*Dezembro/2019 - Referência Industrial 214
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MUNDO DE OPORTUNIDADES- Brasil está no topo do mercado de painéis em MDF e MDP<br />
VERSATILIDADE<br />
DA TECA<br />
CONHEÇA O POTENCIAL DA MADEIRA E COMO A<br />
CIDADE DE ÁGUA BOA (MT) SE PREPARA PARA ATENDER<br />
O MERCADO CONSUMIDOR<br />
THE VERSATILITY<br />
OF TEAK<br />
GET TO KNOW THE POTENTIAL OF THE WOOD<br />
AND HOW ÁGUA BOA, STATE OF MATO GROSSO,<br />
PREPARES ITSELF TO MEET THE NEEDS<br />
OF THE CONSUMER MARKET
Agradecemos pela confiança<br />
no nosso trabalho! Desejamos<br />
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INDUSTRIAL<br />
54<br />
<strong>2019</strong><br />
34<br />
44<br />
SUMÁRIO<br />
40<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Abpm 31<br />
Alca Máquinas 02<br />
AWK Máquinas 23<br />
Contraco 19<br />
DRV Ferramentas 13<br />
Engecass 07<br />
Feicon 29<br />
Fezer 61<br />
Formóbile 15<br />
Impacto Máquinas 57<br />
Indumec 25<br />
Linck 09<br />
Máquinas Águia 67<br />
Máquinas Dudi 53<br />
Mendes Máquinas 05<br />
Metalcava 55<br />
Mill Indústrias 21<br />
Mill Indústrias 63<br />
Mill Indústrias 68<br />
MSM Química 11<br />
Omil 49<br />
Rotteng 43<br />
Unesa 47<br />
Vale do Araguaia 33<br />
Vantec 17<br />
SUMÁRIO<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
12 Notas<br />
22 Aplicação<br />
24 Frases<br />
26 Entrevista<br />
32 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />
34 Principal Madeira Teca: futuro promissor<br />
40 Mercado<br />
44 Marcenaria<br />
50 Economia<br />
54 Madeira Tratada<br />
58 Artigo<br />
64 Agenda<br />
66 Espaço Aberto<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 03
EDITORIAL<br />
PRODUTIVIDADE<br />
E INOVAÇÃO<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
MUNDO DE OPORTUNIDADES- Brasil está no topo do mercado de painéis em MDF e MDP<br />
VERSATILIDADE<br />
DA TECA<br />
CONHEÇA O POTENCIAL DA MADEIRA E COMO A<br />
CIDADE DE ÁGUA BOA (MT) SE PREPARA PARA ATENDER<br />
O MERCADO CONSUMIDOR<br />
THE VERSATILITY<br />
OF TEAK<br />
GET TO KNOW THE POTENTIAL OF THE WOOD<br />
AND HOW ÁGUA BOA, STATE OF MATO GROSSO,<br />
PREPARES ITSELF TO MEET THE NEEDS<br />
OF THE CONSUMER MARKET<br />
A<br />
economia brasileira está em lenta<br />
recuperação e precisa se renovar<br />
para alcançar os bons índices do começo<br />
da década. Alguns deles, sem<br />
dúvida alguma, são o gargalo da<br />
produtividade e a falta de inovação de empresas<br />
que já se estabilizaram em um mercado competitivo<br />
como o da indústria da madeira. Em entrevista<br />
à REFERÊNCIA INDUSTRIAL, a pesquisadora do<br />
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada),<br />
Fernanda De Negri, buscou traçar um raio-x sobre<br />
essa situação na indústria nacional e deu pistas de<br />
como sair dessa ‘sinuca de bico’. Na editoria de<br />
Mercado, também abordamos o crescimento do<br />
setor de painéis de madeira no Brasil. Além disso,<br />
trazemos reportagens exclusivas nas editorias de<br />
Marcenaria e Madeira Tratada, assim como novidades<br />
do setor. Tenha uma ótima leitura!<br />
A CAPA DESTA EDIÇÃO<br />
APRESENTA A TECA EM UM<br />
PROCESSO INDUSTRIAL NA<br />
CIDADE DE ÁGUA BOA, NA<br />
REGIÃO DO ARAGUAIA (MT)<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXI - EDIÇÃO <strong>214</strong> - DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />
Ano XXI • N°<strong>214</strong> • Dezembro <strong>2019</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
04<br />
PRODUCTIVITY<br />
AND INNOVATION<br />
T<br />
he Brazilian economy is in slow recovery<br />
and needs to renew itself to<br />
achieve the rates at the beginning of<br />
the decade. Without a doubt, there<br />
are bottlenecks to increased productivity<br />
and a lack of innovation by companies that<br />
have already established themselves in a competitive<br />
market such as that of the forest industry. In<br />
an interview with <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong>, Fernanda<br />
De Negri, Scientist with the Institute of Applied<br />
Economic Research (Ipea), sought to trace out an<br />
x-ray about this situation in Brazilian industry and<br />
gave clues to how to get out of this ‘snooker’. In<br />
the Markets Section, we address the growth of the<br />
Wood Panel Sector in Brazil. Also, we have exclusive<br />
stories in the Woodworking and Treated wood<br />
Sections, as well as news from the sector. Pleasant<br />
reading!<br />
referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
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A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
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CARTAS<br />
CAPA DA EDIÇÃO 213 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE NOVEMBRO DE <strong>2019</strong><br />
APLICAÇÃO<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXI • N°213 • Novembro <strong>2019</strong><br />
Por Vera Marques - SãoPaulo (SP)<br />
URBANISMO<br />
Por Marcos Freire -<br />
Santos (SP)<br />
Que bela iniciativa da<br />
empresa de arquitetura<br />
que desenvolveu o The<br />
Smile, construção no<br />
coração de Londres<br />
que usa painéis CLT de<br />
madeira em toda a sua<br />
extensão. A indústria<br />
precisa cada vez mais de<br />
mentes brilhantes como<br />
essas!<br />
Que inusitado esse case de teclados de madeira<br />
desenvolvido pela WoodWe. Isso só mostra<br />
como esse material é versátil e, quando bem<br />
empregado, pode trazer diversas opções para<br />
todos os setores. E de forma sustentável!<br />
Parabéns pelo material.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: Evandro Soares<br />
ENTREVISTA<br />
Por Acir Juroski -<br />
Porto Alegre (RS)<br />
ECOLOGIA<br />
Por Martin Ribeiro - Curitiba (PR)<br />
Muito esclarecedora a<br />
entrevista do presidente<br />
da Movergs, Rogério<br />
Francio, sobre o atual<br />
cenário do ramo<br />
moveleiro e quais são<br />
as expectativas para os<br />
próximos anos. Estamos<br />
todos muito ansiosos pelo<br />
futuro.<br />
Não é de hoje que Curitiba possui a fama<br />
de cidade ecológica e amiga do meioambiente,<br />
e é sempre bom ver iniciativas<br />
como as capitaneadas pela cidades<br />
ganhando repercussão.<br />
06<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
Revista <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />
@referenciaindustrial
BASTIDORES<br />
BASTIDORES<br />
VISITA<br />
A EQUIPE DA REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL VISITOU A CIDADE DE<br />
ÁGUA BOA (MT), PARA CONHECER O PROMISSOR POLO MOVELEIRO<br />
DE TECA. A EQUIPE PERCORREU AS PLANTAÇÕES DA ESPÉCIE E<br />
CONHECEU TODAS AS ETAPAS DE TRATAMENTO E PROCESSAMENTO<br />
INDUSTRIAL DA COMPANHIA VALE DO ARAGUAIA, PIONEIRA EM<br />
PLANTAÇÃO E PRODUÇÃO DE TECA NO CERRADO.<br />
Equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL, coordenadores da Vale do<br />
Araguaia e o Senai (MT), em visita nas plantações de teca<br />
Fotos: Fabiano Mendes<br />
Coordenadores da Vale do Araguaia mostram as<br />
toras de teca à equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
Pedro Zagonel e Peter Rogers, coordenadores<br />
da Companhia Vale do Araguaia<br />
Representantes e integrantes do projeto do Polo<br />
Moveleiro em reunião na Prefeitura de Água Boa (MT)<br />
ALTA<br />
VAGAS DE EMPREGO<br />
Os indicadores de atividade<br />
e de emprego na indústria da<br />
construção brasileira alcançaram<br />
em outubro o maior nível<br />
dos últimos sete anos, revela<br />
pesquisa da CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria). O<br />
Índice de Nível de Atividade<br />
alcançou 49,9 pontos no<br />
mês passado, semelhante ao<br />
registrado no fim de 2012,<br />
enquanto o Índice de Número<br />
de Empregados ficou<br />
em 48,5 pontos, também o<br />
mais alto desde outubro de<br />
2012. A pesquisa foi feita de<br />
1º a 12 de novembro com 483<br />
indústrias da construção – 167<br />
pequenas, 208 médias e 108<br />
de grande porte.<br />
BAIXA<br />
CONFIANÇA DO<br />
COMÉRCIO<br />
O Índice de Confiança do Comércio,<br />
medido pela FGV (Fundação<br />
Getulio Vargas), recuou 0,6<br />
ponto na passagem de outubro<br />
para novembro. Com isso, o indicador<br />
passou para 97,8 pontos,<br />
em uma escala de zero a 200<br />
pontos. Em novembro, a confiança<br />
dos empresários caiu em oito<br />
dos 13 segmentos do comércio<br />
pesquisados pela FGV. A queda<br />
do índice foi mais influenciada<br />
pela piora da confiança no futuro,<br />
já que o Índice de Expectativas<br />
recuou 1 ponto, indo para<br />
100,9 pontos. As avaliações dos<br />
empresários sobre o momento<br />
atual também pioraram, mas de<br />
forma mais moderada.<br />
08<br />
referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
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Economia.<br />
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NAS PERSPECTIVAS DE ABASTECIMENTO DE MADEIRA DE EUCALIPTO NO ESTADO OU NA REGIÃO, SÃO PALPÁVEIS<br />
