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*Novembro/2019 - Referência Florestal 213

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MANEJO Etnias indígenas de Mato Grosso lutam para conseguir tirar da floresta o seu próprio sustento<br />

ALTA PERFORMANCE<br />

EMPRESA SE DESTACA POR OFERECER<br />

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM TODO<br />

PROCESSO DE COLHEITA DA MADEIRA<br />

HIGH<br />

PERFORMANCE<br />

COMPANY STANDS OUT<br />

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Novembro <strong>2019</strong><br />

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SUMÁRIO<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />

48<br />

INOVAÇÃO,<br />

CUSTOMIZAÇÃO<br />

E REPOSIÇÃO<br />

10 Editorial<br />

12 Cartas<br />

14 Bastidores<br />

16 Coluna Ivan Tomaselli<br />

18 Notas<br />

30 Sustentabilidade<br />

32 Frases<br />

34 Artigo<br />

38 Entrevista<br />

48 Principal<br />

54 Economia<br />

60 Espécie<br />

64 Prêmio<br />

76 Pesquisa<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

54<br />

64<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

09 Agroceres<br />

13 BKT<br />

15 Carrocerias Bachiega<br />

45 Codornada <strong>Florestal</strong><br />

77 Combate <strong>Florestal</strong><br />

84 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

04 Emex<br />

27 Engeforest<br />

21 Envimat<br />

06 Grupo AIZ<br />

57 J de Souza<br />

11 Komatsu Forest<br />

59 Log Max<br />

43 Manos Implementos<br />

25 MSC Cargo<br />

75 Mill Indústrias<br />

79 Mill Indústrias<br />

29 Raptor <strong>Florestal</strong><br />

41 Recapadora Taquarense<br />

31 Rotary-Ax<br />

63 Rotor Equipamentos<br />

23 Sergomel<br />

47 Show <strong>Florestal</strong><br />

83 TMO<br />

33 Unibrás<br />

37 Vantec<br />

17 West Rock<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br


UM NOVO CAPÍTULO NA GESTÃO OPERACIONAL<br />

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Análise de infestações<br />

Plano customizado de controle<br />

Monitoramento de operações<br />

ÚNICO EM RESULTADOS<br />

Result agrega valor nas três dimensões estratégicas para melhor gestão<br />

das infestações: na tecnologia embarcada, no capital humano e na<br />

expertise gerencial das operações de controle.


EDITORIAL<br />

Destaques<br />

do ano<br />

Sucesso é a palavra que traduz bem o que significa o PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA. Em mais uma edição do evento a JOTA EDITORA<br />

homenageou as empresas que se destacaram no ramo florestal e madeireiro.<br />

O presente foi um prêmio de reconhecimento pelo trabalho<br />

que realizaram ao longo do ano. Prêmio este ofertado pelas revistas<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL, INDUSTRIAL, PRODUTOS DE MADEIRA, CE-<br />

LULOSE E PAPEL E BIOMAIS. Além da cobertura completa do evento,<br />

nesta edição você vai descobrir a solução de um constante desafio na<br />

cadeia produtiva da madeira, que é equacionar redução de tempo,<br />

produtividade, segurança e agilidade, apresentando uma nova aposta<br />

que garante mudanças no setor: a customização de máquinas e equipamentos.<br />

Já a entrevista desta edição será com o diretor-geral do<br />

SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), Valdir Colatto, que vai nos explicar<br />

como o órgão trabalha para a preservação das florestas nativas, especialmente<br />

por meio da concessão florestal. Tenha uma ótima leitura!<br />

HIGHLIGHTS OF THE YEAR<br />

Success is the word that translates well what the Prêmio <strong>Referência</strong><br />

means. At this year’s event, the Jota Group honored the companies that<br />

stood out in the forestry and timber business. The award was a recognition<br />

for the work they performed throughout the year. This is an award<br />

offered by the magazines REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong>, REFERÊNCIA Industrial,<br />

Produtos de Madeira, CELULOSE e PAPEL, and BIOMAIS. In addition<br />

to the complete coverage of the event, in this issue you will discover<br />

the solution of a constant challenge in the processed timber productive<br />

chain, which is to equate reduction of time, and increased productivity,<br />

security, and agility, presenting a new bet that ensures changes in the<br />

Sector: machinery and equipment customization. The interview in this<br />

issue is with Valdir Colatto, Director General of the Brazilian Forest Service<br />

who will explain to us how the agency works for the preservation of<br />

native forests, especially through forest concessions. Pleasant reading!<br />

2<br />

A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />

A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />

fazendo o seu investimento render muito mais!<br />

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Entrevista com<br />

Valdir Colatto<br />

DENISCIMAF.com<br />

1<br />

A capa deste mês é destaque<br />

o equipamento do Grupo AIZ<br />

Madeira de<br />

uva-do-japão<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXI • N°<strong>213</strong> • Novembro <strong>2019</strong><br />

MANEJO Etnias indígenas de Mato Grosso lutam para conseguir tirar da floresta o seu próprio sustento<br />

HIGH<br />

PERFORMANCE<br />

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PROCESSO DE COLHEITA DA MADEIRA<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXI - EDIÇÃO <strong>213</strong> - NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriel Santos Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Supervisão - Cassiele Ferreira<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

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CARTAS<br />

INOVAÇÃO Brasil sedia congresso mundial de pesquisa florestal<br />

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Capa da Edição 212 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de outubro de <strong>2019</strong><br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

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Ano XXI • N°212 • Outubro <strong>2019</strong><br />

EXPORTAÇÃO<br />

Por Lucas de Souza Kos - Curitiba (PR)<br />

Conhecia a Revista da época que estava na graduação e agora voltei a ser<br />

leitor novamente. Está sempre atualizada, abrindo nossos horizontes como<br />

a matéria sobre comercialização de pinus no exterior que eu desconhecia<br />

NOVO ASSINANTE<br />

Por Paulo Roberto Lima - Joinville (SC)<br />

Assinei há pouco tempo e achei super interessante a Revista,<br />

especialmente para quem é do setor, pois traz muita informação útil,<br />

novidades e deixam os profissionais bem atualizados com materiais<br />

que não estão na internet. Achei bem completa<br />

ÓTIMO CONTEÚDO<br />

Por Luiz Rocha - Montes Claros (MG)<br />

Parabéns a Revista que sempre traz um conteúdo sério e<br />

completo! Quem atua no setor precisa ler para não ficar fora<br />

das rodas de conversa<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />

respeito de reportagem produzida<br />

pelo veículo.<br />

DESENVOLVIMENTO DO INTERIOR<br />

Por Lindomar Mendonça - Paranaguá (PR)<br />

Bem detalhada a matéria sobre o terminal de celulose no Porto de Paranaguá<br />

(PR) da penúltima edição. A novidade gera muita esperança para a economia<br />

local, em vários setores<br />

INFORMAÇÃO<br />

Por Sérgio Souza - Ponta Grossa (PR)<br />

São muito interessantes os artigos<br />

científicos publicados na Revista,<br />

assim conseguimos ter acesso à<br />

pesquisas sérias e ainda há uma valorização<br />

dos estudos realizados nas<br />

universidades<br />

Foto: REFERÊNCIA Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

referenciamadeira<br />

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Email: chetang@bkt-tires.com<br />

Mobile: +917021000031


BASTIDORES<br />

Charge<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

Revista<br />

PRESENÇA VIP<br />

Com destaque na capa da Revista REFERÊNCIA deste<br />

mês, os representantes do Grupo AIZ, estiveram na<br />

sede da JOTA EDITORA para acompanhar de perto a<br />

produção e edicão de novembro.<br />

Foto: Fabiano Mendes<br />

Na foto: Fábio Machado, diretor comercial da JOTA<br />

EDITORA, junto com Éder Cavalcanti e Marco Antonio,<br />

do Grupo AIZ<br />

PREPARANDO A CAPA<br />

A REFÊRENCIA FLORESTAL foi até a sede do Grupo<br />

AIZ, em São José dos Pinhais (PR), para fazer a<br />

preparação da foto para a capa desta edição.<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Foto: REFERÊNCIA


