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Jornal das Oficinas 193

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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>193</strong><br />

C<br />

Janeiro 2022 Y<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XVI | 3 EUROS<br />

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TENDÊNCIAS DE MERCADO<br />

DÚVIDAS<br />

E INCERTEZAS!<br />

Pág. 06<br />

Reuse Aftermarket<br />

Pág. 18 \\ Reuse Aftermarket é o<br />

nome da Campanha que o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> vai promover em 2022, na<br />

sua edição em papel, redes sociais<br />

e no próprio site da Campanha<br />

Visoparts<br />

Pág. 42 \\ A Visoparts acaba<br />

de inaugurar novas instalações que<br />

vão permitir aumentar e diversificar<br />

o stock, com mais produtos e mais<br />

variedade de referências<br />

Jordi Brunet Garcia<br />

Pág. 24 \\ Em entrevista ao JO,<br />

o secretário geral EGEA defendeu a<br />

necessidade de criação de legislação<br />

que garanta competitividade<br />

do pós-venda face à cibersegurança<br />

Peças de substituição<br />

Pág. 72 \\ Conhecer o mercado <strong>das</strong><br />

peças de substituição do automóvel<br />

permite ao perito escolher o processo<br />

de trabalho mais eficiente e a peça<br />

mais adequada para a reparação<br />

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Editorial<br />

Folha de serviço ............................................................................ 04<br />

DESTAQUE<br />

Tendências de mercado ....................................................... 06<br />

CAMPANHA<br />

Reuse Aftermarket .................................................................... 18<br />

OPINIÕES<br />

Hélder Sardinha ............................................................................. 22<br />

André Pinheiro ................................................................................ 61<br />

ENTREVISTAS<br />

Jordi Brunet ...................................................................................... 25<br />

Luís Vieira e Manuel Monteiro ....................................... 28<br />

Rodrigo Cabral ................................................................................ 34<br />

Telmo Simões .................................................................................. 39<br />

EMPRESA<br />

Visoparts .............................................................................................. 42<br />

OFICINA DO MÊS<br />

Powercolor .......................................................................................... 46<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas ............................................................................................. 50<br />

Produto ................................................................................................... 64<br />

Repintura .............................................................................................. 76<br />

PRODUTO<br />

Car Care Motul ................................................................................ 62<br />

TÉCNICA & SERVIÇO<br />

Peças de substituição ........................................................... 72<br />

GESTÃO<br />

<strong>193</strong> Janeiro<br />

2022<br />

Satisfação de clientes ........................................................... 78<br />

OBRIGatÓRIO<br />

NÃO FACILITAR<br />

Com o avanço da vacinação, muitas oficinas<br />

começaram a descurar as regras de segurança<br />

sanitária, tanto no momento da receção<br />

dos veículos, como na entrega dos mesmos aos<br />

seus clientes. Mas o momento não é de facilitismo<br />

e todos os cuidados não são demais para proteger<br />

clientes e funcionários dos perigos do Covid-19 e<br />

suas variantes.<br />

Dar confiança ao cliente no momento de recolher<br />

o seu automóvel, garantindo-lhe que o veículo<br />

foi completamente desinfetado antes da entrega,<br />

transformou-se num serviço essencial da oficina.<br />

No entanto, não se trata apenas de o fazer, mas sim<br />

de comunicar ao cliente quais foram as medi<strong>das</strong><br />

implementa<strong>das</strong>, tanto quanto à prevenção relacionada<br />

com os funcionários e clientes, como no processo<br />

de receção e, evidentemente, no processo de<br />

entrega. Só assim é possível manter o estatuto de<br />

“oficina de confiança” que as Associações do setor<br />

recomendam, mas que nesta nova etapa é ainda<br />

mais importante.<br />

Assim, existem ações básicas que qualquer oficina<br />

deverá ter implementado, tal como desinfetar e<br />

higienizar diariamente as instalações. Para isso, as<br />

autoridades recomendam a utilização de soluções<br />

de água com lixívia a 2,5% ou de bioci<strong>das</strong> nas superfícies<br />

de contacto, através de um pulverizador.<br />

Antes da abertura, deve aplicar-se em to<strong>das</strong> as<br />

áreas de trabalho. Além disso, os funcionários devem<br />

usar máscara, aplicar frequentemente gel desinfetante,<br />

luvas e também deve ser medida a temperatura<br />

dos funcionários para evitar contágios.<br />

O cliente deve ser perfeitamente informado sobre<br />

todos os protocolos implementados e, se possível,<br />

deve colocar-se um selo ou uma etiqueta no veículo<br />

a informar de que foi completamente desinfetado<br />

antes da entrega. E também, sempre que for possível,<br />

é recomendável gravar um vídeo do processo de<br />

higienização. Não de forma geral, mas individualmente<br />

para cada automóvel, tal como fazem os concessionários<br />

no momento de dar informações sobre<br />

as características de um veículo no qual o cliente<br />

está interessado.<br />

Sempre que for possível, a relação com o cliente<br />

deve ser digital, por telefone ou até por videochamada,<br />

se necessário. Deve evitar-se a deslocação<br />

dos clientes à oficina para tratar de assuntos que<br />

possam ser tratados por estas vias, como a gestão<br />

da marcação prévia, para evitar a aglomeração<br />

de pessoas nas instalações. No entanto, quando o<br />

cliente tiver de se deslocar para ir buscar o automóvel,<br />

a oficina deve estar preparada com dispensador<br />

de gel desinfetante, divisórias de proteção de acrílico<br />

ou de vidro, marcas de distâncias de segurança,<br />

cartazes, fitas adesivas para limitar as zonas de<br />

acesso, etc.<br />

A receção e entrega, por último, são os momentos<br />

em que existe mais perigo de contágio e nos quais<br />

se devem reforçar as medi<strong>das</strong>. Aquando da chegada<br />

do veículo, este não deve entrar na oficina até que<br />

tenha sido desinfetado ou ozonizado. Além disso,<br />

durante a reparação, as partes do veículo nas quais<br />

irá haver contacto devem ser ventila<strong>das</strong> e protegi<strong>das</strong>.<br />

Por último, a entrega deve ser realizada também<br />

fora da oficina, com as chaves completamente<br />

desinfeta<strong>das</strong> e, inclusivamente, protegi<strong>das</strong> num<br />

saco de plástico hermético. No momento de realizar<br />

o pagamento, deve-se evitar tanto quanto possível o<br />

pagamento em dinheiro, disponibilizando alternativas<br />

que reduzam o contacto ao mínimo.<br />

Manter a oficina limpa é não só recomendável como<br />

também obrigatório. O aspeto da oficina, como o de<br />

qualquer outro estabelecimento comercial de produtos<br />

e serviços, é fundamental para influenciar<br />

positivamente os clientes, tendo em conta que pode<br />

ser a primeira coisa que veem ao entrar pela porta.<br />

Assim, por muita confiança que possam ter, obtida<br />

durante anos de bons serviços e boas reparações, a<br />

oficina deve ter cuidado com a limpeza, higiene e<br />

organização, algo que é não só recomendável, mas<br />

também obrigatório enquanto o Covid-19 continuar<br />

a ser uma ameaça.<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com // PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com<br />

SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita<br />

a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS // IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri<br />

Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03 TIRAGEM 10.000 exemplares<br />

www.apcomunicacao.com<br />

EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Parceiro em Espanha<br />

.es<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

RODRIGO CABRAL<br />

FUNDADOR E CEO DA TECH ONE<br />

AS PESSOAS PROCURAM<br />

UMA ALTERNATIVA EFICIENTE<br />

ÀS MARCAS PREMIUM.<br />

E É POSSÍVEL TER QUALIDADE<br />

PREMIUM COM UM PREÇO<br />

COMPETITIVO. ESSA É A NOSSA<br />

GRANDE MARCA<br />

CHALLENGE OFICINAS ESTÁ DE VOLTA<br />

Após um interregno de dois anos, devido à<br />

pandemia, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria<br />

com a T Academy - Gestão de Talentos,<br />

volta a realizar em 2022 o “Challenge <strong>Oficinas</strong>”.<br />

Esta competição põe à prova as competências<br />

funcionais dos colaboradores <strong>das</strong> oficinas, que,<br />

numa primeira fase, têm de responder ao questionário<br />

online que abrange as principais áreas do<br />

negócio oficinal, nomeadamente técnica, receção,<br />

peças, marketing e gestão. Para participarem nesta<br />

competição, as oficinas apenas têm de responder<br />

ao questionário que publicamos online no site<br />

do evento e habilitarem-se a ser uma <strong>das</strong> oficinas<br />

SEMÁFORO<br />

seleciona<strong>das</strong> para a grande final. Se é uma oficina<br />

organizada, bem equipada e com recursos humanos<br />

competentes e atualizados, aproveite esta<br />

oportunidade para participar num evento único e<br />

desafiante, onde apenas os melhores conseguem<br />

chegar à final. É uma competição que permite<br />

cada oficina tomar consciência daquilo que vale<br />

em termos de recursos humanos e enquanto organização.<br />

No fundo, consiste num processo de autoavaliação,<br />

ao mesmo tempo que se trata de uma<br />

competição lúdica. Desta forma, entusiasmam-se<br />

os colaboradores para um desafio onde as oficinas<br />

têm todo um caminho aberto para evoluir.<br />

LUÍS VIEIRA E MANUEL MONTEIRO<br />

FUNDADORES DA B-PARTS<br />

EM PORTUGAL TEMOS<br />

UMA QUOTA ENORME<br />

NOS PROFISSIONAIS E<br />

UMA MAIS REDUZIDA NOS<br />

PARTICULARES. LÁ FORA ESTÁ<br />

TOTALMENTE INVERTIDO<br />

JORDI BRUNET GARCIA<br />

SECRETÁRIO GERAL DA EGEA<br />

AS NOSSAS EMPRESAS<br />

ESTÃO A INVESTIR<br />

MUITOS RECURSOS PARA<br />

DISPONIBILIZAR AO MERCADO<br />

OS EQUIPAMENTOS CAPAZES<br />

DE FAZER A MANUTENÇÃO<br />

E REPARAÇÃO DOS VEÍCULOS<br />

MAIS MODERNOS<br />

Riscos de retração<br />

A Envolvente Empresarial do final<br />

do ano passado evidencia a continuação<br />

de um abrandamento da atividade após<br />

uma forte retoma do PIB. O surgimento<br />

de uma nova variante Covid-19 causa<br />

preocupação e poderá agravar a quebra<br />

de confiança e prejudicar a retoma.<br />

Outro problema associado é o aumento<br />

da inflação na área euro. Ainda que<br />

Portugal não atinja níveis tão altos, o<br />

índice de preços da produção industrial<br />

já regista subi<strong>das</strong> de dois dígitos,<br />

refletindo problemas nas cadeias<br />

de abastecimento. O BCE mantém que a<br />

subida da inflação é apenas temporária,<br />

mas paira o risco de um aperto<br />

antecipado <strong>das</strong> condições monetárias.<br />

Teletrabalho não serve a todos<br />

O teletrabalho está novamente<br />

na berlinda com o aumento<br />

de casos de infeção por Covid-19,<br />

mas convém realçar que este modo<br />

de laboração não é aplicável a muitas<br />

empresas. Uma coisa são as empresas<br />

de serviços ou de tecnologia, em que<br />

o trabalho remoto é perfeitamente<br />

possível, outra bem diferente é, por<br />

exemplo, a atividade de reparação<br />

automóvel, em que o teletrabalho<br />

pode ser muito penalizador e até<br />

inexequível. No aftermarket, a maioria<br />

<strong>das</strong> empresas labora em regime total<br />

ou maioritariamente presencial, quer<br />

a nível da distribuição e retalho, quer<br />

nas oficinas de manutenção<br />

e reparação automóvel.<br />

Economia circular<br />

Os fornecedores e distribuidores<br />

do setor automóvel estão a trabalhar<br />

em conjunto na transformação<br />

do mercado pós-venda num negócio<br />

sustentável de reparação e manutenção.<br />

A aplicação dos princípios da economia<br />

circular à economia da UE pode<br />

gerar poupanças líqui<strong>das</strong> de cerca<br />

de 600 mil milhões de euros às<br />

empresas da UE, criando 170.000<br />

empregos diretos no sector da gestão<br />

de resíduos. A economia circular tem-se<br />

revelado uma ferramenta essencial<br />

para se conseguir atingir estes valores,<br />

pois ajuda a prolongar a vida útil<br />

dos veículos e <strong>das</strong> peças. Este sistema<br />

aplica-se a várias áreas essenciais<br />

da sustentabilidade.<br />

4 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Destaque<br />

TENDÊNCIAS DE MERCADO<br />

DESAFIOS,<br />

DÚVIDas E<br />

INCERTEZAS!<br />

APESAR DE SER PREMATURO FALAR DO QUE SERÁ<br />

ESTE ANO 2022, JÁ QUE TUDO DEPENDERÁ DA EVOLUÇÃO<br />

DA PANDEMIA E DO SEU IMPACTO MACROECONÓMICO,<br />

SE CONSEGUIRMOS CONTROLAR A VAGA PANDÉMICA,<br />

A RECUPERAÇÃO ECONÓMICA PODERÁ SER RELATIVAMENTE<br />

RÁPIDA, MAS SE NÃO FOR POSSÍVEL CONTROLAR<br />

A PANDEMIA, 2022 SERÁ UM ANO EXTREMAMENTE<br />

COMPLICADO COM QUEBRAS DO CONSUMO PRIVADO MUITO<br />

ACENTUADAS E UMA RECESSÃO INEVITÁVEL


Com a evolução da pandemia, os operadores mostram ‐se receosos<br />

em relação ao futuro, pois a confiança dos consumidores e consequentemente<br />

dos seus clientes está em níveis muito baixos, o que<br />

poderá contribuir para uma quebra nas ven<strong>das</strong>. A pandemia obrigou a<br />

um maior rigor e empenho de todos os operadores, e a necessidade de<br />

estarem ao lado dos seus clientes. Outro dos impactos passa pela necessidade<br />

de tomada de decisões em curtos espaços de tempo e, perante<br />

uma situação totalmente nova para as empresas, para o mercado e para<br />

o país. Isso faz com que as empresas tenham de tomar decisões com base<br />

em informações escassas e recentes, o que nem sempre é fácil.<br />

Pandemia impõe bom senso<br />

Em tempo de pandemia, a sensibilização, o bom senso e a responsabilidade<br />

de cada um serão sempre as medi<strong>das</strong> mais eficazes nesta luta<br />

global, para além da adoção de um conjunto de medi<strong>das</strong> que foram<br />

defini<strong>das</strong> pelas autoridades de saúde. Entre o aumento significativo da<br />

higienização e uso de álcool gel, à tentativa regular de distanciamento<br />

(nomeadamente os contactos sociais), à diminuição <strong>das</strong> visitas dos<br />

vendedores e obrigatoriedade de to<strong>das</strong> as pessoas externas à empresa<br />

usarem máscara sempre que se desloquem às instalações, são algumas<br />

<strong>das</strong> medi<strong>das</strong> já adota<strong>das</strong> pelas empresas.<br />

Porém, enfrentamos atualmente uma fase com grande incerteza em que<br />

a situação sanitária do país deverá ter um grande efeito sobre o que será<br />

o futuro económico e social nacional. O impacto negativo da pandemia<br />

está a sentir ‐se em todo o tecido empresarial português e as empresas<br />

aftermarket não são exceção, mas o pós ‐venda é um setor que pode sair<br />

beneficiado com a crise, desde que haja uma adaptação <strong>das</strong> empresas.<br />

Ameaças e oportunidades<br />

Os desafios já eram grandes mesmo sem a pandemia, a competitividade<br />

existe e é feroz e com o período que atravessamos agora, a competição<br />

ainda será maior e mais agressiva, mas as empresas têm de saber manter<br />

o rumo, apostando na qualidade em todos os serviços e fidelizando<br />

cada vez mais os seus clientes. É preciso manter a mente aberta e inovar<br />

através de novas plataformas de negócio ou negócios alternativos. Um<br />

dos maiores desafios será implementar planos ambiciosos de formação e<br />

modernização <strong>das</strong> oficinas.<br />

Os profissionais do aftermarket têm estado a preparar ‐se para os novos<br />

tempos pós ‐Covid que trazem muitas dúvi<strong>das</strong> e incertezas. A melhor<br />

forma para o fazer é manterem ‐se atualizados de uma forma geral com<br />

as várias novidades do setor e perceber e interpretar os sinais que o próprio<br />

mercado vai dando. Mas as ameaças só são perigosas ou danosas<br />

para quem não quer evoluir. Apresentam imensos desafios e, sem dúvida<br />

que, apesar de poderem trazer dissabores, são sempre as melhores<br />

formas de aprender e de crescer. As oportunidades, para os que estão<br />

disponíveis e abertos à mudança, sem dúvida que vão traduzir ‐se em<br />

frutos mais tarde.<br />

O aumento de custo dos transportes <strong>das</strong> mercadorias em contentores e<br />

a inflação do preço <strong>das</strong> matérias primas estão a fazer disparar os preços<br />

<strong>das</strong> peças, reduzindo cada vez mais a margem de lucro dos fabricantes.<br />

Outro problema neste momento, são as ruturas de stocks de alguns<br />

fornecedores principalmente de primeiro equipamento com fábricas e<br />

armazéns nos países mais afetados, como Espanha, França e Itália.Na<br />

distribuição assiste ‐se à concentração do negócio em grandes grupos e o<br />

desenvolvimento de plataformas B2B que estão a alterar o modelo tradicional<br />

de negócio.<br />

As marcas automóveis, por sua vez, vão melhorar o seu posicionamento<br />

a curto prazo na distribuição de peças de substituição, num mercado no<br />

qual as barreiras entre o canal de marcas e o canal independente tendem<br />

a desaparecer. O número de decisores sobre onde realizar a reparação<br />

do veículo irá diminuir, o que resultará numa concentração do negócio<br />

de pós ‐venda.<br />

A consolidação da redução da procura por veículos diesel pode colocar<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 7


TENDÊNCIAS<br />

DE MERCADO<br />

A NÍVEL DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS, CONTINUARÁ A acentUAR ‐SE<br />