Flavio C. Geraldo<br />
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A INDÚSTRIA VOLTADA AO<br />
TRATAMENTO INDUSTRIAL<br />
DA MADEIRA TEM UM<br />
VÍNCULO MUITO FORTE COM A<br />
AGRICULTURA E A PECUÁRIA<br />
Acreditem, há 25 anos, convidados a dar um<br />
curso relacionado à preservação de madeiras<br />
na Universidade Federal do Piauí, quando lá<br />
chegamos já no primeiro dia fomos convidados<br />
a sair para jantar com o diretor da área<br />
responsável pelo curso de engenharia civil,<br />
provavelmente o hoje denominado Centro de Tecnologia<br />
daquela Universidade.<br />
Entre uma garfada e outra de uma boa paçoca, prato<br />
bastante apreciado na região, ficamos surpresos ao saber<br />
que esse diretor nunca havia visto uma árvore de eucalipto.<br />
Aliás, ele suspeitava que em uma praça situada na entrada<br />
do campus havia uma dessas árvores cumprindo um papel<br />
meramente decorativo.<br />
Para quem estava bastante familiarizado com esse gênero<br />
a surpresa foi enorme, tanto que na manhã seguinte<br />
fomos a essa praça e constatamos tratar-se, de fato, de<br />
alguma espécie de eucalipto. Hoje, se consultarmos os<br />
dados estatísticos do Estudo Setorial <strong>2019</strong> – ano base 2018,<br />
publicado pela Abimci (Associação Brasileira da Indústria<br />
de Madeira Processada Mecanicamente), verificamos que<br />
dos 5,92 milhões de ha (hectares) plantados com eucalipto<br />
no país, 23,2 mil ha estão situados no Estado do Piauí.<br />
Bem, não é mais preciso ir até à praça de entrada do Câmpus<br />
da Universidade Federal do Piauí para tirar qualquer<br />
dúvida em relação à relevância do eucalipto para o Brasil.<br />
Foto: divulgação<br />
Todos sabem da importância do setor de base florestal em<br />
relação às contribuições socioambientais e econômicas.<br />
Ainda que direcionados a nichos específicos, com os<br />
plantios surgem novas fontes de matérias-primas, estimulando<br />
o surgimento de novas indústrias, novas tecnologias<br />
e novos produtos, afinal, trata-se da disponibilidade de<br />
madeiras comercias plantadas, com especial importância<br />
para o setor da construção. Mesmo que de uma forma<br />
muito incipiente, não é exagero afirmar que aos poucos vai<br />
havendo uma maior distribuição das indústrias madeireiras,<br />
hoje concentradas nas regiões sul e sudeste do país.<br />
A exemplo de Estados da região centro-oeste, onde<br />
hoje o eucalipto é uma forte realidade, totalizando ao<br />
redor de 130 mil ha de área cultivada, há algumas poucas<br />
décadas não se ouvia falar desse tipo de cultivo e tampouco<br />
de alguma indústria voltada ao tratamento de madeiras.<br />
Hoje, esse segmento já se apresenta como um novo<br />
eldorado do setor. E assim vamos, não é novidade para<br />
ninguém que a produção da madeira tratada segue a trilha<br />
dos cultivos, aproveitando os desbastes para a produção<br />
de mourões para cercas ou outros materiais de baixo valor<br />
agregado. A indústria voltada ao tratamento industrial da<br />
madeira tem um vínculo muito forte com a agricultura e<br />
a pecuária e pelo andar da carruagem, a tendência é que<br />
esse setor vai aumentar tremendamente a demanda por<br />
madeiras tratadas destinadas ao mercado rural.<br />
Não cabem aqui considerações sobre se esse cenário<br />
é bom ou ruim para o setor, afinal, trata-se de produto de<br />
baixo valor agregado com zero de inovação, há muitos<br />
anos. No entanto, ao contrário das expectativas para as<br />
regiões sul e sudeste, onde as maiores perspectivas de<br />
mercado da madeira industrializada tratada estão no setor<br />
da construção, neste caso em particular, devem ser consideradas<br />
as perspectivas dentro do mercado rural e construções<br />
rústicas. O dinamismo da agropecuária é o maior<br />
dentre os segmentos econômicos do país. Segundo o Ipea<br />
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a previsão de<br />
crescimento do setor agropecuário para 2020 vai de 3,2% a<br />
3,7%, acima do que é esperado para o conjunto da economia.<br />
Portanto, as oportunidades de início de novos negócios<br />
voltados ao setor industrial madeireiro, baseadas nas<br />
perspectivas de abastecimento de madeira de eucalipto no<br />
Estado ou na região, são palpáveis.<br />
Em relação à perspectiva de abertura de mercados de<br />
madeira tratada para o meio rural, a experiência de décadas<br />
dos mercados das regiões sul, sudeste e centro oeste<br />
podem representar um importante atalho de aprendizado<br />
para empresas do Nordeste interessadas na produção e<br />
comercialização de produtos ambientalmente amigáveis,<br />
acessíveis e duráveis.<br />
10 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
NOTAS<br />
PROGRAMA<br />
HABITACIONAL<br />
O governo federal anunciará em dezembro a reformulação do programa<br />
habitacional Minha Casa Minha Vida, que passa a ter como<br />
prioridade municípios com até 50 mil habitantes. Uma das principais<br />
novidades é que o beneficiário terá mais liberdade para definir<br />
como será o imóvel. No atual formato, o beneficiário recebe a casa<br />
pronta da construtora. Com o novo programa, que ainda não teve<br />
o nome definido, o beneficiário receberá um voucher (documento<br />
fornecido para comprovar um pagamento ou comprovante que dá<br />
direito a um produto) para definir como a obra será tocada, o que<br />
inclui a escolha do engenheiro e a própria arquitetura do imóvel.<br />
“Muitas vezes a família precisa ou quer uma casa mais simples e<br />
maior. Outra, com cômodos menores e mais qualidade de acabamento.<br />
A gente quer deixar isso a critério do beneficiário”, afirmou<br />
o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.<br />
Foto: divulgação<br />
IMPOSTO<br />
SOBRE SERVIÇOS<br />
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou no começo<br />
de dezembro a proposta que cria uma transição para que o<br />
ISS (Imposto Sobre Serviços), a cargo dos municípios, passe<br />
a ser pago à cidade na qual os serviços são efetivamente<br />
prestados. A mudança atinge casos de empresas que têm<br />
clientes em diversos municípios, como planos de saúde e<br />
administradoras de cartão de crédito. Segundo a transição<br />
estabelecida, até o fim de 2020, 66,5% do ISS nesses tipos<br />
de serviços ficarão com o município do local do estabelecimento<br />
do prestador do serviço e 33,5% com o município do<br />
domicílio do que contratou. Em 2021, será o inverso: 33,5%<br />
do ISS ficarão com o município do local do estabelecimento<br />
do prestador do serviço e 66,5% com o município do domicílio<br />
do contratante.<br />
12 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong><br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
FATURAMENTO<br />
INDUSTRIAL<br />
A CNI (Confederação Nacional de Indústria) informou<br />
recentemente que o faturamento real da indústria<br />
cresceu 1,3% em outubro em relação a setembro. A<br />
informação faz parte da pesquisa Indicadores Industriais,<br />
divulgada pela instituição. Conforme os dados,<br />
a utilização da capacidade instalada da indústria teve<br />
aumento de 0,1 ponto percentual no mesmo período.<br />
No entanto, a tendência de alta revelada pela pesquisa<br />
não se refletiu no mercado de trabalho e nos<br />
rendimentos. Houve queda de 0,7% na massa salarial<br />
real e de 0,3% no rendimento médio real. O nível de<br />
emprego ficou estável. Segundo a CNI, é o quinto mês<br />
consecutivo de alta do faturamento, que acumula alta<br />
de 3,9% no período.<br />
Foto: divulgação
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NOTAS<br />
VAGAS<br />
DE EMPREGO<br />
Foto: divulgação<br />
BALANÇA<br />
COMERCIAL<br />
A queda na cotação de diversos produtos internacionais<br />
e a redução do embarque de alguns itens fizeram<br />
a balança comercial (diferença entre exportações<br />
e importações) fechar novembro com o menor<br />
superávit em quatro anos. No mês passado, o país<br />
exportou R$ 3,428 bilhões a mais do que importou.<br />
Este é o pior resultado para o mês desde 2015 (US$<br />
1,177 bilhão). Com o resultado de novembro, a<br />
balança comercial acumula superávit de US$ 41,079<br />
bilhões em <strong>2019</strong>. É o superávit mais baixo para o<br />
período de janeiro a novembro desde 2015. No mês<br />
passado, as exportações caíram 16% pela média diária,<br />
atingindo US$ 17,596 bilhões. As importações<br />
encerraram novembro em US$ 14,169 bilhões, também<br />
com recuo de 16% pela média diária.<br />
Os indicadores de atividade e de emprego na indústria<br />
da construção brasileira alcançaram em outubro o<br />
maior nível dos últimos sete anos. O índice de nível de<br />
atividade alcançou 49,9 pontos no mês passado, valor<br />
semelhante ao registrado no fim de 2012, quando o<br />
setor estava bem aquecido. O índice de número de empregados<br />
ficou em 48,5 pontos, também o maior valor<br />
desde outubro de 2012, informa a Sondagem Indústria<br />
