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*Abril:2021 Referência Florestal 228 OPS

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TRANSPORTE<br />

Cuidados com logística garantem a segurança no segmento de base florestal<br />

Fertilizantes Especiais<br />

PARA CUIDAR DO SOLO<br />

INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES SAI NA FRENTE<br />

COM TECNOLOGIA DE NANOPARTÍCULAS<br />

TAKING CARE OF THE SOIL<br />

A FERTILIZER PRODUCER COMES OUT AHEAD<br />

USING NANOPARTICLE TECHNOLOGY


SUMÁRIO<br />

34<br />

TECNOLOGIA<br />

DE PONTA<br />

ABRIL <strong>2021</strong><br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Ivan Tomaselli<br />

14 Notas<br />

26 Coluna Cipem<br />

28 Frases<br />

30 Entrevista<br />

34 Principal<br />

40 Artigo<br />

46 Minuto Floresta<br />

48 Transporte<br />

52 Silvicultura<br />

54 Manejo<br />

58 Pesquisa<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

40<br />

48<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

17 ABC Agropecuária<br />

11 Agroceres<br />

07 Bayer<br />

09 BKT<br />

15 Carrocerias Bachiega<br />

65 Chico Moreira Soluções Florestais<br />

57 D’Antonio Equipamentos<br />

68 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

29 DRV Ferramentas<br />

25 Engeforest<br />

51 Hansa Flex<br />

63 J de Souza<br />

05 Komatsu Forest<br />

27 Manos Implementos<br />

67 Log Max<br />

45 Mill Indústrias<br />

23 Planflora<br />

33 Polli Fertilizantes<br />

47 Prêmio REFERÊNCIA<br />

13 Rotary-Ax<br />

21 Rotor Equipamentos<br />

19 Sergomel<br />

65 TPH Forest<br />

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que seguem a forma natural da árvore<br />

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otimizar o processo de descascamento<br />

Quatro facas desgalhadoras móveis<br />

hidráulicas e uma faca superior fixa<br />

Faca fixa na parte traseira do cabeçote,<br />

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dentro de todas as novidades.<br />

Entre em contato: +55 (41) 98845 - 3211<br />

www.komatsuforest.com.br


Fertilizantes Especiais<br />

EDITORIAL<br />

Espelho para<br />

a indústria<br />

A organização do setor florestal tem servido como<br />

exemplo para os demais setores produtivos brasileiros,<br />

que sentiram com mais força os impactos causados pela<br />

pandemia. As empresas florestais não se abateram e continuaram<br />

sua rotina, com os devidos cuidados. Neste cenário,<br />

iniciativas como o manejo florestal da Floresta Nacional<br />

de Altamira, no Pará, devem ser incentivadas e servir de<br />

referência para o resto do país. Na editoria de Transporte,<br />

trazemos uma reportagem especial sobre os cuidados com<br />

a transferência da madeira, importante etapa logística do<br />

segmento. Você também poderá conferir uma coluna exclusiva<br />

do CIPEM e, além disso, reportagens nas editorias de<br />

Mercado, Setor <strong>Florestal</strong> e Pesquisa, assim como novidades<br />

do setor. Ótima leitura!<br />

2<br />

1<br />

A capa desta edição<br />

traz reportagem sobre a<br />

tecnologia de nanopartículas<br />

da Polli Fertilizantes<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIII • N°<strong>228</strong> • Abril <strong>2021</strong><br />

TRANSPORTE<br />

Cuidados com logística garantem a segurança no segmento de base florestal<br />

PARA CUIDAR DO SOLO<br />

INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES SAI NA FRENTE<br />

COM TECNOLOGIA DE NANOPARTÍCULAS<br />

TAKING CARE OF THE SOIL<br />

A FERTILIZER PRODUCER COMES OUT AHEAD<br />

USING NANOPARTICLE TECHNOLOGY<br />

MIRROR FOR INDUSTRY<br />

Forestry Sector organization has served as an example<br />

for the other Brazilian productive sectors, which have felt<br />

more vehemently the impacts caused by the pandemic.<br />

The forestry companies did not halt or slow down their<br />

operations. Instead, they continued with their routine but<br />

with more care. In this scenario, initiatives such as forest<br />

management of the Altamira National Forest in Pará must<br />

continue to be encouraged and serve as a benchmark for<br />

the rest of the Country. In the Transport Section, we have<br />

special material on the care taken in timber transport, a<br />

crucial stage in the Sector’s logistics. You can also check out<br />

the exclusive Cipem column and the material in the Market,<br />

Forestry, and Research Sections and news from the Sector.<br />

Pleasant reading!<br />

Entrevista com<br />

Marcos Benedito<br />

Schimalski<br />

Sistema Agrossilvipastoril<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIII - EDIÇÃO <strong>228</strong> - ABRIL <strong>2021</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Luiz Kozak<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriel Faria<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


®<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA<br />

Acácias ganham espaço e se tornam ótima alternativa para o setor florestal<br />

Capa da Edição 227 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

DENIS CIMAF<br />

Confiabilidade e Produtividade com<br />

Melhores Lucros em Trabalhos Intensivos.<br />

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mês de março de <strong>2021</strong><br />

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DENISCIMAF.COM<br />

Ano XXIII • N°227 • Março <strong>2021</strong><br />

PREVENIR É PRECISO<br />

EQUIPAMENTOS DE COMBATE E PREVENÇÃO<br />

A INCÊNDIOS AUXILIAM O SETOR FLORESTAL<br />

PREVENTION IS NECESSARY<br />

FIRE FIGHTING AND PREVENTION<br />

EQUIPMENT ASSISTS THE FORESTRY SECTOR<br />

SETOR FLORESTAL<br />

Por Ana Paula Vieira – estudante – Curitiba (PR)<br />

Excelente notícia a parceria entre o SFB (Serviço <strong>Florestal</strong><br />

Brasileiro) e o BNDES. Viva o setor das florestas!<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Por Bruno Chemin – empresário – Itajaí (SC)<br />

Sempre digo que as acácias são o futuro do nosso setor! Ótima<br />

entrevista com o engenheiro Augusto Arlindo Simon!<br />

MANEJO<br />

Por Vitorino Alves – engenheiro florestal – Uberaba (MG)<br />

A Klabin mostra sua excelência e seriedade com o plano de Manejo <strong>Florestal</strong> no<br />

Paraná. Parabéns à empresa.<br />

Foto: divulgacão<br />

ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

Aplicações florestais com<br />

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Excelente tração em condições de serviço<br />

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BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

ENTREVISTA<br />

Equipe de reportagem da REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL durante entrevista com o<br />

diretor executivo da Polli Fertilizantes,<br />

Luiz Osni Miranda.<br />

ILUSTRE<br />

Tivemos a honra de receber em nossa sede da Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL, um dos maiores conhecedores em aplicação de manejo<br />

florestal no Brasil, Waldemar Vieira Lopes, que aproveitou para<br />

degustar do nosso especial Amiste Café. Na foto ao lado Waldemar,<br />

juntamente com lideranças indígenas, na reunião em Brasília (DF).<br />

Foto: divulgação<br />

ALTA<br />

POTÊNCIA DE PINUS<br />

De acordo com o Estudo Setorial da APRE (Associação<br />

Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), lançado no<br />

fim do ano passado, a região sul é sozinha responsável<br />

por 97% das exportações de serrado de pinus do Brasil.<br />

Santa Catarina é o Estado que mais exporta, (44,6%),<br />

seguido pelo Paraná (37,4%) e Rio Grande do Sul (15%).<br />

Outros 2,5% são originados no Estado de São Paulo.<br />

Ainda segundo o estudo publicado pela APRE, o Paraná<br />

foi o maior produtor de toras do Brasil em 2019, sendo<br />

responsável por uma produção de 30 milhões de m3<br />

(metros cúbicos), o que representou 22,9% da produção<br />

nacional. “Com base nos dados apresentados no Estudo<br />

Setorial da APRE, confirmamos que o setor florestal<br />

está de olho no futuro, pois une tecnologia e pessoas<br />

para gerar crescimento econômico e desenvolvimento<br />

socioambiental, além de soluções para a nova economia,<br />

que foca também em colaboração, justiça e nos impactos<br />

das atividades humanas.” define o presidente da APRE,<br />

Álvaro Scheffer Junior.<br />

ABRIL <strong>2021</strong><br />

QUEDA NAS EXPORTAÇÕES<br />

Apesar das vendas da indústria brasileira de máquinas<br />

e equipamentos totalizarem, no mês de janeiro, R$<br />

12,5 bilhões, resultado 38,5% superior ao registrado no<br />

mesmo mês de 2020, as exportações apresentaram recuo<br />

de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado.<br />

O resultado foi a venda para o exterior, no primeiro<br />

mês de <strong>2021</strong>, de R$ 545,8 milhões em equipamentos.<br />

“As exportações de máquinas e equipamentos sentiram<br />

fortemente a redução do comércio global em razão da<br />

pandemia em 2020. Após crescer 0,9% em dezembro,<br />

as exportações de máquinas recuaram 1,6% em janeiro<br />

de <strong>2021</strong>, em linha com a sazonalidade de início de ano”,<br />

apontou a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria<br />

de Máquinas e Equipamentos).<br />

BAIXA<br />

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Tecnologia Mirex-S2 e MIPIS<br />

FOCO TOTAL NO RESULTADO<br />

Levantamentos e acompanhamentos pré e pós controle.<br />

Avaliações de danos.<br />

Análises situacionais das infestações.


