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evista<br />
Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul 2020<br />
Editorial<br />
Chegamos à <strong>160</strong>ª edição da <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, cuidadosamente elaborada trazendo a maior gama de<br />
assuntos referentes ao setor de diagnóstico laboratorial.<br />
A pandemia de Covid-19 segue no mundo, mas a área da saúde e a pesquisa científica têm exercido<br />
papéis fundamentais para combate-la. Seguimos formando nossa rede de apoio para superar esse período<br />
complexo de nossa História.<br />
Mostra-se imprescindível a valorização da importância da área diagnóstica, dos profissionais de saúde,<br />
da ciência, da informação de qualidade, e todos os que colaboram para salvar vidas e prevenir danos, e<br />
a estrutura por trás disso. Estamos nessa luta, e gostaríamos de agradecer e parabenizar a todos os que<br />
colaboram nela, unidos venceremos a Covid-19.<br />
Sempre junto com vocês e cumprindo a nossa função, trazemos em nossa edição <strong>160</strong>, as melhores<br />
inovações e soluções do mercado de análises clínicas, reunindo as maiores empresas do ramo e conteúdo<br />
de qualidade. Agradecemos a todos que colaboraram com a revista, e a todos os leitores.<br />
*A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> é viva e dinâmica, acessando-a em nosso site, você poderá clicar nos links<br />
disponibilizados nela e melhorar a sua experiência com os materiais que lhe interessem. Sua experiência<br />
com a revista não termina aí. Nosso site e nossas redes sociais estão sempre trazendo materiais atualizados.<br />
Boa leitura a todos!<br />
JOÃO GABRIEL DE ALMEIDA<br />
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />
acessem nossas redes sociais:<br />
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Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul<br />
DEN DABENJ EDITORA NEWS - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />
Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />
CNPJ.: 23.057.401/0001-83 - Insc. Est.: 140.252.109.119 - ISSN 0104 - 8384<br />
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EXPEDIENTE<br />
Realização: DEN DABENJ EDITORA NEWS<br />
Conselho Editorial: Sylvian Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: João Gabriel de Almeida | redacao@newslab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />
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Impressão: Gráfica Mundo | Periodiciade: Bimestral<br />
0 2
evista<br />
Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul 2020<br />
Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />
em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />
precise de informações adicionais, entre em contato com<br />
a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais, artigos<br />
originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />
etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />
qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />
clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />
revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />
natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />
com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />
assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />
artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />
Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />
conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />
na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />
resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />
em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />
e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />
foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />
constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />
Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />
referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />
do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />
segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência citadas<br />
no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />
Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />
inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />
contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab<br />
A/C: João Gabriel – redação<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />
CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />
Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />
Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />
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REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />
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0 6<br />
Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e<br />
informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da DEN Editora.<br />
Filiado à:
evista<br />
Índice remissivo de anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul 2020<br />
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />
BECTON DICKINSON 28 - 29<br />
BIO ADVANCE 27<br />
BIODIAGNÓSTICA 83<br />
BIOMEDICA 11<br />
BIOTECHNICA 04 - 05<br />
BUNZL SAÚDE 09<br />
CELER BIOTECNOLOGIA 93<br />
CELLAVISION 67<br />
CEPHEID 13<br />
DB DIAGNÓSTICOS<br />
4ªCAPA<br />
DIAGNO 74 - 75<br />
DIAGNÓSTICA CREMER 59<br />
EBRAM 25<br />
ECO DIAGNÓSTICA 1ªCAPA | 53<br />
ENZYTEC 17<br />
ERBA MANNHEIM 37<br />
EUROIMMUN 103<br />
FORLABEXPRESS 07<br />
GREINER 45 | 107<br />
GRIFOLS 79<br />
GT GROUP- BIOSUL 43<br />
HORIBA 2ªCAPA | 111<br />
ILLUMINA 39<br />
J.R. EHLKE 14-15<br />
LAB REDE 57<br />
LUMIRADX 41<br />
MAYO CLINC 77<br />
MEDICAL FAIR 115<br />
MOBIUS LIFE SCIENCE 23<br />
NEOLABIMPORT 03<br />
NEWPROV 21<br />
NIHON KHODEN 35 | 54 - 55<br />
PMH 65<br />
PNCQ 97<br />
PRIME CARGO<br />
3ªCAPA<br />
RENYLAB 31<br />
SARSTEDT 73<br />
SIEMENS 61<br />
SNIBE 33<br />
TBS- BINDINGSITE 49<br />
VEOLIA 70 - 71<br />
VIDA BIOTECNOLOGIA 19<br />
WAMA 63<br />
Conselho Editorial<br />
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />
de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />
Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />
Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />
Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />
USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />
Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />
Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />
Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />
Humberto Façanha, Fabia Bezerra, José de Souza Andrade Filho, Lisiane Cervieri Mezzomo, Cristhian Roiz, Bruna Mascaro, Waldirene Nicioli, Rachel Siqueira de Queiroz Simões,<br />
Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Gleiciere Maia Silva.<br />
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ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 27 - <strong>Edição</strong> <strong>160</strong> - Jun/Jul 2020<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
50<br />
ECO DIAGNÓSTICA:<br />
LÍDER EM TESTES PARA COVID-19<br />
16<br />
ARTIGO 1<br />
QUANTIFICANDO ENZIMAS DE USO<br />
DIAGNÓSTICO: REVENDO OS CONCEITOS E<br />
CÁLCULOS PARA A MEDIDA DA ATIVIDADE<br />
30<br />
ARTIGO 2<br />
SÍFILIS: UM ALERTA EPIDEMIOLÓGICO<br />
Autores: Geraldo Picheth; Mauren Isfer Anghebem;<br />
Guilherme Fadel Picheth;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego<br />
02<br />
- Editorial<br />
Autoras: Gabriela Schiling Alves;Andressa Bernardi;<br />
Fabiana Tais de Souza Hack.<br />
12<br />
56<br />
58<br />
60<br />
- Agenda<br />
- Publieditorial<br />
- Minuto Laboratório<br />
- Radar Ciêntifico - Siemens Healthineers<br />
38<br />
ARTIGO 3<br />
SOROPREVALÊNCIA DE HEPATITE B EM<br />
CRIANÇAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA<br />
Autores: Aline Borges Cardoso, Brenda Bulsara Costa<br />
Evangelista, Ranieri Flávio Viana de Sousa, Elaine<br />
Ferreira do Nascimento, Camilla Soares Sobreira,<br />
Lívia Mello Villar<br />
68<br />
72<br />
81<br />
- Radar Ciêntifico<br />
- Medicina Genômica<br />
- Citologia<br />
46<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
SISTEMA DE BENCHMARKING<br />
APOIO À DECISÃO EM LABORATÓRIOS<br />
82<br />
- Logística Laboratorial<br />
84<br />
- Virologia<br />
88<br />
89<br />
119<br />
- Biossegurança<br />
- Informe de Mercado<br />
- Patocordel<br />
78<br />
LADY NEWS<br />
VALIDAÇÃO DE TESTES LABORATORIAIS<br />
NA COVID-19
AGENDA<br />
Em função da pandemia do Covid-19, e acompanhando<br />
os desdobramentos da crise, decretos e posicionamentos<br />
dos governos, os eventos presenciais agendados para o<br />
período Junho/Julho estão cancelados.<br />
Comprometidos em não propagar informações equivocadas, não haverá<br />
seção Agenda na <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> Ed <strong>160</strong> e recomendamos que os<br />
interessados em participar de eventos consultem os sites dos eventos que<br />
estariam programados para esse período para se informar sobre possíveis<br />
novas datas e também sobre apresentações digitais como webinars e<br />
outras alternativas que estão sendo oferecidas pelas empresas.<br />
Mantenha-se informado em nosso site e em nossas redes sociais.<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
@revista_newslab<br />
Agradecemos a compreensão de todos,<br />
Equipe <strong>Newslab</strong>.<br />
0 12<br />
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Federal do Paraná.<br />
Quantificando enzimas de uso diagnóstico:<br />
revendo os conceitos e cálculos para a medida da atividade<br />
Resumo<br />
A medida das enzimas no laboratório clínico, enzimologia clínica,<br />
tem desenvolvimento contínuo a mais de um século. Notadamente, a<br />
partir dos anos 1950, a padronização da enzimologia se consolidou.<br />
Neste artigo, propomos revisar os principais conceitos e cálculos envolvidos<br />
na enzimologia em abordagem didática. As principais fases<br />
de uma reação catalisada por enzima, condições de ensaio, uso da<br />
absortividade molar e cálculos que convertem velocidade de reação<br />
em unidades de atividade enzimática, são discutidos.<br />
Palavras-Chave: Enzimologia, Absortividade Molar, Cálculo Atividade,<br />
Condição de Ensaio.<br />
Abstract<br />
The measurement of enzymes in the clinical laboratory, clinical<br />
enzymology, has been in continuous development for over a century.<br />
Notably, from the 1950s, the standardization of enzymology<br />
was consolidated. In this article, we propose to review the main<br />
concepts and calculations involved in enzymology in a didactic<br />
approach. The main phases of an enzyme-catalyzed reaction, test<br />
conditions, use of molar absorptivity and calculations that convert<br />
reaction rate into units of enzymatic activity are discussed.<br />
Keywords: Clinical Enzymology, Molar Absorptivity, Activity<br />
Calculation, Assay Condition.<br />
Introdução<br />
As enzimas, catalisadores proteicos, são elementos<br />
fundamentais para o processo metabólico<br />
(1). Em complemento com a ação enzimática<br />
de aumentar a velocidade de reação, as<br />
enzimas, através de sua modulação participam<br />
da regulação das vias metabólicas, sendo, portanto,<br />
fundamentais à homeostasia celular (2).<br />
As enzimas catalisam as reações químicas sob<br />
condições fisiológicas, 37°C e pH neutro, acelerando<br />
a velocidade da reação pela diminuição<br />
da energia de ativação necessária, sem alterar o<br />
equilíbrio da reação (3).<br />
Enzimas de uso diagnóstico, compõem<br />
um grupo seleto. A quantificação destas<br />
proteínas em um líquido biológico, fornecem<br />
informações relevantes sobre processos<br />
patológicos (4).<br />
Quantificar enzimas, usualmente presentes<br />
em concentrações muito baixas em líquidos<br />
biológicos, é um desafio analítico. Como “capturar”<br />
a enzima do “mar proteico” em que se<br />
encontra e medir sua concentração com especificidade,<br />
são os elementos centrais na medição<br />
de enzimas (5).<br />
Os conceitos, cuidados e cálculos envolvidos<br />
na enzimologia clínica são conhecidos de longa<br />
data. O laboratório clínico moderno apresenta<br />
extensa utilização de reagentes comerciais e de<br />
sistemas automatizados. Estes sistemas fornecem<br />
reagentes e indicações dos cálculos para a<br />
obtenção dos resultados enzimáticos. Na percepção<br />
dos autores, estes elementos associados<br />
à rotina de alto volume, favorecem que os profissionais<br />
do laboratório reduzam a atenção em<br />
fundamentos da enzimologia. Este artigo, busca<br />
recordar conceitos relevantes em enzimologia,<br />
enfatizando elementos de uso rotineiro e aplicação<br />
prática.<br />
0 16<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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ARTIGO 01<br />
A determinação da atividade enzimática pode<br />
ser realizada por diversas metodologias, desde<br />
as espectrofotométricas que se baseiam na<br />
análise do consumo de substrato ou de produto<br />
formado, até outras mais complexas, como a<br />
espectrometria de massa, ressonância magnética<br />
e eletro-osmose (6). As enzimas também<br />
podem ser quantificadas como “massa” através<br />
de métodos que detectam sua concentração;<br />
no entanto, a forma usual de quantificação de<br />
enzimas no laboratório clínico é a medida da<br />
atividade, motivo pelo qual este artigo aborda<br />
os principais elementos associados à medida da<br />
atividade enzimática (7). A figura 1 resume as<br />
principais características de cada processo.<br />
Na quantificação com a “atividade da enzima”,<br />
a velocidade da reação catalisada pela enzima<br />
frente a um substrato específico, é utilizada para<br />
identificar o número de moléculas de enzimas<br />
presentes na amostra biológica (7). A figura 2<br />
resume o processo de medição da atividade catalisada<br />
por enzimas.<br />
Figura 1: Processos para quantificação de enzimas.<br />
Na medida de massa, a enzima (ativa ou inativa com epítopos preservados) é selecionada por anticorpos específicos e a quantificação<br />
da relação antígeno-anticorpo ocorre por diferentes abordagens, como métodos de ELISA com indicadores cromogênicos, fluorescentes<br />
ou luminescentes. Na medição por atividade a enzima em sua forma biológica ativa interage com um substrato específico, gerando um<br />
indicador da reação que permite calcular a velocidade da reação.<br />
A determinação da atividade enzimática se<br />
faz, identificando a redução (consumo) de<br />
substrato ou o incremento de produto, sempre<br />
em tempo definido, caracterizando a “velocidade<br />
de reação”. A medida da formação do<br />
produto é preferível, quando possível, porque<br />
a determinação no aumento da concentração<br />
de uma substância acima de um inicial zero ou<br />
de uma concentração baixa é analiticamente<br />
mais confiável que a medida de diminuição de<br />
uma concentração inicialmente alta (7). A identificação<br />
do produto da reação é a forma mais<br />
frequente nos ensaios laboratoriais, pelo que<br />
vamos tomá-la como referência neste trabalho.<br />
Figura 2: Elementos essenciais para a medida da atividade enzimática no laboratório clínico.<br />
As enzimas catalisam, de forma reversível, a conversão do Substrato em Produto, aumentando a velocidade de reação. A medição das<br />
enzimas (atividade enzimática) é realizada identificando a redução do substrato e de forma mais usual o aumento do produto. O processo<br />
de medição pode exigir reações auxiliares e sempre uma reação indicadora. A quantificação do composto que indica a reação (cromogênico<br />
ou U.V.) em tempo determinado, caracteriza a velocidade de reação, que permite determinar a atividade enzimática.<br />
O elemento central para a medida da atividade<br />
é a relação direta de maior velocidade de<br />
reação, com maior o número de moléculas de<br />
enzima presentes na amostra. Esta afirmação é<br />
verdadeira, no entanto, outros e diferentes fatores,<br />
afetam a velocidade das reações enzimáticas<br />
(7). A figura 3 resume os principais fatores<br />
que afetam a velocidade de reação.<br />
Figura 3: Principais fatores que afetam a velocidade de reações catalisadas por enzimas.<br />
A figura descreve os fatores que modificam a velocidade de uma reação catalisada por enzima. Nas medições enzimáticas, todos os fatores<br />
apresentados, exceto a concentração de enzima, devem ser mantidos constantes, para que a velocidade de reação (atividade enzimática)<br />
capture apenas a concentração de enzima presente na amostra.<br />
0 18<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Autores: Geraldo Picheth1; Mauren Isfer Anghebem1,2; Guilherme Fadel Picheth3; Fabiane Gomes de Moraes Rego1<br />
ARTIGO 01<br />
Nas medições da atividade enzimática,<br />
controlar fatores outros diferentes da concentração<br />
de enzima, que alteram a velocidade<br />
de reação, é mandatório. A forma<br />
de controlar estas variáveis é padronizar no<br />
ensaio estas fontes de variação, a chamada<br />
“condições de ensaio” ou de forma popular o<br />
“protocolo” do ensaio (5). O quadro 1, apresenta<br />
os principais fatores a serem padronizados<br />
para a medição enzimática.<br />
Quadro 1: Padronização dos fatores que afetam a<br />
velocidade de reação<br />
Obs. Características específicas das enzimas e do sistema reacional<br />
condicionam como estes fatores são padronizados. A relevância<br />
dos elementos apresentados está amplamente discutida<br />
em texto de Bioquímica, Físico-Química e de Química Clínica (ou<br />
Bioquímica Clínica).<br />
Em termos práticos, a padronização da química<br />
das condições de ensaio, é o que nos<br />
oferece um reagente comercial (kit) para<br />
determinação de uma enzima. Nos produtos<br />
comerciais, o tampão, pH, concentração de<br />
substrato e ativadores, em soluções estabilizadas,<br />
caracterizam as condições adequadas<br />
para que a velocidade de reação seja atribuída<br />
somente a concentração de enzima na<br />
amostra biológica. Reiterando que a temperatura<br />
de reação deve ser definida e estável<br />
durante toda a medição. Nas condições padronizadas<br />
descritas, a velocidade de reação<br />
tem relação direta com a quantidade de enzima,<br />
portanto reflete a sua concentração na<br />
amostra (5, 7).<br />
A medida da velocidade de reação<br />
Com as condições de ensaio e temperatura<br />
padronizadas, a velocidade da reação (ou<br />
cinética da reação) catalisada por enzima<br />
pode ser representada didaticamente com os<br />
elementos da figura 4 (7).<br />
Figura 4: Principais etapas de uma reação enzimática com condições<br />
de ensaio padronizadas.<br />
Velocidade de reação (absorbância do indicador x tempo) de uma<br />
reação teórica, catalisada por enzima, identificando na curva as principais<br />
etapas da reação:<br />
1-Lag fase (0-45 s): sem linearidade, baixa velocidade, equilíbrio<br />
térmico e outros eventos.<br />
2-Período linear (1-4 minutos): velocidade de reação proporcional à<br />
concentração de enzima<br />
3-Perda da linearidade (>4 minutos): exaustão do substrato e outros<br />
eventos.<br />
A primeira fase de uma reação enzimática é a<br />
“lag fase” ou período de indução, definida como<br />
tempo requerido para que a reação atinja uma<br />
velocidade estável e linear. Na lag fase, ocorrem<br />
a estabilização da temperatura de reação,<br />
o tempo para a interação da Enzima-Substrato<br />
(com cofatores e ativadores) e o equilíbrio das<br />
reações auxiliares e indicadora. O tempo de<br />
lag fase, depende do sistema reacional, e, é<br />
muito variável para as enzimas clínicas, sendo<br />
para algumas quase inexistente para outras se<br />
prolonga em vários minutos. A atividade enzimática<br />
deve ser realizada após a lag fase estar<br />
completa (7, 8).<br />
O “período linear”, corresponde a velocidade<br />
de reação (consumo de substrato X tempo)<br />
associado à quantidade de enzima, onde todos<br />
os demais fatores que afetam a velocidade de<br />
reação estão controlados. Por exemplo, o substrato<br />
em excesso garante que a reação não seja<br />
limitada por este fator. A atividade enzimática<br />
deve ser medida no período linear, onde a velocidade<br />
de reação depende da quantidade de<br />
enzima presente na amostra (7).<br />
O período perda da linearidade, tem na<br />
“exaustão do substrato” a causa primordial,<br />
onde a cinética de ordem zero (excesso de substrato)<br />
deixa de ocorrer. Esta parte curva da cinética<br />
enzimática, também pode ser decorrente<br />
da inibição da reação pelo acúmulo do produto<br />
(inibição por feedback negativo), a reação reversa<br />
(as enzimas catalisam a reação em ambos<br />
os sentidos) pode atingir uma taxa significativa<br />
com o aumento do produto da reação, proporcionando<br />
a perda de linearidade. Em algumas<br />
reações enzimáticas, a limitação do espectrofotômetro<br />
na leitura de concentrações muito elevadas<br />
do indicador da reação, também é fator<br />
limitante e propicia a perda da linearidade (8).<br />
Importante: amostras com quantidade muito<br />
elevada de enzima (amostras“hiperativas”) irão<br />
depletar o substrato rapidamente, e a perda de<br />
cinética de ordem zero poderá ocorrer antes do<br />
fim do período de medida proposto na metodologia<br />
ou mesmo, em alguns casos, a perda<br />
da linearidade pode ocorrer na lag fase (8, 9).<br />
Estas amostras, obrigatoriamente, necessitam<br />
ser diluídas em solução salina (NaCl 0,9% ou<br />
154 mmol/L. A amostra diluída deve apresentar<br />
a fase linear, caso contrário diluições superiores<br />
devem ser realizadas. A diluição 1:10 (0,1 mL de<br />
soro + 0,9 mL salina) é usual. O resultado final<br />
da atividade deve ser multiplicado pela diluição<br />
realizada.<br />
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Autores: Geraldo Picheth1; Mauren Isfer Anghebem1,2; Guilherme Fadel Picheth3; Fabiane Gomes de Moraes Rego1<br />
ARTIGO 01<br />
Formas de Medição da Atividade<br />
A atividade enzimática pode ser medida essencialmente<br />
de duas formas: medição cinética (kinetic)<br />
ou medição em ponto final (endpoint) (7).<br />
Na medição cinética (múltiplos pontos, ou<br />
medição contínua) a reação é monitorada em<br />
diferentes tempos permitindo identificar a fase<br />
linear. A medição em ponto final, apenas uma<br />
medida após tempo pré-determinado é realizada,<br />
assumindo que a reação tenha transcorrido<br />
de forma linear (7). A figura 5 exemplifica as<br />
formas de medição.<br />
Figura 5: Exemplos gráficos de medidas de ponto final (um ponto,<br />
linha tracejada) e cinética (múltiplos pontos).<br />
A medição em ponto final, uma única medida de absorbância é realizada,<br />
com a expectativa que a reação tenha transcorrido de forma<br />
linear com o tempo (linha tracejada). A medição cinética (em múltiplos<br />
pontos) permite definir o período de linearidade e os períodos<br />
de lag fase e exaustão do substrato.<br />
A medição em ponto final, tem como principal<br />
vantagem a simplicidade e a possibilidade de<br />
processamento de múltiplas amostras simultaneamente.<br />
O processo agiliza rotinas não automatizadas.<br />
Como um único ponto, em tempo<br />
definido, é utilizado para o cálculo da atividade,<br />
sempre deixa a suspeita que a reação possa não<br />
ter se desenvolvido de forma linear, e, portanto,<br />
fragilizando a confiabilidade dos resultados.<br />
Deve ser ressaltado, que as metodologias enzimáticas<br />
que utilizam o ponto final como forma<br />
de medição, são desenvolvidas para resultados<br />
confiáveis e plenamente aceitas no laboratório<br />
clínico (7).<br />
A medição cinética é superior, permitindo o<br />
monitoramento da reação, e identificando com<br />
segurança o período linear e eventuais desvios<br />
da linearidade, bem como possível exaustão<br />
de substrato, em amostras hiperativas. Em sistemas<br />
manuais, a medição cinética consome<br />
tempo do equipamento e do seu operador,<br />
realizando uma amostra por vez. Esta desvantagem<br />
é superada quando se dispõe de equipamentos<br />
automatizados, que processam múltiplas<br />
amostras e realizam todas as medições e<br />
cálculos de forma automatizada (7).<br />
Convertendo velocidade de reação em<br />
Atividade Enzimática<br />
A forma de expressar a atividade enzimática<br />
foi padronizada, a partir de 1961, pela Comissão<br />
de Enzimas da União internacional de Bioquímica<br />
(10). Foi definida a Unidade Internacional<br />
(UI ou U) como a “quantidade de enzima que<br />
catalisa a reação de 1 micromol de substrato por<br />
minuto”, em condições específicas (“condições<br />
de ensaio”) de temperatura, pH, substratos e<br />
ativadores. As enzimas são usualmente expressas<br />
em Unidades por litro (U/L) (7).<br />
Em 1999 foi oficializado a unidade “katal”<br />
(símbolo kat) para compatibilizar com o Sistema<br />
Internacional (SI, Système International<br />
d’Unités) de unidades onde um katal representa<br />
a quantidade de enzima que catalisa 1 mol de<br />
substrato por segundo (11).<br />
A figura 6 resume as unidades de atividade<br />
enzimática e a conversão de U/L para as unidades<br />
mais frequentes empregadas em enzimas<br />
de uso diagnóstico µkat/L e nkat/L. As unidades<br />
U/L e kat/L são interconversíveis com os fatores<br />
apresentados (7).<br />
Figura 6: Definições de unidades de medida de atividade enzimática.<br />
[S]: concentração de substrato, min: minuto; s, segundo; L: litro de<br />
líquido biológico.<br />
U/L, Unidades Internacionais por litro (U/L) e kat/L, Unidade katal<br />
por litro.<br />
Dois procedimentos são empregados para<br />
converter a velocidade de reação em unidade<br />
de atividade enzimática: uso da absortividade<br />
molar ou um padrão do composto indicador<br />
(ex. cromógeno). A maioria das medições de<br />
enzimas diagnósticas utiliza a absortividade<br />
molar no cálculo das unidades enzimáticas.<br />
Uso da absortividade molar<br />
A absortividade molar (ε) é uma constante para<br />
um determinado composto, em comprimento de<br />
onda definido e condições padronizadas de temperatura,<br />
pH, solvente e outros (12). A figura 7<br />
resume a definição de absortividade molar.<br />
Figura 7: Conceito de absortividade molar<br />
Em uma análise espectrofotométrica a luz incidente (I0) em comprimento<br />
de onda definido e passível de ser absorvido pela molécula<br />
em solução, deixa a cubeta (com caminho ótico definido = “b”) com<br />
menor intensidade (It), luz transmitida. A relação logarítmica da<br />
razão entre I0/It é designada Absorbância (A), uma variável adimensional.<br />
A lei de Beer mostra que em certas condições a Absorbância<br />
(A) de um composto é diretamente proporcional a concentração (c),<br />
ao caminho que a luz percorre pela solução (b) e a uma constante<br />
intrínseca do composto, a absortividade (a). Quando a concentração<br />
é expressa em termos molares, o símbolo “a” é substituído por épsilon<br />
(ε) e esta constante é designada absortividade molar.<br />
Aplicando a absortividade molar, a medida da<br />
atividade enzimática em U/L pode ser calculada<br />
com a equação mostrada na figura 8.<br />
Figura 8: Cálculo da atividade enzimática.<br />
ΔA: delta (variação) da absorbância; Δt: delta (variação) do tempo; ε:<br />
absortividade molar; b: caminho óptico ou distância que a luz percorre<br />
na cubeta, usualmente 1,00 cm); VT: volume total na cubeta (reagentes<br />
+ amostra); VA: volume de amostra; 1000: fator de conversão<br />
de mmoL/L para µmoL/L (utilizado somente quando a absortividade<br />
molar é expressa em L.mmoL-1.cm-1.<br />
A atividade enzimática (U/L) é calculada pela velocidade de reação<br />
(ΔA/Δt, variação de absorbância por tempo no período linear, em<br />
minuto) e convertida em µmol de substrato desdobrado, pela absortividade<br />
molar (ε) do indicador da reação em comprimento de onda<br />
específico (milimolar no caso da fórmula estabelecida na figura),<br />
com correção do caminho óptico (b, usualmente 1,00 cm), corrigida<br />
a diluição da amostra (VT/VA), para um litro de líquido biológico. Em<br />
destaque (quadrado tracejado) os elementos da equação que definem<br />
o “fator de cálculo” da atividade, elemento constante, mantidas<br />
as condições de ensaio. Como exemplo, uma amostra de soro, onde a<br />
atividade enzimática apresente 15 U/L, a quantidade de enzima presente<br />
é capaz de desdobrar 15 µmoles de substrato por minuto por<br />
litro de soro, em condições padronizadas (concentração de substrato,<br />
tampão, pH, temperatura, ativadores, outros).<br />
0 22<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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Autores: Geraldo Picheth1; Mauren Isfer Anghebem1,2; Guilherme Fadel Picheth3; Fabiane Gomes de Moraes Rego1<br />
ARTIGO 01<br />
De forma didática, o uso da absortividade<br />
molar (ε) no cálculo da atividade enzimática é a<br />
utilização de um “Fator externo” de um padrão,<br />
que não foi obtido no laboratório que realiza o<br />
teste. Este fator permite converter a velocidade<br />
de reação de transformação do substrato,<br />
em quantidade de substrato desdobrado em<br />
µmoles, no caso em tela, em µmol por minuto<br />
(µmol/min). O “fator de cálculo”, em destaque,<br />
na figura 8, é aquele indicado nas instruções<br />
de uso dos reagentes comerciais (bulas de kits)<br />
para o cálculo final da atividade enzimática.<br />
O quadro 2, lista as absortividades molares<br />
dos principais indicadores de reações enzimáticas<br />
de uso diagnóstico.<br />
Quadro 2. Absortividade molar de indicadores de<br />
reações enzimáticas<br />
ALT, alanina aminotransferase; AST, aspartate aminotransferase; CHE,<br />
colinesterase; CK, creatina quinase; CK-MB, isoenzima MB da CK;<br />
FALc, fosfatase alcalina; GGT, gama-glutamiltransferase; LD, lactato<br />
desidrogenase; LPS, lipase.<br />
Observe que a absortividade milimolar, representada<br />
no quadro 2, varia em diferentes<br />
condições de medição como temperatura e pH.<br />
Portanto, a escolha da deste fator depende das<br />
condições estabelecidas para o ensaio (12).<br />
A utilização da absortividade molar obriga a<br />
rigoroso controle do processo analítico de medição,<br />
para sistemas manuais ou automatizados<br />
(23). A figura 9 resume os fatores a serem controlados<br />
para que a utilização da absortividade<br />
molar seja eficaz.<br />
Figura 9: Condições do sistema de medição essenciais para a utilização<br />
adequada da absortividade molar no cálculo da atividade enzimática.<br />
A utilização da absortividade molar, demanda que o sistema de medição<br />
(manual/espectrofotômetro ou automatizado) apresente desempenho<br />
com os padrões apresentados na figura. A forma prática<br />
e objetiva de verificação se as condições de medição são adequadas<br />
é a utilização de soros controle, que avaliem o resultado da medição<br />
e sistema analítico em uso.<br />
Uso do indicador da reação como padrão<br />
para cálculo da atividade enzimática<br />
Em condições pouco frequentes, o indicador<br />
da reação é estável e pode ser adicionado no<br />
protocolo de medição, como um padrão, para<br />
corrigir pequenos desvios do comprimento de<br />
onda, do caminho óptico, das medidas de volume<br />
e da performance do espectrofotômetro.<br />
É essencial, reiterar que este “padrão” não atua<br />
como a enzima presente na amostra. Portanto,<br />
não corrige variações da temperatura, e principalmente<br />
não é afetado por quaisquer dos<br />
fatores que afetam a velocidade da reação (concentração<br />
de substrato, pH e outros).<br />
A medição enzimática: um exemplo representativo<br />
Vamos considerar a medida da atividade da<br />
Fosfatase Alcalina (FAlc) utilizando como substrato<br />
4-nitrofenilfostato e as condições de ensaio<br />
propostas como método de referência por<br />
Tietz e colaboradores (17), com modificações<br />
preconizadas em reagentes comerciais.<br />
As figuras 11 a 13, sumarizam os elementos<br />
para quantificação da FAlc, com metodologia<br />
usual no laboratório clínico.<br />
A reação:<br />
Figura 11: Princípio de reação da Fosfatase Alcalina com 4-nitrofenilfosfato.<br />
A Fosfatase Alcalina hidrolisa o 4-nitrofenilfosfato (incolor), produzindo<br />
monofosfato orgânico e o indicador 4-nitrofenol, que em pH<br />
alcalino apresenta intensa coloração amarela (íon 4-nitrofenóxido;<br />
405 nm). A enzima requer íons Mg++ como ativador e o tampão<br />
AMP (2-amino-2-metil-1-propanol) atua também como aceptor<br />
do grupo fosfato (transfosforilação) o que aumenta a velocidade<br />
de reação. O substrato é auto-indicador, uma molécula de 4-nitrofenilfosfato<br />
hidrolisada produz uma molécula de 4-nitrofenol que<br />
é detectado (µmoles de produto colorido) em sistema fotométrico.<br />
Definido o tempo de reação (em minutos), se determina a atividade<br />
enzimática (µmoles/minuto).<br />
Figura 12: Condições de ensaio da Fostatase Alcalina na metodologia<br />
com 4-nitrofenilfosfato modificada de Tietz e colaboradores (17)<br />
Composição e concentração do reagente para Fosfatase Alcalina,<br />
condições do sistema de medição (espectrofotômetro) para medição<br />
e procedimento para medida da atividade.<br />
A unidade, L.mmol -1 .cm -1, para a absortividade<br />
molar mostrada no quadro 2, é usual, no<br />
entanto outras formas de expressar esta variável<br />
são utilizadas, em especial a unidade m 2 .mol -1<br />
(m 2 /mol), preferida em textos técnicos.<br />
Figura 10: Cálculo da atividade enzimática com indicador da reação<br />
como “padrão”.<br />
Ateste: absorbância do teste (mede o consumo de substrato; Apadrão:<br />
absorbância do padrão (indicador da reação); Conc[P]: concentração<br />
do padrão em mmoL; t: tempo da reação enzimática em minutos;<br />
VT: volume total da reação (reagentes + amostra); VA: volume de<br />
amostra; 1000: fator de conversão de mmoL/L para µmoL/L (utilizado<br />
somente quando a concentração do padrão é expressa em mmoL/L.<br />
A atividade enzimática (U/L) é calculada pela velocidade ATeste/t<br />
(velocidade em minutos), e convertida em µmol de substrato desdobrado<br />
com a concentração do indicador da reação em mmol/L/<br />
APadrão e corrigida para um litro de líquido biológico. Em destaque<br />
(quadrado tracejado) os elementos da equação que definem o “fator<br />
de cálculo” da atividade.<br />
Figura 13: Protocolo do ensaio da Fosfatase Alcalina.<br />
Misturar 1,0 mL do tampão-Substrato equilibrado a 37ºC, com 0,020<br />
mL de soro (Fosfatase Alcalina), incubar por 1 min (Lag fase) e medir<br />
a atividade por 3 min em 405 nm. Com os resultados da variação de<br />
Absorbância (ΔA/min), calcular a atividade enzimática.<br />
Limite para diluição: amostras com ΔA/min ≥ 0,28 devem ser repetidas<br />
após diluição apropriada.<br />
0 24<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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Assim como o isolamento social, um diagnóstico rápido e<br />
confiável é a melhor forma de conter a propagação do vírus,<br />
por isso, a Ebram rapidamente disponibilizou um teste<br />
rápido com a qualidade já reconhecida de seus produtos,<br />
que detecta simultaneamente os anticorpos IgG/IgM, além<br />
de oferecer facilidade e rapidez na execução do teste,<br />
sem necessidade de equipamentos, reduzindo os custos e<br />
viabilizando assim o diagnóstico em massa.<br />
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ARTIGO 01<br />
Aplicando os protocolos mencionados, os resultados<br />
e a cinética de reação, de uma amostra<br />
de soro e um soro controle (CQ) são mostrados<br />
na figura 14.<br />
Figura 14: Exemplo detalhado dos cálculos envolvidos na atividade<br />
enzimática.<br />
Uma amostra de soro, com reação linear nos 3 minutos de medição<br />
(tempos 1 a 4 min) apresentou (ΔA/3min = 0,086 ou dividido por 3,<br />
ΔA/min = 0,0286). De forma similar o soro controle (CQ) apresentou<br />
ΔA/min = 0,0696). Em detalhe, os elementos que compõem o “fator<br />
de cálculo”. O soro controle comercial medido, assinala para FAlc a<br />
37ºC com 4-nitrofenilfosfato-tampão aminometilpropanol, um valor<br />
médio de 197 U/L (com limites aceitáveis entre 155-238 U/L). Calculado<br />
a atividade do soro controle (192 U/L), dentro dos limites preconizados,<br />
este resultado valida o sistema de reação (temperatura, reagentes,<br />
pipetagem, comprimento de onda, e outros). Com a reação<br />
validada, a amostra de soro apresenta 79 U/L ou uma quantidade de<br />
Fosfatase Alcalina capaz de desdobrar 79 µmol de 4-nitrofenilfosfato<br />
nas condições de ensaio (substrato, tampão, temperatura, ativadores,<br />
outros) por minuto por litro de soro.<br />
Outro exemplo, apresentado na figura 15,<br />
mostra a medida de atividade de duas amostras<br />
de soro com elevada quantidade de Fosfatase<br />
Alcalina (amostra hiperativas: Hiper e<br />
Hiper 2).<br />
Neste exemplo, não há período linear para<br />
Hiper e Hiper 2, portanto, a atividade enzimática<br />
não pode ser calculada. Ambas as<br />
amostras necessitam diluição em NaCl 154<br />
mmol/L e as amostras diluídas devem ser<br />
repetidas, desenvolvendo período linear, calcular<br />
a atividade e multiplicar pela diluição.<br />
Caso não ocorra período linear aumentar a<br />
diluição e repetir o processo.<br />
Na amostra Hiper 2, o substrato é consumido<br />
já na lag fase, denotando quantidade<br />
expressivamente elevada da enzima.<br />
Figura 15: Exemplo de cinética de reação de amostras com elevada<br />
concentração da enzima Fosfatase Alcalina.<br />
As amostras de soro, Hiper e Hiper 2, não apresentam período linear durante<br />
a medição. Não calcular a atividade enzimática. Diluir a amostra o<br />
número de vezes necessário para que repetido com a amostra diluída,<br />
a reação apresente período linear, permitindo calcular a atividade que<br />
deve ser multiplicada pela diluição implementada.<br />
Na parte inferior do gráfico, as curvas da amostra de soro e controle<br />
de qualidade, discutidas na figura anterior.<br />
Padronização dos ensaios enzimáticos:<br />
calibradores para enzimas<br />
Como descrevem Infusino e colaboradores<br />
(29), o resultado numérico da medida da atividade<br />
catalítica depende completamente das<br />
condições experimentais utilizadas. A mesma<br />
amostra biológica, portanto, produz resultados<br />
numéricos diferentes, caso as condições de<br />
ensaio sejam alterados (como a temperatura,<br />
tampão, substrato, entre outros).<br />
A longo tempo a comunidade científica promove<br />
esforços para produzir matérias de referência<br />
como comutabilidade e estabilidade para<br />
harmonizar as medidas enzimáticas (28).<br />
Alguns fabricantes de reagentes comerciais,<br />
propõem calibrações de enzimas, com<br />
calibradores específicos para suas metodologias.<br />
No entanto, no presente, não há material<br />
certificado para padronização universal<br />
das enzimas de uso diagnóstico.<br />
Uma abordagem desta temática, com maior<br />
profundidade, escapa do escopo deste trabalho.<br />
As propostas de padronização das enzimas e<br />
outros materiais de uso no laboratório clínico<br />
podem ser acompanhado no sítio da Joint Committee<br />
for Traceability in Laboratory Medicine<br />
(JCTLM; https://www.bipm.org/jctlm/).<br />
Em síntese, este artigo busca rever e consolidar<br />
conceitos envolvidos na enzimologia<br />
clínica, com uma abordagem didática.<br />
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degrees C. Part 9: reference procedure for the measurement of catalytic concentration<br />
of alkaline phosphatase International Federation of Clinical Chemistry<br />
and Laboratory Medicine (IFCC) Scientific Division, Committee on Reference<br />
Systems of Enzymes (C-RSE) (1)). Clinical chemistry and laboratory medicine<br />
: CCLM / FESCC. 2011;49(9):1439-46. 19. International Federation of Clinical<br />
C, Laboratory M, Schumann G, Aoki R, Ferrero CA, Ehlers G, et al. IFCC primary<br />
reference procedures for the measurement of catalytic activity concentrations<br />
of enzymes at 37 degrees C. Clinical chemistry and laboratory medicine : CCLM<br />
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Burtis CA, Ceriotti F, Clerc-Renaud P, Ferard G, et al. IFCC primary reference procedures<br />
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at 37 degrees C. International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory<br />
Medicine. Part 7. Certification of four reference materials for the determination<br />
of enzymatic activity of gamma-glutamyltransferase, lactate dehydrogenase,<br />
alanine aminotransferase and creatine kinase accord. Clinical chemistry and<br />
laboratory medicine : CCLM / FESCC. 2002;40(7):739-45. 23. Eyer P, Worek F,<br />
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Association of Clinical Biochemists. 2007;28(4):155-61.<br />
0 26<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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Os exames de gasometria podem<br />
ajudar no tratamento do COVID-19<br />
O processo de análise e monitoramento dos gases sanguíneos<br />
arteriais é uma parte essencial do diagnóstico e gerenciamento de<br />
pacientes críticos.<br />
A análise dos gases sanguíneos<br />
é extensamente utilizada para o<br />
diagnóstico e acompanhamento<br />
clínico das doenças. Os resultados<br />
obtidos podem indicar a natureza<br />
do distúrbio, se a disfunção é respiratória<br />
ou metabólica.<br />
As amostras de sangue arterial<br />
são sensíveis às variáveis pré-analíticas<br />
devido às suas propriedades<br />
fisiológicas. Vários erros podem ocorrer<br />
na fase pré-analítica, levando à<br />
alteração da composição das amostras<br />
e ao incorreto diagnóstico e tratamento<br />
dos pacientes.<br />
A coleta da amostra, manuseio e<br />
transporte, são os principais fatores<br />
a afetar a acuracidade e boa qualidade<br />
do laboratório clínico.<br />
BD Seringas de Gasometria com Agulha Eclipse®: Registro ANVISA Nº 10033430491<br />
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Como escolher a seringa de gasometria adequada<br />
Verifique o tipo de coleta que é realizada na sua Instituição:<br />
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com cálcio.<br />
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Permite coleta do sangue a partir de volume pré-determinado.<br />
Volume de aspiração:<br />
• Seringa de 1,0 mL: 0,6 mL<br />
• Seringa de 3,0 mL: 1,6 mL<br />
50 UI Heparina Lítica balanceada com cálcio.<br />
Volume de aspiração:<br />
• Seringa de 1,0 mL: 0,6 mL<br />
• Seringa de 3,0 mL: 1,6 mL<br />
Dosagem de eletrólitos ( pH, Na, K, CL, iCa, Hct, Hb, Glu)<br />
e outros parâmetros.<br />
Agulhada.<br />
Coleta arterial.<br />
Dosagem de eletrólitos ( pH, Na, K, CL, iCa, Hct, Hb, Glu)<br />
e outros parâmetros.
