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*Junho/2021_Revista Biomais 45

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PESQUISA<br />

“Nós temos um sistema<br />

de incineração que é capaz<br />

de tratar 50 kg de lixo por<br />

hora. Isso é suficiente para<br />

tratar todo o lixo produzido<br />

pela UFPR”<br />

André Bellin Mariano<br />

P<br />

esquisadores da UFPR (Universidade Federal<br />

do Paraná) transformam resíduos sólidos e<br />

não recicláveis em energia autossustentável<br />

e renovável. O sistema foi desenvolvido<br />

durante uma pesquisa apoiada pela CAPES (Coordenação<br />

de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).<br />

O método consiste na utilização de microalgas<br />

para tratar as emissões poluentes.<br />

Segundo o professor da Pós-Graduação em Engenharia<br />

e Ciência dos Materiais e cofundador do NP-<br />

DEAS-UFPR (Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento<br />

em Energia Autossustentável), André Bellin Mariano, o<br />

sistema criado incinera os resíduos e transforma esses<br />

rejeitos em CO2 (Gás Carbônico), água e cinzas.<br />

As microalgas são usadas para absorver as emissões<br />

poluentes do processo. O calor que resulta dessa<br />

interação é transformado em vapor e enviado para<br />

uma termoelétrica, gerando, assim, eletricidade.<br />

“Nós temos um sistema de incineração que é<br />

capaz de tratar 50 kg de lixo por hora. Isso é suficiente<br />

para tratar todo o lixo produzido pela Universidade<br />

Federal do Paraná. Ele vira eletricidade, uma pequena<br />

parte vira cinzas e as emissões são tratadas pelas<br />

microalgas”, conta André Mariano.<br />

Segundo o professor, essa tecnologia permite resolver,<br />

em parte, os problemas da geração de resíduos<br />

nos grandes centros urbanos a partir da aplicação das<br />

microalgas para a biofixação dos gases presentes na<br />

emissão da incineração.<br />

O pesquisador Breno Araújo Lopes, integrante do<br />

núcleo de pesquisa de energias autossustentáveis da<br />

UFPR, conta que a tecnologia de cultivo de microalgas<br />

resultou na criação de fotobiorreatores (FBR) tubulares<br />

compactos. Eles são construídos com tubos de<br />

PVC transparentes, organizados em uma estrutura de<br />

sustentação.<br />

40 www.REVISTABIOMAIS.com.br

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