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Revista Newslab Edição 160

Revista Newslab Edição 160 - Junho / Julho 2020

Revista Newslab Edição 160 - Junho / Julho 2020

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evista<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul 2020<br />

Editorial<br />

Chegamos à <strong>160</strong>ª edição da <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, cuidadosamente elaborada trazendo a maior gama de<br />

assuntos referentes ao setor de diagnóstico laboratorial.<br />

A pandemia de Covid-19 segue no mundo, mas a área da saúde e a pesquisa científica têm exercido<br />

papéis fundamentais para combate-la. Seguimos formando nossa rede de apoio para superar esse período<br />

complexo de nossa História.<br />

Mostra-se imprescindível a valorização da importância da área diagnóstica, dos profissionais de saúde,<br />

da ciência, da informação de qualidade, e todos os que colaboram para salvar vidas e prevenir danos, e<br />

a estrutura por trás disso. Estamos nessa luta, e gostaríamos de agradecer e parabenizar a todos os que<br />

colaboram nela, unidos venceremos a Covid-19.<br />

Sempre junto com vocês e cumprindo a nossa função, trazemos em nossa edição <strong>160</strong>, as melhores<br />

inovações e soluções do mercado de análises clínicas, reunindo as maiores empresas do ramo e conteúdo<br />

de qualidade. Agradecemos a todos que colaboraram com a revista, e a todos os leitores.<br />

*A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> é viva e dinâmica, acessando-a em nosso site, você poderá clicar nos links<br />

disponibilizados nela e melhorar a sua experiência com os materiais que lhe interessem. Sua experiência<br />

com a revista não termina aí. Nosso site e nossas redes sociais estão sempre trazendo materiais atualizados.<br />

Boa leitura a todos!<br />

JOÃO GABRIEL DE ALMEIDA<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul<br />

DEN DABENJ EDITORA NEWS - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />

Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

CNPJ.: 23.057.401/0001-83 - Insc. Est.: 140.252.109.119 - ISSN 0104 - 8384<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: DEN DABENJ EDITORA NEWS<br />

Conselho Editorial: Sylvian Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: João Gabriel de Almeida | redacao@newslab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Mundo | Periodiciade: Bimestral<br />

0 2


evista<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul 2020<br />

Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />

em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />

precise de informações adicionais, entre em contato com<br />

a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais, artigos<br />

originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />

etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />

clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />

revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />

natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />

artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />

Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />

na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />

resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />

em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />

e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />

foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />

constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />

referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />

do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência citadas<br />

no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />

Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />

inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />

contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab<br />

A/C: João Gabriel – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />

CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />

Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

TELEFONE: (11) 3900-2390<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nossa homepage: www.newslab.com.br<br />

Siga-nos no twitter: @revista_newslab<br />

0 6<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e<br />

informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da DEN Editora.<br />

Filiado à:


evista<br />

Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul 2020<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

BECTON DICKINSON 28 - 29<br />

BIO ADVANCE 27<br />

BIODIAGNÓSTICA 83<br />

BIOMEDICA 11<br />

BIOTECHNICA 04 - 05<br />

BUNZL SAÚDE 09<br />

CELER BIOTECNOLOGIA 93<br />

CELLAVISION 67<br />

CEPHEID 13<br />

DB DIAGNÓSTICOS<br />

4ªCAPA<br />

DIAGNO 74 - 75<br />

DIAGNÓSTICA CREMER 59<br />

EBRAM 25<br />

ECO DIAGNÓSTICA 1ªCAPA | 53<br />

ENZYTEC 17<br />

ERBA MANNHEIM 37<br />

EUROIMMUN 103<br />

FORLABEXPRESS 07<br />

GREINER 45 | 107<br />

GRIFOLS 79<br />

GT GROUP- BIOSUL 43<br />

HORIBA 2ªCAPA | 111<br />

ILLUMINA 39<br />

J.R. EHLKE 14-15<br />

LAB REDE 57<br />

LUMIRADX 41<br />

MAYO CLINC 77<br />

MEDICAL FAIR 115<br />

MOBIUS LIFE SCIENCE 23<br />

NEOLABIMPORT 03<br />

NEWPROV 21<br />

NIHON KHODEN 35 | 54 - 55<br />

PMH 65<br />

PNCQ 97<br />

PRIME CARGO<br />

3ªCAPA<br />

RENYLAB 31<br />

SARSTEDT 73<br />

SIEMENS 61<br />

SNIBE 33<br />

TBS- BINDINGSITE 49<br />

VEOLIA 70 - 71<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 19<br />

WAMA 63<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />

de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />

Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />

Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />

Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />

USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />

Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />

Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Humberto Façanha, Fabia Bezerra, José de Souza Andrade Filho, Lisiane Cervieri Mezzomo, Cristhian Roiz, Bruna Mascaro, Waldirene Nicioli, Rachel Siqueira de Queiroz Simões,<br />

Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Gleiciere Maia Silva.<br />

0 8


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* Cupom não acumulativo, válido apenas para uma<br />

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ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul 2020<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

50<br />

ECO DIAGNÓSTICA:<br />

LÍDER EM TESTES PARA COVID-19<br />

16<br />

ARTIGO 1<br />

QUANTIFICANDO ENZIMAS DE USO<br />

DIAGNÓSTICO: REVENDO OS CONCEITOS E<br />

CÁLCULOS PARA A MEDIDA DA ATIVIDADE<br />

30<br />

ARTIGO 2<br />

SÍFILIS: UM ALERTA EPIDEMIOLÓGICO<br />

Autores: Geraldo Picheth; Mauren Isfer Anghebem;<br />

Guilherme Fadel Picheth;<br />

Fabiane Gomes de Moraes Rego<br />

02<br />

- Editorial<br />

Autoras: Gabriela Schiling Alves;Andressa Bernardi;<br />

Fabiana Tais de Souza Hack.<br />

12<br />

56<br />

58<br />

60<br />

- Agenda<br />

- Publieditorial<br />

- Minuto Laboratório<br />

- Radar Ciêntifico - Siemens Healthineers<br />

38<br />

ARTIGO 3<br />

SOROPREVALÊNCIA DE HEPATITE B EM<br />

CRIANÇAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA<br />

Autores: Aline Borges Cardoso, Brenda Bulsara Costa<br />

Evangelista, Ranieri Flávio Viana de Sousa, Elaine<br />

Ferreira do Nascimento, Camilla Soares Sobreira,<br />

Lívia Mello Villar<br />

68<br />

72<br />

81<br />

- Radar Ciêntifico<br />

- Medicina Genômica<br />

- Citologia<br />

46<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

SISTEMA DE BENCHMARKING<br />

APOIO À DECISÃO EM LABORATÓRIOS<br />

82<br />

- Logística Laboratorial<br />

84<br />

- Virologia<br />

88<br />

89<br />

119<br />

- Biossegurança<br />

- Informe de Mercado<br />

- Patocordel<br />

78<br />

LADY NEWS<br />

VALIDAÇÃO DE TESTES LABORATORIAIS<br />

NA COVID-19


AGENDA<br />

Em função da pandemia do Covid-19, e acompanhando<br />

os desdobramentos da crise, decretos e posicionamentos<br />

dos governos, os eventos presenciais agendados para o<br />

período Junho/Julho estão cancelados.<br />

Comprometidos em não propagar informações equivocadas, não haverá<br />

seção Agenda na <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> Ed <strong>160</strong> e recomendamos que os<br />

interessados em participar de eventos consultem os sites dos eventos que<br />

estariam programados para esse período para se informar sobre possíveis<br />

novas datas e também sobre apresentações digitais como webinars e<br />

outras alternativas que estão sendo oferecidas pelas empresas.<br />

Mantenha-se informado em nosso site e em nossas redes sociais.<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

Agradecemos a compreensão de todos,<br />

Equipe <strong>Newslab</strong>.<br />

0 12<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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dos analisadores são bidirecionais<br />

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PERNAMBUCO<br />

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RONDÔNIA<br />

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BAHIA<br />

ALAGOAS<br />

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MATO GROSSO<br />

DISTRITO<br />

FEDERAL<br />

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MATO GROSSO<br />

DO SUL<br />

SÃO<br />

PAULO<br />

MINAS<br />

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RIO DE<br />

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Autores: Geraldo Picheth1; Mauren Isfer Anghebem1,2; Guilherme Fadel Picheth3;<br />

Fabiane Gomes de Moraes Rego1<br />

ARTIGO 01<br />

1. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Análises Clínicas. Programa de<br />

Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - UFPR<br />

2. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Escola de Ciências da Vida.<br />

3. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia da Universidade<br />

Federal do Paraná.<br />

Quantificando enzimas de uso diagnóstico:<br />

revendo os conceitos e cálculos para a medida da atividade<br />

Resumo<br />

A medida das enzimas no laboratório clínico, enzimologia clínica,<br />

tem desenvolvimento contínuo a mais de um século. Notadamente, a<br />

partir dos anos 1950, a padronização da enzimologia se consolidou.<br />

Neste artigo, propomos revisar os principais conceitos e cálculos envolvidos<br />

na enzimologia em abordagem didática. As principais fases<br />

de uma reação catalisada por enzima, condições de ensaio, uso da<br />

absortividade molar e cálculos que convertem velocidade de reação<br />

em unidades de atividade enzimática, são discutidos.<br />

Palavras-Chave: Enzimologia, Absortividade Molar, Cálculo Atividade,<br />

Condição de Ensaio.<br />

Abstract<br />

The measurement of enzymes in the clinical laboratory, clinical<br />

enzymology, has been in continuous development for over a century.<br />

Notably, from the 1950s, the standardization of enzymology<br />

was consolidated. In this article, we propose to review the main<br />

concepts and calculations involved in enzymology in a didactic<br />

approach. The main phases of an enzyme-catalyzed reaction, test<br />

conditions, use of molar absorptivity and calculations that convert<br />

reaction rate into units of enzymatic activity are discussed.<br />

Keywords: Clinical Enzymology, Molar Absorptivity, Activity<br />

Calculation, Assay Condition.<br />

Introdução<br />

As enzimas, catalisadores proteicos, são elementos<br />

fundamentais para o processo metabólico<br />

(1). Em complemento com a ação enzimática<br />

de aumentar a velocidade de reação, as<br />

enzimas, através de sua modulação participam<br />

da regulação das vias metabólicas, sendo, portanto,<br />

fundamentais à homeostasia celular (2).<br />

As enzimas catalisam as reações químicas sob<br />

condições fisiológicas, 37°C e pH neutro, acelerando<br />

a velocidade da reação pela diminuição<br />

da energia de ativação necessária, sem alterar o<br />

equilíbrio da reação (3).<br />

Enzimas de uso diagnóstico, compõem<br />

um grupo seleto. A quantificação destas<br />

proteínas em um líquido biológico, fornecem<br />

informações relevantes sobre processos<br />

patológicos (4).<br />

Quantificar enzimas, usualmente presentes<br />

em concentrações muito baixas em líquidos<br />

biológicos, é um desafio analítico. Como “capturar”<br />

a enzima do “mar proteico” em que se<br />

encontra e medir sua concentração com especificidade,<br />

são os elementos centrais na medição<br />

de enzimas (5).<br />

Os conceitos, cuidados e cálculos envolvidos<br />

na enzimologia clínica são conhecidos de longa<br />

data. O laboratório clínico moderno apresenta<br />

extensa utilização de reagentes comerciais e de<br />

sistemas automatizados. Estes sistemas fornecem<br />

reagentes e indicações dos cálculos para a<br />

obtenção dos resultados enzimáticos. Na percepção<br />

dos autores, estes elementos associados<br />

à rotina de alto volume, favorecem que os profissionais<br />

do laboratório reduzam a atenção em<br />

fundamentos da enzimologia. Este artigo, busca<br />

recordar conceitos relevantes em enzimologia,<br />

enfatizando elementos de uso rotineiro e aplicação<br />

prática.<br />

0 16<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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Autores: Geraldo Picheth1; Mauren Isfer Anghebem1,2; Guilherme Fadel Picheth3; Fabiane Gomes de Moraes Rego1<br />

ARTIGO 01<br />

A determinação da atividade enzimática pode<br />

ser realizada por diversas metodologias, desde<br />

as espectrofotométricas que se baseiam na<br />

análise do consumo de substrato ou de produto<br />

formado, até outras mais complexas, como a<br />

espectrometria de massa, ressonância magnética<br />

e eletro-osmose (6). As enzimas também<br />

podem ser quantificadas como “massa” através<br />

de métodos que detectam sua concentração;<br />

no entanto, a forma usual de quantificação de<br />

enzimas no laboratório clínico é a medida da<br />

atividade, motivo pelo qual este artigo aborda<br />

os principais elementos associados à medida da<br />

atividade enzimática (7). A figura 1 resume as<br />

principais características de cada processo.<br />

Na quantificação com a “atividade da enzima”,<br />

a velocidade da reação catalisada pela enzima<br />

frente a um substrato específico, é utilizada para<br />

identificar o número de moléculas de enzimas<br />

presentes na amostra biológica (7). A figura 2<br />

resume o processo de medição da atividade catalisada<br />

por enzimas.<br />

Figura 1: Processos para quantificação de enzimas.<br />

Na medida de massa, a enzima (ativa ou inativa com epítopos preservados) é selecionada por anticorpos específicos e a quantificação<br />

da relação antígeno-anticorpo ocorre por diferentes abordagens, como métodos de ELISA com indicadores cromogênicos, fluorescentes<br />

ou luminescentes. Na medição por atividade a enzima em sua forma biológica ativa interage com um substrato específico, gerando um<br />

indicador da reação que permite calcular a velocidade da reação.<br />

A determinação da atividade enzimática se<br />

faz, identificando a redução (consumo) de<br />

substrato ou o incremento de produto, sempre<br />

em tempo definido, caracterizando a “velocidade<br />

de reação”. A medida da formação do<br />

produto é preferível, quando possível, porque<br />

a determinação no aumento da concentração<br />

de uma substância acima de um inicial zero ou<br />

de uma concentração baixa é analiticamente<br />

mais confiável que a medida de diminuição de<br />

uma concentração inicialmente alta (7). A identificação<br />

do produto da reação é a forma mais<br />

frequente nos ensaios laboratoriais, pelo que<br />

vamos tomá-la como referência neste trabalho.<br />

Figura 2: Elementos essenciais para a medida da atividade enzimática no laboratório clínico.<br />

As enzimas catalisam, de forma reversível, a conversão do Substrato em Produto, aumentando a velocidade de reação. A medição das<br />

enzimas (atividade enzimática) é realizada identificando a redução do substrato e de forma mais usual o aumento do produto. O processo<br />

de medição pode exigir reações auxiliares e sempre uma reação indicadora. A quantificação do composto que indica a reação (cromogênico<br />

ou U.V.) em tempo determinado, caracteriza a velocidade de reação, que permite determinar a atividade enzimática.<br />

O elemento central para a medida da atividade<br />

é a relação direta de maior velocidade de<br />

reação, com maior o número de moléculas de<br />

enzima presentes na amostra. Esta afirmação é<br />

verdadeira, no entanto, outros e diferentes fatores,<br />

afetam a velocidade das reações enzimáticas<br />

(7). A figura 3 resume os principais fatores<br />

que afetam a velocidade de reação.<br />

Figura 3: Principais fatores que afetam a velocidade de reações catalisadas por enzimas.<br />

A figura descreve os fatores que modificam a velocidade de uma reação catalisada por enzima. Nas medições enzimáticas, todos os fatores<br />

apresentados, exceto a concentração de enzima, devem ser mantidos constantes, para que a velocidade de reação (atividade enzimática)<br />

capture apenas a concentração de enzima presente na amostra.<br />

0 18<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Autores: Geraldo Picheth1; Mauren Isfer Anghebem1,2; Guilherme Fadel Picheth3; Fabiane Gomes de Moraes Rego1<br />

ARTIGO 01<br />

Nas medições da atividade enzimática,<br />

controlar fatores outros diferentes da concentração<br />

de enzima, que alteram a velocidade<br />

de reação, é mandatório. A forma<br />

de controlar estas variáveis é padronizar no<br />

ensaio estas fontes de variação, a chamada<br />

“condições de ensaio” ou de forma popular o<br />

“protocolo” do ensaio (5). O quadro 1, apresenta<br />

os principais fatores a serem padronizados<br />

para a medição enzimática.<br />

Quadro 1: Padronização dos fatores que afetam a<br />

velocidade de reação<br />

Obs. Características específicas das enzimas e do sistema reacional<br />

condicionam como estes fatores são padronizados. A relevância<br />

dos elementos apresentados está amplamente discutida<br />

em texto de Bioquímica, Físico-Química e de Química Clínica (ou<br />

Bioquímica Clínica).<br />

Em termos práticos, a padronização da química<br />

das condições de ensaio, é o que nos<br />

oferece um reagente comercial (kit) para<br />

determinação de uma enzima. Nos produtos<br />

comerciais, o tampão, pH, concentração de<br />

substrato e ativadores, em soluções estabilizadas,<br />

caracterizam as condições adequadas<br />

para que a velocidade de reação seja atribuída<br />

somente a concentração de enzima na<br />

amostra biológica. Reiterando que a temperatura<br />

de reação deve ser definida e estável<br />

durante toda a medição. Nas condições padronizadas<br />

descritas, a velocidade de reação<br />

tem relação direta com a quantidade de enzima,<br />

portanto reflete a sua concentração na<br />

amostra (5, 7).<br />

A medida da velocidade de reação<br />

Com as condições de ensaio e temperatura<br />

padronizadas, a velocidade da reação (ou<br />

cinética da reação) catalisada por enzima<br />

pode ser representada didaticamente com os<br />

elementos da figura 4 (7).<br />

Figura 4: Principais etapas de uma reação enzimática com condições<br />

de ensaio padronizadas.<br />

Velocidade de reação (absorbância do indicador x tempo) de uma<br />

reação teórica, catalisada por enzima, identificando na curva as principais<br />

etapas da reação:<br />

1-Lag fase (0-45 s): sem linearidade, baixa velocidade, equilíbrio<br />

térmico e outros eventos.<br />

2-Período linear (1-4 minutos): velocidade de reação proporcional à<br />

concentração de enzima<br />

3-Perda da linearidade (>4 minutos): exaustão do substrato e outros<br />

eventos.<br />

A primeira fase de uma reação enzimática é a<br />

“lag fase” ou período de indução, definida como<br />

tempo requerido para que a reação atinja uma<br />

velocidade estável e linear. Na lag fase, ocorrem<br />

a estabilização da temperatura de reação,<br />

o tempo para a interação da Enzima-Substrato<br />

(com cofatores e ativadores) e o equilíbrio das<br />

reações auxiliares e indicadora. O tempo de<br />

lag fase, depende do sistema reacional, e, é<br />

muito variável para as enzimas clínicas, sendo<br />

para algumas quase inexistente para outras se<br />

prolonga em vários minutos. A atividade enzimática<br />

deve ser realizada após a lag fase estar<br />

completa (7, 8).<br />

O “período linear”, corresponde a velocidade<br />

de reação (consumo de substrato X tempo)<br />

associado à quantidade de enzima, onde todos<br />

os demais fatores que afetam a velocidade de<br />

reação estão controlados. Por exemplo, o substrato<br />

em excesso garante que a reação não seja<br />

limitada por este fator. A atividade enzimática<br />

deve ser medida no período linear, onde a velocidade<br />

de reação depende da quantidade de<br />

enzima presente na amostra (7).<br />

O período perda da linearidade, tem na<br />

“exaustão do substrato” a causa primordial,<br />

onde a cinética de ordem zero (excesso de substrato)<br />

deixa de ocorrer. Esta parte curva da cinética<br />

enzimática, também pode ser decorrente<br />

da inibição da reação pelo acúmulo do produto<br />

(inibição por feedback negativo), a reação reversa<br />

(as enzimas catalisam a reação em ambos<br />

os sentidos) pode atingir uma taxa significativa<br />

com o aumento do produto da reação, proporcionando<br />

a perda de linearidade. Em algumas<br />

reações enzimáticas, a limitação do espectrofotômetro<br />

na leitura de concentrações muito elevadas<br />

do indicador da reação, também é fator<br />

limitante e propicia a perda da linearidade (8).<br />

Importante: amostras com quantidade muito<br />

elevada de enzima (amostras“hiperativas”) irão<br />

depletar o substrato rapidamente, e a perda de<br />

cinética de ordem zero poderá ocorrer antes do<br />

fim do período de medida proposto na metodologia<br />

ou mesmo, em alguns casos, a perda<br />

da linearidade pode ocorrer na lag fase (8, 9).<br />

Estas amostras, obrigatoriamente, necessitam<br />

ser diluídas em solução salina (NaCl 0,9% ou<br />

154 mmol/L. A amostra diluída deve apresentar<br />

a fase linear, caso contrário diluições superiores<br />

devem ser realizadas. A diluição 1:10 (0,1 mL de<br />

soro + 0,9 mL salina) é usual. O resultado final<br />

da atividade deve ser multiplicado pela diluição<br />

realizada.<br />

0 20<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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ARTIGO 01<br />

Formas de Medição da Atividade<br />

A atividade enzimática pode ser medida essencialmente<br />

de duas formas: medição cinética (kinetic)<br />

ou medição em ponto final (endpoint) (7).<br />

Na medição cinética (múltiplos pontos, ou<br />

medição contínua) a reação é monitorada em<br />

diferentes tempos permitindo identificar a fase<br />

linear. A medição em ponto final, apenas uma<br />

medida após tempo pré-determinado é realizada,<br />

assumindo que a reação tenha transcorrido<br />

de forma linear (7). A figura 5 exemplifica as<br />

formas de medição.<br />

Figura 5: Exemplos gráficos de medidas de ponto final (um ponto,<br />

linha tracejada) e cinética (múltiplos pontos).<br />

A medição em ponto final, uma única medida de absorbância é realizada,<br />

com a expectativa que a reação tenha transcorrido de forma<br />

linear com o tempo (linha tracejada). A medição cinética (em múltiplos<br />

pontos) permite definir o período de linearidade e os períodos<br />

de lag fase e exaustão do substrato.<br />

A medição em ponto final, tem como principal<br />

vantagem a simplicidade e a possibilidade de<br />

processamento de múltiplas amostras simultaneamente.<br />

O processo agiliza rotinas não automatizadas.<br />

Como um único ponto, em tempo<br />

definido, é utilizado para o cálculo da atividade,<br />

sempre deixa a suspeita que a reação possa não<br />

ter se desenvolvido de forma linear, e, portanto,<br />

fragilizando a confiabilidade dos resultados.<br />

Deve ser ressaltado, que as metodologias enzimáticas<br />

que utilizam o ponto final como forma<br />

de medição, são desenvolvidas para resultados<br />

confiáveis e plenamente aceitas no laboratório<br />

clínico (7).<br />

A medição cinética é superior, permitindo o<br />

monitoramento da reação, e identificando com<br />

segurança o período linear e eventuais desvios<br />

da linearidade, bem como possível exaustão<br />

de substrato, em amostras hiperativas. Em sistemas<br />

manuais, a medição cinética consome<br />

tempo do equipamento e do seu operador,<br />

realizando uma amostra por vez. Esta desvantagem<br />

é superada quando se dispõe de equipamentos<br />

automatizados, que processam múltiplas<br />

amostras e realizam todas as medições e<br />

cálculos de forma automatizada (7).<br />

Convertendo velocidade de reação em<br />

Atividade Enzimática<br />

A forma de expressar a atividade enzimática<br />

foi padronizada, a partir de 1961, pela Comissão<br />

de Enzimas da União internacional de Bioquímica<br />

(10). Foi definida a Unidade Internacional<br />

(UI ou U) como a “quantidade de enzima que<br />

catalisa a reação de 1 micromol de substrato por<br />

minuto”, em condições específicas (“condições<br />

de ensaio”) de temperatura, pH, substratos e<br />

ativadores. As enzimas são usualmente expressas<br />

em Unidades por litro (U/L) (7).<br />

Em 1999 foi oficializado a unidade “katal”<br />

(símbolo kat) para compatibilizar com o Sistema<br />

Internacional (SI, Système International<br />

d’Unités) de unidades onde um katal representa<br />

a quantidade de enzima que catalisa 1 mol de<br />

substrato por segundo (11).<br />

A figura 6 resume as unidades de atividade<br />

enzimática e a conversão de U/L para as unidades<br />

mais frequentes empregadas em enzimas<br />

de uso diagnóstico µkat/L e nkat/L. As unidades<br />

U/L e kat/L são interconversíveis com os fatores<br />

apresentados (7).<br />

Figura 6: Definições de unidades de medida de atividade enzimática.<br />

[S]: concentração de substrato, min: minuto; s, segundo; L: litro de<br />

líquido biológico.<br />

U/L, Unidades Internacionais por litro (U/L) e kat/L, Unidade katal<br />

por litro.<br />

Dois procedimentos são empregados para<br />

converter a velocidade de reação em unidade<br />

de atividade enzimática: uso da absortividade<br />

molar ou um padrão do composto indicador<br />

(ex. cromógeno). A maioria das medições de<br />

enzimas diagnósticas utiliza a absortividade<br />

molar no cálculo das unidades enzimáticas.<br />

Uso da absortividade molar<br />

A absortividade molar (ε) é uma constante para<br />

um determinado composto, em comprimento de<br />

onda definido e condições padronizadas de temperatura,<br />

pH, solvente e outros (12). A figura 7<br />

resume a definição de absortividade molar.<br />

Figura 7: Conceito de absortividade molar<br />

Em uma análise espectrofotométrica a luz incidente (I0) em comprimento<br />

de onda definido e passível de ser absorvido pela molécula<br />

em solução, deixa a cubeta (com caminho ótico definido = “b”) com<br />

menor intensidade (It), luz transmitida. A relação logarítmica da<br />

razão entre I0/It é designada Absorbância (A), uma variável adimensional.<br />

A lei de Beer mostra que em certas condições a Absorbância<br />

(A) de um composto é diretamente proporcional a concentração (c),<br />

ao caminho que a luz percorre pela solução (b) e a uma constante<br />

intrínseca do composto, a absortividade (a). Quando a concentração<br />

é expressa em termos molares, o símbolo “a” é substituído por épsilon<br />

(ε) e esta constante é designada absortividade molar.<br />

Aplicando a absortividade molar, a medida da<br />

atividade enzimática em U/L pode ser calculada<br />

com a equação mostrada na figura 8.<br />

Figura 8: Cálculo da atividade enzimática.<br />

ΔA: delta (variação) da absorbância; Δt: delta (variação) do tempo; ε:<br />

absortividade molar; b: caminho óptico ou distância que a luz percorre<br />

na cubeta, usualmente 1,00 cm); VT: volume total na cubeta (reagentes<br />

+ amostra); VA: volume de amostra; 1000: fator de conversão<br />

de mmoL/L para µmoL/L (utilizado somente quando a absortividade<br />

molar é expressa em L.mmoL-1.cm-1.<br />

A atividade enzimática (U/L) é calculada pela velocidade de reação<br />

(ΔA/Δt, variação de absorbância por tempo no período linear, em<br />

minuto) e convertida em µmol de substrato desdobrado, pela absortividade<br />

molar (ε) do indicador da reação em comprimento de onda<br />

específico (milimolar no caso da fórmula estabelecida na figura),<br />

com correção do caminho óptico (b, usualmente 1,00 cm), corrigida<br />

a diluição da amostra (VT/VA), para um litro de líquido biológico. Em<br />

destaque (quadrado tracejado) os elementos da equação que definem<br />

o “fator de cálculo” da atividade, elemento constante, mantidas<br />

as condições de ensaio. Como exemplo, uma amostra de soro, onde a<br />

atividade enzimática apresente 15 U/L, a quantidade de enzima presente<br />

é capaz de desdobrar 15 µmoles de substrato por minuto por<br />

litro de soro, em condições padronizadas (concentração de substrato,<br />

tampão, pH, temperatura, ativadores, outros).<br />

0 22<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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Autores: Geraldo Picheth1; Mauren Isfer Anghebem1,2; Guilherme Fadel Picheth3; Fabiane Gomes de Moraes Rego1<br />

ARTIGO 01<br />

De forma didática, o uso da absortividade<br />

molar (ε) no cálculo da atividade enzimática é a<br />

utilização de um “Fator externo” de um padrão,<br />

que não foi obtido no laboratório que realiza o<br />

teste. Este fator permite converter a velocidade<br />

de reação de transformação do substrato,<br />

em quantidade de substrato desdobrado em<br />

µmoles, no caso em tela, em µmol por minuto<br />

(µmol/min). O “fator de cálculo”, em destaque,<br />

na figura 8, é aquele indicado nas instruções<br />

de uso dos reagentes comerciais (bulas de kits)<br />

para o cálculo final da atividade enzimática.<br />

O quadro 2, lista as absortividades molares<br />

dos principais indicadores de reações enzimáticas<br />

de uso diagnóstico.<br />

Quadro 2. Absortividade molar de indicadores de<br />

reações enzimáticas<br />

ALT, alanina aminotransferase; AST, aspartate aminotransferase; CHE,<br />

colinesterase; CK, creatina quinase; CK-MB, isoenzima MB da CK;<br />

FALc, fosfatase alcalina; GGT, gama-glutamiltransferase; LD, lactato<br />

desidrogenase; LPS, lipase.<br />

Observe que a absortividade milimolar, representada<br />

no quadro 2, varia em diferentes<br />

condições de medição como temperatura e pH.<br />

Portanto, a escolha da deste fator depende das<br />

condições estabelecidas para o ensaio (12).<br />

A utilização da absortividade molar obriga a<br />

rigoroso controle do processo analítico de medição,<br />

para sistemas manuais ou automatizados<br />

(23). A figura 9 resume os fatores a serem controlados<br />

para que a utilização da absortividade<br />

molar seja eficaz.<br />

Figura 9: Condições do sistema de medição essenciais para a utilização<br />

adequada da absortividade molar no cálculo da atividade enzimática.<br />

A utilização da absortividade molar, demanda que o sistema de medição<br />

(manual/espectrofotômetro ou automatizado) apresente desempenho<br />

com os padrões apresentados na figura. A forma prática<br />

e objetiva de verificação se as condições de medição são adequadas<br />

é a utilização de soros controle, que avaliem o resultado da medição<br />

e sistema analítico em uso.<br />

Uso do indicador da reação como padrão<br />

para cálculo da atividade enzimática<br />

Em condições pouco frequentes, o indicador<br />

da reação é estável e pode ser adicionado no<br />

protocolo de medição, como um padrão, para<br />

corrigir pequenos desvios do comprimento de<br />

onda, do caminho óptico, das medidas de volume<br />

e da performance do espectrofotômetro.<br />

É essencial, reiterar que este “padrão” não atua<br />

como a enzima presente na amostra. Portanto,<br />

não corrige variações da temperatura, e principalmente<br />

não é afetado por quaisquer dos<br />

fatores que afetam a velocidade da reação (concentração<br />

de substrato, pH e outros).<br />

A medição enzimática: um exemplo representativo<br />

Vamos considerar a medida da atividade da<br />

Fosfatase Alcalina (FAlc) utilizando como substrato<br />

4-nitrofenilfostato e as condições de ensaio<br />

propostas como método de referência por<br />

Tietz e colaboradores (17), com modificações<br />

preconizadas em reagentes comerciais.<br />

As figuras 11 a 13, sumarizam os elementos<br />

para quantificação da FAlc, com metodologia<br />

usual no laboratório clínico.<br />

A reação:<br />

Figura 11: Princípio de reação da Fosfatase Alcalina com 4-nitrofenilfosfato.<br />

A Fosfatase Alcalina hidrolisa o 4-nitrofenilfosfato (incolor), produzindo<br />

monofosfato orgânico e o indicador 4-nitrofenol, que em pH<br />

alcalino apresenta intensa coloração amarela (íon 4-nitrofenóxido;<br />

405 nm). A enzima requer íons Mg++ como ativador e o tampão<br />

AMP (2-amino-2-metil-1-propanol) atua também como aceptor<br />

do grupo fosfato (transfosforilação) o que aumenta a velocidade<br />

de reação. O substrato é auto-indicador, uma molécula de 4-nitrofenilfosfato<br />

hidrolisada produz uma molécula de 4-nitrofenol que<br />

é detectado (µmoles de produto colorido) em sistema fotométrico.<br />

Definido o tempo de reação (em minutos), se determina a atividade<br />

enzimática (µmoles/minuto).<br />

Figura 12: Condições de ensaio da Fostatase Alcalina na metodologia<br />

com 4-nitrofenilfosfato modificada de Tietz e colaboradores (17)<br />

Composição e concentração do reagente para Fosfatase Alcalina,<br />

condições do sistema de medição (espectrofotômetro) para medição<br />

e procedimento para medida da atividade.<br />

A unidade, L.mmol -1 .cm -1, para a absortividade<br />

molar mostrada no quadro 2, é usual, no<br />

entanto outras formas de expressar esta variável<br />

são utilizadas, em especial a unidade m 2 .mol -1<br />

(m 2 /mol), preferida em textos técnicos.<br />

Figura 10: Cálculo da atividade enzimática com indicador da reação<br />

como “padrão”.<br />

Ateste: absorbância do teste (mede o consumo de substrato; Apadrão:<br />

absorbância do padrão (indicador da reação); Conc[P]: concentração<br />

do padrão em mmoL; t: tempo da reação enzimática em minutos;<br />

VT: volume total da reação (reagentes + amostra); VA: volume de<br />

amostra; 1000: fator de conversão de mmoL/L para µmoL/L (utilizado<br />

somente quando a concentração do padrão é expressa em mmoL/L.<br />

A atividade enzimática (U/L) é calculada pela velocidade ATeste/t<br />

(velocidade em minutos), e convertida em µmol de substrato desdobrado<br />

com a concentração do indicador da reação em mmol/L/<br />

APadrão e corrigida para um litro de líquido biológico. Em destaque<br />

(quadrado tracejado) os elementos da equação que definem o “fator<br />

de cálculo” da atividade.<br />

Figura 13: Protocolo do ensaio da Fosfatase Alcalina.<br />

Misturar 1,0 mL do tampão-Substrato equilibrado a 37ºC, com 0,020<br />

mL de soro (Fosfatase Alcalina), incubar por 1 min (Lag fase) e medir<br />

a atividade por 3 min em 405 nm. Com os resultados da variação de<br />

Absorbância (ΔA/min), calcular a atividade enzimática.<br />

Limite para diluição: amostras com ΔA/min ≥ 0,28 devem ser repetidas<br />

após diluição apropriada.<br />

0 24<br />

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ARTIGO 01<br />

Aplicando os protocolos mencionados, os resultados<br />

e a cinética de reação, de uma amostra<br />

de soro e um soro controle (CQ) são mostrados<br />

na figura 14.<br />

Figura 14: Exemplo detalhado dos cálculos envolvidos na atividade<br />

enzimática.<br />

Uma amostra de soro, com reação linear nos 3 minutos de medição<br />

(tempos 1 a 4 min) apresentou (ΔA/3min = 0,086 ou dividido por 3,<br />

ΔA/min = 0,0286). De forma similar o soro controle (CQ) apresentou<br />

ΔA/min = 0,0696). Em detalhe, os elementos que compõem o “fator<br />

de cálculo”. O soro controle comercial medido, assinala para FAlc a<br />

37ºC com 4-nitrofenilfosfato-tampão aminometilpropanol, um valor<br />

médio de 197 U/L (com limites aceitáveis entre 155-238 U/L). Calculado<br />

a atividade do soro controle (192 U/L), dentro dos limites preconizados,<br />

este resultado valida o sistema de reação (temperatura, reagentes,<br />

pipetagem, comprimento de onda, e outros). Com a reação<br />

validada, a amostra de soro apresenta 79 U/L ou uma quantidade de<br />

Fosfatase Alcalina capaz de desdobrar 79 µmol de 4-nitrofenilfosfato<br />

nas condições de ensaio (substrato, tampão, temperatura, ativadores,<br />

outros) por minuto por litro de soro.<br />

Outro exemplo, apresentado na figura 15,<br />

mostra a medida de atividade de duas amostras<br />

de soro com elevada quantidade de Fosfatase<br />

Alcalina (amostra hiperativas: Hiper e<br />

Hiper 2).<br />

Neste exemplo, não há período linear para<br />

Hiper e Hiper 2, portanto, a atividade enzimática<br />

não pode ser calculada. Ambas as<br />

amostras necessitam diluição em NaCl 154<br />

mmol/L e as amostras diluídas devem ser<br />

repetidas, desenvolvendo período linear, calcular<br />

a atividade e multiplicar pela diluição.<br />

Caso não ocorra período linear aumentar a<br />

diluição e repetir o processo.<br />

Na amostra Hiper 2, o substrato é consumido<br />

já na lag fase, denotando quantidade<br />

expressivamente elevada da enzima.<br />

Figura 15: Exemplo de cinética de reação de amostras com elevada<br />

concentração da enzima Fosfatase Alcalina.<br />

As amostras de soro, Hiper e Hiper 2, não apresentam período linear durante<br />

a medição. Não calcular a atividade enzimática. Diluir a amostra o<br />

número de vezes necessário para que repetido com a amostra diluída,<br />

a reação apresente período linear, permitindo calcular a atividade que<br />

deve ser multiplicada pela diluição implementada.<br />

Na parte inferior do gráfico, as curvas da amostra de soro e controle<br />

de qualidade, discutidas na figura anterior.<br />

Padronização dos ensaios enzimáticos:<br />

calibradores para enzimas<br />

Como descrevem Infusino e colaboradores<br />

(29), o resultado numérico da medida da atividade<br />

catalítica depende completamente das<br />

condições experimentais utilizadas. A mesma<br />

amostra biológica, portanto, produz resultados<br />

numéricos diferentes, caso as condições de<br />

ensaio sejam alterados (como a temperatura,<br />

tampão, substrato, entre outros).<br />

A longo tempo a comunidade científica promove<br />

esforços para produzir matérias de referência<br />

como comutabilidade e estabilidade para<br />

harmonizar as medidas enzimáticas (28).<br />

Alguns fabricantes de reagentes comerciais,<br />

propõem calibrações de enzimas, com<br />

calibradores específicos para suas metodologias.<br />

No entanto, no presente, não há material<br />

certificado para padronização universal<br />

das enzimas de uso diagnóstico.<br />

Uma abordagem desta temática, com maior<br />

profundidade, escapa do escopo deste trabalho.<br />

As propostas de padronização das enzimas e<br />

outros materiais de uso no laboratório clínico<br />

podem ser acompanhado no sítio da Joint Committee<br />

for Traceability in Laboratory Medicine<br />

(JCTLM; https://www.bipm.org/jctlm/).<br />

Em síntese, este artigo busca rever e consolidar<br />

conceitos envolvidos na enzimologia<br />

clínica, com uma abordagem didática.<br />

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for the measurement of catalytic activity concentrations of enzymes at 37<br />

degrees C. Part 9: reference procedure for the measurement of catalytic concentration<br />

of alkaline phosphatase International Federation of Clinical Chemistry<br />

and Laboratory Medicine (IFCC) Scientific Division, Committee on Reference<br />

Systems of Enzymes (C-RSE) (1)). Clinical chemistry and laboratory medicine<br />

