterco animal
e efluentes agroindustriais. Schiavinato avalia,
no entanto, que o alto custo de implantação ainda
é o principal limitador para a disseminação desse
modelo de geração. Como maneira de melhorar as
condições de investimento, a isenção do ITR seria
uma das alternativas propostas. O projeto de lei
6146/19 ainda precisa ser analisado em caráter
conclusivo pelas comissões de Minas e Energia; de
Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Foto: divulgação
Fevereiro 2020
19
NOTAS
Balança do Dnit trará
prejuízos ao setor florestal
Em vigor desde janeiro, a Portaria do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) nº 139/2020,
que autorizou a instalação de uma balança com o objetivo de restringir o peso dos caminhões que trafegam na BR-
174/MT, em Mato Grosso, tem uma previsão de aumentar em 30% o custo do frete, para todas as atividades que
necessitam escoar sua produção aos grandes centros consumidores do país e do exterior. Representantes do setor
florestal se manifestaram contra a portaria através de um abaixo assinado.
A medida limita a 48,5t (toneladas) o transporte de cargas pela rodovia, no trecho que compreende os municípios
de Castanheira, Juruena e Colniza, localizadas entre os quilômetros 825 e 1.188 da BR-174/MT. A decisão leva em consideração
as fortes chuvas e o alagamento de rios na região, em especial o rio Vermelho, onde recentemente o nível
da água ultrapassou 1,5 metro o nível da ponte. Embora a Portaria pondere as chuvas como fator sazonal, a decisão
em limitar o transporte de cargas deverá permanecer. “Estudamos a possibilidade de escoar por rotas alternativas.
Mas são aproximadamente 200 km (quilômetros) de desvio nesse trecho. Então fizemos um levantamento dos impactos
que a decisão irá gerar, uma vez que a maior parte dos veículos que trafegam ali é do tipo bitrem. Estimamos,
assim, um aumento de aproximadamente 30% no custo do frete e, consequentemente, além uma redução no volume
de empregos gerados direta e indiretamente na região, diante da evidente falta de veículos para suprir a demanda”,
concluiu o presidente do Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato
Grosso), Rafael Mason.
O Cipem, o Simno (Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso) e o Sindilam
(Sindicato das indústrias de Laminados e Compensados) estão realizando um abaixo assinado para demonstrar a
insatisfação popular contra a decisão e já colheram 2.108 assinaturas.
Foto: divulgação
20 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Tecnologia em equipamentos
florestais
A Divisão de Agricultura da Hexagon, com sede
e fábrica em Florianópolis (SC), anunciou parceria
inédita com a empresa Komatsu para o setor florestal.
A japonesa está no Brasil, em Suzano (SP), desde 1975
e atua nos segmentos rodoviários, ferroviários, aeroportuários,
hidroelétricos, petroquímicos e florestais.
O gerente geral florestal da Hexagon, Ronaldo Soares,
conta que o elo firmado irá trazer muitos benefícios
para área florestal. “A Komatsu é referência na
fabricação de maquinários. Estamos muito satisfeitos
com essa aliança, pois sabemos que vamos fazer (e
já estamos fazendo) grandes realizações para o setor,
otimizando o tempo de plantio, por exemplo”, comemora. As negociações entre as empresas iniciaram em 2015. Desde então,
a parceria se firmou e já começou a render frutos, como a plantadeira mecanizada. A D61 Planter Komatsu é um equipamento
que abre a nova fase do setor por passar o plantio de manual para mecanizado. “Com a tecnologia Hexagon, o gerenciamento
das plantas fica totalmente automatizado, onde ocorre a canalização da muda, abertura da cova, alimentação da muda, fechamento
da cova, compactação do solo e irrigação. Dessa forma, atingimos a velocidade de três plantas a cada 12 segundos,
chegando a plantar mais de 900 mudas por hora”, explica Sandro Soares, gerente de engenharia da Komatsu Forest. Outro
equipamento Komatsu com tecnologia embarcada da plataforma HxGN AgrOn é o trator de esteira, que prepara o solo para a
plantadeira. “A preparação do solo é crucial para o desempenho da plantadeira. Para isso, usamos o AgrOn Piloto Automático,
que nos permite planejar a rota e maximizar o solo.”
Foto: divulgação
TECNOLOGIA
A Hexagon é líder global em sensores, software e soluções autônomas. A divisão de Agricultura da Hexagon oferece tecnologias
que convertem dados em informações inteligentes que otimizam as operações florestais.
Premiação de melhores veículos
Foto: divulgação
A Mercedes-Benz foi a grande vencedora do
Prêmio Lótus 2020, uma das principais premiações
de veículos comerciais do Brasil. A Empresa
foi destaque em oito categorias entre caminhões,
ônibus e comerciais leves, que foram avaliadas no
levantamento organizado pela Editora Frota, baseando-se
nos dados de emplacamento do Renavam
de 2019. Além de “Marca do Ano em Caminhões”
pela quarta vez seguida, a Mercedes-Benz também
ficou com o título de “Marca do Ano em Caminhões
Leves”, após 13 anos. Com a Linha Sprinter, são três
conquistas: “Marca do Ano em Caminhões Semileves”,
além de “Minibus do Ano” com a van Sprinter
e “Caminhão Semileve do Ano” com a Sprinter 415.
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Clone florestal
ilegal
O clone VCC 975, desenvolvido pelo
Programa de Melhoramento Genético da
Veracel Celulose, foi plantado sem sua autorização
fora das propriedades da empresa e
de seus parceiros florestais. O certificado de
origem do clone VCC 975 está sob número
22126 no Registro Nacional de Cultivares de
outubro de 2007. A empresa informou que
não fornecerá o clone visando a produção
de mudas por terceiros, exceto para viveiros
contratados por ela própria ou por seus acionistas.