COLUNA<br />

O acordo Mercosul/<br />

União Europeia e o<br />

setor florestal<br />

Estudos analisam impacto na sustentabilidade<br />

envolvendo o acordo entre os dois blocos<br />

econômicos<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Na área<br />

ambiental o<br />

estudo da LSE<br />

focou na parte<br />

regulatória,<br />

impactos<br />

relacionados<br />

à emissão<br />

de gases do<br />

efeito estufa,<br />

desmatamento<br />

e poluição<br />

ALSE Consulting, empresa vinculada<br />

a The London School of<br />

Economics and Political Science,<br />

publicou em julho de 2020<br />

um relatório (400 páginas) com<br />

o título: Avaliação do Impacto na Sustentabilidade<br />

Envolvendo o Acordo entre o Mercosul<br />

e a União Europeia; firmado em junho de<br />

2019. São analisados basicamente os impactos<br />

econômicos, sociais e ambientais.<br />

Segundo as análises, as reduções das<br />

tarifas beneficiarão os dois blocos com o<br />

aumento do comércio, criação de empregos<br />

e aumento do crescimento econômico. O<br />

impacto esperado no PIB poderá chegar em<br />

2032 a €15 bilhões na Europa e €11 bilhões<br />

no Mercosul. O Brasil será o mais beneficiado<br />

e poderá aumentar as suas exportações<br />

em mais de 6%. Conclui o estudo que o<br />

acordo contribuirá para o desenvolvimento<br />

sustentado e redução da pobreza na região.<br />

Na área ambiental o estudo da LSE focou<br />

na parte regulatória, impactos relacionados<br />

à emissão de gases do efeito estufa, desmatamento<br />

e poluição. É mencionado o fato<br />

que o impacto nas emissões nos países do<br />

Mercosul será pequeno, já que os países da<br />

região têm, em média, uma matriz energética<br />

limpa.<br />

O relatório apresenta uma visão positiva<br />

em relação ao desmatamento. Conclui<br />

que uma expansão significativa da fronteira<br />

agrícola, com a ocupação de novas áreas de<br />

florestas, não é esperada. Existe a possibilidade<br />

de aumentar a produção via ganhos de<br />

produtividade e com o uso de áreas já desmatadas.<br />

Também não antecipa o aumento<br />

significativo do uso e da contaminação de<br />

águas, ou do uso de pesticidas.<br />

Por outro lado, um estudo publicado<br />

em 2020 pelo Imazon intitulado: O Acordo<br />

Comercial EU-Mercosul é a Prova de Desmatamento?,<br />

que foi financiado pela FERN,<br />

uma ONG da Europa, apresenta uma visão<br />

diferente. O relatório menciona que o Acordo<br />

poderá levar a um aumento significativo<br />

do desmatamento particularmente no Brasil,<br />

afetando terras indígenas e unidades de conservação.<br />

Isto levaria a um aumento significativo<br />

na emissão de gases de efeito estufa.<br />

O estudo do Imazon conclui que as<br />

provisões constantes do acordo não são suficientes<br />

para mitigar os riscos associados ao<br />

desmatamento e propõe ações que supostamente<br />

poderiam ser adotadas para mitigar o<br />

impacto. Entre elas, estão o estabelecimento<br />

de práticas mandatórias de certificação,<br />

monitoramento do comércio, consulta a<br />

comunidades indígenas e outras, e a expansão<br />

do escopo e envolvimento de ONGs nas<br />

decisões.<br />

É interessante observar a diferença entre<br />

os dois estudos, sendo o primeiro conduzido<br />

por uma entidade do Reino Unido e o segundo<br />

por uma ONG do Brasil. Não parece que<br />

o conduzido pela ONG brasileira tenha uma<br />

base científica sólida, mas é o que circula,<br />

e embora não é feita referência específica<br />

ao setor florestal poderá ter impacto no comércio<br />

internacional de produtos florestais<br />

brasileiros.<br />

Uma análise crítica dos estudos publicados,<br />

ao acompanhar e participar das discussões,<br />

é importante para não criar distorções<br />

e argumentos que possam limitar o crescimento<br />

sustentado de nosso país.<br />

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NOTAS<br />

Políticas públicas<br />

A Suzano, referência global<br />

na fabricação de bioprodutos<br />

desenvolvidos a partir do cultivo<br />

de eucalipto, e a ONG ambiental<br />

Fundação SOS Mata Atlântica<br />

lançou em março deste ano o<br />

projeto: Planos da Mata. A iniciativa<br />

visa acelerar a confecção dos<br />

PMMAs (Planos Municipais da<br />

Mata Atlântica) a partir do fortalecimento<br />

das políticas públicas<br />

de planejamento e desenvolvimento<br />

territorial local, para a manutenção de serviços ambientais, por meio da proteção da biodiversidade, da restauração<br />

florestal nativa, do desenvolvimento da economia verde, da geração de empregos e renda e de uma maior segurança jurídica para<br />

o uso do solo. A expectativa é que 30 municípios dos Estados de São Paulo, Espírito Santo e Bahia sejam beneficiados a partir da<br />

implementação do projeto, previsto para ter início no mês de abril. A Suzano e a SOS Mata Atlântica pretendem ajudar a fortalecer<br />

políticas públicas que possam mitigar impactos negativos causados pelas mudanças climáticas. “Esperamos que esse projeto<br />

dê origem a uma espécie de Plano Diretor Ambiental para que esses municípios consigam adotar medidas efetivas de restauração<br />

florestal, criação e implementação de áreas protegidas, arborização urbana, adequação ambiental de propriedades rurais e incentivo<br />

a práticas agrícolas mais sustentáveis, entre outras iniciativas”, resume a importância Walter Schalka, presidente da Suzano.<br />

Foto: divulgação<br />

Exportações em 2020<br />

Foto: divulgação<br />

A ABIMCI (Associação Brasileira de Madeira Processada<br />

Mecanicamente) publicou, em fevereiro deste<br />

ano, o desempenho das exportações de produtos<br />

oriundos da madeira no ano de 2020. No segmento<br />

de compensado tropical, o volume embarcado chegou<br />

a 101.720 m3 (metros cúbicos), representando<br />

um aumento de 14% em relação ao volume embarcado<br />

no ano anterior. As exportações de folheados<br />

tropicais no ano passado registraram 83.625 m3, um<br />

aumento em relação a 2019, com a Ásia sendo o<br />

principal destino. Em 2020, as exportações de madeira<br />

serrada tropical foram de 450.217 m3, um declínio<br />

anual de 15%, com o Vietnã como principal comprador<br />

do produto. Já as molduras tropicais seguiram a<br />

mesmo tendência, com redução de 7% no volume<br />

expedido em comparação a 2019. As exportações de<br />

pisos de madeira projetada foram 4.028.076 kg, sendo<br />

29% abaixo do resultado obtido no ano anterior,<br />

mesmo com uma grande quantidade adquirida pelos<br />

EUA (Estados Unidos da América).<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Novidade no setor<br />

A Klabin acaba de lançar uma embalagem<br />

sackraft com aplicação de barreira em<br />

resina sustentável, que elimina a utilização<br />

de filme plástico em sua composição. O<br />

produto foi desenvolvido pelo centro de<br />

tecnologia, em parceria com a área comercial<br />

e a gerência de desenvolvimento<br />

de produtos e atenderá, inicialmente, os<br />

segmentos de construção civil, fertilizantes<br />

e sementes. O EcoLayer é um avanço em<br />

relação à embalagem anteriormente disponibilizada<br />

pela empresa, pois apresenta<br />

melhoria de performance. A eficiência da<br />

nova barreira impede a entrada de umidade,<br />

ampliando a vida útil do produto<br />

envasado, além de preservar suas características<br />

e manter a qualidade. Além disso,<br />

é uma solução resistente e reciclável, o<br />

que reduz significativamente a geração de resíduos e contribui para a economia circular. “Trabalhamos para ter produtos<br />

cada vez mais eficientes, que contribuam ativamente para o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia e que tenham<br />

um cuidado especial com o produto de nossos clientes. Nosso time segue incansável e atento a esses objetivos e desafios<br />

que nossos clientes nos trazem”, comenta Paulo Kulaif, gerente geral de Sacos Industriais da Klabin.<br />

Confiança do agronegócio<br />

O IC Agro (Índice de Confiança do Agronegócio), divulgado<br />

pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado<br />

de São Paulo) e pela CropLife Brasil, fechou o quarto<br />

trimestre de 2020 em 121,4 pontos, recuo de 5,6 pontos<br />

em relação ao levantamento anterior. Apesar da queda,<br />

os ânimos do setor mantiveram-se em patamares altos,<br />

visto que é o terceiro melhor resultado desde o início<br />

da série histórica. Segundo a metodologia do índice,<br />

resultados acima de 100 pontos demonstram otimismo<br />

no setor e, abaixo deste patamar, pessimismo. Todos os<br />

segmentos pesquisados perderam confiança, mas cada<br />

um por seus próprios motivos. Os produtores agrícolas,<br />

por exemplo, foram influenciados diretamente pela irregularidade<br />

climática observada no fim de 2020, que fez<br />

o plantio da safra de verão ser o mais atrasado da história.<br />

No caso das agroindústrias, para algumas o aspecto<br />

preponderante foi a desvalorização do Real, enquanto<br />

para outras o aumento dos custos das rações pesou mais. Desta vez, não foi a avaliação sobre a economia brasileira que determinou a<br />

maior parte da variação do índice - diferentemente, portanto, do que se tornou comum nos últimos anos. “Não se pode ver no atual<br />

recuo da confiança uma tendência de queda para <strong>2021</strong>. Era de esperar que houvesse uma retração em relação ao terceiro trimestre<br />

de 2020, quando o indicador alcançou o melhor resultado da série histórica. Ainda assim, esta foi a terceira vez que o indicador<br />

fechou acima de 120 pontos”, observa Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio da FIESP.<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro: 15 anos<br />

O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) comemorou, no último 2<br />

de março, 15 anos como gestor das florestas públicas federais.<br />

Criado pela Lei nº 11.284 de 02 de março de 2006, o órgão tem<br />

o objetivo de promover o conhecimento, o uso sustentável e a<br />

ampliação da cobertura florestal, tornando a agenda florestal<br />

estratégica para a economia do país. Ao longo desse período,<br />

o SFB vem aprimorando ferramentas de gestão, no âmbito<br />

federal, do CAR (Cadastro Ambiental Rural), das concessões<br />

das florestas públicas e do Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional, dentre<br />

outros programas da ciência florestal. Segundo o diretor-geral<br />

do SFB, Valdir Colatto, o Brasil possui uma das mais rigorosas<br />

legislações ambientais do mundo. “O desafio do Serviço <strong>Florestal</strong><br />

