Revista Apólice #251
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Ano 25 - nº 251
Fevereiro 2020
>>
>>
Autorregulação: Enquanto o
Governo discute o texto da
MP 905, corretores de seguros
tentam viabilizar a atuação da
sua autorreguladora
Serviços: Empresas de
assistência 24h buscam seu
novo papel no mercado,
com foco na mudança
de comportamento dos
consumidores
JUMORI
Acabando com a
desinformação
O treinamento de capacitação profissional desenvolvido por Rafael
Barbieri (foto) quer combater a falta de preparo técnico na hora de
montar um orçamento de reparação de um veículo sinistrado
editorial
Ano 25 - nº 251
Fevereiro 2020
Esta revista é uma
publicação independente
da Correcta Editora Ltda
e de público dirigido
Diretora de Redação:
Kelly Lubiato - MTB 25933
klubiato@revistaapolice.com.br
Diretor Executivo:
Francisco Pantoja
francisco@revistaapolice.com.br
Estagiária:
Nicole Fraga
nicole@revistaapolice.com.br
Colaboradores:
André Felipe de Lima
Solange Guimarães
Thaís Ruco
Executiva de Negócios:
Graciane Pereira
graciane@revistaapolice.com.br
Diagramação e Arte:
Enza Lofrano
Assinaturas:
Jaqueline Silva
jaqueline@revistaapolice.com.br
Tiragem:
15.000 exemplares
Circulação:
Nacional
Periodicidade:
Mensal
CORRECTA EDITORA LTDA
Administração, Redação e
Publicidade:
CNPJ: 00689066/0001-30
Rua Loefgreen, 1291 - cj. 41
V. Clementino - Cep 04040-031
São Paulo/SP
Tel. (11) 5082-1472 / 5082-2158
Os artigos assinados são de
responsabilidade exclusiva de
seus autores, não representando,
necessariamente, a opinião desta revista.
Acesse nosso site
www.revistaapolice.com.br
Siga nosso
twitter.com/revistaapolice
Curta nosso
Revista Apólice
O começo de um ano
melhor
O mercado de seguros cresceu, em 2019, cerca de 12,1%, segundo
dados consolidados pela Siscorp. Parece que o mercado está
novamente tomando o rumo do crescimento, assim como a economia
brasileira. Em tempos de taxas de juros muito baixas, este número
mostra que o setor está pronto para retomar sua curva ascendente com
força total.
Entretanto, ainda há algumas barreiras a serem transpostas. A
principal delas é a da comunicação com os segurados, para que estes
entendam a real necessidade de contratar a proteção de um seguro.
Não estamos falando da parcela da população que não possui renda
suficiente para adquirir qualquer item fora de sua cesta básica. Há uma
classe média com condições de comprar uma apólice de seguro de
vida, por exemplo, mas que não faz isso por mero desconhecimento.
Portanto, cabe ao mercado oferecer a esta parcela de consumidores
a oportunidade de se proteger. Ninguém melhor para estar à frente
desta ação do que os corretores de seguros. Apesar dos argumentos de
que é possível fazer uma compra direta, quem já teve contato com uma
apólice de seguros (mesmo entendendo do tema) tem dificuldades em
encontrar a melhor opção. Às seguradoras cabe o trabalho de divulgar
a atuação dos corretores de seguros. Para elas, esta é a melhor forma de
trazer para dentro de casa um cliente que já passou por uma análise de
risco e que já sabe do que se trata o contrato.
O Governo Federal entende que esta relação (seguradora-corretorconsumidor)
já está solidificada o suficiente para funcionar sozinha, por
isso, desregulamentou a profissão do corretor de seguros e instituiu
a autorregulação, tema que discutimos nesta edição. Ainda não
sabemos como serão as relações no futuro, mas podemos dizer apenas
que será diferente de como elas são hoje, em virtude do volume de
conhecimento de que toda a cadeia dispõe. Conhecimento é poder,
mas o melhor dos mundos é quando o conhecimento é compartilhado,
fortalecendo todos os elos desta corrente.
Boa leitura!
Diretora de Redação
Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br
3
sumário
5
9
12
16
|
|
|
|
painel
gente
capa
A distribuidora de autopeças Jumori desenvolveu um treinamento
especial para diminuir a insatisfação dos clientes no momento da
reparação dos veículos. A comunicação é usada como arma contra a
desinformação
autorregulação
Uma medida provisória editada em novembro de 2019 determinou
o fim da profissão do corretor de seguros. Além disso, ela passou a
incumbência de fiscalizar a categoria para autoridades autorreguladoras.
Por enquanto, apenas uma funciona no Brasil
12
22
24
|
|
nova marca
Mongeral Aegon Group comemorou 185 anos e aproveitou o evento
para anunciar sua nova marca. Quem participou também teve a
oportunidade de debater as tendências deste mercado em constante
evolução
mudanças
Qual será o destino do seguro DPVAT? Nos últimos meses de 2019 ele
foi revogado, depois reinstituído, teve o valor do prêmio reajustado para
menos. A unanimidade é que ele precisa mudar. A própria seguradora
que administra o consórcio já apresentou propostas para isso,
16
28
29
|
|
centauro-on
Seguradora realizou evento para premiar os corretores que participaram
de sua campanha de incentivo. A programação foi intensa e cheia de
boas surpresas.
vencorr
Chega ao setor de franquias a primeira tech de seguros, que oferece aos
corretores e profissionais a liberdade para atuar em vendas, enquanto o
BackOffice fica por conta da franqueadora
24
30
4
|
assistência
O consumidor mudou e, com isso, as empresas tiveram que buscar
novas formas de chegar até ele, servindo de elo com a seguradora. Para
um cliente multiplataforma é necessário ter atendimento da mesma
forma.
30
painel
• ndiversidade
Grupos promovem conscientização e avanço na carreira
Os três grupos de diversidade da AIG no Brasil
estão trazendo avanços na conscientização
sobre a comunidade LGBTQ +, recrutando
mais profissionais negros para a empresa e
promovendo o avanço das mulheres para
cargos sênior. Juntos, os funcionários da
seguradora estão envolvidos em esforços
para promover uma cultura inclusiva para
todos.
Dos 250 funcionários da companhia, cerca
de 20% (em torno de 50 pessoas) participam
ativamente e de forma voluntária de algum grupo de
diversidade.
O grupo Women@Work (WOW) - Mulheres e Aliados
está focado no empoderamento e desenvolvimento profissional
para as mulheres na seguradora. No ano passado, com o
apoio da área de Recursos Humanos, o grupo iniciou um programa
piloto de mentoria no qual a diretoria da companhia foi
treinada para apoiar dez funcionárias que se voluntariaram
para a atividade. O programa continuará com mais
dez colaboradoras este semestre.
Segundo um estudo de 2016 do Banco Interamericano
de Desenvolvimento e do Instituto
Ethos, as mulheres ocupavam 31,3% dos cargos
de gerente e 13,6% dos cargos executivos
nas 500 maiores empresas brasileiras.
De acordo com o mesmo estudo, enquanto
os negros representam 52,9% da população
brasileira, eles ocupam apenas 6,3% dos cargos
de gerência e somente 4,7% dos cargos executivos.
Já a participação entre o total de trabalhadores é de 35,7%.
O grupo DÆRC (Diversidade Étnico-Racial Consciente)
foi lançado na seguradora em julho de 2019, visando aumentar
o número de profissionais negros na empresa através de uma
variedade de abordagens. O grupo, que já tinha 20 membros e
aliados até o final do ano passado, trabalhou em parceria com
o RH para contratar sete estudantes universitários negros para
estágios de dois anos, que começaram em novembro.
painel
• nsaúde
• ntratamento
Terapia virtual no Brasil
Para acompanhar as integrações digitais, a Care Plus
anunciou o novo programa de telepsicologia, que disponibiliza
psicólogos para terapia online.
O tratamento tem a mesma qualidade e a confiabilidade
de um serviço tradicional, porém com mais conforto, sendo
necessário apenas o usuário ter acesso à internet. Os consultórios
virtuais são seguros e criptografados, além de estarem
disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana.
ANS recebe colaboração das
operadoras de planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar divulgou a
lista dos projetos de Modelos de Remuneração Baseados em
Valor selecionados para acompanhamento, conforme previsto
no edital lançado em agosto de 2019. A ação dá continuidade
aos trabalhos desenvolvidos na fase 3 do Grupo de Trabalho
que trata do tema.
Foram recebidos, entre agosto e outubro de 2019, um
total de 61 projetos, enviados por 40 operadoras de planos de
saúde. Eles foram avaliados e pontuados conforme os critérios
de seleção. Do total de iniciativas recebidas pela entidade, 30
(apresentadas por 21 operadoras) foram aprovadas para fins de
pontuação no IDSS ano-base 2019.
O acompanhamento será realizado remotamente e presencialmente,
tanto através da recepção e da análise de informações,
quanto de visitas “in loco” ao longo do ano deste ano.
“O programa facilita muito a vida do beneficiário, mas
sem perder a qualidade dos serviços presenciais. Esse é mais
um serviço inovador, que garante comodidade e agilidade nas
terapias de curto a longo prazo”, afirma Ricardo Salem, diretor
médico da companhia.
• nresultado
Seguros Gerais: arrecadação sobe 5,2% até novembro
O segmento de Seguros Gerais cresceu 5,2% de janeiro
a novembro de 2019 na comparação com o mesmo período
do ano anterior. Ao todo, o volume de prêmios arrecadados
foi de R$ 67,2 bilhões.
As vendas evoluíram no segmento
de Danos e Responsabilidades
(sem os prêmios do DPVAT)
no acumulado até novembro.
Seguros aeronáuticos tiveram alta
de 31,4%; Responsabilidade Civil
19,4%; e o ramo de Patrimonial no
geral cresceu 11,8%.
O setor segurador, devido
ao desempenho dos seguros de
Pessoas (planos de risco e de
acumulação), continua a exibir tons azuis no ano em termos
de arrecadação. Até novembro de 2019, houve crescimento
de 12,2% comparado ao mesmo período de 2018, elevando
a receita para R$ 243,4 bilhões.
Com o resultado de novembro,
o setor cresce dois dígitos pelo
sexto mês consecutivo.
O desempenho mensal de
novembro foi bastante positivo
também. A arrecadação do
setor de seguros (sem saúde
suplementar e DPVAT) teve crescimento
de 8,2% na comparação
com o mesmo período em 2018,
somando R$ 22,8 bilhões.
6
Sua
está sendo renovada!
painel
• nodontologia
Número de beneficiários pode
chegar a 27,4 mi
O número de beneficiários de planos odontológicos se
manteve estável em novembro do ano passado quando comparado
ao mesmo período em 2018. De acordo com dados da ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar), foram registrados
47.223.963 usuários de planos de saúde no País.
As perspectivas continuam positivas para 2020 e tudo indica
que o segmento continuará crescendo, mantendo a trajetória
dos últimos cinco anos. Segundo o departamento de Economia
do Sinog (Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia
em Grupo), até o fim do ano de 2020, 27,4 milhões de pessoas
contarão com a cobertura de um plano odontológico. O número
é maior que a população da Austrália.
“A conscientização sobre a importância da saúde bucal
tem levado as pessoas a buscarem acesso ao cirurgião-dentista.
Além disso, a segurança de ter uma cobertura ampla, com
profissionais qualificados e com um ticket médio acessível nas
diversas regiões do País, são fatores que despertam o interesse
da população”, afirma Geraldo Almeida Lima, presidente da
entidade.
• nbenefícios
Clube de Vantagens ultrapassa a
marca de 1 milhão de acessos
O Clube de Vantagens Bradesco Seguros, plataforma que
oferece ao segurado descontos em diversos produtos e serviços,
atingiu a marca de um milhão de acessos. Para comemorar esta
conquista, a empresa apresentou novos parceiros, que vão desde
moda masculina, com a Aramis Menswear e a Buckman, passando
pela Case4You, de acessórios para celular, ao Hopi Hari.