: CCLM / FESCC. 2011;49(9):1439-46. 19. International Federation of Clinical<br />

C, Laboratory M, Schumann G, Aoki R, Ferrero CA, Ehlers G, et al. IFCC primary<br />

reference procedures for the measurement of catalytic activity concentrations<br />

of enzymes at 37 degrees C. Clinical chemistry and laboratory medicine : CCLM<br />

/ FESCC. 2006;44(9):1146-55. 20. Szasz G. A kinetic photometric method for<br />

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in serum. Clinical chemistry. 1976;22(12):2051-5. 22. Siekmann L, Bonora R,<br />

Burtis CA, Ceriotti F, Clerc-Renaud P, Ferard G, et al. IFCC primary reference procedures<br />

for the measurement of catalytic activity concentrations of enzymes<br />

at 37 degrees C. International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory<br />

Medicine. Part 7. Certification of four reference materials for the determination<br />

of enzymatic activity of gamma-glutamyltransferase, lactate dehydrogenase,<br />

alanine aminotransferase and creatine kinase accord. Clinical chemistry and<br />

laboratory medicine : CCLM / FESCC. 2002;40(7):739-45. 23. Eyer P, Worek F,<br />

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as substrate. Clinical chemistry.<br />

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of cytochrome P-450 monooxygenase activity. Analytical biochemistry.<br />

1984;140(1):138-45. 28. Panteghini M, Forest JC. Standardization in laboratory<br />

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clinical chemistry. 2005;355(1-2):1-12. 29. Infusino I, Bonora R, Panteghini M.<br />

Traceability in clinical enzymology. The Clinical biochemist Reviews / Australian<br />

Association of Clinical Biochemists. 2007;28(4):155-61.<br />

0 26<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


212,4 ng/mL<br />

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Os exames de gasometria podem<br />

ajudar no tratamento do COVID-19<br />

O processo de análise e monitoramento dos gases sanguíneos<br />

arteriais é uma parte essencial do diagnóstico e gerenciamento de<br />

pacientes críticos.<br />

A análise dos gases sanguíneos<br />

é extensamente utilizada para o<br />

diagnóstico e acompanhamento<br />

clínico das doenças. Os resultados<br />

obtidos podem indicar a natureza<br />

do distúrbio, se a disfunção é respiratória<br />

ou metabólica.<br />

As amostras de sangue arterial<br />

são sensíveis às variáveis pré-analíticas<br />

devido às suas propriedades<br />

fisiológicas. Vários erros podem ocorrer<br />

na fase pré-analítica, levando à<br />

alteração da composição das amostras<br />

e ao incorreto diagnóstico e tratamento<br />

dos pacientes.<br />

A coleta da amostra, manuseio e<br />

transporte, são os principais fatores<br />

a afetar a acuracidade e boa qualidade<br />

do laboratório clínico.<br />

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Verifique o tipo de coleta que é realizada na sua Instituição:<br />

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50 UI/mL de sangue Heparina Lítica balanceada<br />

com cálcio.<br />

Membrana porosa que permite eliminação do ar residual.<br />

Permite coleta do sangue a partir de volume pré-determinado.<br />

Volume de aspiração:<br />

• Seringa de 1,0 mL: 0,6 mL<br />

• Seringa de 3,0 mL: 1,6 mL<br />

50 UI Heparina Lítica balanceada com cálcio.<br />

Volume de aspiração:<br />

• Seringa de 1,0 mL: 0,6 mL<br />

• Seringa de 3,0 mL: 1,6 mL<br />

Dosagem de eletrólitos ( pH, Na, K, CL, iCa, Hct, Hb, Glu)<br />

e outros parâmetros.<br />

Agulhada.<br />

Coleta arterial.<br />

Dosagem de eletrólitos ( pH, Na, K, CL, iCa, Hct, Hb, Glu)<br />

e outros parâmetros.


ARTIGO 02<br />

Autoras:<br />

* Gabriela Schiling Alves1,2; * Andressa Bernardi1,3; * Fabiana Tais de Souza Hack1,4<br />

1-Instituto de Ciências da Saúde – Universidade Feevale, RS<br />

2-Bacharel em Biomedicina - Universidade Feevale, RS<br />

3-Acadêmica de Biomedicina - Universidade Feevale, RS<br />

4-Mestranda acadêmica em Virologia - Universidade Feevale, RS<br />

Sífilis: Um Alerta Epidemiológico<br />

Syphilis: an Epidemiological Alert<br />

Resumo<br />

A sífilis, uma Infecção Sexualmente Transmissível, caracterizada por<br />

seu agravo sistêmico, de evolução lenta e crônica, tem deixado em<br />

alerta as autoridades sanitárias brasileiras e mundiais. Devido ao<br />

expressivo aumento no número de casos notificados no Brasil, esta<br />

patologia vem caracterizando-se como um sério problema de saúde<br />

pública. Diante disto, este artigo tem como objetivo realizar uma revisão<br />

integrativa sobre a sífilis no Brasil, salientando seus dados epidemiológicos,<br />

a importância do diagnóstico e do tratamento adequado,<br />

bem como suas medidas de prevenção visando o controle desta epidemia<br />

e a melhor a qualidade de vida dos indivíduos afetados.<br />

Palavras-Chave: Treponema pallidum. Epidemiologia. Brasil.<br />

Sinais e Sintomas<br />

Abstract<br />

Syphilis, a Sexually Transmitted Infection, characterized by its<br />

slow and chronic systemic aggravation, has left the Brazilian and<br />

world sanitary authorities on alert. Due to the significant increase<br />

in the number of cases reported in Brazil, this pathology has been<br />

characterized as a serious public health problem. Therefore, this<br />

article aims to carry out an integrative review on syphilis in Brazil,<br />

highlighting its epidemiological data, the importance of diagnosis<br />

and appropriate treatment, as well as its prevention measures aimed<br />

at controlling this epidemic and improving the quality of life<br />

of affected individuals.<br />

Keywords: Treponema pallidum. Epidemiology. Brazil. Signals<br />

and symptons.<br />

Introdução<br />

A sífilis é uma Infecção Sexualmente<br />

Transmissível (IST) caracterizada por seu<br />

agravo sistêmico, de evolução lenta e crônica.<br />

Classificada atualmente como uma<br />

epidemia e capaz de atingir cerca de 10 milhões<br />

de novas infecções por ano, segundo<br />

a Organização Mundial da Saúde – OMS. A<br />

sífilis, apesar de ser uma patologia de fácil<br />

prevenção, que possui tratamento acessível<br />

e bastante eficaz, tem apresentado atualmente<br />

um aumento considerável no seu<br />

número de casos, caracterizando-se um sério<br />

problema de saúde pública para as autoridades<br />

sanitárias brasileiras e mundiais<br />

(Souza, 2018; Peeling 2017). O presente<br />

trabalho tem como objetivo realizar uma<br />

revisão de literatura sobre o que é a sífilis,<br />

qual seu agente causador, suas principais<br />

manifestações clínicas, salientando a importância<br />

do seu diagnóstico e tratamento<br />

adequado, bem como a sua prevenção<br />

desta epidemia no Brasil com enfoque ao<br />

panorama atual na sua exterioridade.<br />

0 30<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Autoras:<br />

* Gabriela Schiling Alves1,2; * Andressa Bernardi1,3; * Fabiana Tais de Souza Hack1,4<br />

ARTIGO 02<br />

Material e métodos:<br />

Realizou-se uma revisão integrativa acerca<br />

do tema em diversas fontes nacionais e inter-<br />

Os casos de infecções por sífilis no Brasil<br />

têm se elevado significativamente nos últimos<br />

anos, e alcançado percentuais maiores<br />

A transmissão da sífilis pode ser classificada<br />

como adquirida e congênita. A forma adquirida<br />

tem como principal via de transmissão o<br />

nacionais nos bancos de dados científicos, tais<br />

que os globais, atestando desta forma o ca-<br />

contato sexual desprotegido, seguido da via<br />

como Medline, Pubmed e Google Acadêmico.<br />

ráter endêmico desta patologia no território<br />

hematogênica e de acidentes com material<br />

Foram encontrados 87 artigos e destes utili-<br />

brasileiro. Desde o ano de 2010, cerca de<br />

biológico contaminado. Já a forma congênita<br />

zados 21 que abrangiam o tema em questão.<br />

228 mil novos casos de sífilis foram noti-<br />

tem como via de transmissão a transplacentá-<br />

ficados. Entre os anos de 2014 e 2015 ob-<br />

ria, no qual a mãe transmite o treponema para<br />

Resultados e discussão:<br />

servou-se um aumento de 32% nos casos<br />

o feto através da placenta durante a gestação<br />

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmis-<br />

em adultos e mais de 20% em gestantes.<br />

(Facco, 2002; Stoltey 2015 e Belda 2009).<br />

sível causada pelo agente Treponema pallidum,<br />

Atualmente, segundo as estimativas do<br />

uma bactéria gram negativa com formato de es-<br />

Boletim Epidemiológico do Ministério da<br />

As manifestações clínicas ocasionadas pela<br />

piroqueta, que mede cerca de 0,2 uM de largura<br />

Saúde, no ano de 2017 foram notificados<br />

sífilis adquirida surgem dentro de 21 a 30 dias<br />

e 5 a 15 uM de comprimento. Classificada como<br />

no Sistema de Informação de Agravos de<br />

após o período de exposição e incubação, clas-<br />

um patógeno exclusivo do ser humano, não culti-<br />

Notificação (Sinan) 119.800 casos de sífilis<br />

sificadas em diferentes fases de infeção, sendo<br />

vada in vitro e com reprodução através de divisão<br />

adquirida, 49.013 casos de sífilis em ges-<br />

elas primária, secundária, terciária e latente<br />

transversa, esta bactéria exige coloração imuno-<br />

tantes, 24.666 casos de sífilis congênita e<br />

de acordo com o tipo das lesões (Facco, 2002;<br />

fluorescente ou microscopia de campo escuro<br />

206 óbitos por sífilis congênita. Dados que<br />

Stoltey 2015 e Belda 2009).<br />

para ser visualizada (Peeling, 2017; Pinto 2014;<br />

quando comparados ao ano de 2016 apon-<br />

Lafeta, 2016 e Cameron 2013).<br />

tam um aumento significativo de 31,8% na<br />

A sífilis primária é caracterizada pelo<br />

incidência de sífilis adquirida, 28,5% na<br />

aparecimento do cancro duro ou protossi-<br />

A origem da sífilis envolve muitas teorias,<br />

taxa de detecção em gestantes e 16,4% na<br />

filoma, uma lesão ulcerativa com bordos<br />

algumas afirmam que a sífilis possa ser tão<br />

incidência de sífilis congênita (Ministério<br />

elevados, fundo liso e limpo, coberto por<br />

antiga quanto a humanidade e que por sua<br />

da Sáude, 2018).<br />

material seroso e indolor, medindo até 3,0<br />

inespecificidade de manifestações clínicas pu-<br />

cm de diâmetro, que surge dentro de duas<br />

desse ser confundida com outras patologias e<br />

Em relação às taxas de detecção territorial<br />

a quatro semanas após contagio sexual. A<br />

diagnosticada equivocadamente. Outras teo-<br />

observou-se um crescimento de 31,8% no<br />

localização deste cancro costuma ser varia-<br />

rias, afirmam também que o Treponema palli-<br />

ano de 2017 em relação ao ano anterior,<br />

da, em mulheres eles geralmente podem<br />

dum surgiu na África e acabou se espalhando<br />

passando de 44,1 para 58,1 casos por 100<br />

aparecem na parede vaginal, pequenos lá-<br />

mundialmente. Entretanto, uma das teses<br />

mil habitantes. Dentre as regiões brasilei-<br />

bios e colo uterino, e nos homens podem<br />

mais aceitas é a de que a sífilis tenha sido uma<br />

ras, constatou-se o incremento de 45% na<br />

se situar na glande e na região anorretal.<br />

“doença das américas” e tenha chegado e se<br />

Região Norte, 47,8% no Nordeste, 25,3%<br />

Além disso, podem ocorrer lesões extrage-<br />

espalhado pela Europa juntamente com a no-<br />

no Sudeste, 34,2% no Sul e 41% no Centro<br />

nitais capazes de atingir a boca, língua e<br />

tícia da descoberta do continente, no decorrer<br />

Oeste. Além disso, de acordo com os dados<br />

as extremidades dos membros superiores.<br />

das grandes navegações. Uma das evidências<br />

epidemiológicos das secretarias estaduais<br />

Após o aparecimento deste cancro, cerca de<br />

utilizadas para comprovar essa tese, é o en-<br />

de saúde e do Ministério da Saúde, a po-<br />

duas semanas, ocorre o surgimento de uma<br />

contro de ossadas indígenas que possuíam<br />

pulação mais afetada pela sífilis no país é<br />

adenopatia regional bilateral não supurati-<br />

mais de 4 mil anos e revelavam indícios de<br />

composta por mulheres jovens com idades<br />

va móvel, cuja regressão leva à cicatrização<br />

infecção pelo Treponema pallidum (Velleira,<br />

entre 20 e 29 anos (Costa, 2017; Facco,<br />

do cancro dentro de um mês (Facco, 2002;<br />

2006 e Harper 2008).<br />

2002 e Stoltey 2015).<br />

Stoltey 2015 e Belda 2009).<br />

0 32<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Autoras:<br />

* Gabriela Schiling Alves1,2; * Andressa Bernardi1,3; * Fabiana Tais de Souza Hack1,4<br />

ARTIGO 02<br />

A sífilis secundária é caracterizada pelo<br />

desaparecimento do cancro, marcado por<br />

um curto período de latência que pode<br />

durar cerca de seis semanas, e o acometimento<br />

sistêmico do organismo. Dentre as<br />

manifestações cutâneas que podem ocorrer<br />

durante esta fase estão a roséola sifilítica,<br />

adenopatia generalizada, artralgia, papulas<br />

cutâneas palmares e plantares, alopecia e<br />

condiloma plano. Os sintomas sistêmicos<br />

costumam ser genéricos como mal-estar,<br />

náuseas, vômitos, febre baixa, cefaleia,<br />

meningismo, hepatoesplenomegalia, mialgias,<br />

rouquidão, síndrome nefrótica e glomerulonefrite<br />

(Costa, 2017; Facco, 2002 e<br />

Ho 2011).<br />

to e congestão nasal nos primeiros meses<br />

de vida, erupções bolhosas nas mãos, pés<br />

e na boca, “nariz em sela”, hepatoesplenomegalia,<br />

anemia hemolítica associada à<br />

icterícia, desta forma o diagnóstico deve<br />

ser realizado de forma cautelosa associando-se<br />

a epidemiologia materna (Costa,<br />

2017; Facco, 2002 e Krüger 2010).<br />

Já na sífilis congênita tardia, diagnosticada<br />

após o segundo ano de vida, as manifestações<br />

clínicas são raras e sistêmicas, e<br />

geralmente a criança apresenta a tríade de<br />

ceratite intersticial, dentes de Hutchinson e<br />

surdez do oitavo par craniano. Em relação<br />

aos casos de sífilis gestacional, de acordo<br />

Dentre os testes sorológicos treponêmicos<br />

podemos citar o FTA-Abs (Fluorescent<br />

Treponemal Antibody Absortion Test), a hemaglutinação<br />

e a imunofluorescência, testes<br />

utilizados para confirmar a reatividade de<br />

testes não treponêmicos. Dentre o diagnóstico<br />

complementar molecular há a PCR (Reação<br />

em Cadeia da Polimerase) técnica capaz<br />

de detectar uma única cópia do cromossomo<br />

treponêmico. A PCR permite melhor acurácia<br />

e estimativas sobre a prevalência, maior<br />

acesso a novas populações para rastreamento,<br />

assim como o aumento dos estudos epidemiológicos<br />

e de transmissão (Costa, 2017;<br />

Ho 2011 e Dantas, 2017).<br />

com estudos realizados, cerca de 66% dos<br />

Na forma mais grave, a sífilis terciária<br />

fetos provenientes de gestantes portadoras<br />

O tratamento de escolha para a sífilis é<br />

ou tardia surge geralmente após anos de<br />

de sífilis durante a gestação não tratadas<br />

a Penicilina G Benzatina, que interfere na<br />

infecção, envolvendo inflamação crônica<br />

apresentam algum acometimento, e cerca<br />

síntese do peptidoglicano, componente da<br />

granulomatosa e progressiva que se instala<br />

em diversos órgãos e tecidos como lesões<br />

cutâneo-mucosas, acometimento do sistema<br />

nervoso central, meninges, doença cardiovascular<br />

e neurossífilis, que podem levar<br />

o indivíduo ao óbito rapidamente. E por<br />

fim, a sífilis Latente, caracterizada por ser<br />

assintomática e com positividade persistente<br />

das reações sorológicas, quadro que<br />

pode perdurar durante anos (Costa, 2017;<br />

Facco, 2002 e Ho 2011).<br />

Nos casos de sífilis congênita as manifestações<br />

clínicas podem ser classificadas<br />

em precoce, diagnosticada até os dois<br />

anos de idade, e a tardia. Na sífilis congê-<br />

de 30% evoluem para óbito fetal (Costa,<br />

2017; Facco, 2002 e Krüger 2010).<br />

O diagnóstico da sífilis é baseado na<br />

anamnese, em testes sorológicos e testes<br />

moleculares complementares. Os testes<br />

sorológicos não treponêmicos como o<br />

VDRL (Venereal Disease Research Laboratory)<br />

que detecta anticorpos tipo IgG e<br />

IgM, pode ser realizado a partir da 2ª ou<br />

3ª semana após o aparecimento do cancro,<br />

sendo importante no acompanhamento<br />

da eficácia do tratamento e na rotina<br />

pré-natal. Utilizado de forma trimestral<br />

em pacientes com infecção pelo HIV, no 1º<br />

e 3º trimestres em paciente sem infecção<br />

parede celular do T. pallidum, o esquema<br />

terapêutico pode durar até 14 dias, no<br />

qual as doses variam de acordo com as fases<br />

de infecção que o indivíduo apresenta.<br />

Outras opções terapêuticas podem ser utilizadas<br />

como a azitromicina, eritromicina<br />

e tetraciclina, entretanto, devem ser mantidas<br />

como drogas de segunda linha, pois<br />

apresentam atividade inferior à penicilina.<br />

No caso de gestantes, é de suma importância<br />

que o tratamento seja concluído até<br />

30 dias antes do parto e que seu parceiro<br />

seja concomitantemente tratado com o<br />

mesmo esquema terapêutico. A falta de<br />

conclusão do esquema terapêutico impli-<br />

nita precoce cerca de 70% dos casos são<br />

pelo HIV, e em qualquer gestante que der<br />

ca em alto risco de reinfecção da gestante<br />

assintomáticos, entretanto, em alguns ca-<br />

origem a um natimorto com mais de 20<br />

e sérios riscos à saúde do feto. Em caso<br />

sos o curso desta doença pode ser similar<br />

a sífilis secundária e apresentar corrimen-<br />

semanas gestacionais (Costa, 2017; Ho<br />

2011 e Dantas, 2017).<br />

de neurossífilis deve ser administrado penicilina<br />

G cristalina. Durante o tratamen-<br />

0 34<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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* Gabriela Schiling Alves1,2; * Andressa Bernardi1,3; * Fabiana Tais de Souza Hack1,4<br />

ARTIGO 02<br />

to, os pacientes devem ser monitorados<br />

trimestralmente por meio de exames de<br />

sorológicos para confirmar a efetividade<br />

do mesmo. A falta de tratamento ou o tratamento<br />

inadequado pode levar a lesões<br />

irreversíveis envolvendo sequelas graves<br />

ou até mesmo o óbito (Costa, 2017; Dantas,<br />

2017; Blencowe 2011, Kalinin 2015,<br />

Cooper 2016 e Ros 2018).<br />

Referências bibliográficas<br />

1. Souza LA, Oliveira ISB, Lenza NFB, Rosa WAG,<br />

Carvalho VV e Zeferino MGM. Ações de enfermagem<br />

para prevenção da sífilis congênita: uma revisão<br />

bibliográfica. Rev. Inic. Cient. da Libertas, São<br />

Sebastião do Paraíso. 2018. v. 8, n.1.<br />

2. Peeling RW, Mabey D, Kamb ML, Chen XS,<br />

Radolf JD e Benzaken AS. Syphilis. Nat Rev Dis Primers.<br />

2017;3:17073.;<br />

3. Pinto VM, Tancredi MV, Alencar, HDRD, Camolesi<br />

E, Holcman MM, Grecco JP, Grangeiro A e Grecco<br />

review of the current evidence. [local desconhecido].<br />

Sex Health. 2015;<br />

12 (2): 103-9.; 12. Belda JW, Shiratsu R e Pinto<br />

V. Abordagem nas doenças sexualmente transmissíveis.<br />

[Rio de Janeiro]. An Bras Dermatol. 2009.<br />

84(2):151-59.;<br />

13. Ho EL e Lukehart SA. Sífilis: usando abordagens<br />

modernas para entender uma doença antiga.<br />

J. Invest. Clín. 2011; 121: 4584 - 4592.;<br />

14. Krüger C e Malleyeck, I. Congenital syphilis:<br />

still a serious, under-diagnosed threat for children<br />

A prevenção e o efetivo controle da sífilis<br />

são baseados no uso de preservativos durante<br />

as relações sexuais, pelo fato das mudanças<br />

ocorridas no comportamento sexual<br />

da população em geral. Tal circunstância é<br />

pertinente a contínua associação de sexo-<br />

-drogas, tanto maior qualidade da atenção à<br />

gestante e seus parceiros sexuais durante o<br />

pré-natal quanto na promoção da realização<br />

adequada dos testes diagnósticos para que o<br />

tratamento possa ser realizado de forma precoce<br />

e eficiente. (Costa, 2017; Cooper, 2016;<br />

Araujo, 2006 e Cavalcante 2012).<br />

ETO. Prevalência de Sífilis e fatores associados a<br />

população em situação de rua de São Paulo, Brasil,<br />

com utilização de Teste Rápido. Rev. bras. epidemiol.<br />

São Paulo. 2014. v. 17, n. 2, p. 341-354.;<br />

4. Lafeta KRG, Martelli JH, Silveira MF e Parnaíba<br />

LRM. Sífilis materna e congênita, subnotificação<br />

e difícil controle. Rev. bras. epidemiol. São Paulo.<br />

2016. v. 19, n. 1, p. 63-74.;<br />

5. Cameron CE e Lukehart SA. Situação atual do<br />

desenvolvimento de vacinas contra a sífilis: necessidade,<br />

desafios, perspectivas. Vacina. 2013; 32 (14):<br />

<strong>160</strong>2-9.;<br />

6. Velleira JCR e Bottino G. Sífilis: diagnóstico,<br />

tratamento e controle. A. Bras. Dermatol. Rio de<br />

Janeiro. 2006. v. 81, n. 2, p. 111-126.;<br />

7. Harper KN, Ocampo PS, Steiner BM, George RW<br />

, MS de Silverman , Bolotin S , Pillay A , Saunders<br />

in resource-poor countries. [Pequim]. World J. Pediatr.<br />

2010 ; 6 : 125 – 131.;<br />

15. Dantas LA, Jerônimo SHNM, Teixeira GA, Lopes<br />

TRG, Cassiano NA e Carvalho JBL.. Perfil epidemiológico<br />

de sífilis adquirida diagnosticada e notificada<br />

em hospital universitário materno infantil. Enferm.<br />

Glob. Murcia. 2017. v. 16, n. 46, p. 217-245.;<br />

16. Blencowe H, Cousens S, Kamb M, Berman S,<br />

Gramado JE. Lives saved tool supplement detection<br />

and treatment of syphilis in pregnancy to reduce<br />

syphilis related stillbirths and neonatam mortality.<br />

[London]. BMC Public Health. 2011; 11 Suppl 3<br />

(Supl 3): S9.;<br />

17. Kalinin Y, Neto AP e Passarelli DHC. Sífilis:<br />

aspectos clínicos, transmissão, manifestações orais,<br />

diagnóstico e tratamento. Odonto. 2015. v. 23, n.<br />

45-46.;<br />

Considerações finais:<br />

Considerada uma grave epidemia, devido<br />

ao crescente número de casos em todo<br />

o território brasileiro e sua capacidade de<br />

acometer o organismo de forma severa e<br />

sistêmica, a sífilis tem deixado em alerta os<br />

órgãos de saúde pública. Portanto, visando<br />

controlar esta epidemia, bem como melhor<br />

a qualidade de vida dos indivíduos afetados,<br />

é de suma importância que as medidas<br />

e orientações sobre a sua prevenção sejam<br />

executadas para que haja a interrupção da<br />

cadeia de transmissão e a diminuição do<br />

número de casos.<br />

NJ e Armelagos GJ. On the origin of the treponematoses:<br />

a phylogenetic approach. PLoS Negl Trop Dis.<br />

2008. 2: e148. ;<br />

8. Ministério da Sáude (Brasil). Departamento<br />

de Vigilância Epidemiológica. Sífilis. Brasília (DF).<br />

2018. vol 49, n.45.;<br />

9. Costa CV, Santos IAB, Silva JM, Silva JM e Barcelos<br />

TF. Congenital syphilis: repercussions and<br />

challenges. ACM arq. catarin. med. 2017. 46(3):<br />

194-202.;<br />

10. Facco A, Dias F, Pontes Gr, Righetto L, Oliveira<br />

L, Bolzan P, Weber SR e Costenaro RGS. Sífilis: um<br />

saber necessário para quem luta pela vida, seres<br />

que cuidam e que são cuidados. Disciplinarum<br />

Scienta. Série: Cien. Biol. e da saúde, Santa Maria.<br />

2002. v. 3, n.1, p. 61-72.;<br />

11. Stoltey JE e Cohen SE. Syphilis transmission: a<br />

18. Cooper JM, Michelow IC, Wozniak OS, Sánchez<br />

PJ. Em tempo: a persistência da sífilis congênita no<br />

Brasil – Mais avanços são necessários! [São Paulo].<br />

Rev. paul. Pediatr. 2016. 34(3):251-253.;<br />

19. Ros VC, González HM, Navarro GJF, Torga AG<br />

e Sogorb JP. Evolución del tratamiento de la sífilis<br />

a lo largo de la historia. [Madrid]. Rev Esp Quimioter.<br />

2018;31(6):485-492; 20. Araujo EC, Costa KSG,<br />

Silva RS, Azevedo VNG e Lima FAS. Importância do<br />

pré-natal na prevenção da Sífilis Congênita. Rev.<br />

Para. Med., Belém. 2006. v.<br />

20, n. 1, p. 47-51; 21. Cavalcante AES; Silva MAM,<br />

Rodrigues ARM, Netto JJM, Moreira ACA e Goyanna<br />

NF. Diagnóstico e tratamento da sífilis: uma investigação<br />

com mulheres assistidas na atenção básica<br />

em Sobral, Ceará. DST - J bras Doenças Sex Transm.<br />

2012;24(4):239-245.<br />

0 36<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


ARTIGO 03<br />

Autores:<br />

Aline Borges Cardoso 1 , Brenda Bulsara Costa Evangelista 2 , Ranieri Flávio<br />

Viana de Sousa 3 , Elaine Ferreira do Nascimento 4 , Camilla Soares Sobreira 5 ,<br />

Lívia Mello Villar 6<br />

Soroprevalência de Hepatite B em Crianças:<br />

Uma Revisão Integrativa<br />

RESUMO<br />

Introdução: A infecção pelo HBV é a décima principal causa de morte<br />

em todo o mundo, sendo a maioria das infecções mais frequentes em<br />

crianças das áreas endêmicas. As chances de adquirir a forma crônica são<br />

variáveis conforme a faixa etária. OBJETIVO: discutir, com base na literatura,<br />

sobre a prevalência de Hepatite B em crianças no mundo. METODO-<br />

LOGIA: A presente pesquisa trata-se de uma revisão integrativa, realizada<br />

durante os meses de novembro e dezembro de 2018 na base de dados<br />

Pubmed, através dos descritores: "Prevalence", "Hepatitis B", "child". Foram<br />

utilizados os filtros: artigos publicados nos anos 2014 a 2019, disponíveis,<br />

de forma gratuita, nos idiomas inglês e português e em crianças<br />

de até 18 anos. Em seguida, aplicados os critérios de inclusão e exclusão.<br />

Os trabalhos selecionados foram averiguados conforme as informações<br />

contidas nos resumos e na leitura íntegra de cada um. RESULTADOS: Foi<br />

selecionado um total de 15 artigos. Estes foram inseridos em uma tabela<br />

(Tabela 1) a fim de compará-los. As principais informações foram anexadas<br />

no quadro como: Titulo do da pesquisa, autor, ano, periódico, objetivo<br />

e resultados em relação a presença do marcador pesquisado. DISCUSSÃO:<br />

Muitos dos estudos sobre Hepatite B ainda concentram-se em grupos<br />

específicos e por isso, não existindo um inquérito global preciso, embora<br />

as pesquisas realizadas nos últimos anos divida o mundo em diferentes<br />

faixas de prevalências. A idade em que é adquirida é um dos principais<br />

fatores que influencia nas variações da infecção. O HBV ainda é o maior<br />

causador de morte por câncer hepático, assim, existe a necessidade de<br />

mais estudos para a detecção do vírus. CONCLUSÃO: Este estudo descreve<br />

a epidemiologia e variação de prevalências de infecção por HBV<br />

em algumas regiões do mundo. Esse tipo de pesquisa é imprescindível<br />

para estimar a situação atual de hepatite B, e para avaliar o impacto das<br />

políticas de imunização.<br />

ABSTRACT<br />

Introduction: HBV infection is the tenth leading cause of death<br />

worldwide, and most infections are more common in children in<br />

endemic areas. The chances of acquiring the chronic form vary according<br />

to age group. OBJECTIVE: To discuss, based on the literature,<br />

the prevalence of hepatitis B in children worldwide. METHODOLOGY:<br />

This research is an integrative review, conducted in November and<br />

December 2018 in the Pubmed database, using the keywords: "Prevalence",<br />

"Hepatitis B", "Child". We use the filters: articles published<br />

from 2014 to 2019, available for free in the English and Portuguese<br />

languages and in children under 18 years. It then applied the inclusion<br />

and exclusion criteria. The selected works were verified according<br />

to the information contained in the abstracts and the complete<br />

reading of each one. RESULTS: We selected 15 articles. These were<br />

entered into a table (Table 1) to compare them. The main information<br />

was attached in the table as: Research title, author, year, journal,<br />

objective and results regarding the presence of the researched<br />

marker. DISCUSSION: Many of the hepatitis B studies still focus on<br />

specific groups, so there is no precise global research, although research<br />

in recent years has divided the world into different prevalence<br />

ranges. The age at which it is acquired is one of the main factors that<br />

influence the variations of the infection. HBV is still the leading cause<br />

of death from liver cancer, so more studies are needed to detect<br />

the virus. CONCLUSION: This study describes the epidemiology and<br />

prevalence of HBV infection in some regions of the world. This type<br />

of research is essential for estimating the current status of hepatitis<br />

B and assessing the impact of immunization policies.<br />

Palavras-chave: Crianças, Hepatite B, Soroprevalência, Epidemiologia.<br />

Key words: Child, Hepatitis B, Seroepidemiologic Studies,Epidemiology.<br />

0 38<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Autes: Aline Borges Cardoso1, Brenda Bulsara Costa Evangelista2, Ranieri Flávio Viana de Sousa3, Elaine Ferreira do Nascimento4,<br />

Camilla Soares Sobreira5, Lívia Mello Villar6<br />

ARTIGO 03<br />

Introdução<br />

São reconhecidos cinco vírus causadores<br />

de Hepatites. Hepatite A, B, C, D, E. Devido à<br />

diversidade etiológica das hepatites virais, sua<br />

transmissão ocorre de diferentes maneiras,<br />

sendo que sua prevalência e incidência variam<br />

de acordo com alguns fatores importantes:<br />

Região geográfica, variáveis socioeconômicas,<br />

do próprio agente etiológico e de sua relação<br />

com o hospedeiro (VIANA, et al 2017).<br />

O HBV pertence família Hepadnaviridae,<br />

gênero Orthohepadnavirus. Apresenta genoma<br />

de DNA, parcialmente de fita dupla (ICTV,<br />

1984) e é mais infeccioso que o HIV (SHAO,<br />

et al 2018). Para seu diagnóstico sorológico,<br />

amostras de soro são submetidas a testes imunoenzimáticos<br />

para detecção de antígenos e<br />

anticorpos, onde o HBsAg indica infecção presente,<br />

o anti-HBc infecção prévia, HBeAg infecção<br />

aguda e anti-HBs imunidade (VILLAR,<br />

et al 2015). As principais vias de transmissão<br />

são: a via sexual, parenteral, via vertical (de<br />

mãe para filho), responsável por mais de um<br />

terço das infecções crônicas (PAUL, et al 2018).<br />

A infecção pelo HBV é a décima principal<br />

causa de morte em todo o mundo (WANG,<br />

et al 2018). A maioria das infecções ocorre<br />

nas crianças em áreas endêmicas (SHEDAIN,<br />

et al 2017). As chances de adquirir a forma<br />

crônica são variáveis conforme a faixa etária.<br />

Por exemplo, na fase adulta a probabilidade é<br />

cerca de 5%, todavia, em bebês chega a 30%.<br />

Com isso, para a prevenção e controle, a Organização<br />

Mundial de Saúde recomenda desde<br />

1992, a imunização infantil (PAUL, et al 2018).<br />

Uma dose deve ser administrada dentro de 24<br />

horas após o nascimento e doses posteriores<br />

aos dois e dez meses de idade (PATEL, et al<br />

2016). Através da implementação generalizada<br />

da vacina nos últimos anos, a prevalência<br />

da infecção crônica reduziu entre os grupos de<br />

faixas etárias mais jovens. Estes dados podem<br />

ser observados nas regiões da América do<br />

Norte e Europa Ocidental. Por outro lado, em<br />

muitos países a infecção permanece endêmica,<br />

principalmente nos subsaarianos, atingindo<br />

prevalências de até 8% entre crianças e<br />

jovens de 0 a 19 anos (GOUNDER, et al 2016).<br />

Essas detecções são importantes, pois trazem<br />

a possibilidade de monitorar a eficiência do<br />

programa de vacinação contra o vírus em curto<br />

prazo (IKOBAH, et al 2016).<br />

Em face do exposto, este estudo objetiva<br />

discutir, com base na literatura, sobre a prevalência<br />

de Hepatite B em crianças no mundo.<br />

Metodologia<br />

A presente pesquisa trata-se de uma revisão<br />

integrativa com a temática: “Prevalência de<br />

Hepatite B em crianças no mundo”. Conceitua-<br />

-se como um tipo de pesquisa que possui uma<br />

abordagem metodológica ampla, pois analisa<br />

a literatura disponível de forma abrangente<br />

e discute sobre metodologias e resultados de<br />

outros trabalhos científicos sob a ótica de diversos<br />

autores. Assim, seu principal foco é o<br />

entendimento e a compreensão de uma determinada<br />

temática baseando-se em estudos<br />

publicados anteriormente.<br />

A pesquisa bibliográfica foi realizada durante<br />

os meses de novembro e dezembro de 2018<br />

na base de dados Pubmed, através dos descritores:<br />

"Prevalence", "Hepatitis B", "child" com<br />

o emprego conjunto do operador booleano<br />

“and” entre cada descritor, a fim de, obter uma<br />

maior quantidade de publicações acerca do<br />

tema. Ao realizar a busca com os descritores<br />

foram identificados um total de 5166 artigos e<br />

em seguida, utilizados os seguintes filtros: artigos<br />

publicados nos anos 2014 a 2019, disponíveis,<br />

de forma gratuita, nos idiomas inglês e<br />

português e em crianças de até 18 anos.<br />

Gráfico 1 - Positividade do HBV nos países em estudo<br />

Como critérios de inclusão foram adotados<br />

os artigos que abordavam como assunto<br />

principal: Prevalência de Hepatite B, risco de<br />

infecção e os marcadores sorológicos HbsAg,<br />

HBeAg e Anti-Hbc. Os critérios de exclusão<br />

aplicados foram: artigos que tratam apenas<br />

sobre cobertura vacinal, efetividade de vacina<br />

contra Hepatite B, trabalhos que abordassem<br />

diferentes infecções e co-infecções.<br />

Os trabalhos selecionados foram averiguados<br />

conforme as informações contidas nos<br />

resumos e na leitura íntegra de cada um.<br />

Com isso, foi realizada a extração dos principais<br />

dados que continham informações<br />

relevantes para análise referente à temática<br />

do estudo.<br />

Resultados<br />

Após a metodologia aplicada (fluxograma<br />

1), foi selecionado um total de 15 artigos.<br />

Estes foram inseridos em uma tabela (Tabela<br />

1) a fim de compará-los. As principais informações<br />

foram anexadas no quadro.<br />

Fluxograma 1: Esquema da metodologia aplicada.<br />

0 40<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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ARTIGO 03<br />