ARTIGO 02<br />
Autoras:<br />
* Gabriela Schiling Alves1,2; * Andressa Bernardi1,3; * Fabiana Tais de Souza Hack1,4<br />
1-Instituto de Ciências da Saúde – Universidade Feevale, RS<br />
2-Bacharel em Biomedicina - Universidade Feevale, RS<br />
3-Acadêmica de Biomedicina - Universidade Feevale, RS<br />
4-Mestranda acadêmica em Virologia - Universidade Feevale, RS<br />
Sífilis: Um Alerta Epidemiológico<br />
Syphilis: an Epidemiological Alert<br />
Resumo<br />
A sífilis, uma Infecção Sexualmente Transmissível, caracterizada por<br />
seu agravo sistêmico, de evolução lenta e crônica, tem deixado em<br />
alerta as autoridades sanitárias brasileiras e mundiais. Devido ao<br />
expressivo aumento no número de casos notificados no Brasil, esta<br />
patologia vem caracterizando-se como um sério problema de saúde<br />
pública. Diante disto, este artigo tem como objetivo realizar uma revisão<br />
integrativa sobre a sífilis no Brasil, salientando seus dados epidemiológicos,<br />
a importância do diagnóstico e do tratamento adequado,<br />
bem como suas medidas de prevenção visando o controle desta epidemia<br />
e a melhor a qualidade de vida dos indivíduos afetados.<br />
Palavras-Chave: Treponema pallidum. Epidemiologia. Brasil.<br />
Sinais e Sintomas<br />
Abstract<br />
Syphilis, a Sexually Transmitted Infection, characterized by its<br />
slow and chronic systemic aggravation, has left the Brazilian and<br />
world sanitary authorities on alert. Due to the significant increase<br />
in the number of cases reported in Brazil, this pathology has been<br />
characterized as a serious public health problem. Therefore, this<br />
article aims to carry out an integrative review on syphilis in Brazil,<br />
highlighting its epidemiological data, the importance of diagnosis<br />
and appropriate treatment, as well as its prevention measures aimed<br />
at controlling this epidemic and improving the quality of life<br />
of affected individuals.<br />
Keywords: Treponema pallidum. Epidemiology. Brazil. Signals<br />
and symptons.<br />
Introdução<br />
A sífilis é uma Infecção Sexualmente<br />
Transmissível (IST) caracterizada por seu<br />
agravo sistêmico, de evolução lenta e crônica.<br />
Classificada atualmente como uma<br />
epidemia e capaz de atingir cerca de 10 milhões<br />
de novas infecções por ano, segundo<br />
a Organização Mundial da Saúde – OMS. A<br />
sífilis, apesar de ser uma patologia de fácil<br />
prevenção, que possui tratamento acessível<br />
e bastante eficaz, tem apresentado atualmente<br />
um aumento considerável no seu<br />
número de casos, caracterizando-se um sério<br />
problema de saúde pública para as autoridades<br />
sanitárias brasileiras e mundiais<br />
(Souza, 2018; Peeling 2017). O presente<br />
trabalho tem como objetivo realizar uma<br />
revisão de literatura sobre o que é a sífilis,<br />
qual seu agente causador, suas principais<br />
manifestações clínicas, salientando a importância<br />
do seu diagnóstico e tratamento<br />
adequado, bem como a sua prevenção<br />
desta epidemia no Brasil com enfoque ao<br />
panorama atual na sua exterioridade.<br />
0 30<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Autoras:<br />
* Gabriela Schiling Alves1,2; * Andressa Bernardi1,3; * Fabiana Tais de Souza Hack1,4<br />
ARTIGO 02<br />
Material e métodos:<br />
Realizou-se uma revisão integrativa acerca<br />
do tema em diversas fontes nacionais e inter-<br />
Os casos de infecções por sífilis no Brasil<br />
têm se elevado significativamente nos últimos<br />
anos, e alcançado percentuais maiores<br />
A transmissão da sífilis pode ser classificada<br />
como adquirida e congênita. A forma adquirida<br />
tem como principal via de transmissão o<br />
nacionais nos bancos de dados científicos, tais<br />
que os globais, atestando desta forma o ca-<br />
contato sexual desprotegido, seguido da via<br />
como Medline, Pubmed e Google Acadêmico.<br />
ráter endêmico desta patologia no território<br />
hematogênica e de acidentes com material<br />
Foram encontrados 87 artigos e destes utili-<br />
brasileiro. Desde o ano de 2010, cerca de<br />
biológico contaminado. Já a forma congênita<br />
zados 21 que abrangiam o tema em questão.<br />
228 mil novos casos de sífilis foram noti-<br />
tem como via de transmissão a transplacentá-<br />
ficados. Entre os anos de 2014 e 2015 ob-<br />
ria, no qual a mãe transmite o treponema para<br />
Resultados e discussão:<br />
servou-se um aumento de 32% nos casos<br />
o feto através da placenta durante a gestação<br />
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmis-<br />
em adultos e mais de 20% em gestantes.<br />
(Facco, 2002; Stoltey 2015 e Belda 2009).<br />
sível causada pelo agente Treponema pallidum,<br />
Atualmente, segundo as estimativas do<br />
uma bactéria gram negativa com formato de es-<br />
Boletim Epidemiológico do Ministério da<br />
As manifestações clínicas ocasionadas pela<br />
piroqueta, que mede cerca de 0,2 uM de largura<br />
Saúde, no ano de 2017 foram notificados<br />
sífilis adquirida surgem dentro de 21 a 30 dias<br />
e 5 a 15 uM de comprimento. Classificada como<br />
no Sistema de Informação de Agravos de<br />
após o período de exposição e incubação, clas-<br />
um patógeno exclusivo do ser humano, não culti-<br />
Notificação (Sinan) 119.800 casos de sífilis<br />
sificadas em diferentes fases de infeção, sendo<br />
vada in vitro e com reprodução através de divisão<br />
adquirida, 49.013 casos de sífilis em ges-<br />
elas primária, secundária, terciária e latente<br />
transversa, esta bactéria exige coloração imuno-<br />
tantes, 24.666 casos de sífilis congênita e<br />
de acordo com o tipo das lesões (Facco, 2002;<br />
fluorescente ou microscopia de campo escuro<br />
206 óbitos por sífilis congênita. Dados que<br />
Stoltey 2015 e Belda 2009).<br />
para ser visualizada (Peeling, 2017; Pinto 2014;<br />
quando comparados ao ano de 2016 apon-<br />
Lafeta, 2016 e Cameron 2013).<br />
tam um aumento significativo de 31,8% na<br />
A sífilis primária é caracterizada pelo<br />
incidência de sífilis adquirida, 28,5% na<br />
aparecimento do cancro duro ou protossi-<br />
A origem da sífilis envolve muitas teorias,<br />
taxa de detecção em gestantes e 16,4% na<br />
filoma, uma lesão ulcerativa com bordos<br />
algumas afirmam que a sífilis possa ser tão<br />
incidência de sífilis congênita (Ministério<br />
elevados, fundo liso e limpo, coberto por<br />
antiga quanto a humanidade e que por sua<br />
da Sáude, 2018).<br />
material seroso e indolor, medindo até 3,0<br />
inespecificidade de manifestações clínicas pu-<br />
cm de diâmetro, que surge dentro de duas<br />
desse ser confundida com outras patologias e<br />
Em relação às taxas de detecção territorial<br />
a quatro semanas após contagio sexual. A<br />
diagnosticada equivocadamente. Outras teo-<br />
observou-se um crescimento de 31,8% no<br />
localização deste cancro costuma ser varia-<br />
rias, afirmam também que o Treponema palli-<br />
ano de 2017 em relação ao ano anterior,<br />
da, em mulheres eles geralmente podem<br />
dum surgiu na África e acabou se espalhando<br />
passando de 44,1 para 58,1 casos por 100<br />
aparecem na parede vaginal, pequenos lá-<br />
mundialmente. Entretanto, uma das teses<br />
mil habitantes. Dentre as regiões brasilei-<br />
bios e colo uterino, e nos homens podem<br />
mais aceitas é a de que a sífilis tenha sido uma<br />
ras, constatou-se o incremento de 45% na<br />
se situar na glande e na região anorretal.<br />
“doença das américas” e tenha chegado e se<br />
Região Norte, 47,8% no Nordeste, 25,3%<br />
Além disso, podem ocorrer lesões extrage-<br />
espalhado pela Europa juntamente com a no-<br />
no Sudeste, 34,2% no Sul e 41% no Centro<br />
nitais capazes de atingir a boca, língua e<br />
tícia da descoberta do continente, no decorrer<br />
Oeste. Além disso, de acordo com os dados<br />
as extremidades dos membros superiores.<br />
das grandes navegações. Uma das evidências<br />
epidemiológicos das secretarias estaduais<br />
Após o aparecimento deste cancro, cerca de<br />
utilizadas para comprovar essa tese, é o en-<br />
de saúde e do Ministério da Saúde, a po-<br />
duas semanas, ocorre o surgimento de uma<br />
contro de ossadas indígenas que possuíam<br />
pulação mais afetada pela sífilis no país é<br />
adenopatia regional bilateral não supurati-<br />
mais de 4 mil anos e revelavam indícios de<br />
composta por mulheres jovens com idades<br />
va móvel, cuja regressão leva à cicatrização<br />
infecção pelo Treponema pallidum (Velleira,<br />
entre 20 e 29 anos (Costa, 2017; Facco,<br />
do cancro dentro de um mês (Facco, 2002;<br />
2006 e Harper 2008).<br />
2002 e Stoltey 2015).<br />
Stoltey 2015 e Belda 2009).<br />
0 32<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Autoras:<br />
* Gabriela Schiling Alves1,2; * Andressa Bernardi1,3; * Fabiana Tais de Souza Hack1,4<br />
ARTIGO 02<br />
A sífilis secundária é caracterizada pelo<br />
desaparecimento do cancro, marcado por<br />
um curto período de latência que pode<br />
durar cerca de seis semanas, e o acometimento<br />
sistêmico do organismo. Dentre as<br />
manifestações cutâneas que podem ocorrer<br />
durante esta fase estão a roséola sifilítica,<br />
adenopatia generalizada, artralgia, papulas<br />
cutâneas palmares e plantares, alopecia e<br />
condiloma plano. Os sintomas sistêmicos<br />
costumam ser genéricos como mal-estar,<br />
náuseas, vômitos, febre baixa, cefaleia,<br />
meningismo, hepatoesplenomegalia, mialgias,<br />
rouquidão, síndrome nefrótica e glomerulonefrite<br />
(Costa, 2017; Facco, 2002 e<br />
Ho 2011).<br />
to e congestão nasal nos primeiros meses<br />
de vida, erupções bolhosas nas mãos, pés<br />
e na boca, “nariz em sela”, hepatoesplenomegalia,<br />
anemia hemolítica associada à<br />
icterícia, desta forma o diagnóstico deve<br />
ser realizado de forma cautelosa associando-se<br />
a epidemiologia materna (Costa,<br />
2017; Facco, 2002 e Krüger 2010).<br />
Já na sífilis congênita tardia, diagnosticada<br />
após o segundo ano de vida, as manifestações<br />
clínicas são raras e sistêmicas, e<br />
geralmente a criança apresenta a tríade de<br />
ceratite intersticial, dentes de Hutchinson e<br />
surdez do oitavo par craniano. Em relação<br />
aos casos de sífilis gestacional, de acordo<br />
Dentre os testes sorológicos treponêmicos<br />
podemos citar o FTA-Abs (Fluorescent<br />
Treponemal Antibody Absortion Test), a hemaglutinação<br />
e a imunofluorescência, testes<br />
utilizados para confirmar a reatividade de<br />
testes não treponêmicos. Dentre o diagnóstico<br />
complementar molecular há a PCR (Reação<br />
em Cadeia da Polimerase) técnica capaz<br />
de detectar uma única cópia do cromossomo<br />
treponêmico. A PCR permite melhor acurácia<br />
e estimativas sobre a prevalência, maior<br />
acesso a novas populações para rastreamento,<br />
assim como o aumento dos estudos epidemiológicos<br />
e de transmissão (Costa, 2017;<br />
Ho 2011 e Dantas, 2017).<br />
com estudos realizados, cerca de 66% dos<br />
Na forma mais grave, a sífilis terciária<br />
fetos provenientes de gestantes portadoras<br />
O tratamento de escolha para a sífilis é<br />
ou tardia surge geralmente após anos de<br />
de sífilis durante a gestação não tratadas<br />
a Penicilina G Benzatina, que interfere na<br />
infecção, envolvendo inflamação crônica<br />
apresentam algum acometimento, e cerca<br />
síntese do peptidoglicano, componente da<br />
granulomatosa e progressiva que se instala<br />
em diversos órgãos e tecidos como lesões<br />
cutâneo-mucosas, acometimento do sistema<br />
nervoso central, meninges, doença cardiovascular<br />
e neurossífilis, que podem levar<br />
o indivíduo ao óbito rapidamente. E por<br />
fim, a sífilis Latente, caracterizada por ser<br />
assintomática e com positividade persistente<br />
das reações sorológicas, quadro que<br />
pode perdurar durante anos (Costa, 2017;<br />
Facco, 2002 e Ho 2011).<br />
Nos casos de sífilis congênita as manifestações<br />
clínicas podem ser classificadas<br />
em precoce, diagnosticada até os dois<br />
anos de idade, e a tardia. Na sífilis congê-<br />
de 30% evoluem para óbito fetal (Costa,<br />
2017; Facco, 2002 e Krüger 2010).<br />
O diagnóstico da sífilis é baseado na<br />
anamnese, em testes sorológicos e testes<br />
moleculares complementares. Os testes<br />
sorológicos não treponêmicos como o<br />
VDRL (Venereal Disease Research Laboratory)<br />
que detecta anticorpos tipo IgG e<br />
IgM, pode ser realizado a partir da 2ª ou<br />
3ª semana após o aparecimento do cancro,<br />
sendo importante no acompanhamento<br />
da eficácia do tratamento e na rotina<br />
pré-natal. Utilizado de forma trimestral<br />
em pacientes com infecção pelo HIV, no 1º<br />
e 3º trimestres em paciente sem infecção<br />
parede celular do T. pallidum, o esquema<br />
terapêutico pode durar até 14 dias, no<br />
qual as doses variam de acordo com as fases<br />
de infecção que o indivíduo apresenta.<br />
Outras opções terapêuticas podem ser utilizadas<br />
como a azitromicina, eritromicina<br />
e tetraciclina, entretanto, devem ser mantidas<br />
como drogas de segunda linha, pois<br />
apresentam atividade inferior à penicilina.<br />
No caso de gestantes, é de suma importância<br />
que o tratamento seja concluído até<br />
30 dias antes do parto e que seu parceiro<br />
seja concomitantemente tratado com o<br />
mesmo esquema terapêutico. A falta de<br />
conclusão do esquema terapêutico impli-<br />
nita precoce cerca de 70% dos casos são<br />
pelo HIV, e em qualquer gestante que der<br />
ca em alto risco de reinfecção da gestante<br />
assintomáticos, entretanto, em alguns ca-<br />
origem a um natimorto com mais de 20<br />
e sérios riscos à saúde do feto. Em caso<br />
sos o curso desta doença pode ser similar<br />
a sífilis secundária e apresentar corrimen-<br />
semanas gestacionais (Costa, 2017; Ho<br />
2011 e Dantas, 2017).<br />
de neurossífilis deve ser administrado penicilina<br />
G cristalina. Durante o tratamen-<br />
0 34<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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* Gabriela Schiling Alves1,2; * Andressa Bernardi1,3; * Fabiana Tais de Souza Hack1,4<br />
ARTIGO 02<br />
to, os pacientes devem ser monitorados<br />
trimestralmente por meio de exames de<br />
sorológicos para confirmar a efetividade<br />
do mesmo. A falta de tratamento ou o tratamento<br />
inadequado pode levar a lesões<br />
irreversíveis envolvendo sequelas graves<br />
ou até mesmo o óbito (Costa, 2017; Dantas,<br />
2017; Blencowe 2011, Kalinin 2015,<br />
Cooper 2016 e Ros 2018).<br />
Referências bibliográficas<br />
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14. Krüger C e Malleyeck, I. Congenital syphilis:<br />
still a serious, under-diagnosed threat for children<br />
A prevenção e o efetivo controle da sífilis<br />
são baseados no uso de preservativos durante<br />
as relações sexuais, pelo fato das mudanças<br />
ocorridas no comportamento sexual<br />
da população em geral. Tal circunstância é<br />
pertinente a contínua associação de sexo-<br />
-drogas, tanto maior qualidade da atenção à<br />
gestante e seus parceiros sexuais durante o<br />
pré-natal quanto na promoção da realização<br />
adequada dos testes diagnósticos para que o<br />
tratamento possa ser realizado de forma precoce<br />
e eficiente. (Costa, 2017; Cooper, 2016;<br />
Araujo, 2006 e Cavalcante 2012).<br />
ETO. Prevalência de Sífilis e fatores associados a<br />
população em situação de rua de São Paulo, Brasil,<br />
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e difícil controle. Rev. bras. epidemiol. São Paulo.<br />
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17. Kalinin Y, Neto AP e Passarelli DHC. Sífilis:<br />
aspectos clínicos, transmissão, manifestações orais,<br />
diagnóstico e tratamento. Odonto. 2015. v. 23, n.<br />
45-46.;<br />
Considerações finais:<br />
Considerada uma grave epidemia, devido<br />
ao crescente número de casos em todo<br />
o território brasileiro e sua capacidade de<br />
acometer o organismo de forma severa e<br />
sistêmica, a sífilis tem deixado em alerta os<br />
órgãos de saúde pública. Portanto, visando<br />
controlar esta epidemia, bem como melhor<br />
a qualidade de vida dos indivíduos afetados,<br />
é de suma importância que as medidas<br />
e orientações sobre a sua prevenção sejam<br />
executadas para que haja a interrupção da<br />
cadeia de transmissão e a diminuição do<br />
número de casos.<br />
NJ e Armelagos GJ. On the origin of the treponematoses:<br />
a phylogenetic approach. PLoS Negl Trop Dis.<br />
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Rodrigues ARM, Netto JJM, Moreira ACA e Goyanna<br />
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com mulheres assistidas na atenção básica<br />
em Sobral, Ceará. DST - J bras Doenças Sex Transm.<br />
2012;24(4):239-245.<br />
0 36<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
ARTIGO 03<br />
Autores:<br />
Aline Borges Cardoso 1 , Brenda Bulsara Costa Evangelista 2 , Ranieri Flávio<br />
Viana de Sousa 3 , Elaine Ferreira do Nascimento 4 , Camilla Soares Sobreira 5 ,<br />
Lívia Mello Villar 6<br />
Soroprevalência de Hepatite B em Crianças:<br />
Uma Revisão Integrativa<br />
RESUMO<br />
Introdução: A infecção pelo HBV é a décima principal causa de morte<br />
em todo o mundo, sendo a maioria das infecções mais frequentes em<br />
crianças das áreas endêmicas. As chances de adquirir a forma crônica são<br />
variáveis conforme a faixa etária. OBJETIVO: discutir, com base na literatura,<br />
sobre a prevalência de Hepatite B em crianças no mundo. METODO-<br />
LOGIA: A presente pesquisa trata-se de uma revisão integrativa, realizada<br />
durante os meses de novembro e dezembro de 2018 na base de dados<br />
Pubmed, através dos descritores: "Prevalence", "Hepatitis B", "child". Foram<br />
utilizados os filtros: artigos publicados nos anos 2014 a 2019, disponíveis,<br />
de forma gratuita, nos idiomas inglês e português e em crianças<br />
de até 18 anos. Em seguida, aplicados os critérios de inclusão e exclusão.<br />
Os trabalhos selecionados foram averiguados conforme as informações<br />
contidas nos resumos e na leitura íntegra de cada um. RESULTADOS: Foi<br />
selecionado um total de 15 artigos. Estes foram inseridos em uma tabela<br />
(Tabela 1) a fim de compará-los. As principais informações foram anexadas<br />
no quadro como: Titulo do da pesquisa, autor, ano, periódico, objetivo<br />
e resultados em relação a presença do marcador pesquisado. DISCUSSÃO:<br />
Muitos dos estudos sobre Hepatite B ainda concentram-se em grupos<br />
específicos e por isso, não existindo um inquérito global preciso, embora<br />
as pesquisas realizadas nos últimos anos divida o mundo em diferentes<br />
faixas de prevalências. A idade em que é adquirida é um dos principais<br />
fatores que influencia nas variações da infecção. O HBV ainda é o maior<br />
causador de morte por câncer hepático, assim, existe a necessidade de<br />
mais estudos para a detecção do vírus. CONCLUSÃO: Este estudo descreve<br />
a epidemiologia e variação de prevalências de infecção por HBV<br />
em algumas regiões do mundo. Esse tipo de pesquisa é imprescindível<br />
para estimar a situação atual de hepatite B, e para avaliar o impacto das<br />
políticas de imunização.<br />
ABSTRACT<br />
Introduction: HBV infection is the tenth leading cause of death<br />
worldwide, and most infections are more common in children in<br />
endemic areas. The chances of acquiring the chronic form vary according<br />
to age group. OBJECTIVE: To discuss, based on the literature,<br />
the prevalence of hepatitis B in children worldwide. METHODOLOGY:<br />
This research is an integrative review, conducted in November and<br />
December 2018 in the Pubmed database, using the keywords: "Prevalence",<br />
"Hepatitis B", "Child". We use the filters: articles published<br />
from 2014 to 2019, available for free in the English and Portuguese<br />
languages and in children under 18 years. It then applied the inclusion<br />
and exclusion criteria. The selected works were verified according<br />
to the information contained in the abstracts and the complete<br />
reading of each one. RESULTS: We selected 15 articles. These were<br />
entered into a table (Table 1) to compare them. The main information<br />
was attached in the table as: Research title, author, year, journal,<br />
objective and results regarding the presence of the researched<br />
marker. DISCUSSION: Many of the hepatitis B studies still focus on<br />
specific groups, so there is no precise global research, although research<br />
in recent years has divided the world into different prevalence<br />
ranges. The age at which it is acquired is one of the main factors that<br />
influence the variations of the infection. HBV is still the leading cause<br />
of death from liver cancer, so more studies are needed to detect<br />
the virus. CONCLUSION: This study describes the epidemiology and<br />
prevalence of HBV infection in some regions of the world. This type<br />
of research is essential for estimating the current status of hepatitis<br />
B and assessing the impact of immunization policies.<br />
Palavras-chave: Crianças, Hepatite B, Soroprevalência, Epidemiologia.<br />
Key words: Child, Hepatitis B, Seroepidemiologic Studies,Epidemiology.<br />
0 38<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Autes: Aline Borges Cardoso1, Brenda Bulsara Costa Evangelista2, Ranieri Flávio Viana de Sousa3, Elaine Ferreira do Nascimento4,<br />
Camilla Soares Sobreira5, Lívia Mello Villar6<br />
ARTIGO 03<br />
Introdução<br />
São reconhecidos cinco vírus causadores<br />
de Hepatites. Hepatite A, B, C, D, E. Devido à<br />
diversidade etiológica das hepatites virais, sua<br />
transmissão ocorre de diferentes maneiras,<br />
sendo que sua prevalência e incidência variam<br />
de acordo com alguns fatores importantes:<br />
Região geográfica, variáveis socioeconômicas,<br />
do próprio agente etiológico e de sua relação<br />
com o hospedeiro (VIANA, et al 2017).<br />
O HBV pertence família Hepadnaviridae,<br />
gênero Orthohepadnavirus. Apresenta genoma<br />
de DNA, parcialmente de fita dupla (ICTV,<br />
1984) e é mais infeccioso que o HIV (SHAO,<br />
et al 2018). Para seu diagnóstico sorológico,<br />
amostras de soro são submetidas a testes imunoenzimáticos<br />
para detecção de antígenos e<br />
anticorpos, onde o HBsAg indica infecção presente,<br />
o anti-HBc infecção prévia, HBeAg infecção<br />
aguda e anti-HBs imunidade (VILLAR,<br />
et al 2015). As principais vias de transmissão<br />
são: a via sexual, parenteral, via vertical (de<br />
mãe para filho), responsável por mais de um<br />
terço das infecções crônicas (PAUL, et al 2018).<br />
A infecção pelo HBV é a décima principal<br />
causa de morte em todo o mundo (WANG,<br />
et al 2018). A maioria das infecções ocorre<br />
nas crianças em áreas endêmicas (SHEDAIN,<br />
et al 2017). As chances de adquirir a forma<br />
crônica são variáveis conforme a faixa etária.<br />
Por exemplo, na fase adulta a probabilidade é<br />
cerca de 5%, todavia, em bebês chega a 30%.<br />
Com isso, para a prevenção e controle, a Organização<br />
Mundial de Saúde recomenda desde<br />
1992, a imunização infantil (PAUL, et al 2018).<br />
Uma dose deve ser administrada dentro de 24<br />
horas após o nascimento e doses posteriores<br />
aos dois e dez meses de idade (PATEL, et al<br />
2016). Através da implementação generalizada<br />
da vacina nos últimos anos, a prevalência<br />
da infecção crônica reduziu entre os grupos de<br />
faixas etárias mais jovens. Estes dados podem<br />
ser observados nas regiões da América do<br />
Norte e Europa Ocidental. Por outro lado, em<br />
muitos países a infecção permanece endêmica,<br />
principalmente nos subsaarianos, atingindo<br />
prevalências de até 8% entre crianças e<br />
jovens de 0 a 19 anos (GOUNDER, et al 2016).<br />
Essas detecções são importantes, pois trazem<br />
a possibilidade de monitorar a eficiência do<br />
programa de vacinação contra o vírus em curto<br />
prazo (IKOBAH, et al 2016).<br />
Em face do exposto, este estudo objetiva<br />
discutir, com base na literatura, sobre a prevalência<br />
de Hepatite B em crianças no mundo.<br />
Metodologia<br />
A presente pesquisa trata-se de uma revisão<br />
integrativa com a temática: “Prevalência de<br />
Hepatite B em crianças no mundo”. Conceitua-<br />
-se como um tipo de pesquisa que possui uma<br />
abordagem metodológica ampla, pois analisa<br />
a literatura disponível de forma abrangente<br />
e discute sobre metodologias e resultados de<br />
outros trabalhos científicos sob a ótica de diversos<br />
autores. Assim, seu principal foco é o<br />
entendimento e a compreensão de uma determinada<br />
temática baseando-se em estudos<br />
publicados anteriormente.<br />
A pesquisa bibliográfica foi realizada durante<br />
os meses de novembro e dezembro de 2018<br />
na base de dados Pubmed, através dos descritores:<br />
"Prevalence", "Hepatitis B", "child" com<br />
o emprego conjunto do operador booleano<br />
“and” entre cada descritor, a fim de, obter uma<br />
maior quantidade de publicações acerca do<br />
tema. Ao realizar a busca com os descritores<br />
foram identificados um total de 5166 artigos e<br />
em seguida, utilizados os seguintes filtros: artigos<br />
publicados nos anos 2014 a 2019, disponíveis,<br />
de forma gratuita, nos idiomas inglês e<br />
português e em crianças de até 18 anos.<br />
Gráfico 1 - Positividade do HBV nos países em estudo<br />
Como critérios de inclusão foram adotados<br />
os artigos que abordavam como assunto<br />
principal: Prevalência de Hepatite B, risco de<br />
infecção e os marcadores sorológicos HbsAg,<br />
HBeAg e Anti-Hbc. Os critérios de exclusão<br />
aplicados foram: artigos que tratam apenas<br />
sobre cobertura vacinal, efetividade de vacina<br />
contra Hepatite B, trabalhos que abordassem<br />
diferentes infecções e co-infecções.<br />
Os trabalhos selecionados foram averiguados<br />
conforme as informações contidas nos<br />
resumos e na leitura íntegra de cada um.<br />
Com isso, foi realizada a extração dos principais<br />
dados que continham informações<br />
relevantes para análise referente à temática<br />
do estudo.<br />
Resultados<br />
Após a metodologia aplicada (fluxograma<br />
1), foi selecionado um total de 15 artigos.<br />
Estes foram inseridos em uma tabela (Tabela<br />
1) a fim de compará-los. As principais informações<br />
foram anexadas no quadro.<br />
Fluxograma 1: Esquema da metodologia aplicada.<br />
0 40<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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Camilla Soares Sobreira5, Lívia Mello Villar6<br />
ARTIGO 03<br />
Discussão<br />
Este foi o primeiro estudo a reunir dados de<br />
diversos países quanto a infecção por Hepatite<br />
B em crianças. Este trabalho demonstra<br />
grande variação da presença do HBV ao redor<br />
do mundo. Os resultados foram avaliados<br />
conforme a presença dos marcadores HBsAg,<br />
anti-HBc e HBeAg. A prevalência do marcador<br />
HbsAg pode classificar-se em: baixa<br />
( 8%) (SANT’ANNA, 2016). A maioria<br />
dos países concentra-se nos menores<br />
índices de prevalência, aproximando-se cada<br />
vez mais de uma das metas do Objetivo de<br />
desenvolvimento sustentável, que consiste<br />
em combater as hepatites até o ano de 2030,<br />
reduzindo a mortalidade infantil em 12-25<br />
por 1.000 nascidos vivos (Agenda 2030).<br />
Dentre estas regiões pode-se destacar a<br />
China (0,2%-1,16%) (SHISHEN, et al 2018,<br />
), Egito(0,04%) (SALAMA, et al 2017), Bangladesh(0,05%)<br />
(PAUL, et al 2018), Coreia<br />
do Sul (0,09%) (LEE, et al 2017), Polinésia<br />
(0,9%)(PEZZOLI, et al 2017) e Polinésia Francesa(0%)(<br />
PATEL, et al 2016). Esses achados<br />
apontam para o sucesso que os programas<br />
vacinais têm alcançado ao redor do mundo,<br />
através do cumprimento rigoroso que estas<br />
nações têm seguido do esquema vacinal. É<br />
importante enfatizar, que para uma soroproteção<br />
eficaz, é necessário a administração<br />
das 3 doses, não importando os níveis de<br />
prevalências; e a pontualidade na imunização<br />
dos recém-nascidos, uma vez que a proteção<br />
dos bebês o mais cedo possível, causa<br />
impacto significativo no ciclo de transmissão<br />
do vírus (PAUL, et al 2018). A prevalência<br />
encontrada no Brasil (0,02%) (CIACCIA, et al<br />
2014), pode indicar outro fator determinante<br />
nesse baixo índice, a faixa etária. Grande<br />
parte dos estudos realizados neste país mostra<br />
que a maioria dos casos positivos foram<br />
entre as idades de 20-40 anos (ANASTACIO,<br />
et al 2008). A Nigéria chama atenção quanto<br />
ao resultado encontrado de 1,2% (IKOBAH,<br />
et al 2016), pois tem divergido da maioria<br />
dos trabalhos realizados neste local, que geralmente<br />
enquadram-se dentro das faixas de<br />
intermediário a altos índices. Por exemplo,<br />
em 2003 CHUKWUKA et al encontraram uma<br />
prevalência de 7,6% de HbsAg em crianças<br />
de 5 a 12 anos de idade. Posteriormente, em<br />
2009, UGWUJA et al no sudeste da Nigéria<br />
estimaram uma positividade de 4,1% na faixa<br />
etária adolescente. Estes achados podem<br />
estar indicando sucesso no controle do HBV<br />
ou podem estar relacionados a diferentes<br />
tamanhos amostrais ou a distintos métodos<br />
de triagem para análise laboratorial entre os<br />
estudos (IKOBAH, et al 2016).<br />
A África lidera em termos de prevalência<br />
(gráfico 1).Os achados encontrados neste<br />
trabalho assemelha-se a maioria dos estudos<br />
feitos nessas regiões, devido sua característica<br />
endêmica. É discutível se fatores<br />
culturais, sociais, econômicos, genéticos,<br />
populacionais, geográficos ou históricos<br />
possam ter alguma influência na positividade<br />
encontrada (NUNES, et al 2004). Contudo,<br />
localizar precisamente as causas da<br />
transmissão em países subdesenvolvidos<br />
é um desafio, pois a infecção não está relacionada<br />
apenas aos comportamentos de<br />
risco (uso de drogas, múltiplos parceiros,<br />
homossexuais masculinos, hemodialisados),<br />
como observado nos países desenvolvidos.<br />
Assim, diversos fatores podem influenciar<br />
na cadeia de transmissão do HBV,<br />
por exemplo, os portadores crônicos infectantes,<br />
a multiplicidade de formas de exposição<br />
ao vírus, infectados assintomáticos<br />
(ASSIS, et al 2004), dificuldades de acesso<br />
a saúde, falta de informação, recursos limitados,<br />
incompletude vacinal e os desafios<br />
logísticos colocados pela alta taxa de nascimentos<br />
domiciliares (PAUL, et al 2018). A<br />
maioria dos estudos sobre Hepatite B ainda<br />
concentram-se em grupos específicos e por<br />
isso, ainda não existe um inquérito global<br />
preciso, embora as pesquisas realizadas nos<br />
últimos anos divida o mundo em diferentes<br />
faixas de prevalências. A idade em que é<br />
adquirida é um dos principais fatores que<br />
influencia nas variações da infecção. O HBV<br />
ainda é o maior causador de morte por câncer<br />
hepático, assim, existe a necessidade<br />
de mais estudos para a detecção do vírus,<br />