Brasileiro num país que possui 500 milhões de hectares<br />

de florestas, ou seja, 60% do território, é o desenvolvimento<br />

sustentável, a conservação da floresta, a recuperação produtiva<br />

das áreas desmatadas e o incentivo de florestas plantadas”,<br />

afirmou. Para Colatto, “a mudança do serviço florestal brasileiro<br />

para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento<br />

reforça o empenho do Governo Federal em sintonizar a conservação<br />

ambiental com a questão produtiva.”<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Formigas e<br />

o eucalipto<br />

Os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras<br />

começam já na fase inicial dos plantios<br />

de pinus e eucalipto, e podem ser irreversíveis<br />

por causa da fragilidade das mudas. As plantas<br />

jovens e adultas também sofrem com as desfolhas<br />

intensas e constantes, que podem afetar<br />

significativamente o volume final de madeira.<br />

Para realizar o controle efetivo das formigas cortadeiras<br />

é fundamental conhecer as diferenças<br />

e características de cada gênero, assim como o<br />

momento e a forma correta de ação. Para abordar com profundidade esse assunto, a EMBRAPA Florestas e a EPAGRI (Empresa<br />

de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina) lançaram, no canal da EMBRAPA no youtube, o vídeo técnico: Manejo de formigas<br />

cortadeiras em plantios de eucalipto e pinus. Mais de 15 anos de pesquisas, conduzidas pela EMBRAPA Florestas, EPAGRI e<br />

UFPR (Universidade Federal do Paraná), com apoio do FUNCEMA (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais), sobre a dinâmica<br />

populacional e danos de formigas cortadeiras em plantios florestais na região sul, demonstram que vários fatores devem<br />

ser levados em consideração para o manejo de formigas cortadeiras em plantios florestais. Entre eles estão o gênero do plantio<br />

florestal (se é pinus ou eucalipto), se a área é de implantação ou reforma, o tempo de pousio entre o corte raso e o novo plantio,<br />

o manejo florestal do plantio anterior, a época de plantio, o manejo de plantas daninhas, se a área a ser plantada faz divisa com<br />

florestas nativas e o gênero de formiga cortadeira encontrada no plantio.<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Exemplo de gestão<br />

Na região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), estão sendo plantadas<br />

mais de cinco mil mudas de espécies nativas para o desenvolvimento<br />

de novas florestas. Os plantios estão sendo realizados em áreas<br />

públicas municipais e federais, cobrindo uma área de 26 mil m² (metros<br />

quadrados). “Com essa ação, a prefeitura de Belo Horizonte ajuda a ampliar<br />

a cobertura vegetal da cidade e a recuperar áreas verdes degradadas”,<br />

afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck.<br />

O trabalho foi iniciado em novembro com o plantio de 1,6 mil mudas no<br />

Parque Fernando Sabino, também conhecido como Parque Fazenda da<br />

Serra, uma área aproximada de 186 mil m² no Bairro Jardim Alvorada,<br />

região da Pampulha. Das mais de 5 mil mudas previstas para serem<br />

plantadas, 90% são produzidas por meio do Acordo de Cooperação Técnica<br />

entre a Floresta Nacional de Passa Quatro (ICMBio). Paralelamente<br />

a esse trabalho, está sendo realizada a manutenção de plantios mais<br />

antigos, especialmente com coroamento, coveamento e adubação das<br />

mudas plantadas em 2017 e 2018. “A manutenção é fundamental para<br />

o sucesso na implantação das novas florestas urbanas, uma vez que o<br />

desenvolvimento de espécies invasoras, como os vários tipos de capim,<br />

compromete de forma significativa o desenvolvimento das mudas. Sem<br />

manutenção, há risco de se perder todo o investimento realizado na implantação<br />

dos plantios”, afirma o engenheiro Marcelo Vichiato, um dos<br />

membros da equipe do Projeto Montes Verdes, da Secretaria Municipal<br />

de Meio Ambiente.<br />

Imigração<br />

florestal<br />

A J.D. Irving, Limited, empresa canadense,<br />

sediada na cidade de New Brunswick, contratou<br />

13 brasileiros para operar máquinas florestais<br />

em suas florestas no leste do Canadá. Os colaboradores<br />

deverão receber cerca de 70 mil dólares<br />

canadenses por ano e deverão ser agraciados<br />

com um programa de imigração para a província<br />

de Quebec. Segundo a Irving, o conhecimento<br />

operacional das empresas brasileiras é referência<br />

no setor. A ideia, de acordo com a empresa,<br />

é ampliar o programa para os próximos anos, e<br />

estreitar os laços entre os ramos florestais dos<br />

dois países. O Canadá é um dos maiores incentivadores<br />

de programas de imigração do mundo, e<br />

pretende, nos próximos cinco anos, receber mais<br />

de 3 milhões de imigrantes.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Controle e prevenção<br />

A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais)<br />

está disponibilizando, aos produtores de pinus, doses de nematoides<br />

para combate à Vespa-da-Madeira. A Sirex noctilio<br />

(nome científico da vespa) é uma praga exótica que chegou<br />

ao Brasil acidentalmente durante a década de 1980. Ela ataca<br />

exclusivamente plantios de pinus, depositando ovos nos<br />

troncos que, ao se transformarem em larvas, comprometem<br />

o desenvolvimento das árvores. Em Santa Catarina, mais de<br />

540 mil ha (hectares) abrigam plantações deste tipo de árvore.<br />

O Estado é o segundo maior produtor de pinus do Brasil,<br />

atrás apenas do Paraná. Para evitar a proliferação da praga,<br />

a ACR está intensificando as ações de combate. Fazem parte<br />

da estratégia: reuniões técnicas, campanhas informativas e<br />

alertas em rádios dos principais municípios produtores de<br />

pinus no Estado. A Vespa-da-Madeira ataca principalmente<br />

plantios sem manejo, causando o apodrecimento da árvore.<br />

Copa amarelada e respingos de resina no tronco são indícios<br />

de infestação. Ao verificar qualquer sinal que indique a presença da vespa, o produtor deve comunicar à CIDASC ou à EPAGRI<br />

mais próxima. Na área de publicações do site da ACR, está um vídeo produzido pela Embrapa Florestas que explica detalhadamente<br />

como acontece a infestação e o que deve ser feito para evitar e combater a Vespa-da-Madeira.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Inventário<br />

paranaense<br />

Uma tarefa solitária, escondida na mata, mas fundamental<br />

para as florestas paranaenses e brasileiras.<br />

Assim é o trabalho de campo dos cerca de 12 técnicos<br />

da empresa vencedora da licitação para execução dos<br />

levantamentos do Inventário <strong>Florestal</strong> do Paraná. Os<br />

engenheiros florestais da empresa contratada pela Secretaria<br />

Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos<br />

visitaram, há alguns anos, propriedades públicas<br />

e particulares para fazer um levantamento detalhado<br />

das florestas em todo o Paraná. O trabalho aconteceu<br />

em uma área de Vegetação Ombrófila Mista da Mata Atlântica, em uma propriedade particular do município de Palmeira (PR), a 70<br />

km (quilômetros) de Curitiba (PR), e foi acompanhado por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e da FAO (Organização das Nações<br />

Unidas para Alimentação e Agricultura), que faz o levantamento das florestas em vários países do mundo. Eles vieram verificar<br />

se o trabalho no Estado está dentro dos padrões e da metodologia internacional para esse tipo de pesquisa. Os técnicos coletam<br />

os dados das árvores de acordo com padrões internacionais. Diferente dos inventários feitos anteriormente no Paraná, que usaram<br />

imagens de satélite, este adota escala em tamanho real. A medição acontece em árvores a partir de 10 cm (centímetros) de diâmetro<br />

e a cada 100m (metros) é feita a contagem e o recolhimento de dados das condições de cada árvore, com um equipamento<br />

conhecido como balisa e uma bússola de alta precisão. Não é uma fiscalização. É um trabalho de pesquisa e a escolha do local não<br />

tem relação com a propriedade. São analisadas a altura do tronco, a posição sociológica, a saúde, o diâmetro e o espaço em que se<br />

encontram. A análise precisa ser feita exatamente no ponto estabelecido a cada 20 km. Nesta última etapa, o inventário florestal<br />

será feito em municípios da região sudoeste, metropolitana de Curitiba, Litoral e, ainda, dos Campos Gerais.<br />

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agregar valor na industrialização da madeira


NOTAS<br />

Imagem: reprodução<br />

Banco de dados<br />

Em comemoração ao Dia Internacional das Florestas, o SFB<br />

(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) apresenta dados inéditos do IFN (Inventário<br />

<strong>Florestal</strong> Nacional). Seguindo a política de abertura de dados<br />

do governo federal, os dados do levantamento de campo e da<br />

identificação botânica do IFN foram disponibilizados em formato<br />

aberto. Os dados são apresentados por estado e trazem informações<br />

sobre as unidades amostrais, espécies, dados biofísicos das<br />

árvores, uso da terra, solos, antropismo, entre outros. Para melhor<br />

compreensão e interpretação dos dados disponíveis, é importante<br />

a leitura prévia dos Metadados. No momento estão disponíveis os<br />

dados do Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e Sergipe.<br />

Novos estados serão disponibilizados à medida em que as coletas<br />

forem sendo finalizadas e os dados verificados e organizados.<br />

Os dados estão disponíveis para download em formato “.csv” no<br />

portal do SNIF (Sistema Nacional de Informações Florestais). Além dos dados abertos, o SFB disponibilizou o banco de imagens do IFN.<br />

O banco de imagens tem como objetivo apresentar aos usuários as imagens registradas durante a realização das atividades do IFN. O<br />

banco está dividido entre as fotos gerais e as fotos obrigatórias. As fotos gerais, ou demonstrativas, são registros feitos pelas equipes<br />

envolvidas no IFN retratando as etapas do trabalho, seja o levantamento de campo, a identificação botânica nos herbários, o trabalho<br />

de análise ou reuniões e eventos técnicos. Já as fotos obrigatórias são imagens obtidas durante a coleta dos dados biofísicos, como<br />

uma etapa da metodologia de levantamento de dados do inventário. Em cada unidade amostral são registradas imagens representativas<br />

da vegetação no local, em posições pré-determinadas. Até o momento, o banco possui 6.837 imagens demonstrativas e 191.054<br />

imagens obrigatórias. O banco de imagens pode ser acessado no portal do SNIF: https://snif.florestal.gov.br/bancodeimagens.<br />

Números positivos<br />

As concessões florestais do Governo Federal arrecadaram<br />

R$ 102 milhões até fevereiro deste ano. O montante considera<br />

a soma de todos os pagamentos recebidos das empresas<br />

concessionárias desde o início do programa, em 2010, e se<br />

refere aos 15 contratos ativos. O programa é coordenado pelo<br />

SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) que é vinculado ao MAPA<br />