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COLUNA<br />

AUMENTO NA OFERTA<br />

DE MADEIRA AFETOU OS<br />

PREÇOS INTERNACIONAIS DE<br />

PRODUTOS FLORESTAIS<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

O preço do compensado, madeira serrada,<br />

celulose e outros produtos tiveram uma<br />

queda de 30% ou uma porcentagem até<br />

superior<br />

Desde 2012<br />

diversos países<br />

da Europa têm<br />

aumentado<br />

o volume<br />

de colheita<br />

para atender<br />

à crescente<br />

demanda de<br />

madeira do<br />

segmento de<br />

produtos em<br />

madeira sólida<br />

D<br />

urante este ano os preços de<br />

produtos florestais no mercado<br />

internacional declinaram.<br />

O preço do compensado,<br />

madeira serrada, celulose e<br />

outros produtos tiveram uma queda de 30%<br />

ou até mais. Diversas razões são citadas por<br />

especialistas em mercado, mas existe uma<br />

concordância sobre a dificuldade de explicar<br />

uma queda tão acentuada em um período<br />

tão curto.<br />

A guerra comercial entre os Estados<br />

Unidos e a China, a redução da expectativa<br />

do crescimento da economia mundial,<br />

especialmente da Europa, a expectativa de<br />

crescimento recente da oferta de produtos<br />

de madeira, especialmente de celulose, estão<br />

na lista de possíveis razões para a queda<br />

no preço.<br />

No entanto talvez o maior impacto seja<br />

o aumento ao longo dos últimos cinco anos<br />

ou mais, na oferta de madeira em tora em<br />

algumas regiões, particularmente na Europa<br />

e nos países que compõe a CIS (Commonwealth<br />

Independent States).<br />

Desde 2012 diversos países da Europa<br />

têm aumentado o volume de colheita para<br />

atender à crescente demanda de madeira,<br />

particularmente do segmento de produtos<br />

madeira sólida. De 2014 até 2018 o consumo<br />

de toras para serraria e painéis de madeira<br />

cresceu cerca de 10%. Alguns países, como<br />

a Finlândia, produziu, em 2018, aproximadamente<br />

60 milhões de m3 (metros cúbicos)<br />

de toras, um aumento de 22% em relação ao<br />

volume de 2013.<br />

O maior salto no consumo de toras na<br />

Finlândia ocorreu de 2017 para 2018, resultado<br />

do aumento na demanda de madeira<br />

para produção de serrados e celulose. A Po-<br />

Foto: divulgação<br />

lônia também aumentou o volume de colheita<br />

atendendo a maior demanda de madeira<br />

em toras para exportação.<br />

Além do aumento na colheita para atender<br />

a demanda interna ou para exportar,<br />

alguns países da Europa central tiveram suas<br />

florestas afetadas por desastres naturais,<br />

incluindo tempestades e ataque de insetos.<br />

Entre estes países estão a Áustria, República<br />

Checa, França, Alemanha, Itália, Eslováquia e<br />

Suíça. Estima-se que nos últimos dois anos,<br />

em função destes desastres naturais, entre<br />

110 e 140 milhões de m3 de madeira tenham<br />

sido afetados. Este volume representa mais<br />

de 25% do consumo anual de toras na Europa<br />

e está sendo ofertado no mercado preços<br />

mais baixos.<br />

Os países que compõe a CIS também<br />

aumentaram a produção de madeira em<br />

toras. Em 2018, o volume de toras aumentou<br />

12%, atingindo nestes países uma produção<br />

de 245 milhões de m3. O principal aumento<br />

ocorreu na Rússia, particularmente na Sibéria<br />

e extremo leste, e uma grande parte das<br />

toras são destinadas ao mercado internacional.<br />

Outros países da região, como a Bielo<br />

Rússia e Ucraína, também incrementaram a<br />

produção de madeira em toras.<br />

Parece claro que o crescimento da oferta<br />

de madeira em toras e a expansão da indústria<br />

florestal, principalmente na Europa,<br />

mas também na Rússia, que vem ocorrendo<br />

nos últimos 5 anos, é a principal razão para<br />

a queda nos preços internacionais. O mercado<br />

buscará um equilíbrio, mas é provável<br />

que o equilíbrio seja atingido em um menor<br />

patamar de preços. É, portanto, importante<br />

que a indústria florestal brasileira continue a<br />

investir para assegurar a competitividade no<br />

mercado internacional.<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


WestRock e você:<br />

construindo, juntos, um futuro sustentável.<br />

A WestRock investe há mais de 60 anos em pesquisa e desenvolvimento para entregar alta<br />

produtividade e qualidade a seus parceiros florestais, que podem contar com amplo conhecimento<br />

para implementar processos e soluções inovadoras em sementes, mudas e toras. Mais do que isso, a<br />

WestRock desenvolve boas práticas para fortalecer o mercado por meio de compromissos sustentáveis,<br />

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NOTAS<br />

Aplicativo para contagem<br />

de madeira<br />

Criado nos EUA (Estados Unidos da América), o aplicativo<br />

CountThings, usado para automatizar a contagem de madeira,<br />

chegou ao Brasil neste mês. Disponível para windows, iOS e<br />

android, o aplicativo tem versões gratuitas, com limitações de<br />

funções, e outras duas versões pagas, com valores entre U$<br />

100 e U$ 500 por mês. Com a tecnologia de Visão Computacional<br />

e Machine Learning, o aplicativo consegue reconhecer<br />

o que é uma madeira, contá-la e diferenciá-la de outras espécies<br />

por meio de fotos e vídeos. O usuário precisa “ensinar”<br />

o aplicativo a fazer o reconhecimento. Isso é feito da seguinte<br />

forma: após selecionar ou capturar a foto (ou o vídeo) que<br />

deseja contar, o usuário escolhe o template adequado (por<br />

exemplo, a espécie de madeira) e então clica no botão contar.<br />

Em questão de segundos o software conta cada madeira da<br />

foto ou vídeo, etiqueta-o com um número para que possa ser<br />

feita uma verificação e, caso desejado, o total de madeiras<br />

naquela foto ou vídeo. O aplicativo conta com mais de 300<br />

modelos de contagem. No Brasil, a empresa de softwares<br />

L2VM é a representante oficial do aplicativo e fornece toda a<br />

assistência necessária em português, pelo mesmo preço dos<br />

EUA.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Setor atinge US$ 7,8 bi<br />

em exportações<br />

Os produtos da indústria de base florestal<br />

chegaram a US$ 7,8 bilhões em comercializações<br />

com outros países. A celulose totalizou<br />

US$ 6 bilhões, enquanto o papel somou US$ 1,5<br />

bilhão e painéis de madeira US$ 197 milhões.<br />

Os dados foram divulgados pela IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores). O saldo da balança comercial<br />

do setor atingiu US$ 6,9 bilhões (-2,8%).<br />

A representatividade da balança do setor avançou<br />

e somou 4,6% do total das exportações brasileiras.<br />

De janeiro a setembro, a China seguiu<br />

como principal mercado da celulose brasileira,<br />

adquirindo US$ 2,6 bilhões do produto. A América<br />

Latina, por sua vez, é o destino com maior<br />

negociação para painéis de madeira (US$ 125<br />

milhões) e papel (US$ 880 milhões).<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


Madeira amazônica em<br />

instrumentos musicais<br />

Extrair o elemento menos perceptivo, aos olhos do cotidiano, que a madeira pode<br />

oferecer: o som. Essa é a missão da Oela (Oficina Escola de Lutheria da Amazônia), localizada<br />

na periferia de Manaus (AM), que constrói instrumentos musicais e prepara jovens<br />

luthiers para o mercado de trabalho. Pioneira no Brasil, a organização sem fins lucrativos<br />

é uma referência no mundo, atraindo olhares até de autoridades como o Príncipe<br />

Charles, por usar espécies diferentes de madeiras, inclusive usando opções que estão em<br />

extinção.<br />

Com 19 anos com a certificação do FSC® (Florest Stewardship Council®), concedida<br />