principalmente, em crianças e jovens, uma<br />
vez que, as chances de avanço para a cronicidade<br />
são maiores (MATOS, 2007).<br />
Conclusão<br />
Este estudo descreve a epidemiologia e variação<br />
de prevalências de infecção por HBV<br />
em algumas regiões do mundo. Esse tipo de<br />
pesquisa é imprescindível para estimar a situação<br />
atual de hepatite B, e para avaliar o<br />
impacto das políticas de imunização. Ainda<br />
existem locais que precisam de atenção e<br />
estratégias de controle da infecção, mas com<br />
aplicação de medidas eficazes de soroproteção<br />
e educação em saúde pública, o controle<br />
do HBV será eficazmente alcançado.<br />
0 42<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Autes: Aline Borges Cardoso1, Brenda Bulsara Costa Evangelista2, Ranieri Flávio Viana de Sousa3, Elaine Ferreira do Nascimento4,<br />
Camilla Soares Sobreira5, Lívia Mello Villar6<br />
ARTIGO 03<br />
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0 44<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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GESTÃO LABORATORIAL<br />
Sistema de Benchmarking<br />
Apoio à Decisão em laboratórios<br />
Ressalto inicialmente dois fatos. PRIMEIRO:<br />
nos livros que escrevi e em outras publicações<br />
cunhei a expressão “Primeira disrupção”,<br />
vivenciada pelos laboratórios do Brasil. Digo que<br />
esta disrupção gerou um problema gigantesco<br />
sintetizado por: redução significativa da<br />
competitividade empresarial acompanhada<br />
pelo aumento no risco de insolvência dos<br />
laboratórios. As duas causas fundamentais<br />
disto são o excesso de capacidade produtiva<br />
instalada frente à demanda de exames e a<br />
socialização da medicina, dentre um conjunto<br />
de outras causas, que levaram, de uma forma<br />
geral, a uma queda brutal na precificação<br />
dos exames. SEGUNDO: em um artigo<br />
anterior escrevi que estamos vivendo, talvez<br />
os tempos mais difíceis desta geração, em<br />
função da COVID – 19. A luta é literalmente<br />
pela sobrevivência física e evitando a falência<br />
jurídica, contudo, creio que haverá mais<br />
falências do que falecidos. Não tem espaço<br />
para discussão moral: uma única vida perdida<br />
não tem preço que quantifique! Que isto fique<br />
bem claro. A proposta foi analisar os fatos e<br />
constatações na área econômica e financeira<br />
para embasar os decisões pequenos gerenciais e médios no âmbito laboratórios dos laboratórios do<br />
clínicos.<br />
País. O estudo levou em conta a “Margem<br />
relação à produção – MLL%”; os “Custos fixos – CF”; o<br />
líquida “Lucro”; a de “Margem lucro de em contribuição”; relação a à “Produção” produção e, por –<br />
fim, o “PRAZO DE RECUPERAÇÃO” do “shutdown<br />
MLL%”; econômico”. os “Custos fixos – CF”; o “Lucro”; a<br />
“Margem precisão/exatidão de contribuição”; na proporção direta a do “Produção” aumento da taxa e,<br />
de crescimento do percentual produzido em relação à<br />
por produção fim, normalmente o “PRAZO realizada DE RECUPERAÇÃO” pelo laboratório. Dito do de<br />
outra forma, os resultados serão mais verdadeiros se o<br />
“shutdown laboratório não econômico”.<br />
produzir exames durante o “Isolamento<br />
• O estudo levou em conta a “Margem líquida de lucro em<br />
• Finalmente, o estudo apresenta perda progressiva da<br />
social” e serão nulos se o laboratório tiver uma produção<br />
igual aos tempos de normalidade.<br />
• RESULTADOS:<br />
RESULTADOS:<br />
MLL%<br />
Prazo de recuperação do shutdown<br />
5,00% 11 meses<br />
10,00% 6 meses<br />
15,00% 4 meses e 10 dias<br />
20,00% 3 meses e 15 dias<br />
• ANÁLISE E DISCUSSÃO<br />
Fica evidente que os laboratórios com menor rentabilidade<br />
vão demorar mais tempo para se recuperarem. Este fato já<br />
Quais as Prováveis Consequências?<br />
1. Empobrecimento generalizado (pelo menos<br />
transitoriamente) dos laboratórios clínicos.<br />
2. Queda na competitividade empresarial.<br />
3. Aumento do risco de insolvência.<br />
4. Aumento da ocorrência de inadimplências<br />
na cadeia produtiva das análises clínicas,<br />
impactando em todos os fornecedores de<br />
insumos: reagentes, controles, calibradores,<br />
equipamentos e afins (Câmara Brasileira de<br />
Diagnóstico Laboratorial – CBDL); laboratórios<br />
de apoio; prestadores de serviços terceirizados<br />
(Contadores etc.); Sindicatos; Sociedades<br />
Científicas (SBAC, SBPC) e, até mesmo, os<br />
Conselhos Profissionais. Ninguém escapará de<br />
compartilhar os prejuízos, pois toda a riqueza<br />
começa nos laboratórios, e como vimos, eles<br />
serão duramente atingidos.<br />
Estes dois eventos históricos (a primeira disrupção<br />
e a COVID-19), denotam indubitavelmente, mais<br />
do que nunca será imprescindível que os<br />
pequenos e médios laboratórios adotem<br />
um sistema de gestão profissional. Não<br />
há mais espaço para amadorismo nos negócios<br />
na área das análises clínicas. O futuro destas<br />
organizações dependerá disto!<br />
A Importância dos Pequenos e Médios<br />
Laboratórios Clínicos: não obstante<br />
ignorarmos o seu número exato no Brasil,<br />
podemos considerar de uma forma aproximada<br />
que é grande o contingente de pessoas que<br />
trabalham nos pequenos e médios laboratórios,<br />
os quais sabidamente são os que geram o<br />
maior número de empregos do setor no País<br />
(Entre empregados e familiares, estimamos<br />
um universo de 400.000 pessoas). Ainda, a<br />
grande capilaridade dos serviços de recepção e<br />
coleta, permite atender uma enorme população<br />
disseminada em grandes extensões territoriais,<br />
que sem os pequenos e médios laboratórios,<br />
certamente enfrentariam dificuldades quase<br />
intransponíveis para receberem atenção básica<br />
em saúde (estimamos em meio milhão de<br />
pessoas diariamente). Finalmente, segundo a<br />
literatura médica, “70% das decisões tomadas<br />
pelos profissionais de saúde, estão baseadas<br />
nos resultados dos exames laboratoriais, os<br />
quais fornecem informações que podem ser<br />
utilizadas para fins de diagnóstico e prognóstico,<br />
prevenção, grau de risco para determinadas<br />
doenças, definição de tratamentos e até<br />
mesmo, em alguns casos, evitar os que<br />
podem ser desnecessários”. Portanto, ajudar<br />
na sobrevivência destas pequenas e médias<br />
empresas é fundamental para a saúde pública.<br />
Com este objetivo é que desenvolvemos um<br />
sistema de gestão econômica acessível à estas<br />
organizações, que requer poucos dados de<br />
entrada, implantado à distância, sem custos<br />
e que fornece um conjunto de importantes<br />
informações para o auxilia às decisões dos<br />
gestores laboratoriais. Veja a seguir.<br />
Sistema de Benchmarking - Apoio à Decisão<br />
A utilização de um Sistema de Apoio à<br />
Decisão (SAD) decorre, fundamentalmente,<br />
da competição cada vez maior entre as<br />
organizações, bem como da necessidade de<br />
obter de forma rápida, informações cruciais para<br />
a tomada de decisões. Um SAD é responsável por<br />
era logicamente esperado, o estudo visou quantificar este<br />
0 46<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
lapso de tempo para a recuperação. No caso destes
captar e elaborar informações contidas em uma<br />
base de dados, transformando-os em vantagem<br />
competitiva, pela tomada de decisões de forma<br />
inteligente. Com esta finalidade, desenvolvemos<br />
• Análise das causas prováveis dos problemas<br />
identificados, também via processo de<br />
benchmarking competitivo e de colaboração<br />
com âmbito nacional, que estabelece valores<br />
De acordo com o Modelo de Excelência da<br />
Gestão (MEG)®, da FNQ, o benchmarking é<br />
uma importante ferramenta para a tomada<br />
de decisão das organizações, tema abordado<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
o SISTEMA DE BENCHMARKING – APOIO À<br />
referenciais (metas) de laboratórios<br />
no Fundamento Pensamento Sistêmico. Essa<br />
DECISÃO, fundamentado em sólido banco de<br />
do Brasil, para todos os indicadores de<br />
prática pode ajudar as organizações a definirem<br />
dados e um modelo analítico, contemplando<br />
desempenho (ID’s).<br />
referenciais comparativos pertinentes,<br />
de forma ampla a realidade dos laboratórios<br />
utilizando-os para avaliar sua competitividade<br />
clínicos de pequeno e médio portes. O sistema<br />
• Informações para soluções dos<br />
em relação a outras organizações de referência,<br />
gera informações vitais para o sucesso destas<br />
problemas, geradas por meio de dezenas de<br />
em indicadores importantes para o sucesso do<br />
empresas, mediante inúmeras alternativas<br />
análises qualitativas e quantitativas.<br />
negócio. Por que fazer benchmarking?<br />
quantificadas de alocação dos recursos físicos,<br />
A) Estimular a implantação de novas práticas<br />
financeiros e humanos, para a obtenção dos<br />
e padrões a partir das melhores práticas;<br />
melhores resultados organizacionais. Trata-<br />
B) Estabelecer metas a partir dos melhores<br />
se de SUPORTE CIENTÍFICO ÀS DECISÕES dos<br />
desempenhos; C) Apoiar o processo decisório,<br />
gestores laboratoriais.<br />
tornando-o mais robusto e sistêmico; D)<br />
Quebrar os paradigmas existentes, facilitando o<br />
Objetivo: disponibilizar uma ferramenta<br />
para a tomada prática e rápida de decisões<br />
com fundamento matemático, mediante um<br />
conjunto de produtos integrantes do método<br />
de gestão, agilizando a implantação das ações<br />
corretivas e preventivas visando aumentar a<br />
competitividade e reduzir o risco de insolvência<br />
dos laboratórios.<br />
Generalidades: a base do sucesso do<br />
SISTEMA DE BENCHMARKING – APOIA<br />
À DECISÃO (SB – AD) é o seu banco de<br />
dados. Sem sombra de dúvidas, aqui<br />
a utilização do conceito de “Big data”<br />
é pertinente. Aproximadamente uma<br />
centena de laboratórios geram milhões<br />
de dados, envolvendo mais de trezentos<br />
processo de mudança.<br />
Produtos:<br />
• Diagnóstico de problemas através da<br />
mensuração da competitividade e<br />
do risco de insolvência dos laboratórios<br />
clínicos. Isto somente é possível por meio de<br />
um PROCESSO EXCLUSIVO DE BENCHMARKING<br />
COMPETITIVO E DE COLABORAÇÃO com<br />
âmbito nacional.<br />
indicadores de desempenho ao longo do<br />
tempo. Por sua vez, os indicadores são<br />
compostos de variáveis, que muitas vezes<br />
são constituídas de inúmeros componentes<br />
e assim sucessivamente numa progressão<br />
quase geométrica. Os produtos do sistema<br />
transformam este turbilhão de dados em<br />
informações rápidas e úteis para a tomada de<br />
decisão dos gestores laboratoriais.<br />
Conceitos e objetivos: Benchmarking<br />
é um método de aprendizado que significa<br />
comparar-se e aprender com os melhores,<br />
adaptando as práticas e os resultados à realidade<br />
da organização, com melhorias significativas.<br />
O produto Sistema de Benchmarking<br />
- Apoio à Decisão é regido por quatro<br />
princípios: Reciprocidade; Analogia; Medição<br />
e Validade. Este método torna o produto<br />
justo, com comparações efetivas, confiáveis<br />
e pertinentes, portanto, válidas. Trata-se de<br />
um benchmarking competitivo, entretanto,<br />
de cooperação. Este é o seu grande diferencial,<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 47
GESTÃO LABORATORIAL<br />
além do ineditismo dos seus indicadores<br />
de desempenho (ID’s). O produto abrange<br />
dezenas de ID’s contemplando: custos fixos<br />
(17); variáveis (8); ticket médio; grau de<br />
alavancagem operacional; produtividade<br />
dos colaboradores; produtividade dos custos<br />
fixos; produtividade dos custos variáveis;<br />
ponto de equilíbrio; custo percentual da<br />
força de trabalho; eficiência do modo de<br />
produzir; custo por exame; lucro por exame;<br />
margem de lucro por exame; margem de<br />
contribuição em reais e percentual; razão<br />
operacional, margem de segurança e matriz<br />
das perspectivas empresariais, dentre outros.<br />
O grande diferencial do produto é o Relatório<br />
de Gestão que o cliente recebe a primeira<br />
vez com uma análise dos ID’s, de forma<br />
sintética, detalhada, mensurada, comparada<br />
e criticada! Com base nesta demonstração,<br />
os gestores laboratoriais não têm nenhuma<br />
dificuldade em elaborar novos relatórios, a<br />
não ser tomar as ações corretivas e preventivas<br />
identificadas. Finalmente, todos os indicadores<br />
de desempenho são apresentados em valores<br />
absolutos e gráficos, sendo os desvios (deltas<br />
absolutos e %) calculados considerando as<br />
estatísticas do banco de dados. Consideramos<br />
este produto como sendo um sistema de<br />
gestão profissional, sintetizado na sua<br />
essência, não sendo mais possível produzir<br />
tanta informação importante, de forma<br />
fácil e rapidamente acessível aos gestores<br />
laboratoriais, com tão poucos dados de<br />
entrada. Nunca o apoio às decisões foi tão<br />
simples, completo, científico e acessível:<br />
identificação de problemas (diagnóstico)<br />
e análise de causas, proporcionando a<br />
visualização das ações corretivas e preventivas.<br />
Questões Fundamentais para os Gestores<br />
Se o gestor do laboratório não souber responder<br />
estas questões, ele poderá até estar lucrando<br />
bem, entretanto, ainda assim, não controlará de<br />
forma adequada a empresa.<br />
• Qual o nível de competitividade do laboratório<br />
comparado com a concorrência?<br />
• Qual o grau do risco de insolvência da<br />
organização?<br />
• Em que processos devem ser alocados os<br />
recursos físicos, financeiros e humanos para<br />
atingir metas desejadas?<br />
• Com os recursos disponíveis quais os melhores<br />
resultados possíveis?<br />
• Quais serão as margens de lucro e as<br />
rentabilidades do negócio para os mais diversos<br />
cenários de vendas?<br />
• Qual o ponto de equilíbrio do laboratório?<br />
• Em caso de expansão do laboratório ou ainda, da<br />
abertura de um novo negócio, que lucro esperar?<br />
• Qual a forma e momento de mudar a operação<br />
do negócio?<br />
• Quais as causas dos problemas econômicos do<br />
laboratório?<br />
• Que ações corretivas e preventivas devem ser<br />
tomadas?<br />
• Qual a repercussão no lucro do laboratório?<br />
O SISTEMA DE BENCHMARKING - APOIO À<br />
DECISÃO responde todas estas questões!<br />
Finalmente, recomendamos que se busquem<br />
informações sobre o nosso trabalho junto aos<br />
nossos clientes, pois são eles, em última análise,<br />
que tem autoridade para isto. Visitem o nosso<br />
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Efetivamente, o SISTEMA DE BENCHMARKING<br />
– APOIO À DECISÃO é um produto de TI que<br />
contribui de forma definitiva para auxiliar os<br />
gestores laboratoriais a tomarem as decisões<br />
mais assertivas na importante área econômica,<br />
que define não só a sobrevivência, mas os lucros<br />
no presente e no futuro. Não há alternativa<br />
honesta possível a não ser gestão baseada em<br />
evidências científicas. É o que oferecemos aos<br />
nossos clientes: gestão profissional para um<br />
futuro perene! Esperando termos contribuído<br />
para os negócios na área das análises clínicas,<br />
nos despedimos até a próxima edição da <strong>Revista</strong><br />
NewsLab.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
Humberto Façanha<br />
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Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />
Humberto Façanha<br />
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*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e Engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), curso<br />
de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
0 48<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
MATÉRIA DE CAPA<br />
0 50<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | | Jun/Jul 2020 2020
ECO Diagnóstica: Líder em testes para Covid-19<br />
Com mais de 4 milhões de kits comercializados Os testes IgG e IgM da ECO Diagnóstica receberam<br />
inclusive um atestado de qualidade<br />
desde o início da pandemia e com 100%<br />
de produção nacional, a ECO Diagnóstica é emitido pela Fiocruz. Dos cinco primeiros<br />
a principal fornecedora dos testes rápidos registros da doença, quatro foram identificados<br />
por meio de testes da empresa. Em<br />
de detecção de anticorpos IgG e IgM para<br />
Covid-19 no país. Eles estão presentes em sua fábrica em Corinto-MG, são produzidos<br />
conceituados hospitais e laboratórios clínicos, 100 mil novos testes por dia, com uso de<br />
como Albert Einstein, Fleury, Hermes Pardini matéria-prima e tecnologia importadas da<br />
e Sabin, ressalta o CEO Vinícius Pereira.<br />
Coreia do Sul.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Testes com excelência contra a Covid-19<br />
No último dia 09 de junho de 2020, foi publicada<br />
a primeira avaliação de ensaios de<br />
proficiência dos métodos de detecção de<br />
SARS-CoV-2, pela Controllab. O Ensaio de Proficiência,<br />
também conhecido como Controle<br />
de Qualidade Externo ou simplesmente Controle<br />
Externo é uma ferramenta eficaz para<br />
determinar o desempenho da fase analítica<br />
do laboratório. A ECO Diagnóstica teve o teste<br />
com maior número de participantes: 36 laboratórios,<br />
sendo 45,6% (36/79) do total geral.<br />
O Covid-19 IgG/IgM ECO Teste, apresentou<br />
alto desempenho na detecção de anticorpos<br />
contra o novo coronavírus, assegurando<br />
maior qualidade e precisão no diagnóstico,<br />
suprindo as necessidades e urgências do sistema<br />
de saúde no Brasil.<br />
COVID-19 IgG/IgM ECO Teste<br />
Detecção diferenciada do IgG e IgM<br />
Amostra de sangue, soro ou plasma<br />
Resultado em 10-15 minutos<br />
Registro MS: 80954880132<br />
COVID-19 Ag ECO Teste<br />
Ideal para pessoas assintomáticas/sintomáticas<br />
Amostra de swab nasofaringe<br />
Swab incluso no kit<br />
Resultado em 15-30 minutos<br />
Registro MS: 90954880133<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020 0 51
MATÉRIA DE CAPA<br />
Lançamento<br />
ECO Diagnóstica<br />
COVID-19 Ag ECO Teste<br />
O mais recente lançamento é o teste para<br />
detecção de antígeno (Ag), batizado de<br />
COVID-19 Ag ECO Teste, inédito no Brasil, o<br />
teste possibilita a detecção qualitativa específica<br />
de antígenos (Ag) do SARS-CoV-2, em<br />
amostras de nasofaringe. O seu diferencial é<br />
a possibilidade de realização já no segundo<br />
dia de contaminação. O kit vem pronto para<br />
uso, incluindo o swab de coleta, e o equipamento<br />
de proteção individual (EPI) é o mesmo<br />
utilizado no teste de amostra de sangue.<br />
“O resultado leva apenas de 15 a 30 minutos<br />
para ficar pronto”, acrescenta Pereira.<br />
O executivo ressalta que o teste de antígeno<br />
(Ag), combinado com o de detecção os<br />
anticorpos, contribui para a diminuição da<br />
janela imunológica do paciente. Ele é especialmente<br />
útil para triagem de pessoas e correto<br />
encaminhamento ao hospital, ajudando<br />
a identificar casos suspeitos e incentivando o<br />
isolamento mais rápido.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020 0 53<br />
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PUBLIEDITORIAL<br />
Bases para utilização de testes de anticorpos para Covid-19<br />
Quase todos os indivíduos imunocompetentes desenvolverão uma resposta imune após a infecção por SARS-CoV-2.<br />
Os testes moleculares, do tipo RT- PCR, detectam<br />
o material genético do vírus e, assim, são<br />
considerados o padrão ouro. Contudo, os testes<br />
sorológicos podem desempenhar um papel importante<br />
na luta contra o COVID-19, ajudando a<br />
identificar indivíduos que desenvolveram uma<br />
resposta imune ao SARS-CoV-2, mesmo assintomáticos.<br />
Outras aplicações e questões a serem<br />
melhor entendidas são a eficácia dos anticorpos<br />
em conferir redução na gravidade da infecção, a<br />
duração da imunidade e a própria utilidade do<br />
plasma convalescente para tratamento.<br />
Sobre anticorpos para SARS-CoV-2<br />
• Anticorpos IgM e IgG para SARS-CoV-2 surgem<br />
quase simultaneamente no soro dentro de 2 a 3<br />
semanas após o início da doença. Assim, a detecção<br />
de IgM sem IgG é incomum. Esta é uma grande<br />
diferença em relação a outras doenças e quanto<br />
ao conceito de fase aguda e crônica. O tempo de<br />
permanência é muito variável.<br />
• O marcador mais sensível e precoce é o anticorpo<br />
total, não diferenciando entre IgG e IgM ou IgA.<br />
• Em torno da terceira e quarta semana, ocorre<br />
a soroconversão de IgG e IgM e os níveis de IgM<br />
entram em declínio por volta da quinta semana,<br />
desaparecendo em torno da sétima semana<br />
• Algumas pessoas podem não desenvolver<br />
anticorpos detectáveis após a infecção por coronavírus.<br />
Em outras, é possível que os níveis de anticorpos<br />
diminuam ao longo do tempo para níveis<br />
indetectáveis.<br />
• Os resultados dos testes sorológicos no início<br />
da infecção não indicam com segurança a presença<br />
ou ausência de infecção atual ou prévia com<br />
SARS-CoV-2.<br />
• Os testes para IgM podem apresentar reação<br />
falso-positiva e o ideal, segundo o CDC (Center for<br />
Disesase Control) dos Estados Unidos, seria aplicar<br />
algoritmo ortogonal (teste positivo repetido em<br />
novo teste diferente, formato ou antígenos). Veja<br />
a tabela 1 sobre o Valor Preditivo Positivo (VPP)<br />
utilizando um ou dois testes de acordo com a prevalência<br />
na população.<br />
• O teste sorológico não deve ser usado para determinar<br />
o status imunológico dos indivíduos até<br />
que a presença, durabilidade e duração da imunidade<br />
sejam estabelecidas.<br />
• É importante que o teste tenha uma elevada<br />
especificidade e que sejam testados indivíduos<br />
com elevada probabilidade pré-teste.<br />
• Tem sido um desafio obter metodologias que<br />
possam ser o padrão para que a sensibilidade possa<br />
ser mensurada nos indivíduos assintomáticos.<br />
Sobre testes rápidos e outras metodologias<br />
(ELISA, FIA, CLIA e ECLIA)<br />
Os testes rápidos ou imunocromatográficos possuem<br />
limitações devido à imprecisão e diversas<br />
entidades nacionais e internacionais têm buscado<br />
a validação dos testes, que têm sido amplamente<br />
ofertados no mercado diagnóstico.<br />
Outros testes em ensaios do tipo ELISA,<br />
FIA, CLIA e ECLIA<br />
São testes automatizados, que podem ser feitos<br />
de forma padronizada, com características de design<br />
que os torna mais sensíveis e específicos.<br />
Limitações<br />
O antígeno apropriado a ser usado na detecção<br />
de anticorpos circulantes contra SARS-CoV-2 ainda<br />
não foi definido, sendo alguns dirigidos contra<br />
a proteína spike e outros contra o nucleocapsideo.<br />
Como existe elevada homologia antigênica com<br />
outros coronavirus, a seleção do antígeno é fundamental<br />
para especificidade.<br />
Apesar da elevada sensibilidade e especificidade<br />
dos testes sorológicos disponibilizados para determinação<br />
de IgG, IgM ou anticorpos totais, deve-se<br />
observar a dependência dos mesmos da dinâmica<br />
temporal da infecção (resposta imunológica e níveis<br />
de anticorpos) e dados de prevalência.<br />
Em resumo, os dados demonstram que os testes<br />
sorológicos, mesmo em plataformas automatizadas,<br />
apresentam baixa sensibilidade antes de 14 dias da<br />
infecção e são inadequados para o diagnóstico.<br />
Reações cruzadas podem ocorrer com outros coronavirus,<br />
influenza, Epstein Barr, dengue, dentre outros.<br />
Sumário das indicações de testes sorológicos<br />
para SARS-CoV-2<br />
1. Estudo de soro prevalência em nível<br />
populacional, ou seja, determinar a extensão<br />
da infecção por COVID-19 em uma comunidade.<br />
2. Determinar se uma pessoa teve uma<br />
resposta imune ao SARS-CoV-2, independentemente<br />
se teve sintomas ou não. No<br />
momento, não há dados suficientes para determinar<br />
se uma resposta imune confere ou não imunidade<br />
ou por quanto tempo.<br />
3. O teste sorológico pode ser oferecido<br />
como um método para apoiar o diagnóstico<br />
da doença aguda COVID-19 para pessoas<br />
que se apresentam 9 a 14 dias após o início da doença,<br />
principalmente com quadro clínico sugestivo<br />
e testes de detecção direta, PCR não detectado.<br />
4. Identificar pessoas com resposta de<br />
anticorpos para servirem como doadores<br />
de plasma convalescentes.<br />
Assessoria Médica Lab Rede<br />
Referências<br />
1. Tang MS, Hock KG, Logsdon NM, et al. Clinical Performance of Two SARS-<br />
-CoV-2 Serologic Assays [published online ahead of print, 2020 May 13]. Clin<br />
Chem. 2020;hvaa120. doi:10.1093/clinchem/hvaa120. 2. Interim Guidelines<br />
for COVID-19 Antibody Testing Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/lab/resources/antibody-tests-guidelines.html.<br />
Última consulta<br />
em 08/06/2020. 3. Serological testing for SARS-CoV-2 antibodies Disponível<br />
em https://www.ama-assn.org/delivering-care/public-health/serological-testing-sars-cov-2-antibodies.<br />
Última consulta em 08/06/2020. 4. EUA Authorized<br />
Serology Test Performance. Disponível em: https://www.fda.gov/medical-devices/emergency-situations-medical-devices/eua-authorized-serology-test-performance.<br />
Última consulta em 08/06/2020.<br />
Principal interpretação para qualquer teste<br />
sorológico Positivo para SARS-CoV-2<br />
Os testes sorológicos podem ser usados como<br />
parte de um algoritmo de teste para documentar a<br />
soroconversão e corroborar uma suspeita de contato<br />
anterior com o COVID-19 .<br />
Ou seja, identificar casos prováveis, aplicados em<br />
conjunto com outros testes de diagnóstico, histórico<br />
clínico, etc.<br />
Orientação Geral<br />
Até que haja mais evidências sobre imunidade protetora,<br />
os resultados dos testes sorológicos não devem ser<br />
usados para tomar decisões relativas à necessidade de<br />
equipamento de proteção ou necessidade de descontinuar<br />
as medidas de distanciamento social.<br />
0 56<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
MINUTO LABORATÓRIO<br />
As crianças estão imune ao<br />
Covid -19?<br />
Por Fábia Bezerra<br />
Fábia Bezerra *<br />
Fábia Bezerra, Biomédica, com mais de 20 anos na<br />
área Laboratorial. Consultora e Auditora na Empresa<br />
Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />
Email: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />
Embora o número de casos seja pequeno, é<br />
um fato que as crianças são as menos contaminadas<br />
e para os pesquisadores, ainda não<br />
está claro o fato do vírus não ter tropismo em<br />
crianças. Sabe-se, porém que a baixa incidência<br />
está relacionada a fatores do próprio vírus,<br />
que é pouco agressivo nesta faixa etária como<br />
também fatores ambientais, já que a epidemia<br />
começou durante o período de férias escolares,<br />
o que justificaria a pouca disseminação entre<br />
este grupo.<br />
“Pode ser que o vírus tenha afetado mais<br />
adultos até o momento porque houve transmissões<br />
em locais de trabalho e em ambientes<br />
de viagem”, pondera Sanjay Patel, consultor<br />
de doenças infecciosas pediátricas no Hospital<br />
Infantil de Southampton, na Inglaterra. “Agora<br />
que vemos mais adultos estando com seus<br />
filhos, podemos ver um aumento no número<br />
de infecções em crianças, ou não.” Ele ainda<br />
ressalta que, é bem possível que mais crianças<br />
– do que as divulgadas até o momento, estejam<br />
infectadas, pois elas não foram testadas<br />
em larga escala, então, isso reforça ainda mais<br />
sua tese.<br />
Outra hipótese bastante discutida no momento<br />
é a de que o coronavírus parece usar o receptor<br />
da enzima conversora de angiotensina<br />
2 (ECA-2) para esse propósito. Pode ser que as<br />
crianças tenham menos receptores de ECA-2<br />
em suas vias inferiores (pulmão) do que nas<br />
vias superiores, e por isso as vias superiores<br />
(nariz, boca e garganta) serem mais afetadas.”<br />
Isso esclareceria o fato da maioria das crianças<br />
infectadas , apresentarem sintomas que não<br />
passam de resfriado.<br />
Para o consultor pediátrico honorário na Universidade<br />
de Southampton, Graham Roberts,<br />
“Crianças parecem acumular mais respostas (a<br />
infecções virais) do que os adultos, como febres<br />
altas, que não são tão frequentes nos adultos<br />
e é bem possível que o sistema imune infantil<br />
seja mais bem equipado para controlar o vírus,<br />
restringi-lo às vias aéreas superiores sem causar<br />
grandes problemas adicionais e eliminá-lo.”<br />
Por possuírem sistema imune ainda em desenvolvimento,<br />
as crianças são alvo fácil para versões<br />
graves de gripe como a influenza e pneumonia,<br />
por exemplo. Entretanto, no caso do<br />
covid-19, suspeita-se que a imaturidade seja<br />
de alguma forma positiva, fazendo com que a<br />
reação viral seja mais mitigada frente ao vírus.<br />
Segundo o Dr.Renato Kfouri – infectologista<br />
do Departamento Cientifico de Imunizações<br />
da Sociedade Brasileira de Pediatria ( SBP ), “<br />
às vezes, o que faz o vírus ser mais agressivo é<br />
uma resposta imune exagerada ou desregulada,<br />
que gera um processo infamatório por trás<br />
da doença”. Contudo, a Organização Mundial<br />
da Saúde pede cautela, o comportamento do<br />
vírus ainda está sendo estudado. Portanto, não<br />
podemos afirmar que as crianças estão protegidas<br />
e, mesmo que apresentem sintomas leves<br />
ou inexistentes, elas podem sim, transmitir<br />
o vírus ,logo, os manejos de precaução são os<br />
mesmos indicados para adultos.<br />
Portanto, é muito importante conversar<br />
com as crianças sobre o covid-19, explicar<br />
a elas sobre os cuidados extras de higiene e<br />
distanciamento social, acolhendo suas angustias<br />
de forma que não sintam medo por<br />
terem que mudar tanto suas rotinas, pois é<br />
uma situação transitória e que estes cuidados<br />
são para proteger, não só a eles, como a<br />
família e amiguinhos.<br />
FONTES:<br />
https://www.bbc.com/portuguese/geral-52152324<br />
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_<br />
abstract&pid=S1809-98232008000200259&lng<br />
=pt&nrm=iso<br />
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/<br />
nid/criancas-pegam-menos-coronavirus-saiba-como-a-doenca-afeta-os-pequenos/<br />
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/o-<br />
-novo-coronavirus/<br />
https://medprev.online/blog/coronavirus-o-<br />
-que-os-grupos-de-risco-precisam-saber.html<br />
https://www.who.int/emergencies/diseases/<br />
novel-coronavirus-2019<br />
0 58<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2020
RADAR CIENTÍFICO<br />
COVID-19: O Teste de Anticorpos é Essencial<br />
Introdução<br />
A COVID-19 (doença coronavírus 2019) é a doença resultante da infecção<br />
pelo vírus SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave coronavírus<br />
2).1,2 Os coronavírus são uma família de vírus de RNA encontrados em animais,<br />
mas devido a mutações, tornaram-se patógenos humanos (Tabela<br />
1). Os quatro coronavírus associados com doenças respiratórias leves em<br />