A TENDÊNCIA PARA A CONCENTRAÇÃO DA atiVIDADE NUM MENOR NÚMERO<br />

DE OPERADORES, SEJA PELA CONSOLIDAÇÃO DE GRUPOS JÁ ESTABELECIDOS,<br />

SEJA POR FUSÕES AQUISIÇÕES OU OUTRO TIPO DE MOVIMENTOS<br />

em perigo a sustentabilidade de alguns<br />

fabricantes de peças de substituição.<br />

Por outro lado, o acesso aos<br />

dados do veículo tornará este num<br />

elemento ativo no sistema de pós­<br />

‐venda, sendo que o futuro da mobilidade<br />

será elétrico. Estas tendências<br />

vão afetar o volume e a estrutura do<br />

mercado bem como os modelos de<br />

negócio de todos os agentes.<br />

Ultrapasssar dificuldades<br />

Os efeitos da pandemia no setor pós­<br />

‐venda foram bastante menos graves<br />

do que se previa. O ano de 2020 foi<br />

altamente imprevisível, tendo a faturação<br />

<strong>das</strong> empresas oscilado entre<br />

mínimos e máximos históricos. Quem<br />

conseguiu resistir e manter o negócio<br />

nos períodos de confinamento saiu<br />

reforçado. Em momentos como este,<br />

é fulcral ter flexibilidade e agilidade<br />

financeira, aplicar uma liderança que<br />

proteja todos e, ainda mais importante,<br />

é preciso um propósito que nos<br />

faça superar todos os desafios com<br />

motivação. O que aprendemos com<br />

esta pandemia, foi a necessidade de<br />

termos as nossas estruturas muito<br />

bem prepara<strong>das</strong> para nos adaptarmos<br />

rapidamente a mudanças profun<strong>das</strong>.<br />

A gestão do negócio muito rigorosa e<br />

atempada, permite que as empresas<br />

consigam ter alguma tranquilidade<br />

em momentos de grande incerteza.<br />

Durante a pandemia ficou também<br />

provado o que já se sabia – que o<br />

overservice prestado nos serviços<br />

associados à logística é um desvio<br />

perverso e desnecessário do que seria<br />

adequado e conveniente, que causa<br />

custos enormes e desnecessários<br />

para as empresas. Não existe uma<br />

necessidade real para que assim seja,<br />

mas enquanto for abusivamente usado<br />

como fator diferenciador, em vez<br />

de coisas que realmente acrescentem<br />

valor, não há nada a fazer.<br />

A importância da digitalização da<br />

empresa e dos seus processos já era<br />

reconhecida como necessidade, mas<br />

a pandemia só veio reforçar esta urgência.<br />

De igual forma a resiliência<br />

necessária para prosseguir o caminho<br />

delineado independentemente<br />

dos obstáculos que todos sentimos.<br />

A otimização de recursos, especialmente<br />

os humanos foi uma realidade,<br />

bem como a capacitação de que<br />

há valores inegociáveis: as ven<strong>das</strong><br />

são sempre uma referência, mas os<br />

valores da honestidade, da transparência<br />

e da vida em si saíram reforçados<br />

neste momento delicado. Mais<br />

do que ensinamentos, esta crise veio<br />

confirmar a importância <strong>das</strong> colaborações<br />

e parcerias entre empresas. A<br />

estratégia de foco no cliente, disponibilizando<br />

to<strong>das</strong> as ferramentas que<br />

estes necessitam para a sua atividade<br />

e conseguir ajudá ­los a desenvolver e<br />

fazer crescer os seus negócios, permitiu<br />

que muitas empresas ultrapassassem<br />

esta crise juntos.<br />

Concentração do negócio<br />

Uma concentração de negócio, seja<br />

em que setor for, obriga as empresas<br />

a diferenciarem ­se. É necessário que<br />

haja uma proposta de valor que seja<br />

compreendida pelos clientes, e esse<br />

deve ser o grande objetivo: oferecer<br />

qualidade a preços competitivos, no<br />

tempo certo e respeitando as regras<br />

do mercado. A concentração do negócio<br />

da distribuição de peças tem<br />

vindo a ser feita faz já mais de uma<br />

década e continuará a seguir o seu<br />

caminho. A dimensão de grandes<br />

grupos de distribuição são muito<br />

interessantes, mas também têm os<br />

seus desafios que uma PME pode<br />

contornar, como a decisão rápida e o<br />

empresário que está diariamente no<br />

negócio, conhecendo a sua equipa e<br />

os seus clientes.<br />

A necessidade de abranger mais<br />

clientes no mercado, ou até mesmo,<br />

explorar novos mercados, faz com<br />

que os distribuidores unam esforços<br />

sob uma marca única que partilha os<br />

mesmos interesses. É mais fácil atuar<br />

no mercado enquanto uma rede do<br />

que enquanto players individuais.<br />

Este fenómeno verifica ­se há muito<br />

no conceito de rede de oficinas. A<br />

principal vantagem deste modelo é o<br />

concertar de preços entre distribuidores,<br />

que permite uma maior retenção<br />

de margem e uma viabilidade de<br />

negócio maior. Do ponto de vista <strong>das</strong><br />

oficinas e casas de peças mostra ­se<br />

uma desvantagem pois quanto menos<br />

distribuidores no mercado, menor<br />

o seu poder negocial. No entanto<br />

um distribuidor mais robusto, signi­<br />

8 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


fica um nível de serviço melhor, o que<br />

significa maior rapidez na aquisição<br />

do material, menos tempo por reparação,<br />

mais reparações e consequentemente<br />

mais faturação.<br />

A Europa genericamente está mais<br />

avançada neste processo de concentração,<br />

mas Portugal irá aproximar ‐se<br />

desta realidade a par e passo. O benefício<br />

de economias de escala <strong>das</strong> grandes<br />

estruturas que possam permitir<br />

em última instância um preço mais<br />

favorável para o cliente final, imprimem<br />

necessariamente maior profissionalismo<br />

ao sector com processos<br />

e critérios comerciais bem estabelecidos.<br />

No reverso da medalha as grandes<br />

estruturas deixam de conseguir<br />

um enfoque regional que acompanhe<br />

as especificidades de cada mercado e<br />

têm uma resposta menos rica em nichos<br />

de mercado que estruturas mais<br />

pequenas dão importância.<br />

O fenómeno da concentração está em<br />

marcha e vão continuar a aparecer<br />

Novos Grupos e a desenvolverem ‐se<br />

os atuais. Havendo prós e contras,<br />

é algo inevitável. Como vantagens,<br />

eventualmente aumenta ‐se a margem<br />

de negociação, o poder de compra,<br />

a oferta para os clientes torna ‐se<br />

maior e mais diversificada, entre outros<br />

benefícios…<br />

Em Portugal já se verificaram alguns<br />

fenómenos de concentração ao nível<br />

dos distribuidores e tem sido notório<br />

o crescimento dos grupos de retalhistas<br />

que, dessa forma, tentam ganhos<br />

de escala para os seus negócios. Se os<br />

ganhos de escala fruto do crescimento<br />

são uma realidade, a verdade é que,<br />

tornando ‐se grandes demais, estas<br />

entidades poderão perder rapidez e<br />

agilidade na relação com o mercado e,<br />

consequentemente desperdiçar boas<br />

oportunidades de negócio.<br />

A tendência de concentração irá<br />

continuar, e no nosso país passará<br />

pela iberização da distribuição.<br />

Normalmente a concentração dita a<br />

lei do mais forte, e estas estruturas<br />

maiores conseguem mais eficiência<br />

na distribuição e otimização da compra,<br />

o que vai provocar mais pressão<br />

sobre o preço. Quem não tiver capacidade<br />

de ombrear com estas estruturas,<br />

vai sucumbir.<br />

Veículos elétricos:<br />

o novo desafio!<br />

Os veículos elétricos são um dos desafios<br />

do futuro. Esta será uma transição<br />

que demorará tempo e com uma<br />

perspetiva a médio ‐longo prazo, visto<br />

que os automóveis a combustão ainda<br />

estão para durar. Juntamente com os<br />

fabricantes de peças automóveis, as<br />

empresas de distribuição devem conseguir<br />

adaptar ‐se e servir o mercado<br />

consoante as suas necessidades.<br />

O fenómeno dos veículos elétricos<br />

é uma consequência da evolução do<br />

setor. Ainda que, efetivamente, estes<br />

carros não necessitem de tantas peças<br />

de manutenção, eles necessitam<br />

de mais escrutínio e de uma reparação<br />

mais especializada. Antevê ‐se<br />

um número mais reduzido de peças,<br />

porém peças mais específicas, que<br />

poderão ser comercializa<strong>das</strong> por<br />

distribuidores mais específicos também.<br />

Até à generalização deste tipo<br />

de veículos é preciso trabalhar as<br />

duas realidades, preparando o terreno<br />

para um futuro de eletrificação.<br />

Apesar dos veículos elétricos não<br />

necessitarem de mudanças de óleo,<br />

filtros ou velas não implica uma redução<br />

direta no serviço <strong>das</strong> oficinas,<br />

dado que precisam de outro tipo de<br />

manutenção, como travões, pneus e<br />

baterias. Para a realização deste tipo<br />

de serviços é necessário que a oficina<br />

esteja preparada tecnicamente,<br />

tanto com ferramentas, como com<br />

pessoal qualificado. Cabe então às<br />

oficinas antecipar as necessidades do<br />

cliente e estar preparada para oferecer<br />

estes produtos e serviços e assim<br />

diferenciarem ‐se da concorrência.<br />

Não é líquido que haja perda de faturação<br />

só porque os VE necessitam<br />

de menos manutenção. Os fatores<br />

a considerar sobre este assunto são<br />

vários. Por exemplo: devido ao desenvolvimento<br />

técnico o custo <strong>das</strong><br />

peças para os novos modelos (VE ou<br />

não) é significativamente mais alto<br />

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TENDÊNCIAS<br />

DE MERCADO<br />

AS EMPRESAS QUE FOREM CAPAZES DE INVESTIR NA SUA MELHORIA<br />

CONTÍNUA MELHORARÃO AS SUAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS SENDO<br />

CADA VEZ MAIS EFICIENTES EM GRANDE MEDIDA POR VIA DA DIGITALIZAÇÃO<br />

DOS PROCESSOS, UM CAMINHO INCONTORNÁVEL E DESEJÁVEL<br />

do que para os modelos anteriores, o<br />

que gera mais volume para o mesmo<br />

consumo. Haverá também novos serviços<br />

que irão ser prestados e que serão<br />

geradores de receita importantes<br />

no futuro. A evolução será consideravelmente<br />

lenta. A preponderância<br />

do parque de VE será muito limitada<br />

ainda por muito tempo.<br />

Os veículos elétricos ou eletrificados<br />

podem efetivamente requerer menos<br />

manutenção, mas ao mesmo tempo,<br />

vão utilizar componentes muito<br />

mais complexos, com custos mais<br />

elevados, o que acaba por devolver as<br />

referi<strong>das</strong> compensações.<br />

Cadeia de valor vai MANTER ‐se<br />

Já há anos que vemos operadores<br />

assumirem vários níveis na cadeia,<br />

nomeadamente a Distribuição e o<br />

Retalho, mas as funções continuam a<br />

existir diferencia<strong>das</strong>, a armazenagem e<br />

distribuição da venda a retalho. Grosso<br />

modo, a primeira exige foco nas<br />

compras e na logística enquanto que<br />

a segunda compre a função de proximidade<br />

e apoio direto às oficinas. A<br />

“junção” da distribuição nacional com<br />

a cobertura local na mesma entidade<br />

é o que naturalmente acontece mais<br />

facilmente, mas em todos os casos são<br />

sempre manti<strong>das</strong> as duas áreas perfeitamente<br />

defini<strong>das</strong>. Os negócios são<br />

diferentes. Há também os retalhistas<br />

que passam a ser em alguns produtos<br />

abastecidos diretamente pelo fabricante,<br />

como acontece com os grupos de<br />

retalhistas surgidos mais notadamente<br />

nos últimos anos, mas a zona de cobertura<br />

da empresa nestes casos é sempre<br />

local, não nacional. Para se converter<br />

em nacional – o que não é fácil, mas é<br />

possível, e há disso bons exemplos no<br />

mercado – tem de passar a ter as duas<br />

estruturas claramente defini<strong>das</strong>, a distribuição<br />

e as lojas, para funcionar. Há<br />

ainda outro canal, paralelo ao tradicional,<br />

que tem crescido mais recentemente<br />

com um sucesso apreciável: as<br />

ven<strong>das</strong> pelas plataformas online B2C.<br />

Especialmente no caso nos produtos<br />

não cativos (produtos não destinados<br />

especificamente a um ou poucos modelos<br />

de automóveis) é um canal de<br />

distribuição a observar. l<br />

C<br />

DEVOLUÇÕES CONTINUAM A SER PROBLEMA<br />

om ou sem pandemia, as<br />

devoluções continuam a ser um<br />

dos temas mais complexos e sensíveis<br />

de abordar. As mesmas continuam a<br />

existir, por vezes com motivos ou<br />

justificações inacreditáveis e se<br />

existisse mais diálogo entre os diversos<br />

players e regras mais claras para todos,<br />

poderia minimizar ‐se o seu impacto,<br />

que realmente consomem muito<br />

tempo e recursos. O problema<br />

logístico <strong>das</strong> devoluções é algo já<br />

identificado há muito por todos os<br />

players do Aftermarket mas para o<br />

qual tem sido complicado encontrar<br />

uma solução eficaz. As empresas<br />

fazem tudo para mitigar o custo da<br />

sua gestão, que se transforma em<br />

perda de rentabilidade e<br />

produtividade para todos os<br />

intervenientes. Neste momento é<br />

possível através de plataformas online<br />

fazer a devolução por referência,<br />

incluindo motivo e comentários sobre<br />

a devolução, bem como anexar<br />

fotografias <strong>das</strong> peças. Este processo<br />

liberta os recursos humanos afetos a<br />

esta área, para se concentrarem em<br />

casos mais sensíveis, aumentando<br />

mais uma vez o nível de serviço. Deste<br />

modo, a oficina consegue perceber de<br />

imediato se a sua devolução é aceite ou<br />

não e se a mesma acarreta custos<br />

adicionais. Sendo assim, é possível<br />

poupar tempo e recursos tanto para a<br />

oficina, como para os distribuidores<br />

10 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


VECL<br />

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Europ Exide Technologies - Original<br />

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TENDÊNCIAS<br />

DE MERCADO<br />

AS REDES OFICINAIS IRÃO CONTINUAR A DESENVOLVER ‐SE, COM O<br />

APARECIMENTO DE NOVOS CONCEITOS E TIPOLOGIAS, ATÉ PORQUE AS OFICINAS<br />

TÊM A NOÇÃO QUE NECESSITAM DE TER APOIO PARA ESTAREM MELHOR<br />

PREPARADAS PARA OS DESAFIOS QUE O MERCADO COLOCA<br />

RUTURAS DE STOCK<br />

PREOCUPAM SETOR<br />

m dos receios que se verifica hoje nem é tanto o<br />

U<br />

preço <strong>das</strong> peças, mas sim mesmo a existência em<br />

stock <strong>das</strong> próprias peças, o que nem sempre é possível.<br />

As falhas de stock são uma realidade que está a afetar<br />

bastante o setor e esperemos que a médio prazo se<br />

normalizem. Os efeitos são negativos porque a falhas<br />

de stock acabam por ser frustrantes para o<br />

distribuidor e para os seus clientes. Este fenómeno,<br />

sem precedentes nesta dimensão, é resultado de<br />

muitas variáveis que vão desde a disponibilidade de<br />

matéria prima para produção até ao transporte dos<br />

produtos ao distribuidor não sendo de negligenciar<br />

também do ponto de vista monetário, o aumento de<br />

custos de todos os elementos mencionados. As falhas<br />

de stock são um problema atual, que afeta a<br />

generalidade <strong>das</strong> marcas e prejudica muito o dia ‐a‐dia<br />

dos distribuidores, que se veem a braços com um<br />

esforço extra para manter o nível de serviço,<br />

prejudicando muitas vezes a margem. A forma<br />

encontrada de mitigar os efeitos <strong>das</strong> falhas tem sido<br />

aumentar a profundidade e largura do stock<br />

reforçando também os itens de maior criticidade.<br />

Como tem sido anunciado pelos próprios fabricantes<br />

de peças, é previsível que as dificuldades sem<br />

prolonguem até ao final de 2022 e nenhum operador<br />

do pós ‐venda consegue estar preparado para isso. Os<br />

construtores de automóveis dependem de centenas de<br />

chips para incorporar num único veículo e muitos<br />

tiveram já de parar a produção, porque não recebem<br />

dos fabricantes de peças estes componentes. É<br />

estimado que estas paragens acumulem um custo<br />

global à indústria automóvel superior a 400 mil<br />

milhões de euros em perda de ven<strong>das</strong>. As implicações<br />

disso no pós ‐venda vão bem além da indisponibilidade<br />

atual de algumas peças, pois têm impacto no parque<br />

automóvel em si. Vemos já hoje um aumento<br />

significativo <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> dos veículos usados, por<br />

