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*Fevereiro/2020 Referência Industrial

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ECONOMIA - CNI estima que o crescimento do PIB industrial brasileiro para <strong>2020</strong> seja superior a 2,5%<br />

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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

48<br />

<strong>2020</strong><br />

28<br />

44<br />

40<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Alca Máquinas 07<br />

AWK Máquinas 19<br />

Contraco 63<br />

DRV Ferramentas 09<br />

Engecass 27<br />

Feicon 39<br />

Fezer 55<br />

Formóbile 11<br />

Linck 05<br />

Máquinas Águia 67<br />

Máquinas Dudi 47<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Metalcava 51<br />

Mill Indústrias 21<br />

Mill Indústrias 61<br />

Mill Indústrias 68<br />

MSM Química 13<br />

Omil 44<br />

Prêmio REFERÊNCIA 65<br />

Vantec 17<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

14 Notas<br />

18 Aplicação<br />

20 Frases<br />

22 Entrevista<br />

26 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />

28 Principal Tradição e qualidade<br />

34 Especial Abpm 50 anos<br />

40 Economia<br />

44 Marcenaria<br />

48 Inovação<br />

52 Mercado<br />

56 Madeira Tratada<br />

58 Artigo<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


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Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


EDITORIAL<br />

O ANO<br />

DA VIRADA<br />

NA CAPA<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

ECONOMIA - CNI estima que o crescimento do PIB industrial brasileiro para <strong>2020</strong> seja superior a 2,5%<br />

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O<br />

empresariado, assim como a bolsa<br />

de valores, está otimista com o Brasil<br />

de <strong>2020</strong>. Após as aprovações das<br />

reformas pelo congresso e a retomada<br />

da economia, impulsionada pela<br />

diminuição da taxa de desemprego, o país vive<br />

um novo cenário após anos de desalento. Ciente<br />

disto, a REFERÊNCIA INDUSTRIAL traz uma reportagem<br />

especial sobre a estimativa da CNI sobre<br />

o PIB brasileiro deste ano, que promete crescer<br />

cerca de 2,8%, o maior desde o começo da crise<br />

econômica. Na editoria de Mercado, também<br />

abordamos o crescimento das importações do setor<br />

de máquinas industriais no Brasil. Além disso,<br />

trazemos reportagens exclusivas nas editorias de<br />

Marcenaria e Madeira Tratada, assim como novidades<br />

do setor. Tenha uma ótima leitura!<br />

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ANO XXII - EDIÇÃO 215 - FEVEREIRO <strong>2020</strong><br />

Ano XXII • N°215 • Fevereiro <strong>2020</strong><br />

ENERGIA<br />

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CALDEIRAS E ESTUFAS<br />

NA MEDIDA CERTA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

06<br />

THE YEAR OF THE<br />

TURNAROUND<br />

B<br />

usinessmen and businesswomen,<br />

as well as the Stock Exchange, are<br />

optimistic about Brazil in <strong>2020</strong>. After<br />

congressional reform approvals<br />

and economic recovery, driven by a<br />

decrease in the unemployment rate, the Country<br />

is experiencing a new scenario after years of<br />

disappointments. Aware of this, REFERÊNCIA<br />

<strong>Industrial</strong> offers a special report on the National<br />

Confederation of Industry´s (CNI) estimate of Brazilian<br />

GDP for this year, which promises to grow<br />

about 2.8%, the highest since the beginning of the<br />

economic crisis. In the Market Section (Mercado),<br />

we also address the growth of imports by the Brazilian<br />

<strong>Industrial</strong> Machinery Sector. Also, we have<br />

exclusive stories in the Woodworking (Marcenaria)<br />

and Treated Wood (Madeira Tratada) Sections, as<br />

well as news from the Sector.<br />

Pleasant reading!<br />

referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong><br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira, Gabriel Santos Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

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and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


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AND HOW ÁGUA BOA, STATE OF MATO GROSSO,<br />

PREPARES ITSELF TO MEET THE NEEDS<br />

OF THE CONSUMER MARKET<br />

MUNDO DE OPORTUNIDADES- Brasil está no topo do mercado de painéis em MDF e MDP<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

VERSATILIDADE<br />

DA TECA<br />

CONHEÇA O POTENCIAL DA MADEIRA E COMO A<br />

CIDADE DE ÁGUA BOA (MT) SE PREPARA PARA ATENDER<br />

O MERCADO CONSUMIDOR<br />

THE VERSATILITY<br />

OF TEAK<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 214 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE DEZEMBRO DE 2019<br />

BATE-PAPO<br />

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Ano XXI • N°214 • Dezembro 2019<br />

MERCADO<br />

Por Napoleão Melo -<br />

Curitiba (PR)<br />

Por Sarah Cardoso -<br />

Goiânia (GO)<br />

Excelente entrevista com a pesquisadora<br />

Fernanda De Negri! Continuem trazendo a<br />

opinião e conhecimento de especialistas que<br />

possam auxiliar no desenvolvimento do país.<br />

Digo há anos que o<br />

mercado de painéis<br />

de madeira é um dos<br />

mais promissores dos<br />

próximos anos e agora a<br />

matéria da REFERÊNCIA<br />

INDUSTRIAL só<br />

comprova minha análise.<br />

Com a recuperação da<br />

economia, <strong>2020</strong> será o<br />

ano desse segmento na<br />

indústria de madeira.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

MARCENARIA<br />

Por Matheus Ogliari -<br />

Itajaí (SC)<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Por Jorge Abreu - São Paulo (SP)<br />

Pretendo abrir minha<br />

marcenaria em breve<br />

e a reportagem de<br />

vocês me ajudou muito.<br />

As ferramentas serão<br />

fundamentais para o<br />

começo de uma atividade<br />

que, além de hobby,<br />

me ajudará a diversificar<br />

minha renda. Obrigado!<br />

As prefeituras brasileiras precisam aprender<br />

muito com o Executivo de Victoria, no Canadá.<br />

Que ótima iniciativa dos parklets na cidade! Um<br />

projeto simples, barato e extremamente positivo<br />

para a ocupação dos espaços públicos. Parabéns<br />

pela reportagem!<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong><br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Revista <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />

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BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

PARCERIA<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, FÁBIO<br />

MACHADO OFICIALIZANDO A PARCERIA PARA <strong>2020</strong> COM DIEGO VIEIRA,<br />

LILIANE CORDEIRO E BRUNA RAFAELA DA DRV COMÉRCIO DE FERRAMENTAS<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ASSOCIADA<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

FÁBIO MACHADO RECEBEU O CERTIFICADO DAS MÃOS DOS<br />

DIRETORES SÍLVIO JOSÉ DE LIMA E ÉLCIO LANA, DA ABPM<br />

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRESERVADORES DE MADEIRA), PELA<br />