humanos são bem caracterizados e altamente endêmicos.<br />
Tabela 1:<br />
O surgimento dos patógenos SARS-CoV e MERS-CoV (síndrome respiratória<br />
do Oriente Médio coronavírus) criaram uma significante preocupação<br />
nos últimos anos, mas demonstraram uma transmissão limitada<br />
de humano para humano e os esforços para sua mitigação foram um sucesso.<br />
Por outro lado, o SARS-CoV-2 é altamente contagioso, é transmitido<br />
eficientemente de humano para humano e causou uma pandemia<br />
global. Esse vírus pode sobreviver por um longo período (horas a dias)<br />
sob muitas condições ambientais.<br />
Mecanismo da Infecção<br />
A estrutura do SARS-CoV-2 é mostrada na Figura 1. Trata-se de um<br />
vírus de RNA ligado à membrana com quatro proteínas estruturais<br />
principais: spike (S), envelope (E), membrana (M) e nucleocapsídeo<br />
(N). 3 A proteína spike é uma glicoproteína transmembranar encontrada<br />
no exterior do vírus que reconhece e se liga ao receptor da enzima<br />
conversora de angiotensina 2 (ACE2) nas células humanas. Os<br />
receptores ACE2 são expressos em vários tipos de tecidos, incluindo<br />
os pulmões, o coração e o intestino. 4<br />
Após a ligação inicial, uma conformação desencadeia a fusão mediada<br />
pela S2, permitindo que o vírus entre na célula e inicie a replicação.<br />
Como a proteína spike, particularmente a porção RBD, é essencial para<br />
a infecção, muitas vacinas em desenvolvimento a tem como alvo. 7,8<br />
A proteína N está localizada no interior do vírus e está estruturalmente<br />
ligada ao RNA. Funciona tanto no ciclo de replicações quanto<br />
em processos relacionados ao genoma viral. As proteínas virais M<br />
e E estão envolvidas na montagem e na maturação viral. Os testes<br />
sorológicos para SARS-CoV-2 tem como principal alvo a detecção de<br />
anticorpos dirigidos contra as proteínas S ou N.<br />
A proteína spike é dividida em duas regiões funcionais: S1 e S2 (Figura<br />
2). A S1 contém uma região importante denominada domínio de<br />
ligação ao receptor (receptor-binding domain ou RBD). O RBD é uma<br />
porção da proteína spike que se liga diretamente ao receptor ACE2.<br />
Comparado aos outros coronavírus humanos, o SARS-CoV-2 RBD parece<br />
ter uma afinidade de ligação muito maior ao receptor humano. 5,6<br />
As comparações de sequência do SARS-CoV-2 RBD mostram uma diferença<br />
considerável em comparação aos outros coronavírus, incluindo<br />
o SARS-CoV, responsável pela maior afinidade. A alta afinidade de<br />
ligação contribui significativamente para o alto contágio.<br />
Figura 1: A seleção inteligente do antígeno S1RBD para detectar anticorpos que<br />
pode bloquear a entrada do vírus nas células.<br />
A proteína Spike possui 2 regiões funcionais: S1 e S2<br />
Subunidade 1 (S1)<br />
Subunidade 2 (S2)<br />
Figura 2: Duas regiões funcionais da proteína spike.<br />
0 60<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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Resposta do anticorpo ao SARS-CoV-2<br />
Embora não tenham evidências de que<br />
RADAR CIENTÍFICO<br />
A infecção desencadeia uma resposta do<br />
sistema imunológico ao hospedeiro, inata<br />
e adaptativa, que trabalham juntas para<br />
combater a infecção. Em alguns pacientes a<br />
os anticorpos para SARS-CoV-2 conferem<br />
resistência e/ou proteção a reinfecção após<br />
a recuperação, as evidências dos outros coronavírus<br />
sugerem que pode haver um certo<br />
O Anticorpo para S1 RBD está associado<br />
à neutralização<br />
Dado o papel essencial desempenhado pelo<br />
RBD no início da infecção, é razoável esperar<br />
doença se torna grave e está frequentemente<br />
nível de imunidade, pelo menos por alguns<br />
que o anticorpo dirigido contra o RBD pode<br />
associada a uma resposta inflamatória exa-<br />
anos. 18,19<br />
estar associado à imunidade. Em um estudo,<br />
cerbada (tempestade de citocinas) e hiper-<br />
dois anticorpos monoclonais dirigidos contra<br />
coagulabilidade. As razões para isso ainda<br />
Anticorpos neutralizantes e a imuni-<br />
o RBD foram clonados a partir de células B<br />
precisam ser elucidadas, mas é uma carac-<br />
dade ao SARS-CoV-2<br />
em pacientes recuperados da COVID-19, e<br />
terística patológica associada com doenças<br />
Evidências indicam que pelo menos alguns<br />
demonstraram neutralizar, mas não anti-<br />
graves. 9<br />
anticorpos contra SARS-CoV-2 são neutrali-<br />
corpos para outros epítopos. 21 Evidências<br />
zantes, com base em dados in vitro. Os an-<br />
adicionais apoiam o papel do anticorpo<br />
Os anticorpos para SARS-CoV-2 tornam-se<br />
ticorpos neutralizantes são considerados os<br />
anti-RBD como neutralizante, juntamente<br />
detectáveis em muitos pacientes por volta<br />
mais prováveis de conferir proteção. Além<br />
com anticorpos para alguns outros epítopos<br />
de 1 semana após o início dos sintomas.<br />
disso, estudos utilizando plasma convales-<br />
na proteína spike. 22-25 Isso é consistente com<br />
A maioria dos pacientes apresentam anti-<br />
cente de doadores positivos para anticorpos<br />
os dados que mostram que o RBD da S1 é o<br />
corpos detectáveis depois de 2 semanas,<br />
contra SARS-CoV-2 para tratamento de pa-<br />
principal alvo dos anticorpos neutralizantes<br />
embora as diferenças nos ensaios utilizados<br />
cientes com a forma grave da doença mos-<br />
na SARS-CoV. 26 Portanto, estratégias de vaci-<br />
possam afetar a detecção. 10-13 É importante<br />
traram potencial, embora não seja uma tera-<br />
nas que provocam um alto nível de anti-RBD<br />
ressaltar que o aparecimento dos anticorpos<br />
pia recomendada atualmente. Os anticorpos<br />
podem ser eficazes. A avaliação quantitati-<br />
não indica que a infecção foi curada, pois<br />
neutralizantes são os supostos mediadores<br />
va do anticorpo neutralizante pode ser útil,<br />
muitos pacientes soroconvertem IgM e IgG<br />
de eficácia nesse plasma.<br />
especialmente se os níveis diminuem com o<br />
enquanto ainda há replicação viral ou duran-<br />
tempo.<br />
te um quadro agravado da doença.<br />
Como nem todos os anticorpos são neutralizantes<br />
(muitos não são), será essencial<br />
Em contraste ao S1 RBD, as evidências atu-<br />
Os testes desenvolvidos para a detecção<br />
determinar quais anticorpos específicos<br />
ais de neutralização dos anticorpos contra a<br />
dos anticorpos dirigidos as proteínas N e S<br />
estão associados à proteção. Testes para<br />
proteína N são limitadas ou inexistentes.<br />
(incluindo a S1 RBD) indicam uma respos-<br />
aqueles anticorpos decorrentes de infecção<br />
ta imune à infecção. Muitos dos testes de<br />
resolvida ou de uma vacina bem-sucedi-<br />
Tipos de teste de anticorpos na res-<br />
anticorpos que chegaram inicialmente ao<br />
da, quando ela for desenvolvida, podem<br />
posta imune à SARS-CoV-2<br />
mercado tiveram problemas significativos de<br />
permitir a designação da imunidade (ou o<br />
Três tipos principais de ensaios sorológicos<br />
desempenho. 14-17 Com a chegada de novos<br />
chamado "passaporte imunológico"). Tam-<br />
foram desenvolvidos para testes de anti-<br />
testes ao mercado é possível observar uma<br />
bém será importante entender se a prote-<br />
corpos em SARS-CoV-2. Testes para identi-<br />
melhora no desempenho dos ensaios quanto<br />
ção está associada aos níveis de anticorpos<br />
ficar IgM isoladamente, IgG isoladamente<br />
a sensibilidade e especificidade.<br />
neutralizantes in vivo.<br />
ou anticorpos total (pantípico) utilizando<br />
0 62<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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Embora o teste do RNA viral possa confirmar<br />
a presença do vírus, ele não pode confirmar a<br />
ausência. Os motivos dos falsos negativos (FN)<br />
incluem a baixa carga viral na amostra coletada<br />
(swab nasofaríngeo, escarro etc.), questões<br />
pré-analíticas (técnica de coleta, transporte,<br />
armazenamento, extração de RNA etc.) e limitações<br />
do próprio teste (sensibilidade). Dados<br />
de estudos da COVID-19 indicam que a combinação<br />
dos resultados da sorologia com os<br />
testes moleculares pode melhorar a detecção<br />
em pacientes sintomáticos. 27-29 No momento,<br />
o FDA recomendou que dois testes sorológicos<br />
separados que reconheçam anticorpos para<br />
diferentes antígenos (por exemplo, S e N)<br />
pudessem ser usados para melhorar o valor<br />
preditivo positivo (PPV).<br />
de anticorpos positivo devem ser isolados mento de IgG, durante uma infecção ativa,<br />
até que testes e avaliações adicionais possam um teste IgG positivo por si só não indica se o<br />
informar o diagnóstico e tratamento.<br />
paciente se recuperou e não é mais uma pessoa<br />
potencialmente transmissora do vírus.<br />
Os Testes de Anticorpos Totais (Pantípicos)<br />
podem ser mais sensíveis do que Embora os dados publicados mostrem que<br />
os de IgM ou IgG isoladamente<br />
o uso de um teste de anticorpos total possa<br />
A soroconversão com SARS-CoV-2 exibe superar testes de IgM e IgG isoladamente na<br />
um padrão incomum (Figura 3). Ao contrário detecção precoce (Figura 4), a sensibilidade<br />
dos perfis típicos onde IgM pode estar presente<br />
por vários dias ou semanas antes que o desempenho comparativo entre os ensaios.<br />
do teste pode influenciar significativamente<br />
a IgG seja detectada, os estudos com o SAR- Serão necessários estudos que comparem<br />
S-CoV-2 indicam que tanto a IgM quanto a ensaios quimioluminescentes altamente sensíveis,<br />
onde será possível entender as sensibi-<br />
IgG tornam-se rapidamente detectáveis, simultaneamente<br />
ou com apenas alguns dias lidades para testes de IgG e anticorpos totais<br />
de diferença. 11,13 Devido ao rápido apareci-<br />
para detecção precoce da resposta imune.<br />
Figura 3: Linha do tempo dos níveis de anticorpos IgM e IgG para SARS-CoV-2 desde o início dos sintomas. 28<br />
Como o teste de anticorpos geralmente é<br />
mais acessível e pode ter um resultado rápido<br />
(o teste automatizado total Siemens<br />
Healthineers Atellica® SARS-CoV-2 leva<br />
apenas 10 minutos e relata a concordância<br />
percentual positiva (sensibilidade) e concordância<br />
percentual negativa (especificidade)<br />
> 99%), pacientes sintomáticos com teste<br />
Figura 4: Linha do tempo dos níveis de anticorpos IgM e IgG para SARS-CoV-2 desde o início dos sintomas. 13<br />
0 64<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
RADAR CIENTÍFICO<br />
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Long Q, et al. Antibody responses to SARS-CoV-2 in patients with COVID-19. Nature<br />
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symptoms onset. MedRxiv. 2020 March. Available from: https://www.medrxiv.org/<br />
content/10.1101/2020.03.23.20041707v1<br />
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0 66<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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MM-128-08 2019-03-18
RADAR CIENTÍFICO<br />
Erro Pela Interpretação e Classificação<br />
do Coronavirus<br />
Dr Cristhian Roiz, biomédico CRBM 6.412<br />
Vários movimentos de enfrentamento da doença COVID 19 causada<br />
pelo coronavírus SARS-CoV-2 surgiram desde a sua descoberta em<br />
31/12/19.<br />
Contudo e infelizmente, informações incorretas, FAKES, oportunistas<br />
muitas vezes, acabaram sendo também circuladas em nossa<br />
classe da saúde, sobretudo, laboratorial, qual por este artigo, venho<br />
manifestar auxilio e esclarecimentos técnicos.<br />
O Contexto: o transporte, expressivamente assumiu importância em<br />
nosso país e no mundo, trazendo e levando insumos essenciais para<br />
o cuidado de vidas, dentre outros produtos essenciais ao ser humano.<br />
Dentre estas cargas, está o material biológico para diagnóstico<br />
laboratorial, qual a tempos, está classificado pela OMS em conformidade<br />
com a especificidade, grau de risco biológico da amostra<br />
transportada.<br />
Somente como resumo para contextualização, pois o tema é extenso<br />
e de extrema relevância mesmo antes deste cenário pandêmico<br />
anunciado como tal pela OMS em 11 de março de 2020 (https://<br />
www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875),<br />
as amostras biológicas são<br />
classificadas em 4 categorias, de acordo com a equipe de especialistas<br />
denominada Orange Book, da OMS, quais cito: Categoria A (UN<br />
2814/UN 2900), Categoria B (UN 3373), Risco Mínimo (já denominada<br />
como Categoria C na Austrália) e risco Isento; tais classificações<br />
respectivamente representando o grau de risco maior para o menor.<br />
Fato descrito e resumido acima, destacarei a seguir o foco deste<br />
artigo, qual se trata da importância no transporte destas amostras,<br />
para que esta prática esteja adequada e em conformidade com tais<br />
classificações e sendo assim, em conformidade pelas regras quanto<br />
às embalagens, licenças das transportadoras terrestre, aérea e marítima,<br />
documentações de carga, devendo ainda ser elegíveis (atestar<br />
que está de acordo com as leis internacionais, no caso).<br />
O caso: a equipe de especialistas da OMS classifica como Categoria<br />
B, todas as amostras colhidas diretamente de pacientes humanos e<br />
animais, com objetivo de investigação diagnóstica ou simplificadamente<br />
conhecida como ESPECIMES PARA DIAGNÓSTICOS (conforme<br />
ratificado pelo Guia sobre Regulação sobre o Transporte de Substâncias<br />
Infecciosas 2019-2020 da OMS aplicável a partir de 1º de janeiro<br />
de 2019 e acessível para aquisição pelo link http://apps.who.int/<br />
bookorders) e não sendo estas, portanto, enquadradas como Categoria<br />
A.<br />
É certo e fato que para ser classificada como categoria A, a amostra<br />
transportada deve estar caracterizada como de alto risco biológico;<br />
em outras palavras, se a substância sair da embalagem que a transporta<br />
ou da embalagem protetora utilizada durante o transporte,<br />
pode ter sérias consequências para a saúde de qualquer ser humano<br />
ou animal que tenha estado em contato com ela.<br />
Em próprio Guia da OMS de 2015, qual participei da revisão, há uma<br />
lista de organismos pré classificados como Categoria A, porém nesta,<br />
não há citado o coronavírus SARS-CoV-2 que causa a doença COVID<br />
19, contudo e esclarecido no Guia, esta lista não é exaustiva e outros<br />
organismos podem ser incluídos em próximas atualizações, se assim<br />
julgado pertinente pela OMS.<br />
O problema: motivado pelos números pandêmicos (infectados e<br />
mortes) e a velocidade de disseminação deste novo vírus, as amostras<br />
colhidas e transportadas para o diagnóstico do coronavírus SAR-<br />
S-CoV-2, estão em casos, sendo tratadas como categoria A no cenário<br />
do transporte, e de forma agravante, está sendo divulgado que tal<br />
conduta equivocada deva ser seguida como protocolo, mesmo estas<br />
amostras ainda não terem sido confirmadas com a presença do vírus.<br />
0 68<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Alteração na classificação da OMS realizada por instituições ou<br />
profissionais que não estejam devidamente em concordância com a<br />
OMS, além de trazer problemas legais frente e baseados pelas regulamentações<br />
das autarquias regulamentadoras (ANVISA, ANAC e<br />
ANTT) em caso de fiscalizações, podem trazer um imensurável transtorno<br />
iniciando pela inviabilidade do transporte das amostras, pois,<br />
como exemplo, as embalagens aprovadas e suas validações para<br />
transporte de categoria A são diferentes das aprovadas pela categoria<br />
B (Pack Instruction 620 e Pack Instruction 650 respectivamente) assim<br />
como e consequentemente, os custos inerentes agregados nestas<br />
embalagens.<br />
Seguindo e ainda em mesmo sentido, as documentações e EPIS<br />
para transporte de Categoria A são bem mais exigentes em comparação<br />
a categoria B; tal como as licenças sanitárias federais, estaduais<br />
e municipais, tanto na regulamentação do transporte quanto pela<br />
autorização de funcionamento das empresas de transporte serem<br />
distintas.<br />
O esclarecimento: Destas confirmações, que a tempos venho salientando<br />
e informando em palestras, cursos, conferências em todo o<br />
território nacional desde 2015, resumo e esclareço de forma simples<br />
que, sobre este específico vírus, tema deste artigo e conforme as recomendações<br />
da OMS, o transporte deva ocorrer conforme critérios<br />
da categoria B, friso que qualquer outra substância biológica, para<br />
que tenha seu enquadramento e transporte ser conforme os critérios<br />
da categoria A de risco, deve, de forma indicativa, seguir o FLUXO-<br />
GRAMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO APLICADO AO TRANSPORTE DE<br />
MATERIAL BIOLÓGICO (fig 2 do Guia de Transporte da ANVISA 2015),<br />
assim como obrigatoriamente ser levado em consideração as propriedades<br />
bioquímicas do microrganismo e devendo este possuir alto<br />
grau de virulência, ou seja, a capacidade de um agente infeccioso<br />
produzir efeitos graves ou fatais.<br />
Alguns organismos, para exemplificar, causadores de doenças como<br />
Hepatite B, tuberculose, febre aftosa; somente são considerados como<br />
Categoria A se estes estiverem incubados (com a finalidade de incubação/crescimento<br />
de patógenos) e transportadas como culturas.<br />
RADAR CIENTÍFICO<br />
Para que não se tenha dúvidas e ratificando que NÃO HOUVERAM<br />
até o momento alterações nas recomendações da OMS, solicitei para<br />
confirmação junto a Organização Panamericana de Saúde (PAHO),<br />
qual representa a OMS pelas Américas, quais prontamente me retornaram<br />
(14/05/2020) a seguinte nota:<br />
• “Amostras de casos suspeitos ou confirmados devem ser transportadas<br />
como UN3373 - “Biological Substance Category B”.<br />
• Isolamento viral em cultivo deve ser transportado como UN2814<br />
Category A, “Infectious substance, affecting humans”.<br />
Caso não estejam desta forma transportadas, as mesmas devem<br />
ser transportadas como Categoria B e seguirem os requisitos da OMS<br />
para o transporte terrestre, marítimo e aéreo, conforme confirmações<br />
acima que destaquei no artigo, tanto da OMS quanto pela ANVISA.<br />
Referências<br />
Guia de Transporte de Materiais Biológicos ANVISA-2015<br />
Pack Instruction<br />
Guia sobre Regulação sobre o Transporte de Substâncias Infecciosas 2019-2020<br />
Site https://www.infoescola.com/doencas/virulencia/<br />
Em tempo, adotei a mesma conduta com a ANVISA qual em<br />
19/05/2020 retornaram com a seguinte nota:<br />
....<br />
” Não foi verificada a presença do Sars-CoV-2, Vírus que provoca<br />
a COVID-19, na listagem padronizada pela OMS que classifica os<br />
agentes infecciosos como Categoria A, nem como agente biológico<br />
isolado, nem como cultura. Entretanto, em publicação recente, a OMS<br />
recomenda que:<br />
Amostras de pacientes de casos suspeitos ou confirmados devem<br />
ser transportadas como UN3373, “Substância Biológica Categoria B”.<br />
Culturas virais ou isolados devem ser transportados como Categoria<br />
A, UN2814, “substância infecciosa, afetando humanos”.<br />
Sobre o autor<br />
Dr. Cris Roiz é Biomédico<br />
Especialista em Análises Clínicas,<br />
Revisor das normas da Anvisa e<br />
ANTT. Revisor Participativo da<br />
ANTT 420 (atual 5232) e RDC 20 da<br />
ANVISA desde 2015, Palestrante e<br />
Conferencista sendo referenciado<br />
pelo tema. Colunista, autor de<br />
artigos sobre regulamentações<br />
do Transporte para Saúde. Especialista em Análises Clinicas com ênfase em<br />
Business Intelligence assim como pela Fase Pré-Analítica e Pós-Analítica (CRM).<br />
Fundador e Diretor Executivo da Biocarga Transporte para Saúde. Auditor da ISO<br />
9000 e Fundador da Exclusiva Capacitação em Biocondutor.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 69
MEDICINA GENÔMICA<br />
Epigenética: relação entre estilo de vida,<br />
meio ambiente e desenvolvimento<br />
Por: Bruna Mascaro<br />
O conceito de estilo de vida inclui diferentes<br />
fatores como dieta, comportamento,<br />
stress, atividades físicas, hábitos de trabalho<br />
e de consumo, entre outros. O background<br />
genético e os fatores ambientais estão diretamente<br />
relacionados com o estilo de vida,<br />
e os processos epigenéticos têm sido cada<br />
vez mais relacionados com diversos fenômenos.<br />
A palavra epigenética é bem antiga,<br />
Aristóteles já acreditava que todas as nossas<br />
características têm origem em um processo<br />
denominado “epigênese”. Então, no início<br />
dos anos 40, o biólogo Conrad Waddington<br />
passou a utilizar a palavra epigenética para<br />
se referir à maneira como os genes interagem<br />
com o meio ambiente na construção<br />
dos organismos.<br />
É interessante pensar que temos origem a<br />
partir de um óvulo fertilizado, e conforme o<br />
desenvolvimento embrionário progride, esse<br />
óvulo se divide em milhares de células com<br />
a mesma informação genética original. No<br />
entanto, para a construção adequada do organismo,<br />
as células precisam se desenvolver<br />
em diferentes tipos, como por exemplo células<br />
sanguíneas, neurais, musculares, ósseas,<br />
e etc. Sendo assim, é necessário que haja<br />
um fator responsável por ligar e desligar os<br />
genes adequadamente, e então, direcionar a<br />
diferenciação de cada tipo celular. Esse fator<br />
“não genético” é a epigenética.<br />
Afinal, o que é a Epigenética?<br />
Envolvendo o estudo de uma imensa diversidade<br />
de fenômenos biológicos, a epigenética<br />
abrange conceitos de desenvolvimento e<br />
diferenciação celular, metabolismo, doenças,<br />
variabilidade fenotípica, herdabilidade, metabolismo,<br />
entre outros. A epigenética descreve<br />
eventos moleculares que ocorrem no DNA,<br />
mas não afetam a sequência de DNA em si.<br />
De fato, hoje sabe-se que a atividade genética<br />
pode ser regulada como um interruptor<br />
de uma lâmpada: pode ser desligada ou ligada,<br />
em diferentes níveis. Essa regulação é<br />
realizada a partir de alterações químicas na<br />
sequência de DNA dos nossos genes, sem<br />
alterar a identidade dos pares de base que<br />
compõe o DNA, atuando literalmente sobre<br />
os genes, daí o termo ‘epi’genética. Alterações<br />
epigenéticas impactam na forma como<br />
a molécula de DNA é formatada, e consequentemente,<br />
regula quais genes permanecerão<br />
ativos, influenciando na fisiologia e no<br />
comportamento de um organismo.<br />
Não é sobre os genes que você tem, mas<br />
sobre o que os seus genes estão fazendo!<br />
Diferente do que muitos acreditam, o DNA<br />
que contém a informação dos nossos genes<br />
não é capaz de ações independente, o que<br />
faz da regulação desses genes um mecanismo<br />
tão importante para o desenvolvimento<br />
como um todo. Os genes são, de certa forma,<br />
induzidos a se expressar conforme o contexto<br />
ambiental (o que inclui diversos fatores,<br />
inclusive outros genes), fazendo com que<br />
cada gene se comporte de maneira única<br />
em cada indivíduo. Tal fato já foi comprovado,<br />
inclusive, em estudos com gêmeos<br />
monozigóticos idênticos que têm origem a<br />
partir do mesmo óvulo e, portanto, contém a<br />
mesma sequência de DNA, no entanto, seus<br />
genes se expressam de maneiras diferentes,<br />
o que demonstra que experiência diferentes<br />
podem deixar “marcas” no DNA que afetam a<br />
maneira como os genes são expressos.<br />
O nosso DNA é capaz de se compactar em<br />
diferentes níveis, e uma vez que o nosso<br />
DNA está altamente compactado, os mecanismos<br />
responsáveis pela leitura desse DNA<br />
não são capazes de acessá-lo para interpretar<br />
a informação. Quando isso acontece,<br />
esse segmento de DNA altamente compactado<br />
será impossibilitado de ser lido, e então,<br />
as proteínas normalmente produzidas<br />
a partir daquele fragmento de DNA não<br />
serão processadas.<br />
0 72<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Um exemplo disso são as histonas, que são<br />
grandes proteínas associadas ao DNA e que<br />
auxiliam na compactação e descompactação<br />
do DNA, podendo ser modificadas por diversos<br />
processos. Esses processos epigenéticos<br />
de alteração do DNA, como por exemplo a<br />
acetilação ou a metilação, fazem com que<br />
o DNA fique mais ou menos acessível à sua<br />
leitura e processamento (transcrição). A<br />
acetilação do DNA faz com que o mesmo<br />
fique mais acessível, levando ao aumento<br />
da expressão gênica, enquanto que a adição<br />
de grupamentos metil –CH3 (metilação)<br />
faz com que o segmento de DNA fique mais<br />
compactado, levando à diminuição da expressão<br />
dos genes naquele segmento.<br />
O meio ambiente é extremamente capaz<br />
de levar a alterações epigenéticas no DNA<br />
de maneiras extraordinárias. Um exemplo<br />
clássico é o estudo sobre as abelhas-rainhas<br />
e operárias, que apesar de terem sequências<br />
genéticas idênticas, são completamente<br />
diferentes em termos de comportamento,<br />
fisiologia e fenótipo. Neste caso, a<br />
frase “você é o que você come” representa<br />
exatamente o que é observado: Ambas as<br />
abelhas-rainha e operária são inicialmente<br />
alimentadas com geleia real, no entanto,<br />
as abelhas operárias são rapidamente<br />
desmamadas e alimentadas com néctar<br />
e pólen, enquanto as abelhas-rainhas são<br />
alimentadas por geleia real durante todo<br />
seu desenvolvimento, mantendo essa dieta<br />
inclusive na vida adulta. Estudos recentes<br />
demonstraram que a geleia real contém<br />
ingredientes capazes de inibir a metilação<br />
de citosinas no DNA, levando ao aumento<br />
da expressão de genes que se encontram silenciados<br />
em abelhas operárias, o que pode<br />
explicar a grande diferença fenotípica e de<br />
comportamento entre essas duas castas.<br />
Nos humanos, o fenômeno epigenético<br />
não atua tão diretamente sobre o fenótipo<br />
como observado nas abelhas, no entanto,<br />
pesquisadores tem demonstrado cada vez<br />
mais o impacto das alterações epigenéticas<br />
no desenvolvimento, crescimento e doenças.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 75
MEDICINA GENÔMICA<br />
Implicações e estudos sobre epigenética<br />
Os eventos epigenéticos estão acontecendo<br />
no nosso corpo a todo momento. Por exem-<br />
retal apresentavam uma menor quantidade<br />
de DNA metilado do que os tecidos normais<br />
do mesmo paciente. Uma vez que genes me-<br />
processo epigenético avança na medida em<br />
que novas tecnologias são disponibilizadas,<br />
mas ainda carece de muitos estudos futuros,<br />
plo, atividades físicas, o que comemos ou be-<br />
tilados estão tipicamente desligados, a perda<br />
e quanto mais respostas tivermos, novas<br />
bemos, podem alterar o padrão epigenético<br />
da metilação pode levar ao aumento de ex-<br />
perguntas surgirão. Estamos diante apenas<br />
das nossas células. A partir do entendimento<br />
pressão gênica. Por outro lado, o aumento da<br />
da ponta de um iceberg, de toda uma rede<br />
de como a expressão dos nossos genes é<br />
metilação pode silenciar funções de impor-<br />
de interações que envolve esse processo tão<br />
controlada, é possível imaginar como os<br />
tantes genes supressores tumorais.<br />
fundamental e intrigante.<br />
eventos genéticos e epigenéticos colaboram<br />
para produzir nossas características.<br />
Atualmente, técnicas de epigenômica têm<br />
permitido aos pesquisadores investigar as<br />
alterações epigenéticas em todo o genoma,<br />
Esse balanço fino entre “ligar e desligar”<br />
os genes tem sido observado em diversos<br />
processos tumorais, assim como é observado<br />
também durante o desenvolvimento<br />
embrionário. Dessa forma, somos capazes<br />
Referências<br />
1. Waddington CH. The basic ideas of biology.<br />
Waddington CH. Towards a Theoretical<br />
Biology, Vol. 1: Prolegomena, 1–32. Edinburgh:<br />
Edinburgh University Press; 1968.<br />
em um único experimento. Essa abordagem<br />
de mensurar a importância do processo<br />
2. Fraga, M. F. et al. Epigenetic differences<br />
tem sido amplamente utilizada, principal-<br />
epigenético para o funcionamento pre-<br />
arise during the lifetime of monozygotic<br />
mente, na investigação de alterações relacionadas<br />
a um grande número de doenças<br />
humanas, como câncer, autismo e doenças<br />
auto-imunes, entre outros. Além disso, pesquisadores<br />
clínicos estão em uma constante<br />
busca pelo desenvolvimento de terapias com<br />
possíveis alvos epigenéticos.<br />
A primeira doença humana a ser relacionada<br />
ao processo epigenético foi o câncer, em<br />
1983. Pesquisadores descobriram que tecidos<br />
tumorais de pacientes com câncer color-<br />
ciso e saudável dos organismos, e quais<br />
impactos que as alterações nesse processo<br />
podem causar.<br />
Compreendendo como o contexto ambiental<br />
influencia a epigenética, pesquisas<br />
relacionadas às alterações pós-transcricionais<br />
terão consequências extremamente<br />
abrangentes. Estudos epigenéticos podem<br />
ser aplicados a diversos campos, e auxiliar<br />
em diversas questões que permanecem sem<br />
resposta. O conhecimento que se tem sobre o<br />
twins. Proc. Natl Acad. Sci. 102, 10604–<br />
10609 (2005)<br />
3. Xu Jiang He, et al. Making a queen: an<br />
epigenetic analysis of the robustness of the<br />
honeybee (A pis mellifera ) queen developmental<br />
pathway. Molecular EcologyVolume<br />
26, Issue 6. 2016<br />
4. Fazzari, M. J. & Greally, J. M. Epigenomics:<br />
beyond CpG islands. Nature Rev. Genet. 5,<br />
446–455 (2004)<br />
5. Robertson, K. D. DNA methylation and<br />
human disease. Nature Rev. Genet. 6, 597–<br />
610 (2005)<br />
Bruna Mascaro<br />
Bióloga especializada em biologia molecular e sequenciamento de nova geração<br />
aplicados à oncologia na prática clínica, com Mestrado e Doutorado pela<br />
Universidade Federal de São Paulo. Atualmente é vinculada ao laboratório clínico<br />
do Hospital Israelita Albert Einstein e escreve para o blog Varstation.<br />
0 76<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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LADY NEWS<br />
Validação de testes laboratoriais<br />
na Covid-19<br />
Com a pandemia de coronavírus SARS-CoV-2<br />
se alastrando pelo mundo, a demanda por testes<br />
aumentou exponencialmente. Multiplicaram-se<br />
os testes disponíveis no mercado, porém<br />
estes ainda carecem de validação.<br />
Depois da OMS estimular para que os países<br />
membros intensificassem a testagem para a<br />
COVID-19, a corrida aos testes disparou. Em<br />
uma crise de saúde, a medicina diagnóstica assume<br />
um papel de alta relevância.<br />
Os primeiros testes desenvolvidos e lançados<br />
foram os biomoleculares de identificação do<br />
SARS-CoV-2. Foram seguidos pelos testes sorológicos<br />
baseados nos anticorpos IgM e IgG<br />
produzidos pelos doentes e portadores assintomáticos<br />
da COVID 19.<br />
A medicina laboratorial é uma especialidade<br />
que vive em constante evolução. Todos os esforços<br />