exemplo. A adequação da distribuição de peças a um<br />

parque de evolução assíncrona é muito complicada.<br />

Terá tendência para obrigar os fabricantes a adequar a<br />

sua produção à necessidade do mercado mas o que<br />

não ajuda o aftermarket é o foco dos fabricantes no<br />

fornecimento ao primeiro equipamento, ficando<br />

sempre o pós ‐venda para depois… Essa dificuldade é<br />

um facto e tem sido um fator mais complicado de<br />

eliminar no que toca à normalização da atividade<br />

comercial por parte de todos os players. A escassez de<br />

semicondutores e o encarecimento <strong>das</strong> matérias‐<br />

‐primas é algo que parece ter vindo para ficar e cabe às<br />

empresas dar a volta a essa situação.<br />

12 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


E<br />

PERDA DE MARGEM<br />

sse é um dos grandes desafios do<br />

aftermarket nacional e quem<br />

não perceber isso vai ter grandes<br />

dificuldades. Há empresas que<br />

trabalham para Rappel, com margens<br />

que muitas vezes não sustentam<br />

sequer a estrutura. Só uma gestão<br />

rigorosa poderá salvar muitas<br />

empresas. A resposta mais uma vez<br />

reside na qualidade do serviço<br />

prestado. No fim do dia, todos os<br />

distribuidores oferecem apenas peças,<br />

o fator diferenciador passa a ser como<br />

essas peças são disponibiliza<strong>das</strong>.<br />

Fidelizar os clientes, garantindo um<br />

volume constante e sustentável de<br />

ven<strong>das</strong> e otimizar os processos<br />

internos com a finalidade de reduzir<br />

custos, são as respostas à queda nas<br />

margens. Fazer cada vez mais, com<br />

maior racionalização dos custos. Para<br />

que o mercado funcione, é necessário<br />

preservar e proteger todos os<br />

intervenientes. É necessário que todos<br />

façam alguma ginástica financeira e<br />

contribuam para que haja<br />

estabilidade. Só assim o setor<br />

conseguirá lutar contra as per<strong>das</strong> de<br />

margem e impedir que alguém saia<br />

fragilizado. A preservação dos canais<br />

de ven<strong>das</strong> poderia ajudar a evitar a<br />

perda de margens, mas há<br />

distribuidores e marcas automóveis<br />

que ultrapassaram este canal e<br />

vendem diretamente às oficinas,<br />

esmagando as margens. Brevemente,<br />

poderão até mesmo ultrapassar as<br />

oficinas e atacar o cliente final. É<br />

preciso ter um cuidado redobrado com<br />

este tipo de políticas, pois não<br />

podemos passar por cima de todos,<br />

sem olhar a meios. Os distribuidores<br />

que esmagam margem de<br />

comercialização por forma a serem<br />

competitivos ao nível do preço, não<br />

libertam recursos para investir em<br />

novos projetos, melhorarem processos,<br />

e conseguirem prestar um serviço mais<br />

eficaz e cada vez com maior qualidade<br />

e valor acrescentado para o cliente.<br />

Naturalmente que o preço é um fator<br />

importante, algumas vezes decisivo,<br />

mas não o único e arriscamo ­nos a<br />

dizer que não o principal. A qualidade<br />

e oferta do produto, o serviço, as<br />

entregas, são outros fatores que pesam<br />

imenso no momento da compra. O<br />

distribuidor tem de ser muito mais<br />

que um fornecedor de peças, tem de<br />

ser um fornecedor de soluções.<br />

AUMENTO INEVITÁVEL DO PREÇO DAS PEÇAS<br />

endo em conta os efeitos dos fenómenos como a escassez de matérias­<br />

T<br />

‐primas para a produção de componentes e o significativo aumento de<br />

preços, como do aço, por exemplo, acreditamos que a tendência de aumento de<br />

preço <strong>das</strong> peças continue a ser uma realidade nos próximos tempos. No<br />

entanto, esta não será uma realidade exclusiva <strong>das</strong> marcas premium, mas sim<br />

de qualquer fabricante de peças. Mesmo com a estabilização dos preços, existe<br />

a possibilidade real que os preços <strong>das</strong> peças não baixem, depois de terem<br />

subido, tornando ­se assim numa nova realidade. Outro exemplo, de razão<br />

semelhante à que originou a crise dos semicondutores, é a crise dos óleos base,<br />

usados na produção de lubrificantes, que tem causado aumentos nos preços<br />

muito significativos e praticamente mensais. E há também fatores exógenos,<br />

como o aumento abrupto dos custos de transporte, que contribuem<br />

significativamente para isso. Independentemente do posicionamento do<br />

produto, Premium ou outro, os preços <strong>das</strong> peças já aumentaram em 2020 e<br />

irão continuar a aumentar. O aumento do custo de matérias ­primas, da<br />

produção, da logística e em particular do transporte (seja marítimo, aéreo ou<br />

terrestre) numa escala nunca antes vista em tão curto espaço de tempo terão<br />

necessariamente reflexo no preço dos produtos.<br />

DESAFIOS TECNOLÓGICOS<br />

s fabricantes de produtos e por consequência também o mercado do<br />

O<br />

aftermarket encontram ­se hoje com o enorme desafio da digitalização e<br />

do elétrico. No futuro, os desafios passarão por oferecer novos serviços ao<br />

cliente, desaparecendo outras fontes de receita. A maior especialização e<br />

conhecimento técnico, associa<strong>das</strong> ao continuo investimento em novas<br />

tecnologias, no domínio do digital, em detrimento do negócio mais<br />

tradicional, passará a ser determinante neste sector. Os benefícios aliados à<br />

economia circular manter ­se ­ão como prioridade e terão um papel cada vez<br />

mais decisivo no futuro, aliado ao contexto regulamentar a ele associado. As<br />

oficinas continuam a efetuar um enorme esforço no acompanhamento da<br />

evolução tecnológica do sector. Sem dúvida, que muitas são as oficinas que<br />

conseguem prestar um serviço tão ou mais competente aos seus clientes que<br />

o prestado pelas marcas oficiais. A formação técnica, o digital, a continua<br />

inovação no sector, a par da paulatina transformação do sector para a<br />

vertente elétrica em detrimento da mecânica, são sem dúvida os maiores<br />

desafios a prazo para as oficinas e para todo o setor em geral.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 13


TENDÊNCIAS<br />

DE MERCADO<br />

PEÇAS PARA VEÍCULOS PESADOS - MERCADO COMPETITIVO<br />

mercado de distribuição de<br />

O<br />

peças aftermarket para veículos<br />

pesados continua a ser muito<br />

competitivo, com players importantes<br />

e crescimentos acima da média o que<br />

dá um sinal de extrema vitalidade do<br />

sector, embora as peças originais<br />

ocupem sem dúvida um espaço muito<br />

importante e vão continuar a ter<br />

preponderância.<br />

O mercado de distribuição de<br />

peças para veículos pesados em<br />

Portugal é um mercado maduro com<br />

muitos players, muita experiência<br />

e competitividade, sendo muito<br />

exigente para os players, porque a<br />

esta realidade estão associados alguns<br />

problemas de fundo, desde logo o<br />

inevitável esmagamento <strong>das</strong> margens<br />

comerciais assim como a falta de rigor<br />

no controle de crédito. Estas são duas<br />

áreas que não podem ser usa<strong>das</strong> como<br />

argumento comercial.<br />

A continua proliferação de pontos de<br />

venda de casa de peças, essencialmente<br />

no mercado multimarca, trouxe<br />

enorme pressão sobre os preços,<br />

descurando muitas vezes a qualidade,<br />

assessoria e garantias aos clientes.<br />

O mercado encontra ‐se numa<br />

fase de grande saturação. A maior<br />

especialização e conhecimento técnico,<br />

associa<strong>das</strong> ao continuo investimento<br />

em novas tecnologias, no domínio do<br />

digital, em detrimento do negócio mais<br />

tradicional, passará a ser determinante<br />

neste sector.<br />

Com a competitividade existente no<br />

negócio do aftermarket, e no sentido<br />

de alguém se poder diferenciar, a<br />

continua aposta na formação <strong>das</strong><br />

equipas, tecnologia, capacidade<br />

logística e sua gestão eficaz, a par da<br />

assessoria e qualidade no produto, são<br />

fatores que determinam o continuo<br />

investimento. Fatores como o preço,<br />

deixaram há algum tempo de ser<br />

o mais determinante na decisão<br />

do cliente. A qualidade e garantia<br />

do produto vendido passarão a ser<br />

decisivas. O cliente hoje é profissional<br />

a 100%, efetua o diagnóstico <strong>das</strong><br />

avarias de forma muito célere e<br />

quer ver o seu problema resolvido<br />

no mais curto espaço de tempo.<br />

A forma assertiva como a oficina<br />

resolve o problema, determina a sua<br />

rentabilidade, o que obriga todos<br />

os players de mercado a constantes<br />

investimentos em produtos de<br />

qualidade, tecnologia e apresentação<br />

de soluções integra<strong>das</strong>.<br />

No que se refere ao aumento do<br />

preço <strong>das</strong> peças, é um processo<br />

inevitável, que já está a acontecer.<br />

Depois do efeito da crise pandémica,<br />

tem sido extramente difícil para<br />

todos os mercados e setores de<br />

atividade ajustarem ‐se à disrupção<br />

que aconteceu em todo o setor<br />

produtivo do comércio de peças. O<br />

custo de transporte internacional,<br />

que na maioria dos casos mais que<br />

duplicou, o aumento da energia e<br />

combustíveis, associado ao facto da<br />

enorme transformação que o sector<br />

do emprego sofreu e ajustamentos<br />

a que as empresas foram sujeitas,<br />

está a inflacionar de forma<br />

considerável o preço <strong>das</strong> mercadorias.<br />

O condicionamento gerado pela<br />

disponibilidade do produto junto<br />

dos fabricantes, os quais lutam<br />

desesperadamente pela reposição<br />

de stocks a nível mundial, gerando<br />

também o efeito inflacionista que<br />

assistimos, conduz a um continuo<br />

e desafiante esforço de não passar<br />

esse efeito diretamente no preço de<br />

venda aos clientes. O que as empresas<br />

podem e devem fazer é estancar a<br />

margem nos níveis em que estão para<br />

que os seus negócios se mantenham<br />

viáveis. Para além disso têm que<br />

ser muito rigorosos na atribuição e<br />

controlo do crédito.<br />

AS MUDANÇAS PROVOCADAS PELA PANDEMIA FIZERAM SURGIR<br />

UMA NOVA GERAÇÃO DE EMPRESÁRIOS, COM GRANDE CAPACIDADE<br />

E PREPARAÇÃO, QUE VAI ALTERAR A FORMA DE FAZER O NEGÓCIO<br />

14 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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FAZ UMA CONDUÇÃO SUSTENTÁVEL,<br />

PENSA NO TEU FUTURO.<br />

Um coração verde bate dentro dos automóveis mais evoluídos. O conceito<br />

de mobilidade está em constante evolução: conte com a tecnologia FIAMM para<br />

apoiar essa mudança. A nova gama de baterias ecoFORCE suporta as necessidades<br />

energéticas dos automóveis mais modernos. Os sistemas Start&Stop e Brake Energy<br />

presentes em automóveis micro-híbridos exigem um uso muito intenso da bateria:<br />

A FIAMM tem a solução ideal para continuar a viajar com eficiência.<br />

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TENDÊNCIAS<br />

DE MERCADO<br />

DE MODO A FIDELIZAR OS CLIENTES,<br />

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AS MELHORES SOLUÇÕES PARA<br />

AOS SEUS PROBLEMAS<br />

CARLOS COELHO, PHAARMPEÇAS<br />

APRENDEMOS MUITO AO LONGO<br />

DA PANDEMIA EM TODAS AS ÁREAS.<br />

SENTIMOS QUE A CAPACIDADE DE<br />

ADAPTAÇÃO E FLEXIBILIDADE<br />

NA ORGANIZAÇÃO SÃO ESSENCIAIS<br />

PARA EVOLUIR E CRESCER.<br />

QUANDO TEMOS A CERTEZA QUE<br />

OS ALICERCES SÃO RESISTENTES<br />

E QUE EXISTE PRONTIDÃO PARA<br />

REAGIR, CONSEGUIMOS ESTAR MAIS<br />

CONFIANTES E ESPERANÇOSOS<br />

JOAQUIM CANDEIAS, BILSTEIN GROUP<br />

CONSIDERAMOS QUE EM PORTUGAL<br />

AS MARCAS DE AFTERMARKET VÃO<br />

CONTINUAR A POSSUIR A MAIOR QUOTA DO<br />

MERCADO PÓS ‐VENDA, POIS AS OFICINAS<br />

INDEPENDENTES, QUE CONTINUAM A SER<br />

EM MAIOR NÚMERO, CONTINUARÃO A<br />

SER MELHOR SERVIDAS PELO MERCADO<br />

AFTERMARKET. QUANTO AO FUTURO, AS<br />

EXIGÊNCIAS DO MERCADO VÃO TORNAR‐<br />

‐SE CADA VEZ MAIORES, E A CAPACIDADE<br />

DE ADAPTAÇÃO DAS EMPRESAS<br />

RELATIVAMENTE À FORMA COMO O<br />

MERCADO EVOLUIR SERÁ ESSENCIAL<br />

FLÁVIO MENINO, AUTOZITÂNIA<br />

PINI<br />

OS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO ATÉ SE<br />

PODEM MANTER, MAS TERÃO QUE<br />

SE REAJUSTAR E REDIMENSIONAR,<br />

ADMITINDO, PORÉM, QUE POSSAM<br />

HAVER ALTERAÇÕES MAIS<br />

PROFUNDAS. HAVENDO O AUMENTO<br />

E A PROLIFERAÇÃO DOS GRUPOS,<br />

BEM COMO O CRESCIMENTO E<br />

TRANSFORMAÇÃO DE ALGUNS<br />

RETALHISTAS, TERÃO QUE HAVER<br />

ADAPTAÇÕES, SOB PENA DE<br />

ALGUÉM NA CADEIA PERDER<br />

PREPONDERÂNCIA<br />

A ADEQUAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO<br />

DE PEÇAS A UM PARQUE DE EVOLUÇÃO<br />

ASSÍNCRONA É MUITO COMPLICADA.<br />

TERÁ TENDÊNCIA PARA OBRIGAR<br />

OS FABRICANTES A ADEQUAR A SUA<br />

PRODUÇÃO À NECESSIDADE DO MERCADO<br />

MAS O QUE NÃO NOS AJUDA É O FOCO<br />

DOS FABRICANTES NO FORNECIMENTO<br />

AO PRIMEIRO EQUIPAMENTO, FICANDO<br />

SEMPRE O PÓS ‐VENDA PARA DEPOIS…<br />

A PANDEMIA ESSENCIALMENTE VEIO<br />

ACELERAR O PROCESSO E O CRESCIMENTO<br />

DO COMÉRCIO ONLINE E DO MARKETING<br />

DIGITAL. O QUE SE PERSPETIVAVA SER<br />

GRADUAL E ACONTECER A MÉDIO/LONGO<br />

PRAZO, ACONTECEU QUASE DE IMEDIATO,<br />

O QUE NOS LEVOU A IMPLEMENTAR<br />

JÁ UM B2B PARA ACESSO ONLINE AO<br />

STOCK. O CONTACTO ONLINE É UMA MAIS<br />

VALIA MAS NÃO SUBSTITUI O CONTACTO<br />

PRESENCIAL. PARA A MOTORBUS SERÁ<br />

SEMPRE FUNDAMENTAL DARMO ‐NOS A<br />

CONHECER, DAR A CARA E CRIAR RELAÇÕES<br />

DE PROXIMIDADE COM O CLIENTE<br />

CARLOS GONÇALVES, FILOURÉM<br />

CARLOS SILVA, KRAUTLI PORTUGAL<br />

PEDRO LEBRE, MOTORBUS<br />

16 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PARA QUE O MERCADO FUNCIONE,<br />