As marcas se juntam aos
mais de 400 associados
de diferentes áreas como
viagens, restaurantes, farmácias,
eletrônicos entre
outros.
Para usufruir dos descontos
nos mais de 500
mil produtos e serviços,
não é preciso acumular
pontos nem pagar mais nada. Basta ter um produto da Bradesco
Seguros e se cadastrar no site. O portal também está disponível
para smartphones, por meio do aplicativo da seguradora.
• nlegislação
STJ reafirma que não há abuso
no reajuste por idade no seguro
de vida
O reajuste por idade
em seguro de vida, no
momento da formalização
de nova apólice, não
configura procedimento
abusivo, sendo decorrente
da própria natureza do
contrato.
A decisão é da 4ª Turma
do Superior Tribunal de Justiça, reafirmando entendimento
da corte ao negar pedido de segurados que buscavam a anulação
dos reajustes aplicados por uma seguradora.
Relator do recurso, o ministro Luis Felipe Salomão lembrou
que já houve divergência entre a 3ª e a 4ª Turma do STJ,
sendo que a 3ª Turma considerava abusivo o aumento ao aplicar,
por analogia, a Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998).
No entanto, explicou Salomão, a 3ª Turma, no julgamento
do REsp 1.816.750, aderiu à posição da 4ª Turma, concluindo
pela impossibilidade de dispensar tratamento igual à análise
de eventual abuso das cláusulas que preveem reajuste por faixa
etária em relação a seguro de vida e a planos e seguros de saúde.
• nferiado
Seguro para eventos
durante carnaval
A Chubb interagiu com os corretores
para intensificar a conscientização
da necessidade do seguro
para cobrir riscos associados com
eventos do carnaval. De acordo
com a companhia, as principais
ameaças seriam quedas de estruturas,
atropelamentos, acidentes
envolvendo carros alegóricos,
choques elétricos, danos corporais
em função de tumultos, intoxicação
com alimentos ou bebidas etc.
O esforço de conscientização foi feito junto `as empresas,
clubes e entidades que organizam o carnaval por meio
de blocos de rua, camarotes e bailes em recinto fechado nos
mais variados municípios do país. “O principal objetivo é capacitar
os promotores de eventos a oferecer uma justa indenização
em caso de sinistro, a partir de um modesto investimento em
uma apólice de seguro”, diz Juliana Santos, responsável pela
área de seguros de Entretenimento da seguradora.
8
GENTE
Diretor para o Centro-Oeste
Eduardo Godoi Correa acaba
de assumir a direção do escritório da
Icatu Seguros em Brasília. O executivo,
que atuava como superintendente
de Produtos e Serviços do Sicredi, terá
como desafio ampliar a atuação dos
parceiros atuais e abrir novas frentes
para o desenvolvimento da seguradora
no Centro-Oeste do Brasil.
Mulher de vendas
A Assist Card anunciou a chegada de
Mônica Queiroz como nova diretora comercial
para os mercados de São Paulo,
Rio de Janeiro e Nordeste. A executiva,
que responderá diretamente para Alexandre
Camargo, country manager da
companhia no Brasil, vem para reforçar a
estratégia de crescimento da companhia,
liderando um time de 22 profissionais.
Nova CEO para o Brasil
A Axa no Brasil anunciou Erika Medici com sua
nova CEO. Ela é a segunda mulher a ocupar a liderança
da companhia. Erika substitui a francesa Delphine Maisonneuve
que, em dezembro
passado, foi promovida a CEO
da Axa Next e Chief Innovation
Officer do Grupo.
Erika tem 18 anos de história
no mercado segurador brasileiro.
Desenvolveu sua carreira
na SulAmérica e foi responsável
pela operação de venda da carteira
de grandes riscos para a companhia em 2016. Com
a operação concluída, liderou a transição de negócios,
desde então vem expandindo sua atuação na empresa.
Nos últimos dois anos, a executiva foi vice-presidente
Comercial e Marketing, responsável pela estratégia de
vendas, parcerias e marca da organização.
GENTE
Sindicatos de Seguradoras
elegem novos presidentes
SINDSEG PR/MS
Altevir Dias do Prado foi eleito por unanimidade
como novo presidente do Sindicato das Seguradoras
do Paraná e de Mato Grosso do Sul
(Sindseg – PR/MS). Ele é Superintendente
Executivo da Bradesco
Seguros na Região Sul e vai suceder
o atual presidente, João Gilberto
Possiede, ex-dirigente da Junto Seguros
e figura de renome nacional
que presidiu o Sindicato por mais
de duas décadas.
A data da posse ainda não está marcada mas deverá
ocorrer na primeira semana de março. A chapa vencedora
das eleições tem como vice-presidente, Gustavo
Henrich (Junto Seguros); diretor financeiro, Moacir Abba
de Souza (HDI); 2º diretor financeiro, Leandro Poretti
(Sancor); diretor secretário, João Maria Francisco (Centauro
On). Também foram eleitos membros do Conselho
Fiscal e do Conselho de Representantes junto a Fenaseg.
SINDSEG N/NE
Há mais de 20 anos atuando no segmento de
seguros, Ronaldo Dalcin, superintendente Comercial
Varejo Nordeste da Tokio Marine, foi eleito presidente
do Sindicato das Seguradoras
Norte e Nordeste (Sindseg N/NE)
para o próximo ciclo, referente ao
período de 2020 a 2022. Durante
sua gestão, o executivo buscará
implementar ações para contribuir
com o desenvolvimento do mercado,
especialmente nas regiões
capitaneadas pela entidade.
“A nova gestão será norteada por conceitos baseados
na união e compartilhamento de forças para atuar
no crescimento do mercado segurador. Temos como
meta, também, aumentar a participação da indústria de
seguros no PIB de cada Estado sob nossa responsabilidade.
Há um longo caminho a percorrer, sabemos disso,
mas é nosso compromisso protagonizar essa evolução”,
afirma Dalcin.
SINDSEG SP
As eleições para a nova diretoria
do Sindseg SP (Sindicato das Seguradoras
e Resseguradoras de São
Paulo) foram realizadas no dia 14
de janeiro e foi definido como novo
presidente Rivaldo Leite, diretor
Geral da Porto Seguro Seguros, empresa
na qual atua há 40 anos, onde
construiu uma carreira de destaque
e de intenso relacionamento com os corretores de seguros.
Nos últimos 12 anos o cargo esteve com Mauro Batista.
Eleito em 2007, ele foi reconduzido mais quatro vezes ao
cargo máximo da entidade. Mauro Batista sai da presidência
do Sindseg-SP, mas não se afasta do setor de seguros,
ao qual dedicou toda sua vida profissional, atuando como
executivo e conselheiro de diferentes seguradoras e
entidades, como a Roma Seguros, da qual foi Presidente
Executivo, e da CNseg e da Mapfre, da quais é conselheiro.
Além disso, segue como Presidente do Conselho Superior
da ANSP, Conselheiro da Escola de Negócios e Seguros,
Membro do Conselho de Administração do Instituto São
Paulo contra a Violência, entre outros.
SINDSEG RJ/ES
Antonio Carlos Costa, da HDI Seguros, foi o escolhido
para presidir o Sindseg RJ/ES em 10 de janeiro.
A posse será em 19 de fevereiro, para mandato de dois
anos na função.
Com mais de 35 anos de experiência
no mercado segurador, Antonio
Carlos Costa já ocupou os
cargos de conselheiro fiscal e diretor
no Sindicato e teve passagem
em grandes seguradoras nacionais
e internacionais, atuando em várias
regiões do Brasil. Formado em Administração
de Empresas, com MBA
em Seguros pela PUC-RJ, está há 20 anos na HDI Seguros.
Antes de assumir a diretoria regional RJ/ES, cargo que
ocupa desde 2014, foi diretor regional Norte/Nordeste,
liderando a implantação das filiais nessas regiões.
10
GENTE
Gerente Regional
Com o intuito de impulsionar o crescimento
da companhia no Brasil, a Indra
anunciou a chegada de seu novo Country
Manager, Eduardo Almeida. O executivo
chega para liderar os mais de 8.500 profissionais
que atuam na empresa e com a missão
de consolidar e impulsionar o cenário
positivo da organização no Brasil, país que
hoje é o principal mercado da companhia
na América Latina e que representa cerca
de 35% das receitas na região.
Presidente de capitalização
A Brasilcap tem um
novo presidente: Antônio
Gustavo Matos do Vale.
Aos 68 anos, ele ocupava a
vice-presidência de Gestão
de Pessoas, Suprimentos
e Operações do Banco
do Brasil desde janeiro de
2019. Também foi vice-
-presidente de Tecnologia
do BB entre 2017 e 2018.
O novo presidente, que
assume o cargo no lugar de
Marcelo Farinha, tem como desafio ampliar a visibilidade de produtos
e serviços da empresa, que completa 25 anos de atividades em 2020.
Líder Digital
A Essor Seguros tem um novo gerente
de Desenvolvimento de Negócios e Canais
Digitais, o executivo Roberto Uhl. Com 19
anos de experiência no mercado segurador,
atuando em subscrição de riscos e gestão
de carteiras, desenvolvimento de produtos
e canais digitais, Uhl possui conhecimento
nos segmentos de Property SME, E&O,
MedMal, D&O e RD. O novo colaborador
já passou pelas seguradoras Real Seguros
(atual Tokio Marine), ACE (atual Chubb)
e, por último, Argo.
capa | jumori
Conhecimento
diminui conflito
com clientes
Distribuidora de autopeças atua
junto aos corretores de seguros,
seguradores e prestadores
de serviços para diminuir as
reclamações e contribuir para o
crescimento do seguro auto-popular
12
Rafael Barbieri
Treinamento, treinamento e
treinamento. Esta é a melhor
forma de combater a falta de
conhecimento técnico na área
do seguro de automóveis, principalmente
no momento crítico do sinistro, quando
é necessário fazer um orçamento e ter
conhecimento sobre o conceito geral da
recuperação do veículo e da reposição
das peças a serem utilizadas. Isso abala
o relacionamento com o segurado.
Pensando em todo este processo,
Rafael Barbieri desenvolveu um projeto
para treinar todos os envolvidos, desde
a parte de peritagem das companhias de
seguros, os corretores, os técnicos das
seguradoras e qualquer outro envolvido
que tenha interesse. “Percebemos a total
falta de conhecimento das características
das peças automotivas. As oficinas
não conseguem reportar aos proprietários
dos carros quais são as peculiaridades
de cada caso e o próprio segurado
interpreta que a falta de capacidade não
é da montadora, mas da fornecedora de
peças ou da companhia de seguros”,
avalia Barbieri.
Como exemplo, ele cita alguns modelos
de carros populares das marcas
Fiat, Volks ou Chevrolet. Pelo chassi do
veículo não é possível verificar com exatidão
as peças. Em caso de colisão, após
a abertura do processo orçamentário,
quando o perito está fazendo a vistoria
e a previsão do orçamento, não é possível
identificar com precisão as peças
corretas do carro, porque o catálogo da
montadora não mostra. As oficinas também
não dispõe desta informação, que
demanda uma avaliação mais detalhada
para que seja identificada.
“O TCP – Treinamento e Capacitação
Profissional visa a implementar
soluções inovadoras e sinérgicas no mercado,
levando informações fidedignas a
todos os players, compreendendo as diferenças
e características da abrangência
deste mercado, levando à fidelização do
cliente”, explica Barbieri.
