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ENTREVISTA - Presidente reeleito do Cipem (MT), Rafael Mason, comenta sobre o novo mandato<br />
MADEIRA PARA<br />
O MUNDO<br />
ESPECIALIZADA EM EXPORTAÇÃO<br />
GANHA MERCADO NA EUROPA E<br />
ÁSIA COM PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE<br />
WOOD FOR THE WORLD<br />
SPECIALIZED IN EXPORT,<br />
A COMPANY GAINS MARKETS IN EUROPE<br />
AND ASIA WITH HIGH QUALITY
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SUMÁRIO<br />
INDUSTRIAL<br />
68<br />
2021<br />
44<br />
54<br />
50<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
ABPM 63<br />
Aimex 39<br />
Alca Máquinas 11<br />
Auge Metal 71<br />
Benecke 25<br />
Cipem 09<br />
Contraco 37<br />
Dallabona 59<br />
DRV Ferramentas 15<br />
Drytech 27<br />
Eletro Izidoro 33<br />
Engecass 19<br />
Eurothermo 53<br />
Franzoi 23<br />
Gottert 31<br />
HB Máquinas 79<br />
Impacto 29<br />
Linck 05<br />
Máquinas Águia 77<br />
Mendes Máquinas 02<br />
Mill Indústrias 84<br />
MM Wood Brazil 43<br />
Montana Química 07<br />
MSM Química 13<br />
MSP <strong>Industrial</strong> 83<br />
Nazzareno 17<br />
Omil 21<br />
Picoloto 41<br />
Prêmio REFERÊNCIA 81<br />
Rotteng 35<br />
Schifler 67<br />
XH Mar Bethlehem 73<br />
SUMÁRIO<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
14 Notas<br />
30 Aplicação<br />
32 Frases<br />
34 Entrevista<br />
42 Coluna ABIMCI<br />
44 Principal Mercado de madeira reflorestada em expansão<br />
50 Indústria<br />
54 Química<br />
60 Madeira Tratada<br />
64 Setorial<br />
68 Mercado<br />
74 Artigo<br />
80 Agenda<br />
82 Espaço Aberto<br />
04<br />
referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />
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Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
MADE IN GERMANY
EDITORIAL<br />
RECONHECIMENTO<br />
INTERNACIONAL<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
ENTREVISTA - Presidente reeleito do Cipem (MT), Rafael Mason, comenta sobre o novo mandato<br />
MADEIRA PARA<br />
O MUNDO<br />
ESPECIALIZADA EM EXPORTAÇÃO<br />
GANHA MERCADO NA EUROPA E<br />
ÁSIA COM PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE<br />
C<br />
om 11 anos de atuação no mercado, a<br />
M.M. Wood Brazil já se colocou entre<br />
as principais exportadoras de madeira<br />
do país. Sediada em Ponta Grossa, na<br />
região dos Campos Gerais do Paraná,<br />
a empresa soube se adaptar às necessidades dos<br />
clientes para conseguir embarcar seus produtos<br />
para a Europa e a Ásia dentro dos padrões exigidos<br />
pelos clientes internacionais. Nesta edição, o<br />
Leitor também irá conferir uma entrevista com a<br />
nova diretoria do CIPEM (MT), além de matérias<br />
sobre exportação, mercado, marcenaria e muito<br />
mais. Tenha uma excelente leitura!<br />
NA CAPA DESTA EDIÇÃO A MM<br />
WOOD BRAZIL, TRADER DE MADEIRA,<br />
QUE TEM CRESCIDO JUNTO COM<br />
O MERCADO DE EXPORTAÇÕES DE<br />
MADEIRA SERRADA<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIII - EDIÇÃO 234 - OUTUBRO 2021<br />
Ano XXIII • N°234 •Outubro 2021<br />
WOOD FOR THE WORLD<br />
SPECIALIZED IN EXPORT,<br />
A COMPANY GAINS MARKETS IN EUROPE<br />
AND ASIA WITH HIGH QUALITY<br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
INTERNATIONAL<br />
RECOGNITION<br />
W<br />
ith 11 years of experience in<br />
the market, MM Wood Brazil<br />
has already become one of the<br />
leading timber exporters in the<br />
Country. Headquartered in Ponta<br />
Grossa, in the Campos Gerais Region in the State<br />
of Paraná, the Company is adapting to customers’<br />
needs and succeeding in exporting its products to<br />
Europe and Asia. In this issue, you can also check<br />
out the interview with the new Cipem-MT Managing<br />
Director, as well as articles on export, market,<br />
woodworking, and more.<br />
Pleasant reading!<br />
Redação / Writing<br />
Jorge de Souza<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo | Paulo Pupo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski / Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriela Bogoni<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Pedro Moura<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />
de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />
FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />
segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />
articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />
use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />
and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
06<br />
referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
MARKET BETS ON PIONEERING<br />
OF PROCESSES AND SOLUTIONS FOR<br />
LEVERAGE BUSINESS<br />
ENTREVISTA - Especialista avalia cenário logístico para indústrias madeireiras no Brasil<br />
CARTAS<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
CARTAS<br />
CAPA DA EDIÇÃO 233 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE SETEMBRO DE 2021<br />
EXPORTAÇÃO<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXIII • N°233 •Setembro 2021<br />
INOVAÇÃO<br />
ENERGÉTICA<br />
MERCADO APOSTA NO PIONEIRISMO<br />
DE PROCESSOS E SOLUÇÕES PARA<br />
ALAVANCAR NEGÓCIOS<br />
ENERGY INNOVATION<br />
MARCENARIA<br />
Por Paulo Geraldo –<br />
Palmas (TO)<br />
Excelentes iniciativas as<br />
mostradas em marcenaria.<br />
Impressionante como<br />
o ser humano sempre<br />
consegue encontrar novas<br />
formas de criação.<br />
Por Nicolas Gusso –<br />
Lucas do Rio Verde (MT)<br />
Triste que as indústrias sigam sendo oneradas<br />
de todas as formas possíveis. Nem mesmo para<br />
exportar seus produtos e trazerem riqueza ao<br />
Brasil conseguem escapar de impostos abusivos e<br />
sistemas burocráticos arcaicos.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
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CASE<br />
Por Nilton Marcondes –<br />
Volta Redonda (RJ)<br />
CAPA<br />
Ansioso pela divulgação<br />
dos vencedores do Prêmio<br />
REFERÊNCIA neste<br />
ano. Sempre bom ver as<br />
melhores iniciativas sendo<br />
reconhecidas!<br />
Por Luciano Cagnin –<br />
Porto Alegre (RS)<br />
Uma empresa chegar quase aos 70 anos<br />
não é para qualquer um. Grande história<br />
a da Benecke e que possa inspirar muitas<br />
pessoas.<br />
08<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA<br />
Referência <strong>Industrial</strong> Madeira<br />
@referenciamadeira
No Dia da Árvore, Cipem e Simenorte celebram título de<br />
embaixador do mundo verde e trazem atualizações sobre<br />
agendas e demandas do setor<br />
Em encontro ao Dia da Árvore, a Sétima<br />
Reunião de Diretoria do CIPEM foi realizada em<br />
21 de setembro de 2021, extraordinariamente, na<br />
sede do Simenorte, no município de Alta Floresta.<br />
A data foi pré-agendada de forma estratégica<br />
para conciliar à discussão das demandas setoriais,<br />
a homenagem do CIPEM às árvores nativas<br />
por meio da exibição do material audiovisual<br />
produzido e amplamente divulgado nas redes<br />
sociais.<br />
A reunião itinerante tratou de diversos assuntos<br />
pertinentes, tais como: a participação em rodadas<br />
de negócios internacionais; atualizações<br />
sobre os estudos do Ipê e da adequação do valor<br />
da taxa de emissão do Certificado de Identificação<br />
da Madeira (CIM); os informes de agendas<br />
como a mostra “CASACOR 2021” e o FIMMA<br />
Brasil 2022; a segunda edição do evento “Produção<br />
Florestal em Evidência”, dentre outros.<br />
Como fruto da próspera parceria firmada entre<br />
o CIPEM, a Federação das Indústrias de Mato<br />
Grosso (FIEMT) e a Agência Brasileira de Promoção<br />
de Exportações e Investimentos (APEX), o<br />
CIPEM comunicou que deverá integrar as rodadas<br />
de negócios internacionais virtuais, dirigidas<br />
pela Apex, com potenciais compradores do<br />
segmento da construção civil. Com isso, o CIPEM<br />
objetiva fomentar a exportação de empreendimentos<br />
madeireiros, gerando maior aproximação<br />
entre o setor de base florestal de Mato Grosso e<br />
o mercado externo, difundindo em escala global,<br />
a excelência e sustentabilidade dos produtos<br />
florestais do Estado com origem no manejo<br />
florestal sustentável.<br />
Na oportunidade, discutiu-se o panorama geral<br />
sobre o Estudo do Manejo Florestal Sustentável<br />
do Ipê, em desenvolvimento pela Embrapa<br />
Florestas. No Estado de Mato Grosso, estão<br />
sendo colhidas amostras nas regiões Noroeste,<br />
Norte e Extremo Norte, de modo a conferir uma<br />
noção amostral ampla do incremento da espécie<br />
e também para fazer registro em herbários. De<br />
acordo com Rafael Mason, presidente do CIPEM,<br />
a região mato-grossense deverá concluir os<br />
trabalhos pendentes em dezembro de 2021.<br />
"Nosso objetivo é que este estudo ampliado em<br />
âmbito nacional, seja protocolizado junto aos<br />
órgãos competentes até fevereiro de 2022",<br />
afirmou.<br />
Outra demanda debatida tratou do andamento<br />
do processo referente a adequação dos valores<br />
gastos com a atividade de identificação de<br />
madeiras, realizada pelo Instituto de Defesa<br />
Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT).<br />
Há cerca de um ano inclusive, o CIPEM<br />
contribuiu com um estudo aprofundado em que<br />
ficou evidente a discrepância entre os valores<br />
praticados e o verdadeiro custo efetivo da atividade.<br />
“Os dados comprobatórios foram encaminhados<br />
para o Poder Executivo e a perspectiva<br />
para as próximas semanas é de que a pauta<br />
receba andamento”, disse Mason.<br />
Confira a matéria completa em nosso site:<br />
www.cipem.org.br<br />
CipemdeMT CipemMT cipemmt<br />
Manejosustentavel (65) 3644-3666
BASTIDORES<br />
BASTIDORES<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
BASTIDORES DA PRODUÇÃO DA MATÉRIA NA<br />
MM WOOD BRAZIL. FÁBIO MACHADO, DIRETOR<br />
COMERCIAL DA REFERÊNCIA, E O JORNALISTA<br />
VINICIUS SANTOS FORAM ATÉ PONTA GROSSA (PR)<br />
PARA CONHECER A OPERAÇÃO DA EXPORTADORA<br />
VISITA<br />
NO FINAL DE SETEMBRO, A JOTA EDITORA VISITOU A EMPRESA DALCOMAD<br />
EM BITURUNA (PR), QUE VAI SER A CAPA NA EDIÇÃO DE NOVEMBRO<br />
DA REVISTA PRODUTOS DE MADEIRA. NA FOTO: JORNALISTA DA JOTA<br />
EDITORA VINÍCIUS SANTOS, CONSULTOR EMPRESARIAL DA DALCOMAD<br />
ADEMIR MATTOS, DIRETOR COMERCIAL DA JOTA EDITORA FÁBIO<br />
MACHADO, DIRETOR DA DALCOMAD ROGÉRIO DALGALLO, E A DIRETORA<br />
CORPORATIVA DA DALCOMAD, VITÓRIA DALGALLO.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
ALTA<br />
CARTEIRA ASSINADA<br />
O mercado de trabalho brasileiro criou 372.265 vagas<br />
formais ante demissões em agosto, segundo<br />
dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados<br />
e Desempregados) divulgados pelo Ministério do<br />
Trabalho e Previdência em setembro. O saldo é<br />
resultado de 1.810.434 contratações e 1.438.169<br />
demissões. No acumulado de 2021, o país criou<br />
2.203.987 empregos formais, com 13.082.860 admissões<br />
e 10.878.873 desligamentos. A formação<br />
de vagas com carteira assinada está aumentando<br />
a cada mês desde maio, quando foram gerados<br />
275.770 postos ante 116.220 em abril. Já a sequência<br />
de resultados positivos iniciou em janeiro, com<br />
261.114 empregos criados. O desempenho de<br />
agosto veio acima das 303.276 vagas criadas em<br />
julho e mostra a retomada do fôlego na geração<br />
de empregos em meio ao processo de normalização<br />
das atividades econômicas com o avanço da<br />
imunização contra o novo coronavírus. Em agosto<br />
de 2020, a variação fechou com saldo positivo de<br />
242.543 postos de trabalho.<br />
BAIXA<br />
COMBUSTÍVEIS SOBEM<br />
Segundo dados da ANP (Agência<br />
Nacional do Petróleo), o preço da<br />
gasolina subiu oito vezes consecutivas<br />
entre os meses de agosto e setembro<br />
em todo país. Na última semana de<br />
setembro o preço do litro da gasolina<br />
chegou a passar dos R$ 7 em alguns<br />
Estados. Por conta desses valores, o<br />
presidente da República, Jair Bolsonaro,<br />
chegou a criar um comitê na Casa<br />
Civil para discutir formas de diminuir<br />
o valor nas bombas de gasolina. Uma<br />
das ideias seria a utilização de subsídios<br />
e dividendos da Petrobras para<br />
diminuir a volatilidade no aumento da<br />
tarifa, com esses recursos sendo utilizados<br />
para amortizar os custos e evitar<br />
que os reajustes sejam passados automaticamente<br />
para o consumidor.<br />
10 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
Plaina Moldureira 230 mm de 6 eixos - SUPREME,<br />
atende os mais exigentes mercados se falando<br />
em qualidade de usinagem e tracionamento,<br />
precisão, e peso de máquina<br />
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que sua empresa merece<br />
Nosso compromisso com a evolução<br />
do uso da tecnologia global continua<br />
avançando para atender o Brasil<br />
•Corpo da Máquina Inteiriço<br />
•Lâminas da Mesa Cromadas<br />
•Elevação da Caixa de Tração Motorizada<br />
•Lubrificação Central das Guias Articuláveis<br />
•12 Rolos de Avanço Tracionados Superiores<br />
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COLUNA<br />
PLANOS SÃO DE POUCA IMPORTÂNCIA,<br />
MAS O PLANEJAMENTO É ESSENCIAL<br />
COM CRESCIMENTO NA UTILIZAÇÃO DA MADEIRA TRATADA NO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL,<br />
DIÁLOGO COM SETOR DE PROTEÇÃO FLORESTAL SE TORNA ESSENCIAL<br />
Flavio C. Geraldo<br />
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Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
F<br />
rente às oportunidades que surgem por meio<br />
do robusto crescimento da utilização da madeira<br />
tratada pelo setor da construção industrializada<br />
modular ao redor do mundo, é mais<br />
do que necessário o acesso às informações<br />
do setor de proteção de madeiras, uma vez<br />
tratar-se de importante fase do processamento das peças<br />
a serem aplicadas nos projetos construtivos. Segundo<br />
pesquisas recentes, o mercado global de CLT (Madeira<br />
Laminada Cruzada) está avaliado em US$ 742,3 milhões<br />
em 2021 e deve chegar a US$ 1.25 bilhão no final de 2026,<br />
com uma taxa composta de crescimento anual - CAGR<br />
de 7,5%. Tudo isto sem contar outras soluções do tipo<br />
wood frame e demais produtos maciços (mass timber),<br />
como vigas laminadas coladas, entre outros. Por sua vez,<br />
o mercado global de formulações químicas destinadas<br />
ao tratamento de madeiras foi estimado em US$ 1,7 bilhão<br />
em 2020, projetado para atingir a cifra de US$ 2,3<br />
bilhões até o ano de 2027, com uma taxa composta de<br />
crescimento anual – CAGR de 4,4%. Destes números, os<br />
produtos base água, especialmente as formulações base<br />
cobre, tem projeção de crescimento de 4,8% CAGR, podendo<br />
atingir US$ 1,8 bilhão ao final de 2027. O mercado<br />
de produtos destinados ao tratamento de madeiras nos<br />
EUA (Estados Unidos da América) foi de US$ 475 milhões<br />
em 2020, valor este representado predominantemente<br />
pelos produtos utilizados em tratamentos à pressão em<br />
autoclave. Essa robustez é observada também em várias<br />
outras regiões, como Ásia – Pacífico e Europa. Na Região<br />
Ásia-Pacífico, em especial Nova Zelândia, Austrália e<br />
Japão, é predominante o tratamento de madeiras destinadas<br />
ao setor da construção, 55% do volume total de<br />
produtos preservativos. Não diferente do continente europeu,<br />
onde o setor da construção responde por 60% do<br />
consumo total de formulações preservativas, predominantemente<br />
formulações base cobre. Vale mencionar a projeção<br />
do mercado da China, com previsão de crescimento<br />
próxima dos 6,0% CAGR até o ano de 2027, podendo<br />
atingir a cifra de US$ 350 milhões ao final do período. No<br />
Brasil, o segmento da proteção de madeiras conta com<br />
uma base de dados ainda muito pobre, para não dizer<br />
inexistente. Hoje, correndo o risco de alcançar um índice<br />
apenas mediano de acerto, o que se tem são meras tentativas<br />
