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R E P O R T A G E M<br />
aqui para o resto da eternidade ao pé das suas<br />
árvores, ao pé da lagoa que ele gostava muito”.<br />
No jardim, destaca-se “uma grande coleção<br />
de camélias pelas suas ruas, são à volta de 100<br />
espécies antigas, aquelas que já eram camélias<br />
antes do século XIX, é um jardim histórico e as<br />
camélias têm uma importância grande para esse<br />
jardim, tanto que a minha mulher plantou aqui<br />
há uns anos uma coisa que se chama o cameleto<br />
que é uma coleção viva de camélias, são 200<br />
espécies que já tem algumas modernas”. Para além<br />
disso, “o jardim tem um interesse muito grande<br />
sobretudo do ponto de vista do seu traçado”, feito<br />
“pelo primeiro arquiteto que trabalho aqui, foi<br />
um arquiteto francês (Bonnet) que foi arquiteto<br />
da Câmara de Paris, também desenhou jardins<br />
franceses, precisamente neste critério da fruição<br />
das matas, e foi ele que fez aqui o traçado principal<br />
do jardim e tinha um estilo próprio que ainda hoje<br />
é conhecido”. De acordo com Henrique Rodrigues,<br />
“muitas vezes aparecem arquitetos franceses que<br />
vêm aqui ver o jardim, porque é conhecido por<br />
eles, o traçado nunca tem uma linha reta, são tudo<br />
linhas mais ou menos redondas”, explicou.<br />
Posteriormente, a continuação da propriedade foi<br />
feita pelos discípulos de Bonnet, que desenharam<br />
as casas, os chalés, e também trabalharam a capela.<br />
Henrique Rodrigues disse que, tanto o jardim<br />
como a capela “nunca foram com intenção de abrir<br />
ao público”. A abertura destes espaços ao público<br />
aconteceu “há seis anos, quando começámos a ter<br />
turistas”, anteriormente “as pessoas é que pediam<br />
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