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BALCONISTA S/A - Edição 25

Normalmente, esta revista conta histórias de balconistas experientes, com 20, 30 anos de profissão. Mas, para começar 2020, resolvemos mostrar a nova geração do balcão, encarnada em Vitor. Nossa edição nº25 também vai destacar as lembranças agridoces de um Lada Laika placa preta, além de traçar a linha do tempo do Papamóvel. E muito mais. Boa leitura!

Normalmente, esta revista conta histórias de balconistas experientes, com 20, 30 anos de profissão. Mas, para começar 2020, resolvemos mostrar a nova geração do balcão, encarnada em Vitor.

Nossa edição nº25 também vai destacar as lembranças agridoces de um Lada Laika placa preta, além de traçar a linha do tempo do Papamóvel. E muito mais.

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O MUNDO SOB AS

LENTES DE JULIO NERY

uando olhamos para uma fotografia vemos um momento único, irreproduzível, algo que aconteceu apenas

naquele segundo. Muitas vezes, não temos noção que aquele instante nunca mais irá se reproduzir e que

está eternizado na história. O trabalho de um fotógrafo é tão importante quanto o de um historiador ou de

Qum jornalista, seu trabalho é documentar momentos.

Julio Nery é um jovem fotógrafo de 23 anos,

vindo de uma família simples do bairro da

Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. É

um garoto sonhador que está conquistando

o mundo sob o olhar de suas lentes.

O MUNDO

DOS CARROS

Nery começou a fotografar logo depois

que saiu do colégio, em 2013, ele estava

na fase onde ficava perdido e não tinha

muito o que fazer. Pelo fato de seu pai já

ter trabalhado na área, Julio se inspirou,

pegou a câmera semiprofissional de sua

irmã e começou a fazer alguns “clicks” pelas

ruas da metrópole, as vezes com amigos, as

vezes sozinho.

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“Na foto está um amigo meu, Ricardo

Takeuchi, ele sempre foi um dos caras que

mais me incentivou no começo. Quando

eu fotografava com a semiprofissional, ele

abriu uma loja de roupas e me chamou para

tirar umas fotos, me emprestou todos os

equipamentos e falou ‘véi pode pirar’, foi

assim eu tomei mais gosto.”

Apesar de nunca ter feito nenhum curso,

Julio começou a se destacar e se encontrou

na fotografia. Um ano após começar por

hobbie, ele conseguiu um emprego como

assistente de fotógrafo.

“Fiz a entrevista, passei e comecei a dar

assistência a esse fotógrafo. Foi a maior

escola que eu tive, tipo eu aprendi tudo,

aprendi a fotografar, tratar imagem, utilizar

os programas e aprender o que é o mercado

fotográfico.”

Uma das especialidades de Julio é a fotografia

automotiva. Após sair do estúdio, o jovem começou

a trabalhar em uma produtora especializada, quase

100%, em carros. “O foco dela é vídeo, raramente

faz fotos. Quando eu entrei lá foi tipo um BOOM

para a minha cabeça, porque eu nunca tinha feito

vídeos, nem sabia como esse mercado funcionava

e talz.”

“Eu tive a oportunidade de fotografar carros legais

em lugares legais.” Um dos “trampos” que Julio

mais admira foi um trabalho realizado para Jeep, na

qual ele fotografou a campanha do Jeep Compass.

“Essa foto foi durante a gravação da campanha do

Jeep Compass e essa cena foi durante a produção.

Eu não tinha tempo para fotografar, muito menos

tinha tempo com o carro. Basicamente eu tinha

que aproveitar os gaps, os espaços entre as

gravações, desde que não atrapalhe. Essa foto

foi um dos momentos da filmagem, era uma cena

que a moça, a atriz, subia em cima do carro para

fazer umas fotos e tudo mais. Véi essa cena para

mim foi muito incrível, porque o lugar tinha uma

neblina que do nada aparecia e cobria tudo. Nunca

tinha visto algo assim, era tipo Silent Hill total. Foi

a melhor gravação, um dos trabalhos que eu tenho

mais consideração.”

Todas as fotos que Julio compartilha em suas redes

sociais tem algum significado, muitas vezes não

são nem de trabalhos, mas sim de pensamentos.

Nery conta que gosta de andar e fotografar, pois

além do trabalho, a fotografia é um hobbie, parte

de sua vida.

“Quando estou meio cansado, chateado ou

estressado, eu tenho o costume de sair sem

rumo para fotografar.”

Com metas internas, como fotografar veículos

em alta velocidade ou número de fotos, Nery se

desafia a melhorar. “É preciso ter treino, você não

pode treinar no lugar que você vai fotografar.”

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