Discussão<br />

Este foi o primeiro estudo a reunir dados de<br />

diversos países quanto a infecção por Hepatite<br />

B em crianças. Este trabalho demonstra<br />

grande variação da presença do HBV ao redor<br />

do mundo. Os resultados foram avaliados<br />

conforme a presença dos marcadores HBsAg,<br />

anti-HBc e HBeAg. A prevalência do marcador<br />

HbsAg pode classificar-se em: baixa<br />

( 8%) (SANT’ANNA, 2016). A maioria<br />

dos países concentra-se nos menores<br />

índices de prevalência, aproximando-se cada<br />

vez mais de uma das metas do Objetivo de<br />

desenvolvimento sustentável, que consiste<br />

em combater as hepatites até o ano de 2030,<br />

reduzindo a mortalidade infantil em 12-25<br />

por 1.000 nascidos vivos (Agenda 2030).<br />

Dentre estas regiões pode-se destacar a<br />

China (0,2%-1,16%) (SHISHEN, et al 2018,<br />

), Egito(0,04%) (SALAMA, et al 2017), Bangladesh(0,05%)<br />

(PAUL, et al 2018), Coreia<br />

do Sul (0,09%) (LEE, et al 2017), Polinésia<br />

(0,9%)(PEZZOLI, et al 2017) e Polinésia Francesa(0%)(<br />

PATEL, et al 2016). Esses achados<br />

apontam para o sucesso que os programas<br />

vacinais têm alcançado ao redor do mundo,<br />

através do cumprimento rigoroso que estas<br />

nações têm seguido do esquema vacinal. É<br />

importante enfatizar, que para uma soroproteção<br />

eficaz, é necessário a administração<br />

das 3 doses, não importando os níveis de<br />

prevalências; e a pontualidade na imunização<br />

dos recém-nascidos, uma vez que a proteção<br />

dos bebês o mais cedo possível, causa<br />

impacto significativo no ciclo de transmissão<br />

do vírus (PAUL, et al 2018). A prevalência<br />

encontrada no Brasil (0,02%) (CIACCIA, et al<br />

2014), pode indicar outro fator determinante<br />

nesse baixo índice, a faixa etária. Grande<br />

parte dos estudos realizados neste país mostra<br />

que a maioria dos casos positivos foram<br />

entre as idades de 20-40 anos (ANASTACIO,<br />

et al 2008). A Nigéria chama atenção quanto<br />

ao resultado encontrado de 1,2% (IKOBAH,<br />

et al 2016), pois tem divergido da maioria<br />

dos trabalhos realizados neste local, que geralmente<br />

enquadram-se dentro das faixas de<br />

intermediário a altos índices. Por exemplo,<br />

em 2003 CHUKWUKA et al encontraram uma<br />

prevalência de 7,6% de HbsAg em crianças<br />

de 5 a 12 anos de idade. Posteriormente, em<br />

2009, UGWUJA et al no sudeste da Nigéria<br />

estimaram uma positividade de 4,1% na faixa<br />

etária adolescente. Estes achados podem<br />

estar indicando sucesso no controle do HBV<br />

ou podem estar relacionados a diferentes<br />

tamanhos amostrais ou a distintos métodos<br />

de triagem para análise laboratorial entre os<br />

estudos (IKOBAH, et al 2016).<br />

A África lidera em termos de prevalência<br />

(gráfico 1).Os achados encontrados neste<br />

trabalho assemelha-se a maioria dos estudos<br />

feitos nessas regiões, devido sua característica<br />

endêmica. É discutível se fatores<br />

culturais, sociais, econômicos, genéticos,<br />

populacionais, geográficos ou históricos<br />

possam ter alguma influência na positividade<br />

encontrada (NUNES, et al 2004). Contudo,<br />

localizar precisamente as causas da<br />

transmissão em países subdesenvolvidos<br />

é um desafio, pois a infecção não está relacionada<br />

apenas aos comportamentos de<br />

risco (uso de drogas, múltiplos parceiros,<br />

homossexuais masculinos, hemodialisados),<br />

como observado nos países desenvolvidos.<br />

Assim, diversos fatores podem influenciar<br />

na cadeia de transmissão do HBV,<br />

por exemplo, os portadores crônicos infectantes,<br />

a multiplicidade de formas de exposição<br />

ao vírus, infectados assintomáticos<br />

(ASSIS, et al 2004), dificuldades de acesso<br />

a saúde, falta de informação, recursos limitados,<br />

incompletude vacinal e os desafios<br />

logísticos colocados pela alta taxa de nascimentos<br />

domiciliares (PAUL, et al 2018). A<br />

maioria dos estudos sobre Hepatite B ainda<br />

concentram-se em grupos específicos e por<br />

isso, ainda não existe um inquérito global<br />

preciso, embora as pesquisas realizadas nos<br />

últimos anos divida o mundo em diferentes<br />

faixas de prevalências. A idade em que é<br />

adquirida é um dos principais fatores que<br />

influencia nas variações da infecção. O HBV<br />

ainda é o maior causador de morte por câncer<br />

hepático, assim, existe a necessidade<br />

de mais estudos para a detecção do vírus,<br />

principalmente, em crianças e jovens, uma<br />

vez que, as chances de avanço para a cronicidade<br />

são maiores (MATOS, 2007).<br />

Conclusão<br />

Este estudo descreve a epidemiologia e variação<br />

de prevalências de infecção por HBV<br />

em algumas regiões do mundo. Esse tipo de<br />

pesquisa é imprescindível para estimar a situação<br />

atual de hepatite B, e para avaliar o<br />

impacto das políticas de imunização. Ainda<br />

existem locais que precisam de atenção e<br />

estratégias de controle da infecção, mas com<br />

aplicação de medidas eficazes de soroproteção<br />

e educação em saúde pública, o controle<br />

do HBV será eficazmente alcançado.<br />

0 42<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Autes: Aline Borges Cardoso1, Brenda Bulsara Costa Evangelista2, Ranieri Flávio Viana de Sousa3, Elaine Ferreira do Nascimento4,<br />

Camilla Soares Sobreira5, Lívia Mello Villar6<br />

ARTIGO 03<br />

Referências<br />

AGENDA 2030. Os 17 objetivos do desenvolvimento<br />

sustentável. Disponível em: http://<br />

www.agenda2030.com.br/ods/3.Acesso em:<br />

13/08/2019<br />

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B em indivíduos da região centro-ocidental do<br />

Paraná, Brasil. Rev. Saúde e Biol., v.3, n..2, p.10-15,<br />

Jul-Dez, 2008<br />

ASSIS, S.B. et al. Prevalence of hepatitis B viral<br />

markers in children 3 to 9 years old in a town in the<br />

Brazilian Amazon. <strong>Revista</strong> Panamericana de Salud<br />

Publica, 2004<br />

CHUKWUKA, J.O; EZECHUKWU, C.C, EGBUONU, I.<br />

Cultural influences on hepatitis B surface antigen<br />

seropositivity in primary school children in Nnewi.<br />

Nig J Paediatric, 2003<br />

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de Epidemiologia, 2014.<br />

DE MATOS, M.A. Estudo da infecção pelo vírus da<br />

Hepatite B(HBV) em caminhoneiros de rota longa do<br />

Brasil: Soroepidemiologia e genótipos. Dissertação<br />

(Mestrado)- Universidade Federal de Goiás, 2007.<br />

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infection in Nigerian children prior to introduction<br />

of the vaccine in the national vaccination program.<br />

Pan African Medical Journal, 2016<br />

JARAMILLO, C.M. et al. Characterization of hepatitis<br />

B virus in Amerindian children and mothers of<br />

the state of Amazonas, Colombia. Plos One, 2017<br />

KOMADA, K. et al. Seroprevalence of chronic hepatitis<br />

B, determined from dried blood stains, among<br />

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Republic in the center of the country: a<br />

multi-stage stratified cluster sampling survey; International<br />

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KÖSE, Ş. et al. Hepatitis A, B, C and HIV seroprevalence<br />

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InfezMed, 2017.<br />

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NUNES, H.M. Prevalence of hepatitis B and D<br />

serological markers in the Parakanã, Apyterewa<br />

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Among Children in French Polynesia; The American<br />

Journal of Tropical Medicine Hygiene, 2016.<br />

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Surface Antigen among Pre-Vaccine Era and Vaccine<br />

Children in Bangladesh. The American Journal<br />

of Tropical Medicine and Hygiene, 2018.<br />

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Program in Wallis and Futuna. The American<br />

Journal of Tropical Medicine Hygiene, 2017.<br />

RASHID, A. et al. Seroprevalence of hepatitis<br />

B surface antigen (HBsAg) in Bo, Sierra Leone,<br />

2012–2013; BMC Research Notes, 2018.<br />

SALAMA, I.et al. Immunogenicity of compulsory<br />

and booster doses of hepatitis B vaccine among<br />

children in Cairo, Egypt. Journal Egyptian Public<br />

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SANT'ANNA, Carla de Castro. Prevalência da Hepatite<br />

B oculta nos pacientes atendidos no Núcleo<br />

de Medicina Tropical da Universidade Federal do<br />

Pará, Amazônia Brasileira. 2016. 103 f. Dissertação<br />

(Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo<br />

de Medicina Tropical, Belém, 2016. Programa de<br />

Pós-Graduação em Doenças Tropicais.<br />

SHEDAIN, P.R. et al. Prevalence and risk factors of<br />

hepatitis B infection among mothers and children<br />

with hepatitis B infected mother in Dolpa, Nepal.<br />

BMC Infectious diseases, 2017<br />

SHISHEN, W. et al. Epidemiological study of hepatitis<br />

B and hepatitis C infections in northeastern<br />

China and the beneficial effect of hepatitis B vaccination<br />

strategy: cross-sectional study; BMC Public<br />

Health, 2018<br />

UGWUJA E, UGWU N. Seroprevalence of Hepatitis<br />

B Surface Antigen and Liver Function Tests<br />

among Adolescents in Abakaliki, south Eastern<br />

Nigeria. The Internet J Tropical Med. 2009<br />

VIANA ,D.R, VELOSO, N.M, NETO, O.C, PAPACOSTA,<br />

N.G, Nunes GM, Guedes VR (2017) Hepatite B e C:<br />

diagnóstico e tratamento. <strong>Revista</strong> de Patologia do<br />

Tocantins,4(3):73-79<br />

ZHONG, Y.W. et al. Hepatitis B virus basal nucleus<br />

promoters / mutant precursors and association with<br />

liver cirrhosis in children with chronic hepatitis B virus<br />

infection. Clinical Microbiology and, 2016.<br />

ZHU, Q. Et al. Epidemiological serosurvey of hepatitis<br />

B virus among children aged 1–14 years in<br />

Guangdong Province, China; International Journal<br />

of Infectious Diseases, 2018.<br />

0 44<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


your power for health<br />

Novas seringas para gasometria A-Line e Pulset<br />

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cálcio ionizado e eletrólitos mais precisos.<br />

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GESTÃO LABORATORIAL<br />

Sistema de Benchmarking<br />

Apoio à Decisão em laboratórios<br />

Ressalto inicialmente dois fatos. PRIMEIRO:<br />

nos livros que escrevi e em outras publicações<br />

cunhei a expressão “Primeira disrupção”,<br />

vivenciada pelos laboratórios do Brasil. Digo que<br />

esta disrupção gerou um problema gigantesco<br />

sintetizado por: redução significativa da<br />

competitividade empresarial acompanhada<br />

pelo aumento no risco de insolvência dos<br />

laboratórios. As duas causas fundamentais<br />

disto são o excesso de capacidade produtiva<br />

instalada frente à demanda de exames e a<br />

socialização da medicina, dentre um conjunto<br />

de outras causas, que levaram, de uma forma<br />

geral, a uma queda brutal na precificação<br />

dos exames. SEGUNDO: em um artigo<br />

anterior escrevi que estamos vivendo, talvez<br />

os tempos mais difíceis desta geração, em<br />

função da COVID – 19. A luta é literalmente<br />

pela sobrevivência física e evitando a falência<br />

jurídica, contudo, creio que haverá mais<br />

falências do que falecidos. Não tem espaço<br />

para discussão moral: uma única vida perdida<br />

não tem preço que quantifique! Que isto fique<br />

bem claro. A proposta foi analisar os fatos e<br />

constatações na área econômica e financeira<br />

para embasar os decisões pequenos gerenciais e médios no âmbito laboratórios dos laboratórios do<br />

clínicos.<br />

País. O estudo levou em conta a “Margem<br />

relação à produção – MLL%”; os “Custos fixos – CF”; o<br />

líquida “Lucro”; a de “Margem lucro de em contribuição”; relação a à “Produção” produção e, por –<br />

fim, o “PRAZO DE RECUPERAÇÃO” do “shutdown<br />

MLL%”; econômico”. os “Custos fixos – CF”; o “Lucro”; a<br />

“Margem precisão/exatidão de contribuição”; na proporção direta a do “Produção” aumento da taxa e,<br />

de crescimento do percentual produzido em relação à<br />

por produção fim, normalmente o “PRAZO realizada DE RECUPERAÇÃO” pelo laboratório. Dito do de<br />

outra forma, os resultados serão mais verdadeiros se o<br />

“shutdown laboratório não econômico”.<br />

produzir exames durante o “Isolamento<br />

• O estudo levou em conta a “Margem líquida de lucro em<br />

• Finalmente, o estudo apresenta perda progressiva da<br />

social” e serão nulos se o laboratório tiver uma produção<br />

igual aos tempos de normalidade.<br />

• RESULTADOS:<br />

RESULTADOS:<br />

MLL%<br />

Prazo de recuperação do shutdown<br />

5,00% 11 meses<br />

10,00% 6 meses<br />

15,00% 4 meses e 10 dias<br />

20,00% 3 meses e 15 dias<br />

• ANÁLISE E DISCUSSÃO<br />

Fica evidente que os laboratórios com menor rentabilidade<br />

vão demorar mais tempo para se recuperarem. Este fato já<br />

Quais as Prováveis Consequências?<br />

1. Empobrecimento generalizado (pelo menos<br />

transitoriamente) dos laboratórios clínicos.<br />

2. Queda na competitividade empresarial.<br />

3. Aumento do risco de insolvência.<br />

4. Aumento da ocorrência de inadimplências<br />

na cadeia produtiva das análises clínicas,<br />

impactando em todos os fornecedores de<br />

insumos: reagentes, controles, calibradores,<br />

equipamentos e afins (Câmara Brasileira de<br />

Diagnóstico Laboratorial – CBDL); laboratórios<br />

de apoio; prestadores de serviços terceirizados<br />

(Contadores etc.); Sindicatos; Sociedades<br />

Científicas (SBAC, SBPC) e, até mesmo, os<br />

Conselhos Profissionais. Ninguém escapará de<br />

compartilhar os prejuízos, pois toda a riqueza<br />

começa nos laboratórios, e como vimos, eles<br />

serão duramente atingidos.<br />

Estes dois eventos históricos (a primeira disrupção<br />

e a COVID-19), denotam indubitavelmente, mais<br />

do que nunca será imprescindível que os<br />

pequenos e médios laboratórios adotem<br />

um sistema de gestão profissional. Não<br />

há mais espaço para amadorismo nos negócios<br />

na área das análises clínicas. O futuro destas<br />

organizações dependerá disto!<br />

A Importância dos Pequenos e Médios<br />

Laboratórios Clínicos: não obstante<br />

ignorarmos o seu número exato no Brasil,<br />

podemos considerar de uma forma aproximada<br />

que é grande o contingente de pessoas que<br />

trabalham nos pequenos e médios laboratórios,<br />

os quais sabidamente são os que geram o<br />

maior número de empregos do setor no País<br />

(Entre empregados e familiares, estimamos<br />

um universo de 400.000 pessoas). Ainda, a<br />

grande capilaridade dos serviços de recepção e<br />

coleta, permite atender uma enorme população<br />

disseminada em grandes extensões territoriais,<br />

que sem os pequenos e médios laboratórios,<br />

certamente enfrentariam dificuldades quase<br />

intransponíveis para receberem atenção básica<br />

em saúde (estimamos em meio milhão de<br />

pessoas diariamente). Finalmente, segundo a<br />

literatura médica, “70% das decisões tomadas<br />

pelos profissionais de saúde, estão baseadas<br />

nos resultados dos exames laboratoriais, os<br />

quais fornecem informações que podem ser<br />

utilizadas para fins de diagnóstico e prognóstico,<br />

prevenção, grau de risco para determinadas<br />

doenças, definição de tratamentos e até<br />

mesmo, em alguns casos, evitar os que<br />

podem ser desnecessários”. Portanto, ajudar<br />

na sobrevivência destas pequenas e médias<br />

empresas é fundamental para a saúde pública.<br />

Com este objetivo é que desenvolvemos um<br />

sistema de gestão econômica acessível à estas<br />

organizações, que requer poucos dados de<br />

entrada, implantado à distância, sem custos<br />

e que fornece um conjunto de importantes<br />

informações para o auxilia às decisões dos<br />

gestores laboratoriais. Veja a seguir.<br />

Sistema de Benchmarking - Apoio à Decisão<br />

A utilização de um Sistema de Apoio à<br />

Decisão (SAD) decorre, fundamentalmente,<br />

da competição cada vez maior entre as<br />

organizações, bem como da necessidade de<br />

obter de forma rápida, informações cruciais para<br />

a tomada de decisões. Um SAD é responsável por<br />

era logicamente esperado, o estudo visou quantificar este<br />

0 46<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

lapso de tempo para a recuperação. No caso destes


captar e elaborar informações contidas em uma<br />

base de dados, transformando-os em vantagem<br />

competitiva, pela tomada de decisões de forma<br />

inteligente. Com esta finalidade, desenvolvemos<br />

• Análise das causas prováveis dos problemas<br />

identificados, também via processo de<br />

benchmarking competitivo e de colaboração<br />

com âmbito nacional, que estabelece valores<br />

De acordo com o Modelo de Excelência da<br />

Gestão (MEG)®, da FNQ, o benchmarking é<br />

uma importante ferramenta para a tomada<br />

de decisão das organizações, tema abordado<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

o SISTEMA DE BENCHMARKING – APOIO À<br />

referenciais (metas) de laboratórios<br />

no Fundamento Pensamento Sistêmico. Essa<br />

DECISÃO, fundamentado em sólido banco de<br />

do Brasil, para todos os indicadores de<br />

prática pode ajudar as organizações a definirem<br />

dados e um modelo analítico, contemplando<br />

desempenho (ID’s).<br />

referenciais comparativos pertinentes,<br />

de forma ampla a realidade dos laboratórios<br />

utilizando-os para avaliar sua competitividade<br />

clínicos de pequeno e médio portes. O sistema<br />

• Informações para soluções dos<br />

em relação a outras organizações de referência,<br />

gera informações vitais para o sucesso destas<br />

problemas, geradas por meio de dezenas de<br />

em indicadores importantes para o sucesso do<br />

empresas, mediante inúmeras alternativas<br />

análises qualitativas e quantitativas.<br />

negócio. Por que fazer benchmarking?<br />

quantificadas de alocação dos recursos físicos,<br />

A) Estimular a implantação de novas práticas<br />

financeiros e humanos, para a obtenção dos<br />

e padrões a partir das melhores práticas;<br />

melhores resultados organizacionais. Trata-<br />

B) Estabelecer metas a partir dos melhores<br />

se de SUPORTE CIENTÍFICO ÀS DECISÕES dos<br />

desempenhos; C) Apoiar o processo decisório,<br />

gestores laboratoriais.<br />

tornando-o mais robusto e sistêmico; D)<br />

Quebrar os paradigmas existentes, facilitando o<br />

Objetivo: disponibilizar uma ferramenta<br />

para a tomada prática e rápida de decisões<br />

com fundamento matemático, mediante um<br />

conjunto de produtos integrantes do método<br />

de gestão, agilizando a implantação das ações<br />

corretivas e preventivas visando aumentar a<br />

competitividade e reduzir o risco de insolvência<br />

dos laboratórios.<br />

Generalidades: a base do sucesso do<br />

SISTEMA DE BENCHMARKING – APOIA<br />

À DECISÃO (SB – AD) é o seu banco de<br />

dados. Sem sombra de dúvidas, aqui<br />

a utilização do conceito de “Big data”<br />

é pertinente. Aproximadamente uma<br />

centena de laboratórios geram milhões<br />

de dados, envolvendo mais de trezentos<br />

processo de mudança.<br />

Produtos:<br />

• Diagnóstico de problemas através da<br />

mensuração da competitividade e<br />

do risco de insolvência dos laboratórios<br />

clínicos. Isto somente é possível por meio de<br />

um PROCESSO EXCLUSIVO DE BENCHMARKING<br />

COMPETITIVO E DE COLABORAÇÃO com<br />

âmbito nacional.<br />

indicadores de desempenho ao longo do<br />

tempo. Por sua vez, os indicadores são<br />

compostos de variáveis, que muitas vezes<br />

são constituídas de inúmeros componentes<br />

e assim sucessivamente numa progressão<br />

quase geométrica. Os produtos do sistema<br />

transformam este turbilhão de dados em<br />

informações rápidas e úteis para a tomada de<br />

decisão dos gestores laboratoriais.<br />

Conceitos e objetivos: Benchmarking<br />

é um método de aprendizado que significa<br />

comparar-se e aprender com os melhores,<br />

adaptando as práticas e os resultados à realidade<br />

da organização, com melhorias significativas.<br />

O produto Sistema de Benchmarking<br />

- Apoio à Decisão é regido por quatro<br />

princípios: Reciprocidade; Analogia; Medição<br />

e Validade. Este método torna o produto<br />

justo, com comparações efetivas, confiáveis<br />

e pertinentes, portanto, válidas. Trata-se de<br />

um benchmarking competitivo, entretanto,<br />

de cooperação. Este é o seu grande diferencial,<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 47


GESTÃO LABORATORIAL<br />

além do ineditismo dos seus indicadores<br />

de desempenho (ID’s). O produto abrange<br />

dezenas de ID’s contemplando: custos fixos<br />

(17); variáveis (8); ticket médio; grau de<br />

alavancagem operacional; produtividade<br />

dos colaboradores; produtividade dos custos<br />

fixos; produtividade dos custos variáveis;<br />

ponto de equilíbrio; custo percentual da<br />

força de trabalho; eficiência do modo de<br />

produzir; custo por exame; lucro por exame;<br />

margem de lucro por exame; margem de<br />

contribuição em reais e percentual; razão<br />

operacional, margem de segurança e matriz<br />

das perspectivas empresariais, dentre outros.<br />

O grande diferencial do produto é o Relatório<br />

de Gestão que o cliente recebe a primeira<br />

vez com uma análise dos ID’s, de forma<br />

sintética, detalhada, mensurada, comparada<br />

e criticada! Com base nesta demonstração,<br />

os gestores laboratoriais não têm nenhuma<br />

dificuldade em elaborar novos relatórios, a<br />

não ser tomar as ações corretivas e preventivas<br />

identificadas. Finalmente, todos os indicadores<br />

de desempenho são apresentados em valores<br />

absolutos e gráficos, sendo os desvios (deltas<br />

absolutos e %) calculados considerando as<br />

estatísticas do banco de dados. Consideramos<br />

este produto como sendo um sistema de<br />

gestão profissional, sintetizado na sua<br />

essência, não sendo mais possível produzir<br />

tanta informação importante, de forma<br />

fácil e rapidamente acessível aos gestores<br />

laboratoriais, com tão poucos dados de<br />

entrada. Nunca o apoio às decisões foi tão<br />

simples, completo, científico e acessível:<br />

identificação de problemas (diagnóstico)<br />

e análise de causas, proporcionando a<br />

visualização das ações corretivas e preventivas.<br />

Questões Fundamentais para os Gestores<br />

Se o gestor do laboratório não souber responder<br />

estas questões, ele poderá até estar lucrando<br />

bem, entretanto, ainda assim, não controlará de<br />

forma adequada a empresa.<br />

• Qual o nível de competitividade do laboratório<br />

comparado com a concorrência?<br />

• Qual o grau do risco de insolvência da<br />

organização?<br />

• Em que processos devem ser alocados os<br />

recursos físicos, financeiros e humanos para<br />

atingir metas desejadas?<br />

• Com os recursos disponíveis quais os melhores<br />

resultados possíveis?<br />

• Quais serão as margens de lucro e as<br />

rentabilidades do negócio para os mais diversos<br />

cenários de vendas?<br />

• Qual o ponto de equilíbrio do laboratório?<br />

• Em caso de expansão do laboratório ou ainda, da<br />

abertura de um novo negócio, que lucro esperar?<br />

• Qual a forma e momento de mudar a operação<br />

do negócio?<br />

• Quais as causas dos problemas econômicos do<br />

laboratório?<br />

• Que ações corretivas e preventivas devem ser<br />

tomadas?<br />

• Qual a repercussão no lucro do laboratório?<br />

O SISTEMA DE BENCHMARKING - APOIO À<br />

DECISÃO responde todas estas questões!<br />

Finalmente, recomendamos que se busquem<br />

informações sobre o nosso trabalho junto aos<br />

nossos clientes, pois são eles, em última análise,<br />

que tem autoridade para isto. Visitem o nosso<br />

site: www.unidosconsultoria.com.br<br />

Efetivamente, o SISTEMA DE BENCHMARKING<br />

– APOIO À DECISÃO é um produto de TI que<br />

contribui de forma definitiva para auxiliar os<br />

gestores laboratoriais a tomarem as decisões<br />

mais assertivas na importante área econômica,<br />

que define não só a sobrevivência, mas os lucros<br />

no presente e no futuro. Não há alternativa<br />

honesta possível a não ser gestão baseada em<br />

evidências científicas. É o que oferecemos aos<br />

nossos clientes: gestão profissional para um<br />

futuro perene! Esperando termos contribuído<br />

para os negócios na área das análises clínicas,<br />

nos despedimos até a próxima edição da <strong>Revista</strong><br />

NewsLab.<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Humberto Façanha<br />

Tel.: (51) 99841-5153<br />

E-mail: humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />

Humberto Façanha<br />

(51)9.9841.5153<br />

TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />

Sistema de gestão profissional para<br />

identificar problemas, causas e soluções<br />

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GESTÃO PROFISSIONAL ACESSÍVEL<br />

PARA PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS!<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e Engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), curso<br />

de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

0 48<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


MATÉRIA DE CAPA<br />

0 50<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | | Jun/Jul 2020 2020


ECO Diagnóstica: Líder em testes para Covid-19<br />

Com mais de 4 milhões de kits comercializados Os testes IgG e IgM da ECO Diagnóstica receberam<br />

inclusive um atestado de qualidade<br />

desde o início da pandemia e com 100%<br />

de produção nacional, a ECO Diagnóstica é emitido pela Fiocruz. Dos cinco primeiros<br />

a principal fornecedora dos testes rápidos registros da doença, quatro foram identificados<br />

por meio de testes da empresa. Em<br />

de detecção de anticorpos IgG e IgM para<br />

Covid-19 no país. Eles estão presentes em sua fábrica em Corinto-MG, são produzidos<br />

conceituados hospitais e laboratórios clínicos, 100 mil novos testes por dia, com uso de<br />

como Albert Einstein, Fleury, Hermes Pardini matéria-prima e tecnologia importadas da<br />

e Sabin, ressalta o CEO Vinícius Pereira.<br />

Coreia do Sul.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Testes com excelência contra a Covid-19<br />

No último dia 09 de junho de 2020, foi publicada<br />

a primeira avaliação de ensaios de<br />

proficiência dos métodos de detecção de<br />

SARS-CoV-2, pela Controllab. O Ensaio de Proficiência,<br />

também conhecido como Controle<br />

de Qualidade Externo ou simplesmente Controle<br />

Externo é uma ferramenta eficaz para<br />

determinar o desempenho da fase analítica<br />

do laboratório. A ECO Diagnóstica teve o teste<br />

com maior número de participantes: 36 laboratórios,<br />

sendo 45,6% (36/79) do total geral.<br />

O Covid-19 IgG/IgM ECO Teste, apresentou<br />

alto desempenho na detecção de anticorpos<br />

contra o novo coronavírus, assegurando<br />

maior qualidade e precisão no diagnóstico,<br />

suprindo as necessidades e urgências do sistema<br />

de saúde no Brasil.<br />

COVID-19 IgG/IgM ECO Teste<br />

Detecção diferenciada do IgG e IgM<br />

Amostra de sangue, soro ou plasma<br />

Resultado em 10-15 minutos<br />

Registro MS: 80954880132<br />

COVID-19 Ag ECO Teste<br />

Ideal para pessoas assintomáticas/sintomáticas<br />

Amostra de swab nasofaringe<br />

Swab incluso no kit<br />

Resultado em 15-30 minutos<br />

Registro MS: 90954880133<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020 0 51


MATÉRIA DE CAPA<br />

Lançamento<br />

ECO Diagnóstica<br />

COVID-19 Ag ECO Teste<br />

O mais recente lançamento é o teste para<br />

detecção de antígeno (Ag), batizado de<br />

COVID-19 Ag ECO Teste, inédito no Brasil, o<br />

teste possibilita a detecção qualitativa específica<br />

de antígenos (Ag) do SARS-CoV-2, em<br />

amostras de nasofaringe. O seu diferencial é<br />

a possibilidade de realização já no segundo<br />

dia de contaminação. O kit vem pronto para<br />

uso, incluindo o swab de coleta, e o equipamento<br />

de proteção individual (EPI) é o mesmo<br />

utilizado no teste de amostra de sangue.<br />

“O resultado leva apenas de 15 a 30 minutos<br />

para ficar pronto”, acrescenta Pereira.<br />

O executivo ressalta que o teste de antígeno<br />

(Ag), combinado com o de detecção os<br />

anticorpos, contribui para a diminuição da<br />

janela imunológica do paciente. Ele é especialmente<br />

útil para triagem de pessoas e correto<br />

encaminhamento ao hospital, ajudando<br />

a identificar casos suspeitos e incentivando o<br />

isolamento mais rápido.<br />

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utilizam o sistema de imunoensaio fluorescente a base de EURÓPIO para medições<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020 0 53<br />

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PUBLIEDITORIAL<br />

Bases para utilização de testes de anticorpos para Covid-19<br />

Quase todos os indivíduos imunocompetentes desenvolverão uma resposta imune após a infecção por SARS-CoV-2.<br />

Os testes moleculares, do tipo RT- PCR, detectam<br />

o material genético do vírus e, assim, são<br />

considerados o padrão ouro. Contudo, os testes<br />

sorológicos podem desempenhar um papel importante<br />

na luta contra o COVID-19, ajudando a<br />

identificar indivíduos que desenvolveram uma<br />

resposta imune ao SARS-CoV-2, mesmo assintomáticos.<br />

Outras aplicações e questões a serem<br />

melhor entendidas são a eficácia dos anticorpos<br />

em conferir redução na gravidade da infecção, a<br />

duração da imunidade e a própria utilidade do<br />

plasma convalescente para tratamento.<br />

Sobre anticorpos para SARS-CoV-2<br />

• Anticorpos IgM e IgG para SARS-CoV-2 surgem<br />

quase simultaneamente no soro dentro de 2 a 3<br />

semanas após o início da doença. Assim, a detecção<br />

de IgM sem IgG é incomum. Esta é uma grande<br />

diferença em relação a outras doenças e quanto<br />

ao conceito de fase aguda e crônica. O tempo de<br />

permanência é muito variável.<br />

• O marcador mais sensível e precoce é o anticorpo<br />

total, não diferenciando entre IgG e IgM ou IgA.<br />

• Em torno da terceira e quarta semana, ocorre<br />

a soroconversão de IgG e IgM e os níveis de IgM<br />

entram em declínio por volta da quinta semana,<br />

desaparecendo em torno da sétima semana<br />

• Algumas pessoas podem não desenvolver<br />

anticorpos detectáveis após a infecção por coronavírus.<br />

Em outras, é possível que os níveis de anticorpos<br />

diminuam ao longo do tempo para níveis<br />

indetectáveis.<br />

• Os resultados dos testes sorológicos no início<br />

da infecção não indicam com segurança a presença<br />

ou ausência de infecção atual ou prévia com<br />

SARS-CoV-2.<br />

• Os testes para IgM podem apresentar reação<br />

falso-positiva e o ideal, segundo o CDC (Center for<br />

Disesase Control) dos Estados Unidos, seria aplicar<br />

algoritmo ortogonal (teste positivo repetido em<br />

novo teste diferente, formato ou antígenos). Veja<br />

a tabela 1 sobre o Valor Preditivo Positivo (VPP)<br />

utilizando um ou dois testes de acordo com a prevalência<br />

na população.<br />

• O teste sorológico não deve ser usado para determinar<br />

o status imunológico dos indivíduos até<br />

que a presença, durabilidade e duração da imunidade<br />

sejam estabelecidas.<br />

• É importante que o teste tenha uma elevada<br />

especificidade e que sejam testados indivíduos<br />

com elevada probabilidade pré-teste.<br />

• Tem sido um desafio obter metodologias que<br />

possam ser o padrão para que a sensibilidade possa<br />

ser mensurada nos indivíduos assintomáticos.<br />

Sobre testes rápidos e outras metodologias<br />

(ELISA, FIA, CLIA e ECLIA)<br />

Os testes rápidos ou imunocromatográficos possuem<br />

limitações devido à imprecisão e diversas<br />

entidades nacionais e internacionais têm buscado<br />

a validação dos testes, que têm sido amplamente<br />

ofertados no mercado diagnóstico.<br />

Outros testes em ensaios do tipo ELISA,<br />

FIA, CLIA e ECLIA<br />

São testes automatizados, que podem ser feitos<br />

de forma padronizada, com características de design<br />

que os torna mais sensíveis e específicos.<br />

Limitações<br />

O antígeno apropriado a ser usado na detecção<br />

de anticorpos circulantes contra SARS-CoV-2 ainda<br />

não foi definido, sendo alguns dirigidos contra<br />

a proteína spike e outros contra o nucleocapsideo.<br />

Como existe elevada homologia antigênica com<br />

outros coronavirus, a seleção do antígeno é fundamental<br />

para especificidade.<br />

Apesar da elevada sensibilidade e especificidade<br />

dos testes sorológicos disponibilizados para determinação<br />

de IgG, IgM ou anticorpos totais, deve-se<br />

observar a dependência dos mesmos da dinâmica<br />

temporal da infecção (resposta imunológica e níveis<br />

de anticorpos) e dados de prevalência.<br />

Em resumo, os dados demonstram que os testes<br />

sorológicos, mesmo em plataformas automatizadas,<br />

apresentam baixa sensibilidade antes de 14 dias da<br />

infecção e são inadequados para o diagnóstico.<br />

Reações cruzadas podem ocorrer com outros coronavirus,<br />

influenza, Epstein Barr, dengue, dentre outros.<br />

Sumário das indicações de testes sorológicos<br />

para SARS-CoV-2<br />

1. Estudo de soro prevalência em nível<br />

populacional, ou seja, determinar a extensão<br />

da infecção por COVID-19 em uma comunidade.<br />

2. Determinar se uma pessoa teve uma<br />

resposta imune ao SARS-CoV-2, independentemente<br />

se teve sintomas ou não. No<br />

momento, não há dados suficientes para determinar<br />

se uma resposta imune confere ou não imunidade<br />

ou por quanto tempo.<br />

3. O teste sorológico pode ser oferecido<br />

como um método para apoiar o diagnóstico<br />

da doença aguda COVID-19 para pessoas<br />

que se apresentam 9 a 14 dias após o início da doença,<br />

principalmente com quadro clínico sugestivo<br />

e testes de detecção direta, PCR não detectado.<br />

4. Identificar pessoas com resposta de<br />

anticorpos para servirem como doadores<br />

de plasma convalescentes.<br />

Assessoria Médica Lab Rede<br />

Referências<br />

1. Tang MS, Hock KG, Logsdon NM, et al. Clinical Performance of Two SARS-<br />

-CoV-2 Serologic Assays [published online ahead of print, 2020 May 13]. Clin<br />

