*Novembro/2019 - Referência Florestal 213
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MANEJO Etnias indígenas de Mato Grosso lutam para conseguir tirar da floresta o seu próprio sustento<br />
ALTA PERFORMANCE<br />
EMPRESA SE DESTACA POR OFERECER<br />
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM TODO<br />
PROCESSO DE COLHEITA DA MADEIRA<br />
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PERFORMANCE<br />
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Novembro <strong>2019</strong><br />
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SUMÁRIO<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />
48<br />
INOVAÇÃO,<br />
CUSTOMIZAÇÃO<br />
E REPOSIÇÃO<br />
10 Editorial<br />
12 Cartas<br />
14 Bastidores<br />
16 Coluna Ivan Tomaselli<br />
18 Notas<br />
30 Sustentabilidade<br />
32 Frases<br />
34 Artigo<br />
38 Entrevista<br />
48 Principal<br />
54 Economia<br />
60 Espécie<br />
64 Prêmio<br />
76 Pesquisa<br />
80 Agenda<br />
82 Espaço Aberto<br />
54<br />
64<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
09 Agroceres<br />
13 BKT<br />
15 Carrocerias Bachiega<br />
45 Codornada <strong>Florestal</strong><br />
77 Combate <strong>Florestal</strong><br />
84 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
04 Emex<br />
27 Engeforest<br />
21 Envimat<br />
06 Grupo AIZ<br />
57 J de Souza<br />
11 Komatsu Forest<br />
59 Log Max<br />
43 Manos Implementos<br />
25 MSC Cargo<br />
75 Mill Indústrias<br />
79 Mill Indústrias<br />
29 Raptor <strong>Florestal</strong><br />
41 Recapadora Taquarense<br />
31 Rotary-Ax<br />
63 Rotor Equipamentos<br />
23 Sergomel<br />
47 Show <strong>Florestal</strong><br />
83 TMO<br />
33 Unibrás<br />
37 Vantec<br />
17 West Rock<br />
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das infestações: na tecnologia embarcada, no capital humano e na<br />
expertise gerencial das operações de controle.
EDITORIAL<br />
Destaques<br />
do ano<br />
Sucesso é a palavra que traduz bem o que significa o PRÊMIO<br />
REFERÊNCIA. Em mais uma edição do evento a JOTA EDITORA<br />
homenageou as empresas que se destacaram no ramo florestal e madeireiro.<br />
O presente foi um prêmio de reconhecimento pelo trabalho<br />
que realizaram ao longo do ano. Prêmio este ofertado pelas revistas<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL, INDUSTRIAL, PRODUTOS DE MADEIRA, CE-<br />
LULOSE E PAPEL E BIOMAIS. Além da cobertura completa do evento,<br />
nesta edição você vai descobrir a solução de um constante desafio na<br />
cadeia produtiva da madeira, que é equacionar redução de tempo,<br />
produtividade, segurança e agilidade, apresentando uma nova aposta<br />
que garante mudanças no setor: a customização de máquinas e equipamentos.<br />
Já a entrevista desta edição será com o diretor-geral do<br />
SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), Valdir Colatto, que vai nos explicar<br />
como o órgão trabalha para a preservação das florestas nativas, especialmente<br />
por meio da concessão florestal. Tenha uma ótima leitura!<br />
HIGHLIGHTS OF THE YEAR<br />
Success is the word that translates well what the Prêmio <strong>Referência</strong><br />
means. At this year’s event, the Jota Group honored the companies that<br />
stood out in the forestry and timber business. The award was a recognition<br />
for the work they performed throughout the year. This is an award<br />
offered by the magazines REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong>, REFERÊNCIA Industrial,<br />
Produtos de Madeira, CELULOSE e PAPEL, and BIOMAIS. In addition<br />
to the complete coverage of the event, in this issue you will discover<br />
the solution of a constant challenge in the processed timber productive<br />
chain, which is to equate reduction of time, and increased productivity,<br />
security, and agility, presenting a new bet that ensures changes in the<br />
Sector: machinery and equipment customization. The interview in this<br />
issue is with Valdir Colatto, Director General of the Brazilian Forest Service<br />
who will explain to us how the agency works for the preservation of<br />
native forests, especially through forest concessions. Pleasant reading!<br />
2<br />
A segurança que o seu desafio<br />
será cumprido e produtivo.<br />
Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />
A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />
fazendo o seu investimento render muito mais!<br />
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19 3802.2742<br />
Entrevista com<br />
Valdir Colatto<br />
DENISCIMAF.com<br />
1<br />
A capa deste mês é destaque<br />
o equipamento do Grupo AIZ<br />
Madeira de<br />
uva-do-japão<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXI • N°<strong>213</strong> • Novembro <strong>2019</strong><br />
MANEJO Etnias indígenas de Mato Grosso lutam para conseguir tirar da floresta o seu próprio sustento<br />
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PERFORMANCE<br />
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PROCESSO DE COLHEITA DA MADEIRA<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXI - EDIÇÃO <strong>213</strong> - NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Ivan Tomaselli<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Fabiano Mendes<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriel Santos Ferreira<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Cartunista / Cartunist<br />
Francis Ortolan<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Supervisão - Cassiele Ferreira<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
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CARTAS<br />
INOVAÇÃO Brasil sedia congresso mundial de pesquisa florestal<br />
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Capa da Edição 212 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de outubro de <strong>2019</strong><br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
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Ano XXI • N°212 • Outubro <strong>2019</strong><br />
EXPORTAÇÃO<br />
Por Lucas de Souza Kos - Curitiba (PR)<br />
Conhecia a Revista da época que estava na graduação e agora voltei a ser<br />
leitor novamente. Está sempre atualizada, abrindo nossos horizontes como<br />
a matéria sobre comercialização de pinus no exterior que eu desconhecia<br />
NOVO ASSINANTE<br />
Por Paulo Roberto Lima - Joinville (SC)<br />
Assinei há pouco tempo e achei super interessante a Revista,<br />
especialmente para quem é do setor, pois traz muita informação útil,<br />
novidades e deixam os profissionais bem atualizados com materiais<br />
que não estão na internet. Achei bem completa<br />
ÓTIMO CONTEÚDO<br />
Por Luiz Rocha - Montes Claros (MG)<br />
Parabéns a Revista que sempre traz um conteúdo sério e<br />
completo! Quem atua no setor precisa ler para não ficar fora<br />
das rodas de conversa<br />
E-mails, críticas e<br />
sugestões podem ser<br />
enviados para redação<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />
respeito de reportagem produzida<br />
pelo veículo.<br />
DESENVOLVIMENTO DO INTERIOR<br />
Por Lindomar Mendonça - Paranaguá (PR)<br />
Bem detalhada a matéria sobre o terminal de celulose no Porto de Paranaguá<br />
(PR) da penúltima edição. A novidade gera muita esperança para a economia<br />
local, em vários setores<br />
INFORMAÇÃO<br />
Por Sérgio Souza - Ponta Grossa (PR)<br />
São muito interessantes os artigos<br />
científicos publicados na Revista,<br />
assim conseguimos ter acesso à<br />
pesquisas sérias e ainda há uma valorização<br />
dos estudos realizados nas<br />
universidades<br />
Foto: REFERÊNCIA Foto: divulgação Foto: divulgação<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
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Revista<br />
PRESENÇA VIP<br />
Com destaque na capa da Revista REFERÊNCIA deste<br />
mês, os representantes do Grupo AIZ, estiveram na<br />
sede da JOTA EDITORA para acompanhar de perto a<br />
produção e edicão de novembro.<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
Na foto: Fábio Machado, diretor comercial da JOTA<br />
EDITORA, junto com Éder Cavalcanti e Marco Antonio,<br />
do Grupo AIZ<br />
PREPARANDO A CAPA<br />
A REFÊRENCIA FLORESTAL foi até a sede do Grupo<br />
AIZ, em São José dos Pinhais (PR), para fazer a<br />
preparação da foto para a capa desta edição.<br />
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COLUNA<br />
AUMENTO NA OFERTA<br />
DE MADEIRA AFETOU OS<br />
PREÇOS INTERNACIONAIS DE<br />
PRODUTOS FLORESTAIS<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