são concentrados na busca pelo desenvolvimento<br />
de novas tecnologias e na introdução de<br />
novos conceitos e paradigmas, visando a oferecer<br />
resultados laboratoriais que permitam um<br />
diagnóstico preciso, além de garantir a segurança<br />
e a eficiência no cuidado com o paciente.<br />
A OFAC Brasil – Organização Feminina de<br />
Análises Clínicas, ciente do seu importante<br />
papel na difusão de novos conhecimentos e na<br />
detecção de tendências na área do laboratório<br />
clínico, apresentou a palestra intitulada Validação<br />
de testes laboratoriais na Covid-19, em<br />
recente OFAC Convida – evento periódico que<br />
traz palestrantes para tratar assuntos atuais e de<br />
grande relevância a área.<br />
Participaram deste OFAC Convida, Maria Elizabeth<br />
Menezes, Vice-presidente da Sociedade<br />
Brasileira de Análises Clínicas – SBAC e Assessora<br />
Científica do Programa Nacional de Controle<br />
de Qualidade – PNCQ; E Jorge Terrão, farmacêutico<br />
bioquímico, Coordenador da Comissão<br />
de TLR da SBAC, Assessor Científico Tommasi<br />
Laboratório, e carinhosamente eleito padrinho<br />
da OFAC. Como moderadora, tivemos Marbenha<br />
Linko, presidente da OFAC. Profissionais<br />
atuantes no ambiente laboratorial e profundos<br />
conhecedores desse conceito tecnológico, que é<br />
disseminado nos serviços de saúde.<br />
Beth Menezes inicia discorrendo sobre<br />
RT-PCR, pois é o método de diagnóstico da<br />
Covid-19. Padrão Ouro para virologia seria a<br />
cultura de tecido, onde o antígeno, ou seja, o<br />
vírus é isolado. Com o advento da engenharia<br />
genética e a genética reversa, atualmente o<br />
padrão ouro é a reação em cadeia da polimerase<br />
(PCR), que detecta o ácido nucleico, no<br />
caso em tela, RNA+.<br />
Um único resultado não detectado com RT-P-<br />
CR para SARS-CoV-2 não exclui o diagnóstico<br />
da COVID-19. Vários fatores como coleta inadequada<br />
da amostra, tipo de amostra biológica,<br />
tempo decorrido entre a coleta e o início dos<br />
sintomas, e oscilação da carga viral podem influenciar<br />
o resultado do exame.<br />
A sensibilidade de diferentes amostras biológicas<br />
para detecção do SARS-CoV-2 varia.<br />
Um estudo que avaliou 1070 amostras de 250<br />
pacientes com COVID-19, observou os seguintes<br />
valores de sensibilidade para as diferentes<br />
amostras testadas por RT-PCR: lavado broncoalveolar<br />
93%, escarro 72%, swab nasal 63%,<br />
swab de orofaringe 32%, fezes 29%, sangue<br />
1% e urina 0% (JAMA. 2020 Mar 11. doi:<br />
10.1001/jama.2020.3786).<br />
Importante lembrar que o teste avalia a presença<br />
de RNA viral na amostra. A persistência<br />
do exame positivo não significa necessariamente<br />
que o paciente ainda está infectado. O<br />
período que os pacientes permanecem infectantes<br />
ainda não está totalmente esclarecido e a<br />
utilização dos testes para liberação do paciente<br />
do isolamento respiratório deve ser avaliada criteriosamente.<br />
Beth Menezes ainda ressalta que o laboratório<br />
nunca foi tão importante quanto agora.<br />
Sem ele não é possível liberar o paciente do<br />
hospital, da quarentena. Exerce um protagonismo<br />
extremamente importante. “Precisamos<br />
aproveitar esse momento para ter conhecimentos<br />
sólidos, mesmo que não façamos o exame,<br />
mas para ter firmeza ao conversar com a equipe<br />
multidisciplinar”, conclui.<br />
Seguimos com o palestrante Jorge Terrão,<br />
que descreve sua pesquisa em relação ao<br />
tema "Validação de testes laboratoriais", referindo-se<br />
aos testes imunocromatográficos<br />
para SARS-CoV-2.<br />
A fase de validação dos testes é etapa imprescindível<br />
e deve ser anterior à utilização e de<br />
responsabilidade do laboratório que realizará os<br />
testes. As características de desempenho informadas<br />
pelos fabricantes, principalmente em se<br />
tratando de TLRs, não são verificadas no momento<br />
de registro desses testes na Agência Nacional<br />
de Vigilância Sanitária (Anvisa). Portanto,<br />
como não se trata de autotestes, a validação é<br />
essencial para que se obtenha confiabilidade<br />
dos resultados.<br />
O registo da Anvisa é obrigatório para que<br />
os testes possam ser comercializados, mas<br />
não necessariamente atestam sua eficácia. A<br />
validação de um método consiste na realização<br />
de uma série de experimentos, com a finalidade<br />
de documentar o seu desempenho<br />
em relação à exatidão e precisão, além de<br />
ser de extrema relevância para a segurança<br />
populacional.<br />
É necessária uma extrema atenção na escolha<br />
do teste assim como o momento adequado<br />
para utilizá-lo. Esta avaliação do desempenho<br />
dos kits irá auxiliar os laboratórios na melhor<br />
escolha, fornecendo mais segurança e controle<br />
na realização do exame.<br />
0 78<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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LADY NEWS<br />
A validação precisa estar presente em todos<br />
os procedimentos que realizamos no laboratório.<br />
Segundo Terrão, quando falamos em validação,<br />
precisamos entender de qualidade, e o<br />
que especificamos como qualidade pro nosso<br />
laboratório.<br />
“Se formos reproduzir as informações das<br />
bulas dos kits dos fabricantes, estamos fazendo<br />
uma verificação da informação que recebemos<br />
do nosso fabricante. O fundamental é fazermos<br />
nossa avaliação, com amostras do dia a dia do<br />
laboratório (vida real), temos que ter confiança<br />
no que vamos liberar”, diz Terrão.<br />
Utilizando a estrutura do Laboratório<br />
Tommasi, o qual Terrão é assessor científico, e<br />
pensando na qualidade, optou-se por trabalhar<br />
com base no objetivo clínico específico.<br />
Os estudos ainda não estão terminados, mas<br />
já estão bem adiantados.<br />
O processo de validação usou amostras de<br />
pacientes infectados pelo vírus e baseou-se<br />
nas normas e legislações do setor. A RDC<br />
302/2005, que além de ser nosso marco legal<br />
maior, é também o regulamento técnico para<br />
os laboratórios clínicos, e a ISO (15.189/2015)<br />
que é o que regula e padroniza os sistemas de<br />
qualidade a serem implantados no laboratório.<br />
Para a pesquisa, usaram-se amostras sabidamente<br />
positivas, obtidas de pacientes<br />
RT-PCR positivos, coletadas de forma seriada.<br />
E também, amostras sabidamente negativas,<br />
oriundas de soroteca anterior a janeiro (antes<br />
de SARS-CoV-2). Também foram utilizadas<br />
amostras sabidamente negativas e com anticorpos<br />
de dengue e chikungunya, a fim de<br />
verificar possíveis interferências. Os testes<br />
foram realizados em duplicata, e as mesmas<br />
amostras foram enviadas ao PNCQ no RJ, onde<br />
foram testadas com os mesmos kits, e os resultados<br />
obtidos foram quase que unânimes.<br />
Os dados gerados por esta pesquisa, juntamente<br />
com a análise do PNCQ – Programa<br />
Nacional de Controle de Qualidade servirá<br />
como auxílio aos profissionais, e em breve será<br />
publicado. Os resultados serão publicados no<br />
portal www.testecovid19.org.<br />
A iniciativa é valiosa, pois se tem observado<br />
uma variação muito grande na qualidade dos<br />
testes sorológicos. Uma marca, por exemplo,<br />
não apresentou nenhum resultado positivo<br />
nos testes realizados com amostras positivas,<br />
gerando vários resultados falso negativos. Esse<br />
é um caso extremo, mas que reforça a importância<br />
de termos esse processo de validação<br />
implantado.<br />
Terrão apresentou durante a palestra imagens<br />
dos testes realizados com várias marcas<br />
de kits diferentes, testadas com as mesmas<br />
amostras.<br />
As causas das potenciais diferenças observadas<br />
são muito variadas. Um dos pontos<br />
diz respeito ao uso de sangue total,<br />
enquanto a maioria dos métodos laboratoriais<br />
utiliza soro ou plasma. “É muito difícil<br />
controlar, por exemplo, o volume da gota de<br />
sangue por punção digital, além da dificuldade<br />
de leitura pela coloração da corrida”,<br />
complementa Terrão.<br />
Ainda reforça que validar o teste é garantir<br />
a segurança da população. “A nossa experiência<br />
mostra que realmente há uma discrepância<br />
muito grande de performance entre<br />
os diferentes fornecedores. Vemos alguns com<br />
desempenho muito bom, mas também observamos<br />
testes com desempenho ruim, com<br />
baixa sensibilidade.”<br />
Devemos estar focados em garantir a segurança<br />
da população e confiabilidade de exames<br />
que chegam ao mercado nacional.<br />
A medicina laboratorial se modernizou bastante<br />
nos últimos anos e, com ela, expandem-<br />
-se processos que permitem a realização de<br />
testes laboratoriais portáteis para a obtenção<br />
imediata de resultados. Os testes laboratoriais<br />
imunocromatográficos estão cada vez mais<br />
presentes na rotina dos laboratórios e já são<br />
uma realidade mundial.<br />
Um sistema analítico ideal seria aquele com<br />
elevado grau de exatidão, precisão e confiabilidade,<br />
com limite de detecção em zero, sem<br />
qualquer interferente e que apresentasse<br />
100% de sensibilidade e especificidade. Infelizmente<br />
este sistema ainda não foi disponibilizado<br />
para as rotinas diagnósticas. Como<br />
o laboratório dos sonhos ainda está longe da<br />
realidade, é preciso que se conheçam as limitações<br />
dos testes, assim como os seus parâmetros<br />
de desempenho clínico e analítico para<br />
prestar serviços laboratoriais de qualidade. É<br />
necessário definir especificações adequadas<br />
e padronizadas no laboratório para avaliar os<br />
sistemas analíticos disponíveis no serviço.<br />
Fica aqui nosso agradecimento aos palestrantes<br />
pela dedicação e empenho no desenvolvimento<br />
deste valioso e atual material; fica também<br />
registrado um especial agradecimento pela<br />
valiosa parceria à sociedade científica - SBAC, e<br />
ao PNCQ.<br />
Waldirene Nicioli<br />
Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas, Especialista em Farmacologia Clínica, Auditora do<br />
Sistema Nacional de Acreditação - DICQ, proprietária do Examinare Análises Clínicas - Peabiru/PR e OFACana.<br />
Contato: adm@examinare.net.br<br />
0 80<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
COVID19: um sinal Patognomônico?<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
CITOLOGIA<br />
O receptor da enzima conversora de angiotensina<br />
II (ECA2) foi identificado como o domínio de<br />
ligação da proteína S do vírus COVID-19. O exato<br />
papel fisiológico da ECA2 na maioria dos tecidos<br />
não foi elucidado, embora a enzima atue como<br />
um regulador da função cardíaca e do controle<br />
da pressão arterial por ser um componente do<br />
sistema renina-angiotensina-aldosterona. Uma<br />
vez que o vírus entra na célula hospedeira, a sua<br />
replicação e disseminação levam às manifestações<br />
clínicas. Assim, a expressão e distribuição<br />
da ECA2 no corpo humano podem indicar as<br />
possíveis rotas de infecção do COVID-19, e ainda<br />
ser um alvo terapêutico promissor no tratamento<br />
da infecção.<br />
Embora o mRNA da ECA2 esteja presente em<br />
praticamente todos os órgãos, sua expressão<br />
proteica está sendo investigada em estudos<br />
recentes. Estudos anteriores a pandemia do CO-<br />
VID-19 já indicavam que a proteína é altamente<br />
expressa em tecidos renais, cardiovasculares<br />
e gastrointestinais. Um estudo publicado por<br />
Hamming e colaboradores avaliou a expressão<br />
imunohistoquímica da ECA2 em diversos tecidos<br />
e verificou que a proteína estava presente<br />
nas células endoteliais de artérias, veias pequenas<br />
e grandes, miofibroblastos e nas membranas<br />
das células adiposas em vários órgãos.<br />
A imunocoloração marcada com ECA2 foi encontrada<br />
ainda nas células epiteliais alveolares<br />
tipo I e II nos pulmões normais e no citoplasma<br />
das células epiteliais brônquicas. Os receptores<br />
ECA2 também foram identificados no epitélio<br />
escamoso estratificado da mucosa oral normal e<br />
nasal, e especialmente na camada basal do epitélio<br />
escamoso não queratinizante. Além disso,<br />
a enzima está presente nas células musculares<br />
lisas e no endotélio dos vasos do estômago, intestino<br />
delgado e cólon.<br />
Esses dados sugerem e embasam a possibilidade<br />
de utilizar amostras de citologia esfoliativa<br />
para auxílio ao diagnóstico do COVID-19 além<br />
das técnicas de investigação de coloração de<br />
rotina. O método de imunocitoquímica pode<br />
ser empregado em células esfoliadas para identificar<br />
e quantificar várias proteínas, incluindo<br />
a ECA2. Alguns estudos sugerem que a identificação<br />
e quantificação do ECA2 em células<br />
esfoliadas usando imunocitoquímica pode ser<br />
uma ferramenta eficiente para a identificação<br />
de casos assintomáticos de COVID-19.<br />
As amostras de citologia esfoliativa também<br />
podem ser usadas para outros métodos de investigação,<br />
como RT-PCR, análise por Western<br />
blot e imunofluorescência. Estes podem ser<br />
usados para autenticar ainda mais a premissa<br />
proposta e a confiabilidade da citologia esfoliativa<br />
como ferramenta de detecção e triagem.<br />
Além disso, a observação microscópica da<br />
morfologia podem no futuro, indicar alterações<br />
celulares nos tecidos infectados pelo<br />
vírus. Um estudo avaliou a mucosa nasal de<br />
pacientes com COVID-19 e relatou que a observação<br />
microscópica por meio da citologia<br />
nasal revelou a presença de muito poucos<br />
neutrófilos. Além disso, houve redução das<br />
“estrias supranucleares hipercromáticas” que<br />
seriam correspondentes ao aparelho de Golgi<br />
no citoplasma celular. Essas estrias constituem<br />
marcadores para a integridade anatômica e<br />
funcional das células ciliadas, e sua rarefação<br />
ou desaparecimento durante infecções virais<br />
são sinais de sofrimento celular. Essa característica<br />
representa um sinal de dano celular nas<br />
amostras do epitélio nasal avaliadas e levanta<br />
a hipótese que o SARS-CoV-2 causa uma leve<br />
inflamação nasal.<br />
Cabe destacar que as alterações na morfologia<br />
celular são específicas de cada infecção viral,<br />
e os dados referentes as alterações celulares e<br />
marcadores proteicos do COVID-19 ainda precisam<br />
ser melhor detalhados. Métodos que<br />
associam a morfologia celular a marcadores<br />
moleculares ou proteicos são promissores e<br />
endossam a importância da citologia esfoliativa<br />
como método de diagnóstico e pesquisa.<br />
Referencias:<br />
Gelardi M, Notargiacomo M, Trecca EMC, Cassano M,<br />
Ciprandi G. COVID-19 and Nasal Cytobrush Cytology<br />
[published online ahead of print, 2020 May 26]. Acta<br />
Cytol. 2020;1-2. doi:10.1159/000508768<br />
Hamming I, Timens W, Bulthuis ML, Lely AT, Navis<br />
G, van Goor H. Tissue distribution of ACE2 protein,<br />
the functional receptor for SARS coronavirus. A first<br />
step in understanding SARS pathogenesis. J Pathol.<br />
2004;203(2):631-637. doi:10.1002/path.1570<br />
Mhaske S, Yuwanati M, Mhaske A, Desai A, Sarode<br />
SC, Sarode GS. Perspective on oral exfoliative cytology<br />
and COVID-19 [published online ahead of print, 2020<br />
Jun 12]. Oral Oncol. 2020;104858. doi:10.1016/j.oraloncology.2020.104858<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
Possui graduação em Farmácia com ênfase em Análises Clínicas e especialização Lato Sensu em Citologia Clínica. Fez Mestrado<br />
em Patologia Geral e Experimental e Doutorado em Patologia - Biomarcadores pelo Programa de Pós Graduação em Patologia da<br />
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), na área de marcadores moleculares e imunohistoquímicos<br />
para o câncer. Atualmente atua como professor do curso de Especialização em Citopatologia Diagnóstica da Universidade Feevale,<br />
e como Pesquisador Pós-Doutor em projetos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É assessor da Controllab na<br />
área de Citologia/Citopatologia e Medicina Laboratorial.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 81
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
Em meio a pandemia o Grupo Prime Cargo<br />
Realiza força tarefa para entrega de equipamentos hospitalares<br />
A solidariedade e a empatia são as principais<br />
armas do povo brasileiro na luta contra<br />
a Covid-19. É com a empatia que as pessoas<br />
escolhem deixar de ver seus amigos e familiares<br />
durante o período de isolamento social,<br />
e escolhem ficar em casa, quando possível. É<br />
a solidariedade que faz nos movimentarmos<br />
para fazer doações de alimentos e materiais<br />
de proteção individual, como máscaras, luvas<br />
e álcool em gel.<br />
Por possuir uma densidade populacional<br />
baixa para os padrões brasileiros, com apenas<br />
161 mil habitantes, a cidade não possuía uma<br />
grande infraestrutura em saúde. Assim, durante<br />
a pandemia do coronavírus, foi necessário criar<br />
um Hospital destinado ao atendimento exclusivo<br />
de pacientes infectados pela Covid-19.<br />
É estimado que o Hospital realize cerca de 25<br />
mil atendimentos diários, tanto de moradores de<br />
Maricá, quanto de municípios vizinhos. Para isso<br />
Henry David, historiador e filósofo do século<br />
19 define esse tipo de ação como “um milagre<br />
de olharmos com os olhos do outro”, assim, se<br />
prontificando e dedicando para resolvermos<br />
problemas alheios a nós.<br />
O Grupo Prime Cargo acredita na união entre<br />
pessoas, instituições governamentais e empresas<br />
para nos tornarmos mais fortes durante<br />
este período atípico. É aquela velha história<br />
de cada ajuda faz a diferença no mundo. É<br />
por isso que a empresa se propôs a auxiliar na<br />
montagem do Hospital Municipal Dr. Ernesto<br />
Che Guevara, localizado em Maricá, município<br />
pertencente ao Estado do Rio de Janeiro.<br />
0 82<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
UNIDADES:<br />
- Barueri/SP<br />
- Rio de Janeiro/RJ<br />
- Campinas/SP<br />
- Goiânia/GO<br />
- Contagem/MG<br />
- Porto Alegre/RS<br />
- Itajaí/SC<br />
- Recife/PE<br />
- Salvador/BA<br />
- Fortaleza/CE<br />
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
ser possível, foi necessária uma verdadeira força-<br />
-tarefa para a entrega dos materiais hospitalares.<br />
Para garantir a entrega dos 150 leitos hospitalares,<br />
todos de alta tecnologia, o município<br />
de Maricá contou com o serviço logístico de<br />
produtos sensíveis da Grupo Prime Cargo.<br />
A operação contou com o uso de seis veículos,<br />
sendo eles uma carreta e cinco caminhões truck.<br />
Tendo como origem a Matriz em Barueri – SP,<br />
todos os equipamentos foram entregues, com o<br />
máximo de segurança e qualidade, diretamente<br />
no Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara.<br />
“Estamos muito felizes de ter contribuído<br />
com um projeto tão importante para<br />
a população Maricaense”, acrescentou Sr.<br />
Wilson Santos,CEO Grupo Prime Cargo<br />
Entre em contato para saber mais:<br />
E-mail: comercial@primecargo.com.br<br />
Tel.: 0800 591 4110<br />
Tel.: 11 4280-9110 | 11 97335-4472<br />
Wilson Santos | Diretor Comercial no Grupo Prime Cargo<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 83
VIROLOGIA<br />
Medicina Diagnóstica<br />
das Infecções Virais<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões 1<br />
Resumo<br />
Com os avanços biotecnológicos no campo da virologia é possível<br />
descrever os efeitos citopatológicos, detectar partículas virais, isolar<br />
vírus em cultivo celular, detectar componentes virais e avaliar resposta<br />
imune por meio de inúmeros ensaios laboratoriais. Nesse artigo será<br />
destacado algumas técnicas que vem sendo muito utilizadas no diagnóstico<br />
de diversas infecções virais tais como: (i) isolamento viral em<br />
animais de laboratório, a propagação viral em ovos embrionados e a<br />
identificação do vírus em cultura de células; (ii) ensaios sorológicos<br />
para detecção de antígenos virais e/ou anticorpos em resposta à infecção<br />
viral a partir do teste de neutralização, imunofluorescência;<br />
teste imunoenzimático, imunocromatográfico e Western blotting; (iii)<br />
detecção direta da partícula viral através da microscopia eletrônica de<br />
transmissão; e (iv) amplificação de ácidos nucleicos pelas técnicas de<br />
reação em cadeia da polimerase e suas variações, métodos de expressão<br />
gênica com o microarranjo de DNA, RNA-seq, sequenciamento de<br />
nova geração, abordando ensaios de clonagem e CRISPR.<br />
Palavras-Chave: Biologia molecular, biotecnologia, diagnóstico,<br />
infecção viral, vírus.<br />
Abstract<br />
With biotechnological advances in the field of virology, it´s possible<br />
to describe cytopathological effects, to detect viral particles, to isolate<br />
virus in cell culture, to detect viral components and to evaluate immune<br />
responses through numerous laboratory assays. In this paper, some<br />
techniques that have been widely used in the diagnosis of several viral<br />
infections will be highlighted, such as: (i) viral isolation in animals<br />
laboratory, viral propagation in embryonated eggs and the identification<br />
of the virus in cell culture; (ii) serological assays to detect viral<br />
antigens and / or antibodies in response to viral infection from the<br />
neutralization test, immunofluorescence; immunoenzymatic, immunochromatographic<br />
and Westernblotting tests; (iii) direct detection of<br />
the viral particle through transmission electron microscopy; and (iv)<br />
amplification of nucleic acids by polymerase chain reaction techniques<br />
and their variations, methods of gene expression with the DNA<br />
microarray, RNA-seq, new generation sequencing, addressing cloning<br />
and CRISPR assays.<br />
Keywords: Molecular biology, biotechnology, diagnosis, viral<br />
infection, virus.<br />
Introdução<br />
Dentre as técnicas mais utilizadas no diagnóstico<br />
laboratorial de infecções virais destacam-<br />
-se: (i) isolamento e identificação do vírus em<br />
cultura de células; (ii) sorologia para detecção<br />
de antígenos virais e/ou anticorpos específicos<br />
produzidos pelos hospedeiros em resposta à<br />
infecção viral; (iii) detecção direta da partícula<br />
viral; (iv) amplificação de ácidos nucleicos.<br />
(i) Isolamento e identificação viral<br />
No isolamento viral, a escolha do sistema de<br />
propagação para o vírus pesquisado é o determinante<br />
essencial. Uma vez o vírus inoculado<br />
no sistema hospedeiro suscetível, o vírus provoca<br />
alterações morfológicas denominadas<br />
efeito citopático (CPE, do inglês cytopathogenic<br />
effect) que são observadas como alterações na<br />
morfologia de células individuais ou em grupo<br />
de células induzidas pela infecção viral. Diversos<br />
sistemas hospedeiros têm sido utilizados para a<br />
propagação de vírus em laboratório como animais<br />
de experimentação, ovos embrionados e<br />
cultura de células (Santos, 2015).<br />
Animais de laboratório<br />
A propagação viral em animais de laboratório<br />
tem sido substituída com o advento do cultivo<br />
celular no diagnóstico das infecções virais. Entretanto,<br />
podemos citar o uso de camundongos<br />
recém-nascidos utilizados no diagnóstico<br />
do vírus da Raiva quando inoculados pela via<br />
intracerebral (Kimura & Joeler, 2019), coelhos<br />
da linhagem Nova Zelândia inoculados experimentalmente<br />
com peptídeos sintéticos (Simões<br />
et al., 2014) e pesquisas envolvendo primatas<br />
não-humanos, como os chimpanzés que podem<br />
ser utilizados em ensaios de neurovirulência<br />
para o desenvolvimento de vacinas.<br />
Ovos embrionados<br />
Os ovos embrionados foram o sistema hospedeiro<br />
de escolha para a propagação de muitos<br />
vírus até a década de 1950. A observação<br />
da propagação viral em ovos embrionados<br />
pode ser realizada a partir da técnica de hemaglutinação<br />
(HA) no líquido amniótico ou<br />
alantoico, ou mesmo a partir da visualização<br />
de lesões esbranquiçadas e/ou hemorrágicas<br />
denominadas pocks na membrana corioalantoica,<br />
uma vez que a escolha da via de inoculação<br />
bem como a idade do embrião são<br />
determinadas pela especificidade do vírus a<br />
ser isolado (Santos, 2015).<br />
0 84<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Cultura de células<br />
Por sua vez, a propagação viral em cultura de<br />
células geralmente em linhagens bidimensionais<br />
(2D) são classificadas com base na morfologia epitelial<br />
ou fibroblástica, e de acordo com a sua capacidade<br />
de aderência a uma superfície formando uma<br />
monocamada ou expandindo em suspensão no<br />
meio. Além disso, as linhagens celulares também<br />
podem ser classificadas conforme o tipo de cultivo<br />
como sendo células primárias, culturas diploides,<br />
linhagens contínuas, culturas clonadas e estirpes<br />
derivadas de espécies animais.<br />
As culturas de células primárias também chamadas<br />
de culturas finitas, de diferentes origens<br />
têm sido usadas para o desenvolvimento de<br />
vacinas produzidas com vírus atenuados ou inativados.<br />
Contudo, a tendência é a substituição<br />
para culturas celulares diploides que são provenientes<br />
do subcultivo de células primárias com<br />
a vantagem de até 100 vezes mais de divisão<br />
celular antes de entrar na fase de senescência.<br />
Por sua vez, as linhagens de células contínuas<br />
ou imortais apresentam crescimento ilimitado e<br />
são derivadas do cultivo primário de células de<br />
tumor de origem humana ou animal tais como<br />
a linhagem de células HeLa (Santos, 2015).<br />
Experimentalmente ensaios de transfecção<br />
em garrafas de cultivo 25cm2 e placas de 6 poços<br />
contendo células HuH7 (Hepato cellular carcinoma<br />
cells) e células da linhagem HEK-293T<br />
(Human Embryonic Kidney 293 cells associado<br />
ao antígeno T do Simian Virus-40) em meio<br />
com baixa concentração de glicose (Low glucose)<br />
e com alta concentração de glicose (High<br />
Glucose) respectivamente, foram analisadas<br />
experimentalmente para o vírus da hepatite C<br />
(HCV) (Simões, 2011).<br />
Ademais, existem as culturas clonadas que é<br />
gerada a partir de uma população de células<br />
derivadas de uma única célula (clone) com base<br />
na expressão de características específicas de<br />
interesse. Em contraste, existe a metodologia<br />
de cultura de células tridimensionais (3D) demonstrando<br />
maior semelhança com o comportamento<br />
fisiológico das células in vivo e heterogeneidade<br />
celular (Sousa, 2016).<br />
(ii) Diagnóstico sorológico das infecções<br />
virais<br />
Dentre os métodos sorológicos utilizados na<br />
virologia destacam-se: (i) teste de neutralização,<br />
(ii) imunofluorescência direta e indireta;<br />
(iii) teste imunoenzimático (Elisa); (iv) teste<br />
imunocromatográfico; (v) immunoblotting ou<br />
Western blotting.<br />
Teste de neutralização<br />
O teste de neutralização por redução de placas<br />
(PRNT, do inglês plaque-reduction neutralization<br />
test) pode ser utilizado para identificação<br />
do antígeno viral ou para avaliação do nível de<br />
anticorpos como demonstrado por Magnani e<br />
colaboradores. Experimentalmente, amostras<br />
de soro de primatas não-humanos que receberam<br />
ou não anticorpos monoclonais foram investigados<br />
quanto a capacidade de neutralizar<br />
o vírus Zika (Magnani et al., 2017).<br />
Imunofluorescência<br />
A técnica de imunofluorescência utiliza anticorpos<br />
marcados com corantes fluorescentes<br />
para revelar a formação de um imunocomplexo<br />
vírus-anticorpo. Existem dois tipos de imunofluorescência:<br />
direta (usada para identificação<br />
de muitos antígenos virais) e indireta (usada<br />
para identificação de antígenos ou anticorpos).<br />
Um exemplo clássico do vírus da Raiva é a detecção<br />
direta com o uso do fluorocromo que ao<br />
ser excitado por uma luz ultravioleta emite uma<br />
fluorescência verde-amarelo brilhante permitindo<br />
a visualização de antígenos virais rábicos<br />
(Kimura & Junior, 2019).<br />
Imunoenzimático<br />
A reação imunoenzimática também denominada<br />
ELISA, do inglês Enzyme Linked Immunosorbent<br />
Assay, envolve as etapas de formação<br />
de imunocomplexo (antígeno-anticorpo), adição<br />
do conjugado (anticorpo-enzima), sucessivas<br />
lavagens e posterior revelação (adição do<br />
substrato e reação de cor). A leitura do ensaio é<br />
realizada pela absorbância após a adição da solução<br />
de interrupção (stopping solution) através<br />
do espectrofotômetro. Peptídeos foram sintetizados<br />
e testados em ensaios de sensibilização<br />
de placas de Elisa para a análise do diagnóstico<br />
in vitro em amostras de coelhos imunizados.<br />
Em outros ensaios foram analisados os sobrenadantes<br />
e lisados de células para à avaliação da<br />
presença de HBsAg juntamente com amostras<br />
de pacientes soros positivos para o vírus da hepatite<br />
C (HCV) (Simões et al., 2011).<br />
Imunocromatográfico<br />
O teste imunocromatográfico também chamado<br />
lateral flow immunochoromatographic<br />
assay ocorre por capilaridade em uma membrana<br />
de nitrocelulose pelo fluxo lateral da amostra. É<br />
um teste rápido e de fácil detecção com diversas<br />
opções disponíveis comercialmente. A interpretação<br />
do resultado é simples sendo considerado<br />
positivo quando as duas linhas (teste e controle)<br />
são detectadas indicando que o vírus presente na<br />
amostra reagiu com o conjugado formando um<br />
imunocomplexo. Nova reação ocorre com um outro<br />
anticorpo vírus-específico gerando uma banda<br />
visível. Por outro lado, o resultado é negativo<br />
quando somente a linha controle estiver visível e<br />
no caso de nenhuma linha ser visualizada, o teste<br />
deverá ser invalidado (Santos, 2015).<br />
Immunoblotting ou Western blotting<br />
Immunoblotting é um teste altamente<br />
sensível e específico gerando interpretações<br />
subjetivas em alguns resultados. Consiste na<br />
separação de proteínas virais por eletroforese<br />
em gel de poliacrilamida (PAGE) contendo o<br />
detergente duodecil sulfato de sódio (SDS). As<br />
proteínas são transferidas para uma membrana<br />
de nitrocelulose para detecção de anticorpos<br />
conjugados com enzima e posterior revelação<br />
do substrato associado a um cromógeno.<br />
Em um dos experimentos, amostras obtidas<br />
das transfecções de células foram submetidas<br />
à eletroforese em gel de poliacrilamida desnaturante<br />
(SDS-PAGE) utilizando o sistema Miniprotean<br />
III (BioRad, USA), conforme instruções<br />
do fabricante. Os géis foram corados por coloração<br />
com coomassie blue ou utilizando o método<br />
com nitrato de prata. Após a eletroforese<br />
os géis foram submetidos à transferência para<br />
membranas Hybond-P PVDF (GE-HealthCare,<br />
Alemanha), utilizando o sistema semi-dry<br />
(BioRad, USA) (Simões et al., 2011).<br />
VIROLOGIA<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 85
VIROLOGIA<br />