O executivo é um dos co-fundadores
da Jumori Distribuidora de Peças Automotivas,
juntamente com José Costa
Junior. A empresa, que já possui mais
de 25 anos de vida, passou a se dedicar
ao fornecimento de peças originais para
13
>>> jumori
seguradoras há cerca de 10 anos. Neste
período, Barbieri identificou a necessidade
de estreitar a relação com as partes
envolvidas para estabelecer acordos
comerciais mais vantajosos para todos
os players. “Nós temos parcerias com os
fabricantes de peças para as montadoras.
O projeto de treinamento que tocamos
com Porto Seguros, Liberty e Tokio
Marine tem o objetivo de eliminar o problema
na origem”, argumenta Barbieri.
O treinamento pode ser oferecido
para o corretor de seguros, oficinia, securitários
etc. Queremos pegar a cadeia
por completo. Por isso, o treinamento já
foi oferecido para mais de 700 pessoas.
“Nossa atuação é nacional, porque o
projeto está aberto a qualquer região.
14
O TCP
O curso é presencial e é totalmente
elaborado pela Jumori. As seguradoras
interessadas em oferecer o treinamento
a seus colaboradores e corretores disponibilizam
apenas a infraestrutura para a
realização do curso, como local. “Para
atender diferentes empresas, primeiro
estudamos qual é a necessidade do momento
da companhia”, explica o sócio da
Jumori. O treinamento é oferecido em
parceria com as fabricantes das peças
automotivas.
Há outros problemas crônicos, além
do relacionamento entre seguradoras,
oficinas e segurados. Uma falha importante
é a falta de preparo técnico no
momento de elaborar o orçamento. Um
cálculo mal feito acaba gerando todo o
desconforto entre os players.
Barbieri frisa que este projeto vem
defender a proposta da ampliação do
portfólio de peças originais no segmento
de seguro auto. Para isto, é importante
compreender que no mercado original
há singularidades. Portanto, é necessário
preparo e conhecimento técnico
para confrontar diferentes dificuldades,
gerando soluções durante a concepção
de produtos e serviços, ou seja, todas
as condicionantes que determinam a
satisfação do cliente.
“Nos propomos a desenvolver um
software para a parte de gestão orçamentária
para mitigar as falhas causadas
pela falta de conhecimento técnico.
O público alvo serão as seguradoras e
as concessionárias. Esta solução será
um complemento ao treinamento, para
padronizar e arquitetar um sistema para
diminuir a quantidade de falhas”.
Apesar de ter consciência da importância
deste treinamento, as seguradoras
percebem que ainda há um
longo caminho a percorrer. No sinistro
de automóveis há uma demanda muito
grande, porque é uma coisa que leva um
certo tempo para inserir o projeto, fazer
o aceite em várias sucursais e inserir os
parâmetros para todo o Brasil. O projeto
que realizamos na Tokio Marine,
por exemplo, possibilitou um grande
melhora em comparação a outras companhias,
em relação à capacitação dos
profissionais e a à sua capacidade de
entrar em um menor número de confronto
com os clientes. É um processo
lento, mas que demonstra resultados
na melhora da comunicação de forma
quase imediata.
O conhecimento técnico gera praticidade
e domínio do assunto para
quem está elaborando o orçamento.
Comparando com as sucursais que não
participaram do projeto ainda, a melhora
é gritante. “Quando se tem algo que não
é tangível, como a comunicação das
informações, é mais confortante saber
que existe um jeito certo de lidar com o
tema”, afirma Barbieri.
Tendências
Em busca de atrair novos consumidores
para o mercado de seguros de
automóveis, várias modalidades foram
criadas, principalmente com o objetivo
e diminuir o valor dos prêmios. Criado
em abril de 2016 como opção mais
barata para carros antigos, o produto
não encontrou apelo comercial para a
pulverização de sua distribuição.
Preocupada com esta situação, a
Superintendência de Seguros Privados
liberou a utilização de peças recondicionadas
certificadas ou peças novas
originais, mas não genuínas. Desta
forma foi possível baratear o custo de
reparação dos veículos e colocar no
mercado seguros para automóveis até
30% mais baratos.
O seguro auto popular é uma tendência
de mercado. A Susep arquitetou
uma forma a liberar a utilização de outras
peças além das genuínas e originais,
como as recondicionadas. Este projeto
é necessário para a companhia para
municiar seus steakholders com informações
sobre produtos e situações que
podem ferir o relacionamento com este
novo produto de seguros. “Temos que
ter cautela para preparar o profissional
(perito ou corretor) para ter argumentos
para explicar ao proprietário do carro
a que ele está sujeito quando há um
sinistro de automóvel, qual é o tipo de
peça que a companhia vai utilizar no
carro dele etc”.
A falta de preparo pode gerar desgaste
para a imagem da companhia de
seguros.
É importante ressaltar que este projeto
não acarreta em nenhum custo para
as seguradoras ou para os corretores.
Basta eles quererem participar e ampliar
o seu conhecimento.
15
mercado | autorregulação
16
Medida Provisória 905,
de 2019, está sob análise
de comissão mista no
Congresso para tratar o
destino da atividade dos
corretores de seguros e o
modelo de autorregulação
a que serão submetidos,
mas ainda não há consenso
sobre os temas que a
envolvem e prazo para
votação, que expira em abril
André Felipe de Lima
Nada será como antes. Essa premissa
ficou evidente para os corretores de
seguros em novembro do ano passado,
após a publicação da Medida Provisória
(MP) 905/2019, expedida pela Presidência
da República, que destitui a Superintendência
de Seguros Privados (Susep) da incumbência de
regular e fiscalizar a categoria de corretores de
seguros. Uma comissão mista para analisá-la foi
instaurada no Congresso. Resta saber, todavia, se
o que virá após a aprovação do texto da MP será
mesmo saudável para os corretores. O debate,
nesse sentido, apresenta-se polarizado.
A comissão mista recebeu mais de 1800
emendas e a MP tem até 20 de abril para ser
aprovada, caso contrário, perderá a eficácia e
toda discussão sobre a autorregulação dos corretores
inevitavelmente recomeçará do zero. No
momento, o único autorregulador reconhecido
desde 2013 pela Susep é o Instituto Brasileiro de
Autorregulação do Mercado de Corretagem de
Seguros, de Resseguros, de Capitalização e de
Previdência Complementar Aberta (Ibracor), cuja
função primordial é fiscalizar e orientar, porém
jamais multar ou penalizar o corretor.
Mas, afinal, o que muda na vida do corretor de
seguros caso essa MP seja aprovada por deputados
e senadores nos próximos meses? De cara, pode-
-se dizer que a função se mantém inalterada e,
em síntese, que a habilitação e o recadastramento
deixarão de ser responsabilidade da Susep. Isso
traduz menos custos para o profissional e para a
própria autarquia, sugerem alguns especialistas
ouvidos pela Apólice, para os quais a categoria
está amadurecida para atuar em um mercado mais
17
>>> autorregulação
❙❙
Juliana Ribeiro B. Paes, do Ibracor
flexível e sem a tutela da Susep. Hoje,
os corretores representam, aproximadamente,
cerca de 100 mil registros, entre
pessoas físicas e jurídicas.
“Nós defendemos a autorregulação
por entendermos que será de extrema
importância para a sociedade, para o
mercado e em especial para o crescimento
e desenvolvimento do profissional
corretor de seguros. Contudo, precisamos
aprovar um arcabouço regulatório
moderno que institua a autorregulação
na corretagem de seguros com boas
normas éticas e de conduta e notadamente
de respeito aos consumidores e à
lei. A Fenacor é plenamente a favor da
livre associação, porém defende que a
autorregulação deva ser universalizada
e abranger toda a categoria, e não apenas
os profissionais que se associarem
voluntariamente a uma autorreguladora,
pois isso poderia favorecer pessoas
mal intencionadas. Não foi à toa que a
lei complementar 137 instituiu que a
autorreguladora é um órgão auxiliar da
Susep”, assinala o presidente da Fenacor,
Armando Vergilio.
Embora envolvido por algumas controvérsias,
o clamor pela autorregulação
vem de longa data. Não somente pela
redução de custos que proporciona, mas
pela qualificação contínua do profissional
facilitada por ela. Na outra via, a Susep
quer ampliar a eficiência regulatória
em vários níveis do mercado, mas isso
depende fundamentalmente do enxugamento
de custos, e a autorregulação dos
corretores de seguros mostra-se como
uma das chaves dessa engrenagem.
18
“A Susep deixou de regular a categoria
de corretores de seguros, tendo a sua
superintendente, Solange Vieira, afirmado
em eventos públicos que a categoria
está madura para atuar em um ambiente
mais flexível, sem a presença do regulador,
destacando que a autorregulação
trará mais eficiência e liberdade ao setor
de seguros”, posiciona-se a presidente em
exercício do Ibracor, a advogada Juliana
Ribeiro Barreto Paes, que prepara o
terreno para Joaquim Mendanha de Ataídes,
ex-superintendente da Susep, eleito
recentemente para o cargo máximo do
Ibracor. Mendanha aguarda, no entanto,
a homologação da Susep.
Especialista em aspectos regulatórios
do setor de seguros, a advogada Bárbara
Bassani, do escritório TozziniFreire, ressalta
que o Ibracor já se posicionou por
meio de resoluções e cartas, esclarecendo
que os corretores que já estavam autorizados
pela Susep serão aceitos pelo Instituto.
“Para aqueles que desejarem se tornar
corretores e que não têm a autorização
da Susep, haverá um procedimento de
inscrição/registro perante o Ibracor, muito
semelhante ao que existia na Susep. Nesse
aspecto, as regras do Ibracor praticamente
replicam as normas da Susep. Importante
mencionar que apenas os corretores associados
ao Ibracor estão sujeitos ao seu
regramento”, frisa a advogada.
Corretores, Susep, Ibracor e o mercado
em geral aguardam com atenção
redobrada os trabalhos da comissão mista
no Congresso que estuda mudanças da
MP 905. Para o economista Francisco
Galiza, da Rating de Seguros, consultoria
especializada em números do setor
securitário, o assunto é “muito recente”,
pois a comissão foi formada há apenas
dois meses. “Mas só o fato de ter uma
comissão já é um grande passo”, resume.
Vice-presidente Comercial da HDI
Seguros, Flavio Rodrigues, exalta a
importância dos trabalhos iniciados
pela comissão que, segundo ele, não
olvidará aspectos positivos que fizeram
das atuais normas e procedimentos uma
estrutura funcional para os corretores.
“Como visão de futuro, o ideal seria que
as mudanças eventualmente propostas
pela comissão tenham o objetivo de tornar
o modelo ainda mais simples, dando
❙❙
Bárbara Bassani, do TozziniFreire
leveza e simplicidade, essenciais para o
crescimento de nosso mercado”, sugere.
Mas há quem diga ser prematura uma
avaliação mais robusta do que ainda será
realizado no Congresso. Atento ao debate
em torno da MP 905 e seus desdobramentos,
o vice-presidente de Canais, Vendas
e Subscrição da Seguros Sura, Cristiano
Saab, reforça os estudos sobre as recentes
mudanças na autorregulação e o impacto
que exercerão no mercado.
“A respeito dos novos corretores
que começarem a trabalhar com a Seguros
Sura, vamos seguir com aqueles
profissionais que já possuem registro na
Susep, mas entendemos a importância
de uma certificação para novos corretores
parceiros que trabalharão com a
distribuição das nossas soluções no país.
Por isso, em paralelo, também estamos
levantando alguns cenários e alternativas
para acompanharmos o avanço deste
tema como, por exemplo, a possibilidade
de assumir novas certificações em parceria
com escolas de seguro e institutos,
com a finalidade de autorregulação do
mercado”, antecipa Saab.
O Desafio da Fiscalização
A fiscalização da atividade de corretor
de seguros é um dos pontos mais
sensíveis no mercado e, de certa forma,
forçou a busca pela autorregulação. Essa
vulnerabilidade — explica Galiza — é
reconhecida pela própria Susep. “Nesse
sentido, a autorregulação é um caminho
natural. No futuro, isso levará a uma
valorização do profissional corretor de
seguros”, prevê o economista.
