INTEGRAÇÃOPara pecuarista, “a soja nuncavai dar prejuízo” emprojetos integradosSistemas ganham impulso na região noroeste paranaense, ampliando a renda dos produtoresAnimais são abatidos ainda muito jovens e acarne segue para uma cooperativa especializadaem carnes nobres de Londrina40 ANUÁRIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO/2020 - 12ª EDIÇÃO
Com propriedades nos municípios de Cruzeiro do Sul,Paranacity e Inajá, no noroeste paranaense, AparecidoPechoto é um produtor empolgado e promissor.No total dos seus 360 alqueires (871 hectares), 86%são cultivados com cana-de-açúcar, mas o entusiasmo dessedentista aposentado de Maringá com a atividade ruralnão se deve aos canaviais e, sim, aos 50 alqueires (121hectares) que destina à agropecuária na Fazenda Santo Antônio,em Cruzeiro do Sul. São dois os motivos.O primeiro é que seu investimento na qualidade do rebanhoa partir do cruzamento industrial de gado nelore eangus está dando certo: de 20 em 20 dias, Pechoto embarca23 novilhas superprecoces de 20 meses, em média,para uma cooperativa especializada em carnes nobres deLondrina, cada uma delas pesando 15,5 arrobas e com pelomenos 53% de aproveitamento de carcaça. A carne é tãodiferenciada que o produtor recebe um adicional de 10 a12% sobre o preço normal da arroba.GADO ENGORDA NO INVERNOO segundo motivo é que, orientado pela Cocamar, ele começouem 2018 a fazer integração lavoura-pecuária (ILP)em 15 dos 35 alqueires de pastos, promovendo a reformados mesmos com soja. Se por um lado, por causa da seca,a produção de soja no primeiro ano não vingou, de outroos benefícios dessa reforma para a pecuária foram além doesperado: no último inverno havia pastagem de sobra naárea de ILP. Com isso, durante 100 dias na época mais críticada estação, foram alojadas nada menos que 8 cabeçasem média por alqueire, que ainda engordaram 630 gramaspor animal/dia. Esses números ficaram acima dos obtidosno restante da fazenda, onde o rebanho apenas manteve opeso, mas são muito superiores quando comparados aos daregião: por falta de pasto nos meses frios, o gado perde pesoe a lotação não vai além de 2 cabeças por alqueire.Quando o gerente da unidade da Cocamar em Paranacity,Lucas Marchi, e o engenheiro agrônomo Jorge Vechi, apresentaramao produtor a oportunidade de investir na integração,ele conta que gostou da ideia, embora tenha ficadopreocupado: “Como é que eu iria lidar com soja se nuncatinha visto uma planta dessas de perto?”, justifica. Ele dizque só ficou mais tranquilo ao saber que o agrônomo da cooperativaprestaria todas as orientações ao seu funcionário.E, como já tinha maquinários, por que não tentar?Vechi diz que solos arenosos com baixo teor de argila representamum desafio à produção de soja, mas o produtorque segue rigorosamente todas as orientações técnicas eaplica as tecnologias recomendadas, como é o caso de Pechoto,consegue bons resultados.Conforme observou o gerente Lucas, a oleaginosa, por reformaro pasto, recupera a fertilidade do solo e contribui paradiluir os custos da pecuária. Segundo ele, a integração é o caminhopara que as propriedades do noroeste que se dedicamà criação de gado possam se manter e dar lucro. “Com pastosdegradados e baixa produtividade é difícil sobreviver, pois oscustos não param de subir e a conta não fecha.”Em seu trabalho de recria e engorda, Pechoto conta coma assessoria técnica do gestor de agronegócio Tiago Fadelie, na visão dele, se a pecuária não incorporar a agricultura,tende a desaparecer. O pasto de capim braquiária é semeadoapós a colheita da soja, vai resistir ao frio e será dessecadoàs vésperas da semeadura da nova safra de soja, naprimavera, para o plantio direto.FlammaDentista aposentado, Pechoto produz novilhos superprecoces e se diz“encantado” com a sojaPor isso é que ele diz não ter se abalado quando a severaestiagem inviabilizou a sua primeira colheita de soja, natemporada 2018/19. A lavoura estava no seguro e o investimentonão se perdeu, até porque seu principal negócio éa pecuária, que foi beneficiada. “Mesmo que não produza,a soja nunca vai dar prejuízo para o pecuarista”, afirma Pechoto.“Mas se produzir, a lavoura ainda vai render uma boareceita”, acrescenta.ANUÁRIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO/2020 - 12ª EDIÇÃO41
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