O preço do compensado, madeira serrada,<br />
celulose e outros produtos tiveram uma<br />
queda de 30% ou uma porcentagem até<br />
superior<br />
Desde 2012<br />
diversos países<br />
da Europa têm<br />
aumentado<br />
o volume<br />
de colheita<br />
para atender<br />
à crescente<br />
demanda de<br />
madeira do<br />
segmento de<br />
produtos em<br />
madeira sólida<br />
D<br />
urante este ano os preços de<br />
produtos florestais no mercado<br />
internacional declinaram.<br />
O preço do compensado,<br />
madeira serrada, celulose e<br />
outros produtos tiveram uma queda de 30%<br />
ou até mais. Diversas razões são citadas por<br />
especialistas em mercado, mas existe uma<br />
concordância sobre a dificuldade de explicar<br />
uma queda tão acentuada em um período<br />
tão curto.<br />
A guerra comercial entre os Estados<br />
Unidos e a China, a redução da expectativa<br />
do crescimento da economia mundial,<br />
especialmente da Europa, a expectativa de<br />
crescimento recente da oferta de produtos<br />
de madeira, especialmente de celulose, estão<br />
na lista de possíveis razões para a queda<br />
no preço.<br />
No entanto talvez o maior impacto seja<br />
o aumento ao longo dos últimos cinco anos<br />
ou mais, na oferta de madeira em tora em<br />
algumas regiões, particularmente na Europa<br />
e nos países que compõe a CIS (Commonwealth<br />
Independent States).<br />
Desde 2012 diversos países da Europa<br />
têm aumentado o volume de colheita para<br />
atender à crescente demanda de madeira,<br />
particularmente do segmento de produtos<br />
madeira sólida. De 2014 até 2018 o consumo<br />
de toras para serraria e painéis de madeira<br />
cresceu cerca de 10%. Alguns países, como<br />
a Finlândia, produziu, em 2018, aproximadamente<br />
60 milhões de m3 (metros cúbicos)<br />
de toras, um aumento de 22% em relação ao<br />
volume de 2013.<br />
O maior salto no consumo de toras na<br />
Finlândia ocorreu de 2017 para 2018, resultado<br />
do aumento na demanda de madeira<br />
para produção de serrados e celulose. A Po-<br />
Foto: divulgação<br />
lônia também aumentou o volume de colheita<br />
atendendo a maior demanda de madeira<br />
em toras para exportação.<br />
Além do aumento na colheita para atender<br />
a demanda interna ou para exportar,<br />
alguns países da Europa central tiveram suas<br />
florestas afetadas por desastres naturais,<br />
incluindo tempestades e ataque de insetos.<br />
Entre estes países estão a Áustria, República<br />
Checa, França, Alemanha, Itália, Eslováquia e<br />
Suíça. Estima-se que nos últimos dois anos,<br />
em função destes desastres naturais, entre<br />
110 e 140 milhões de m3 de madeira tenham<br />
sido afetados. Este volume representa mais<br />
de 25% do consumo anual de toras na Europa<br />
e está sendo ofertado no mercado preços<br />
mais baixos.<br />
Os países que compõe a CIS também<br />
aumentaram a produção de madeira em<br />
toras. Em 2018, o volume de toras aumentou<br />
12%, atingindo nestes países uma produção<br />
de 245 milhões de m3. O principal aumento<br />
ocorreu na Rússia, particularmente na Sibéria<br />
e extremo leste, e uma grande parte das<br />
toras são destinadas ao mercado internacional.<br />
Outros países da região, como a Bielo<br />
Rússia e Ucraína, também incrementaram a<br />
produção de madeira em toras.<br />
Parece claro que o crescimento da oferta<br />
de madeira em toras e a expansão da indústria<br />
florestal, principalmente na Europa,<br />
mas também na Rússia, que vem ocorrendo<br />
nos últimos 5 anos, é a principal razão para<br />
a queda nos preços internacionais. O mercado<br />
buscará um equilíbrio, mas é provável<br />
que o equilíbrio seja atingido em um menor<br />
patamar de preços. É, portanto, importante<br />
que a indústria florestal brasileira continue a<br />
investir para assegurar a competitividade no<br />
mercado internacional.<br />
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NOTAS<br />
Aplicativo para contagem<br />
de madeira<br />
Criado nos EUA (Estados Unidos da América), o aplicativo<br />
CountThings, usado para automatizar a contagem de madeira,<br />
chegou ao Brasil neste mês. Disponível para windows, iOS e<br />
android, o aplicativo tem versões gratuitas, com limitações de<br />
funções, e outras duas versões pagas, com valores entre U$<br />
100 e U$ 500 por mês. Com a tecnologia de Visão Computacional<br />
e Machine Learning, o aplicativo consegue reconhecer<br />
o que é uma madeira, contá-la e diferenciá-la de outras espécies<br />
por meio de fotos e vídeos. O usuário precisa “ensinar”<br />
o aplicativo a fazer o reconhecimento. Isso é feito da seguinte<br />
forma: após selecionar ou capturar a foto (ou o vídeo) que<br />
deseja contar, o usuário escolhe o template adequado (por<br />
exemplo, a espécie de madeira) e então clica no botão contar.<br />
Em questão de segundos o software conta cada madeira da<br />
foto ou vídeo, etiqueta-o com um número para que possa ser<br />
feita uma verificação e, caso desejado, o total de madeiras<br />
naquela foto ou vídeo. O aplicativo conta com mais de 300<br />
modelos de contagem. No Brasil, a empresa de softwares<br />
L2VM é a representante oficial do aplicativo e fornece toda a<br />
assistência necessária em português, pelo mesmo preço dos<br />
EUA.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Setor atinge US$ 7,8 bi<br />
em exportações<br />
Os produtos da indústria de base florestal<br />
chegaram a US$ 7,8 bilhões em comercializações<br />
com outros países. A celulose totalizou<br />
US$ 6 bilhões, enquanto o papel somou US$ 1,5<br />
bilhão e painéis de madeira US$ 197 milhões.<br />
Os dados foram divulgados pela IBÁ (Indústria<br />
Brasileira de Árvores). O saldo da balança comercial<br />
do setor atingiu US$ 6,9 bilhões (-2,8%).<br />
A representatividade da balança do setor avançou<br />
e somou 4,6% do total das exportações brasileiras.<br />
De janeiro a setembro, a China seguiu<br />
como principal mercado da celulose brasileira,<br />
adquirindo US$ 2,6 bilhões do produto. A América<br />
Latina, por sua vez, é o destino com maior<br />
negociação para painéis de madeira (US$ 125<br />
milhões) e papel (US$ 880 milhões).<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
Madeira amazônica em<br />
instrumentos musicais<br />
Extrair o elemento menos perceptivo, aos olhos do cotidiano, que a madeira pode<br />
oferecer: o som. Essa é a missão da Oela (Oficina Escola de Lutheria da Amazônia), localizada<br />
na periferia de Manaus (AM), que constrói instrumentos musicais e prepara jovens<br />
luthiers para o mercado de trabalho. Pioneira no Brasil, a organização sem fins lucrativos<br />
é uma referência no mundo, atraindo olhares até de autoridades como o Príncipe<br />
Charles, por usar espécies diferentes de madeiras, inclusive usando opções que estão em<br />
extinção.<br />
Com 19 anos com a certificação do FSC® (Florest Stewardship Council®), concedida<br />
por adotar o uso exclusivo de madeira oriunda de manejo florestal<br />
certificado para construção de violões, a Oela tem como<br />
matéria-prima madeiras amazônicas para produção de violões.<br />
É necessário ressaltar, que a alternativa não é considerada<br />
substituição da madeira comumente usada na construção de<br />
instrumentos.<br />
Para produzir o violão, a Oela utiliza espécies variadas. Para<br />
a produção do fundo lateral do instrumento é usado o Tauari,<br />
encontrada apenas no Amazonas, Rondônia e Pará e em partes<br />
do Amapá. Para a o tampo do instrumento é utilizado a marupá;<br />
já a produção do braço conta com o breu branco; e, por fim,<br />
a produção da escala conta com o coração de negro.<br />
Todos os instrumentos são construídos artesanalmente pelos<br />
alunos do curso técnico de luteria, orientados por um professor<br />
luthier. Os violões produzidos em sala de aula ficam para<br />
a própria escola utilizar nas aulas de musicalização oferecidas,<br />
gratuitamente, no local. A produção em escala para venda não<br />
é o foco do projeto, mas o público externo pode encomendar<br />
um violão com valor entre R$ 2 mil e até R$ 20 mil.<br />
O trabalho diferenciado tem atraído pessoas de várias partes<br />
do mundo. No último mês de setembro, a família Salzmann<br />
saiu de Vestfália, na Alemanha, para tirar férias no Brasil e<br />
incluiu o Amazonas no roteiro somente para conhecer a Oela. O<br />
pastor Stefan e seus filhos Jacob, 19, Nora, 17 e Sophie, 11, visitaram<br />
a sede do projeto e testaram os instrumentos musicais<br />
