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*Junho/2021_Revista Biomais 45

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CASE<br />

A<br />

cidade de Arapongas (PR), está na rota para<br />

se tornar um polo nacional na produção de<br />

biogás e biometano, obtido a partir de lixo<br />

urbano e rejeitos de gado leiteiro.<br />

Nos últimos três anos diversas lideranças do poder público,<br />

sociedade civil e iniciativa privada tentaram colocar<br />

o projeto em fase de execução, mas foi em março de <strong>2021</strong><br />

que a ideia saiu do papel.<br />

O projeto conta com o apoio da Prefeitura de Arapongas,<br />

do SIMA (Sindicato das Indústrias de Móveis de<br />

Arapongas), do IFPR (Instituto Federal do Paraná) Campus-<br />

-Arapongas e da FIEP (Federação das Indústrias do Estado<br />

do Paraná).<br />

“A Prefeitura tinha esses resíduos orgânicos que podiam<br />

ser aproveitados em um modelo de negócio, a FIEP<br />

e o SIMA tinham uma demanda de consumo de energia<br />

para as empilhadeiras com gás e biometano. Então fomos<br />

atrás de outras fontes e começamos a conversar com uma<br />

cooperativa de laticínios que regionaliza dejetos orgânicos<br />

e resolvemos criar um arranjo produtivo local para que a<br />

gente pudesse atender essa necessidade”, explica Nilson<br />

Violato, secretário da Indústria, Comércio e Turismo de<br />

Arapongas.<br />

A ideia é que essa produção de biogás e biometano<br />

possa abastecer uma caldeira da Cooperativa Campo Vivo<br />

(responsável por destinar os rejeitos do gado leiteiro), 15<br />

carros da frota da Prefeitura de Arapongas e mais 15 empilhadeiras<br />

das indústrias moveleiras veiculadas ao Sima.<br />

“As 300 empilhadeiras do SIMA demandam uma quantidade<br />

imensa de combustível. O uso disso é um tambor<br />

de 40 kg (quilos) de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) a<br />

“A sociedade organizada<br />

se pautando para uma<br />

educação socioambiental<br />

e nisso ganha todo mundo,<br />

ganha o país todo”<br />

Nilson Violato<br />

cada seis, oito horas, dá uma despesa permanente em cerca<br />

de R$ 10 milhões. Então pensamos na possibilidade de<br />

realizar um trabalho para obter biometano, contribuindo<br />

para a redução de gases do efeito estufa provocado pela<br />

queima de combustíveis fósseis”, pontua Cícero Bley Jr,<br />

especialista em biogás e assessor do Conselho de Energia<br />

da FIEP.<br />

Esse processo de descarbonização da mobilidade<br />

permite inclusive que as empresas vinculadas ao SIMA<br />

possam ter como diferenciais no mercado, selos de<br />

sustentabilidade, demonstrando que trabalham com uma<br />

produção compromissada com o meio ambiente.<br />

“Avalio que existe uma modelagem de negócio que<br />

o mundo está impingindo na área da sustentabilidade<br />

ambiental, da descarbonização da matriz energética e de<br />

outras para energia elétrica, então você tem uma demanda<br />

que precisa virar a chave de qualquer município e<br />

espaço territorial no Brasil”, continua Violato.<br />

32 www.REVISTABIOMAIS.com.br

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