A multiplicação genética, de forma
ilegal e sem o consentimento da empresa
que detém o registro, viola o artigo 225,
parágrafo 1º, II, da Constituição e é passível
inclusive de ação judicial.
Foto: arquivo
Foto: divulgação
Controle
remoto
Projetada com base nas demandas do mercado,
os novos controles remotos portáteis da Danfoss
atendem a necessidade de uma ampla variedade de
aplicações nos mercados florestal, agricultura, marítimo,
indústria, entre outros. O Ikompact da Danfoss
é uma unidade portátil projetada exclusivamente
para aplicações móbeis e funciona na banda universal
de 2,4 GHz, ou seja, indicada para guindastes de
serviços/utilitários. O Ikompact tem dois modelos: o
Ikompact 8 (8 botões pressionáveis) e o Ikompact 12
(12 botões pressionáveis), que dependem da quantidade
de funções de cada projeto. Mais nova solução
para aplicações de ponte rolante padrão, o Ikore da
Danfoss foi projetado com tamanho pequeno e baixo
peso, mas sem sacrificar a robustez. Pronto para
operar na banda universal de 2,4 GHz, a novidade
tem ergonomia aperfeiçoada para evitar que o usuário
sofra com fadiga postural.
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS
Fnbf elege nova diretoria
Foto: divulgação
O Fnbf (Fórum Nacional das Atividades
de Base Florestal) elegeu a nova diretoria
que irá comandar a instituição durante o
triênio 2020/2023. Quem assumiu a presidência
é o empresário de Alta Floresta (MT),
Frank Rogieri de Souza Almeida, membro do
Cipem (Conselho Administrativo do Centro
das Indústrias Produtoras e Exportadoras de
Madeira do Estado de Mato Grosso). “Nossa
proposta de trabalho é congregar os anseios
de todos os estados produtores de madeira
nativa e criar uma agenda positiva para o desenvolvimento
do setor”, pontuou Rogieri. O novo presidente, que também é vice-presidente do Simenorte (Sindicato dos Madeireiros
do Extremo Norte de Mato Grosso) e da Fiemt (Federação das Indústrias no Estado), assume a entidade com a missão
de ampliar a base associativa e de congregar as pautas do setor junto ao governo federal. Atualmente, o Fórum é formado por
24 entidades com sedes no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Rondônia
e Roraima, que, juntas, reúnem mais de 3.500 empresas associadas.
ALTA
CONSELHO DA AMAZÔNIA
A iniciativa do governo federal em criar a secretaria da
Amazônia e o Conselho da Amazônia, a ser coordenado
pelo vice-presidente Hamilton Mourão, e da Força
Nacional Ambiental. A ação surge como uma resposta,
especialmente aos órgãos internacionais, sobre as
notícias negativas relacionadas a proteção às florestas
brasileiras.
FEVEREIRO 2020
AUMENTO DO FRETE
A decisão do Dnit em cobrar pelo peso dos caminhões
que trafegam na BR-174/MT vai afetar a economia
brasileira, a geração de emprego e renda de vários
setores, entre eles os de produção de madeira,
agropecuária, soja e demais mercadorias produzidas
no Estado do Mato Grosso e que são escoadas para
o Brasil. A portaria não considerou toda a cadeia de
impacto negativo.
BAIXA
26 www.referenciaflorestal.com.br
FRASES
Foto: divulgação
“Além de ser renovável,
a biomassa gera baixas
quantidades de poluentes,
favorece o reaproveitamento de
recursos, é fácil de transportar e
possui baixo custo de operação.
Necessitamos estabelecer
incentivos aos produtores, como
forma de compensação desses
investimentos”
Deputado Schiavinato (PP-PR) sobre o projeto de lei que quer
isentar o pagamento do Imposto sobre a ITR (Propriedade
Territorial Rural) de produtores que usam biomassa
É essencial que todos se preparem para
as oportunidades que virão. A gente
vê, por exemplo, o crescimento de Três
Lagoas; frequentemente o município está
entre as 10 cidades que mais crescem no
Brasil. Ribas do Rio Pardo agora deve se
desenvolver ainda mais. E acreditamos
que outros projetos virão, temos
escutado de especialistas da área que,
entre 2025 e 2030, teremos mais duas
fábricas de celulose operando, então o
potencial é enorme
Moacir Reis, presidente da Associação Sul-Mato-
Grossense de Produtores e Consumidores de
Florestas Plantadas (Reflore/MS)
“O novo código acelera, sim, o
processo de licenciamento, mas com
a responsabilidade ambiental, com
a fiscalização e a atuação firme do
governo do Estado para coibir as más
ações sem prejudicar aqueles que têm
histórico de boas práticas”
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite,
durante a cerimônia para sancionar o novo Código
Ambiental do Rio Grande do Sul
“A nossa equipe poderá operar com mais segurança, já que
não precisará mais se deslocar para áreas muito próximas
aos terrenos plantados para fazer as imagens. Além disso,
a Klabin poderá aumentar a sua produtividade, já que o
raio de alcance do drone aumenta. A autorização trará
mais propriedade, segurança e resultados assertivos nos
monitoramentos florestais”
Marino Moreira, líder da
equipe de Vant (Veículo
Aéreo Não Tripulado) da
Klabin, sobre o pioneirismo
da empresa na utilização de
drones pela empresa
28 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA
DESBUROCRATIZAR
O SETOR É O DESAFIO
DA FNBF
Debureaucratization
the sector is the challenge
of the Fnbf
E
mbora sua formação seja na área de medicina
veterinária, Frank Rogieri de Souza Almeida dedica
sua carreira ao setor de base florestal, com
atuação principalmente em intuições dedicadas a
fortalecer a área. Em 2020, ele assume o desafio de presidir o
Fnbf (Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal) e, em
entrevista exclusiva a REFERÊNCIA FLORESTAL, ele comenta os
projetos da nova diretoria.