PARTICIPAÇÃO DA REVISTA REFERÊNCIA COMO ASSOCIADA NA<br />

COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS DA ENTIDADE<br />

Foto: Marcos Mancinni<br />

ALTA<br />

SAÍDA DE DÓLARES<br />

Em um ano marcado pela forte<br />

volatilidade do câmbio, a<br />

saída de dólares da economia<br />

brasileira superou o ingresso<br />

em US$ 44,77 bilhões em 2019,<br />

divulgou o BC (Banco Central).<br />

Essa é a maior retirada líquida<br />

de divisas desde o início da<br />

série histórica, em 1982. O<br />

recorde anterior de retiradas<br />

líquidas tinha sido registrado<br />

em 1999, quando o fluxo cambial<br />

– diferença entre as entradas<br />

e saídas de dólares – tinha<br />

ficado negativo em US$ 16,18<br />

bilhões. Naquele ano, o Brasil<br />

tinha abandonado a política de<br />

bandas cambiais e permitido a<br />

livre flutuação do dólar, quando<br />

a cotação passou pela primeira<br />

vez a barreira dos R$ 2.<br />

BAIXA<br />

TAXA DE DESEMPREGO<br />

A taxa de desocupação no país<br />

fechou o ano de 2019 em 11,2%,<br />

segundo a Pnad Contínua (Pesquisa<br />

Nacional por Amostra de Domicílios<br />

Contínua), do Ibge (Instituto Brasileiro<br />

de Geografia e Estatística).<br />

O estudo, divulgado no fim de dezembro,<br />

considera desocupadas as<br />

pessoas que estão sem emprego,<br />

mas que buscaram efetivamente<br />

um trabalho nos 30 dias anteriores à<br />

coleta dos dados. O levantamento<br />

aponta que 11,9 milhões de pessoas<br />

compõem a população desocupada.<br />

Segundo o Ibge, a taxa de desocupação<br />

caiu 0,7 ponto percentual no<br />

trimestre de junho a agosto, que<br />

ficou em 11,8% e foi inferior 0,4 ponto<br />

percentual em relação ao mesmo<br />

trimestre de 2018, de 11,6%.<br />

10 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


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COLUNA<br />

O INÍCIO DE UMA NOVA DÉCADA<br />

CARDÁPIO DE OPORTUNIDADES PODERÁ FAVORECER AS EMPRESAS<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

OS REFLEXOS DE IMPORTANTES<br />

DECISÕES TOMADAS NA ESFERA<br />

GOVERNAMENTAL EM 2019, EM ESPECIAL<br />

QUANTO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA,<br />

ALIADAS ÀS PERSPECTIVAS DA REFORMA<br />

TRIBUTÁRIA E ADMINISTRATIVA,<br />

ATESTAM QUE SER OTIMISTA NÃO É UM<br />

ATO DE INOCÊNCIA NESTE MOMENTO<br />

Tem sido com frequência que nos deparamos<br />

com cenas similares às do famoso desenho animado<br />

que se chamava “Lippy e Hardy”, muito<br />

conhecido também pelo nome em inglês: “Lippy<br />

the Lyon e Hardy Har Har”.<br />

Tratavam-se das aventuras de um leão, chamado Lippy,<br />

que vestia um colete e usava um cartola toda amassada,<br />

que juntamente com uma hiena, chamada Hardy,<br />

que usava uma gravatinha borboleta e um chapeuzinho<br />

todo surrado, formava, a inseparável dupla caracterizada<br />

por comportamentos completamente opostos. O Lyon<br />

era muito otimista, sempre sorrindo, olhando para cima<br />

e com grandes ideias para ficar milionário, vivia dizendo<br />

para o Hardy ficar calmo que tudo daria certo. Já o Hardy,<br />

sempre pessimista diante de qualquer ideia do Lippy,<br />

olhava para baixo e não sorria nunca, vivia dizendo que<br />

nada daria certo. Eram famosos seus bordões, que mais<br />

pareciam gemidos, dizendo: “Eu sei que não vai dar certo...<br />

Oh dia, oh céus, oh azar...”.<br />

Sob o olhar do Lippy, podemos dizer que iniciamos<br />

esta nova década com boas perspectivas. As expectativas<br />

de investimentos na infraestrutura, destacando o setor de<br />

Foto: divulgação<br />

transporte ferroviário, representam uma real oportunidade<br />

para os produtores de dormentes de madeira tratada,<br />

afinal, é do conhecimento da maioria que investimentos<br />

na infraestrutura reduzem custos logísticos. Neste ano de<br />

<strong>2020</strong> estão previstos investimentos de R$ 20 bilhões em<br />

ferrovias e até 2022 são aguardados investimentos da ordem<br />

de R$ 23,7 bi incluindo a construção da Ferrogrão.<br />

Tudo isto aponta para oportunidades no mercado de<br />

postes e cruzetas roliças de eucalipto tratado, logicamente,<br />

considerando adequações do setor de tratamento de<br />

madeiras, em especial no tocante à qualidade. Nestes<br />

dois setores mencionados são enormes as perspectivas<br />

de investimentos vindos de fora, baseados em programas<br />

de concessões ou privatizações. Afinal, os investidores<br />

podem contar com maior segurança, amparados pelas<br />

reformas já realizadas e em curso.<br />

Já no setor da construção o cenário não parece ser<br />

diferente; segundo dados do Sinduscon (SP), já em 2019<br />

a atividade econômica da construção civil fechou em alta,<br />

perto dos 2,0%. E para <strong>2020</strong> a projeção de crescimento<br />

do PIB (Produto Interno Bruto) pode chegar aos 3,0%.<br />

Mesmo considerando ser esta uma visão macro de crescimento<br />

do setor, a mesma indica claramente uma enorme<br />

janela de oportunidade para a madeira tratada. Estruturas<br />

industrializadas de cobertura e perspectivas cada vez<br />

maiores na adoção de construções modulares com a utilização<br />

do sistema construtivo wood frame já são uma realidade,<br />

amparadas por normas técnicas que oferecem uma<br />

sólida retaguarda para a consolidação desses mercados<br />

cada vez mais crescentes.<br />

No médio e longo prazo as perspectivas da adoção<br />

de sistemas base Mlcc (Madeira Lamelada Colada<br />

Cruzada), muito conhecida também como CLT (Cross<br />

Laminated Timber), já é uma realidade em vários países.<br />

Finalmente, quanto ao agronegócio, vale mencionar que,<br />

baseados no prognóstico de safra, a projeção de crescimento<br />

do PIB (Produto Interno Bruto) do setor para este<br />

ano, conforme revisão realizada pelo Ipea (Instituto de<br />

Pesquisa Econômica Aplicada) vai de 3,2% a 3,7%, o que<br />

não é pouco. Como sabemos, os resultados desse setor<br />

refletem no desempenho do segmento da preservação<br />

de madeiras, que vem dando sustentação ao mercado da<br />

madeira tratada há muitos anos.<br />

De qualquer forma, não deixa de ser uma oportunidade<br />

para a busca de caminhos mais criativos,visando a<br />

maior consolidação desse mercado. E assim, o leão Lippy<br />

pode continuar animando o seu inseparável companheiro<br />

Hardy, que agora tem motivos de sobra para mudar o seu<br />

tradicional refrão de que nada vai dar certo e de que não<br />

sairá vivo daqui.<br />

12 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


NOTAS<br />

INFLAÇÃO<br />

NO PAÍS<br />

A inflação oficial, medida pelo Ipca (Índice Nacional de<br />

Preços ao Consumidor Amplo), fechou o ano de 2019 em<br />

4,31%. A taxa é superior aos 3,75% observados em 2018,<br />

segundo dados divulgados no começo do mês de janeiro<br />

pelo Ibge (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística). A taxa<br />

também ficou acima do centro da meta de inflação, estipulada<br />

pelo Conselho Monetário Nacional para 2019: 4,25%.<br />

Em dezembro, o Ipca ficou em 1,15%, acima do 0,51% de<br />

novembro e do 0,15% de dezembro do ano anterior. Esse é<br />

o maior resultado para o mês desde 2002 (2,10%).<br />

Foto: divulgação<br />

FUNDO DE GARANTIA<br />

Desde janeiro, os empregadores não precisam mais pagar<br />

a multa adicional de 10% do Fgts (Fundo de Garantia do<br />

Tempo de Serviço) em demissões sem justa causa. A taxa foi<br />

extinta pela lei que instituiu o saque-aniversário e aumentou<br />

o saque imediato do Fgts, sancionada pelo presidente<br />

Jair Bolsonaro. A multa extra aumentava, de 40% para 50%<br />

sobre o valor depositado no Fgts do trabalhador, a indenização<br />

paga pelas empresas nas dispensas sem justa causa.<br />

O complemento, no entanto, não ia para o empregado. Os<br />

10% adicionais iam para a conta única do Tesouro Nacional,<br />

de onde era repassado ao Fgts, gerido por representantes<br />

dos trabalhadores, dos empregadores e do governo. Criada<br />

em junho de 2001 para cobrir os rombos no Fgts deixados<br />

pelos Planos Verão (1989) e Collor 1 (1990), a multa adicional<br />

de 10% deveria ter sido extinta em junho de 2012, quando a<br />

última parcela dos débitos gerados pelos planos econômicos<br />

foi quitada. No entanto, a extinção dependia da edição<br />

de uma medida provisória e da aprovação do congresso<br />

nacional.<br />

Foto: divulgação<br />

FIMMA <strong>2020</strong><br />

Faltando tempo para a 15ª Fimma Brasil grandes<br />

marcas já confirmaram presença como expositoras;<br />

diversos nomes poderão ser encontrados na feira e<br />

atenderão as mais diversas necessidades da indústria<br />

moveleira nacional. A Fimma Brasil concentra em 58<br />

mil m 2 (metros quadrados) de área as mais esperadas<br />

soluções para o fortalecimento do setor moveleiro e<br />

de toda sua cadeia produtiva, por meio de produtos e<br />

serviços que transformam a indústria mundial. A feira<br />

aponta os caminhos para o sucesso das empresas e<br />

lança tendências para o mercado em diferentes áreas<br />

especializadas, uma combinação ideal para quem<br />

tem em sua origem o compromisso com a evolução.<br />

O evento acontece de 24 a 27 de agosto, em Bento<br />

Gonçalves (RS).<br />

Foto: divulgação<br />

14 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


IMPOSTO<br />

DE RENDA<br />

Foto: divulgação<br />

ATIVIDADE<br />

INDUSTRIAL<br />

A atividade industrial em novembro de 2019 foi<br />

mais intensa do que o comum para o mês. O índice<br />

da produção, que foi de 50,9 pontos, não costuma<br />

se situar acima dos 50 pontos em novembro. Desde<br />

2010, início da série histórica, essa é a terceira vez<br />

que isso ocorre. As informações são da Sondagem<br />

<strong>Industrial</strong>, divulgada pela CNI (Confederação Nacional<br />

da Indústria). Os indicadores variam de zero<br />

a 100 pontos. Quando estão acima dos 50 pontos,<br />

mostram aumento da produção e do emprego. O<br />

índice de número de empregados alcançou, pela<br />

primeira vez, 50 pontos em novembro, sinalizando<br />

estabilidade frente a outubro. De acordo com a<br />

Sondagem, o crescimento da produção e a estabilidade<br />

do emprego não são comuns na passagem de<br />

outubro para novembro.<br />

A inflação oficial pelo Ipca (Índice Nacional de Preços ao<br />

Consumidor Amplo) de 4,31% no ano passado fez a defasagem<br />

na tabela do Irpf (Imposto de Renda Pessoa Física)<br />

ultrapassar 100% pela primeira vez na história. Segundo<br />

cálculos divulgados hoje (10) pelo Sindifisco Nacional (Sindicato<br />

Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), a<br />

diferença entre o Ipca acumulado de 1996 a 2019 e a correção<br />

da tabela no mesmo período chega a 103,87%. Segundo<br />

o sindicato, o número de pessoas isentas passaria de 10<br />

milhões para 20 milhões, caso a correção fosse feita. Atualmente,<br />

não precisa declarar Imposto de Renda quem ganha<br />

até R$ 1.903,98 por mês. A defasagem acima de 100% indica<br />

que a faixa de isenção deveria mais do que dobrar para<br />

compensar as perdas com a inflação nos últimos 23 anos. Segundo<br />

o Sindifisco Nacional, os contribuintes que recebem<br />

até R$ 3.881,65 por mês deveriam estar isentos do Irpf.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

FERIADOS DO ANO<br />

Os feriados e pontos facultativos nacionais de <strong>2020</strong><br />

podem fazer com que a indústria do Paraná deixe de<br />

faturar até R$ 4,57 bilhões ao longo do ano. A estimativa,<br />

feita pela Fiep (Federação das Indústrias do Paraná),<br />

leva em conta a previsão do PIB <strong>Industrial</strong> total do estado,<br />

o número de folgas que cairão em dias de semana<br />

e também as possibilidades de emendas com fins de<br />

semana. Para este ano, tomando como base o Valor da<br />

Transformação <strong>Industrial</strong> medido pelo Ibge, a Fiep estima<br />

que o PIB <strong>Industrial</strong> paranaense seja próximo de R$<br />

88,7 bilhões, resultando em aproximadamente R$ 352<br />

milhões por dia útil. Como serão dez feriados nacionais<br />

em dias de semana – sem contar feriados estaduais<br />

e municipais –, as perdas alcançariam R$ 3,52 bilhões no ano. “Um único dia corresponde a praticamente 5% da produção<br />

mensal de uma indústria”, afirma o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “Portanto, quando essa empresa tem um<br />

dia a menos de atividade, está deixando de produzir e, consequentemente, de faturar e até de gerar impostos”, completa.<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 15