da Construção. Os indicadores da pesquisa variam de<br />
zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos<br />
mostram queda da atividade e do emprego. No<br />
entanto, os dois índices estão muito próximos da linha<br />
divisória dos 50 pontos e superam os valores verificados<br />
no mesmo mês do ano passado. O nível de atividade é<br />
2,2 pontos maior e o de emprego está 3,6 pontos acima<br />
do de outubro de 2018. “Os resultados consolidam a<br />
tendência de crescimento do setor”, observa a CNI<br />
(Confederação Nacional de Indústria).<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: Evandro Soares<br />
REELEITO<br />
Rogério Francio, empresário do setor moveleiro de Bento Gonçalves (RS), dará<br />
continuidade no comando da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis<br />
do Estado do Rio Grande do Sul) na gestão 2020-2021. A escolha da diretoria<br />
executiva e do conselho fiscal da Movergs aconteceu durante assembleia geral<br />
ordinária, realizada em 27 de novembro, quando foi eleita por aclamação. Francio<br />
terá ao seu lado como vice-presidente Henrique Tecchio. Vice-presidente<br />
da entidade na gestão 2016-2018 de Volnei Benini, Francio assumiu interinamente<br />
a presidência da entidade no final de 2018, já que Benini afastou-se da<br />
entidade por motivos particulares. Francio ressalta que a nova gestão terá uma<br />
mescla da diretoria atual e de novos diretores. “Estamos trazendo, por exemplo,<br />
o Henrique Tecchio que com sua experiência ajudará a sustentar e ampliar<br />
o fortalecimento da cadeia produtiva moveleira como vice-presidente. Estamos<br />
mesclando a experiência da diretoria anterior e incorporando novos talentos<br />
para que tenhamos sempre um espírito de renovação e nova visão do que é<br />
melhor para o setor moveleiro”, destacou.<br />
14 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
TRANSFORMANDO<br />
PROJETOS EM<br />
NEGÓCIOS<br />
30 de junho<br />
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da indústria de madeira e móveis.<br />
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Internacional
NOTAS<br />
VENDA DE MÁQUINAS<br />
Em outubro, as vendas da indústria brasileira de máquinas<br />
e equipamentos mantiveram-se estáveis na comparação<br />
com o mês anterior (0%), mas cresceram 1,9% em relação<br />
ao mesmo mês do ano passado, informou a Abimaq<br />
(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).<br />
Segundo o órgão, o melhor desempenho<br />
das vendas deve-se às negociações no mercado interno.<br />
As transações para o mercado externo tiveram retração,<br />
com desempenho negativo de 11% em comparação a<br />
setembro e de -21,1% na comparação com o mesmo mês<br />
do ano passado. A Abimaq atribuiu o resultado à desaceleração<br />
da atividade produtiva em diversos parceiros<br />
comerciais. Já a importação cresceu 31,9% na comparação<br />
mensal e 39,7% em relação ao mesmo mês de 2018. O<br />
setor também prevê encerrar o ano com crescimento de<br />
1,6%. Para o ano que vem, o crescimento previsto é em<br />
torno de 3,2%.<br />
INVESTIMENTOS<br />
EM STARTUPS<br />
Apenas 8% das startups brasileiras recebem investimentos<br />
da indústria. As informações são do estudo “Mapa Startup<br />
+ Indústria” realizado pela aceleradora Spin e pela consultoria<br />
de inovação A2C. O estudo foi realizado com 295<br />
startups e 55 indústrias do país. Segundo o levantamento,<br />
66% das startups são financiadas com recursos próprios<br />
do empreendedor, enquanto 13% recebem aporte de<br />
investidor-anjo. Do total, 94% das startups recebem investimentos<br />
apenas no Brasil. A falta de diversificação de<br />
investimentos afeta a vida das startups: apenas 11% das<br />
startups avaliadas já saíram da fase de protótipos e estão<br />
em fase de operação.<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
CONFIANÇA<br />
EMPRESARIAL<br />
O Icei (Índice de Confiança do Empresário <strong>Industrial</strong>)<br />
aumentou 3,2 pontos frente a outubro e alcançou<br />
62,5 pontos em novembro. Com isso, o indicador<br />
está 7,9 pontos acima da média histórica que é de<br />
54,6 pontos, informa a pesquisa divulgada pela CNI<br />
(Confederação Nacional da Indústria). Os indicadores<br />
do Icei variam de zero a cem pontos. Quando<br />
estão acima de 50 pontos mostram que os empresários<br />
estão confiantes. “O aumento da confiança<br />
estimula a recuperação da economia brasileira à<br />
medida que impulsiona o aumento da produção e a<br />
retomada do investimento”, avalia a CNI. O estudo<br />
destaca que o Índice de Condições Atuais, um dos<br />
componentes do Icei, alcançou 56,3 pontos, o maior<br />
nível desde outubro de 2010. O índice está 3,6 pontos<br />
acima do registrado em novembro de 2018.<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
NOTAS<br />
PONTO<br />
DE ENCONTRO<br />
Investir na capacitação continuada dos colaboradores<br />
é um fator decisivo para o desenvolvimento<br />
e crescimento de empresas<br />
de todos os portes. Para fomentar o diálogo<br />
sobre a temática educacional nas corporações,<br />
o Sistema Fiep é um dos articuladores<br />
do HUB de Universidades Corporativas.<br />
“A proposta é que todas as empresas participantes<br />
possam, de forma conjunta, buscar<br />
novos meios de obter resultados com<br />
a educação corporativa, trazendo soluções<br />
transformadoras para nossas empresas. É<br />
um grande desafio”, destaca Maria Cristhina<br />
de Souza Rocha, gerente executiva de<br />
Projetos Estratégicos do Sistema Fiep. O primeiro encontro do HUB de Universidades Corporativas aconteceu no dia 22 de<br />
novembro, no Campus da Indústria, em Curitiba. O evento apresentou o case da Universidade Corporativa do Banco do<br />
Brasil, pelo consultor Pedro Carbone. Durante a roda de conversa, o convidado explanou sobre os projetos de profissionalização,<br />
competências e trilhas de aprendizagem realizados na organização. “As empresas estão possibilitando a aquisição<br />
de novas competências e promovendo dinâmicas para que o profissional faça suas próprias escolhas nos processos de trabalho.<br />
Além de olhar para a carreira de cada profissional, individualmente, é importante conseguir identificar os problemas<br />
de capacitação da própria empresa”, alerta. Carbone falou ainda sobre a integração do espaço do trabalho, dos avanços<br />
das organizações e dos programas de talentos. Durante o encontro, os participantes também realizaram o planejamento<br />
das ações do HUB para 2020.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
PRODUÇÃO<br />
GAÚCHA<br />
O relatório ‘Conjuntura e comércio externo<br />
do setor de móveis no Brasil’, com<br />
dados de setembro e outubro, encomendado<br />
pela Movergs (Associação das<br />
Indústrias de Móveis do Estado do Rio<br />
Grande do Sul) e produzido pelo Iemi<br />
(Inteligência de Mercado), aponta que<br />
a produção de móveis no estado do<br />
Rio Grande do Sul foi de oito milhões<br />
de peças no mês de setembro de <strong>2019</strong>,<br />
aumento de 4,8% em relação ao mês<br />
anterior. No acumulado do ano, comparado<br />
com o mesmo período de 2018, a<br />
produção industrial no Rio Grande do Sul cresceu 2,5%, resultado superior ao registrado na indústria nacional no mesmo<br />
período. No acumulado nos últimos 12 meses, a indústria gaúcha cresceu 4,0%, enquanto a indústria nacional registrou<br />
retração no mesmo período, de acordo com números do Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />
18 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
QUALIDADE E EFICIÊNCIA<br />
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Foto: divulgação<br />
NOTAS<br />
INDÚSTRIA<br />
EM CRESCIMENTO<br />
A indústria cresceu 0,8% em outubro de <strong>2019</strong>, na<br />
comparação com o mês anterior, segundo a Pesquisa<br />
<strong>Industrial</strong> Mensal Regional do Ibge (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve crescimento<br />
em sete dos 15 locais pesquisados. Os<br />
maiores crescimentos foram para Goiás (4,0%) que,<br />
pela quinta vez consecutiva, registra taxa positiva<br />
e acumulou ganho de 6,4% no período. O Amazonas<br />
ficou em segundo lugar, com alta de 2,3%. Já<br />
a Bahia cresceu 0,9%. São Paulo não teve o maior<br />
crescimento (1,5%), mas teve papel crucial para puxar<br />
o índice médio nacional para cima pois concentra<br />
34% da indústria brasileira.<br />
APROVAÇÃO<br />
DO SETOR<br />
O governo do presidente Jair Bolsonaro está atraindo<br />
respostas positivas da indústria: 60% dos empresários<br />
do setor consideram o governo ótimo ou bom, segundo<br />
a “Sondagem Especial: Avaliação do Governo pelo<br />
Empresário <strong>Industrial</strong>”, pesquisa feita pela CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria). O percentual de empresários<br />
que avaliam o governo como ruim ou péssimo é<br />
de 7% e os que avaliam como regular compõem 26%.<br />
Entre os empresários da indústria, 64% aprovam a maneira<br />
