BALCONISTA S/A - Edição 30
Como o tempo voa! A Revista Balconista S/A chega à sua 30ª edição, com destaque para o dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas. Também levantamos aspectos da corrida pelo lítio, componente essencial às baterias automotivas, e apresentamos a caixa preta dos veículos, que podem elucidar acidentes, como ocorre com os aviões. Aliás, a exemplo das edições, 30 é o número de anos que Ana Paula, a “Google” das autopeças, trabalha no setor. O perfil completo dela está aqui em nossas páginas. Por fim, você vai se deliciar com o belo e branco Opala Comodoro SL/E 1990 na seção Placa Preta. Tudo isso e muito mais. Boa leitura!
Como o tempo voa!
A Revista Balconista S/A chega à sua 30ª edição, com destaque para o dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas. Também levantamos aspectos da corrida pelo lítio, componente essencial às baterias automotivas, e apresentamos a caixa preta dos veículos, que podem elucidar acidentes, como ocorre com os aviões.
Aliás, a exemplo das edições, 30 é o número de anos que Ana Paula, a “Google” das autopeças, trabalha no setor. O perfil completo dela está aqui em nossas páginas. Por fim, você vai se deliciar com o belo e branco Opala Comodoro SL/E 1990 na seção Placa Preta.
Tudo isso e muito mais.
Boa leitura!
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UM PROJETO DE:<br />
DIA DE SÃO CRISTÓVÃO<br />
Entenda por que ele é o<br />
padroeiro dos motoristas<br />
DIRIGIR SOB VIGIA<br />
A caixa preta<br />
automotiva<br />
A CORRIDA PELO LÍTIO<br />
Conheça este elemento essencial<br />
às baterias automotivas<br />
1
A Ford<br />
tem tudo<br />
o que o seu<br />
negócio<br />
precisa.<br />
Mais de 50 anos de tradição<br />
no fornecimento de peças<br />
para veículos Ford.<br />
Alto nível de qualidade com<br />
produtos aplicáveis a veículos<br />
de outras montadoras.<br />
Aponte a câmera do seu<br />
celular para o QR Code acima<br />
e veja onde encontrar as<br />
nossas linhas de produtos.
DIRETOR DE PLANEJAMENTO:<br />
FABIO LOMBARDI<br />
DIRETOR DE CRIAÇÃO:<br />
GABRIEL CRUZ<br />
16 26<br />
A CORRIDA<br />
PELO LÍTIO<br />
Elemento<br />
fundamental às<br />
baterias automotivas<br />
GOOGLE DAS<br />
AUTOPEÇAS<br />
Ana Paula, <strong>30</strong> anos<br />
de conhecimento no<br />
balcão<br />
CONSULTOR EDITORIAL:<br />
CLAUDIO MILAN<br />
DIRETOR DE ARTE:<br />
PEDRO GUILHERME<br />
EDITOR-CHEFE:<br />
LUCAS CAETANO<br />
JORNALISTAS:<br />
LUCAS CAETANO<br />
JULIA MACIEL<br />
DANIELA SOARES<br />
RENAN NIEVOLA<br />
LUCAS BRITO<br />
EQUIPE DE ARTE:<br />
ISABELA GOMES<br />
EQUIPE SK:<br />
CEO:<br />
GERSON PRADO<br />
DIRETOR DE VENDAS E<br />
COMUNICAÇÃO CORPORATIVA:<br />
FLÁVIO PRADO<br />
32<br />
DIRIGIR<br />
SOB VIGIA<br />
A caixa preta<br />
automotiva<br />
44<br />
PLACA<br />
PRETA<br />
Opala Comodoro<br />
SL/E 1990<br />
54<br />
DIA DE SÃO<br />
CRISTÓVÃO<br />
O padroeiro dos<br />
motoristas<br />
GERENTE DE MARKETING :<br />
FERNANDO OLIVEIRA NETO<br />
4<br />
5
OR DENTRODO MERCADO<br />
6<br />
7
ONDA AFRICA TWIN<br />
Lançada em maio no Brasil, a Honda Africa Twin 2021 apresenta<br />
novidades em duas versões: Adventure Sports ES e CRF 1100L. Os<br />
interessados em adquirir o novo modelo da fabricante japonesa terão<br />
que desembolsar, para ter a versão inicial, R$70.490.<br />
Como destaques das novas versões, chamam atenção o câmbio<br />
Dual Cluth Transmission, o motor de 99,3 cavalos (cuja capacidade<br />
aumentou, saltando de 998 cm³ para 1.084 cm³) e o novo abafador no<br />
escapamento.<br />
Isso sem falar dos componentes de alumínio nos cilindros e no<br />
subchassi, assim como da balança traseira, agora produzida com<br />
material mais leve. Esses itens foram responsáveis por reduzir a massa<br />
total da moto - que passou a ser de 206 kg com câmbio mecânico, e<br />
215 kg com o automatizado.<br />
8<br />
9
A Naked elétrica inédita da Harley-Davidson deveria ter chegado ao<br />
mercado brasileiro em 2020, mas a pandemia adiou sua entrada para<br />
este mês. A LiveWire vem com a missão de ser uma moto diferente em<br />
relação às que a Harley costuma produzir, com direito a motor elétrico<br />
capaz de gerar 105 cavalos de potência e 11,8 kgfm de torque. A<br />
correia da moto tem a função de conduzir essa força de torque à roda<br />
traseira.<br />
A esportiva não tem embreagem, nem de câmbio, o que viabiliza a<br />
pilotagem apenas pisando no acelerador e no freio. Essa característica<br />
proporciona autonomia de 235 km, segundo a fabricante.<br />
ARLEY-DAVIDSON<br />
10<br />
11
OYAL ENFIELD<br />
Divulgação: Royal Enfield<br />
A Meteor 350 foi um dos principais lançamentos do mercado indiano de<br />
motos em 2020. E agora em julho, chegou a vez de o Brasil contar com<br />
ela. O destaque do modelo fica por conta do motor com sistema OHC<br />
acionado por corrente, responsável por substituir, definitivamente, o<br />
comando de válvulas varetado.<br />
O novo propulsor impressiona com seus mais de 20 cavalos de potência<br />
que podem proporcionar 2,7 kgfm de torque. Além do motor inédito<br />
para motos da marca, chamam atenção o novo chassi e o sistema de<br />
navegação por GPS, disponível no mercado da Índia.<br />
12<br />
13
UCATI MONSTER<br />
Quem conheceu a primeira<br />
Ducati, lançada em 1993,<br />
pode se espantar com as<br />
mudanças feitas para o<br />
novo modelo da marca,<br />
ainda sem data de estreia<br />
prevista para o nosso território<br />
- tendo em vista<br />
que a filial brasileira se<br />
encontra bastante atrasada<br />
quando o assunto é colocar<br />
novas motos no mercado.<br />
Com lançamento neste mês<br />
no Japão, a transformação<br />
pela qual a moto passou<br />
contempla a mudança<br />
drástica no chassi, que deixou<br />
de ser de treliça e adotou<br />
um visual com quadro<br />
de alumínio inspirado na V4<br />
Panigale. Essa alteração foi<br />
a responsável por reduzir<br />
significativamente a massa<br />
da moto (agora de 166 kg).<br />
O motor Testastretta de 937<br />
cilindradas, utilizado na Multistrada<br />
950, também está presente<br />
na Monster. O propulsor<br />
apresenta 112 cavalos e 9,5<br />
kgfm. De acordo com a marca, a<br />
entrega de forças do motor em<br />
baixas rotações foi aprimorada.<br />
14<br />
15
ORRIDA<br />
ELO LÍTIO:<br />
É provável que, ultimamente,<br />
você já tenha ouvido<br />
falar no lítio algumas<br />
vezes, e também, tenha<br />
se perguntado por que, de<br />
repente, ele virou pauta.<br />
De fato, o lítio nunca foi<br />
um elemento mineral tão<br />
procurado como em tempos<br />
recentes.<br />
ENTENDA ASPECTOS<br />
FUNDAMENTAIS<br />
DA ELETRIFICAÇÃO<br />
DA MOBILIDADE<br />
URBANA<br />
A exploração deste elemento<br />
primordial à bateria dos<br />
veículos elétricos gera altos<br />
custos, além de impactos<br />
ambientais e sociais.<br />
É possível impedir que esse<br />
processo agrida a natureza?<br />
Buscando um futuro cuja<br />
mobilidade urbana se torne<br />
mais sustentável e,<br />
portanto, menos agressivas<br />
ao meio ambiente,<br />
diversas montadoras de<br />
automóveis têm apostado<br />
suas fichas nos carros<br />
elétricos. E o lítio<br />
tem tudo a ver com isso.<br />
Exemplo bastante comum<br />
de utilização do lítio são<br />
as baterias de celulares, e<br />
isso nos faz concluir que<br />
ele serve para os equivalentes<br />
instalados nos veículos<br />
elétricos.<br />
Apesar de já ser uma realidade<br />
em países desenvolvidos,<br />
a presença dessa<br />
modalidade no Brasil<br />
ainda é discreta. Porém,<br />
a exploração da matéria-<br />
-prima de suas baterias já<br />
se faz perceptível em minas<br />
espalhadas pelo país.<br />
16<br />
17
CARACTERÍSTICAS DO LÍTIO<br />
Classificado como metal como o ferro. De acordo<br />
leve – a exemplo do alumínio<br />
– o lítio tem propriedades<br />
com o chefe executivo da<br />
Companhia Brasileira de Lí-<br />
extremamente úteis tio (CBL), Vinicius Alvaren-<br />
para serem aplicadas em<br />
processos industriais e integrar<br />
ga, o Brasil concentra menos<br />
de 1% do lítio mundial.<br />