É NECESSÁRIO PRESERVAR E PROTEGER<br />

TODOS OS INTERVENIENTES. É NECESSÁRIO<br />

QUE TODOS APLIQUEMOS ALGUMA<br />

GINÁSTICA FINANCEIRA E CONTRIBUAMOS<br />

PARA QUE HAJA ESTABILIDADE. SÓ ASSIM<br />

CONSEGUIREMOS LUTAR CONTRA AS PERDAS<br />

DE MARGEM E IMPEDIR QUE ALGUÉM SAIA<br />

FRAGILIZADO. AS ALTERAÇÕES DE MERCADO<br />

REPRESENTAM SEMPRE UMA OPORTUNIDADE<br />

PARA QUEM FOR CAPAZ DE SE ADAPTAR<br />

E UMA AMEAÇA PARA QUEM, POR OUTRO<br />

LADO, NÃO ACOMPANHAR O SETOR<br />

JOSÉ CARVALHO, ROMAFE<br />

A CONCORRÊNCIA NO MERCADO<br />

TEM CONDUZIDO INVARIAVELMENTE<br />

AS EMPRESAS A ESMAGAREM A SUA<br />

MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO<br />

POR FORMA A SEREM COMPETITIVAS<br />

AO NÍVEL DO PREÇO. CONTUDO,<br />

ENTENDEMOS QUE A PERSECUÇÃO<br />

DESTA ESTRATÉGIA NÃO LIBERTA<br />

RECURSOS PARA QUE AS<br />

ORGANIZAÇÕES INVISTAM EM NOVOS<br />

PROJETOS, SE RENOVEM, MELHOREM<br />

PROCESSOS E PRESTEM UM SERVIÇO<br />

CADA VEZ COM MAIOR QUALIDADE<br />

E VALOR ACRESCENTADO PARA<br />

O CLIENTE<br />

LUÍS ALMEIDA, JAPOPEÇAS<br />

APENAS PODEMOS CONDICIONAR O<br />

QUE DEPENDE DE NÓS, POR UM LADO<br />

INVESTIR NUMA LOGÍSTICA MAIS<br />

EFICIENTE, QUER NA COMPRA, QUER<br />

NA DISTRIBUIÇÃO AO CLIENTE. POR<br />

OUTRO LADO, ACRESCENTAR VALOR<br />

À PEÇA, ATRAVÉS DE SERVIÇOS<br />

DE VALOR ACRESCENTADO QUE O<br />

CLIENTE VALORIZE. O DISTRIBUIDOR<br />

TEM DE SER MUITO MAIS QUE UM<br />

FORNECEDOR DE PEÇAS, TEM DE SER<br />

UM FORNECEDOR DE SOLUÇÕES<br />

MIGUEL LOPES, APL EXPRESSO<br />

ÕES<br />

HAVERÁ SEMPRE ESPAÇO PARA REDES OFICINAIS<br />

QUE FAÇAM A DIFERENÇA, PROPORCIONANDO SERVIÇOS<br />

DIFERENCIADOS E ACESSO A DADOS E FERRAMENTAS<br />

QUE POSSAM BENEFICIAR CLARAMENTE A VIDA DIÁRIA<br />

DE UMA OFICINA DE REPARAÇÃO AUTOMÓVEL.<br />

É POR AÍ QUE NOS GUIAMOS E PROVA DISSO TEM SIDO O<br />

CRESCIMENTO SUSTENTADO DA CGA CAR SERVICE<br />

E MULTI OFICINA SERVICE<br />

TIAGO DOMINGOS, AUTO DELTA<br />

A AUTO RECTO É UMA DAS EMPRESAS<br />

LÍDERES DE MERCADO NO SETOR ELÉTRICO.<br />

CONTA COM UMA PLATAFORMA B2B QUE TEM<br />

ASSUMIDO CADA VEZ MAIS IMPORTÂNCIA<br />

JUNTO DOS CLIENTES. A ESTRATÉGIA PASSA<br />

POR CONTINUAR A SEGUIR UM CAMINHO<br />

BEM DELINEADO NO QUE A COMPRAS DIZ<br />

RESPEITO, PARA ALÉM DISSO, A EMPRESA<br />

PRETENDE, TAMBÉM, CONTINUAR A<br />

ACOMPANHAR OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS,<br />

RECORRENDO A UMA PRESENÇA DIGITAL<br />

MAIS CONSTANTE<br />

OS STOCKS SÃO MESMO UM PROBLEMA<br />

QUE SE FOI AGRAVANDO COM<br />

O DECORRER DA PANDEMIA, UMA VEZ<br />

QUE FORAM COMEÇANDO A FALTAR<br />

AO NÍVEL DOS FABRICANTES,<br />

OBRIGANDO ‐NOS A GERI ‐LOS COM A<br />

MÁXIMA ATENÇÃO. CLARO QUE TUDO<br />

ISTO TEM UM IMPACTO SIGNIFICATIVO<br />

NO FUTURO DO PREÇO DAS PEÇAS<br />

NO GERAL E EM PARTICULAR<br />

DAS MARCAS PREMIUM<br />

A ELETRIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS<br />

E A CONDUÇÃO AUTÓNOMA SÃO<br />

AO MESMO TEMPO AMEAÇAS<br />

E OPORTUNIDADES. O FACTO<br />

DE OS NOSSOS PRINCIPAIS<br />

FORNECEDORES SEREM<br />

FABRICANTES DE 1º EQUIPAMENTO<br />

DÁ ‐NOS ALGUMA TRANQUILIDADE<br />

QUANTO AO FUTURO, POIS SÃO ELES<br />

QUE ESTÃO A DESENVOLVER TODAS<br />

ESSAS TECNOLOGIAS E QUANDO<br />

PASSAREM PARA O MERCADO<br />

DE AFTERMARKET CONTAMOS<br />

COM ELES E ELES CONNOSCO<br />

ALCINO SOUSA, AUTO RECTO<br />

FILIPE TEIXEIRA, X ‐ACTION<br />

RICARDO ALMEIDA, VICAUTO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 17


ECONOMIA CIRCULAR NO AFTERMARKET<br />

ESTÍMULO<br />

À INOVAÇÃO!<br />

O QUE SERÁ NECESSÁRIO PARA TRANSFORMAR A NOSSA ECONOMIA DESCARTÁVEL NUMA<br />

ECONOMIA ONDE OS RESÍDUOS SÃO ELIMINADOS, OS RECURSOS CIRCULAM E A NATUREZA É<br />

REGENERADA? A RESPOSTA ESTÁ NA ECONOMIA CIRCULAR, O TEMA DA CAMPANHA “REUSE<br />

AFTERMARKET”, QUE O JORNAL DAS OFICINAS LANÇA EM 2022<br />

Uma economia “mais circular” tem vindo<br />

a ser apresentada como um conceito<br />

operacional no caminho para a mudança<br />

de paradigma, tendo em vista<br />

enfrentar os problemas ambientais e<br />

sociais decorrentes da globalização dos mercados e<br />

do atual modelo económico baseado numa economia<br />

linear de “extração, produção e eliminação”.<br />

A Comissão Europeia adotou o novo plano de ação<br />

de economia circular em Março de 2020. É uma<br />

<strong>das</strong> principais pedras angulares do Green Deal -<br />

Acordo Verde Europeu, a nova agenda da Europa<br />

para o crescimento sustentável. A transição da UE<br />

para uma Economia Circular reduzirá a pressão<br />

sobre os recursos naturais e criará crescimento<br />

sustentável e emprego.<br />

A Economia Circular fornecerá aos cidadãos produtos<br />

de alta qualidade, funcionais e seguros, eficientes<br />

e acessíveis, que durem mais tempo e sejam<br />

concebidos para a reutilização, a reparação e a reciclagem<br />

de alta qualidade. Inspirando-se nos mecanismos<br />

dos ecossistemas naturais, que gerem os<br />

recursos a longo prazo num processo contínuo de<br />

reabsorção e reciclagem, a Economia Circular promove<br />

um modelo económico reorganizado, através<br />

da coordenação dos sistemas de produção e consumo<br />

em circuitos fechados.<br />

A Economia Circular ultrapassa o âmbito e foco<br />

estrito <strong>das</strong> ações de gestão de resíduos e de reciclagem,<br />

visando uma ação mais ampla, desde do<br />

redesenho de processos, produtos e novos modelos<br />

de negócio até à otimização da utilização de recursos.<br />

É um conceito estratégico que assenta na<br />

redução, reutilização, recuperação e reciclagem<br />

de materiais e energia, substituindo o conceito de<br />

fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos<br />

circulares de reutilização, restauração e renovação,<br />

num processo integrado.<br />

A Economia Circular é uma nova forma de pensar<br />

o nosso futuro e como nos relacionamos com<br />

o planeta. O destino final de um material deixa de<br />

ser uma questão de gestão de resíduos, mas parte<br />

do processo de design de produtos e sistemas. Assim<br />

podemos eliminar o próprio conceito de lixo:<br />

cada material é aproveitado em fluxos cíclicos, o<br />

que possibilita sua trajetória de produto a produto,<br />

preservando e transmitindo seu valor.<br />

Esta transição, gradual mas irreversível, em direção<br />

a um sistema económico sustentável, constitui<br />

um elemento indispensável da nova estratégia<br />

industrial da UE. Um estudo recente estimou que<br />

a aplicação dos princípios da economia circular à<br />

economia da UE pode gerar um aumento adicional<br />

de 0,5 % do PIB da União até 2030, criando cerca<br />

de 700.000 novos postos de trabalho. Há igualmente<br />

vantagens evidentes para as empresas, dado<br />

que, na UE, as matérias-primas representam, em<br />

média, cerca de 40 % dos custos da produção industrial<br />

ou artesanal, os sistemas em circuito fechado<br />

podem permitir aumentar a rendibilidade<br />

<strong>das</strong> empresas e protegê-las <strong>das</strong> flutuações dos preços<br />

dos recursos.<br />

A economia circular baseada no mercado único e<br />

no potencial <strong>das</strong> tecnologias digitais pode reforçar<br />

a base industrial da UE e promover a criação de<br />

empresas e o empreendedorismo entre as PME. A<br />

adoção de modelos inovadores assentes numa relação<br />

mais próxima com os clientes, na personalização<br />

em massa e na economia de partilha e colaborativa,<br />

apoiados por tecnologias digitais como a<br />

Internet <strong>das</strong> coisas, os megadados e a inteligência<br />

artificial, permitirá acelerar não só a circularidade<br />

mas também a desaterialização da economia, tornando<br />

a Europa menos dependente de matérias-<br />

-primas primárias.<br />

Estratégia de futuro<br />

O plano de ação da Comissão Europeia para a economia<br />

circular estabelece uma estratégia orientada<br />

para o futuro, no intuito de criar uma Europa<br />

mais limpa e mais competitiva em associação com<br />

os agentes económicos, os consumidores, os cidadãos<br />

e as organizações da sociedade civil. Visa acelerar<br />

a mudança transformadora requerida pelo<br />

Pacto Ecológico Europeu, tendo por base as ações<br />

desenvolvi<strong>das</strong> no domínio da economia circular<br />

desde 2015. O presente plano inclui um conjunto<br />

de iniciativas relaciona<strong>das</strong> entre si por forma a estabelecer<br />

um quadro estratégico sólido e coerente,<br />

em que os produtos, serviços e modelos de negócio<br />

sustentáveis sejam a norma e haja uma transformação<br />

dos padrões de consumo no sentido da<br />

prevenção de resíduos. O desenvolvimento deste<br />

quadro estratégico será gradual, sendo dada prioridade<br />

às principais cadeias de valor dos produtos.<br />

Serão toma<strong>das</strong> novas medi<strong>das</strong> para reduzir a produção<br />

de resíduos e garantir o bom funcionamento<br />

do mercado interno da UE para as matérias-primas<br />

secundárias de alta qualidade. A capacidade<br />

da UE se responsabilizar pelos seus resíduos será<br />

igualmente reforçada.<br />

A Europa não alcançará uma mudança transformadora<br />

se atuar isoladamente. A nível mundial, a<br />

UE continuará a liderar o caminho rumo a uma<br />

economia circular e a utilizar a sua influência, saber<br />

fazer e recursos financeiros para concretizar os<br />

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para<br />

2030. O plano visa também garantir que a economia<br />

circular esteja ao serviço <strong>das</strong> pessoas, <strong>das</strong> regiões<br />

e <strong>das</strong> cidades, contribua integralmente para<br />

a neutralidade climática e aproveite o potencial da<br />

investigação, da inovação e da digitalização. Por<br />

último, o plano contempla o desenvolvimento de<br />

um quadro de acompanhamento robusto que contribua<br />

para medir o bem-estar para além do PIB.<br />

Conceber produtos sustentáveis<br />

Até 80 % do impacto ambiental dos produtos é determinado<br />

na fase da conceção. Contudo, o padrão<br />

«extrair, fabricar, utilizar e deitar fora», próprio<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 19


Quadro I // Economia Circular – Menos resíduos, mais valor<br />

Ciclos<br />

biológicos<br />

Aumentar o consumo<br />

de energia renovável<br />

Mineração /<br />

materiais<br />

de fabrico<br />

Ciclos<br />

técnicos<br />

Agricultura /<br />

recolha (Caça<br />

e Pesca)<br />

Fabricante de peças<br />

Fabricante do produto<br />

Recuperação<br />

Matéria-prima<br />

biológica<br />

Prestador de serviços<br />

Reutilizar /<br />

redistribuir<br />

Biosfera<br />

reutilizar /<br />

remanufacturar<br />

Reciclar<br />

Cascatas<br />

Consumidor<br />

Utilizador<br />

Recolha<br />

Recolha<br />

Manutenção<br />

Biogás<br />

Reciclagem<br />

anaeróbica /<br />

compostagem<br />

Extração de<br />

matéria-prima<br />

bioquímica<br />

Recuperação de energia<br />

Aterro<br />

Diminuir as per<strong>das</strong><br />

Fonte: Fundação Ellen MacArthur<br />

da economia linear, não oferece incentivos<br />

suficientes aos produtores<br />

para que apostem na circularidade<br />

dos produtos. Muitos produtos avariam<br />

de forma demasiado rápida e<br />

não podem ser facilmente reutilizados,<br />

reparados ou reciclados, sendo<br />

um grande número fabricado para<br />

utilização única. A Diretiva Conceção<br />

Ecológica vem precisamente<br />

legislar no sentido da indústria adequar<br />

os produtos a uma economia<br />

com impacto neutro no clima, eficiente<br />

em termos de recursos e de<br />

natureza circular, reduzir a produção<br />

de resíduos, bem como garantir que<br />

os resultados obtidos pelas empresas<br />

que estão na vanguarda da sustentabilidade<br />

passam a ser a norma.<br />

No âmbito da Economia Circular, a<br />

Comissão estabelece princípios de<br />

sustentabilidade e outros meios adequados<br />

para regulamentar as seguintes<br />

matérias:<br />

l Melhorar a durabilidade, a possibilidade<br />

de reutilização, a capacidade<br />

de atualização e a reparabilidade dos<br />

produtos, reduzir a presença de produtos<br />

químicos perigosos e aumentar<br />

a eficiência energética dos produtos<br />

e a sua eficiência na utilização dos<br />

recursos;<br />

l Aumentar o teor de materiais reciclados<br />

nos produtos, garantindo<br />

simultaneamente o seu desempenho<br />

e segurança;<br />

l Estimular a remanufactura e a reciclagem<br />

de alta qualidade;<br />

l Reduzir as pega<strong>das</strong> ecológicas e de<br />

carbono;<br />

l Restringir a utilização única e combater<br />

a obsolescência prematura;<br />

l Proibir a destruição de bens duradouros<br />

não comercializados;<br />

l Incentivar o modelo de negócio<br />

«produto como um serviço» ou outros<br />

modelos em que os produtores<br />

mantêm a propriedade dos produtos<br />

ou a responsabilidade pelo desempenho<br />

dos mesmos ao longo do ciclo de<br />

vida;<br />

l Mobilizar o potencial da digitalização<br />

<strong>das</strong> informações sobre os produtos,<br />

incluindo soluções como etiquetagem<br />

e marcas de água digitais;<br />

l Recompensar os produtos com base<br />

no seu desempenho diferenciado em<br />

termos de sustentabilidade, nomeadamente<br />

por meio do estabelecimento<br />

de uma relação entre níveis de desempenho<br />

elevados e incentivos.<br />

Desde as matérias-primas<br />

até à preservação do valor<br />

O sistema circular e o sistema linear<br />

diferem um do outro na forma como<br />

o valor é criado ou mantido. Numa<br />

economia linear, as matérias-primas<br />

são recolhi<strong>das</strong>, depois transforma<strong>das</strong><br />

em produtos que são utilizados até<br />

serem finalmente descartados como<br />

resíduos. O valor é criado neste sistema<br />

económico através da produção<br />

e venda do maior número possível de<br />

produtos.<br />

Uma economia circular segue a abordagem<br />

dos 3R: reduzir, reutilizar e<br />

reciclar. A utilização de recursos é<br />

minimizada (reduzir). A reutilização<br />

de produtos e peças é maximizada<br />

(reutilização). E por último, mas não<br />

menos importante, as matérias-primas<br />

são reutiliza<strong>das</strong> (recicla<strong>das</strong>) a<br />

um nível elevado.<br />

A mobilidade pode servir como um<br />

bom exemplo. A partilha de carros<br />

significa que menos pessoas têm de<br />

comprar os seus próprios carros. Isto<br />

reduz a utilização de matérias primas<br />

(reduzir). Se o motor de um carro estiver<br />

partido, pode ser reparado ou o<br />

chassis e o interior do carro podem<br />

ser utilizados para fazer ou renovar<br />

outro carro (reutilização). Quando<br />

estas peças já não podem ser reutiliza<strong>das</strong>,<br />

o metal, o tecido e o plástico<br />

<strong>das</strong> peças podem ser derretidos para<br />

serem utiliza<strong>das</strong> num carro novo (reciclagem).<br />

Os produtos também podem<br />

ser convertidos em serviços, tais<br />

como Spotify que vende licenças de<br />

audição em vez de CDs. Neste sistema,<br />

o valor é criado concentrando-se<br />

na preservação do valor.<br />

Os modelos empresariais são também<br />

utilizados numa economia circular,<br />

com maior ênfase nos serviços<br />

20 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Quadro II // Elementos de uma economia circular<br />

