REVISTA CONNESSIONE VII EDIÇÃO
REVISTA CONNESSIONE VII EDIÇÃO JUNHO 2021
REVISTA CONNESSIONE VII EDIÇÃO
JUNHO 2021
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Todos estes elementos culturais foram, com
o passar do tempo, misturando-se aos aspectos
culturais dos brasileiros (indígenas,
afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas
diversas regiões do país, tomando características
particulares em cada uma delas.
Embora sejam comemoradas nos quatro
cantos do Brasil, no Nordeste as festas ganham
uma grande expressão. Como é uma
região onde a seca é um problema grave,
os nordestinos aproveitam as festividades
para agradecer as chuvas raras na região,
que servem para manter a agricultura.
Além do divertimento, geram uma fonte de
renda maior, já que as festividades atraem
milhares de turistas para a região.
No Nordeste, ainda é muito comum em pequenas
cidades, a formação dos grupos festeiros.
Estes grupos ficam andando e cantando
pelas ruas das cidades. Vão passando
pelas casas, onde os moradores deixam nas
janelas e portas uma grande quantidade de
comidas e bebidas para serem degustadas
pelos festeiros.
Em grandes centros nordestinos, os grandes
eventos com artistas famosos, com
muita fartura de comida e bebida, e grandes
grupos de quadrilha, bem treinados, com
ricos trajes típicos em uma competição ao
estilo das grandes agremiações de carnaval
e muitos fogos de artifício, já se tornaram
marca registrada em cidades como Caruaru
(PE), Campina Grande (PB), Aracaju
(Se) e Mossoró (RN), entre outras.
Em São Luis do Maranhão também coinci-
de com as festividades do Bumba-meu-boi,
com toda a sua magia cultural em danças,
personagens folclóricos e trajes riquíssimos!
Já na região Sudeste são tradicionais a realização
de quermesses. Estas festas populares
são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos
e empresas. Possuem barraquinhas
com comidas típicas e jogos para animar os
visitantes. A dança da quadrilha geralmente
ocorre durante toda a quermesse.
Hoje em dia, entre os instrumentos musicais
que normalmente podem acompanhar
a quadrilha encontram-se o acordeão, pandeiro,
zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho.
Não existe uma música específica
que seja própria a todas as regiões. A música
é aquela comum aos bailes de roça, em
compasso binário ou de marchinha, que
favorece o cadenciamento das marcações.
Os participantes da quadrilha, vestidos de
matuto ou à caipira, como se diz fora do
nordeste (indumentária que se convencionou
pelo folclorismo como sendo a das
comunidades caboclas), executam diversas
evoluções em pares de número variável. Em
geral, o par que abre o grupo é um “noivo”
e uma “noiva”, já que a quadrilha pode
encenar um casamento fictício. Esse ritual
matrimonial da quadrilha liga-a às festas
de São João europeias que também celebram
aspirações ou uniões matrimoniais.
Esse aspecto matrimonial juntamente com
a fogueira junina constituem os dois elementos
mais presentes nas diferentes festas
de São João da Europa.
Em São Paulo as festas juninas fazem parte
do calendário escolar, são festas normalmente
para crianças e pais dançarem as
1 1