componentes eletrôga,<br />
nicos, como baterias.<br />
Além disso, o processo de<br />
explotação – mineração<br />
Sendo o mais leve de todos<br />
os elementos sólidos, o lítio<br />
tinha até agora um papel<br />
econômica (não confundir<br />
com exploração) – do<br />
lítio exige um alto investimento,<br />
industrial modesto. De cor<br />
principalmente<br />
prateada - mais maleável do<br />
que o chumbo, por exemplo<br />
- ele vinha sendo usado sobretudo<br />
em razão da enorme demanda<br />
tecnológica para<br />
sua extração.<br />
em ligas de alumí-<br />
nio, como base para graxa<br />
de automóveis, além da produção<br />
de vidro e cerâmica.<br />
No entanto, há cerca de 10<br />
anos, ganhou papel de destaque,<br />
especialmente com o<br />
sonho da eletrificação dos<br />
automóveis.<br />
A tecnologia de ponta é<br />
um fator essencial à explotação,<br />
tendo em vista<br />
as duas maneiras distintas<br />
de obter o lítio: explotação<br />
envolvendo a extração de<br />
carbonato e cloreto de lítio<br />
pela evaporação de salinas,<br />
ou em depósitos minerais<br />
Uma das condições que envolvem<br />
o lítio é a ambivalência,<br />
não necessariamente<br />
no sentido químico do<br />
termo. Embora não se trate<br />
de um metal raro, também<br />
não estamos falando de<br />
um elemento tão abundante<br />
quanto outros minerais,<br />
em maiores concentrações.<br />
O primeiro ocorre na região<br />
da Cordilheira dos Andes,<br />
sobretudo na Bolívia, e exige<br />
grande contingente de<br />
mão de obra. Já o segundo<br />
predomina em pedreiras no<br />
Brasil.<br />
De acordo com o professor<br />
titular da Universidade de São Paulo<br />
(USP) e engenheiro de minas especialista<br />
em impactos ambientais, Luis Enrique<br />
Sánchez, a procura pelo lítio tem crescido<br />
muito rapidamente nos últimos dez anos.<br />
“Estamos falando sobre automóveis, mas<br />
também vários produtos eletrônicos também<br />
precisam de baterias de lítio. Por<br />
conta disso, a procura e a produção têm<br />
crescido muito, ainda que o Brasil não<br />
seja um dos maiores produtores.”<br />
Vinícius Alvarenga, chefe executivo da<br />
CBL, também aponta para o aumento exponencial<br />
da demanda pelo lítio no período.<br />
“Desde 2015,<br />
principalmente pela<br />
demanda de meios elétricos<br />
a procura pelo lítio cresceu<br />
bastante. Na época, a<br />
indústria mundial produzia<br />
200 mil toneladas por ano,<br />
enquanto hoje está em torno<br />
de 400 mil toneladas por<br />
ano, e espera-se que em<br />
20<strong>30</strong> chegue a 2 milhões<br />
de toneladas por ano”,<br />
esclarece.<br />
Além disso, Alvarenga explica que o Brasil<br />
ainda está longe de dar a largada na<br />
corrida pelo lítio: “Internacionalmente,<br />
75% do lítio explotado vai para indústria<br />
automotiva para fabricação de baterias<br />
de carros elétricos, e no Brasil é zero.”<br />
Luis Enrique Sánchez<br />
Vinicius Alvarenga<br />
18
A EXPLOTAÇÃO SUSTENTÁVEL<br />
A corrida pelo lítio e outros<br />
elementos minerais<br />
que compõem as baterias<br />
dos carros elétricos invade<br />
as minas de vários países.<br />
Exemplo nítido desse cenário<br />
é a explotação do lítio<br />
na mina de Nevada, nos<br />
Estados Unidos. Entretanto,<br />
essa prática simboliza<br />
uma tensão fundamental<br />
elétricos<br />
energias<br />
veículos<br />
e<br />
que surge por todo o mundo:<br />
renováveis<br />
podem<br />
não fazer<br />
tão bem para<br />
o meio ambiente<br />
parece.<br />
como<br />
A produção de matérias-<br />
-primas como lítio, cobalto<br />
e níquel, essenciais para<br />
essa tecnologia, frequentemente<br />
arruínam terras,<br />
águas, vida selvagem e<br />
seres humanos. Em suma,<br />
o produto final em si não<br />
seria o problema, mas seu<br />
processo produtivo seguiria<br />
altamente danoso à natureza.<br />
Para Luis Enrique Sánchez,<br />
os impactos ambientais da<br />
explotação do lítio variam<br />
de acordo com o processo.<br />
Ele destaca que é possível<br />
evitar o desmatamento,<br />
bem como criar maneiras<br />
de evitar que a água<br />
da chuva arraste minérios<br />
para os rios e procurar maneiras<br />
de descartar rejeitos<br />
sem envolver construção<br />
de barragens.<br />
“Os impactos ambientais da explotação<br />
em pedreiras são parecidos com o<br />
causado por minas a céu aberto:<br />
poluição do ar, da água dos rios devido<br />
ao depósito de sedimentos, riscos<br />
associados à construção de barragens de<br />
rejeitos etc”, afirma.<br />
Segundo Vinicius Alvarenga,<br />
o processo de explotação<br />
do lítio nas minas é<br />
considerado relativamente<br />
sustentável, pelo fato de<br />
não haver elevado gasto de<br />
energia para obtenção<br />
do componente.<br />
“Na CBL, nós explotamos<br />
o lítio<br />
de uma maneira<br />
que não exige<br />
barragens,<br />
usamos<br />
energia renovável,<br />
monitoramos nossos produtos<br />
químicos, temos uma<br />
estação de tratamento de<br />
efluentes etc.”, conta.<br />
RECICLAGEM DO LÍTIO<br />
Embora representem um<br />
futuro distante na realidade<br />
brasileira, os veículos<br />
elétricos já circulam<br />
em considerável número<br />
em alguns países mundo<br />
dos veículos. Além disso,<br />
o conteúdo das baterias<br />
de íons de lítio é menos<br />
tóxico em comparação ao<br />
de outras baterias, o que<br />
facilita a reciclagem.<br />
afora. Diante disso, pesquisadores<br />
vêm estudando<br />
Uma das estratégias ecotar<br />
maneiras de reaproveinômicas<br />
e sustentáveis<br />
as baterias de íon lítio, para impedir esse impacto<br />
uma vez que seu descarte ambiental é justamente<br />
irregular gera um forte impacto<br />
a reciclagem da bateria.<br />
ambiental.<br />
Para Luis Enrique Sán-<br />
chez, essa pode ser uma<br />
Já na primeira grande crise<br />
do petróleo, desencadeada<br />
no início da década<br />
de 1970, cientistas estudavam<br />
as baterias de lítio<br />
boa alternativa, mas é preciso<br />
buscar outras opções<br />
mais eficazes, pois envolveria<br />
um grande consumo<br />
de energia.<br />
e sua possível reciclagem.<br />
A conclusão deste trabalho<br />
Vinicius Alvarenga, por<br />
apontou que o custo<br />
para reciclar ainda seria<br />
muito alto, bem mais do<br />
sua vez, considera haver<br />
chances de a reciclagem<br />
de baterias de íon lítio<br />
que desenvolver um produto<br />
tornarem-se realidade,<br />
novo.<br />
mas ainda longe de ser<br />
concretizada. Segundo<br />
Porém, na medida em que<br />
as baterias fossem recicladas,<br />
aos poucos o custo<br />
iria diminuir, refletindo<br />
inclusive no preço final<br />
ele, “isso vai depender de<br />
como serão os anos da eletrificação,<br />
especialmente<br />
no Brasil, onde ainda mal<br />
começamos.”<br />
20<br />
21
A CORRIDA PELA ELETRIFICAÇÃO<br />
DOS AUTOMÓVEIS<br />
Diante dos potenciais impactos ambientais<br />
gerados pela explotação do lítio, as montadoras<br />
de carros tentam encontrar métodos<br />
menos agressivos à natureza. A Ford, por<br />
exemplo, se comprometeu a comprar apenas<br />
materiais que garantam uma produção responsável<br />
e sustentável. Já a General Motors<br />
(GM), por meio de sua assessoria de imprensa,<br />
declarou à nossa reportagem que planeja tornar<br />
seus produtos e operações globais neutras<br />
em carbono até 2040, comprometendo-<br />
-se também a estabelecer metas baseadas na<br />
ciência para atingir os objetivos relacionados<br />
a veículos elétricos e autônomos.<br />
Uma parceria da GM com a LG prevê<br />
o desenvolvimento e a produção<br />
em massa de baterias que vai<br />
levar a redução dos custos a um<br />
patamar inferior a 100 dólares por<br />
quilowatt-hora (US$ 100/kWh).<br />
As células utilizarão um composto<br />
químico exclusivo com baixo conteúdo<br />
de cobalto e lítio.<br />
Está claro que, levando em conta<br />
todos os alertas, a adoção em<br />
massa dos veículos elétricos trazem<br />
avanços no espectro ambiental.<br />
Contudo, para chegarmos lá, é<br />