de governar e 65% têm confiança no presidente.<br />
Do total, 75% consideram que as ações e políticas do<br />
governo contribuíram para a melhoria da economia, enquanto<br />
73% acredita que a situação econômica estaria<br />
pior se não fossem as ações e políticas adotadas.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
MAIS<br />
PRODUTIVIDADE<br />
Adotar tecnologias da indústria 4.0, em especial aquelas de<br />
monitoramento em tempo real de processos produtivos,<br />
aumenta em 22% a produtividade de pequenas e médias empresas,<br />
segundo balanço divulgado pela CNI (Confederação<br />
Nacional da Indústria). As microempresas são as que mais se<br />
beneficiam da adoção dessas tecnologias, com um aumento<br />
médio de produtividade de 44,82%, segundo a entidade. A<br />
pesquisa foi feita com 43 micro, pequenas e médias empresas<br />
entre maio de 2018 e outubro deste ano. No estudo, foram<br />
aplicadas ferramentas da indústria 4.0 em um projeto-piloto<br />
chamado Indústria Mais Avançada. As empresas eram dos<br />
segmentos de alimentos e bebidas, metalmecânica, moveleiro,<br />
vestuário e calçados. Entre as empresas de alimentos e<br />
bebidas, o desempenho subiu 75%.<br />
20 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
APLICAÇÃO<br />
MADEIRA<br />
É SAÚDE<br />
Foto: divulgação<br />
O Travesseiro de madeira Wooden Pillow,<br />
desenvolvido pela Change Your Energy, é<br />
uma ferramenta de auto-massagem que<br />
ajuda o consumidor a obter alívio rápido<br />
para dores musculares e tensão acumulada<br />
ao longo do dia na região da coluna, especialmente<br />
no pescoço e nos ombros. Ao<br />
usar o travesseiro de madeira nessa área, é<br />
possível direcionar efetivamente os pontos<br />
de energia e os meridianos (canais de energia)<br />
do corpo para aliviar qualquer ponto<br />
de estresse. O travesseiro é desenvolvido a<br />
partir da madeira do Kiri-Japonês, árvore só<br />
encontrada no Oriente. A peça pode ser encontrada<br />
em três tamanhos diferentes, para<br />
as regiões do pescoço, lombar e também<br />
para os pés.<br />
BELEZA<br />
DA MADEIRA<br />
A empresa Tay Skincare nasceu em Nova<br />
Iorque, nos EUA (Estados Unidos da<br />
América), com o objetivo de revolucionar<br />
o mercado de cosméticos em todo<br />
o mundo. E tem tido sucesso na tarefa,<br />
desde a qualidade de seus produtos até<br />
o design inovador de suas embalagens,<br />
que usam apenas materiais naturais e<br />
que não agridam o meio ambiente. Com<br />
cases de madeira de bambu, a Tay com<br />
sua linha completa de shampoos, condicionadores,<br />
cremes, esfoliantes e óleos<br />
de banho. A empresa venceu recentemente<br />
prêmios europeus de design, com<br />
sua renomada fundadora e designer,<br />
Sarah Tay.<br />
Foto: divulgação<br />
22 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
os melhores layouts para<br />
os maiores resultados<br />
Serrarias AWK, a inovação<br />
em serrar madeira<br />
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COM OU SEM 3º CORTE INTEGRADO<br />
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HORIZONTAL<br />
K250 - K350 - K450 e KMASTER<br />
(esteira dupla ou simples)<br />
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UNITIZAÇÃO DE TORAS<br />
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GRADEADORES E<br />
EMPACOTADORES<br />
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FRASES<br />
“VAMOS ACABAR COM O IMPOSTO MAIS CRUEL QUE EXISTE<br />
NO BRASIL, O IMPOSTO SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO. VOCÊ<br />
TIRA DA INFORMALIDADE. VOCÊ TEM, DE UM LADO, O GANHO<br />
DE PRODUTIVIDADE DO TRABALHO, O EMPREGO, O SALÁRIO E<br />
CONTRIBUIÇÕES PARA A PREVIDÊNCIA. SE ESTÁ TODO MUNDO<br />
EMPREGADO, TODO MUNDO PODE PAGAR”<br />
PAULO GUEDES, MINISTRO DA ECONOMIA, SOBRE A<br />
DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO<br />
“RETOMAMOS<br />
A PRESENÇA<br />
POLÍTICA DO SETOR<br />
NO CONGRESSO<br />
NACIONAL. A FRENTE<br />
PARLAMENTAR<br />
NASCE COM<br />
APROXIMADAMENTE<br />
200 INTEGRANTES, ENTRE<br />
DEPUTADOS E SENADORES,<br />
E FOI UM ATO PRESTIGIADO<br />
POR SINDICATOS E LÍDERES DO<br />
SETOR. VAMOS APROFUNDAR<br />
DEBATES E DIMINUIR AS<br />
DIFICULDADES QUE O SETOR<br />
EVENTUALMENTE ENFRENTA POR<br />
FALTA DE APOIO POLÍTICO. ESTAMOS<br />
TRABALHANDO INTENSAMENTE”<br />
JERONIMO<br />
GOERGEN,<br />
DEPUTADO<br />
FEDERAL, SOBRE<br />
A CRIAÇÃO DA<br />
FREMOB (FRENTE<br />
PARLAMENTAR<br />
MISTA EM DEFESA<br />
DA INDÚSTRIA DO<br />
MOBILIÁRIO)<br />
“ESTÁ SENDO CONSIDERADA NOS NOSSOS ESTUDOS<br />
E NA FORMULAÇÃO DA PROPOSTA QUE IREMOS<br />
ENCAMINHAR SIM A NECESSIDADE DE REVISAR A<br />
TRIBUTAÇÃO DA RENDA E, SOBRETUDO, DENTRO DA<br />
TRIBUTAÇÃO DA RENDA HOJE EXISTENTE, DE MEDIDAS<br />
QUE DIMINUAM A REGRESSIVIDADE DA ESTRUTURA<br />
ATUAL, TORNANDO MAIS PROGRESSIVA A IMPOSIÇÃO<br />
DO TRIBUTO SOBRE A RENDA”<br />
Foto: Agência Câmara<br />
JOSÉ BARROSO TOSTES NETO, CHEFE DA RECEITA FEDERAL,<br />
SOBRE A TRIBUTAÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS DEBATIDA<br />
PELA REFORMA TRIBUTÁRIA<br />
“PELO SÉTIMO MÊS SEGUIDO,<br />
O RESULTADO NA CRIAÇÃO<br />
DE EMPREGOS FOI POSITIVO,<br />
COM 70.582 VAGAS CRIADAS<br />
EM OUTUBRO. NO ANO, FORAM<br />
GERADOS 841,5 MIL EMPREGOS<br />
FORMAIS, MELHOR SALDO DOS<br />
ÚLTIMOS CINCO ANOS”<br />
JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE<br />
DO BRASIL, SOBRE A CRIAÇÃO<br />
DE POSTOS DE TRABALHO EM<br />
OUTUBRO DE <strong>2019</strong><br />
24 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
55 ANOS<br />
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ENTREVISTA<br />
INOVAÇÃO<br />
É O CAMINHO<br />
INNOVATION<br />
IS THE WAY<br />
I<br />
ndicadores internacionais mostram que um trabalhador<br />
norueguês, o mais eficiente do mundo, produz seis vezes<br />
mais que o brasileiro. Enquanto o profissional do país escandinavo<br />
gera US$ 102 por hora trabalhada, no Brasil, o<br />
valor médio é de US$ 16,8. Entre os fatores que explicam a<br />
ineficiência estão burocracia, baixa escolaridade, falta de infraestrutura,<br />
governança inadequada e tecnologia defasada. Para entender<br />
melhor o problema e debater soluções que se encaixem<br />
na realidade brasileira, a Agência CNI de Notícias entrevistou Fernanda<br />
De Negri, pesquisadora do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica<br />
Aplicada). No bate-papo, a pesquisadora avalia o cenário<br />
atual, aponta gargalos que dificultam o ganho de produtividade<br />
no Brasil, propõe alternativas e um debate amplo sobre a agenda<br />
estratégica prioritária do país. Confira:<br />
ENTREVISTA<br />
I<br />
nternational indicators show that a Norwegian worker, the<br />
most efficient in the world, produces six times as much as a<br />
Brazilian. While the Scandinavian professional generates US$<br />
102 per hour worked; in Brazil, the average value per worker<br />
is US$ 16.8 per hour. Amongst the factors that explain the<br />
inefficiency are bureaucracy, low schooling, lack of infrastructure,<br />
inadequate governance, and outdated technology. To better understand<br />
the problem and discuss solutions that fit Brazilian reality, the<br />
CNI News Agency interviewed Fernanda De Negri is a scientist at the<br />
Institute of Applied Economic Research (Ipea). In the interview, the<br />
Scientist evaluates the current scenario, points out bottlenecks that<br />
hinder the gain of productivity in Brazil and proposes alternatives, and<br />
broad debate on the Country’s priorities and strategic agenda.<br />
Check out below:<br />
Foto: Jose Paulo de Larcerda<br />
FERNANDA<br />
DE NEGRI<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: DOUTORA EM ECONOMIA PELA<br />
UNICAMP (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS)<br />
CARGO: PESQUISADORA E CONSULTORA DO IPEA (INSTITUTO<br />
DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA)<br />
PROFESSIONAL EDUCATION: PHD. IN ECONOMICS. STATE UNIVERSITY<br />
OF CAMPINAS (UNICAMP)<br />
FUNCTION: SCIENTIST AND CONSULTANT WITH THE INSTITUTE OF<br />
APPLIED ECONOMIC RESEARCH (IPEA)<br />
26 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
POR QUE A PRODUTIVIDADE DO BRASIL É TÃO<br />
BAIXA?<br />
Nos anos mais recentes, entramos em uma crise<br />
econômica que foi uma das piores da nossa história.<br />
Nesse contexto, o mercado fica reprimido pela alta<br />
taxa de desemprego e pelo baixo crescimento econômico,<br />
o que gera uma insuficiência de demanda.<br />
Numa análise de longo prazo, são vários os fatores que<br />
contribuíram para a defasagem do Brasil em termos de<br />
inovação e de produtividade. Mesmo nos anos em que<br />
o país estava crescendo, do início dos anos 2000 até<br />
2010, o crescimento foi apoiado basicamente no aumento<br />
da demanda. Não houve ganho representativo<br />
de produtividade. Temos problemas estruturais, a economia<br />
brasileira ainda é muito fechada, a escolaridade<br />