Chem. 2020;hvaa120. doi:10.1093/clinchem/hvaa120. 2. Interim Guidelines<br />

for COVID-19 Antibody Testing Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/lab/resources/antibody-tests-guidelines.html.<br />

Última consulta<br />

em 08/06/2020. 3. Serological testing for SARS-CoV-2 antibodies Disponível<br />

em https://www.ama-assn.org/delivering-care/public-health/serological-testing-sars-cov-2-antibodies.<br />

Última consulta em 08/06/2020. 4. EUA Authorized<br />

Serology Test Performance. Disponível em: https://www.fda.gov/medical-devices/emergency-situations-medical-devices/eua-authorized-serology-test-performance.<br />

Última consulta em 08/06/2020.<br />

Principal interpretação para qualquer teste<br />

sorológico Positivo para SARS-CoV-2<br />

Os testes sorológicos podem ser usados como<br />

parte de um algoritmo de teste para documentar a<br />

soroconversão e corroborar uma suspeita de contato<br />

anterior com o COVID-19 .<br />

Ou seja, identificar casos prováveis, aplicados em<br />

conjunto com outros testes de diagnóstico, histórico<br />

clínico, etc.<br />

Orientação Geral<br />

Até que haja mais evidências sobre imunidade protetora,<br />

os resultados dos testes sorológicos não devem ser<br />

usados para tomar decisões relativas à necessidade de<br />

equipamento de proteção ou necessidade de descontinuar<br />

as medidas de distanciamento social.<br />

0 56<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


MINUTO LABORATÓRIO<br />

As crianças estão imune ao<br />

Covid -19?<br />

Por Fábia Bezerra<br />

Fábia Bezerra *<br />

Fábia Bezerra, Biomédica, com mais de 20 anos na<br />

área Laboratorial. Consultora e Auditora na Empresa<br />

Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />

Email: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />

Embora o número de casos seja pequeno, é<br />

um fato que as crianças são as menos contaminadas<br />

e para os pesquisadores, ainda não<br />

está claro o fato do vírus não ter tropismo em<br />

crianças. Sabe-se, porém que a baixa incidência<br />

está relacionada a fatores do próprio vírus,<br />

que é pouco agressivo nesta faixa etária como<br />

também fatores ambientais, já que a epidemia<br />

começou durante o período de férias escolares,<br />

o que justificaria a pouca disseminação entre<br />

este grupo.<br />

“Pode ser que o vírus tenha afetado mais<br />

adultos até o momento porque houve transmissões<br />

em locais de trabalho e em ambientes<br />

de viagem”, pondera Sanjay Patel, consultor<br />

de doenças infecciosas pediátricas no Hospital<br />

Infantil de Southampton, na Inglaterra. “Agora<br />

que vemos mais adultos estando com seus<br />

filhos, podemos ver um aumento no número<br />

de infecções em crianças, ou não.” Ele ainda<br />

ressalta que, é bem possível que mais crianças<br />

– do que as divulgadas até o momento, estejam<br />

infectadas, pois elas não foram testadas<br />

em larga escala, então, isso reforça ainda mais<br />

sua tese.<br />

Outra hipótese bastante discutida no momento<br />

é a de que o coronavírus parece usar o receptor<br />

da enzima conversora de angiotensina<br />

2 (ECA-2) para esse propósito. Pode ser que as<br />

crianças tenham menos receptores de ECA-2<br />

em suas vias inferiores (pulmão) do que nas<br />

vias superiores, e por isso as vias superiores<br />

(nariz, boca e garganta) serem mais afetadas.”<br />

Isso esclareceria o fato da maioria das crianças<br />

infectadas , apresentarem sintomas que não<br />

passam de resfriado.<br />

Para o consultor pediátrico honorário na Universidade<br />

de Southampton, Graham Roberts,<br />

“Crianças parecem acumular mais respostas (a<br />

infecções virais) do que os adultos, como febres<br />

altas, que não são tão frequentes nos adultos<br />

e é bem possível que o sistema imune infantil<br />

seja mais bem equipado para controlar o vírus,<br />

restringi-lo às vias aéreas superiores sem causar<br />

grandes problemas adicionais e eliminá-lo.”<br />

Por possuírem sistema imune ainda em desenvolvimento,<br />

as crianças são alvo fácil para versões<br />

graves de gripe como a influenza e pneumonia,<br />

por exemplo. Entretanto, no caso do<br />

covid-19, suspeita-se que a imaturidade seja<br />

de alguma forma positiva, fazendo com que a<br />

reação viral seja mais mitigada frente ao vírus.<br />

Segundo o Dr.Renato Kfouri – infectologista<br />

do Departamento Cientifico de Imunizações<br />

da Sociedade Brasileira de Pediatria ( SBP ), “<br />

às vezes, o que faz o vírus ser mais agressivo é<br />

uma resposta imune exagerada ou desregulada,<br />

que gera um processo infamatório por trás<br />

da doença”. Contudo, a Organização Mundial<br />

da Saúde pede cautela, o comportamento do<br />

vírus ainda está sendo estudado. Portanto, não<br />

podemos afirmar que as crianças estão protegidas<br />

e, mesmo que apresentem sintomas leves<br />

ou inexistentes, elas podem sim, transmitir<br />

o vírus ,logo, os manejos de precaução são os<br />

mesmos indicados para adultos.<br />

Portanto, é muito importante conversar<br />

com as crianças sobre o covid-19, explicar<br />

a elas sobre os cuidados extras de higiene e<br />

distanciamento social, acolhendo suas angustias<br />

de forma que não sintam medo por<br />

terem que mudar tanto suas rotinas, pois é<br />

uma situação transitória e que estes cuidados<br />

são para proteger, não só a eles, como a<br />

família e amiguinhos.<br />

FONTES:<br />

https://www.bbc.com/portuguese/geral-52152324<br />

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_<br />

abstract&pid=S1809-98232008000200259&lng<br />

=pt&nrm=iso<br />

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/<br />

nid/criancas-pegam-menos-coronavirus-saiba-como-a-doenca-afeta-os-pequenos/<br />

https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/o-<br />

-novo-coronavirus/<br />

https://medprev.online/blog/coronavirus-o-<br />

-que-os-grupos-de-risco-precisam-saber.html<br />

https://www.who.int/emergencies/diseases/<br />

novel-coronavirus-2019<br />

0 58<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2020


RADAR CIENTÍFICO<br />

COVID-19: O Teste de Anticorpos é Essencial<br />

Introdução<br />

A COVID-19 (doença coronavírus 2019) é a doença resultante da infecção<br />

pelo vírus SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave coronavírus<br />

2).1,2 Os coronavírus são uma família de vírus de RNA encontrados em animais,<br />

mas devido a mutações, tornaram-se patógenos humanos (Tabela<br />

1). Os quatro coronavírus associados com doenças respiratórias leves em<br />

humanos são bem caracterizados e altamente endêmicos.<br />

Tabela 1:<br />

O surgimento dos patógenos SARS-CoV e MERS-CoV (síndrome respiratória<br />

do Oriente Médio coronavírus) criaram uma significante preocupação<br />

nos últimos anos, mas demonstraram uma transmissão limitada<br />

de humano para humano e os esforços para sua mitigação foram um sucesso.<br />

Por outro lado, o SARS-CoV-2 é altamente contagioso, é transmitido<br />

eficientemente de humano para humano e causou uma pandemia<br />

global. Esse vírus pode sobreviver por um longo período (horas a dias)<br />

sob muitas condições ambientais.<br />

Mecanismo da Infecção<br />

A estrutura do SARS-CoV-2 é mostrada na Figura 1. Trata-se de um<br />

vírus de RNA ligado à membrana com quatro proteínas estruturais<br />

principais: spike (S), envelope (E), membrana (M) e nucleocapsídeo<br />

(N). 3 A proteína spike é uma glicoproteína transmembranar encontrada<br />

no exterior do vírus que reconhece e se liga ao receptor da enzima<br />

conversora de angiotensina 2 (ACE2) nas células humanas. Os<br />

receptores ACE2 são expressos em vários tipos de tecidos, incluindo<br />

os pulmões, o coração e o intestino. 4<br />

Após a ligação inicial, uma conformação desencadeia a fusão mediada<br />

pela S2, permitindo que o vírus entre na célula e inicie a replicação.<br />

Como a proteína spike, particularmente a porção RBD, é essencial para<br />

a infecção, muitas vacinas em desenvolvimento a tem como alvo. 7,8<br />

A proteína N está localizada no interior do vírus e está estruturalmente<br />

ligada ao RNA. Funciona tanto no ciclo de replicações quanto<br />

em processos relacionados ao genoma viral. As proteínas virais M<br />

e E estão envolvidas na montagem e na maturação viral. Os testes<br />

sorológicos para SARS-CoV-2 tem como principal alvo a detecção de<br />

anticorpos dirigidos contra as proteínas S ou N.<br />

A proteína spike é dividida em duas regiões funcionais: S1 e S2 (Figura<br />

2). A S1 contém uma região importante denominada domínio de<br />

ligação ao receptor (receptor-binding domain ou RBD). O RBD é uma<br />

porção da proteína spike que se liga diretamente ao receptor ACE2.<br />

Comparado aos outros coronavírus humanos, o SARS-CoV-2 RBD parece<br />

ter uma afinidade de ligação muito maior ao receptor humano. 5,6<br />

As comparações de sequência do SARS-CoV-2 RBD mostram uma diferença<br />

considerável em comparação aos outros coronavírus, incluindo<br />

o SARS-CoV, responsável pela maior afinidade. A alta afinidade de<br />

ligação contribui significativamente para o alto contágio.<br />

Figura 1: A seleção inteligente do antígeno S1RBD para detectar anticorpos que<br />

pode bloquear a entrada do vírus nas células.<br />

A proteína Spike possui 2 regiões funcionais: S1 e S2<br />

Subunidade 1 (S1)<br />

Subunidade 2 (S2)<br />

Figura 2: Duas regiões funcionais da proteína spike.<br />

0 60<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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Resposta do anticorpo ao SARS-CoV-2<br />

Embora não tenham evidências de que<br />

RADAR CIENTÍFICO<br />

A infecção desencadeia uma resposta do<br />

sistema imunológico ao hospedeiro, inata<br />

e adaptativa, que trabalham juntas para<br />

combater a infecção. Em alguns pacientes a<br />

os anticorpos para SARS-CoV-2 conferem<br />

resistência e/ou proteção a reinfecção após<br />

a recuperação, as evidências dos outros coronavírus<br />

sugerem que pode haver um certo<br />

O Anticorpo para S1 RBD está associado<br />

à neutralização<br />

Dado o papel essencial desempenhado pelo<br />

RBD no início da infecção, é razoável esperar<br />

doença se torna grave e está frequentemente<br />

nível de imunidade, pelo menos por alguns<br />

que o anticorpo dirigido contra o RBD pode<br />

associada a uma resposta inflamatória exa-<br />

anos. 18,19<br />

estar associado à imunidade. Em um estudo,<br />

cerbada (tempestade de citocinas) e hiper-<br />

dois anticorpos monoclonais dirigidos contra<br />

coagulabilidade. As razões para isso ainda<br />

Anticorpos neutralizantes e a imuni-<br />

o RBD foram clonados a partir de células B<br />

precisam ser elucidadas, mas é uma carac-<br />

dade ao SARS-CoV-2<br />

em pacientes recuperados da COVID-19, e<br />

terística patológica associada com doenças<br />

Evidências indicam que pelo menos alguns<br />

demonstraram neutralizar, mas não anti-<br />

graves. 9<br />

anticorpos contra SARS-CoV-2 são neutrali-<br />

corpos para outros epítopos. 21 Evidências<br />

zantes, com base em dados in vitro. Os an-<br />

adicionais apoiam o papel do anticorpo<br />

Os anticorpos para SARS-CoV-2 tornam-se<br />

ticorpos neutralizantes são considerados os<br />

anti-RBD como neutralizante, juntamente<br />

detectáveis em muitos pacientes por volta<br />

mais prováveis de conferir proteção. Além<br />

com anticorpos para alguns outros epítopos<br />

de 1 semana após o início dos sintomas.<br />

disso, estudos utilizando plasma convales-<br />

na proteína spike. 22-25 Isso é consistente com<br />

A maioria dos pacientes apresentam anti-<br />

cente de doadores positivos para anticorpos<br />

os dados que mostram que o RBD da S1 é o<br />

corpos detectáveis depois de 2 semanas,<br />

contra SARS-CoV-2 para tratamento de pa-<br />

principal alvo dos anticorpos neutralizantes<br />

embora as diferenças nos ensaios utilizados<br />

cientes com a forma grave da doença mos-<br />

na SARS-CoV. 26 Portanto, estratégias de vaci-<br />

possam afetar a detecção. 10-13 É importante<br />

traram potencial, embora não seja uma tera-<br />

nas que provocam um alto nível de anti-RBD<br />

ressaltar que o aparecimento dos anticorpos<br />

pia recomendada atualmente. Os anticorpos<br />

podem ser eficazes. A avaliação quantitati-<br />

não indica que a infecção foi curada, pois<br />

neutralizantes são os supostos mediadores<br />

va do anticorpo neutralizante pode ser útil,<br />

muitos pacientes soroconvertem IgM e IgG<br />

de eficácia nesse plasma.<br />

especialmente se os níveis diminuem com o<br />

enquanto ainda há replicação viral ou duran-<br />

tempo.<br />

te um quadro agravado da doença.<br />

Como nem todos os anticorpos são neutralizantes<br />

(muitos não são), será essencial<br />

Em contraste ao S1 RBD, as evidências atu-<br />

Os testes desenvolvidos para a detecção<br />

determinar quais anticorpos específicos<br />

ais de neutralização dos anticorpos contra a<br />

dos anticorpos dirigidos as proteínas N e S<br />

estão associados à proteção. Testes para<br />

proteína N são limitadas ou inexistentes.<br />

(incluindo a S1 RBD) indicam uma respos-<br />

aqueles anticorpos decorrentes de infecção<br />

ta imune à infecção. Muitos dos testes de<br />

resolvida ou de uma vacina bem-sucedi-<br />

Tipos de teste de anticorpos na res-<br />

anticorpos que chegaram inicialmente ao<br />

da, quando ela for desenvolvida, podem<br />

posta imune à SARS-CoV-2<br />

mercado tiveram problemas significativos de<br />

permitir a designação da imunidade (ou o<br />

Três tipos principais de ensaios sorológicos<br />

desempenho. 14-17 Com a chegada de novos<br />

chamado "passaporte imunológico"). Tam-<br />

foram desenvolvidos para testes de anti-<br />

testes ao mercado é possível observar uma<br />

bém será importante entender se a prote-<br />

corpos em SARS-CoV-2. Testes para identi-<br />

melhora no desempenho dos ensaios quanto<br />

ção está associada aos níveis de anticorpos<br />

ficar IgM isoladamente, IgG isoladamente<br />

a sensibilidade e especificidade.<br />

neutralizantes in vivo.<br />

ou anticorpos total (pantípico) utilizando<br />

0 62<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Imuno-Rápido WAMA<br />

Coronavírus<br />

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Imuno-Rápido COVID-19 IgG/IgM<br />

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Doenças Infecciosas:<br />

Alerta - Autoteste HIV 1e 2<br />

Anti-HBs<br />

HBsAg<br />

HCV (Hepatite C)<br />

HIV Triline<br />

HIV 1e 2<br />

Rotavírus<br />

Sílis (Total)<br />

Marcador Cardíaco:<br />

Troponina I<br />

Doenças Tropicais:<br />

Chikungunya IgG/IgM<br />

Dengue IgG/IgM<br />

Dengue NS1<br />

Malária - Pf/Pv<br />

Malária - Pf/Pan<br />

ZIKA IgG/IgM<br />

Marcadores Tumorais:<br />

PSA (sensib. 2,5mg/ml)<br />

Sangue Oculto Fecal<br />

Hormônios:<br />

hCG (Placa-teste)<br />

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Precisão - Autoteste hCG<br />

Imuno-Rápido Quanti<br />

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automatizada, etc.), estão<br />

disponíveis comercialmente. Um número<br />

crescente de estudos apoia a incorporação<br />

do teste de anticorpos junto com o teste molecular<br />

em situações agudas (pacientes apresentando<br />

sinais e sintomas) para melhorar a<br />

detecção e apoiar a triagem do paciente, especialmente<br />

para pacientes que apresentam<br />

uma infecção posterior. 27-29<br />

Embora o teste do RNA viral possa confirmar<br />

a presença do vírus, ele não pode confirmar a<br />

ausência. Os motivos dos falsos negativos (FN)<br />

incluem a baixa carga viral na amostra coletada<br />

(swab nasofaríngeo, escarro etc.), questões<br />

pré-analíticas (técnica de coleta, transporte,<br />

armazenamento, extração de RNA etc.) e limitações<br />

do próprio teste (sensibilidade). Dados<br />

de estudos da COVID-19 indicam que a combinação<br />

dos resultados da sorologia com os<br />

testes moleculares pode melhorar a detecção<br />

em pacientes sintomáticos. 27-29 No momento,<br />

o FDA recomendou que dois testes sorológicos<br />

separados que reconheçam anticorpos para<br />

diferentes antígenos (por exemplo, S e N)<br />

pudessem ser usados para melhorar o valor<br />

preditivo positivo (PPV).<br />

de anticorpos positivo devem ser isolados mento de IgG, durante uma infecção ativa,<br />

até que testes e avaliações adicionais possam um teste IgG positivo por si só não indica se o<br />

informar o diagnóstico e tratamento.<br />

paciente se recuperou e não é mais uma pessoa<br />

potencialmente transmissora do vírus.<br />

Os Testes de Anticorpos Totais (Pantípicos)<br />

podem ser mais sensíveis do que Embora os dados publicados mostrem que<br />

os de IgM ou IgG isoladamente<br />

o uso de um teste de anticorpos total possa<br />

A soroconversão com SARS-CoV-2 exibe superar testes de IgM e IgG isoladamente na<br />

um padrão incomum (Figura 3). Ao contrário detecção precoce (Figura 4), a sensibilidade<br />

dos perfis típicos onde IgM pode estar presente<br />

por vários dias ou semanas antes que o desempenho comparativo entre os ensaios.<br />

do teste pode influenciar significativamente<br />

a IgG seja detectada, os estudos com o SAR- Serão necessários estudos que comparem<br />

S-CoV-2 indicam que tanto a IgM quanto a ensaios quimioluminescentes altamente sensíveis,<br />

onde será possível entender as sensibi-<br />

IgG tornam-se rapidamente detectáveis, simultaneamente<br />

ou com apenas alguns dias lidades para testes de IgG e anticorpos totais<br />

de diferença. 11,13 Devido ao rápido apareci-<br />

para detecção precoce da resposta imune.<br />

Figura 3: Linha do tempo dos níveis de anticorpos IgM e IgG para SARS-CoV-2 desde o início dos sintomas. 28<br />

Como o teste de anticorpos geralmente é<br />

mais acessível e pode ter um resultado rápido<br />

(o teste automatizado total Siemens<br />

Healthineers Atellica® SARS-CoV-2 leva<br />

apenas 10 minutos e relata a concordância<br />

percentual positiva (sensibilidade) e concordância<br />

percentual negativa (especificidade)<br />

> 99%), pacientes sintomáticos com teste<br />

Figura 4: Linha do tempo dos níveis de anticorpos IgM e IgG para SARS-CoV-2 desde o início dos sintomas. 13<br />

0 64<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


RADAR CIENTÍFICO<br />

Referências:<br />

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on current evidence. International Journal of Antimicrobial Agents. Available from:<br />

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- an update on the status. Mil Med Res. 2020 Mar 13;7(1):11. doi: 10.1186/<br />

s40779-020-00240-0; 3. Astuti I, Ysrafil. Severe acute respiratory syndrome coronavirus<br />

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& Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews. 2020. Available from: https://<br />

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cytokine storm and therapeutic potential of interferons. Cytokine and Growth<br />

Factor Reviews. 2020. doi: https://doi.org/10.1016/j.cytogfr.2020.05.002; 10. To<br />

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and serum antibody responses during infection by SARS-CoV-2: an observational<br />

cohort study. Lancet Infect Dis. 2020;20:565-74. Available from: https://doi.<br />

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protection, and association of antibody responses with severity of disease. medRxiv<br />

preprint. This version posted April 17, 2020. Available from: https://doi.org/10.110<br />

1/2020.04.14.20065771; 19. Lin Q, et al. Duration of serum neutralizing antibodies<br />

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to SARS-CoV-2 in a COVID-19 recovered patient cohort and their implications.<br />

medRxiv preprint. Available from: https://doi.org/10.1101/2020.03.30.200<br />

47365; 23. Jiang S, et al. Neutralizing antibodies against SARS-CoV-2 and other<br />

human coronaviruses. Trends Immunol. 2020 May;41(5):355-9. doi: 10.1016/j.<br />

it.2020.03.007. Epub 2020 Apr 2.; 24. Wang C, et al. A human monoclonal antibody<br />

blocking SARS-CoV-2 infection. Nature Communications. Available from: https://<br />

doi.org/10.1038/s41467-020-16256-y; 25. Wong SK, et al. A 193-amino acid<br />

fragment of the SARS coronavirus S protein efficiently binds angiotensin-converting<br />

enzyme 2. J Biol Chem. 2004;279:3197-201.; 26. Zhou G, Zhao Q. Perspectives on<br />

therapeutic neutralizing antibodies against the novel coronavirus SARS-CoV-2. Int J<br />

Biol Sci. 2020;16:1718-23.; 27. Kai-Wang To, et al. The Lancet Infectious Diseases.<br />

2020 May. Available from: https://doi.org/10.1016/S1473-3099(20)30196-1; 28.<br />

Long Q, et al. Antibody responses to SARS-CoV-2 in patients with COVID-19. Nature<br />

Medicine. 2020 April. https://doi.org/10.1038/s41591-020-0897-1; 29. Lou B, et<br />

al. Serology characteristics of SARS-CoV-2 infection since the exposure and post<br />

symptoms onset. MedRxiv. 2020 March. Available from: https://www.medrxiv.org/<br />

content/10.1101/2020.03.23.20041707v1<br />

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0 66<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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MM-128-08 2019-03-18


RADAR CIENTÍFICO<br />

Erro Pela Interpretação e Classificação<br />

do Coronavirus<br />

Dr Cristhian Roiz, biomédico CRBM 6.412<br />

Vários movimentos de enfrentamento da doença COVID 19 causada<br />

pelo coronavírus SARS-CoV-2 surgiram desde a sua descoberta em<br />

31/12/19.<br />

Contudo e infelizmente, informações incorretas, FAKES, oportunistas<br />

muitas vezes, acabaram sendo também circuladas em nossa<br />

classe da saúde, sobretudo, laboratorial, qual por este artigo, venho<br />

manifestar auxilio e esclarecimentos técnicos.<br />

O Contexto: o transporte, expressivamente assumiu importância em<br />

nosso país e no mundo, trazendo e levando insumos essenciais para<br />

o cuidado de vidas, dentre outros produtos essenciais ao ser humano.<br />

Dentre estas cargas, está o material biológico para diagnóstico<br />

laboratorial, qual a tempos, está classificado pela OMS em conformidade<br />

com a especificidade, grau de risco biológico da amostra<br />

transportada.<br />

Somente como resumo para contextualização, pois o tema é extenso<br />

e de extrema relevância mesmo antes deste cenário pandêmico<br />

anunciado como tal pela OMS em 11 de março de 2020 (https://<br />

www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875),<br />

as amostras biológicas são<br />

classificadas em 4 categorias, de acordo com a equipe de especialistas<br />

denominada Orange Book, da OMS, quais cito: Categoria A (UN<br />

2814/UN 2900), Categoria B (UN 3373), Risco Mínimo (já denominada<br />

como Categoria C na Austrália) e risco Isento; tais classificações<br />

respectivamente representando o grau de risco maior para o menor.<br />

Fato descrito e resumido acima, destacarei a seguir o foco deste<br />

artigo, qual se trata da importância no transporte destas amostras,<br />

para que esta prática esteja adequada e em conformidade com tais<br />

classificações e sendo assim, em conformidade pelas regras quanto<br />

às embalagens, licenças das transportadoras terrestre, aérea e marítima,<br />

documentações de carga, devendo ainda ser elegíveis (atestar<br />

que está de acordo com as leis internacionais, no caso).<br />

O caso: a equipe de especialistas da OMS classifica como Categoria<br />

B, todas as amostras colhidas diretamente de pacientes humanos e<br />

animais, com objetivo de investigação diagnóstica ou simplificadamente<br />

conhecida como ESPECIMES PARA DIAGNÓSTICOS (conforme<br />

ratificado pelo Guia sobre Regulação sobre o Transporte de Substâncias<br />

Infecciosas 2019-2020 da OMS aplicável a partir de 1º de janeiro<br />

de 2019 e acessível para aquisição pelo link http://apps.who.int/<br />

bookorders) e não sendo estas, portanto, enquadradas como Categoria<br />

A.<br />

É certo e fato que para ser classificada como categoria A, a amostra<br />

transportada deve estar caracterizada como de alto risco biológico;<br />

em outras palavras, se a substância sair da embalagem que a transporta<br />

ou da embalagem protetora utilizada durante o transporte,<br />

pode ter sérias consequências para a saúde de qualquer ser humano<br />

ou animal que tenha estado em contato com ela.<br />

Em próprio Guia da OMS de 2015, qual participei da revisão, há uma<br />

lista de organismos pré classificados como Categoria A, porém nesta,<br />

não há citado o coronavírus SARS-CoV-2 que causa a doença COVID<br />

19, contudo e esclarecido no Guia, esta lista não é exaustiva e outros<br />

organismos podem ser incluídos em próximas atualizações, se assim<br />

julgado pertinente pela OMS.<br />

O problema: motivado pelos números pandêmicos (infectados e<br />

mortes) e a velocidade de disseminação deste novo vírus, as amostras<br />

colhidas e transportadas para o diagnóstico do coronavírus SAR-<br />

S-CoV-2, estão em casos, sendo tratadas como categoria A no cenário<br />

do transporte, e de forma agravante, está sendo divulgado que tal<br />

conduta equivocada deva ser seguida como protocolo, mesmo estas<br />

amostras ainda não terem sido confirmadas com a presença do vírus.<br />

0 68<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Alteração na classificação da OMS realizada por instituições ou<br />

profissionais que não estejam devidamente em concordância com a<br />

OMS, além de trazer problemas legais frente e baseados pelas regulamentações<br />

das autarquias regulamentadoras (ANVISA, ANAC e<br />

ANTT) em caso de fiscalizações, podem trazer um imensurável transtorno<br />

iniciando pela inviabilidade do transporte das amostras, pois,<br />

como exemplo, as embalagens aprovadas e suas validações para<br />

transporte de categoria A são diferentes das aprovadas pela categoria<br />

B (Pack Instruction 620 e Pack Instruction 650 respectivamente) assim<br />

como e consequentemente, os custos inerentes agregados nestas<br />

embalagens.<br />

Seguindo e ainda em mesmo sentido, as documentações e EPIS<br />

para transporte de Categoria A são bem mais exigentes em comparação<br />

a categoria B; tal como as licenças sanitárias federais, estaduais<br />

e municipais, tanto na regulamentação do transporte quanto pela<br />

autorização de funcionamento das empresas de transporte serem<br />

distintas.<br />

O esclarecimento: Destas confirmações, que a tempos venho salientando<br />

e informando em palestras, cursos, conferências em todo o<br />

território nacional desde 2015, resumo e esclareço de forma simples<br />

que, sobre este específico vírus, tema deste artigo e conforme as recomendações<br />

da OMS, o transporte deva ocorrer conforme critérios<br />

da categoria B, friso que qualquer outra substância biológica, para<br />

que tenha seu enquadramento e transporte ser conforme os critérios<br />

da categoria A de risco, deve, de forma indicativa, seguir o FLUXO-<br />

GRAMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO APLICADO AO TRANSPORTE DE<br />

MATERIAL BIOLÓGICO (fig 2 do Guia de Transporte da ANVISA 2015),<br />

assim como obrigatoriamente ser levado em consideração as propriedades<br />

bioquímicas do microrganismo e devendo este possuir alto<br />

grau de virulência, ou seja, a capacidade de um agente infeccioso<br />

produzir efeitos graves ou fatais.<br />

Alguns organismos, para exemplificar, causadores de doenças como<br />

Hepatite B, tuberculose, febre aftosa; somente são considerados como<br />

Categoria A se estes estiverem incubados (com a finalidade de incubação/crescimento<br />

de patógenos) e transportadas como culturas.<br />

RADAR CIENTÍFICO<br />

Para que não se tenha dúvidas e ratificando que NÃO HOUVERAM<br />

até o momento alterações nas recomendações da OMS, solicitei para<br />

confirmação junto a Organização Panamericana de Saúde (PAHO),<br />

qual representa a OMS pelas Américas, quais prontamente me retornaram<br />

(14/05/2020) a seguinte nota:<br />

• “Amostras de casos suspeitos ou confirmados devem ser transportadas<br />

como UN3373 - “Biological Substance Category B”.<br />

• Isolamento viral em cultivo deve ser transportado como UN2814<br />

Category A, “Infectious substance, affecting humans”.<br />

Caso não estejam desta forma transportadas, as mesmas devem<br />

ser transportadas como Categoria B e seguirem os requisitos da OMS<br />

para o transporte terrestre, marítimo e aéreo, conforme confirmações<br />

acima que destaquei no artigo, tanto da OMS quanto pela ANVISA.<br />

Referências<br />

Guia de Transporte de Materiais Biológicos ANVISA-2015<br />

Pack Instruction<br />

Guia sobre Regulação sobre o Transporte de Substâncias Infecciosas 2019-2020<br />

Site https://www.infoescola.com/doencas/virulencia/<br />

Em tempo, adotei a mesma conduta com a ANVISA qual em<br />

19/05/2020 retornaram com a seguinte nota:<br />

....<br />

” Não foi verificada a presença do Sars-CoV-2, Vírus que provoca<br />

a COVID-19, na listagem padronizada pela OMS que classifica os<br />

agentes infecciosos como Categoria A, nem como agente biológico<br />

isolado, nem como cultura. Entretanto, em publicação recente, a OMS<br />

recomenda que:<br />

Amostras de pacientes de casos suspeitos ou confirmados devem<br />

ser transportadas como UN3373, “Substância Biológica Categoria B”.<br />

Culturas virais ou isolados devem ser transportados como Categoria<br />

A, UN2814, “substância infecciosa, afetando humanos”.<br />

Sobre o autor<br />

Dr. Cris Roiz é Biomédico<br />

Especialista em Análises Clínicas,<br />

Revisor das normas da Anvisa e<br />

ANTT. Revisor Participativo da<br />

ANTT 420 (atual 5232) e RDC 20 da<br />

ANVISA desde 2015, Palestrante e<br />

Conferencista sendo referenciado<br />

pelo tema. Colunista, autor de<br />

artigos sobre regulamentações<br />

do Transporte para Saúde. Especialista em Análises Clinicas com ênfase em<br />

Business Intelligence assim como pela Fase Pré-Analítica e Pós-Analítica (CRM).<br />

Fundador e Diretor Executivo da Biocarga Transporte para Saúde. Auditor da ISO<br />

9000 e Fundador da Exclusiva Capacitação em Biocondutor.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 69


MEDICINA GENÔMICA<br />

Epigenética: relação entre estilo de vida,<br />

meio ambiente e desenvolvimento<br />

Por: Bruna Mascaro<br />

O conceito de estilo de vida inclui diferentes<br />

fatores como dieta, comportamento,<br />

stress, atividades físicas, hábitos de trabalho<br />

e de consumo, entre outros. O background<br />

genético e os fatores ambientais estão diretamente<br />

relacionados com o estilo de vida,<br />

e os processos epigenéticos têm sido cada<br />

vez mais relacionados com diversos fenômenos.<br />

A palavra epigenética é bem antiga,<br />

Aristóteles já acreditava que todas as nossas<br />

características têm origem em um processo<br />

denominado “epigênese”. Então, no início<br />

dos anos 40, o biólogo Conrad Waddington<br />

passou a utilizar a palavra epigenética para<br />

se referir à maneira como os genes interagem<br />

com o meio ambiente na construção<br />

dos organismos.<br />

É interessante pensar que temos origem a<br />

partir de um óvulo fertilizado, e conforme o<br />

desenvolvimento embrionário progride, esse<br />

óvulo se divide em milhares de células com<br />

a mesma informação genética original. No<br />

entanto, para a construção adequada do organismo,<br />

as células precisam se desenvolver<br />

em diferentes tipos, como por exemplo células<br />

sanguíneas, neurais, musculares, ósseas,<br />

e etc. Sendo assim, é necessário que haja<br />

um fator responsável por ligar e desligar os<br />

genes adequadamente, e então, direcionar a<br />

diferenciação de cada tipo celular. Esse fator<br />

“não genético” é a epigenética.<br />

Afinal, o que é a Epigenética?<br />

Envolvendo o estudo de uma imensa diversidade<br />

de fenômenos biológicos, a epigenética<br />

abrange conceitos de desenvolvimento e<br />

diferenciação celular, metabolismo, doenças,<br />

variabilidade fenotípica, herdabilidade, metabolismo,<br />

entre outros. A epigenética descreve<br />

eventos moleculares que ocorrem no DNA,<br />

mas não afetam a sequência de DNA em si.<br />

De fato, hoje sabe-se que a atividade genética<br />

pode ser regulada como um interruptor<br />

de uma lâmpada: pode ser desligada ou ligada,<br />

em diferentes níveis. Essa regulação é<br />

realizada a partir de alterações químicas na<br />

sequência de DNA dos nossos genes, sem<br />

alterar a identidade dos pares de base que<br />

compõe o DNA, atuando literalmente sobre<br />

os genes, daí o termo ‘epi’genética. Alterações<br />

epigenéticas impactam na forma como<br />

a molécula de DNA é formatada, e consequentemente,<br />

regula quais genes permanecerão<br />

ativos, influenciando na fisiologia e no<br />

comportamento de um organismo.<br />

Não é sobre os genes que você tem, mas<br />

sobre o que os seus genes estão fazendo!<br />

Diferente do que muitos acreditam, o DNA<br />

que contém a informação dos nossos genes<br />

não é capaz de ações independente, o que<br />

faz da regulação desses genes um mecanismo<br />

tão importante para o desenvolvimento<br />

como um todo. Os genes são, de certa forma,<br />

induzidos a se expressar conforme o contexto<br />

ambiental (o que inclui diversos fatores,<br />

inclusive outros genes), fazendo com que<br />

cada gene se comporte de maneira única<br />

em cada indivíduo. Tal fato já foi comprovado,<br />

inclusive, em estudos com gêmeos<br />

monozigóticos idênticos que têm origem a<br />

partir do mesmo óvulo e, portanto, contém a<br />

mesma sequência de DNA, no entanto, seus<br />

genes se expressam de maneiras diferentes,<br />

o que demonstra que experiência diferentes<br />

podem deixar “marcas” no DNA que afetam a<br />

maneira como os genes são expressos.<br />

O nosso DNA é capaz de se compactar em<br />

diferentes níveis, e uma vez que o nosso<br />

DNA está altamente compactado, os mecanismos<br />

responsáveis pela leitura desse DNA<br />

não são capazes de acessá-lo para interpretar<br />

a informação. Quando isso acontece,<br />

esse segmento de DNA altamente compactado<br />

será impossibilitado de ser lido, e então,<br />

as proteínas normalmente produzidas<br />

a partir daquele fragmento de DNA não<br />

serão processadas.<br />

0 72<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Um exemplo disso são as histonas, que são<br />

grandes proteínas associadas ao DNA e que<br />

auxiliam na compactação e descompactação<br />

do DNA, podendo ser modificadas por diversos<br />

processos. Esses processos epigenéticos<br />

de alteração do DNA, como por exemplo a<br />

acetilação ou a metilação, fazem com que<br />

o DNA fique mais ou menos acessível à sua<br />

leitura e processamento (transcrição). A<br />

acetilação do DNA faz com que o mesmo<br />

fique mais acessível, levando ao aumento<br />

da expressão gênica, enquanto que a adição<br />

de grupamentos metil –CH3 (metilação)<br />

faz com que o segmento de DNA fique mais<br />

compactado, levando à diminuição da expressão<br />

dos genes naquele segmento.<br />

O meio ambiente é extremamente capaz<br />

de levar a alterações epigenéticas no DNA<br />

de maneiras extraordinárias. Um exemplo<br />

clássico é o estudo sobre as abelhas-rainhas<br />

e operárias, que apesar de terem sequências<br />

genéticas idênticas, são completamente<br />

diferentes em termos de comportamento,<br />

fisiologia e fenótipo. Neste caso, a<br />

frase “você é o que você come” representa<br />

exatamente o que é observado: Ambas as<br />

abelhas-rainha e operária são inicialmente<br />

alimentadas com geleia real, no entanto,<br />

as abelhas operárias são rapidamente<br />

desmamadas e alimentadas com néctar<br />

e pólen, enquanto as abelhas-rainhas são<br />

alimentadas por geleia real durante todo<br />

seu desenvolvimento, mantendo essa dieta<br />

inclusive na vida adulta. Estudos recentes<br />

demonstraram que a geleia real contém<br />

ingredientes capazes de inibir a metilação<br />

de citosinas no DNA, levando ao aumento<br />

da expressão de genes que se encontram silenciados<br />

em abelhas operárias, o que pode<br />

explicar a grande diferença fenotípica e de<br />

comportamento entre essas duas castas.<br />

Nos humanos, o fenômeno epigenético<br />

não atua tão diretamente sobre o fenótipo<br />

como observado nas abelhas, no entanto,<br />

pesquisadores tem demonstrado cada vez<br />

mais o impacto das alterações epigenéticas<br />

no desenvolvimento, crescimento e doenças.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 75