pelo luthier e educador Diego Freitas. “Achei muito interessante.<br />
A gente sente o espírito desta instituição. Desenvolver um<br />
projeto desses é ótimo. Imagino que para os alunos é importantíssimo<br />
na vida deles”, acredita Salzmann.<br />
Em 2015, a Oela obteve o certificado de reconhecimento<br />
pelo MEC (Ministério da Educação) como uma das organizações<br />
que promovem a inovação e a criatividade no ensino de base<br />
do país. Ao longo de toda trajetória o projeto, que hoje conta<br />
com o patrocínio do governo federal e Basa (Banco da Amazônia),<br />
além do apoio institucional da Brazil Foundation e Instituto<br />
Coca-Cola Brasil, entre os apoios técnicos, já formou, aproximadamente,<br />
dois mil e trezentos alunos. Mais informações no site:<br />
www.oela.org.br<br />
Fotos: divulgação<br />
Novembro <strong>2019</strong><br />
19
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Plataforma ajuda o<br />
reflorestamento<br />
Com sede em Barcelona, a plataforma Tree-Nation usa<br />
sua própria tecnologia para facilitar o plantio de árvores e o<br />
reflorestamento do planeta. A plataforma tem mais de 300<br />
espécies de árvores disponíveis, possibilitando que pessoas<br />
e empresas participem de projetos de reflorestamento em<br />
todo o mundo. A cada árvore plantada também é atribuída<br />
uma URL, que permite o monitoramento diário de seu<br />
crescimento ou seus níveis de compensação de CO2 (Gás<br />
Carbônico), entre outros dados, além da possibilidade de<br />
presentear outra pessoa se desejado. A plataforma também<br />
oferece às empresas uma ferramenta para vincular o plantio<br />
de árvores com seus objetivos de desempenho, vendas ou<br />
serviço, como parte de iniciativas de marketing ou sustentabilidade.<br />
Atualmente, possui 70 projetos de plantações<br />
localizados em 33 países, nos quais mais de 118 mil cidadãos<br />
e 1.500 empresas já participaram e continuam a crescer graças<br />
à colaboração da população para reflorestar a superfície<br />
terrestre.<br />
Produção florestal impulsiona<br />
PIB no Paraná<br />
O PIB (Produto Interno Bruto)<br />
paranaense cresceu 1,1% no segundo<br />
trimestre de <strong>2019</strong>, relativamente ao<br />
imediatamente anterior, de acordo com<br />
os dados dessazonalizados do Ipardes<br />
(Instituto Paranaense de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social). O resultado foi<br />
favorecido pelo desempenho de agropecuária<br />
(produção florestal e pecuária) e<br />
indústria (fabricação de veículos automotores).<br />
Indicadores mensais confirmam<br />
a melhora no ritmo de crescimento da<br />
economia estadual – o Ibcr (PR) expandiu<br />
1,4% no trimestre encerrado em agosto,<br />
ante retração de 0,1% no finalizado em<br />
maio, segundo dados dessazonalizados.<br />
Foto: divulgação<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
www.envimat.com.br
NOTAS<br />
Sinaflor é finalista<br />
em Prêmio<br />
O Sinaflor (Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos<br />
Florestais) do Ibama está entre os sete finalistas do Prêmio de<br />
E-GOV (Excelência em Governo Eletrônico) – <strong>2019</strong>. Permanecem<br />
na disputa com o Instituto os projetos: Inss Digital, do Distrito<br />
Federal; o MG APP (Mobilidade na Prestação de Serviços Públicos)<br />
do Estado de Minas Gerais; o PIÁ (Paraná Inteligência Artificial);<br />
o Programa de Saúde Ambiental Digital, de Pernambuco; o Sefaz<br />
Virtual, do Rio Grande do Sul; e o SOS-Chuva (Sistema de Observação<br />
e Previsão de Tempo Severo), de São Paulo. Antes de ganhar<br />
a atenção dos avaliadores do Prêmio E-GOV, o Sinaflor já havia<br />
despertado o interesse de organismos internacionais. Por meio<br />
do Projeto Mecanismos e Redes de Transferência de Tecnologia<br />
Relacionadas às Mudanças Climáticas na América Latina e no Caribe,<br />
o Sinaflor inspirou o desenvolvimento do sistema de controle<br />
e monitoramento da cadeia produtiva da madeira no Suriname.<br />
Em Washington, analistas do Ibama responsáveis pelo desenvolvimento<br />
do Sinaflor, apresentaram o sistema a países membros<br />
do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) durante o<br />
seminário Greengov, atraindo interesses para parcerias e acordos<br />
de cooperação.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgacão Coca-Cola<br />
Homeopatia<br />
como<br />
repelente<br />
Um repelente natural contra os insetos<br />
de plantação do guaraná da Amazônia fez<br />
aumentar em 137% a quantidade de frutos<br />
recolhidos de um só pé. Nos municípios de<br />
Urucará e Maués, no Amazonas, produtores<br />
usam um preparado homeopático com a “essência<br />
da formiga” para afastar pregas como<br />
Trips e afastar, sem eliminar, formigas Tachi e Taracuá que atacam até 100% das plantações, principalmente, no período de<br />
floração. Ao notarem que nos locais onde havia formigas, a quantidade de tripes era menor, os produtores criaram uma<br />
solução, a partir da assistência técnica da Coca-Cola Brasil para a contratação de uma empresa especializada, a Homeopatia<br />
Brasil, e desde 2016 utilizam nas árvores. De lá para cá, foi observado uma melhora nos cachos de guaraná que usaram<br />
a alternativa, que estão mais vistosos e dando mais resultados aos produtores. Antes do repelente, a média de colheita de<br />
um produtor era 130g (gramas) de guaraná. Hoje o guaranazeiro saí da colheita com 4 a 5 kg (quilos).<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Movimentação<br />
financeira<br />
Foto: divulgação<br />
A inclusão dos barco-hotéis no Cadastur<br />
(Cadastro de Prestadores de Serviços<br />
Turísticos) do Ministério do Turismo deve<br />
impulsionar a economia nas regiões norte<br />
e centro-oeste. É o que prevê o secretário<br />
Nacional de Desenvolvimento e Competitividade<br />
do Turismo do Ministério do<br />
Turismo, Aluizer Malab, que acompanhado<br />
pelo governador do Amazonas, Wilson<br />
Lima e pelo presidente da Associação dos<br />
Operadores de Barcos de Turismo, Leonardo<br />
Leão, lançou a nova tipologia, no<br />
início de novembro em Manaus (AM). De<br />
acordo com Malab, a medida vai alavancar<br />
a ocupação turística, em primeiro plano,<br />
o comércio e também a fabricação de embarcações<br />
de madeira, que incluem toda uma cadeia de produção. Os barco-hotéis são popularmente conhecidos no norte<br />
e centro-oeste do país. O passeio é procurado por amantes da pesca esportiva, do ecoturismo ou também por visitantes<br />
que buscam paz em meio à natureza. O Estado do Amazonas, por exemplo, recebe cerca de 30 mil turistas por temporada<br />
de pesca, o que gera uma movimentação financeira estimada em mais de R$ 100 milhões.<br />
Norma de desempenho<br />
em canal de internet<br />
O Grupo de Trabalho da Comissão de Estudo<br />
de Revisão da Norma de Desempenho (Abnt/CE –<br />
002:136.001) está realizando transmissões ao vivo<br />
das reuniões para avaliar as propostas para revisão<br />
da norma Abnt NBR 15575. Exibidos pelo Canal da<br />
Cbic no youtube, os vídeos ficam disponíveis para<br />
acesso ao final da exibição. A primeira reunião, que<br />
ocorreu no dia 13 de novembro, teve como pautas<br />
as propostas para revisão dos requisitos de desempenho<br />
térmico, lumínico e acústico. As principais<br />
alterações relacionadas ao desempenho térmico<br />
visam a harmonização com a Abnt NBR 15220 –<br />
parte 3 (Transmitância Térmica e Capacidade Térmica) e alinhamento com o Procel (Programa Brasileiro de Eficiência<br />
Energética). Já quanto ao desempenho lumínico, serão revistos conceitos, requisitos e critérios de iluminação natural e a<br />
definição dos pontos de medição em ambientes compostos. No item acústica, o objetivo é encontrar a melhor definição<br />
do enquadramento nas zonas de ruído e propor a eliminação das medições de campo, exceto quando existirem evidentes<br />
problemas de execução.<br />
Imagem: reprodução<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Norma técnica para sistema<br />
construtivo de casas com madeira<br />
segue para consulta pública<br />
Para a Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente), a<br />
expectativa é de que com a publicação<br />
da norma será possível gerar<br />
escala de negócios para o uso da<br />
madeira na construção civil.<br />
A Comissão de Estudos da Abnt<br />
(Associação Brasileira de Normas<br />
Técnicas) que trabalhou durante<br />
três anos no desenvolvimento<br />
do texto para a normalização do<br />