NOTAS<br />

CONFIANÇA<br />

EMPRESARIAL<br />

O Índice de Confiança Empresarial, medido<br />

pela FGV (Fundação Getulio Vargas), subiu 1,5<br />

ponto em dezembro de 2019, para 97,1 pontos.<br />

Este é o maior nível do índice desde janeiro,<br />

fechando o ano com um saldo acumulado positivo<br />

em 1,2 ponto, em uma escala de zero a<br />

200 pontos. O levantamento mede a confiança<br />

dos empresários de quatro setores: indústria,<br />

serviços, comércio e construção. Segundo a coordenadora<br />

das Sondagens da FGV/Ibre, Viviane Seda Bittencourt, o ano de 2019 terminou com um resultado positivo para<br />

a confiança empresarial. “A percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios avançou para o maior patamar<br />

desde 2014, mas ainda abaixo dos níveis considerados “normais”, afirmou. Em dezembro, houve melhora na confiança de<br />

todos os setores que compõem o Índice de Confiança Empresarial. A confiança da indústria subiu 3,2 pontos no mês e fechou<br />

o ano crescendo, em média, 1,5 ponto no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior.<br />

Foto: divulgação<br />

MOVELSUL <strong>2020</strong><br />

Para a edição da Movelsul <strong>2020</strong>, o Sindmóveis trará novidades<br />

para os visitantes: as rodadas de negócios com compradores<br />

estrangeiros sempre estiveram em destaque e vinham<br />

sendo apoiadas pela Apex-Brasil, por meio do projeto Brazilian<br />

Furniture. Entretanto, um novo formato para as rodadas<br />

de negócios internacionais foi definido pelo Sindmóveis para<br />

<strong>2020</strong>, com base no modelo de outras grandes feiras mundiais<br />

do segmento. Sendo assim, a estratégia da Movelsul<br />

Brasil será trazer, com recursos próprios, 100 importadores<br />

dos mercados-alvo de interesse para os expositores da feira.<br />

Eles terão agenda livre dentro da Movelsul Brasil, para que<br />

usufruam de seu tempo negociando com a empresa que<br />

melhor lhes interessar. A feira acontece de 16 a 19 de março,<br />

em Bento Gonçalves (RS).<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

DÓLAR COMERCIAL<br />

Nem só de boas notícias a economia brasileira viveu o<br />

primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro. A moeda<br />

americana terminou com uma alta de 3,5% em 2019.<br />

Mesmo assim, no último pregão do ano, o dólar comercial<br />

fechou em queda de 1%, cotado a R$ 4,0098.<br />

Com isso, a moeda norte-americana acompanhou a<br />

tendência de um ano de fortes turbulências no mercado<br />

de câmbio, que chegou a registrar uma desvalorização<br />

do real de quase 10%. No fim de novembro, a<br />

cotação do dólar atingiu recorde histórico, fechando<br />

a R$ 4,24. O dólar turismo, que é aquele comprado<br />

quando alguém faz uma viagem internacional, fechou<br />

o ano sendo vendido a R$ 4,18, sem incluir taxas como<br />

o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).<br />

16 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


APLICAÇÃO<br />

CASE<br />

DE IPHONE<br />

Foto: divulgação<br />

O conceito da tecnologia sustentável já é realidade<br />

na Wood Stuck. A empresa francesa<br />

lançou em 2019 uma linha de<br />

cases de madeira para o smartphone<br />

da Apple, o conhecido iPhone.<br />

Cada case de madeira é uma peça<br />

única, cortada à mão, com veias<br />

indomáveis e surpreendentes. Seus<br />

produtos priorizam os valores ecológicos e<br />

sociais, sem esquecer da alta qualidade e da finalização<br />

impecável. Um verniz protetor é aplicado de forma<br />

artesanal em cada capa protetora, garantindo um envelhecimento<br />

ideal da madeira e, assim, preservando a sensação natural do objeto. O estojo<br />

de madeira de mogno é proveniente de florestas tropicais e sua árvore<br />

preciosa possui uma cor marrom-avermelhada suave. A Wood Stuck afirma<br />

que escolheu o mogno pela sua durabilidade já reconhecida por tribos do<br />

Caribe, que o utilizam em suas embarcações e casas há mais de 1400 anos.<br />

MADEIRA<br />

NA CABEÇA<br />

Duas modas voltaram a cair no gosto do consumidor e se<br />

unem em um só produto: o novo boné da Auswear,<br />

com aba de madeira Teca. Esse chapéu possui um<br />

design especial e mantém o tecido e a aba juntos.<br />

A parte de madeira é feita de compensado<br />

de três camadas, tornando-o flexível e resistente<br />

ao ambiente externo. O tamanho do chapéu<br />

pode ser facilmente ajustado com a fivela de<br />

couro fixada pela fivela de latão. A Teca, utilizada<br />

pela empresa da Letônia, é uma madeira tropical do<br />

sudeste da Ásia, principalmente Índia, Sri Lanka, Indonésia,<br />

Malásia, Tailândia, Mianmar e Bangladesh. Ela é reconhecida<br />

por sua durabilidade e resistência à água e é usada na construção<br />

de barcos e construções externas. A madeira de Teca fresada<br />

também possui um cheiro semelhante ao couro. Cada boné custa<br />

cerca de R$ 200.<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


OS MELHORES LAYOUTS<br />

PARA OS MAIORES<br />

RESULTADOS<br />

SERRARIAS AWK,<br />

A INOVAÇÃO EM<br />

SERRAR MADEIRA<br />

SERRARIA MÓVEL<br />

KM700 PLUS<br />

DESTOPADEIRA<br />

E DOGUEIRA<br />

PARA TÁBUAS E BLOCOS<br />

02 OU MAIS SERRAS<br />

SERRA FITA GEMINADA<br />

COM OU SEM 3º CORTE INTEGRADO<br />

SFGA 250 - SFGA 350 - SFGA 500<br />

SERRAS DE FITA<br />

HORIZONTAL<br />

K250 - K350 - K450 e KMASTER<br />

(esteira dupla ou simples)<br />

UNITIZADOR STEP FEEDER<br />

TRANSPORTE E UNITIZAÇÃO DE TORAS<br />

DESGRADEADORES E DESEMPACOTADORES<br />

DE PACOTES E GRADES<br />

GRADEADORES E<br />

EMPACOTADORES<br />

REFILADORES DE<br />

TÁBUAS E COSTANEIRAS<br />

RA600 - 800 - 1000 - 1100<br />

1300 com serras fixas e móveis<br />

- Saída automática de refilos.<br />

PICADORES<br />

À TAMBOR<br />

ROBUSTEZ E<br />

QUALIDADE<br />

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FRASES<br />

“O BRASIL TEM UM GRANDE MERCADO E NÓS, DA INDÚSTRIA,<br />

ESTAMOS SEMPRE DISPOSTOS A EXPLORAR CADA VEZ MELHOR E DE<br />

FORMA MAIS EFETIVA ESSE MERCADO. A INDÚSTRIA DO PARANÁ É<br />

FORTE, DIVERSIFICADA, COM INDÚSTRIAS EM TODO O ESTADO, E A NOSSA<br />

ESPERANÇA É BASTANTE BOA COM AS AÇÕES DO NOVO GOVERNO. ISSO<br />

TEM SE REFLETIDO EM OTIMISMO PARA INVESTIMENTOS, RENOVAÇÃO DE<br />

EQUIPAMENTOS E PROCESSOS PRODUTIVOS MAIS EFICAZES”<br />

CARLOS VALTER MARTINS PEDRO, PRESIDENTE DA FIEP, SOBRE O<br />

OTIMISMO DA INDÚSTRIA PARA A ECONOMIA BRASILEIRA EM <strong>2020</strong><br />

“SÓ<br />

VAMOS<br />

DIMINUIR A<br />

DESIGUALDADE<br />

QUANDO<br />

“QUALQUER REDUÇÃO [DE TAXAS], NO BANCO CENTRAL,<br />

TIVERMOS<br />

IMPLICA EM REDUÇÃO TANTO NO NOSSO CHEQUE ESPECIAL<br />

UMA POLÍTICA<br />

QUANTO NO ROTATIVO DO CARTÃO, DO CDC E NO CRÉDITO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

IMOBILIÁRIO. ISSO PORQUE O CUSTO DE FINANCIAMENTO<br />

DE GERAÇÃO DE<br />

DEPENDE DA SELIC. QUANTO MENOR A TAXA SELIC, MENOR<br />

EMPREGO, REDUZINDO<br />

O CUSTO DE FINANCIAMENTO [OFERECIDO] NO BANCO.<br />

AS RESTRIÇÕES AO<br />

POR CONSEQUÊNCIA, NÓS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL,<br />