Para o presidente da CNseg, Marcio
Coriolano, independentemente da motivação
que o Poder Executivo Federal
possa ter tido com o teor da MP 905,
que alcançou essa e outras profissões,
a autorregulação da atividade de corretagem
de seguros vem ao encontro de
proposta histórica da categoria: “avaliando
exclusivamente sob esse ângulo,
a situação não se modifica em relação
à sua função no mercado securitário,
que é a de promover a distribuição de
produtos e serviços de seguros de modo
especializado e independente, sempre de
maneira a representar os interesses de
proponentes a segurados e a proteger os
legítimos direitos daqueles que optaram
pela contratação dos produtos e serviços.”
Coriolano entende que a categoria
dos corretores de seguros, pelas suas
representações legítimas — a Fenacor
e os sindicatos regionais de corretores,
assim como, agora, o Ibracor —, sabe-
❙❙
Francisco Galiza, da Rating
rão encaminhar e defender as melhores
propostas de mudança e aperfeiçoamento
da medida junto à comissão mista, que
tem como presidente o senador Sérgio
Petecão (PSD/AC) e como relator o
deputado Christino Aureo (PP/RJ). O
vice-presidente da mesma é o deputado
Lucas Vergilio (Solidariedade/GO) que,
em novembro, acompanhado do presidente
da Fenacor, Armando Vergilio,
reuniu-se com o secretário especial de
Previdência e Trabalho, Rogério Simonetti
Marinho, para discutir os termos
da medida provisória.
Em entrevista exclusiva à Apólice,
veiculada em novembro, o deputado
Lucas Vergilio mostrou-se surpreso com
a repentina iniciativa do governo em
desregulamentar a profissão de corretor
de seguros. O parlamentar destacou que
não conhece os motivos para a apresentação
da MP 905, mas que a comissão
mista é a oportunidade que a sociedade
terá para questionar o governo sobre o
que verdadeiramente ele deseja com a
autorregulação.
“Fomos pegos de surpresa, porque
a superintendente, durante o Congresso
Nacional dos Corretores de Seguros,
chegou a citar a autorregulação, que foi
>>> autorregulação
❙❙
Flavio Rodrigues, da HDI
um tema que nós levamos para a Susep,
uma vez que a autarquia não tem braço
para fiscalizar. Estávamos debatendo o
texto, mas queríamos conversar. Segundo
a Susep, esta foi uma decisão da SPE
(Secretaria de Políticas Econômicas do
Ministério da Economia) (...) Muitos
parlamentares estão questionando o presidente
do Senado, David Alcolumbre,
para que ele devolva esta MP. Há mais de
1800 emendas para esta MP 905. É um
total descontentamento. Eu acredito que
ela não passa com a redação que está”,
ressaltou o deputado.
Para o parlamentar, só há dois caminhos
para a MP, e bastante polarizados:
ou se altera integralmente seu conteúdo
ou o texto como veio do Planalto poderá
cair . “Nós, através do meu partido (Solidariedade),
entramos com um processo
de inconstitucionalidade, questionando
vários pontos desta MP, principalmente
a revogação da Lei 4.594 e o Decreto-Lei
73 que, a meu ver, tem força de lei complementar
e não poderia ser alterado”,
alertou Lucas Vergilio, em novembro.
Devido à numerosa quantidade de
emendas inseridas na MP 905, o diretor
de Relações Institucionais do Instituto de
Defesa dos Corretores de Seguros (Idecorr),
José Carlos Nascimento de Souza
mantém foco nas apresentadas por Lucas
Vergilio. “Dessa maneira, anotamos que
à exceção da emenda supressiva 263,
que, acertadamente, requer a revogação
contida no inciso III, do art. 51, da MP
905, ou seja, que a Lei 4.594/1964 volte
a vigorar, o parlamentar não parece demonstrar
interesse outro que não seja o
20
fortalecimento da única autorreguladora
já estabelecida. Afinal, como interpretar
a seguinte alteração proposta no Decreto-
-Lei 73/1966, através da Emenda Aditiva
266, a saber: Art. 124. As comissões de
corretagem só poderão ser pagas a corretor
de seguros devidamente habilitado
e registrado em entidades autorreguladoras
do mercado de corretagem”, reforça
Souza.
Armando Vergilio, da Fenacor,
confia na comissão mista: “É importante
destacar que essa comissão tem
como vice-presidente o deputado Lucas
Vergilio, que conhece como poucos a
importância da autorregulação e outros
aspectos importantes tratados pelo texto
da MP. Até porque, além dessa questão
da autorregulação, é preciso corrigir também
algumas distorções como a revogação
de todo o teor da Lei 4.594/64 — que
regulamentou a profissão de corretor de
seguros — e vários artigos do Decreto-
-Lei 73/66, o que, equivocadamente,
retira a categoria do Sistema Nacional
de Seguros Privados. Não concordamos
com essas simples revogações.”
Adesão ainda tímida
Embora o Ibracor esteja atuante
desde 2013, a adesão dos corretores de
seguros à autorregulação ainda é aquém
do ideal. “Como a associação não é mandatória,
há pouca adesão no momento. O
fato de um corretor não ser associado ao
Ibracor não o torna inábil para desempenhar
as suas atividades, tampouco para
receber comissões, especialmente, nesse
momento de transição em que as bases
da autorregulação estão pouco definidas
e, mais do que isso, há possibilidade de a
MP caducar”, explica a advogada Bárbara
Bassani, para quem há algumas razões
para essa resistência dos corretores. Ela
lista algumas em destaque, como a falta
de clareza dos benefícios que terão ao se
associar ao Ibracor; a legislação ainda
provisória e, sobretudo, diante de uma
MP que poderá caducar; algumas discussões
envolvendo os poderes limitados
dos associados com relação à tomada de
decisões no âmbito do Ibracor e, por fim,
dificuldades com relação à estrutura.
Exemplo disso — ressalta Bárbara —
é que os sindicatos estão intermediando
❙❙
Cristiano Saab, da Sura
a relação entre os corretores e o Ibracor,
o que acaba prejudicando a credibilidade
do autorregulador, já que há pouca informação.
“Antes, uma pessoa protocolava
o pedido de cadastro como corretor na
Susep e acompanhava o andamento do
seu pedido pelo próprio site da autarquia;
agora, essa pessoa precisaria protocolar
no Ibracor, mas nem o sindicato nem o
Ibracor conseguem fornecer informação
adequada de como se daria o acompanhamento
do pedido de cadastro, pedido de
informações complementares etc. Enfim,
há muito a ser feito em termos de organização
e estrutura”, completa a advogada.
Para Francisco Galiza, que apresentou
o estudo sobre a autorregulação dos
corretores de seguros, a resistência dos
corretores é temporária: “Não acredito
nesse comportamento no longo prazo”,
vaticina.
A presidente em exercício do Ibracor,
Juliana Paes, afirma que as seguradoras
recebem, periodicamente, da FenSeg a
listagem atualizada dos novos corretores
de seguros com inscrição/registro concedidos
pelo Ibracor. Mais além — assinala
Juliana — é possível consultar a referida
listagem no portal do Instituto.
“Aquele corretor que busca a autorregulação
está, em decorrência, zelando
pela observância das normas jurídicas,
em especial pelos direitos dos consumidores,
assim como as boas práticas e
conduta no relacionamento profissional
com segurados, outros corretores, sociedades
seguradoras, resseguradoras, de
capitalização e entidades de previdência
complementar aberta”, diz Juliana.
O presidente da Fenacor, Armando
Vergilio, adere ao discurso de Juliana:
“não há dúvida alguma quanto a isso. Os
associados terão um ‘selo de confiança,
selo ético e de qualidade’, pois todos aderiram
ao Código de Ética dos Corretores
de Seguros e, além disso, serão obrigados
a seguir as boas práticas e normas de conduta
e outras estabelecidas pela autorreguladora,
no sentido de respeitar sempre
o segurado, o seu colega de profissão e de
sua condução correta com relação à sua
parceria com a seguradora.”
Bom senso é o melhor critério
Diante da autorregulação, quais critérios
as seguradoras deverão adotar para
cadastrar novos corretores? Galiza explica:
“isso vai depender de seguradora para
seguradora, é uma decisão estratégica e
comercial. Mas o bom senso recomenda
que as empresas queiram trabalhar com
empresas que tenham um comportamento
eficiente e correto. Nesse sentido, a autorregulação
pode ajudar bem.”
Para Marcio Coriolano, as seguradoras
são independentes para adotar
políticas, critérios e processos que melhor
atendam seus interesses, mas ele faz uma
ressalva: “Por outro lado, entendemos
que não há nenhuma mudança estrutural
na atividade seguradora que implique
na mudança do critério desde sempre
utilizado. Em síntese, acreditamos que a
assunção da função, agora pelo Ibracor,
do cadastro de corretores, deverá continuar
abastecendo as seguradoras.”
Já Flavio Rodrigues, da HDI Seguros,
enfatiza que o cadastro de corretores
deve continuar seguindo as diretrizes
atuais, modelo — defende ele — comprovadamente
eficiente, com ênfase no
funcionamento isonômico do mercado,
que prioriza a segurança do ecossistema
segurador. “O modelo brasileiro
de distribuição de seguros, por meio
de corretores, é reconhecido como um
dos mais eficientes do mundo, sendo
objeto de frequentes estudos em outros
países”, diz.
Juliana Paes alerta ser fundamental
que as seguradoras verifiquem, no ato do
cadastramento do corretor de seguros,
que o profissional seja associado a alguma
autorreguladora. “Inclusive demonstrando
a preocupação com a ética, seriedade e
qualidade do trabalho desse profissional”,
sinaliza.
A situação atual dos corretores pode
ser dividida em dois grandes grupos,
como avalia a advogada Bárbara Bassani:
os que estavam cadastrados na Susep e
novos, ou seja, aqueles que desejam desempenhar
a profissão ou constituir uma
corretora de seguros após a MP.
“Tenho visto um conservadorismo
do mercado na medida em que as seguradoras
estão preferindo trabalhar com
corretores que estavam cadastrados na
Susep pelo regime anterior. Não tenho
visto parcerias relevantes com corretores
sem cadastro na Susep pelo regime anterior”,
pondera Bárbara, e completa: “De
qualquer modo, atualmente, tal como está
a MP, seria perfeitamente possível que
uma seguradora escolhesse um corretor
novo que não tenha cadastro na Susep sob
o regime anterior e, tampouco, cadastro
no Ibracor. Aliás, hoje, qualquer pessoa
estaria apta a intermediar apólices, pois
a profissão deixou de ser regulamentada.
Todavia, como existe um procedimento
de cadastro pelo Ibracor (ainda que pouco
estruturado) e a própria Susep já se manifestou
no sentido de que o Ibracor é o
autorregulador autorizado no momento,
a tendência é, que para novos parceiros,
as seguradoras também sejam conservadoras
e exijam o cadastro do Ibracor,
se o corretor não tiver o antigo cadastro
da Susep.”
‘Engessando a perna antes
de quebrá-la’
Diretor do Idecorr, José Carlos de
Souza enfatiza que sejam quais forem as
prerrogativas que autorreguladoras possuam
(ou venham futuramente possuir),
tais entidades não irão legislar sobre
a atividade da corretagem de seguros.
Souza acha mais prudente, entretanto,
aguardar o desfecho da tramitação da
MP 905 para que se conheçam as consequências
e respectivas relações jurídicas
advindas e que serão estabelecidas (ou
não) desde a publicação do texto final.
Para ele, não há qualquer obrigatoriedade
legal de se associar a qualquer entidade
autorreguladora do mercado de corretagem
enquanto (pelo menos) perdurar a
❙❙
José Carlos N. de Souza, da Idecorr
tramitação da MP.