Capital natural<br />

Utilização de substâncias<br />

não tóxicas e sem<br />

esgotamento dos<br />

recursos naturais<br />

Energias<br />

renováveis<br />

Transição para<br />

as energias<br />

renováveis em vez<br />

da energia fóssil<br />

Reutilização e<br />

reciclagem de alto valor<br />

Maior duração do produto,<br />

maior utilização de peças do<br />

produto e reciclagem<br />

de materiais<br />

Recursos<br />

Eliminação e incineração<br />

Reciclagem<br />

Produção<br />

Reutilização<br />

Reciclagem<br />

Utilização<br />

Novos modelos<br />

de negócio<br />

Pagando pela utilização<br />

em vez da propriedade,<br />

o produtor continua a ser<br />

do proprietário do produto<br />

Conceção<br />

do produto<br />

Tem em conta<br />

a reutilização, a<br />

reparação, a utilização<br />

de peças modulares<br />

e um processo de<br />

produção diferente<br />

Colaboração na cadeia<br />

de fornecimento<br />

Novas alianças entre empresas<br />

em cadeias de produção novas<br />

e estabeleci<strong>das</strong><br />

do que nos produtos. Um exemplo de<br />

um modelo que facilita a transição<br />

para a economia circular é uma combinação<br />

produto-serviço (Product-<br />

-As-A-Service System), que é vista<br />

como um modelo para integrar produtos<br />

e serviços. Um exemplo generalizado<br />

de uma combinação produto-serviço<br />

é o sistema de impressoras<br />

Xerox, no qual as empresas recebem<br />

uma impressora gratuitamente e pagam<br />

por cópia. Este sistema enquadra-se<br />

bem na economia circular,<br />

porque como fabricante, a Xerox tem<br />

interesse em assegurar que a impressora<br />

dure muito tempo, podendo<br />

repará-la e atualizá-la. No sistema<br />

de venda linear, o fabricante beneficia<br />

frequentemente se o produto se<br />

avariar rapidamente para que possa<br />

vender um novo produto.<br />

Economia circular<br />

no aftermarket<br />

O fator mais importante para os benefícios<br />

económicos da economia<br />

circular é a mudança e melhor compreensão<br />

do lado da procura. A forma<br />

como as empresas lidam com os<br />

seus clientes e o papel que desempenham<br />

ao longo <strong>das</strong> suas vi<strong>das</strong> acaba<br />

por conduzir a uma menor utilização<br />

de matérias-primas, a uma menor<br />

produção de resíduos e a mudanças<br />

na produção.<br />

O aftermarket em geral e as oficinas<br />

em particular, têm um papel fundamental<br />

neste processo de transformação,<br />

quer na utilização de<br />

materiais mais sustentáveis, quer<br />

na mensagem positiva que podem<br />

transmitir aos seus clientes, incentivando-os<br />

a serem mais conscienciosos<br />

na escolha dos componentes que<br />

instalam nas suas viaturas.<br />

Esta transição, gradual mas irreversível,<br />

em direção a um sistema<br />

económico sustentável, constitui<br />

um elemento indispensável da nova<br />

estratégia de gestão <strong>das</strong> empresas<br />

aftermarket que querem estar na linha<br />

da frente da circularidade mas<br />

também da desmaterialização da<br />

economia, tornando o setor menos<br />

dependente de matérias-primas primárias.<br />

A transição para a economia<br />

circular será sistémica, profunda e<br />

transformadora para todo o setor<br />

aftermarket, exigindo o alinhamento<br />

e cooperação por parte de to<strong>das</strong> as<br />

partes interessa<strong>das</strong> a todos os níveis<br />

– fabricantes, distribuidores, retalhistas,<br />

oficinas e consumidor final.<br />

Embora 62% <strong>das</strong> empresas do setor<br />

automóvel já tenham a sustentabilidade<br />

como prioridade estratégica,<br />

segundo um estudo realizado pela<br />

Capgemini Research Institute, ainda<br />

falta um longo caminho até à integração<br />

completa do conceito Economia<br />

Empresarial em todo o universo<br />

empresarial.<br />

Com um valor total de 4,7 mil milhões<br />

de euros de peças sobressalentes<br />

reconstruí<strong>das</strong> vendi<strong>das</strong> pelos<br />

fornecedores em 2020, o mercado<br />

pós-venda automóvel já está a contribuir<br />

substancialmente para os<br />

objetivos de economia circular propostos<br />

pela Comissão Europeia no<br />

seu Green Deal. As emissões evita<strong>das</strong><br />

com a comercialização destas peças<br />

remanufactura<strong>das</strong>, considerando o<br />

material retido durante o processo<br />

de refabricação, foram mais de 800<br />

kt CO2 em 2020, uma quantidade<br />

igual às emissões anuais de carbono<br />

de 120.000 cidadãos da EU. Os fabricantes<br />

e distribuidores do setor<br />

automóvel estão a trabalhar em conjunto<br />

na transformação do mercado<br />

pós-venda num negócio sustentável<br />

de reparação e manutenção.<br />

O facto de capacitar os consumidores<br />

e de lhes dar a possibilidade de reduzir<br />

os custos constitui um elemento<br />

central do quadro estratégico para a<br />

sustentabilidade dos produtos. Tendo<br />

em vista reforçar a participação<br />

dos consumidores na economia circular,<br />

fabricantes e distribuidores<br />

devem adotar medi<strong>das</strong> que permitam<br />

obter informações fiáveis e pertinentes<br />

sobre os produtos nos pontos<br />

de venda, incluindo no que respeita<br />

à sua vida útil e à disponibilidade de<br />

serviços de reparação, peças sobressalentes<br />

e manuais de reparação. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 21


OPINIÃO<br />

HELDER VALADAS SARDINHA<br />

BOSCH PRODUCT SPECIALIST ROTATING MACHINES IBERIA E EUROPE SOUTH<br />

A REMANUFATURAÇÃO NO CAMINHO PARA<br />

A SUSTENTABILIDADE NO AFTERMARKET<br />

O CONCEITO DE ECONOMIA CIRCULAR É ALGO QUE ENTROU DE FORMA GERAL EM TODAS AS EMPRESAS<br />

E ÁREAS DE NEGÓCIO, E O SETOR AUTOMÓVEL NÃO É EXCEÇÃO, COM AS EXIGÊNCIAS DOS CONSUMIDORES<br />

A TRANSFORMAR A SUSTENTABILIDADE NUM FATOR ESTRATÉGICO TAMBÉM PARA ESTE SETOR<br />

A<br />

verdade é que se olharmos<br />

para aquilo que nos diz<br />

a História, a indústria<br />

automóvel sempre desempenhou<br />

um papel de liderança tanto na área<br />

da revolução dos processos como<br />

da inovação tecnológica, criando<br />

modelos que depois acabam por<br />

impactar e servir de matriz para a<br />

economia global. Também no que<br />

diz respeito ao compromisso de<br />

reduzir o seu impacto ambiental, a<br />

indústria automóvel assumiu, desde<br />

cedo, a liderança no cumprimento<br />

dos critérios de sustentabilidade,<br />

tanto no que concerne à produção,<br />

como à utilização dos veículos, o<br />

que só tem sido possível graças aos<br />

fortes investimentos em investigação<br />

e desenvolvimento. É exatamente<br />

isso que fica expresso no estudo The<br />

Automotive Industry in the Era<br />

of Sustainability realizado pelo<br />

Capgemini Research Institute,<br />

segundo o qual cerca de 62% <strong>das</strong><br />

empresas do setor automóvel<br />

têm já a sustentabilidade como<br />

prioridade estratégica, isto é,<br />

já dispõem de uma estratégia<br />

para o desenvolvimento da<br />

sustentabilidade com objetivos<br />

bem definidos, defendendo os<br />

especialistas em todo o mundo<br />

que o setor automóvel está à frente<br />

<strong>das</strong> outras indústrias (46%),<br />

ou a par (19%) em matéria de<br />

sustentabilidade.<br />

Ora, para chegar até aqui e continuar<br />

neste caminho, a economia circular<br />

tem-se revelado uma ferramenta<br />

essencial pois ajuda a prologar a<br />

vida útil dos veículos e <strong>das</strong> peças.<br />

Este sistema aplica-se a várias áreas<br />

essenciais da sustentabilidade, desde a<br />

cadeia de abastecimento à reciclagem,<br />

passando pela política de compras e<br />

pelo pós-venda.<br />

Enquanto a procura global por<br />

matérias-primas aumenta, e os<br />

recursos escasseiam, o uso inteligente<br />

e sustentável de matérias-primas<br />

é cada vez mais importante, pois<br />

garante a utilização dos produtos<br />

pelo maior tempo possível e extensão<br />

do seu ciclo de vida. Como resposta<br />

a essa necessidade, processos como<br />

reaproveitamento, reparação,<br />

remanufactura ou reciclagem que são<br />

a base da economia circular, ajudam<br />

a conservar os recursos naturais. Na<br />

prática, e segundo dados da ACEA<br />

(Associação Europeia de Fabricantes<br />

de Automóveis), a utilização de<br />

componentes reciclados reduz até<br />

80% o consumo de energia durante<br />

o processo de fabrico, quando<br />

comparado com a utilização de peças<br />

novas, requerendo 88% menos água<br />

e 90% menos produtos químicos, e<br />

reduzindo o desperdício geral nuns<br />

expressivos 70%.<br />

Para que a cadeia de valor saque o<br />

maior partido destes processos, é<br />

importante que as empresas que<br />

produzem sobretudo para o setor<br />

automóvel façam uma aposta cada vez<br />

mais forte e expressiva em programas<br />

e soluções que contribuam para<br />

promover a reutilização de produtos,<br />

e assim incentivar também as oficinas<br />

a recorrer a peças remanufatura<strong>das</strong><br />

para as reparações nos automóveis.<br />

Se até há uns anos, o recurso por<br />

parte <strong>das</strong> oficinas a este tipo de peças<br />

se devia sobretudo à necessidade de<br />

tornar a reparação economicamente<br />

viável, ou também ao facto de a<br />

produção da peça na origem já ter<br />

sido descontinuada, agora a realidade<br />

começa a ser diferente, e as oficinas<br />

já perceberam que escolher uma<br />

peça remanufaturada pode<br />

perfeitamente ser a primeira<br />

opção, porque garantem a<br />

mesma qualidade ao cliente<br />

final a um menor preço. Os<br />

produtos remanufaturados<br />

em série são parte<br />

importante da tal estratégica<br />

de sustentabilidade e de<br />

promoção da economia<br />

circular. Estes produtos<br />

cumprem os mesmos padrões<br />

<strong>das</strong> peças originais, pois<br />

superam rigorosos testes de<br />

qualidade e funcionalidade,<br />

e além de ser<br />

uma boa opção na hora de reparar<br />

um veículo, são também uma solução<br />

que respeita o meio ambiente e que<br />

demonstra o compromisso para com<br />

a sustentabilidade.<br />

Em comparação com a produção<br />

de peças novas, a remanufaturação<br />

requer menos material e energia, o<br />

que permite importantes poupanças<br />

de recursos naturais e emissões de<br />

CO 2, esta deve ser claramente uma<br />

<strong>das</strong> apostas <strong>das</strong> empresas do setor<br />

automóvel uma vez que garante<br />

qualidade e confiança, tanto junto<br />

<strong>das</strong> oficinas, como do cliente final,<br />

contribuindo assim com o meio<br />

ambiente e a valorização da economia<br />

circular. l<br />

OS PRODUTOS REMANUFATURADOS<br />

EM SÉRIE SÃO PARTE IMPORTANTE DA<br />

ESTRATÉGICA DE SUSTENTABILIDADE E<br />

DE PROMOÇÃO DA ECONOMIA CIRCULAR<br />

22 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


As baterias de chumbo usa<strong>das</strong> devem ser:<br />

- manusea<strong>das</strong> em segurança;<br />

- acondiciona<strong>das</strong> em contentores adequados e devidamente sinalizados;<br />

- encaminha<strong>das</strong> para empresas licencia<strong>das</strong> como é o caso dos centros da<br />

REDE VALORCAR.<br />

Deste modo é assegurada a reciclagem de vários materiais.<br />

O chumbo é fundido e reutilizado no fabrico de novas baterias.<br />

O plástico é reprocessado para fabrico de diversos produtos.<br />

O eletrólito é neutralizado ou reconvertido e usado na<br />

indústria química.


entrevista<br />

JORDI BRUNET GARCIA, SECRETÁRIO GERAL DA EGEA<br />

AS NOVAS AMEAÇAS<br />

SÃO AS MEDIDAS<br />

DE CIBERSEGURANÇA<br />

EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JORNAL DA OFICINAS, O SECRETÁRIO GERAL DA ASSOCIAÇÃO<br />

EUROPEIA DE FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS OFICINAIS (EGEA) DEFENDEU A NECESSIDADE<br />

DE CRIAÇÃO DE LEGISLAÇÃO QUE GARANTA COMPETITIVIDADE DO SECTOR DE PÓS-VENDA FACE<br />

AOS DESAFIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS E DA CIBERSEGURANÇA<br />

A<br />

Associação Europeia de Fabricantes de<br />

Equipamentos Oficinais foi fundada em Paris,<br />

em 1980, e o objetivo é representar os<br />

interesses dos fabricantes e fornecedores de ferramentas<br />

de diagnóstico, equipamentos de teste e oficinais<br />

para as Autoridades Europeias e harmonizar,<br />

sempre que possível, as diferentes normas nacionais<br />

de equipamentos oficinais por toda a Europa. Conta<br />

com 11 associações nacionais como membros e ainda<br />

3 empresas em países sem associação. Representa<br />

uma força de mercado considerável, cerca de 650<br />

empresas com 40.000 colaboradores e um volume<br />

de negócios anual de 2.000M €.<br />

Está constantemente a monitorizar projetos legislativos<br />

europeus e da Comissão Económica <strong>das</strong> Nações<br />

Uni<strong>das</strong> para a Europa (UNECE) que têm impacto<br />

na liberdade de acesso a informações técnicas<br />

e dados sobre veículos, novas tecnologias de teste de<br />

veículos e segurança dos equipamentos. Os grupos<br />

técnicos de trabalho estão a acompanhar novos desenvolvimentos<br />

na tecnologia e legislação dos veículos<br />

e o seu impacto na evolução dos equipamentos<br />

oficinais. Em entrevista ao JO, Jordi Brunet Garcia<br />

falou do trabalho que tem sido desenvolvido junto<br />

da Comissão Europeia em defesa da indústria dos<br />

equipamentos para oficinas auto.<br />

Como têm evoluído os equipamentos oficinais<br />

em termos de qualidade de construção, fiabilidade<br />

e tecnologia?<br />

De várias maneiras. Apenas para mencionar algumas,<br />

hoje o software constitui a grande parte do<br />

valor e do custo de desenvolvimento de todos os<br />

equipamentos de diagnóstico. Os equipamentos<br />

oficinais tornaram-se, em geral, muito mais específicos<br />

em termos de aplicação: pense em equipamento<br />

dedicado apenas à verificação inicial, por<br />

exemplo. Por último, mas não menos importante,<br />

todos os equipamentos estão a evoluir para IoT ficando<br />

ligados a um ambiente de trabalho.<br />

O acesso aos dados dos veículos é algo que está<br />

a condicionar o trabalho de muitas oficinas.<br />

Qual é a posição da EGEA sobre esta matéria<br />

e o que deve ser feito para que as oficinas<br />

independentes tenham acesso a estes dados?<br />

À medida que a tecnologia automóvel se torna<br />

mais complexa devido aos novos componentes<br />

eletrónicos, às novas cadeias cinemáticas, etc.,<br />

o acesso adequado aos dados nos veículos é cada<br />

vez mais importante para manter um equilíbrio<br />

justo no setor do aftermarket automóvel. Na nossa<br />

opinião, a melhor forma de garantir um acesso<br />

adequado aos dados dos veículos é através da<br />

legislação, de forma a garantir que os fabricantes<br />

de veículos são obrigados a conceder acesso, com o<br />

mesmo detalhe, aos operadores independentes e à<br />

sua própria rede de concessionários.<br />

A Comissão Europeia deverá apresentar legislação<br />

sobre esta matéria no primeiro trimestre de 2022.<br />

Que envolvimento tem a EGEA no regulamento<br />

da nova legislação?<br />

A EGEA é membro do grupo de trabalho da Co-<br />

missão Europeia sobre veículos automóveis, que se<br />

dedica a discussões entre to<strong>das</strong> as partes interessa<strong>das</strong><br />

dos governos, indústria e associações de consumidores<br />

envolvi<strong>das</strong> nas atividades regulamentares<br />

relativas aos veículos a motor. Este grupo de<br />

trabalho está a ajudar a Comissão na elaboração<br />

da legislação relativa à homologação dos veículos,<br />

que supostamente incluirá disposições relativas ao<br />

acesso aos dados dos veículos. A EGEA mantém,<br />

igualmente, contactos diretos com a DG-GROW e<br />

outros organismos da Comissão, a fim de garantir<br />

que a futura legislação concede os direitos do mercado<br />

pós-venda.<br />

Qual é a opinião da EGEA sobre a Plataforma<br />

Aberta de Telemática Segura (S-OTP).<br />

Considera que é uma boa solução para resolver<br />

o problema do acesso aos dados dos veículos?<br />

A S-OTP é um conjunto de regras e medi<strong>das</strong> neutras<br />

em termos tecnológicos que permitirão a todos<br />

os prestadores de serviços (ISP) instalar as<br />

suas próprias aplicações no veículo. Aplicações<br />

autoriza<strong>das</strong> e seguras requerem acesso em tempo<br />

real, a dados e funções gerados também em tempo<br />

real através de interfaces de software seguras e sem<br />

riscos, e capacidade de interagir com o condutor<br />

utilizando o HMI dos veículos (Interface-Humano-Máquina)<br />

e comunicar com as suas próprias<br />

plataformas «off-board» de forma não monitorizada<br />

e não distorcida. Este modelo contrasta com<br />

o modelo de Veículo Conectado proposto pelos fabricantes<br />

de veículos, onde os dados do veículo são<br />

24 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


OS FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS PROVARAM A SUA CAPACIDADE<br />

