23.03.2020 Views

Anuário do Agronegócio 2020

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Para Pedroni, desembolso

maior com tecnologias

e práticas para tornar

o negócio sustentável,

permite racionalizar custos

Com deficit hídrico,

raízes vão mais fundo

em solo bem manejado

É

possível sim, com a adoção de tecnologias e práticas

sustentáveis, minimizar os efeitos das oscilações do

clima nas lavouras de soja.

No município de Cianorte, a 85km de Maringá, o produtor

Luiz Henrique Pedroni investe há cinco anos no cultivo

de capim braquiária, durante o outono/inverno, como

estratégia para a reestruturação física e biológica do solo.

Segundo Pedroni, análises periódicas dos aspectos físico

e químico do solo já apontam, entre outras melhorias, para

um aumento do percentual de matéria orgânica de 1,7%

para 2,3% e equilíbrio nutricional que se reflete no pH. Ao

mesmo tempo, com seu enraizamento, a braquiária age na

descompactação. “Se houver uma estiagem, as raízes vão

mais fundo, pelo menos 50cm, em busca de umidade”, comenta

Pedroni, que tem a companhia do filho Luiz Gustavo,

engenheiro agrônomo formado em 2017.

O produtor lembra que os solos de Cianorte apresentam

uma grande variação de manchas e, em sua propriedade,

o teor de argila chega, em alguns pontos, a 20%. Na safra

2017/18, ele alcançou médias ao redor de 180 sacas por

alqueire (74,3/hectare). “Podemos pensar em ter mais

estabilidade da produção”, afirma, salientando que na sua

região a maior parte das lavouras de soja é semeada sobre

palhada de milho, que se decompõe rapidamente com o

calor. Outro problema é a presença de alumínio no solo,

que dificulta o enraizamento.

36 ANUÁRIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIO,

INDÚSTRIA E COMÉRCIO/2020 - 12ª EDIÇÃO

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