MEDICINA GENÔMICA<br />

Implicações e estudos sobre epigenética<br />

Os eventos epigenéticos estão acontecendo<br />

no nosso corpo a todo momento. Por exem-<br />

retal apresentavam uma menor quantidade<br />

de DNA metilado do que os tecidos normais<br />

do mesmo paciente. Uma vez que genes me-<br />

processo epigenético avança na medida em<br />

que novas tecnologias são disponibilizadas,<br />

mas ainda carece de muitos estudos futuros,<br />

plo, atividades físicas, o que comemos ou be-<br />

tilados estão tipicamente desligados, a perda<br />

e quanto mais respostas tivermos, novas<br />

bemos, podem alterar o padrão epigenético<br />

da metilação pode levar ao aumento de ex-<br />

perguntas surgirão. Estamos diante apenas<br />

das nossas células. A partir do entendimento<br />

pressão gênica. Por outro lado, o aumento da<br />

da ponta de um iceberg, de toda uma rede<br />

de como a expressão dos nossos genes é<br />

metilação pode silenciar funções de impor-<br />

de interações que envolve esse processo tão<br />

controlada, é possível imaginar como os<br />

tantes genes supressores tumorais.<br />

fundamental e intrigante.<br />

eventos genéticos e epigenéticos colaboram<br />

para produzir nossas características.<br />

Atualmente, técnicas de epigenômica têm<br />

permitido aos pesquisadores investigar as<br />

alterações epigenéticas em todo o genoma,<br />

Esse balanço fino entre “ligar e desligar”<br />

os genes tem sido observado em diversos<br />

processos tumorais, assim como é observado<br />

também durante o desenvolvimento<br />

embrionário. Dessa forma, somos capazes<br />

Referências<br />

1. Waddington CH. The basic ideas of biology.<br />

Waddington CH. Towards a Theoretical<br />

Biology, Vol. 1: Prolegomena, 1–32. Edinburgh:<br />

Edinburgh University Press; 1968.<br />

em um único experimento. Essa abordagem<br />

de mensurar a importância do processo<br />

2. Fraga, M. F. et al. Epigenetic differences<br />

tem sido amplamente utilizada, principal-<br />

epigenético para o funcionamento pre-<br />

arise during the lifetime of monozygotic<br />

mente, na investigação de alterações relacionadas<br />

a um grande número de doenças<br />

humanas, como câncer, autismo e doenças<br />

auto-imunes, entre outros. Além disso, pesquisadores<br />

clínicos estão em uma constante<br />

busca pelo desenvolvimento de terapias com<br />

possíveis alvos epigenéticos.<br />

A primeira doença humana a ser relacionada<br />

ao processo epigenético foi o câncer, em<br />

1983. Pesquisadores descobriram que tecidos<br />

tumorais de pacientes com câncer color-<br />

ciso e saudável dos organismos, e quais<br />

impactos que as alterações nesse processo<br />

podem causar.<br />

Compreendendo como o contexto ambiental<br />

influencia a epigenética, pesquisas<br />

relacionadas às alterações pós-transcricionais<br />

terão consequências extremamente<br />

abrangentes. Estudos epigenéticos podem<br />

ser aplicados a diversos campos, e auxiliar<br />

em diversas questões que permanecem sem<br />

resposta. O conhecimento que se tem sobre o<br />

twins. Proc. Natl Acad. Sci. 102, 10604–<br />

10609 (2005)<br />

3. Xu Jiang He, et al. Making a queen: an<br />

epigenetic analysis of the robustness of the<br />

honeybee (A pis mellifera ) queen developmental<br />

pathway. Molecular EcologyVolume<br />

26, Issue 6. 2016<br />

4. Fazzari, M. J. & Greally, J. M. Epigenomics:<br />

beyond CpG islands. Nature Rev. Genet. 5,<br />

446–455 (2004)<br />

5. Robertson, K. D. DNA methylation and<br />

human disease. Nature Rev. Genet. 6, 597–<br />

610 (2005)<br />

Bruna Mascaro<br />

Bióloga especializada em biologia molecular e sequenciamento de nova geração<br />

aplicados à oncologia na prática clínica, com Mestrado e Doutorado pela<br />

Universidade Federal de São Paulo. Atualmente é vinculada ao laboratório clínico<br />

do Hospital Israelita Albert Einstein e escreve para o blog Varstation.<br />

0 76<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Exames complexos.<br />

Respostas pessoais.<br />

T +1-855-379-3115 E mclglobal@mayo.edu W mayocliniclabs.com


LADY NEWS<br />

Validação de testes laboratoriais<br />

na Covid-19<br />

Com a pandemia de coronavírus SARS-CoV-2<br />

se alastrando pelo mundo, a demanda por testes<br />

aumentou exponencialmente. Multiplicaram-se<br />

os testes disponíveis no mercado, porém<br />

estes ainda carecem de validação.<br />

Depois da OMS estimular para que os países<br />

membros intensificassem a testagem para a<br />

COVID-19, a corrida aos testes disparou. Em<br />

uma crise de saúde, a medicina diagnóstica assume<br />

um papel de alta relevância.<br />

Os primeiros testes desenvolvidos e lançados<br />

foram os biomoleculares de identificação do<br />

SARS-CoV-2. Foram seguidos pelos testes sorológicos<br />

baseados nos anticorpos IgM e IgG<br />

produzidos pelos doentes e portadores assintomáticos<br />

da COVID 19.<br />

A medicina laboratorial é uma especialidade<br />

que vive em constante evolução. Todos os esforços<br />

são concentrados na busca pelo desenvolvimento<br />

de novas tecnologias e na introdução de<br />

novos conceitos e paradigmas, visando a oferecer<br />

resultados laboratoriais que permitam um<br />

diagnóstico preciso, além de garantir a segurança<br />

e a eficiência no cuidado com o paciente.<br />

A OFAC Brasil – Organização Feminina de<br />

Análises Clínicas, ciente do seu importante<br />

papel na difusão de novos conhecimentos e na<br />

detecção de tendências na área do laboratório<br />

clínico, apresentou a palestra intitulada Validação<br />

de testes laboratoriais na Covid-19, em<br />

recente OFAC Convida – evento periódico que<br />

traz palestrantes para tratar assuntos atuais e de<br />

grande relevância a área.<br />

Participaram deste OFAC Convida, Maria Elizabeth<br />

Menezes, Vice-presidente da Sociedade<br />

Brasileira de Análises Clínicas – SBAC e Assessora<br />

Científica do Programa Nacional de Controle<br />

de Qualidade – PNCQ; E Jorge Terrão, farmacêutico<br />

bioquímico, Coordenador da Comissão<br />

de TLR da SBAC, Assessor Científico Tommasi<br />

Laboratório, e carinhosamente eleito padrinho<br />

da OFAC. Como moderadora, tivemos Marbenha<br />

Linko, presidente da OFAC. Profissionais<br />

atuantes no ambiente laboratorial e profundos<br />

conhecedores desse conceito tecnológico, que é<br />

disseminado nos serviços de saúde.<br />

Beth Menezes inicia discorrendo sobre<br />

RT-PCR, pois é o método de diagnóstico da<br />

Covid-19. Padrão Ouro para virologia seria a<br />

cultura de tecido, onde o antígeno, ou seja, o<br />

vírus é isolado. Com o advento da engenharia<br />

genética e a genética reversa, atualmente o<br />

padrão ouro é a reação em cadeia da polimerase<br />

(PCR), que detecta o ácido nucleico, no<br />

caso em tela, RNA+.<br />

Um único resultado não detectado com RT-P-<br />

CR para SARS-CoV-2 não exclui o diagnóstico<br />

da COVID-19. Vários fatores como coleta inadequada<br />

da amostra, tipo de amostra biológica,<br />

tempo decorrido entre a coleta e o início dos<br />

sintomas, e oscilação da carga viral podem influenciar<br />

o resultado do exame.<br />

A sensibilidade de diferentes amostras biológicas<br />

para detecção do SARS-CoV-2 varia.<br />

Um estudo que avaliou 1070 amostras de 250<br />

pacientes com COVID-19, observou os seguintes<br />

valores de sensibilidade para as diferentes<br />

amostras testadas por RT-PCR: lavado broncoalveolar<br />

93%, escarro 72%, swab nasal 63%,<br />

swab de orofaringe 32%, fezes 29%, sangue<br />

1% e urina 0% (JAMA. 2020 Mar 11. doi:<br />

10.1001/jama.2020.3786).<br />

Importante lembrar que o teste avalia a presença<br />

de RNA viral na amostra. A persistência<br />

do exame positivo não significa necessariamente<br />

que o paciente ainda está infectado. O<br />

período que os pacientes permanecem infectantes<br />

ainda não está totalmente esclarecido e a<br />

utilização dos testes para liberação do paciente<br />

do isolamento respiratório deve ser avaliada criteriosamente.<br />

Beth Menezes ainda ressalta que o laboratório<br />

nunca foi tão importante quanto agora.<br />

Sem ele não é possível liberar o paciente do<br />

hospital, da quarentena. Exerce um protagonismo<br />

extremamente importante. “Precisamos<br />

aproveitar esse momento para ter conhecimentos<br />

sólidos, mesmo que não façamos o exame,<br />

mas para ter firmeza ao conversar com a equipe<br />

multidisciplinar”, conclui.<br />

Seguimos com o palestrante Jorge Terrão,<br />

que descreve sua pesquisa em relação ao<br />

tema "Validação de testes laboratoriais", referindo-se<br />

aos testes imunocromatográficos<br />

para SARS-CoV-2.<br />

A fase de validação dos testes é etapa imprescindível<br />

e deve ser anterior à utilização e de<br />

responsabilidade do laboratório que realizará os<br />

testes. As características de desempenho informadas<br />

pelos fabricantes, principalmente em se<br />

tratando de TLRs, não são verificadas no momento<br />

de registro desses testes na Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária (Anvisa). Portanto,<br />

como não se trata de autotestes, a validação é<br />

essencial para que se obtenha confiabilidade<br />

dos resultados.<br />

O registo da Anvisa é obrigatório para que<br />

os testes possam ser comercializados, mas<br />

não necessariamente atestam sua eficácia. A<br />

validação de um método consiste na realização<br />

de uma série de experimentos, com a finalidade<br />

de documentar o seu desempenho<br />

em relação à exatidão e precisão, além de<br />

ser de extrema relevância para a segurança<br />

populacional.<br />

É necessária uma extrema atenção na escolha<br />

do teste assim como o momento adequado<br />

para utilizá-lo. Esta avaliação do desempenho<br />

dos kits irá auxiliar os laboratórios na melhor<br />

escolha, fornecendo mais segurança e controle<br />

na realização do exame.<br />

0 78<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


TRANSFUSION MEDICINE<br />

Desenho compacto e flexível<br />

Apresentamos o Erytra Eflexis®, um analisador de tamanho médio,<br />

completamente automatizado para a realização das provas de<br />

compatibilidade pré-transfusionais, além de testes imunohematológicos<br />

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LADY NEWS<br />

A validação precisa estar presente em todos<br />

os procedimentos que realizamos no laboratório.<br />

Segundo Terrão, quando falamos em validação,<br />

precisamos entender de qualidade, e o<br />

que especificamos como qualidade pro nosso<br />

laboratório.<br />

“Se formos reproduzir as informações das<br />

bulas dos kits dos fabricantes, estamos fazendo<br />

uma verificação da informação que recebemos<br />

do nosso fabricante. O fundamental é fazermos<br />

nossa avaliação, com amostras do dia a dia do<br />

laboratório (vida real), temos que ter confiança<br />

no que vamos liberar”, diz Terrão.<br />

Utilizando a estrutura do Laboratório<br />

Tommasi, o qual Terrão é assessor científico, e<br />

pensando na qualidade, optou-se por trabalhar<br />

com base no objetivo clínico específico.<br />

Os estudos ainda não estão terminados, mas<br />

já estão bem adiantados.<br />

O processo de validação usou amostras de<br />

pacientes infectados pelo vírus e baseou-se<br />

nas normas e legislações do setor. A RDC<br />

302/2005, que além de ser nosso marco legal<br />

maior, é também o regulamento técnico para<br />

os laboratórios clínicos, e a ISO (15.189/2015)<br />

que é o que regula e padroniza os sistemas de<br />

qualidade a serem implantados no laboratório.<br />

Para a pesquisa, usaram-se amostras sabidamente<br />

positivas, obtidas de pacientes<br />

RT-PCR positivos, coletadas de forma seriada.<br />

E também, amostras sabidamente negativas,<br />

oriundas de soroteca anterior a janeiro (antes<br />

de SARS-CoV-2). Também foram utilizadas<br />

amostras sabidamente negativas e com anticorpos<br />

de dengue e chikungunya, a fim de<br />

verificar possíveis interferências. Os testes<br />

foram realizados em duplicata, e as mesmas<br />

amostras foram enviadas ao PNCQ no RJ, onde<br />

foram testadas com os mesmos kits, e os resultados<br />

obtidos foram quase que unânimes.<br />

Os dados gerados por esta pesquisa, juntamente<br />

com a análise do PNCQ – Programa<br />

Nacional de Controle de Qualidade servirá<br />

como auxílio aos profissionais, e em breve será<br />

publicado. Os resultados serão publicados no<br />

portal www.testecovid19.org.<br />

A iniciativa é valiosa, pois se tem observado<br />

uma variação muito grande na qualidade dos<br />

testes sorológicos. Uma marca, por exemplo,<br />

não apresentou nenhum resultado positivo<br />

nos testes realizados com amostras positivas,<br />

gerando vários resultados falso negativos. Esse<br />

é um caso extremo, mas que reforça a importância<br />

de termos esse processo de validação<br />

implantado.<br />

Terrão apresentou durante a palestra imagens<br />

dos testes realizados com várias marcas<br />

de kits diferentes, testadas com as mesmas<br />

amostras.<br />

As causas das potenciais diferenças observadas<br />

são muito variadas. Um dos pontos<br />

diz respeito ao uso de sangue total,<br />

enquanto a maioria dos métodos laboratoriais<br />

utiliza soro ou plasma. “É muito difícil<br />

controlar, por exemplo, o volume da gota de<br />

sangue por punção digital, além da dificuldade<br />

de leitura pela coloração da corrida”,<br />

complementa Terrão.<br />

Ainda reforça que validar o teste é garantir<br />

a segurança da população. “A nossa experiência<br />

mostra que realmente há uma discrepância<br />

muito grande de performance entre<br />

os diferentes fornecedores. Vemos alguns com<br />

desempenho muito bom, mas também observamos<br />

testes com desempenho ruim, com<br />

baixa sensibilidade.”<br />

Devemos estar focados em garantir a segurança<br />

da população e confiabilidade de exames<br />

que chegam ao mercado nacional.<br />

A medicina laboratorial se modernizou bastante<br />

nos últimos anos e, com ela, expandem-<br />

-se processos que permitem a realização de<br />

testes laboratoriais portáteis para a obtenção<br />

imediata de resultados. Os testes laboratoriais<br />

imunocromatográficos estão cada vez mais<br />

presentes na rotina dos laboratórios e já são<br />

uma realidade mundial.<br />

Um sistema analítico ideal seria aquele com<br />

elevado grau de exatidão, precisão e confiabilidade,<br />

com limite de detecção em zero, sem<br />

qualquer interferente e que apresentasse<br />

100% de sensibilidade e especificidade. Infelizmente<br />

este sistema ainda não foi disponibilizado<br />

para as rotinas diagnósticas. Como<br />

o laboratório dos sonhos ainda está longe da<br />

realidade, é preciso que se conheçam as limitações<br />

dos testes, assim como os seus parâmetros<br />

de desempenho clínico e analítico para<br />

prestar serviços laboratoriais de qualidade. É<br />

necessário definir especificações adequadas<br />

e padronizadas no laboratório para avaliar os<br />

sistemas analíticos disponíveis no serviço.<br />

Fica aqui nosso agradecimento aos palestrantes<br />

pela dedicação e empenho no desenvolvimento<br />

deste valioso e atual material; fica também<br />

registrado um especial agradecimento pela<br />

valiosa parceria à sociedade científica - SBAC, e<br />

ao PNCQ.<br />

Waldirene Nicioli<br />

Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas, Especialista em Farmacologia Clínica, Auditora do<br />

Sistema Nacional de Acreditação - DICQ, proprietária do Examinare Análises Clínicas - Peabiru/PR e OFACana.<br />

Contato: adm@examinare.net.br<br />

0 80<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


COVID19: um sinal Patognomônico?<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

CITOLOGIA<br />

O receptor da enzima conversora de angiotensina<br />

II (ECA2) foi identificado como o domínio de<br />

ligação da proteína S do vírus COVID-19. O exato<br />

papel fisiológico da ECA2 na maioria dos tecidos<br />

não foi elucidado, embora a enzima atue como<br />

um regulador da função cardíaca e do controle<br />

da pressão arterial por ser um componente do<br />

sistema renina-angiotensina-aldosterona. Uma<br />

vez que o vírus entra na célula hospedeira, a sua<br />

replicação e disseminação levam às manifestações<br />

clínicas. Assim, a expressão e distribuição<br />

da ECA2 no corpo humano podem indicar as<br />

possíveis rotas de infecção do COVID-19, e ainda<br />

ser um alvo terapêutico promissor no tratamento<br />

da infecção.<br />

Embora o mRNA da ECA2 esteja presente em<br />

praticamente todos os órgãos, sua expressão<br />

proteica está sendo investigada em estudos<br />

recentes. Estudos anteriores a pandemia do CO-<br />

VID-19 já indicavam que a proteína é altamente<br />

expressa em tecidos renais, cardiovasculares<br />

e gastrointestinais. Um estudo publicado por<br />

Hamming e colaboradores avaliou a expressão<br />

imunohistoquímica da ECA2 em diversos tecidos<br />

e verificou que a proteína estava presente<br />

nas células endoteliais de artérias, veias pequenas<br />

e grandes, miofibroblastos e nas membranas<br />

das células adiposas em vários órgãos.<br />

A imunocoloração marcada com ECA2 foi encontrada<br />

ainda nas células epiteliais alveolares<br />

tipo I e II nos pulmões normais e no citoplasma<br />

das células epiteliais brônquicas. Os receptores<br />

ECA2 também foram identificados no epitélio<br />

escamoso estratificado da mucosa oral normal e<br />

nasal, e especialmente na camada basal do epitélio<br />

escamoso não queratinizante. Além disso,<br />

a enzima está presente nas células musculares<br />

lisas e no endotélio dos vasos do estômago, intestino<br />

delgado e cólon.<br />

Esses dados sugerem e embasam a possibilidade<br />

de utilizar amostras de citologia esfoliativa<br />

para auxílio ao diagnóstico do COVID-19 além<br />

das técnicas de investigação de coloração de<br />

rotina. O método de imunocitoquímica pode<br />

ser empregado em células esfoliadas para identificar<br />

e quantificar várias proteínas, incluindo<br />

a ECA2. Alguns estudos sugerem que a identificação<br />

e quantificação do ECA2 em células<br />

esfoliadas usando imunocitoquímica pode ser<br />

uma ferramenta eficiente para a identificação<br />

de casos assintomáticos de COVID-19.<br />

As amostras de citologia esfoliativa também<br />

podem ser usadas para outros métodos de investigação,<br />

como RT-PCR, análise por Western<br />

blot e imunofluorescência. Estes podem ser<br />

usados para autenticar ainda mais a premissa<br />

proposta e a confiabilidade da citologia esfoliativa<br />

como ferramenta de detecção e triagem.<br />

Além disso, a observação microscópica da<br />

morfologia podem no futuro, indicar alterações<br />

celulares nos tecidos infectados pelo<br />

vírus. Um estudo avaliou a mucosa nasal de<br />

pacientes com COVID-19 e relatou que a observação<br />

microscópica por meio da citologia<br />

nasal revelou a presença de muito poucos<br />

neutrófilos. Além disso, houve redução das<br />

“estrias supranucleares hipercromáticas” que<br />

seriam correspondentes ao aparelho de Golgi<br />

no citoplasma celular. Essas estrias constituem<br />

marcadores para a integridade anatômica e<br />

funcional das células ciliadas, e sua rarefação<br />

ou desaparecimento durante infecções virais<br />

são sinais de sofrimento celular. Essa característica<br />

representa um sinal de dano celular nas<br />

amostras do epitélio nasal avaliadas e levanta<br />

a hipótese que o SARS-CoV-2 causa uma leve<br />

inflamação nasal.<br />

Cabe destacar que as alterações na morfologia<br />

celular são específicas de cada infecção viral,<br />

e os dados referentes as alterações celulares e<br />

marcadores proteicos do COVID-19 ainda precisam<br />

ser melhor detalhados. Métodos que<br />

associam a morfologia celular a marcadores<br />

moleculares ou proteicos são promissores e<br />

endossam a importância da citologia esfoliativa<br />

como método de diagnóstico e pesquisa.<br />

Referencias:<br />

Gelardi M, Notargiacomo M, Trecca EMC, Cassano M,<br />

Ciprandi G. COVID-19 and Nasal Cytobrush Cytology<br />

[published online ahead of print, 2020 May 26]. Acta<br />

Cytol. 2020;1-2. doi:10.1159/000508768<br />

Hamming I, Timens W, Bulthuis ML, Lely AT, Navis<br />

G, van Goor H. Tissue distribution of ACE2 protein,<br />

the functional receptor for SARS coronavirus. A first<br />

step in understanding SARS pathogenesis. J Pathol.<br />

2004;203(2):631-637. doi:10.1002/path.1570<br />

Mhaske S, Yuwanati M, Mhaske A, Desai A, Sarode<br />

SC, Sarode GS. Perspective on oral exfoliative cytology<br />

and COVID-19 [published online ahead of print, 2020<br />

Jun 12]. Oral Oncol. 2020;104858. doi:10.1016/j.oraloncology.2020.104858<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

Possui graduação em Farmácia com ênfase em Análises Clínicas e especialização Lato Sensu em Citologia Clínica. Fez Mestrado<br />

em Patologia Geral e Experimental e Doutorado em Patologia - Biomarcadores pelo Programa de Pós Graduação em Patologia da<br />

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), na área de marcadores moleculares e imunohistoquímicos<br />

para o câncer. Atualmente atua como professor do curso de Especialização em Citopatologia Diagnóstica da Universidade Feevale,<br />

e como Pesquisador Pós-Doutor em projetos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É assessor da Controllab na<br />

área de Citologia/Citopatologia e Medicina Laboratorial.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 81


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

Em meio a pandemia o Grupo Prime Cargo<br />

Realiza força tarefa para entrega de equipamentos hospitalares<br />

A solidariedade e a empatia são as principais<br />

armas do povo brasileiro na luta contra<br />

a Covid-19. É com a empatia que as pessoas<br />

escolhem deixar de ver seus amigos e familiares<br />

durante o período de isolamento social,<br />

e escolhem ficar em casa, quando possível. É<br />

a solidariedade que faz nos movimentarmos<br />

para fazer doações de alimentos e materiais<br />

de proteção individual, como máscaras, luvas<br />

e álcool em gel.<br />

Por possuir uma densidade populacional<br />

baixa para os padrões brasileiros, com apenas<br />

161 mil habitantes, a cidade não possuía uma<br />

grande infraestrutura em saúde. Assim, durante<br />

a pandemia do coronavírus, foi necessário criar<br />

um Hospital destinado ao atendimento exclusivo<br />

de pacientes infectados pela Covid-19.<br />

É estimado que o Hospital realize cerca de 25<br />

mil atendimentos diários, tanto de moradores de<br />

Maricá, quanto de municípios vizinhos. Para isso<br />

Henry David, historiador e filósofo do século<br />

19 define esse tipo de ação como “um milagre<br />

de olharmos com os olhos do outro”, assim, se<br />

prontificando e dedicando para resolvermos<br />

problemas alheios a nós.<br />

O Grupo Prime Cargo acredita na união entre<br />

pessoas, instituições governamentais e empresas<br />

para nos tornarmos mais fortes durante<br />

este período atípico. É aquela velha história<br />

de cada ajuda faz a diferença no mundo. É<br />

por isso que a empresa se propôs a auxiliar na<br />

montagem do Hospital Municipal Dr. Ernesto<br />

Che Guevara, localizado em Maricá, município<br />

pertencente ao Estado do Rio de Janeiro.<br />

0 82<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


UNIDADES:<br />

- Barueri/SP<br />

- Rio de Janeiro/RJ<br />

- Campinas/SP<br />

- Goiânia/GO<br />

- Contagem/MG<br />

- Porto Alegre/RS<br />

- Itajaí/SC<br />

- Recife/PE<br />

- Salvador/BA<br />

- Fortaleza/CE<br />

LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

ser possível, foi necessária uma verdadeira força-<br />

-tarefa para a entrega dos materiais hospitalares.<br />

Para garantir a entrega dos 150 leitos hospitalares,<br />

todos de alta tecnologia, o município<br />

de Maricá contou com o serviço logístico de<br />

produtos sensíveis da Grupo Prime Cargo.<br />

A operação contou com o uso de seis veículos,<br />

sendo eles uma carreta e cinco caminhões truck.<br />

Tendo como origem a Matriz em Barueri – SP,<br />

todos os equipamentos foram entregues, com o<br />

máximo de segurança e qualidade, diretamente<br />

no Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara.<br />

“Estamos muito felizes de ter contribuído<br />

com um projeto tão importante para<br />

a população Maricaense”, acrescentou Sr.<br />

Wilson Santos,CEO Grupo Prime Cargo<br />

Entre em contato para saber mais:<br />

E-mail: comercial@primecargo.com.br<br />

Tel.: 0800 591 4110<br />

Tel.: 11 4280-9110 | 11 97335-4472<br />

Wilson Santos | Diretor Comercial no Grupo Prime Cargo<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 83


VIROLOGIA<br />

Medicina Diagnóstica<br />

das Infecções Virais<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões 1<br />

Resumo<br />

Com os avanços biotecnológicos no campo da virologia é possível<br />

descrever os efeitos citopatológicos, detectar partículas virais, isolar<br />

vírus em cultivo celular, detectar componentes virais e avaliar resposta<br />

imune por meio de inúmeros ensaios laboratoriais. Nesse artigo será<br />

destacado algumas técnicas que vem sendo muito utilizadas no diagnóstico<br />

de diversas infecções virais tais como: (i) isolamento viral em<br />

animais de laboratório, a propagação viral em ovos embrionados e a<br />

identificação do vírus em cultura de células; (ii) ensaios sorológicos<br />

para detecção de antígenos virais e/ou anticorpos em resposta à infecção<br />

viral a partir do teste de neutralização, imunofluorescência;<br />

teste imunoenzimático, imunocromatográfico e Western blotting; (iii)<br />

detecção direta da partícula viral através da microscopia eletrônica de<br />

transmissão; e (iv) amplificação de ácidos nucleicos pelas técnicas de<br />

reação em cadeia da polimerase e suas variações, métodos de expressão<br />

gênica com o microarranjo de DNA, RNA-seq, sequenciamento de<br />

nova geração, abordando ensaios de clonagem e CRISPR.<br />

Palavras-Chave: Biologia molecular, biotecnologia, diagnóstico,<br />

infecção viral, vírus.<br />

Abstract<br />

With biotechnological advances in the field of virology, it´s possible<br />

to describe cytopathological effects, to detect viral particles, to isolate<br />

virus in cell culture, to detect viral components and to evaluate immune<br />

responses through numerous laboratory assays. In this paper, some<br />

techniques that have been widely used in the diagnosis of several viral<br />

infections will be highlighted, such as: (i) viral isolation in animals<br />

laboratory, viral propagation in embryonated eggs and the identification<br />

of the virus in cell culture; (ii) serological assays to detect viral<br />

antigens and / or antibodies in response to viral infection from the<br />

neutralization test, immunofluorescence; immunoenzymatic, immunochromatographic<br />

and Westernblotting tests; (iii) direct detection of<br />

the viral particle through transmission electron microscopy; and (iv)<br />

amplification of nucleic acids by polymerase chain reaction techniques<br />

and their variations, methods of gene expression with the DNA<br />

microarray, RNA-seq, new generation sequencing, addressing cloning<br />

and CRISPR assays.<br />

Keywords: Molecular biology, biotechnology, diagnosis, viral<br />

infection, virus.<br />

Introdução<br />

Dentre as técnicas mais utilizadas no diagnóstico<br />

laboratorial de infecções virais destacam-<br />

-se: (i) isolamento e identificação do vírus em<br />

cultura de células; (ii) sorologia para detecção<br />

de antígenos virais e/ou anticorpos específicos<br />

produzidos pelos hospedeiros em resposta à<br />

infecção viral; (iii) detecção direta da partícula<br />

viral; (iv) amplificação de ácidos nucleicos.<br />

(i) Isolamento e identificação viral<br />

No isolamento viral, a escolha do sistema de<br />

propagação para o vírus pesquisado é o determinante<br />

essencial. Uma vez o vírus inoculado<br />

no sistema hospedeiro suscetível, o vírus provoca<br />

alterações morfológicas denominadas<br />

efeito citopático (CPE, do inglês cytopathogenic<br />

effect) que são observadas como alterações na<br />

morfologia de células individuais ou em grupo<br />

de células induzidas pela infecção viral. Diversos<br />

sistemas hospedeiros têm sido utilizados para a<br />

propagação de vírus em laboratório como animais<br />

de experimentação, ovos embrionados e<br />

cultura de células (Santos, 2015).<br />

Animais de laboratório<br />

A propagação viral em animais de laboratório<br />

tem sido substituída com o advento do cultivo<br />

celular no diagnóstico das infecções virais. Entretanto,<br />

podemos citar o uso de camundongos<br />

recém-nascidos utilizados no diagnóstico<br />

do vírus da Raiva quando inoculados pela via<br />

intracerebral (Kimura & Joeler, 2019), coelhos<br />

da linhagem Nova Zelândia inoculados experimentalmente<br />

com peptídeos sintéticos (Simões<br />

et al., 2014) e pesquisas envolvendo primatas<br />

não-humanos, como os chimpanzés que podem<br />

ser utilizados em ensaios de neurovirulência<br />

para o desenvolvimento de vacinas.<br />

Ovos embrionados<br />

Os ovos embrionados foram o sistema hospedeiro<br />

de escolha para a propagação de muitos<br />

vírus até a década de 1950. A observação<br />

da propagação viral em ovos embrionados<br />

pode ser realizada a partir da técnica de hemaglutinação<br />

(HA) no líquido amniótico ou<br />

alantoico, ou mesmo a partir da visualização<br />

de lesões esbranquiçadas e/ou hemorrágicas<br />

denominadas pocks na membrana corioalantoica,<br />

uma vez que a escolha da via de inoculação<br />

bem como a idade do embrião são<br />

determinadas pela especificidade do vírus a<br />

ser isolado (Santos, 2015).<br />

0 84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Cultura de células<br />