de tratamento de dados baseadas em fragmentos<br />
de informações de mercados. Considerando o tratamento<br />
vácuo- pressão em autoclave, as indicações são as de que<br />
o mercado de produtos destinados ao tratamento de madeiras<br />
está estimado para o ano de 2021 entre US$ 48,0 e<br />
US$ 50,0 milhões. A predominância é da formulação base<br />
arseniato de cobre cromatado, o CCA, que deve responder<br />
por 95,0% a 98,0% do total, seguidas de formulações<br />
base cromato de cobre cromatado, o CCB. Há claras<br />
indicações que apontam para a esmagadora predominância<br />
do tratamento de roliços de eucalipto destinados ao<br />
setor rural, como mourões, palanques e esticadores, que<br />
respondem por 70,0% a 75,0 % da produção pelas usinas<br />
de tratamento de madeiras, sendo que madeiras tratadas<br />
destinadas ao setor da construção representam 15,0% da<br />
produção. Dormentes ferroviários e postes para eletrificação<br />
vêm a seguir. A madeira de eucalipto, utilizada na<br />
forma roliça chega a ser quase que unanimidade. O momento<br />
para o alcance de mercados alternativos aos hoje<br />
existentes, estes caracterizados pela oferta de produtos<br />
de baixo valor agregado, alta competitividade e baixa<br />
qualidade, parece ter chegado. Está mais do que na hora<br />
de se empenhar na busca por dados mais aprofundados a<br />
respeito da oferta de madeira, capacidade instalada, operações<br />
logísticas, nível geral de qualidade e disposição<br />
para aproveitar os drivers hoje existentes dentro do setor<br />
da construção. A NBR 16.143 – “Preservação de Madeiras<br />
– Sistema de Categorias de Uso” é oferecida como uma<br />
ferramenta técnica de orientação, proporcionando melhor<br />
interface com um mercado que oferece a oportunidade<br />
de alcance de maiores valores agregados e maior regularidade.<br />
Um diagnóstico do setor é essencial para embasar<br />
a execução de um planejamento estratégico setorial, o<br />
que, sem a menor sombra de dúvida, permitirá traçar os<br />
caminhos para a maior consolidação do setor.<br />
12 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
CIPERTRIN MD<br />
• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira, (compensados,<br />
aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />
• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />
a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />
• Base água, com baixa toxicidade e baixo odor;<br />
• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />
industriais;<br />
• Compatível com resinas de última geração;<br />
• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras<br />
serradas.<br />
TBP 90<br />
• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de<br />
tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM<br />
Química a maior importadora deste ingrediente ativo.<br />
• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira<br />
suas características naturais.<br />
• Fácil diluição, não decantando ou criando borras dentro<br />
do tanque de imersão.<br />
Rua Cyro Correia Pereira, 3209 • CIC • Curitiba (PR)<br />
(41) 3347-8282 msm@msmquimica.ind.br<br />
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NOTAS<br />
TIPO<br />
EXPORTAÇÃO<br />
Em mais uma edição, que ocorreu no início do segundo semestre<br />
de 2021, o Projeto Comprador Inspiramais Online alcançou<br />
números importantes. Durante os três dias de evento<br />
foram realizadas 460 rodadas de negócios entre 53 empresas<br />
brasileiras e 30 compradores internacionais, resultando em<br />
cerca de US$ 860 mil em negócios imediatos e mais de US$<br />
5,2 milhões em valores prospectados para os próximos 12<br />
meses. Totalizando, assim, mais de R$ 32 milhões a serem movimentados<br />
a partir do evento, tendo presente a cotação atual<br />
da moeda americana. Ocorrendo de forma digital, o evento<br />
facilitou mais uma vez a conexão entre mercados, possibilitando a realização de negócios e a solidificação de parcerias entre empresas<br />
brasileiras e compradores de 16 diferentes países. São eles: África do Sul, Canadá, Chile, Colômbia, Emirados Árabes, Equador,<br />
Espanha, EUA (Estados Unidos da América), Jordânia, Marrocos, México, Moçambique, Peru, Sint Maarten, Trinidad e Tobago, e<br />
Uruguai. Dentre o total de rodadas, aliás, cerca de 80% delas foram efetuadas com novos contatos. Comprovando a vocação do<br />
projeto na expansão do networking e das opções de negócios em toda a cadeia produtiva madeira e móvel ao redor do mundo. A<br />
pesquisa pós-evento também revela quase 100% de satisfação por parte dos associados com a organização e a estrutura promovida<br />
pelo Projeto Brazilian Furniture e as entidades parceiras. Iniciativa da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário)<br />
e da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o projeto é realizado em parceria com a ASSIN-<br />
TECAL (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos), com a ABIT (Associação Brasileira<br />
da Indústria Têxtil e de Confecção) e com o CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil).<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
INVESTIMENTOS<br />
Projetos de investimento são importantes para uma empresa<br />
ampliar a capacidade produtiva. Isso pode ocorrer pela<br />
implantação, a expansão e/ou a relocalização de empreendimentos.<br />
Também pode ocorrer pela modernização do<br />
processo produtivo ou, ainda, pela mudança do rumo de<br />
atividade. Para que as empresas aumentem as chances de<br />
sucesso nesse processo, é preciso que ele ocorra a partir de<br />
um planejamento consistente feito por profissionais qualificados.Para<br />
guiar micros, pequenas e médias empresas na<br />
criação desses projetos, a CNI (Confederação Nacional da<br />
Indústria) vai oferecer um serviço de consultoria. A primeira<br />
etapa dessa iniciativa é o edital para credenciamento de<br />
pessoas jurídicas que oferecem consultoria financeira com<br />
foco em projetos de investimento, que está com inscrições abertas em meados de outubro de 2021. As empresas aprovadas no<br />
edital farão a conexão entre os projetos de investimento com instituições financeiras como BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento),<br />
a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), Caixa Econômica Federal, fundos constitucionais, PROGER, FUNGETUR<br />
e agências de fomento. Um dos requisitos que as empresas precisam atender para concorrer ao edital é ter experiência mínima<br />
de 5 anos na prestação de serviços de consultoria com a finalidade específica de auxiliar empresas na elaboração de projetos de<br />
investimento para financiamento, fomento e subvenção à inovação. O edital também prevê que o valor fixo de repasse para a consultoria<br />
será de R$ 5 mil (quando envolvida em projetos de investimento de até R$ 2 milhões) e pode chegar até R$ 25 mil (quando<br />
envolvida em projetos com valor acima de R$ 50 milhões). Além disso, há taxa de sucesso de até 1,5% caso o projeto atinja os<br />
resultados desejados. A CNI fará a seleção e oferecerá um treinamento com Certificação em Elaboração de Projetos NAC para os<br />
profissionais das empresas aprovadas. O contrato terá duração de 1 ano.<br />
14 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
NOTAS<br />
INSTABILIDADE<br />
O IIE-BR (Indicador de Incerteza da Economia) da<br />
Fundação Getulio Vargas subiu 14,3 pontos em<br />
setembro, para 133,9 pontos, o maior nível desde<br />
março de 2021. Segundo análise do IBRE/FGV (Instituto<br />
Brasileiro de Economia), comparando-se à<br />
série histórica anterior à pandemia de covid-19, período<br />
em que foram registrados níveis inéditos de<br />
incerteza no Brasil e no mundo, este seria o segundo<br />
maior nível de incerteza, ficando abaixo apenas<br />
de setembro de 2015, quando o indicador alcançou<br />
136,8 pontos. “Entre os fatores que contribuíram<br />
para a alta estão as diversas crises do momento<br />
– política, institucional e hídrica, o cenário fiscal<br />
indefinido, a inflação ascendente e dúvidas remanescentes<br />
quanto à pandemia que injetaram uma<br />
dose adicional de incerteza no mês. Com todos<br />
esses choques, dificilmente o indicador convergirá<br />
para a (já elevada) média 2015-2019 em 2021, como<br />
parecia ser possível alguns meses atrás”, afirmou,<br />
em nota, a economista do IBRE/FGV, Anna Carolina<br />
Gouveia. Segundo o estudo, os dois componentes<br />
do indicador de incerteza caminharam no mesmo<br />
sentido em setembro. “O componente de mídia<br />
subiu 14,2 pontos, para 132,6 pontos, maior nível<br />
desde agosto de 2020, uma contribuição de 12,4<br />
pontos para o índice agregado. O componente de<br />
expectativas, que mede a dispersão das previsões<br />
para os 12 meses seguintes, subiu 8,8 pontos, para<br />
125 pontos, maior nível desde abril, contribuindo<br />
de forma positiva em 1,9 ponto para a evolução na<br />
margem do IIE-Br”, informou a FGV.<br />
Foto: divulgação<br />
PIB<br />
A nova projeção do BC (Banco Central) para o crescimento<br />
da economia em 2021 ficou praticamente<br />
estável. A estimativa para a expansão do PIB (Produto<br />
Interno Bruto) – a soma de todos os bens e<br />
serviços produzidos no país – passou de 4,6% para<br />
4,7%. A informação consta do Relatório de Inflação,<br />
publicação trimestral do BC, divulgada no fim de<br />
setembro. Segundo o órgão, a projeção depende<br />
da continuidade do esfriamento da pandemia de<br />
covid-19, da diminuição dos níveis de incerteza<br />
econômica ao longo do tempo e da manutenção<br />
do regime fiscal de controle das contas públicas.<br />
Entretanto, há fatores que restringem o ritmo de<br />
recuperação no segundo semestre deste ano e<br />
durante o ano seguinte. Na semana passada, o<br />
COPOM (Comitê de Política Monetária) do BC elevou<br />
novamente a taxa básica de juros, a Selic, para<br />
6,25% ao ano, mantendo a trajetória mais contracionista<br />
da política monetária para conter o avanço da<br />
inflação. As informações utilizadas para a projeção<br />
também já incluem os preços mais elevados da<br />
energia elétrica em razão da crise hídrica, mas não<br />
contemplam cenário de restrições diretas ao consumo<br />
de eletricidade. Outros riscos apresentados<br />
pelo BC são a própria evolução da pandemia, que<br />
segue sendo monitorada, e ações que piorem as<br />
expectativas sobre a trajetória fiscal, “que podem<br />
pressionar as avaliações de risco e a confiança dos<br />
agentes, com impactos negativos, possivelmente<br />
defasados, sobre a atividade econômica e os investimentos<br />
em particular”.<br />
Por outro lado, segundo o BC, os indicadores econômicos<br />
recentes sugerem continuidade da evolução<br />
positiva da atividade doméstica, com recuperação<br />
robusta do crescimento da economia ao longo<br />
do segundo semestre.<br />
Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
NOTAS<br />
NOVOS CAMINHOS<br />
Foto: divulgação<br />
Importante corredor logístico da região norte de Goiás, a rodovia<br />
BR-414 passa a contar agora com 96 km (quilômetros) de novas pistas,<br />
entre Niquelândia e Assunção de Goiás. Restaurado em somente<br />
cinco meses após investimento de R$ 44,8 milhões, o segmento<br />
foi entregue em setembro pelo Governo Federal, por meio do Ministério<br />
da Infraestrutura. As obras realizadas no trecho abrangem<br />
ainda a eliminação de pontos críticos da rodovia, com a adequação<br />
de travessias urbanas de Vila Taveira e de Quebra Linha, além da<br />
interseção com a rodovia estadual GO-564. Para a restauração<br />
foram executados reparos superficiais e profundos, tanto na pista<br />
principal como nos acostamentos, com aplicação de revestimento,<br />
camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente e microrrevestimento asfáltico a frio. O segmento faz parte de um contrato<br />
de restauração e manutenção que contempla 237,9 quilômetros da BR-414. “Esse é mais um empreendimento que mostra a<br />
importância da interiorização da infraestrutura em favor da logística”, destacou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de<br />
Freitas. Com a obra, parte do caminho até Anápolis, na região central do Estado de Goiás, fica facilitado. Importante centro<br />
logístico, a região já possui o Porto Seco centro-oeste, as ferrovias norte-sul e centro-atlântica, e as rodovias federais BR-153 e<br />
BR-060. A BR-414 é fundamental para acessar Niquelândia, que possui uma das maiores reservas de níquel do mundo, minério<br />
utilizado diretamente na produção de aço. Além da extração de minérios, a região também se destaca pelo ecoturismo e turismo<br />
religioso. Em 2020, o Governo Federal já havia realizado a adequação e restauração de 17 km entre as cidades de Cocalzinho<br />
de Goiás e de Corumbá de Goiás, inclusive com a implantação de 7,8 km de terceiras faixas adicionais nos dois sentidos<br />
da rodovia. Na última semana, o Governo Federal concedeu uma autorização ferroviária ao setor privado para a construção da<br />
extensão da Fico entre Água Boa e Lucas do Rio Verde (MT). A Fico foi viabilizada a partir do instrumento de investimento cruzado,<br />
em contrapartida da renovação da concessão da Vale pela Estrada de Ferro Vitória-Minas com a União.<br />
CUSTO DE PRODUÇÃO<br />
Com os preços de insumos cada vez mais altos no mercado internacional,<br />
impulsionado pela falta de matéria-prima e alta do valor do<br />
dólar, o preço dos pneus tem disparado sem precedentes no Brasil. A<br />
ABIDIPA (Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de<br />
Produtos Automotivos) ressalta que no último ano o preço no mercado<br />
internacional da borracha, matéria-prima básica na fabricação de pneus,<br />
subiu mais de 100%: saltou de US$ 2,5 mil por t (tonelada) para US$<br />
5,4 mil. Com esse substancial aumento de custo, a associação prevê<br />
que os repasses serão inevitáveis, tanto para pneus importados como<br />
para os que são produzidos no país. Segundo pesquisa do SINDIPESA<br />
(Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais), no ano de 2020 o preço<br />
dos pneus no Brasil teve uma alta de 27%. Mesmo com os constantes aumentos, o primeiro semestre de 2021 apresentou um<br />
aumento de 33% na compra de pneus, informa um balanço divulgado pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos).<br />
Com todos os aumentos, certamente, o preço do frete aumentou também, como forma de equilibrar as contas e evitar a<br />
falência. Mas existem, hoje, no mercado, softwares para gestão de frotas que têm módulos específicos para a gestão de pneus.<br />
Esse tipo de tecnologia permite que alertas sobre a manutenção ou reforma dos pneus sejam emitidos ao gestor, além de indicar<br />
o histórico dos pneus, apontando a posição atual deles em cada caminhão e informações como tempo de rodagem, necessidade<br />
de calibragem e desgaste. Também existem módulos que podem analisar e indicar quais marcas e modelos de pneus<br />
têm maior durabilidade e quais gastam mais. Uma das empresas nesse setor é a Gestran, que em 2021 alcançou a marca de 200<br />
mil pneus rastreados por sua plataforma de gestão de pneus, que está nas mais de 600 empresas atendidas em todo território<br />
nacional com mais de 6 mil usuários ativos. Dentre os grandes atrativos do sistema da empresa está o fato da facilidade de gerar<br />
gráficos e analisar as informações, tudo por conta do Business Intelligence que é parte da plataforma. Com a ferramenta, existe<br />
uma estimativa de 25% de economia nos gastos com pneus.<br />
Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
NOTAS<br />
CRESCIMENTO<br />
O Banco Mundial divulgou em outubro, relatório que aponta crescimento para a economia brasileira na casa 5,3% em<br />
2021. Uma estimativa mais otimista que os 4,5% de incremento que a instituição projetava para o país em junho deste ano.<br />
“A economia brasileira melhorou muito e, provavelmente, o crescimento chegará a 5,3% este ano”, declarou o economista-chefe<br />