(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). O ano<br />

de 2020 obteve o melhor resultado até o momento, com<br />

quase R$ 28 milhões de arrecadação. Esse valor representa um<br />

aumento de quase 60% em relação a 2019. Segundo o diretor<br />

de Concessão <strong>Florestal</strong> e Monitoramento do SFB, Paulo Carneiro,<br />

os elevados valores de arrecadação em 2020 são resultado<br />

de medidas adotadas para minimizar a inadimplência. “Desde<br />

2019, o Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro vem desenvolvendo ações<br />

para a redução da inadimplência dos concessionários e para<br />

ter um maior acompanhamento dos pagamentos. Foram assinados<br />

termos de parcelamentos dos débitos existentes, o que<br />

permitiu aos concessionários retornarem às suas atividades<br />

normais resultando no aumento da produção e na recuperação<br />

dos recursos devidos”, afirmou Paulo Carneiro.<br />

Foto: divulgação<br />

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COLUNA<br />

Manejo florestal<br />

e o desmatamento<br />

O Brasil possui os melhores e mais modernos<br />

sistemas de controle da rastreabilidade da<br />

madeira, sendo o SINAFLOR (IBAMA) e o SISFLORA<br />

MT (SEMA/MT) utilizados para o controle<br />

O desmatamento<br />

ilegal ocorre quando<br />

a mata nativa é<br />

retirada de um<br />

determinado local,<br />

total ou parcialmente,<br />

sem autorização dos<br />

órgãos ambientais<br />

competentes<br />

https://cipem.org.br<br />

O<br />

MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) é uma atividade econômica<br />

de exploração florestal seletiva por meio da colheita de<br />

árvores previamente selecionadas, com a utilização de técnicas<br />

de impacto reduzido, que reproduzem os mecanismos<br />

naturais dos ecossistemas, de forma planejada e sem danificar<br />

a biodiversidade existente. Com isto, os serviços ecossistêmicos continuam<br />

sendo prestados pela floresta, perpetuando a fauna e a flora, além de promover<br />

maior qualidade de vida e desenvolvimento para a sociedade.<br />

Isto significa dizer que uma área explorada sob MFS não será desmatada.<br />

Esta afirmação pode parecer um tanto incomum para o público geral, que<br />

já está habituado a vincular o desmatamento com a atividade madeireira,<br />

principalmente pela forma equivocada com que as informações e notícias são<br />

disseminadas.<br />

Para facilitar a compreensão, primeiro é preciso entender e diferenciar os<br />

conceitos de desmatamento e se o mesmo ocorreu de forma legal ou ilegal. E<br />

posteriormente, elucidar o motivo pelo qual o MFS não está ligado a nenhum<br />

tipo de desmatamento.<br />

O desmatamento, de maneira geral, ocorre pela necessidade de abertura<br />

de uma área de mata nativa, para que seja possível a utilização do solo para<br />

alguma atividade econômica, seja para a produção de alimentos (agricultura e<br />

pecuária), mineração, infraestrutura (geração de energia, estradas, moradias e<br />

aparelhos urbanos).<br />

O desmatamento legal é uma atividade prevista em lei, regulamentada,<br />

controlada e monitorada pelos órgãos de comando e controle municipal,<br />

estadual e federal. Para que um desmate legal seja autorizado, é necessário<br />

apresentar ao órgão ambiental competente um relatório técnico, constando o<br />

quantitativo da área a ser explorada, em acordo com os limites estabelecidos<br />

para cada Bioma, volume de madeira e de lenha comercializada, a dinâmica<br />

de desmate a ser utilizada, o cronograma a ser seguido, a comprovação do<br />

cumprimento da Reposição <strong>Florestal</strong>, bem como, medidas de proteção da<br />

fauna.<br />

O desmatamento ilegal ocorre quando a mata nativa é retirada de um<br />

determinado local, total ou parcialmente, sem autorização dos órgãos ambientais<br />

competentes. Ou seja, sem seguir a Lei. Deste modo não há nenhum<br />

tipo de controle a respeito de como a ação está sendo realizada e nem de sua<br />

intensidade. Isto é um crime que causa desequilíbrio ecológico, e prejudica as<br />

atividades econômicas, das quais muitas famílias dependem, pela degradação<br />

do ambiente e pela deturpação da imagem dos setores primários.<br />

Para combater esse problema, o Brasil possui os melhores e mais modernos<br />

sistemas de controle da rastreabilidade da madeira, sendo o SINAFLOR<br />

(IBAMA) e o SISFLORA MT (SEMA/MT), utilizados para controlar toda a movimentação<br />

madeireira.<br />

Para conferir o artigo na íntegra, acesse:<br />

https://cipem.org.br/o-manejo-florestal-sustentavel-como-ferramentapara-evitar-o-desmatamento/<br />

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FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

O setor de árvores cultivadas para<br />

fins industriais tem se destacado<br />

por sua atuação agroindustrial. Ao<br />

mesmo tempo em que o lado florestal<br />

tem avançado em produtividade e<br />

sustentabilidade, a face industrial<br />

tem dado passos largos rumo à<br />

indústria 4.0. Em plena recessão, de<br />

2016 a 2019, o setor realizou aportes<br />

de R$ 18 bilhões<br />

Paulo Hartung, presidente do<br />

IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores)<br />

“Queremos levar ao público a discussão<br />

e o conhecimento sobre a origem<br />

dos produtos que são consumidos<br />

pela construção civil, em especial, a<br />

madeira. E destacar como é importante<br />

olhar para essa cadeia de suprimentos,<br />

entender sua origem assim como as<br />

técnicas construtivas que avançam no<br />

setor. A madeira de reflorestamento,<br />

por exemplo, é oriunda de árvores<br />

plantadas com pegada positiva<br />

em relação ao carbono, reduzindo<br />

consideravelmente o impacto em<br />

comparação aos materiais como o<br />

concreto e aço”<br />

Leonardo Sobral, gerente de certificação<br />

florestal do Imaflora, sobre o uso da madeira na<br />

construção civil<br />

“A indústria florestal é<br />

um setor extremamente<br />

importante para a<br />

economia do Paraná. O<br />

overno do Estado tem<br />

criado mecanismos para<br />

amenizar os problemas<br />

na saúde e na economia,<br />

trabalhando de forma<br />

equilibrada para gerar o<br />

menor prejuízo possível”<br />

Ratinho Júnior, governador do Paraná, sobre<br />

as políticas públicas do Estado para a indústria<br />

florestal durante a pandemia<br />

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ENTREVISTA<br />

Mapeamento<br />

CATARINENSE<br />

Mapping the State of<br />

Santa Catarina<br />

U<br />

m estudo do CAV (Centro de Ciências Agroveterinárias),<br />

da UDESC (Universidade do Estado de Santa<br />

Catarina) em Lages, contratado pela ACR (Associação<br />

Catarinense de Empresas Florestais), identificou, através<br />

de sensoriamento remoto, as áreas com florestas plantadas no<br />

Estado. O levantamento, concluído em fevereiro de 2020, começou<br />

em novembro de 2018 e mapeou a silvicultura catarinense de forma<br />

inédita. A conclusão foi que a área total com florestas plantadas<br />

no Estado é de 828,9 mil ha (hectares). Desta totalidade, 553,6 mil<br />

ha (67%) são áreas com pinus; e 275,3 mil ha (cerca de 33%) estão<br />

ocupados com Eucalyptus. Em entrevista à REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

o professor responsável pelo estudo, Marcos Benedito Schimalski,<br />

explica como foi feito o levantamento e qual é a sua importância para<br />

a silvicultura catarinense. Confira:<br />

A<br />

study by the Agro-veterinary Science Center (CAV)<br />

of the State University of Santa Catarina (Udesc)<br />

in Lages, contracted by the State of Santa Catarina<br />

Association of Forestry Companies (ACR), identified,<br />

through remote sensing, the planted forests areas within<br />

the State. The Study, unprecedented in the State, which began in<br />

November 2018 and was completed in February 2020, mapped forest<br />

operations throughout Santa Catarina. The conclusion was that the<br />

total area with planted forests in the State totaled 828.9 thousand<br />

hectares. Of this total, 553.6 thousand hectares (67%) are planted<br />

with pine, and 275.3 thousand hectares (about 33%) are planted<br />

with eucalyptus. In an interview with REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong>, Marcos<br />

Benedito Schimalski, the professor responsible for the Study, explains<br />

how it was carried out and is its importance for forestry in the State.<br />

Check out below:<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

Marcos Benedito<br />

Schimalski<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Professor associado no departamento de Engenharia<br />

<strong>Florestal</strong>, do Centro de Ciências Agroveterinárias da UDESC<br />

(Universidade de Santa Catarina), em Lages.<br />

Associate Professor, the Department of Forest Engineering<br />

in the Agro-veterinary Science Center (CAV), Santa Catarina<br />

State University (Udesc), in Lages<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Doutor em Ciências Geodésicas<br />