ENTREVISTA
Frank Rogieri de
Souza Almeida
Foto: divulgação
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO
10/06/1976 - Natural de Assis Chateaubriand (PR)
June 10, 1976 - Assis Chateaubriand (PR)
A
lthough his education is in the area of veterinary
medicine, Frank Rogieri de Souza Almeida has
dedicated his career to the Forest-based Sector,
mainly working with institutions dedicated to
strengthening the area. In 2020, he takes on the challenge of
presiding over the National Forum for Forest-Based Activities
(Fnbf) and, in an exclusive interview with REFERÊNCIA FLORES-
TAL, he comments on the projects of the new administration.
ATIVIDADE/ ACTIVITY:
Membro do Conselho Administrativo do Cipem (Centro das
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de
Mato Grosso)
Vice-presidente do Simenorte (Sindicato dos Madeireiros do
Extremo Norte de Mato Grosso) e da Fiemt (Federação das
Indústrias no Estado)
Member Administrative Council, State of Mato Grosso Center for
Timber Producers and Exporters (Cipem), Vice President, State
of Mato Grosso Syndicate of Forest Producers (Simenorte), and
State of Mato Grosso Industry Federation (Fiemt)
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:
Médico Veterinário formado pela Ufmt (Universidade
Federal de Mato Grosso)
Veterinary Medicine, Federal University of Mato Grosso (Ufmt)
30 www.referenciaflorestal.com.br
Acredito que é um bom
momento, que nós
vivemos um momento de
oportunidade. Nós viemos de
16 anos de um Governo que
criminalizou e praticamente
inviabilizou nosso setor
em diversas frentes, nos
transformaram em grandes
vilões do meio ambiente
>> Como avalia o momento para o setor florestal no Brasil?
Acredito que é um bom momento, que nós vivemos um momento
de oportunidade. Nós viemos de 16 anos de um Governo
que criminalizou e praticamente inviabilizou nosso setor
em diversas frentes, nos transformaram em grandes vilões
do meio ambiente. Distorceram os fatos e fizeram com que
grande parte da população na massa brasileira e mundial tivesse
uma visão distorcida do que é o setor de base florestal.
Hoje estamos enxergando a oportunidade de mostrar a verdade,
de falarmos que a preservação de floresta é existente hoje
no mundo. Uma vez que, através do manejo florestal sustentável,
nós conseguimos conciliar a preservação ambiental da
flora, fauna e o desenvolvimento social e econômico da região
Amazônica Brasileira. Então, a maior ferramenta que tem
de aplicação mais rápida e mais eficaz é isso. O manejo, nada
mais é do que essa conciliação e, nós, enquanto setor de base
florestal, mais do que nenhum outro setor precisamos da
floresta em pé. Para isso, o Governo precisa nos dar as condições
para execução desse manejo florestal, parte em alguns
Estados pela regularização fundiária, pela ordenação, projeto
de manejo corretamente e pela desburocratização como um
todo, além de desmistificar a execução e a exploração florestal
no Brasil. Temos um enorme potencial, nós temos a maior
parte da floresta nativa do mundo e detemos pouco mais de
1% do mercado mundial de madeira serrada, beneficiada e
etc. Ou seja, é uma riqueza muito grande que está aí a mercê
e os empresários, que tem coragem e expertise para fazer,
sofrem demais. É muito difícil você trabalhar com produção
florestal na Amazônia Brasileira. Vejo que isso é tangível e
nós vamos fazer de tudo para atingirmos esse objetivo.
How do you see the Forest Sector in Brazil at the moment?
At the moment, I believe the Forest Sector is doing well
and that we are living in a time with many opportunities.
We have spent 16 years with a Government that
criminalized and practically made our Sector impossible
to operate in, on several fronts, and turned us into the
villains of the environment. It has distorted the facts
and has led to a large part of the population in Brazil,
and the world, having a distorted view of the Brazilian
Forest-based Sector. Today, we have the opportunity
to bring out the truth, to say that, today, forest preservation
exists in the world. Since, through Sustainable
Forest Management, we have been able to reconcile
the environmental preservation of flora, fauna, and
the social and economic development of the Brazilian
Amazon Region. So, the best tool that results in a quicker
and more effective application is this reconciliation.
Sustainable Forest Management is nothing more than
this reconciliation, and we, as the Forest-based Sector,
more than any other sector, need a standing forest. For
this, the Government needs to give us the conditions to
carry out forest management, in some States by land
regularization, order, correct management projects, and
debureaucratization as a whole, in addition to demystifying
forest activities in Brazil. We have enormous
potential, have the largest part of the native forest in
the world, and hold just over 1% of the world market for
sawn wood, lumber, etc. That is, there is great wealth
waiting to be exploited, but entrepreneurs, who have the
courage and expertise to do so, suffer much too much. It
is very difficult for one to work with forest production in
the Brazilian Amazon. I see overcoming this is a tangible
goal and we will do everything we can to achieve this.
In this scenario, what are the main challenges for the
new administration?