do Banco Mundial para a América Latina e Caribe William Maloney, que também lembrou que, em 2020, a atividade<br />
econômica no Brasil recuou 4,1%.<br />
Apesar da melhora em relação aos últimos meses, a perspectiva de crescimento da economia brasileira ficou aquém da<br />
projeção para o conjunto dos países latino-americanos e caribenhos, que o Banco Mundial estima que devem crescer, em<br />
média, 6,3% este ano – graças, principalmente, à aceleração da vacinação contra o novo coronavírus e à queda das mortes<br />
por covid-19.<br />
Já em 2022 e em 2023, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deve avançar, respectivamente, 1,7% e 2,5% - percentuais<br />
também menores que as expectativas para toda a América Latina e Caribe, que a instituição estima que crescerá 2,8%, em<br />
2022, e 2,6%, em 2023.<br />
“A boa notícia é que, com o ritmo mais acelerado de vacinação e a redução do número de mortes pela Covid-19, a<br />
região está pouco a pouco saindo da crise e voltando a crescer. Apesar disto, e mesmo com alguns setores emergentes, a<br />
recuperação ainda é mais fraca do que esperávamos. A projeção de crescimento regional de 6,3% é insuficiente para reverter<br />
a queda de 6,7% de 2020, reativar as economias e reduzir a pobreza. Há países crescendo mais, outros menos, mas, na<br />
média, ainda não estamos recuperando o que foi perdido”, comentou Maloney.<br />
No relatório, o Banco Mundial afirma que, considerando a média regional, os índices de pobreza (medidos com base em<br />
uma renda domiciliar per capita de até US$ 5,50 por dia) aumentaram de 24% para 26,7% em toda a América Latina e Caribe.<br />
O que representa “o patamar mais alto em décadas”. Em parte devido aos “devastadores” custos sociais da pandemia.<br />
“Os estudantes da região perderam de um a um ano e meio de aprendizado, e a queda no IDH (Índice de Desenvolvimento<br />
Humano) da ONU (Organização das Nações Unidas) superou aquela verificada durante a crise financeira global, de<br />
2008. Uma boa notícia é que a campanha de vacinação vem ganhando força nos últimos seis meses e, embora ainda esteja<br />
longe dos índices almejados, já tem gerado uma redução nas mortes por Covid-19 na maioria dos países”, enfatiza o relatório.<br />
Para o Banco Mundial, além de vacinar a população para evitar o surgimento de variantes do novo coronavírus, o mundo<br />
deve conter a pressão inflacionária global e os elevados níveis de dívida do setor privado; dirimir eventuais incertezas a<br />
respeito da solidez do setor bancário e atentar para o crescente déficit orçamentário e para o aumento da dívida pública em<br />
função dos investimentos que os governos tiveram que assumir para proteger famílias e empresas durante a pandemia.<br />
Foto: divulgação<br />
20 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
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NOTAS<br />
EVENTO<br />
A Fenasucro & Agrocana, principal feira de bioenergia<br />
e do setor sucroenergético da América<br />
Latina, está com o credenciamento gratuito aberto<br />
para sua 28ª edição, que será realizada presencialmente<br />
entre os dias 9 e 12 de novembro de 2021,<br />
no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP).<br />
O evento, realizado pelo CEISE BR e promovido e<br />
organizado pela RX Brasil, reúne inovações e conteúdo<br />
de alto nível técnico voltados à toda cadeia<br />
de produção da indústria de bioenergia, além de<br />
profissionais dos principais pilares da matriz energética,<br />
dos setores de transporte e logística, papel<br />
e celulose, alimentos e bebidas, e distribuidoras<br />
e comercializadoras de energia para realização de<br />
negócios, networking e atualização profissional.<br />
“Neste momento em que o mundo todo olha para<br />
as fontes renováveis como alternativa viável nos<br />
deixa otimistas não só para a realização da feira<br />
como também para a entrega de ótimos resultados<br />
em negócios aos nossos clientes. Estamos preparados<br />
para oferecer toda segurança, com os novos<br />
protocolos sanitários de eventos”, afirma Paulo<br />
Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana.<br />
Segundo ele, após quase dois anos, os visitantes<br />
estão ansiosos para conhecer as inovações e novas<br />
tecnologias no evento de novembro, em Sertãozinho,<br />
que terá grandes novidades e tendências em<br />
equipamentos e soluções que irão revolucionar o<br />
setor de bioenergia. Para saber mais sobre o evento<br />
e realizar o seu credenciamento gratuito, basta<br />
clicar no link: https://bit.ly/3tH5K59.<br />
Foto: divulgação<br />
PARTILHA<br />
Municípios do norte pioneiro e área central do Paraná<br />
poderão ter participação na receita de ICMS<br />
gerada pela unidade Puma da Klabin. O projeto de<br />
lei 545/2021, apresentado na Assembleia Legislativa<br />
do Paraná pelos deputados estaduais Tercilio Turini<br />
(CDN), Ademar Traiano (PSDB), Luiz Cláudio Romanelli<br />
(PSB) e Alexandre Curi (PSB) altera a legislação<br />
e permite ao Governo do Estado fazer a partilha da<br />
cota-parte hoje recebida integralmente por Ortigueira,<br />
sede da indústria. A proposta em tramitação<br />
na Assembleia Legislativa vai beneficiar as cidades<br />
de Cândido Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú,<br />
Ortigueira, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo<br />
da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e<br />
Ventania. Todos são produtores de matéria-prima<br />
para a Klabin, com grandes áreas de florestas cultivadas<br />
em seus territórios. Em 2012, antes de a Klabin<br />
anunciar onde seria a unidade Puma, foi firmado<br />
um pacto entre os 11 municípios e mais Ortigueira,<br />
estabelecendo que a cota-parte deveria ser dividida:<br />
50% para a cidade-sede da indústria e 50% rateados<br />
entre os fornecedores de celulose e madeira.<br />
O convênio teve anuência do Governo do Estado e<br />
da empresa, inclusive foi criado o Comitê Gestor do<br />
ICMS da Klabin. A intenção era praticar justiça fiscal,<br />
com os municípios produtores recebendo uma fatia<br />
da arrecadação do imposto estadual para investir em<br />
infraestrutura e qualidade de vida à população. O<br />
rompimento do pacto surpreendeu os 11 municípios<br />
produtores de matéria-prima, que se mobilizaram<br />
pelo cumprimento do acordo estabelecido anteriormente.<br />
A Assembleia Legislativa inclusive apoiou<br />
o movimento, mas não foi possível restabelecer o<br />
pacto. Para se ter uma ideia do volume de recursos,<br />
Ortigueira teve um grande impacto positivo nas<br />
finanças municipais com a cota-parte de ICMS: a<br />
receita passou de R$ 11,8 milhões em 2014 para R$<br />
68,3 milhões em 2021, um crescimento de 478,8%. O<br />
projeto de lei dos quatro deputados tem a finalidade<br />
de adequar a legislação estadual para regulamentar<br />
os termos do convênio intermunicipal e amparar<br />
legalmente o Governo do Estado, por meio da Secretaria<br />
de Fazenda, a fazer o repasse partilhado dos<br />
recursos do ICMS da Klabin.<br />
Foto: divulgação<br />
22 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
NOTAS<br />
LUTO<br />
O presidente do Conselho de Administração da Klabin, Armando Klabin,<br />
faleceu no dia 22 de setembro, segundo comunicado da empresa. Armando<br />
Klabin foi membro do Conselho de Administração da Klabin desde 1979, tendo<br />
sido presidente do grupo em diversas ocasiões. Armando ainda foi idealizador<br />
e executivo da Ponsa, atualmente Unidade Goiana, além de participar<br />
de diversos projetos inovadores da empresa como o MA-1100, na Unidade<br />
Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR), a criação da Unidade Puma, em Ortigueira<br />
(PR) e a sua recente expansão com as Máquinas de Papel 27 e 28. O<br />
setor sempre reconheceu Armando como um visionário e por ter sido fundamental<br />
em impulsionar a Klabin para focar no setor de embalagens e ser uma<br />
das principais empresas desse segmento em todo mundo, com um modelo<br />
de negócio integrado, único e referência em sustentabilidade. Armando era<br />
filho de Wolff Kadischewitz Klabin e Rose Hass Klabin, irmão de Israel Klabin e<br />
Daniel Klabin, também conselheiros da empresa. Ainda deixa a esposa Rosa<br />
Lisboa, com quem era casado há 50 anos, e os filhos Wolff Klabin, Daniela Klabin, José Klabin e Bernardo Klabin, além de<br />
11 netos. “Em nome de todos os colaboradores Klabin, manifestamos enorme gratidão pelo exemplo de liderança, profissionalismo,<br />
empreendedorismo, imensurável compromisso e dedicação com a Companhia, com o meio ambiente, com<br />
projetos sociais e com o desenvolvimento do Brasil. Dr. Armando foi um homem de vanguarda, um amigo inestimável, com<br />
inesgotável capacidade de trabalho. Sua ausência será sentida por todos e seu legado será fonte de inspiração para o caminho<br />
que seguiremos trilhando na Klabin”, relatou a empresa em nota.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
INVESTIMENTO<br />
FOTOVOLTAICO<br />
A crise hídrica e os aumentos constantes na conta de<br />
luz estão levando pessoas a investirem em outros tipos<br />
de energia, como a fotovoltaica, também conhecida<br />
como energia solar. De olho nessa demanda instituições<br />
e cooperativas de crédito estão proporcionando<br />
taxas e condições atrativas para quem quer investir<br />
e ter a sua liberdade energética. De acordo com a<br />
ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica),<br />
o uso das fontes renováveis é eficaz e gera<br />
economia para consumidores, sendo a geração própria<br />
de energia solar em telhados e pequenos terrenos<br />
uma importante ferramenta para reduzir a demanda<br />
por eletricidade no país. Dados da associação mostram<br />
que entre 2019 e 2021, o segmento teve expansão<br />
de 64%. A queda no preço dos equipamentos, que ficaram 90% mais baratos nos últimos dez anos também é um atrativo<br />
para aqueles que pretendem gerar a própria energia. Segundo César Augusto Campez Neto, diretor-presidente do Sicoob Cooperac,<br />
linhas de crédito como essa possuem a missão de facilitar o acesso dos cooperados a produtos e serviços que permitam<br />
melhorar as suas condições financeiras. “A energia fotovoltaica é um caminho que contribui para reduzir despesas e também<br />
para preservar os recursos naturais. Temos notado um aumento da procura por esta opção, principalmente agora, com a crise<br />
hídrica. Nossas linhas têm as melhores condições e são liberadas com agilidade e sem burocracia”, explica.<br />
24 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
NOTAS<br />
BITCOIN<br />
El Salvador se tornou o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda legal, embora tenha sofrido problemas<br />
iniciais quando o governo teve que desconectar uma carteira digital para lidar com a demanda.<br />
A mudança significa que as empresas devem aceitar o pagamento em bitcoin junto com o dólar americano,<br />
que tem sido a moeda oficial de El Salvador desde 2001 e permanecerá com curso legal.<br />
Ainda não está claro se as empresas serão penalizadas se não aceitarem o bitcoin.<br />
O presidente Nayib Bukele, que pressionou pela adoção da criptomoeda, pediu ajuda aos usuários que já haviam<br />
baixado o aplicativo apoiado pelo governo, para testar se ele estava então funcionando corretamente.<br />
“Você poderia por favor tentar se registrar e postar nos comentários se há algum erro ou se todo o processo<br />
funciona bem?” o presidente escreveu no Twitter.<br />
Bukele disse que o uso do bitcoin ajudará os salvadorenhos a economizar US$ 400 milhões por ano em comissões<br />
para remessas, ao mesmo tempo que dará acesso a serviços financeiros para quem não tem conta bancária.<br />
No entanto, os mais pobres podem ter dificuldade em acessar a tecnologia necessária para fazer o bitcoin funcionar<br />
em El Salvador, onde quase metade da população não tem internet e muitos mais têm acesso esporádico.<br />
Outros dizem que a mudança pode alimentar a lavagem de dinheiro e a instabilidade financeira. Isso já turvou<br />
as perspectivas de mais de US$ 1 bilhão em financiamento que El Salvador está buscando do Fundo Monetário<br />
Internacional (FMI).<br />
No início da terça-feira, os salvadorenhos que tentavam baixar a carteira digital Chivo, que o governo promoveu,<br />
prometendo 30 dólares em bitcoin para cada usuário, descobriram que ela não estava disponível em lojas de<br />
aplicativos populares. Em seguida, Bukele tuitou que o governo o havia desconectado temporariamente para lidar<br />
com a demanda.<br />
Pesquisas indicam que os salvadorenhos estão preocupados com a volatilidade da criptomoeda, que pode perder<br />
centenas de dólares em valor por dia.<br />
Antes do lançamento, El Salvador comprou 400 bitcoins no valor de cerca de US$ 20 milhões, disse Bukele,<br />
ajudando a elevar o preço da moeda para acima de US$ 52 mil pela primeira vez desde maio. Horas depois, no entanto,<br />
havia enfraquecido cerca de 4%, para US$ 50.516.<br />
Foto: divulgação<br />
26 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
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NOTAS<br />
TAXA DE<br />
DESOCUPAÇÃO<br />
O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou em outubro nova nota de conjuntura informando<br />
que a taxa de desocupação sofreu queda de 1,5 ponto percentual em um ano, saindo de 14,5% em julho de 2020<br />
para 13% em julho deste ano. A análise aponta um avanço no ritmo de recuperação do mercado de trabalho.<br />
A população desocupada abrange pessoas que não estão trabalhando, mas que tomaram alguma providência<br />
para conseguir emprego. Esse grupo chegou a 90,2 milhões em julho. Segundo o Ipea, trata-se de patamar próximo<br />
ao verificado em março de 2020, mês de início da pandemia de covid-19 no Brasil.<br />
Segundo a análise, entre julho de 2020 e julho de 2021 houve crescimento de 12% na taxa de ocupação. Essa<br />
variação representa uma queda de 1,5 ponto percentual no contingente de desocupados porque houve aumento<br />
da taxa de participação na força de trabalho de 54,01% para 58,3%. A população que participa da força de trabalho<br />
engloba tanto ocupados quanto desocupados.<br />
Isso significa que houve redução de pessoas que estavam sem trabalhar e, por diferentes motivos, não tomavam<br />
providência para conseguir emprego. Com a retomada gradual da economia após os efeitos mais agudos da<br />
pandemia, muitos indivíduos, antes considerados fora da força de trabalho, voltaram a buscar ocupação.<br />
“Essa melhora das condições do mercado de trabalho se traduz também na queda no número de desalentados,<br />
cujo contingente de 5,2 milhões de pessoas, em julho, é 10% menor que o registrado no mesmo período de<br />
2020”, disse o Ipea. Desalentados são pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego<br />
por acreditar que não conseguiriam.<br />
A expansão da ocupação ocorre de forma mais intensa nos segmentos informais do mercado de trabalho. Houve<br />
crescimento de 22,7% dos empregados sem carteira assinada e de 20,3% dos trabalhadores por conta própria.<br />
Entre os trabalhadores com carteira assinada no setor privado, a alta foi de 8,3%. O comércio foi o setor que<br />
mais criou vagas de emprego formal, seguido pela indústria de transformação, pelos serviços administrativos e<br />
pela construção.<br />
Foto: divulgação<br />
28 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
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lado a modernidade e contemporaneidade. Com<br />
esses móveis, o morador é envolvido por elementos<br />
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AMBIENTE NOS NOSSOS PAÍSES. MAS O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL,<br />
PARTICULARMENTE NA AMAZÔNIA SÓ VAI SER BEM-SUCEDIDO COM UMA<br />
MAIOR PARTICIPAÇÃO DO SETOR PRIVADO E OUTROS ATORES. EMPRESAS,<br />
INVESTIDORES, PRODUTORES E EMPREENDEDORES DEVEM LIDERAR UM<br />
NOVO CICLO DE CRESCIMENTO VERDE E INCLUSIVO NA AMAZÔNIA”<br />