DE CONCEBER E DISPONIBILIZAR EQUIPAMENTOS INOVADORES AO LONGO<br />

DOS ANOS E A INDÚSTRIA CONTINUA A PRECISAR DESTA COMPETÊNCIA


JORDI BRUNET<br />

GARCIA<br />

Diesel, que por razões físicas já não<br />

é possível em veículos modernos com<br />

medição de opacidade, e três países<br />

da UE já apresentaram planos firmes<br />

para a sua introdução. Há que<br />

pôr em prática uma abordagem unificada<br />

esta deve basear-se numa definição<br />

genérica de materiais, procedimentos<br />

de teste, limites de aceitação/<br />

recusa, bem como as categorias de<br />

veículos em causa (a partir do Euro<br />

5B ou superior).<br />

Será também possível testar os<br />

sistemas eletrónicos dos veículos,<br />

através da tomada OBD, nos centros<br />

de inspeção?<br />

Na minha opinião, a testagem efetiva<br />

dos sistemas eletrónicos dos veículos<br />

através da tomada OBD nos centros<br />

de inspeção só será possível quando<br />

existir uma norma como a ePTI definida<br />

na ISO20730. Espera-se que<br />

esta norma seja publicada no próximo<br />

ano, mas, para que se torne obrigató-<br />

A Associação Europeia de Fabricantes<br />

de Equipamentos Oficinais, através<br />

<strong>das</strong> empresas que são membros <strong>das</strong><br />

suas associações nacionais europeias,<br />

agrupam conhecimentos e experiência<br />

substanciais no design, operação<br />

e apoio técnico dos equipamentos<br />

especializados necessários para diagnosticar,<br />

reparar e recalibrar sistemas<br />

automatizados de assistência ao condutor.<br />

A EGEA publicará em breve<br />

um documento de Boas Práticas de<br />

reparação e calibração para ADAS,<br />

para ajudar a contribuir para melhorar<br />

as competências dos profissionais<br />

do aftermarket nesta matéria.<br />

E o equipamento de diagnóstico será<br />

compatível com a arquitetura de<br />

cibersegurança do veículo?<br />

A introdução do Regulamento R155<br />

da UNECE sobre cibersegurança na<br />

legislação da UE terá um impacto nos<br />

equipamentos de diagnóstico multimarca,<br />

pois permitirá aos fabricantes<br />

A MELHOR FORMA DE GARANTIR UM ACESSO ADEQUADO AOS DADOS<br />

DOS VEÍCULOS É ATRAVÉS DA LEGISLAÇÃO, DE MODO A GARANTIR<br />

QUE OS FABRICANTES DE VEÍCULOS SÃO OBRIGADOS A CONCEDER ACESSO<br />

AOS OPERADORES INDEPENDENTES<br />

encaminhados através do servidor de<br />

back-end dos construtores, que se<br />

torna a única fonte de origem para os<br />

ISP, limitando o desenvolvimento de<br />

novos serviços, tecnicamente avançados<br />

e competitivos por terceiros.<br />

Qual é a posição da EGEA sobre as<br />

inspeções técnicas dos veículos<br />

atualmente pratica<strong>das</strong> na Europa?<br />

Considera que os procedimentos<br />

estão atualizados ou é necessário<br />

modernizar os centros de inspeção<br />

com novos equipamentos e testes?<br />

O objetivo dos testes nos Centros<br />

de Inspeção é garantir a segurança,<br />

o cumprimento dos requisitos de<br />

emissões e confirmar que todos os<br />

sistemas relacionados estão a funcionar<br />

corretamente ao longo da<br />

vida útil do veículo. Cada vez mais os<br />

veículos estão equipados com novos<br />

sistemas baseados em sensores sofisticados<br />

e software complexo e nos últimos<br />

anos têm demonstrado que são<br />

frequentemente alvo de adulteração,<br />

desativação ou reparação e manutenção<br />

inadequada. São exemplo<br />

disso os airbags, a gestão do motor,<br />

os filtros de partículas ou os sistemas<br />

de AdBlue. Uma vez que a tecnologia<br />

dos veículos evolui constantemente,<br />

a EGEA considera que as Inspeções<br />

Técnicas de Veículos devem evoluir<br />

da mesma forma, com novos procedimentos<br />

e equipamentos capazes de<br />

testar to<strong>das</strong> estas novas tecnologias.<br />

O controlo <strong>das</strong> emissões de<br />

partículas dos veículos a gasóleo<br />

continua a não ser eficaz. Que<br />

alterações devem ser feitas para<br />

tornar este controlo mais rigoroso?<br />

A experiência adquirida com a aplicação<br />

do regulamento existente mostra<br />

que a utilização de opacímetros<br />

continua a ser relevante para veículos<br />

até à categoria Euro 5A (inclusive).<br />

Além disso, o controlo do bom<br />

funcionamento do filtro de partículas<br />

deve ser feito através da medição<br />

do número de partículas. Vários estudos<br />

demonstram que a medição do<br />

número de partículas é um meio eficiente<br />

e adequado para determinar<br />

defeitos e adulteração nos motores<br />

ria para os fabricantes de veículos,<br />

terá de ser mencionada na legislação<br />

de homologação. Sem esta ferramenta,<br />

não me parece que seja viável a testagem<br />

dos sistemas, para além da que<br />

está relacionada com as emissões, que<br />

já estão estandardizados e presentes<br />

no parque automóvel atual.<br />

Os sistemas ADAS e de<br />

cibersegurança instalados em<br />

veículos novos são mais difíceis<br />

de reparar e calibrar. Como é que<br />

os equipamentos oficinais se<br />

adaptaram e evoluíram para estes<br />

novos sistemas?<br />

Há cada vez mais sistemas de assistência<br />

ao condutor a serem tornados<br />

obrigatórios pela legislação europeia<br />

(por exemplo, o UE 2019/2144) e há<br />

muitos mais sistemas a ser implementados<br />

por cada fabricante de veículos,<br />

quer de série ou como opcionais.<br />

Muitas oficinas ainda não estão totalmente<br />

familiariza<strong>das</strong> com todos estes<br />

sistemas de assistência automatizados<br />

e, consequentemente, os métodos<br />

corretos para os reparar e recalibrar.<br />

de veículos a implementação e avaliação<br />

<strong>das</strong> suas próprias medi<strong>das</strong> de<br />

cibersegurança. É claro que a EGEA<br />

é contra a ciber-proteção do veículo,<br />

mas precisamos de introduzir na legislação<br />

disposições de forma a receber<br />

as informações necessárias sobre<br />

a cibersegurança dos fabricantes de<br />

veículos, de modo a que os nossos<br />

fabricantes possam desenvolver e fornecer<br />

ferramentas compatíveis com a<br />

arquitetura proprietária de cibersegurança<br />

do veículo.<br />

Qual é a posição da EGEA sobre<br />

o futuro do MVBER? O que deve<br />

ser feito para que este continue a<br />

proteger os direitos <strong>das</strong> oficinas<br />

independentes e do mercado pósvenda<br />

em geral?<br />

Defendemos a renovação e a melhoria<br />

do regulamento. Teremos disposições<br />

mais específicas relativas ao acesso à<br />

informação e, uma vez que a legislação<br />

em vigor é de 2010, a adaptação<br />

às novas tecnologias. As oficinas precisam<br />

de acesso aos dados dos veículos,<br />

à informação sobre reparação<br />

26 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


e manutenção e à informação sobre<br />

peças de substituição e o quadro legal<br />

europeu de concorrência deve continuar<br />

a garantir um acesso eficaz a<br />

estas características para operadores<br />

independentes multimarca.<br />

Os veículos estão a tornar-se<br />

cada vez mais informatizados e<br />

complexos. Que dificuldades traz<br />

esta rápida evolução tecnológica<br />

aos equipamentos de oficina?<br />

Mais do que dificuldades temos de<br />

vê-las como desafios. As nossas empresas<br />

estão a investir muitos recursos<br />

para disponibilizar ao mercado<br />

os equipamentos capazes de fazer a<br />

manutenção e reparação dos veículos<br />

mais modernos. Alguns exemplos<br />

são novos equipamentos de teste de<br />

suspensão baseados na mudança de<br />

fase, equipamento de teste de feixes<br />

de cabeça capazes de diagnosticar faróis<br />

de última geração, contadores de<br />

partículas de fumo, etc...<br />

de reparação é cada vez mais importante<br />

para manter um equilíbrio justo<br />

no setor do aftermarket. As novas<br />

ameaças são as medi<strong>das</strong> de cibersegurança<br />

que estabelecem direitos de<br />

acesso individuais com base em certificados<br />

(emitidos pelo fabricante do<br />

veículo), bem como as capacidades<br />

de conetividade dos novos veículos e<br />

a possibilidade de troca de dados entre<br />

o fabricante os próprios automóveis.<br />

Como sabemos, hoje o processo<br />

de reparação e serviço já não começa<br />

na porta da oficina, mas sim remotamente<br />

do lado do consumidor. E<br />

esta é, atualmente, uma grande vantagem<br />

para os fabricantes de veículos<br />

e respetivos concessionários. Por<br />

isso, é muito importante trabalhar<br />

tanto nas legislações de homologação<br />

como do MVBER para encontrar<br />

as soluções adequa<strong>das</strong> para os vários<br />

interesses do mercado pós-venda e<br />

dos consumidores.<br />

menos trabalho e comprarão menos<br />

equipamentos?<br />

É verdade que a manutenção de veículos<br />

elétricos é diferente da manutenção<br />

de um veículo com um motor<br />

de combustão interna e que, deste<br />

modo, o mercado pós-venda terá de<br />

evoluir em conformidade. Mas ainda<br />

haverá sistemas para testar e, consequentemente,<br />

serão necessários<br />

equipamentos. Por exemplo, os aparelhos<br />

para testar baterias elétricas e<br />

componentes dos veículos híbridos<br />

irão substituir os equipamentos de<br />

testes de emissões. Existem também<br />

possíveis novos serviços ligados aos<br />

veículos elétricos, como: A otimização<br />

do veículo, incluindo o alinhamento<br />

<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, a eficácia do sistema<br />

de arrefecimento, o alinhamento<br />

do motor, a potência regeneradora e<br />

quaisquer outros fatores que possam<br />

afetar a gama de baterias. Relatórios<br />

do estado do carro, com o diagnóstico<br />

dos vários fatores que afetam o estado<br />

ainda o sistema de climatização, que é<br />

mais complicado nestes veículos. Procurar<br />

conectores de fluidos, válvulas<br />

inteligentes e bombas de calor serão<br />

novas categorias de serviço no futuro.<br />

Quais serão as maiores<br />

ameaças e, por outro lado, as<br />

maiores oportunidades de toda<br />

esta evolução do negócio de<br />

equipamentos oficinais?<br />

Certamente que a nova mobilidade<br />

está a criar ameaças. Pense nos veículos<br />

elétricos: diagnósticos e procedimentos<br />

de teste completamente<br />

diferentes a ter em conta. E a mobilidade<br />

partilhada? Não pode funcionar<br />

sem manutenção planeada/preditiva,<br />

o que significa equipamento<br />

conectado. Mas to<strong>das</strong> as ameaças são<br />

oportunidades para aqueles que conseguem<br />

ser pioneiros no mercado. Os<br />

fabricantes de equipamentos provaram<br />

a sua capacidade de conceber e<br />

disponibilizar equipamentos inova-<br />

A EGEA PUBLICARÁ EM BREVE UM DOCUMENTO DE BOAS PRÁTICAS<br />

DE REPARAÇÃO E CALIBRAÇÃO PARA ADAS, PARA AJUDAR A CONTRIBUIR<br />

A MELHORAR AS COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DO AFTERMARKET<br />

NESTA MATÉRIA<br />

Estará salvaguardado o direito à livre<br />

reparação de veículos numa oficina<br />

independente, mesmo quando<br />

estes ainda estão no período de<br />

garantia <strong>das</strong> marcas, ou haverá mais<br />

restrições?<br />

À medida que a tecnologia automóvel<br />

se torna mais complexa devido<br />

aos novos componentes eletrónicos,<br />

novos sistemas de motorização, etc.,<br />

a legislação sobre o direito adequado<br />

EGEA<br />

Secretário geral<br />

Jordi Brunet Garcia<br />

Morada Avenue Arnaud Fraiteur,<br />

15-23 – 1050 Bruxelas – Bélgica<br />

Telefone +32.499-390.459<br />

Email sg@egea-association.eu<br />

Site www.egea-association.eu<br />

Depois de um ano e meio de<br />

pandemia, os efeitos da crise<br />

no negócio <strong>das</strong> empresas de<br />

equipamentos foram piores ou<br />

menores do que o esperado?<br />

A EGEA realizou um inquérito<br />

aos seus associados em meados de<br />

2020. Como se esperava, as nossas<br />

empresas registaram uma queda<br />

importante do volume de negócios,<br />

mas, felizmente, o nosso sector não<br />

foi tão atingido como outros, não<br />

houve lay-offs significativos, nem<br />

empresas a encerrar. Apesar de<br />

ainda ser um pouco cedo para tirar<br />

conclusões, uma vez que as consequências<br />

da pandemia ainda não<br />

se manifestam totalmente, todos<br />

apontam para a necessidade de ter<br />

estruturas mais flexíveis, pequenas,<br />

reativas e eficientes, capazes de se<br />

adaptar imediatamente a uma procura<br />

em constante mudança.<br />

Os veículos elétricos requerem<br />

menos manutenção do que os<br />

veículos a combustão. Acha que,<br />

por isso, no futuro, as oficinas terão<br />

geral da bateria e com comparações<br />

com outros veículos semelhantes. Verificações<br />

da proteção do sistema de<br />

arrefecimento, que protege itens de<br />

alto custo como a bateria, motores,<br />

módulos eletrónicos e inversores e<br />

dores ao longo dos anos e a indústria<br />

continua a precisar desta competência<br />

para disponibilizar equipamentos<br />

conectados, para aplicações específicas<br />

da aplicação e orientados para o<br />

trabalho na oficina do futuro. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 27


LUÍS VIEIRA E MANUEL MONTEIRO, FUNDADORES DA B-PARTS<br />

SEM STOCK<br />

NÃO SE VENDEM PEÇAS


entrevista<br />

COMEÇARAM EM 2015, DE MANSINHO, E ATUALMENTE SÃO A MAIOR EMPRESA A NÍVEL MUNDIAL<br />

DE COMÉRCIO DE PEÇAS USADAS ONLINE... E SÃO PORTUGUESES. FOMOS SABER QUAL<br />

É O SEGREDO DO SUCESSO DA B-PARTS, QUE FOI ADQUIRIDA POR UM DOS MAIORES GRUPOS AUTOMÓVEIS<br />

DO MUNDO – A STELLANTIS – À CONVERSA COM OS SEUS FUNDADORES, LUÍS VIEIRA E MANUEL MONTEIRO<br />

B-Parts é um fenómeno que já não é só português,<br />

mas também mundial. A retalhista de peças auto<br />

originais usa<strong>das</strong> com garantia, criada por Luís<br />

Vieira e Manuel Monteiro em 2015 tem tido um<br />

crescimento exponencial e foi, também por isso,<br />

adquirida pelo Grupo Stellantis, em julho de<br />

2020. Com uma rede de centros de abate na Europa<br />

e com clientes em 115 países, tem por objetivo<br />

simplificar e melhorar a aquisição de peças<br />

usa<strong>das</strong>, oferecendo um serviço de entrega e pós-<br />

-venda único no setor. A empresa Portuense, que<br />

estreou novas e amplas instalações no passado mês<br />

de novembro, está numa <strong>das</strong> melhores fases da sua<br />

(ainda) curta existência e apresenta crescimentos<br />

muito acima da média, tendo em conta o mercado.<br />

Os projetos para o futuro são muitos e todos com<br />

«pernas para andar».<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi perceber o que está por<br />

detrás do sucesso e como funciona todo o processo<br />

que parece ser simples, mas que acarreta procedimentos<br />

complexos e uma equipa multifuncional<br />

capaz de fazer funcionar sete departamentos de<br />

forma perfeita. “Definimos de imediato que teríamos<br />

de ser uma empresa de serviços. Por acaso<br />

vendemos peças usa<strong>das</strong>, mas aquilo que queremos<br />

é dar formação de serviço. E definimos tudo, desde<br />

logo. Pensámos em quais seriam os departamentos<br />

mais fortes: costumer care, costumer support, sales<br />

team e a logística integrada nos pagamentos”,<br />

referem.<br />

A B-Parts é um conceito de empresa de futuro e<br />

está constituída por vários departamentos: sales<br />

(ven<strong>das</strong> onde se falam sete línguas), equipa de supply,<br />

departamento de contas, que é quem gere os<br />

fornecedores, pós-venda, equipa de logística, departamento<br />

financeiro, desenvolvimento e marketing.<br />

A longo prazo, o objetivo é ter uma presença<br />

ainda mais forte no mercado europeu, mas atualmente<br />

já são líderes europeus no comércio de peças<br />

originais usa<strong>das</strong>.<br />

“Claro que para lá chegarmos o investimento foi<br />

grande. Nos primeiros dois anos despejamos dinheiro<br />

na empresa. Queríamos logo de início um<br />

nível de serviço muito forte. A questão <strong>das</strong> garantias,<br />

a questão de termos sempre uma resposta<br />

para o nosso cliente. Fosse nosso prejuízo, prejuízo<br />

do cliente, do fornecedor ou da logística, mas tínhamos<br />

de ter sempre um fim para um processo<br />

que foi iniciado com uma reparação. Estamos a<br />

falar de produto automóvel, produto eletrónico,<br />

produtos usados, estamos a falar de coisas muito<br />

estanques”, rematam.<br />

Atualmente chegam a mais de 100 países (mais<br />

propriamente 115, como foi referido anteriormente)<br />

e a empresa foi preparada para gerir tudo isto,<br />

nunca de uma forma danosa para o cliente, mas<br />

de uma forma equilibrada e com bom senso: “Uma<br />

coisa boa que conseguimos, foi implementar logo<br />

desde o início o bom senso na resolução de problemas<br />

com os clientes”.<br />

Outro dos objetivos da B-Parts, foi estruturar um<br />

mercado muito fragmentado, esclarecem, “quando<br />

COM UMA REDE DE CENTROS DE ABate NA EUROPA E COM CLIENTES<br />

EM 115 PAÍSES, A B-Parts TEM POR OBJETIVO SIMPLIFICAR E MELHORAR<br />

A AQUISIÇÃO DE PEÇas USADas, OFERECENDO UM SERVIÇO DE ENTREGA<br />

E PÓS-VENDA ÚNICO NO SETOR<br />

começamos, em 2015, o mercado português era hiper<br />

fragmentado. A zona de Leiria ia até Coimbra,<br />

depois havia só Lisboa e só o Porto. Nós queríamos<br />

agrupar uma rede de fornecedores, estruturá-la e<br />

dedicar-lhe todos os nossos procedimentos de garantia<br />

e ter uma equipa de suporte para isso, até<br />

porque trabalhamos uma área com detalhes muito<br />

subjetivos como as peças para automóveis, e temos<br />

de lidar com o bom senso de resolver tudo da<br />

melhor forma. Tínhamos um desafio tecnológico<br />

importante quando começámos, porque não existiam<br />

assim tantas ferramentas quanto isso. Existe<br />

um software grande em Portugal que é o Atena, de<br />

uma empresa de Famalicão, que são nossos parceiros,<br />

mas a adesão era muito baixa, ou seja, existiam<br />

as ferramentas, mas eram poucos os que a utilizavam.<br />

Assim, a única forma que observámos para<br />

resolver o problema foi criar uma mini ferramenta<br />

de gestão direta do nosso site, uma aplicação Android<br />

que identificava o carro, selecionava as peças<br />

que queriam colocar à venda e automaticamente<br />

ficavam disponíveis na B-Parts. Foi grande evolução<br />

e funcionou em pleno”, explicam os nossos<br />

entrevistados.<br />

Atualmente, a empresa gere um stock de quase cinco<br />

milhões de peças, um número imbatível que foi<br />

sendo conquistado pelos próprios através da ajuda<br />

que davam aos fornecedores. Por exemplo, quando<br />

os fornecedores não tinham inventário, a B-Parts<br />

colocou equipas no terreno equipa<strong>das</strong> com um software<br />

desenvolvido pela empresa para os ajudar e<br />

sem quaisquer custos. “Claro que existiam os Velhos<br />

do Restelo, que não queriam stock ou que não<br />

queriam sequer saber o stock que tinham, mas nós<br />

fazíamos questão de reforçar a ideia de que sem<br />

stock não vendiam e garantimos que conseguiam<br />

vender peças para toda a Europa e não só no bairwww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Janeiro 2022 29


LUÍS VIEIRA E<br />

MANUEL MONTEIRO<br />

A B-parts É UM MARKETPLACE, QUE OFERECE UM EFICIENTE<br />

E transparente SERVIÇO BaseaDO NA EXPERIÊNCIA<br />

DE UMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR E NA QUALIDADE DE UM STOCK<br />