Ph.D. in Geodesic Sciences<br />

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Compilamos o<br />

mapeamento digital<br />

de todas as florestas<br />

plantadas do Estado de<br />

Santa Catarina<br />

>> O mapeamento das florestas plantadas de Santa Catarina,<br />

realizado pela Udesc, em parceria com a ACR (Associação<br />

Catarinense de Empresas Florestais), foi realizado entre os<br />

anos de 2018 e 2019. Quais foram as principais conclusões<br />

da pesquisa realizada na região?<br />

Esse é um trabalho inédito no setor florestal catarinense. Nós<br />

realizamos um mapeamento com uma precisão nove vezes<br />

mais assertiva que outras iniciativas no Brasil, que utilizam<br />

outras tecnologias para o escaneamento de diversas regiões<br />

no país. Determinamos os valores de floresta plantada de<br />

forma muito completa, principalmente um estudo detalhado<br />

de florestas ocupadas por eucalipto, relatório até então inexistente<br />

em Santa Catarina. Fomos pioneiros e a ideia é continuar<br />

nessa toada.<br />

>> Quais tecnologias foram usadas para realizar o mapeamento<br />

da silvicultura em Santa Catarina?<br />

Algumas das tecnologias mais avançadas no geoprocessamento<br />

de florestas plantadas. Obtivemos sistemas de sensoriamento<br />

remoto e técnica de divisão computacional com florestas<br />

aleatórias. Compilamos o mapeamento digital de todas as<br />

florestas plantadas do estado de Santa Catarina. Nossa principal<br />

conclusão foi a obtenção do número de 828,9 mil hectares<br />

de florestas plantadas, com predominância para as madeiras<br />

de Pinus e Eucalipto no Estado de Santa Catarina.<br />

>> A silvicultura catarinense deve se restringir somente a<br />

pinus e eucalipto ou pode ampliar suas operações para outras<br />

mudas?<br />

As empresas de base florestal têm adotado uma política de<br />

expansão para outras mudas, então elas tendem a conservar<br />

as já existentes e talvez ampliar suas operações. Mas o<br />

problema é o seguinte: hoje a competitividade dessas áreas<br />

ocupadas por pinus, que é uma floresta de ciclo mais longo,<br />

acaba perdendo espaço e os investidores acabam por cortar<br />

prematuramente essas florestas para migrar para o plantio<br />

de milho e de outras culturas do agronegócio. Nosso objetivo<br />

é iniciar outra etapa do estudo, com base nos últimos meses<br />

de 2020 e no primeiro semestre de <strong>2021</strong>, para atualizarmos<br />

nossa base de dados e entender qual é o movimento do segmento<br />

catarinense para os próximos anos.<br />

The mapping of planted forests in the State of<br />

Santa Catarina, carried out by Udesc, in partnership<br />

with the Santa Catarina Association of Forest<br />

Companies (ACR), was conducted between 2018<br />

and 2019. What were the main conclusions of the<br />

Study in the State?<br />

The Study included an unprecedented survey within<br />

the State of Santa Catarina Forestry Sector. We<br />

performed a mapping with an accuracy nine times<br />

more assertive than other initiatives in Brazil, which<br />

used different technologies to scan several regions<br />

within the Country. We outlined the planted forest<br />

areas thoroughly, mainly a detailed study of forests<br />

occupied by eucalyptus, a survey until then non-existent<br />

for the State. We were pioneers, and the idea is<br />

to continue this work.<br />

What technologies were used to map the forestry<br />

activities in the State?<br />

Some of the most advanced technologies in the geoprocessing<br />

of planted forests. We obtained remote<br />

sensing systems and the computational division<br />

technique with random forests. We compiled the<br />

digital mapping of all planted forests in the State of<br />

Santa Catarina. Our main conclusion was that there<br />

are 828.9 thousand hectares of planted forests in the<br />

State, predominantly pine and eucalyptus.<br />

Should forestry in the State of Santa Catarina be<br />

restricted only to pine and eucalyptus, or can it<br />

expand its operations to other species?<br />

Forest-based companies have adopted an expansion<br />

policy for other species, so they tend to conserve<br />

existing ones and perhaps expand their operations.<br />

But the problem is this: today, the competitiveness<br />

of those areas occupied by pine, which is a more prolonged<br />

cycle forest, ends up losing space, and investors<br />

end up prematurely cutting down these forests<br />

to migrate the land to the planting of corn and other<br />

agribusiness crops. Our goal is to start another stage<br />

of the Study, based on the last months of 2020 and<br />

the first half of <strong>2021</strong>, updating our database and<br />

understanding the changes in the State’s segment in<br />

the coming years.<br />

Does the State of Santa Catarina have the potential<br />

to be one of the forestry powers in Brazil?<br />

Pine production in the State of Santa Catarina is<br />

already impressive, as well as that in the entire<br />

Southern Region of Brazil. But if we think about<br />

other species, it will all depend on aligned and<br />

well-implemented public policies. We have to make<br />

forest properties into a kind of company and be well<br />

managed. Generally, we have noticed a disinterest<br />

of later generations, who leave the interior of Santa<br />

Catarina for the big city, and do not continue the<br />

forest practice initiated by their parents. We need to<br />

Abril <strong>2021</strong><br />

31


32 www.referenciaflorestal.com.br


PRINCIPAL<br />

TECNOLOGIA<br />

DE PONTA<br />

Indústria de fertilizantes se diferencia no<br />

mercado por ser detentora de tecnologia<br />

que fornece alta solubilidade, maior<br />

reatividade e área de contato<br />

Fotos: Emanoel Caldeira e divulgação<br />

State-of-the-art<br />

technology<br />

A fertilizer producer differentiates<br />

itself in the market by having a<br />

technology that provides greater<br />

solubility, reactivity, and contact area<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


Abril <strong>2021</strong> 35


PRINCIPAL<br />

O<br />

mercado de fertilizantes no Brasil tem crescido<br />

exponencialmente nas últimas três<br />

décadas. Devido ao boom do agronegócio<br />

no país, o setor fechou o ano de 2020 com<br />

cerca de 38,5 milhões de t (toneladas) comercializadas,<br />

um crescimento superior a 6% em comparação ao<br />

ano anterior, mesmo durante um momento de instabilidade<br />

gerada pela pandemia. E o segmento não apenas cresceu<br />

dentro de suas fronteiras, mas auxiliou o desenvolvimento<br />

do já potente agronegócio no Brasil, um dos mais fortes em<br />

todo o mundo.<br />

Os números impressionam mesmo durante o ano de<br />

2020, impactado pela pandemia da Covid-19. De acordo<br />

com a ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos),<br />

as empresas produtoras de fertilizantes aumentaram em<br />

15,7% a entrega de fertilizantes ao agronegócio brasileiro<br />

no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período<br />

do ano anterior. A alta procura é explicada, principalmente,<br />

pelo interesse dos produtores rurais em soluções capazes<br />

de ampliar a produtividade no campo, em um momento de<br />

aumento da demanda por fertilizantes.<br />

Por todas essas características, não é fácil se diferenciar<br />

no competitivo segmento de fertilizantes, ainda mais em<br />

uma esfera em que os agricultores estão acostumados a uma<br />

certa rotina produtiva, o que, muitas vezes, impede grandes<br />

revoluções em seu dia-a-dia.<br />

Por isso mesmo, a Polli Fertilizantes Especiais é um dos<br />

maiores cases de sucesso do mercado, ao aliar conhecimento<br />

técnico, gestão humanizada e tecnologia própria no fornecimento<br />

de soluções inovadoras para o sistema de fertilidade<br />

do solo.<br />

Diretor executivo da Polli, Luiz Osni Miranda, explica<br />

que o grande diferencial da empresa surgiu há alguns anos,<br />

quando a companhia decidiu criar produtos diferenciados e<br />

que fugissem dos entraves ocasionados pelo manejo convencional<br />

relacionados a fertilidade dos solos. “Nossa missão<br />

é cuidar da saúde do solo, então desenvolvemos toda uma<br />

linha de produtos orgânicos que trazem benefícios (devido à<br />

tecnologia NANO ATOM) como a eficiente correção de acidez<br />

do solo, por apresentarem maior solubilidade, reatividade e<br />

menor umidade que os corretivos convencionais. Isto é, com<br />

aproximadamente 110 mm (milímetros) de chuva, já temos<br />

produto agindo no solo”, afirma.<br />

D<br />

ue to the agribusiness boom in Brazil, the<br />

fertilizer market has grown exponentially over<br />

the last three decades. The Sector ended 2020<br />

with about 38.5 million tons sold, a growth of<br />

more than 6%, compared to the previous year,<br />

even during a moment of instability generated by the pandemic.<br />

The Sector grew within and supported the already robust<br />

agribusiness growth in Brazil, one of the strongest in the world.<br />

The figures are impressive even during 2020, impacted by<br />

the covid-19 pandemic. According to the Brazilian National<br />

Fertilizer Association (Anda), fertilizer producers increased<br />

deliveries to Brazilian agribusiness by 15.7% in the first half of<br />

the year, compared to the same period in the previous year. The<br />

increased demand is mainly explained by the growing interest of<br />

rural producers in solutions capable of increasing productivity<br />

in the field and, thus, the need for fertilizers.<br />

For all these characteristics, it is not easy to differentiate oneself<br />

in the very competitive Fertilizer Sector, especially in a sphere<br />

where farmers are accustomed to a specific productive “routine”,<br />

which often prevents major revolutions in day-to-day life.<br />

Thus, Polli Fertilizantes Especiais is one of the biggest success<br />

stories in the market by combining technical knowledge,<br />

humanized management, and technology in providing innovative<br />

solutions for soil fertility systems.<br />

Luiz Osni Miranda, Polli CEO, explains that the Company’s<br />

significant differential arose a few years ago when the Company<br />

decided to create differentiated products that would overcome<br />

the obstacles caused by conventional management related to<br />

soil fertility. “Our mission is to take care of soil health, so we have<br />

developed a whole line of organic products that provide benefits<br />

(due to our NANO ATOM technology), such as the efficient<br />

correction of soil acidity due to greater solubility and reactivity<br />

present and at lower humilities than conventional correctives,<br />

i.e., with approximately 110 mm of rain, the product already<br />

begins to act on the soil,” he states.<br />

NANO ATOM<br />

The NANO ATOM, a technology patented by Polli Fertilizantes,<br />

works through grinding, chemical attack, and technological<br />

innovation, which consists of the production and insertion of<br />

calcium and magnesium carbonates and calcium sulfate nanoparticles<br />

into the raw material.<br />

“The improved characteristics of products generated using<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