HAMILTON MOURÃO, VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA<br />
“TEREMOS<br />
LIGAÇÕES<br />
ENTRE ÁREA DE<br />
“DO PONTO DE VISTA ENERGÉTICO, NÃO HÁ A<br />
PRODUÇÃO COM<br />
NECESSIDADE DA VOLTA DO HORÁRIO DE VERÃO.<br />
PORTO, DA PLANTA<br />
NÓS JÁ FIZEMOS UMA ANÁLISE; NO PONTO DE VISTA<br />
INDUSTRIAL COM<br />
ENERGÉTICO NÃO SE FARIA NECESSÁRIO. E FOI<br />
A MALHA PRINCIPAL<br />
TOMADA A DECISÃO PELO PRESIDENTE BOLSONARO<br />
DE FERROVIA,<br />
DE NÃO DECRETAR O HORÁRIO DE VERÃO. AGORA<br />
ESCOAMENTO DE<br />
EM 2021, ENTRE 2020 E 2021, SEMPRE ANALISAMOS<br />
PRODUÇÕES QUE ANTES<br />
ESSA QUESTÃO. ENTÃO O HORÁRIO DE VERÃO NÃO<br />
ERAM SUBMETIDAS AO<br />
OCORRERÁ COMO NÃO VEM OCORRENDO DESDE 2019”<br />
TRANSPORTE FERROVIÁRIO.<br />
É UMA FORMA DE MITIGAR<br />
O PROBLEMA DA FALTA<br />
BENTO ALBUQUERQUE, MINISTRO DE MINAS E ENERGIA<br />
DE EQUILÍBRIO DA MATRIZ<br />
DE TRANSPORTES. UMA<br />
FORMA EXTREMAMENTE LEVE,<br />
RÁPIDA E SEM BUROCRACIAS.<br />
EM 2035 DEVEMOS CHEGAR<br />
“O PROBLEMA QUE ANALISAMOS É<br />
COM UMA PARTICIPAÇÃO<br />
QUE, NOS AUMENTOS QUE SÃO DADOS<br />
DO MODO FERROVIÁRIO NA<br />
NOS COMBUSTÍVEIS, O ICMS É UM PRIMO<br />
MATRIZ DE TRANSPORTES DE 45%,<br />
MALVADO, ELE CONTRIBUI PARA O<br />
PARTICIPAÇÃO SEMELHANTE À DE PAÍSES<br />
AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS, POIS<br />
DESENVOLVIDOS<br />
É AUMENTO EM CIMA DE AUMENTO<br />
COM TODA A CADEIA PRODUTIVA. NÃO<br />
ESTAMOS TRABALHANDO CONTRA<br />
GOVERNOS ESTADUAIS, CONTRA<br />
NENHUM TIPO DE FEDERAÇÃO, ESTAMOS<br />
TRABALHANDO PARA MINIMIZAR ESTE<br />
TARCÍSIO GOMES<br />
DE FREITAS,<br />
PROBLEMA”<br />
MINISTRO DA<br />
INFRAESTRUTURA,<br />
ARTHUR LIRA, PRESIDENTE DA<br />
EM ENTREVISTA À<br />
CÂMARA DOS DEPUTADOS<br />
RÁDIO JOVEM PAN<br />
Foto: divulgação<br />
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ENTREVISTA<br />
FOCO NO<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
FOCUS ON<br />
DEVELOPMENT<br />
O<br />
Mato Grosso é um dos principais polos produtores<br />
de madeira nativa do Brasil e grande parte desse sucesso<br />
é pelo trabalho das instituições setoriais, entre<br />
elas o CIPEM-MT (Centro das Indústrias Produtoras e<br />
Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso).<br />
Em agosto, Rafael Mason foi eleito para o terceiro mandato<br />
consecutivo à frente da instituição e tem trabalhado nesse período<br />
em prol do desenvolvimento do setor madeireiro no Mato Grosso.<br />
“Seguiremos empreendendo esforços para reafirmar o compromisso<br />
do setor com o desenvolvimento do Estado de Mato Grosso<br />
alinhado à sustentabilidade e a perenidade das florestas, conforme<br />
premissa adotada nesses 17 anos de existência”, explica Rafael<br />
Mason. O presidente conversou com exclusividade à Revista<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
ENTREVISTA<br />
T<br />
The State of Mato Grosso is one of the leading centers for<br />
producing timber products in Brazil. Much of this success<br />
is the work of sector institutions, including the State of<br />
Mato Grosso Center of Timber Producer and Exporter<br />
Companies (CIPEM-MT). In August, Rafael Mason was<br />
elected to the third consecutive term at the head of the institution<br />
where he has been working for the development of the Timber Sector<br />
in the State of Mato Grosso. “We will continue to make efforts to reaffirm<br />
the Sector’s commitment to the development of the State of Mato<br />
Grosso aligned with the sustainability and perpetuity of forests, according<br />
to the premise adopted in these 17 years of the Center’s existence,”<br />
explains Rafael Mason. The Institution’s Head spoke exclusively to<br />
Revista Referência <strong>Industrial</strong>.<br />
Foto: divulgação<br />
34 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021<br />
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OF MATO GROSSO (UFMT), AND POST-GRADUATE STUDIES IN FOREIGN TRADE IN<br />
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ENTREVISTA<br />
QUAIS AS EXPECTATIVAS E PLANOS PARA<br />
O INÍCIO DESSA NOVA GESTÃO FRENTE AO<br />
CIPEM?<br />
A gestão do biênio 2021-2023 tem por objetivo<br />
central potencializar o crescimento do setor e<br />
enfatizar a perenidade da vegetação nativa. Dessa<br />
forma, além da continuidade no atendimento<br />
às demandas de interesse do setor, um anseio<br />
antigo tomará forma, que é a construção da sede<br />
do CIPEM, projetada para ser referência em tecnologia<br />
da madeira, propiciando um ambiente<br />
ideal para realização de reuniões, rodadas de negócios<br />
e demais eventos que tragam visibilidade<br />
ao setor. Além disso, seguiremos empreendendo<br />
esforços para reafirmar o compromisso do setor<br />
com o desenvolvimento do Estado de Mato<br />
Grosso alinhado à sustentabilidade e a perenidade<br />
das florestas, conforme premissa adotada<br />
nesses 17 anos de existência. Nossa expectativa<br />
é de crescimento contínuo e sólido, para os<br />
panoramas de curto, médio e longo prazo, pelo<br />
impulsionamento do uso da madeira para as mais<br />
diversas aplicações, tanto de produtos comumente<br />
utilizados, quanto no incentivo para a ampliação<br />
do leque de espécies utilizadas, a partir<br />
do emprego de novas tecnologias, a exemplo da<br />
MLC (Madeira Laminada Colada).<br />
ATUALMENTE COMO ESTÁ COLOCADO O<br />
SETOR MADEIREIRO NO MATO GROSSO E<br />
COMO O CIPEM TEM TRABALHADO NO DE-<br />
SENVOLVIMENTO DA ÁREA?<br />
Atualmente, Mato Grosso se coloca em<br />
posição de destaque no que tange a produção<br />
florestal com garantia de origem. Embora tenhamos<br />
enfrentado desafios contundentes em<br />
decorrência da Covid-19, conquistamos um aumento<br />
de cerca de 40% na produção em relação<br />
aos números registrados em 2019. Além disso, o<br />
movimento de aproximação do setor junto aos<br />
WHAT ARE THE EXPECTATIONS AND<br />
PLANS FOR THE BEGINNING OF THE NEW<br />
MANAGEMENT TEAM AT CIPEM?<br />
The management team for the 2021-2023<br />
biennium aims to enhance the Sector’s growth<br />
and emphasize the perpetuity of native vegetation.<br />
Thus, in addition to the continuity in meeting<br />
the demands of interest of the Sector, an old<br />
desire will take shape, which is the construction<br />
of Cipem’s new headquarters. The design is a<br />
milestone in wood technology, providing an ideal<br />
environment for holding meetings, business round<br />
tables, and other events that bring visibility<br />
to the Sector. In addition, we will continue efforts<br />
to reaffirm the Sector’s commitment to the development<br />
of the State of Mato Grosso aligned<br />
with the sustainability and perpetuity of forests,<br />
according to the premise adopted in these 17<br />
years of existence.<br />
Our expectation is for continuous and solid<br />
growth, over the short, medium, and long-term<br />
panoramas, by promoting the use of wood for<br />
the most diverse applications, both of commonly<br />
used products and encouraging the expansion of<br />
the range of species used, from the use of new<br />
technologies, such as Glued Laminated Wood<br />
(GLULAM).<br />
CURRENTLY, HOW DO YOU SEE THE<br />
TIMBER SECTOR IN THE STATE OF MATO<br />
GROSSO, AND HOW HAS CIPEM WORKED<br />
TO DEVELOP THIS AREA?<br />
Currently, Mato Grosso places itself in a prominent<br />
position concerning forest production<br />
with a guarantee of origin. Although we faced<br />
substantial challenges due to Covid-19, we<br />
increased production by about 40% compared<br />
to the numbers recorded in 2019. In addition,<br />
the movement to bring the Sector in line with<br />
supervisory and government agencies remains<br />
NOSSA EXPECTATIVA É DE CRESCIMENTO CONTÍNUO E<br />
SÓLIDO, PARA OS PANORAMAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO<br />
PRAZO, PELO IMPULSIONAMENTO DO USO DA MADEIRA PARA AS MAIS<br />
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ENTREVISTA<br />
órgãos fiscalizadores e de Governo continua favorável,<br />
graças a importância do Manejo Florestal<br />
Sustentável para a agenda climática, tendo em<br />
vista sua contribuição para o sequestro de carbono<br />
e a redução do desmatamento. Esta aproximação<br />
se deve à relevante atuação do CIPEM,<br />
sempre primando pela transparência da gestão<br />
florestal, participando ativamente das discussões<br />
que buscam adequar o regramento e a conduta<br />
correta dos empreendimentos, fomentando pesquisas<br />
de cunho geral na floresta e de produtos<br />
madeireiros, propiciando segurança e confiança<br />
a todos os envolvidos. Vale destacar que o setor<br />
é responsável também pela geração de 90 mil<br />
empregos diretos e indiretos no Estado o que<br />
revela o quanto estamos prosperando. Paralelamente,<br />
a ampliação do total de áreas manejadas<br />
para 6 milhões de hectares até 2030, faz parte do<br />
plano do Governo do Estado em conjunto com<br />
a SEMA/MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente)<br />
e do PCI (Instituto Produzir, Conservar e<br />
Incluir), cuja agenda foi assumida na COP 2015.<br />
DIVERSOS ESTADOS DO BRASIL TÊM TIDO<br />
PROBLEMAS COM A DISPONIBILIDADE DE<br />
MATÉRIA-PRIMA PARA O SETOR MADEIREI-<br />
RO. COMO ESTÁ ESSA SITUAÇÃO NO MATO<br />
GROSSO E COMO TEM SIDO O TRABALHO<br />
DO CIPEM JUNTO AOS ÓRGÃOS AMBIEN-<br />
TAIS?<br />
O CIPEM tem orgulho em representar e defender<br />
o Manejo Florestal Sustentável como a<br />
atividade econômica que conserva as florestas<br />
nativas, equilibrando produção e sustentabilidade.<br />
Para tanto, atua assiduamente junto a SEMA<br />
(MT) e o IBAMA para a implementação da rastreabilidade<br />
da madeira, pela perfeita integração<br />
dos sistemas nacional (SINAFLOR) e estadual<br />
(SISFLORA e SIMLAM). Com a rastreabilidade da<br />
produção será possível assegurar maior transparência<br />
para a atividade, combatendo falsos<br />
estigmas, e potencializando as atividades de<br />
base florestal que verdadeiramente equilibram<br />
favorable, thanks to the importance of Sustainable<br />
Forest Management for the climate agenda<br />
because of its contribution to carbon sequestration<br />
and the reduction of deforestation. This<br />
approach is due to the relevant performance of<br />
Cipem, always striving for the transparency of<br />
forest management, actively participating in discussions<br />
that seek to adapt regulation, and correct<br />
conduct of the enterprises, promoting research<br />
of a general nature for wood and non-wood<br />
products, and providing security and safeguards<br />
for all involved.<br />
It is worth noting that the Sector is also<br />
responsible for generating 90 thousand direct<br />
and indirect jobs in the State, which reveals how<br />
much the Sector is thriving. At the same time, expanding<br />
the total area managed to 6 million hectares<br />
by 2030 is part of the State Government’s<br />
plan together with the Secretary of State for the<br />
Environment (Sema/MT) and the Produce, Conserve<br />
and Include Institute (PCI), whose agenda<br />
was assumed at COP 2015.<br />
SEVERAL STATES IN BRAZIL HAVE HAD<br />
PROBLEMS WITH THE AVAILABILITY OF<br />
RAW MATERIALS FOR THE FOREST PRO-<br />
DUCT SECTOR. FOR EXAMPLE, HOW IS THIS<br />
SITUATION IN THE STATE OF MATO GROS-<br />
SO, AND HOW HAS CIPEM’S WORK BEEN<br />
WITH ENVIRONMENTAL AGENCIES?<br />
Cipem is proud to represent and defend Sustainable<br />
Forest Management as the economic<br />
activity that conserves native forests, balancing<br />
production and sustainability. To this end, it acts<br />
assiduously with Sema/MT and Ibama to implement<br />
wood traceability through the perfect<br />
integration of the national (Sinaflor) and State<br />
(Sisflora and Simlam) systems. With the traceability<br />
of production, it is possible to ensure greater<br />
transparency for the activity, combating false<br />
stigmas, and enhancing forest-based activities<br />
that truly balance environmental and socioeconomic<br />
aspects.<br />
EMBORA TENHAMOS ENFRENTADO DESAFIOS CONTUNDENTES<br />
EM DECORRÊNCIA DA COVID-19, CONQUISTAMOS UM<br />
AUMENTO DE CERCA DE 40% NA PRODUÇÃO EM RELAÇÃO AOS<br />
NÚMEROS REGISTRADOS EM 2019<br />
38 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
ENTREVISTA<br />
os aspectos ambientais e socioeconômicos. Além<br />
disso, o CIPEM está constantemente realizando<br />
eventos, palestras e workshops em parceria com<br />
os órgãos ambientais, com o intuito de capacitar<br />
e conscientizar os atores envolvidos com as atividades<br />
de base florestal, trazendo melhorias, atualizações<br />
e sempre buscando novas demandas<br />
para o contínuo aperfeiçoamento do setor. Outra<br />
ação importante é a promoção da realização de<br />
manejo em áreas de reserva legal intactas conforme<br />
evento realizado no Município de Sorriso (dia<br />
01/09), no auditório do Sindicato Rural de Sorriso,<br />
com o tema: Produção Florestal em Evidência; o<br />
qual foi um sucesso absoluto em apresentar um<br />
panorama completo do MFS (Manejo Florestal<br />
Sustentável) e alcançar os produtores rurais da<br />
região.<br />
O CIPEM EM BREVE TERÁ UMA NOVA<br />
SEDE, ASSINADA POR UM RENOMADO<br />
ARQUITETO NACIONAL. QUAL A IMPOR-<br />
TÂNCIA DESSA CONQUISTA PARA A CLAS-<br />
SE E QUAL SEU SENTIMENTO POR ESSA<br />
CONQUISTA TER SIDO REALIZADA EM SUA<br />
GESTÃO?<br />
A sede do CIPEM será o primeiro edifício<br />
construído essencialmente em madeira nativa,<br />
servindo também como um mostruário de todas<br />
as possibilidades de uso da madeira, com ênfase<br />
em sua versatilidade e beleza, traduzindo-se no<br />
legado dos Guardiões da Floresta. O espaço está<br />
sendo projetado para se tornar um belíssimo cartão<br />
postal para o município de Cuiabá e o Estado<br />
de Mato Grosso, com excepcional arquitetura em<br />
madeira nativa com origem no Manejo Florestal<br />
Sustentável, demonstrando que projetos arquitetônicos<br />
em madeira podem facilmente transitar<br />
entre o rústico e o moderno, agradando aos mais<br />
variados gostos, além de serem seguros, servirem<br />
como isolantes térmicos e gerando acentuada<br />
sensação de conforto. O local será também um<br />
importante ponto de encontro entre associados,<br />
clientes e parceiros, propiciando a realização de<br />
agendas importantes, como conferências e eventos<br />
do setor de base florestal.<br />
In addition, Cipem is constantly holding<br />
events, lectures, and workshops in partnership<br />
with environmental agencies to educate and<br />
raise awareness among the actors involved with<br />
forest-based activities, leading to improvements<br />
and updates and always seeking new demands<br />
for continuous Sector improvement. Another significant<br />
action is the promotion of management<br />
in intact legal reserve areas as demonstrated at<br />
an event, “Forest Production in Evidence”, held<br />
in Sorriso on September 1 in the auditorium of<br />
the Sorriso Rural Class Association, which was an<br />
absolute success in presenting a complete overview<br />
of Sustainable Forest Management (SFM)<br />
and reaching rural producers in the region.<br />
CIPEM SOON BEGINS CONSTRUCTION<br />
OF ITS NEW HEADQUARTERS, DESIGNED<br />
BY A RENOWNED NATIONAL ARCHITECT.<br />
WHAT IS THE IMPORTANCE OF THIS ACHIE-<br />
VEMENT FOR THE CLASS, AND WHAT IS<br />
YOUR FEELING THAT THIS ACHIEVEMENT<br />
HAS FINALLY COME ABOUT DURING THE<br />
NEW MANAGEMENT?<br />
The new Cipem head office will be the first<br />
building built essentially in native wood. It serves<br />
as a showcase of all possibilities of wood use,<br />
emphasizing its versatility and beauty, translating<br />
into the legacy of the Guardians of the Forest.<br />
The space is being designed to become a<br />
beautiful postcard for the municipality of Cuiabá<br />
and the State of Mato Grosso. It uses exceptional<br />
native wood architecture with an origin in Sustainable<br />