“Enquanto se perdura essa provisoriedade
legal (com força de lei, registramos),
muitos protagonistas impuseram
regras e cobranças financeiras que,
infelizmente, atingem os novatos desse
mercado, quais sejam, os corretores
de seguros formados no ano de 2019
(principalmente) e, também, aqueles que
possuíam processos pendentes de análise
por parte da Susep acerca de registros
profissionais; alterações de cadastros
pessoais e empresariais etc. No nosso
sentir e interpretação jurídica, a autarquia
deveria, obrigatoriamente, finalizar
os procedimentos pendentes, posto que
os fatos geradores que os ensejaram são
anteriores à publicação das medidas
provisoriamente impostas pelo (Poder)
Executivo Federal”, assinala o representante
do Idecorr.
O debate sobre a autorregulação dos
corretores e o desfecho que poderá ter
a MP 905 deixa o setor de seguros sob
compasso de espera. Mas permanece uma
incógnita: o que, de fato, representará
para os corretores o cadastro em uma
autorreguladora. Afinal, as condições
serão realmente melhores?
O tema divide opiniões de forma
franca e transparente, o que, em tese,
significa um bom sinal, mas, por ora, prevalece
a famosa letra composta por Chico
Buarque: “O que será que será (...) o que
não tem certeza, nem nunca terá”. Certeza,
essa palavra está momentaneamente
fora de cogitação até que parlamentares,
corretores e seguradoras cheguem, enfim,
a um consenso.
21
mercado | nova marca
Seguradora celebra 185
anos com troca de nome
A Mongeral Aegon anunciou sua nova marca
– MAG Seguros – durante megaevento em
que debateu tendências do setor
A
Mongeral Aegon completou
185 anos no dia 10 de janeiro
e realizou, entre os dias 9 e 11,
o Magnext 2020, um megaevento
para mais de duas mil pessoas no
Rio de Janeiro, anunciando uma série de
novidades, entre elas a mudança da nome
para Mag Seguros.
A mudança da marca reflete a modernização
e inovação da companhia,
apesar de seu tradicionalismo. O nome
Mag (pronuncia-se “mágui”) já vinha
sendo utilizado como um apelido, criado
naturalmente pelos colaboradores como
resultado da contração de Mongeral
Aegon Group. Para a criação das novas
marcas comerciais, o nome Mag vem
acompanhado de tagline descritiva sobre
cada linha de negócio.
“Mudar o nome de uma marca não se
faz de uma hora para outra, tampouco é
uma decisão simples. Isso ainda fica mais
latente quando tratamos de uma companhia
de quase 200 anos. No entanto, não
medimos esforços para avançar. Realizamos
pesquisas quantitativas e qualitativas.
Ouvimos consumidores, clientes, líderes
e colaboradores. Envolvemos todas as
empresas do grupo para chegarmos a este
resultado”, explica Nuno Pedro David, diretor
de Marketing da agora Mag Seguros.
Na abertura do evento, o CEO
Helder Molina apresentou o crescimento
da empresa no mercado, visões
e expectativas para o futuro. Dentre os
principais destaques, comentou sobre o
volume de vendas pela plataforma de
suporte ao corretor Venda Digital, que
hoje corresponde a cerca de 90% dos
seguros comercializados. Em relação às
inovações no atendimento, o CEO destacou
a WinSocial, plataforma que facilita
a venda de seguro de vida para pessoas
com diabetes. Também abordou a Mag
Investimentos, gestora de ativos criada há
cinco anos no mercado, que movimentou
R$ 6 bilhões desde o lançamento.
22
Helder Molina
Henrique Brandão, Marco Antonio Gonçalves, Armando Vergílio e Alexandre Camillo
No segundo painel do evento, Alexander
Wynaendts, CEO da Aegon,
e Mark Mullin, CEO da Transamerica,
se juntaram a Helder Molina, para falar
sobre a joint venture, que completou 10
anos em 2019. Mullin reforçou o sentimento
de estar em família e sinalizou que
o aprendizado é mútuo, com uma parceria
bidirecional. Já Wynaendts, por sua vez,
abordou alguns diferenciais do Brasil,
como a população jovem, as mudanças e
crescimento da classe média nacional em
relação à Europa, sinalizando oportunidades
para a operação do país.
Fintech MAG Finanças
No dia em que completava 185 anos,
a empresa realizou o lançamento da fintech
Mag Finanças, que tem como objetivo
otimizar as operações financeiras entre
corretores e clientes. A expectativa é
encerrar 2020 com um volume financeiro
em transações de pagamentos superior a
R$ 1 bilhão, atuando inicialmente somente
em seu ecossistema.
“Percebemos uma oportunidade para
expandir ainda mais as atividades do
Grupo Mongeral Aegon e agregar cada
vez mais valor ofertando uma cesta completa
de produtos e serviços financeiros
que contemple todo momento de vida
dos nossos clientes. Somos uma empresa
ágil e transparente com DNA de Startup,
como o mundo digital deve ser, mas com
a solidez do grupo Mongeral Aegon”,
explica Marcos Diniz, diretor-executivo
da Mag Finanças.
Lideranças dos corretores
de seguros
Um dos painéis mais aguardados,
“Tendências para os corretores de seguros”,
teve a participação do presidente do
Sincor-SP, Alexandre Camillo, do presidente
da Fenacor, Armando Vergílio, e do
presidente do Sincor-RJ, Henrique Brandão,
sob mediação do vice-presidente do
Conselho da companhia, Marco Antonio
Gonçalves.
Armando Vergílio defendeu a importância
da autorregulação do mercado de
corretagem de seguros. “É de se admitir
que a superintendente da Susep, Solange
Vieira, demonstrasse coragem de reconhecer
publicamente o que já sabíamos
há muito tempo, quanto à deficiência no
cadastramento e na fiscalização da atividade
dos corretores de seguros”, disse.
“Os corretores de seguros que aderirem
à autorregulação serão vistos pelo setor e
pelos clientes como tendo uma espécie de
selo de qualidade. No momento, a única
autorreguladora aprovada e em operação
é o Ibracor (Instituto Brasileiro de Aurregulação
dos Corretores de Seguros)”.
Porém, enfatizou que as lideranças
da categoria estão mobilizadas para a
retirada dos artigos da Medida Provisória
905/19 que atingem a profissão, em
especial, para reverter dois itens do artigo
51, um que revoga a Lei 4594 e outro,
que afeta alguns artigos do Decreto Lei
73/66. “A atividade não acabou, apenas,
por enquanto, foi desregulamentada, não
sendo a ausência provisória da Lei ou
a perda temporária da sua eficácia que
coloca fim à profissão ou atividade de
corretor de seguros”, declarou Vergílio.
“Enquanto o corretor de seguros tiver o
cliente e agregar valor para ele, continuará
existindo. Se o corretor de seguros
resolve o problema do segurado, naturalmente
ele continuará sendo necessário e
imprescindível”.
O presidente do Sincor-SP, Alexandre
Camillo, reafirmou que as lideranças
da categoria estão unidas e mobilizadas.
“Diferenças à parte, temos a exata noção
de nossa responsabilidade para com os
corretores do Brasil inteiro. Antes de
sermos lideranças da categoria somos
empresários da corretagem, dedicamos
nossas vidas e embasamos as nossas
conquistas por essa profissão, e isso é o
que nos aproxima. Sempre estaremos de
mãos dadas para ações de interesse dos
corretores de seguros e do setor. Prova
disso é que desde 2015 nós demos as
mãos em torno do Ibracor, como nossa
autorreguladora, ou durante a luta e a
conquista do Simples, que trouxe ganhos
para todos”.
Henrique Brandão, presidente do
Sincor-RJ, também defendeu o interesse
na profissão por ser um corretor de
seguros. “Nunca deixei a corretora, não
sou simplesmente um empresário que
gerencia à distância, continuo vendendo
seguro de vida de todos os dias, com
muito orgulho. Acho desrespeitoso o
discurso da superintendente da Susep de
desregulamentar a nossa profissão, se não
tem estrutura para fiscalizar, cria-se, mas
não podemos regredir no que conquistamos
para o setor”.
Magnext 2020
O megaevento contou ainda com
debates e apresentações com lideranças
da empresa, palestra de David Robert
sobre tendências de comportamento,
palestra sobre economia com o jornalista
Ricardo Amorim, motivacionais de
personalidades públicas do esporte e da
música, como Marta Silva, Bernardinho
e Carinhos Brown, premiações de destaques
de vendas, o tradicional Troféu
Galo de Ouro, e shows do Michel Teló
e Anitta.
23
legislação | mudanças
O
que
vai
acontecer
com o
DPVAT?
A Medida Provisória 904, editada em novembro,
extinguiu o seguro obrigatório. Ela foi revogada,
mas o valor do prêmio caiu drasticamente. O
Governo deseja a sua extinção e o mercado fala
em reformulação
O
modelo do seguro DPVAT
tal qual conhecemos está
com os dias contados. Em
27 de dezembro do ano passado,
o CNSP (Conselho Nacional de Seguros
Privados) estipulou, inicialmente,
um prazo até agosto deste ano para que
a Susep (Superintendência de Seguros
Privados) apresente as mudanças regulatórias
necessárias para que o DPVAT
possa ser comercializado por qualquer
seguradora que esteja habilitada a operar
seguros pela autarquia.
Este foi mais um capítulo da novela
que envolveu o seguro obrigatório nos
últimos meses. A trama teve reviravoltas
Solange Guimarães
tão rápidas e surpreendentes que pareceu
série da Netflix (veja box). Na próxima
temporada, pela vontade do governo,
teremos novos personagens.
A polêmica é grande e mais antiga.
O Projeto de Lei (PL 8338) do deputado
Lucas Vergilio (Solidariedade/GO) está
em trâmite desde 2017 no Congresso e
também propõe o fim do DPVAT. Em seu
lugar, o projeto sugere a criação do Seguro
Obrigatório de Acidentes de Trânsito,
o SOAT, que também levaria em conta a
livre concorrência entre as seguradoras
interessadas em atuar neste segmento.
Atualmente, a Seguradora Líder,
consórcio formado por 73 companhias de
seguros, detém o monopólio do DPVAT.
A própria Seguradora Líder propõe mudanças
ao DPVAT, mas defende que este
modelo – do tipo consórcio – proporciona
a execução centralizada dos processos,
trazendo eficiência operacional e economia
de escala.
Segundo a seguradora, o modelo
atual garante que qualquer vítima de
acidentes de trânsito e seus beneficiários
busquem seus direitos perante qualquer
seguradora integrante do Consórcio
DPVAT, bem como em outros quase 8 mil
pontos de atendimento das Seguradoras
Consorciadas, agências dos Correios e
corretores parceiros.
Não é um volume pequeno. Em 2018,
328.142 vítimas de acidentes de trânsito
foram indenizadas nas três modalidades
de cobertura previstas em Lei: morte,
invalidez permanente e reembolso de despesas
médicas e suplementares (DAMS).
A arrecadação bruta naquele ano foi de
R$ 4,7 bilhões e, desse valor, houve repasse
de R$ 2,1 bilhões ao SUS e de R$
233,5 milhões ao Denatran, conforme
determinação legal.
24
❙❙Lucas Vergilio, Deputado Federal
O valor arrecadado pelo seguro
DPVAT, além de amparar todas as vítimas
de acidentes de trânsito, também
representa uma importante fonte de
receita para a União, pois 45% do valor
é destinado ao SUS (Sistema Único
de Saúde), para custeio da assistência
médico-hospitalar às vítimas de trânsito
e 5% são direcionados para o Denatran
(Departamento Nacional de Trânsito),
responsável por campanhas de prevenção
de acidentes de trânsito.