Por sua vez, a propagação viral em cultura de<br />

células geralmente em linhagens bidimensionais<br />

(2D) são classificadas com base na morfologia epitelial<br />

ou fibroblástica, e de acordo com a sua capacidade<br />

de aderência a uma superfície formando uma<br />

monocamada ou expandindo em suspensão no<br />

meio. Além disso, as linhagens celulares também<br />

podem ser classificadas conforme o tipo de cultivo<br />

como sendo células primárias, culturas diploides,<br />

linhagens contínuas, culturas clonadas e estirpes<br />

derivadas de espécies animais.<br />

As culturas de células primárias também chamadas<br />

de culturas finitas, de diferentes origens<br />

têm sido usadas para o desenvolvimento de<br />

vacinas produzidas com vírus atenuados ou inativados.<br />

Contudo, a tendência é a substituição<br />

para culturas celulares diploides que são provenientes<br />

do subcultivo de células primárias com<br />

a vantagem de até 100 vezes mais de divisão<br />

celular antes de entrar na fase de senescência.<br />

Por sua vez, as linhagens de células contínuas<br />

ou imortais apresentam crescimento ilimitado e<br />

são derivadas do cultivo primário de células de<br />

tumor de origem humana ou animal tais como<br />

a linhagem de células HeLa (Santos, 2015).<br />

Experimentalmente ensaios de transfecção<br />

em garrafas de cultivo 25cm2 e placas de 6 poços<br />

contendo células HuH7 (Hepato cellular carcinoma<br />

cells) e células da linhagem HEK-293T<br />

(Human Embryonic Kidney 293 cells associado<br />

ao antígeno T do Simian Virus-40) em meio<br />

com baixa concentração de glicose (Low glucose)<br />

e com alta concentração de glicose (High<br />

Glucose) respectivamente, foram analisadas<br />

experimentalmente para o vírus da hepatite C<br />

(HCV) (Simões, 2011).<br />

Ademais, existem as culturas clonadas que é<br />

gerada a partir de uma população de células<br />

derivadas de uma única célula (clone) com base<br />

na expressão de características específicas de<br />

interesse. Em contraste, existe a metodologia<br />

de cultura de células tridimensionais (3D) demonstrando<br />

maior semelhança com o comportamento<br />

fisiológico das células in vivo e heterogeneidade<br />

celular (Sousa, 2016).<br />

(ii) Diagnóstico sorológico das infecções<br />

virais<br />

Dentre os métodos sorológicos utilizados na<br />

virologia destacam-se: (i) teste de neutralização,<br />

(ii) imunofluorescência direta e indireta;<br />

(iii) teste imunoenzimático (Elisa); (iv) teste<br />

imunocromatográfico; (v) immunoblotting ou<br />

Western blotting.<br />

Teste de neutralização<br />

O teste de neutralização por redução de placas<br />

(PRNT, do inglês plaque-reduction neutralization<br />

test) pode ser utilizado para identificação<br />

do antígeno viral ou para avaliação do nível de<br />

anticorpos como demonstrado por Magnani e<br />

colaboradores. Experimentalmente, amostras<br />

de soro de primatas não-humanos que receberam<br />

ou não anticorpos monoclonais foram investigados<br />

quanto a capacidade de neutralizar<br />

o vírus Zika (Magnani et al., 2017).<br />

Imunofluorescência<br />

A técnica de imunofluorescência utiliza anticorpos<br />

marcados com corantes fluorescentes<br />

para revelar a formação de um imunocomplexo<br />

vírus-anticorpo. Existem dois tipos de imunofluorescência:<br />

direta (usada para identificação<br />

de muitos antígenos virais) e indireta (usada<br />

para identificação de antígenos ou anticorpos).<br />

Um exemplo clássico do vírus da Raiva é a detecção<br />

direta com o uso do fluorocromo que ao<br />

ser excitado por uma luz ultravioleta emite uma<br />

fluorescência verde-amarelo brilhante permitindo<br />

a visualização de antígenos virais rábicos<br />

(Kimura & Junior, 2019).<br />

Imunoenzimático<br />

A reação imunoenzimática também denominada<br />

ELISA, do inglês Enzyme Linked Immunosorbent<br />

Assay, envolve as etapas de formação<br />

de imunocomplexo (antígeno-anticorpo), adição<br />

do conjugado (anticorpo-enzima), sucessivas<br />

lavagens e posterior revelação (adição do<br />

substrato e reação de cor). A leitura do ensaio é<br />

realizada pela absorbância após a adição da solução<br />

de interrupção (stopping solution) através<br />

do espectrofotômetro. Peptídeos foram sintetizados<br />

e testados em ensaios de sensibilização<br />

de placas de Elisa para a análise do diagnóstico<br />

in vitro em amostras de coelhos imunizados.<br />

Em outros ensaios foram analisados os sobrenadantes<br />

e lisados de células para à avaliação da<br />

presença de HBsAg juntamente com amostras<br />

de pacientes soros positivos para o vírus da hepatite<br />

C (HCV) (Simões et al., 2011).<br />

Imunocromatográfico<br />

O teste imunocromatográfico também chamado<br />

lateral flow immunochoromatographic<br />

assay ocorre por capilaridade em uma membrana<br />

de nitrocelulose pelo fluxo lateral da amostra. É<br />

um teste rápido e de fácil detecção com diversas<br />

opções disponíveis comercialmente. A interpretação<br />

do resultado é simples sendo considerado<br />

positivo quando as duas linhas (teste e controle)<br />

são detectadas indicando que o vírus presente na<br />

amostra reagiu com o conjugado formando um<br />

imunocomplexo. Nova reação ocorre com um outro<br />

anticorpo vírus-específico gerando uma banda<br />

visível. Por outro lado, o resultado é negativo<br />

quando somente a linha controle estiver visível e<br />

no caso de nenhuma linha ser visualizada, o teste<br />

deverá ser invalidado (Santos, 2015).<br />

Immunoblotting ou Western blotting<br />

Immunoblotting é um teste altamente<br />

sensível e específico gerando interpretações<br />

subjetivas em alguns resultados. Consiste na<br />

separação de proteínas virais por eletroforese<br />

em gel de poliacrilamida (PAGE) contendo o<br />

detergente duodecil sulfato de sódio (SDS). As<br />

proteínas são transferidas para uma membrana<br />

de nitrocelulose para detecção de anticorpos<br />

conjugados com enzima e posterior revelação<br />

do substrato associado a um cromógeno.<br />

Em um dos experimentos, amostras obtidas<br />

das transfecções de células foram submetidas<br />

à eletroforese em gel de poliacrilamida desnaturante<br />

(SDS-PAGE) utilizando o sistema Miniprotean<br />

III (BioRad, USA), conforme instruções<br />

do fabricante. Os géis foram corados por coloração<br />

com coomassie blue ou utilizando o método<br />

com nitrato de prata. Após a eletroforese<br />

os géis foram submetidos à transferência para<br />

membranas Hybond-P PVDF (GE-HealthCare,<br />

Alemanha), utilizando o sistema semi-dry<br />

(BioRad, USA) (Simões et al., 2011).<br />

VIROLOGIA<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 85


VIROLOGIA<br />

(iii) Detecção direta da partícula viral;<br />

A detecção, visualização e identificação de partículas<br />

pseudovirais chamadas particles like-virus<br />

(VLP), têm sido analisadas microscopicamente<br />

assim como a morfologia ultraestrutural das linhagens<br />

celulares SiHa e HeLa por microscopia<br />

eletrônica de transmissão (Simões et al., 2015).<br />

Para otimização dos resultados, diversos protocolos<br />

têm sido descritos e modificados ao longo<br />

do tempo. Sumariamente as etapas consistem<br />

em embeber as amostras em resina fixadas em<br />

glutaraldeído e pós-fixadas em tetróxido de ósmio.<br />

Após as sucessivas lavagens em tampão<br />

cacodilato, e posterior desidratação em acetona<br />

com diferentes concentrações, as células são polimerizadas<br />

em resina epóxi e contrastadas em<br />

acetato de uranila para as secções ultra-finas no<br />

ultramicrótomo (Simões et al., 2016).<br />

(iv) Diagnóstico molecular das infecções<br />

virais<br />

Reação em cadeia da polimerase<br />

A reação em cadeia da polimerase, do inglês<br />

polymerase chain reaction – PCR, é uma técnica<br />

que amplifica sequências específicas do<br />

ácido nucleico. Se o genoma é um RNA viral,<br />

é necessário converter em DNA complementar<br />

(cDNA) utilizando a enzima transcriptase reversa<br />

(RT-PCR) para iniciar o processo de amplificação<br />

em escala exponencial. A reação cíclica de<br />

PCR envolve três etapas clássicas: desnaturação<br />

das fitas de DNA, hibridização dos oligonucleotídeos<br />

à sequência alvo, e extensão das fitas<br />

pela ação da DNA polimerase usando os dNTPs<br />

(desoxinucleotídeos trifosfato) como substrato<br />

da reação. A enzima DNA polimerase extraída<br />

da bactéria Thermus aquaticus, denominada<br />

Taq-polimerase é usada para adicionar os desoxirribonucleotídeos<br />

a um pequeno segmento<br />

de DNA, ou primer, que dirige a síntese do novo<br />

segmento de DNA sobre o molde onde o primer<br />

se ligar. O DNA das linhagens SiHa e HeLa naturalmente<br />

infectadas com HPV-16 e HPV-18,<br />

respectivamente tem sido usadas como controle<br />

positivo da reação de PCR para detecção<br />

molecular do papilomavírus usando os oligonucleotídeos<br />

consensus MY09/11 direcionados<br />

para o gene ORF L1 amplificando um fragmento<br />

de 450 bp (Simões et al., 2016).<br />

Reação em cadeia da polimerase em<br />

tempo real<br />

Nesse ensaio, após o background (ruído de<br />

fundo) gerado pelas amplificações iniciais, o<br />

produto da amplificação marcado com moléculas<br />

fluorescentes (SYBR Green) ou sondas<br />

(Taqman) emite um sinal de fluorescência<br />

que pode ser acompanhado em tempo real<br />

até alcançar a curva de melting, e estabilizar<br />

na fase plateau quando a emissão de fluorescência<br />

é quase nula. A fluorescência gerada<br />

por diferentes comprimentos de onda de<br />

múltiplos corantes é proporcional à quantidade<br />

de produto amplificado na cinética da<br />

reação.<br />

Multiplex PCR, Nested PCR e ddPCR<br />

A reação em cadeia da polimerase convencional<br />

no formato multiplex consiste na<br />

detecção simultânea de múltiplos alvos em<br />

uma mesma reação utilizando diversos iniciadores.<br />

O tamanho das bandas dos fragmentos<br />

gerados pelo produto amplificado<br />

denominado amplicon visualizado sob luz<br />

ultravioleta, após eletroforese em gel de<br />

agarose com coloração de brometo de etídio<br />

ou outro intercalante de DNA como o gel<br />

red é o diferencial na detecção de cada vírus<br />

distinto. A outra variação da técnica chamada<br />

Nested PCR ocorre quando um segundo<br />

par de oligonucleotídeos anela nas regiões<br />

internas do produto da primeira reação a<br />

fim de aumentar a sensibilidade e especificidade<br />

do método (Santos, 2015). A sigla<br />

ddPCR, do inglês Droplet Digital Polymerase<br />

Chain Reaction, traduzida como PCR digital<br />

em gotas permite a quantificação de reações<br />

mais robustas utilizando protocolos de enzimas<br />

de restrição específicos com diferentes<br />

aplicações em eventos de edição genômica.<br />

Amplificação por círculo rolante<br />

O genoma de novos vírus DNA como poliomavírus<br />

e papilomavírus humano têm sido<br />

caracterizados pela técnica de amplificação<br />

por círculo rolante (rolling circle amplification<br />

- RCA), que utiliza oligonucleotídeos<br />

randômicos e a enzima polimerase do fago<br />

com atividade proofreading para a síntese de<br />

novas fitas. Após a circularização do genoma,<br />

os produtos amplificados podem ser digeridos<br />

por endonucleases de restrição, clonados<br />

e posteriormente sequenciados para caracterização<br />

genômica (Santos, 2015).<br />

3D Cell -SELEX<br />

Aptâmeros são pequenas moléculas de DNA<br />

ou RNA sintetizadas quimicamente selecionadas<br />

in vitro pela técnica SELEX, do inglês Systematic<br />

Evolution of Ligands by Exponencial<br />

Enrichment que apresentam uma estrutura<br />

tridimensional. Essas moléculas possuem alta<br />

especificidade e afinidade contra alvos de interesse<br />

podendo atuar como nanopartículas<br />

em estudos oncológicos ou mesmo marcados<br />

para detecção de focos infecciosos em infecções<br />

pós-cirúrgicas. Diversos modelos de estudos<br />

selecionam e caracterizam os aptâmeros considerados<br />

análogos dos anticorpos monoclonais,<br />

como sendo candidatos promissores para diversas<br />

aplicações terapêuticas em infecções virais.<br />

Essa nova técnica é a combinação das culturas<br />

de células em 3D com a seleção de sequências<br />

curtas de oligonucleotídeos a partir de uma<br />

biblioteca de ligantes específicos no reconhecimento<br />

de alvos terapêuticos (Sousa, 2016).<br />

DNA Microarray<br />

Antes mesmo das análises de expressão gênica<br />

em larga escala, já existiam outras técnicas<br />

envolvidas na análise de transcritos descritos<br />

como EST, do inglês expressed sequence tags<br />

e SAGE, serial analysis of gene expression. Tais<br />

técnicas foram substituídas gradativamente<br />

para o microarranjo de DNA (DNA microarray)<br />

com a utilização de sondas curtas ou longas que<br />

hibridizavam com determinados transcritos conhecidos<br />

para a genotipagem ou na detecção de<br />

vírus respiratórios, por exemplo (Kremer, 2019).<br />

A partir da secreção respiratória de um paciente<br />

portador da síndrome respiratória aguda grave<br />

(SARS) foi possível caracterizar pelo ensaio de<br />

DNA microarray o vírus SARS-CoV isolado em<br />

culturas de células Vero (Santos, 2015). Outros<br />

estudos empregam o microarray na identificação<br />

de sequências de peptídeos e mutações<br />

correspondentes aos pacientes portadores do<br />

câncer de mama.<br />

0 86<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


RNA-sequencing<br />

O RNA-sequencing (RNA-seq) é uma técnica<br />

que analisa a quantidade de sequências<br />

de RNAs em uma amostra usando a plataforma<br />

NGS. Em outras palavras, a análise do<br />

transcriptoma destina-se ao perfil de todos<br />

os RNAs, incluindo mRNA, rRNA e tRNA para<br />

mensurar a expressão de genes simultaneamente<br />

(expressão gênica diferencial), capaz<br />

de identificar os genes que estão sendo mais<br />

expressos (up regulated) ou menos expressos<br />

(down regulated) em um determinado<br />

momento dos processos biológicos (Kremer,<br />

2019).<br />

Sequenciamento e NGS<br />

Após a quantificação dos produtos de PCR<br />

purificados com o kit GFX PCR DNA purification<br />

(GE Healthcare), cerca de 5µL foram usados<br />

para a reação de sequenciamento usando<br />

o protocolo Big Dye (Applied Biosystems,<br />

USA). O cromatograma foi visualizado usando<br />

o software Cimarron. A qualidade das sequências<br />

obtidas foi avaliada pelo programa Chromas<br />

e/ou Biological Sequence Alignment Editor<br />

(BioEdit), e analisadas com as sequências<br />

do banco de dados Gen Bank pelo programa<br />

Basic Local Alignment Search Tool Program<br />

(Blast) para posterior construção da árvore<br />

filogenética (Simões & Barth, 2017). Em experimentos<br />

com clonagem, cerca de 500ng de<br />

DNA plasmidial são utilizados para a reação de<br />

sequenciamento convencional.<br />

O método de sequenciamento descrito por<br />

Sanger vem sendo substituído por novas<br />

tecnologias designadas Next Generation Sequencing<br />

– NGS, no estudo das sequências<br />

genômicas. Atualmente existem diversas plataformas<br />

como o pirossequenciamento (Roche<br />

Applied Sciences) muito empregadas para<br />

estudo de subpopulações do vírus da hepatite<br />

C (HCV). Outros sistemas são Ion Torrent, Illumina,<br />

LiDia-SEQ, Lasergen, QuantuMDx e GenapSys<br />

Sequencing para amplificação clonal.<br />

Clonagem<br />

O avanço de técnicas que permitiram a manipulação<br />

do DNA revolucionou a biologia<br />

molecular. A clonagem é uma técnica que<br />

consiste em isolar um fragmento de DNA e<br />

inserir em outra célula hospedeira, com capacidade<br />

de replicação independente resultando<br />

em uma molécula de DNA recombinante. Geralmente<br />

o isolamento e a caracterização de<br />

genes específicos têm sido inseridos em vetores<br />

plasmidiais. Conceitualmente, plasmídeo é<br />

um DNA circular extracromossômico presente<br />

em bactérias contendo genes de resistência<br />

a determinados antibióticos. O plasmídeo<br />

recombinante carreando o gene de interesse<br />

é inserido em uma bactéria transformada<br />

após sofrer o processo de choque térmico ou<br />

eletroporação. O sucesso das clonagens pode<br />

ser conferido com as enzimas de restrição<br />

também chamadas de endonucleases que<br />

funcionam como tesouras genéticas com capacidade<br />

de reconhecer e clivar sítios específicas<br />

do DNA.<br />

CRISPR<br />

Pequenas regiões de DNA bacterianos repetidas<br />

e interespaçadas denominada CRISPR,<br />

do inglês Clustered Regularly Interspaced<br />

Short Palindromic Repeats permite editar o<br />

DNA em regiões específicas. O sistema PAC-<br />

-MAN CRISPR-CAS-13 (prophylactic antiviral<br />

CRISPR in human cells) tem sido desenvolvido<br />

como uma estratégia profilática antiviral contra<br />

o novo coronavírus, SARS-CoV-2 (Abbott et<br />

al., 2020).<br />

Referências<br />

Abbott, R.T et al., Development of CRISPR as a prophylactic<br />

strategy to combat novel coronavirus and influenza.<br />

BioRxiv, doi: https://doi.org/10.11.01/2020.03.13.991307.<br />

Kimura, L.M.S., Junior, J.V.D. Raiva. In: Virologia Humana<br />

e Veterinária. Simões, R.S.Q (ed). Thieme Revinter:<br />

Rio de Janeiro, p: 305-316, 2019.<br />

Kremer, F.S. Análise de expressão gênica diferencial<br />

com RNA-seq (reference-guided). Omixdata, 2019.<br />

Santos, N.S.O. Diagnóstico Laboratorial das Viroses.<br />

In: Virologia Humana. 3ed. Santos, N.S.O., Romanos,<br />

M.T.V., Wigg, M.D (Eds). Guanabara Koogan: Rio de<br />

Janeiro, p: 101-140, 2015.<br />

Simões, R.S.Q., Barth, O.M. Papillomavirus (PV)-associated<br />

skin diseases in domestic and wild animals:<br />

animal nucleotide sequence identity of PV types to<br />

their closest related PV and HPV sequences deposited<br />

in the gen bank. International Journal of current microbiology<br />

and applied sciences, 6:938-951, 2017.<br />

Simões, R.S.Q. et al. HPV DNA detection: Prevalence in<br />

sexually active women from Manguinhos, Rio de Janeiro<br />

State. Virus Reviews and Research, 21:14-15, 2016.<br />

Simões, R.S.Q et al. Transient transfections of human<br />

cell lines HEK-293-T and HuH7 for production of<br />

HBsAg/HCV Chimeric protein: comparative detection<br />

using the Elisa and Western Blotting. Virus Reviews and<br />

Research, 16:111-112, 2011.<br />

Sousa, A.G et al. 3D Cell-SELEX: Development of<br />

RNA aptamers as molecular probes for PC-3 tumor cell<br />

line. Experimental Cell Research, 2016, http://dx.doi.<br />

org/10.1016/j.yexcr.2016.01.015<br />

VIROLOGIA<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />

Rachel Siqueira de Queiroz Simões é Pós-doutora pelo Programa de Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz e pelo programa de<br />

Engenharia Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente encontra-se lotada no Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas<br />

Médicas vinculada ao Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. Doutora em Ciência Animal e Mestre em<br />

Produção Animal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Médica-Veterinária formada pela mesma instituição. Possui<br />

pós-graduação lato sensu em Biotecnologia pela Universidade Estadual do Maringá e especialização em Ética Aplicada e Bioética pelo Instituto<br />

Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira<br />

1Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, Instituto Oswaldo Cruz.<br />

1Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 87


BIOSSEGURANÇA<br />

Biossegurança na Prevenção de Doenças Respiratórias<br />

Fúngicas Durante o Inverno<br />

Por: Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Vanessa Valente Elias.<br />

Durante o inverno ficamos mais vulneráveis a<br />

doenças respiratórias por oscilações climáticas<br />

e maior tempo em ambientes fechados. Além<br />

do fato de o ar frio irritar as vias aéreas, ocasionando<br />

sintomas alérgicos como a falta de ar e a<br />

coriza. Ambientes fechados e sem renovação de<br />

ar, podem acumular poeira e umidade tornando<br />

o ambiente adequado para a proliferação de<br />

fungos. Sendo esses agentes responsáveis por<br />

grande parte das reações alérgicas. De acordo<br />

com dados da Organização Mundial da Saúde,<br />

as alergias atingem, em média, 30% da população<br />

mundial.<br />

Os agentes fúngicos que compõem a microbiota<br />

do ar mais comuns são: Alternaria ssp.,<br />

Aspergillus ssp., Cladosporium sp., Fusarium<br />

ssp., Mucor ssp., Penicillium ssp. Os fungos dispersados<br />

através do ar (anemófilos) produzem<br />

uma gama de metabólicos secundários, dentre<br />

eles as micotoxinas, que causam doenças por<br />

inalação ou contato direto, sendo seus efeitos<br />

variando de desordens agudas e crônicas, a reações<br />

sistêmicas. Podendo ainda estar envolvidas<br />

com doenças de hipersensibilidade, pneumonite<br />

por hipersensibilidade, a síndrome da fadiga<br />

crônica e insuficiência renal.<br />

O ambiente domiciliar merece bastante<br />

atenção, podendo ser veículo de contaminação<br />

por fungos. Sistema de refrigeração e<br />

aquecimento das casas, resultam em diminuição<br />

da ventilação e aumento da umidade<br />

contribuindo para proliferação de mais de 200<br />

tipos de fungos, incluindo mofos e bolores.<br />

Para tanto, torna-se necessário o monitoramento<br />

da qualidade fúngica do ar e o controle<br />

ambiental de fungos viáveis. Associadas a<br />

essas ações são imprescindíveis medidas de<br />

biossegurança aplicadas nesses ambientes,<br />

incluindo reformas para correção de umidade,<br />

melhoria da ventilação e iluminação, além da<br />

retirada do material em deterioração. Preconiza-se<br />

a limpeza espacial com produtos antifúngicos<br />

ou uso de solução de limpezas desses<br />

ambientes com hipoclorito de sódio e água<br />

(proporção 1:1) além remoção da estrutura<br />

fúngica (mofo) mediante o auxílio de bucha.<br />

Toda a limpeza deve ser executada usando<br />

equipamentos de proteção individual (EPI´s)<br />

tais como luvas, óculos de proteção e uso de<br />

máscaras no momento da limpeza.<br />

Algumas medidas de preventivas são uteis<br />

para reduzir fungos nos ambientes domésticos:<br />

• Verificar se possui infiltração na residência;<br />

• Arejar o ambiente doméstico;<br />

• Manter a umidade da casa o mais baixa possível,<br />

sendo o ideal abaixo de 50%.<br />

• Após o banho, deixar as portas abertas para<br />

favorecer a circulação do ar;<br />

• Optar por desumidificador ou ar-condicionado<br />

com filtro adequado para reduzir a umidade<br />

ambiental.<br />

• Utilizar tintas fungicidas em sítios que tendem<br />

a criar umidade. O indicado é usar uma pintura<br />

permeável, como a tinta de cal, que permite que<br />

as paredes "respirem", absorvendo a umidade e<br />

minimizando a formação de manchas, bolhas e,<br />

consequentemente, o surgimento do bolor.<br />

Diante do exposto, tais medidas de Biosseguranças<br />

são úteis na diminuição de fungos anemófilos,<br />

podendo contribuir para doenças respiratórias<br />

ou agravamento do estado de saúde em<br />

crianças e pessoas imunocomprometidas.<br />

É de fundamental importância que todos nós<br />

desenvolvamos a “percepção do invisível”, que<br />

contribui na prevenção das infecções.<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />

Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Te.: (81) 9.9796-5514<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

(@profa.gleicieremaia )<br />

Gleiciere Maia Silva (@profa.gleicieremaia ): Biomédica,<br />

Especialista em Micologia, Mestre em Biologia de Fungos e<br />

Doutoranda em Medicina Tropical.<br />

0 88<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


INFORMES DE MERCADO<br />

Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />

dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Seu laboratório está preparado para a chegada do inverno?<br />

Esses dois testes rápidos vão facilitar a sua rotina.<br />

Com a chegada do inverno aparecem também<br />

as doenças respiratórias. É por isso que<br />

nós da Diagnóstica Cremer buscamos sempre<br />

novidades que facilitem a rotina dos laboratórios.<br />

A Abbott, nossa parceira de anos, trouxe<br />

ao mercado duas soluções em testes rápidos<br />

importantes para esse momento: o teste Influenza<br />

Ag A/B/A(H1N1) pandêmico e o RSV.<br />

No ano de 2009 a pandemia de Influenza<br />

(gripe suína) foi um surto global de uma nova<br />

cepa do vírus influenza A, subtipo H1N1. O kit<br />

de teste rápido SD BIOLINE Influenza Ag A/B/<br />

A(H1N1) pandêmico é um imunoensaio cromatográfico<br />

para a detecção diferencial e qualitativa<br />

de antígenos do vírus da Influenza tipo<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

A, tipo B e A (H1N1) pandêmico diretamente<br />

de swab nasal/da garganta/nasofaríngeo ou<br />

espécimes de aspirado nasal/nasofaríngeo.<br />

O vírus respiratório sincicial (RSV) é uma das<br />

principais causas de doença respiratória grave<br />

em bebês prematuros e crianças de até cinco<br />

anos. Os sintomas podem variar de uma leve<br />

gripe até bronquiolite e pneumonia, podendo<br />

ser confundida facilmente com outras doenças,<br />

como influenza.<br />

Acreditamos que a chave para o sucesso do<br />

tratamento e a recuperação completa é, na<br />

maioria das vezes, um diagnóstico rápido e<br />

preciso. Os testes e diagnósticos da Abbott<br />

fornecem informações que permitem decisões<br />

mais inteligentes e rápidas, podendo<br />

transformar a maneira como a saúde é tratada.<br />

E você, está preparado para a chegada<br />

do inverno?<br />

Entre em contato! Nós da Diagnóstica Cremer<br />

estamos à disposição para melhor atender<br />

laboratórios de todo o Brasil.<br />

Telefone: 0800 729 3090<br />

WhatsApp: (47) 99264-1667<br />

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0 89


INFORME DE MERCADO<br />

Saiba quais são os exames para a detecção da COVID-19<br />

Ao longo da pandemia vários exames foram desenvolvidos<br />

para a identificação da doença, conheça os exames<br />

fornecidos pelo Diagnósticos do Brasil.<br />

O novo Coronavírus SARS-CoV-2 tomou conta do<br />

planeta neste ano. Além de altamente contagioso, o vírus,<br />

causador da COVID-19, apresenta um novo desafio<br />

para a humanidade, por ser uma nova doença, muitos<br />

detalhes da sua fisiopatologia são desconhecidos, o que<br />

ainda gera muitas dúvidas. Para o diagnóstico com mais<br />

exatidão foi preciso novas atualizações nos protocolos e<br />

avanços nas condutas e tratamento dos pacientes.<br />

A COVID-19 é transmitida basicamente de pessoa a<br />

pessoa através de gotículas produzidas nas vias respiratórias<br />

das pessoas infectadas. Essas gotículas, quando<br />

lançadas no ambiente por meio da tosse, espirros ou<br />

secreções, infecta indivíduos próximos. A incubação do<br />

vírus dura em média de 5 a 6 dias, podendo se estender<br />

de 1 a 14 dias, alguns estudos também indicam a contaminação<br />

no estágio de incubação, mesmo que a pessoa<br />

ainda não apresente os sintomas, assim como, no estágio<br />

final, onde já exista uma evolução do quadro da doença.<br />

Em relação às alterações laboratoriais na doença,<br />

alguns índices devem ser levados em consideração.<br />

Frequentemente encontra-se alteração nas taxas de<br />

Aminotransferases (ALT e AST), Desidrogenase Lática<br />

(LDH) e marcadores inflamatórios como Ferritina, Proteína<br />

C Reativa (PCR) e Velocidade de Hemossedimentação<br />

(VHS). No Hemograma do paciente também é importante<br />

observar alguns marcadores. “Em alguns quadros o<br />

paciente pode apresentar linfopenia, ou seja, uma quantidade<br />

de linfócitos baixa. Já a contagem total de leucócitos<br />

pode apresentar-se fora dos padrões, sendo de forma<br />

muita elevada ou muito baixa (leucocitose e leucopenia).<br />

Também são observadas a elevação da Procalcitocina,<br />

que pode ocorrer em casos mais graves, associados a infecções<br />

bacterianas secundárias. Alterações nos exames<br />

de coagulação também são comuns e valores elevados<br />

do Dímero D tem demonstrado uma associação com a<br />

gravidade da doença e o aumento no risco de mortalidade”,<br />

explica Dr. Carlos Aita, médico responsável pelo<br />

laboratório do DB.<br />

Para o diagnóstico mais preciso é fundamental a aplicação<br />

dos exames para a detecção da doença. Hoje o<br />

mercado apresenta variações nos tipos de exames, desde<br />

sua tecnologia para análise, metodologia aplicada e tipo<br />

de coleta. O primeiro exame a surgir no mercado foi o RT-<br />

-PCR, que utiliza da tecnologia molecular. O exame detecta<br />

o RNA do vírus na amostra clínica e é indicado principalmente<br />

em casos agudos, em pacientes que já estão<br />

com sintomas. A detecção eventualmente pode ocorrer<br />

já a partir do 3º dia de contágio, mas a sensibilidade aumenta<br />

bastante a partir do início dos sintomas e pode se<br />

prolongar até em torno de 14 dias da infecção. A coleta é<br />

feita por meio de swab de oro e nasofaringe, devendo ser<br />

realizada por pessoal devidamente treinado, para evitar o<br />

risco de ocorrência de resultados falsos negativos.<br />

Já os exames chamados “sorológicos” detectam a<br />

presença dos anticorpos anti SARS-CoV-2 na circulação,<br />

e podem ser realizados por diferentes tecnologias<br />

incluindo ELISA, Quimioluminescência (CLIA), Eletroquimioluminescência<br />

(ECLIA), dentre outras. Os exames<br />

conhecidos como “testes rápidos” também realizam a<br />

detecção dos anticorpos, mas em geral empregam o<br />

método de Imunocromatografia. Todos os exames que<br />

avaliam a presença de anticorpos são classificados como<br />

exames indiretos, já que fazem a detecção da resposta<br />

imune ao vírus, e não da presença do vírus no organismo.<br />

A presença do vírus é feita pelo teste de PCR descrito<br />

anteriormente.<br />

dos sintomas, a pesquisa de anticorpos IgA, IgM ou de<br />

anticorpos totais pode auxiliar na definição da exposição<br />

recente ao SARS-CoV-2. Os anticorpos totais e o IgA começam<br />

a mostrar positividade a partir do 7º dia do início<br />

dos sintomas, e a sensibilidade aumenta a partir do 15º<br />

dia. O IgM pode apresentar o mesmo perfil, mas tende a<br />

mostrar sensibilidade discretamente menor, e em algumas<br />

situações pode nem mesmo positivar. As concentrações<br />

tanto de IgA quanto IgM tendem a decair logo nas<br />

primeiras semanas após a resolução do quadro. Em boa<br />

parte dos casos se tornam negativas ao final do primeiro<br />

mês, embora ainda não esteja completamente estabelecido<br />

o seu perfil de evolução na doença. Os anticorpos<br />

totais, por outro lado, devem permanecem positivos por<br />

longo prazo pelo fato de detectarem também a presença<br />

das imunoglobulinas IgG, de memória. Por este motivo,<br />

ambos têm aplicação principalmente na investigação da<br />

exposição pregressa ao SARS-CoV-2.<br />

Recente no mercado, o exame Ig Total permite a detecção<br />

dos anticorpos totais (incluindo IgM e IgG) no soro.<br />

Quando realizado pelo método de eletroquimioluminescência<br />

(ECLIA) emprega a técnica de duplo antígeno,<br />

mostrando elevada especificidade (em torno de 99,8%)<br />

deste modo diminuindo muito o risco de resultados<br />

falsos positivos como aqueles causados por anticorpos<br />

dirigidos a outros coronavírus e outros vírus respiratórios<br />

causadores de gripe comum. Em relação à sensibilidade,<br />

pode chegar a 100% quando a amostra for obtida a partir<br />

do 15º dia de início dos sintomas. A amostra é obtida<br />

por coleta de sangue venoso e separação do soro, e o exame<br />

é capaz de apresentar resultados em até 18 minutos.<br />

A principal indicação do teste é para avaliar a exposição<br />

pregressa ao SARS-CoV-2, em pessoas assintomáticas ou<br />

que apresentaram quadro clínico sugestivo de COVID-19<br />

há pelo menos 15 dias atrás. Deste modo permitindo<br />

uma avaliação epidemiológica e auxiliando a sociedade<br />

na elaboração de estratégias que garantam a segurança<br />

no momento da reabertura do mercado.<br />

O DB é referência em apoio laboratorial e disponibiliza<br />

para os mais de cinco mil laboratórios parceiros em<br />

todo o país vários tipos de exames para a detecção da<br />

Covid-19, garantindo confiabilidade nos resultados, segurança<br />

nas amostras e agilidade nos prazos.<br />

Existem no mercado diversos kits diagnósticos que<br />

permitem a detecção dos anticorpos totais ou das diferentes<br />

classes de imunoglobulinas, como IgM, IgA e IgG.<br />

Apesar de ter aplicação limitada no diagnóstico do quadro<br />

agudo devido ao período de “janela imunológica” da<br />

doença, que pode durar até duas semanas após o início<br />

Diagnósticos do Brasil<br />

Rua Manoel Ribas, 245<br />

São José dos Pinhais - PR - 83010-030<br />

www.diagnosticosdobrasil.com.br<br />

0 90<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Acesso remoto aos analisadores CellaVision:<br />

Telepatologia acessível a todos<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Muitos profissionais de laboratório que<br />

trabalham na área da hematologia já<br />

conhecem ou utilizam a tecnologia CellaVision<br />

para a realização da contagem diferencial<br />

automatizada de leucócitos. O equipamento<br />

faz a leitura das lâminas e fornece ao analista<br />

uma pré-classificação dos leucócitos, bem<br />

como a pré-caracterização dos eritrócitos<br />

através da análise morfológica conduzida por<br />

inteligência artificial.<br />

Nos últimos quinze anos a morfologia celular<br />

digital tem se tornado uma realidade na maioria<br />

dos laboratórios de grande volume de amostras.<br />

Nestas instituições, é muito comum o acesso<br />

remoto aos analisadores CellaVision, onde um<br />

ou mais analistas acessam remotamente as<br />

imagens das células dos pacientes que tiveram<br />

suas amostras selecionadas para a contagem<br />

diferencial. Este acesso remoto permite que<br />

colaboradores revisem amostras processadas<br />

em outro local, por exemplo, em um laboratório<br />

satélite, um hospital afastado dos grandes<br />

centros ou outro laboratório afiliado.<br />

A tecnologia CellaVision, antes disponível<br />

apenas para laboratórios de grande volume de<br />

amostras, agora está ao alcance de laboratórios<br />

de todos os portes. Durante a última edição<br />

do AACC, maior evento de análises clínicas<br />

do mundo, a CellaVision apresentou um novo<br />

equipamento de pequeno porte, o DC-1 - ideal<br />

para laboratórios com pequeno volume de<br />

amostras. O novo modelo processa uma lâmina<br />

por vez e possui todas as funcionalidades<br />

dos equipamentos CellaVision maiores. Desta<br />

forma, laboratórios pequenos também poderão<br />

contar com os recursos CellaVision, o que inclui<br />

o acesso remoto, permitindo a colaboração<br />

de analistas localizados em outros centros<br />

diagnósticos. Especialistas em morfologia<br />

poderão opinar ou até mesmo assinar casos<br />

processados em laboratórios afastados. A<br />

telepatologia aumenta a precisão dos exames<br />

e a atuação dos especialistas em morfologia<br />

celular. É notável a redução do tempo de entrega<br />

dos resultados (TAT), o incremento da acurácia<br />

diagnóstica e da produtividade e, sobretudo,<br />

da consistência, uma vez que o processo de<br />

contagem diferencial se torna padronizado.<br />

Saiba mais em www.cellavision.com<br />

Contato: Wagner Miyaura - Market<br />

Support Manager, South America<br />

wagner.miyaura@cellavision.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 91


INFORME DE MERCADO<br />

Como escolher um teste rápido de qualidade para a detecção da<br />

COVID-19<br />

Aprovação da ANVISA, reconhecimento por estudos científicos independentes e entendimento do método<br />

são fundamentais para a escolha segura.<br />

Em um estudo conduzido pelo Prof. Dr.<br />

Giuseppe Lippi (Itália) utilizando quimioluminescência,<br />

os pacientes foram analisados<br />

em 3 diferentes períodos (≤ 5 dias após o<br />

início dos sintomas, 5-10 dias, 10-21 dias).<br />

Nestes 3 períodos, o IgM foi positivo respectivamente<br />

em 3.3%, 15.4% e 60% dos pacientes,<br />

enquanto o IgG foi positivo em 10%,<br />

53.8% e 100% dos pacientes.<br />

Estudos científicos sérios têm demonstrado<br />

que os testes que detectam simultaneamente<br />

os anticorpos IgM e IgG são os mais<br />

apropriados na detecção do SARS-CoV-2.<br />

Em imunologia, é clássico o conceito de<br />

que IgM, é um anticorpo de fase aguda, e<br />

IgG é um anticorpo de fase tardia. No entanto,<br />

isto não é válido quando se trata do<br />

vírus SARS-CoV-2. Estudos apontam que o<br />

IgG se torna positivo simultaneamente ao<br />

IgM ou até mesmo antes que o IgM, quando<br />

se trata de análise de COVID-19. Além<br />

disso, muitos pacientes infectados pelo<br />

SARS-CoV-2 nunca se tornam IgM positivo.<br />

Uma publicação no jornal científico The<br />

Lancet também encontrou que, na maioria<br />

dos pacientes, o IgG positivou primeiro que o<br />

IgM tanto para os anticorpos anti-RBD quanto<br />

para os anticorpos anti-proteína N.<br />

De acordo com 596 amostras analisadas<br />

pelo fabricante, o teste One Step CO-<br />

VID-2019 possui uma sensibilidade de<br />

86,43% e uma especificidade de 99,57%.<br />

Os dados foram confirmados por estudos<br />

independentes, entre eles, está um de Harvard<br />

com a Universidade da Califórnia UCSF.<br />

Nele o Celer One Step COVID-2019 esteve<br />

entre os dois únicos testes rápidos com especificidade<br />

maior que 99%.<br />

Entre os dias 1-5 após o início dos sintomas,<br />

o estudo Harvard-UCSF mostrou que o<br />

teste Celer possui uma das mais altas sensibilidades:<br />

40,0%. Entre os dias 16-20 após<br />

o início dos sintomas, o teste Celer também<br />

obteve a maior sensibilidade (81%) entre os<br />

vários avaliados pelos pesquisadores.<br />

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Help line: +55 (31) 3413-0814 |<br />

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0 92<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


CONFIANÇA<br />

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Sempre exija testes com<br />

credibilidade validada.<br />

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Biotecnologia S.A.