Today, the world is behind sustainability and the environmentally
correct. So that’s the challenge. We have
to reach out to our consumer, the citizen who wants
to build a house, the woodworker, the carpenter, and
the bricklayer and show them that wood is a natural
material, that they, when using wood, they are helping
the environment and using a product that above all is
100% renewable. There is nothing used in construction
more renewable than wood. From the moment when
we harvest a mature tree, it is already in the dying
stage, starting to rot; forest management turns it into
a beam, plank, board, or block. There, we make room
for renewal. Seeds will emerge and 10, 15, 20, and 30
new trees will emerge in that place. The tree plays an
important role in ecological balance, which is carbon
sequestration and it does so as a young tree is born and
keeps growing. It’s born and reproduces, and completes
its role. It is in a putrefaction stage when we harvest it
for use in architecture, engineering, and interior design.
Fevereiro 2020
31
32 www.referenciaflorestal.com.br
Fevereiro 2020 33
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A FEIRA DA
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PRINCIPAL
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POR RÁDIO CONTROLE
Baixo consumo com
alta produtividade e
SUSTENTABILIDADE
Fotos: divulgação
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Low consumption
with high
productivity and
sustainability
More technological customized
machines increase production
potential, reduce fuel consumption by
up to 30%, and, thereby, emit less CO 2
to the atmosphere
Máquinas mais
tecnológicas e
customizadas aumentam
o potencial de produção,
reduzem o consumo
de combustível em
até 30% e, com isso,
emitem menos CO 2
para a
natureza
Aunião de alta produtividade e baixo consumo de
combustível, em uma operação mais segura e
que beneficia o meio ambiente, é uma realidade
no setor florestal. Pioneira na customização de
equipamentos com essas qualidades, o Grupo
AIZ tem se destacado com soluções no ramo de manipulação.
Considerada uma máquina versátil, os manipuladores de
materiais possuem versões portuárias, estacionárias (onde
podem atuar em grandes pátios com agilidade) e off road, ou
seja, em locais de piso irregular . “É um equipamento que pode
T
he union of high productivity and low fuel consumption,
within a safer operating setting that
benefits the environment, is a reality in the Forest
Sector. A pioneer in equipment customization
with these qualities, the AIZ Group has stood out
with solutions in the materials handling field.
Considered versatile machines, material handlers come
in various versions: stationary (where they can act in large
yards with agility), and ‘off-road’, i.e., in irregular terrain
locations. “It is a machine that can be adapted according to
the customer’s needs. In port areas, it can be used to load
barges, whereby can adapt to tidal changes,” explains Ricardo
Simon, from the Sales Sector of the Group. Another feature of
this version is visibility for the operator, with a height of up to
12 meters, and the machine can be used on a pier, barge or
ship. With this, it is possible for trucks to circulate under the
structure. And in this way, you can see all the steps and, thus,
operate more safely. Materials handling using a portico-type
base in forest and port areas is adaptable to other functions,
with the possibility of moving at a speed of approximately
4 km/h, which allows for greater flexibility as to solutions.
MACHINERY ON WHEELS
The big differential, in the case of tired materials handlers,
is that moving from one place to another can easily be carried
out at speeds of up to 10 km/hour. Massive and automatically
calibrated tires allow for greatly safer agility in movement.
One of the ‘stars’ of the Group is the PMH 36 materials
handler that has been in operation for a few months in a large
pulp mill. The machinery handles 600 metric tons per hour,
Fevereiro 2020
39
PRINCIPAL
ser adaptado conforme a necessidade do cliente. Em áreas de
porto, pode ser aplicado em carregamento de balsa, de forma
que se adeque às mudanças da maré”, explica Ricardo Simon,
do setor comercial do grupo. Outra característica dessa versão
é a visibilidade para o operador, com uma altura de até 12m
(metros), podendo ser aplicada no cais, balsas ou navios. Com
isso, é possível caminhões circularem embaixo da estrutura.
Dessa forma, é possível visualizar todas as etapas e, assim,
operar com mais segurança. A manipulação sobre pórtico para
a área florestal e portuária é adaptável para outras funções,
com a possibilidade de deslocamento em uma velocidade
de aproximadamente 4 Km/h (quilômetros por hora), o que
torna uma solução flexível.
MAQUINÁRIO SOBRE PNEUS
O grande diferencial, nos casos de manipuladores sobre
pneus, é o deslocamento com facilidade em velocidades de
até 10 km/h. Pneus maciços ou calibrados automaticamente
permitem maior agilidade de locomoção com segurança.
Uma das estrelas do grupo é o Manipulador PMH 36 que
está em operação, há alguns meses, em uma grande fábrica
de celulose. O maquinário manipula 600t/h (toneladas por
at a reduced rotation of 1550 rpm. “We designed an excess
operating capacity into the machine, which generates safer
operations. It is possible to put a larger claw and increase productivity
up to 700 tons per hour. This working in low rotation
reduces fuel consumption and emissions,” highlights Ronaldo
Fernandes, Applications Engineer for the Group. According to
him, AIZ came out in front of five other companies worldwide
in this case because it was able to configure its equipment
with a high productivity and low operating cost. “We stipulate
the fuel consumption of the equipment in our contracts. We
succeed in surpassing this target. Today, the equipment is
operating at 17 liters per hour, which is a reduction of around
25% in fuel costs when compared to that of competitors,” he
explains. “At the end of the life of this machine, the value of
the savings exceeds about 50% of the purchase price,” he adds.