por adotar o uso exclusivo de madeira oriunda de manejo florestal<br />

certificado para construção de violões, a Oela tem como<br />

matéria-prima madeiras amazônicas para produção de violões.<br />

É necessário ressaltar, que a alternativa não é considerada<br />

substituição da madeira comumente usada na construção de<br />

instrumentos.<br />

Para produzir o violão, a Oela utiliza espécies variadas. Para<br />

a produção do fundo lateral do instrumento é usado o Tauari,<br />

encontrada apenas no Amazonas, Rondônia e Pará e em partes<br />

do Amapá. Para a o tampo do instrumento é utilizado a marupá;<br />

já a produção do braço conta com o breu branco; e, por fim,<br />

a produção da escala conta com o coração de negro.<br />

Todos os instrumentos são construídos artesanalmente pelos<br />

alunos do curso técnico de luteria, orientados por um professor<br />

luthier. Os violões produzidos em sala de aula ficam para<br />

a própria escola utilizar nas aulas de musicalização oferecidas,<br />

gratuitamente, no local. A produção em escala para venda não<br />

é o foco do projeto, mas o público externo pode encomendar<br />

um violão com valor entre R$ 2 mil e até R$ 20 mil.<br />

O trabalho diferenciado tem atraído pessoas de várias partes<br />

do mundo. No último mês de setembro, a família Salzmann<br />

saiu de Vestfália, na Alemanha, para tirar férias no Brasil e<br />

incluiu o Amazonas no roteiro somente para conhecer a Oela. O<br />

pastor Stefan e seus filhos Jacob, 19, Nora, 17 e Sophie, 11, visitaram<br />

a sede do projeto e testaram os instrumentos musicais<br />

pelo luthier e educador Diego Freitas. “Achei muito interessante.<br />

A gente sente o espírito desta instituição. Desenvolver um<br />

projeto desses é ótimo. Imagino que para os alunos é importantíssimo<br />

na vida deles”, acredita Salzmann.<br />

Em 2015, a Oela obteve o certificado de reconhecimento<br />

pelo MEC (Ministério da Educação) como uma das organizações<br />

que promovem a inovação e a criatividade no ensino de base<br />

do país. Ao longo de toda trajetória o projeto, que hoje conta<br />

com o patrocínio do governo federal e Basa (Banco da Amazônia),<br />

além do apoio institucional da Brazil Foundation e Instituto<br />

Coca-Cola Brasil, entre os apoios técnicos, já formou, aproximadamente,<br />

dois mil e trezentos alunos. Mais informações no site:<br />

www.oela.org.br<br />

Fotos: divulgação<br />

Novembro <strong>2019</strong><br />

19


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Plataforma ajuda o<br />

reflorestamento<br />

Com sede em Barcelona, a plataforma Tree-Nation usa<br />

sua própria tecnologia para facilitar o plantio de árvores e o<br />

reflorestamento do planeta. A plataforma tem mais de 300<br />

espécies de árvores disponíveis, possibilitando que pessoas<br />

e empresas participem de projetos de reflorestamento em<br />

todo o mundo. A cada árvore plantada também é atribuída<br />

uma URL, que permite o monitoramento diário de seu<br />

crescimento ou seus níveis de compensação de CO2 (Gás<br />

Carbônico), entre outros dados, além da possibilidade de<br />

presentear outra pessoa se desejado. A plataforma também<br />

oferece às empresas uma ferramenta para vincular o plantio<br />

de árvores com seus objetivos de desempenho, vendas ou<br />

serviço, como parte de iniciativas de marketing ou sustentabilidade.<br />

Atualmente, possui 70 projetos de plantações<br />

localizados em 33 países, nos quais mais de 118 mil cidadãos<br />

e 1.500 empresas já participaram e continuam a crescer graças<br />

à colaboração da população para reflorestar a superfície<br />

terrestre.<br />

Produção florestal impulsiona<br />

PIB no Paraná<br />

O PIB (Produto Interno Bruto)<br />

paranaense cresceu 1,1% no segundo<br />

trimestre de <strong>2019</strong>, relativamente ao<br />

imediatamente anterior, de acordo com<br />

os dados dessazonalizados do Ipardes<br />

(Instituto Paranaense de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social). O resultado foi<br />

favorecido pelo desempenho de agropecuária<br />

(produção florestal e pecuária) e<br />

indústria (fabricação de veículos automotores).<br />

Indicadores mensais confirmam<br />

a melhora no ritmo de crescimento da<br />

economia estadual – o Ibcr (PR) expandiu<br />

1,4% no trimestre encerrado em agosto,<br />

ante retração de 0,1% no finalizado em<br />

maio, segundo dados dessazonalizados.<br />

Foto: divulgação<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


www.envimat.com.br


NOTAS<br />

Sinaflor é finalista<br />

em Prêmio<br />

O Sinaflor (Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos<br />

Florestais) do Ibama está entre os sete finalistas do Prêmio de<br />

E-GOV (Excelência em Governo Eletrônico) – <strong>2019</strong>. Permanecem<br />

na disputa com o Instituto os projetos: Inss Digital, do Distrito<br />

Federal; o MG APP (Mobilidade na Prestação de Serviços Públicos)<br />

do Estado de Minas Gerais; o PIÁ (Paraná Inteligência Artificial);<br />

o Programa de Saúde Ambiental Digital, de Pernambuco; o Sefaz<br />

Virtual, do Rio Grande do Sul; e o SOS-Chuva (Sistema de Observação<br />

e Previsão de Tempo Severo), de São Paulo. Antes de ganhar<br />

a atenção dos avaliadores do Prêmio E-GOV, o Sinaflor já havia<br />

despertado o interesse de organismos internacionais. Por meio<br />

do Projeto Mecanismos e Redes de Transferência de Tecnologia<br />

Relacionadas às Mudanças Climáticas na América Latina e no Caribe,<br />

o Sinaflor inspirou o desenvolvimento do sistema de controle<br />

e monitoramento da cadeia produtiva da madeira no Suriname.<br />

Em Washington, analistas do Ibama responsáveis pelo desenvolvimento<br />

do Sinaflor, apresentaram o sistema a países membros<br />

do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) durante o<br />

seminário Greengov, atraindo interesses para parcerias e acordos<br />

de cooperação.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgacão Coca-Cola<br />

Homeopatia<br />

como<br />

repelente<br />

Um repelente natural contra os insetos<br />

de plantação do guaraná da Amazônia fez<br />

aumentar em 137% a quantidade de frutos<br />

recolhidos de um só pé. Nos municípios de<br />

Urucará e Maués, no Amazonas, produtores<br />

usam um preparado homeopático com a “essência<br />

da formiga” para afastar pregas como<br />

Trips e afastar, sem eliminar, formigas Tachi e Taracuá que atacam até 100% das plantações, principalmente, no período de<br />

floração. Ao notarem que nos locais onde havia formigas, a quantidade de tripes era menor, os produtores criaram uma<br />

solução, a partir da assistência técnica da Coca-Cola Brasil para a contratação de uma empresa especializada, a Homeopatia<br />

Brasil, e desde 2016 utilizam nas árvores. De lá para cá, foi observado uma melhora nos cachos de guaraná que usaram<br />

a alternativa, que estão mais vistosos e dando mais resultados aos produtores. Antes do repelente, a média de colheita de<br />

um produtor era 130g (gramas) de guaraná. Hoje o guaranazeiro saí da colheita com 4 a 5 kg (quilos).<br />

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NOTAS<br />

Movimentação<br />

financeira<br />

Foto: divulgação<br />

A inclusão dos barco-hotéis no Cadastur<br />

(Cadastro de Prestadores de Serviços<br />

Turísticos) do Ministério do Turismo deve<br />

impulsionar a economia nas regiões norte<br />

e centro-oeste. É o que prevê o secretário<br />

Nacional de Desenvolvimento e Competitividade<br />

do Turismo do Ministério do<br />

Turismo, Aluizer Malab, que acompanhado<br />

pelo governador do Amazonas, Wilson<br />

Lima e pelo presidente da Associação dos<br />

Operadores de Barcos de Turismo, Leonardo<br />

Leão, lançou a nova tipologia, no<br />

início de novembro em Manaus (AM). De<br />

acordo com Malab, a medida vai alavancar<br />

a ocupação turística, em primeiro plano,<br />

o comércio e também a fabricação de embarcações<br />

de madeira, que incluem toda uma cadeia de produção. Os barco-hotéis são popularmente conhecidos no norte<br />

e centro-oeste do país. O passeio é procurado por amantes da pesca esportiva, do ecoturismo ou também por visitantes<br />

que buscam paz em meio à natureza. O Estado do Amazonas, por exemplo, recebe cerca de 30 mil turistas por temporada<br />

de pesca, o que gera uma movimentação financeira estimada em mais de R$ 100 milhões.<br />

Norma de desempenho<br />

em canal de internet<br />

O Grupo de Trabalho da Comissão de Estudo<br />

de Revisão da Norma de Desempenho (Abnt/CE –<br />

002:136.001) está realizando transmissões ao vivo<br />

das reuniões para avaliar as propostas para revisão<br />

da norma Abnt NBR 15575. Exibidos pelo Canal da<br />

Cbic no youtube, os vídeos ficam disponíveis para<br />

acesso ao final da exibição. A primeira reunião, que<br />

ocorreu no dia 13 de novembro, teve como pautas<br />

as propostas para revisão dos requisitos de desempenho<br />

térmico, lumínico e acústico. As principais<br />

alterações relacionadas ao desempenho térmico<br />

visam a harmonização com a Abnt NBR 15220 –<br />

parte 3 (Transmitância Térmica e Capacidade Térmica) e alinhamento com o Procel (Programa Brasileiro de Eficiência<br />

Energética). Já quanto ao desempenho lumínico, serão revistos conceitos, requisitos e critérios de iluminação natural e a<br />

definição dos pontos de medição em ambientes compostos. No item acústica, o objetivo é encontrar a melhor definição<br />

do enquadramento nas zonas de ruído e propor a eliminação das medições de campo, exceto quando existirem evidentes<br />

problemas de execução.<br />

Imagem: reprodução<br />

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NOTAS<br />

Norma técnica para sistema<br />

construtivo de casas com madeira<br />

segue para consulta pública<br />

Para a Abimci (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente), a<br />

expectativa é de que com a publicação<br />

da norma será possível gerar<br />

escala de negócios para o uso da<br />

madeira na construção civil.<br />

A Comissão de Estudos da Abnt<br />

(Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas) que trabalhou durante<br />

três anos no desenvolvimento<br />

do texto para a normalização do<br />

sistema construtivo wood frame,<br />

construções que utilizam perfis e<br />

painéis de madeira, aprovou por<br />

consenso o texto que seguirá para<br />

consulta nacional. Na avaliação<br />

da Abimci, que acompanhou<br />

todo o processo e tem liderado o<br />

desenvolvimento dessa e de outras<br />

frentes sobre o uso da madeira<br />

na construção civil no país, é um<br />

passo importante para que, em<br />

breve, o modelo construtivo esteja<br />

normalizado. Com isso, a expectativa<br />

é aumentar o consumo per<br />

capita de madeira no mercado<br />

interno, principalmente, em virtude da crescente demanda habitacional brasileira.<br />