O problema é que, ao longo do tempo,
a gestão do DPVAT foi questionada e o
sistema foi acusado de fraudes e desvios,
chegando a ser criada, em 2016, a CPI do
DPVAT. Sugestões para corrigir o modelo
estão em debate no governo, na oposição
e entre os players do mercado.
“Embora o DPVAT tenha sido criado
na década de 70, quando a frota brasileira
de veículos não era tão expressiva como se
vê nos dias atuais, as bases fundamentais
pouco evoluíram. Para além do que se descobriu
e apura-se em ações penais, de natureza
gravíssima, minha impressão é a de
que o modelo adotado quando da criação
do seguro não se mostra condizente com
os atuais riscos do trânsito, não contempla
valores e limites indenizatórios satisfatórios
e foi, por isto mesmo, se afastando
da ideia e fundamento de um seguro de
responsabilidade civil para proprietários
e condutores de veículos automotores”,
analisa o advogado Landulfo de Oliveira
Ferreira Jr., sócio do escritório Abdalla
Landulfo Sociedade de Advogados.
Paulo Marchetti, CEO da Compara,
concorda: “Atualmente, o consumidor
paga por algo que não sabe o que significa,
não sabe quem está por trás e para que serve.
Parece mais um imposto, onde o consumidor
não se sente no direito de cobrar
pela qualidade do serviço contratado. No
final, acaba sendo uma oportunidade para
poucos que tm a informação e, às vezes,
acionam a apólice de forma desonesta.”
O modelo ideal, segundo ele, seria
abrir para as seguradoras disputarem com
base nas normas e regulações ditadas pela
Susep. “Assim, seria possível as seguradoras
‘brigarem’ por esse consumidor
e entregarem um produto de valor, mas
sem virar algo propício para seguradoras
aventureiras”.
Ele destaca o modelo colombiano de
SOAT, no qual fica claro para o consumidor
o que é e o que cobre. “É um seguro
vendido pela internet ou até em postos
de gasolina, tem valor baixo e, muitas
vezes, vira uma ferramenta de aquisição
de clientes, por exemplo, tem postos que
dão de brinde para aqueles que fazem a
troca de óleo ou sites que dão junto com
a compra do celular”, explica Marchetti.
Manes Erlichman Neto, sócio-diretor
da Minuto Seguros, entende que o papel
social do DPVAT o torna quase insubstituível.
“Grande parte das atuais vítimas
que se beneficiam dele são pedestres,
passageiros e motoristas que não possuem
condições financeiras de contratar
um seguro facultativo para a sua própria
proteção e de terceiros que venham a
causar algum dano pessoal”, comenta.
“A alternativa seria transformar o
atual seguro de Responsabilidade Civil
Facultativa – Veículos em um seguro
obrigatório para todos os proprietários
de veículos automotores, com coberturas
mínimas similares ao DPVAT, já que uma
❙ Landulfo Landulfo
❙❙Paulo Marchetti, da Compara
contratação opcional não contemplaria
todos aqueles que são beneficiados atualmente
com indenizações do DPVAT. Por
exemplo, hoje um pedestre atropelado por
um veículo é indenizado pelo DPVAT e,
caso o DPVAT seja extinto, este mesmo
pedestre só será indenizado se o proprietário
do veículo que causou o acidente
tenha contratado um seguro de RCF-V. É
importante lembrar que a maior parte da
frota circulante no país não é segurada”,
ressalta Erlichman.
Marchetti sugere algo semelhante.
“Seria um RC para acidentes de trânsito
de vigência anual e continuaria obrigatório.
Cobriria indenização por morte, por
invalidez permanente, total ou parcial;
e reembolso de despesas médicas. Ficariam
de fora da cobertura danos pessoais
causados ao motorista do veículo, quando
houver dolo (intenção) ou o cometimento
de infração de trânsito; e as despesas
médicas seriam suportadas pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) ou cobertas por
outros seguros ou planos de saúde, entre
outros. A sugestão seria até de desvincular
do IPVA para não atrelar a imagem de
imposto”, propõe.
Esse é um aspecto também defendido
pelo advogado Landulfo Oliveira Ferreira
Jr. “O modelo em questão, atrelado ao
licenciamento anual do veículo, aproxima
o seguro de um encargo na natureza
tributária, compulsória, ao lado do IPVA.
Só por isto já temos um afastamento da
verdadeira função ou natureza do seguro”,
comenta.
A própria Seguradora Líder tem
propostas para melhoria do sistema.
A primeira é o realinhamento das
❙
de O. Ferreira Jr., do Abdalla
Sociedade de Advogados importâncias seguradas, que são as
25
>>> mudanças
NOS EPISÓDIOS ANTERIORES...
11 de novembro
O presidente Jair Bolsonaro assina Medida Provisória (MP) eliminando o Seguro
Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre,
ou DPVAT. A decisão começaria a valer a partir de 1º de janeiro de 2020.
20 de novembro
O partido Rede Sustentabilidade protocola a Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADIN) 6.262. A ação defende a suspensão da MP por entender que os
recursos são utilizados para proteção social de vítimas de acidentes de trânsito
no Sistema Único de Saúde (SUS).
19 de dezembro
A maioria dos ministros do STF vota por suspender a Medida Provisória
904/2019. Trata-se de uma medida cautelar até a conclusão da análise da
Medida Provisória pelo Congresso Nacional ou até o julgamento de mérito
da ADIN 6.262.
27 de dezembro
CNSP aprova a redução de valores do DPVAT, que valeria a partir do dia 1º de
janeiro. Com a decisão, o preço do seguro seria de R$ 5,21 para carros e R$
12,25 para motos, redução de 68% e 86% respectivamente em relação a 2019.
31 de dezembro
O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), determina
a suspensão da resolução do CNSP que reduziu o valor do DPVAT.
mesmas desde 2007, o que aumentaria
a indenização em casos de morte
e invalidez permanente de R$ 13,5
mil para R$ 25 mil; e elevaria de R$
2,7 mil para R$ 5 mil o reembolso
de despesas médicas. Bem como a
simplificação da regra de invalidez
permanente, hoje dividida em cinco
faixas percentuais (10%, 25%, 50%,
70% e 100%). A Líder acredita que
se fossem apenas dois níveis (parcial
- 50% ou total - 100%), o processo
indenizatório ficaria mais rápido, reduziria
a judicialização e otimizaria
os custos da operação. Estas duas propostas
dependem de alteração na lei.
A seguradora também propõe que
o excedente técnico das provisões seja
utilizado para o cumprimento do objetivo
social do Seguro DPVAT, ou seja, campanhas
de comunicação para prevenção de
acidentes de trânsito; ações de incentivo
à educação de trânsito; convênios com
órgãos públicos e privados de apoio
ao DPVAT para aperfeiçoar sistemas
e integração de informação, como, por
exemplo, o boletim de ocorrência eletrônico
padronizado e compartilhamento de
base de dados com INSS e SUS; estrutura
de apoio ao atendimento às vítimas de
trânsito no IML; e apoio na criação de
delegacias especializadas no combate à
fraude no Seguro DPVAT.
A Seguradora Líder sugere ainda um
novo critério de cálculo do prêmio levando
em consideração a variação exclusiva da
sinistralidade (indenização, despesas de
sinistro e variação das provisões técnicas),
bem como uma margem de lucro. Esta proposta,
segundo os técnicos da companhia,
09 de janeiro
Atendendo a um pedido da União, o ministro Dias Toffoli volta atrás e derruba
a própria liminar e restabelece o valor mais baixo do DPVAT.
26
15 de janeiro
Começa a funcionar o site para restituição do valor pago a mais no DPVAT
2020 para os motoristas que pagaram o seguro antes da decisão do STF, que
restabeleceu as taxas mais baixas. Estima-se que proprietários de mais de 4
milhões de veículos tenham valores a receber.
❙❙Manes Erlichman Neto, da Minuto
19
PROPOSTAS DE
MUDANÇAS
1• Realinhar as importâncias seguradas.
2• Destinar o excedente técnico atual da IBNR para suportar elevação da sinistralidade,
decorrente da recomposição da importância segurada e para custeio
de atividades relevantes no aperfeiçoamento da operação, como campanhas de
comunicação de prevenção e educação.
3• Gestão do DPVAT com foco em prevenção. A disponibilização de informações sobre
acidentes de trânsito para agentes públicos e privados é um exemplo deste foco.
4. Simplificar e ser mais ativo no atendimento e esclarecimento às vítimas. O aplicativo
e a jornada de sinistro mais amigável são exemplos.
5. Facilitar a resolução de sinistros estabelecendo novos processos e iniciativas.
6. Novos critérios e processo de fixação do prêmio anual.
7. Sistema de incentivo aos acionistas, levando-se em conta um percentual destinado
à promoção de iniciativas em benefício da operação do seguro DPVAT.
8. Adequar a constituição de provisões técnicas em consonância com as práticas
contábeis e regulatórias aplicáveis ao mercado segurador.
9. Alterar acordo de acionistas para assegurar melhores práticas de governança.
10. Aprimorar processo de seleção e avaliação dos gestores dos investimentos
financeiros.
11. Proibição da participação de representantes de seguradoras consorciadas/
acionistas no Comitê de Auditoria e Diretoria Executiva.
12. Desvinculação do prêmio tarifário dos repasses ao SUS e Denatran.
13. Fortalecimento do equilíbrio e do escopo regulatório.
14. Processo de gestão por indicadores e metas.
15. Estabelecer ações para entender a causa-raiz e mitigar os efeitos da utilização
das reservas no pagamento de sinistros provocados por Veículo Não Identificado
(VNI) ou inadimplentes.
16. Substituição dos convênios junto ao(s) Sindicato de Corretores (SINCOR) para um
papel mais presente de atendimento e esclarecimento ao público.
17. Parceria com Escola Nacional de Seguros e com o(s) Sindicato(s) de Corretores
(SINCOR) para capacitação e certificação de corretores DPVAT.
18. Reduzir a judicialização simplificando a tabela indenizatória para invalidez
permanente.
19. Estabelecer processos contínuos de melhorias operacionais, como, por exemplo,
a digitalização e a otimização de estruturas.
permitirá a desvinculação da variação das
despesas administrativas na fixação do
prêmio anual, incentivando a eficiência
operacional e a adoção de critérios técnicos
e independentes no cálculo do prêmio.
Um novo sistema de incentivo aos
acionistas, substituindo a atual remuneração
fixa de 2% independente da
eficiência operacional para dividendos
de, no máximo, 50% do lucro líquido e
o restante para reserva estatutária, tendo
alocação específica e com a finalidade
de promover iniciativas em benefício da
operação do seguro DPVAT.
Ideias não faltam. Em maio de 2018,
a Seguradora Líder encaminhou à Susep
um documento feito em conjunto com a
CNseg e a FenSeg com 19 temas para
o aperfeiçoamento do Seguro DPVAT
(veja box).
A Som.us, assessoria em seguros
e resseguros pertencente ao mesmo
grupo do C6 Bank, realizou um evento
em Pouso Alegre, Minas Gerais, para
os corretores de seguros da região
sul-mineira. A ideia foi apresentar as
vantagens e possibilidades de negócios
aos corretores, que serão o grande canal
de distribuição dos produtos financeiros
do banco.
Os corretores foram convidados
a abrir uma conta pessoa física para
conhecer o banco de forma prática e,
assim, vivenciar a jornada do cliente.
Essa experiência ajudará os corretores
a apresentar, com propriedade, os produtos
que o banco oferece ao mercado e
as vantagens de ser um cliente C6 Bank.
“Ninguém melhor que o corretor de
seguros, que conhece profundamente o
seu cliente, para orientá-lo sobre qual a
melhor solução financeira para ele”, explica
Eduardo Toledo, diretor-presidente
de Resseguros na Som.us.
