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Rui e Sandra Carvalho

Os amores verdadeiros nem sempre seguem

um caminho certo. Muitas vezes, antes de se

encontrarem, esses amores deparam-se com

encruzilhadas, tendo de tudo suportar e vencer até

que consigam preencher de flores os caminhos mais

tenebrosos. E, no final, o destino ao qual chegam,

faz com que tudo tenha valido a pena. De certa

forma, é assim parte da história do Rui e da Sandra

Carvalho, um casal de sorriso fácil e sincero, que

encontrou, um no outro, um amor construído de

compreensão, respeito e muita cumplicidade. Com

uma vida recheada de experiências, partilhas e uma

visão muito própria da sociedade, encaram o futuro

com a confiança de quem sabe onde vai e com a

certeza de que, de mãos dadas, saberão sempre

chegar longe.

Francisco Gomes.

gentilmente cedidas pelos entrevistados.

AgradecimentoS: Restaurante do Forte, A Tulipa e Micas Hair Style.

FG: Como é que vocês se conheceram?

SC: Conhecemo-nos no estádio de futebol, quando estávamos a assistir

a um jogo do Nacional na Liga Europa. Recordo que ele estava na

zona dos convidados, a tirar uma cerveja, mas aquilo não estava a funcionar

para ele… Eu ajudei-o e falámos um pouco, mas as situações

não evoluíram muito, até porque o Rui era casado na altura.

RC: A nossa relação não foi algo forçado, nem procurado, mas algo

que se desenrolou naturalmente. Quando nos conhecemos, eu era

casado, mas, no espaço de pouco tempo, os nossos caminhos cruzaram-se

várias vezes. Lembro-me que nos cruzámos no Fórum Madeira,

quando ela passou pelo estabelecimento que eu tinha na altura, e,

mais tarde, na Expo Madeira. Eventualmente, voltamos a nos cruzar,

mas, desta feita, em Lisboa, mas já não estava casado. A partir daí, a

nossa relação passou a desenvolver-se mais e noutros termos, pois

tínhamos maior disponibilidade um para o outro e para pensar num

futuro em conjunto.

FG: Foi fácil apaixonares-te pela Sandra?

RC: Sinceramente, foi. Houve uma ligação natural quando nos conhecemos,

houve uma química entre nós e, se calhar por causa disso,

hoje somos casados. Já estamos juntos há alguns anos, e, hoje, temos

um filho com dois anos.

FG: E como foi integrar a Sandra nessa vida que é tão especial como

é a vida das pessoas ligadas ao mundo do circo e dos espetáculos?

RC: Quando começamos a nossa relação, a Sandra tinha o trabalho

dela e a minha vida não me permitia estar sempre no mesmo sítio.

A juntar a isto, tinha acabado de gerir o meu divórcio, o que, naturalmente,

provocou uma mudança radical na minha vida. Por isso, tivemos

que enfrentar, juntos, várias situações que eram preciso gerir

para conseguirmos aquilo que queríamos, que era estarmos juntos.

As minhas origens estão ligadas ao circo. Por exemplo, os meus pais

e os meus avós sempre foram do circo. Eu, quando decidi ir para o

continente, liguei-me ao negócio dos parques de diversões de circo.

Antes disso, tornei-me proprietário de uma clínica dentária em Odivelas,

que era da minha mãe, que acabaria por trespassar para uma

cadeia de clínicas. Na altura, mantinha algum contacto com a Sandra,

mas não vivíamos juntos. Mas, certo dia, cruzámo-nos quase acidentalmente

no Centro Comercial Colombo, trocámos contactos e continuámos

a falar. Eu tinha que regressar à Madeira, por motivos profissionais,

nomeadamente o Parque de Diversões que estava a gerir

na Praia Formosa, mas convidei-a a vir cá e passámos esses dias juntos.

Dois dias antes dela ter de ir embora decidimos que passaríamos

a morar juntos e assim foi. Aliás, recordo que começámos a morara

juntos no dia 25 de Janeiro de 2013.

SC: O que nós passámos para ficar juntos foi muito intenso. A história

de amor que tínhamos era muito forte e correu tudo muito bem,

pelo que dái resultou o nosso filho e tudo o que temos vindo a construir

em conjunto.

RC: Na altura, eu não me via naquele sistema de casa/trabalho, trabalho/casa.

Pelo contrário, queria que a minha vida fosse algo mais

e algo de diferente, pelo que passei a dedicar-me mais ao circo. Na

altura, fazia a Europa em temporadas com o circo e com o parque de

diversões. Expliquei esta minha vida à Sandra, mas ela adaptou-se

bem, até porque gosta de viajar e gosta de viajar de carro. Ela percebeu,

desde logo, que a vida do circo e dos espetáculos não é turismo,

saber DEZEMBRO 2019

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