Com a participação de muitos interessados no tema, a comissão contou com a contribuição de profissionais que se dividiram<br />

em quatro grupos de trabalhos: materiais, projetos, execução e desempenho. O objetivo foi envolver construtores, fornecedores,<br />

universidades, laboratórios, agente financiador, entre outros, para que todos pudessem contribuir e construir uma norma<br />

adequada a realidade brasileira.<br />

A partir da publicação da norma, segundo a Abimci, programas habitacionais do governo e outros agentes financeiros poderão<br />

incluir em suas linhas de crédito essa nova opção de construção, gerando, assim, escala de negócios para os produtos de<br />

madeira. Além dos perfis e painéis de madeira, o sistema permite o uso de madeira serrada, decks, portas, pisos, estruturas para<br />

a cobertura, entre outros produtos.<br />

Foto: divulgação<br />

PRÓXIMOS PASSOS<br />

Após o debate e consenso entre os participantes da comissão de estudos, o Projeto de Norma é submetido à consulta<br />

nacional. Nessa etapa, realizada pela internet, qualquer interessado pode enviar comentários e sugestões, visando a aprovação<br />

ou não do texto. Terminado o prazo da consulta, todos os comentários, que devem ter embasamento técnico, são analisados e<br />

respondidos pela Comissão de Estudo responsável. Todos os interessados que se manifestaram durante o processo de consulta<br />

nacional são convidados a participar de reunião, a fim de deliberar, por consenso, se este Projeto de Norma deve ser aprovado<br />

como Documento Técnico Abnt. Com isso, o texto é homologado e publicado pela Abnt. As Normas Brasileiras em vigor ficam<br />

disponíveis para consulta no Abnt Catálogo (www.abntcatalogo.com.br).<br />

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Foto: REFERÊNCIA<br />

NOTAS<br />

<strong>Florestal</strong> semiautônoma<br />

do Brasil<br />

Durante a 11ª edição da Reunião de Filiadas<br />

do Pcmaf (Programa Cooperativo sobre Mecanização<br />

e Automação <strong>Florestal</strong>) do Ipef, realizada<br />

nas áreas da Suzano, em Três Lagoas (MS), um<br />

dos destaques foi a visita em campo da operação<br />

de plantio e irrigação realizada com a<br />

inédita plantadora semiautônoma de mudas de<br />

eucalipto. O equipamento apresentado planta<br />

e irriga três linhas por vez, de forma semiautônoma,<br />

em espaçamento de plantio de 3m ou<br />

3,5m (metros) entre linhas. O deslocamento da<br />

plantadora é controlado por piloto automático,<br />

utilizando os dados georeferenciados gerados<br />

no preparo de solo. O posicionamento das mudas<br />

é registrado por um outro sistema de alta<br />

precisão que poderá ser adotado para as operações<br />

florestais subsequentes.<br />

ALTA<br />

INDÚSTRIA TEM CRESCIMENTO EM 10<br />

DOS 15 LOCAIS PESQUISADOS<br />

A produção industrial teve crescimento em 10 dos<br />

15 locais pesquisados em setembro, segundo pesquisa<br />

divulgada recentemente, pelo Ibge (Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística). Dentre os locais<br />

que apresentaram melhor desempenho estão: Bahia<br />

(4,3%), região nordeste (3,3%) e Rio Grande do Sul<br />

(2,9%). Completam a lista de alta no setor: Espírito<br />

Santo (2,5%), Minas Gerais (2,4%), Pernambuco (2,3%),<br />

Santa Catarina (2,1%), Mato Grosso (2,0%), Paraná<br />

(1,3%) e Ceará (0,2%). Comparado com setembro de<br />

2018, a produção industrial teve um crescimento de<br />

1,1%, destaque para o Amazonas que apresentou alta<br />

de 16,7% no período, seguido de Paraná (7,4%), Rio de<br />

Janeiro (7,0%), Santa Catarina (5,2%), São Paulo (3,6%)<br />

e Goiás (1,6%).<br />

NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />

INCÊNDIOS NA AUSTRÁLIA SÃO<br />

CAUSADOS DE FORMA PROPOSITAL<br />

Parece inacreditável, mas a razão dos incêndios que<br />

devastam a costa leste da Austrália foi um australiano<br />

que tinha como objetivo proteger sua plantação<br />

de maconha. Quatro pessoas morreram e 300 casas<br />

foram destruídas pelas chamas, que devastaram mais<br />

de um milhão de hectares nos últimos dias. De acordo<br />

com a polícia do país, o homem de 51 anos foi acusado<br />

de iniciar de maneira intencional os incêndios ao atear<br />

fogo em um ponto da cidade de Ebor, em Nova Gales<br />

do sul, em uma tentativa de proteger sua plantação de<br />

maconha.<br />

BAIXA<br />

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SUSTENTABILIDADE<br />

Foto: divulgação<br />

Índios querem<br />

trabalhar e<br />

promover o próprio<br />

SUSTENTO<br />

Etnias do Mato Grosso conseguem liberação para plantar<br />

soja e agora aguardam a liberação para a extração da<br />

madeira no sistema manejo sustentável<br />

C<br />

ontrariados com a proibição de cultivo mecanizado<br />

em terras indígenas, índios de três etnias solicitaram<br />

a autorização do Ibama (Instituto Brasileiro<br />

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis) para o plantio de soja. A permissão<br />

veio por meio de uma medida cautelar fornecida pelo órgão<br />

que prevê também a assinatura oficial, ainda em processo de<br />

liberação, do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), fornecido<br />

