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SETEMBRO_2021

Edição nº 280 do Lusitano de Zurique

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COMUNIDADES

A V MARIA DOS SANTOS

Caros sócios, amigos e leitores

da Revista do Centro Lusitano,

estamos de volta.

Dois meses se passaram desde que

folheamos a última revista...

Na última página publicou-se a notícia

que a Confederação pretendia

elevar a idade da reforma para as

mulheres aos 65 anos, ficando assim

em igualdade em relação aos homens.

Rádios, televisões redes sociais e

Comunicação Social, em geral, alertaram

para esta tentativa de Alain

Berset.

No entanto, a minha decepção foi

enorme, quando não assisti a qualquer

reacção sobre este tema após

exposto e discutido.

Sou fiel à ideia de que um cérebro

em silêncio analisa a estrada da vida

e o que queremos percorrer.

Esperemos que uma vez mais o parlamento

junto com as diversas organizações

de cidadãos, saibam dizer

não.

É lógico que sendo Alain Berset o

impulsionador desta iniciativa e sendo

ele o responsável pelo gabinete

da Saúde pública, social, Cultural e

Igualdade de género, sempre pensei

que mais tarde ou mais cedo, a tentativa

de alterar a lei chegaria.

Mas confesso que chegou mais rápido

do que previa e com ratoeira

armada.

Dizem “eles” que se a proposta for

aceite, darão uma compensação prevista

entre os 50 e 150 Fr. Suíços,

para aquelas mulheres que estarão

envoltas numa primeira fase da reforma

aos 65 anos.

Não será a minha geração a sofrer

com esta reforma, caso o referendo

seja aprovado.

Estou, no entanto, preocupada com

a geração que deixo atrás, para não

falar do que poderá ser o futuro dos

nossos filhos.

Uma onda arrepiante me envolve o

corpo. Pressinto que apenas teremos

duas classes sociais; os ricos e

os pobres. A classe média ir-se-a diluindo

nestas.

Como olhar para uma Suíça detentora

de um estatuto; o “País das maravilhas”?

Ainda não tenho netos, mas tenho

o livro da Alice e certamente que se

um dia for avó, estará na linha da

frente, para ler devagarinho e baixinho

como recado, da nossa luta pelo

respeito aos Direitos da Mulher.

É comum ouvir-se de certos agentes

políticos que as cotizações e contribuições,

não são suficientes para repor

os fundos.

O que sei é que devemos todos dizer

não. Teremos que apoiar os partidos

de esquerda e os sindicatos, que já

denunciaram no passado dia 9 Junho

o desrespeito pelas mulheres no

mercado de trabalho.

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Lusitano de Zurique - Setembro 2021 | www.cldz.eu

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