necessário que os governos elaborem<br />
políticas públicas de incentivo<br />
à tecnologia.<br />
A corrida pelo lítio não termina na<br />
linha de chegada, mas seu percurso<br />
envolve a exploração dos impactos<br />
ambientais e seus rastros<br />
deixados pelo caminho. Em um cenário<br />
otimista, os veículos elétricos<br />
assumiriam protagonismo na<br />
mobilidade urbana, gerando efeitos<br />
positivos à natureza e ajudando<br />
a reduzir a poluição ao compensar<br />
as emissões de carbono que<br />
precipitam mudanças climáticas.<br />
Além disso, tal contexto poderia<br />
oferecer uma resposta ao aumento<br />
da frota mundial de automóveis<br />
e representar um trajeto diferente<br />
para o sistema energético global.<br />
Mas a exploração do lítio ainda<br />
precisa ser minuciosamente analisadas,<br />
para que todo o processo<br />
de eletrificação dos veículos seja<br />
de fato sustentável.<br />
22
FATOS E<br />
BOATOS<br />
pneu verde<br />
Os pneus são peças fundamentais para o funcionamento<br />
do veículo e a garantia da segurança dos passageiros.<br />
Entre os diversos tipos no mercado, está o pneu verde,<br />
chamado assim devido a uma questão ecológica. Ele é<br />
fabricado com um composto especial que reduz o atrito<br />
com o asfalto. Além disso, existem discussões a respeito<br />
de suas qualidades, envolvendo consumo de combustível,<br />
custo-benefício e conforto.<br />
DUREX VOLTOU!<br />
Feita para durar.<br />
Reduz o<br />
consumo de<br />
combustível<br />
A diminuição do atrito com o asfalto<br />
faz com que o motor aplique menos<br />
força para movimentar o veículo.<br />
Isso significa também a redução<br />
no consumo de combustível e em<br />
emissões de gases poluentes cada<br />
vez menores. É principalmente daí<br />
que vem o complemento “verde”.<br />
F A T O S<br />
Valor de custo<br />
mais alto<br />
Em comparação aos demais modelos, o pneu verde custa mais. A razão está nas características dos seus componentes<br />
de fabricação, especiais para propiciar a já mencionada redução do atrito com o solo. Consequência disso é a queda da<br />
resistência do rolamento em 40%, o que encurta os intervalos entre uma reparação e outra, encarecendo o processo.<br />
Conforto<br />
Esse tipo costuma ser colocado em veículos que<br />
tiveram sua estrutura projetada para ele (são mais<br />
duros). Dessa forma, os pneus verdes transmitem<br />
mais a irregularidade do piso para o interior da<br />
cabine, reduzindo o conforto típico de outros<br />
modelos convencionais. Por isso, os pneus verdes<br />
podem até ser generosos com a natureza. Mas<br />
confortáveis? É boato!<br />
Durabilidade<br />
O alto valor de custo, somado ao encurtamento<br />
entre os reparos, indicam menor durabilidade<br />
desse tipo. De fato, os pneus verdes<br />
não são tão resistentes como os tradicionais.<br />
Portanto, apesar das vantagens e do importante<br />
papel ambiental, você deve analisar<br />
se realmente vale a pena instalá-los em<br />
seu veículo.<br />
B O A T O S<br />
TRADIÇÃO<br />
Quase 90 anos de história, a<br />
primeira marca de bateria no Brasil.<br />
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mais durabilidade.<br />
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mais altos padrões de qualidade<br />
e desempenho.<br />
Livre de manutenção<br />
24<br />
25
GOOGLE DAS<br />
AUTOPEÇAS<br />
Conheça Ana Paula, matemática, 47 anos, <strong>30</strong> deles no mundo das<br />
autopeças, enfrentando o machismo predominante no setor e tornando-se<br />
referência para sua classe.<br />
“<br />
Quando eu era criança, nunca gostei<br />
de brincar de boneca. Meus brinquedos<br />
preferidos eram trator e caminhão<br />
Também tinha carrinho, avião...<br />
Acho que era o destino, né?<br />
“<br />
Mas havia outra paixão na vida<br />
Sobre preço, havia um a se pagar<br />
de Ana Paula: os números. As-<br />
por essa escolha, infelizmente.<br />
sim, quando já trabalhava como<br />
Falar de mulher no setor automo-<br />
auxiliar de escritório em loja de<br />
tivo significa abordar o machismo<br />
autopeças, estudou e formou-se<br />
em suas formas mais puras. Ana<br />
em Matemática. Os números ain-<br />
Paula iniciou sua trajetória nas<br />
da ocupam grande espaço em seu<br />
autopeças pelas televendas, mas<br />
coração; porém, nessa disputa de<br />
não apenas por ser de ser uma<br />
paixões, as autopeças obtiveram<br />
mera iniciante na época.<br />
maior contagem. No entanto, uma<br />
Na realidade, foi colocada ali para<br />
complementava a outra, como<br />
evitar desconfiança dos consumi-<br />
relembra Ana Paula:<br />
dores que se deparariam com uma<br />
Nascida em Bebedouro (SP),<br />
Ana Paula Ortiz foi ainda<br />
criança para Mogi Guaçu,<br />
também no interior paulista,<br />
onde não tardou a ingressar<br />
no mundo das autopeças.<br />
Desde que entrou para o<br />
mercado de trabalho, aos<br />
17 anos, só atuou em uma<br />
frente:<br />
“Não sei o que é trabalhar<br />
com outra coisa. Minha vida<br />
é peça”, afirma.<br />
Atingidos <strong>30</strong> anos de profissão,<br />
a atual responsável pelas<br />
compras e abastecimento<br />
da Autopeças Lauto, além<br />
de conquistar a clientela,<br />
serve de inspiração para<br />
quem trabalha à sua volta,<br />
transmitindo seu vasto conhecimento.<br />
Não à toa, ela é<br />
chamada internamente de<br />
“Google das Autopeças”.<br />
“Há muito tempo, a gente precificava<br />
os produtos na mão. Então,<br />
eu calculava o preço de item a<br />
item para colocar no balcão. Como<br />
eu estudava Matemática, fiquei<br />
essa função. Pegava o valor bruto<br />
e calculava os múltiplos até chegar<br />
ao preço final da venda.”<br />
mulher no balcão.<br />
“Mas, mesmo nas televendas, o<br />
preconceito sempre foi muito<br />
grande, porque os homens não<br />
aceitavam uma mulher atendendo,<br />
dizendo ‘não quero falar com<br />
você, me chama o vendedor’. Mas<br />
fui provando que isso não existe<br />
26<br />
27
e ganhando respeito dos clientes. Na<br />
época, estudava catálogos, prestava<br />
atenção não só em vendas, mas também<br />
no comprador da loja”, conta.<br />
Ana Paula estudava catálogos e<br />
prestava atenção não apenas nas vendas,<br />
mas também no comprador, para<br />
identificar as diferenças entre cada<br />
um e planejar as melhores abordagens<br />
às diversas situações quando surgisse<br />
a oportunidade.<br />
Naturalmente, ela veio. Entretanto,<br />
com novas duchas de água fria.<br />
“Quantas vezes, no balcão, estava eu<br />
e o motoboy, que não entendia nada<br />
de peça… E eu ia abordar o cliente, que<br />
dizia: ‘Não. Eu quero falar com ele’. Só<br />
porque era homem; e eu, mulher.”<br />
Felizmente, por vezes, o tempo supera<br />
a falta de respeito e faz prevalecer a<br />
capacidade. No balcão, Ana Paula seguiu<br />
a trilha da evolução para além do<br />
conhecimento técnico.<br />
“Não aceitava falar não quando faltava<br />
alguma mercadoria. Então, eu ligava<br />
em autopeças concorrentes para<br />
saber se tinha peça. Eu queria servir<br />
o cliente. E com esse esforço, hoje eu<br />
colho frutos. Muitas pessoas me ajudaram<br />
na época, vendedores experientes.<br />
Sou muito grata. E procuro criar<br />
laços com as pessoas.”<br />
E o tempo de estrada proporcionou a<br />
Ana Paula uma série de descobertas,<br />
por sua vez compartilhadas, dando<br />
origem ao seu apelido.<br />
“<br />
Autopeças é um ramo que a cada<br />
dia tem uma nova informação.<br />
A cada dia é um aprendizado.<br />
Não existe vendedor completo.<br />
Hoje, estamos com frota de<br />
carros muito grande; então,<br />
muda-se muito.<br />
Vender peça não é vender<br />
sapato ou roupa.<br />
“<br />
“Existem catálogos eletrônicos, existe<br />
o Google, mas também tem alguns<br />
macetes, conhecimentos que a gente<br />
adquire ao longo dos anos pela experiência.<br />
Então, por isso me chamam<br />
de Google”, relata.<br />
28<br />
29
“Elas são ótimas, minhas “discípulas”. Perguntam,<br />
querem aprender, fazem um atendimento<br />