DE PEÇAS DE vários PAÍSES, COM SIGNIFICativos AUMENTOS<br />

nas VENDas E ENTREGas EM MAIS DE 100 PAÍSES<br />

ro onde tinham a loja, tal como estavam<br />

acostumados. Dizíamos-lhes,<br />

repare, assim sai do comércio local<br />

e o seu mercado é multiplicado por<br />

milhões”, contam.<br />

Crescimento imparável<br />

A primeira versão da B-Parts, se é<br />

que se pode chamar assim, foi desenvolvida<br />

entre julho e dezembro<br />

de 2014, quando implementada a<br />

aplicação de procura de peças. A empresa<br />

iniciou atividade com um stock<br />

de 2.000 artigos e a partir daí começaram<br />

à procura fora de Portugal, até<br />

porque era precisamente aí que podiam<br />

crescer em stock: “O primeiro<br />

fornecedor espanhol que tivemos foi<br />

em setembro de 2015. Em 2016 intensificámos<br />

a abertura da rede em<br />

Espanha. Eles eram mais evoluídos,<br />

já tinham muita coisa em formato<br />

digital e tinham cerca de 20 mil<br />

artigos, dez vezes mais do que nós.<br />

A partir daí o mercado português<br />

começou a ganhar maturidade, começou-se<br />

a implementar o software<br />

e nós temos processos de sincronização<br />

de stocks com essa ferramenta<br />

que nos permitem estar em to<strong>das</strong><br />

as áreas. O que é importante referir<br />

é que, na altura do projeto e durante<br />

o processo de desenvolvimento<br />

da ferramenta, cerca de 70 ou 80%<br />

<strong>das</strong> nossas primeiras equipas de recursos<br />

humanos eram developers. A<br />

partir daí, e através de oficinas e de<br />

companhias de seguros, concluímos<br />

que a grande arma que podíamos<br />

ter na empresa era a oferta, a quantidade<br />

de stock. Não era uma questão<br />

comercial de clientes, mas uma<br />

questão de ativo de fornecedores. O<br />

nosso sucesso ou insucesso está em<br />

organizar a base da empresa que é o<br />

stock, ter sempre stock. Podemos ter<br />

a plataforma mais bonita do mundo,<br />

podemos ter tudo de bom, mas senão<br />

tivermos stock...” revelam, só para se<br />

ter uma ideia de um dos segredos do<br />

sucesso da empresa.<br />

Um centro de abate médio tem, em<br />

termos de catalogação de peças cerca<br />

de vinte mil e a B-Parts, como referido,<br />

chega quase aos cinco milhões.<br />

Tudo isto se consegue com bons fornecedores<br />

e são eles uma parte muito<br />

importante da B-Parts. Aliás, não é<br />

qualquer centro de abate que fornece<br />

peças para a B-Parts. É a empresa<br />

que os seleciona, até porque é preciso<br />

ter a certeza de que não vão existir<br />

problemas com garantias e por aí<br />

fora. A rede de fornecedores vai aumentando,<br />

tendo em conta a procura<br />

do mercado. “Todos têm de ser certificados,<br />

todos têm de ter contrato<br />

assinado connosco para podermos<br />

estar tranquilos no serviço que estamos<br />

a oferecer ao cliente”, garantem<br />

Luís Vieira e Manuel Monteiro. E a<br />

verdade é que funciona, pois o sucesso<br />

da empresa tem sido notório, com<br />

crescimentos fora do vulgar. “No ano<br />

passado crescemos «só» 67% e este<br />

ano vamos chegar aos 95%, mas<br />

em termos de fornecedores estamos<br />

sempre a crescer (um aumento de<br />

cerca de 20%). Isto quer dizer que<br />

cada um deles tem de nos dar garantias<br />

de crescimento de 80%. Estando<br />

com a B-Parts, eles sabem que vão<br />

ter um crescimento grande, porque<br />

nós fazemos a ponte entre o fornecedor<br />

e o cliente. Os fornecedores estão<br />

realmente satisfeitos com o nosso<br />

trabalho, temos perfeita noção disso”,<br />

salientam.<br />

A internacionalização<br />

O sucesso da B-Parts não passou<br />

despercebido ao mercado e logo em<br />

2017, dois anos depois de terem iniciado<br />

atividade, foram contatados<br />

por alguns grandes clientes. Eram a<br />

única empresa neste negócio e isso<br />

também foi vital. Vital para que a<br />

Stellantis tivesse conhecimento do<br />

trabalho da B-Parts e quisesse fazer<br />

uma parceria. O acordo foi fácil de<br />

estabelecer e é explicado pelos dois<br />

responsáveis da empresa: “em Portugal<br />

temos uma quota enorme nos<br />

profissionais e uma mais reduzida<br />

nos particulares. Lá fora está totalmente<br />

invertido. Cá, temos as companhias<br />

de seguros connosco que<br />

acreditaram desde início no projeto<br />

da B-Parts (ver caixa). Estamos com<br />

a Stellantis de corpo e alma e o único<br />

objetivo que temos com este negócio<br />

passa por podermos aceder às oficinas<br />

como fornecedores. Estamos na<br />

plataforma da Stellantis, que fornece<br />

to<strong>das</strong> estas oficinas, a Service Box, e<br />

este ano foi de preparação tecnológica<br />

e de aculturamento. O ano de<br />

2022 é que vai ser a grande aposta.<br />

Todo o crescimento que falamos até<br />

aqui é apenas do nosso canal, é isolado.<br />

Ainda não entramos no campeonato<br />

Stellantis. A partir de agora teremos<br />

mais potencial. Por exemplo,<br />

em França já se podem comprar as<br />

30 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


nossas peças usa<strong>das</strong> através da Feu<br />

Vert e é um negócio que será replicado<br />

na Península Ibérica. O que<br />

sempre quisemos fazer foi replicar<br />

o nosso modelo noutras geografias e<br />

não só na Europa. No entanto, sempre<br />

que vamos replicar, isso obriga a<br />

criar uma rede no local, o que é mais<br />

moroso, mas tem sido possível. Temos<br />

a obrigação empresarial de levar<br />

a B-Parts para outras paragens e temos<br />

vindo a aprender com isso, e a<br />

Stellantis vai ajudar”, entendem.<br />

Peças usa<strong>das</strong> de qualidade<br />

O controlo de qualidade <strong>das</strong> peças<br />

usa<strong>das</strong> é um processo de confiança,<br />

mas não só. Há um compromisso<br />

de avaliação, com cada um dos for-<br />

Imagine, sete geografias diferentes<br />

de compra e há um que diz… «não<br />

esse cartão é uma estupidez» e outro<br />

diz, «bom, bom eram os cantos ao<br />

contrário» … seria impossível de gerir.<br />

Portanto, nós encontramos uma<br />

forma nossa e dissemos, a partir de<br />

agora têm de passar a fazer assim”.<br />

A diferença agora, comentam, são<br />

“os quilómetros que as encomen<strong>das</strong><br />

percorrem”. Se antigamente vendiam<br />

no bairro, agora as peças já vão para<br />

longe e precisam de estar uniformiza<strong>das</strong>.<br />

Por isso, está tudo centralizado<br />

na B-Parts, desde o processo<br />

logístico, de venda, reclamação, ou<br />

devolução, pelo que assim os clientes<br />

utilizam, de facto, a plataforma”,<br />

garantem. E a plataforma é um su-<br />

SEGUROS EM PARCERIA<br />

COM A EUROP ASSISTANCE<br />

Europ Assistance em parceria com a B-Parts<br />

lançou um seguro de indemnização para<br />

mão de obra no mercado de reparação<br />

automóvel. A nova parceria permite que<br />

os clientes da B-Parts (reparadores de<br />

automóveis e clientes finais) adquiram uma<br />

peça usada na loja online e beneficiem,<br />

gratuitamente, de um seguro durante um<br />

período de 12 meses e até 150 euros para<br />

compensação de mão de obra da montagem<br />

ou desmontagem de motores e caixas<br />

de velocidades em caso de defeito ou não<br />

conformidade destes componentes. “Tendo<br />

a B-Parts uma pegada comercial em mais<br />

de 115 países, todo o valor que possamos<br />

acrescer ao nosso produto, nomeadamente<br />

em termos de serviço, terá um impacto<br />

real nos nossos clientes. A parceria com a<br />

Europ Assistance é uma mais-valia única no<br />

mercado em que operamos e, com esta característica,<br />

mantemos o percurso a que nos<br />

propusemos, de profissionalizar o comércio<br />

europeu de peças originais auto usa<strong>das</strong>,<br />

mantendo o foco não só no crescimento,<br />

mas especialmente na comodidade dos<br />

nossos clientes, particulares ou profissionais”<br />

afirmam Manuel Araújo Monteiro e<br />

Luís Sousa Vieira.<br />

A aquisiçÃO DA B-PARTS PELO GRUPO STELLANTIS VAI TRAZER<br />

UM ENORME POTENCIAL DE CRESCIMENTO PARA A EMPRESA.<br />

EM TERMOS DE MERCADO, SÓ O GRUPO PSA GERE MILHARES DE OFICINAS<br />

NA EUROPA, MAIS A REDE EUROREPAIR, O QUE RESULTARÁ NUMA FORTE<br />

PRESENÇA NO CLIENTE PROFISSIONAL, SOBRETUDO FORA DE PORTUGAL<br />

necedores, antes de o produto ser<br />

despachado e isso fez com que a taxa<br />

de reclamação tenha, nos últimos<br />

três anos, caído para um terço. São<br />

os fornecedores que embalam o produto,<br />

segundo as normas da B-Parts,<br />

o que, contam, “foi uma guerra.<br />

cesso. Por dia são transaciona<strong>das</strong><br />

cerca de 350 peças, mas o número<br />

cresce todos os meses. Em novembro<br />

alcançaram as 12 mil ordens, sendo<br />

normalmente uma peça por ordem,<br />

com praticamente dois milhões de<br />

utilizadores por mês.<br />

A B-Parts e os clientes<br />

A B-Parts vende e compra peças. Claro<br />

que em cada país existem sempre<br />

marketplaces generalistas e outras<br />

empresas especializa<strong>das</strong> no comércio<br />

de peças usa<strong>das</strong>, no entanto, “aí cada<br />

fornecedor paga para estar presente<br />

e depois tem o «fee» da transação.<br />

Connosco, não pagam nada porque<br />

temos linhas de descontos. Só pagam<br />

alguma coisa se venderem as<br />

peças connosco. Se não venderem<br />

nada, não pagam nada. É um modelo<br />

de negócio transacional. A melhor<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 31


LUÍS VIEIRA E<br />

MANUEL MONTEIRO<br />

A PLATAFORMA B-PARTS, DISPONÍVEL EM 8 IDIOMAS, É A LÍDER EUROPEIA<br />

EM COMÉRCIO ELETRÓNICO DE PEÇAS AUTOMÓVEIS USADAS<br />

COM MAIS DE 5 MILHÕES DE PEÇAS EM STOCK E DISPONÍVEIS PARA VENDA<br />

cooperação é sermos um retalhista.<br />

Compramos e vendemos e aplicamos<br />

a nossa margem”, garantem. Neste<br />

momento, 50% do volume de negócios<br />

da B-Parts é para exportação.<br />

Atualmente a empresa conta com 99<br />

fornecedores e espera crescer mais<br />

20% no próximo ano. Até então todos<br />

estes fornecedores foram contabilizados<br />

e angariados diretamente<br />

pelos fundadores, que agora já contam<br />

com uma equipa que faz esse<br />

trabalho.<br />

Em Portugal, 60% dos clientes são<br />

oficinas e 40% particulares. Lá fora<br />

é o inverso, mas com tendência de<br />

crescimento para as oficinas: “Todos<br />

os meses damos informação ao<br />

fornecedor do que é que venderam,<br />

para onde venderam, qual foi o volume<br />

do mercado interno deles e qual<br />

a sua exportação. Depois fazemos o<br />

mapa mundo dos melhores destinos<br />

daquele mês. E aparecem ven<strong>das</strong> estranhas,<br />

como alguém na Coreia que<br />

comprou um para-choques para um<br />

Hyundai europeu… as matrículas lá<br />

são quadra<strong>das</strong> e cá são compri<strong>das</strong>!<br />

Como vai ele colocar a matrícula?<br />

Acontecem estas coisas caricatas. Até<br />

porque o transporte lhe custou 10<br />

vezes o que custou a peça… Isto dá<br />

para perceber que o tipo de cliente<br />

varia e que é muito distinto de país<br />

para país”.<br />

A harmonização de preços<br />

Entre os segredos do negócio está ainda<br />

a harmonização de preços. Como é<br />

que se compra peças a vários fornecedores<br />

com modelos de preços distintos?<br />

Luís Vieira e Manuel Monteiro<br />

respondem que “o especialista do preço<br />

é o fornecedor. O preço de uma peça<br />

reutilizada é uma coisa complicada.<br />

Depende de onde saiu a peça, da matéria-prima,<br />

de que carro. O preço da<br />

peça é ainda baseado em determinado<br />

mercado, na disponibilidade de stock.<br />

Se houver um produto que ninguém<br />

tem, há um preço, se for um produto<br />

corriqueiro, há outro preço. Nós somos<br />

sempre uma boa compra, mas o<br />

know-how do preço, é deles. E depois<br />

trabalhamos preços com os nossos algoritmos.<br />

Fazemos pricing por mercado,<br />

por linhas de produto, por procura,<br />

mas ainda vamos trabalhar isto melhor,<br />

ainda há muito caminho a percorrer.<br />

Uma coisa que damos sempre<br />

ao utilizador é um preço chave na mão<br />

sem surpresa, já com tudo definido,<br />

transporte, fiscalidade. Há muita coisa<br />

a definir até chegarmos ao… «quanto<br />

é que custa esta peça?» E depois de<br />

estar definido é aquilo e pronto. Nós<br />

só somos um facilitador de fecho de<br />

negócio. Tudo o que são fornecedores<br />

B-Parts têm um preço de revenda, acedem<br />

ao nosso serviço, usam o nosso<br />

nome. Isto tudo ajuda”, dizem.<br />

Depois de pedido, o produto chega ao<br />

cliente de forma rápida, mas depende<br />

do tipo de artigo. “Temos duas áreas de<br />

resposta aos pedidos recebidos. A de<br />

colisão, que tem uma taxa de resposta<br />

brutal, ou seja, viaturas com mais de<br />

dois anos, temos oitenta e tal por cento<br />

de taxa de resposta para os elementos<br />

principais. Na parte mecânica para<br />

carros com mais de dez anos já temos<br />

uma boa resposta, mas continua a ser<br />

baixa para o que nós queremos, há<br />

tanto tipo de carro, por isso não é fácil.<br />

Normalmente, com outras empresas, é<br />

ao contrário, a taxa de resposta é mais<br />

baixa, entre os 5 e os 8%. Nós estamos,<br />

no global, com uma taxa de resposta<br />

entre os 45 e os 50%, que é excelente,<br />

mas para nós ainda é baixo”. E tudo<br />

B-PARTS<br />

Fundadores Luís Vieira<br />

e Manuel Monteiro<br />

Morada Estr. da Circunvalação,<br />

10748 B 1.1<br />

4460-280 Matosinhos<br />

Telefone 220 327 775<br />

E-mail geral@b-parts.com<br />

Site www.b-parts.com<br />

pode ter qualidade e ser reutilizável,<br />

até os componentes de eletrónica,<br />

onde a B-Parts terá uma palavra muito<br />

importante a dizer. “Essas peças são de<br />

qualidade e a poupança é assustadora.<br />

Estou a falar de poupanças em torno<br />

dos oitenta e tal por cento. As centralinas<br />

são caras, queimam-se facilmente<br />

e custam mais de mil euros. Usa<strong>das</strong><br />

compram-se por 100 euros. E depois,<br />

em termos logísticos, já não há distância<br />

e como a logística não mexe muito<br />

com o preço final… Assim podemos<br />

olhar para este produto com futuro e<br />

tentarmos ser mais agressivos fora da<br />

Europa, esse é o objetivo”.<br />

Para o futuro, a B-Parts quer projetos<br />

novos, aplicar este modelo de negócio<br />

a outros clientes e aumentar a<br />

presença geográfica já em 2022. “O<br />

nosso foco operacional é grande. Somos<br />

uma papelaria para o potencial<br />

do mercado e não um quiosque. Até a<br />

pandemia nos ajudou a crescer… Não<br />

estávamos habituados a crescimentos<br />

muito grandes e o ano passado ultrapassou<br />

os 100%. Se eu comparar<br />

este ano com 2019, registamos um<br />

crescimento de 300%. Em termos de<br />

faturação, e não é nenhum segredo,<br />

este ano vai representar 10 milhões<br />

de euros e para o ano temos uma estimativa<br />

de 20 milhões, mantendo o<br />

crescimento de 100% que temos vindo<br />

a conquistar”. l<br />

32 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Tudo o que<br />

se move,<br />

funciona<br />

melhor com<br />

LIQUI MOLY<br />

www.liqui-moly.pt


entrevista<br />

RODRIGO CABRAL, FUNDADOR E CEO DA TECH ONE<br />

EFICIÊNCIA<br />

É UMA DAS PALAVRAS<br />

MAIS IMPORTANTES<br />

NO NOSSO NEGÓCIO<br />

FUNDADA HÁ 15 ANOS NO BRASIL, A TECH ONE DEPRESSA SE CIMENTOU COMO UMA REFERÊNCIA NO FABRICO<br />

DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMÓVEIS NA AMÉRICA LATINA. HOJE É UMA EMPRESA GLOBAL, COM<br />

QUATRO LABORATÓRIOS E MAIS DE 40 FÁBRICAS ESPALHADAS PELO MUNDO E O FUNDADOR, RODRIGO CABRAL,<br />

GARANTE QUE É A EFICIÊNCIA QUE LHES POSSIBILITA TER QUALIDADE PREMIUM A PREÇOS COMPETITIVOS<br />

Em março de 2020 a Tech One chegou a Portugal<br />

e é daqui que pretende fazer a ponte com<br />

o resto da Europa, através da Tech One European<br />

Division. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi saber mais<br />

sobre a história desta empresa e os objetivos para<br />

a implementação do negócio no velho continente.<br />

Criado no seio de uma família com um antigo relações<br />

públicas na General Motors, Rodrigo Cabral<br />

conta que desde sempre foi “um amante de carros”.<br />

Formado em economia, não hesitou em lançar-se<br />

no negócio <strong>das</strong> peças quando surgiu a oportunidade<br />

de começar a comprar e vender lâmpa<strong>das</strong> para<br />

automóveis e, em pouco tempo, estava a contratar<br />

uma fábrica para produzir os seus próprios produtos<br />

para a empresa, importando diretamente para<br />

o Brasil. Das lâmpa<strong>das</strong> Xénon expandiu para as<br />

super brancas e depois para as LED, até que começou<br />

a diversificar as linhas de produto, que hoje<br />

vão muito além da iluminação, passando por acessórios<br />

multimédia, sinalização, ferramentas, substituição<br />

e ainda áudio e vídeo para carros, camiões<br />

e motociclos. “Tivemos que nos adaptar e reinventar.<br />

Atualmente, temos mais de 1.200 produtos em<br />

linha”, revela o CEO da empresa que vende três<br />

marcas distintas: A Tech One, enquanto marca<br />

premium e onde se integram os produtos tecnológicos<br />

mais inovadores e avançados, a Code, mais<br />

competitiva e agressiva em termos de preço, e a<br />

Svart, dedicada ao áudio. No total são 32 linhas de<br />

produto ativas e outras dez em desenvolvimento.<br />

“O que é bom não precisa de ser caro”<br />

Segundo Rodrigo Cabral, a Tech One “procura<br />

garantir a geração de valor e sustentabilidade do<br />

negócio para to<strong>das</strong> as partes envolvi<strong>das</strong>, seja através<br />