sistema construtivo wood frame,<br />
construções que utilizam perfis e<br />
painéis de madeira, aprovou por<br />
consenso o texto que seguirá para<br />
consulta nacional. Na avaliação<br />
da Abimci, que acompanhou<br />
todo o processo e tem liderado o<br />
desenvolvimento dessa e de outras<br />
frentes sobre o uso da madeira<br />
na construção civil no país, é um<br />
passo importante para que, em<br />
breve, o modelo construtivo esteja<br />
normalizado. Com isso, a expectativa<br />
é aumentar o consumo per<br />
capita de madeira no mercado<br />
interno, principalmente, em virtude da crescente demanda habitacional brasileira.<br />
Com a participação de muitos interessados no tema, a comissão contou com a contribuição de profissionais que se dividiram<br />
em quatro grupos de trabalhos: materiais, projetos, execução e desempenho. O objetivo foi envolver construtores, fornecedores,<br />
universidades, laboratórios, agente financiador, entre outros, para que todos pudessem contribuir e construir uma norma<br />
adequada a realidade brasileira.<br />
A partir da publicação da norma, segundo a Abimci, programas habitacionais do governo e outros agentes financeiros poderão<br />
incluir em suas linhas de crédito essa nova opção de construção, gerando, assim, escala de negócios para os produtos de<br />
madeira. Além dos perfis e painéis de madeira, o sistema permite o uso de madeira serrada, decks, portas, pisos, estruturas para<br />
a cobertura, entre outros produtos.<br />
Foto: divulgação<br />
PRÓXIMOS PASSOS<br />
Após o debate e consenso entre os participantes da comissão de estudos, o Projeto de Norma é submetido à consulta<br />
nacional. Nessa etapa, realizada pela internet, qualquer interessado pode enviar comentários e sugestões, visando a aprovação<br />
ou não do texto. Terminado o prazo da consulta, todos os comentários, que devem ter embasamento técnico, são analisados e<br />
respondidos pela Comissão de Estudo responsável. Todos os interessados que se manifestaram durante o processo de consulta<br />
nacional são convidados a participar de reunião, a fim de deliberar, por consenso, se este Projeto de Norma deve ser aprovado<br />
como Documento Técnico Abnt. Com isso, o texto é homologado e publicado pela Abnt. As Normas Brasileiras em vigor ficam<br />
disponíveis para consulta no Abnt Catálogo (www.abntcatalogo.com.br).<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: REFERÊNCIA<br />
NOTAS<br />
<strong>Florestal</strong> semiautônoma<br />
do Brasil<br />
Durante a 11ª edição da Reunião de Filiadas<br />
do Pcmaf (Programa Cooperativo sobre Mecanização<br />
e Automação <strong>Florestal</strong>) do Ipef, realizada<br />
nas áreas da Suzano, em Três Lagoas (MS), um<br />
dos destaques foi a visita em campo da operação<br />
de plantio e irrigação realizada com a<br />
inédita plantadora semiautônoma de mudas de<br />
eucalipto. O equipamento apresentado planta<br />
e irriga três linhas por vez, de forma semiautônoma,<br />
em espaçamento de plantio de 3m ou<br />
3,5m (metros) entre linhas. O deslocamento da<br />
plantadora é controlado por piloto automático,<br />
utilizando os dados georeferenciados gerados<br />
no preparo de solo. O posicionamento das mudas<br />
é registrado por um outro sistema de alta<br />
precisão que poderá ser adotado para as operações<br />
florestais subsequentes.<br />
ALTA<br />
INDÚSTRIA TEM CRESCIMENTO EM 10<br />
DOS 15 LOCAIS PESQUISADOS<br />
A produção industrial teve crescimento em 10 dos<br />
15 locais pesquisados em setembro, segundo pesquisa<br />
divulgada recentemente, pelo Ibge (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística). Dentre os locais<br />
que apresentaram melhor desempenho estão: Bahia<br />
(4,3%), região nordeste (3,3%) e Rio Grande do Sul<br />
(2,9%). Completam a lista de alta no setor: Espírito<br />
Santo (2,5%), Minas Gerais (2,4%), Pernambuco (2,3%),<br />
Santa Catarina (2,1%), Mato Grosso (2,0%), Paraná<br />
(1,3%) e Ceará (0,2%). Comparado com setembro de<br />
2018, a produção industrial teve um crescimento de<br />
1,1%, destaque para o Amazonas que apresentou alta<br />
de 16,7% no período, seguido de Paraná (7,4%), Rio de<br />
Janeiro (7,0%), Santa Catarina (5,2%), São Paulo (3,6%)<br />
e Goiás (1,6%).<br />
NOVEMBRO <strong>2019</strong><br />
INCÊNDIOS NA AUSTRÁLIA SÃO<br />
CAUSADOS DE FORMA PROPOSITAL<br />
Parece inacreditável, mas a razão dos incêndios que<br />
devastam a costa leste da Austrália foi um australiano<br />
que tinha como objetivo proteger sua plantação<br />
de maconha. Quatro pessoas morreram e 300 casas<br />
foram destruídas pelas chamas, que devastaram mais<br />
de um milhão de hectares nos últimos dias. De acordo<br />
com a polícia do país, o homem de 51 anos foi acusado<br />
de iniciar de maneira intencional os incêndios ao atear<br />
fogo em um ponto da cidade de Ebor, em Nova Gales<br />
do sul, em uma tentativa de proteger sua plantação de<br />
maconha.<br />
BAIXA<br />
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SUSTENTABILIDADE<br />
Foto: divulgação<br />
Índios querem<br />
trabalhar e<br />
promover o próprio<br />
SUSTENTO<br />
Etnias do Mato Grosso conseguem liberação para plantar<br />
soja e agora aguardam a liberação para a extração da<br />
madeira no sistema manejo sustentável<br />
C<br />
ontrariados com a proibição de cultivo mecanizado<br />
em terras indígenas, índios de três etnias solicitaram<br />
a autorização do Ibama (Instituto Brasileiro<br />
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />
Renováveis) para o plantio de soja. A permissão<br />
veio por meio de uma medida cautelar fornecida pelo órgão<br />
que prevê também a assinatura oficial, ainda em processo de<br />
liberação, do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), fornecido<br />
tanto pelo Ibama quanto pelo Ministério Público e pela<br />
Funai (Fundação Nacional do Índio).<br />
O plantio ocorre em Mato Grosso pelas etnias Paresi, Manoki<br />
e Nambikwara que, atualmente, utilizam 1,7% da área<br />
total de 1,5 milhão de hectares da reserva para a agricultura e<br />
têm como expectativa de produtividade a superação, em média,<br />
de mais de 60 sacas por hectare. “Nós mesmos estamos<br />
fazendo a gestão e indo buscar a viabilidade para que a gente<br />
possa sair da informalidade”, comemora Ronaldo Zokezomaike,<br />
presidente da Coopihanama, cooperativa da nação Paresi, responsável<br />
pela gestão administrativa e operacional da produção,<br />
em entrevista ao site Canal Rural.<br />
Segundo o coordenador de projetos da Coopihanama,<br />
Arnaldo Zunizakaê, os indígenas estão à espera pelo licenciamento<br />
há cerca de 6 anos, quando iniciaram as plantações. “O<br />
órgão responsável até então não tinha dado nenhum encaminhamento<br />
nesse sentido de regularizar a atividade”, lamenta.<br />
De acordo com Ronaldo Zokezomaike, os projetos de<br />
cultivo estão localizados em pontos estratégicos, longe de<br />
nascentes, de áreas de caça e de ocorrência de frutas com o<br />
objetivo de manter a área sem plantação preservada. “É muito<br />
importante a sociedade saber que é um projeto sério, bem planejado,<br />
respeitando a questão ambiental, que é o nosso maior<br />
patrimônio”, afirma.<br />
O plantio é realizado apenas com cultivares convencionais,<br />
já que o cultivo de transgênicos na aldeia permanece proibido.<br />
Apesar de a soja ser o carro-chefe da propriedade, ela vai perder<br />
mais da metade do espaço para culturas de segunda safra,<br />
como feijão e milho, ocupando neste ano cerca de 3.500 ha<br />
(hectares).<br />
De acordo o engenheiro agrônomo da aldeia, Lúcio Avelino<br />
Ozanazokaese, o motivo é o alto custo de produção da leguminosa.<br />
“Por ser uma soja convencional, exige muito manejo,<br />
então estamos reduzindo 70%-80% da área em que estamos<br />
trabalhando”, conta em entrevista recente.<br />
TRADIÇÃO<br />
A agricultura foi introduzida na reserva Paresi há quase<br />
duas décadas. O faturamento anual, de quase R$ 6 milhões,<br />
transformou a situação da aldeia, que já foi de miséria. Segundo<br />
o coordenador de projetos, a atividade trouxe muitos<br />
benefícios para a comunidade. “As aldeias Paresis hoje são<br />
totalmente diferentes de muitas..os índios que moram no cerrado<br />
Paresi são alguns dos que têm a vida mais digna”, compara<br />
Arnaldo Zunizakaê.<br />
O presidente da cooperativa afirma que só emprega indígenas.<br />
“Através da agricultura, nós conseguimos suprir todas<br />
as necessidades e carências na questão social, como alto índice<br />