top. Estamos provando que não precisa ser<br />
homem para entender de carro”, sentencia.<br />
entender, de pulo, até onde a gente tem que<br />
abranger. E entre os dois, existem tantos outros<br />
modelos. Por isso que a informação é a<br />
base de tudo.”<br />
Ana Paula cita outro exemplo, recente, para<br />
ilustrar o cotidiano dinâmico no mundo das autopeças.<br />
É possível constatar que, não importa<br />
quem seja a fonte entrevistada, vamos sempre<br />
encontrar um (para usar um termo matemático)<br />
denominador comum: a informação, pedra de<br />
toque do bom profissional.<br />
“O mercado de autopeças é muito complexo.<br />
Numa mesma semana, meu diretor me deu um<br />
orçamento de um Fusca 67 para eu providenciar<br />
as peças para o cliente, e outro do Jeep<br />
Compass, desses mais novos. Só para você<br />
E quando a informação se une à paixão, temos<br />
a receita perfeita. Ana Paula é uma pessoa realizada.<br />
Casada há 20 anos, mãe de uma filha<br />
de 18 anos, e de um filho de 11, ela conseguiu<br />
êxito nas frentes profissional e pessoal.<br />
“Quem gosta de peça, de carro, está no sangue.<br />
Corre na veia. Minha maior alegria é quando<br />
chega um catálogo novo, quando a gente entra<br />
com uma linha nova na loja, e o desafio de o<br />
cliente pedir uma peça que não temos e eu vou<br />
atrás. Contato daqui, contato de lá… Amo o que<br />
eu faço. Por isso, sai tão bem feito.”<br />
Experiência, porém, não significa<br />
saber tudo; o errado é<br />
insistir no erro, negando-se ao<br />
aprendizado. E ela faz questão<br />
de reforçar esse aspecto aos<br />
mais jovens, embora nem sempre<br />
funcione.<br />
“Se vou vender uma peça que<br />
nunca tinha vendido antes, eu<br />
peço ajuda para um parceiro,<br />
até ligo na fábrica; depois, anoto<br />
a informação pra nunca mais<br />
perder. Eu ensino isso a alguns<br />
vendedores, mas, infelizmente,<br />
hoje, eles não guardam e voltam<br />
a perguntar a mesma coisa.<br />
Então, fica meu recado: eu vou<br />
te falar, mas presta atenção!”<br />
Em contrapartida, Ana Paula<br />
tornou-se uma verdadeira mentora<br />
para duas balconistas da<br />
Lauto: Marcia e Andrea – esta<br />
última, inclusive, já concedeu<br />
entrevista ao site Balconista<br />
S/A, na qual havia mencionado<br />
o “Google das Autopeças”. Daí,<br />
nasceu nossa curiosidade em<br />
colocá-la nestas páginas.<br />
<strong>30</strong>
DIRIGIR SOB VIGIA:<br />
A CAIXA-PRETA<br />
AUTOMOTIVA<br />
Ter cada movimento vigiado<br />
pode ser algo interessante,<br />
dependendo do caso e do sujeito.<br />
Quanto às pessoas, existem as<br />
que aceitam esse propósito. São<br />
observadas a cada segundo. Não<br />
se trata de nada muito inovador;<br />
afinal, esse é o fundamento de<br />
têm bombado em audiência nos<br />
últimos anos.<br />
Mas, como isso funcionaria com<br />
os carros? Embora ainda haja<br />
pouca repercussão pública, essa<br />
ferramenta já existe - e não<br />
estamos falando de câmeras. É<br />
a dos aviões, mas em terra firme.<br />
O dispositivo é chamado de<br />
EDR (Event Data Recorder) - em<br />
português, “Gravador de Dados<br />
de Eventos”. A sua principal<br />
vantagem é óbvia: trazer uma<br />
melhor compreensão sobre<br />
Entenda como o gravador EDR trabalha e alguns casos em que já foi utilizado<br />
todos os Reality Shows, que<br />
uma espécie de caixa-preta, como<br />
acidentes automotivos.<br />
Funcionamento<br />
Como já se sabe, a caixa-preta é indispensável no ar,<br />
pois colhe informações essenciais para entender uma<br />
queda, por exemplo. Todas as aeronaves possuem esses<br />
gravadores com sistemas complexos, responsáveis<br />
por captar a voz e outras dezenas de parâmetros. Já a<br />
versão automotiva, por sua vez, é muito mais simples.<br />
O EDR possui uma memória de leitura e gravação<br />
simplificada, sem imagens ou som. Alguns dos<br />
dados monitorados são: a velocidade, sobretudo nos<br />
últimos 5 segundos antes de um impacto; a curva de<br />
desaceleração; inclinação da carroceria; o uso dos<br />
pedais pelo condutor e o estado do cinto de segurança.<br />
32<br />
33
Tradicional fabricante sueca,<br />
a Volvo, por meio de sua<br />
assessoria de imprensa,<br />
contou à Balconista S/A sobre<br />
o funcionamento da caixa-preta<br />
em seus modelos:<br />
“Estes dados são analisados<br />
continuamente e caso<br />
haja uma desaceleração<br />
brusca com disparo do airbag,<br />
os 5 segundos anteriores<br />
a esse disparo são gravados<br />
no módulo para que<br />
possamos entender como o<br />
acidente aconteceu.”<br />
O dispositivo fica localizado<br />
dentro do veículo, fora<br />
do acesso cotidiano, inclusive<br />
para preservar o caráter<br />
sigiloso. Na maioria das<br />
vezes, ele integra o Sistema<br />
de Restrição Suplementar<br />
(SRS), também ligado<br />
ao airbag. Cada montadora<br />
desenvolve o seu próprio<br />
projeto, mas o console central<br />
costuma ser o local de<br />
instalação.<br />
Sobre essa escolha, a Volvo<br />
aponta:<br />
“Está localizado no túnel central dos nossos carros,<br />
próximo à alavanca de câmbio. O local foi escolhido<br />
porque o sistema possui acelerômetros nas três<br />
direções (X; Y e Z) para analisar o comportamento<br />
dinâmico do carro. O que ajuda a identificar se o carro<br />
está inclinado, acelerando, freando ou até mesmo<br />
passando por uma lombada.”<br />
A General Motors (GM), outra<br />
montadora a adotar o EDR,<br />
explicou à reportagem a<br />
aplicação do sistema em seus<br />
modelos, também por meio de<br />
sua assessoria de imprensa.<br />
“Nos modelos da GM equipados<br />
com o sistema de telemática<br />
OnStar, como o Chevrolet Onix<br />
e o Chevrolet Tracker, quando<br />
há um acidente mais grave,<br />
com deflagração dos airbags,<br />
por exemplo, o veículo, além<br />
de gravar os parâmetros do<br />
acidente, consegue enviar<br />
esses dados automaticamente<br />
junto com sua localização para<br />
a central de atendimento, que,<br />
com isso passa a ser alertada da<br />
ocorrência e avalia a necessidade<br />
de envio de socorro ou resgate<br />
específico.”<br />
A aplicação da ferramenta:<br />
passado e futuro<br />
O que proporcionou o surgimento<br />
do EDR foi o airbag; o mesmo<br />
módulo que comanda a abertura<br />
ativa o sistema de registro de<br />
informações. Como estão ligados,<br />
é no comando de controle<br />
do airbag (ACM) que ficam<br />
armazenados os dados. Estes<br />
devem ser acessados quando<br />
houver um acidente, caso seja<br />
necessário e/ou demandado<br />
pelas autoridades.<br />
Parte de dentro do Volvo V70 e do Chevrolet Onix. O<br />
EDR localiza-se no túnel central, perto do câmbio<br />
Carros de Fórmula 1 contam com o EDR desde 1997.<br />
34<br />
35
Ao contrário do que possa parecer,<br />
a valorização da ferramenta. Reco-<br />
Em fevereiro de 2021, o gol-<br />
isso tudo não é uma novidade. O<br />
nhecimento este que passará a ser<br />
fista Tiger Woods enfrentou<br />
dispositivo automotivo começou a<br />
exigência. Na Europa, a partir de<br />
um grave acidente de carro.<br />
aparecer nos anos 1990 nos Estados<br />
Unidos, por iniciativa das fábricas.<br />
Em 1997, foi incorporado aos<br />
2024, todos os veículos deverão,<br />
obrigatoriamente, contar com essa<br />
“caixa-preta”. Os modelos novos,<br />
Sozinho no veículo, ele sofreu<br />
fraturas múltiplas, e o SUV<br />
que dirigia ficou arruinado. Ele<br />
Pastilhas de Freio Bosch<br />
carros da Fórmula 1, fornecendo<br />
dados úteis para o aprimoramento<br />
das máquinas.<br />
em 2021, já devem sair de fábrica<br />
com o mecanismo.<br />
conduzia a 140 km/h em uma<br />
estrada da Califórnia onde o limite<br />
era 72 km/h.<br />
Marca líder mundial em sistemas de freios, com<br />
componentes de alta qualidade e longa vida útil.<br />
Em território brasileiro, o Conselho<br />
A grande maioria dos veículos do<br />
Nacional de Trânsito (CONTRAN)<br />
O jogador não se lembrava de<br />
exterior inclui esse sistema, e ele<br />
estuda a possível obrigatoriedade<br />