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ARTIGO<br />

Fazendas<br />

FLORESTAIS<br />

O manejo sustentável e a inclusão<br />

Kayapó com menor pegada de carbono<br />

Artigo produzido por Waldemar Vieira Lopes<br />

Fotos: divulgação<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

manejo florestal sustentável é um conjunto<br />

de técnicas empregadas para explorar<br />

cuidadosamente parte das árvores de uma<br />

floresta, de maneira contínua e sustentável,<br />

gerando benefícios econômicos que<br />

superam os custos, com redução de desperdício dos produtos<br />

florestais, diminuição de riscos de acidentes de trabalho,<br />

respeito à legislação ambiental, menores impactos a<br />

flora e a fauna e maiores oportunidades de mercado.<br />

A gestão de florestas públicas brasileira funciona por<br />

vezes como freio ao desenvolvimento de regiões carentes<br />

de renda e prosperidade em nome de uma pseudoproteção<br />

que, no caso especifico da Comunidade Kayapó,<br />

detentora de uma área de 3 milhões/hectares no Estado<br />

do Pará, dormem sobre essa imensa riqueza e sonham<br />

com diretrizes que permitam a exploração da atividade<br />

florestal, afinal a madeira é um dos poucos materiais de<br />

construção carbono que temos na natureza.<br />

O Plano de Manejo é a ferramenta que lhes permitirá a<br />

evolução a que têm direito, integrando aspectos florestais,<br />

ecológicos e industriais, constituindo-se em uma iniciativa<br />

piloto, visando subsidiar as decisões e possibilitar - às partes<br />

envolvidas - uma melhor compreensão das implicações<br />

legais, operacionais e de gestão do negócio.<br />

Como parte das estratégias vislumbra-se trazer empresas<br />

madeireiras, comprometidas com o processo de<br />

desenvolvimento a partir de projetos de manejo sustentável<br />

e aplicação de padrões operacionais e silviculturais que<br />

auxiliem na elaboração de legislação e políticas públicas<br />

para regulação da exploração de espécies amazônicas no<br />

Abril <strong>2021</strong><br />

41


ARTIGO<br />

âmbito de reservas indígenas, com equacionamento da<br />

viabilidade do negócio e da exploração florestal.<br />

A meta principal é o desenvolvimento de um projeto<br />

demonstrativo de viabilidade econômica, social e ambiental<br />

de espécies amazônicas incidentes, cuja gestão deva ser<br />

feita em regime de parceria ou comodato, de acordo com<br />

condicionantes legislativas e dentro dos pilares expostos,<br />

em um case visto como um marco regulatório e histórico<br />

para a atividade, principalmente para Reservas Indígenas<br />

que ainda detêm áreas de floresta com ocorrência de<br />

inúmeras espécies nativas, demonstrando que o negócio<br />

florestal pode permanecer ad-infinitum, lastreado na<br />

ciência e baseado no manejo lucrativo e sustentável com<br />

manutenção de sua biodiversidade.<br />

É consenso nos meios científicos e empresariais que o<br />

modelo de supressão da floresta - através da exploração<br />

predatória das espécies florestais de maior valor comercial<br />

e/ou conversão da floresta em pastagens de baixa capacidade<br />

de produção, ainda largamente praticados, não é o<br />

mais indicado para a região.<br />

Entretanto, não se pode negligenciar a necessidade do<br />

desenvolvimento de alternativas de sustentação econômica<br />

para as populações que vivem nessa região e/ou se<br />

utilizam de seus recursos naturais, havendo clareza de que<br />

a vocação desta enorme região é manejo florestal e extrativismo,<br />

respeitando os limites de reposição e regeneração<br />

da floresta, trabalhando de forma planejada, responsável<br />

e eficaz, utilizando técnicas que restrinjam ao mínimo os<br />

impactos ambientais para garantir a manutenção do potencial<br />

de produção do ecossistema.<br />

Na Floresta Amazônica, existe uma grande diversidade<br />

de espécies aptas ao aproveitamento produtivo, tanto madeireiras<br />

como não madeireiras e são muitos os benefícios<br />

econômicos que podem ser auferidos a partir da utilização<br />

sustentável de produtos da natureza.<br />

A heterogeneidade amazônica só pode ser vencida a<br />

partir de conhecimentos multidisciplinares, que leve em<br />

conta aspectos físicos, mecânicos, manutenção da sanidade,<br />

socialização do conhecimento quanto ao bom uso<br />

de florestas e utilização racional a partir de investimentos<br />

crescentes em tecnologia, afinal a madeira é um dos<br />

poucos materiais de construção renováveis, contraponto<br />

necessário a outras matrizes fósseis.<br />

Sintonizado a necessidade do momento atual e considerando<br />

o potencial florestal industrial das Reservas<br />

Indígenas Kayapós, o projeto traz em sua concepção não<br />

só a implantação de indústrias madeireiras, como polos<br />

moveleiros no entorno florestal, no intuito de ajudar o<br />

desenvolvimento da região com integração dos povos e<br />

comunidades tradicionais como vetor do abastecimento<br />

da cadeia como um todo.<br />

Para isso, é necessário um constante aprimoramento<br />

para melhor utilização das fábricas e polos instalados no<br />

entorno, a partir de estratégias que ofereçam a melhor<br />

opção de gestão de negócios e evolução desses empreendimentos,<br />

em uma filosofia de retorno positivo, tanto a<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


Abril <strong>2021</strong> 43


44 www.referenciaflorestal.com.br


QUALIDADE<br />

INCOMPARÁVEL<br />

MEDIDOR DE TRAVA DE SERRAS<br />

AFIADEIRA<br />

DE SERRAS<br />

LÂMINAS DE SERRA FITA PARA MADEIRA<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

REBOLO<br />

ESPECIAL<br />

DIAMANTADO<br />

/ BORAZÓN


MINUTO FLORESTA<br />

Qualificação que<br />

FAZ A DIFERENÇA<br />

Com equipe experiente e obstinada a buscar novas<br />

soluções, a Bayer Floresta prioriza os conceitos de<br />

Liderança, Integridade, Flexibilidade e Eficiência<br />

Foto: divulgação<br />

Toda grande empresa sabe que o seu maior ativo é<br />

o grupo de colaboradores que trabalham, todos os<br />

dias, para que suas metas sejam batidas e seus objetivos<br />

sejam alcançados. Na Bayer, empresa global focada<br />

em Ciências da Vida, não é diferente. Com uma<br />

equipe totalmente voltada para o setor florestal, a empresa é um<br />

case de sucesso, ao trazer soluções para o manejo de florestas e<br />

os produtores da cadeia madeireira.<br />

Mas nada seria possível sem um corpo técnico especializado e<br />

obstinado a priorizar as demandas do consumidor. Ricardo Cassamassimo,<br />

gerente de marketing da Bayer, explica que ao realizar<br />

processos seletivos, a companhia seleciona pessoas que estejam<br />

comprometidas com os propósitos da Bayer. “Nosso time é muito<br />

dedicado e trabalha com foco no cliente. Entendemos que o sucesso<br />

do nosso cliente é e será sempre o nosso sucesso também.<br />

Desta forma, seguimos as diretrizes da Bayer nos comportamentos<br />

L.I.F.E (Liderança, Integridade, Flexibilidade e Eficiência)”,<br />

revela.<br />

Cassamassimo também afirma que, além das experiências<br />

prévias e do currículo, a Bayer procura candidatos condizentes<br />

com os comportamentos LIFE e o time e deve estar disposto a<br />

desenvolver e entregar ciência para uma vida melhor, como é<br />

o caso dele próprio, que está há 5 anos na empresa. “Estou no<br />

setor florestal há 20 anos, trabalhei com análise de resíduos de<br />

defensivos, com certificação FSC (Forest Stewardship Council)<br />

e passei pela indústria de papel e celulose. Hoje na Bayer me<br />

identifico com os valores e objetivos da empresa, principalmente<br />

com a divisão Environmental Science. Desde 2016 faço parte do<br />

time Bayer, e atualmente respondo pelos resultados para os segmentos<br />

de floresta e manejo de vegetação industrial”, relembra o<br />

gerente.<br />

Coordenador de Desenvolvimento de Produtos para América<br />

Latina, na Environmental Science, para as linhas de Floresta e<br />

Controle de Vegetação em Áreas Não-Agrícolas, Fabrício Gomes<br />

Sebok, trabalha no setor florestal da Bayer há 6 anos. Com vasta<br />

experiência no ramo, também como analista de desenvolvimento<br />

de produtos, Sebok destaca o cuidado da empresa ao criar grupos<br />

multidisciplinares dentro de cada núcleo, com o objetivo de atender<br />

as necessidades de seus clientes. “Esse diferencial, de possuir<br />

uma equipe exclusivamente dedicada ao setor florestal, tanto<br />

no Brasil quanto em outros países, é uma grande força da Bayer.<br />

Tudo isso é possível graças ao cuidado da empresa ao selecionar<br />

colaboradores engajados com a nossa rotina de trabalho”, destaca<br />

o coordenador, responsável, e finalmente, atuando como coordenador<br />

de Field Solutions Latam desde 2017. Sendo assim responsável<br />

pelo desenvolvimento de soluções para as linhas <strong>Florestal</strong> e<br />

Controle de Vegetação na América Latina, para países como Brasil,<br />

Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia e México.<br />

Promotora de marketing, com foco no pós-venda, Daniela<br />

Araújo é outra especialista do Time Bayer <strong>Florestal</strong>. Com experiência<br />

na Fibria, gigante do setor de papel e celulose, Araújo<br />

iniciou sua trajetória na Bayer em 2016, quando auxiliou na condução<br />

de testes para o lançamento do herbicida Esplanade, um<br />

dos principais produtos da empresa.<br />

“O time de Floresta é bastante unido e sempre encontramos<br />

o suporte do time como um todo, independente da região em<br />

que atua. Temos um diálogo muito aberto dentro do time, grande<br />

disponibilidade e senso colaborativo. Acredito que esses sejam<br />

os principais pilares do nosso grupo, confiança e colaboração”,<br />

comemora a promotora de marketing.<br />

Carlos Eduardo Vinadé, representante técnico de vendas da<br />

Bayer, possui formação como engenheiro florestal pela Universidade<br />

Federal do Pampa (RS). Há quase 5 anos na empresa, ele já<br />

atuou como promotor de marketing antes de coordenar as vendas<br />

técnicas do Time Bayer <strong>Florestal</strong>. “Antes de entrar na Bayer,<br />