Forest Management, demonstrating that<br />
architectural projects in wood can easily move<br />
between rustic and modern, pleasing to the<br />
most varied tastes, besides being safe, serving as<br />
thermal insulators, and generating a strong sense<br />
of comfort. The venue will also be an important<br />
meeting point between members, customers,<br />
and other interested parties, providing important<br />
agendas, such as conferences and events for the<br />
Forest-based Sector.<br />
O CIPEM ESTÁ CONSTANTEMENTE REALIZANDO EVENTOS,<br />
PALESTRAS E WORKSHOPS EM PARCERIA COM OS ÓRGÃOS<br />
AMBIENTAIS, COM O INTUITO DE CAPACITAR E CONSCIENTIZAR OS<br />
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Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
COM A<br />
PADRONIZAÇÃO DOS<br />
REQUISITOS, O PROCESSO<br />
PRODUTIVO SE TORNA MAIS<br />
PRECISO E EFICIENTE, GERANDO<br />
MELHOR DESEMPENHO E<br />
RENTABILIDADE<br />
As possibilidades e estímulo de uso<br />
da madeira na construção civil tem<br />
evoluído. Além do uso de produtos<br />
já tradicionais em obras, estamos<br />
presenciando novas alternativas e<br />
demandas, em especial com o avanço de sistemas<br />
construtivos como o wood frame.<br />
Dentro deste cenário positivo, o segmento<br />
da madeira serrada unificou as normas técnicas já<br />
existentes com a execução de um grande trabalho<br />
de pesquisa, atualização e desenvolvimento<br />
de um texto único para a madeira serrada no Brasil,<br />
concretizado com a publicação da NBR 16996<br />
- Madeira Serrada - Construção Civil - Parte 1:<br />
Coníferas, no mês de setembro.<br />
Esse trabalho coordenado pela Abimci, dentro<br />
do Comitê Brasileiro de Madeiras da ABNT, o<br />
Foto: divulgação<br />
CB-31, contou com a participação de grande número<br />
de profissionais, produtores, consumidores,<br />
academia, laboratório, pesquisas, entre outros.<br />
A norma recém-publicada aborda especificações<br />
técnicas como dimensões, espessuras e<br />
suas tolerâncias; a definição de padrões para a<br />
secagem e tratamento preventivo da madeira<br />
contra o ataque de fungos e insetos; padronização<br />
de lotes; e a classificação de qualidade visual<br />
e mecânica da madeira.<br />
Todos ganham com esse avanço técnico!<br />
Com a padronização dos requisitos, o processo<br />
produtivo se torna mais preciso e eficiente,<br />
gerando melhor desempenho e rentabilidade.<br />
O consumidor, e nesse caso em especial, o segmento<br />
construção civil, tem em mãos produtos<br />
conforme e que atendem os requisitos necessários.<br />
Esta publicação faz parte de uma sequência<br />
de trabalhos realizados desde 2015 para a atualização<br />
das normas técnicas de madeira serrada.<br />
Até o momento, três normas já foram publicadas<br />
e outras quatro estão sendo escritas/revisadas.<br />
Os próximos passos do grupo de estudos da<br />
norma estarão focados, dentro da estrutura proposta<br />
de revisão da norma, na padronização da<br />
madeira destinada aos segmentos de construção<br />
civil com madeira serrada de folhosas, móveis,<br />
embalagens e uso geral.<br />
Com o atual momento que vive o mercado,<br />
a dinâmica da economia nacional, os cenários<br />
pós-pandemia e seus impactos diretos na ponta<br />
do consumo, as questões de sustentabilidade e<br />
eficiência nas empresas, trabalhos como esse,<br />
realizado pelo setor de madeira serrada renova<br />
as esperanças de um melhor desempenho do setor,<br />
otimizando o uso e consumo de madeira no<br />
Brasil, com produtos padronizados e que atendam<br />
as regras vigentes no mercado. Podemos<br />
visualizar um bom ciclo pela frente, mas a participação<br />
de todos da cadeia produtiva da madeira<br />
é condição fundamental para a consolidação das<br />
ações.<br />
As normas já publicadas podem ser consultadas<br />
no site da ABNT: https://www.abntcatalogo.<br />
com.br/norma<br />
42 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
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MERCADO<br />
DE MADEIRA<br />
REFLORESTADA<br />
EM EXPANSÃO<br />
44 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
COM O AQUECIMENTO<br />
DO MERCADO<br />
INTERNACIONAL, O<br />
MUNDO SE VOLTA<br />
AO BRASIL COMO<br />
FORNECEDOR DE<br />
MADEIRA SERRADA<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
OUTUBRO 2021 45
PRINCIPAL<br />
F<br />
undada em 2010, a MM Wood Brazil é uma das<br />
empresas nacionais que mais vem crescendo<br />
no mercado de madeira reflorestada de pinus<br />
para exportação. Ainda no início das funções,<br />
teve como primeira atividade o comércio de<br />
ferramentas de corte de madeira e em 2019 iniciou a operação<br />
de exportação de madeira. A experiência adquirida<br />
no mercado madeireiro ao longo da década fundamentou<br />
os alicerces da empresa que está expandindo rapidamente<br />
para atender clientes ao redor do mundo. Felipe Macedo,<br />
um dos sócios-proprietários e diretor da MM Wood Brazil,<br />
explica que a escolha da cidade de Ponta Grossa (PR) foi estratégica.<br />
“Recebemos madeira de várias regiões do Estado,<br />
além da facilidade de acesso ao Porto de Paranaguá. Tudo<br />
isso nos ajuda a concentrar a maior quantidade de produtos<br />
e atingir o maior número de fornecedores”, destaca Felipe.<br />
Além da escolha pelo local, o meio de transporte para as<br />
cargas foi selecionado por oferecer maior dinâmica ao<br />
processo de entrega. “Anteriormente trabalhávamos com<br />
via férrea e hoje são caminhões e parceiros logísticos que<br />
realizam esse trabalho”, aponta Felipe.<br />
A MM Wood Brazil trabalha com um estoque mínimo<br />
rotativo, para garantir a disponibilidade de produtos sempre<br />
que forem solicitados. Entretanto, o foco é suprir de forma<br />
específica cada um de seus clientes. “Hoje trabalhamos<br />
sob demanda, atendendo de acordo com as medidas e<br />
quantidades solicitadas pelo cliente, sempre partindo do<br />
volume mínimo de 500 m 3 (metros cúbicos)”, explica Felipe.<br />
E não existem barreiras para o tamanho da negociação. “O<br />
pedido máximo é o quanto pudermos encontrar no mercado”,<br />
enfatiza o diretor.<br />
EXPANDING<br />
REFORESTED<br />
TIMBER MARKET<br />
WITH THE HEATING-UP OF THE<br />
INTERNATIONAL MARKET, THE WORLD<br />
TURNS TO BRAZIL AS A SUPPLIER OF<br />
REFORESTED TIMBER<br />
F<br />
ounded in 2010, MM Wood Brazil is one of the<br />
fastest-growing domestic companies in the reforested<br />
pinewood market for export. At this time,<br />
its primary activity was the sale of timber cutting<br />
tools, and in 2019, it began its timber export operation.<br />
Over the decade, the experience gained in<br />
the timber market has laid the foundation that is expanding<br />
rapidly to serve customers worldwide. Felipe Macedo, one<br />
of the Owner Partners and Managing Director of MM Wood<br />
Brazil, explains that the choice of Ponta Grossa (PR) was strategic.<br />
“We received timber from various regions of the State,<br />
and in addition, was to the ease of access to the Port of Paranaguá.<br />
All this helps us concentrate on the largest volume<br />
of products and reaching the largest number of suppliers,”<br />
highlights Director Macedo. In addition to the location,<br />
cargo transport was a significant factor in offering dynamic<br />
solutions for the shipping process. “Previously, we worked<br />
with rail, and today, we use trucks and outsourced shippers<br />
to carry out this work,” points out Director Macedo.<br />
46 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
Todos os pedidos feitos para a empresa saem do armazém<br />
pré-embarque, onde os produtos são recebidos,<br />
inspecionados e separados para a realização do envio. “É<br />
um processo simples, em que preparamos as documentações,<br />
cadastramos as identificações do lote no sistema,<br />
alocamos a madeira nos contêineres e enviamos para o<br />
porto”, elucida Felipe.<br />
Ronaldo Macedo, responsável de compras da MM Wood<br />
Brazil, é peça chave nessa operação. Com mais de 30 anos<br />
de experiência no mercado madeireiro, ele auxilia a empresa<br />
em todos os detalhes. “Minha trajetória na MM Wood Brazil<br />
iniciou em fevereiro de 2020, com o objetivo de fazer parte<br />
do crescimento e consolidação da empresa, com foco na<br />
exportação de produtos derivados de madeira”, descreve<br />
Ronaldo. Para o responsável de compras, a trajetória é sucesso.<br />
“O objetivo principal foi alcançado, mesmo diante<br />
dos obstáculos”, realça Ronaldo sobre o processo de crescimento<br />
mesmo em um período de Pandemia.<br />
MM Wood Brazil works with a minimum rotating stock<br />
to ensure the availability of products whenever ordered.<br />
However, the focus is on explicitly supplying each of their<br />
customers. “Today, we work on-demand, meeting orders<br />
according to the measurements and quantities requested<br />
by the customer, always starting with the minimum sales<br />
volume of 500 m3,” explains Director Macedo. And there<br />
are no barriers to the size of the sale. “The maximum order<br />
is as much as we can find in the market,” emphasizes the<br />
Director.<br />
Before an order is shipped, all products are received<br />
in a pre-shipment warehouse, inspected, and prepared for<br />
shipment. “It is a simple process, in which we prepare the<br />
documentation, register the identifications of the lot in the<br />
system, load the wood in the containers, and send them to<br />
the port,” explains Felipe.<br />
Ronaldo Macedo, Wood Buyer for MM Wood Brazil, is a<br />
key player in this operation. With over 30 years of experien-<br />
OUTUBRO 2021 47
PRINCIPAL<br />
MERCADO INTERNACIONAL<br />
A MM Wood Brazil está presente nos continentes da Ásia<br />
e Europa. No oriente a China representa o país com o maior<br />
número de compradores. Além da China, a empresa tem<br />
negócios na Índia e na Malásia. Na Europa está o principal<br />
cliente da empresa: a WMG, localizada no Chipre.<br />
Antonis Antoniadis, diretor da WMG na América do Sul,<br />
é o responsável pelas negociações entre a empresa cipriota<br />
e MM Wood Brazil. Antonis revela que a WMG sofreu com<br />
a falta de matéria-prima que afetou o mercado europeu em<br />
2020 e para não faltar com seus clientes, a empresa precisava<br />
encontrar novos fornecedores. O mercado brasileiro já era<br />
visto como uma oportunidade de expansão, pois a madeira<br />
produzida aqui atinge os padrões exigidos pelos clientes da<br />
empresa européia. “Há pouco menos de um ano iniciamos a<br />
importação da madeira brasileira e a MM Wood Brazil, não<br />
apenas abriu as portas do mercado brasileiro, mas também<br />
é uma grande colaboradora neste processo de expansão<br />
de compra”, elogia Antonis.<br />
A MM Wood Brazil celebra, mas não se contenta com<br />
os resultados já alcançados. Felipe Macedo externa que a<br />
exportadora já está preparando a expansão de suas atividades,<br />
agora para a América do Norte. “Em 2022 nossos<br />
planos são atingir o mercado dos EUA (Estados Unidos da<br />
América), mais precisamente o setor de cerca americana”,<br />
frisa Felipe. Ele apresenta o plano de implementação da<br />
operação em solo americano. “Nosso projeto é construir<br />
um armazém na Califórnia, onde já temos parceiros, levando<br />
para os clientes a madeira já nacionalizada e de acordo com<br />
os processos vigentes no país”, salienta Felipe.<br />
Alguns desafios surgem durante o trajeto e o principal<br />
deles, segundo Felipe, está relacionado à legislação nacional<br />
para a exportação, que demanda muito do exportador<br />
com procedimentos cada vez mais burocráticos. “O governo,<br />
diante de um crescimento do mercado, tem limitado<br />
muito as exportações de pinus e impõe novas regras de<br />
uma hora para a outra”, lamenta Felipe sobre a nova diretriz<br />
para exportação de madeira que supere 25 mm (milímetros)<br />
de espessura. Por outro lado, Ronaldo Macedo valoriza a<br />
importância da matéria-prima nacional. “Os processos realizados<br />
consistem em agregar melhores valores de venda para<br />
48 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021<br />
ce in the timber market, he assists the Company in every<br />
detail. “My career at MM Wood Brazil began in February<br />
2020, intending to be part of the Company’s growth and<br />
consolidation, focusing on the export of wood products,”<br />
describes Wood Buyer Macedo. For the Wood Buyer, so<br />
far, the trajectory has been a success. “The main goal was<br />
achieved, even in the face of obstacles,” the Wood Buyer<br />
said of the growth process even in a pandemic period.<br />
INTERNATIONAL MARKET<br />
MM Wood Brazil is present on the Asian and European<br />
continents. In the east, China represents the Country with<br />
the most significant number of importers. In addition to<br />
China, the Company exports to India and Malaysia. In Europe,<br />
the Company’s primary customer is WMG, located in<br />
Cyprus.<br />
Antonis Antoniadis, Director of WMG in South America,<br />
is responsible for the negotiations between the Cypriot<br />
company and MM Wood Brazil. WMG Director Antoniadis<br />
reveals that WMG suffered from the lack of raw material<br />
that affected the European market in 2020. Not to let down<br />
its customers, the Company needed to find new suppliers.<br />
The Brazilian market was already seen as an opportunity for<br />
expansion because the timber produced here met the standards<br />
required by the customers of the European company.<br />
“A little less than a year ago, we started importing Brazilian<br />
timber, and MM Wood Brazil not only opened the doors of<br />
the Brazilian market for us but is also a great collaborator in<br />
this process of expansion of our purchases,” extols WMG<br />
Director Antoniadis.<br />
MM Wood Brazil celebrates but is not content with the<br />
results already achieved. Director Macedo explains that<br />
his company is already preparing to expand its activities,<br />
now to North America. “In 2022, we plan to reach the U.S.<br />
market, more precisely the U.S. Fencing Sector,” says the<br />
Director. As such, the Company has plans to implement an
NOSSO PROJETO É<br />
CONSTRUIR UM<br />
ARMAZÉM NA CALIFÓRNIA,<br />
ONDE JÁ TEMOS PARCEIROS,<br />
LEVANDO PARA OS CLIENTES A<br />
MADEIRA JÁ NACIONALIZADA E<br />
DE ACORDO COM OS PROCESSOS<br />
VIGENTES NO PAÍS<br />
FELIPE MACEDO<br />
Carlos Queiroz, Daniela Bueno e Felipe Macedo,<br />
sócios-proprietários da MM Wood Brazil<br />
o produto, mesmo que isso exija investimentos pesados”,<br />
indica Ronaldo sobre as formas de melhorar os resultados.<br />
NOVOS HORIZONTES<br />
Outro desafio é superar as más impressões geradas no<br />
mercado internacional pelos concorrentes nacionais. “A madeira<br />
brasileira, com a qualidade que nós garantimos, tem<br />
aceitação excelente em países com muitos compradores,<br />
como China e Índia, mas o trabalho de menor qualidade<br />
de algumas empresas daqui atrapalha nossa atividade”,<br />
lamenta Felipe, que ainda revela como é importante manter<br />
critérios rígidos junto aos fornecedores da matéria-prima<br />
seja qual for o tipo de madeira. Madeiras nobres nativas,<br />
por exemplo, fazem parte dos planos de expansão dos<br />
negócios. “Já recebemos algumas propostas para trabalhar<br />
com a madeira que vem do norte do Brasil, que tem grande<br />
valor para o setor moveleiro. Essa é uma frente de negócios<br />
que pretendemos levar para o mercado norte-americano”,<br />
projeta Felipe.<br />
O crescimento da empresa vai para além da variedade<br />
de madeira comercializada e atinge o volume das exportações.<br />
A MM Wood Brazil exporta atualmente 5 mil m 3<br />
por mês e tem expectativa de ainda em 2021 triplicar essa<br />
quantidade. Para o ano de 2022 o objetivo é chegar a 23<br />
mil m 3 a cada 30 dias.<br />
Além de Felipe Macedo, a MM Wood Brazil conta com<br />
os sócios Carlos Queiroz e Daniela Bueno para atingir os<br />