Segundo Fabio Basilone, CEO de
Wholesale na Som.us e head de Seguros
no C6 Bank, foi uma satisfação
juntar esses dois universos, o corretor
e o banco, em um dos maiores eventos
do ramo em Pouso Alegre. “Estamos
construindo uma parceria proveitosa
para ambos os lados”, diz Basilone. “Com
ela, os corretores ampliam sua oferta
de produtos financeiros e seguros e o
banco conquista um importante canal
de distribuição.”
evento | centauro-on
Top Quiron
Experience abre
o ano de 2020
Seguradora realiza evento de premiação
para os corretores de seguros
A
Centauro-ON começou
o ano a todo vapor com
o evento de reconhecimento
Top Quiron Experience,
realizado em Caiobá, no
litoral do Paraná, entre os dias 22 e
23 de janeiro. A abertura foi na sede
Praia Mansa do Iate Clube, com a
tradicional Paella comandada pelo
presidente da companhia, Ricardo
Iglesias Teixeira. “Dedicar um dia
diferenciado, preparando um prato
especial como a Paella para as pessoas
que tanto nos apoiaram na história
da Centauro-ON, é um prazer e uma
grande realização”, comentou Iglesias.
Estiveram presentes mais de 50
convidados de várias regiões do Brasil.
O segundo dia de programação teve
café da manhã, na sede náutica do Iate
Clube Caiobá, com vista para a serra do
mar e para as belezas naturais da baia
28
de Guaratuba, seguido de um passeio
de barco com direito a atividades como
mergulho, passeios de jet ski e muita
descontração. O encerramento foi um
almoço, com cardápio baseado em frutos
do mar da região.
Além da premiação dos corretores
Top Quiron, foram reconhecidos
ainda os corretores das categorias
Quiron e Gold Quiron, que se destacaram
em suas carteiras.
“O Programa Quiron tem como
objetivo fortalecer o relacionamento
com parceiros que focam seus
negócios de vida na Centauro-ON
e, com isso, desenvolvem conosco
um projeto de longo prazo. Além
desse tipo de evento, os corretores
Top Quiron possuem diferenciais de
atendimento, que faz com que essa
relação fique cada dia mais forte”,
disse Iglesias.
Escaneie o código e
confira como foi essa
experiência
tecnologia | vencorr
Franchise Tech
de Seguros
chega ao Brasil
Fundada em 2017, a
Vencorr ultrapassa os
5 mil clientes e começa a
oferecer seu expertise para
novos empreendedores
através de Franquias Tech
de Seguros
De acordo com a pesquisa Global
Entrepreneurship Monitor,
em 2019 mais de 50 milhões
de brasileiros abriram
um negócio próprio para complementar
a renda familiar ou ter independência
financeira. Crescimento de 61,8%, o
melhor dos últimos quatro anos.
No mercado de seguros, não poderia
ser diferente. Rodrigo Simões, CEO da
Inno Holdings, detentora de Vencorr
Corretora, viveu isso por mais de 15
anos no mercado de seguros. Para ele, os
pequenos corretores ainda sofrem com
obstáculos que impedem seu crescimento
como esperado.
Os principais desafios do corretor
são: entender e atuar no mercado potencial,
buscando qual caminho seguir para
maximizar os ganhos; utilizar vários
sistemas, principalmente de cotação em
diversas seguradoras, o que demanda
tempo e desvia o profissional do que
é mais importante, vender; acesso aos
tomadores de decisão nas seguradoras;
competitividade e agilidade.
Outro ponto muito relevante é a operação
de todo o processo administrativo
e de suporte aos clientes, como no caso
de sinistros, por exemplo, que demandam
quase 50% do tempo do corretor.
Após um ano de estudos do mercado
de franquias e microfranquias, suporte
de mentoria Endeavor, grupos de profissionais
referência em seguros e parceria
com polos tecnológicos, Simões lançou
a Vencorr Franquias. “A Vencorr Franquias
faz todo o trabalho administrativo,
controle financeiro, sinistros e demais
processos do franqueado e o libera para
o foco em vendas e maximização dos
ganhos”, explica Simões, executivo com
mais de 15 anos no mercado de seguros.
Rodrigo Simões, CEO da Inno Holdings
Ele já atuou em grandes empresas como
Itaú, HDI Seguros e foi diretor da corretora
multinacional JLT.
Por que ser um franqueado
Vencorr?
O Método Vencorr de Franquias foca
em inteligência diferenciada de mercado
e suporte absoluto ao franqueado. Ao
desenvolver seu modelo de atuação,
a franquia privilegiou alguns pontos
Humberto de Biase, CEO da operação
fundamentais para facilitar a operação
do corretor. O Geomapeamento Tech,
por exemplo, verifica o mercado e proporciona
uma carteira de clientes para o
franqueado.
A plataforma Vencorr Tech (SAS)
realiza toda a gestão da empresa em uma
única solução, com foco no modelo para
smartphones, tablets e computadores. A
franquia também oferece um time de Anjos
que atuam na montagem e execução
de estratégias de vendas e acompanhamento
diário de cada franqueado.
A franquia foi desenvolvida para
oferecer preços competitivos e produtos
diferenciados, através de parcerias com as
maiores seguradoras, garantindo acesso
aos melhores produtos. “Podemos oferecer
preços altamente competitivos, equivalentes
aos que as grandes corretoras do
mercado têm acesso”, garante Humberto
de Biase, CEO da operação.
Ele lembra também que com a franquia
o corretor pode ter acesso a nichos
específicos de mercado, os quais ele
não conseguiria alcançar sozinho, como
construção civil, agrícola e mineração,
por exemplo.
“Os potenciais franqueados vão
desde corretores de seguros até qualquer
profissional que procura altos ganhos
e a certeza de suporte diário com uma
franquia altamente tecnológica”, explica
Biase, executivo com 23 anos de mercado
em empresas como Unilever, Bayer, LG,
Cacau Show e como Vice-Presidente da
Lenovo para a América Latina.
O plano da franqueadora é abrir 500
franquias em três anos, com mais de 100
mil clientes em todo o país. Em 15 dias de
operação, a Vencorr Franquias já vendeu
9 franquias, número robusto que valida o
modelo tech da operação.
29
serviços | assistência
Novo papel das
empresas que
atendem o mercado
30
Com a mudança de
perfil do consumidor,
os serviços oferecidos
pelas seguradoras
aos seus clientes
também têm se
desenvolvido e toda
a cadeia contribui no
aprimoramento das
soluções
Thaís Ruco
Aquelas velhas máximas de que
“seguro é para não usar”, “só
lembro do meu seguro nos
piores momentos” e tantas
outras que ouvimos já não são mais
realidade. As seguradoras tomaram espaço
na vida dos seus clientes de forma
gradativa e sólida, e este lugar somente
foi conquistado pelo entendimento de
que se relacionar com o cliente de forma
constante é mais vantajoso do que apenas
no momento da renovação da apólice.
A oferta dos serviços, o incentivo à sua
utilização, a disponibilidade em qualquer
momento, presença durante a vigência da
apólice, são formas eficazes de se fazer
lembrar e potencializar o engajamento
do cliente com a marca da seguradora.
Os serviços de assistência são complementares
ao seguro e, se entregues
com excelência, geram satisfação e fidelização
do cliente. “Uma boa experiência
com a assistência vai ajudar na fidelização,
até porque, muitas vezes, o cliente
não diferencia o que é seguro e o que é
serviço de terceiros”, alega Adriano Reginaldo,
diretor de Operações da Allianz
Partners, empresa de assistência 24h do
Grupo Allianz/ Mondial Assistance. É
importante passar uma boa impressão
desde o primeiro contato do cliente. “Primeiramente,
o cliente precisa ter acesso
fácil e rápido, por meio de diversos canais
de atendimento, depois o prestador de
serviços deve ser bem treinado, chegar
com a vestimenta adequada e oferecendo
conhecimento para resolver aquela
situação. Tudo isso gera uma visão positiva
do serviço e uma relação que faz a
diferença no seguro”, opina.
“As assistências têm papel fundamental
em uma apólice de seguro, pois
são de uso mais frequente e podem ajudar
na fidelização do cliente junto à seguradora”,
corrobora Luciana Volante, gerente
executiva de Marketing e Produtos da
Europ Assistance Brasil. “Imagine que o
cliente está passando por um momento de
dificuldade e alto estresse: a empresa de
serviços vem para aliviar este momento
de aflição, independentemente de onde
ele está, qual é a situação e horário. Os
serviços de assistência são abrangentes,
provendo soluções ao consumidor a
qualquer momento da vida, seja em uma
viagem com a família, nascimento de um
bebê ou até em momentos mais difíceis,
como a perda de um ente querido”.
Canais digitais
Assim como todas as empresas de
seguros, e de outros setores, as assistências
estão frente a um movimento de
redefinição estratégica. A competição
está acirrada e o advento da tecnologia
faz surgir cada vez mais inovações,
obrigando as seguradoras a se esforçarem
constantemente para seguir as tendências.
Em paralelo, o mercado consumidor
também está mudando. “Uma relação de
maior clareza, transparência e agilidade é
premente e, sendo assim, as seguradoras
vêm se adaptando. Os serviços, que antes
se limitavam a emergenciais e corretivos,
vêm agora trazer ao consumidor mais
conforto, comodidade e segurança. Serviços
que acompanham a necessidade
do dia-a-dia do segurado e, desta forma,
deixam de estar atrelados aos eventos
previstos da cobertura securitária, como
também aqueles relacionados a acompanhar
o ciclo de vida do indivíduo”, declara
Ana Claudia Calil, diretora comercial da
IGS – Integral Group Solution.
O consumidor brasileiro está cada
vez mais empoderado, digital e esperando
sempre por atendimentos e ofertas customizadas.
Isso provoca a necessidade de
reinvenção de todo o mercado, acompanhando
essa nova tendência de consumo.
“Os clientes preferem consumir serviços
e produtos de forma digital. Quanto
❙❙Adriano Reginaldo, da Allianz
31
menor for o contato com outras pessoas e
menor o fluxo no processo de atendimento,
melhor. Temos a consciência de que
para satisfazer esse público é necessário
muito mais do que oferecer serviços e
ferramentas digitais, por isso buscamos
sempre a melhoria contínua em todas as
etapas do atendimento”, conta Luciana
Volante, da Europ.
“As empresas de assistência sempre
estão lançando novos serviços, mas a
grande diferença hoje está na forma como
são oferecidos para o mercado, ou seja,
basicamente novos canais”, diz Adriano
Reginaldo, da Allianz Partners. “Antes,
o atendimento acontecia por telefone.
Hoje, este canal ainda é importante,
porém o cliente tem a possibilidade de
receber um link digital para continuar
sua jornada a partir daí. Existe também
a possibilidade de chatbot ou Whatsapp
para interagir com Inteligência Artificial
ou com humano, além de interação de
voz eletrônica associada a soluções de
voicebot. Fica a critério do cliente a forma
como vai ser atendido”.
Para facilitar a interação do consumidor
e prover uma melhor experiência
ao acionamento de serviços automotivos
e residenciais, a Europ Assistance Brasil
desenvolveu solução através um link de
web-app enviado via SMS, no qual o
cliente acessa um aplicativo virtual. “Essa
modalidade exclui a necessidade de baixar
um aplicativo para o aparelho, o que
significa que o consumidor não precisará
gastar seus dados ou se preocupar com
espaço de armazenamento disponível em
>>> assistência
❙❙
Luciana Volante, da Europ Assistance
seu dispositivo. No web-app, o cliente
pode acionar serviços e fazer agendamentos
de forma prática, rápida e simples,
além de acompanhar o andamento de
suas solicitações em tempo real”, revela
a executiva da empresa.
O atendimento por múltiplos canais
é imprescindível para atender aos
diferentes públicos e ganhar agilidade.
“Focamos em desenvolver múltiplos
canais porque temos públicos diferentes.