COMÉRCIO EXTERIOR<br />

VAMOS REPASSAR PARTE DISSO PARA OS CLIENTES E<br />

E RESGATANDO OS<br />

PARA A SOCIEDADE. JÁ GANHAMOS MAIS DE 1 MILHÃO<br />

INSTRUMENTOS DE<br />

DE CLIENTES NESSES ÚLTIMOS SEIS MESES, DESDE QUE<br />

CRÉDITO PARA AS EMPRESAS.<br />

COMEÇAMOS A REDUZIR OS JUROS”.<br />

QUANDO SE PENSA NESSAS<br />

PEDRO GUIMARÃES, PRESIDENTE DA CAIXA ECONÔMICA<br />

QUESTÕES DE POBREZA E DE<br />

FEDERAL, SOBRE O CRÉDITO IMOBILIÁRIO<br />

DESIGUALDADE, AS MEDIDAS<br />

MUITO VOLTADAS PARA O CURTO<br />

PRAZO PODEM SER PREJUDICIAIS<br />

NO LONGO PRAZO. SE O GOVERNO<br />

ACHA QUE ESTÁ MELHORANDO OS<br />

“NOSSA INTENÇÃO É QUE<br />

ÍNDICES DE EMPREGO, AO APOSTAR EM<br />

POSSAMOS TRABALHAR EM<br />

DETERMINADOS SETORES OU EMPRESAS,<br />

CONJUNTO COM O SENADO E QUE<br />

COMO FOI FEITO NO PASSADO, ESTARÁ<br />

CONSIGAMOS NO INÍCIO DO ANO,<br />

APENAS ADIANDO A SOLUÇÃO DE UM<br />

CONVERSANDO COM A EQUIPE<br />

PROBLEMA.”<br />

ECONÔMICA, TER UMA PROPOSTA<br />

QUE RESOLVA A QUESTÃO<br />

TRIBUTÁRIA. NÃO PODEMOS FUGIR<br />

DESSE DEBATE”<br />

MARCOS LISBOA,<br />

PRESIDENTE DO<br />

INSPER<br />

Foto: divulgação<br />

RODRIGO MAIA, PRESIDENTE<br />

DA CÂMARA, SOBRE AS<br />

NEGOCIAÇÕES NO CONGRESSO<br />

DA REFORMA TRIBUTÁRIA<br />

20 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


ENTREVISTA<br />

GRANDES<br />

NEGOCIAÇÕES<br />

MAJOR<br />

NEGOTIATIONS<br />

O<br />

ministro das Relações Exteriores, embaixador<br />

Ernesto Araújo, está dedicado a reverter a baixa<br />

integração do Brasil no mundo. Em entrevista<br />

à Agência CNI de Notícias, republicada pela<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL, o embaixador fala<br />

sobre a importância da relação do Brasil com os demais países<br />

do Brics, Rússia, Índia, China e África Sul, dos planos para<br />

os EUA (Estados Unidos da América) e da aproximação com<br />

o Oriente Médio e a África. Para o Mercosul, a estratégia é<br />

garantir o bloco como uma área de livre comércio. “Não se<br />

pode ter um Mercosul como um queijo suíço, com lugares<br />

onde haja buracos, barreiras entre os sócios”, defende o embaixador.<br />

Além disso, afirma Araújo, o Brasil não pode abrir<br />

mão de uma integração com outros mercados. Confira a entrevista:<br />

ENTREVISTA<br />

The Minister of Foreign Affairs, Ambassador Ernesto<br />

Araújo, is dedicated to reversing Brazil’s low level of integration<br />

into the world scene. In an interview with the<br />

CNI news agency, reprinted by REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong>,<br />

the Ambassador talks about the importance of Brazil’s<br />

relationship with the other Brics countries, Russia, India, China<br />

and South Africa, plans for the United States, and the rapprochement<br />

with the Middle East and Africa. For the Mercosur, the strategy<br />

is to secure the Bloc as an area of free trade. “You can’t have<br />

a Mercosur like Swiss cheese, with places where there are holes,<br />

barriers between partners,” says the Ambassador. Aa well, Araújo<br />

says, Brazil cannot give up an integration with other markets.<br />

Check out the interview:<br />

ERNESTO ARAÚJO<br />

CARGO: MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES<br />

Foto: Agência Brasil<br />

FUNCTION: MINISTER OF EXTERNAL AFFAIRS<br />

22 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


QUAL É A ESTRATÉGIA DO BRASIL PARA O BRI-<br />

CS E AS POSSIBILIDADES DE GANHOS PARA O<br />

PAÍS NESTE GRUPO?<br />

A Cúpula dos Brics já é uma tradição, o Brasil tem<br />

interesse tanto bilateralmente quanto no conjunto. O<br />

conjunto do Brics tem tido um desafio de encontrar<br />

um interesse comum entre esses cinco países, que têm<br />

visões diferentes. E nós temos conseguido encontrar<br />

temas que crie uma plataforma comum. Neste ano, na<br />

presidência brasileira, vamos tratar de inovação, ciência<br />

e tecnologia e cooperação para o combate ao crime<br />

organizado. Do ponto de vista econômico, queremos<br />

aumentar a participação do Novo Banco de Desenvolvimento<br />

(banco do Brics) em projetos brasileiros. O Brics<br />

também uma ocasião de encontro do empresariado.<br />

Além da Cúpula, temos o Fórum Empresarial dos Brics,<br />

o que sempre gera conhecimento e negócios de uma<br />

maneira diferenciada. O relacionamento do Brasil com<br />

esses países vai além da Cúpula. O Brics se soma à pauta<br />

bilateral que o Brasil já tem com Rússia, Índia, China e<br />

África do Sul<br />

OLHANDO PARA OUTROS MERCADOS RELE-<br />

VANTES PARA A INDÚSTRIA, QUAL DEVE SER A<br />

AGENDA COM OS ESTADOS UNIDOS NESSA JA-<br />

NELA DE UM ANO QUE TEMOS ATÉ AS ELEIÇÕES<br />

AMERICANAS?<br />

Há várias medidas sobre a mesa no curto prazo, sem<br />

esquecer um acordo mais amplo no longo prazo. Os<br />

presidentes já disseram que querem e isso leva mais<br />

tempo para negociar. Mas não significa que a gente<br />

espere um acordo de livre comércio ou um acordo mais<br />

amplo. Têm questões regulatórias e de facilitação de comércio<br />

que estão avançando. Há o acordo de reconhecimento<br />

mútuo do operador econômico autorizado, o<br />

Global Entry, que facilita a entrada e a saída de viajantes<br />

frequentes, principalmente em negócios.<br />

QUE RESULTADOS DEVEMOS ESPERAR COM O<br />

FIM DA PRESIDÊNCIA BRASILEIRA NO MERCOSUL<br />

NO FIM DO ANO? O ACORDO DE FACILITAÇÃO DE<br />

COMÉRCIO PODE SER UMA ENTREGA?<br />

O acordo de facilitação de comércio está fase final<br />

de negociação e deve eliminar algumas taxas que existem<br />

entre o comércio do bloco e cortaria burocracia que<br />

ainda existe. Também queremos avançar um pouco na<br />

questão da simplificação dos Mercosul e procurar prosseguir<br />

nessa agenda de dinamização do bloco, assim<br />

como de consolidar o comércio intrazona. Temos que<br />

ver qual é a nova atitude que o governo da Argentina<br />

trará.<br />

O QUE O BRASIL NÃO PODE ABRIR MÃO DEN-<br />

TRO DO MERCOSUL?<br />

De três princípios básicos. O de livre comércio dentro<br />

do bloco, essa é a alma do Mercosul. Não se pode<br />

ter um Mercosul como um queijo suíço, com lugares<br />

WHAT IS BRAZIL’S STRATEGY AS TO THE BRICS,<br />

AND WHAT ARE THE POSSIBILITIES FOR GAINS FOR<br />

THE COUNTRY BY BEING PART OF THIS GROUP?<br />

The Brics Summit has become a tradition, Brazil has an<br />

interest both bilaterally and as a whole. The Brics have had<br />

a challenge of finding a common interest amongst the five<br />

countries, which each have different views. And we have<br />

managed to find themes that create a common platform.<br />

This year, during the Brazilian presidency, we will deal with<br />

innovation, science and technology, and cooperation to<br />

combat organized crime. From an economic point of view,<br />

we want to increase the participation of the New Development<br />

Bank (Brics Bank) in Brazilian projects. The Brics<br />

meeting is also an occasion to meet business people. In<br />

addition to the Summit, we have the BRICS Business Forum,<br />

which always generates knowledge and business in a differentiated<br />

way. Brazil’s relationship with these countries is<br />

beyond the Summit. BRICS makes up part of Brazil’s bilateral<br />

agenda with Russia, India, China, and South Africa<br />

LOOKING AT OTHER MARKETS RELEVANT TO THE<br />

INDUSTRY, WHAT SHOULD THE AGENDA BE WITH<br />

THE UNITED STATES IN THIS ONE-YEAR WINDOW<br />

THAT WE HAVE UNTIL THE AMERICAN ELECTIONS?<br />

There are several measures on the table in the short<br />

run, not forgetting a broader agreement in the long run.<br />

The presidents have already said they want this, but it takes<br />

more time to negotiate. But that doesn’t mean we expect<br />

a free trade agreement or a broader agreement. There are<br />

regulatory and trade facilitation issues that are going forward.<br />

There is the mutual recognition agreement of the authorized<br />

economic operator, Global Entry, which facilitates<br />

the entry and exit of frequent travelers, especially business<br />

travelers.<br />

WHAT RESULTS SHOULD WE EXPECT WITH THE<br />

END OF THE BRAZILIAN PRESIDENCY IN MERCOSUR<br />

AT THE END OF THE YEAR? CAN THE TRADE FACILI-<br />

TATION AGREEMENT BE NEGOTIATED?<br />

The Trade Facilitation Agreement is in the final phase<br />

of negotiation and should eliminate some duties that exist<br />

between for the trade between Blocs and cut the red tape<br />

that still exists. We also want to make some progress on the<br />

O PRESIDENTE PRETENDE<br />

VISITAR PAÍSES EUROPEUS,<br />

ÁSIA E NOVAMENTE OS PAÍSES<br />

ÁRABES. ESTAMOS MUITO<br />

ENTUSIASMADOS COM OS<br />

RESULTADOS QUE TÊM VINDO<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 23