objetivos traçados pela empresa.<br />
operation on U.S. soil. “Our project is to build a warehouse<br />
in California, where we already have relationships, providing<br />
customers with timber already nationalized according<br />
to the processes in force in that Country,” stresses the Director.<br />
There are several challenges along the way and the<br />
main one, according to Director Macedo, is related to<br />
Brazilian export legislation, which demands a lot from the<br />
exporter with increasingly more bureaucratic procedures.<br />
“The Government, in the face of market growth, has greatly<br />
limited pine exports and imposes new rules from one hour<br />
to the next,” laments the Director about the new guideline<br />
for exporting timber that exceeds 25 mm in thickness. But,<br />
on the other hand, Wood Buyer Macedo values the importance<br />
of the national raw material. “The processes carried<br />
out are to add better sales values to the product, even if<br />
they require heavy investments,” says the Wood Buyer of<br />
ways to improve results.<br />
NEW HORIZONS<br />
Another challenge is to overcome the wrong impressions<br />
generated in the international market by domestic<br />
competitors. “Brazilian timber, with the quality we guarantee,<br />
has an excellent acceptance in countries with many<br />
buyers, such as China and India. But the lower quality work<br />
by some Brazilian companies hinders our activity,” laments<br />
Director Macedo, who reveals how important it is to maintain<br />
strict criteria with raw material suppliers whatever the<br />
timber species. Native noble timber, for example, is already<br />
part of our business expansion plans. “Already, we have<br />
received several proposals to work with the timber from the<br />
north of Brazil, which has value for the Furniture Sector. This<br />
is a business front that we intend to take to the North American<br />
market,” says the Director.<br />
The Company’s growth counts on more than increasing<br />
the volume of exports and includes the variety of timber<br />
marketed. MM Wood Brazil currently exports 5 thousand<br />
m3 per month and expects to triple this amount by the end<br />
of 2021. For the year 2022, the goal is to reach 23 thousand<br />
m3 every 30 days.<br />
In addition to Partner Felipe Macedo, MM Wood Brazil<br />
counts on Partners Carlos Queiroz and Daniela Bueno to<br />
achieve the objectives set by the Company.<br />
OUTUBRO 2021 49
INDÚSTRIA<br />
OTIMISMO<br />
NO SETOR<br />
AVALIAÇÃO DA ACIMALL APONTA QUE<br />
PRIMEIRO SEMESTRE FOI MUITO POSITIVO<br />
DENTRO DO SETOR MOVELEIRO<br />
Fotos: divulgação<br />
50 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
O<br />
desenvolvimento da pandemia certamente<br />
impactou todas as tendências<br />
econômicas, incluindo as máquinas,<br />
ferramentas e equipamentos para marcenaria<br />
e produção de móveis. Essa<br />
tendência tem algumas peculiaridades, que foram<br />
claramente identificadas na análise do Gabinete de<br />
Estudos da ACIMALL (Italian Woodworking Machinery,<br />
and Tools Manufacturers Association - em inglês),<br />
por volta do primeiro semestre de 2021.<br />
No período de janeiro a junho de 2021, as encomendas<br />
de máquinas e ferramentas para móveis de<br />
madeira aumentaram 100,3% em relação ao mesmo<br />
semestre de 2020. A demanda dos mercados internacionais<br />
- reafirmando a tradicional vocação exportadora<br />
do setor - registrou aumento de 88,7%, enquanto<br />
o mercado doméstico foi ainda mais animado, com<br />
aumento de 190,8% nos pedidos.<br />
Esses resultados são bastante significativos, mas<br />
devemos considerar que eles se comparam ao primeiro<br />
semestre de 2020, ou seja, o período em que<br />
a pandemia da Covid 19 teve seu impacto mais forte<br />
em todo o sistema econômico e produtivo mundial.<br />
No entanto, essa tendência de crescimento é significativa,<br />
não apenas uma simples recuperação, mas<br />
uma expansão estrutural significativa.<br />
OUTUBRO 2021 51
INDÚSTRIA<br />
Em uma base semestral, o primeiro semestre de<br />
2021 mostrou uma tendência positiva em comparação<br />
com os seis meses anteriores, de julho a dezembro<br />
de 2020, com pedidos crescendo 42,2% (mais<br />
31,9% para a demanda internacional, mais 49,2% na<br />
Itália).<br />
“Esses números são animadores e nos ajudam a<br />
esquecer os problemas que temos vivido em nossa<br />
vida industrial e econômica. Se acrescentarmos que o<br />
período de janeiro a junho de 2021 registrou um crescimento<br />
de 40,2% em relação ao primeiro semestre<br />
de 2019, não podemos entender realmente que isso<br />
seja apenas uma recuperação”, disse Luigi De Vito,<br />
presidente da ACIMALL.<br />
A indústria de máquinas para móveis e madeira<br />
e a indústria de móveis superaram esta época muito<br />
difícil graças a sólidas fundações de engenharia,<br />
industrial, financeira e empresarial para apoiar o rali<br />
dos últimos meses. Este resultado também foi apoiado<br />
pelos incentivos do novo plano italiano 4.0 Transição<br />
e medidas semelhantes introduzidas em muitos<br />
países. A indústria italiana continua a oferecer uma<br />
tecnologia muito avançada, fruto da sua capacidade<br />
de inovar e de fazer negócios, que sempre distinguiu<br />
os jogadores do made in Italy (feito na Itália, em português).<br />
“Infelizmente, ainda existem algumas dúvidas sobre<br />
o futuro próximo, principalmente devido à escassez<br />
de matérias-primas, componentes e agregados.<br />
Essa situação está afetando negativamente o prazo<br />
de entrega dos materiais, problema que deve ser resolvido<br />
o mais rápido possível para conter a tendência<br />
de alta dos preços”, finalizou De Vito.<br />
ESSA SITUAÇÃO ESTÁ<br />
AFETANDO<br />
NEGATIVAMENTE O PRAZO DE<br />
ENTREGA DOS MATERIAIS,<br />
PROBLEMA QUE DEVE SER<br />
RESOLVIDO O MAIS RÁPIDO<br />
POSSÍVEL PARA CONTER A<br />
TENDÊNCIA DE ALTA DOS<br />
PREÇOS<br />
LUIGI DE VITO, PRESIDENTE DA ACIMALL<br />
52 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
QUÍMICA<br />
54 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
ATENÇÃO NA<br />
APLICAÇÃO<br />
BAMBU USADO NA DECORAÇÃO TAMBÉM DEVE PASSAR POR<br />
TRATAMENTO INDUSTRIAL PARA EVITAR DANOS EXTERNOS POR<br />
CUPINS E FUNGOS<br />
Fotos: divulgação<br />
OUTUBRO 2021 55
QUÍMICA<br />
Pergolados, painéis para piscinas, coberturas<br />
para área de lazer, móveis e mesmo<br />
paredes e telhados. O bambu tem<br />
uma série de aplicações na decoração<br />
e mesmo na construção civil, mas nem<br />
todos sabem que ele deve também passar por<br />
tratamento industrial com o objetivo de proteção<br />
contra cupins, fungos e outros agentes nocivos.<br />
O alerta é do pesquisador químico Jackson Vidal.<br />
“Assim como a madeira, o bambu, por ser um<br />
derivado celulósico, deve ser protegido contra o<br />
ataque de insetos xilófagos (que se alimentam da<br />
madeira) e de fungos apodrecedores para que sua<br />
durabilidade possa ser elevada. Para isso, deve receber<br />
os chamados preservantes, ou preservativos<br />
de madeira, por meio de tratamento industrial”,<br />
explica o especialista da Montana Química.<br />
Prático tanto para ambientes externos quanto<br />
internos, o bambu na decoração costuma receber<br />
56 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
muito contato humano. Por isso, não é qualquer<br />
preservante químico que deve ser utilizado, e<br />
consumidores devem exigir das empresas a comprovação<br />
de boas práticas adotadas nos seus tratamentos.<br />
“Em casos de materiais nos quais há maior<br />
contato físico com humanos, como estruturas,<br />
móveis e elementos expostos, o interessado deve<br />
questionar se o bambu, no caso, é protegido industrialmente<br />
com CCB (Borato de cobre cromatado).<br />
O elemento boro, que é o que atua como<br />
inseticida, tem baixíssima toxicidade às pessoas e<br />
aos animais domésticos, por isso, além de seguro,<br />
é considerado também como um agente ambientalmente<br />
amigável”, defende Vidal.<br />
O ELEMENTO<br />
BORO, QUE É O<br />
QUE ATUA COMO<br />
INSETICIDA, TEM<br />
BAIXÍSSIMA TOXICIDADE ÀS<br />
PESSOAS E AOS ANIMAIS<br />
DOMÉSTICOS, POR ISSO,<br />
ALÉM DE SEGURO, É<br />
CONSIDERADO TAMBÉM<br />
COMO UM AGENTE<br />
AMBIENTALMENTE<br />
AMIGÁVEL<br />
JACKSON VIDAL<br />
OUTUBRO 2021 57
QUÍMICA<br />
Uma opção para a aplicação nessas estruturas<br />
é um preservativo CCB óxido hidrossolúvel, introduzido<br />
na madeira pelo sistema de vácuo-pressão<br />
utilizando-se, para isso, de autoclaves. Após a<br />
aplicação, o produto reage quimicamente, aderindo-se<br />
às paredes das células da madeira, com baixíssima<br />
lixiviação (liberação após fixação). Por isso,<br />
não deixa resíduos superficiais pós-tratamento e,<br />
não exala vapores ou odores.<br />
ASSIM COMO A MADEIRA, O<br />
BAMBU, POR SER UM<br />
DERIVADO CELULÓSICO, DEVE SER<br />
PROTEGIDO CONTRA O ATAQUE DE<br />
INSETOS XILÓFAGOS (QUE SE<br />
ALIMENTAM DA MADEIRA) E DE<br />
FUNGOS APODRECEDORES PARA QUE<br />
SUA DURABILIDADE POSSA SER<br />
ELEVADA<br />
JACKSON VIDAL<br />
58 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
MADEIRA TRATADA<br />
POLO<br />
MADEIREIRO<br />
TELÊMACO BORBA NO<br />
PARANÁ É DESTAQUE<br />
NACIONAL NA<br />
PRODUÇÃO DE MADEIRA<br />
TRATADA E LIDEROU<br />
LEVANTAMENTO DO IBGE<br />
SOBRE O SETOR<br />
Fotos: divulgação<br />
60 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
OUTUBRO 2021 61
MADEIRA TRATADA<br />
O<br />
município de Telêmaco Borba, na região<br />
dos Campos Gerais no Paraná,<br />
foi um dos principais destaques da<br />
Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura<br />
do IBGE (Instituto Brasileiro de<br />
Geografia e Estatística). A pesquisa foi<br />
divulgada pela entidade em outubro e dá um panorama<br />
sobre a produção madeireira no Brasil.<br />
Telêmaco Borba foi o líder nacional em valor de<br />
produção da silvicultura com R$ 568 milhões gerados.<br />
Esse sucesso foi conseguido graças ao crescimento<br />
da produção de madeira em tora para papel e celulose<br />
(alta de 113% em comparação a 2019), principalmente<br />
a madeira oriunda do pinus.<br />
A segunda colocada no ranking foi a cidade de<br />
João Pinheiro, na região noroeste de Minas Gerais. O<br />
município apresentou grande destaque na produção<br />
de carvão vegetal e conseguiu em 2020 um valor de<br />
produção de R$ 479,8 milhões, equivalente a um crescimento<br />
de 93,5%.<br />
Entre os Estados, Minas Gerais aparece na liderança<br />
com R$ 6 bilhões de valor de produção, seguido<br />
pelo Paraná com R$ 4,78. O estado da Rregião<br />
sul foi quem mais cresceu nesse índice com alta de<br />
34,8% em relação a 2019.<br />
O Paraná ainda foi o estado que mais colocou<br />
municípios entre os 20 maiores valores de produção<br />
do setor madeireiro no Brasil. Além de Telêmaco Borba,<br />
General Carneiro, Cruz Machado, Reserva, Inácio<br />
Martins, Sengés, Bituruna e Cerro Azul também aparecem<br />
com destaque no ranking.<br />
A silvicultura contribuiu em 2020 com 79,8% (R$<br />
18,8 bilhões) do valor da produção florestal (R$ 23,6<br />
bilhões), com crescimento de 21,3% em relação a<br />
2019. O levantamento ainda mostrou que a área de<br />
floresta plantada no país soma 9,6 milhões de ha<br />
(hectares), sendo que eucalipto (7,4 milhões de ha)<br />
e pinus (1,8 milhão de ha) lideram entre as espécies<br />
mais cultivadas.<br />
Geograficamente, a maior parte das áreas cultivadas<br />
de eucaliptos estão na região sudeste (44,3%), o<br />
pinus está de forma ainda mais dominante na região<br />
sul (84,6%).<br />
PRODUTO EXPORTAÇÃO<br />
Grande parte desses bons números no setor madeireiro<br />
se deu graças as exportações de celulose<br />
para o mercado internacional.<br />
Segundo dados da SECEX (Secretaria de Comércio<br />
Exterior) do Ministério da Economia, a celulose foi<br />
o sétimo item mais exportado pelo Brasil em 2020,<br />
sendo responsável por 2,9% de todos os embarques<br />
feito pelo país.<br />
Esses números são ainda mais comemorados,<br />
porque em 2019 o setor registrou queda nas exportações<br />
(14,2%), mas conseguiu uma alta de 10,7% em<br />
2020, com um valor de produção de R$ 5,8 bilhões,<br />
impulsionado pelo câmbio favorável.<br />
TELÊMACO BORBA FOI<br />
O LÍDER NACIONAL EM<br />
VALOR DE PRODUÇÃO DA<br />
SILVICULTURA COM R$ 568<br />
MILHÕES GERADOS<br />
62 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
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OUTUBRO 2021 63
SETORIAL<br />
ESTADO DE<br />
ALERTA<br />
IBAMA (PA) NÃO CONSEGUE<br />
AUTORIZAR EXPORTAÇÕES DE FORMA<br />
ÁGIL E PREJUÍZOS BILIONÁRIOS SE<br />
ACUMULAM NO SETOR<br />
Fotos: divulgação<br />
64 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
As exportações de madeira estão paradas<br />
há, pelo menos, 90 dias no Pará.<br />
Praticamente nenhuma carga saiu do<br />
Estado para o exterior e centenas de<br />
contêineres carregados se acumulam<br />
nos portos e até mesmo nos pátios de outras dezenas<br />
de empresas.<br />
O cenário é trágico, mas o pior de tudo é que não<br />
é possível afirmar quando a situação se resolverá, restando<br />
um mar de indefinições e profunda crise para<br />
todo um setor econômico. A única certeza é que, se<br />
nada for feito, o atual cenário pode ser irreversível.<br />
O grande entrave, que vem causando todo esse<br />
transtorno, decorre das emissões de um documento<br />
chamado Autorização de Exportação por parte do<br />
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos<br />
Recursos Naturais Renováveis) sediado no Pará.<br />
Durante todo esse período, o órgão ambiental<br />
não está conseguindo dar vazão aos diversos pedidos<br />
de exportação que chegam, pois não tem estrutura física<br />
e de pessoal, assim como não há um sistema ágil<br />
OUTUBRO 2021 65
SETORIAL<br />
e integrado onde esses pedidos podem ser realizados.<br />
E a cada dia, novos pedidos de autorização chegam,<br />
criando um gargalo difícil de se resolver. Esse é<br />
um dos entraves estruturais que o Brasil vive e não é<br />
de hoje que o problema existe. “Estamos literalmente<br />
parados. Nossa carga está totalmente legalizada,<br />
estocada e aguardando apenas esse único documento<br />
para ser enviada aos compradores internacionais.<br />
Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance<br />
para tentar solucionar, mas é uma situação que já<br />
independe de nós. Podemos mensurar os prejuízos<br />
financeiros, sociais, mas há também um dano à imagem<br />
enquanto Estado exportador que não sabemos<br />
como repercutirá e nem mesmo se conseguiremos<br />
ESTAMOS FAZENDO<br />
TUDO QUE ESTÁ AO<br />
NOSSO ALCANCE PARA TENTAR<br />
SOLUCIONAR, MAS É UMA<br />
SITUAÇÃO QUE JÁ INDEPENDE<br />
DE NÓS<br />
EDUARDO LEÃO, DIRETOR<br />
EXECUTIVO DA AIMEX<br />
retomar”, acrescenta Eduardo Leão, diretor executivo<br />
da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de<br />
Madeira do Estado do Pará).<br />
DESUSO<br />
A Autorização de Exportação é um antigo documento<br />
existente entre os necessários à exportação,<br />
que se tornou um instrumento ultrapassado e desnecessário<br />
após a criação do Documento de Origem<br />
Florestal Exportação, que o substituiu fazendo o<br />
controle eletrônico das cargas e ainda de forma integrada<br />
ao Siscomex, o Sistema de Comércio Exterior,<br />
do Governo Federal.<br />
No entanto, em maio desse ano, uma decisão do<br />
STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a volta<br />
da exigência do certificado para a exportação.<br />
Como se trata de um procedimento obsoleto e<br />
realizado de forma manual, incidindo sobre todas as<br />
cargas, o IBAMA não possui estrutura para atender<br />
toda essa demanda, com sistemas não preparados e<br />
falta de procedimentos para sua elaboração, o que<br />
culminou no acúmulo de produtos em contêineres<br />
nos pátios dos portos, custos adicionais de armazenamento<br />