detalhe algum do episódio,<br />
também já aparece no Brasil. O<br />
do item, mas ainda não estabele-<br />
e os peritos tinham dúvidas<br />
EDR está presente em todos os<br />
ceu uma posição definitiva.<br />
sobre as circunstâncias. Apa-<br />
carros nacionais da Toyota e Che-<br />
rentemente, Woods não rea-<br />
vrolet, enquanto, dentre outros im-<br />
Casos em que o EDR ajudou<br />
giu a uma curva. No entanto,<br />
portados, pode ser visto em todos<br />
Depois da explicação mais técnica<br />
ao acessarem a caixa-preta,<br />
os modelos da Volvo.<br />
do EDR, você deve estar pensando<br />
os peritos puderam concluir o<br />
se já viu algum caso envolvendo<br />
caso, embora as informações<br />
Analisando o mercado estrangeiro,<br />
a ajuda do EDR. Vamos citar um<br />
não tenham sido informadas<br />
pode-se notar uma diferença: já há<br />
exemplo recente, ocorrido nos EUA.<br />
ao público.<br />
Pastilhas Tradicionais<br />
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Nova fórmula: alta eficiência<br />
e baixo índice de ruído<br />
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Jogo de travas da pinça incluso*<br />
*Quando necessário conforme OE<br />
Faça revisões em seu veículo regularmente.<br />
Dica: para aumentar a segurança e reduzir ruídos e chiados<br />
nos primeiros 500 km evite frenagens bruscas e condições<br />
que levem ao superaquecimento do sistema.<br />
Autopeças<br />
Bosch<br />
36<br />
#ComBoschEuMeGaranto<br />
bosch.com.br<br />
37
PUBLIEDITORIAL<br />
TECFIL LANÇA LINHA DE FILTROS PARA<br />
CÂMBIO AUTOMÁTICO<br />
Nova família de filtros contará inicialmente com 27 filtros aplicáveis em mais de 2<strong>30</strong><br />
modelos de veículos nacionais e importados<br />
O EDR pode funcionar como uma espécie de detector de mentiras.<br />
Um exemplo mais antigo é de exatos<br />
20 anos atrás. Na cidade de Quebec,<br />
no Canadá, um motorista acelerou<br />
com o sinal vermelho e colidiu com outro<br />
carro, causando a morte do condutor<br />
daquele veículo.<br />
Mais tarde, informações do EDR revelaram<br />
que era ele, e não o motorista<br />
falecido (como afirmava o réu), que<br />
estava em alta velocidade. Foi, então,<br />
condenado por “direção perigosa”.<br />
Onde entram as montadoras automotivas<br />
nesse cenário? De fato, essas<br />
corporações têm o propósito promo-<br />
Porém, há um outro benefício para as<br />
empresas: por meio do EDR, a marca<br />
pode obter provas de que um acidente<br />
em questão não foi causado por falhas<br />
técnicas.<br />
Então, além de ser um método de garantir<br />
alguma evolução necessária,<br />
essa checagem pode significar um alívio<br />
jurídico, desviando de acusações<br />
inadequadas. Aliás, foi esse o fator<br />
que motivou a criação do EDR na década<br />
de 1990.<br />
E aí, ficou surpreso ao ler sobre a caixa-preta<br />
automotiva? Preste atenção,<br />
A Tecfil, maior fabricante de<br />
filtros automotivos da América<br />
Latina, anuncia a nova linha de<br />
filtros para câmbio automático,<br />
um dos lançamentos mais<br />
aguardados de 2021. Composta<br />
inicialmente por 27 filtros,<br />
a linha se aplica a mais de 2<strong>30</strong><br />
modelos de veículos nacionais<br />
e importados; além disso, ganhará<br />
novas opções ao longo<br />
deste ano.<br />
A novidade integra a estratégia<br />
da companhia para manter-se<br />
com o portfólio mais completo<br />
possível, atendendo à demanda<br />
crescente do mercado e dos<br />
profissionais que atuam com<br />
manutenção e reparação de<br />
sistemas de câmbio automático.<br />
“Temos investido fortemente<br />
em novos produtos para cobrir<br />
todos os segmentos automotivos<br />
e ampliar ainda mais a<br />
nossa presença no mercado de<br />
reposição”, conta Plinio Fazol,<br />
gerente de marketing e novos<br />
produtos da Tecfil.<br />
O filtro do câmbio automático<br />
é importante para o perfeito<br />
funcionamento do sistema de<br />
transmissão do veículo. Responsável<br />
por reter as partículas<br />
provenientes da fricção das<br />
peças móveis que compõem o<br />
sistema de transmissão, o filtro<br />
evita o desgaste excessivo dos<br />
equipamentos internos.<br />
Para sua manutenção, a Tecfil<br />
recomenda seguir o prazo<br />
de troca descrita no manual do<br />
veículo, bem como substituir o<br />
item sempre junto com a troca<br />
do óleo do sistema de transmissão.<br />
“A troca no prazo correto evita<br />
a saturação, a baixa eficiência<br />
de circulação do óleo, impede<br />
a entrada de contaminantes no<br />
sistema de transmissão, que<br />
podem gerar a perda de rendimento<br />
e trepidação, e, em casos<br />
mais graves, o travamento da<br />
transmissão devido ao desgaste”,<br />
alerta Fazol.<br />
Os novos filtros para câmbio<br />
automático somam-se aos mais<br />
de 5.700 mil modelos de filtros<br />
comercializados pela Tecfil<br />
para todos os mercados, aplicados<br />
em milhares de modelos de<br />
veículos, comprovando a grande<br />
abrangência de sua linha de<br />
produtos.<br />
ver um trânsito mais seguro, trazen-<br />
pois essa ferramenta ainda chegará<br />
do meios de análise mais específicos.<br />
de vez ao Brasil!<br />
O maior fabricante de filtros da América Latina |<br />
Sofape Fabricante de Filtros S.A. | 0800 800 6964 | www.tecfil.com.br<br />
38<br />
39
WIKIPEÇAS<br />
As baterias automotivas são<br />
responsáveis por armazenar<br />
e fornecer energia elétrica<br />
aos veículos. Elas recebem<br />
a energia gerada pelo<br />
alternador, que transforma<br />
a mecânica dos motores em<br />
elétrica, por sua vez destinada<br />
a diversos componentes: ar<br />
condicionado; luzes de freio e<br />
farol; sistema de GPS; injeção<br />
eletrônica, entre outros.<br />
ateria<br />
QUANDO<br />
TROCAR<br />
As baterias possuem vida útil<br />
de 2 a 4 anos, mas situações<br />
inesperadas podem ocorrer<br />
antes do tempo previsto.<br />
Para isso, é essencial que a<br />
manutenção do veículo esteja<br />
em dia. Faça as revisões de<br />
acordo com as recomendações<br />
da montadora, além de<br />
consultar um mecânico de sua<br />
confiança.<br />
CUIDADOS<br />
Você já deve ter presenciado ou<br />
mesmo enfrentado situações em<br />
que a bateria descarrega. Isso<br />
geralmente acontece porque algum<br />
aparelho elétrico ficou ligado<br />
enquanto o veículo estava desligado.<br />
Embora a bateria seja um acumulador<br />
recarregável de energia, ela precisa<br />
estar conectada a alguma fonte para<br />
funcionar - alternador ou dínamo,<br />
por exemplo.<br />
Portanto, ao desligar o veículo, faça<br />
o mesmo com todos os aparelhos<br />
elétricos dele; e, caso fique muito<br />
tempo sem utilizá-lo, desconecte os<br />
terminais da bateria.<br />
utomotiva<br />
COMPOSIÇÃO<br />
A peça é composta por um eletrodo positivo<br />
(formado por dióxido de chumbo) e um negativo<br />
(à base de chumbo poroso). Os polos opostos são<br />
isolados pelo separador, permitindo a passagem de<br />
íons que viabilizam o trabalho contínuo da bateria,<br />
ao mesmo tempo em que evitam um curto-circuito.<br />
A eletricidade do alternador gera uma corrente<br />
entre os polos; e à medida que ocorre o processo,<br />
a água presente é decomposta em partículas de<br />
oxigênio e hidrogênio, gerando gás e diminuindo a<br />
quantidade dessa água. Nela também está contido<br />
o ácido sulfúrico - eletrólito - condutor de íons.<br />
A BATERIA<br />
DESCARREGOU:<br />
O QUE FAZER?<br />
Uma saída imediata é fazer a chupeta na bateria, ou<br />
seja, conectar os cabos de transferência de carga a<br />
seus respectivos polos. O veículo deve ficar ligado<br />
durante o processo e, após 5 minutos, ele estará<br />
provavelmente apto a rodar. Mas não deixe de ir a uma<br />
oficina para confirmar se não há outro problema - por<br />
exemplo, se já chegou a hora de trocar o componente.<br />
40 41
43
“<br />
PLACA<br />
PRETA<br />
OPALA COMODORO<br />
1990<br />
Da repulsa pela cor à recuperação do original<br />
Não parece, mas houve um tempo em que Raphael<br />
Antunes, morador de Presidente Prudente,<br />