24 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


FEVEREIRO <strong>2020</strong> 25


COLUNA ABIMCI<br />

SALDO POSITIVO<br />

E AS OPORTUNIDADES DE <strong>2020</strong><br />

<strong>2020</strong> SERÁ DE MUITO TRABALHO, ARTICULAÇÃO E ESCOLHAS DE ROTA PARA CADA UMA DAS<br />

EMPRESAS ASSOCIADAS<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

A ABIMCI TEM<br />

ESTABELECIDO O DIÁLOGO<br />

INTERNACIONAL E ATUADO NO<br />

MERCADO NACIONAL PARA<br />

MELHORAR A COMPETITIVIDADE DA<br />

INDÚSTRIA BRASILEIRA<br />

Ao revisar os resultados comerciais de 2019<br />

do setor industrial madeireiro, percebemos<br />

que poderia ter sido um ano melhor. Mas<br />

entre tantos desafios enfrentados e as dificuldades<br />

comerciais internas e mundiais,<br />

podemos afirmar que a maioria dos produtos de madeira<br />

manteve o volume exportado quando comparados a<br />

2018, ainda que em alguns segmentos de produtos, isso<br />

não tenha refletido em aumento dos valores. Mas o Brasil<br />

permanece entre os principais players mundiais de produtos<br />

de madeira e tem oportunidades para avançar.<br />

Para que essas oportunidades se transformem em negócios<br />

para as empresas do setor, uma série de ações faz<br />

parte da rotina das atividades da Abimci, que, como entidade<br />

representativa desse segmento, tem estabelecido o<br />

diálogo internacional e atuado no mercado nacional para<br />

melhorar a competitividade da indústria brasileira.<br />

Obviamente, alguns impactos negativos que afetam<br />

o setor fogem do alcance de qualquer instituição ou empresa,<br />

caso do descompasso entre a oferta e a demanda<br />

em certos países consumidores, além da imprevisibilidade<br />

das guerras comerciais e da indefinição das taxações que<br />

estão sendo sugeridas para produtos madeireiros, em<br />

Foto: divulgação<br />

especial entre EUA (Estados Unidos da América) e China.<br />

Ainda assim, em certas situações a Abimci busca atuar<br />

para que os interesses do setor sejam defendidos. Um<br />

exemplo disso é o processo de alinhamento com o Ministério<br />

das Relações Exteriores para definir o posicionamento<br />

do setor em função das mudanças do sistema de cotas<br />

para produtos madeireiros exportados pelo Brasil para<br />

a União Europeia e Reino Unido. Com a saída do Reino<br />

Unido da União Europeia (o chamado Brexit), os novos<br />

volumes e percentuais das cotas existentes serão reavaliados<br />

e poderão sofrer alterações em cada segmento de<br />

produto.<br />

No cenário nacional, o setor enfrentou a reação tímida<br />

dos números da economia, mas avalia de forma otimista<br />

alguns avanços do governo para a melhoria do ambiente<br />

de negócios, com medidas de incentivo ao crescimento<br />

da economia e do consumo, bem como, algumas medidas<br />

de desburocratização, a revisão das NR´S, a reavaliação<br />

do e-Social e Bloco K, eliminação da multa dos<br />

10% do Fgts entre outras. Essas medidas, somadas ao<br />

aumento da confiança do empresariado e do consumidor,<br />

indicam um ano mais próspero para o país e, com isso,<br />

oportunidades de negócios para todo o setor madeireiro.<br />

Dessa forma, as expectativas são positivas, com a projeção<br />

de crescimento e retomada da economia em <strong>2020</strong><br />

conforme dados divulgados pelo Ibge e do aumento da<br />

confiança tanto do empresariado e do consumidor para<br />

com as ações que estão sendo tomadas pelo governo<br />

para a melhoria do ambiente de negócios. A Cbic (Câmara<br />

Brasileira da Indústria da Construção) anunciou que a<br />

construção civil pode crescer 3% este ano, o que possibilitaria<br />

a geração de 150 a 200 mil empregos formais até<br />

dezembro. O segmento é um dos principais nichos para<br />

os produtos de madeira no Brasil. A projeção baseia-se<br />

no atual cenário de juros baixos e inflação controlada no<br />

país. A possibilidade real de negócios no mercado doméstico<br />

pode impactar de forma positiva o setor madeireiro.<br />

Atrelado a isso, a iminência da aprovação da norma<br />

para o sistema construtivo wood frame também significa<br />

um novo impulso para o consumo de produtos de madeira<br />

na construção civil.<br />

Certamente, <strong>2020</strong> será de muito trabalho, articulação<br />

e escolhas de rota para cada uma das empresas associadas.<br />

Iniciamos um novo ano com expectativas promissoras,<br />

mas certos de que novos desafios já começam a surgir.<br />

A associação e a força que o associativismo carregam<br />

farão a diferença nas conquistas futuras e no cenário que<br />

teremos para retratar ao final deste ano.<br />

26 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


PRINCIPAL<br />

28 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


TRADIÇÃO<br />

E QUALIDADE<br />

Fotos: divulgação<br />

EMPRESA CATARINENSE,<br />

LÍDER NOS MERCADOS DE<br />

SECAGEM DE MADEIRAS<br />

COM CALDEIRAS E ESTUFAS,<br />

UNIU EXPERIÊNCIAS DE<br />

TRÊS DÉCADAS PARA<br />

REVOLUCIONAR MERCADO<br />

FLORESTAL<br />

TRADITION<br />

AND QUALITY<br />

A COMPANY FROM THE STATE OF<br />

SANTA CATARINA, A LEADER IN THE<br />

WOOD DRYING MARKET OFFERING<br />

BOILERS AND KILNS, HAS BROUGHT<br />

TOGETHER A THREE-DECADE-LONG<br />

EXPERIENCE TO REVOLUTIONIZE THE<br />

FOREST PRODUCT MARKET<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 29


PRINCIPAL<br />

O<br />

disputado segmento de máquinas para o<br />

ramo madeireiro foi um dos poucos na indústria<br />

nacional que sobreviveu firme e forte<br />

durante os anos da crise econômica no Brasil.<br />

Enquanto muitas empresas desorganizadas e<br />

sem sólidos pilares fecharam suas portas, outras aproveitaram<br />

a oportunidade no caos para se estabelecer como<br />

grandes players, reconhecidos por sua tradição e qualidade.<br />

Neste cenário, a Engecass – Tecnologia em Equipamentos<br />

foi uma das responsáveis por revolucionar o mercado<br />

de caldeiras e estufas para madeira. Criada há 25 anos, a<br />

companhia conta hoje com uma moderna estrutura em sua<br />

sede, na cidade de Rio do Sul (SC), a 190 km (quilômetros)<br />

da capital Florianópolis (SC).<br />

Hoje a Engecass trabalha principalmente na área de<br />

geração de energia e vapor para processos industriais,<br />

onde se destacam as caldeiras, tanto flamotubulares quanto<br />

aquatubulares, além das estufas de secagem de madeira.<br />

Fundada pelo engenheiro Paulo Roberto da Cass, a organização<br />

produz toda a mercadoria disponível em seu mix com<br />

o cuidado em priorizar durabilidade, segurança e inovação<br />

a cada processo industrial de seus clientes.<br />

“Nosso trabalho começou muito antes do surgimento da<br />

Engecass. Antes de criar minha própria companhia, tive uma<br />

experiência de 11 anos ao exercer diversas funções em uma<br />

empresa de fabricação de caldeiras, estufas e secadores de<br />

madeira. Essa companhia saiu do mercado e então decidi<br />

iniciar minhas atividades com a Engecass em 1995”, conta<br />

Paulo Roberto, fundador e diretor da empresa desde então.<br />

The disputed segment of machines for the forest<br />

product market is one of the few on the<br />

domestic industry scene that has remained<br />

firm and strong during the years of the recent<br />

economic crisis in Brazil. While many disorganized<br />

companies without a solid base have closed their<br />

doors, others took the opportunity in the chaos to establish<br />

themselves as well-placed players recognized for<br />

their tradition and quality.<br />

In this scenario falls Engecass – Tecnologia em<br />

Equipamentos as one of the companies responsible for<br />

revolutionizing the market for boilers and kilns for wood.<br />

Created twenty-five years ago, the Company now has a<br />

modern structure with its headquarters in the city of Rio<br />

do Sul, 190 kilometers from the State of Santa Catarina<br />

capital, Florianópolis. Today, Engecass works mainly in<br />

the area of power and steam generation for industrial<br />

processes, where boilers stand out, both fire-tube and<br />

water-tube, in addition to wood drying kilns. Founded by<br />

Engineer Paulo Roberto da Cass, the Company manufactures<br />

all the products available in its product-mix with<br />

the care of prioritizing durability, safety, and innovation<br />

for each customers industrial process.<br />

“Our work began long before the emergence of<br />

Engecass. Before creating my own company, I had eleven<br />

years of experience in performing various roles in<br />

a boiler, kiln, and wood dryer manufacturing company.<br />

This company left the market, so then, I decided to start<br />

my own business with Engecass in 1995,” says Paulo Roberto,<br />

Founder and Managing Director of the Company.<br />

30 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


FEVEREIRO <strong>2020</strong> 31


32 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


FEVEREIRO <strong>2020</strong> 33


ESPECIAL<br />

Fotos: Marcos Mancinni<br />

ABPM COMEMORA<br />

50 ANOS<br />

EM ENCONTRO COM ASSOCIADOS<br />

34 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


AAbpm (Associação Brasileira de Preservadores<br />

de Madeira) completou, em 2019, 50 anos<br />

de história. Para comemorar a importante<br />

marca, a entidade organizou, no dia 12 de dezembro,<br />

um evento com os associados para<br />

discutir as perspectivas para os próximos anos. Palestrantes<br />

renomados envolvidos na cadeia produtiva da madeira participaram<br />

do encontro realizado em São Pedro (SP).<br />

Para Gonzalo Lopez, presidente da Abpm, os 50 anos<br />

da Associação se resumem à luta, desafios e inúmeras<br />

conquistas. Ao longo dessa história, ele destacou a organização<br />

de encontros técnicos e de um evento internacional<br />

– o Wood Protection – em parceria com FG4 Mad e<br />

Malinovski, publicações de anais, workshops, entre outros.<br />

“Nosso objetivo sempre foi nos aproximar dos mercados<br />

regionais, discutir dificuldades, caminhos, tudo isso para<br />

difundir a utilização de madeira tratada. Também temos<br />

continuamente incentivado a correta utilização da madeira<br />

tratada em novos segmentos. Temos que fazer o mercado<br />

conhecer os benefícios. Para isso, precisamos levar esse<br />

conhecimento aos diferentes públicos”, afirmou.<br />

Como um marco dos 50 anos, Lopez destacou a nova<br />

sede da Associação, com uma recepção conjunta entre<br />

Abpm, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Núcleo<br />

da Madeira e SBS. Além disso, ele citou a importante ação<br />

para inclusão da atividade de indústria de preservação de<br />

madeira no Cnae (Cadastro Nacional de Atividades Econômicas),<br />