é baixa, há muita burocracia e o ambiente de negócio<br />
é pouco propício à inovação e à competitividade. Não<br />
fomos capazes de resolver essas questões estruturais<br />
nas últimas décadas e ficamos muito dependentes dos<br />
surtos de crescimento por aumento de demanda, que<br />
não são sustentáveis a longo prazo. Pensando nisso,<br />
precisamos aliar o crescimento de demanda com crescimento<br />
sustentado da produtividade, da inovação,<br />
das tecnologias.<br />
O QUE TEM NOS PAÍSES MAIS DESENVOLVI-<br />
DOS QUE FALTA NO BRASIL?<br />
Usando os indicadores do Banco Mundial, temos<br />
um ambiente de negócio muito burocrático, é difícil<br />
e demorado abrir e fechar empresas, ter acesso a crédito,<br />
resolver pendências jurídicas. Outro importante<br />
fator é a educação. Ampliamos o acesso nos últimos<br />
20 anos, mas a qualidade da educação do Brasil não<br />
andou no mesmo compasso. É preciso apostar, daqui<br />
pra frente, numa melhora do nível educacional, para<br />
termos efetivamente uma mão-de-obra mais qualificada,<br />
uma população capaz de dar condições para o país<br />
crescer de uma forma sustentada. O Brasil ainda é um<br />
país fechado ao mundo do ponto de vista de inovação<br />
e econômico. A nossa ciência ainda é pouco conectada.<br />
Ninguém produz conhecimento sozinho, você produz<br />
a partir de uma base construída pelos outros. Ou<br />
seja, a produção do conhecimento depende da conexão<br />
de ponta, depende da integração com o mundo. A<br />
desconexão do Brasil afeta muito a nossa capacidade<br />
de criar empresas mais competitivas a longo prazo.<br />
COMO ABRIR O BRASIL PARA O MUNDO? HÁ<br />
BOAS PRÁTICAS INTERNACIONAIS QUE PODEM<br />
SER APLICADAS À REALIDADE BRASILEIRA?<br />
Um desafio é a abertura comercial, outro é a integração<br />
da nossa academia com o mundo. Do ponto<br />
de vista comercial, o Brasil precisa ter uma estratégia<br />
de longo prazo de redução de tarifa de importação,<br />
uma agenda de longo prazo de acordos comerciais.<br />
É importante frisar o longo prazo. O país precisa preparar<br />
o tecido econômico para suportar a competição<br />
WHY IS PRODUCTIVITY IN BRAZIL SO LOW?<br />
In recent years, there was an economic crisis in Brazil<br />
that was one of the worst in our history. In this context, the<br />
market is repressed by a high unemployment rate and low<br />
economic growth, which generates a lack of demand. In a<br />
long-term analysis, several factors contributed to Brazil’s<br />
gap in terms of innovation and productivity. Even in the years<br />
in which the Country was growing, from the early 2000s<br />
to 2010, growth was basically supported by increased demand.<br />
There was no representative gain in productivity. We<br />
have structural problems, the Brazilian economy is still very<br />
closed, schooling is low, there is a lot of bureaucracy, and<br />
the business environment is not conducive to innovation<br />
and competitiveness. We have not been able to address<br />
these structural issues in recent decades and we have become<br />
very dependent on growth surges due to increased<br />
demand, which is not sustainable in the long run. In thinking<br />
about the long term, we need to combine demand growth<br />
with sustained growth in productivity, innovation, and technologies.<br />
WHAT DO THE MORE DEVELOPED COUNTRIES<br />
HAVE THAT IS LACKING IN BRAZIL?<br />
Using World Bank indicators, we have a very bureaucratic<br />
business environment, it is very difficult and time-consuming<br />
to open and close companies, have access to credit<br />
and solve legal pending issues. Another important factor is<br />
education. We have expanded access in the last 20 years,<br />
but the quality of education in Brazil has not improved accordingly.<br />
From now on, we must bet on an improvement in<br />
the educational level to effectively have a more skilled workforce<br />
and a population capable of providing the conditions<br />
for the Country to grow in a sustained way. Brazil is still a<br />
country closed to the world as to innovation and economics.<br />
Our science is still unconnected. No one produces knowledge<br />
alone; you produce it from a base built by others. That<br />
is, the production of knowledge depends on a cutting-edge<br />
connection, depends on integration with the world. The disconnection<br />
of Brazil greatly affects our ability to create more<br />
competitive companies in the long run.<br />
UM DESAFIO É A ABERTURA<br />
COMERCIAL, OUTRO É A<br />
INTEGRAÇÃO DA NOSSA ACADEMIA<br />
COM O MUNDO<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 27
28 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
30 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
Há 50 anos a<br />
entidade que<br />
representa e trabalha<br />
para o crescimento<br />
do mercado de<br />
madeira tratada,<br />
seus associados e o<br />
futuro do setor.<br />
MT<br />
MS<br />
Associados<br />
RIO GRANDE DO SUL<br />
Flosul<br />
Jimo<br />
Madem<br />
Postes Mariani<br />
RTN<br />
SANTA CATARINA<br />
Ekomposit<br />
Florestal<br />
Koppers<br />
Terra Sol<br />
PARANÁ<br />
Ecoline<br />
MSM Química<br />
TWBrazil<br />
Revista <strong>Referência</strong><br />
MATO GROSSO DO SUL<br />
Coimmal<br />
Coimor<br />
Tramasul<br />
ESPIRITO SANTO<br />
Torabras Tratamento de Madeira<br />
GOIÁS<br />
Matha Florestal<br />
MATO GROSSO<br />
Companhia do Vale do Araguaia<br />
BAHIA<br />
CM Venturoli<br />
Paraíso Madeira<br />
PR<br />
GO<br />
SP<br />
SÃO PAULO<br />
Alpina Eucaliptos<br />
Canteiro<br />
Dulcidio Ramires Macedo<br />
Humberto Tufolo Netto<br />
Icotema<br />
Ipel Itibanyl<br />
Ivaldo Pontes Jankowsky<br />
Lanxess<br />
Lonza<br />
Madereira Mantiqueira<br />
Madetram<br />
Madtrat<br />
Matra<br />
Montana Química<br />
Pemad<br />
Prema<br />
Roberto José Falcão Bauer<br />
Rossin<br />
Setrama<br />
STWood<br />
Teca Madeiras<br />
Tramal Tratamento de Madeira<br />
Transportes Topcargo<br />
MINAS GERAIS<br />
Campo Alegre<br />
CBI Madeiras<br />
Lua Madeira Imunizada<br />
Reallogs<br />
S&d Madeiras<br />
SEAP<br />
Talube<br />
Sócios Honorários<br />
Aldo Gandolfi Junior<br />
Amantino Ramos de Freitas<br />
Flavio Carlos Geraldo<br />
Luiz Antônio Pinto Reis<br />
MG<br />
BA<br />
ES<br />
RS<br />
SC<br />
TORNE-SE UM<br />
MEMBRO DA ABPM<br />
A MAIOR ASSOCIAÇÃO<br />
DO SETOR DA<br />
PRESERVAÇÃO DE<br />
MADEIRA DO PAÍS<br />
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COLUNA ABIMCI<br />
ESTÁ OCORRENDO EXCESSO<br />
DE OFERTA DE MADEIRA NO MUNDO?<br />
AÇÕES NOS MOSTRAM QUE UMA MUDANÇA DA DINÂMICA MUNDIAL DO MERCADO DE<br />
PRODUTOS MADEIREIROS ESTÁ OCORRENDO<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
PRINCIPAIS MERCADOS<br />
IMPORTADORES MUNDIAIS DE<br />
MADEIRA ESTÃO INSEGUROS COM<br />
TODAS ESSAS VARIÁVEIS<br />
C<br />
om o recém-lançado estudo setorial da Abimci<br />
<strong>2019</strong>, documento que além de atualizar o setor<br />
de base florestal brasileiro em vários cenários e<br />
direções também contempla cenários macros<br />
mundiais de produção e consumo dos principais<br />
produtos madeireiros, podemos ver consolidações de volumes<br />
de produção de diferentes produtos ao redor do mundo<br />
ganhando corpo e conquistando fatias de mercado onde<br />
anteriormente não entravam.<br />
Esse cenário macro também passa pela avaliação e influência<br />
das tendências do mercado mundial de toras, com<br />
políticas de importações por grandes países produtores bem<br />
consolidadas como a China, entre outros. Também passamos<br />
por um fato florestal não muito comum: a oferta extra<br />
de toras provenientes do norte da Europa, em especial da<br />
Alemanha, que está realizando cortes rasos em áreas florestais<br />
a fim de prevenir a expansão da infestação de besouros.<br />
As infinitas variáveis que temos no comércio mundial de<br />
madeira estão nos mostrando um ambiente de difícil explicação<br />
precisa desse ou daquele produto. Isso nos remete a<br />
uma dúvida ou sensação de incômodo, que tem se tornado<br />
cada vez mais constante em diversos fóruns que a Abimci<br />
promove e participa: está sobrando madeira ou oferta de<br />
madeira no mundo?<br />
Talvez não seja essa a afirmação correta, mas certamente<br />
estamos enfrentando novos tempos na dinâmica do mercado<br />
e na mais antiga relação balizadora do mercado: a lei<br />
Foto: divulgação<br />
da oferta x demanda, a qual podemos acrescentar alguns<br />
outros ingredientes como capacidade de pronta entrega,<br />
origem legal da madeira e qualidade do produto.<br />
Aliado a isso, os recentes anúncios de taxações impostas<br />
pelos EUA (Estados Unidos da América) a produtos chineses<br />
e vice-versa, somados às incertezas de alguns novos acordos<br />
em blocos que estão sendo desenvolvidos como o acordo<br />
comercial entre Mercado Europeu e o Mercosul, alguns impasses<br />
existentes nas negociações em curso entre México,<br />
