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>>> serviços para os 60+
“Algumas companhias já estão em fase avançada
nesse movimento de preparação para o novo cenário,
mas faltam ainda mais investimentos no estudo de
novos produtos que estejam ao alcance de uma maior
parte da camada de mercado 60+”
modelo de medicina focado na doença
para um modelo focado em prevenção.
“Ao envelhecermos, as doenças crônicas
ficam mais evidentes e são as principais
causas de morte. Mas essas doenças
são controláveis quando cuidadas precocemente,
por isso a necessidade de
prevenção, focando no envelhecimento
saudável”, afirma Marina Miragaia,
diretora técnica e médica da Saúde
Concierge.
Sobreviver às rápidas transformações
e demandas crescentes da área da saúde é
um grande desafio. “Se por um lado existe
o benefício individual evidente de viver
por mais tempo com uma doença, por
outro existe o impacto populacional decorrente
da necessidade de uma estrutura
mais robusta e complexa para assistência
à saúde”, aponta a diretora.
Para as operadoras de saúde, existe
o impacto do fenômeno conhecido como
“seleção adversa”, isto é, aqueles com
mais doenças são, de modo geral, os que
mais buscam o sistema de saúde. A equipe
de saúde que monitora pacientes 60+
é um facilitador para ações preventivas e
para minimizar riscos de médio e longo
prazo. “Essas ações contribuem para
uma melhor qualidade de vida, além de
promover o uso adequado dos recursos
disponibilizados mas, atualmente, esse
ideal está longe da realidade do processo
de envelhecimento pelo qual passa a
maior parte da nossa população. Existe,
dessa forma, uma demanda crescente por
equipes que trabalhem na reabilitação,
na redução de danos e na assistência às
intercorrências clínicas”, avalia Marina.
Os dois aposentados possuem planos
de saúde, mas migraram recentemente
para operadora com foco em idosos, em
virtude do atendimento e do preço mais
acessível. “Mudei para o Prevent Senior
por questão de grana, mas estou gostando.
João Gongora
Ligaram para que eu fizesse prevenção,
pediram check-up, fui muito bem atendida,
não tenho do que reclamar”, conta
Maria Virgínia. “Essa operadora focada
na atenção ao idoso tem um atendimento
nota 10. Minha esposa Zeneide, que tem
71 anos, está com um problema de saúde
e utilizando mais, eles monitoram, têm
atendimento preferencial dependendo
do problema de saúde, é muito especial,
estamos contentes com o atendimento”,
completa Celso Luiz.
Novas iniciativas para ir além
Pensar cada vez mais na experiência
e na solução que irão entregar aos seus
clientes é um desafio para as seguradoras
neste novo cenário, uma vez que a relação
entre essas partes será cada vez mais
longínqua. “As seguradoras precisam se
preocupar mais com a conscientização
da real necessidade do acesso aos seus
produtos em todos os perfis de consumidor,
até mesmo aqueles que dispõem de
baixa disponibilização financeira para
contratação de seguros de vida”, aponta
a superintendente da MetLife.
Na área de saúde, é possível avançar
e realizar uma estratificação de risco da
saúde dos colaboradores e beneficiários,
para identificar os fatores de risco para
doenças crônicas, definir protocolos
de atendimento e estabelecer metas de
melhoria de quadros clínicos, segundo
Tatiane Farah, diretora operacional da
Saúde Concierge.
Na visão do corretor de seguros
João Gongora, as seguradoras devem
ter um olhar mais amplo para então se
especializar no segmento, já que a demanda
crescente abre espaço para novos
negócios. “A ampliação dos serviços de
saúde, seguros de vida e previdência
tendo como perspectiva as verdadeiras
necessidades desta crescente parte da população
se faz cada vez mais necessária.
A aproximação das seguradoras com os
segurados nunca foi tão importante para
se ter conhecimento do que realmente é
preciso e criar produtos personalizados.
Para isso, o corretor de seguros é peça-
-chave”, defende.
Renato Pedroso analisa que as seguradoras
devem estar atentas às demandas
das pessoas entre 55 e 65 anos, que
tinham restrições à contratação de produtos
securitários há alguns anos. “Com a
evolução da expectativa de vida e da vida
produtiva, eles devem ter à sua disposição
produtos com melhores taxas e mais
opções de capitais”, diz o presidente da
Previsul. Para Paula Toguchi, “de modo
geral, as seguradoras estão preparadas no
que se refere a coberturas de seus produtos,
mas ainda não estão preparadas para
dar de fato acesso à população como todo
aos seus produtos a um preço acessível”.
Ainda há passos importantes a serem
dados para a evolução desse atendimento.
“Temos um produto que ainda está
para ser regulamentado pela Susep, o
Universal Life, que mescla capital de
risco e acumulação, e que irá contribuir
muito para o contínuo desenvolvimento
do mercado nacional”, afirma Renato
Pedroso. Segundo ele, esse produto, em
especial, auxiliará no planejamento financeiro
das pessoas no longo prazo, já que o
produto de risco com capital decrescente
ao longo do contrato tem foco na evolução
etária das pessoas e o capital de acumulação
servirá para como complementação
de renda quando as pessoas chegarem na
terceira idade.
“Algumas companhias já estão em
fase avançada nesse movimento de preparação
para o novo cenário, mas faltam
ainda mais investimentos no estudo de
novos produtos que estejam ao alcance
de uma maior parte da camada de mercado
60+”, diz o corretor de seguros João
Gongora. “É notório o crescimento da
população idosa no Brasil e no mundo, o
que representa a abertura de um novo horizonte
de negócios para as companhias,
uma oportunidade da qual os ganhadores
serão os que ousarem em criar modelos
de negócio inovadores focados em saúde
e qualidade de vida, ou seja, focados
verdadeiramente nas pessoas”.
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