de desnutrição e alto êxodo de pessoas indígenas em busca de<br />
trabalho lá fora”, aponta.<br />
Agora o próximo passo é a liberação para a exploração da<br />
floresta no sistema de manejo sustentável.<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação<br />
FRASES<br />
Em termos gerais, o grupo de medidas<br />
que o governo tomou até agora na<br />
agenda econômica vem ajudando a que<br />
tenhamos um ambiente macroeconômico<br />
saudável. Bem expresso na taxa cambial<br />
e na inflação, que são dois indicadores<br />
muito importantes, talvez a gente não<br />
tenha vivido uma situação análoga nos<br />
últimos 40, 50 anos. Provavelmente nós<br />
nunca estivemos em uma situação em<br />
que as condições macroeconômicas se<br />
aproximavam de uma favorabilidade<br />
como a atual<br />
Dan Ioschpe, presidente do Iedi (Instituto para Estudos do<br />
Desenvolvimento Industrial), em entrevista à imprensa brasileira<br />
“Diante da necessidade de obter<br />
mais madeira, o que restava passou<br />
a ser preservado e também se<br />
começou a plantar árvores para<br />
atender a essa demanda de forma<br />
planejada (...) Os últimos 200 anos<br />
da Europa são uma história de<br />
florestamento”<br />
“Não podemos vencer a luta contra<br />
as mudanças climáticas sem parar<br />
o desmatamento. Precisamos<br />
plantar 4 bilhões de árvores por<br />
ano, nos próximos 10 anos, apenas<br />
para reverter o desmatamento que<br />
causamos na última década”<br />
Annemarie Bastrup-Birk, especialista em florestas da<br />
EEA (Agência Ambiental Europeia), em entrevista à<br />
BBC, falando como a Europa equilibrou economia e<br />
sustentabilidade na cadeia madeireira<br />
Maxime Renaudin, fundador e diretor da<br />
Tree-Nation<br />
“Identificar diferentes ações vão permitir que os Estados<br />
amazônicos transformem o interesse global sobre o futuro<br />
da floresta amazônica em fontes de financiamento que<br />
possam gerar mais emprego e renda e também contribuir<br />
para a redução do desmatamento e dos incêndios<br />
florestais”<br />
Virgílio Viana, superintendente<br />
da FAS (Fundação Amazonas<br />
Sustentável), em discurso<br />
durante a primeira Cúpula dos<br />
Governadores dos Estados da<br />
Pan-Amazônia, no Vaticano<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
Não permita que as<br />
formigas cortem seu<br />
lucro e produtividade<br />
www.unibras.com.br<br />
O controle está em suas mãos!<br />
0800 18 3000
ARTIGO<br />
Floresta Amazônica<br />
NEGÓCIO OU RELIGIÃO<br />
Por: Waldemar Vieira Lopes<br />
Fotos: divulgação<br />
Lastimável, prosperarem argumentos falaciosos implantados<br />
na mídia do Brasil e do mundo quanto à<br />
extinção de nossas florestas, recurso renovável abundante<br />
no país e, guindado a uma situação de constrangimento<br />
pelo avanço da ideologia ambientalista<br />
como fator inibidor ao processo de desenvolvimento econômico<br />
do país, prejudicando inclusive, a necessária e correta proteção<br />
ao meio ambiente.<br />
O efeito colateral é o aumento da atividade ilegal e predatória,<br />
cujo desserviço é fomentado por uma rede de organizações<br />
que objetivam restringir implantação de obras de infraestrutura,<br />
perfeitamente sintonizados com agendas externas, fazendo<br />
dessa Suposta Proteção Ambiental, fator decisório e ordenador<br />
das atividades econômicas, agindo com o objetivo geopolítico<br />
de inviabilizar a transformação do país em grande potência, contando<br />
com grandes aportes financeiros e utilizando táticas de<br />
guerra psicológica, operando com enorme desenvoltura através<br />
da mídia, jamais no campo de batalha técnico, trazendo para<br />
suas fileiras pessoas do meio político, artístico e intelectual,<br />
agindo como mercadores do caos e marqueteiros de interesses<br />
que não o do Brasil, aplaudidos no grande circo ambiental, dando<br />
sustentabilidade a um sem números de falácias.<br />
Cabe aos bons brasileiros contraporem inverdades implantadas<br />
por essa corrente “neo-ambiental”, identificando quem<br />
as alimenta financeiramente, pois esse turismo ecológico com<br />
suas táticas de guerrilha, colocação de textos e mais textos em<br />
jornais, propagandas na mídia televisiva e no rádio, certamente<br />
tem custos estratosféricos.<br />
Descompromissados com os problemas advindos dos absurdos<br />
que encontram eco em mentes pouco analíticas, vendem<br />
a imagem de um país sem governo, de um sistema de controle<br />
ambiental incompetente, de um país que tem uma fábrica de<br />
desastres ambientais e transporta-os para o mundo inteiro.<br />
Ora Cara Pálida, empresário madeireiro algum tem como<br />
objetivo dizimar a floresta, fonte de matéria-prima necessária à<br />
perenidade do negócio florestal, sendo seu verdadeiro e legítimo<br />
guardião, pois dela depende seu futuro e bem manejadas as<br />
árvores durarão para sempre, bastando que seja reconhecido o<br />
seu valor e sua importância como meio de vida para um mundo<br />
em transição.<br />
Esse país é feito por gente pacata e de boa índole, pois em<br />
nenhum outro lugar do mundo alguém conseguiria emplacar<br />
um discurso de engessamento de um produto reconhecidamente<br />
renovável e de suma importância para o equilíbrio da sua<br />
balança comercial.<br />
Diariamente se tem acesso a pareceres contra qualquer iniciativa<br />
de desenvolvimento, principalmente na Amazônia, erroneamente<br />
eleita como santuário intocável, em uma visão muito<br />
parecida com a da Índia, na adoração do boi ou da vaca.<br />
A madeira é o material de construção mais antigo empregado<br />
pelo homem, podendo ser obtido em grandes quantidades<br />
já que suas reservas se renovam por si mesmas, tornando o<br />
material permanentemente disponível, desde que explorado e<br />
industrializado de forma racional.<br />
A madeira é que permitirá à região amazônica a evolução a<br />
que tem direito, o crescimento da qualidade de vida e do poder<br />
aquisitivo do seu povo, pois não há como fazer manejo sustentado<br />
de uma mina de ferro, de uma exploração de cimento ou<br />
de uma jazida de petróleo, que uma vez esgotadas, esgotadas<br />
estão e os danos ambientais estão feitos.<br />
A sobrevivência da Amazônia é função de sua utilização<br />
inovadora e não do seu isolamento como possibilidade de produção,<br />
progresso e renda, com arranjos produtivos que levem<br />
em conta o capital natural, compatibilizando o uso através de<br />
tecnologia atualizada e visão holística, maximizando retorno e<br />
minimizando impactos, pois é sabido que inexiste evolução com<br />
impacto zero.<br />
Urge melhorar a gestão dessa heterogeneidade que congre-<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
Novembro <strong>2019</strong> 35
36 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
Luta pela<br />
preservação<br />
da floresta<br />
NATIVA<br />
Struggle to preserve<br />
native forests<br />
O<br />
ano de <strong>2019</strong> vem sendo um dos mais emblemáticos<br />
para o setor florestal brasileiro. Na contramão<br />
das questões político-ideológicas que acaloraram<br />
as discussões e em nada contribuíram<br />
no combate sobre desmatamento e preservação das florestas,<br />
o trabalho das instituições que defendem o manejo sustentável<br />
se destacou de maneira importante. Entre eles está o SFB<br />
(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), que vem desempenhando significativo<br />
trabalho em prol da preservação das florestas nativas,<br />
especialmente por meio da concessão florestal. O diretor-geral<br />
do órgão, Valdir Colatto, conversou com exclusividade com a<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL durante o XXV Congresso Mundial do<br />
Iufro, realizado pela primeira vez na América Latina, que também<br />
representou um marco para o setor florestal brasileiro.<br />
ENTREVISTA<br />
Valdir<br />
Colatto<br />
Foto: Ana Nascimento<br />
T<br />
he year <strong>2019</strong> has been one of the most emblematic<br />
for the Brazilian Forest Sector. Contrary to<br />
the political-ideological issues that have led to<br />
heated discussions and contributed in no way to<br />
combating deforestation and forest preservation, the work of<br />
institutions that advocate sustainable management stood out.<br />
Amongst these is the Brazilian Forest Service, which has been<br />
doing significant work in the preservation of native forests,<br />
mainly through the implementation of forest concessions. Valdir<br />
