Peixe reduz o custo com asoja em Bela Vista do ParaísoO produtor ToniquinhoReis: em uma áreaantes inaproveitada daFazenda Água Clara, eleproduz tilápias que sãofornecidas para engordaa compradores de váriasregiões e estão prontasquando atingem o pesoentre 800g e 1,2kgFlamma68 ANUÁRIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO/2020 - 12ª EDIÇÃO
FlammaEmpregado do produtor Toniquinho Reis na frente do tanque de peixes)Diversificar os negócios sempre é bom, especialmentepara reduzir os custos das culturas principais, de sojae milho. Há alguns anos o produtor Antonio Aparecidodos Reis, de Bela Vista do Paraíso (PR), adicionou a pisciculturaà sua atividade. Em 24 mil metros quadrados de uma área antesinaproveitada da Fazenda Água Clara, na vizinha Florestópolis,ele produz tilápias que são fornecidas para engorda a compradoresde várias regiões. Estão prontas quando atingem o pesoentre 800g e 1,2kg. “Esse espaço aqui, antigamente, era sóbrejo. Hoje é a parte mais valorizada da propriedade” sorri Antônio,o Toniquinho Reis, como é conhecido o médico-veterináriode família tradicional no município.A Fazenda Água Clara está em nome de dona Anna Estevesdos Reis, viúva de Antonio Manoel dos Reis e mãe de Toniquinho,que tem duas irmãs: Anna Virgínia dos Reis e Rosa Fátima dosReis Matos, cujo marido, Romildo, é parceiro do produtor na lida.RECEITA BOACom o faturamento obtido nos tanques, Toniquinho dilui o investimentona soja, plantada em 135 alqueires [326,7 hectares].“Mais ou menos o equivalente a 30 sacas por alqueire”, calcula.Em resumo: para uma estimativa de custos diretos com a sojaque correspondem a 70 sacas por alqueire, a receita da pisciculturafaz com que o desembolso caia para 40 sacas por alqueire,em média.Além do peixe, pomares de laranja cultivados em 8 alqueires,numa outra propriedade, também ajudam no orçamento. Mas oprodutor não queria ficar dependendo da receita de outros negóciospara aumentar a lucratividade na soja. Nesse caminho, entreoutras iniciativas, há quatro anos ele começou a cultivar capimbraquiária em consórcio com o milho de inverno, orientado pelacooperativa. Enquanto alguns agricultores do município viam abraquiária com reservas, sua decisão foi a de ir em frente: “Se estádando certo em todo lugar, por que não daria certo aqui também?”,pensou.Em paralelo, sempre aberto a tecnologias,ele não descuidouda adubação com fertilizantes especiais, mediante análise de solo,em um programa de agricultura de precisão no qual faz ajuste finocom a reposição de vários nutrientes.SOLO“O mais importante de tudo é a construção da fertilidade dosolo e, em relação a isso, a braquiária é a ferramenta principal”,comentou o produtor, que é assistido pelo engenheiroagrônomo Josimar Mazucato. Ele explica que o capim atuana reestruturação física do solo, descompactando-o com suasraízes e mantendo a umidade em todo perfil do solo, o quebeneficia as plantas em condições adversas. Além disso, ajudaa controlar ervas como a buva e o amargoso, diminuindogastos com herbicidas. “Depois da braquiária, o perfil do solomelhorou muito na profundidade e também na formação dematéria orgânica.” O pH também melhorou: de abaixo de 4,0,agora está acima de 5,0.CRESCENDOO resultado disso tudo é que se até alguns anos a média de produtividadede soja patinava em 120 sacas por alqueire (49,5/hectare), o patamar agora é outro: subiu para 150 sacas por alqueire(61,9/hectare) e o produtor já está de olho em uma novameta: 180 sacas por alqueire de média (74,3/hectare).REFERÊNCIAO engenheiro agrônomo Josimar Mazucato conta que tem havidoexpansão de braquiária em Bela Vista do Paraíso e municípiosda região, um assunto no qual a família Reis se tornoureferência. “O Toniquinho gosta de usar produtos de primeiraqualidade e está sempre interessado em conhecer novas tecnologias”,diz Mazucato.ANUÁRIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO/2020 - 12ª EDIÇÃO69
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