(iii) Detecção direta da partícula viral;<br />
A detecção, visualização e identificação de partículas<br />
pseudovirais chamadas particles like-virus<br />
(VLP), têm sido analisadas microscopicamente<br />
assim como a morfologia ultraestrutural das linhagens<br />
celulares SiHa e HeLa por microscopia<br />
eletrônica de transmissão (Simões et al., 2015).<br />
Para otimização dos resultados, diversos protocolos<br />
têm sido descritos e modificados ao longo<br />
do tempo. Sumariamente as etapas consistem<br />
em embeber as amostras em resina fixadas em<br />
glutaraldeído e pós-fixadas em tetróxido de ósmio.<br />
Após as sucessivas lavagens em tampão<br />
cacodilato, e posterior desidratação em acetona<br />
com diferentes concentrações, as células são polimerizadas<br />
em resina epóxi e contrastadas em<br />
acetato de uranila para as secções ultra-finas no<br />
ultramicrótomo (Simões et al., 2016).<br />
(iv) Diagnóstico molecular das infecções<br />
virais<br />
Reação em cadeia da polimerase<br />
A reação em cadeia da polimerase, do inglês<br />
polymerase chain reaction – PCR, é uma técnica<br />
que amplifica sequências específicas do<br />
ácido nucleico. Se o genoma é um RNA viral,<br />
é necessário converter em DNA complementar<br />
(cDNA) utilizando a enzima transcriptase reversa<br />
(RT-PCR) para iniciar o processo de amplificação<br />
em escala exponencial. A reação cíclica de<br />
PCR envolve três etapas clássicas: desnaturação<br />
das fitas de DNA, hibridização dos oligonucleotídeos<br />
à sequência alvo, e extensão das fitas<br />
pela ação da DNA polimerase usando os dNTPs<br />
(desoxinucleotídeos trifosfato) como substrato<br />
da reação. A enzima DNA polimerase extraída<br />
da bactéria Thermus aquaticus, denominada<br />
Taq-polimerase é usada para adicionar os desoxirribonucleotídeos<br />
a um pequeno segmento<br />
de DNA, ou primer, que dirige a síntese do novo<br />
segmento de DNA sobre o molde onde o primer<br />
se ligar. O DNA das linhagens SiHa e HeLa naturalmente<br />
infectadas com HPV-16 e HPV-18,<br />
respectivamente tem sido usadas como controle<br />
positivo da reação de PCR para detecção<br />
molecular do papilomavírus usando os oligonucleotídeos<br />
consensus MY09/11 direcionados<br />
para o gene ORF L1 amplificando um fragmento<br />
de 450 bp (Simões et al., 2016).<br />
Reação em cadeia da polimerase em<br />
tempo real<br />
Nesse ensaio, após o background (ruído de<br />
fundo) gerado pelas amplificações iniciais, o<br />
produto da amplificação marcado com moléculas<br />
fluorescentes (SYBR Green) ou sondas<br />
(Taqman) emite um sinal de fluorescência<br />
que pode ser acompanhado em tempo real<br />
até alcançar a curva de melting, e estabilizar<br />
na fase plateau quando a emissão de fluorescência<br />
é quase nula. A fluorescência gerada<br />
por diferentes comprimentos de onda de<br />
múltiplos corantes é proporcional à quantidade<br />
de produto amplificado na cinética da<br />
reação.<br />
Multiplex PCR, Nested PCR e ddPCR<br />
A reação em cadeia da polimerase convencional<br />
no formato multiplex consiste na<br />
detecção simultânea de múltiplos alvos em<br />
uma mesma reação utilizando diversos iniciadores.<br />
O tamanho das bandas dos fragmentos<br />
gerados pelo produto amplificado<br />
denominado amplicon visualizado sob luz<br />
ultravioleta, após eletroforese em gel de<br />
agarose com coloração de brometo de etídio<br />
ou outro intercalante de DNA como o gel<br />
red é o diferencial na detecção de cada vírus<br />
distinto. A outra variação da técnica chamada<br />
Nested PCR ocorre quando um segundo<br />
par de oligonucleotídeos anela nas regiões<br />
internas do produto da primeira reação a<br />
fim de aumentar a sensibilidade e especificidade<br />
do método (Santos, 2015). A sigla<br />
ddPCR, do inglês Droplet Digital Polymerase<br />
Chain Reaction, traduzida como PCR digital<br />
em gotas permite a quantificação de reações<br />
mais robustas utilizando protocolos de enzimas<br />
de restrição específicos com diferentes<br />
aplicações em eventos de edição genômica.<br />
Amplificação por círculo rolante<br />
O genoma de novos vírus DNA como poliomavírus<br />
e papilomavírus humano têm sido<br />
caracterizados pela técnica de amplificação<br />
por círculo rolante (rolling circle amplification<br />
- RCA), que utiliza oligonucleotídeos<br />
randômicos e a enzima polimerase do fago<br />
com atividade proofreading para a síntese de<br />
novas fitas. Após a circularização do genoma,<br />
os produtos amplificados podem ser digeridos<br />
por endonucleases de restrição, clonados<br />
e posteriormente sequenciados para caracterização<br />
genômica (Santos, 2015).<br />
3D Cell -SELEX<br />
Aptâmeros são pequenas moléculas de DNA<br />
ou RNA sintetizadas quimicamente selecionadas<br />
in vitro pela técnica SELEX, do inglês Systematic<br />
Evolution of Ligands by Exponencial<br />
Enrichment que apresentam uma estrutura<br />
tridimensional. Essas moléculas possuem alta<br />
especificidade e afinidade contra alvos de interesse<br />
podendo atuar como nanopartículas<br />
em estudos oncológicos ou mesmo marcados<br />
para detecção de focos infecciosos em infecções<br />
pós-cirúrgicas. Diversos modelos de estudos<br />
selecionam e caracterizam os aptâmeros considerados<br />
análogos dos anticorpos monoclonais,<br />
como sendo candidatos promissores para diversas<br />
aplicações terapêuticas em infecções virais.<br />
Essa nova técnica é a combinação das culturas<br />
de células em 3D com a seleção de sequências<br />
curtas de oligonucleotídeos a partir de uma<br />
biblioteca de ligantes específicos no reconhecimento<br />
de alvos terapêuticos (Sousa, 2016).<br />
DNA Microarray<br />
Antes mesmo das análises de expressão gênica<br />
em larga escala, já existiam outras técnicas<br />
envolvidas na análise de transcritos descritos<br />
como EST, do inglês expressed sequence tags<br />
e SAGE, serial analysis of gene expression. Tais<br />
técnicas foram substituídas gradativamente<br />
para o microarranjo de DNA (DNA microarray)<br />
com a utilização de sondas curtas ou longas que<br />
hibridizavam com determinados transcritos conhecidos<br />
para a genotipagem ou na detecção de<br />
vírus respiratórios, por exemplo (Kremer, 2019).<br />
A partir da secreção respiratória de um paciente<br />
portador da síndrome respiratória aguda grave<br />
(SARS) foi possível caracterizar pelo ensaio de<br />
DNA microarray o vírus SARS-CoV isolado em<br />
culturas de células Vero (Santos, 2015). Outros<br />
estudos empregam o microarray na identificação<br />
de sequências de peptídeos e mutações<br />
correspondentes aos pacientes portadores do<br />
câncer de mama.<br />
0 86<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
RNA-sequencing<br />
O RNA-sequencing (RNA-seq) é uma técnica<br />
que analisa a quantidade de sequências<br />
de RNAs em uma amostra usando a plataforma<br />
NGS. Em outras palavras, a análise do<br />
transcriptoma destina-se ao perfil de todos<br />
os RNAs, incluindo mRNA, rRNA e tRNA para<br />
mensurar a expressão de genes simultaneamente<br />
(expressão gênica diferencial), capaz<br />
de identificar os genes que estão sendo mais<br />
expressos (up regulated) ou menos expressos<br />
(down regulated) em um determinado<br />
momento dos processos biológicos (Kremer,<br />
2019).<br />
Sequenciamento e NGS<br />
Após a quantificação dos produtos de PCR<br />
purificados com o kit GFX PCR DNA purification<br />
(GE Healthcare), cerca de 5µL foram usados<br />
para a reação de sequenciamento usando<br />
o protocolo Big Dye (Applied Biosystems,<br />
USA). O cromatograma foi visualizado usando<br />
o software Cimarron. A qualidade das sequências<br />
obtidas foi avaliada pelo programa Chromas<br />
e/ou Biological Sequence Alignment Editor<br />
(BioEdit), e analisadas com as sequências<br />
do banco de dados Gen Bank pelo programa<br />
Basic Local Alignment Search Tool Program<br />
(Blast) para posterior construção da árvore<br />
filogenética (Simões & Barth, 2017). Em experimentos<br />
com clonagem, cerca de 500ng de<br />
DNA plasmidial são utilizados para a reação de<br />
sequenciamento convencional.<br />
O método de sequenciamento descrito por<br />
Sanger vem sendo substituído por novas<br />
tecnologias designadas Next Generation Sequencing<br />
– NGS, no estudo das sequências<br />
genômicas. Atualmente existem diversas plataformas<br />
como o pirossequenciamento (Roche<br />
Applied Sciences) muito empregadas para<br />
estudo de subpopulações do vírus da hepatite<br />
C (HCV). Outros sistemas são Ion Torrent, Illumina,<br />
LiDia-SEQ, Lasergen, QuantuMDx e GenapSys<br />
Sequencing para amplificação clonal.<br />
Clonagem<br />
O avanço de técnicas que permitiram a manipulação<br />
do DNA revolucionou a biologia<br />
molecular. A clonagem é uma técnica que<br />
consiste em isolar um fragmento de DNA e<br />
inserir em outra célula hospedeira, com capacidade<br />
de replicação independente resultando<br />
em uma molécula de DNA recombinante. Geralmente<br />
o isolamento e a caracterização de<br />
genes específicos têm sido inseridos em vetores<br />
plasmidiais. Conceitualmente, plasmídeo é<br />
um DNA circular extracromossômico presente<br />
em bactérias contendo genes de resistência<br />
a determinados antibióticos. O plasmídeo<br />
recombinante carreando o gene de interesse<br />
é inserido em uma bactéria transformada<br />
após sofrer o processo de choque térmico ou<br />
eletroporação. O sucesso das clonagens pode<br />
ser conferido com as enzimas de restrição<br />
também chamadas de endonucleases que<br />
funcionam como tesouras genéticas com capacidade<br />
de reconhecer e clivar sítios específicas<br />
do DNA.<br />
CRISPR<br />
Pequenas regiões de DNA bacterianos repetidas<br />
e interespaçadas denominada CRISPR,<br />
do inglês Clustered Regularly Interspaced<br />
Short Palindromic Repeats permite editar o<br />
DNA em regiões específicas. O sistema PAC-<br />
-MAN CRISPR-CAS-13 (prophylactic antiviral<br />
CRISPR in human cells) tem sido desenvolvido<br />
como uma estratégia profilática antiviral contra<br />
o novo coronavírus, SARS-CoV-2 (Abbott et<br />
al., 2020).<br />
Referências<br />
Abbott, R.T et al., Development of CRISPR as a prophylactic<br />
strategy to combat novel coronavirus and influenza.<br />
BioRxiv, doi: https://doi.org/10.11.01/2020.03.13.991307.<br />
Kimura, L.M.S., Junior, J.V.D. Raiva. In: Virologia Humana<br />
e Veterinária. Simões, R.S.Q (ed). Thieme Revinter:<br />
Rio de Janeiro, p: 305-316, 2019.<br />
Kremer, F.S. Análise de expressão gênica diferencial<br />
com RNA-seq (reference-guided). Omixdata, 2019.<br />
Santos, N.S.O. Diagnóstico Laboratorial das Viroses.<br />
In: Virologia Humana. 3ed. Santos, N.S.O., Romanos,<br />
M.T.V., Wigg, M.D (Eds). Guanabara Koogan: Rio de<br />
Janeiro, p: 101-140, 2015.<br />
Simões, R.S.Q., Barth, O.M. Papillomavirus (PV)-associated<br />
skin diseases in domestic and wild animals:<br />
animal nucleotide sequence identity of PV types to<br />
their closest related PV and HPV sequences deposited<br />
in the gen bank. International Journal of current microbiology<br />
and applied sciences, 6:938-951, 2017.<br />
Simões, R.S.Q. et al. HPV DNA detection: Prevalence in<br />
sexually active women from Manguinhos, Rio de Janeiro<br />
State. Virus Reviews and Research, 21:14-15, 2016.<br />
Simões, R.S.Q et al. Transient transfections of human<br />
cell lines HEK-293-T and HuH7 for production of<br />
HBsAg/HCV Chimeric protein: comparative detection<br />
using the Elisa and Western Blotting. Virus Reviews and<br />
Research, 16:111-112, 2011.<br />
Sousa, A.G et al. 3D Cell-SELEX: Development of<br />
RNA aptamers as molecular probes for PC-3 tumor cell<br />
line. Experimental Cell Research, 2016, http://dx.doi.<br />
org/10.1016/j.yexcr.2016.01.015<br />
VIROLOGIA<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões<br />
Rachel Siqueira de Queiroz Simões é Pós-doutora pelo Programa de Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz e pelo programa de<br />
Engenharia Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente encontra-se lotada no Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas<br />
Médicas vinculada ao Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. Doutora em Ciência Animal e Mestre em<br />
Produção Animal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Médica-Veterinária formada pela mesma instituição. Possui<br />
pós-graduação lato sensu em Biotecnologia pela Universidade Estadual do Maringá e especialização em Ética Aplicada e Bioética pelo Instituto<br />
Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira<br />
1Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas, Instituto Oswaldo Cruz.<br />
1Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 87
BIOSSEGURANÇA<br />
Biossegurança na Prevenção de Doenças Respiratórias<br />
Fúngicas Durante o Inverno<br />
Por: Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Vanessa Valente Elias.<br />
Durante o inverno ficamos mais vulneráveis a<br />
doenças respiratórias por oscilações climáticas<br />
e maior tempo em ambientes fechados. Além<br />
do fato de o ar frio irritar as vias aéreas, ocasionando<br />
sintomas alérgicos como a falta de ar e a<br />
coriza. Ambientes fechados e sem renovação de<br />
ar, podem acumular poeira e umidade tornando<br />
o ambiente adequado para a proliferação de<br />
fungos. Sendo esses agentes responsáveis por<br />
grande parte das reações alérgicas. De acordo<br />
com dados da Organização Mundial da Saúde,<br />
as alergias atingem, em média, 30% da população<br />
mundial.<br />
Os agentes fúngicos que compõem a microbiota<br />
do ar mais comuns são: Alternaria ssp.,<br />
Aspergillus ssp., Cladosporium sp., Fusarium<br />
ssp., Mucor ssp., Penicillium ssp. Os fungos dispersados<br />
através do ar (anemófilos) produzem<br />
uma gama de metabólicos secundários, dentre<br />
eles as micotoxinas, que causam doenças por<br />
inalação ou contato direto, sendo seus efeitos<br />
variando de desordens agudas e crônicas, a reações<br />
sistêmicas. Podendo ainda estar envolvidas<br />
com doenças de hipersensibilidade, pneumonite<br />
por hipersensibilidade, a síndrome da fadiga<br />
crônica e insuficiência renal.<br />
O ambiente domiciliar merece bastante<br />
atenção, podendo ser veículo de contaminação<br />
por fungos. Sistema de refrigeração e<br />
aquecimento das casas, resultam em diminuição<br />
da ventilação e aumento da umidade<br />
contribuindo para proliferação de mais de 200<br />
tipos de fungos, incluindo mofos e bolores.<br />
Para tanto, torna-se necessário o monitoramento<br />
da qualidade fúngica do ar e o controle<br />
ambiental de fungos viáveis. Associadas a<br />
essas ações são imprescindíveis medidas de<br />
biossegurança aplicadas nesses ambientes,<br />
incluindo reformas para correção de umidade,<br />
melhoria da ventilação e iluminação, além da<br />
retirada do material em deterioração. Preconiza-se<br />
a limpeza espacial com produtos antifúngicos<br />
ou uso de solução de limpezas desses<br />
ambientes com hipoclorito de sódio e água<br />
(proporção 1:1) além remoção da estrutura<br />
fúngica (mofo) mediante o auxílio de bucha.<br />
Toda a limpeza deve ser executada usando<br />
equipamentos de proteção individual (EPI´s)<br />
tais como luvas, óculos de proteção e uso de<br />
máscaras no momento da limpeza.<br />
Algumas medidas de preventivas são uteis<br />
para reduzir fungos nos ambientes domésticos:<br />
• Verificar se possui infiltração na residência;<br />
• Arejar o ambiente doméstico;<br />
• Manter a umidade da casa o mais baixa possível,<br />
sendo o ideal abaixo de 50%.<br />
• Após o banho, deixar as portas abertas para<br />
favorecer a circulação do ar;<br />
• Optar por desumidificador ou ar-condicionado<br />
com filtro adequado para reduzir a umidade<br />
ambiental.<br />
• Utilizar tintas fungicidas em sítios que tendem<br />
a criar umidade. O indicado é usar uma pintura<br />
permeável, como a tinta de cal, que permite que<br />
as paredes "respirem", absorvendo a umidade e<br />
minimizando a formação de manchas, bolhas e,<br />
consequentemente, o surgimento do bolor.<br />
Diante do exposto, tais medidas de Biosseguranças<br />
são úteis na diminuição de fungos anemófilos,<br />
podendo contribuir para doenças respiratórias<br />
ou agravamento do estado de saúde em<br />
crianças e pessoas imunocomprometidas.<br />
É de fundamental importância que todos nós<br />
desenvolvamos a “percepção do invisível”, que<br />
contribui na prevenção das infecções.<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />
Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />
Te.: (81) 9.9796-5514<br />
Gleiciere Maia Silva<br />
(@profa.gleicieremaia )<br />
Gleiciere Maia Silva (@profa.gleicieremaia ): Biomédica,<br />
Especialista em Micologia, Mestre em Biologia de Fungos e<br />
Doutoranda em Medicina Tropical.<br />
0 88<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
INFORMES DE MERCADO<br />
Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />
dos produtos e lançamentos do setor.<br />
Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />
Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Seu laboratório está preparado para a chegada do inverno?<br />
Esses dois testes rápidos vão facilitar a sua rotina.<br />
Com a chegada do inverno aparecem também<br />
as doenças respiratórias. É por isso que<br />
nós da Diagnóstica Cremer buscamos sempre<br />
novidades que facilitem a rotina dos laboratórios.<br />
A Abbott, nossa parceira de anos, trouxe<br />
ao mercado duas soluções em testes rápidos<br />
importantes para esse momento: o teste Influenza<br />
Ag A/B/A(H1N1) pandêmico e o RSV.<br />
No ano de 2009 a pandemia de Influenza<br />
(gripe suína) foi um surto global de uma nova<br />
cepa do vírus influenza A, subtipo H1N1. O kit<br />
de teste rápido SD BIOLINE Influenza Ag A/B/<br />
A(H1N1) pandêmico é um imunoensaio cromatográfico<br />
para a detecção diferencial e qualitativa<br />
de antígenos do vírus da Influenza tipo<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
A, tipo B e A (H1N1) pandêmico diretamente<br />
de swab nasal/da garganta/nasofaríngeo ou<br />
espécimes de aspirado nasal/nasofaríngeo.<br />
O vírus respiratório sincicial (RSV) é uma das<br />
principais causas de doença respiratória grave<br />
em bebês prematuros e crianças de até cinco<br />
anos. Os sintomas podem variar de uma leve<br />
gripe até bronquiolite e pneumonia, podendo<br />
ser confundida facilmente com outras doenças,<br />
como influenza.<br />
Acreditamos que a chave para o sucesso do<br />
tratamento e a recuperação completa é, na<br />
maioria das vezes, um diagnóstico rápido e<br />
preciso. Os testes e diagnósticos da Abbott<br />
fornecem informações que permitem decisões<br />
mais inteligentes e rápidas, podendo<br />
transformar a maneira como a saúde é tratada.<br />
E você, está preparado para a chegada<br />
do inverno?<br />
Entre em contato! Nós da Diagnóstica Cremer<br />
estamos à disposição para melhor atender<br />
laboratórios de todo o Brasil.<br />
Telefone: 0800 729 3090<br />
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0 89
INFORME DE MERCADO<br />
Saiba quais são os exames para a detecção da COVID-19<br />
Ao longo da pandemia vários exames foram desenvolvidos<br />
para a identificação da doença, conheça os exames<br />
fornecidos pelo Diagnósticos do Brasil.<br />
O novo Coronavírus SARS-CoV-2 tomou conta do<br />
planeta neste ano. Além de altamente contagioso, o vírus,<br />
causador da COVID-19, apresenta um novo desafio<br />
para a humanidade, por ser uma nova doença, muitos<br />
detalhes da sua fisiopatologia são desconhecidos, o que<br />
ainda gera muitas dúvidas. Para o diagnóstico com mais<br />
exatidão foi preciso novas atualizações nos protocolos e<br />
avanços nas condutas e tratamento dos pacientes.<br />
A COVID-19 é transmitida basicamente de pessoa a<br />
pessoa através de gotículas produzidas nas vias respiratórias<br />
das pessoas infectadas. Essas gotículas, quando<br />
lançadas no ambiente por meio da tosse, espirros ou<br />
secreções, infecta indivíduos próximos. A incubação do<br />
vírus dura em média de 5 a 6 dias, podendo se estender<br />
de 1 a 14 dias, alguns estudos também indicam a contaminação<br />
no estágio de incubação, mesmo que a pessoa<br />
ainda não apresente os sintomas, assim como, no estágio<br />
final, onde já exista uma evolução do quadro da doença.<br />
Em relação às alterações laboratoriais na doença,<br />
alguns índices devem ser levados em consideração.<br />
Frequentemente encontra-se alteração nas taxas de<br />
Aminotransferases (ALT e AST), Desidrogenase Lática<br />
(LDH) e marcadores inflamatórios como Ferritina, Proteína<br />
C Reativa (PCR) e Velocidade de Hemossedimentação<br />
(VHS). No Hemograma do paciente também é importante<br />
observar alguns marcadores. “Em alguns quadros o<br />
paciente pode apresentar linfopenia, ou seja, uma quantidade<br />
de linfócitos baixa. Já a contagem total de leucócitos<br />
pode apresentar-se fora dos padrões, sendo de forma<br />
muita elevada ou muito baixa (leucocitose e leucopenia).<br />
Também são observadas a elevação da Procalcitocina,<br />
que pode ocorrer em casos mais graves, associados a infecções<br />
bacterianas secundárias. Alterações nos exames<br />
de coagulação também são comuns e valores elevados<br />
do Dímero D tem demonstrado uma associação com a<br />
gravidade da doença e o aumento no risco de mortalidade”,<br />
explica Dr. Carlos Aita, médico responsável pelo<br />
laboratório do DB.<br />
Para o diagnóstico mais preciso é fundamental a aplicação<br />
dos exames para a detecção da doença. Hoje o<br />
mercado apresenta variações nos tipos de exames, desde<br />
sua tecnologia para análise, metodologia aplicada e tipo<br />
de coleta. O primeiro exame a surgir no mercado foi o RT-<br />
-PCR, que utiliza da tecnologia molecular. O exame detecta<br />
o RNA do vírus na amostra clínica e é indicado principalmente<br />
em casos agudos, em pacientes que já estão<br />
com sintomas. A detecção eventualmente pode ocorrer<br />
já a partir do 3º dia de contágio, mas a sensibilidade aumenta<br />
bastante a partir do início dos sintomas e pode se<br />
prolongar até em torno de 14 dias da infecção. A coleta é<br />
feita por meio de swab de oro e nasofaringe, devendo ser<br />
realizada por pessoal devidamente treinado, para evitar o<br />
risco de ocorrência de resultados falsos negativos.<br />
Já os exames chamados “sorológicos” detectam a<br />
presença dos anticorpos anti SARS-CoV-2 na circulação,<br />
e podem ser realizados por diferentes tecnologias<br />
incluindo ELISA, Quimioluminescência (CLIA), Eletroquimioluminescência<br />
(ECLIA), dentre outras. Os exames<br />
conhecidos como “testes rápidos” também realizam a<br />
detecção dos anticorpos, mas em geral empregam o<br />
método de Imunocromatografia. Todos os exames que<br />
avaliam a presença de anticorpos são classificados como<br />
exames indiretos, já que fazem a detecção da resposta<br />
imune ao vírus, e não da presença do vírus no organismo.<br />
A presença do vírus é feita pelo teste de PCR descrito<br />
anteriormente.<br />
dos sintomas, a pesquisa de anticorpos IgA, IgM ou de<br />
anticorpos totais pode auxiliar na definição da exposição<br />
recente ao SARS-CoV-2. Os anticorpos totais e o IgA começam<br />
a mostrar positividade a partir do 7º dia do início<br />
dos sintomas, e a sensibilidade aumenta a partir do 15º<br />
dia. O IgM pode apresentar o mesmo perfil, mas tende a<br />
mostrar sensibilidade discretamente menor, e em algumas<br />
situações pode nem mesmo positivar. As concentrações<br />
tanto de IgA quanto IgM tendem a decair logo nas<br />
primeiras semanas após a resolução do quadro. Em boa<br />
parte dos casos se tornam negativas ao final do primeiro<br />
mês, embora ainda não esteja completamente estabelecido<br />
o seu perfil de evolução na doença. Os anticorpos<br />
totais, por outro lado, devem permanecem positivos por<br />
longo prazo pelo fato de detectarem também a presença<br />
das imunoglobulinas IgG, de memória. Por este motivo,<br />
ambos têm aplicação principalmente na investigação da<br />
exposição pregressa ao SARS-CoV-2.<br />
Recente no mercado, o exame Ig Total permite a detecção<br />
dos anticorpos totais (incluindo IgM e IgG) no soro.<br />
Quando realizado pelo método de eletroquimioluminescência<br />
(ECLIA) emprega a técnica de duplo antígeno,<br />
mostrando elevada especificidade (em torno de 99,8%)<br />
deste modo diminuindo muito o risco de resultados<br />
falsos positivos como aqueles causados por anticorpos<br />
dirigidos a outros coronavírus e outros vírus respiratórios<br />
causadores de gripe comum. Em relação à sensibilidade,<br />
pode chegar a 100% quando a amostra for obtida a partir<br />
do 15º dia de início dos sintomas. A amostra é obtida<br />
por coleta de sangue venoso e separação do soro, e o exame<br />
é capaz de apresentar resultados em até 18 minutos.<br />
A principal indicação do teste é para avaliar a exposição<br />
pregressa ao SARS-CoV-2, em pessoas assintomáticas ou<br />
que apresentaram quadro clínico sugestivo de COVID-19<br />
há pelo menos 15 dias atrás. Deste modo permitindo<br />
uma avaliação epidemiológica e auxiliando a sociedade<br />
na elaboração de estratégias que garantam a segurança<br />
no momento da reabertura do mercado.<br />
O DB é referência em apoio laboratorial e disponibiliza<br />
para os mais de cinco mil laboratórios parceiros em<br />
todo o país vários tipos de exames para a detecção da<br />
Covid-19, garantindo confiabilidade nos resultados, segurança<br />
nas amostras e agilidade nos prazos.<br />
Existem no mercado diversos kits diagnósticos que<br />
permitem a detecção dos anticorpos totais ou das diferentes<br />
classes de imunoglobulinas, como IgM, IgA e IgG.<br />
Apesar de ter aplicação limitada no diagnóstico do quadro<br />
agudo devido ao período de “janela imunológica” da<br />
doença, que pode durar até duas semanas após o início<br />
Diagnósticos do Brasil<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Acesso remoto aos analisadores CellaVision:<br />
Telepatologia acessível a todos<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Muitos profissionais de laboratório que<br />
trabalham na área da hematologia já<br />
conhecem ou utilizam a tecnologia CellaVision<br />
para a realização da contagem diferencial<br />
automatizada de leucócitos. O equipamento<br />
faz a leitura das lâminas e fornece ao analista<br />
uma pré-classificação dos leucócitos, bem<br />
como a pré-caracterização dos eritrócitos<br />
através da análise morfológica conduzida por<br />
inteligência artificial.<br />
Nos últimos quinze anos a morfologia celular<br />
digital tem se tornado uma realidade na maioria<br />
dos laboratórios de grande volume de amostras.<br />
Nestas instituições, é muito comum o acesso<br />
remoto aos analisadores CellaVision, onde um<br />
ou mais analistas acessam remotamente as<br />
imagens das células dos pacientes que tiveram<br />
suas amostras selecionadas para a contagem<br />
diferencial. Este acesso remoto permite que<br />
colaboradores revisem amostras processadas<br />
em outro local, por exemplo, em um laboratório<br />
satélite, um hospital afastado dos grandes<br />
centros ou outro laboratório afiliado.<br />
A tecnologia CellaVision, antes disponível<br />
apenas para laboratórios de grande volume de<br />
amostras, agora está ao alcance de laboratórios<br />
de todos os portes. Durante a última edição<br />
do AACC, maior evento de análises clínicas<br />
do mundo, a CellaVision apresentou um novo<br />
equipamento de pequeno porte, o DC-1 - ideal<br />
para laboratórios com pequeno volume de<br />
amostras. O novo modelo processa uma lâmina<br />
por vez e possui todas as funcionalidades<br />
dos equipamentos CellaVision maiores. Desta<br />
forma, laboratórios pequenos também poderão<br />
contar com os recursos CellaVision, o que inclui<br />
o acesso remoto, permitindo a colaboração<br />
de analistas localizados em outros centros<br />
diagnósticos. Especialistas em morfologia<br />
poderão opinar ou até mesmo assinar casos<br />
processados em laboratórios afastados. A<br />
telepatologia aumenta a precisão dos exames<br />
e a atuação dos especialistas em morfologia<br />
celular. É notável a redução do tempo de entrega<br />
dos resultados (TAT), o incremento da acurácia<br />
diagnóstica e da produtividade e, sobretudo,<br />
da consistência, uma vez que o processo de<br />
contagem diferencial se torna padronizado.<br />
Saiba mais em www.cellavision.com<br />
Contato: Wagner Miyaura - Market<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 91
INFORME DE MERCADO<br />
Como escolher um teste rápido de qualidade para a detecção da<br />
COVID-19<br />
Aprovação da ANVISA, reconhecimento por estudos científicos independentes e entendimento do método<br />
são fundamentais para a escolha segura.<br />
Em um estudo conduzido pelo Prof. Dr.<br />
Giuseppe Lippi (Itália) utilizando quimioluminescência,<br />
os pacientes foram analisados<br />
em 3 diferentes períodos (≤ 5 dias após o<br />
início dos sintomas, 5-10 dias, 10-21 dias).<br />
Nestes 3 períodos, o IgM foi positivo respectivamente<br />
em 3.3%, 15.4% e 60% dos pacientes,<br />
enquanto o IgG foi positivo em 10%,<br />
53.8% e 100% dos pacientes.<br />
Estudos científicos sérios têm demonstrado<br />
que os testes que detectam simultaneamente<br />
os anticorpos IgM e IgG são os mais<br />
apropriados na detecção do SARS-CoV-2.<br />
Em imunologia, é clássico o conceito de<br />
que IgM, é um anticorpo de fase aguda, e<br />
IgG é um anticorpo de fase tardia. No entanto,<br />
isto não é válido quando se trata do<br />
vírus SARS-CoV-2. Estudos apontam que o<br />
IgG se torna positivo simultaneamente ao<br />
IgM ou até mesmo antes que o IgM, quando<br />
se trata de análise de COVID-19. Além<br />
disso, muitos pacientes infectados pelo<br />
SARS-CoV-2 nunca se tornam IgM positivo.<br />
Uma publicação no jornal científico The<br />
Lancet também encontrou que, na maioria<br />
dos pacientes, o IgG positivou primeiro que o<br />
IgM tanto para os anticorpos anti-RBD quanto<br />
para os anticorpos anti-proteína N.<br />
De acordo com 596 amostras analisadas<br />
pelo fabricante, o teste One Step CO-<br />
VID-2019 possui uma sensibilidade de<br />
86,43% e uma especificidade de 99,57%.<br />
Os dados foram confirmados por estudos<br />
independentes, entre eles, está um de Harvard<br />
com a Universidade da Califórnia UCSF.<br />
Nele o Celer One Step COVID-2019 esteve<br />
entre os dois únicos testes rápidos com especificidade<br />
maior que 99%.<br />
Entre os dias 1-5 após o início dos sintomas,<br />
o estudo Harvard-UCSF mostrou que o<br />
teste Celer possui uma das mais altas sensibilidades:<br />
40,0%. Entre os dias 16-20 após<br />
o início dos sintomas, o teste Celer também<br />
obteve a maior sensibilidade (81%) entre os<br />
vários avaliados pelos pesquisadores.<br />
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0 92<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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Biotecnologia S.A.