Colatto, Executive Director of the Agency, spoke exclusively with<br />
REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> during the 25th Iufro World Congress (International<br />
Union of Forest Research Organizations), held for the<br />
first time in Latin America, which also represented a milestone in<br />
the Brazilian Forest Sector.<br />
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />
15 de outubro de 1949, Lagoa Vermelha (RS)<br />
October 15, 1949, Lagoa Vermelha (RS)<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Diretor-geral do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro)<br />
Executive Director of the Brazilian Forest Service<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Agronomia<br />
Agronomy<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
Novembro <strong>2019</strong> 39
40 www.referenciaflorestal.com.br
PNEUS E RECAPAGENS<br />
TRADIÇÃO E TECNOLOGIA RODAM JUNTAS<br />
Reformas de pneus florestais,<br />
agrícolas e de transporte<br />
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A Codornada <strong>Florestal</strong> está<br />
de volta em sua 13ª Edição!<br />
O evento promove o ponto de encontro do<br />
setor florestal, através de um jantar voltado<br />
às empresas e profissionais do setor de base:<br />
madeireira, florestal e de celulose.<br />
04 E 05 DE DEZEMBR0 DE <strong>2019</strong><br />
Ponte Alta do Norte - SC<br />
1º DIA<br />
04/12<br />
DIA DE CAMPO<br />
2º DIA<br />
05/12<br />
MANHÃ - SEMINÁRIO<br />
TARDE - EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS<br />
NOITE - JANTAR<br />
AÇÃO SOCIAL<br />
Natal das Crianças de Ponte Alta do Norte<br />
Cada convidado: Doar 2 brinquedos<br />
(uma para menino/outro para menina)<br />
Informações: 49 9 9157.6365 I 41 9 9924.7071 /cordornadaflorestal<br />
Apoio:<br />
Realização:
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A FEIRA DA<br />
INDÚSTRIA<br />
DO EUCALIPTO<br />
O Show <strong>Florestal</strong> MS é a nova feira florestal nacional, que<br />
vem para impulsionar o crescimento do mercado industrial<br />
de florestas plantadas, promover inovação e gerar negócios.<br />
A cidade de Três Lagoas em Mato Grosso do Sul, vai receber<br />
um novo conceito de feira em 2020, com:<br />
info@malinovski.com.br<br />
www.showflorestal.com.br<br />
Organização:<br />
Apoio Master:<br />
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INOVAÇÃO,<br />
CUSTOMIZAÇÃO<br />
E REPOSIÇÃO<br />
Fotos: Fabiano Mendes<br />
Implementos florestais com fabricação nacional e peças de<br />
reposição multimarca estão entre as apostas para 2020 por<br />
unirem projetos personalizados e agilidade na manutenção<br />
Innovation, customization, and spare parts<br />
Nationally manufactured forest equipment and multi-brand spare<br />
parts are amongst the gambles for 2020, through putting together<br />
customized designs with agile maintenance<br />
E<br />
quacionar redução de tempo e produtividade nas<br />
operações em ambientes naturais é um desafio na<br />
cadeia produtiva da madeira. Uma oportunidade é a<br />
fabricação nacional e a customização de máquinas e<br />
equipamentos, bem como, a disponibilidade de peças.<br />
A cultura de importar implementos florestais no Brasil tem se<br />
alterado bastante nos últimos anos. As mudanças climáticas, o ritmo<br />
de produção e as oscilações do mercado exigem respostas rápidas<br />
da indústria da madeira. “Hoje a customização de um equipamento<br />
feita no Brasil, desde o projeto até a entrega final, dura, em média, 60<br />
dias. Somente uma máquina ou peça, vinda da Europa para o Brasil,<br />
pode levar de 60 a 90 dias. Depois disso, ainda vai para adaptação.<br />
É muito tempo para um mercado de produtos que não pode parar”,<br />
destaca Ronaldo Fernandes, engenheiro da AIZM - AIZ Machines,<br />
empresa integrante do Grupo AIZ.<br />
A fabricação e customização dos equipamentos sob medida, de<br />
acordo com as necessidades do comprador, pode aumentar a produtividade<br />
em até 30%, conforme estudos realizados pelos fabricantes.<br />
“Cada cliente tem uma necessidade e o resultado vai ser específico.<br />
Mas, 90% dos clientes ressaltam que há um salto de produtividade<br />
A<br />
ddressing reducing time and increasing productivity<br />
in operations in natural environments is a challenge<br />
in the forest product chain. One opportunity is the<br />
national manufacture and customization of machinery<br />
and equipment, as well as making spare parts<br />
readily available.<br />
The culture of importing forest equipment in Brazil has changed<br />
a lot over recent years. Climate change, the pace of production, and<br />
market swings require quick responses from the forest product industry.<br />
“Today, customization of a machine made in Brazil, from the<br />
design to the final delivery, takes, on average, 60 days, maximum.<br />
Where for a machine or part, coming from Europe to Brazil, this<br />
can take 60 to 90 days. After that, it still needs to be adapted to<br />
the environment where it will be used. It’s a long time for a market<br />
where production can’t stop,” says Ronaldo Fernandes, an Engineer<br />
at AIZM - AIZ Machines, a company that is part of the AIZ Group.<br />
The manufacture and modification of equipment, custom-made<br />
according to the buyer’s needs, can increase productivity by up<br />
to 30%, according to studies conducted by manufacturers. “Each<br />
customer has a need, and the result has to be specific. But 90% of<br />
Novembro <strong>2019</strong><br />
49
Novembro <strong>2019</strong> 51
52 www.referenciaflorestal.com.br
Novembro <strong>2019</strong> 53
ECONOMIA<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Bahia: uma região<br />
promissora para<br />
A CADEIA DA<br />
MADEIRA<br />
Com o quarto lugar no ranking nacional de plantações florestais,<br />
Estado ainda não produz (e processa) a madeira plantada<br />
suficiente para atender a demanda estadual<br />
Fotos: Fabiano Mendes<br />
Novembro <strong>2019</strong><br />
55
ECONOMIA<br />
C<br />
om 657 mil hectares de plantações florestais,<br />
com expressiva presença de plantios<br />
de eucalipto (94% do total), a Bahia ocupa<br />
o quarto lugar no ranking nacional do<br />
setor e tem uma indústria de base florestal<br />
estadual diversificada, com 636 empresas que atuam<br />
na indústria celulose e papel, na indústria de madeira e<br />
na indústria de material energético. O cenário positivo<br />
ainda é insuficiente para atender todas as necessidades<br />
da região.<br />
“A Bahia ainda não produz (e processa) a madeira<br />
plantada suficiente para atender a demanda do estado<br />
e muito disso se dá pela falta de conhecimento sobre o<br />
setor. Trabalhamos, inclusive, para a inclusão dos pequenos<br />
e médios produtores e processadores de madeira<br />
para uso múltiplo, visando o atendimento da demanda<br />
por móveis, peças e partes de madeira na Bahia - hoje<br />
atendida, na sua maior parte, por outros estados brasileiros;<br />
além de geração de energia”, informa Wilson<br />
Andrade, diretor executivo da Abaf (Associação Baiana<br />
das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>).<br />
Para ele, é urgente o tema. Isso porque o setor tem<br />
sido historicamente um dos principais da economia<br />
baiana. Em 2018, o setor foi responsável por 18,4% do<br />
total das exportações do estado. Os produtos da sua<br />
cadeia produtiva somaram mais de US$ 1,62 bilhão nas<br />
As empresas associadas da<br />
Abaf estimam que, para o<br />
período entre <strong>2019</strong> e 2024,<br />
serão investidos mais de R$<br />
2 bilhões no setor de base<br />
florestal<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
EQUIPAMENTOS O RIGOR DA<br />
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58 www.referenciaflorestal.com.br
COMUNICADO<br />
A Log Max AB, tradicional fabricante sueca de cabeçotes<br />
florestais, reforça seu compromisso com o mercado<br />
brasileiro através da sua operação local, a Log Max do<br />
Brasil, desde 2018 com equipe própria de venda,<br />
pós-venda e suporte técnico com dedicação exclusiva<br />
para os cabeçotes Log Max.<br />
Nosso compromisso como fábrica é desenvolver e<br />
produzir cabeçotes simples e versáteis para aplicação em<br />
quaisquer máquinas base, o compromisso da nossa<br />
subsidiária brasileira é atender o mercado florestal local<br />
com dedicação única ao cabeçote, independentemente da<br />
marca da máquina base utilizada.<br />
Importante destacar que, desde 2012, a Log Max AB faz<br />