e a queda abrupta nas exportações e receita.<br />
“O que questionamos não é a decisão do STF. Ela<br />
está em vigor e deve ser cumprida, mas é extremamente<br />
urgente que se encontre meios também de<br />
não prejudicar toda uma cadeia produtiva, que emprega<br />
milhares de pessoas e contribui com milhões<br />
de reais para a economia do Estado. Aliás, um setor<br />
que atua de forma sustentável e dentro da legalidade,<br />
mas que foi atingido duramente de uma hora<br />
para outra e cuja resolução do problema já está fora<br />
de nossas mãos”, afirma Eduardo Leão.<br />
66 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
UM SETOR QUE ATUA<br />
DE FORMA<br />
SUSTENTÁVEL E DENTRO DA<br />
LEGALIDADE, MAS QUE FOI<br />
ATINGIDO DURAMENTE DE<br />
UMA HORA PARA OUTRA E<br />
CUJA RESOLUÇÃO DO<br />
PROBLEMA JÁ ESTÁ FORA DE<br />
NOSSAS MÃOS<br />
EDUARDO LEÃO<br />
SITUAÇÃO PODE SER IRREVERSÍVEL<br />
Nos 90 dias em que já dura o atraso na concessão<br />
das autorizações de exportação, o setor calcula prejuízos<br />
bilionários. Estima-se que há mais de mil contêineres<br />
carregados nos portos, o que ainda gera o<br />
pagamento diário de armazenamento, ou no próprio<br />
pátio das empresas. Enquanto isso, muitos clientes<br />
no exterior já cancelaram contratos, representando<br />
um dano à imagem do Pará no comércio exterior que<br />
ainda nem é possível estimar.<br />
Essa paralisia pode trazer prejuízos que chegam a<br />
R$ 1 bilhão. Centenas de empresas paraenses já concederam<br />
férias coletivas aos seus funcionários e, em<br />
caso de persistência da situação, o próximo passo é<br />
iniciar um processo de demissões em massa e fechamento<br />
de empresas.<br />
A solução correta ainda seria concentrar o controle<br />
no DOF Exportação, pois ele foi criado para isso e<br />
é um instrumento em pleno funcionamento, porém,<br />
caso persista a decisão judicial, é preciso urgentemente<br />
que o IBAMA unifique esse procedimento em<br />
um sistema ágil e que funcione corretamente, além<br />
de padronizar o rito de análise, para que seja transparente<br />
e seguro e garanta a exportação dos produtos<br />
madeireiros.<br />
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OUTUBRO 2021 67
MERCADO<br />
EXPORTAÇÕES<br />
EM ALTA<br />
68 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
FECHAMENTO DO 1º SEMESTRE<br />
DE 2021 REVELA FORTE<br />
RECUPERAÇÃO DA INDÚSTRIA<br />
MOVELEIRA FRENTE IGUAL<br />
PERÍODO NO ANO PASSADO<br />
Fotos: divulgação<br />
OUTUBRO 2021 69
MERCADO<br />
E<br />
nquanto olhares de diversas áreas e de<br />
diferentes partes do mundo se voltam ao<br />
mercado moveleiro em virtude da edição<br />
especial de retomada do maior evento<br />
do setor no planeta, o Salone del Mobile<br />
Milano, o IEMI (Inteligência de Mercado) lança a versão<br />
atualizada da “Conjuntura de Móveis”, relatório<br />
mensal encomendado pela ABIMÓVEL (Associação<br />
Brasileira das Indústrias do Mobiliário).<br />
Trazendo os dados gerais do fechamento do<br />
primeiro semestre de 2021, tanto na indústria quanto<br />
no varejo de móveis no Brasil, a última Conjuntura<br />
revela leve recuo na produção moveleira no mês de<br />
junho, quando foram produzidas cerca de 31,3 milhões<br />
de peças.<br />
Apesar de representar uma queda de -1,2% em<br />
relação ao mês anterior, porém, tal número mantém-<br />
-se acima da casa dos 30 milhões, considerado um<br />
desempenho significativo para a indústria de móveis<br />
nacional. Com isso, o acumulado do primeiro semestre,<br />
ou seja, de janeiro a junho deste ano, somou<br />
crescimento de +31,7% em comparação com o mesmo<br />
período no ano passado. Resultado superior ao<br />
acumulado até o mês de maio (+29,5%), apontando<br />
consistência na indústria moveleira, que alcançou<br />
receita de R$ 6,6 bilhões em junho: recuo de -0,3%<br />
sobre o mês anterior e alta expressiva de +72,1% no<br />
acumulado do ano frente aos resultados do primeiro<br />
semestre de 2020, considerando a situação delicada<br />
vivenciada pela indústria durante a primeira onda da<br />
pandemia no Brasil.<br />
Por falar em valores, é importante ressaltar<br />
também o preço médio de produção de móveis no<br />
período, que foi de R$ 211,50 por peça em junho de<br />
2021: aumento de +0,9% em relação ao mês anterior<br />
e de +9,7% no ano.<br />
70 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
INDICADORES NA INDÚSTRIA<br />
Outros importantes indicadores na indústria se<br />
dão em relação à produtividade e ao emprego, com<br />
o último crescendo +0,3% no mês de junho sobre<br />
maio. Já no acumulado do ano houve aumento de<br />
+7,4% no volume de vagas ocupadas na indústria de<br />
móveis quando comparado com o mesmo período<br />
do ano anterior.<br />
O número de horas trabalhadas também foi<br />
maior em junho, tanto frente a maio do mesmo ano<br />
(+0,7%) quanto na comparação com o acumulado no<br />
primeiro semestre de 2020 (+21,7%). A produtividade<br />
do trabalho, no entanto, vivenciou queda de -1,9%<br />
na comparação mês a mês e de -3,7% comparando-<br />
-se os primeiros seis meses deste ano aos do ano<br />
passado.<br />
Quando o assunto é o investimento no chão de<br />
fábrica, porém, as importações de máquinas para fabricação<br />
de móveis apresentaram evolução positiva<br />
de +76,6% no acumulado do ano em relação a igual<br />
período de 2020. Com segmentos — tal qual o de<br />
máquinas para fender, seccionar ou desenrolar —<br />
passando dos +300% de ampliação. Ótimo indicativo<br />
para o futuro da indústria moveleira, que investe em<br />
OS PREÇOS NACIONAIS<br />
DE MOBILIÁRIO<br />
APRESENTARAM AUMENTO DE<br />
-0,66% EM JULHO DE 2021<br />
FRENTE AO MÊS ANTERIOR. NO<br />
ANO, O ÍNDICE ACUMULA UM<br />
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OUTUBRO 2021 71
MERCADO<br />
tecnologia e atualização para atender com qualidade<br />
ao mercado nacional e também competir com eficiência<br />
no mercado global.<br />
INDICADORES NO VAREJO<br />
Por falar em atender à demanda de mercado,<br />
aliás, as vendas de móveis no Brasil caíram -3,9% em<br />
volume em junho de 2021 na comparação com o<br />
mês anterior. No acumulado do ano, contudo, o índice<br />
continua demonstrando avanço, com aumento<br />
de +17,5% no primeiro semestre de 2021 sobre igual<br />
semestre em 2020 e de +22,1% no acumulado dos<br />
últimos 12 meses (junho 2020 - junho 2021).<br />
Quando falamos em receita, as vendas de móveis<br />
no varejo somaram R$ 8,6 milhões em junho de 2021.<br />
Mais um recuo na comparação mês a mês (-3,6%),<br />
mas com crescimento tanto no acumulado do ano<br />
(+11,3%) quanto em 12 meses (+23,3%).<br />
Para fins de contextualização, tendo por análise<br />
O ACUMULADO DO<br />
PRIMEIRO SEMESTRE,<br />
OU SEJA, DE JANEIRO A JUNHO<br />
DESTE ANO, SOMOU<br />
CRESCIMENTO DE +31,7% EM<br />
COMPARAÇÃO COM O MESMO<br />
PERÍODO NO ANO PASSADO<br />
72 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
o comportamento do varejo tanto em volume de<br />
peças quanto em receita, observa-se crescimento<br />
em toda a região sul do Brasil; enquanto no Sudeste<br />
nota-se tendência de decrescimento na variação<br />
mensal.<br />
PREÇO E INFLAÇÃO<br />
O preço médio dos móveis no varejo foi de R$<br />
210,59 por peça em junho de 2021, declínio de -0,2%<br />
frente ao mês anterior. Já no mês seguinte, em julho,<br />
o preço médio voltou a crescer, subindo +0,7%<br />
na comparação com junho e chegando a R$ 211,98<br />
por peça. O preço médio dos colchões no varejo<br />
também seguiu trajetória similar, indo de R$ 559 por<br />
peça em junho de 2020 (recuo de -7,6% em relação<br />
a maio) para R$ 560 por peça em julho (+0,2% em<br />
julho sobre junho).<br />
Segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor<br />
Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia<br />
e Estatística), os preços nacionais de mobiliário<br />
apresentaram aumento de -0,66% em julho de 2021<br />
frente ao mês anterior. No ano, o índice acumula um<br />
crescimento de +5,66% no varejo.<br />
OUTUBRO 2021 73
ARTIGO<br />
O GERENCIAMENTO DE<br />
PROJETOS APLICADOS<br />
À INDÚSTRIA<br />
Fotos: divulgação<br />
ESTRUTURAÇÃO DE UMA EQUIPE CAPACITADA E<br />
DIRECIONADA PASSA POR PROCEDIMENTOS E<br />
METODOLOGIAS PARA ELABORAÇÃO, PLANEJAMENTO<br />
E EXECUÇÃO DE PROJETOS<br />
MARCELO SINOTT SILVA<br />
ENGENHEIRO MECÂNICO (UNIVERSIDADE FEDERAL<br />
DO RIO GRANDE - FURG - 2012). ESPECIALISTA EM<br />
ENGENHARIA E GERENCIAMENTO DE MANUTENÇÃO<br />
(UNIVERSIDADE CÂNDIDO MÊNDES – UCAM/<br />
PROMINAS – 2017). ESPECIALISTA MBA EXECUTIVO EM<br />
GERENCIAMENTO DE PROJETOS (FACULDADE ÚNICA<br />
DE IPATINGA – 2019)<br />
74 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
RESUMO<br />
O<br />
objetivo deste estudo é avaliar a importância,<br />
para as empresas modernas<br />
inseridas em um mercado competitivo<br />
e globalizado, da estruturação de<br />
uma equipe de projetos capacitada<br />
e direcionada por um procedimento e metodologias<br />
padronizadas para elaboração, planejamento e execução<br />
de novos investimentos em quaisquer níveis de<br />
grandeza; analisar a necessidade e o papel do gerente<br />
de projetos e de sua qualificação para o desempenho<br />
deste cargo. Para isso, o artigo cita quais são os conhecimentos<br />
básicos e necessários à equipe envolvida<br />
em projetos e analisa as diferenças dos processos de<br />
definição de projetos entre empresas de pequeno porte<br />
e grandes corporações. Para tal estudo, utilizou-se a<br />
fundamentação em publicações e textos consagrados<br />
tais como: PMBOK (2013); Camargo (2014); Vargas<br />
(2016); ABNT (2000); Costa & Ramos (2013). Por fim o<br />
estudo se torna uma justificativa para a necessidade de<br />
equipes de projeto bem qualificadas e atuando especificamente<br />
neste fim, dentro de empresas que buscam<br />
resultados mais objetivos em seus investimentos com<br />
custo e prazo bem definidos.<br />
Palavras-chave: Projeto; Gerenciamento; Indústria.<br />
OUTUBRO 2021 75
ARTIGO<br />
INTRODUÇÃO<br />
O gerenciamento de projetos se tornou destaque<br />
no meio empresarial atual, especialmente em função<br />
das mudanças inseridas pela tecnologia e a globalização.<br />
Neste cenário mais competitivo e exigente, para<br />
se tornar destaque em seu ramo de atuação, as empresas<br />
voltam seus olhares e investem em projetos bem<br />
gerenciados a fim de atingir seu público alvo ou cliente<br />
e consumidores de forma mais expressiva. Reforçando<br />
esta ideia, o PMBOK (2013, p.10) refere-se à importância<br />
dos projetos no plano estratégico das empresas<br />
da seguinte forma: “Os projetos são frequentemente<br />
utilizados como um meio de direta ou indiretamente<br />
alcançar os objetivos do plano estratégico de uma organização”.<br />
Ainda segundo o PMBOK (2013, p.5), “Gerenciamento<br />
de projetos é a aplicação do conhecimento,<br />
habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do<br />
projeto para atender aos seus requisitos”, o que leva<br />
a destacar a necessidade de profissionais bem qualificados<br />
e habilitados nas técnicas de gerenciamento e<br />
desenvolvimento de projetos dentro das organizações,<br />
a fim de focar os recursos disponibilizados pela organização<br />
nos seus objetivos e metas concretas, visando o<br />
aumento da lucratividade de seus produtos e a competitividade<br />
em seu meio de atuação.<br />
É importante salientar que, neste ambiente empresarial<br />
competitivo, uma equipe de gerenciamento de<br />
projetos bem qualificada e estruturada deverá focar<br />
nos mínimos recursos e menor tempo hábil para atingir<br />
os objetivos e metas da empresa de forma efetiva e<br />
lucrativa. Estes princípios, segundo Camargo (2014,<br />
p.17), devem ser padronizados na forma de um procedimento<br />
de projeto, para se tornarem mais consistentes<br />
tanto para projetos de grande porte quanto para<br />
pequenos escopos de desenvolvimento.<br />
Assim, o objetivo principal deste estudo é analisar<br />
a importância, para as empresas modernas inseridas<br />
em um mercado competitivo e globalizado, da estruturação<br />
de uma equipe de projetos bem capacitada e<br />
direcionada por um procedimento e metodologias padronizadas<br />
para elaboração, planejamento e execução<br />
de novos investimentos em quaisquer níveis de grandeza.<br />
Para tal estudo, utilizou-se a fundamentação em<br />
publicações e textos consagrados tais como: PMBOK<br />
(2013); Camargo (2014); Vargas (2016); ABNT (2000);<br />
Costa & Ramos (2013). Complementando o estudo, é<br />
evidenciada a análise do próprio autor que atua em<br />
uma indústria do ramo de alimentos a qual possui uma<br />
estrutura para novos projetos, consolidada e atuante.<br />
DESENVOLVIMENTO<br />
De acordo com PMBOK (2013, p.3), “Projeto é um<br />
esforço temporário empreendido para criar um produto,<br />
serviço ou resultado exclusivo. A natureza tempo-<br />
rária dos projetos indica que eles têm um início e um<br />
término definidos”. Um projeto pode ser exemplificado<br />
como o desenvolvimento de um novo produto ou<br />
serviço; a mudança na estrutura de um processo; a implantação<br />
ou modificação de um sistema de informação;<br />
o desenvolvimento de um trabalho de pesquisa e<br />
análise de resultados; a construção de prédios, plantas<br />
industriais, máquinas e equipamentos; melhorias ou<br />
implementação de processos, entre outros. De acordo<br />
com a ABNT (2000, p. 2):<br />
Projeto é um processo único, consistindo de um<br />
grupo de atividades coordenadas e controladas com<br />
datas para início e término, empreendido para alcance<br />
de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo<br />
limitações de tempo, custo e recursos.<br />
Desta forma, um projeto envolve todo o esforço de<br />
criação de bens, serviços, melhorias ou resultados com<br />
um objetivo específico e uma finalidade bem definida,<br />
respeitando de forma indissociável o seu ciclo de vida,<br />
custo, tempo e recursos.<br />
No cenário atual, gerenciar projetos de forma adequada<br />
nas empresas tornou-se a diferença entre organizações<br />
bem gerenciadas e estruturadas e aquelas<br />
que acabam sucumbindo e perdendo espaço dentro<br />
do seu próprio mercado de atuação. Assim, obter resultados<br />
rápidos e precisos em cada novo investimento<br />
tornou-se vital para as empresas que passaram a apostar<br />
cada vez mais na qualificação dos seus gerentes e<br />
na padronização dos seus procedimentos de projetos.<br />
Esta visão é resumida por Costa & Ramos (2013, p.<br />
234):<br />
A gestão de projetos provê às organizações uma<br />
gama de processos gerenciais para sobreviver num<br />
cenário de competição acirrada e escassez de recur-<br />
A MATURIDADE NAS<br />
QUESTÕES REFERENTES<br />
À GESTÃO DE PROJETOS,<br />
ENTRETANTO, É TEMA<br />
DELICADO NO MEIO<br />
EMPRESARIAL GERANDO<br />
INCLUSIVE ESTUDOS<br />
ESPECÍFICOS DE ESPECIALISTAS<br />
NO ASSUNTO<br />
76 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
sos. Por serem complexos, a maioria dos projetos<br />
requer um efetivo gerenciamento de projetos durante<br />
todo seu ciclo de vida. Buscar um aumento do nível<br />
de maturidade em gestão de projetos tem sido uma<br />
preocupação frequente das organizações que buscam<br />
atuar de uma forma integrada e promover a cultura de<br />
gestão de projetos.<br />
A maturidade nas questões referentes à gestão<br />
de projetos, entretanto, é tema delicado no meio<br />
empresarial gerando inclusive estudos específicos de<br />
especialistas no assunto que, em alguns casos, desenvolveram<br />
modelos para facilitar a implementação e padronização<br />
do gerenciamento de projetos para toda a<br />
organização. Isto se dá também porque a evolução da<br />
gestão de projetos de uma empresa envolve decisões<br />
em níveis hierárquicos superiores como: mudança na<br />
estrutura de trabalho dentro dos setores, nas normas<br />
