Expectativa é que o cultivode soja cresça na região nospróximos anosBavelloni: “Tudo o que conquistamosna vida se deve, principalmente, aoarrendamento de terras”Arrendar temvalido a pena32 ANUÁRIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO/2020 - 12ª EDIÇÃO
APRENDIZADOMesmo com a experiência de tantos anos trabalhando diferentestipos de solos – dos mais férteis aos de baixo teor deargila -, os Bavelloni não imaginavam que teriam um novoaprendizado. Neste primeiro ano de arrendamento em Diamantedo Norte, decidiram revolver uma parte das terrascom subsolagem e incorporar calcário para correção. A lavourase desenvolveu bem, mas por causa da movimentaçãona superfície, a média de produtividade ficou abaixo doesperado, 31 sacas por hectare; no restante, onde a antigapastagem de grama estrela-roxa apenas foi dessecada e recebeucalcário, a média chegou a 49,5 sacas.DENTRO DO PREVISTONada, no entanto, que não estivesse no planejamento de seisanos. “A gente não conseguiu empatar no primeiro ano”, comentouEdvaldo, estimando os custos diretos ao redor de 50sacas/hectare. Além de corrigir o solo, o desembolso incluiuaplicações de fosfato, adubos orgânico e químico e coberturade cloreto de potássio. As quantidades foram indicadas emanálise, com acompanhamento técnico, durante toda a safra,do engenheiro agrônomo Wendel Justino Rodrigues,. Elestambém tiveram que instalar uma nova base de maquinários e,para não correr riscos desnecessários, só trabalham com todasas suas atividades devidamente seguradas.Os Bavelloni semearam entre 15 de outubro a 10 de novembro,época que consideram a mais adequada para a região,mas enfrentaram falta de chuvas em dezembro, o que prejudicouas primeiras lavouras. “As noites são mais frescas mas,se faltar chuva, as plantas sentem.” Eles perceberam tambémque, diferente do que pensavam, os solos das beiradas de riosgeralmente são mais fracos que as de cabeceira.De toda forma, os solos (com teores de argila que variamde 10 a 29%) têm potencial, segundo Edvaldo, para responderao investimento, podendo chegar a uma média de 61 a66 sacas por hectare.MILHO NO INVERNO -Para os três primeiros anos o custo do arrendamento foi fixadoem 13,2 sacas por hectare, quantidade que sobe para 14,4sacas/hectare nos três anos seguintes. No inverno, períodoem que são dispensados de pagamento, os irmãos pretendemcultivar milho em consórcio com o capim braquiária, já sabendoque os riscos de uma geada forte são mínimos por ali.Dos quase 1,8 mil hectares cultivados pelos irmãosEdvaldo e Edgar Bavelloni em municípios do norte enoroeste do Paraná, só 360 são próprios. Tradicionaisarrendatários, eles veem nesse formato de parceria um caminhopara crescer e não costumam desperdiçar oportunidades.Em contínua expansão, na safra 2019/20 os dois conseguiramdobrar as áreas de cultivam após arrendar 907 hectares desolos arenosos em Diamante do Norte, no extremo noroeste, a180 quilômetros de Maringá, cidade onde residem.“A soja ainda é uma novidade aqui”, começou dizendo oprodutor, salientando o predomínio da pecuária tradicional.As terras que arrendaram são de uma fazenda cujos proprietáriosdecidiram buscar parceiros especializados na produção degrãos para fazer a reforma de pastos.FlammaCONFIANÇAPara muitos produtores, apostar no arrendamento em umaregião nova é como dar um tiro no escuro, mas os Bavelloniestão confiantes. “Tudo o que conquistamos na vida se deve,principalmente, ao arrendamento de terras”, ressaltou Edvaldo,explicando que eles estão buscando áreas em outras regiõesjustamente “para fugir da loucura” que se observa ao redorde Maringá, onde, por causa da concorrência, os proprietáriosestão exigindo 20,6 sacas/hectare em média para arrendar.Segundo Edvaldo, o extremo noroeste ainda é um desafio,como todo lugar novo, mas a região se situa relativamenteperto de Maringá e exige menos investimentos paraproduzir, do que os solos dos cerrados. Sem falar que háestradas em boas condições e estruturas de apoio aos produtores.“Nosso objetivo é crescer por aqui”, disse o produtor,prevendo uma grande mudança na paisagem regional:“Em alguns anos, isso aqui vai ter muita soja.” Mas alerta:o areião não é lugar para aventureiros.ANUÁRIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO/2020 - 12ª EDIÇÃO33
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