As gerações mais novas evitam falar ao
telefone, preferem teclar. Esses canais
oferecem uma flexibilização maior, se o
cliente está no exterior, com dificuldade
de ligar, o Whatsapp é muito mais fácil,
isso traz precisão, agilidade e praticidade.
O canal de voz tradicional fica limitado
à quantidade de atendentes. No digital,
mesmo numa catástrofe, há capacidade de
atender a todos simultaneamente, com a
mesma agilidade, flexibilidade, precisão
e ainda de maneira praticamente ilimitada”,
enfatiza Reginaldo.
Para o turista, o canal digital é realmente
importante, por isso é o foco das
empresas de assistência a viagens. “Se
olharmos cinco anos no passado veremos
que um turista, para ter acesso a um
médico pelo seguro viagem, precisava
ligar para uma central de assistência e ser
redirecionado para o hospital mais próximo.
Atualmente, graças à tecnologia, o
viajante tem a opção de baixar aplicativos
em seu celular e solicitar serviços médicos
sem necessidade de ligar para uma
central telefônica”, completa Alexandre
Camargo, Country Manager da Assist
32
Card no Brasil. Desde 2017, a empresa
disponibiliza um app de telemedicina
que permite ao passageiro fazer uma
consulta médica por videoconferência,
de seu celular ou computador, sem sair
do seu hotel, 24h por dia, falando com
um médico em português. “É muito mais
conveniência para o segurado, que não
precisa se deslocar a um hospital para
tratar de sintomas mais simples, como
uma dor de cabeça por exemplo”, aponta.
Para uma seguradora, investir em
uma empresa de assistência com múltiplas
opções de atendimento é fundamental,
inclusive na contenção de custos.
“Temos um atendimento por triagem que
identifica, durante a ligação, qual o nível
de emergência do segurado. Dependendo
deste nível de emergência podemos direcionar
o passageiro para um hospital
ou podemos sugerir que um médico o
visite no hotel ou, ainda, recomendar uma
primeira consulta por telemedicina”, diz
Camargo. Segundo ele, estes cuidados
são importantes para que o passageiro
não precise se deslocar sem necessidade
para um hospital e para que a seguradora
tenha um melhor controle da sua
sinistralidade.
O prestador também acompanha as
mudanças de mercado e vem se especializando
e conectando a esses novos
serviços e métodos de acionamento
digital. “Com isso, o tempo de espera do
consumidor é reduzido, evitando que ele
precise realizar diversas chamadas, facilitando
a execução do serviço por meio de
check list virtual, por exemplo”, afirma
Luciana Volante. As empresas seguradoras
também vêm se especializando e
diversificando os canais de atendimento
ao consumidor.
O comportamento do consumidor
mudou ao longo dos anos e, por consequência,
suas necessidades também
mudaram. Assim, além da facilidade de
atendimento através de canais digitais,
as empresas de serviços diversificaram
seu portfólio de produtos. Um exemplo
disso é o produto oferecido pela Europ
Assistance Brasil chamado de Arquiteto
Virtual. Um serviço 100% digital que o
consumidor pode contratar em sua apólice
residencial para ter acesso à decoração
de ambientes, provido por arquitetos
❙❙
Ana Claudia Calil, da IGS
especializados sem onerar muito o custo
do seguro. “O Arquiteto Virtual permite
que mais pessoas tenham acesso a esse
tipo de serviço, que antes era realidade
apenas para um público restrito, uma vez
que há um alto custo para a elaboração
de projetos de decoração contratados por
meios tradicionais”, defende a gerente da
empresa.
Desenvolvimento
em conjunto
Os prestadores de serviço têm colaboração
direta no desenvolvimento
dessas novidades. Toda a cadeia produtiva
do setor, incluindo as seguradoras e os
corretores de seguros, ajuda a desenvolver
os serviços de assistência para atender
cada vez melhor o segurado. “A troca
de informações entre a seguradora, seus
corretores e as empresas de assistência
é uma realidade. Estas informações
servem não apenas para que o serviço
solicitado seja mais bem prestado, como
também para conduzir o atendimento ao
segurado de maneira a surpreendê-lo.
De dados demográficos como idade,
gênero, formação, a informações quanto
à composição familiar, fazem com
que a empresa de assistência conduza
o atendimento ao segurado de maneira
personalizada, buscando e propondo
soluções que façam sentido para a sua
realidade”, declara Ana Claudia Calil,
da IGS.Os corretores desempenham um
papel importante na formação da carteira
de clientes que contratam os serviços de
assistência. São eles que mantêm contato
direto com o segurado a fim de estreitar
as relações comerciais entre os usuários e
as empresas de assistência. “Os parceiros
possuem um papel único no desenvolvimento
dos novos serviços que farão parte
do nosso portfólio, a rede de prestadores
é essencial para que as necessidades dos
nossos clientes sejam atendidas com
qualidade. É de suma importância considerar
que os parceiros mantêm contato
direto com nossos clientes, com isso, a
gestão de rede é fundamental para que
toda a gama de prestadores de serviços
tenha satisfação em ser parceira”, frisa
Sibele Caneloi, diretora Comercial da
Ikê Assistência Brasil.
Lyssia Chieppe, superintendente
de Serviços da Autoglass, frisa que
os parceiros são peças fundamentais
para o sucesso deste mercado e todos
estão focados em atingir e superar as
expectativas do segurado. “Temos um
relacionamento muito próximo com os
❙❙
Alexandre Camargo, da Assist Card
corretores, que são verdadeiros portavozes
das necessidades do segurado,
o que nos ajuda a identificar pontos de
melhoria contínua em nosso dia a dia.
Além disso, nós e as seguradoras dedicamos
muitos recursos com pesquisa e
desenvolvimento para melhorar a jornada
ponta a ponta do cliente”.
Em sua visão, graças a esse relacionamento
é possível oferecer qualidade,
rapidez e conveniência em toda a jornada
do cliente. “Em 2019, as seguradoras
passaram a ofertar para seus clientes
três coberturas focadas nos sinistros
com custo inferior à franquia de casco:
a Cobertura de Pneu, que garante a troca
do pneu, roda e até suspensão, o Reparo
de Lataria, Pintura e Para-choque, que
garante as despesas com mão de obra na
reparação de peças externas do veículo,
e a Cobertura de Troca de Para-choque,
que possibilita o reparo ou troca do
para-choque em caso de colisão. A excelência
na realização do serviço é a última
peça para que o cliente fique satisfeito”.
Segundo ela, a cobertura de reparo de
lataria, pintura e para-choque é um exemplo
claro de superação de expectativa do
cliente, que tem seu carro reparado com
>>> assistência
❙❙Sibele Caneloi, da Ikê
agilidade, a um custo muito inferior ao
do serviço realizado de forma particular,
sem afetar a sua classe de bônus e com
qualidade e garantia.
“Em nossa essência, entendemos
que não é mais tolerável o mero cumprimento
de nossas atividades. Nos entender
como parceiros, e não como prestadores
de serviços, entender a estratégia
da seguradora para oferecer e prover
serviços que venham a este encontro,
é fundamental e decisivo”, afirma Ana
Claudia Calil, da IGS. Para a executiva,
a obrigação do parceiro é estar à frente
do seu mercado de atuação, antecipando
tendências e agregando mais valor ao
produto da seguradora, de forma que
os segurados percebam tangivelmente a
qualidade da marca e o atendimento às
suas expectativas.
Alexandre Camargo, da Assist Card,
conta que quando a empresa lançou os
primeiros serviços de telemedicina, em
2017, este tipo de atendimento ainda era
uma novidade e não tinha tantos prestadores
disponíveis em nível mundial. Mas
os prestadores foram acompanhando
esta revolução e se adaptando aos novos
tempos. “Hoje os nossos serviços de
telemedicina já podem ser consumidos
em inglês, espanhol ou português. Toda
a cadeia atuando em conjunto gera
conveniência. Contratar um seguro que
ofereça a opção de telemedicina permite
ao passageiro falar com um médico em
seu idioma natal e permite ao segurado
ser atendido sem precisar se deslocar a
um hospital”, pontua.
34
Serviços tradicionais
Por mais que estejamos frente a
uma mudança de comportamento do
consumidor, buscando efetivamente
serviços que lhe tragam mais conforto e
comodidade, o mercado brasileiro ainda
é consideravelmente embasado naqueles
benefícios tradicionais. “Quando falamos
de seguro de Automóvel, de forma geral,
os serviços mais procurados são os de
guincho, socorro mecânico e chaveiro,
por exemplo. Quando falamos de seguro
Residencial, os serviços de encanador e
eletricista respondem por mais de 50%
das solicitações. Ao falarmos de seguro
de vida, invariavelmente, buscam-se os
serviços de auxílio funeral”, diz Ana
Claudia Calil. O seguro de vida merece
um detalhe adicional. Não obstante ser,
de fato, um dos seguros mais contratados,
segundo pesquisa realizada pelo Ibope
Inteligência a pedido do Instituto de Saúde
Suplementar (IESS), em 2019, o seguro
de vida é o quarto item mais desejado
pelos brasileiros, ficando atrás apenas de
educação, casa própria e plano de saúde.
A utilização de serviços está diretamente
relacionada à sinistralidade e
a um maior conhecimento do segurado
quanto aos serviços aos quais ele tem
direito. “Vimos acompanhando nos últimos
anos, em especial de 2015 para cá,
uma substancial redução na sinistralidade
global do mercado. Por outro lado, em
se tratando de seguro Automóvel, vemos
o aumento da frota exposta, o que nos
leva a uma maior utilização”, relata Ana
Claudia. Em relação ao conhecimento
dos serviços, uma maior divulgação e
publicidade por parte das seguradoras,
a disponibilização de novos e variados
canais de acesso, levam o segurado a
maior consciência e conhecimento do que
lhe é disponibilizado. E essa conscientização
é benéfica para todo o ecossistema.
“Quanto mais ciente o segurado estiver
quanto ao que lhe é de direito, mais ele
usa. Quanto mais ele usa, mais ações
de melhoria são implementadas, mais
exigências se demandam de seus fornecedores
e mais qualidade ele recebe”,
demonstra.
De acordo com Sibele Caneloi, da Ikê
Assistência Brasil, seguindo a tendência
do mercado segurador, hoje os serviços
❙❙Lyssia Chieppe, da Autoglass
mais contratados são os emergenciais automotivos
e residenciais, mas existe uma
curva de tendência de aumento da procura
de serviços de comodidades como
desconto em medicamentos, consulta
médica remota, serviços de decoração
virtual, entre outros. “Como oferecemos
cada vez mais serviços de conveniência
ao cliente e por influência do cenário
econômico, as frequências sofreram um
aumento de 62% nos últimos três anos”,
apresenta.
Já a procura por seguro viagem cresceu
cerca de 15% de 2018 para 2019, de
acordo com a executiva da Assist Card.
A cobertura de vidros, faróis, lanternas
e retrovisores já é considerada como
essencial na contratação de um seguro
de automóvel. Por ser uma cobertura
disseminada entre corretores e segurados,
tanto sua contratação quanto utilização
são mais relevantes. “As coberturas de reparação
têm ganhado tração nos últimos
anos por gerar alta satisfação ao segurado
que as utilizam”, conta Lyssia Chieppe.
Vemos que as empresas de assistência
estão atentas às necessidades dos clientes
das seguradoras e conseguem identificar
oportunidades de aumentar a satisfação
do segurado por estar em contato direto
na linha de frente do atendimento. Por sua
vez, as seguradoras também enxergam
essas oportunidades e se empenham para
inovar e ofertar novos produtos para seus
segurados, buscando constante evolução.
Juntas, atuam no papel de materializar
essas ideias e garantir um atendimento
de excelência.
Melhores do
SEGURO
25
"
SAIBA
como participar da edição especial
e da comemoração dos
25 anos da
REVISTA APÓLICE
premio@revistaapolice.com.br
"