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Revista Aquaculture Brasil - 22ed

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Panorama da Quelonicultura

no Brasil – uma estratégia para

conservação das espécies e geração

de renda

¹Paulo Cesar Machado Andrade*, ²Janderson Rocha Garcez, ³Aldeniza Cardoso

de Lima, 4 João Alfredo da Mota Duarte, 4 Thiago Luiz Ferreira Anízio, 4 Wander

da Silva Rodrigues, ²Anndson Brelaz de Oliveira e 5 Hugo Ricardo Bezerra Alves

¹Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Laboratório de Animais Silvestres

Manaus, AM

*pandrade@ufam.edu.br

²Instituto Federal de Educação Ciência e

Tecnologia do Amazonas (IFAM)

³Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Instituto de Ciências Biológicas

4

Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Programa Pé-de-pincha

5

Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia de Roraima (IFRR)

Quelônios são um

dos grupos de répteis

mais antigos

(240 milhões de anos) com

uma carapaça protegendo seu

corpo. Das 360 espécies atualmente

reconhecidas em todo

mundo, 61% estão ameaçadas

(Rhodin et al., 2018; Stanford

et al., 2020). A criação de

quelônios ou quelonicultura é

uma estratégia de conservação

com potencial para minimizar

o impacto da demanda

comercial de quelônios sobre

as populações da natureza.

A criação de tartarugas de

água doce é um componente

importante da aquicultura de

muitos países asiáticos. Produtos

de quelônios estão em

alta demanda na Ásia, impulsionados

pela combinação

A quelonicultura é

uma estratégia de

conservação com

potencial para minimizar

o impacto da demanda

comercial de quelônios

sobre as populações da

natureza.

de antigos hábitos arraigados

as tradições orientais (culinária

e medicina chinesa) e a expansão

econômica da China. A

produção de tartaruga chinesa

(Pelodiscus sinensis) para abate

e consumo, incrementada por

novas técnicas e intensificação

dos cultivos, cresceu, nos últimos

anos, de 92 para mais de

350 mil toneladas/ano na China,

equivalendo a 1% de sua produção

aquícola total dos cultivos

em água doce. Mesmo assim,

para atender a demanda, a importação

de quelônios ou partes

deles para consumo foi de

cerca de 323-2010 toneladas/

ano de carne (2.243.100 exemplares)

e 76 toneladas de carapaças,

entre 1998 e 2004 (Haitou

et al., 2008; Zhou e Jiang,

2008; Shao e Lucas, 2019).

JAN/MAR 2021

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