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*Junho/2020 Referência Industrial 219

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INFRAESTRUTURA<br />

O<br />

presidente da Abit (Associação Brasileira<br />

da Indústria Têxtil e de Confecção),<br />

Fernando Pimentel, fez um apelo ao<br />

governo e a Aneel (Agência Nacional de<br />

Energia Elétrica), para reduzir o custo da<br />

energia elétrica do setor industrial, durante o período<br />

de pandemia. Ele defendeu que o pagamento seja<br />

sobre a energia consumida, e não sobre a demanda<br />

contratada, com possibilidade de compensações<br />

após a crise.<br />

“Estamos tendo desligamento de energia de<br />

fábricas e nada aconteceu que pudesse atenuar a<br />

situação das empresas consumidoras de energia. As<br />

empresas estão tendo que pagar uma demanda que<br />

não tiveram que consumir sob o risco de ter a energia<br />

desligada”, pontuou Fernando Pimentel, que também<br />

integra a diretoria da CNI (Confederação Nacional<br />

da Indústria).<br />

Pimentel destacou ainda que somente as empresas<br />

que compram no mercado livre de energia estão<br />

conseguindo negociar, mas lembrou que a grande<br />

maioria está refém das distribuidoras, que, segundo<br />

ele, não estão se mostrando dispostas a negociar.<br />

“A energia vem sendo um custo muito crítico para a<br />

indústria. Dentro desse contexto, há um desespero<br />

enorme. Esta é a verdade do mundo real, daquela<br />

indústria que está sem demanda ou com pouca demanda<br />

durante a pandemia”, defende.<br />

Segundo o presidente da Abit, o setor industrial<br />

precisa, com urgência, que o setor público adote<br />

medidas para atenuar o peso da energia sobre os<br />

segmentos para, assim, atravessar a crise e retomar<br />

a produção. “Ninguém quer dinheiro jogado de helicóptero.<br />

Mas precisamos de fôlego para religar o<br />

processo produtivo. O setor não quer favor, quer respirar<br />

para atravessar o deserto”, afirmou.<br />

Para Fernando Pimentel, a inovação será um dos<br />

fatores essenciais para empresas sobreviverem e preservarem<br />

empregos. Segundo ele, muitas indústrias<br />

anteciparam planejamentos que tinham o horizonte<br />

de três anos e implementaram soluções inovadoras<br />

em três meses. “É hora de ousar em propostas. É um<br />

momento oportuno de avançarmos com proposições<br />

ousadas, já que uma crise como essa, com grandes<br />

perdas, também nos traz boas lições”, frisou.<br />

REDUÇÃO DE ENCARGOS<br />

O presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, alertou<br />

que, antes mesmo da pandemia do novo coronavírus,<br />

a normalidade do país era de energia barata e conta<br />

cara, em razão de impostos, encargos e distorções.<br />

Pedrosa defendeu a redução ou a extinção de encar-<br />

36 referenciaindustrial.com.br JUNHO <strong>2020</strong>

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