Canadá e EUA, entre outros, mostram que a guerra fiscal no<br />
mercado internacional está longe de ser passageira e que<br />
certamente está afetando a parte comercial do produtos<br />
madeireiros.<br />
A Abimci está realizando uma intensa agenda de distribuição<br />
do Estudo Setorial, participando de vários eventos<br />
nacionais e internacionais, mantendo contado direto com<br />
importadores do produto madeireiro brasileiro. Essas ações<br />
nos mostram que uma mudança da dinâmica mundial do<br />
mercado de produtos madeireiros está ocorrendo, trazendo<br />
novos desafios. Diante de um cenário internacional tão<br />
incerto não somente nos principais países importadores e<br />
consumidores de madeira, mas também nas crises políticas<br />
e institucionais em países vizinhos como Argentina e Chile, é<br />
preciso cautela e estar preparado – comercial e tecnicamente<br />
– para atuar no mercado internacional.<br />
MERCADO INTERNO: POSSIBILIDADE DE<br />
CRESCIMENTO<br />
Se no mercado global os desafios são muitos e, cada vez<br />
mais, vão afetar as nossas empresas, no mercado interno<br />
tivemos, recentemente, um avanço importante para a indústria<br />
da madeira. O envio para consulta nacional do texto da<br />
norma técnica para o sistema construtivo wood frame é um<br />
grande passo para que, em breve, tenhamos um novo nicho<br />
para as empresas atuarem. A expectativa, com a oficialização<br />
desse novo sistema construtivo no Brasil, é de aumentar o<br />
consumo per capita de madeira no mercado interno, principalmente,<br />
em virtude da crescente demanda habitacional<br />
brasileira. Também alguns cenários da recuperação macro<br />
da nossa economia, a consolidação de algumas reformas<br />
estruturantes para o país, a tendência da recuperação do PIB<br />
está produzindo ventos mais positivos entre os empresários,<br />
o que nos remete a uma esperança maior da retomada do<br />
consumo interno, em especial na construção civil, principal<br />
mercado para os produtos madeireiros.<br />
Assim, a despeito de toda a influência das negociações<br />
mundiais, é preciso saber navegar por entre os momentos<br />
de instabilidade e bonança e estar atento às oportunidades<br />
do mercado interno.<br />
32 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
A MADEIRA DA TECA,<br />
UMA ÁRVORE AINDA MAIS<br />
FORTE NO BRASIL!<br />
É MAIS QUE MOURÃO DE<br />
EUCALIPTO. É LIPTOFORT!<br />
madeira de teca<br />
para móveis de<br />
alta qualidade!<br />
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KM 01, Zona Rural - Água Boa - MT
PRINCIPAL<br />
MADEIRA TECA:<br />
FUTURO PROMISSOR<br />
INDUSTRIALIZAÇÃO DA TECA É INICIADA EM ÁGUA BOA (MT)<br />
COM FOCO NA PRODUÇÃO E FORNECIMENTO DE TECA PARA O<br />
MERCADO BRASILEIRO E MUNDIAL<br />
Abeleza única da madeira de teca, as caraterísticas<br />
de densidade e resistência mecânica comparável<br />
com as principais madeiras nativas, a excelente<br />
trabalhabilidade e de fácil manuseio, uma estabilidade<br />
dimensional muito acima da média e uma<br />
durabilidade mundialmente famosa diante das ações climáticas<br />
e agentes biológicos, faz da teca uma excelente escolha para o<br />
desenho e fabricação de móveis e artefatos de madeira em geral.<br />
Todos esses atributos fizeram a fama da madeira teca (Tectona<br />
grandis) desde o século 18, quando os barcos das grandes<br />
navegações europeias optavam por essa espécie para garantir<br />
mais segurança e longevidade às viagens. No século atual, a<br />
indústria internacional passou a investir mais intensamente, na<br />
década de 50, em plantações ao redor do mundo, na Ásia, África<br />
e América Central. E, foi nos anos 70, que o Brasil abriu os olhos<br />
para a espécie. Agora, o novo impulso nacional vem do cerrado,<br />
no município de Água Boa, a 730 km de Cuiabá (MT).<br />
A Companhia do Vale do Araguaia é uma empresa agroindus-<br />
The unique beauty of teak, good density and high mechanical<br />
strength compared to the principal native species,<br />
excellent workability and handling, a very high dimensional<br />
stability and a world famous durability to climate and<br />
biological factors makes teak an excellent choice for the<br />
design and fabrication of furniture and wooden utilities.<br />
All these attributes have helped make the reputation of teak<br />
(Tectona grandis), which, since the 18th century, ships from major<br />
European countries opted for the use of this species to ensure<br />
more safety and longevity to travel. In the present century, in the<br />
1950s, industry world-wide, mainly in Asia, Africa and Central America,<br />
began to invest more intensely in the species for use in furniture.<br />
And it was in the 1970s that Brazil opened its eyes to the species.<br />
Now, a new national impulse is destined for the city of Água<br />
Boa, 730 km from Cuiabá (MT).<br />
The Companhia do Vale do Araguaia is a forestry and industrial<br />
company, founded in 2005 and consolidated in the region that develops<br />
sustainable teak plantations in the Brazilian Midwest.<br />
Fotos: Fabiano Mendes<br />
TEAK: A<br />
PROMISING FUTURE<br />
INDUSTRIAL PROCESSING OF TEAK IS<br />
INITIATED IN ÁGUA BOA (MT), FOCUSING ON<br />
THE PRODUCTION AND SUPPLY OF TEAK TO<br />
THE BRAZILIAN AND GLOBAL MARKET<br />
34 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
trial fundada em 2005 e consolidada na região, que desenvolve<br />
plantações sustentáveis de teca na região centro-oeste do Brasil.<br />
Com a produção de madeira 100% verticalizada, o sistema<br />
de gestão de qualidade da companhia é certificado pela Bureau<br />
Veritas, marca reconhecida e respeitada no mundo todo como<br />
símbolo de segurança, sustentabilidade e confiança. Neste momento,<br />
a empresa está trabalhando na certificação das florestas<br />
e da unidade de processamento de madeira com o FSC® (Forest<br />
Stewardship Council). Este trabalho da certificação é previsto para<br />
ser concluído em 2020. A companhia tem duas filiais principais<br />
na região da Água Boa, sendo a fazenda São Jorge, onde estão<br />
concentradas as principais plantações de teca e a unidade de<br />
processamento de madeira, que está instalada somente a 10 km<br />
(quilômetros) de Água Boa. Esta unidade iniciou as suas atividades<br />
em 2015 com uma autoclave para o tratamento de postes e<br />
mourões para o mercado regional. Agora conta com uma moderna<br />
serraria e um torno para toras que ficaram prontas para operar<br />
no mês de dezembro. Dessa forma, as operações são totalmente<br />
integradas desde o plantio, o manejo, a colheita, o processamento<br />
na unidade e a comercialização dos produtos.<br />
A unidade de processamento de madeira da Companhia<br />
do Vale do Araguaia abrange uma área de 15 ha (hectares) e<br />
impressiona já à primeira vista pela metodologia e organização<br />
dos processos. A unidade consiste neste momento de uma autoclave<br />
para a produção de postes e mourões tratados de teca<br />
e de eucalipto para o mercado regional, a moderna serraria para<br />
a produção de produtos serrados para o mercado nacional e de<br />
exportação, e o torno para toras de teca e de eucalipto para a<br />
produção de peças perfeitas para atender o mercado da arquitetura,<br />
decoração e construção.<br />
With a 100% vertical process, the Company’s quality management<br />
system is certified by Bureau Veritas, recognized and respected<br />
worldwide as a symbol of safety, sustainability, and confidence.<br />
At this moment the company is working towards obtaining FSC<br />
(Forest Stewardship Council ®) for the forests and the wood processing<br />
plant. This work is expected to be concluded in 2020. The<br />
Company has two main business units in the Água Boa region,<br />
being the São Jorge forest plantation where the principal teak plantations<br />
are and the wood processing plant that is only 10 km from<br />
the Água Boa township. The wood processing plant started in 2015<br />
with a pressure treatment cylinder for fence posts for the regions<br />
farmers and land owners. Now it has a modern sawmill and a lathe<br />
for turning logs and both are ready to operate in December. The<br />
companies operations are fully integrated from planting, silviculture<br />
management, harvesting, processing and sales of the products.<br />
The wood processing plant of the Companhia Vale do Araguaia<br />
covers an area of 15 hectares and, at first sight impresses the visitor<br />
with the process methodology and organization. The processing<br />
plant at now has the pressure treatment cylinder for treating fence<br />
posts of teak and eucalyptus for the regional market, the new modern<br />
sawmill producing sawn products for the domestic and export<br />
markets, and the lathe for turning logs into perfectly round pieces<br />
for architectural, decorative and construction uses.<br />
PRODUCTS<br />
TecaForte is a well know brand of treated teak posts from the<br />
Companhia do Vale do Araguaia produced with advanced technology<br />