interior paulista, além de não simpatizar<br />
com o modelo que dirige atualmente, só<br />
queria distância de carros brancos.<br />
Se o seu Opala Comodoro SL/5 2.5 fosse capaz<br />
de saber disso antes de ir para as mãos do<br />
novo proprietário, talvez acelerasse sozinho,<br />
cantando pneu, só para fugir de uma eventual<br />
roubada. “Vai que esse cara me pinta de outra<br />
cor”, deve ter pensado com seu motor.<br />
Na infância, tanto Raphael, como as crianças<br />
de seu círculo, rechaçavam a cor branca.<br />
“<br />
Todo mundo achava que<br />
era táxi. A gente queria ver<br />
qualquer cor, menos branco.<br />
44<br />
45
Sua paixão pelos carros vem<br />
desde que ele se conhece por<br />
gente. Passava a infância petrificado,<br />
olhando para os veículos<br />
que circulavam pelas<br />
ruas de Álvaro Marcondes, sua<br />
cidade natal, inclusive tornando<br />
recorrentes algumas cenas<br />
desagradáveis.<br />
“Foi nessas viagens que avistei<br />
de relance o Opala branco em<br />
frente a uma oficina em Álvares<br />
Machado, e me chamou atenção<br />
a conservação do carro, embora<br />
não tivesse me interessado,<br />
justamente por ser branco. Mas<br />
comentei com meu pai, que na<br />
época estava tentando trocar<br />
o Monza por um Opala, daí ele<br />
disse: ‘então vamos lá ver’.”<br />
Por coincidência, o carro era<br />
do dono da oficina, e estava lá<br />
guardado cuidadosamente sob<br />
uma capa. Além da conservação,<br />
o cheiro suave no lado interno,<br />
contrapondo-se ao odor de<br />
poeira e mofo que caracterizam<br />
veículos antigos mal cuidados,<br />
era mais um ponto a favor do<br />
novo pretendente. Em meio às<br />
tratativas, conversa vai, conversa<br />
vem, e...negócio fechado.<br />
“Eu sempre chorava, porque vivia<br />
batendo a cara no poste e<br />
caindo no chão”, recorda.<br />
Mas era o Maverick que realmente<br />
fazia o coração de Raphael<br />
disparar, embora o Opala<br />
já fosse parte da história familiar.<br />
No passado, seu pai tinha<br />
um modelo 73, vermelho; e outro,<br />
75, com 4 cilindros e câmbio<br />
na coluna. Tempo depois,<br />
quando possuía um Monza 88,<br />
Como era o Opala branco antes de passar para as mãos de Raphael:<br />
insufilm, adesivo preto nas colunas das portas, seta dianteira cristal<br />
e rodas de Ômega GLS.<br />
“<br />
...minha alegria de moleque era<br />
acordar de manhã no final de semana<br />
e lavar o carro. Então, com o tempo<br />
fui gostando dele. Isso quebrou<br />
aquele paradigma que eu tinha, de<br />
todo carro branco ser táxi etc.<br />
“<br />
quis novamente comprar um<br />
Opala, ao que o filho reagiu:<br />
“por que não um Maverick?”.<br />
O sentimento começou a se<br />
alterar à medida que Raphael<br />
crescia e iniciava sua vida social<br />
na adolescência. Na parte<br />
do lazer, a cultural local girava<br />
em torno de quermesses e<br />
festinhas de bairro distribuídas<br />
por Presidente Prudente e<br />
nas municípios vizinhos, como<br />
Alfredo Marcondes e Álvares<br />
Machado.<br />
Kit com manual, certificado de garantia, folder com rede de concessionários, estojo da concessionária Âncora - de<br />
onde o Opala foi tirado 0 km - além de todos os documentos desde quando Raphael o comprou do pai em 2005.<br />
Os amigos se juntavam – um<br />
deles, em regra, com habilitação<br />
para dirigir –, rachavam o<br />
combustível e partiam rumo a<br />
esses eventos.<br />
46<br />
47
MECÂNICO<br />
O motor de Raphael é o de<br />
4 cilindros 2.5, o menos comum<br />
em Opalas, nos quais<br />
predominam o 6 cilindros<br />
4.1. Tanto que, quando os<br />
mais conhecedores perguntam<br />
algo sobre o modelo<br />
a ele, a primeira frase<br />
costuma ser: ‘É 6?’.<br />
“No meu caso, é o motor<br />
mais fraco, 88 cv a álcool,<br />
mas é o original”, destaca.<br />
O Opala branco hoje<br />
A POSSE<br />
Após um tempo, o pai decidiu<br />
vender o Opala, para surpresa<br />
de Raphael. No entanto, aos 19<br />
anos, já trabalhando e cursando<br />
Ciências Contábeis na universidade,<br />
ele se opôs. Vender? Que<br />
fosse para ele, então. E Raphael<br />
fechou o negócio em família, arcando<br />
com o consórcio do veículo<br />
pelos cinco anos seguintes.<br />
De lá até aqui, pouquíssimas mudanças<br />
foram feitas, basicamente<br />
para fins de manutenção. A pintura<br />
apresenta alguns sinais de desgaste,<br />
“mas é a história do carro”,<br />
pondera Raphael.<br />
Outra diferença em relação ao<br />
modelo de fábrica está na traseira,<br />
que, apesar de contar com as<br />
lanternas tricolores (vermelha, laranja<br />
e branca), traz um verniz vitral<br />
fumê por cima, provavelmente<br />
aplicado por um dos antigos proprietários.<br />
Segundo Raphael, “ficou<br />
bonito, e acabei deixando.”<br />
Em dado momento, Raphael<br />
entrou para um curso<br />
técnico de mecânica,<br />
o que permitiu a ele próprio<br />
fazer o motor do seu<br />
Opala, bem como realizar<br />
quaisquer reparos na hora<br />
em que algum problema<br />
aparecesse.<br />
“Na última vez em que o<br />
carro quebrou, fiz a retífica<br />
do motor – desmontei,<br />
retifiquei o bloco, revisei<br />
todas as outras peças e<br />
troquei por novas. Também<br />
coloquei engrenagem nova<br />
(um casal de alumínio do<br />
virabrequim e do comando),<br />
para durar muito mais<br />
do que a antiga. Então se<br />
tiver que fazer manutenção<br />
de novo, é só quando<br />
meu filho estiver grande.<br />
Aí vai cair na mão dele.”<br />
48<br />
49
MAIS ORIGINAL DO QUE A ENCOMENDA<br />
À medida que realiza tais incrementos, pode-se dizer que<br />
Raphael deixa seu filho de quatro rodas mais original do<br />
que quando o adquiriu. Além de certas trocas pontuais<br />
que o aproximavam do protótipo inicial, o carro ganhou<br />
ornamentos valiosos.<br />
Uma dessas substituições ocorreu justamente nas rodas,<br />
cujo tipo anterior era de um Ômega GLS; agora, são as<br />
originais do Opala Comodoro, conhecidas como “ralinho”,<br />
devido ao formato similar aos ralos de banheiro. Outra<br />
foi a compra do rádio, ainda que, para isso, tivesse sido<br />
necessário realizá-la escondido da esposa. “Ela nem<br />
sonha o quanto eu paguei”, confessa.<br />
Juntos somos pioneiros em movimento<br />
A Schaeffler, junto com você, continua transformando a mobilidade através de gerações.<br />
Com olhos sempre atentos e focados no futuro, nós trazemos novas tecnologias para<br />
o mercado automotivo em constante evolução. Conte sempre com os produtos LuK, INA<br />
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50<br />
51
Além disso, teve o ar-condicionado, necessário<br />
para uma cidade tão quente. Sempre com as<br />
peças originais.<br />
“E é isso que fui garimpando nesses 16 anos com<br />
o carro. Veio peça de Santa Catarina, São Paulo,<br />
Espírito Santo, Mato Grosso do Sul… Até que três<br />
anos atrás consegui instalar.”<br />
Dá para perceber o trabalho para manter um veículo<br />
o mais próximo possível da sua originalidade. Até<br />
por isso, não convém sair com ele por aí a torto e<br />
a direito. Raphael conta que o Opala já foi de uso<br />
diário, mas, hoje, tira-o da garagem só de duas a<br />
quatro vezes por semana.<br />
“O propósito dele é divertir, dar uma volta, passear.<br />
Existe um risco. Por exemplo, se bater e tiver que<br />
ir atrás de uma peça original, fica complicado.”<br />
QUASE NÃO EMPLACOU<br />
Um dos requisitos básicos para se obter a<br />
placa preta é o carro possuir ao menos <strong>30</strong><br />
anos de fabricação. No entanto, em 2019,<br />
com o Opala prestes a atingir a idade, veio<br />
a notícia de que as novas placas Mercosul<br />
eliminariam a modalidade preta para coleção.<br />
“Em 2019, surgiu esse boato. Eu estava<br />
quase desencanando, mas um amigo me<br />
avisou que provavelmente daria para colocar<br />
a preta em janeiro de 2020. Tanto é que se<br />
fosse em fevereiro, não daria mais. Fiz a<br />
vistoria e me deram o certificado”, relembra.<br />
Basicamente, se o ano começasse em<br />