parte do grupo Komatsu Forest AB, mas a estratégia do<br />
grupo é manter a operação daquela independente, com o<br />
foco exclusivo na sua já consagrada linha de cabeçotes<br />
para aplicação em máquinas base multi-marcas, havendo,<br />
portanto, completa independência entre as marcas.<br />
Log Max do Brasil<br />
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Novembro <strong>2019</strong><br />
59
ESPÉCIE<br />
Propriedades físico-mecânicas<br />
DA MADEIRA DE<br />
UVA-DO-JAPÃO<br />
Foto: divulgação<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
Éverton Hillig<br />
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Engenharia <strong>Florestal</strong><br />
Tiago Digner<br />
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Engenharia <strong>Florestal</strong><br />
Andrea Nogueira Dias<br />
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Departamento de Engenharia <strong>Florestal</strong><br />
Novembro <strong>2019</strong><br />
61
ESPÉCIE<br />
H<br />
ovenia dulcis Thunberg é uma espécie<br />
nativa da China, Coréia do Norte,<br />
Coréia do Sul e Japão, da família<br />
Rhamnaceae, sendo popularmente<br />
conhecida como uva-do-japão. É uma<br />
árvore caducifólia, que normalmente atinge 10 m<br />
(metros) a 15 m de altura e 20 cm (centímetros) a 40<br />
cm de diâmetro a 1,30 m do solo DAP (Diâmetro de<br />
Altura do Peito). O seu tronco normalmente é reto e<br />
cilíndrico, podendo apresentar fuste com até 8 m de<br />
comprimento, ramificação dicotômica, copa globosa<br />
e ampla. Apresenta gemas dormentes, podendo ser<br />
manejada por talhadia (Rigatto et al., 2001).<br />
No Paraná, essa espécie encontra-se em alguns<br />
pequenos plantios experimentais e associadas às<br />
florestas nativas remanescentes, pois se trata de uma<br />
espécie de fácil regeneração (Carvalho, 1994). É uma<br />
espécie que apresenta crescimento rápido, mostrando<br />
grande potencial para produção de matéria-prima de<br />
madeira serrada. (Schumacher et al., 2008) avaliaram<br />
a produção de biomassa de um plantio de H. dulcis<br />
aos 18 anos de idade, na região de Santa Maria, RS, e<br />
É considerada madeira de boa<br />
resistência, medianamente<br />
tenaz e elástica, mas pouco<br />
durável em contato com o<br />
solo e susceptível ao ataque<br />
de fungos<br />
observaram que a biomassa estimada alcançou 181,6<br />
Mg ha-1, sendo 68,6% de madeira, 15,5% de galhos<br />
(vivos e mortos), 11,2% de cascas e 4,7% de folhas.<br />
Eleotério et al. (2012) avaliaram o crescimento<br />
em diâmetro de árvores da mesma espécie na regiãode<br />
Blumenau, SC, verificando que o valor máximo<br />
obtido para IMA (Incremento Médio Anual) e para o<br />
ICA (Incremento Corrente Anual) foi de 1,29 cm e1,43<br />
cm, respectivamente, em árvores com 20 anos. De<br />
acordo com Rigatto et al. (2001), a madeira de H.dulcis<br />
é moderadamente pesada. Seu tronco apresenta<br />
alburno amarelo e cerne castanho-escuro ou vermelho,<br />
com brilho opaco a mediano. É uma madeira<br />
que não tem cheiro, com textura fina homogênea e<br />
grã direita, sendo fácil de trabalhar com ferramentas,<br />
resultando em superfícies lisas e brilhantes. É considerada<br />
madeira de boa resistência, medianamente tenaz<br />
e elástica, mas pouco durável em contato com o solo<br />
e susceptível ao ataque de fungos (Carvalho et al.,<br />
2015; Tomazeli et al., 2015). Susin et al. (2014) avaliaram<br />
a qualidade da madeira de H. dulcis submetida à<br />
secagem ao ar e em estufa solar, sendo que a madeira<br />
não apresentou, em quaisquer dos métodos, redução<br />
na qualidade em função da ocorrência de defeitos.<br />
Segundo Vivian et al. (2010), a indústria madeireira e<br />
moveleira da região de Caxias do Sul (RS) contava com<br />
plantios dessa espécie em pequena escala com bons<br />
resultados. No entanto, são poucas as informações<br />
sobre as formas adequadas de beneficiamento da madeira,<br />
o que é indispensável para seu uso na indústria<br />
moveleira.<br />
Dessa forma, este trabalho teve como objetivo<br />
avaliar as propriedades físico-mecânicas da madeira<br />
de H.dulcis, verificando a variação que ocorre entre<br />
árvores e ao longo do fuste. Foi também determinada<br />
a correlação entre as propriedades mecânicas estudadas<br />
e entre essas e a massa específica da madeira. Foram<br />
colhidas, aleatoriamente, seis árvores de H. dulcis<br />
em remanescentes de floresta natural no Município<br />
de Irati (PR) (25º27’56”S e 50º37’51”W). A região está<br />
situada a uma altitude de aproximadamente 812 m,<br />
apresentando clima tipo Cfb (temperado) de acordo<br />
com a classificação climática de Köppen, com verões<br />
amenos, invernos com ocorrências de geadas severas<br />
e frequentes, sem estação seca (Instituto Agronômico<br />
do Paraná, 2015).<br />
As árvores foram desdobradas em três toras de<br />
3 m cada, marcadas sequencialmente (T1, T2 e T3).<br />
A árvore quatro teve a terceira tora de menor comprimento,<br />
em função de sua altura comercial menor.<br />
De cada tora, foram desdobradas vigas de 6 cm x 6<br />
cm x 100 cm, que foram submetidas a secagem ao ar,<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
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Novembro <strong>2019</strong><br />
63
PRÊMIO<br />
Destaques do setor<br />
florestal brasileiro<br />
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REFERÊNCIA <strong>2019</strong><br />
Fotos: Rosangela Bini<br />
PRÊMIO<br />
2 19<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
s principais empresários e profissionais do setor<br />
florestal de todo o país estiveram presentes na<br />
cerimônia do PRÊMIO REFERÊNCIA, realizada<br />
no final do mês de outubro, em Curitiba (PR),<br />
com assinatura da JOTA EDITORA.<br />
Com 17 anos de tradição, a premiação é uma das mais<br />
respeitadas do Brasil por enaltecer a atuação de empresas<br />
do setor ao longo do ano, como forma de reconhecimento ao<br />
trabalho e ao desenvolvimento do país, considerando também<br />
critérios como empregabilidade, sustentabilidade, valores, cultura<br />
organizacional, inovação, geração de renda, entre outros<br />
quesitos.<br />
O PRÊMIO REFERÊNCIA busca fomentar o mercado, em<br />
toda a cadeia produtiva da madeira: nas florestas, na indústria,<br />
na produção de celulose e de papel, na geração de biomassa e<br />
nos produtos de madeira. Desta maneira, valoriza as empresas<br />
e as organizações do setor que colaboram para que o mercado<br />
brasileiro seja um dos mais desenvolvidos e promissores do<br />
mundo. “Minha gratidão à presença de vocês que dedicaram<br />
um tempo para estarem aqui. Há 21 anos, a REVISTA REFE-<br />
RÊNCIA vem trazendo a informação especializada para o nosso<br />
segmento e sinto orgulho da força da revista impressa”, ressaltou<br />
o diretor comercial da JOTA EDITORA, Fábio Machado.<br />
Em tempos de fake news e da dubiedade de informações<br />
das mídias digitais, Fábio destacou a potência da mídia impressa<br />
especializada no mundo que, cada vez mais, tem um púbico<br />
cativo por ter a credibilidade como valor primordial. “Recentemente,<br />
a Rock Content, maior empresa de conteúdo digital<br />
da América Latina, lançou uma revista impressa, assim como<br />
a Uber e Airbnb, por exemplo. Isso tem ocorrido porque, em<br />
uma pesquisa, foi revelada a dificuldade dessas empresas em<br />
se comunicar com empresários, diretores, investidores, CEO’s,<br />
presidentes de empresas, etc. E esse público-alvo falou que<br />
busca informação na revista segmentada impressa por confiar<br />
nessa fonte de informação”, revelou.<br />
Além da credibilidade e qualidade de conteúdo da mídia<br />
impressa, outro ponto ressaltado pelo diretor executivo da<br />
JOTA EDITORA, Pedro Bartoski Jr., é a comunicação direta que<br />
as empresas passam a ter com público por meio do veículo<br />
impresso. “Muitas vezes o setor empresarial não informa ao<br />
seu público o que está produzindo e desenvolvendo. A revista<br />
é uma ferramenta para as empresas e os profissionais divulgarem<br />
e comunicarem o trabalho realizado em prol do nosso<br />
Brasil. A gente tem orgulho de estar premiando 10 dessas empresas<br />
que pesquisamos e descobrimos como fizeram algo de<br />
muito importante, dentro do nosso segmento, neste ano. Mas<br />
convido a participarem ativamente: divulguem mais as empresas,<br />
porque credibilidade a gente tem de sobra, assim como<br />
vocês, precisamos saber usar mais essa ferramenta”, orientou o<br />