for maximum protection and resistance. The company also<br />
has a line of treated eucalyptus posts called LiptoForte. The lumber<br />
products that are starting to be produced this month in the sawmill<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 35
36 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 37
38 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
JOÃO MARCOS WIEDTHEUPER, EMPRESÁRIO E MOVELEIRO DE ÁGUA BOA<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 39
MERCADO<br />
PAINEL DE<br />
OPORTUNIDADES<br />
40 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
O BRASIL PRODUZ MAIS DE 20 MIL M³ POR DIA DE<br />
PAINÉIS DE MADEIRA EM MDF E MDP, O QUE FAZ O<br />
PAÍS OCUPAR A OITAVA POSIÇÃO NO RANKING<br />
MUNDIAL<br />
Foto: divulgação<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 41
MERCADO<br />
O<br />
mercado de painéis de madeira em MDF<br />
(Medium Density Fiberboard) cresce a<br />
cada ano no Brasil. A demanda brasileira<br />
por painéis de madeira reconstituídos<br />
vem apresentando crescimento acima do<br />
PIB (Produto Interno Bruto) e da construção civil, sobretudo<br />
o MDF, segundo informações do Bndes (Banco<br />
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O<br />
setor teve crescimento médio de 3,7% ao ano entre<br />
2009 e 2017 – incluindo os três anos de crise (2014 a<br />
2016). A projeção do mercado é de crescimento até<br />
2020.<br />
O Brasil produz mais de 20 mil m³ (metros cúbicos)<br />
por dia de painéis de madeira em MDF e MDP, o que<br />
faz o país ocupar a oitava posição no ranking mundial<br />
dos maiores produtores, segundo a Ibá (Indústria Brasileira<br />
de Árvores).<br />
O MDF é produzido a partir de fibras selecionadas<br />
da madeira reflorestada, que são unidas com o auxílio<br />
de uma resina, por meio de um processo industrial que<br />
envolve alta pressão e alta temperatura, capaz de garantir<br />
painéis com boa resistência e homogeneidade,<br />
assim como poucas variações de tamanho e espessura.<br />
Com diversas vantagens, os painéis de MDF de eucalipto<br />
estão se destacando no mercado em comparação<br />
aos de pinus. Os dois se diferenciam principalmente<br />
pelas suas fibras: o pinus tem uma fibra mais longa,<br />
enquanto o eucalipto apresenta fibras mais curtas.<br />
“Em geral, o eucalipto é bem mais pesado e mais<br />
duro do que o pinus. Além disso, a madeira do eucalipto<br />
é mais escura, e suas fibras mais curtas podem causar<br />
maior desgaste nas ferramentas usadas para o manejo<br />
da madeira”, explica Franciele Fraga, arquiteta pela<br />
Universidade Federal de Pelotas.<br />
“É preciso estar atento à escolha do fornecedor do<br />
insumo ao adquirir o produto, pois algumas empresas,<br />
em função da briga por preço, acabam utilizando madeira<br />
de qualidade inferior e, muitas vezes, um painel<br />
de pinus acaba sendo bem superior a outro de eucalipto”,<br />
ressalta Franciele.<br />
Neste cenário, as oportunidades são vastas e empresas<br />
que inovam podem se consolidar em nichos de<br />
mercado. É o caso da Eucatex, que está caminhando<br />
cada vez mais para a oferta de produtos de valor agregado<br />
e trabalhando com nichos de mercado e não com<br />
commodities, segundo o diretor comercial da indústria<br />
moveleira e revenda madeireira da Eucatex, Paulo Freitas.<br />
“Atuamos com investimentos alinhados para acompanhar<br />
os movimentos do mercado. Nossos profissionais<br />
estão focados em buscar competitividade num<br />
cenário de melhoria do consumo e, consequentemente,<br />
do setor moveleiro”, assinala o diretor.<br />
Os painéis MDF da Eucatex são produzidos a partir<br />
de eucalipto de reflorestamento, não apresentando<br />
impacto ambiental e contribuindo para manutenção<br />
42 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
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DEZEMBRO <strong>2019</strong> 43
MARCENARIA<br />
44 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
QUATRO<br />
FERRAMENTAS FUNDAMENTAIS<br />
QUER COMEÇAR UMA MARCENARIA, MAS NÃO SABE COMO?<br />
TROUXEMOS QUATRO DICAS DE FERRAMENTAS FUNDAMENTAIS<br />
PARA COMEÇAR ESTE NOBRE OFÍCIO<br />
Fotos: divulgação<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 45
MARCENARIA<br />
O<br />
mercado da marcenaria ganhou um<br />
novo fôlego com o retorno da produção<br />
artesanal, que tem cada vez mais<br />
conquistado o gosto dos consumidores.<br />
Com isso, muitos novos profissionais<br />
começaram a surgir nos últimos anos, com o<br />
objetivo de desenvolver o ofício ou de até mesmo<br />
criar um hobby entre a rotina estressante das grandes<br />
cidades.<br />
Mas como começar do zero? O primeiro passo é<br />
definir qual o tipo do seu trabalho principal: móveis,<br />
pequenas peças de madeira, manutenção residencial…<br />
Várias são as alternativas para um marceneiro<br />
iniciante. Após a escolha de uma área de atuação, o<br />
próximo passo é selecionar as melhores ferramentas<br />
para o trabalho. A REFERÊNCIA INDUSTRIAL separou<br />
quatro desses equipamentos, que consideramos<br />
alguns dos mais importantes para que você seja o<br />
mais novo empreendedor da madeira. Confira:<br />
PRIMEIRO PASSO É<br />
DEFINIR QUAL O<br />
TIPO DO SEU TRABALHO<br />
PRINCIPAL<br />
46 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
Inovação e produtividade.<br />
Engessamento (Coextrusão)<br />
por alta pressão assistida.<br />
• Equipamento desenvolvido para aplicação<br />
de massas (tráfilas) para acabamento em<br />
perfis de madeira com baixa qualidade,<br />
utilizando medula, nós, madeiras com<br />
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DEZEMBRO <strong>2019</strong> 47
MARCENARIA<br />
JOGO DE FORMÕES<br />
Muitas vezes ignorado ou deixado de lado, o<br />
jogo de formões é fundamental para sua oficina. Indicado<br />
para serviços de acabamento em carpintaria<br />
e marcenaria, ele pode ser utilizado em esculturas<br />
de madeira e em trabalhos técnicos. O mais aconselhável<br />
é que sejam escolhidos jogos com três<br />
medidas (6, 12 e 18mm), suficientes para a prática<br />
de encaixe. A escolha de uma marca reconhecida<br />
pelo mercado por sua qualidade é importante. Não<br />
pense em economizar, pois o barato pode realmente<br />
sair caro, pois os formões são indispensáveis para<br />
inúmeras atividades dentro de uma marcenaria.<br />
TRENA<br />
Nesse caso, não se desespere: você não irá<br />
necessitar de uma mega trena: uma ferramenta<br />
simples, de 3m (metros), já está mais que suficiente<br />
para o antigo ofício da marcenaria artesanal. Sem<br />
contar que a utilização de uma trena de menores<br />
48 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
Há 73 anos parceira<br />
do setor madeireiro<br />
TECNOLOGIA • PRODUTIVIDADE • ECONOMIA<br />
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DEZEMBRO <strong>2019</strong> 49
ECONOMIA<br />
50 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
EM<br />
CRESCIMENTO<br />
RECUO DO MERCADO EXTERNO E<br />
CRESCIMENTO DO CONSUMO INTERNO<br />
FORAM OS DESTAQUES PARA O SETOR<br />
DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS<br />
INDUSTRIAIS BRASILEIROS EM <strong>2019</strong><br />
Fotos: divulgação<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 51
ECONOMIA<br />
As receitas de vendas da indústria brasileira<br />
de máquinas e equipamentos<br />
registraram leve crescimento no mês<br />
de setembro de <strong>2019</strong>. A informação é<br />
da Abimaq (Associação Brasileira de<br />
Máquinas e Equipamentos). Segundo a Associação,<br />
o resultado foi positivo, porém ainda pequeno: 0.1%<br />
em relação a agosto e 2,2% sobre o mesmo mês de<br />
2018.<br />
O diretor de competitividade da Abimaq, Mario<br />
Bernardini, faz uma análise ao afirmar que esse ano,<br />
ao contrário de 2018, o mercado externo está fraco<br />
com os parceiros em crise e as exportações recuando.<br />
Já o mercado interno manteve um crescimento<br />
importante de 6,2% – em relação a janeiro e setembro<br />
de 2018.<br />
“É no mercado interno que nós vamos crescer.<br />
Por isso, é cada vez mais importante que o Governo<br />
tenha sensibilidade para começar a colocar, junto<br />
com o ajuste fiscal, algumas medidas que possam<br />
auxiliar a retomada do crescimento, como o investimento<br />
em infraestrutura, que é a única locomotiva<br />
disponível que temos para voltar a crescer a níveis<br />
decentes”, projeta Bernardini.<br />
Para Bernardini, será necessário que o Governo<br />
assuma o ônus e o bônus de fazer o Brasil crescer<br />
com investimentos públicos para resolver o problema<br />
de desemprego, de melhoria de renda e satisfação<br />
da sociedade com o novo governo. “Do contrário<br />
o país não vai sair de um crescimento medíocre<br />
entre 1.8% e 2%”, ressalva.<br />
EM <strong>2019</strong>, O SETOR<br />
MANTEVE SUAS<br />
CONTRATAÇÕES E ENCERROU O<br />
MÊS DE SETEMBRO COM<br />
307.688 PESSOAS,<br />