desenvolvi várias atividades relacionadas à engenharia florestal,<br />

como por exemplo o estudo de produtividade das operações<br />

florestais na CMPC Celulose Riograndense. Faltando dois meses<br />

para o término do estágio, me candidatei a vaga de promotor de<br />

marketing ofertada pela Bayer para atuar na região sul do Brasil,<br />

após algumas entrevistas e dinâmicas fui selecionado, tendo que<br />

antecipar a saída do estágio para assumir como promotor de marketing<br />

da região sul”, relembra.<br />

Segundo Vinadé, além dos produtos diferenciados no mercado,<br />

o grande exemplo da Bayer é sua preocupação com a qualificação<br />

de seu pessoal. A Bayer não mede esforços em qualificar<br />

e desenvolver pessoas, isso faz com que seus colaboradores<br />

estejam sempre altamente capacitados e em constante evolução,<br />

gerando valor para o parceiro comercial, além, é claro, do sentimento<br />

de pertencimento que nós temos dentro da empresa.<br />

Ter um time de alta performance, dedicado exclusivamente para<br />

entender e atender as necessidades de nossos parceiros, é fundamental<br />

para o desenvolvimento do negócio florestal da Bayer”,<br />

finaliza.<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


TRANSPORTE<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Transporte<br />

ADEQUADO<br />

Fotos: divulgação<br />

Cuidados com logística e escoamento de cargas<br />

devem ser priorizados pelo setor florestal<br />

Abril <strong>2021</strong><br />

49


TRANSPORTE<br />

Várias são as preocupações das empresas florestais:<br />

qualidade de mudas, manejo responsável,<br />

cultura do solo, capacitação de pessoal<br />

e até mesmo o relacionamento com fornecedores<br />

e consumidores. Aliada a tudo isso,<br />

a estrutura logística também deve ser olhada com carinho<br />

por empresários e executivos do setor florestal.<br />

Uma das importantes etapas deste ciclo é o transporte<br />

de cargas, entre elas, as toras e madeiras serradas no chão<br />

de fábrica. As formas de escoamento são ditadas não só<br />

pelo tamanho ou dimensões das cargas, mas também pelo<br />

seu peso, pela urgência no deslocamento ou por necessidades<br />

como a de conexão entre os seus vários componentes.<br />

O transporte de madeira exige, porém, cuidados especiais,<br />

pois utiliza equipamentos de alto risco, como tornos<br />

e guilhotinas, e devido à necessidade de movimentos<br />

repetitivos, com levantamento excessivo de peso, além do<br />

risco de incêndio.<br />

As normas NR-11 e NR-<br />

12 definem as condições<br />

necessárias para o<br />

transporte, movimentação,<br />

armazenamento e manuseio<br />

seguro de materiais<br />

PRECAUÇÕES<br />

A movimentação de máquinas e a elevação de cargas<br />

são atividades que não permitem erros, pois podem<br />

acarretar graves consequências. Segundo Tadeu Oliveira,<br />

consultor da Logistec, a capacitação dos colaboradores é<br />

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VOCÊ SABIA QUE A TORÇÃO EM<br />

MANGUEIRAS É UM DOS PRINCIPAIS<br />

VILÕES NA OPERAÇÃO FLORESTAL?<br />

O constante desafio de mobilidade x<br />

versatilidade mecânica nos equipamentos<br />

de colheita florestal, exigem a utilização de<br />

juntas rotativas ou swiwell como também<br />

são conhecidas. Nossa linha de juntas<br />

rotativas contam com o que há de mais<br />

moderno no sistema de vedação e rotação.<br />

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SILVICULTURA<br />

Diversificação e alta<br />

RENTABILIDADE<br />

O Sistema Agrossilvipastoril (ILPF) tem otimizado a<br />

exploração econômica do setor agropecuário, e não<br />

há nada que desabone a utilização da integração<br />

Este artigo foi produzido pelo especialista Pedro Francio Filho, da empresa Francio Soluções Florestais<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

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Abril <strong>2021</strong> 53


MANEJO<br />

A guardiã da<br />

FLORESTA NACIONAL<br />

DE ALTAMIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

As áreas concedidas ao manejo de impacto<br />

reduzido permanecem em pé e geram renda e<br />

desenvolvimento local<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


As atividades de manejo florestal na FLONA (Floresta<br />

Nacional) de Altamira (PA), são feitas pelas<br />

concessionárias RRX Mineração e Serviços Ltda<br />

e Patauá <strong>Florestal</strong> Ltda. As áreas sob concessão<br />

somam quase 362 mil ha (hectares) e estão<br />

divididas em quatro UMFs (Unidades de Manejo <strong>Florestal</strong>).<br />

Os contratos com o SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) foram<br />

assinados em 2015.<br />

No entanto, as atividades de exploração iniciaram há<br />

pouco mais de 2 anos. Nesse período, as empresas fizeram as<br />

benfeitorias necessárias para o início dos trabalhos. Foi necessária<br />

a construção dos alojamentos dos funcionários, das estradas,<br />

dos depósitos e dos galpões de beneficiamento, além<br />

da compra de equipamentos, caminhões, tratores e ônibus.<br />

O pouco tempo decorrido até o momento foi importante<br />

para os empresários mudarem a sua visão sobre a floresta e a<br />

importância dela na vida da comunidade do Distrito Moraes<br />

Almeida, onde ficam as sedes das empresas. O distrito fica a<br />

300 km (quilômetros) do município ao qual está vinculado,<br />

Itaituba (PA).<br />

“A concessão ensinou que a gente precisa fazer um planejamento<br />

de longo prazo, pois a perspectiva de trabalho na<br />

floresta é de décadas. Então, aprendemos a prestar atenção<br />

na valorização da floresta em pé, que antes passava desapercebida.<br />

Hoje a gente entende a necessidade de deixar a<br />

floresta descansando por 30 anos”, afirmou o diretor de Relações<br />

Institucionais da Patauá, Oberdan Perondi.<br />

Abril <strong>2021</strong><br />

55


MANEJO<br />

O gerente da RRX, Luiz Alberto Overney Ferreira, só havia<br />

trabalhado com floresta plantada no Rio de Janeiro, até ser<br />

convidado a gerenciar a empresa no coração da Amazônia.<br />

“Na minha opinião, a concessão florestal é só benfeitoria. O<br />

governo encontrou um síndico para cuidar das florestas”, avalia<br />

com propriedade o gerente.<br />

“Claro que a gente como empresa visa lucro, pois nós a<br />

exploramos comercialmente. Mas tudo acontece dentro das<br />

técnicas determinadas que são muito rigorosas e a floresta<br />

vai ser mantida em pé. A gente só vê as pessoas destruindo as<br />

áreas que não têm concessão florestal. Então, ressalto que a<br />

concessão é o caminho para proteger a floresta e só tive essa<br />

noção com o conhecimento que aprendi aqui na FLONA”,<br />

enalteceu Luiz Alberto.<br />

GUARDIÃ DA FLORESTA<br />

“A concessão florestal é a guardiã da floresta”, afirmou o<br />

diretor administrativo da Patauá, Onésio Alves da Silva. “Ao<br />

sobrevoar as UMFs da Flona de Altamira, a gente só vê um<br />

território verde, mata. Nas áreas fora da concessão, é possível<br />

ver a ação ilegal. Isso é visível nas imagens de satélite.<br />

Se não fosse a concessão, a FLONA não estaria preservada,<br />

como é a sua realidade hoje”, completou. Segundo Oberdan<br />

Perondi, os concessionários zelam pelas áreas por meio<br />

de mecanismos sofisticados de monitoramento. Ao menor<br />

sinal de invasão detectado pelos satélites é informado aos órgãos<br />

federais de fiscalização, ICMBio e IBAMA, além do SFB,<br />

que faz a gestão das concessões florestais.<br />

A comunidade local é também uma ferrenha aliada das<br />

concessões florestais. A explicação é simples. O distrito de<br />

Moraes Almeida (PA) possui 10 mil habitantes. “Só a Patauá<br />

tem 150 funcionários dentro da FLONA de Altamira, além de<br />

manter 500 empregos diretos e 2500 indiretos. Nessa conta,<br />

25% da população depende direta ou indiretamente da Patauá”,<br />

informou Onésio Alves da Silva.<br />

“O monitoramento da floresta é feito pelos órgãos do<br />

governo e pela fofoca da comunidade. A cidade é pequena e<br />

as pessoas sabem quando vem alguém aqui querendo fazer<br />

atividade ilegal. Elas nos contam e entramos em contato com<br />

esses órgãos de fiscalização. As pessoas sabem que o retorno<br />

para elas depende do nosso lucro, então, posso dizer que<br />

Moraes Almeida é um distrito que protege a floresta”, garante<br />

Onésio.<br />

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Disco de corte para Feller<br />

Usinagem<br />

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qualidade;<br />

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utilização de até 20<br />

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diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

•Discos especiais;<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

Soldagem<br />

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PESQUISA<br />

Manejo de florestas naturais<br />

degradadas na Amazônia:<br />

ESTUDO DE CASO<br />

SOBRE CRITÉRIOS<br />

DE COLHEITA<br />

Fotos: divulgação<br />

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MARCO ANTONIO SIVIERO<br />

ENGENHEIRO MECÂNICO<br />

ADEMIR ROBERTO RUSCHEL<br />

ENGENHEIRO AGRÔNOMO<br />

JORGE ALBERTO GAZEL YARED<br />

ENGENHEIRO FLORESTAL<br />

SABRINA BENMUYAL VIEIRA<br />

ENGENHEIRA FLORESTAL<br />

JOSÉ FRANCISCO PEREIRA<br />

EMBRAPA AMAPÁ<br />

OSMAR JOSÉ ROMEIRO DE AGUIAR<br />

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ<br />

SÍLVIO BRIENZA JUNIOR<br />

EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL<br />

PAULO CEZAR GOMES PEREIRA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA<br />

GHABY ALVES BERBERIAN<br />

ENGENHEIRA FLORESTAL<br />

KARINA PIEKARSKI SIVIERO CONTINI<br />

ENGENHEIRA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO<br />

INDUSTRIAL<br />

AGUST SALES<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA<br />

ERESUMO<br />

ste trabalho trata de uma experiência inovadora<br />

em relação a critérios para colheita de<br />

árvores em floresta natural degradada na Amazônia.<br />

A pesquisa foi desenvolvida em 535,6 ha<br />

(hectare) de floresta na Fazenda Shet, em Dom<br />

Eliseu (PA), usando a base de dados do censo florestal referente<br />

a árvores com DAP ≥ 25 cm (centímetro). Os critérios<br />

para colheita das árvores consideraram, prioritariamente, os<br />

seguintes elementos: grau de sanidade, qualidade do fuste<br />

(2 e 3), diâmetro máximo a permanecer na floresta (DAP <<br />

100 cm), árvores de menor diâmetro (25 ≥ DAP ≤ 55 cm),<br />

espécies com maior densidade de árvores por unidade de<br />

área, distribuição diamétrica, segundo o coeficiente de Liocourt,<br />

manutenção das espécies intensamente exploradas<br />

no passado e com população de árvores ≤ 0,15 arv.ha-1.<br />

Foram inventariadas 46.012 árvores, pertencentes a 106 espécies,<br />

e planejadas para colheita 23,19% (10.671 árvores),<br />

aos 12 anos após a exploração anterior.<br />

Baseando-se no planejamento da colheita e seguindo<br />

os critérios, a previsão de colheita em relação à população<br />

total inventariada teve como resultado: 2,16% árvores pelo<br />

critério de sanidade; 15,45% pela forma de fuste; 0,26%<br />

pelo diâmetro máximo; 93,93% pelo menor diâmetro; 57,5%<br />

pela densidade arbórea; e 5,04% pela manutenção das espécies.<br />

A colheita foi realizada em 98,79% das árvores com<br />

sanidade comprometida; 22,20% com fuste 2 e 3; 97,39%<br />

com diâmetro máximo; 95,02% com menor diâmetro; e<br />

90,30% com maior densidade arbórea. Foram mantidas<br />

98,14% das espécies Astronium lecointei, Cordia goeldiana,<br />

Copaifera sp., Hymenaea courbaril, Hymenolobium<br />

petraeum, Handroanthus serratifolius e Manilkara elata, intensivamente<br />

exploradas no passado, e 98,70% de outras 53<br />

espécies com menor abundância (≤ 0,15 arv.ha -1 ).<br />

O planejamento da exploração seguindo os critérios de<br />

colheita propostos possibilitou a extração de árvores em ciclos<br />

de 10 a 12 anos, sendo um tempo menor que o previsto<br />

pela legislação. A manutenção da diversidade de espécies<br />

arbóreas e a conservação da floresta em pé, previstas com<br />

esses critérios técnicos, podem ser alternativas para o manejo<br />

florestal ecológica e economicamente viável.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A compreensão dos serviços globais prestados pelas florestas<br />