de conduta, no direcionamento da busca por profissionais<br />
especialistas na área e até na adequação física das<br />
áreas de trabalho existentes.<br />
É possível afirmar que a escolha de profissionais<br />
com competência e conhecimento para assumir a<br />
gerência de projetos em um setor ou na organização<br />
como um todo, é o passo principal para essa mudança<br />
de visão das empresas em direção a uma estrutura<br />
sólida e bem-organizada, integrando e centralizando<br />
os conhecimentos necessários para atingir os objetivos<br />
propostos por cada novo investimento. Segundo Camargo<br />
(2014, p.37):<br />
Uma das funções principais do gerente de projeto<br />
é integrar as diferentes áreas de conhecimento do projeto.<br />
A integração consiste na coordenação do projeto<br />
para que as áreas de conhecimento formem um todo<br />
coeso. Os prazos, por exemplo, precisam estar integrados<br />
com o escopo e custo; já os riscos, precisam estar<br />
integrados com praticamente todas as áreas do projeto<br />
– e assim por diante.<br />
Além do papel principal do gerente de projetos,<br />
uma equipe coesa e bem estruturada é fundamental<br />
para o desenvolvimento dos projetos. Todo e qualquer<br />
projeto é melhor desenvolvido quando é fruto de um<br />
esforço em equipe, de uma união de conhecimentos<br />
específicos relacionados ao objetivo comum de cada<br />
investimento. E quando se fala em esforço comum,<br />
não estaríamos falando apenas do trabalho da equipe<br />
de projetos mas também de todas as partes envolvidas<br />
incluindo o cliente e os gerentes da organização<br />
que devem se tornar facilitadores, seja como fontes<br />
de recursos ou de informações que beneficiem os resultados<br />
do empreendimento. De acordo com Vargas<br />
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OUTUBRO 2021 77
ARTIGO<br />
O GERENCIAMENTO DE<br />
PROJETOS SE TORNOU<br />
DESTAQUE NO MEIO EMPRESARIAL<br />
ATUAL, ESPECIALMENTE EM<br />
FUNÇÃO DAS MUDANÇAS INSERIDAS<br />
PELA TECNOLOGIA E A<br />
GLOBALIZAÇÃO<br />
(2016), não se pode afirmar que um gerenciamento de<br />
projetos é de fato algo revolucionário, mas é sim uma<br />
forma bem-organizada de trabalhar com um cenário<br />
dinâmico e complexo. Este dinamismo e complexidade<br />
reforçam a necessidade do trabalho em equipe e de<br />
envolvimento constante de todas as partes relacionadas<br />
ao projeto.<br />
O gerente faz parte desta equipe de execução, porém<br />
cada membro possui função e importância específica<br />
em cada etapa de desenvolvimento do projeto.<br />
Segundo PMBOK (2013, p.35):<br />
Essa equipe é composta de pessoas de grupos diferentes,<br />
com conhecimento de um assunto específico<br />
ou habilidades específicas para a execução do trabalho<br />
do projeto. A estrutura e características de uma equipe<br />
de projeto podem variar muito, mas uma característica<br />
constante é o papel do gerente de projetos como líder<br />
da equipe, independentemente do grau de autoridade<br />
que ele possa ter sobre os seus membros.<br />
Entretanto, trazendo para a realidade das empresas,<br />
é evidente a necessidade de se ter uma equipe<br />
com conhecimentos específicos na área de gerenciamento<br />
e desenvolvimento de projetos, não basta<br />
eleger um administrador e colaboradores aleatoriamente<br />
para cumprirem estes papeis sem possuírem um<br />
treinamento que os permitam elaborar e controlar de<br />
forma satisfatória os elementos básicos de um plano<br />
de gerenciamento de projetos.<br />
É preciso salientar ainda que a necessidade de produção<br />
constante em função da competitividade global<br />
existente em qualquer ramo de atuação das indústrias<br />
faz com que as organizações visem produzir cada vez<br />
mais, evitando paradas desnecessárias de produção.<br />
Citando um exemplo, nos casos em que as fábricas<br />
rodam em turnos trabalhando sem parar de forma a<br />
manter volumes de produção constantes, discutir mudanças<br />
em seus processos que exijam paradas produtivas<br />
se torna um assunto bastante delicado. Neste ambiente<br />
os gestores dos projetos precisam analisar com<br />
bastante precisão todas as variáveis do processo de<br />
implantação, estarem em sintonia com os cronogramas<br />
de produção e evitarem desvios no planejamento do<br />
projeto pois quaisquer atrasos e falhas nos cronogramas<br />
de implantação inevitavelmente podem retornar<br />
em custo para a empresa. Neste e na maioria dos casos,<br />
uma equipe de projetos bem qualificada e treinada,<br />
seguindo um plano de gerenciamento padronizado<br />
e bem estruturado, consegue manter mais facilmente<br />
um volume de resultados mais eficientes e um índice<br />
de sucesso mais constante nos investimentos.<br />
Entre os conhecimentos específicos e necessários<br />
a uma equipe de projetos, que devem fazer parte do<br />
plano de gerenciamento de projetos, mas que também<br />
comprovam a necessidade de qualificação para a atuação<br />
nestas funções, Camargo (2014) descreve como<br />
segue: saber elaborar um escopo com o detalhamento<br />
específico das necessidade e os limites de atuação e<br />
o alcance real do projeto; estabelecer um cronograma<br />
detalhado que identifique cada etapa de planejamento,<br />
desenvolvimento e conclusão do projeto evidenciando<br />
o tempo necessário para o cumprimento de<br />
cada fase do seu ciclo de vida; prever e gerenciar o<br />
custo, antes, durante e depois do desenvolvimento<br />
do projeto de forma precisa, considerando todas as<br />
possibilidades de desvios e incertezas; saber utilizar<br />
as ferramentas de gerenciamento da qualidade de<br />
forma a monitorar o andamento e o cumprimento de<br />
cada etapa do projeto descritas no escopo; delegar as<br />
funções e organizar os recursos humanos disponíveis<br />
para o melhor aproveitamento da equipe no desenvolvimento<br />
do projeto; estabelecer as melhores formas de<br />
comunicação entre os membros da equipe e as melhores<br />
formas de apresentar relatórios às partes interessadas<br />
e gerentes sobre o desenvolvimento do projeto;<br />
identificar, prever e analisar os riscos de cada etapa<br />
do projeto, utilizando ferramentas específicas para<br />
monitorá-los. Além disso, um profissional qualificado<br />
em projetos deverá possuir a capacidade de estudar e<br />
apresentar uma análise prévia das implantações e investimentos,<br />
repassando ao cliente a viabilidade técnica,<br />
operacional, financeira, legal, ambiental e etc., para<br />
que seja analisada e aprovada antes mesmo do início<br />
de qualquer etapa do projeto.<br />
O PMBOK (2013, p.11), define ainda a função específica<br />
de escritórios de gerenciamento de projeto (sigla<br />
em inglês – PMO) como sendo:<br />
[…] uma estrutura organizacional que padroniza os<br />
processos de governança relacionados a projetos, e<br />
facilita o compartilhamento de recursos, metodologias,<br />
ferramentas, e técnicas. As responsabilidades de um<br />
PMO podem variar, desde o fornecimento de funções<br />
de apoio ao gerenciamento de projetos até a responsabilidade<br />
real pelo gerenciamento direto de um ou<br />
mais projetos.<br />
78 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2021
Estes escritórios geralmente unem as informações<br />
de diversos projetos de forma a direcionar e priorizar<br />
conforme as necessidades mais urgentes e atuais da<br />
empresa. Tem também papel fundamental no ciclo<br />
de vida e encerramento dos projetos. Assim, manter<br />
um escritório de projetos quando se trata de grandes<br />
corporações e diversos projetos simultâneos pode ser<br />
uma estratégia mais eficiente, dando suporte e direcionando-os<br />
aos objetivos globais da empresa.<br />
Em grandes corporações, geralmente os processos<br />
de aprovações dos projetos são mais demorados,<br />
exigem diversas análises por comitês, gerentes e<br />
gestores. Neste meio, o planejamento de cada etapa<br />
dos projetos deve ser mais criterioso e detalhado de<br />
forma que se mantenha o controle constante. O papel<br />
do gestor de projetos nesse caso, é fundamental e<br />
decisivo, atuando não só na coordenação do plano de<br />
gerenciamento do projeto, mas também como intermediador<br />
entre as necessidades dos clientes ou gerentes<br />
e a atuação da equipe de projetos.<br />
Por outro lado, em empresas menores, os processos<br />
e o tempo de aprovação e execução dos projetos<br />
costumam ser mais ágeis e menos burocráticos e o<br />
papel do gerente de projetos acaba sendo multifuncional,<br />
utilizando não só os conhecimentos específicos<br />
para a elaboração do plano de gerenciamento dos<br />
projetos como também atuando na execução, controle<br />
da qualidade, custo, tempo e, muitas vezes, também<br />
na intermediação entre a equipe de projetos e o cliente.<br />
Em função do volume reduzido de mão de obra<br />
disponível, costuma-se, em empresas menores, utilizar<br />
uma mesma equipe para diversos projetos simultâneos<br />
o que deve ser analisado com cautela pois pode se<br />
tornar um equívoco quando este excesso puder afetar<br />
a qualidade ou o prazo de execução.<br />
CONCLUSÃO<br />
Com a competitividade global presente em todos<br />
os ramos de atuação das empresas modernas, pensar<br />
em investir para mudar seus produtos, ampliar ou modificar<br />
seus processos é assunto delicado que exige<br />
necessariamente um estudo aprofundado, mas especialmente<br />
um planejamento bem estruturado para que<br />
se alcance o resultado esperado.<br />
O presente estudo permitiu observar a necessidade<br />
de se possuir equipes bem qualificadas, bem gerenciadas<br />
e dedicadas aos assuntos de projeto. Seja em empresas<br />
de pequeno porte onde as decisões gerenciais<br />
são tomadas de forma mais rápida e objetivas, ou em<br />
grandes corporações onde cada mudança geralmente<br />
é fruto de decisões corporativas e mais burocráticas,<br />
formar uma equipe e aplicar os conhecimentos de<br />
gerenciamento de projetos de forma adequada é essencial.<br />
Todos os autores utilizados como referência para<br />
este estudo concluem de forma objetiva e inegável<br />
que existe uma direta relação entre a formação e o<br />
conhecimento dos profissionais de gerenciamento de<br />
projetos com a eficiência e o desempenho de cada implantação<br />
ou investimento. Ou seja, a taxa de sucesso<br />
do escopo proposto, a qualidade dos resultados e o<br />
cumprimento dos prazos dentro do custo estimado,<br />
está diretamente relacionado à capacidade dos profissionais<br />
de gerenciarem adequadamente os seus<br />
projetos. Utilizar técnicas adequadas e ferramentas<br />
eficientes, juntamente com uma equipe bem qualificada<br />
é, sem dúvida, o melhor caminho para se atingir os<br />
objetivos dos projetos de forma efetiva.<br />
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OUTUBRO 2021 79
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2021/2022<br />
NOVEMBRO<br />
3 A 5<br />
MAIO<br />
24 A 26 DE 2022<br />
SETEMBRO<br />
10 A 12 DE 2022<br />
EXPOCORMA 2021<br />
LOCAL: CONCEPCIÓN (CHILE)<br />
WWW.EXPOCORMA.CL/<br />
SHOW FLORESTAL<br />
LOCAL: TRÊS LAGOAS (MS)<br />
WWW.SHOWFLORESTAL.COM.BR/<br />
LIGNUM BRASIL 2021<br />
LOCAL: CURITIBA (PR)<br />
LIGNUMLATINAMERICA.COM<br />
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16/11/2021 A 17/11/2021<br />
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TECNOLOGIA PARA IMPULSIONAR O ESG?<br />
ESTUDO APONTA QUE AS MELHORES PRÁTICAS ESG TÊM IMPULSIONADO AS<br />
ORGANIZAÇÕES A REAVALIAREM OS ASPECTOS DE CIDADANIA CORPORATIVA<br />
POR<br />
LEONEL NOGUEIRA<br />
CEO DA GLOBAL TI<br />
V<br />
ivemos um momento de profundas mudanças<br />
culturais que colocam em xeque<br />
os velhos modelos de sociedade. As organizações<br />
que possuem capacidade adaptativa<br />
em resposta aos riscos ambientais e<br />
sociais estarão mais bem posicionadas para competir e<br />
prosperar do que seus pares que não têm.<br />
Já nos últimos anos, organizações de todo o mundo<br />
já encaminhavam a tendência de creditar importância<br />
cada vez maior às práticas ambientais, sociais e de governança,<br />
as chamadas práticas ESG (sigla em inglês<br />
para Environmental, Social and Governance), porém a<br />
pandemia global de Covid-19 acelerou ainda mais essa<br />
tendência, evidenciando a necessidade de se colocar a<br />
saúde e o bem-estar das pessoas, assim como a preservação<br />
do planeta, como prioridade.<br />
Estudo realizado pela KPMG, “The new employee<br />
deal in the technology industry”, aponta que as melhores<br />
práticas ESG têm impulsionado as organizações a<br />
reavaliarem os aspectos de cidadania corporativa, bem<br />
como, os esforços de inclusão e diversidade a fim de<br />
ajustar as relações com os profissionais e demais stakeholders<br />
durante a pandemia de Covid-19<br />
O pensamento sustentável é o foco das empresas<br />
que pretendem continuar crescendo e sendo resilientes<br />
no futuro. Agir de forma sustentável, transparente, com<br />
ética e integridade deixou de ser apenas uma questão<br />
puramente de propósito. Conduzir os negócios de maneira<br />
socialmente responsável nunca foi tão importante<br />
como hoje. De acordo com dados da MSCI, fundos de<br />
investimento estão preferindo apoiar marcas com ações<br />
de ESG ativas, em relação às que ainda não têm planos<br />
de sustentabilidade, durante a pandemia de Covid-19.<br />
O relatório indica que 77% dos investidores passaram a<br />
apoiar mais as companhias com foco em sustentabilidade.<br />
Mais do que nunca, a necessidade de se criar uma<br />
sociedade mais justa e sustentável está desafiando<br />
pessoas, empresas, governos e economias em escala<br />
global. Neste contexto, já são inúmeras as empresas<br />
que estão assumindo uma postura proativa em relação<br />
ao ESG e estas empresas têm nas tecnologias o maior<br />
aliado na promoção do desenvolvimento sustentável.<br />
As inovações e soluções tecnológicas são fundamentais<br />
na estratificação de informações e sua transformação<br />
em dados estruturados para a tomada de decisões<br />
assertivas nos diferentes níveis de uma organização. Assim,<br />
a tecnologia é uma ferramenta imprescindível para<br />
que as organizações incorporarem nas suas estratégias e<br />
práticas de governança corporativa a adoção de práticas<br />
de ESG efetivas perante a sociedade.<br />
Ainda assim, a consolidação de políticas sustentáveis<br />
é um processo contínuo, para o qual é fundamental que<br />
estejamos prontos a estimular as iniciativas que impulsionem<br />
os aspectos do ESG.<br />
O ASPECTO AMBIENTAL<br />
Os critérios ambientais consideram como uma empresa<br />
atua em seu papel de administradora da natureza,<br />
como o uso de energia, práticas de reciclagem, poluição<br />
e conservação de recursos naturais. Os critérios também<br />
podem ser usados para avaliar os riscos ambientais e<br />
como a empresa gerencia isso. Uma parte importante<br />
de ser sustentável é prestar atenção ao consumo de<br />
energia e ao CO 2<br />
que está sendo emitido.<br />
O ASPECTO SOCIAL<br />
Os critérios sociais indicam como a empresa gerencia<br />
os relacionamentos com funcionários, fornecedores,<br />
clientes e a comunidade. A exemplo, podemos indagar<br />
como a empresa contribui para a sua comunidade, ou<br />
ainda, como as condições e práticas de trabalho protegem<br />
a saúde e bem-estar dos funcionários.<br />
O ASPECTO DA GOVERNANÇA<br />
A governança corporativa é baseada em quatro pilares<br />
fundamentais, transparência, prestação de contas,<br />
equidade e responsabilidade corporativa. As organizações<br />
precisam garantir que utilizam métodos de contabilidade<br />
precisos e transparentes, não se envolvem em<br />
quaisquer práticas ilegais, ou ainda, que conflitos de interesse<br />
são evitados e que não pratica atos de corrução<br />
e lavagem de dinheiro, por exemplo.<br />
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