tanto pelo Ibama quanto pelo Ministério Público e pela<br />

Funai (Fundação Nacional do Índio).<br />

O plantio ocorre em Mato Grosso pelas etnias Paresi, Manoki<br />

e Nambikwara que, atualmente, utilizam 1,7% da área<br />

total de 1,5 milhão de hectares da reserva para a agricultura e<br />

têm como expectativa de produtividade a superação, em média,<br />

de mais de 60 sacas por hectare. “Nós mesmos estamos<br />

fazendo a gestão e indo buscar a viabilidade para que a gente<br />

possa sair da informalidade”, comemora Ronaldo Zokezomaike,<br />

presidente da Coopihanama, cooperativa da nação Paresi, responsável<br />

pela gestão administrativa e operacional da produção,<br />

em entrevista ao site Canal Rural.<br />

Segundo o coordenador de projetos da Coopihanama,<br />

Arnaldo Zunizakaê, os indígenas estão à espera pelo licenciamento<br />

há cerca de 6 anos, quando iniciaram as plantações. “O<br />

órgão responsável até então não tinha dado nenhum encaminhamento<br />

nesse sentido de regularizar a atividade”, lamenta.<br />

De acordo com Ronaldo Zokezomaike, os projetos de<br />

cultivo estão localizados em pontos estratégicos, longe de<br />

nascentes, de áreas de caça e de ocorrência de frutas com o<br />

objetivo de manter a área sem plantação preservada. “É muito<br />

importante a sociedade saber que é um projeto sério, bem planejado,<br />

respeitando a questão ambiental, que é o nosso maior<br />

patrimônio”, afirma.<br />

O plantio é realizado apenas com cultivares convencionais,<br />

já que o cultivo de transgênicos na aldeia permanece proibido.<br />

Apesar de a soja ser o carro-chefe da propriedade, ela vai perder<br />

mais da metade do espaço para culturas de segunda safra,<br />

como feijão e milho, ocupando neste ano cerca de 3.500 ha<br />

(hectares).<br />

De acordo o engenheiro agrônomo da aldeia, Lúcio Avelino<br />

Ozanazokaese, o motivo é o alto custo de produção da leguminosa.<br />

“Por ser uma soja convencional, exige muito manejo,<br />

então estamos reduzindo 70%-80% da área em que estamos<br />

trabalhando”, conta em entrevista recente.<br />

TRADIÇÃO<br />

A agricultura foi introduzida na reserva Paresi há quase<br />

duas décadas. O faturamento anual, de quase R$ 6 milhões,<br />

transformou a situação da aldeia, que já foi de miséria. Segundo<br />

o coordenador de projetos, a atividade trouxe muitos<br />

benefícios para a comunidade. “As aldeias Paresis hoje são<br />

totalmente diferentes de muitas..os índios que moram no cerrado<br />

Paresi são alguns dos que têm a vida mais digna”, compara<br />

Arnaldo Zunizakaê.<br />

O presidente da cooperativa afirma que só emprega indígenas.<br />

“Através da agricultura, nós conseguimos suprir todas<br />

as necessidades e carências na questão social, como alto índice<br />

de desnutrição e alto êxodo de pessoas indígenas em busca de<br />

trabalho lá fora”, aponta.<br />

Agora o próximo passo é a liberação para a exploração da<br />

floresta no sistema de manejo sustentável.<br />

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Foto: divulgação<br />

FRASES<br />

Em termos gerais, o grupo de medidas<br />

que o governo tomou até agora na<br />

agenda econômica vem ajudando a que<br />

tenhamos um ambiente macroeconômico<br />

saudável. Bem expresso na taxa cambial<br />

e na inflação, que são dois indicadores<br />

muito importantes, talvez a gente não<br />

tenha vivido uma situação análoga nos<br />

últimos 40, 50 anos. Provavelmente nós<br />

nunca estivemos em uma situação em<br />

que as condições macroeconômicas se<br />

aproximavam de uma favorabilidade<br />

como a atual<br />

Dan Ioschpe, presidente do Iedi (Instituto para Estudos do<br />

Desenvolvimento Industrial), em entrevista à imprensa brasileira<br />

“Diante da necessidade de obter<br />

mais madeira, o que restava passou<br />

a ser preservado e também se<br />

começou a plantar árvores para<br />

atender a essa demanda de forma<br />

planejada (...) Os últimos 200 anos<br />

da Europa são uma história de<br />

florestamento”<br />

“Não podemos vencer a luta contra<br />

as mudanças climáticas sem parar<br />

o desmatamento. Precisamos<br />

plantar 4 bilhões de árvores por<br />

ano, nos próximos 10 anos, apenas<br />

para reverter o desmatamento que<br />

causamos na última década”<br />

Annemarie Bastrup-Birk, especialista em florestas da<br />

EEA (Agência Ambiental Europeia), em entrevista à<br />

BBC, falando como a Europa equilibrou economia e<br />

sustentabilidade na cadeia madeireira<br />

Maxime Renaudin, fundador e diretor da<br />

Tree-Nation<br />

“Identificar diferentes ações vão permitir que os Estados<br />

amazônicos transformem o interesse global sobre o futuro<br />

da floresta amazônica em fontes de financiamento que<br />

possam gerar mais emprego e renda e também contribuir<br />

para a redução do desmatamento e dos incêndios<br />

florestais”<br />

Virgílio Viana, superintendente<br />

da FAS (Fundação Amazonas<br />

Sustentável), em discurso<br />

durante a primeira Cúpula dos<br />

Governadores dos Estados da<br />

Pan-Amazônia, no Vaticano<br />

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Não permita que as<br />

formigas cortem seu<br />

lucro e produtividade<br />

www.unibras.com.br<br />

O controle está em suas mãos!<br />

0800 18 3000


ARTIGO<br />

Floresta Amazônica<br />

NEGÓCIO OU RELIGIÃO<br />

Por: Waldemar Vieira Lopes<br />

Fotos: divulgação<br />

Lastimável, prosperarem argumentos falaciosos implantados<br />

na mídia do Brasil e do mundo quanto à<br />

extinção de nossas florestas, recurso renovável abundante<br />

no país e, guindado a uma situação de constrangimento<br />

pelo avanço da ideologia ambientalista<br />

como fator inibidor ao processo de desenvolvimento econômico<br />

do país, prejudicando inclusive, a necessária e correta proteção<br />

ao meio ambiente.<br />

O efeito colateral é o aumento da atividade ilegal e predatória,<br />

cujo desserviço é fomentado por uma rede de organizações<br />

que objetivam restringir implantação de obras de infraestrutura,<br />

perfeitamente sintonizados com agendas externas, fazendo<br />

dessa Suposta Proteção Ambiental, fator decisório e ordenador<br />

das atividades econômicas, agindo com o objetivo geopolítico<br />

de inviabilizar a transformação do país em grande potência, contando<br />

com grandes aportes financeiros e utilizando táticas de<br />

guerra psicológica, operando com enorme desenvoltura através<br />

da mídia, jamais no campo de batalha técnico, trazendo para<br />

suas fileiras pessoas do meio político, artístico e intelectual,<br />

agindo como mercadores do caos e marqueteiros de interesses<br />

que não o do Brasil, aplaudidos no grande circo ambiental, dando<br />

sustentabilidade a um sem números de falácias.<br />

Cabe aos bons brasileiros contraporem inverdades implantadas<br />

por essa corrente “neo-ambiental”, identificando quem<br />

as alimenta financeiramente, pois esse turismo ecológico com<br />

suas táticas de guerrilha, colocação de textos e mais textos em<br />

jornais, propagandas na mídia televisiva e no rádio, certamente<br />

tem custos estratosféricos.<br />

Descompromissados com os problemas advindos dos absurdos<br />

que encontram eco em mentes pouco analíticas, vendem<br />

a imagem de um país sem governo, de um sistema de controle<br />

ambiental incompetente, de um país que tem uma fábrica de<br />

desastres ambientais e transporta-os para o mundo inteiro.<br />

Ora Cara Pálida, empresário madeireiro algum tem como<br />

objetivo dizimar a floresta, fonte de matéria-prima necessária à<br />

perenidade do negócio florestal, sendo seu verdadeiro e legítimo<br />

guardião, pois dela depende seu futuro e bem manejadas as<br />

árvores durarão para sempre, bastando que seja reconhecido o<br />

seu valor e sua importância como meio de vida para um mundo<br />

em transição.<br />

Esse país é feito por gente pacata e de boa índole, pois em<br />

nenhum outro lugar do mundo alguém conseguiria emplacar<br />

um discurso de engessamento de um produto reconhecidamente<br />

renovável e de suma importância para o equilíbrio da sua<br />

balança comercial.<br />

Diariamente se tem acesso a pareceres contra qualquer iniciativa<br />

de desenvolvimento, principalmente na Amazônia, erroneamente<br />

eleita como santuário intocável, em uma visão muito<br />

parecida com a da Índia, na adoração do boi ou da vaca.<br />

A madeira é o material de construção mais antigo empregado<br />

pelo homem, podendo ser obtido em grandes quantidades<br />

já que suas reservas se renovam por si mesmas, tornando o<br />

material permanentemente disponível, desde que explorado e<br />

industrializado de forma racional.<br />

A madeira é que permitirá à região amazônica a evolução a<br />

que tem direito, o crescimento da qualidade de vida e do poder<br />

aquisitivo do seu povo, pois não há como fazer manejo sustentado<br />

de uma mina de ferro, de uma exploração de cimento ou<br />

de uma jazida de petróleo, que uma vez esgotadas, esgotadas<br />

estão e os danos ambientais estão feitos.<br />

A sobrevivência da Amazônia é função de sua utilização<br />

inovadora e não do seu isolamento como possibilidade de produção,<br />

progresso e renda, com arranjos produtivos que levem<br />

em conta o capital natural, compatibilizando o uso através de<br />

tecnologia atualizada e visão holística, maximizando retorno e<br />

minimizando impactos, pois é sabido que inexiste evolução com<br />

impacto zero.<br />

Urge melhorar a gestão dessa heterogeneidade que congre-<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


Novembro <strong>2019</strong> 35


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ENTREVISTA<br />

Luta pela<br />

preservação<br />

da floresta<br />

NATIVA<br />

Struggle to preserve<br />

native forests<br />

O<br />

ano de <strong>2019</strong> vem sendo um dos mais emblemáticos<br />

para o setor florestal brasileiro. Na contramão<br />

das questões político-ideológicas que acaloraram<br />

as discussões e em nada contribuíram<br />

no combate sobre desmatamento e preservação das florestas,<br />

o trabalho das instituições que defendem o manejo sustentável<br />

se destacou de maneira importante. Entre eles está o SFB<br />

(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), que vem desempenhando significativo<br />

trabalho em prol da preservação das florestas nativas,<br />

especialmente por meio da concessão florestal. O diretor-geral<br />

do órgão, Valdir Colatto, conversou com exclusividade com a<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL durante o XXV Congresso Mundial do<br />

Iufro, realizado pela primeira vez na América Latina, que também<br />

representou um marco para o setor florestal brasileiro.<br />

ENTREVISTA<br />

Valdir<br />

Colatto<br />

Foto: Ana Nascimento<br />

T<br />

he year <strong>2019</strong> has been one of the most emblematic<br />

for the Brazilian Forest Sector. Contrary to<br />

the political-ideological issues that have led to<br />

heated discussions and contributed in no way to<br />

combating deforestation and forest preservation, the work of<br />

institutions that advocate sustainable management stood out.<br />

Amongst these is the Brazilian Forest Service, which has been<br />

doing significant work in the preservation of native forests,<br />

mainly through the implementation of forest concessions. Valdir<br />

Colatto, Executive Director of the Agency, spoke exclusively with<br />

REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> during the 25th Iufro World Congress (International<br />