INFORME DE MERCADO<br />
ENZYTEC traz múltiplas soluções para<br />
o seu negócio em Diagnóstico In Vitro<br />
A Enzytec Biotecnologia foi criada em 2005<br />
com o objetivo de oferecer serviços especializados<br />
de pesquisa e desenvolvimento de produtos<br />
para empresas de diagnóstico in vitro,<br />
aliados à expertise de seus sócios em enzimologia<br />
e imunologia aplicadas.<br />
registrou mais de 800 produtos na ANVISA,<br />
entre reagentes, kits e equipamentos médicos.<br />
Também, já contribuiu com a implantação de<br />
Boas Práticas de Distribuição e de Fabricação<br />
de diversas empresas de saúde e biotecnologia<br />
no Brasil.<br />
de clientes, públicos ou privados, provendo<br />
“Múltiplas Soluções para seu Negócio em<br />
Biotecnologia”, gerando competitividade à<br />
sua empresa.<br />
Das parcerias efetivadas a empresa passou<br />
a incorporar em seu portifolio de serviços a<br />
validação técnica de produtos, elaboração<br />
de projetos arquitetônicos de indústrias para<br />
saúde, pesquisas de mercado e planos de negócios,<br />
tornando a consultoria mais completa<br />
e abrangente.<br />
Em números, a empresa já desenvolveu mais<br />
de 70 produtos para diagnóstico in vitro, licenciados<br />
para diversas empresas do setor, e<br />
Atualmente, a empresa domina diversas tecnologias<br />
como de reagentes para bioquímica<br />
clínica, turbidimetria, calibradores e controles,<br />
ELISA, fluorescência e biologia molecular, e<br />
avança constantemente na incorporação de<br />
novas tecnologias.<br />
Dividida em 3 áreas: Business; Technology<br />
e Regulatory Affairs, dada a multiplicidade<br />
de serviços, a empresa possui a versatilidade<br />
em atender com excelência diversos perfis<br />
Márcio H. Lacerda Arndt – CEO / Fundador<br />
+55 31 99145 9259<br />
enzytec.com<br />
enzytec@enzytec.com<br />
VERI-Q TM PCR 316 COVID-19<br />
Plataforma de Detecção PCR Real Time<br />
O sistema Veri-Q é compacto e ultrarrápido<br />
com resultados de PCR em Tempo Real para<br />
SARS-COV-2 em até 2 horas.<br />
Todos os processos de detecção de genes são<br />
baseados no método TaqMan e com isto os resultados<br />
são obtidos rapidamente com grande<br />
precisão.<br />
A PMH Produtos Médicos Hospitalares,<br />
empresa que atua no mercado diagnóstico<br />
há 36 anos com produtos de alta qualidade,<br />
vem se consolidando com uma grande força<br />
na comercialização de produtos para Biologia<br />
Molecular para o mercado Brasileiro.<br />
Apresentamos o sistema para suporte<br />
ao diagnóstico da Covid-19 pela metodologia<br />
de PCR em Tempo Real, Veri-Q da<br />
MicoBiomed, empresa da Coreia do Sul,<br />
especializada em diagnóstico por Biologia<br />
Molecular.<br />
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especializado poderá ajudar o seu laboratório<br />
na luta contra a COVID-19.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
QIAGEN recebe aprovação para teste molecular de BCR-ABL<br />
no monitoramento de Leucemia Mielóide Crônica<br />
ANVISA aprova uso do ipsogen BCR-ABL1 Mbcr RGQ RT-PCR Kit para detecção quantitativa de fusões BCR-ABL1 Mbcr na escala internacional<br />
e reporte de resposta molecular<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Com o lançamento do kit, que conta com<br />
uma das maiores sensibilidades do mercado,<br />
a QIAGEN traz aos laboratórios brasileiros mais<br />
uma opção no monitoramento de resposta<br />
a tratamento de pacientes diagnosticados<br />
com Leucemia Mielóide Crônica cromossomo<br />
Philadelphia positivos (Ph+) p210. O<br />
kit, desenvolvido pela QIAGEN, líder mundial<br />
em soluções da amostra à descoberta para<br />
diagnóstico molecular, é pronto para uso, e<br />
conta com todos os reagentes necessários à<br />
detecção quantitativa dos transcritos de fusão<br />
BCR-ABL1 Mbcr no RNA total, com reporte<br />
na escala internacional e medida da resposta<br />
molecular MMR, MR4 e MR4.5. Por meio de<br />
PCR real-time no equipamento Rotor-Gene® Q<br />
5plex HRM, oferece performance comprovada<br />
e altos níveis de especificidade e reprodutibilidade,<br />
e foi otimizado para máxima sensibilidade,<br />
alcançada com limite de detecção<br />
de 0,0031% (3,13 CNMbcr com ABL1CN =<br />
100.000).<br />
Os conjuntos de primers e sondas são projetados<br />
de acordo com as recomendações da Europe<br />
Against Cancer (EAC). O kit também inclui um<br />
calibrador IS-MMR que permite a conversão de<br />
resultados na Escala Internacional da Organização<br />
Mundial da Saúde (OMS) para medição<br />
precisa da resposta molecular, resposta molecular<br />
principal (MMR) e MR4.5 de acordo com<br />
as recomendações atualizadas para gerenciamento<br />
de Leucemia Mielóide Crônica, também<br />
chamada resposta molecular profunda (DMR).<br />
O calibrador IS-MMR é incluído em todas as<br />
corridas para evitar variações intra e interlaboratoriais.<br />
Também são incluídos RNA de controle<br />
positivo alto e baixo para monitorar as etapas<br />
de transcrição reversa e amplificação de ABL1 e<br />
BCR-ABL1 Mbcr durante a quantificação.<br />
Figura 1. Limite de detecção (LOD) e resposta molecular<br />
O kit ipsogen BCR-ABL1 Mbcr RGQ RT-PCR faz<br />
parte do grupo de soluções ipsogen para detecção<br />
de biomarcadores relevantes na pesquisa e<br />
diagnóstico em oncohematologia, e em conjunto<br />
com os produtos therascreen para câncer<br />
de tecidos sólidos compõe um compreensivo<br />
menu de opções em medicina personalizada.<br />
A QIAGEN é pioneira em Medicina de Precisão<br />
e líder global em colaborações com<br />
empresas farmacêuticas e de biotecnologia<br />
para desenvolvimento de diagnósticos complementares,<br />
que detectam anormalidades<br />
genéticas clinicamente relevantes que orientam<br />
a tomada de decisão clínica sobre o uso<br />
de drogas em doenças como o câncer. A QIA-<br />
GEN possui uma profundidade e amplitude<br />
incomparáveis de tecnologias, desde NGS até<br />
PCR, para desenvolvimento de diagnóstico<br />
complementar, e atualmente está trabalhando<br />
sob acordos de colaboração com mais de<br />
25 empresas para desenvolver e comercializar<br />
testes de diagnóstico complementar para<br />
seus candidatos a medicamentos.<br />
O kit ipsogen BCR-ABL1 Mbcr RGQ RT-PCR<br />
destina-se a diagnóstico in vitro. Para informações<br />
atualizadas sobre licenciamento e<br />
limitações de responsabilidade específicas<br />
do produto, consulte o respectivo manual<br />
do kit QIAGEN ou o manual do usuário. Os<br />
manuais do kit QIAGEN e do usuário estão<br />
disponíveis em www.qiagen.com ou podem<br />
ser solicitados à Assistência Técnica ou<br />
ao distribuidor local da QIAGEN.<br />
Saiba mais em www.qiagen.com<br />
ou podem ser solicitados à Assistência<br />
Técnica ou ao distribuidor local da<br />
QIAGEN<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 95
INFORME DE MERCADO<br />
PRO-IN COVID-19 DO PNCQ COM REGISTRO NA ANVISA<br />
Essas amostras são liofilizadas, garantindo<br />
sua estabilidade durante o transporte e<br />
têm validade de 3 anos. Podem ser solicitadas<br />
pelo APP PNCQ ou pela área restrita do<br />
Laboratório Participante.<br />
O PNCQ informa que o registro do Controle<br />
Interno da Qualidade PRO-IN COVID-19<br />
foi aprovado pela ANVISA e estão disponibilizadas<br />
amostras-controle nas seguintes<br />
metodologias:<br />
· Imunocromatografia<br />
· Quimioluminescência<br />
· Eletroquimioluminescência<br />
· ELISA<br />
Também estão disponíveis os Programas de<br />
Controle Externo da Qualidade (Ensaio de Proficiência)<br />
PRO-EX COVID-19 qualitativo, com frequência<br />
trimestral nas seguintes metodologias:<br />
· RT-PCR em Tempo Real<br />
· Imunocromatografia<br />
· Quimioluminescência<br />
· Eletroquimioluminescência<br />
· ELISA<br />
Estes controles são obrigatórios para todos<br />
os laboratórios que realizam este exame.<br />
Para informações,<br />
entre em contato pelo e-mail<br />
pncq@pncq.org.br<br />
D-Dímero mLabs®<br />
Auxílio na estratificação da gravidade por infecção do COVID - 19<br />
Com a disseminação do COVID-19, diversos<br />
estudos estão sendo publicados, possibilitando<br />
o maior conhecimento da doença<br />
na tentativa de reduzir o número de casos e<br />
a gravidade dos indivíduos infectados.<br />
Recentemente pesquisadores chineses<br />
avaliaram achados laboratoriais os quais<br />
foram correlacionados valores elevados<br />
de D-Dímero como valor preditivo para a<br />
gravidade da doença, conforme artigo publicado<br />
no The Journal of Thrombosis and<br />
Haemostasis.<br />
Diante aos novos estudos a Sociedade<br />
Britânica de Hematologia, sugeriu a execução<br />
de testes de coagulação em indivíduos<br />
infectados por COVID-19. Dentre os testes<br />
laboratoriais, está recomendado a dosagem<br />
do D-Dímero, permitindo assim com os outros<br />
testes de coagulação o cálculo do escore<br />
de coagulação intravascular disseminada<br />
estabelecido pela Sociedade Internacional<br />
de Trombose e Hemostasia (ISTH), auxiliando<br />
na estratificação da gravidade por<br />
infecção do COVID-19.<br />
O teste do D-Dímero é de uso clinicamente<br />
significativo na decisão do diagnóstico<br />
de pacientes com suspeitas de episódios<br />
trombóticos, tais como a trombose venosa<br />
profunda (TVP), embolia pulmonar (EP)<br />
e coagulação intravascular disseminada<br />
(CID/CIVD).<br />
O teste de D-Dímero realizado no equipamento<br />
mLabs® tem como metodologia a imunofluorescência<br />
num cartucho micro fluídico.<br />
Utilizando um baixo volume de amostra de<br />
sangue total, permite a execução do teste a<br />
beira do leito do paciente.<br />
Referências bibliográficas:<br />
• Tang, Ning, et al. “Abnormal Coagulation parameters are associated<br />
with poor prognosis in patients with novel coronavirus pneumonia.”<br />
Journal of Thrombosis and Haemostasis (2020).<br />
Para maiores informações, entre em<br />
contato através do<br />
e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />
ou (11) 5185- 8181.<br />
0 96<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
INFORME DE MERCADO<br />
IOT – Monitoramento Remoto Assistido<br />
Monitorar refrigeradores para evitar perda de materiais biológicos (vacinas, medicamentos).<br />
Benefícios:<br />
Monitoramento:<br />
- Perda de energia ou rede AC;<br />
- Gráfico de temperatura;<br />
- Localização;<br />
- Registro e monitoramento automatizado,<br />
contínuo e on-line gerenciamento e controle<br />
para detecção de abertura de porta dos equipamentos<br />
monitorados;<br />
- Alertas diversos;<br />
- Não utiliza a rede de computadores e internet<br />
do cliente.<br />
O UTE (Unidade Tecnológica Especial) é utilziado<br />
em equipamentos que necessitam de<br />
acompanhamento de temperatura à distância,<br />
evitando perdas e melhorando a qualidade com<br />
o monitoramento assistido.<br />
Características:<br />
Controle eficaz do monitoramento da temperatura<br />
de refrigeradores e freezers;<br />
Garantir que os materiais armazenados ficam<br />
como determina a ANVISA, de 2 o C à 8 o C.<br />
Para maiores informações,<br />
19 3936 1705 | 19 9956 2541<br />
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Unidades Refrigeradas – Única caixa monitorada e refrigerada ativa da América<br />
Latina. Nunca foi tão fácil transportar materiais que necessitam de controle de temperatura.<br />
Benefícios<br />
- Não irá necessitar de gelox<br />
- Evite perda de material biológico<br />
Monitoramento:<br />
- Localização | Rota;<br />
- Lacre de violação de porta em curso do trajeto;<br />
- Curvas bruscas, frenagem e aceleração do trajeto;<br />
Relatórios em gráficos e analítico, afim de garantir<br />
o processo de transporte;<br />
- Alertas diversos.<br />
A Caixa Refrigerada com compressor de<br />
Alta Tecnologia irá trazer segurança, praticidade<br />
e confiabilidade a todo o seu processo<br />
de transporte e acondicionamento, sendo<br />
seus produtos monitorados 100% via plataforma<br />
WEB.<br />
Características:<br />
- Diversos tamanhos - de 11L até 95L;<br />
- Unidade Refrigerada com temperatura estabilizada<br />
de 2 o C à 8 o C;<br />
- Sistema de gestão de monitoramento na<br />
cadeia do frio ANVISA - RDC.<br />
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0 98<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Bunzl Saúde – o portal de compras para laboratórios, clínicas e<br />
demais estabelecimentos de saúde<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
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CMY<br />
K<br />
A Bunzl Saúde acompanha a mudança de<br />
comportamento no mercado digital, e entende<br />
a importância de manter o relacionamento<br />
em todos os canais. Deste modo, o Portal Bunzl<br />
Saúde visa oferecer uma melhor experiência<br />
de compra aos seus clientes, onde quer que<br />
eles estejam.<br />
O Portal Bunzl Saúde atende empresas, profissionais,<br />
estudantes da área e até mesmo<br />
pessoas físicas, disponibilizando um amplo<br />
portfólio com marcas consolidadas que se<br />
destacam pela credibilidade de atuação nas<br />
linhas diagnóstica e hospitalar, apresentando<br />
ao mercado produtos certificados por padrões<br />
nacionais e internacionais de qualidade.<br />
A proposta é oferecer aos clientes facilidade<br />
ao comprar, diferenciando as lojas por<br />
segmentos de negócios: Laboratório, Hospital,<br />
Dental, Veterinário, Home Care, Estética,<br />
Farmácia e Estudante, tornando possível<br />
o máximo de aproveitamento das potencialidades<br />
dos produtos, seja para o uso do<br />
estabelecimento ou para abastecimento de<br />
estoque.<br />
Além disso, os clientes contam com um<br />
atendimento on-line para dúvidas sobre produtos<br />
e suporte técnico.<br />
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(11) 3652-2525<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
Biossegurança dos Equipamentos Hematológicos Celltac da Nihon Kohden<br />
A biossegurança tem um papel importante<br />
e crucial na rotina laboratorial, tanto que existem<br />
regulamentações destinadas que impõem<br />
regras com intuito de prevenir contaminações<br />
e outras ocorrências que possam interferir na<br />
saúde de qualquer profissional dentro deste<br />
ambiente. Algumas medidas adotadas pela<br />
maioria dos laboratórios incluem a utilização<br />
de equipamentos de proteção individuais (EPI’s)<br />
e coletivos (EPC’s), organização e limpeza do<br />
ambiente, equipamentos e instrumentos laboratoriais.<br />
MEK-6500<br />
Atualmente com o enfrentamento da CO-<br />
VID-19, devido à alta transmissibilidade e aumento<br />
das atividades laboratoriais para atender<br />
a demanda, há a necessidade de preservar os<br />
profissionais desta área. Se já são fornecidos<br />
os equipamentos básicos como os EPI’s é importante<br />
seguir um plano mais abrangente<br />
como cita o estudo fornecido pela Organização<br />
Mundial da saúde (OMS), Laboratory biosafety<br />
guidance related to coronavirus disease (Disponível<br />
em https://www.who.int/publications/i/<br />
item/laboratory-biosafety-guidance-related-<br />
-to-coronavirus-disease-(covid-19)), que destaca<br />
como deve ser a manipulação de materiais<br />
altamente infecciosos inclusive os que podem<br />
causar respingos e gotículas, como ocorre no<br />
setor de hematologia ao abrir tubos para processamento<br />
das amostras.<br />
MEK-9100<br />
MEK-7300<br />
Para aumentar a biossegurança dentro do<br />
seu laboratório e evitar ao máximo o contato<br />
direto com o sangue e eventuais acidentes ao<br />
abrir o tubo de hemograma, toda a linha de<br />
equipamentos hematológicos de uso humano<br />
da Nihon Kohden possui sistema de perfuração<br />
de tampa e diluição automática de amostras,<br />
compatível com a maioria dos tubos comercializados<br />
no mercado brasileiro, levando mais<br />
segurança e agilidade para seu laboratório.<br />
Opte pela segurança do seu laboratório!<br />
Opte por equipamentos hematológicos Celltac da Nihon Kohden!<br />
NIHON KOHDEN<br />
Rua Diadema, 89 1° andar CJ11 a 17<br />
Bairro Mauá – São Caetano do sul/SP<br />
CEP 09580-670, Brasil<br />
Contato: +55 11 3044-1700<br />
FAX: + 55 11 3044-0463<br />
fabio.jesus@nkbr.com.br<br />
0 100<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
A Erba Brasil lança o ErbaLisa COVID-19 IgM/IgG<br />
e obtém os registros na ANVISA<br />
Com elevada sensibilidade e especificidade,<br />
além de alto desempenho, o método ELISA tem<br />
se destacado dentre os testes sorológicos, por se<br />
tratar de uma metodologia estabelecida, confiável<br />
e amplamente utilizada no diagnóstico de<br />
diversas doenças.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Com marcação CE, os testes ErbaLisa CO-<br />
VID-19 IgM/IgG estão agora oficialmente registrados<br />
na ANVISA! Além disso, o monitoramento<br />
pós-mercado da qualidade de dispositivos<br />
para diagnóstico in vitro da COVID-19 realizado<br />
pelo INCQS a pedido da ANVISA teve resultados<br />
analíticos SATISFATÓRIOS para o lote analisado<br />
do kit ErbaLisa COVID-19 IgG.<br />
Lançado pela Erba Mannheim junto à Calbiotech,<br />
sua subsidiária nos EUA, o teste sorológico<br />
é vendido no Brasil pela Erba Brasil e já se encontra<br />
disponível para pedidos.<br />
Além de sua utilidade no diagnóstico da CO-<br />
VID-19, os testes de ELISA IgM e IgG podem<br />
ser utilizados para testagem regular do corpo<br />
clínico hospitalar ou para verificar a eficácia de<br />
futuras vacinas.<br />
Esses testes têm uma função importante, ainda,<br />
na testagem em massa da população, a fim<br />
de avaliar o real contato de pessoas assintomáticas<br />
com a doença, ajudando na formulação de<br />
políticas públicas.<br />
Para saber mais sobre os kits ErbaLisa<br />
COVID-19 IgM/IgG, entre em contato com a<br />
equipe ERBA Brasil pelo<br />
e-mail: brazilsales@erbamannheim.com<br />
ou telefone: (31) 99837-8405.<br />
Vida Biotecnologia confirma a expansão para 2020<br />
A empresa que neste ano completa 10 anos de<br />
mercado, vem se destacando com imponência na<br />
fabricação de todos os reagentes para química<br />
clínica, hematologia, látex e testes-rápidos.<br />
Sua equipe conta com profissionais experientes<br />
e gestores capacitados para a expansão diante<br />
dos desafios impostos a 2020, sempre com muita<br />
determinação, positivismo e força de trabalho.<br />
A Vida Biotecnologia confirma a expansão<br />
de sua estrutura ainda para 2020. Em<br />
uma área de aproximadamente 2500 m² a<br />
empresa visa ampliar seus horizontes, além<br />
de trazer conforto e bem-estar a seus colaboradores.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
A nova sede que está sendo preparada conta<br />
com excelente localização ao lado da sede<br />
administrativa do governo de Minas Gerais, as<br />
margens de uma importante via expressa de<br />
Belo Horizonte e a poucos minutos do Aeroporto<br />
Internacional de Confins.<br />
Para mais informações, entre em contato<br />
com sua Central de Atendimento<br />
(31) 3466-3351 ou através do site<br />
www.vidabiotecnologia.com.br.<br />
0 101
INFORME DE MERCADO<br />
ARBOVIROSES<br />
Arbovírus são vírus que apresentam parte do<br />
seu ciclo de replicação em insetos vetores, prin-<br />
Conforme dados do Ministério da Saúde, é<br />
possível observar altas taxas de incidência<br />
bém em secundárias. Portanto, a determinação<br />
desses antígenos é um instrumento im-<br />
cipalmente mosquitos e, são transmitidos aos<br />
para as arboviroses no país, principalmente<br />
portante para a detecção de infecções agudas<br />
seres humanos e animais através da picada de<br />
nas regiões nordeste, centro-oeste e sul.<br />
de dengue, sendo recomenda a investigação<br />
mosquitos (artrópodes hematófagos), causan-<br />
dos anticorpos específicos em paralelo.<br />
do doenças conhecidas como arboviroses.<br />
Tendo em vista que no Brasil temos a circulação<br />
simultânea dessas arboviroses, inclusive<br />
Para realização dos testes pelo método de<br />
Os principais arbovírus emergentes no Brasil<br />
Mayaro vírus, o diagnóstico assertivo é fun-<br />
ELISA, podem ser utilizadas amostras de soro,<br />
são: Dengue vírus, Zika vírus, Chikungunya Ví-<br />
damental para a detecção e diferenciação da<br />
plasma ou papel filtro.<br />
rus e Mayaro vírus, transmitidos pelo mosqui-<br />
doença, principalmente por apresentarem sin-<br />
to Aedes aegypti<br />
tomas similares, de modo a contribuir para um<br />
Referências Bibliográficas<br />
direcionamento adequado para o tratamento<br />
1- Martins MM, Barbosa AP, Cunha AJ. Arbo-<br />
O Brasil é país tropical de grande extensão ter-<br />
da doença.<br />
viroses na Infância, 2020<br />
ritorial (8.514.215km²) e mais de 1/3 deste terri-<br />
2- Figueiredo LTM. Arboviroses emergentes<br />
tório é recoberto por florestas tropicais ou outros<br />
Testes sorológicos, baseados na técnica de<br />
no Brasil, 2007<br />
ecossistemas naturais, sendo um local adequado<br />
ELISA para determinação de anticorpos IgM e<br />
3- Lopes N, Nozama C, Linhares REC. Carac-<br />
para a existência do vetor e, portanto, para a ocor-<br />
IgG possibilitam identificar o patógeno causa-<br />
terísticas gerais e epidemiologia dos arbovírus<br />
rência de arboviroses. Além disso, fatores como<br />
dor da infecção, através da utilização de antí-<br />
emergentes no Brasil, 2014<br />
alterações no ecossistema pela ação humana,<br />
genos vírus-específicos.<br />
4- Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de<br />
crescimento populacional desordenado, processo<br />
Vigilância em Saúde, Boletim Epidemiológico<br />
de globalização e mudanças climáticas podem,<br />
A presença de anticorpos específico IgM in-<br />
Monitoramento dos casos de Arboviroses urbanas<br />
provavelmente, contribuir para o aumento ex-<br />
dica uma infecção aguda, enquanto a presença<br />
transmitidas pelo Aedes (dengue, Chikungunya e<br />
pressivo de doenças transmitidas por mosquitos<br />
de anticorpos IgG indica infecção passada para<br />
Zika), semanas Epidemiológicas 1 a 23, 2020.<br />
vetores, em especial, as arboviroses.<br />
Apesar de se tratar de infecções distintas, os<br />
o vírus em questão, sendo também relevante<br />
para estudos epidemiológicos.<br />
A EUROIMMUN possui um portfólio completo<br />
para o diagnóstico de arboviroses.<br />
sintomas dessas arboviroses são muito seme-<br />
No caso da Dengue, além de determinação<br />
lhantes, porém com diferentes intensidades.<br />
de anticorpos (IgA, IgM e IgG) é possível tam-<br />
De forma geral, são caracterizadas por febre<br />
bém a identificação sorológica do antígeno<br />
alta e dores de cabeça, sendo essa última mais<br />
intensa na Dengue e dor nas articulações sendo<br />
mais intensa em infecção por Chikungunya.<br />
altamente específico NS1 do vírus da Dengue,<br />
sendo possível no início dos sintomas clínicos,<br />
não somente na infecção primária, mas tam-<br />
EUROIMMUN Brasil<br />
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contato@euroimmun.com.br<br />
(11) 2305-9770<br />
0 102<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
que possibilita a detecção e diferenciação das arboviroses!<br />
Teste ELISA validado em amostras de:<br />
SORO<br />
PLASMA PAPEL FILTRO<br />
brasil.euroimmun.com.br/arboviroses
INFORME DE MERCADO<br />
Exames que complementam o diagnóstico de Covid-19.<br />
Neste momento sabemos que os laboratórios de todo Brasil estão com<br />
uma alta demanda para o diagnóstico da Covid 19, e além dos testes<br />
para detecção do vírus e dos anticorpos correspondentes a doença, existem<br />
exames de bioquímica, turbidimetria e hematologia que são considerados<br />
complementares ao diagnóstico.<br />
Além de oferecer o teste rápido Coronavirus IgG/IgM (COVID-19), a<br />
Ebram também possui em seu portfolio outros produtos que podem<br />
auxiliar no diagnóstico da doença.<br />
Separamos as alterações laboratoriais mais frequentes em pacientes<br />
que apresentaram o diagnóstico positivo para a Covid-19*.<br />
de Glicose (52% dos casos)<br />
de ALT/TGP (33% dos casos)<br />
de AST/TGO (35% dos casos)<br />
de Bilirrubina Total (18% dos casos)<br />
de Creatinina (17% dos casos)<br />
de LDH (92% dos casos)<br />
de CK (33% dos casos)<br />
Inúmeras são as diferenciações técnicas da linha de bioquímica<br />
da Ebram, utilizamos uma tecnologia avançada de estabilização na<br />
produção dos reagentes bioquímicos, o que permite oferecer a maioria<br />
dos produtos no formato monoreagente, com alta qualidade e<br />
baixíssimos CV% intra e inter-ensaios contribuindo com precisão e<br />
reprodutibilidade instrumental analítica.<br />
de Neutrófilos (38% dos casos)<br />
de linfócitos (75% dos casos)<br />
de eosinófilos (83% dos casos)<br />
de plaquetas (17% dos casos)<br />
de hemoglobina (50% dos casos)<br />
A linha de Hematologia possui conjuntos de reagentes para os<br />
principais analisadores hematológicos utilizados no Brasil, são reagentes<br />
produzidos seguindo rigorosamente as boas praticas de<br />
fabricação, garantindo assim produtos de qualidade, com perfeita<br />
reprodutibilidade e precisão.<br />
de Ferritina<br />
(63% dos casos)<br />
de PCR - Proteína C Reativa<br />
(91% dos casos)<br />
A linha de Turbidimetria Ebram é composta por três diferentes<br />
metodologias, Coloidal Gold, Anticorpo Concentrado e Látex.<br />
A Ferritina por ser Coloidal Gold possui alta sensibilidade e<br />
especificidade, características essenciais para uma dosagem confiável.<br />
O PCR utiliza metodologia Látex, que além de excelente precisão,<br />
apresenta o melhor custo beneficio do mercado.<br />
*PLEBANI Mario, LIPPI Giuseppe. Laboratory abnormalities in patients with COVID-2019 infection. Clinical Chemistry and Laboratory<br />
Medicine. Verona. 3 de mar de 2020.<br />
Para informações comerciais sobre os produtos entre em contato com o departamento de vendas da Ebram.<br />
Telefone: (11) 2291-2811<br />
Site: www.ebram.com<br />
0 104<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Diagnóstico rápido para Zika vírus<br />
nascimento de crianças com microcefalia e também<br />
com a síndrome de Guillain-Barré.<br />
Não há vacina para prevenção, nem um tratamento<br />
específico para a infecção pelo vírus Zika. Dessa forma,<br />
em casos de pacientes sintomáticos, recomenda-se<br />
um tratamento para alívio dos sintomas com<br />
o uso de paracetamol ou dipirona, que auxiliam no<br />
controle da febre e manejo da dor, além de repouso<br />
e ingestão de líquidos para combater a desidratação.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
WAMA Diagnóstica apresenta kit que pode detectar<br />
anticorpos IgG e IgM contra o vírus Zika em<br />
amostras de soro, plasma e sangue total de pacientes.<br />
A WAMA Diagnóstica, empresa de destaque no<br />
mercado de testes rápidos, disponibiliza um aliado<br />
no diagnóstico da infecção pelo vírus Zika: o kit Imuno-Rápido<br />
ZIKA IgG/IgM. O teste utiliza a metodologia<br />
imunocromatográfica para detecção qualitativa<br />
de anticorpos IgG e IgM contra o vírus Zika com a<br />
finalidade de identificar de forma precisa, rápida e<br />
econômica, indivíduos infectados por este antígeno.<br />
O agente causador da febre Zika é um arbovírus do<br />
gênero flavivírus pertencente à mesma família dos<br />
vírus da dengue e febra amarela (Flaviviridae). Assim<br />
como os vírus da dengue, febre amarela e chikungunya,<br />
o Zika vírus tem como sua principal fonte de<br />
transmissão a picada de mosquitos do gênero Aedes,<br />
principalmente o Aedes aegypti, infectado.<br />
Apenas 20% dos pacientes infectados pelo vírus<br />
Zika apresentam uma infecção sintomática. Os sintomas<br />
mais comuns são febre, cefaleia, erupções e<br />
manchas vermelhas na pele (exantema), dores nas<br />
articulações e músculos, e conjuntivite (coceira e vermelhidão<br />
nos olhos), que normalmente persistem<br />
por 2 a 7 dias. Em alguns casos, as dores nas articulações<br />
e músculos podem estar presentes por um<br />
período de aproximadamente um mês. Apesar de<br />
ser uma infecção aparentemente benigna, estudos<br />
recentes relacionaram a infecção por Zika vírus com o<br />
O kit Imuno-Rápido ZIKA IgG/IgM da WAMA Diagnóstica<br />
possui excelentes sensibilidade e especificidade<br />
na detecção qualitativa dos anticorpos IgG e IgM<br />
contra o vírus Zika utilizando sangue total, soro ou<br />
plasma do paciente. O teste auxilia de forma eficiente,<br />
rápida e simples o diagnóstico de indivíduos com<br />
infecção pelo vírus Zika. Dessa forma, novamente a<br />
WAMA Diagnóstica reafirma sua posição de destaque<br />
no mercado, oferecendo a seus clientes mais um<br />
kit certificado pelo rígido controle de qualidade ao<br />
qual seu portfólio de produtos é submetido.<br />
- Apresentações: 10, 20 e 40 testes.<br />
Relacionamento WAMA Diagnóstica:<br />
Tel: +55 16 3377.9977<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 105
INFORME DE MERCADO<br />
Testes de coagulação são aliados no prognóstico de pacientes de Covid-19<br />
Com a incidência de tromboses em pacientes internados pela doença em estado grave, testes de coagulação, como D-dímero, Tempo de<br />
Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPa), tornaram-se indicadores importantes para os hospitais.<br />
O Tubo de Coagulação VACUETTE® possui<br />
parede dupla, conhecido também como tubo<br />
“sanduíche”. O tubo externo é de polietileno<br />
tereftalato (PET), ideal para garantir a duração<br />
do vácuo, além da alta transparência. O tubo<br />
interno é de polipropileno (PP) que impede a<br />
evaporação do citrato, além de ser ideal para os<br />
parâmetros de coagulação sensíveis devido às<br />
suas propriedades inertes.<br />
Um estudo publicado por um grupo francês, em<br />
maio de 2020, na revista Intensive Care Medicine1,<br />
evidencia o aumento de ocorrências de eventos<br />
pró-trombóticos, principalmente tromboembolia<br />
pulmonar, em pacientes que apresentam quadros<br />
clínicos graves de infecção por Covid-19.<br />
Com a urgência da situação atual gerada pela<br />
pandemia do Novo Corona Vírus (Sars-CoV-2), estudos<br />
sobre o tema foram intensificados em todo<br />
o mundo em tempo recorde e, a partir dos artigos<br />
publicados nos últimos meses, ainda é possível<br />
observar a existência de variáveis no consenso dos<br />
pesquisadores sobre o exato processo de desenvolvimento<br />
e consequências de coagulopatias e<br />
quadros pró-trombóticos em pacientes graves internados<br />
com Covid-19. Porém, o diagnóstico frequente<br />
de problemas de coagulação, provenientes<br />
de sepse gerada pelo agravamento da infecção3, é<br />
uma realidade e que tornou os testes de Tempo de<br />
Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina Parcial<br />
Ativado (TTPa) e, principalmente o D-dímero,<br />
entre outros, realizados por meio de análise da<br />
amostra de sangue do paciente, importantes para<br />
orientar a necessidade da administração de terapias<br />
anticoagulantes a fim de evitar a ocorrência<br />
de tromboses e, consequentemente, agravamentos<br />
que podem levar ao óbito.<br />
Além disso, resultados destes testes fora dos<br />
parâmetros regulares se tornaram indicadores relevantes<br />
sobre o agravamento do prognóstico do<br />
paciente e, portanto, apontam para a necessidade<br />
de maior acompanhamento e cuidados mais intensivos.<br />
Por outro lado, a melhora de resultados<br />
relacionados a coagulação, ajudam a identificar a<br />
estabilização do paciente.<br />
No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Complementar<br />
incluiu, em 29 de maio de 2020, o D-dímero<br />
entre os exames de cobertura obrigatória dos planos<br />
de saúde para monitoramento de pacientes de<br />
Covid-19. Segundo a Agência: “O procedimento já é<br />
de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, porém,<br />
ainda não era utilizado para casos relacionados<br />
à Covid-19. É um exame fundamental para diagnóstico<br />
e acompanhamento do quadro trombótico<br />
e tem papel importante na avaliação prognóstica na<br />
evolução dos pacientes com Covid-19” 3.<br />
Dentre os diversos produtos essenciais para uma<br />
coleta de sangue a vácuo com qualidade e segurança,<br />
os Tubos para Coagulação VACUETTE® da<br />
Greiner Bio-One, podem ser utilizados para a realização<br />
dos testes de Tempo de Protrombina (TP),<br />
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPa)<br />
e D-dímero para acompanhar os indicadores de<br />
coagulação desses pacientes.<br />
Os tubos contêm solução de citrato de sódio<br />
tamponado nas concentrações de 3,2% ou 3,9%<br />
e a marca de preenchimento no formato de seta<br />
indica o volume mínimo e máximo, como também<br />
o volume nominal, o que garante a quantidade<br />
de sangue correta para a proporção do<br />
aditivo. A tampa de rosca evita o efeito aerossol e<br />
garante mais segurança durante a centrifugação e<br />
o transporte das amostras.<br />
A marca VACUETTE® possui a marcação CE (Comunidade<br />
Europeia) e certificação do FDA (Food<br />
and Drug Administration – Estados Unidos da<br />
América). A Greiner Bio-One é certificada pela ISO<br />
9001 e ISO 13485 e cumpre os requisitos de Boas<br />
Práticas de Fabricação exigidos pelo órgão regulador<br />
nacional, a ANVISA.<br />
Referências:<br />
1 - Anticoagulação e Covid-19: o que temos até agora?. Disponível em:<br />
.<br />
2 - Anticoagulant treatment is associated with decreased mortality in<br />
severe coronavirus disease 2019 patients with coagulopathy. Disponível em:<br />
.<br />
3 - Abnormal coagulation parameters are associated with poor prognosis<br />
in patients with novel coronavirus pneumonia. Disponível em: . 4 - COVID-19: planos de<br />
saúde incluirão mais 6 exames na lista obrigatória. Disponível em: .<br />
Coronavírus: qual o papel da anticoagulação em pacientes graves?. Disponível<br />
em: .<br />