fez com que a humanidade começasse a se preocupar<br />

com a conservação dos recursos florestais, iniciando-se um<br />

processo de formulação de medidas para proteger essa fonte<br />

de bens renováveis. No Brasil, várias iniciativas foram instituídas<br />

a fim de se preservar a floresta, especialmente por<br />

meio do Código <strong>Florestal</strong> e outras normas. Para a Amazônia,<br />

algumas dessas medidas foram: a) a criação da RL (Reserva<br />

Legal), com vistas à manutenção de 50% da área coberta<br />

Abril <strong>2021</strong><br />

59


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www.jdesouza.com.br<br />

MATRIZ - LAGES/SC<br />

UNIDADE 01 - SETE LAGOAS/MG<br />

UNIDADE 02 - IMPERATRIZ/MA<br />

UNIDADE 03 - LAGES/SC<br />

EQUIPAMENTOS QUE SUPORTAM<br />

O RIGOR DA FLORESTA.<br />

jdesouzaequipamentosflorestais<br />

+55 (49) 3226 0511 | +55 (49)<br />

Abril<br />

3226<br />

<strong>2021</strong><br />

0722<br />

63


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2021</strong><br />

Maderexpo<br />

21 a 24<br />

Lima (Peru)<br />

www.expoperuindustrial.com/<br />

maderexpo/<br />

ABRIL<br />

<strong>2021</strong><br />

MAIO<br />

<strong>2021</strong><br />

MAI<br />

<strong>2021</strong><br />

I CONGRESSO MUNDIAL SOBRE<br />

SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO<br />

LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA<br />

O Congresso será uma grande oportunidade para troca de<br />

experiências e conhecimento, bem como, para atualizações<br />

sobre os mais recentes resultados de pesquisa, desenvolvimento<br />

e inovação em Sistemas ILPF no mundo. O principal<br />

objetivo do evento é propiciar um fórum de discussão, com<br />

aprofundamento teórico e aplicações práticas sobre aspectos<br />

tecnológicos e de sustentabilidade econômica e ambiental<br />

de sistemas agrícolas consorciados que combinem<br />

a produção integrada da lavoura, da pecuária e da floresta<br />

na mesma área e com uso eficiente de insumos, que são<br />

fundamentais para a segurança alimentar no futuro.<br />

Imagem: reprodução<br />

I Congresso Mundial sobre Sistemas de<br />

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta<br />

03 a 06<br />

Campo Grande (MS)<br />

http://wcclf2020.com.br<br />

Tener Expo<br />

31 a 2<br />

Palermo (Itália)<br />

http://www.tenerexpo.it/<br />

MAIO<br />

<strong>2021</strong><br />

SET<br />

<strong>2021</strong><br />

LIGNA HANNOVER <strong>2021</strong><br />

A cidade de Hannover, na Alemanha, se transforma<br />

no foco de atenção para o mundo da madeira e a<br />

indústria madeireira. Considerada a maior ou a mais<br />

importante feira do mundo no setor, a Ligna expõe<br />

toda a cadeia de produção madeireira: desde a captação<br />

e o processamento da madeira, até a produção<br />

industrial de produtos da madeira e tecnologias inovadoras<br />

de tratamento da madeira, entre outros.<br />

Imagem: reprodução<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA<strong>2021</strong><br />

sólida e moderna<br />

A TPH Forest destaca-se na fabricação de<br />

grua florestal, garras, estruturas florestais<br />

e Mini Skidder<br />

AGOSTO<br />

<strong>2021</strong><br />

Timber and Working with Wood Show –<br />

Melbourne<br />

27 a 29<br />

Melbourne (Austrália)<br />

www.timberandworkingwithwoodshow.<br />

com.au/melbourne<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

Av. José Bressan, 860 - Centro | Riqueza/ SC<br />

+55 (49) 3675-0195 (49) 99915-9658<br />

www.tphforest.com.br<br />

Simpos <strong>2021</strong><br />

22 a 24<br />

Curitiba (PR)<br />

https://simpos2020.galoa.com.br/<br />

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS<br />

Georreferenciamento<br />

CAR<br />

Uso do solo<br />

Retificação de matrícula<br />

Subdivisão de áreas<br />

Lotes urbanos<br />

Engenheiros Florestais Associados<br />

Chico Moreira<br />

Gilson Almeida<br />

MANEJO FLORESTAL<br />

Inventário<br />

Marcação para desbaste<br />

Consultoria<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2021</strong><br />

Ligna Hannover <strong>2021</strong><br />

27 de setembro a 01 de outubro<br />

Hannover (Alemanha)<br />

www.nfeiras.com/ligna-hannover-22/<br />

Avenida Coronel Rogério Borba, nº 300 - Centro | Reserva - PR<br />

Chico Moreira: (42) 99136-3588 Gilson Almeida: (42) 98827-5693 Abril <strong>2021</strong><br />

65


Foto: divulgação<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

Potencial de<br />

aplicação em<br />

INSTITUIÇÕES<br />

PÚBLICAS<br />

Por Ivan Gonçalves ,<br />

sócio-diretor da Qualyteam,<br />

empresa especializada em<br />

soluções para gestão da<br />

qualidade<br />

A Norma NBR ISO 9001:2015,<br />

apesar de ser aplicável a<br />

diversos tipos de segmentos,<br />

é amplamente difundida no<br />

âmbito privado<br />

Foto: Diana Dornelles<br />

C<br />

om o advento da internet e das redes sociais,<br />

uma miríade de informações é projetada sobre<br />

o gestor que, sem a capacidade de analisar<br />

todos os dados, pode tomar decisões que<br />

trarão dissabores para a própria organização.<br />

Embora o acesso à informação tenha crescido exponencialmente,<br />

o conhecimento aplicado ainda carece de ferramentas<br />

de gestão que minimizem os riscos associados à má gestão.<br />

Nesse sentido, a ISO 9001, a mais famosa metodologia<br />

de gestão conhecida, destaca-se como principal mecanismo<br />

de apoio ao planejamento e gestão das organizações.<br />

Fundamentada no ciclo de Deming ou ciclo de melhoria<br />

contínua, a ISO 9001 se caracteriza como uma ferramenta<br />

de gestão estruturada no planejamento (P), execução (D),<br />

monitoramento (C) e correção (A) de ações que objetivam a<br />

implementação eficaz da estratégia proposta por uma organização.<br />

Embora tenha aplicação prática e traga benefícios<br />

tangíveis em qualquer tipo de empresa (públicas e privadas),<br />

a metodologia tem desafios a serem superados.<br />

Recentemente, a Qualyteam foi parceira na sistemática<br />

de implantação do sistema de gestão da qualidade na ES-<br />

MAT (Escola Superior da Magistratura Tocantinense), baseado<br />

na norma ABNT NBR ISO 9001:2015 – Sistema de Gestão<br />

da Qualidade. A implantação desse modelo de gestão em<br />

uma instituição pública é pioneira no segmento, não encontrando<br />

estudos de casos anteriores e resultados estatísticos<br />

que forneçam dados para uma análise comparativa.<br />

Notadamente, a implementação e a manutenção de um<br />

sistema de gestão dessa magnitude se constituem como<br />

objeto de inúmeros desafios. A Norma NBR ISO 9001:2015,<br />

apesar de ser aplicável a diversos tipos de segmentos, é amplamente<br />

difundida no âmbito privado, mais especificamente<br />

em indústrias; um levantamento feito pela ISO SURVEY,<br />

em 2018, mostra que são certificadas 878.664 empresas/<br />

instituições; destas, apenas 16.351 (1,9%) encontram-se no<br />

Brasil; além disso, o estudo demonstra ainda que apenas<br />

4.434 (0,5%) são instituições públicas certificadas no mundo,<br />

sendo que destas, apenas 66 (0,008%) são instituições<br />

públicas brasileiras, feito que reforça o caráter inovador da<br />

implantação em uma instituição pública no segmento educacional.<br />

Ainda no levantamento feito pela ISO, constata-se que<br />

no segmento educacional são certificadas apenas 13.459<br />

(1,53%) empresas/instituições no mundo; destas, apenas<br />

104 (0,012%) são brasileiras no segmento educacional e em<br />

sua esmagadora maioria em âmbito privado.<br />

Portanto, a implantação deste modelo de gestão em<br />

uma instituição pública no segmento educacional é pioneira,<br />

principalmente em se tratando de Escolas Superiores da<br />

Magistratura, sejam elas estaduais ou federais, não sendo<br />

encontrados estudos de caso anteriores e resultados estatísticos<br />

que forneçam dados para uma análise comparativa.<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

Serviço: (41) 2102-2881<br />

Cabeçote: (41) 2102-2811<br />

Peças: (41) 2102-2881<br />

(41) 9 8856.4302<br />

Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />

(41) 9 9232.7625<br />

Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181<br />

(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE<br />

logmaxbr<br />

logmaxbr<br />

contato@logmax.com<br />

www.logmaxbr.com.br

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