com criação de subclasses específicas, e o trabalho<br />

para derrubar uma “fake news” que circula pelo país com<br />

relação à contaminação de pessoas com a madeira tratada,<br />

o que incluiu uma publicação especial no portal de notícias<br />

G1, da Globo, na editoria “Fato ou Fake”.<br />

“Também criamos a comissão de madeira tratada na<br />

construção civil, com Guilherme Stamato, estamos com<br />

uma demanda para registro de ingredientes ativos no Ibama,<br />

temos participado ativamente na revisão e criação de<br />

normas, etc. Mas ainda temos muito mais para fazer, como<br />

fortalecer continuamente a correta utilização de madeira<br />

tratada. Para isso, vamos fazer reuniões técnicas com diferentes<br />

mercados, discutindo questões como disciplinamento<br />

fiscal, para trazer clareza às condições de comércio, garantindo<br />

qualidade. Outra frente de trabalho será fortalecer<br />

e ampliar o programa Qualitrat”, garantiu.<br />

Joseane Knop, da Dash7, empresa responsável pela<br />

Comunicação e Marketing da instituição, também fez um<br />

balanço do ano no encontro, destacando que a gestão do<br />

facebook da Abpm teve um panorama muito positivo e<br />

que os boletins on-line trabalharam a comunicação direta<br />

da Associação com o mercado, com informações do que<br />

está acontecendo no setor.<br />

“Em 2019, lançamos um novo site, discutimos assuntos<br />

variados, falando sobre o panorama do setor em 2019, novos<br />

associados, os 50 anos da Abpm, movimentações do<br />

setor na construção civil, uso da madeira tratada nas mais<br />

diversas formas, entre outros temas. Acredito que não estamos<br />

aqui somente para fazer negócios, mas para celebrar e<br />

nos conectar. A vida é feita de pessoas e a publicidade e a<br />

comunicação têm a ver com esclarecer todo esse conteúdo<br />

para melhorar a vida das pessoas”, comentou.<br />

Quem também marcou presença no encontro da Abpm<br />

foi o ex-presidente Aldo Gandolfi, um dos fundadores da<br />

Associação. Para ele, o saldo dos 50 anos da entidade é<br />

bastante positivo. “Fizemos muita coisa. São 50 anos de<br />

sobrevivência. Não foi um caminho fácil, mas conseguimos<br />

boas interlocuções com o governo e profissionais de modo<br />

geral. Fico emocionado de poder estar aqui comemorando<br />

essa marca. Pensei em todos os presentes nesse evento<br />

durante 50 anos”, salientou.<br />

Para a associada Maíra Venturoli, diretora da Venturoli,<br />

eventos como o organizado pela Abpm são muito importantes,<br />

porque fortalecem as empresas. Ela afirmou que<br />

esses espaços servem para discutir as preocupações, as<br />

coisas que afligem o setor e o que pode ser feito para melhorar<br />

o dia a dia.<br />

“Além disso, a troca de conhecimento é fundamental,<br />

porque vemos a realidade de outras usinas no Brasil e<br />

sabemos que não estamos sozinhos, que nossas dores também<br />

são as dores dos outros. Aqui, podemos ter excelente<br />

conteúdo, como ter a presença, por exemplo, de Paulo<br />

Pupo, que está no cenário internacional e que conhece o<br />

que acontece em outros países e em outros Estados. Tudo<br />

isso nos ajuda a planejar os próximos passos”, ressaltou.<br />

Eudes Ribeiro, gerente da Seap, reforçou que a Abpm<br />

é uma entidade muito importante para o setor, pois representa<br />

e dá suporte. “A Associação é fundamental para o<br />

setor, com profissionais e diretoria altamente capacitados.<br />

Ao longo do tempo, a Abpm veio acumulando experiência,<br />

o que para o setor é essencial, trabalhando com normas,<br />

reuniões, workshops. É uma associação bastante atuante e<br />

que faz a diferença para o setor de madeira tratada”, disse.<br />

De acordo com Leonardo Puppi Bernardi, diretor-presidente<br />

da TWBrazil, a Associação representa as empresas<br />

em nível nacional, já que muitas empresas ficam limitadas<br />

ao seu raio de atuação. Porém, ele ressaltou que, quando<br />

se amplia o mercado, é importante ter uma bandeira como<br />

a da Associação para garantir qualidade homogênea em<br />

todos os Estados.<br />

“Muitas questões que temos no nosso dia a dia são<br />

realidade de todas as empresas, então estar associado a<br />

uma entidade tão atuante nos ajuda a fortalecer essa luta,<br />

que é uma luta de todo setor. O evento garantiu ainda mais<br />

isso, com excelentes palestrantes que trouxeram muita informação<br />

técnica e relevante para que possamos tomar as<br />

decisões nos próximos meses e anos. Esse encontro orienta<br />

nossas decisões em investimentos e de mercado e acaba<br />

impactando na criação de uma infraestrutura de produção<br />

de madeira tratada que pode perdurar por anos. O nível é<br />

cada vez melhor”, garante Leonardo.<br />

Outro associado que esteve presente foi Raimundo<br />

Santana, diretor da STWood. Na avaliação dele, o evento<br />

foi bastante produtivo e serviu para mostrar que a cadeia<br />

da madeira tratada está sendo desenvolvida e vem crescendo.<br />

“É muito vantajoso ter um evento como esse, porque<br />

acabamos conhecendo outras pessoas que têm as mesmas<br />

dificuldades, e isso acaba ajudando as empresas a superar<br />

obstáculos. Quem trata madeira tem que se unir. Nosso<br />

concorrente não somos nós mesmos, mas, sim, outros ma-<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 35


FEVEREIRO <strong>2020</strong> 37


38 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


ECONOMIA<br />

40 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


EM<br />

CRESCIMENTO<br />

Fotos: divulgação<br />

ESTIMATIVA DA CNI (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA) É<br />

QUE O PIB INDUSTRIAL BRASILEIRO CRESÇA 2,8% EM <strong>2020</strong><br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 41


ECONOMIA<br />

Aeconomia brasileira consolidará o processo<br />

de retomada do crescimento em <strong>2020</strong>, com<br />

aumento de 2,5%, depois de expansão de<br />

1,2% neste ano. A projeção foi divulgada<br />

pela CNI (Confederação Nacional da Indústria),<br />

no Informe Conjuntural Economia Brasileira.<br />

Segundo a entidade, o PIB (Produto Interno Bruto, soma<br />

de todos os bens e serviços produzidos no país) será puxado<br />

pela expansão do PIB industrial. A estimativa é que<br />

o setor cresça 2,8%, de acordo com a CNI.<br />

Para a confederação, a atividade econômica também<br />

será impulsionada pelo aumento dos investimentos em<br />

6,5%, em <strong>2020</strong>. Para este ano, a previsão é que o PIB industrial<br />

cresça 0,7% e os investimentos, 2,8%. A previsão<br />

para o consumo das famílias é de alta de 1,9%, em 2019,<br />

e 2,2%, em <strong>2020</strong>.<br />

Segundo o estudo, a aceleração na economia na<br />

segunda metade deste ano é sinal de que haverá crescimento<br />

mais sólido nos próximos 12 meses. De acordo<br />

com a CNI, os dados mais recentes indicam aumento do<br />

consumo, em consequência da queda da taxa básica de<br />

juros, a Selic, e da paulatina recuperação do mercado de<br />

trabalho.<br />

“A garantia de que esse crescimento [econômico]<br />

vai se materializar é a continuidade das mudanças na<br />

economia, que vai gerar melhor ambiente de negócios<br />

e mais segurança para as empresas investirem mais,<br />

contratarem mais”, disse o gerente executivo de Política<br />

Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.<br />

O presidente da CNI, Robson Andrade, afirmou que<br />

todas as políticas públicas, como a liberação dos saques<br />

do Fgts (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), ajudam<br />

na recuperação da economia. “A redução da taxa<br />

Selic, isso ajuda também, maior disponibilização de<br />

recursos para a sociedade, um programa de construção,<br />

tudo isso gera uma recuperação segura, mas lenta”,<br />

acredita.<br />

REFORMAS<br />

Para a confederação, as reformas implementadas em<br />

2019, sobretudo a da Previdência, têm contribuído para<br />

um ambiente mais propício ao aumento do investimento,<br />

da produção e do consumo. Entretanto, a entidade<br />

defende “maior celeridade e ambição na agenda pró-<br />

-competitividade, com foco na reforma tributária”. Outra<br />

A ATIVIDADE<br />

ECONÔMICA<br />

TAMBÉM SERÁ IMPULSIONADA<br />

PELO AUMENTO DOS<br />

INVESTIMENTOS EM 6,5%<br />

42 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


MARCENARIA<br />

44 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


PARA DECOLAR<br />

NO MERCADO<br />

DESDE A PRODUÇÃO ATÉ O FATURAMENTO, DICAS SIMPLES PODEM<br />

IMPULSIONAR SEU EMPREENDIMENTO<br />

Fotos: divulgação<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 45


MARCENARIA<br />

O<br />

principal alicerce de uma empresa é a<br />

qualidade de seu produto, mas até que<br />

uma venda seja concluída, diversos fatores<br />

devem ser observados para conquistar<br />

o cliente. Quando um empreendedor<br />

investe também no formato de entrega, apresentação,<br />

maquinário, local de produção e outros aspectos, o<br />

caminho até a efetivação da venda pode se tornar uma<br />

referência no serviço e um sinônimo de avanço dentro<br />

do mercado. Para aplicar esse processo em sua marcenaria,<br />

trazemos algumas dicas para o seu negócio cair<br />

de vez no gosto dos consumidores:<br />

ESTRATÉGIA DE SERVIÇOS<br />

O marceneiro deve sempre lembrar que o cartão<br />

de visitas da empresa é ele mesmo, por isso, seu<br />

modo de apresentação e também argumentação nas<br />

vendas devem ser muito desenvolvidos. Neste caso,<br />

é importante cuidar da aparência e trajes, implementado<br />

um uniforme de trabalho ou jaleco, que dão ar<br />

de profissionalismo ao local. Além disso, demonstrar<br />

conhecimento, dominar o assunto e não exitar na hora<br />

de tirar as dúvidas do cliente são pontos positivos que<br />

demonstram a pró-atividade do prestador.<br />

ORIENTE SEU CLIENTE<br />

É essencial que o marceneiro lembre-se que o<br />

cliente, muitas vezes, não terá conhecimento na área<br />

e precisará de ajuda para esclarecer dúvidas que, em<br />

alguns casos, podem até parecer óbvias para quem<br />

atua no ramo. A dica então é ter paciência para explicar<br />

todos os detalhes do serviço, materiais e processos<br />

utilizados, isso dará segurança para o comprador e<br />

passará credibilidade sobre o seu produto. Além disso,<br />

faça indicações e recomende o melhor caminho para<br />

a execução de um material. É importante lembrar que,<br />

se o produto final for melhor do que o esperado, seu<br />

cliente pode abrir portas para novas vendas.<br />

46 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


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FEVEREIRO <strong>2020</strong> 47