Union of Forest Research Organizations), held for the<br />

first time in Latin America, which also represented a milestone in<br />

the Brazilian Forest Sector.<br />

DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />

15 de outubro de 1949, Lagoa Vermelha (RS)<br />

October 15, 1949, Lagoa Vermelha (RS)<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor-geral do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro)<br />

Executive Director of the Brazilian Forest Service<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Agronomia<br />

Agronomy<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


Novembro <strong>2019</strong> 39


40 www.referenciaflorestal.com.br


PNEUS E RECAPAGENS<br />

TRADIÇÃO E TECNOLOGIA RODAM JUNTAS<br />

Reformas de pneus florestais,<br />

agrícolas e de transporte<br />

Há 30 anos no mercado de reforma de pneus, oferecemos<br />

qualidade, atendimento diferenciado e tradição nas reformas de<br />

pneus florestais e agrícolas.<br />

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A Codornada <strong>Florestal</strong> está<br />

de volta em sua 13ª Edição!<br />

O evento promove o ponto de encontro do<br />

setor florestal, através de um jantar voltado<br />

às empresas e profissionais do setor de base:<br />

madeireira, florestal e de celulose.<br />

04 E 05 DE DEZEMBR0 DE <strong>2019</strong><br />

Ponte Alta do Norte - SC<br />

1º DIA<br />

04/12<br />

DIA DE CAMPO<br />

2º DIA<br />

05/12<br />

MANHÃ - SEMINÁRIO<br />

TARDE - EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS<br />

NOITE - JANTAR<br />

AÇÃO SOCIAL<br />

Natal das Crianças de Ponte Alta do Norte<br />

Cada convidado: Doar 2 brinquedos<br />

(uma para menino/outro para menina)<br />

Informações: 49 9 9157.6365 I 41 9 9924.7071 /cordornadaflorestal<br />

Apoio:<br />

Realização:


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A FEIRA DA<br />

INDÚSTRIA<br />

DO EUCALIPTO<br />

O Show <strong>Florestal</strong> MS é a nova feira florestal nacional, que<br />

vem para impulsionar o crescimento do mercado industrial<br />

de florestas plantadas, promover inovação e gerar negócios.<br />

A cidade de Três Lagoas em Mato Grosso do Sul, vai receber<br />

um novo conceito de feira em 2020, com:<br />

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INOVAÇÃO,<br />

CUSTOMIZAÇÃO<br />

E REPOSIÇÃO<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

Implementos florestais com fabricação nacional e peças de<br />

reposição multimarca estão entre as apostas para 2020 por<br />

unirem projetos personalizados e agilidade na manutenção<br />

Innovation, customization, and spare parts<br />

Nationally manufactured forest equipment and multi-brand spare<br />

parts are amongst the gambles for 2020, through putting together<br />

customized designs with agile maintenance<br />

E<br />

quacionar redução de tempo e produtividade nas<br />

operações em ambientes naturais é um desafio na<br />

cadeia produtiva da madeira. Uma oportunidade é a<br />

fabricação nacional e a customização de máquinas e<br />

equipamentos, bem como, a disponibilidade de peças.<br />

A cultura de importar implementos florestais no Brasil tem se<br />

alterado bastante nos últimos anos. As mudanças climáticas, o ritmo<br />

de produção e as oscilações do mercado exigem respostas rápidas<br />

da indústria da madeira. “Hoje a customização de um equipamento<br />

feita no Brasil, desde o projeto até a entrega final, dura, em média, 60<br />

dias. Somente uma máquina ou peça, vinda da Europa para o Brasil,<br />

pode levar de 60 a 90 dias. Depois disso, ainda vai para adaptação.<br />

É muito tempo para um mercado de produtos que não pode parar”,<br />

destaca Ronaldo Fernandes, engenheiro da AIZM - AIZ Machines,<br />

empresa integrante do Grupo AIZ.<br />

A fabricação e customização dos equipamentos sob medida, de<br />

acordo com as necessidades do comprador, pode aumentar a produtividade<br />

em até 30%, conforme estudos realizados pelos fabricantes.<br />

“Cada cliente tem uma necessidade e o resultado vai ser específico.<br />

Mas, 90% dos clientes ressaltam que há um salto de produtividade<br />

A<br />

ddressing reducing time and increasing productivity<br />

in operations in natural environments is a challenge<br />

in the forest product chain. One opportunity is the<br />

national manufacture and customization of machinery<br />

and equipment, as well as making spare parts<br />

readily available.<br />

The culture of importing forest equipment in Brazil has changed<br />

a lot over recent years. Climate change, the pace of production, and<br />

market swings require quick responses from the forest product industry.<br />

“Today, customization of a machine made in Brazil, from the<br />

design to the final delivery, takes, on average, 60 days, maximum.<br />

Where for a machine or part, coming from Europe to Brazil, this<br />

can take 60 to 90 days. After that, it still needs to be adapted to<br />

the environment where it will be used. It’s a long time for a market<br />

where production can’t stop,” says Ronaldo Fernandes, an Engineer<br />

at AIZM - AIZ Machines, a company that is part of the AIZ Group.<br />

The manufacture and modification of equipment, custom-made<br />

according to the buyer’s needs, can increase productivity by up<br />

to 30%, according to studies conducted by manufacturers. “Each<br />

customer has a need, and the result has to be specific. But 90% of<br />

Novembro <strong>2019</strong><br />

49


Novembro <strong>2019</strong> 51


52 www.referenciaflorestal.com.br


Novembro <strong>2019</strong> 53


ECONOMIA<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


Bahia: uma região<br />

promissora para<br />

A CADEIA DA<br />

MADEIRA<br />

Com o quarto lugar no ranking nacional de plantações florestais,<br />

Estado ainda não produz (e processa) a madeira plantada<br />

suficiente para atender a demanda estadual<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

Novembro <strong>2019</strong><br />

55


ECONOMIA<br />

C<br />

om 657 mil hectares de plantações florestais,<br />

com expressiva presença de plantios<br />

de eucalipto (94% do total), a Bahia ocupa<br />

o quarto lugar no ranking nacional do<br />

setor e tem uma indústria de base florestal<br />

estadual diversificada, com 636 empresas que atuam<br />

na indústria celulose e papel, na indústria de madeira e<br />

na indústria de material energético. O cenário positivo<br />

ainda é insuficiente para atender todas as necessidades<br />

da região.<br />

“A Bahia ainda não produz (e processa) a madeira<br />

plantada suficiente para atender a demanda do estado<br />

e muito disso se dá pela falta de conhecimento sobre o<br />

setor. Trabalhamos, inclusive, para a inclusão dos pequenos<br />

e médios produtores e processadores de madeira<br />

para uso múltiplo, visando o atendimento da demanda<br />

por móveis, peças e partes de madeira na Bahia - hoje<br />

atendida, na sua maior parte, por outros estados brasileiros;<br />

além de geração de energia”, informa Wilson<br />

Andrade, diretor executivo da Abaf (Associação Baiana<br />

das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>).<br />

Para ele, é urgente o tema. Isso porque o setor tem<br />

sido historicamente um dos principais da economia<br />

baiana. Em 2018, o setor foi responsável por 18,4% do<br />

total das exportações do estado. Os produtos da sua<br />

cadeia produtiva somaram mais de US$ 1,62 bilhão nas<br />

As empresas associadas da<br />

Abaf estimam que, para o<br />

período entre <strong>2019</strong> e 2024,<br />

serão investidos mais de R$<br />

2 bilhões no setor de base<br />

florestal<br />

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EQUIPAMENTOS O RIGOR DA<br />

QUE SUPORTAM FLORESTA.<br />

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COMUNICADO<br />

A Log Max AB, tradicional fabricante sueca de cabeçotes<br />

florestais, reforça seu compromisso com o mercado<br />

brasileiro através da sua operação local, a Log Max do<br />

Brasil, desde 2018 com equipe própria de venda,<br />

pós-venda e suporte técnico com dedicação exclusiva<br />

para os cabeçotes Log Max.<br />

Nosso compromisso como fábrica é desenvolver e<br />

produzir cabeçotes simples e versáteis para aplicação em<br />

quaisquer máquinas base, o compromisso da nossa<br />

subsidiária brasileira é atender o mercado florestal local<br />

com dedicação única ao cabeçote, independentemente da<br />

marca da máquina base utilizada.<br />

Importante destacar que, desde 2012, a Log Max AB faz<br />

parte do grupo Komatsu Forest AB, mas a estratégia do<br />

grupo é manter a operação daquela independente, com o<br />

foco exclusivo na sua já consagrada linha de cabeçotes<br />

para aplicação em máquinas base multi-marcas, havendo,<br />

portanto, completa independência entre as marcas.<br />

Log Max do Brasil<br />

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Novembro <strong>2019</strong><br />

59


ESPÉCIE<br />

Propriedades físico-mecânicas<br />

DA MADEIRA DE<br />

UVA-DO-JAPÃO<br />

Foto: divulgação<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


Éverton Hillig<br />

Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Engenharia <strong>Florestal</strong><br />