The Applications Engineer also points out that the improvement
also is reflected in the useful life of the equipment,
which becomes longer. “It is a machine that works 22 to 23
hours a day, Monday to Monday. As we have excess operational
capacity in the engine, there is lower wear on the
equipment,” explains Applications Engineer Fernandes.
EQUIPAMENTO DO GRUPO AIZ
EXPOSTO NA FENATRAN 2019
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Fevereiro 2020 41
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Fevereiro 2020 43
ESPÉCIE
44 www.referenciaflorestal.com.br
GARAPA:
durabilidade
e resistência
Madeira atrai
principalmente a
construção civil
e naval pelo seu
potencial de uso em
longo prazo
Árvore de grande porte, podendo alcançar
entre 25 a 35m (metros) de altura, a Garapa
(Apuleia leiocarpa - J. Vogel J.- F. Macbr.) atrai
principalmente a construção civil e naval. Ela
pode substituir madeiras resistentes e duráveis
para construção pesada e leve, externa e interna, tais
como angelim-pedra e angelim-vermelho, angico, cupiúba,
ipê, itaúba, jatobá, muiracatiara, pau-roxo, sucupira, além
de outras.
Popularmente é conhecida como amarelinho, devida a
sua cor de tom amarelada e bege, podendo ser chamada
também de, conforme a localidade, barajuba, garapeira, gema-de-ovo,
grápia, grapiapúnha, jataí-amarelo, muirajuba
e muiratuá.
No Brasil, essa espécie é comumente encontrada na
Amazônia e Mata Atlântica, principalmente nos seguintes
estados: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná,
Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo. O “Catálogo
de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil”, produzido
pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de
São Paulo) traz as principais informações técnicas sobre a
madeira da espécie Garapa.
Fotos: divulgação
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Características sensoriais: cerne e alburno distintos pela
cor, cerne variando de bege-amarelado a castanho-amarelado;
superfície lustrosa e lisa ao tato; cheiro e gosto imperceptíveis;
densidade média; dura ao corte; grã revessa;
textura média.
Fevereiro 2020
45
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LEGISLAÇÃO
Novo Código Ambiental do
Rio Grande do Sul:
CONFIRA AS PRINCIPAIS
MUDANÇAS
Foto: Fabiano Mendes
48 www.referenciaflorestal.com.br
Sancionada no dia 9 de janeiro, legislação altera a Lei
11.520, de 2000, que esteve em vigor durante 20 anos
Fevereiro 2020
49
LEGISLAÇÃO
Aproximadamente 400 mudanças estão previstas
no novo Código Ambiental do Rio Grande
do Sul, aprovado pela Assembleia Legislativa
na primeira quinzena de dezembro de 2019
e sancionada pelo governador Eduardo Leite
(Psdb) em 9 de janeiro de 2020. Nos próximos meses, o
governo irá fazer a regulamentação de alguns artigos da
legislação e encaminhar ao Consema (Conselho Estadual
do Meio Ambiente) a lista de cerca de 20 atividades empresariais
que poderão ser enquadradas na LAC (Licença
Ambiental por Compromisso), considerada um dos principais
pontos de mudança.
A partir de agora, para emissões referentes à LAC o
empreendedor vai poder realizar por vias digitais eletrônicas
(internet), onde poderá lançar a sua documentação
e obter de forma mais rápida a aprovação do empreendimento.
Ou seja, a partir da nova norma a localização,
instalação e a operação de atividade ou empreendimento
poderá ser solicitada online a partir da assinatura e do
envio do empreendedor da DAC (Declaração de Adesão e
Compromisso), que é um documento em que ele atesta
que atende aos requisitos estabelecidos pelo poder público
e respeita as disposições do Consema. O órgão é quem
vai emitir uma lista com as atividades e empreendimentos
contemplados e, de acordo com a legislação, não há um
prazo determinado para ele manifestar essa listagem.
CONFIRA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DO CÓDIGO
AMBIENTAL DO RIO GRANDE DO SUL:
COMO ERA NO CÓDIGO AMBIENTAL ANTERIOR:
1. Processo físico:
• Exigência de cópias físicas do EIA-Rima (Estudo e do
Relatório de Impacto Ambiental).
2. LAC (Licença Ambiental por Compromisso)
• LP (Licença Prévia)
• LI (Licença de Instalação)
• LO (Licença de Operação)
3. Validade das licenças ambientais oscilavam entre 1
a 5 anos.
4. A implementação de qualquer empreendimento em
um raio de 10 km (quilômetros) de uma UC (Unidade de
Conservação) exigia a autorização do gestor da UC.
5. Não descreve nada com relação à proteção ao bioma
Pampa (ecossistema que ocupa 2,3% do território nacional
e está distribuído somente no Rio Grande do Sul).
6. Sem previsão sobre o Aprimoramento do poder de
polícia dos órgãos ambientais.
7. Sem previsão de benefícios para os empreendedores
com boas práticas.
8. Sem previsão de proteção dos vulneráveis e do pequeno
agricultor.
COMO FICOU NO CÓDIGO AMBIENTAL NOVO:
1. Processo digital:
• Fomento ao uso do sistema online de licenciamento.
• Eia-Rima será disposto de modo digital (arts. 70 e
76).
2. LAC: Procedimento eletrônico que autoriza a instalação
e a operação da atividade ou empreendimento,
mediante declaração de adesão e compromisso (DAC: Art.
54 §8º) do empreendedor aos critérios, pré-condições,
documentos, requisitos e condicionantes ambientais estabelecidos
pela autoridade licenciadora, respeitadas as
disposições definidas pelo Consema (Conselho Estadual de
Meio Ambiente).