fevereiro, a placa preta não passaria<br />
de um sonho.<br />
LINHAGEM<br />
O filho Pedro, de 5 anos, adora o carro, e diz<br />
que vai ser dele no futuro. E é óbvio que o<br />
pai abraça essa ideia orgulhosamente, mas<br />
pondera.<br />
“ O problema é que<br />
ele diz que vai<br />
pintar de vermelho.<br />
É a cor favorita<br />
dele. Se for assim,<br />
não vai ter jeito.<br />
“<br />
Em matéria de Opala, Raphael<br />
educa o filho desde cedo.<br />
53
25 DE JULHO:<br />
“Todos<br />
IA DE SÃO<br />
RISTÓVÃO<br />
somos caminhantes nas<br />
estradas desse mundo”, diz a<br />
oração a São Cristóvão impressa<br />
em panfletos pela Paróquia<br />
que leva o nome do padroeiro<br />
dos motoristas, na cidade de São<br />
Paulo. José Arnaldo Juliano dos<br />
Santos, padre responsável pela<br />
igreja, conta os planos – sujeitos<br />
a alterações devido à pandemia<br />
de Covid-19 - para o mês que celebra<br />
o dia de São Cristóvão:<br />
“Início no dia 10, sábado, com<br />
bênção nos carros, das 9h às 16h,<br />
com missa no fim da tarde. Depois,<br />
comes e bebes via drive-thru.”<br />
Nesta data, é<br />
comemorado<br />
o dia do santo<br />
católico, padroeiro<br />
dos motoristas e<br />
caminhoneiros.<br />
Entenda a sua<br />
história e o motivo da<br />
celebração.<br />
Igreja de São Cristóvão, no<br />
bairro da Luz, em São Paulo (SP)<br />
A ideia é repetir as solenidades<br />
em todos os finais de semana,<br />
até o aguardado dia 25 – dia dos<br />
caminhoneiros e seu padroeiro.<br />
Vale ressaltar que existem vários<br />
dias do caminhoneiro no<br />
Brasil, embora o 25 de julho<br />
seja o mais antigo e tradicional<br />
deles. Os outros são:<br />
54<br />
55
16<br />
DE<br />
SETEMBRO<br />
institucionalizado nacionalmente em 2009;<br />
<strong>30</strong><br />
DE<br />
JUNHO<br />
válido desde 1986 para o estado de São Paulo.<br />
Quem vê o culto ao santo católico<br />
talvez não imagine sua<br />
origem oriental. Fazendo jus<br />
à fama de valente guerreiro,<br />
Réprobo - nome anterior<br />
à sua conversão – cultivava a<br />
obsessão por servir o rei mais<br />
poderoso do planeta. Ele havia<br />
deixado a terra de Canaã -<br />
prometida por Deus a Abraão,<br />
e atual Estado de Israel - em<br />
busca de outro governante<br />
para devotar-se.<br />
No entanto, as informações relacionadas<br />
à história do santo<br />
são relativamente escassas<br />
até mesmo para estudiosos da<br />
religião católica.<br />
“Boa parte do que temos se<br />
deve à tradição, que, aos poucos,<br />
foi recebendo acréscimos<br />
ou derivadas interpretações.<br />
Réprobo era um homem forte,<br />
que teria se convertido<br />
ao cristianismo no tempo em<br />
que Décio era o imperador romano.<br />
Foi na perseguição de<br />
Décio, séc. III, que Cristóvão<br />
teria sido martirizado. Seu<br />
martírio é o motivo pelo qual<br />
a Igreja o venera”, comenta<br />
Dayvid da Silva, coordenador<br />
de Teologia da PUC-SP.<br />
A falta de registros acerca da<br />
família do mártir levanta dúvidas<br />
sobre ela ter, de fato, existido;<br />
porém, não se pode cravar<br />
qualquer conclusão a esse respeito.<br />
Outras conhecidas figuras<br />
da fé católica, como Santo<br />
Expedito e São Jorge, também<br />
não possuem dados fidedignos<br />
relacionados à suas origens.<br />
Mesmo assim, a tradição da<br />
Igreja reconhece a existência e<br />
o martírio destes.<br />
Apesar das poucas informações,<br />
o que se sabe a respeito de São<br />
Cristóvão são passagens curiosas.<br />
O nome escolhido para sua<br />
56<br />
57
santificação, por exemplo, deriva<br />
de uma delas. Convencido<br />
de que deveria servir a Jesus,<br />
o futuro santo fazia travessias<br />
de uma margem a outra de um<br />
rio, na esperança, ou ceticismo,<br />
de que aquele era o trabalho<br />
certo aos que quisessem servir<br />
o próprio Deus.<br />
“Num certo dia, tinha<br />
um menino que queria<br />
atravessar a margem<br />
do rio e não estava<br />
conseguindo. Portanto,<br />
ele (São Cristóvão)<br />
resolveu atravessá-lo.<br />
No meio do caminho,<br />
ele sentiu o menino<br />
muito pesado. Ao contar<br />
para a criança, ela<br />
respondeu, ‘eu tenho<br />
o mundo nas minhas<br />
costas’. E era o menino<br />
Jesus”, conta o pároco<br />
José Arnaldo.<br />
Essa é a história popular que<br />
leva a devoção em São Cristóvão,<br />
principalmente nos tempos<br />
mais modernos, “porque a<br />
questão dos veículos etc. são<br />
bem contemporâneas, e leva<br />
São Cristóvão a ser eleito o<br />
padroeiro de todos aqueles<br />
que transportam pessoas, ou<br />
que conduzem qualquer veículo”,<br />
enfatiza o padre.<br />
Dayvid da Silva, teólogo<br />
Em dado momento, Cristóvão<br />
notou o temor dos reis mais<br />
poderosos ao demônio, e decidiu<br />
embarcar em sua nova<br />
aventura para encontrá-lo.<br />
Ao se deparar com a figura<br />
do Mal, andando juntos pelo<br />
mesmo caminho, viu o diabo<br />
fugir imediatamente ao ver<br />
uma cruz que se erguia sobre<br />
a estrada.<br />
Desde seu encontro eclesiástico,<br />
São Cristóvão dedicou-<br />
-se a libertar os cristãos vítimas<br />
de perseguição. Foi na<br />
Lícia, região da atual Turquia,<br />
que o antigo pagão realizou<br />
o milagre fruto de sua canonização:<br />
jogou seu cajado no<br />
chão, e pediu a Deus que o<br />
florisse, o que acabou acontecendo,<br />
de acordo com a fé<br />
católica. Como consequência,<br />
o rei da região determinou a<br />
prisão do santo, que faleceu<br />
ao ser decapitado.<br />
Embora ache válido pedir a intercessão<br />
de São Cristóvão em<br />
momentos de viagem e relacionar<br />
o santo a motoristas e caminhoneiros,<br />
o teólogo Dayvid<br />
da Silva adverte sobre qual o<br />
exato sentido da devoção:<br />
Há também o episódio que<br />
evidencia a valentia do santo.<br />
58<br />
59
PUBLIEDITORIAL<br />
“Para nós, cristãos, a devoção<br />
a São Cristóvão está<br />
no fato de ter derramado<br />
seu sangue pela fé no<br />
Cristo, imitando-o. Ele é<br />
reconhecido pela Igreja<br />
como Santo exatamente<br />
por causa de seu martírio”.<br />
Há mais de uma década,<br />
Viviana de Lucena cruza<br />
as estradas brasileiras<br />
com a certeza do amparo<br />
por Nossa Senhora Aparecida<br />
e São Cristóvão. Aos<br />
37 anos, enquanto parte<br />
para seu próximo destino,<br />
a caminhoneira recorda<br />
sua ida a Aparecida do<br />
Norte no dia de São Cristóvão<br />
em 2020, antes da<br />
pandemia. Assim como<br />
Réprobo, Viviana anseia<br />
pelo encontro esperado,<br />
mas com uma figura bem<br />
mais próxima.<br />
“Eu fico muito feliz quando<br />
eu estou na rodagem<br />
que eu encontro meu pai<br />
também dirigindo. É a origem<br />
dele, mas quem fica<br />
feliz sou eu”, conta a paulistana,<br />
que aprendeu o<br />
ofício com o pai.<br />
ROLAMENTO DE RODA FAG<br />
LINHA LEVE SCHAEFFLER<br />
Os rolamentos da FAG se destacam pela durabilidade,<br />
além de serem fáceis de montar. O diferencial está<br />
também no suporte técnico que a Schaeffler oferece,<br />
orientando os clientes sobre o tipo adequado para<br />
cada veículo e esclarecendo dúvidas para a instalação<br />
O catálogo da Schaeffler traz mais de 450 diferentes<br />
tipos de rolamentos de rodas da linha de veículos<br />
leves disponíveis para atender à procura das<br />
montadoras, distribuidoras de autopeças e oficinas<br />
mecânicas.<br />
correta dos componentes.<br />
É importante ressaltar que, desde 2016, os<br />
O pioneirismo da empresa e a experiência no<br />
desenvolvimento de tais equipamentos – uma história<br />
que data de 1883, com a invenção da retífica de esferas<br />
– carregam a garantia de produtos de alta qualidade,<br />
devidamente testados em eficiência e segurança.<br />
rolamentos de roda INA são fabricados e fornecidos<br />
com a marca FAG, mantendo o grau de qualidade<br />
que os clientes já conhecem. Essa mudança ocorreu<br />
para acompanhar a padronização global de linhas de<br />
produtos do Aftermarket Automotivo da Schaeffler.<br />
60<br />
61
OU<br />