High risk of thrombosis in patients with severe SARS-CoV-2 infection: a<br />
multicenter prospective cohort study. Disponível em: .<br />
Para saber mais, acesse: www.gbo.com.br,<br />
ou entre em contato: info@br.gbo.com.<br />
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0 106<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
your power for health<br />
TUBOS DE COLETA A VÁCUO<br />
VACUETTE ®<br />
Os tubos para coagulação VACUETTE ® são ideais para análises mais<br />
seguras e confiáveis.<br />
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Tubo de parede dupla, sendo a exterior de PET, que garante a duração do vácuo e<br />
a alta transparência. O tubo interno de PP impede a evaporação do citrato, além de<br />
ser ideal para os parâmetros de coagulação sensíveis, devido às suas<br />
propriedades inertes.<br />
A tampa de rosca traz mais segurança e facilidade no momento da abertura, seja<br />
manual ou automatizada em equipamentos destampadores.<br />
Marca de preenchimento que proporciona o volume de sangue ideal em relação a<br />
quantidade de aditivo.<br />
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D-dímero, Tempo de Protrombina (TP) e Tempo<br />
de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPa) em<br />
pacientes de COVID-19.<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
Não é apenas água potável pura que salva vidas<br />
A água é usada em praticamente todos os aspectos de testes clínicos importantes e, quando há vidas em risco, não há margem para erros.<br />
Mas quão pura é a água no seu laboratório?<br />
Por que escolher o ELGA LabWater?<br />
Na ELGA LabWater, nos especializamos em engenharia,<br />
serviço e suporte de sistemas de purificação<br />
de água. Nosso design de produto incomparável<br />
conquistou reconhecimento e prêmios<br />
internacionais, mas não termina na pureza - inovamos<br />
continuamente com inestimáveis recursos<br />
digitais e ergonômicos e fáceis de usar.<br />
Água, Água em todo lugar ...<br />
Desde que Galileu pulou da banheira gritando<br />
‘Eureka!’, A ciência depende da água. Em nenhum<br />
lugar isso é mais verdadeiro do que em um laboratório<br />
clínico. Desde a alimentação de estações<br />
de processamento para lavagem de cubetas e<br />
sondas até seu uso como diluente de amostras,<br />
detergentes ou reagentes, quando se trata de<br />
trabalho de laboratório, a água é onipresente e<br />
a pureza é fundamental. A água impura leva a<br />
resultados imprecisos, e essa imprecisão em um<br />
ambiente clínico - na melhor das hipóteses, leva<br />
ao custo em tempo e dinheiro da repetição dos<br />
testes e, na pior das hipóteses - pode levar a conclusões<br />
perigosamente imprecisas.<br />
Pequenas impurezas podem realmente<br />
ser tão ruins?<br />
Em suma, sim, absolutamente. Os banhos de<br />
incubação podem se tornar um terreno fértil a<br />
partir de apenas algumas bactérias, resultando<br />
potencialmente em resultados abrangentes<br />
e imprecisos dos pacientes. Água impura em<br />
uma estação de lavagem pode causar calibração<br />
imprecisa da sonda e contaminação cruzada da<br />
amostra de um paciente para o outro. Esses são<br />
apenas dois erros de ‘fácil execução’ que podem<br />
ter sérios impactos no tratamento do paciente,<br />
mas existem muitos, muitos outros ‘pontos críticos’<br />
envolvendo água.<br />
Vidas, tempo e dinheiro<br />
Vidas, saúde e processos não são o único<br />
custo da impureza; também há o custo monetário.<br />
As impurezas não apenas levam a<br />
resultados de testes não confiáveis ou inconsistentes<br />
(incorrendo em repetições dispendiosas),<br />
mas a filtragem ruim pode levar a<br />
uma alta carga bacteriana, danificando equipamentos<br />
sensíveis e levando a um tempo de<br />
inatividade caro (sem mencionar irritante)<br />
para manutenção e, como todos sabemos,<br />
tempo é dinheiro.<br />
Tenha certeza da pureza<br />
A melhor maneira de garantir a pureza é<br />
garantir que o analisador receba um suprimento<br />
constante de CLRW (Água Reagente<br />
do Laboratório Clínico), independentemente<br />
da qualidade da água de alimentação. Endossada<br />
pelo College of American Pathologists,<br />
a especificação CLRW leva em consideração<br />
todos os obstáculos no caminho da pureza<br />
certa, desde contaminantes iônicos e partículas<br />
até bactérias, orgânicos e sílica, especificando<br />
uma quantidade máxima absoluta<br />
aceitável para cada um. Em outras palavras,<br />
se não é compatível com os requisitos CLRW,<br />
não tem certeza da pureza.<br />
Sobre a Veolia<br />
O grupo Veolia é a referência mundial em<br />
gestão otimizada dos recursos. Presente nos<br />
cinco continentes com mais de 171000 colaboradores,<br />
o Grupo concebe e implementa<br />
soluções para a gestão da água, dos resíduos e<br />
da energia, que fomentam o desenvolvimento<br />
sustentável das cidades e das indústrias. Com<br />
suas três atividades complementares, Veolia<br />
contribui ao desenvolvimento do acesso aos<br />
recursos, à preservação e renovação dos recursos<br />
disponíveis.<br />
Em 2018, o grupo Veolia trouxe água potável<br />
para 95 milhões de habitantes e saneamento<br />
para 63 milhões, produziu cerca de 56 milhões<br />
de megawatt/hora e valorizou 49 milhões de<br />
toneladas de resíduos. Veolia Environnement<br />
(Paris Euronext : VIE) realizou em 2018 um<br />
faturamento consolidado de 25,91 bilhões de<br />
euros. www.veolia.com<br />
Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />
Rafaela Rodrigues<br />
Tel. +55 11 3888-8782<br />
rafaela.rodrigues@veolia.com<br />
0 108<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Por que é tão importante identificar a Síndrome<br />
Respiratória Aguda Grave sem causa especificada?<br />
Ainda mais preocupante do que o aumento do<br />
número de casos de COVID-19 no Brasil são os<br />
casos que ficam sem diagnóstico definido como<br />
agente causador de uma Síndrome Respiratória<br />
Aguda Grave (SRAG).<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Os casos de SRAG não especificados aumentaram<br />
consideravelmente em todo país. Boletins<br />
epidemiológicos das secretarias de saúde dos<br />
Estados mostram que no mês de maio de 2019<br />
houve 9.400 casos de SRAG não especificados<br />
no Brasil, enquanto no mesmo período de 2020<br />
foram 57.270 casos.<br />
O Estado de São Paulo teve a maior elevação: foram<br />
25.299 casos em 2020 e 3.103 no ano anterior.<br />
O diagnóstico diferencial é imprescindível<br />
porque direciona a conduta médica, permitindo<br />
prever o curso natural da doença e a sua<br />
gravidade. Também orienta o tratamento e<br />
as medidas de precaução de contato, que são<br />
fundamentais no controle da disseminação de<br />
infecções virais. Permite ainda o planejamento<br />
farmacoeconômico na gestão de medicamentos,<br />
EPIs e profissionais necessários.<br />
Não solicitar testes deixa uma lacuna em todo<br />
país, sem ter parâmetros para identificar se há uma<br />
epidemia de um ou mais patógenos respiratórios.<br />
Soluções completas em diagnóstico<br />
A Mobius Life Science oferece as seguintes<br />
soluções para identificação de patógenos<br />
respiratórios:<br />
Kit XGEN Multi PR20: teste molecular<br />
multiplex que faz a identificação de 20 patógenos<br />
respiratórios com apenas uma amostra,<br />
incluindo Influenza A e B, vírus sincicial respiratório,<br />
adenovírus e outros.<br />
Kit XGEN Master COVID19: identificação<br />
molecular do vírus SARS-CoV-2 com kit de<br />
alta produtividade, em que é possível testar<br />
94 pacientes em apenas 1h10.<br />
Saiba mais:<br />
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Conheça a experiência GTgroup e surpreenda-se!<br />
Somos fiéis a nossa Missão: atender todo o<br />
território nacional com qualidade e excelência!<br />
E temos ciência do quão desafiador isso pode<br />
ser; porque não basta uma declaração institucional<br />
para dizer ao mercado quem somos, queremos<br />
alcançar esse reconhecimento por parte<br />
de nossos clientes, através da satisfação com os<br />
produtos e serviços que ofertamos.<br />
Trabalhamos sob uma conduta ética que prioriza<br />
a transparência em todas as nossas relações<br />
comerciais. Isso nos confere o diferencial de<br />
uma empresa que está com os olhos atentos<br />
ao mercado, e sobretudo atentos aos desejos e<br />
necessidades dos clientes. Podemos dizer que a<br />
GTgroup passa por uma metamorfose constante.<br />
Adequamos o nosso jeito de fazer à realidade<br />
de cada parceiro ou cliente; temos um atendimento<br />
personalizado, uma logística que busca<br />
as melhores condições e prazos para atender a<br />
qualquer laboratório do país, onde quer que ele<br />
esteja, e uma equipe altamente qualificada para<br />
gerar a melhor experiência de compra.<br />
As metas são ousadas, mas não apenas no que<br />
diz respeito à receita anual, mas principalmente<br />
à nossa participação no mercado. Estamos<br />
avançando, mas acreditamos que tudo o que<br />
conquistamos até aqui, ainda é só o início de uma<br />
jornada de muito sucesso. Portanto tratamos<br />
cada próximo passo com o devido cuidado, para<br />
sermos mais sólidos, mais fortes e mais inovadores<br />
quanto possível. E por falar em inovação, você<br />
não perde por esperar o que a GTgroup ainda tem<br />
para lhe mostrar nesse ano de 2020. Continue<br />
acompanhando as nossas redes sociais e demais<br />
canais de comunicação, irá se surpreender!<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 109
INFORME DE MERCADO<br />
Novo Analizador Yumizen H550<br />
Hematologia em todos os lugares e além<br />
A HORIBA Medical apresenta o<br />
Yumizen H550, o mais novo<br />
membro da família de analalizadores<br />
hematológicos Yumizen. Baseado<br />
em tecnologias comprovadas<br />
e inovadoras, o Yumizen H550<br />
responde à necessidade de um<br />
analisador robusto e não requer<br />
manutenção do usuário.<br />
O Yumizen H550 é um sistema de<br />
hematologia compacto com carregamento<br />
automático integrado de rack<br />
de amostra. Ele fornece ao operador<br />
uma capacidade total de 40 tubos<br />
com carga contínua. Baseado em<br />
tecnologias comprovadas e inovadoras,<br />
o Yumizen H550 responde à<br />
necessidade de um analisador robusto<br />
e não requer manutenção do usuário.<br />
A fim de garantir um processo<br />
confiável, o Yumizen H550 permite a<br />
homogeneização automática de rack<br />
e Identificação positiva de tubos. As<br />
racks de 10 tubos são compatíveis<br />
com o Yumizen H1500 / 2500.<br />
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Menus abrangentes com gráficos e flags.<br />
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Sistema especialista em alarmes para o guia de interpretação.<br />
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medição de HGB e contagem e diferencial WBC.<br />
- Com base na micro-amostragem de 20 µL de sangue total, o Yumizen H550 pode executar qualquer tipo de<br />
amostra de sangue, incluindo pediatria.<br />
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(Células grandes imaturas).<br />
- Parâmetros específicos para diagnóstico de anemias por deficiência de ferro e distúrbios por PLT: RDW-CV,<br />
RDW-SD, P-LCC, P-LCR.<br />
0 110<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
INFORME DE MERCADO<br />
O Imunotest VDRL<br />
O Imunotest VDRL é um teste de floculação,<br />
não-treponêmico, para diagnóstico da<br />
sífilis, através da pesquisa de anticorpos<br />
(reaginas) no soro ou líquido céfalo-raquidiano<br />
(LCR), tem como grande vantagem<br />
sobre o VDRL clássico por consistir em uma<br />
suspensão estabilizada e pronta para uso.<br />
As “reaginas” que se encontram presentes<br />
em indivíduos infectados pelo Treponema<br />
pallidum, são detectados no soro pela reação<br />
com um antígeno cardiolipínico purificado<br />
e estabilizado. Sua metodologia e fácil<br />
rápida e segura podendo se obter resultados<br />
em até 5 minutos.<br />
A sífilis é uma infecção sistêmica crônica,<br />
causada pela bactéria Treponema pallidum,<br />
transmitida por meio de ato sexual com indivíduo<br />
infectado, ou verticalmente de mãe para<br />
filho por via transplacentária. Considerada<br />
uma doença sexualmente transmissível (DST),<br />
é um grande problema de saúde pública, devido<br />
à sua ampla distribuição mundial.<br />
A sorologia VDRL (Venereal Diseases<br />
Research Laboratory) é recomendada por<br />
vários órgãos mundiais de saúde devido<br />
ao seu baixo custo, facilidade de execução,<br />
alta sensibilidade e especificidade,<br />
reagindo entre cinco a seis semanas após<br />
o início da infecção e duas a três semanas<br />
após o aparecimento do cancro. O Imunotest<br />
VDRL também pode ser utilizado para<br />
o acompanhamento de casos tratados, na<br />
sífilis em atividade a doença apresenta, habitualmente,<br />
altos títulos de VDRL (maiores<br />
ou iguais a 1/16 onde o título é indicado<br />
pela última diluição da amostra que ainda<br />
apresenta reatividade ou floculação visível).<br />
Esta condição ou a elevação de títulos<br />
do VDRL em quatro vezes ou mais, comparativamente<br />
ao último exame realizado,<br />
justificariam um novo tratamento para indivíduos<br />
previamente tratados.<br />
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+55 32 3333-0379<br />
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Facebook: /renylab<br />
Gasometria SARSTEDT: Segurança e confiança no apoio ao<br />
tratamentos clínico da Covid-19<br />
A análises de gases sanguíneos, ou gasometria,<br />
está muito presente nas discussões médicas<br />
atuais que têm como pauta exames para<br />
acompanhamento da evolução de doenças<br />
graves, como a Covid-19 por exemplo, já que<br />
mostra o pH e as concentrações de oxigênio e<br />
CO2 sanguíneos. Esses resultados são fundamentais<br />
para a conduta terapêutica ser ajustada<br />
de acordo com as condições do paciente.<br />
Nesse âmbito, é de suma importância ressaltar<br />
aspectos pré-analíticos fundamentais para a<br />
confiabilidade do resultado, além de conforto<br />
do paciente.<br />
Um dos principais fatores relevantes para a<br />
correta realização da coleta para gasometria<br />
é o volume de sangue. É fundamental que<br />
o volume esteja de acordo com o sugerido<br />
pelo fabricante, para que não haja problemas<br />
na proporção sangue/anticoagulante,<br />
afim de evitar formação de micro coágulos<br />
(que podem danificar gasômetros) ou até<br />
mesmo a hemodiluição, que trará resultados<br />
equivocados, levando a conclusões diagnósticas<br />
irreais.<br />
As seringas de gasometria da SARSTEDT,<br />
de heparina lítica balanceada com cálcio<br />
iônico, são as únicas do mercado que garantem<br />
a coleta do volume correto, uma vez<br />
que o êmbolo do dispositivo trava ao atingir<br />
a quantidade exata, tanto na versão de 1ml<br />
quanto na de 2ml.<br />
Além desse benefício exclusivo, pode-se<br />
utilizar a mesma amostra coletada para testes<br />
bioquímicos, uma vez que o formato da<br />
seringa de gasometria da SARSTEDT de 2ml<br />
permite a centrifugação para separação da<br />
porção plasmática do sangue. Isso evita desperdício<br />
de amostra, principalmente quando<br />
trata-se de pacientes com acessos difíceis e/<br />
ou volemia comprometida.<br />
Por fim, o dispositivo de coleta para gasometria<br />
venosa e seus acessórios permitem que o<br />
sangue seja coletado em punção única, dentro<br />
da sequência de coleta comum de outros exames,<br />
trazendo muito mais segurança ao profissional<br />
de coleta e conforto ao paciente.<br />
Assim, a gasometria SARSTEDT apresenta<br />
diversos benefícios exclusivos no mercado<br />
que trazem confiabilidade, segurança e cuidado<br />
ao paciente, contribuindo com a medicina<br />
diagnóstica no Brasil e no mundo.<br />
www.sarstedt.com<br />
0 112<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
Siemens Healthineers lança no Brasil teste sorológico para<br />
COVID-19 que detecta anticorpos totais contra o SARS-CoV-2<br />
A pandemia da COVID-19 tem feito com que diversos<br />
profissionais e companhias da área de saúde se adaptem<br />
a cenários diferentes, mudanças de protocolos e tratamentos,<br />
o que significa aprendizados constantes. Em relação<br />
aos exames laboratoriais essas mudanças também<br />
tem ocorrido exponencialmente.<br />
Recentemente no mercado estão disponíveis o Testes<br />
Sorológicos, também realizados por meio de uma coleta<br />
de sangue e capazes de determinar se o paciente teve contato<br />
com o SARS-Cov-2 a partir da formação de anticorpos<br />
como o IgM e IgG. A Siemens Healthineers, por meio da<br />
sua área de Diagnóstico Laboratorial, lança no Brasil o ensaio<br />
para detecção de anticorpos totais para a COVID-19,<br />
incluindo IgM e IgG, pela metodologia de quimioluminescência<br />
com éster de acridina, chamado Ensaio COV2T. Os<br />
kits de COV2T apresentam maior sensibilidade e especificidade<br />
clínica quando comparados aos ensaios que detectam<br />
IgM e IgG, isoladamente, com especificade de 99,8%<br />
e 100% de sensibilidade, após 14 dias do PCR-RT positivo.<br />
A soroconversão por SARS-CoV-2 exibe um padrão<br />
incomum (Figura 1). Ao contrário dos perfis típicos onde<br />
IgM pode estar presente por vários dias ou semanas<br />
antes que a IgG seja detectada, os estudos com o SARS-<br />
-CoV-2 indicam que tanto a IgM quanto a IgG tornam-se<br />
rapidamente detectáveis quase que simultaneamente e<br />
quando não, com apenas alguns dias de diferença.5,6<br />
Devido ao rápido aparecimento de IgG, durante a infecção<br />
ativa por Sars Cov2, um teste IgG positivo por si só<br />
não indica se o paciente se recuperou e não é mais uma<br />
pessoa potencialmente transmissora do vírus.<br />
Os dados publicados demonstram que o uso de um<br />
teste de anticorpos totais apresentam uma melhor sensiblidade<br />
aos testes que dosam IgM na detecção precoce<br />
da resposta imune, quando comparado aos testes de<br />
IgM e IgG isolados. Vale ressaltar que a sensibilidade<br />
do ensaio também depende do antígeno escolhido que<br />
pode influenciar significativamente no desempenho<br />
comparativo entre os ensaios. A Siemens Healthineers,<br />
com atenção ao presente momento da pandemia em<br />
que o contágio é alto, preocupou-se em desenvolver<br />
um ensaio de Anticorpos Totais SARS-CoV2 (COV2T) que<br />
pode auxiliar com maior assertividade o diagnóstico do<br />
paciente. Dentre as principais vantagens do teste, estão:<br />
● Ajuda o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2<br />
quando avaliado em conjunto com a clínica, epidemiologia<br />
do paciente e outros exames como o RT-PCR;<br />
● Importante contriubuição no diagnóstico de indivíduos<br />
com suspeita da COVID-19, entre o 7°e o 13° dia, do<br />
RT-PCR positivo, atingindo 97,% de sensibilidade;<br />
● Em caso suspeito da COVID-19, tem aplicações de auxílio<br />
ao diagnóstico clínico em conjunto com outros dados,<br />
principalmente em situações em que o exame de RT-PCR<br />
ainda não está disponível ou apresentou-se negativo;<br />
● Colabora também no diagnóstico de pacientes assintomáticos<br />
e/ou com sintomas leves, principalmente<br />
após 14 dias do RT-PCR positivo, apresentando 100% de<br />
sensibilidade;<br />
● Os testes sorológicos colaboram no diagnóstico da infecção<br />
pelo SARS-CoV-2 e a dosagem de anticorpos totais vem<br />
se mostrando mais sensível do que o IgM e IgG isolado;<br />
● Os ensaios sorológicos utilizados nos estudos publicados<br />
até esta data demonstram que a IgG pesquisada<br />
isoladamente apresenta sensibilidade inferior a 100%<br />
mesmo após 14 dias do início dos sintomas;<br />
● O posicionamento do Ministério da Saúde é que não<br />
há evidências sobre o papel dos testes imunológicos no<br />
rastreio de pessoas assintomáticas com o intuito de presumir<br />
imunidade protetora adquirida1;<br />
● A orientação do CDC2 é que a escolha de um teste<br />
com uma especificidade muito alta, com 99,5% ou<br />
mais, produzirá um alto valor preditivo positivo nas populações<br />
testadas com prevalência
INFORME DE MERCADO<br />
D-Dímero, um importante marcador em casos graves<br />
de infecção por COVID-19<br />
Registro ANVISA: 80117580611<br />
Estudos publicados têm demonstrado que diversas<br />
anomalias na cascata da coagulação são<br />
recorrentes principalmente em quadros de pneumonia<br />
grave causados por infecções pelo vírus<br />
SARS-COV2, e em muitos estudos foram identificados<br />
uma elevação significativa do D-Dímero.<br />
Trabalhos publicados pelo The Journal of Thrombosis<br />
and Haemostasis e o The Lancet, avaliaram<br />
183 e 191 pacientes, respectivamente. Os níveis<br />
de produtos de degradação de fibrina (FDP) e do<br />
Dímero-D (DD) foram maiores em pacientes não<br />
sobreviventes em comparação sobreviventes e<br />
como esses níveis estavam aumentando ao longo<br />
da permanência no hospital.<br />
A Bio Advance disponibiliza o teste SelexOn<br />
D-Dímero. Um sistema rápido, e com resultados<br />
quantitativos precisos é possível realizar os testes<br />
utilizando apenas 100µl de Sangue Total (EDTA).<br />
O teste é direto, com apenas um passo e sem que<br />
seja necessário a adição de reagentes e em apenas<br />
10 minutos obtêm-se o resultado, além da praticidade<br />
do dispositivo teste pode ser armazenado em<br />
temperatura ambiente (2-30 °C).<br />
Com uma faixa de leitura entre 100.0 ~<br />
3000.0ng/mL, e valor de cut-off de 500ng/ml,<br />
permite um monitoramento adequado para observar<br />
os níveis de D-Dímero durante o tratamento.<br />
Bio Advance<br />
Tel.: (11) 3445-5418<br />
contato@bioadvancediag.com.br<br />
www.bioadvancediag.com.br<br />
A J.R.EHLKE aposta em Nova linha de análise celular hematológica<br />
Mindray - CAL 6000<br />
de cada analisador retornará os racks de amostra<br />
para verificação automática ou repetição de<br />
reflexo. Amostras de emergência são permitidas<br />
com resultados em tempo reduzido. Utilizando<br />
adaptador com patente própria, vários tipos de<br />
tubos são permitidos. Simplesmente seguindo<br />
3 etapas de “load and go”, os usuários do SC-<br />
120 podem obter lâminas finalizadas que estão<br />
prontas para a revisão microscópica.<br />
O CAL 6000 faz parte de uma nova geração<br />
em análise celular de hematologia, para<br />
bancada. A combinação de duas unidades de<br />
analisadores hematológicos BC-6000 (amostras<br />
de sangue total ou fluidos biológicos) e uma<br />
unidade de SC-120 (automação em distensão e<br />
corador de lâminas) perfaz a velocidade de 220<br />
hemogramas/hora e 120 lâminas/hora. O CAL<br />
6000 é um equipamento com três plataformas<br />
de carregamento e três plataformas de descarregamento<br />
contínuos com alta capacidade<br />
de amostras. As esteiras de carregamento dos<br />
analisadores hematológicos são bidirecionais,<br />
sendo uma patente Mindray. O primeiro analisador<br />
de hematologia permite a distribuição<br />
rápida de amostras, melhorando a eficiência e<br />
produtividade. Caso os resultados da amostra<br />
acionem os critérios, o carregador automático<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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INFORME DE MERCADO<br />
Soluções para combater o COVID-19<br />
Para coleta de amostras nasofaríngeas e<br />
orais do novo cornavirus, a empresa traz<br />
com exclusividade, SWAB descartável com<br />
tecnologia FLOCKED, onde as fibras são<br />
dispostas de forma perpendicular para otimizar<br />
a coleta e a eluição da amostra nos<br />
diversos meios de transporte disponíveis no<br />
mercado. Produto é compatível com métodos<br />
de biologia molecular (PCR) e entre<br />
outros.<br />
A Biomedica, empresa que atua no segmento<br />
médico desde 1996, traz novas soluções para<br />
combater o novo coronavírus, ampliando seu<br />
portfólio de produtos de biologia molecular<br />
para detectar e identificar o vírus SARS-CoV-2.<br />
Novas parcerias estabelecidas com fabricantes<br />
internacionais de produtos e insumos<br />
voltados à alta tecnologia e inovação, ampliou<br />
as soluções para o diagnóstico molecular para<br />
facilitara a rotina de seu laboratório. Kits de<br />
RT-PCR, extração e purificação automatizada e<br />
manual de DNA/RNA e também material para<br />
coleta de amostras oral e nasofarige agora estão<br />
disponívies.<br />
O teste PCR REAL TIME VIASURE SARS-CoV-2,<br />
da fabricante CerTest Biotec é prático e acessível.<br />
O kit possui material liofilizado, pronto para<br />
uso, com todos os reagentes já dentro dos tubos<br />
de análise da PCR. Detecta e identifica o novo<br />
coronavírus (SARS-CoV-2, 2019) em amostras<br />
clínicas de pacientes com sinais e sintomas de<br />
infecção respiratória. O RNA extraído das amostras<br />
é amplificado usando RT-PCR e detectado<br />
usando sondas específicas para SARS-CoV-2.<br />
O produto é um kit multiplex que detecta regiões<br />
gênicas ORF1ab e N, conforme o protocolo<br />
do Centers for Disease Control and Prevention<br />
(CDC) da China, alinhado com as diretrizes da<br />
World Health Organization.<br />
Obtenha amostras de DNA/RNA mais puras e<br />
maior rendimento através da utilização de extração<br />
automatizada. Realize simultaneamente<br />
48 extrações no equipamento MAELSTROM<br />
4800, que possui tecnologia patenteada de homogeneização<br />
por rotação. Essa técnica conta<br />
com um manuseio de beads magnéticas revolucionário.<br />
O produto TANBead Maelstrom 4800<br />
incorpora essa nova tecnologia e oferece o melhor<br />
desempenho para aplicação no diagnóstico<br />
molecular e ciências da vida.<br />
Extração manual de DNA/RNA também está<br />
disponivel através do kit de purificação DNA/<br />
RNA - Coluna Spin. O produto permite a extração<br />
e purificação de RNA/DNA a partir de uma<br />
variedade de materiais biológicos, como: SWAB<br />
orofaríngeo e nasofaríngeo, soro, plasma e entre<br />
outros. Os ácidos nucleicos purificados podem<br />
ser analisados por PCR e outras técnicas.<br />
O diagnóstico molecular está crescendo<br />
cada vez mais como importante ferramenta<br />
para o identificar com elevada eficácia<br />
e segurança doenças infecciosas, doenças<br />
hereditáriatraves, câncer, entre outros.<br />
Sobre a Biomedica<br />
A Biomedica, uma empresa comprometida<br />
com o segmento da saúde há mais de 23<br />
anos, oferece equipamentos e suprimentos<br />
de alta tecnologia e inovação visando proporcionar<br />
a melhoria da qualidade de vida<br />
e saúde da população. Atenta às tendências<br />
do futuro, atua no segmento de diagnóstico<br />
molecular e biologia molecular há mais<br />
de 4 anos, com ênfase no diagnóstico rápido<br />
de doenças infecciosas e oncologia.<br />
Biomedica Equipamentos e<br />
Suprimentos LTDA.<br />
SIA trecho 03 - lotes 625 - sala 230C<br />
CEP 71200-030<br />
Telefone (61) 3363-4422 (whatsapp)<br />
Email: contato@biomedica.com.br<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
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INFORME DE MERCADO<br />
ANVISA MS<br />
nº 81140320020<br />
Destinado a coleta de amostras biológicas<br />
através da pele, boca, nariz ou garganta para<br />
processamento de amostras e isolamento em<br />
meio de cultura.<br />
• Esterilizado por radiação ionizante: Livre<br />
Dnase, Rnase e Pirogênios<br />
• Comprimento da haste: 150mm<br />
• Especificações da ponta: 1,5cm 15mm dia<br />
Produto de uso único, descartar após uso.<br />
O produto é apenas para uso laboratorial.<br />
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de micropipetas do Brasil e acaba de<br />
inovar graças a sua estrutura própria de Laboratório<br />
de Calibração para Microvolumes, acreditado<br />
conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025.<br />
A partir de agora, os clientes que comprarem<br />
Micropipetas das marcas HTL Labmate e CAPP<br />
Solo não precisarão pagar valor adicional pelo<br />
certificado de calibração acreditado.<br />
Optando pela compra destas marcas, ambas<br />
de alta qualidade e aceitação no mercado brasileiro,<br />
os clientes obtêm acesso automático ao<br />
sistema ForlabExpress Webcal, onde podem<br />
baixar seu certificado de calibração e controlar<br />
a vida útil de seus instrumentos por meio de<br />
um software intuitivo e acessível.<br />
“Tornar a prática de assistência técnica e Calibração<br />
de micropipetas mais acessível para os<br />
clientes, por meio da execução de um serviço<br />
de maior qualidade, velocidade e menor custo” é<br />
obetivo da ForlabExpress com essa iniciativa, que<br />
deverá ser ampliada para outras marcas no futuro.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
0 117
INFORME DE MERCADO<br />
Nova linha de produtos da Binding Site: Freelite®<br />
para detecção de Cadeias Leves Livres no Líquor<br />
Com foco em fornecer a solução completa<br />
e estar na vanguarda tecnológica, a Binding<br />
Site trabalha sempre pensando em agregar<br />
novos produtos ao menu já existente.<br />
O produto Freelite® já muito conhecido,<br />
utilizado e com importância clínica já demonstrada<br />
em mais de 3.000 publicações<br />
científicas, é o único kit comercial recomendado<br />
pelas Diretrizes Internacionais<br />
e Brasileiras para a dosagem de Cadeias<br />
Leves Livres (CLLs) Kappa (κ) e Lambda<br />
(λ) em soro. Mais especificamente, os anticorpos<br />
policlonais do teste, reagem apenas<br />
com as formas livres das cadeias leves proporcionando<br />
uma medição quantitativa de<br />
κ e λ livres no soro, cujo resultado pode ser<br />
utilizado para diagnóstico, monitoramento<br />
e prognóstico de pacientes com Mieloma<br />
Múltiplo e outras Gamopatias Monoclonais.<br />
Recentemente, a detecção e quantificação<br />
de cadeias leves livres no líquor tem sido<br />
extensivamente estudada, e a importância clínica<br />
do exame tem sido demonstrada também no<br />
diagnóstico de doenças do Sistema Nervoso<br />
Central, como na Esclerose Múltipla (EM).<br />
Sabemos que o exame para detecção de<br />
bandas oligoclonais (OCB) no líquor é um<br />
exame bem estabelecido e fundamental<br />
nesses casos, mas que pode ser um tanto<br />
quanto desafiador em sua realização.<br />
Com isso, a Binding Site desenvolveu o exame<br />
Freelite® Mx específico para amostras<br />
de líquor, que pode auxiliar para o<br />
entendimento de algumas questões inerentes<br />
relacionadas a outros métodos já utilizados e<br />
contribuir para o diagnóstico preciso. A quantificação<br />
de cadeias leves livres e albumina<br />
tanto no soro quanto no líquor, permite que<br />
seja calculado o índice de cadeias leves livres<br />
kappa e lambda; e o mesmo se elevado<br />
pode auxiliar no diagnóstico de Esclerose, na<br />
identificação de pacientes com Síndrome Clinicamente<br />
Isolada com risco de evolução para<br />
Esclerose Múltipla e ainda na diferenciação de<br />
outras Doenças do Sistema Nervoso Central.<br />
A utilização do exame Freelite® no líquor,<br />
oferece sensibilidade diagnóstica equivalente<br />
ou superior aos exames tradicionais,<br />
garante confiança adicional por ser uma metodologia<br />
automatizada e estabelecida para<br />
amostras de líquor e facilidade na interpretação<br />
dos resultados.<br />
Cadeias leves livres<br />
info@bindingsite.com.br<br />
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www.freelite.com.br<br />
0 118<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020
PATOCORDEL<br />
PATHOCORDEL: A MOEDA DE OSLER<br />
A propósito de um acontecimento verídico<br />
que ocorreu com Sir William Osler, grande médico<br />
canadense, e um alcoólatra pobre, em uma<br />
rua de Montreal. O mendigo pediu-lhe uma<br />
moeda e Osler, vendo seu estado de embriaguez,<br />
vacilou em atendê-lo. Porém, disse-lhe<br />
PATHOCORDEL: A MOEDA DE OSLER<br />
Uma vez em Montreal<br />
Foi Osler incomodado<br />
Por um sujo e miserável<br />
Mendigo embriagado.<br />
“Uma moeda, senhor”<br />
Rogava com insistência.<br />
Osler, embora acuado,<br />
Não perdeu a paciência.<br />
“Bem conheço teu caráter<br />
Não és um homem de sorte<br />
O dinheiro te fará mal<br />
Beberás até a morte!”<br />
“Meu fígado tem falhado<br />
Já pressinto a agonia<br />
Deusas Parcas já me olham<br />
Excitadas de alegria.”<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Jun/Jul 2020<br />
com ironia, que a única “coisa valiosa” que ainda<br />
lhe restava era o fígado. O mendigo respondeu<br />
que lhe daria o fígado em troca. Semanas mais<br />
tarde Osler deparou com o cadáver daquele<br />
mendigo na Patologia para ser autopsiado. Ficou<br />
arrependido e pesaroso por ter dado uma<br />
“Dos bens que ainda tens”<br />
Disse Osler com ironia<br />
“Só o fígado tem valor<br />
Por sem bom de “patologia.”<br />
“Será seu, senhor, eu juro!”<br />
Várias vezes repetiu<br />
Obstinado, teimoso,<br />
Que o mestre não resistiu.<br />
Deu-lhe bonita moeda<br />
Uma prata reluzente.<br />
Foi seguindo seu caminho<br />
Esquecendo o incidente.<br />
Duas semanas após<br />
A promessa foi cumprida.<br />
Osler via pesaroso<br />
Pobre homem já sem vida.<br />
E no fígado constatou<br />
Uma grande esteatose<br />
Com alguns pseudolóbulos<br />
Permeados por fibrose.<br />
prata ao sofrido homem. Osler, além de grande<br />
clínico, se interessava muito por patologia, fazendo<br />
ou vendo autópsias.<br />
(citação por E.Pontius, Am.J.Clin.Path., suplemento<br />
fevereiro/1978 – Mecanismos para<br />
financiar autópsias).<br />
Era pois uma cirrose,<br />
Ativa, descompensada,<br />
E Osler disse baixinho<br />
“Eta moeda mal dada”.<br />
José de Souza Andrade-Filho*<br />
* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />
Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
0 119
10<br />
MINUTOS DE<br />
SOBREMESA<br />
Enquanto você comia<br />
sua sobremesa, nós<br />
analisamos 2.500<br />
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