• LP
• LI
• LO
• LU (Licença Única): Autoriza atividades com impactos
e portes reduzidos, unificando as etapas do procedimento
licenciatório;
• LOR (Licença de Operação e Regularização): Regulariza
o empreendimento ou a atividade em funcionamento
sem licenciamento prévio, avaliando suas condições de
instalação e permitindo a continuidade de sua operação
mediante condicionantes de controle ambiental.
3. O limite de validade das licenças ambientais, que em
convergência com a legislação federal, terão prazos que
variam até 10 anos, dependendo da situação.
4. O novo código revogou o entorno UC para fins de
licenciamento ambiental. Mantém a restrição em um raio
a partir de 2 Km da UC.
5. Previsão da proteção ao bioma Pampa no art. 203,
combinado com o art. 2º, inciso XXXIX. Consolida-se a obrigação
legal de protegê-lo.
6. Aprimoramento do poder de polícia dos órgãos ambientais
(art. 104):
I - apreensão;
II - embargo de obra ou de atividade e de suas respectivas
áreas;
III - suspensão de venda ou de fabricação de produto;
IV - suspensão parcial ou total de atividades;
V - destruição ou inutilização dos produtos, dos subprodutos
e dos instrumentos da infração;
50 www.referenciaflorestal.com.br
Fevereiro 2020 51
ECONOMIA
52 www.referenciaflorestal.com.br
Mercado interno e exportações:
EXPECTATIVAS DIVERGENTES
PARA 2020
A partir de uma análise do mercado nacional e internacional de 2019,
Abimci faz projeção para a indústria da madeira neste ano
Foto: REFERÊNCIA
Fevereiro 2020
53
ECONOMIA
O
mercado internacional de madeira, assim
como outros demais segmentos, está
enfrentando algumas imprevisibilidades
de mercado devido às guerras comerciais
em andamento. Os resultados apresentados
no ano passado confirmam a expectativa que havia
de manutenção dos volumes exportados, apesar das
dificuldades comerciais enfrentadas, na visão da Abimci
(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada
Mecanicamente). No mercado interno, as expectativas
são positivas, com a projeção de crescimento e retomada
da economia em 2020, conforme dados divulgados em
dezembro pelo Ibge, e do aumento da confiança tanto do
empresariado quanto do consumidor.
Para o superintendente da Abimci, Paulo Pupo, as
incertezas econômicas vêm alterando a dinâmica de
fornecimento de produtos madeireiros em vários dos
principais países importadores, o que torna um desafio
fazer uma análise prematura e mais precisa de 2020. Para
ele, a expectativa é de que no início do ano algumas das
principais negociações em andamento estejam alinhadas,
para trazer normalidade ao comércio internacional. “O
que se deve levar em conta na avaliação macro do mercado
internacional em 2019 é certo descompasso ocorrido
durante entre a oferta e a demanda em alguns países
consumidores, somado as imprevisibilidades das guerras
comerciais em andamento e da definição das taxações
que estão sendo sugeridas para produtos madeireiros, em
especial entre EUA (Estados Unidos da América) e China”,
afirma.
Para o mercado interno, o cenário é otimista, especialmente
após o anúncio Cbic (Câmara Brasileira da
Indústria da Construção) da possibilidade de a construção
civil crescer 3% este ano, o que possibilitaria a geração
de 150 a 200 mil empregos formais até dezembro. O
segmento é um dos principais nichos para os produtos de
madeira no Brasil. A projeção baseia-se no atual cenário
de juros baixos e inflação controlada no país.
BALANÇO
Com base no balanço realizado pela Abimci, o ano
de 2019 foi marcado por uma queda das exportações em
vários produtos de madeira. Apesar da baixa, os números
mantiveram um saldo positivo no geral, considerando a
média brasileira. O compensado tropical teve um crescimento
significativo no volume exportado, mas ainda abaixo
do histórico das exportações brasileiras em décadas
anteriores. A média mensal foi de 7.427 m³ (metros cúbicos).
A limitação esbarra nas dificuldades de suprimento
ocasionada pela falta de políticas públicas para o uso sustentável
da floresta.
Produtos como a madeira perfilada de pinus, predominantemente
molduras, madeira serrada tropical e de
pinus, portas e pellets praticamente mantiveram os volumes
médio embarcados nos anos anteriores.
RESUMO DAS EXPORTAÇÕES EM 2019
O mercado internacional
de madeira, assim como
outros demais segmentos,
está enfrentando algumas
imprevisibilidades de
mercado devido às guerras
comerciais em andamento
MADEIRA SERRADA E MADEIRA PERFILADA
(PINUS E TROPICAL)
MADEIRA SERRADA DE PINUS: O volume exportado
em 2019 (relativo as NCM´s 44.07.10.00 a 44.07.19.00)
totalizou 2.461.581 m3 registrando uma pequena queda
de aproximadamente 4% comparado com os embarques
realizados no ano anterior. Mas a série histórica dos últimos
6 anos mostra a sequência da tendência da evolução
das exportações brasileiras nos principais mercados internacionais,
com aumento significativo do volume embarcado
nesse período. Com uma média mensal de 205 mil
m3 embarcados, o Brasil mostra solidez em seus volumes
e uma grande capilaridade de destinos de nosso produto,
com embarques para mais de 60 países.
Destinos: Os 5 principais destinos do produto em
2019: EUA, México, China, Arábia Saudita e Vietnã repetem
a ordem de grandeza dos embarques do ano anterior
e representaram em 2019 81,50% do total das exportações.