Se você se interessa por carros, já deve ter ouvido que uma<br />
mesma peça pode ser fundida ou forjada. A primeira surge<br />
por meio do detrimento do metal em um molde, enquanto a<br />
segunda sofre mais modificações no processo. Confira, na<br />
prática, as diferenças entre elas, e saiba qual é a melhor<br />
opção para o seu veículo.<br />
Metal aquecido e<br />
comprimido no formato<br />
desejado<br />
P<br />
E<br />
CS<br />
A<br />
F<br />
U<br />
N<br />
D<br />
I<br />
D<br />
A<br />
Mais baratas<br />
Metal derretido e<br />
despejado em moldes<br />
Menor densidade<br />
Maior durabilidade<br />
Dissipa<br />
melhor o calor<br />
Própria para<br />
veículos mais<br />
potentes<br />
P<br />
E<br />
CS<br />
A<br />
F<br />
O<br />
R<br />
J<br />
A<br />
D<br />
A<br />
Fabricação mais rápida<br />
A fundição é o processo mais convencional e econômico para confeccionar<br />
uma peça. Ela consiste no derretimento do metal, tornando-o líquido, e<br />
na sua consequente aplicação em um molde, de onde sai intacto. Tais<br />
características tornam esse tipo mais frágil. No entanto, além do valor,<br />
uma vantagem a se destacar é a maior facilidade para acertar a composição<br />
da liga metálica no fluido fundido.<br />
Uma peça forjada é, literalmente, martelada até atingir sua forma.<br />
As moléculas são aproximadas, gerando mais densidade e resistência<br />
para o item. Além de suportar temperaturas maiores, o artigo<br />
dobrará ou cederá em condições extremas, nas quais uma peça<br />
fundida quebraria. Porém, não vale a pena comprá-la simplesmente<br />
pela qualidade em si; afinal, o equipamento forjado é próprio para<br />
veículos com alto torque e potência.<br />
63
Entrevista<br />
SKF FAZ BALANÇO<br />
DO 1º SEMESTRE<br />
E DESTACA AS EXPECTATIVAS E DESAFIOS<br />
COM RELAÇÃO AOS LANÇAMENTOS E<br />
VENDAS DE NOVOS PRODUTOS<br />
Diretor comercial<br />
automotivo da empresa<br />
na América Latina, Daniel<br />
Chimello Pereira Leite<br />
lista os lançamentos mais<br />
recentes e sinaliza os<br />
próximos passos.<br />
Fundada há 114 anos na cidade<br />
de Gotemburgo (Suécia), e presente<br />
no Brasil desde 1915, a<br />
SKF é a líder mundial na fabricação<br />
de rolamentos e uma das<br />
principais marcas de autopeças<br />
do mercado de reposição automotiva<br />
no Brasil.<br />
Hoje, a multinacional busca ao<br />
mesmo tempo manter o padrão de<br />
qualidade dos produtos, elevar a<br />
capacidade de comunicação pelos<br />
meios digitais para ajudar a cadeia<br />
de distribuição até o usuário<br />
final e adequar-se à realidade em<br />
seu entorno.<br />
Em entrevista à Balconista S/A,<br />
Daniel Chimello Pereira Leite,<br />
Diretor Comercial Automotivo da<br />
SKF na América Latina, faz um<br />
balanço positivo do primeiro semestre<br />
de 2021 e dá algumas pistas<br />
sobre o que virá pela frente.<br />
Confira.<br />
QUAIS AS ÚLTIMAS NOVIDADES DA SKF<br />
PARA O MERCADO DE REPOSIÇÃO?<br />
A SKF vem buscando trabalhar não só o<br />
portfólio de produtos, como também servir<br />
melhor nossos clientes através de meios de<br />
comunicação e digitalização mais eficientes,<br />
para que a gente não só envie, mas também<br />
receba informação de toda nossa cadeia de<br />
negócios (distribuidores, varejo e mecânicos).<br />
Viemos com um plano muito forte para<br />
2021, e já realizamos grandes lançamentos<br />
no primeiro semestre.<br />
64<br />
65
Considerando nossas 16 linhas de<br />
produtos, com quatro segmentos (linha<br />
leve, linha pesada, duas rodas<br />
e agrícola), lançamos este ano por<br />
exemplo: rolamento da caixa de direção<br />
para duas rodas; complementamos<br />
nosso portfólio de atuadores<br />
hidráulicos; lançamos também o<br />
kit corrente para motores – isso<br />
porque, hoje, os motores mais novos<br />
usam bem menos correia, e, sim, correntes<br />
de sincronismo.<br />
Além disso, complementamos nosso<br />
portfólio de suspensão e direção,<br />
com a linha de comercial leve; lançamos<br />
um novo modelo da coifa unika,<br />
que facilita muito o trabalho dos nossos<br />
amigos mecânicos, por exemplo,<br />
na troca da junta homocinética. E<br />
para linha pesada, temos os rolamentos<br />
unitizados, com aplicação<br />
Volvo e Scania, e forte complemento<br />
para linha de homocinética de semieixos<br />
na linha leve.<br />
QUAIS SÃO OS DIFERENCIAIS DA<br />
SKF?<br />
A SKF é uma marca muito carismática<br />
e reconhecida pelo mercado, temos<br />
pessoas apaixonadas pelo que<br />
fazem e dispostas a entregar valor<br />
aos clientes. São mais de 100 anos<br />
de atuação no Brasil; então, temos<br />
uma responsabilidade, uma identidade<br />
muito forte quando pensamos em<br />
tecnologia e qualidade.<br />
Mas quando falamos da linha SKF<br />
em geral, não é só o diferencial de<br />
produtos, mas também temos trabalhado<br />
para melhor entender como<br />
agregar valor para toda cadeia com<br />
relação a comunicação, interação,<br />
digitalização e serviços, utilizando<br />
nosso excelente relacionamento<br />
junto ao mercado. E depois que<br />
iniciamos com novos produtos, nós<br />
buscamos, por que não, superar as<br />
expectativas dos clientes.<br />
Temos um compromisso com a sustentabilidade<br />
e atuamos em diversas<br />
frentes de trabalho dentro do que<br />
chamamos de tríade de economia<br />
sustentável: economia circular, economia<br />
social e economia colaborativa.<br />
Não conseguimos viver e prosperar<br />
sem o nosso entorno; então,<br />
é muito importante que a comunidade<br />
onde vivemos possa prosperar<br />
de maneira sustentável. Estamos<br />
aprendendo a trabalhar em conjunto<br />
com toda a cadeia de negócios - tanto<br />
na linha de montadoras, como na<br />
de reposição - para superar todos os<br />
desafios do mercado brasileiro.<br />
PODERIAM ADIANTAR ALGO EM<br />
RELAÇÃO A PRÓXIMOS LANÇA-<br />
MENTOS?<br />
Temos quatro novas linhas de produtos<br />
a serem lançadas. Sobre uma<br />
delas, que irá ao mercado em agosto,<br />
acreditamos que há uma grande carência<br />
no mercado. É segredo ainda,<br />
mas vai surpreender e complementar<br />
muito bem o nosso portfólio e a nossa<br />
proposta de serviço ao mercado. E<br />
vamos manter a média de 150 part<br />
numbers for quarter, que significa o<br />
complemento das linhas de produtos<br />
dos portfólios atuais.<br />
E reforço que, para nós, é importante<br />
não só lançar o produto, mas<br />
também que nossas soluções facilitem<br />
a vida do mecânico e que<br />
superem as expectativas dele em<br />
relação à prestação do seu serviço<br />
para os usuários finais.<br />
66<br />
67
LANÇAMENTOS SKF<br />
2021 – 1º SEMESTRE<br />
A SKF não para de inovar<br />
para você ir mais longe.<br />
Com a SKF você encontra mais variedade e as melhores soluções em produtos e serviços, são mais<br />
de 5 mil peças para reposição automotiva de diferentes aplicações, modelos e marcas, incluindo<br />
veículos de passeio, utilitários, caminhões e motocicletas.<br />
Confira nossos lançamentos e novidades:<br />
Coifa Unika de Direção mecânica e<br />
hidráulica (VKPJ)<br />
Kit Rolamento Caixa de Direção 2 Rodas<br />
(VKWY)<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
Coifa Unika<br />
de Direção (VKPJ)<br />
Kit Caixa de Direção<br />
2 Rodas (VKWY)<br />
Rolamento de Roda<br />
Linha Pesada (VKBA)<br />
Junta Homocinética<br />
(VKJA)<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
Junta Homocinética (VKJA)<br />
Articulação Axial (VKY)<br />
K<br />
Kit de Corrente<br />
Sincronizadora (VKML)<br />
Componentes Hidráulicos<br />
de Embreagem (VKCH)<br />
Bomba d`água<br />
Linha Leve (VKPC)<br />
Bomba d’água<br />
Linha Pesada (VKPC)<br />
Componentes Hidráulicos de<br />
Embreagem (VKCH)<br />
Rolamento de Roda Linha Pesada (VKBA)<br />
Articulação Axial<br />
(VKY)<br />
Bieletas (VKDS)<br />
Kit de Correia Sincronizadora<br />
(VKMC e VKMA)<br />
Rolamentos em geral<br />
(VKBA e VKBC)<br />
68<br />
Kit de Corrente Sincronizadora (VKML)<br />
ONE STOP<br />
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