INOVAÇÃO<br />

48 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


SUSTENTABILIDADE É<br />

INVESTIMENTO RENTÁVEL PARA INDÚSTRIA<br />

ESTUDO REALIZADO NA PUC (PR) CONFIRMA INFLUÊNCIA DE<br />

27% DAS PRÁTICAS SOCIOAMBIENTAIS NOS INDICADORES DE<br />

DESEMPENHO DAS EMPRESAS<br />

Fotos: divulgação<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 49


INOVAÇÃO<br />

S<br />

ustentabilidade é um tema cada vez mais<br />

presente no mercado e está entrando na<br />

realidade das empresas. Mas práticas sustentáveis<br />

não são sinônimo de custos para<br />

a companhia: são, na verdade, um investimento<br />

com retorno financeiro, especialmente no<br />

setor de manufatura.<br />

Este cenário é explicado na pesquisa “Relações<br />

entre práticas ambientais e sociais e o desempenho<br />

de empresas de manufatura”, de Érica Tessaro de<br />

Jesus, desenvolvida no mestrado do Programa de<br />

Pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas<br />

da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do<br />

Paraná).<br />

“O desempenho ambiental é uma tendência à<br />

qual as empresas precisam se adaptar para permanecer<br />

competitivas”, destaca Érica. Ela aponta que a<br />

sustentabilidade tem potencial para ser mais que um<br />

custo, mas também um investimento rentável.<br />

A pesquisa observou o cenário de 165 empresas<br />

de manufatura de alto desempenho de 18 países,<br />

incluindo EUA (Estados Unidos da América), Brasil,<br />

Japão, China, Alemanha, Finlândia, Reino Unido e<br />

Coreia do Sul. As empresas analisadas têm pelo menos<br />

100 funcionários e estão nos setores de máquinas-ferramenta,<br />

eletrônicos e automotivo. Os dados<br />

obtidos foram analisados para mensurar a relação<br />

entre práticas ambientais e sociais e o desempenho<br />

das empresas.<br />

O levantamento mostrou ainda que as práticas<br />

adotadas pelas empresas que mais tiveram impacto<br />

em seu desempenho foram voltadas às áreas de<br />

saúde e segurança, ética e treinamento e desenvolvimento<br />

dos colaboradores. “As relações entre<br />

práticas ambientais e sociais e o desempenho podem<br />

PRÁTICAS<br />

SUSTENTÁVEIS NÃO<br />

SÃO SINÔNIMO DE CUSTOS<br />

PARA A COMPANHIA: SÃO, NA<br />

VERDADE, UM INVESTIMENTO<br />

COM RETORNO FINANCEIRO,<br />

ESPECIALMENTE NO SETOR DE<br />

MANUFATURA<br />

50 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


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FEVEREIRO <strong>2020</strong> 51


MERCADO<br />

52 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


SETOR<br />

Fotos: divulgação<br />

DE MAQUINAS<br />

DIRETORIA DA ABIMAQ ANALISA QUE BOA PARTE DO<br />

CRESCIMENTO DAS IMPORTAÇÕES SÃO EM FUNÇÃO DAS<br />

ALTERAÇÕES LEGAIS DECORRENTES DO REPETRO SPED<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 53


MERCADO<br />

Adiretoria da Abimaq (Associação Brasileira<br />

de Máquinas e Equipamentos) divulgou<br />

os mais recentes dados conjunturais<br />

da indústria de máquinas e equipamentos.<br />

O destaque ficou para o cenário de<br />

forte expansão das importações com crescimento<br />

de 21%, no ano de 2019. Os destaques ficam para o<br />

setor de componentes, que saltou de US$ 3,6 bilhões<br />

para US$ 5,1 bilhões, e o setor de mineração, cuja<br />

importação passou de US$ 200 milhões para US$ 860<br />

milhões.<br />

Boa parte do crescimento das importações é em<br />

função das alterações legais decorrentes do Repetro<br />

Sped, que proporcionaram mudanças na propriedade<br />

dos equipamentos de pesquisa e exploração de<br />

petróleo e gás natural de subsidiárias localizadas no<br />

exterior para empresas sediadas no Brasil.<br />

As importações de máquinas e equipamentos de<br />

origem chinesa tiveram forte aumento 63,3%, na passagem<br />

de setembro para outubro de 2019. No ano, o<br />

destaque continua sendo os EUA (Estados Unidos da<br />

América), que mantiveram a primeira posição entre<br />

as principais origens de máquinas e equipamentos,<br />

registrando no período um aumento de 46% em relação<br />

ao ano anterior.<br />

Já as exportações, que em 2018 tiveram papel<br />

fundamental para melhora das vendas, este ano<br />

foram freadas por um cenário mundial em desaceleração.<br />

A queda foi registrada, tanto em relação ao<br />

mês anterior (-11%), como sobre outubro de 2018<br />

(- 21,1%).<br />

De acordo com a diretoria da Abimaq, ainda que<br />

o câmbio, ao redor de R$/US$ 4 tenha proporcionado<br />

melhora nos retornos financeiros dos exportadores<br />

de máquinas e equipamentos, o cenário internacional<br />

em desaceleração vem inviabilizando o aumento das<br />

vendas, principalmente nos países da América do Latina,<br />

alguns da Europa e na China.<br />

A América Latina, que no passado superou a marca<br />

de 50% das aquisições do setor, neste ano teve sua<br />

participação deteriorada por conta da retração das<br />

atividades, em diversos dos seus países. Na Argenti-<br />

54 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


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FEVEREIRO <strong>2020</strong> 55


MADEIRA TRATADA<br />

DE VOLTA<br />

Fotos: divulgação<br />

ÀS ORIGENS<br />

PEQUENO MUNICÍPIO<br />

CATARINENSE REVITALIZA<br />

PONTES DO MUNICÍPIO<br />

COM MADEIRA TRATADA<br />

PARA AUMENTAR<br />

RESISTÊNCIA DE<br />

TRAVESSIAS DA REGIÃO<br />

56 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


Após anos de investimentos em travessias<br />

de concreto e até mesmo de<br />

ferro, as pontes de madeira caíram<br />

novamente no gosto dos brasileiros.<br />

Mais eficientes, econômicas,<br />

duráveis e charmosas, elas têm sido<br />

cada vez mais usadas pela iniciativa privada e<br />

também por administrações públicas por todo o<br />

país, com o objetivo de otimizar tempo e dinheiro.<br />

Como um dos materiais mais utilizados pela<br />

construção civil, as estruturas que a utilizavam<br />

passaram por um processo de deterioração e<br />

substituição – muito em razão do uso de madeiras<br />

sem tratamento adequado -, cedendo lugar<br />

às estruturas com outras matérias-primas. Mas<br />

com o desenvolvimento de diversas tecnologias<br />

construtivas, além da disseminação da informação<br />

da indústria florestal, os problemas começaram<br />

a ser corrigidos e, em muitos casos, eliminados<br />

pelos profissionais do ramo.<br />

“Além do valor muito abaixo comparado às<br />

outras concorrentes, as pontes de madeira também<br />

possuem uma durabilidade média bem semelhante<br />

quando comparadas com travessias de<br />

concreto, por exemplo, além de poder aguentar<br />

uma carga similar. Sem contar o caráter estético,<br />

que tem sido olhado com mais carinho pelos<br />

gestores”, afirma o professor Dionísio Teixeira,<br />

especialista em engenharia da madeira.<br />

Os novos sistemas construtivos combinam<br />

técnicas trazidas de outros países, como Canadá<br />

e Suécia, e a matéria-prima originária de reflorestamento<br />

no Brasil é especialmente tratada para<br />

enfrentar condições locais de umidade e ataque<br />

de insetos e de fungos. Outra vantagem também<br />

resgatada e confirmada pelos pesquisadores brasileiros<br />

é o baixo custo dessas construções. Elas<br />

podem ser construídas por um valor cerca de<br />

quatro a cinco vezes menor.<br />

Essa simples conta matemática foi feita pela<br />

prefeitura de Salete, no norte de Santa Catarina.<br />

A Secretaria de Obras do município tem<br />

realizado, desde o começo da gestão, em 2017,<br />

diversas reformas em pontes interditadas do município.<br />

Recentemente, foi a vez da comunidade<br />

de Santa Margarida receber uma nova ponte de<br />

madeira.<br />

Com cerca de 7m (metros) de comprimento<br />

por 3m de largura, a construção erguida a partir<br />

da madeira eucalipto servirá para melhorar o<br />

deslocamento de moradores e também no escoamento<br />

da produção agrícola da cidade, conhecida<br />

por seu cultivo de tabaco e de grãos.<br />

COM CERCA DE 7M<br />

DE COMPRIMENTO<br />

POR 3M DE LARGURA, A<br />

CONSTRUÇÃO SERVIRÁ PARA<br />

MELHORAR O DESLOCAMENTO<br />

DE MORADORES E O<br />

ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO<br />

AGRÍCOLA<br />

“Somos um pequeno município de pouco<br />

mais de sete mil habitantes, então precisamos<br />

de muita responsabilidade fiscal. As pontes de<br />

madeira surgiram para atender as demandas<br />

e melhorar os acesso pelo interior, a um preço<br />

acessível ao nosso orçamento”, explicou o secretário<br />

de obras, João Kniess.<br />

O projeto de revitalização e construção de<br />

novas pontes em madeira tratada já atendeu<br />

cerca de 22 locais no município de Salete, dentre<br />

estradas gerais, áreas urbanas e acesso a propriedades<br />

agrícolas. “Tudo a seu tempo, mas a ideia<br />

é expandir não apenas para pontes, mas também<br />

para paradas de ônibus, lixeiras e demais utilitários<br />

que possam se beneficiar desse material tão<br />

rico que é a madeira”, acrescentou Kniess.<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 57