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Fevereiro 2020 55
POLÍTICA PÚBLICA
MOBILIZAÇÃO PELA AMAZÔNIA:
projetos focam em
desenvolvimento sustentável
Censipam apresenta propostas para agentes
públicos em defesa da região
Foto: divulgação
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POLÍTICA PÚBLICA
Ó
rgãos e entidades brasileiras têm se
mobilizado para conhecer os projetos
desenvolvidos pelo Censipam (Centro
Gestor e Operacional do Sistema de
Proteção da Amazônia) que focam o
desenvolvimento sustentável da Amazônia. Em janeiro,
a diretoria do SFB (Serviço Florestal Brasileiro) esteve
em Brasília (DF) para visualizar essas propostas e,
no último dia 10 de fevereiro, foi a vez do ministro do
Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.
O ministro conheceu o conceito operacional do
Censipam, que busca a integração de dados para
geração de produtos para monitoramento do desmatamento,
de eventos extremos e de ilícitos na região.
Para o diretor-geral do Censipam, José Hugo Volkmer,
é preciso a sinergia de ações para buscar o desenvolvimento
sustentável da Amazônia. “O Censipam é um
órgão facilitador, que fornece informações e participa
da coordenação das ações para atuação conjunta dos
diversos órgãos do Estado”, explicou.
O diretor apresentou os sistemas utilizados para
combate ao desmatamento. “Como a Amazônia fica
sob nuvens durante oito meses do ano, utilizamos o
SAR (Satélite com Radar de Abertura Sintética), pois
ele é capaz de captar imagens através das nuvens, o
que não é possível com os satélites óticos”, expôs o
diretor.
Para o ministro Barroso, o Brasil precisa desenvolver
projetos visando uma economia sustentável, que
explore as riquezas naturais da floresta. “O mundo
inteiro está de olho no que fazemos com a Amazônia
e estão dispostos a financiar projetos que explorem e
preservem a floresta. Precisamos ter as ideias certas
para receber os recursos adequados”, alertou o ministro.
MONITORAMENTO
Durante a visita do SFB, o diretor-geral do órgão,
Valdir Colatto, e membros da diretoria conheceram as
ferramentas para monitorar o desmatamento na Ama-
Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
“O mundo inteiro está de
olho no que fazemos com a
Amazônia e estão dispostos a
financiar projetos que explorem
e preservem a floresta.
Precisamos ter as ideias certas
para receber os recursos
adequados”
Luís Roberto Barroso, ministro do
Supremo Tribunal Federal
58 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação
Fevereiro 2020
59
PESQUISA
Estudo aponta o
potencial da espécie
Eschweilera para o
MANEJO
FLORESTAL
Pesquisa revela como
a árvore conhecida
como Matamatá é pouco
explorada apesar de
características favoráveis a
cadeia da madeira
60 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: Erico X.
Fevereiro 2020
61
PESQUISA
RESUMO
O
baixo número de espécies florestais que atualmente
são exploradas para fins madeireiros
no Amazonas motivou a avaliar o desempenho
da espécie Eschweilera, conhecida como
Matamatá. Segundo a pesquisadora, Daniele
Feitosa Fróes, as árvores desse gênero são espécies abundantes,
amplamente distribuídas na floresta e possuem características
importantes para o manejo florestal.
A engenheira florestal Daniele Feitosa Fróes destaca que
essas árvores não são exploradas devido à escassez de estudos
sobre sua caracterização tecnológica e potencial, como
usinagem e propriedades físicas que contribuam para a inclusão
de novas espécies no mercado e sustentabilidade dos
ecossistemas florestais. Por isso, ela desenvolveu uma pesquisa
por meio do Posgrad (Programa Institucional de Apoio à
Pós-Graduação Stricto Sensu), na Ufam (Universidade Federal
do Amazonas).
Para a pesquisa foram selecionadas duas espécies Eschweilera
coriacea e Eschweilera truncata, para a caracterização
da madeira, compreensão da densidade e retratibilidade, da
parte mecânica, química e, por último, da usinagem que é a
confecção da modelagem dos produtos. “Durante o estudo as
madeiras de Eschweilera coriacea e Eschweira truncata apresentaram
excelente desempenho na avaliação de usinagem,
tendo recebido conceito excelente para os testes de plaina,
lixa, perfuração por broca, moldura no topo e torno; bom
para o teste de rasgo lateral por broca e; ruim para o teste de
perfuração por prego, por conseguinte essas madeiras mostram
excelente qualidade para usinabilidade”, disse.
Foto: divulgação
PRODUTOS MADEIREIROS
Daniele explica que após o estudo e avaliação das madeiras
foram desenvolvidos produtos com peças utilizadas nos
processos de usinagem como: móveis, artigos de decoração,
armação para óculos e escala para instrumento musical. “De
forma geral, pode-se concluir que a madeira das espécies estudadas
estão aptas para serem empregadas na confecção de
produtos de alto valor agregado, podendo ser consideradas
como alternativa para subsidiar o mercado madeireiro, uma
vez que apresentam características similares às espécies comercializadas
e também por serem espécies de grande ocorrência
em toda a Amazônia”, ressalta.
Os produtos foram desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar,
composta por engenheiro florestal, designer, luthier
e arquiteto com o intuito de projetar peças que possam
ser replicadas pela indústria, considerando-se a praticidade
no transporte, ou seja, todos os móveis produzidos podem
ser desmontáveis e armazenados em caixas próprias.