Tiago Digner<br />

Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Engenharia <strong>Florestal</strong><br />

Andrea Nogueira Dias<br />

Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Engenharia <strong>Florestal</strong><br />

Novembro <strong>2019</strong><br />

61


ESPÉCIE<br />

H<br />

ovenia dulcis Thunberg é uma espécie<br />

nativa da China, Coréia do Norte,<br />

Coréia do Sul e Japão, da família<br />

Rhamnaceae, sendo popularmente<br />

conhecida como uva-do-japão. É uma<br />

árvore caducifólia, que normalmente atinge 10 m<br />

(metros) a 15 m de altura e 20 cm (centímetros) a 40<br />

cm de diâmetro a 1,30 m do solo DAP (Diâmetro de<br />

Altura do Peito). O seu tronco normalmente é reto e<br />

cilíndrico, podendo apresentar fuste com até 8 m de<br />

comprimento, ramificação dicotômica, copa globosa<br />

e ampla. Apresenta gemas dormentes, podendo ser<br />

manejada por talhadia (Rigatto et al., 2001).<br />

No Paraná, essa espécie encontra-se em alguns<br />

pequenos plantios experimentais e associadas às<br />

florestas nativas remanescentes, pois se trata de uma<br />

espécie de fácil regeneração (Carvalho, 1994). É uma<br />

espécie que apresenta crescimento rápido, mostrando<br />

grande potencial para produção de matéria-prima de<br />

madeira serrada. (Schumacher et al., 2008) avaliaram<br />

a produção de biomassa de um plantio de H. dulcis<br />

aos 18 anos de idade, na região de Santa Maria, RS, e<br />

É considerada madeira de boa<br />

resistência, medianamente<br />

tenaz e elástica, mas pouco<br />

durável em contato com o<br />

solo e susceptível ao ataque<br />

de fungos<br />

observaram que a biomassa estimada alcançou 181,6<br />

Mg ha-1, sendo 68,6% de madeira, 15,5% de galhos<br />

(vivos e mortos), 11,2% de cascas e 4,7% de folhas.<br />

Eleotério et al. (2012) avaliaram o crescimento<br />

em diâmetro de árvores da mesma espécie na regiãode<br />

Blumenau, SC, verificando que o valor máximo<br />

obtido para IMA (Incremento Médio Anual) e para o<br />

ICA (Incremento Corrente Anual) foi de 1,29 cm e1,43<br />

cm, respectivamente, em árvores com 20 anos. De<br />

acordo com Rigatto et al. (2001), a madeira de H.dulcis<br />

é moderadamente pesada. Seu tronco apresenta<br />

alburno amarelo e cerne castanho-escuro ou vermelho,<br />

com brilho opaco a mediano. É uma madeira<br />

que não tem cheiro, com textura fina homogênea e<br />

grã direita, sendo fácil de trabalhar com ferramentas,<br />

resultando em superfícies lisas e brilhantes. É considerada<br />

madeira de boa resistência, medianamente tenaz<br />

e elástica, mas pouco durável em contato com o solo<br />

e susceptível ao ataque de fungos (Carvalho et al.,<br />

2015; Tomazeli et al., 2015). Susin et al. (2014) avaliaram<br />

a qualidade da madeira de H. dulcis submetida à<br />

secagem ao ar e em estufa solar, sendo que a madeira<br />

não apresentou, em quaisquer dos métodos, redução<br />

na qualidade em função da ocorrência de defeitos.<br />

Segundo Vivian et al. (2010), a indústria madeireira e<br />

moveleira da região de Caxias do Sul (RS) contava com<br />

plantios dessa espécie em pequena escala com bons<br />

resultados. No entanto, são poucas as informações<br />

sobre as formas adequadas de beneficiamento da madeira,<br />

o que é indispensável para seu uso na indústria<br />

moveleira.<br />

Dessa forma, este trabalho teve como objetivo<br />

avaliar as propriedades físico-mecânicas da madeira<br />

de H.dulcis, verificando a variação que ocorre entre<br />

árvores e ao longo do fuste. Foi também determinada<br />

a correlação entre as propriedades mecânicas estudadas<br />

e entre essas e a massa específica da madeira. Foram<br />

colhidas, aleatoriamente, seis árvores de H. dulcis<br />

em remanescentes de floresta natural no Município<br />

de Irati (PR) (25º27’56”S e 50º37’51”W). A região está<br />

situada a uma altitude de aproximadamente 812 m,<br />

apresentando clima tipo Cfb (temperado) de acordo<br />

com a classificação climática de Köppen, com verões<br />

amenos, invernos com ocorrências de geadas severas<br />

e frequentes, sem estação seca (Instituto Agronômico<br />

do Paraná, 2015).<br />

As árvores foram desdobradas em três toras de<br />

3 m cada, marcadas sequencialmente (T1, T2 e T3).<br />

A árvore quatro teve a terceira tora de menor comprimento,<br />

em função de sua altura comercial menor.<br />

De cada tora, foram desdobradas vigas de 6 cm x 6<br />

cm x 100 cm, que foram submetidas a secagem ao ar,<br />

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Novembro <strong>2019</strong><br />

63


PRÊMIO<br />

Destaques do setor<br />

florestal brasileiro<br />

RECEBEM PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA <strong>2019</strong><br />

Fotos: Rosangela Bini<br />

PRÊMIO<br />

2 19<br />

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O<br />

s principais empresários e profissionais do setor<br />

florestal de todo o país estiveram presentes na<br />

cerimônia do PRÊMIO REFERÊNCIA, realizada<br />

no final do mês de outubro, em Curitiba (PR),<br />

com assinatura da JOTA EDITORA.<br />

Com 17 anos de tradição, a premiação é uma das mais<br />

respeitadas do Brasil por enaltecer a atuação de empresas<br />

do setor ao longo do ano, como forma de reconhecimento ao<br />

trabalho e ao desenvolvimento do país, considerando também<br />

critérios como empregabilidade, sustentabilidade, valores, cultura<br />

organizacional, inovação, geração de renda, entre outros<br />

quesitos.<br />

O PRÊMIO REFERÊNCIA busca fomentar o mercado, em<br />

toda a cadeia produtiva da madeira: nas florestas, na indústria,<br />

na produção de celulose e de papel, na geração de biomassa e<br />

nos produtos de madeira. Desta maneira, valoriza as empresas<br />

e as organizações do setor que colaboram para que o mercado<br />

brasileiro seja um dos mais desenvolvidos e promissores do<br />

mundo. “Minha gratidão à presença de vocês que dedicaram<br />

um tempo para estarem aqui. Há 21 anos, a REVISTA REFE-<br />

RÊNCIA vem trazendo a informação especializada para o nosso<br />

segmento e sinto orgulho da força da revista impressa”, ressaltou<br />

o diretor comercial da JOTA EDITORA, Fábio Machado.<br />

Em tempos de fake news e da dubiedade de informações<br />

das mídias digitais, Fábio destacou a potência da mídia impressa<br />

especializada no mundo que, cada vez mais, tem um púbico<br />

cativo por ter a credibilidade como valor primordial. “Recentemente,<br />

a Rock Content, maior empresa de conteúdo digital<br />

da América Latina, lançou uma revista impressa, assim como<br />

a Uber e Airbnb, por exemplo. Isso tem ocorrido porque, em<br />

uma pesquisa, foi revelada a dificuldade dessas empresas em<br />

se comunicar com empresários, diretores, investidores, CEO’s,<br />

presidentes de empresas, etc. E esse público-alvo falou que<br />

busca informação na revista segmentada impressa por confiar<br />

nessa fonte de informação”, revelou.<br />

Além da credibilidade e qualidade de conteúdo da mídia<br />

impressa, outro ponto ressaltado pelo diretor executivo da<br />

JOTA EDITORA, Pedro Bartoski Jr., é a comunicação direta que<br />

as empresas passam a ter com público por meio do veículo<br />

impresso. “Muitas vezes o setor empresarial não informa ao<br />

seu público o que está produzindo e desenvolvendo. A revista<br />

é uma ferramenta para as empresas e os profissionais divulgarem<br />

e comunicarem o trabalho realizado em prol do nosso<br />

Brasil. A gente tem orgulho de estar premiando 10 dessas empresas<br />

que pesquisamos e descobrimos como fizeram algo de<br />

muito importante, dentro do nosso segmento, neste ano. Mas<br />

convido a participarem ativamente: divulguem mais as empresas,<br />

porque credibilidade a gente tem de sobra, assim como<br />

vocês, precisamos saber usar mais essa ferramenta”, orientou o<br />

diretor executivo.<br />

Novembro <strong>2019</strong><br />

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PESQUISA<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