INFORME DE MERCADO<br />

ENZYTEC traz múltiplas soluções para<br />

o seu negócio em Diagnóstico In Vitro<br />

A Enzytec Biotecnologia foi criada em 2005<br />

com o objetivo de oferecer serviços especializados<br />

de pesquisa e desenvolvimento de produtos<br />

para empresas de diagnóstico in vitro,<br />

aliados à expertise de seus sócios em enzimologia<br />

e imunologia aplicadas.<br />

registrou mais de 800 produtos na ANVISA,<br />

entre reagentes, kits e equipamentos médicos.<br />

Também, já contribuiu com a implantação de<br />

Boas Práticas de Distribuição e de Fabricação<br />

de diversas empresas de saúde e biotecnologia<br />

no Brasil.<br />

de clientes, públicos ou privados, provendo<br />

“Múltiplas Soluções para seu Negócio em<br />

Biotecnologia”, gerando competitividade à<br />

sua empresa.<br />

Das parcerias efetivadas a empresa passou<br />

a incorporar em seu portifolio de serviços a<br />

validação técnica de produtos, elaboração<br />

de projetos arquitetônicos de indústrias para<br />

saúde, pesquisas de mercado e planos de negócios,<br />

tornando a consultoria mais completa<br />

e abrangente.<br />

Em números, a empresa já desenvolveu mais<br />

de 70 produtos para diagnóstico in vitro, licenciados<br />

para diversas empresas do setor, e<br />

Atualmente, a empresa domina diversas tecnologias<br />

como de reagentes para bioquímica<br />

clínica, turbidimetria, calibradores e controles,<br />

ELISA, fluorescência e biologia molecular, e<br />

avança constantemente na incorporação de<br />

novas tecnologias.<br />

Dividida em 3 áreas: Business; Technology<br />

e Regulatory Affairs, dada a multiplicidade<br />

de serviços, a empresa possui a versatilidade<br />

em atender com excelência diversos perfis<br />

Márcio H. Lacerda Arndt – CEO / Fundador<br />

+55 31 99145 9259<br />

enzytec.com<br />

enzytec@enzytec.com<br />

VERI-Q TM PCR 316 COVID-19<br />

Plataforma de Detecção PCR Real Time<br />

O sistema Veri-Q é compacto e ultrarrápido<br />

com resultados de PCR em Tempo Real para<br />

SARS-COV-2 em até 2 horas.<br />

Todos os processos de detecção de genes são<br />

baseados no método TaqMan e com isto os resultados<br />

são obtidos rapidamente com grande<br />

precisão.<br />

A PMH Produtos Médicos Hospitalares,<br />

empresa que atua no mercado diagnóstico<br />

há 36 anos com produtos de alta qualidade,<br />

vem se consolidando com uma grande força<br />

na comercialização de produtos para Biologia<br />

Molecular para o mercado Brasileiro.<br />

Apresentamos o sistema para suporte<br />

ao diagnóstico da Covid-19 pela metodologia<br />

de PCR em Tempo Real, Veri-Q da<br />

MicoBiomed, empresa da Coreia do Sul,<br />

especializada em diagnóstico por Biologia<br />

Molecular.<br />

Saiba mais como esta solução e nosso time<br />

especializado poderá ajudar o seu laboratório<br />

na luta contra a COVID-19.<br />

SIA Trecho 17 Rua 8 Lote 170<br />

71200-222 Brasília DF<br />

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61 3403-1300<br />

0 94<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


QIAGEN recebe aprovação para teste molecular de BCR-ABL<br />

no monitoramento de Leucemia Mielóide Crônica<br />

ANVISA aprova uso do ipsogen BCR-ABL1 Mbcr RGQ RT-PCR Kit para detecção quantitativa de fusões BCR-ABL1 Mbcr na escala internacional<br />

e reporte de resposta molecular<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Com o lançamento do kit, que conta com<br />

uma das maiores sensibilidades do mercado,<br />

a QIAGEN traz aos laboratórios brasileiros mais<br />

uma opção no monitoramento de resposta<br />

a tratamento de pacientes diagnosticados<br />

com Leucemia Mielóide Crônica cromossomo<br />

Philadelphia positivos (Ph+) p210. O<br />

kit, desenvolvido pela QIAGEN, líder mundial<br />

em soluções da amostra à descoberta para<br />

diagnóstico molecular, é pronto para uso, e<br />

conta com todos os reagentes necessários à<br />

detecção quantitativa dos transcritos de fusão<br />

BCR-ABL1 Mbcr no RNA total, com reporte<br />

na escala internacional e medida da resposta<br />

molecular MMR, MR4 e MR4.5. Por meio de<br />

PCR real-time no equipamento Rotor-Gene® Q<br />

5plex HRM, oferece performance comprovada<br />

e altos níveis de especificidade e reprodutibilidade,<br />

e foi otimizado para máxima sensibilidade,<br />

alcançada com limite de detecção<br />

de 0,0031% (3,13 CNMbcr com ABL1CN =<br />

100.000).<br />

Os conjuntos de primers e sondas são projetados<br />

de acordo com as recomendações da Europe<br />

Against Cancer (EAC). O kit também inclui um<br />

calibrador IS-MMR que permite a conversão de<br />

resultados na Escala Internacional da Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS) para medição<br />

precisa da resposta molecular, resposta molecular<br />

principal (MMR) e MR4.5 de acordo com<br />

as recomendações atualizadas para gerenciamento<br />

de Leucemia Mielóide Crônica, também<br />

chamada resposta molecular profunda (DMR).<br />

O calibrador IS-MMR é incluído em todas as<br />

corridas para evitar variações intra e interlaboratoriais.<br />

Também são incluídos RNA de controle<br />

positivo alto e baixo para monitorar as etapas<br />

de transcrição reversa e amplificação de ABL1 e<br />

BCR-ABL1 Mbcr durante a quantificação.<br />

Figura 1. Limite de detecção (LOD) e resposta molecular<br />

O kit ipsogen BCR-ABL1 Mbcr RGQ RT-PCR faz<br />

parte do grupo de soluções ipsogen para detecção<br />

de biomarcadores relevantes na pesquisa e<br />

diagnóstico em oncohematologia, e em conjunto<br />

com os produtos therascreen para câncer<br />

de tecidos sólidos compõe um compreensivo<br />

menu de opções em medicina personalizada.<br />

A QIAGEN é pioneira em Medicina de Precisão<br />

e líder global em colaborações com<br />

empresas farmacêuticas e de biotecnologia<br />

para desenvolvimento de diagnósticos complementares,<br />

que detectam anormalidades<br />

genéticas clinicamente relevantes que orientam<br />

a tomada de decisão clínica sobre o uso<br />

de drogas em doenças como o câncer. A QIA-<br />

GEN possui uma profundidade e amplitude<br />

incomparáveis de tecnologias, desde NGS até<br />

PCR, para desenvolvimento de diagnóstico<br />

complementar, e atualmente está trabalhando<br />

sob acordos de colaboração com mais de<br />

25 empresas para desenvolver e comercializar<br />

testes de diagnóstico complementar para<br />

seus candidatos a medicamentos.<br />

O kit ipsogen BCR-ABL1 Mbcr RGQ RT-PCR<br />

destina-se a diagnóstico in vitro. Para informações<br />

atualizadas sobre licenciamento e<br />

limitações de responsabilidade específicas<br />

do produto, consulte o respectivo manual<br />

do kit QIAGEN ou o manual do usuário. Os<br />

manuais do kit QIAGEN e do usuário estão<br />

disponíveis em www.qiagen.com ou podem<br />

ser solicitados à Assistência Técnica ou<br />

ao distribuidor local da QIAGEN.<br />

Saiba mais em www.qiagen.com<br />

ou podem ser solicitados à Assistência<br />

Técnica ou ao distribuidor local da<br />

QIAGEN<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 95


INFORME DE MERCADO<br />

PRO-IN COVID-19 DO PNCQ COM REGISTRO NA ANVISA<br />

Essas amostras são liofilizadas, garantindo<br />

sua estabilidade durante o transporte e<br />

têm validade de 3 anos. Podem ser solicitadas<br />

pelo APP PNCQ ou pela área restrita do<br />

Laboratório Participante.<br />

O PNCQ informa que o registro do Controle<br />

Interno da Qualidade PRO-IN COVID-19<br />

foi aprovado pela ANVISA e estão disponibilizadas<br />

amostras-controle nas seguintes<br />

metodologias:<br />

· Imunocromatografia<br />

· Quimioluminescência<br />

· Eletroquimioluminescência<br />

· ELISA<br />

Também estão disponíveis os Programas de<br />

Controle Externo da Qualidade (Ensaio de Proficiência)<br />

PRO-EX COVID-19 qualitativo, com frequência<br />

trimestral nas seguintes metodologias:<br />

· RT-PCR em Tempo Real<br />

· Imunocromatografia<br />

· Quimioluminescência<br />

· Eletroquimioluminescência<br />

· ELISA<br />

Estes controles são obrigatórios para todos<br />

os laboratórios que realizam este exame.<br />

Para informações,<br />

entre em contato pelo e-mail<br />

pncq@pncq.org.br<br />

D-Dímero mLabs®<br />

Auxílio na estratificação da gravidade por infecção do COVID - 19<br />

Com a disseminação do COVID-19, diversos<br />

estudos estão sendo publicados, possibilitando<br />

o maior conhecimento da doença<br />

na tentativa de reduzir o número de casos e<br />

a gravidade dos indivíduos infectados.<br />

Recentemente pesquisadores chineses<br />

avaliaram achados laboratoriais os quais<br />

foram correlacionados valores elevados<br />

de D-Dímero como valor preditivo para a<br />

gravidade da doença, conforme artigo publicado<br />

no The Journal of Thrombosis and<br />

Haemostasis.<br />

Diante aos novos estudos a Sociedade<br />

Britânica de Hematologia, sugeriu a execução<br />

de testes de coagulação em indivíduos<br />

infectados por COVID-19. Dentre os testes<br />

laboratoriais, está recomendado a dosagem<br />

do D-Dímero, permitindo assim com os outros<br />

testes de coagulação o cálculo do escore<br />

de coagulação intravascular disseminada<br />

estabelecido pela Sociedade Internacional<br />

de Trombose e Hemostasia (ISTH), auxiliando<br />

na estratificação da gravidade por<br />

infecção do COVID-19.<br />

O teste do D-Dímero é de uso clinicamente<br />

significativo na decisão do diagnóstico<br />

de pacientes com suspeitas de episódios<br />

trombóticos, tais como a trombose venosa<br />

profunda (TVP), embolia pulmonar (EP)<br />

e coagulação intravascular disseminada<br />

(CID/CIVD).<br />

O teste de D-Dímero realizado no equipamento<br />

mLabs® tem como metodologia a imunofluorescência<br />

num cartucho micro fluídico.<br />

Utilizando um baixo volume de amostra de<br />

sangue total, permite a execução do teste a<br />

beira do leito do paciente.<br />

Referências bibliográficas:<br />

• Tang, Ning, et al. “Abnormal Coagulation parameters are associated<br />

with poor prognosis in patients with novel coronavirus pneumonia.”<br />

Journal of Thrombosis and Haemostasis (2020).<br />

Para maiores informações, entre em<br />

contato através do<br />

e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />

ou (11) 5185- 8181.<br />

0 96<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


INFORME DE MERCADO<br />

IOT – Monitoramento Remoto Assistido<br />

Monitorar refrigeradores para evitar perda de materiais biológicos (vacinas, medicamentos).<br />

Benefícios:<br />

Monitoramento:<br />

- Perda de energia ou rede AC;<br />

- Gráfico de temperatura;<br />

- Localização;<br />

- Registro e monitoramento automatizado,<br />

contínuo e on-line gerenciamento e controle<br />

para detecção de abertura de porta dos equipamentos<br />

monitorados;<br />

- Alertas diversos;<br />

- Não utiliza a rede de computadores e internet<br />

do cliente.<br />

O UTE (Unidade Tecnológica Especial) é utilziado<br />

em equipamentos que necessitam de<br />

acompanhamento de temperatura à distância,<br />

evitando perdas e melhorando a qualidade com<br />

o monitoramento assistido.<br />

Características:<br />

Controle eficaz do monitoramento da temperatura<br />

de refrigeradores e freezers;<br />

Garantir que os materiais armazenados ficam<br />

como determina a ANVISA, de 2 o C à 8 o C.<br />

Para maiores informações,<br />

19 3936 1705 | 19 9956 2541<br />

contato@grupoprotechtor.com.br<br />

www.grupoprotechtor.com.br<br />

www.biotechnica.com.br<br />

Unidades Refrigeradas – Única caixa monitorada e refrigerada ativa da América<br />

Latina. Nunca foi tão fácil transportar materiais que necessitam de controle de temperatura.<br />

Benefícios<br />

- Não irá necessitar de gelox<br />

- Evite perda de material biológico<br />

Monitoramento:<br />

- Localização | Rota;<br />

- Lacre de violação de porta em curso do trajeto;<br />

- Curvas bruscas, frenagem e aceleração do trajeto;<br />

Relatórios em gráficos e analítico, afim de garantir<br />

o processo de transporte;<br />

- Alertas diversos.<br />

A Caixa Refrigerada com compressor de<br />

Alta Tecnologia irá trazer segurança, praticidade<br />

e confiabilidade a todo o seu processo<br />

de transporte e acondicionamento, sendo<br />

seus produtos monitorados 100% via plataforma<br />

WEB.<br />

Características:<br />

- Diversos tamanhos - de 11L até 95L;<br />

- Unidade Refrigerada com temperatura estabilizada<br />

de 2 o C à 8 o C;<br />

- Sistema de gestão de monitoramento na<br />

cadeia do frio ANVISA - RDC.<br />

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0 98<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Bunzl Saúde – o portal de compras para laboratórios, clínicas e<br />

demais estabelecimentos de saúde<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

A Bunzl Saúde acompanha a mudança de<br />

comportamento no mercado digital, e entende<br />

a importância de manter o relacionamento<br />

em todos os canais. Deste modo, o Portal Bunzl<br />

Saúde visa oferecer uma melhor experiência<br />

de compra aos seus clientes, onde quer que<br />

eles estejam.<br />

O Portal Bunzl Saúde atende empresas, profissionais,<br />

estudantes da área e até mesmo<br />

pessoas físicas, disponibilizando um amplo<br />

portfólio com marcas consolidadas que se<br />

destacam pela credibilidade de atuação nas<br />

linhas diagnóstica e hospitalar, apresentando<br />

ao mercado produtos certificados por padrões<br />

nacionais e internacionais de qualidade.<br />

A proposta é oferecer aos clientes facilidade<br />

ao comprar, diferenciando as lojas por<br />

segmentos de negócios: Laboratório, Hospital,<br />

Dental, Veterinário, Home Care, Estética,<br />

Farmácia e Estudante, tornando possível<br />

o máximo de aproveitamento das potencialidades<br />

dos produtos, seja para o uso do<br />

estabelecimento ou para abastecimento de<br />

estoque.<br />

Além disso, os clientes contam com um<br />

atendimento on-line para dúvidas sobre produtos<br />

e suporte técnico.<br />

Conheça agora todos os nossos produtos,<br />

serviços e benefícios!<br />

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(11) 3652-2525<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

Biossegurança dos Equipamentos Hematológicos Celltac da Nihon Kohden<br />

A biossegurança tem um papel importante<br />

e crucial na rotina laboratorial, tanto que existem<br />

regulamentações destinadas que impõem<br />

regras com intuito de prevenir contaminações<br />

e outras ocorrências que possam interferir na<br />

saúde de qualquer profissional dentro deste<br />

ambiente. Algumas medidas adotadas pela<br />

maioria dos laboratórios incluem a utilização<br />

de equipamentos de proteção individuais (EPI’s)<br />

e coletivos (EPC’s), organização e limpeza do<br />

ambiente, equipamentos e instrumentos laboratoriais.<br />

MEK-6500<br />

Atualmente com o enfrentamento da CO-<br />

VID-19, devido à alta transmissibilidade e aumento<br />

das atividades laboratoriais para atender<br />

a demanda, há a necessidade de preservar os<br />

profissionais desta área. Se já são fornecidos<br />

os equipamentos básicos como os EPI’s é importante<br />

seguir um plano mais abrangente<br />

como cita o estudo fornecido pela Organização<br />

Mundial da saúde (OMS), Laboratory biosafety<br />

guidance related to coronavirus disease (Disponível<br />

em https://www.who.int/publications/i/<br />

item/laboratory-biosafety-guidance-related-<br />

-to-coronavirus-disease-(covid-19)), que destaca<br />

como deve ser a manipulação de materiais<br />

altamente infecciosos inclusive os que podem<br />

causar respingos e gotículas, como ocorre no<br />

setor de hematologia ao abrir tubos para processamento<br />

das amostras.<br />

MEK-9100<br />

MEK-7300<br />

Para aumentar a biossegurança dentro do<br />

seu laboratório e evitar ao máximo o contato<br />

direto com o sangue e eventuais acidentes ao<br />

abrir o tubo de hemograma, toda a linha de<br />

equipamentos hematológicos de uso humano<br />

da Nihon Kohden possui sistema de perfuração<br />

de tampa e diluição automática de amostras,<br />

compatível com a maioria dos tubos comercializados<br />

no mercado brasileiro, levando mais<br />

segurança e agilidade para seu laboratório.<br />

Opte pela segurança do seu laboratório!<br />

Opte por equipamentos hematológicos Celltac da Nihon Kohden!<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />

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CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700<br />

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fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

0 100<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


A Erba Brasil lança o ErbaLisa COVID-19 IgM/IgG<br />

e obtém os registros na ANVISA<br />

Com elevada sensibilidade e especificidade,<br />

além de alto desempenho, o método ELISA tem<br />

se destacado dentre os testes sorológicos, por se<br />

tratar de uma metodologia estabelecida, confiável<br />

e amplamente utilizada no diagnóstico de<br />

diversas doenças.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Com marcação CE, os testes ErbaLisa CO-<br />

VID-19 IgM/IgG estão agora oficialmente registrados<br />

na ANVISA! Além disso, o monitoramento<br />

pós-mercado da qualidade de dispositivos<br />

para diagnóstico in vitro da COVID-19 realizado<br />

pelo INCQS a pedido da ANVISA teve resultados<br />

analíticos SATISFATÓRIOS para o lote analisado<br />

do kit ErbaLisa COVID-19 IgG.<br />

Lançado pela Erba Mannheim junto à Calbiotech,<br />

sua subsidiária nos EUA, o teste sorológico<br />

é vendido no Brasil pela Erba Brasil e já se encontra<br />

disponível para pedidos.<br />

Além de sua utilidade no diagnóstico da CO-<br />

VID-19, os testes de ELISA IgM e IgG podem<br />

ser utilizados para testagem regular do corpo<br />

clínico hospitalar ou para verificar a eficácia de<br />

futuras vacinas.<br />

Esses testes têm uma função importante, ainda,<br />

na testagem em massa da população, a fim<br />

de avaliar o real contato de pessoas assintomáticas<br />

com a doença, ajudando na formulação de<br />

políticas públicas.<br />

Para saber mais sobre os kits ErbaLisa<br />

COVID-19 IgM/IgG, entre em contato com a<br />

equipe ERBA Brasil pelo<br />

e-mail: brazilsales@erbamannheim.com<br />

ou telefone: (31) 99837-8405.<br />

Vida Biotecnologia confirma a expansão para 2020<br />

A empresa que neste ano completa 10 anos de<br />

mercado, vem se destacando com imponência na<br />

fabricação de todos os reagentes para química<br />

clínica, hematologia, látex e testes-rápidos.<br />

Sua equipe conta com profissionais experientes<br />

e gestores capacitados para a expansão diante<br />

dos desafios impostos a 2020, sempre com muita<br />

determinação, positivismo e força de trabalho.<br />

A Vida Biotecnologia confirma a expansão<br />

de sua estrutura ainda para 2020. Em<br />

uma área de aproximadamente 2500 m² a<br />

empresa visa ampliar seus horizontes, além<br />

de trazer conforto e bem-estar a seus colaboradores.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

A nova sede que está sendo preparada conta<br />

com excelente localização ao lado da sede<br />

administrativa do governo de Minas Gerais, as<br />

margens de uma importante via expressa de<br />

Belo Horizonte e a poucos minutos do Aeroporto<br />

Internacional de Confins.<br />

Para mais informações, entre em contato<br />

com sua Central de Atendimento<br />

(31) 3466-3351 ou através do site<br />

www.vidabiotecnologia.com.br.<br />

0 101


INFORME DE MERCADO<br />

ARBOVIROSES<br />

Arbovírus são vírus que apresentam parte do<br />

seu ciclo de replicação em insetos vetores, prin-<br />

Conforme dados do Ministério da Saúde, é<br />

possível observar altas taxas de incidência<br />

bém em secundárias. Portanto, a determinação<br />

desses antígenos é um instrumento im-<br />

cipalmente mosquitos e, são transmitidos aos<br />

para as arboviroses no país, principalmente<br />

portante para a detecção de infecções agudas<br />

seres humanos e animais através da picada de<br />

nas regiões nordeste, centro-oeste e sul.<br />

de dengue, sendo recomenda a investigação<br />

mosquitos (artrópodes hematófagos), causan-<br />

dos anticorpos específicos em paralelo.<br />

do doenças conhecidas como arboviroses.<br />

Tendo em vista que no Brasil temos a circulação<br />

simultânea dessas arboviroses, inclusive<br />

Para realização dos testes pelo método de<br />

Os principais arbovírus emergentes no Brasil<br />

Mayaro vírus, o diagnóstico assertivo é fun-<br />

ELISA, podem ser utilizadas amostras de soro,<br />

são: Dengue vírus, Zika vírus, Chikungunya Ví-<br />

damental para a detecção e diferenciação da<br />

plasma ou papel filtro.<br />

rus e Mayaro vírus, transmitidos pelo mosqui-<br />

doença, principalmente por apresentarem sin-<br />

to Aedes aegypti<br />

tomas similares, de modo a contribuir para um<br />

Referências Bibliográficas<br />

direcionamento adequado para o tratamento<br />

1- Martins MM, Barbosa AP, Cunha AJ. Arbo-<br />

O Brasil é país tropical de grande extensão ter-<br />

da doença.<br />

viroses na Infância, 2020<br />

ritorial (8.514.215km²) e mais de 1/3 deste terri-<br />

2- Figueiredo LTM. Arboviroses emergentes<br />

tório é recoberto por florestas tropicais ou outros<br />

Testes sorológicos, baseados na técnica de<br />

no Brasil, 2007<br />

ecossistemas naturais, sendo um local adequado<br />

ELISA para determinação de anticorpos IgM e<br />

3- Lopes N, Nozama C, Linhares REC. Carac-<br />

para a existência do vetor e, portanto, para a ocor-<br />

IgG possibilitam identificar o patógeno causa-<br />

terísticas gerais e epidemiologia dos arbovírus<br />

rência de arboviroses. Além disso, fatores como<br />

dor da infecção, através da utilização de antí-<br />

emergentes no Brasil, 2014<br />

alterações no ecossistema pela ação humana,<br />

genos vírus-específicos.<br />

4- Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de<br />

crescimento populacional desordenado, processo<br />

Vigilância em Saúde, Boletim Epidemiológico<br />

de globalização e mudanças climáticas podem,<br />

A presença de anticorpos específico IgM in-<br />

Monitoramento dos casos de Arboviroses urbanas<br />

provavelmente, contribuir para o aumento ex-<br />

dica uma infecção aguda, enquanto a presença<br />

transmitidas pelo Aedes (dengue, Chikungunya e<br />

pressivo de doenças transmitidas por mosquitos<br />

de anticorpos IgG indica infecção passada para<br />

Zika), semanas Epidemiológicas 1 a 23, 2020.<br />

vetores, em especial, as arboviroses.<br />

Apesar de se tratar de infecções distintas, os<br />

o vírus em questão, sendo também relevante<br />

para estudos epidemiológicos.<br />

A EUROIMMUN possui um portfólio completo<br />

para o diagnóstico de arboviroses.<br />

sintomas dessas arboviroses são muito seme-<br />

No caso da Dengue, além de determinação<br />

lhantes, porém com diferentes intensidades.<br />

de anticorpos (IgA, IgM e IgG) é possível tam-<br />

De forma geral, são caracterizadas por febre<br />

bém a identificação sorológica do antígeno<br />

alta e dores de cabeça, sendo essa última mais<br />

intensa na Dengue e dor nas articulações sendo<br />

mais intensa em infecção por Chikungunya.<br />

altamente específico NS1 do vírus da Dengue,<br />

sendo possível no início dos sintomas clínicos,<br />

não somente na infecção primária, mas tam-<br />

EUROIMMUN Brasil<br />

www.euroimmun.com.br<br />

contato@euroimmun.com.br<br />

(11) 2305-9770<br />

0 102<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


que possibilita a detecção e diferenciação das arboviroses!<br />

Teste ELISA validado em amostras de:<br />

SORO<br />

PLASMA PAPEL FILTRO<br />

brasil.euroimmun.com.br/arboviroses


INFORME DE MERCADO<br />

Exames que complementam o diagnóstico de Covid-19.<br />

Neste momento sabemos que os laboratórios de todo Brasil estão com<br />

uma alta demanda para o diagnóstico da Covid 19, e além dos testes<br />

para detecção do vírus e dos anticorpos correspondentes a doença, existem<br />

exames de bioquímica, turbidimetria e hematologia que são considerados<br />

complementares ao diagnóstico.<br />

Além de oferecer o teste rápido Coronavirus IgG/IgM (COVID-19), a<br />

Ebram também possui em seu portfolio outros produtos que podem<br />

auxiliar no diagnóstico da doença.<br />

Separamos as alterações laboratoriais mais frequentes em pacientes<br />

que apresentaram o diagnóstico positivo para a Covid-19*.<br />

de Glicose (52% dos casos)<br />

de ALT/TGP (33% dos casos)<br />

de AST/TGO (35% dos casos)<br />

de Bilirrubina Total (18% dos casos)<br />

de Creatinina (17% dos casos)<br />

de LDH (92% dos casos)<br />

de CK (33% dos casos)<br />

Inúmeras são as diferenciações técnicas da linha de bioquímica<br />

da Ebram, utilizamos uma tecnologia avançada de estabilização na<br />

produção dos reagentes bioquímicos, o que permite oferecer a maioria<br />

dos produtos no formato monoreagente, com alta qualidade e<br />

baixíssimos CV% intra e inter-ensaios contribuindo com precisão e<br />

reprodutibilidade instrumental analítica.<br />

de Neutrófilos (38% dos casos)<br />

de linfócitos (75% dos casos)<br />

de eosinófilos (83% dos casos)<br />

de plaquetas (17% dos casos)<br />

de hemoglobina (50% dos casos)<br />

A linha de Hematologia possui conjuntos de reagentes para os<br />

principais analisadores hematológicos utilizados no Brasil, são reagentes<br />

produzidos seguindo rigorosamente as boas praticas de<br />

fabricação, garantindo assim produtos de qualidade, com perfeita<br />

reprodutibilidade e precisão.<br />

de Ferritina<br />

(63% dos casos)<br />

de PCR - Proteína C Reativa<br />

(91% dos casos)<br />

A linha de Turbidimetria Ebram é composta por três diferentes<br />

metodologias, Coloidal Gold, Anticorpo Concentrado e Látex.<br />

A Ferritina por ser Coloidal Gold possui alta sensibilidade e<br />

especificidade, características essenciais para uma dosagem confiável.<br />

O PCR utiliza metodologia Látex, que além de excelente precisão,<br />

apresenta o melhor custo beneficio do mercado.<br />

*PLEBANI Mario, LIPPI Giuseppe. Laboratory abnormalities in patients with COVID-2019 infection. Clinical Chemistry and Laboratory<br />

Medicine. Verona. 3 de mar de 2020.<br />

Para informações comerciais sobre os produtos entre em contato com o departamento de vendas da Ebram.<br />

Telefone: (11) 2291-2811<br />

Site: www.ebram.com<br />

0 104<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Diagnóstico rápido para Zika vírus<br />

nascimento de crianças com microcefalia e também<br />

com a síndrome de Guillain-Barré.<br />

Não há vacina para prevenção, nem um tratamento<br />

específico para a infecção pelo vírus Zika. Dessa forma,<br />

em casos de pacientes sintomáticos, recomenda-se<br />

um tratamento para alívio dos sintomas com<br />

o uso de paracetamol ou dipirona, que auxiliam no<br />

controle da febre e manejo da dor, além de repouso<br />

e ingestão de líquidos para combater a desidratação.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

WAMA Diagnóstica apresenta kit que pode detectar<br />

anticorpos IgG e IgM contra o vírus Zika em<br />

amostras de soro, plasma e sangue total de pacientes.<br />

A WAMA Diagnóstica, empresa de destaque no<br />

mercado de testes rápidos, disponibiliza um aliado<br />

no diagnóstico da infecção pelo vírus Zika: o kit Imuno-Rápido<br />

ZIKA IgG/IgM. O teste utiliza a metodologia<br />

imunocromatográfica para detecção qualitativa<br />

de anticorpos IgG e IgM contra o vírus Zika com a<br />

finalidade de identificar de forma precisa, rápida e<br />

econômica, indivíduos infectados por este antígeno.<br />

O agente causador da febre Zika é um arbovírus do<br />

gênero flavivírus pertencente à mesma família dos<br />

vírus da dengue e febra amarela (Flaviviridae). Assim<br />

como os vírus da dengue, febre amarela e chikungunya,<br />

o Zika vírus tem como sua principal fonte de<br />

transmissão a picada de mosquitos do gênero Aedes,<br />

principalmente o Aedes aegypti, infectado.<br />

Apenas 20% dos pacientes infectados pelo vírus<br />

Zika apresentam uma infecção sintomática. Os sintomas<br />

mais comuns são febre, cefaleia, erupções e<br />

manchas vermelhas na pele (exantema), dores nas<br />

articulações e músculos, e conjuntivite (coceira e vermelhidão<br />

nos olhos), que normalmente persistem<br />

por 2 a 7 dias. Em alguns casos, as dores nas articulações<br />

e músculos podem estar presentes por um<br />

período de aproximadamente um mês. Apesar de<br />

ser uma infecção aparentemente benigna, estudos<br />

recentes relacionaram a infecção por Zika vírus com o<br />

O kit Imuno-Rápido ZIKA IgG/IgM da WAMA Diagnóstica<br />

possui excelentes sensibilidade e especificidade<br />

na detecção qualitativa dos anticorpos IgG e IgM<br />

contra o vírus Zika utilizando sangue total, soro ou<br />

plasma do paciente. O teste auxilia de forma eficiente,<br />

rápida e simples o diagnóstico de indivíduos com<br />

infecção pelo vírus Zika. Dessa forma, novamente a<br />

WAMA Diagnóstica reafirma sua posição de destaque<br />

no mercado, oferecendo a seus clientes mais um<br />

kit certificado pelo rígido controle de qualidade ao<br />

qual seu portfólio de produtos é submetido.<br />

- Apresentações: 10, 20 e 40 testes.<br />

Relacionamento WAMA Diagnóstica:<br />

Tel: +55 16 3377.9977<br />

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Os principais meios de cultura em placas 60 x 15 mm, mesma<br />

qualidade nas análises com melhor custo x benefício.<br />

Características: Confeccionadas com matérias<br />

primas de alta qualidade, em placas<br />

de Petry de 60 mm, em poliestireno cristal,<br />

de alta transparência e resistência, para<br />

procedimentos em microbiologia.<br />

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- Mesmo desempenho;<br />

- Menor necessidade de espaço para incubação;<br />

- Mesma aplicação;<br />

- Menor custo.<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 105


INFORME DE MERCADO<br />

Testes de coagulação são aliados no prognóstico de pacientes de Covid-19<br />

Com a incidência de tromboses em pacientes internados pela doença em estado grave, testes de coagulação, como D-dímero, Tempo de<br />

Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPa), tornaram-se indicadores importantes para os hospitais.<br />

O Tubo de Coagulação VACUETTE® possui<br />

parede dupla, conhecido também como tubo<br />

“sanduíche”. O tubo externo é de polietileno<br />

tereftalato (PET), ideal para garantir a duração<br />

do vácuo, além da alta transparência. O tubo<br />

interno é de polipropileno (PP) que impede a<br />

evaporação do citrato, além de ser ideal para os<br />

parâmetros de coagulação sensíveis devido às<br />

suas propriedades inertes.<br />

Um estudo publicado por um grupo francês, em<br />

maio de 2020, na revista Intensive Care Medicine1,<br />

evidencia o aumento de ocorrências de eventos<br />

pró-trombóticos, principalmente tromboembolia<br />

pulmonar, em pacientes que apresentam quadros<br />

clínicos graves de infecção por Covid-19.<br />

Com a urgência da situação atual gerada pela<br />

pandemia do Novo Corona Vírus (Sars-CoV-2), estudos<br />

sobre o tema foram intensificados em todo<br />

o mundo em tempo recorde e, a partir dos artigos<br />

publicados nos últimos meses, ainda é possível<br />

observar a existência de variáveis no consenso dos<br />

pesquisadores sobre o exato processo de desenvolvimento<br />

e consequências de coagulopatias e<br />

quadros pró-trombóticos em pacientes graves internados<br />

com Covid-19. Porém, o diagnóstico frequente<br />

de problemas de coagulação, provenientes<br />

de sepse gerada pelo agravamento da infecção3, é<br />

uma realidade e que tornou os testes de Tempo de<br />

Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina Parcial<br />

Ativado (TTPa) e, principalmente o D-dímero,<br />

entre outros, realizados por meio de análise da<br />

amostra de sangue do paciente, importantes para<br />

orientar a necessidade da administração de terapias<br />

anticoagulantes a fim de evitar a ocorrência<br />

de tromboses e, consequentemente, agravamentos<br />

que podem levar ao óbito.<br />

Além disso, resultados destes testes fora dos<br />

parâmetros regulares se tornaram indicadores relevantes<br />

sobre o agravamento do prognóstico do<br />

paciente e, portanto, apontam para a necessidade<br />

de maior acompanhamento e cuidados mais intensivos.<br />

Por outro lado, a melhora de resultados<br />

relacionados a coagulação, ajudam a identificar a<br />

estabilização do paciente.<br />

No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Complementar<br />

incluiu, em 29 de maio de 2020, o D-dímero<br />

entre os exames de cobertura obrigatória dos planos<br />

de saúde para monitoramento de pacientes de<br />

Covid-19. Segundo a Agência: “O procedimento já é<br />

de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, porém,<br />

ainda não era utilizado para casos relacionados<br />

à Covid-19. É um exame fundamental para diagnóstico<br />

e acompanhamento do quadro trombótico<br />

e tem papel importante na avaliação prognóstica na<br />

evolução dos pacientes com Covid-19” 3.<br />

Dentre os diversos produtos essenciais para uma<br />

coleta de sangue a vácuo com qualidade e segurança,<br />

os Tubos para Coagulação VACUETTE® da<br />

Greiner Bio-One, podem ser utilizados para a realização<br />

dos testes de Tempo de Protrombina (TP),<br />

Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPa)<br />

e D-dímero para acompanhar os indicadores de<br />

coagulação desses pacientes.<br />

Os tubos contêm solução de citrato de sódio<br />

tamponado nas concentrações de 3,2% ou 3,9%<br />

e a marca de preenchimento no formato de seta<br />

indica o volume mínimo e máximo, como também<br />

o volume nominal, o que garante a quantidade<br />

de sangue correta para a proporção do<br />

aditivo. A tampa de rosca evita o efeito aerossol e<br />

garante mais segurança durante a centrifugação e<br />

o transporte das amostras.<br />

A marca VACUETTE® possui a marcação CE (Comunidade<br />

Europeia) e certificação do FDA (Food<br />

and Drug Administration – Estados Unidos da<br />

América). A Greiner Bio-One é certificada pela ISO<br />

9001 e ISO 13485 e cumpre os requisitos de Boas<br />

Práticas de Fabricação exigidos pelo órgão regulador<br />

nacional, a ANVISA.<br />

Referências:<br />

1 - Anticoagulação e Covid-19: o que temos até agora?. Disponível em:<br />

.<br />

2 - Anticoagulant treatment is associated with decreased mortality in<br />

severe coronavirus disease 2019 patients with coagulopathy. Disponível em:<br />

.<br />

3 - Abnormal coagulation parameters are associated with poor prognosis<br />

in patients with novel coronavirus pneumonia. Disponível em: . 4 - COVID-19: planos de<br />

saúde incluirão mais 6 exames na lista obrigatória. Disponível em: .<br />

Coronavírus: qual o papel da anticoagulação em pacientes graves?. Disponível<br />

em: .<br />

High risk of thrombosis in patients with severe SARS-CoV-2 infection: a<br />

multicenter prospective cohort study. Disponível em: .<br />

Para saber mais, acesse: www.gbo.com.br,<br />

ou entre em contato: info@br.gbo.com.<br />

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K<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


your power for health<br />

TUBOS DE COLETA A VÁCUO<br />

VACUETTE ®<br />

Os tubos para coagulação VACUETTE ® são ideais para análises mais<br />

seguras e confiáveis.<br />

GREINER BIO-ONE<br />

SUA ALIADA NO COMBATE DA<br />

COVID-19<br />

Tubo de parede dupla, sendo a exterior de PET, que garante a duração do vácuo e<br />

a alta transparência. O tubo interno de PP impede a evaporação do citrato, além de<br />

ser ideal para os parâmetros de coagulação sensíveis, devido às suas<br />

propriedades inertes.<br />

A tampa de rosca traz mais segurança e facilidade no momento da abertura, seja<br />

manual ou automatizada em equipamentos destampadores.<br />

Marca de preenchimento que proporciona o volume de sangue ideal em relação a<br />

quantidade de aditivo.<br />

Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />

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Ideal para testes de coagulação, como<br />