62 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação
RESULTADOS
Conforme a pesquisadora, o estudo vai contribuir para o
avanço da área de tecnologia da madeira e manejo florestal
sustentável, oferecendo respostas para a utilização de madeiras
que atualmente não são exploradas. “A pesquisa superou
todas as expectativas, apresentando resultados excelentes,
saldo totalmente positivo avaliou a qualidade das madeiras
de Eschweilera coriacea e Eschweira truncata, habilitando o
potencial madeireiro, afirmando que podem ser comercializadas
em diferentes setores da indústria madeireira. Todavia, a
pesquisa realizada indica direcionamento para outras pesquisas,
como a investigação do potencial tecnológico de outras
espécies de menores diâmetros e de elevada ocorrência na
floresta. E o resultado mais importante seria a possibilidade
de inserir essas espécies na lista de espécies de interesse comercial
do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis), que habilita as madeiras para
comercialização”, relata Daniele Fróes.
Foto: Erico X.
Fevereiro 2020
63
AGENDA
AGENDA2020
FEVEREIRO
2020
Imagem: reprodução
Oregon Logging Conference
16 a 23
Oregon, USA
https://oregonloggingconference.com
FEV
2020
OREGON LOGGING CONFERENCE
Todos os anos, fabricantes e distribuidores do mundo
todo exibem a mais recente tecnologia no maior
evento interno e externo de equipamentos florestais
da região oeste do Mississippi, nos EUA (Estados
Unidos da América). O evento existe desde 1938 e é
um dos mais tradicionais do ramo.
MARÇO
2020
Expocorma
25 A 27
Coronel, Chile
http://www.expocorma.cl
ABRIL
2020
AGO
2020
SHOW FLORESTAL
Imagem: reprodução
Hdom Summiti
7 A 8
São Paulo (SP)
www.hdomsummit.com.br
Três Lagoas (MS), cidade que é a principal produtora
de eucalipto do Brasil, irá sediar o Show Florestal
MS, evento que visa colocar a região centro-oeste
como vitrine do setor florestal brasileiro em 2020.
Com a assinatura da Malinovski e apoio da Reflore,
a feira nacional da indústria do eucalipto apresentará
novidades, equipamentos e soluções florestais.
64 www.referenciaflorestal.com.br
Disco de corte para Feller
AGENDA2020
• Discos de corte com encaixe para
utilização de até 18 ferramentas
• Diâmetro externo e encaixe central
de acordo com o padrão da máquina
MAIO
2020
Detalhe de encaixe para
ferramentas de 4 lados
My Wood Home
19 a 21
Piracicaba (SP)
http://mywoodhome.com.br
• Discos de corte para Feller
conforme modelo ou amostra
• Discos especiais
• Pistões hidráulicos
(fabricação e reforma)
• Usinagem de médio e grande porte
JUNHO
2020
Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337
Água Vermelha - Sertãozinho - SP
Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650
dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br
D’Antonio Equipamentos
Mecânicos e Industriais Ltda
ForMóbile
30 a 3/7
São Paulo (SP)
www.formobile.com.br
AGOSTO
2020
Show Florestal
5 a 7
Três Lagoas (MG)
www.showflorestal.com.br
Fevereiro 2020
65
ESPAÇO ABERTO
Foto: divulgação
Como a construção
civil vai ajudar
A ECONOMIA?
Por Wanderson Leite,
fundador da Prospecta Obras e
especialista em construtechs
O setor é a aposta para a
retomada econômica em 2020
“U
ma das alavancas do
crescimento.” Esta é a
definição da construção
civil para o presidente
do Banco Central,
Roberto Campos Neto. De fato, o setor é o
principal pilar da economia não só pela importância
da moradia e o anseio dos brasileiros
por conquistar o imóvel próprio, mas também
pela capacidade de geração de empregos. Este
segmento, que representa cerca de 10% do PIB
brasileiro, emprega hoje 2,3 milhões de pessoas
- isso em tempos de crise.
É válido ressaltar que apenas 2% do material
utilizado na construção civil é importado.
Se analisarmos toda a cadeia de produção, as
indústrias de materiais envolvidas, veja quanto
emprego é gerado.
Nos últimos anos, a construção civil vem
sendo impulsionada por alguns fatores. Os principais
são a queda na inflação e os juros baixos.
Isso tem um impacto direto no poder de compra
da população. Um imóvel é, geralmente, o
maior investimento da vida de uma pessoa. Se
ela não tem confiança na economia, dificilmente
se sentirá segura para designar um valor tão
alto.
Para que a construção civil continue acelerada,
é preciso manter as políticas de incentivo ao
financiamento, não só de imóveis, mas de materiais
também. Em março, a Caixa irá lançar uma
linha de crédito imobiliário com taxas de juros
prefixadas. Isso significa que antes mesmo de
fazer um financiamento, você já sabe quanto vai
pagar no final e, assim, pode calcular o tamanho
da dívida. Aquele imóvel tende a valorizar? Vai
cobrir o valor desembolsado? Todas essas questões
ficarão mais claras. Obviamente, também
existe a possibilidade de os juros diminuírem,
mas a modalidade anima os perfis mais conservadores
e cautelosos.
Por outro lado, o setor precisa se fortalecer
diante das especulações, que geram, principalmente,
uma queda de emprego muito forte. Todos
os dias, somos bombardeados com análises
de mercado que provocam receio e impedem
que bons negócios sejam feitos. Precisamos
acreditar na construção, investir na capacitação
de mão de obra e facilitar o acesso à informação.
Enquanto o setor não se atualizar às demandas
de mercado, continuará perdendo boas
oportunidades.
66 www.referenciaflorestal.com.br
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