diretor executivo.<br />
Novembro <strong>2019</strong><br />
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PESQUISA<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
Tecnologia maximiza uso<br />
comercial da madeira<br />
DE CORYMBIA<br />
Fotos: divulgação<br />
Estudo inédito aborda o melhoramento para<br />
redução exsudatos (kino) da espécie<br />
como manter O RENDIMENTO<br />
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Novembro <strong>2019</strong><br />
77
PESQUISA<br />
Aavaliação da produção de exsudatos<br />
(kino) trata-se de um assunto ainda<br />
pouco abordado, porém de impacto no<br />
setor florestal, principalmente no que<br />
se refere ao gênero Corymbia. E esse foi<br />
o tema da pesquisa “Melhoramento para redução de<br />
kino em clones híbridos de Corymbia”, defendido pela<br />
estudante de mestrado Michelle Brandão Damacena,<br />
com orientação dos Professores Leonardo Lopes Bhering<br />
(DBG) e Glêison dos Santos (DEF), que apresentou<br />
projeto de tecnologia que maximiza o uso comercial<br />
de espécies do genêro.<br />
De acordo com o estudo, as espécies desse gênero<br />
apresentam diversas características de interesse,<br />
como alta densidade básica, tolerância à maioria das<br />
pragas e patógenos que infectam as espécies do gênero<br />
Eucalyptus. Além disso, possuem também maior<br />
tolerância ao vento, déficit hídrico e ao distúrbio fisiológico.<br />
Porém, as condições estressantes do meio e<br />
lesões físicas estimulam a produção de kino.<br />
A presença de exsudatos na madeira pode reduzir<br />
o crescimento volumétrico e reduzir o rendimento de<br />
celulose desses materiais genéticos durante o processo<br />
de polpação. Para a utilização para carvão vegetal,<br />
maiores estudos ainda precisam ser realizados sobre o<br />
processo de carbonização de materiais genéticos que<br />
apresentam exsudatos de forma pronunciada.<br />
A dissertação apresentou dois capítulos, sendo<br />
que o primeiro teve como objetivo estudar as metodologias<br />
de avaliação da produção de kino e o segundo<br />
selecionar clones visando produtividade e baixo<br />
kino simultaneamente. As metodologias utilizadas no<br />
estudo basearam-se em simular um estresse físico na<br />
planta para estimular a produção de kino (conforme<br />
fotos da matéria).<br />
Segundo a pesquisadora Michelle Brandão, em<br />
entrevista ao site da SIF (Sociedade de Investigações<br />
Florestais), as metodologias estudadas foram eficientes<br />
para a avaliação do kino e para diferenciação dos<br />
clones quanto a formação de exsudatos. “A seleção<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
Novembro <strong>2019</strong><br />
79
AGENDA<br />
AGENDA<strong>2019</strong>/2020<br />
NOVEMBRO<br />
<strong>2019</strong><br />
Imagem: reprodução<br />
ExpoVizinhos <strong>2019</strong><br />
27/11 a 1/12<br />
Dois Vizinhos (PR)<br />
http://expovizinhos.com.br<br />
NOV<br />
<strong>2019</strong><br />
EXPOVIZINHOS <strong>2019</strong><br />
Considerada uma das maiores feiras multissetoriais do<br />
interior do Paraná, a XII Expovizinhos (Feira Agropecuária,<br />
Industrial e Comercial de Dois Vizinhos), reúne<br />
as melhores empresas de agronegócios da região e<br />
atrações musicais.<br />
DEZEMBRO<br />
<strong>2019</strong><br />
Cairo Woodshow<br />
3 a 6<br />
Cairo (Egito)<br />
www.cairowoodshow.com<br />
Simpósio Nacional de Instrumentação<br />
Agropecuária <strong>2019</strong><br />
3 a 5<br />
São Carlos (SP)<br />
www.cnpdia.embrapa.br/siagro<br />
DEZEMBRO<br />
<strong>2019</strong><br />
DEZ<br />
<strong>2019</strong><br />
XXI ENGEMA NA USP<br />
Realizado na Universidade de São Paulo, o Engema (Encontro<br />
Internacional sobre Gestão Ambiental e Meio<br />
Ambiente) é um evento anual com o objetivo de reunir<br />
pesquisadores, docentes e alunos de pós-graduação e<br />
alunos de graduação com projetos de iniciação científica,<br />
profissionais de organizações públicas e privadas,<br />
interessados em conhecer e discutir as tendências na<br />
gestão da sustentabilidade organizacional.<br />
Imagem: reprodução<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA<strong>2019</strong>/2020<br />
DEZEMBRO<br />
<strong>2019</strong><br />
XXI Engema na USP<br />
4 a 6<br />
São Paulo<br />
www.engema.org.br<br />
DEZEMBRO<br />
<strong>2019</strong><br />
Viex - Seminário Socioambiental Eólico<br />
06<br />
Recife (PE)<br />
www.viex-americas.com/eventos/<br />
seminario-socioambiental-eolico<br />
JANEIRO<br />
2020<br />
31ª Show Rural Coopavel<br />
03 a 07<br />
Cascavel (PR)<br />
www.showrural.com.br<br />
Novembro <strong>2019</strong><br />
81
Foto: divulgação<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
Compliance<br />
TRABALHISTA<br />
Por Selma Carloto,<br />
Doutora em Direito do Trabalho, professora<br />
e autora do livro: Compliance Trabalhista<br />
Cultura organizacional<br />
evita futuros gastos e<br />
garante perenidade no meio<br />
empresarial<br />
O<br />
compliance é uma cultura de adequação às normas<br />
legais e regulamentares, que deve partir da alta administração,<br />
é uma meta empresarial. No compliance trabalhista<br />
devemos destacar que a adequação não é apenas<br />
às normas legais e regulamentares, mas também às normas-princípios,<br />
destacando-se os princípios fundamentais previstos na constituição<br />
federal.<br />
O compliance consiste na conformidade com a norma em geral,<br />
legislação, regulamentos e princípios e se concretiza com a ética, idoneidade<br />
e integridade dentro de uma empresa, os quais devem partir da<br />
alta administração como modelo de cultura de compliance.<br />
A empresa tem o dever de zelar pelo meio ambiente de trabalho e<br />
seguir as normas trabalhistas, evitando-se atos discriminatórios, desrespeitos<br />
à jornada de trabalho, assim como salários “por fora”, acidentes<br />
de trabalho e o descumprimento de normas que tratam da proteção à<br />
saúde e à segurança do trabalho. A empresa deve não apenas se adequar<br />
à norma externa, adequando-se à legislação trabalhista, por exemplo,<br />
mas também aos regulamentos internos e os códigos de ética.<br />
O compliance é um dos principais instrumentos de governança<br />
corporativa e a empresa deve estar em compliance possuindo um programa<br />
de integridade com suas ferramentas, para assegurar o cumprimento<br />
da norma, como mecanismo de prevenção de riscos, detectando<br />
de forma preventiva atos ilícitos, além de desvios de conduta de seus<br />
colaboradores, empregados, clientes ou fornecedores.<br />
O compliance trabalhista tem como principais ferramentas os programas<br />
de treinamento e palestras, o consultivo, os regulamentos empresariais<br />
internos trabalhistas, os códigos de ética e de conduta, canais<br />
de denúncia, política de advertências, os registros do cumprimento da<br />
lei, inclusive relatórios e avaliações de desempenho. A Lei Geral de Proteção<br />
de Dados traz uma nova ferramenta de compliance, o relatório de<br />
impacto à proteção de dados pessoais.<br />
Os canais de denúncia são de extrema importância para detectar,<br />
tratar e eliminar práticas de assédio moral e assédio sexual na empresa,<br />
além de agressões e discriminação. Estatísticas comprovam o alto índice<br />
de denúncias e tratamento de assédio moral de forma preventiva, quando<br />
existem os canais de denúncia, evitando-se a reincidência e passivos<br />
para a empresa.<br />
No compliance trabalhista, as empresas devem ter registros de<br />
todos os seus atos, avaliações de desempenho dos seus funcionários e<br />
um regulamento interno, em que serão disciplinadas todas as regras da<br />
empresa decorrentes do seu poder empregatício regulamentar e disciplinar.<br />
É preciso haver punições pelo descumprimento deste documento,<br />
com o objetivo de evitar acidentes de trabalho, o descumprimento da<br />
legislação trabalhista e de princípios, como a não discriminação, além<br />
de práticas de assédio moral e sexual e outros atos ilícitos que tragam<br />
prejuízos para a empresa.<br />
Com um bom programa de compliance trabalhista, em apoio à governança<br />
trabalhista, a empresa logrará o êxito empresarial e demonstrará<br />
a sua adequação às normas, evitando ser penalizada administrativamente<br />
ou no Judiciário. A empresa demonstrará que está adequada a<br />
padrões de integridade, ética e idoneidade, além de garantir sua perenidade<br />
no meio empresarial.<br />
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