Tecnologia maximiza uso<br />

comercial da madeira<br />

DE CORYMBIA<br />

Fotos: divulgação<br />

Estudo inédito aborda o melhoramento para<br />

redução exsudatos (kino) da espécie<br />

como manter O RENDIMENTO<br />

OPERACIONAL E EFICIÊNCIA DO<br />

CONTROLE DE FORMIGAS,<br />

EM DIAS ÚMIDOS?<br />

Sistema que utiliza isca a granel<br />

e Porta Isca (MEBIO) no<br />

mesmo equipamento<br />

Conforme necessidade, utiliza-se<br />

a isca ideal para cada situação,<br />

mantendo assim a eficiência<br />

no controle<br />

Reduz o tempo de operação<br />

parada pelo clima<br />

12 anos de experiência, com mais<br />

de 150 mil hectares aplicados com<br />

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Novembro <strong>2019</strong><br />

77


PESQUISA<br />

Aavaliação da produção de exsudatos<br />

(kino) trata-se de um assunto ainda<br />

pouco abordado, porém de impacto no<br />

setor florestal, principalmente no que<br />

se refere ao gênero Corymbia. E esse foi<br />

o tema da pesquisa “Melhoramento para redução de<br />

kino em clones híbridos de Corymbia”, defendido pela<br />

estudante de mestrado Michelle Brandão Damacena,<br />

com orientação dos Professores Leonardo Lopes Bhering<br />

(DBG) e Glêison dos Santos (DEF), que apresentou<br />

projeto de tecnologia que maximiza o uso comercial<br />

de espécies do genêro.<br />

De acordo com o estudo, as espécies desse gênero<br />

apresentam diversas características de interesse,<br />

como alta densidade básica, tolerância à maioria das<br />

pragas e patógenos que infectam as espécies do gênero<br />

Eucalyptus. Além disso, possuem também maior<br />

tolerância ao vento, déficit hídrico e ao distúrbio fisiológico.<br />

Porém, as condições estressantes do meio e<br />

lesões físicas estimulam a produção de kino.<br />

A presença de exsudatos na madeira pode reduzir<br />

o crescimento volumétrico e reduzir o rendimento de<br />

celulose desses materiais genéticos durante o processo<br />

de polpação. Para a utilização para carvão vegetal,<br />

maiores estudos ainda precisam ser realizados sobre o<br />

processo de carbonização de materiais genéticos que<br />

apresentam exsudatos de forma pronunciada.<br />

A dissertação apresentou dois capítulos, sendo<br />

que o primeiro teve como objetivo estudar as metodologias<br />

de avaliação da produção de kino e o segundo<br />

selecionar clones visando produtividade e baixo<br />

kino simultaneamente. As metodologias utilizadas no<br />

estudo basearam-se em simular um estresse físico na<br />

planta para estimular a produção de kino (conforme<br />

fotos da matéria).<br />

Segundo a pesquisadora Michelle Brandão, em<br />

entrevista ao site da SIF (Sociedade de Investigações<br />

Florestais), as metodologias estudadas foram eficientes<br />

para a avaliação do kino e para diferenciação dos<br />

clones quanto a formação de exsudatos. “A seleção<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


Novembro <strong>2019</strong><br />

79


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2019</strong>/2020<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2019</strong><br />

Imagem: reprodução<br />

ExpoVizinhos <strong>2019</strong><br />

27/11 a 1/12<br />

Dois Vizinhos (PR)<br />

http://expovizinhos.com.br<br />

NOV<br />

<strong>2019</strong><br />

EXPOVIZINHOS <strong>2019</strong><br />

Considerada uma das maiores feiras multissetoriais do<br />

interior do Paraná, a XII Expovizinhos (Feira Agropecuária,<br />

Industrial e Comercial de Dois Vizinhos), reúne<br />

as melhores empresas de agronegócios da região e<br />

atrações musicais.<br />

DEZEMBRO<br />

<strong>2019</strong><br />

Cairo Woodshow<br />

3 a 6<br />

Cairo (Egito)<br />

www.cairowoodshow.com<br />

Simpósio Nacional de Instrumentação<br />

Agropecuária <strong>2019</strong><br />

3 a 5<br />

São Carlos (SP)<br />

www.cnpdia.embrapa.br/siagro<br />

DEZEMBRO<br />

<strong>2019</strong><br />

DEZ<br />

<strong>2019</strong><br />

XXI ENGEMA NA USP<br />

Realizado na Universidade de São Paulo, o Engema (Encontro<br />

Internacional sobre Gestão Ambiental e Meio<br />

Ambiente) é um evento anual com o objetivo de reunir<br />

pesquisadores, docentes e alunos de pós-graduação e<br />

alunos de graduação com projetos de iniciação científica,<br />

profissionais de organizações públicas e privadas,<br />

interessados em conhecer e discutir as tendências na<br />

gestão da sustentabilidade organizacional.<br />

Imagem: reprodução<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA<strong>2019</strong>/2020<br />

DEZEMBRO<br />

<strong>2019</strong><br />

XXI Engema na USP<br />

4 a 6<br />

São Paulo<br />

www.engema.org.br<br />

DEZEMBRO<br />

<strong>2019</strong><br />

Viex - Seminário Socioambiental Eólico<br />

06<br />

Recife (PE)<br />

www.viex-americas.com/eventos/<br />

seminario-socioambiental-eolico<br />

JANEIRO<br />

2020<br />

31ª Show Rural Coopavel<br />

03 a 07<br />

Cascavel (PR)<br />

www.showrural.com.br<br />

Novembro <strong>2019</strong><br />

81


Foto: divulgação<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

Compliance<br />

TRABALHISTA<br />

Por Selma Carloto,<br />

Doutora em Direito do Trabalho, professora<br />

e autora do livro: Compliance Trabalhista<br />

Cultura organizacional<br />

evita futuros gastos e<br />

garante perenidade no meio<br />

empresarial<br />

O<br />

compliance é uma cultura de adequação às normas<br />

legais e regulamentares, que deve partir da alta administração,<br />

é uma meta empresarial. No compliance trabalhista<br />

devemos destacar que a adequação não é apenas<br />

às normas legais e regulamentares, mas também às normas-princípios,<br />

destacando-se os princípios fundamentais previstos na constituição<br />

federal.<br />

O compliance consiste na conformidade com a norma em geral,<br />

legislação, regulamentos e princípios e se concretiza com a ética, idoneidade<br />

e integridade dentro de uma empresa, os quais devem partir da<br />

alta administração como modelo de cultura de compliance.<br />

A empresa tem o dever de zelar pelo meio ambiente de trabalho e<br />

seguir as normas trabalhistas, evitando-se atos discriminatórios, desrespeitos<br />

à jornada de trabalho, assim como salários “por fora”, acidentes<br />

de trabalho e o descumprimento de normas que tratam da proteção à<br />

saúde e à segurança do trabalho. A empresa deve não apenas se adequar<br />

à norma externa, adequando-se à legislação trabalhista, por exemplo,<br />

mas também aos regulamentos internos e os códigos de ética.<br />

O compliance é um dos principais instrumentos de governança<br />

corporativa e a empresa deve estar em compliance possuindo um programa<br />

de integridade com suas ferramentas, para assegurar o cumprimento<br />

da norma, como mecanismo de prevenção de riscos, detectando<br />

de forma preventiva atos ilícitos, além de desvios de conduta de seus<br />

colaboradores, empregados, clientes ou fornecedores.<br />

O compliance trabalhista tem como principais ferramentas os programas<br />

de treinamento e palestras, o consultivo, os regulamentos empresariais<br />

internos trabalhistas, os códigos de ética e de conduta, canais<br />

de denúncia, política de advertências, os registros do cumprimento da<br />

lei, inclusive relatórios e avaliações de desempenho. A Lei Geral de Proteção<br />

de Dados traz uma nova ferramenta de compliance, o relatório de<br />

impacto à proteção de dados pessoais.<br />

Os canais de denúncia são de extrema importância para detectar,<br />

tratar e eliminar práticas de assédio moral e assédio sexual na empresa,<br />

além de agressões e discriminação. Estatísticas comprovam o alto índice<br />

de denúncias e tratamento de assédio moral de forma preventiva, quando<br />

existem os canais de denúncia, evitando-se a reincidência e passivos<br />

para a empresa.<br />

No compliance trabalhista, as empresas devem ter registros de<br />

todos os seus atos, avaliações de desempenho dos seus funcionários e<br />

um regulamento interno, em que serão disciplinadas todas as regras da<br />

empresa decorrentes do seu poder empregatício regulamentar e disciplinar.<br />

É preciso haver punições pelo descumprimento deste documento,<br />

com o objetivo de evitar acidentes de trabalho, o descumprimento da<br />

legislação trabalhista e de princípios, como a não discriminação, além<br />

de práticas de assédio moral e sexual e outros atos ilícitos que tragam<br />

prejuízos para a empresa.<br />

Com um bom programa de compliance trabalhista, em apoio à governança<br />

trabalhista, a empresa logrará o êxito empresarial e demonstrará<br />

a sua adequação às normas, evitando ser penalizada administrativamente<br />

ou no Judiciário. A empresa demonstrará que está adequada a<br />

padrões de integridade, ética e idoneidade, além de garantir sua perenidade<br />

no meio empresarial.<br />

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