D-dímero, Tempo de Protrombina (TP) e Tempo<br />

de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPa) em<br />

pacientes de COVID-19.<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

Não é apenas água potável pura que salva vidas<br />

A água é usada em praticamente todos os aspectos de testes clínicos importantes e, quando há vidas em risco, não há margem para erros.<br />

Mas quão pura é a água no seu laboratório?<br />

Por que escolher o ELGA LabWater?<br />

Na ELGA LabWater, nos especializamos em engenharia,<br />

serviço e suporte de sistemas de purificação<br />

de água. Nosso design de produto incomparável<br />

conquistou reconhecimento e prêmios<br />

internacionais, mas não termina na pureza - inovamos<br />

continuamente com inestimáveis recursos<br />

digitais e ergonômicos e fáceis de usar.<br />

Água, Água em todo lugar ...<br />

Desde que Galileu pulou da banheira gritando<br />

‘Eureka!’, A ciência depende da água. Em nenhum<br />

lugar isso é mais verdadeiro do que em um laboratório<br />

clínico. Desde a alimentação de estações<br />

de processamento para lavagem de cubetas e<br />

sondas até seu uso como diluente de amostras,<br />

detergentes ou reagentes, quando se trata de<br />

trabalho de laboratório, a água é onipresente e<br />

a pureza é fundamental. A água impura leva a<br />

resultados imprecisos, e essa imprecisão em um<br />

ambiente clínico - na melhor das hipóteses, leva<br />

ao custo em tempo e dinheiro da repetição dos<br />

testes e, na pior das hipóteses - pode levar a conclusões<br />

perigosamente imprecisas.<br />

Pequenas impurezas podem realmente<br />

ser tão ruins?<br />

Em suma, sim, absolutamente. Os banhos de<br />

incubação podem se tornar um terreno fértil a<br />

partir de apenas algumas bactérias, resultando<br />

potencialmente em resultados abrangentes<br />

e imprecisos dos pacientes. Água impura em<br />

uma estação de lavagem pode causar calibração<br />

imprecisa da sonda e contaminação cruzada da<br />

amostra de um paciente para o outro. Esses são<br />

apenas dois erros de ‘fácil execução’ que podem<br />

ter sérios impactos no tratamento do paciente,<br />

mas existem muitos, muitos outros ‘pontos críticos’<br />

envolvendo água.<br />

Vidas, tempo e dinheiro<br />

Vidas, saúde e processos não são o único<br />

custo da impureza; também há o custo monetário.<br />

As impurezas não apenas levam a<br />

resultados de testes não confiáveis ou inconsistentes<br />

(incorrendo em repetições dispendiosas),<br />

mas a filtragem ruim pode levar a<br />

uma alta carga bacteriana, danificando equipamentos<br />

sensíveis e levando a um tempo de<br />

inatividade caro (sem mencionar irritante)<br />

para manutenção e, como todos sabemos,<br />

tempo é dinheiro.<br />

Tenha certeza da pureza<br />

A melhor maneira de garantir a pureza é<br />

garantir que o analisador receba um suprimento<br />

constante de CLRW (Água Reagente<br />

do Laboratório Clínico), independentemente<br />

da qualidade da água de alimentação. Endossada<br />

pelo College of American Pathologists,<br />

a especificação CLRW leva em consideração<br />

todos os obstáculos no caminho da pureza<br />

certa, desde contaminantes iônicos e partículas<br />

até bactérias, orgânicos e sílica, especificando<br />

uma quantidade máxima absoluta<br />

aceitável para cada um. Em outras palavras,<br />

se não é compatível com os requisitos CLRW,<br />

não tem certeza da pureza.<br />

Sobre a Veolia<br />

O grupo Veolia é a referência mundial em<br />

gestão otimizada dos recursos. Presente nos<br />

cinco continentes com mais de 171000 colaboradores,<br />

o Grupo concebe e implementa<br />

soluções para a gestão da água, dos resíduos e<br />

da energia, que fomentam o desenvolvimento<br />

sustentável das cidades e das indústrias. Com<br />

suas três atividades complementares, Veolia<br />

contribui ao desenvolvimento do acesso aos<br />

recursos, à preservação e renovação dos recursos<br />

disponíveis.<br />

Em 2018, o grupo Veolia trouxe água potável<br />

para 95 milhões de habitantes e saneamento<br />

para 63 milhões, produziu cerca de 56 milhões<br />

de megawatt/hora e valorizou 49 milhões de<br />

toneladas de resíduos. Veolia Environnement<br />

(Paris Euronext : VIE) realizou em 2018 um<br />

faturamento consolidado de 25,91 bilhões de<br />

euros. www.veolia.com<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel. +55 11 3888-8782<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

0 108<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Por que é tão importante identificar a Síndrome<br />

Respiratória Aguda Grave sem causa especificada?<br />

Ainda mais preocupante do que o aumento do<br />

número de casos de COVID-19 no Brasil são os<br />

casos que ficam sem diagnóstico definido como<br />

agente causador de uma Síndrome Respiratória<br />

Aguda Grave (SRAG).<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Os casos de SRAG não especificados aumentaram<br />

consideravelmente em todo país. Boletins<br />

epidemiológicos das secretarias de saúde dos<br />

Estados mostram que no mês de maio de 2019<br />

houve 9.400 casos de SRAG não especificados<br />

no Brasil, enquanto no mesmo período de 2020<br />

foram 57.270 casos.<br />

O Estado de São Paulo teve a maior elevação: foram<br />

25.299 casos em 2020 e 3.103 no ano anterior.<br />

O diagnóstico diferencial é imprescindível<br />

porque direciona a conduta médica, permitindo<br />

prever o curso natural da doença e a sua<br />

gravidade. Também orienta o tratamento e<br />

as medidas de precaução de contato, que são<br />

fundamentais no controle da disseminação de<br />

infecções virais. Permite ainda o planejamento<br />

farmacoeconômico na gestão de medicamentos,<br />

EPIs e profissionais necessários.<br />

Não solicitar testes deixa uma lacuna em todo<br />

país, sem ter parâmetros para identificar se há uma<br />

epidemia de um ou mais patógenos respiratórios.<br />

Soluções completas em diagnóstico<br />

A Mobius Life Science oferece as seguintes<br />

soluções para identificação de patógenos<br />

respiratórios:<br />

Kit XGEN Multi PR20: teste molecular<br />

multiplex que faz a identificação de 20 patógenos<br />

respiratórios com apenas uma amostra,<br />

incluindo Influenza A e B, vírus sincicial respiratório,<br />

adenovírus e outros.<br />

Kit XGEN Master COVID19: identificação<br />

molecular do vírus SARS-CoV-2 com kit de<br />

alta produtividade, em que é possível testar<br />

94 pacientes em apenas 1h10.<br />

Saiba mais:<br />

www.mobiuslife.com.br<br />

Conheça a experiência GTgroup e surpreenda-se!<br />

Somos fiéis a nossa Missão: atender todo o<br />

território nacional com qualidade e excelência!<br />

E temos ciência do quão desafiador isso pode<br />

ser; porque não basta uma declaração institucional<br />

para dizer ao mercado quem somos, queremos<br />

alcançar esse reconhecimento por parte<br />

de nossos clientes, através da satisfação com os<br />

produtos e serviços que ofertamos.<br />

Trabalhamos sob uma conduta ética que prioriza<br />

a transparência em todas as nossas relações<br />

comerciais. Isso nos confere o diferencial de<br />

uma empresa que está com os olhos atentos<br />

ao mercado, e sobretudo atentos aos desejos e<br />

necessidades dos clientes. Podemos dizer que a<br />

GTgroup passa por uma metamorfose constante.<br />

Adequamos o nosso jeito de fazer à realidade<br />

de cada parceiro ou cliente; temos um atendimento<br />

personalizado, uma logística que busca<br />

as melhores condições e prazos para atender a<br />

qualquer laboratório do país, onde quer que ele<br />

esteja, e uma equipe altamente qualificada para<br />

gerar a melhor experiência de compra.<br />

As metas são ousadas, mas não apenas no que<br />

diz respeito à receita anual, mas principalmente<br />

à nossa participação no mercado. Estamos<br />

avançando, mas acreditamos que tudo o que<br />

conquistamos até aqui, ainda é só o início de uma<br />

jornada de muito sucesso. Portanto tratamos<br />

cada próximo passo com o devido cuidado, para<br />

sermos mais sólidos, mais fortes e mais inovadores<br />

quanto possível. E por falar em inovação, você<br />

não perde por esperar o que a GTgroup ainda tem<br />

para lhe mostrar nesse ano de 2020. Continue<br />

acompanhando as nossas redes sociais e demais<br />

canais de comunicação, irá se surpreender!<br />

Gtgroup<br />

Central de Vendas: (31) 3589-5000<br />

vendas@gtgroup.net.br<br />

Whatsapp: (31) 98786-6021<br />

Rua Mucuri, 255 - Floresta<br />

Belo Horizonte / MG<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

Novo Analizador Yumizen H550<br />

Hematologia em todos os lugares e além<br />

A HORIBA Medical apresenta o<br />

Yumizen H550, o mais novo<br />

membro da família de analalizadores<br />

hematológicos Yumizen. Baseado<br />

em tecnologias comprovadas<br />

e inovadoras, o Yumizen H550<br />

responde à necessidade de um<br />

analisador robusto e não requer<br />

manutenção do usuário.<br />

O Yumizen H550 é um sistema de<br />

hematologia compacto com carregamento<br />

automático integrado de rack<br />

de amostra. Ele fornece ao operador<br />

uma capacidade total de 40 tubos<br />

com carga contínua. Baseado em<br />

tecnologias comprovadas e inovadoras,<br />

o Yumizen H550 responde à<br />

necessidade de um analisador robusto<br />

e não requer manutenção do usuário.<br />

A fim de garantir um processo<br />

confiável, o Yumizen H550 permite a<br />

homogeneização automática de rack<br />

e Identificação positiva de tubos. As<br />

racks de 10 tubos são compatíveis<br />

com o Yumizen H1500 / 2500.<br />

Rapidez nos Resultados<br />

Software de tela touchscreen de fácil utilização.<br />

Menus abrangentes com gráficos e flags.<br />

Fácil manuseio com treinamento mínimo do operador.<br />

Sistema especialista em alarmes para o guia de interpretação.<br />

Características Exclusivas<br />

HORIBA Instruments Brasil Ltda.<br />

Rua Presbítero Plínio Alves de Souza, 645<br />

Loteamento Multivias - Jardim Ermida II<br />

CEP 13.212-181 - Jundiaí - SP<br />

- Apenas 3 reagentes: Diluent, Cleaner e Whitediff®,<br />

- Baixo consumo e gerenciamento de regentes,<br />

Tel.: +55 11 2923 5400<br />

marketing.br@horiba.com<br />

- O Whitediff® é um reagente exclusivo de lise isento de cianeto para<br />

www.horiba.com/br/medical/<br />

medição de HGB e contagem e diferencial WBC.<br />

- Com base na micro-amostragem de 20 µL de sangue total, o Yumizen H550 pode executar qualquer tipo de<br />

amostra de sangue, incluindo pediatria.<br />

- 27 parâmetros com WBC completo e 6 Diferencial : LYM%#, MON %#, NEU %#, BAS %#, EOS#% and LIC%#<br />

(Células grandes imaturas).<br />

- Parâmetros específicos para diagnóstico de anemias por deficiência de ferro e distúrbios por PLT: RDW-CV,<br />

RDW-SD, P-LCC, P-LCR.<br />

0 110<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


INFORME DE MERCADO<br />

O Imunotest VDRL<br />

O Imunotest VDRL é um teste de floculação,<br />

não-treponêmico, para diagnóstico da<br />

sífilis, através da pesquisa de anticorpos<br />

(reaginas) no soro ou líquido céfalo-raquidiano<br />

(LCR), tem como grande vantagem<br />

sobre o VDRL clássico por consistir em uma<br />

suspensão estabilizada e pronta para uso.<br />

As “reaginas” que se encontram presentes<br />

em indivíduos infectados pelo Treponema<br />

pallidum, são detectados no soro pela reação<br />

com um antígeno cardiolipínico purificado<br />

e estabilizado. Sua metodologia e fácil<br />

rápida e segura podendo se obter resultados<br />

em até 5 minutos.<br />

A sífilis é uma infecção sistêmica crônica,<br />

causada pela bactéria Treponema pallidum,<br />

transmitida por meio de ato sexual com indivíduo<br />

infectado, ou verticalmente de mãe para<br />

filho por via transplacentária. Considerada<br />

uma doença sexualmente transmissível (DST),<br />

é um grande problema de saúde pública, devido<br />

à sua ampla distribuição mundial.<br />

A sorologia VDRL (Venereal Diseases<br />

Research Laboratory) é recomendada por<br />

vários órgãos mundiais de saúde devido<br />

ao seu baixo custo, facilidade de execução,<br />

alta sensibilidade e especificidade,<br />

reagindo entre cinco a seis semanas após<br />

o início da infecção e duas a três semanas<br />

após o aparecimento do cancro. O Imunotest<br />

VDRL também pode ser utilizado para<br />

o acompanhamento de casos tratados, na<br />

sífilis em atividade a doença apresenta, habitualmente,<br />

altos títulos de VDRL (maiores<br />

ou iguais a 1/16 onde o título é indicado<br />

pela última diluição da amostra que ainda<br />

apresenta reatividade ou floculação visível).<br />

Esta condição ou a elevação de títulos<br />

do VDRL em quatro vezes ou mais, comparativamente<br />

ao último exame realizado,<br />

justificariam um novo tratamento para indivíduos<br />

previamente tratados.<br />

+55 32 3331-4489<br />

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www.renylab.ind.br<br />

Instagram: renylabdiagnosticosinvitro<br />

Facebook: /renylab<br />

Gasometria SARSTEDT: Segurança e confiança no apoio ao<br />

tratamentos clínico da Covid-19<br />

A análises de gases sanguíneos, ou gasometria,<br />

está muito presente nas discussões médicas<br />

atuais que têm como pauta exames para<br />

acompanhamento da evolução de doenças<br />

graves, como a Covid-19 por exemplo, já que<br />

mostra o pH e as concentrações de oxigênio e<br />

CO2 sanguíneos. Esses resultados são fundamentais<br />

para a conduta terapêutica ser ajustada<br />

de acordo com as condições do paciente.<br />

Nesse âmbito, é de suma importância ressaltar<br />

aspectos pré-analíticos fundamentais para a<br />

confiabilidade do resultado, além de conforto<br />

do paciente.<br />

Um dos principais fatores relevantes para a<br />

correta realização da coleta para gasometria<br />

é o volume de sangue. É fundamental que<br />

o volume esteja de acordo com o sugerido<br />

pelo fabricante, para que não haja problemas<br />

na proporção sangue/anticoagulante,<br />

afim de evitar formação de micro coágulos<br />

(que podem danificar gasômetros) ou até<br />

mesmo a hemodiluição, que trará resultados<br />

equivocados, levando a conclusões diagnósticas<br />

irreais.<br />

As seringas de gasometria da SARSTEDT,<br />

de heparina lítica balanceada com cálcio<br />

iônico, são as únicas do mercado que garantem<br />

a coleta do volume correto, uma vez<br />

que o êmbolo do dispositivo trava ao atingir<br />

a quantidade exata, tanto na versão de 1ml<br />

quanto na de 2ml.<br />

Além desse benefício exclusivo, pode-se<br />

utilizar a mesma amostra coletada para testes<br />

bioquímicos, uma vez que o formato da<br />

seringa de gasometria da SARSTEDT de 2ml<br />

permite a centrifugação para separação da<br />

porção plasmática do sangue. Isso evita desperdício<br />

de amostra, principalmente quando<br />

trata-se de pacientes com acessos difíceis e/<br />

ou volemia comprometida.<br />

Por fim, o dispositivo de coleta para gasometria<br />

venosa e seus acessórios permitem que o<br />

sangue seja coletado em punção única, dentro<br />

da sequência de coleta comum de outros exames,<br />

trazendo muito mais segurança ao profissional<br />

de coleta e conforto ao paciente.<br />

Assim, a gasometria SARSTEDT apresenta<br />

diversos benefícios exclusivos no mercado<br />

que trazem confiabilidade, segurança e cuidado<br />

ao paciente, contribuindo com a medicina<br />

diagnóstica no Brasil e no mundo.<br />

www.sarstedt.com<br />

0 112<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


Siemens Healthineers lança no Brasil teste sorológico para<br />

COVID-19 que detecta anticorpos totais contra o SARS-CoV-2<br />

A pandemia da COVID-19 tem feito com que diversos<br />

profissionais e companhias da área de saúde se adaptem<br />

a cenários diferentes, mudanças de protocolos e tratamentos,<br />

o que significa aprendizados constantes. Em relação<br />

aos exames laboratoriais essas mudanças também<br />

tem ocorrido exponencialmente.<br />

Recentemente no mercado estão disponíveis o Testes<br />

Sorológicos, também realizados por meio de uma coleta<br />

de sangue e capazes de determinar se o paciente teve contato<br />

com o SARS-Cov-2 a partir da formação de anticorpos<br />

como o IgM e IgG. A Siemens Healthineers, por meio da<br />

sua área de Diagnóstico Laboratorial, lança no Brasil o ensaio<br />

para detecção de anticorpos totais para a COVID-19,<br />

incluindo IgM e IgG, pela metodologia de quimioluminescência<br />

com éster de acridina, chamado Ensaio COV2T. Os<br />

kits de COV2T apresentam maior sensibilidade e especificidade<br />

clínica quando comparados aos ensaios que detectam<br />

IgM e IgG, isoladamente, com especificade de 99,8%<br />

e 100% de sensibilidade, após 14 dias do PCR-RT positivo.<br />

A soroconversão por SARS-CoV-2 exibe um padrão<br />

incomum (Figura 1). Ao contrário dos perfis típicos onde<br />

IgM pode estar presente por vários dias ou semanas<br />

antes que a IgG seja detectada, os estudos com o SARS-<br />

-CoV-2 indicam que tanto a IgM quanto a IgG tornam-se<br />

rapidamente detectáveis quase que simultaneamente e<br />

quando não, com apenas alguns dias de diferença.5,6<br />

Devido ao rápido aparecimento de IgG, durante a infecção<br />

ativa por Sars Cov2, um teste IgG positivo por si só<br />

não indica se o paciente se recuperou e não é mais uma<br />

pessoa potencialmente transmissora do vírus.<br />

Os dados publicados demonstram que o uso de um<br />

teste de anticorpos totais apresentam uma melhor sensiblidade<br />

aos testes que dosam IgM na detecção precoce<br />

da resposta imune, quando comparado aos testes de<br />

IgM e IgG isolados. Vale ressaltar que a sensibilidade<br />

do ensaio também depende do antígeno escolhido que<br />

pode influenciar significativamente no desempenho<br />

comparativo entre os ensaios. A Siemens Healthineers,<br />

com atenção ao presente momento da pandemia em<br />

que o contágio é alto, preocupou-se em desenvolver<br />

um ensaio de Anticorpos Totais SARS-CoV2 (COV2T) que<br />

pode auxiliar com maior assertividade o diagnóstico do<br />

paciente. Dentre as principais vantagens do teste, estão:<br />

● Ajuda o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2<br />

quando avaliado em conjunto com a clínica, epidemiologia<br />

do paciente e outros exames como o RT-PCR;<br />

● Importante contriubuição no diagnóstico de indivíduos<br />

com suspeita da COVID-19, entre o 7°e o 13° dia, do<br />

RT-PCR positivo, atingindo 97,% de sensibilidade;<br />

● Em caso suspeito da COVID-19, tem aplicações de auxílio<br />

ao diagnóstico clínico em conjunto com outros dados,<br />

principalmente em situações em que o exame de RT-PCR<br />

ainda não está disponível ou apresentou-se negativo;<br />

● Colabora também no diagnóstico de pacientes assintomáticos<br />

e/ou com sintomas leves, principalmente<br />

após 14 dias do RT-PCR positivo, apresentando 100% de<br />

sensibilidade;<br />

● Os testes sorológicos colaboram no diagnóstico da infecção<br />

pelo SARS-CoV-2 e a dosagem de anticorpos totais vem<br />

se mostrando mais sensível do que o IgM e IgG isolado;<br />

● Os ensaios sorológicos utilizados nos estudos publicados<br />

até esta data demonstram que a IgG pesquisada<br />

isoladamente apresenta sensibilidade inferior a 100%<br />

mesmo após 14 dias do início dos sintomas;<br />

● O posicionamento do Ministério da Saúde é que não<br />

há evidências sobre o papel dos testes imunológicos no<br />

rastreio de pessoas assintomáticas com o intuito de presumir<br />

imunidade protetora adquirida1;<br />

● A orientação do CDC2 é que a escolha de um teste<br />

com uma especificidade muito alta, com 99,5% ou<br />

mais, produzirá um alto valor preditivo positivo nas populações<br />

testadas com prevalência


INFORME DE MERCADO<br />

D-Dímero, um importante marcador em casos graves<br />

de infecção por COVID-19<br />

Registro ANVISA: 80117580611<br />

Estudos publicados têm demonstrado que diversas<br />

anomalias na cascata da coagulação são<br />

recorrentes principalmente em quadros de pneumonia<br />

grave causados por infecções pelo vírus<br />

SARS-COV2, e em muitos estudos foram identificados<br />

uma elevação significativa do D-Dímero.<br />

Trabalhos publicados pelo The Journal of Thrombosis<br />

and Haemostasis e o The Lancet, avaliaram<br />

183 e 191 pacientes, respectivamente. Os níveis<br />

de produtos de degradação de fibrina (FDP) e do<br />

Dímero-D (DD) foram maiores em pacientes não<br />

sobreviventes em comparação sobreviventes e<br />

como esses níveis estavam aumentando ao longo<br />

da permanência no hospital.<br />

A Bio Advance disponibiliza o teste SelexOn<br />

D-Dímero. Um sistema rápido, e com resultados<br />

quantitativos precisos é possível realizar os testes<br />

utilizando apenas 100µl de Sangue Total (EDTA).<br />

O teste é direto, com apenas um passo e sem que<br />

seja necessário a adição de reagentes e em apenas<br />

10 minutos obtêm-se o resultado, além da praticidade<br />

do dispositivo teste pode ser armazenado em<br />

temperatura ambiente (2-30 °C).<br />

Com uma faixa de leitura entre 100.0 ~<br />

3000.0ng/mL, e valor de cut-off de 500ng/ml,<br />

permite um monitoramento adequado para observar<br />

os níveis de D-Dímero durante o tratamento.<br />

Bio Advance<br />

Tel.: (11) 3445-5418<br />

contato@bioadvancediag.com.br<br />

www.bioadvancediag.com.br<br />

A J.R.EHLKE aposta em Nova linha de análise celular hematológica<br />

Mindray - CAL 6000<br />

de cada analisador retornará os racks de amostra<br />

para verificação automática ou repetição de<br />

reflexo. Amostras de emergência são permitidas<br />

com resultados em tempo reduzido. Utilizando<br />

adaptador com patente própria, vários tipos de<br />

tubos são permitidos. Simplesmente seguindo<br />

3 etapas de “load and go”, os usuários do SC-<br />

120 podem obter lâminas finalizadas que estão<br />

prontas para a revisão microscópica.<br />

O CAL 6000 faz parte de uma nova geração<br />

em análise celular de hematologia, para<br />

bancada. A combinação de duas unidades de<br />

analisadores hematológicos BC-6000 (amostras<br />

de sangue total ou fluidos biológicos) e uma<br />

unidade de SC-120 (automação em distensão e<br />

corador de lâminas) perfaz a velocidade de 220<br />

hemogramas/hora e 120 lâminas/hora. O CAL<br />

6000 é um equipamento com três plataformas<br />

de carregamento e três plataformas de descarregamento<br />

contínuos com alta capacidade<br />

de amostras. As esteiras de carregamento dos<br />

analisadores hematológicos são bidirecionais,<br />

sendo uma patente Mindray. O primeiro analisador<br />

de hematologia permite a distribuição<br />

rápida de amostras, melhorando a eficiência e<br />

produtividade. Caso os resultados da amostra<br />

acionem os critérios, o carregador automático<br />

Para maiores informações, favor<br />

consultar-nos.<br />

J.R.Ehlke & CIA LTDA<br />

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0 114<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


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DAS 9h às 20h - PAVILHÃO AMARELO<br />

Com um novo conceito que considera o atual cenário mundial, a Medical Fair Brasil<br />

trará as melhores soluções para a retomada das atividades da cadeia produtiva da saúde no país.<br />

Uma excelente programação de palestras e seminários para discutir a recuperação do setor da saúde,<br />

sustentabilidade, dificuldades e demandas pós pandemia nos serviços público e privado,<br />

além dos avanços da Cannabis Medicinal.<br />

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INFORME DE MERCADO<br />

Soluções para combater o COVID-19<br />

Para coleta de amostras nasofaríngeas e<br />

orais do novo cornavirus, a empresa traz<br />

com exclusividade, SWAB descartável com<br />

tecnologia FLOCKED, onde as fibras são<br />

dispostas de forma perpendicular para otimizar<br />

a coleta e a eluição da amostra nos<br />

diversos meios de transporte disponíveis no<br />

mercado. Produto é compatível com métodos<br />

de biologia molecular (PCR) e entre<br />

outros.<br />

A Biomedica, empresa que atua no segmento<br />

médico desde 1996, traz novas soluções para<br />

combater o novo coronavírus, ampliando seu<br />

portfólio de produtos de biologia molecular<br />

para detectar e identificar o vírus SARS-CoV-2.<br />

Novas parcerias estabelecidas com fabricantes<br />

internacionais de produtos e insumos<br />

voltados à alta tecnologia e inovação, ampliou<br />

as soluções para o diagnóstico molecular para<br />

facilitara a rotina de seu laboratório. Kits de<br />

RT-PCR, extração e purificação automatizada e<br />

manual de DNA/RNA e também material para<br />

coleta de amostras oral e nasofarige agora estão<br />

disponívies.<br />

O teste PCR REAL TIME VIASURE SARS-CoV-2,<br />

da fabricante CerTest Biotec é prático e acessível.<br />

O kit possui material liofilizado, pronto para<br />

uso, com todos os reagentes já dentro dos tubos<br />

de análise da PCR. Detecta e identifica o novo<br />

coronavírus (SARS-CoV-2, 2019) em amostras<br />

clínicas de pacientes com sinais e sintomas de<br />

infecção respiratória. O RNA extraído das amostras<br />

é amplificado usando RT-PCR e detectado<br />

usando sondas específicas para SARS-CoV-2.<br />

O produto é um kit multiplex que detecta regiões<br />

gênicas ORF1ab e N, conforme o protocolo<br />

do Centers for Disease Control and Prevention<br />

(CDC) da China, alinhado com as diretrizes da<br />

World Health Organization.<br />

Obtenha amostras de DNA/RNA mais puras e<br />

maior rendimento através da utilização de extração<br />

automatizada. Realize simultaneamente<br />

48 extrações no equipamento MAELSTROM<br />

4800, que possui tecnologia patenteada de homogeneização<br />

por rotação. Essa técnica conta<br />

com um manuseio de beads magnéticas revolucionário.<br />

O produto TANBead Maelstrom 4800<br />

incorpora essa nova tecnologia e oferece o melhor<br />

desempenho para aplicação no diagnóstico<br />

molecular e ciências da vida.<br />

Extração manual de DNA/RNA também está<br />

disponivel através do kit de purificação DNA/<br />

RNA - Coluna Spin. O produto permite a extração<br />

e purificação de RNA/DNA a partir de uma<br />

variedade de materiais biológicos, como: SWAB<br />

orofaríngeo e nasofaríngeo, soro, plasma e entre<br />

outros. Os ácidos nucleicos purificados podem<br />

ser analisados por PCR e outras técnicas.<br />

O diagnóstico molecular está crescendo<br />

cada vez mais como importante ferramenta<br />

para o identificar com elevada eficácia<br />

e segurança doenças infecciosas, doenças<br />

hereditáriatraves, câncer, entre outros.<br />

Sobre a Biomedica<br />

A Biomedica, uma empresa comprometida<br />

com o segmento da saúde há mais de 23<br />

anos, oferece equipamentos e suprimentos<br />

de alta tecnologia e inovação visando proporcionar<br />

a melhoria da qualidade de vida<br />

e saúde da população. Atenta às tendências<br />

do futuro, atua no segmento de diagnóstico<br />

molecular e biologia molecular há mais<br />

de 4 anos, com ênfase no diagnóstico rápido<br />

de doenças infecciosas e oncologia.<br />

Biomedica Equipamentos e<br />

Suprimentos LTDA.<br />

SIA trecho 03 - lotes 625 - sala 230C<br />

CEP 71200-030<br />

Telefone (61) 3363-4422 (whatsapp)<br />

Email: contato@biomedica.com.br<br />

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0 116<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


NEOLAB IMPORT - SWAB Estéril com Haste Plástica e Ponta de Rayon<br />

CÓD. SWRY-BULKC<br />

SWAB Estéril Haste Plástica - Rayon<br />

Embalagem econômica ln Bulk - 100 unidades por pacote<br />

CÓD. NLD606-1<br />

SWAB Estéril Haste Plástica - Rayon<br />

Embalagem individual - 100 unidades por pacote<br />

INFORME DE MERCADO<br />

ANVISA MS<br />

nº 81140320020<br />

Destinado a coleta de amostras biológicas<br />

através da pele, boca, nariz ou garganta para<br />

processamento de amostras e isolamento em<br />

meio de cultura.<br />

• Esterilizado por radiação ionizante: Livre<br />

Dnase, Rnase e Pirogênios<br />

• Comprimento da haste: 150mm<br />

• Especificações da ponta: 1,5cm 15mm dia<br />

Produto de uso único, descartar após uso.<br />

O produto é apenas para uso laboratorial.<br />

Entre em contato e saiba mais.<br />

Tel.: 41 3146.0802 / 41 99202.7417<br />

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(acreditada) inclusa no preço<br />

A ForlabExpress é um dos principais distribuidores<br />

de micropipetas do Brasil e acaba de<br />

inovar graças a sua estrutura própria de Laboratório<br />

de Calibração para Microvolumes, acreditado<br />

conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025.<br />

A partir de agora, os clientes que comprarem<br />

Micropipetas das marcas HTL Labmate e CAPP<br />

Solo não precisarão pagar valor adicional pelo<br />

certificado de calibração acreditado.<br />

Optando pela compra destas marcas, ambas<br />

de alta qualidade e aceitação no mercado brasileiro,<br />

os clientes obtêm acesso automático ao<br />

sistema ForlabExpress Webcal, onde podem<br />

baixar seu certificado de calibração e controlar<br />

a vida útil de seus instrumentos por meio de<br />

um software intuitivo e acessível.<br />

“Tornar a prática de assistência técnica e Calibração<br />

de micropipetas mais acessível para os<br />

clientes, por meio da execução de um serviço<br />

de maior qualidade, velocidade e menor custo” é<br />

obetivo da ForlabExpress com essa iniciativa, que<br />

deverá ser ampliada para outras marcas no futuro.<br />

Visite<br />

www.forlabexpress.com.br/micropipeta-monocanal<br />

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Tel: (21) 3563-9401<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

0 117


INFORME DE MERCADO<br />

Nova linha de produtos da Binding Site: Freelite®<br />

para detecção de Cadeias Leves Livres no Líquor<br />

Com foco em fornecer a solução completa<br />

e estar na vanguarda tecnológica, a Binding<br />

Site trabalha sempre pensando em agregar<br />

novos produtos ao menu já existente.<br />

O produto Freelite® já muito conhecido,<br />

utilizado e com importância clínica já demonstrada<br />

em mais de 3.000 publicações<br />

científicas, é o único kit comercial recomendado<br />

pelas Diretrizes Internacionais<br />

e Brasileiras para a dosagem de Cadeias<br />

Leves Livres (CLLs) Kappa (κ) e Lambda<br />

(λ) em soro. Mais especificamente, os anticorpos<br />

policlonais do teste, reagem apenas<br />

com as formas livres das cadeias leves proporcionando<br />

uma medição quantitativa de<br />

κ e λ livres no soro, cujo resultado pode ser<br />

utilizado para diagnóstico, monitoramento<br />

e prognóstico de pacientes com Mieloma<br />

Múltiplo e outras Gamopatias Monoclonais.<br />

Recentemente, a detecção e quantificação<br />

de cadeias leves livres no líquor tem sido<br />

extensivamente estudada, e a importância clínica<br />

do exame tem sido demonstrada também no<br />

diagnóstico de doenças do Sistema Nervoso<br />

Central, como na Esclerose Múltipla (EM).<br />

Sabemos que o exame para detecção de<br />

bandas oligoclonais (OCB) no líquor é um<br />

exame bem estabelecido e fundamental<br />

nesses casos, mas que pode ser um tanto<br />

quanto desafiador em sua realização.<br />

Com isso, a Binding Site desenvolveu o exame<br />

Freelite® Mx específico para amostras<br />

de líquor, que pode auxiliar para o<br />

entendimento de algumas questões inerentes<br />

relacionadas a outros métodos já utilizados e<br />

contribuir para o diagnóstico preciso. A quantificação<br />

de cadeias leves livres e albumina<br />

tanto no soro quanto no líquor, permite que<br />

seja calculado o índice de cadeias leves livres<br />

kappa e lambda; e o mesmo se elevado<br />

pode auxiliar no diagnóstico de Esclerose, na<br />

identificação de pacientes com Síndrome Clinicamente<br />

Isolada com risco de evolução para<br />

Esclerose Múltipla e ainda na diferenciação de<br />

outras Doenças do Sistema Nervoso Central.<br />

A utilização do exame Freelite® no líquor,<br />

oferece sensibilidade diagnóstica equivalente<br />

ou superior aos exames tradicionais,<br />

garante confiança adicional por ser uma metodologia<br />

automatizada e estabelecida para<br />

amostras de líquor e facilidade na interpretação<br />

dos resultados.<br />

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0 118<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020


PATOCORDEL<br />

PATHOCORDEL: A MOEDA DE OSLER<br />

A propósito de um acontecimento verídico<br />

que ocorreu com Sir William Osler, grande médico<br />

canadense, e um alcoólatra pobre, em uma<br />

rua de Montreal. O mendigo pediu-lhe uma<br />

moeda e Osler, vendo seu estado de embriaguez,<br />

vacilou em atendê-lo. Porém, disse-lhe<br />

PATHOCORDEL: A MOEDA DE OSLER<br />

Uma vez em Montreal<br />

Foi Osler incomodado<br />

Por um sujo e miserável<br />

Mendigo embriagado.<br />

“Uma moeda, senhor”<br />

Rogava com insistência.<br />

Osler, embora acuado,<br />

Não perdeu a paciência.<br />

“Bem conheço teu caráter<br />

Não és um homem de sorte<br />

O dinheiro te fará mal<br />

Beberás até a morte!”<br />

“Meu fígado tem falhado<br />

Já pressinto a agonia<br />

Deusas Parcas já me olham<br />

Excitadas de alegria.”<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />

com ironia, que a única “coisa valiosa” que ainda<br />

lhe restava era o fígado. O mendigo respondeu<br />

que lhe daria o fígado em troca. Semanas mais<br />

tarde Osler deparou com o cadáver daquele<br />

mendigo na Patologia para ser autopsiado. Ficou<br />

arrependido e pesaroso por ter dado uma<br />

“Dos bens que ainda tens”<br />

Disse Osler com ironia<br />

“Só o fígado tem valor<br />

Por sem bom de “patologia.”<br />

“Será seu, senhor, eu juro!”<br />

Várias vezes repetiu<br />

Obstinado, teimoso,<br />

Que o mestre não resistiu.<br />

Deu-lhe bonita moeda<br />

Uma prata reluzente.<br />

Foi seguindo seu caminho<br />

Esquecendo o incidente.<br />

Duas semanas após<br />

A promessa foi cumprida.<br />

Osler via pesaroso<br />

Pobre homem já sem vida.<br />

E no fígado constatou<br />

Uma grande esteatose<br />

Com alguns pseudolóbulos<br />

Permeados por fibrose.<br />

prata ao sofrido homem. Osler, além de grande<br />

clínico, se interessava muito por patologia, fazendo<br />

ou vendo autópsias.<br />

(citação por E.Pontius, Am.J.Clin.Path., suplemento<br />

fevereiro/1978 – Mecanismos para<br />

financiar autópsias).<br />

Era pois uma cirrose,<br />

Ativa, descompensada,<br />

E Osler disse baixinho<br />

“Eta moeda mal dada”.<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />

Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

0 119


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