ARTIGO<br />

EFICIÊNCIA<br />

DA COLAGEM DE MADEIRA TRATADA<br />

DE EUCALYPTUS CLOEZIANA F.<br />

MUELL PARA PRODUÇÃO DE MLC<br />

(MADEIRA LAMINADA COLADA)<br />

Fotos: divulgação<br />

ADAIR JOSÉ REGAZZI<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

FABRICIO GOMES GONÇALVES<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

GEANINE COSTA GAVA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

PEDRO GUTEMBERG DE ALCÂNTARA SEGUNDINHO<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

VINÍCIUS PEIXOTO TINTI<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

SABRINA DARÉ ALVES<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO<br />

58 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


RESUMO<br />

O<br />

s setores da construção civil, indústria<br />

moveleira, indústria de papel e celulose<br />

buscam novas alternativas para uma<br />

utilização mais racional da madeira que<br />

possam diminuir as limitações de seu<br />

uso, a exemplo da produção dos painéis reconstituídos<br />

dessa matéria-prima, como compensados,<br />

aglomerados de partículas, sarrafos, MLC (Madeira<br />

Laminada Colada), entre outros.<br />

No presente trabalho buscou-se avaliar a eficiência<br />

da colagem em taliscas de madeira de Eucalyptus<br />

cloeziana preservadas quimicamente com CCA (Arseniato<br />

de Cobre Cromatado). Foram utilizados seis<br />

adesivos (MUF: melamina-ureia-formaldeído; PVA:<br />

poliacetato de polivinila; RF: resorcinol-formaldeído;<br />

TF: tanino-formaldeído; UF: ureia-formaldeído; PUR:<br />

poliuretano à base de mamona) e foram realizadas<br />

avaliações da interface madeira-adesivo por meio<br />

de fotomicrografias, da resistência ao cisalhamento,<br />

da porcentagem de falhas na madeira e mensuração<br />

FEVEREIRO <strong>2020</strong> 59


60 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


FEVEREIRO <strong>2020</strong> 61


62 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


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FEVEREIRO <strong>2020</strong> 63


AGENDA<br />

AGENDA<br />

<strong>2020</strong><br />

MARÇO<br />

10 A 13<br />

MONTRÉAL WOOD<br />

CONVENTION<br />

LOCAL: MONTREAL (CANADÁ)<br />

WWW.MONTREALWOODCON-<br />

VENTION.COM/EN<br />

FIMMA MADERALIA<br />

LOCAL: VALENCIA (ESPANHA)<br />

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MARÇO<br />

16 A 19<br />

MOVELSUL<br />

LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS)<br />

WWW.MOVELSUL.COM.BR<br />

MARÇO<br />

24 A 26<br />

MARÇO<br />

29 A 31<br />

TENER EXPO<br />

LOCAL: PALERMO (ITÁLIA)<br />

WWW.TENEREXPO.IT<br />

FIEE SMART FUTURE<br />

20 A 23 DE JULHO DE <strong>2020</strong><br />

SÃO PAULO (SP)<br />

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ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO! A 30ª EDIÇÃO DA FIEE SE LANÇA AO MERCADO<br />

COMO FIEE SMART FUTURE: ÚNICA PLATAFORMA DE NEGÓCIOS COM MAIS DE<br />

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OFERECERÁ ACESSO ÀS TENDÊNCIAS DAS TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS QUE ESTÃO<br />

TRANSFORMANDO A INDÚSTRIA ATRAVÉS DE CONTEÚDO TÉCNICO E EXCLUSIVO,<br />

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DE NEGÓCIOS PARA PROFISSIONAIS DOS SETORES ELÉTRICA, ELETRÔNICA, ENERGIA,<br />

AUTOMAÇÃO E CONECTIVIDADE.<br />

ABRIL<br />

2 A 5<br />

MEDWOOD<br />

LOCAL: ATENAS (GRÉCIA)<br />

WWW.MEDWOOD.GR<br />

ABRIL<br />

14 A 16<br />

FIEMA<br />

LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS)<br />

WWW.FIEMA.COM.BR<br />

ABRIL<br />

27 A 30<br />

TECHNOMEBEL<br />

LOCAL: SOFIA (BULGÁRIA)<br />

HTTP://TECHNOMEBEL.BG/EN<br />

MAIO<br />

26 A 29<br />

MUESTRA INDUSTRIAL DEL<br />

MUEBLE Y LA MADERA<br />

LOCAL: BOGOTÁ (COLÔMBIA)<br />

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64 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


Em novembro...<br />

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ESPAÇO ABERTO<br />

O BRASIL<br />

PRECISA DE MENOS BUROCRACIA<br />

E<br />

nquanto muitos evocam o princípio da reciprocidade<br />

e da soberania nacional no caso<br />

da polêmica isenção de vistos para cidadãos<br />

americanos, canadenses, australianos e japoneses<br />

que visitam o Brasil, milhares de oportunidades<br />

de emprego e geração de renda são transferidos<br />

do nosso país para outras nações mais inovadoras.<br />

Pelos padrões internacionais, somos um dos países mais<br />

fechados do mundo para turismo, comércio exterior e<br />

negócios em geral, seja por adotar barreiras protecionistas<br />

ou pela burocracia desmedida.<br />

Em 2018, a Organização Mundial do Turismo contabilizou<br />

1,4 bilhão de viagens internacionais, mas apenas<br />

6,6 milhões vieram para o Brasil. Estagnados desde<br />

2014, representamos apenas 0,47% do turismo internacional,<br />

perdendo para a Argentina a histórica hegemonia<br />

na América do Sul.<br />

Aliás, somados os visitantes dos EUA (Estados Unidos<br />

da América), Canadá, Austrália e Japão, não chegamos<br />

a 700 mil turistas. Não bastasse isso, o Banco Central<br />

relatou que, em 2018, os brasileiros gastaram US$<br />

18,263 bilhões em suas viagens ao exterior, enquanto<br />

que os estrangeiros deixaram US$ 5,917 bilhões por aqui<br />

no mesmo período. O déficit se repete há 15 anos e a<br />

tendência é piorar.<br />

Os viajantes estrangeiros que aterrissam por aqui<br />

não estão interessados apenas em lazer, pois também visitam<br />

nossas cidades para realizar negócios ou participar<br />

de eventos. E no campo do comércio exterior, representamos<br />

mísero 1,2% do montante global, figurando em<br />

153º lugar em termos de abertura comercial (Fundação<br />

EM 2018, A<br />

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL<br />

DO TURISMO CONTABILIZOU 1,4<br />

BILHÃO DE VIAGENS<br />

INTERNACIONAIS, MAS APENAS<br />

6,6 MILHÕES VIERAM PARA O<br />

BRASIL<br />

POR<br />

DARIO LUIZ DIAS<br />

PAIXÃO<br />

DOUTOR EM GESTÃO<br />

DO TURISMO, É<br />

COORDENADOR-GERAL<br />

DA PÓS-GRADUAÇÃO<br />

DA UP (UNIVERSIDADE<br />

POSITIVO).<br />

Heritage) e 108º para o dinamismo no ambiente de negócios<br />

(Fórum Econômico Mundial).<br />

Some-se ao complexo ambiente brasileiro, pouco<br />

favorável aos negócios, a constante diminuição de investimentos<br />

em infraestrutura e marketing internacional,<br />

a incansável veiculação da violência urbana na mídia<br />

global e a falta de parcerias comerciais relevantes. Isso<br />

explica parte do medo ou da falta de interesse por parte<br />

dos visitantes em potencial.<br />

Seguindo o exemplo de outros países, o governo<br />

federal fez um teste ao dispensar o visto para cidadãos<br />

dos quatro países que viessem às Olimpíadas, por serem<br />

considerados turistas de alto poder aquisitivo e de<br />

baixo risco migratório. O êxito não foi desprezível e, no<br />

ano passado, com a adoção do e-visa houve aumento<br />

de 35% no interesse pelo nosso país, embora ainda não<br />

observados integralmente nas estatísticas de fluxos turísticos.<br />

Essa atividade responde por 9% dos empregos do<br />

mundo (Wttc), portanto, precisamos reagir à interminável<br />

crise econômica e à frustração das oportunidades<br />

desperdiçadas na Copa 2014 e na Rio 2016. A isenção<br />

unilateral do visto indica que desejamos estreitar laços e<br />

realizar negócios.<br />

Ainda que pequeno, é um primeiro gesto de hospitalidade,<br />

ferramenta poderosa e estratégica, capaz de<br />

apresentar soluções criativas às mutações da sociedade,<br />

especialmente quando observada sob o prisma do mercado<br />

e aliada às novas tecnologias. Muito em breve, o<br />

Big Data e a Inteligência Artificial aposentarão vistos,<br />

carimbos e passaportes.<br />

Portanto, busquemos uma aproximação mais pragmática<br />

e humanitária com outros países, pois, como diria<br />

o escritor americano Henry Longfellow, “o que de melhor<br />

existe nos grandes poetas de todos os países não é<br />

o nacionalismo e sim o universalismo”.<br />

Foto: divulgação<br />

66 referenciaindustrial.com.br FEVEREIRO <strong>2020</strong>


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