EQUIVALENTE A 6.900 NOVOS<br />
POSTOS SOBRE DEZEMBRO DE<br />
2018<br />
52 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
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DEZEMBRO <strong>2019</strong> 53
MADEIRA TRATADA<br />
CIDADE<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Fotos: divulgação<br />
CAPITAL DA PROVÍNCIA<br />
BRITÂNICA CANADENSE,<br />
MUNICÍPIO REVITALIZOU<br />
ESPAÇO URBANO COM<br />
PARKLETS SUSTENTÁVEIS E<br />
CONSTRUÍDOS A PARTIR<br />
DA MADEIRA<br />
54 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
Aprefeitura de Victoria, localizada ao<br />
sul da Ilha de Vancouver, no Canadá,<br />
tinha um grande problema em mãos:<br />
ocupar regiões periféricas da cidade de<br />
forma barata e eficaz, com o intuito de<br />
atrair pedestres e turistas a esses locais. A solução<br />
encontrada pelo departamento de urbanismo foi criar<br />
parklets espalhados pela cidade de maneira temporária,<br />
para criar o que a gestão pública chamou de<br />
oásis urbanos, que oferecem um espaço livre para o<br />
convívio da população.<br />
As construções fazem parte de uma iniciativa mais<br />
ampla de recuperar espaços auto-orientados para<br />
explorar um ambiente nascente - e crescente - focado<br />
em pedestres, projeto esse já desenvolvido em outras<br />
regiões do país.<br />
Desde a recente decisão de Seattle de avançar<br />
em direção a “ruas inteligentes”, até uma iniciativa<br />
semelhante de parklet ao longo da John Street, a mudança<br />
em Victoria passa por esses espaços nos corredores<br />
urbanos das ruas. Para entender melhor o lado<br />
experimental do parklet de Victoria, a revista Urban<br />
Territories entrevistou o ciclista Peter Jacobsen, mo-<br />
A CONSTRUÇÃO<br />
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DEZEMBRO <strong>2019</strong> 55
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LAURENN BORGES DE MACEDO<br />
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />
VINICIUS BORGES DE MOURA AQUINO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />
ANDERSON RENATO VOBORNIK WOLENSKI<br />
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA<br />
ANDRÉ LUIS CHRISTOFORO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />
FRANCISCO ANTONIO ROCCO LAHR<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />
58 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
RESUMO<br />
O<br />
uso de painéis de madeira tem ganhado<br />
destaque na indústria da construção<br />
civil. Os painéis MDP não atingem<br />
requisitos estruturais, ao contrário<br />
dos painéis OSB e compensado. Uma<br />
alternativa a fim de aprimorar o uso de painéis de<br />
partículas de madeira consiste no reforço desses com<br />
lâminas de madeira (painéis híbridos). Esta pesquisa<br />
objetivou avaliar o potencial de uso de painéis híbridos<br />
fabricados com partículas e lâminas de madeira<br />
de Pinus sp e com resina poliuretana bicomponente à<br />
base de óleo de mamona, obedecendo à norma Abnt<br />
NBR 14810-2.<br />
Os resultados das propriedades físicas e mecânicas<br />
foram comparados com os requisitos normativos<br />
para painéis OSB (EN 300) e compensados (DIN<br />
68792), e também com os resultados de painéis comerciais<br />
OSB e compensado. Os painéis híbridos<br />
atenderam os requisitos normativos para painéis<br />
comerciais OSB e compensado, indicados para uso<br />
estrutural. A análise estatística indicou a superioridade<br />
das propriedades físicas e mecânica dos painéis<br />
híbridos quando comparados com os resultados dos<br />
painéis OSB e compensado comerciais, resultado<br />
esse também justificado pelo uso da resina à base de<br />
mamona.<br />
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 59
60 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
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DEZEMBRO <strong>2019</strong> 61
62 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
DEZEMBRO <strong>2019</strong> 63
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AGENDA<br />
2020<br />
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FEVEREIRO<br />
6 A 8<br />
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1 A 3<br />
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MARÇO<br />
1 A 4<br />
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LOCAL: XANGAI (CHINA)<br />
WWW.EASTCHINAFAIR.ORG<br />
MARÇO<br />
10 A 13<br />
FIMMA MADERALIA<br />
LOCAL: VALENCIA (ESPANHA)<br />
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COM<br />
MARÇO<br />
16 A 19<br />
MOVELSUL<br />
LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS)<br />
WWW.MOVELSUL.COM.BR<br />
ABRIL<br />
14 A 16<br />
FIEMA<br />
LOCAL: BENTO GONÇALVES (RS)<br />
WWW.FIEMA.COM.BR<br />
64 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
Viramos a página de mais um<br />
ano e com ela a certeza de<br />
que levamos as principais<br />
notícias do setor<br />
Feliz 2020
ESPAÇO ABERTO<br />
BANCO CENTRAL:<br />
MENOS INTERFERÊNCIA, MAIS ESTABILIDADE<br />
O<br />
objetivo principal do Banco Central é a<br />
estabilidade econômica. Do ponto de<br />
vista dos consumidores, a estabilidade<br />
econômica é fundamental pois, se os<br />
preços crescem de modo abrupto, há<br />
perda do poder de compra das famílias.<br />
Ou seja, como o reajuste dos salários acontece<br />
uma vez por ano, se os preços crescerem diariamente<br />
e de modo rápido, as famílias passarão a comprar<br />
menos produtos que nos meses anteriores, já que o<br />
salário não acompanha o reajuste mensal dos preços<br />
mensurados pelos índices de inflação. Para as<br />
empresas, o aumento dos preços pode reduzir a demanda<br />
e levar à geração de estoques ou queda das<br />
vendas, acarretando na demissão de funcionários.<br />
Com a recente recessão de 2015 e 2016, houve<br />
aumento do nível de desemprego - justamente<br />
quando a meta de inflação, que era de 4,5% ao ano,<br />
alcançou 10,75% ao ano. Os resultados são perceptíveis<br />
até os dias atuais: desemprego elevado, redução<br />
do consumo e taxas de crescimento econômico<br />
extremamente baixas. A condução de política monetária,<br />
à época da crise, não foi capaz de controlar<br />
a inflação que há anos não chegava na casa de dois<br />
dígitos. Na verdade, a condução das políticas levou<br />
à essa situação.<br />
Assim, se o Banco Central se torna refém das<br />
políticas econômicas adotadas pelo governo, pode<br />
deixar de lado o principal objetivo, que é a estabilidade<br />
econômica - e, com isso, gerar resultados de<br />
SE O BANCO CENTRAL SE<br />
TORNA REFÉM DAS<br />
POLÍTICAS ECONÔMICAS<br />
ADOTADAS PELO GOVERNO, PODE<br />
DEIXAR DE LADO O PRINCIPAL<br />
OBJETIVO, QUE É A ESTABILIDADE<br />
ECONÔMICA<br />
POR<br />
GIOVANNA MIRANDA MENDES<br />
DOUTORA EM ECONOMIA APLICADA E<br />
PROFESSORA DO CURSO DE ECONOMIA DA<br />
UNIVERSIDADE POSITIVO<br />
alta de inflação e desemprego como nos anos recentes.<br />
Dessa forma, quando se debate sobre a independência<br />
do Banco Central, volta-se à discussão<br />
sobre a importância da instituição na estabilidade<br />
econômica.<br />
Essa discussão tem se tornado mais frequente<br />
desde a década de 1990, principalmente com a<br />
criação da União Europeia e por parte da atuação<br />
do Banco Central dos EUA (Estados Unidos da<br />
América) - o FED (Federal Reserve). Ela parte da<br />
própria evolução dos Bancos Centrais, como o Banco<br />
Central Inglês, criado ainda no século XVII. Com<br />
o tempo, os bancos centrais foram deixando de<br />
atuar como bancos comerciais para reduzir o impacto<br />
sobre a inflação e, também, por serem bastante<br />
próximos dos governos, pois eram utilizados principalmente<br />
para financiar os gastos públicos.<br />
Autores favoráveis à independência mostram<br />
que se a política monetária é considerada crível e há<br />
credibilidade do Banco Central, há melhora nas expectativas<br />
dos agentes. Além disso, há estudos que<br />
tratam da relação entre a independência do Banco<br />
Central e a taxa de inflação, que mostram que quanto<br />
maior a independência deste, menores serão as<br />
taxas de inflação.<br />
Há também a análise da rotatividade do presidente<br />
do Banco Central, que resulta na maior independência<br />
do Banco - embora haja indícios de que<br />
um presidente pode ficar mais tempo no cargo para<br />
ser subserviente às decisões do governo. Dessa forma,<br />
o atual projeto também estabelece mandatos<br />
não coincidentes de 4 anos com o mandato de presidente,<br />
evitando que as decisões de política monetária<br />
sejam influenciadas pelo governo.<br />
Há que se esperar as alterações do projeto, se<br />
aprovado. Mas, ao que tudo indica, pode-se esperar<br />
maior credibilidade do Banco Central e menor interferência<br />
do governo na sua condução, sendo uma<br />
medida bastante positiva e há muito esperada pelo<br />
mercado.<br />
66 referenciaindustrial.com.br DEZEMBRO <strong>2019</strong>
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