da atualização <strong>das</strong> suas linhas ou do desenvolvimento<br />

de novos produtos e marcas”. A seu ver,<br />

“a eficiência é uma <strong>das</strong> palavras mais importantes<br />

no nosso negócio. O que é bom não precisa de ser<br />

caro e o que é caro, não é necessariamente bom”.<br />

No entanto, a grande questão é como aliar estes<br />

dois fatores – preço e qualidade - e é aqui que o<br />

nosso entrevistado considera residir o grande segredo<br />

para a competitividade: “nós desenvolvemos<br />

tudo”. E acrescenta: “Mais importante que ser o<br />

mais rápido é ser o melhor. E nós temos a preocupação<br />

de oferecer um produto de qualidade com<br />

um preço competitivo. Somos mais baratos porque<br />

mudamos o processo fabril e o produto. Podíamos<br />

transformar tudo em margem, mas o nosso cliente<br />

ia ser apenas mais um no mercado”.<br />

Todos os produtos são desenvolvidos nos quatro laboratórios<br />

exclusivos da Tech One (Rio de Janeiro,<br />

Xangai, Miami e Aveiro) e produzidos nas 42 fábricas<br />

homologa<strong>das</strong> na Ásia, o que faz com que os<br />

acessórios comercializados pela Tech One “tenham<br />

tecnologia exclusiva e qualidade testada e confirmada<br />

antes de chegar às mãos dos consumidores”.<br />

Além disso, ressalva, “somos responsáveis por todo<br />

o processo de consolidação <strong>das</strong> nossas marcas –<br />

desde a pesquisa de mercado, desenvolvimento de<br />

produtos, relação com fornecedores, qualidade,<br />

distribuição, logística, marketing e garantia até<br />

à relação com o cliente. Alguns dos produtos são<br />

desenvolvidos em parceria com os clientes, porque<br />

às vezes as necessidades surgem da parte deles. Há<br />

uma troca de informação e aprendizagem mútua”.<br />

Nos laboratórios, cada produto é desenvolvido ao<br />

detalhe, de forma a assegurar a melhor qualidade<br />

possível. Por exemplo, a fita isoladora “tem que ter<br />

uma boa cola e isso é diferente de ter muita cola. Este<br />

nosso produto, em específico, tem muita diferença<br />

daquilo que o mercado europeu está habituado a<br />

receber. Aliás, tudo o que possamos aqui mencionar<br />

tem um diferencial em relação à concorrência.<br />

Nas escovas, a borracha que usamos para fornecer o<br />

Canadá, onde as temperaturas chegam aos -40ºC, é<br />

diferente da que usamos para o Brasil, onde os termómetros<br />

chegam aos 40ºC”, exemplifica.<br />

O controlo de qualidade, na Tech One, é apertado.<br />

Ainda que Rodrigo Cabral considere que “os<br />

maiores certificadores dos nossos produtos são<br />

os nossos clientes”, acaba por confessar que é a<br />

própria empresa que tem “um nível de exigência<br />

por vezes superior a algumas entidades”, havendo,<br />

a posteriori, também a certificação por parte<br />

da SGS. As fábricas recebem visitas regulares do<br />

CEO e, a somar à monitorização e verificação dos<br />

produtos antes do envio, é realizado um teste de<br />

qualidade por amostragem à chegada dos contentores<br />

ao destino. Só depois da aprovação técnica<br />

34 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


RODRIGO CABRAL<br />

ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS, A tecH ONE CONSEGUE NÃO SÓ<br />

INTERAGIR COM O SEU PÚBLICO FINAL DE UMA FORMA MAIS DIRETA,<br />

MAS TAMBÉM CONHECÊ-lo MELHOR E, COM ISSO, DIRECIONAR DE FORMA<br />

AcertiVA A SUA COMUNICAÇÃO<br />

(cujos procedimentos estão descritos<br />

em manual), os produtos são disponibilizados<br />

para comercialização, o<br />

que resulta, segundo o responsável,<br />

“em ampla qualidade e fiabilidade”.<br />

“[A crise atual] para nós tem<br />

sido uma oportunidade”<br />

Bem instalada no Brasil e presente já<br />

em cerca de 30 países, a Tech One não<br />

treme perante os atuais desafios do<br />

mundo do pós-venda. Para Rodrigo<br />

Cabral, “a crise energética da China é<br />

temporária”, ao passo que a dificuldade<br />

com os fretes marítimos, apesar de<br />

não ser tão temporária, “já está relativamente<br />

administrada em termos de<br />

timing, por nós”, pelo que não deverá<br />

afetar a atividade da empresa.<br />

A Tech One nasceu ligada aos acessórios,<br />

ao longo do tempo foi migrando<br />

para peças de desgaste e, entretanto,<br />

começou a entrar nos componentes<br />

automóveis, dispondo de soluções<br />

globais para os três tipos de mercado.<br />

Nesse sentido, o fundador afirma<br />

que o grande objetivo é “ser capaz<br />

de produzir da forma mais eficiente<br />

para alterar custo, de forma a que<br />

isso permita sustentar as margens<br />

de rentabilidade dos nossos clientes.<br />

Trabalhamos para que o cliente ganhe<br />

dinheiro, para que toda a gente<br />

fique feliz”. E dá um exemplo simples<br />

sobre a otimização que é feita:<br />

“Ao desenvolver um produto como as<br />

lâmpa<strong>das</strong>, temos a preocupação de<br />

fazer caixas menores. Assim, conseguimos<br />

ocupar menos espaço no stock<br />

do cliente, pagamos menos transporte,<br />

economizamos material e o<br />

dinheiro que sobra pode ser investido<br />

no marketing. Algo tão simples<br />

como uma caixa menos volumosa<br />

significa menos valor gasto no transporte<br />

internacional, no transporte<br />

doméstico… e no Brasil até se paga<br />

imposto sobre o transporte, por isso,<br />

paga-se menos imposto.<br />

“A eficiência é algo<br />

que já está no nosso ADN”<br />

Na opinião, do CEO, natural do Brasil,<br />

a Tech One é “a solução para o problema<br />

do aumento dos custos <strong>das</strong> matérias-primas<br />

e dos transportes”, pois<br />

entende que “a determinada altura o<br />

nível de preços já não pode ser absorvido<br />

e torna-se impagável. Nós, por<br />

outro lado, vimos de um país que tem<br />

uma estrutura de negócios que já exige<br />

preços mais competitivos. Tínhamos<br />

que trazer eficiência com baixo custo”.<br />

Hoje, a Tech One já “não é uma empresa<br />

brasileira, somos uma empresa<br />

mundial. Aproveitámos a economia<br />

de escala no Brasil, onde há 200 milhões<br />

de habitantes e, com tudo isto,<br />

conseguimos ser competitivos. Agora,<br />

os preços dispararam e o poder<br />

de compra não está a acompanhar<br />

o acréscimo dos custos. Ou seja, as<br />

pessoas procuram uma alternativa<br />

eficiente àquilo que se chama de<br />

TECH ONE<br />

EUROPEAN DIVISION<br />

Responsáveis : Jorge Esteves<br />

e Paulo Martins<br />

Morada Av. Europa, 633<br />

3810-139 Aveiro<br />

Telefone 234 090 358<br />

E-mail geral@ttech.pt<br />

Site www.techone-europe.com<br />

marca premium. E é possível ter<br />

qualidade premium com um preço<br />

competitivo. Essa é a nossa grande<br />

marca!”, esclarece.<br />

Logicamente que o aumento dos<br />

preços dos fornecedores também<br />

impacta a Tech One, especialmente<br />

“na quantidade vendida”. Contudo,<br />

principalmente na Europa, a crise<br />

atual “tem sido uma oportunidade<br />

para nós, não só pelo aumento dos<br />

preços, mas pela rutura de stock dos<br />

nossos concorrentes. Ao sermos uma<br />

empresa global, conseguimos redirecionar<br />

as compras que temos em<br />

andamento. A não ser que o produto<br />

esteja adaptado a uma região, a<br />

maioria do que vendemos é mundial.<br />

Os produtos já vêm com cinco línguas<br />

nas caixas e nos manuais, o que<br />

nos dá agilidade, para além do stock<br />

que temos a nível local”.<br />

Mais de 300 mil seguidores<br />

A internet tem trazido à Tech One<br />

um novo ponto de contacto com os<br />

consumidores finais. “Somos uma<br />

empresa muito moderna, muito à<br />

frente neste tipo de propostas. No<br />

Instagram temos mais de 320 mil<br />

seguidores, o que mostra a nossa dedicação<br />

e empenho no mundo digital”,<br />

diz Rodrigo Cabral. Isto permite<br />

à empresa interagir de forma direta<br />

com o público e direcionar de forma<br />

assertiva a comunicação. O site tem<br />

uma média de 6 mil visitas por mês<br />

e continua a crescer, enquanto que o<br />

canal oficinal da Tech One no YouTube<br />

está perto de atingir meio milhão<br />

de visualizações.<br />

Embora o contacto com o consumidor<br />

do produto seja fomentado,<br />

a verdade é que a Tech One apenas<br />

trabalha em B2B, vendendo para<br />

revendedores de peças e escolhendo<br />

“respeitar toda uma cadeia de ven<strong>das</strong>.<br />

Não vendemos nem a lojas nem<br />

a clientes finais, só a distribuidores”,<br />

afirma, justificando que com a Tech<br />

One, “o cliente consegue ter uma<br />

gama enorme de produtos sem ter<br />

que trabalhar com vários fornecedores<br />

ao mesmo tempo. Com um fornecedor<br />

apenas consegue ter soluções<br />

para os seus negócios e aqui sabe<br />

36 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


que vai ter qualidade e preço e vai ter<br />

tempo para se focar nas ven<strong>das</strong>”.<br />

Outro dos motivos de orgulho para o<br />

CEO são os prémios já conquistados<br />

pela marca, que considera “confirmar<br />

o seu sucesso”. Caso disso é o galardão<br />

“Marca Brasil”, um dos mais<br />

importantes e expressivos para o<br />

setor empresarial brasileiro. Através<br />

dos votos dos consumidores, a Tech<br />

One foi bicampeã na categoria «Melhor<br />

Sensor de Estacionamento» em<br />

2018 e 2019, e campeã na categoria<br />

«Melhor Câmara de marcha atrás»<br />

em 2019”, conta.<br />

Hoje, a Tech One emprega cerca de<br />

100 funcionários, nos escritórios<br />

no Brasil, China, Canadá e Europa,<br />

tendo entre cinco a dez mil pessoas a<br />

trabalhar na cadeia de produção, entre<br />

fornecedores e subfornecedores,<br />

mais os 1.700 distribuidores parceiros.<br />

“Essa é a nossa equipa”, diz o responsável,<br />

“os dez mil trabalhadores<br />

<strong>das</strong> fábricas e os outros 50 mil trabalhadores<br />

nas distribuidoras, nas lojas<br />

espalha<strong>das</strong> pelo mundo”, reflete.<br />

Por várias razões, o fabrico é totalmente<br />

feito na Ásia e Rodrigo Cabral<br />

“PORTUGAL FOI A NOSSA PORTA DE ENTRADA PARA TODO O MERCADO EUROPEU”<br />

A Tech One entrou em Portugal – e no resto da<br />

Europa – em março de 2020, apenas quinze<br />

dias antes de o país entrar em Estado de<br />

Emergência. Depois disso, com toda a gente a<br />

trabalhar a partir de casa, foi mais complicado<br />

fazer a primeira abordagem e Paulo Martins,<br />

o responsável no nosso país, diz mesmo que<br />

“fizemos centenas de videochama<strong>das</strong> e os<br />

resultados foram reduzidos”. As reuniões<br />

virtuais, sem contacto físico, mais o facto de<br />

se estar a começar um projeto do zero, “que é<br />

preciso promover”, aumentaram um pouco a<br />

dificuldade, mas o caminho está a ser construído.<br />

Rodrigo Cabral reconhece que a construção<br />

de confiança leva algum tempo, mas sublinha<br />

que “todos os clientes que já compraram,<br />

voltaram a comprar”. Ao entrar no mercado<br />

com um preço muito competitivo, facilmente<br />

foram identificados como “marca branca ou<br />

barata. Este é um trabalho que temos de fazer,<br />

a desmistificação. Nós somos, pelo contrário,<br />

uma marca premium, somos a maior marca do<br />

continente sul americanos e em determinados<br />

produtos até vendemos mais do que algumas<br />

marcas reconheci<strong>das</strong>!”, declara.<br />

Na opinião do responsável, o mercado português<br />

dá prioridade à qualidade e à fiabilidade, mas<br />

também “procura excelentes oportunidades de<br />

preço”. Entre os produtos com maior aceitação,<br />

destaca os da Tech One, como a linha mais<br />

completa de lâmpa<strong>das</strong>, escovas, acessórios de<br />

conforto e segurança, como câmaras de marcha<br />

atrás e sensores de estacionamento, além de<br />

linhas de reparação e manutenção como fusíveis,<br />

terminais, compressores portáteis, cavaletes e<br />

macacos hidráulicos.<br />

Com a linha Code, Rodrigo Cabral nota um maior<br />

interesse do mercado português nas super led<br />

de grande resistência bem como nos produtos<br />

para instalação de som na linha Svart, onde<br />

um dos “grandes sucessos” é a fita isolante, que<br />

“tem memória elástica, flexibilidade e excelente<br />

cola, além de ser segura pela sua tecnologia<br />

«corta-chamas»”.<br />

O fundador da Tech One explica ainda que<br />

“Portugal foi a nossa porta de entrada para todo o<br />

mercado Europeu”, através da Tech One European<br />

Division, que “além de investir no mercado<br />

português, desenvolveu-se em paralelo nos<br />

mercados de Espanha, Polónia, Itália, França, etc.<br />

onde a aceitação está a ser grande! Atualmente<br />

temos 40 distribuidores a trabalhar com os nossos<br />

produtos em diferentes partes da Europa, e temos<br />

a expetativa de em 2022 iniciarmos parcerias<br />

com mais distribuidores, em novos mercados<br />

europeus”. Satisfeito com os resultados obtidos<br />

até ao momento, revela que já estão a trabalhar<br />

com alguns dos maiores players portugueses.<br />

Como forma de apoio aos clientes portugueses, a<br />

divisão europeia oferece uma formação técnica no<br />

início da venda de produtos a cada cliente e dispõe<br />

de um laboratório local, localizado em Aveiro, “para<br />

atender às exigências de apoio dos seus parceiros”.<br />

Está prevista uma campanha anual de venda, com<br />

desconto de rappel, com prémios associados como<br />

viagens, exclusivas para os revendedores e para<br />

2022, o plano passa por entrar em pelo menos quatro<br />

novos países, lançar as novas linhas de produtos<br />

(já em curso) com pelo menos 100 novos itens e<br />

fazer a exibição da marca ao público com stand<br />

próprio nos eventos nacionais que se realizarão<br />

ao longo do ano por todo o país. A expetativa de<br />

ven<strong>das</strong> é “muito positiva”, mas, para já, a Tech One<br />

prefere “ser conservadora”.<br />

Website: www.techone-europe.com<br />

A TECH ONE É RESPONSÁVEL POR TODO O PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO<br />

DAS SUAS MARCAS, DESDE A PESQUISA DE MERCADO, DESENVOLVIMENTO<br />

DE PRODUTOS, RELAÇÃO COM FORNECEDORES, QUALIDADE, DISTRIBUIÇÃO,<br />

LOGÍSTICA E MARKETING<br />

não antecipa qualquer alteração na<br />

matriz fabril no mundo “nesta década<br />

e provavelmente nem nesta geração.<br />

Dentro de tudo o que já vi, de<br />

capacidade instalada, de infraestrutura…<br />

há uma série de fatores conjugados<br />

que vêm sendo construídos<br />

desde os anos 60/70 que eu não vejo<br />

que venham a alterar-se”.<br />

Enquanto fabricante, também produz<br />

para marcas próprias de clientes,<br />

até porque “somos produtores<br />

de material. Embalar com a nossa<br />

marca ou com a marca do cliente, em<br />

termos de custo, é-nos igual. Muitas<br />

vezes os clientes gostam de ter marca<br />

própria e nós conseguimos apresentar-lhes<br />

essa opção”.<br />

Desafios atuais<br />

Para a Tech One, na atualidade não<br />

há problemas, “há desafios”. E o<br />

maior desafio é “ir percebendo o que<br />

cada mercado procura. Temo-nos<br />

dedicado muito à expansão internacional<br />

e toda a parte de desenvolvimento<br />

de negócio tem sido um<br />

desafio com a questão atual da mobilidade<br />

relativa que temos”, explica<br />

Cabral, que é da opinião que “a mudança<br />

da matriz energética não deve<br />

afetar tão diretamente o nosso mercado<br />

nos próximos 10 anos, tendo<br />

basicamente a necessidade de adaptação<br />

dos produtos face à nova frota<br />

de viaturas elétricas que chegará ao<br />

mercado”. Para já, estão “atentos às<br />

mudanças do mercado, às mudanças<br />

climáticas e implantando com a<br />

equipa interna os devidos estudos de<br />

mercado para os próximos anos”.<br />

Apesar da pandemia, 2020 foi um<br />

ano positivo na empresa, que conseguiu<br />

crescer cerca de 73%. Já 2021,<br />

ia lançado com um crescimento expectável<br />

de 50%, mas as dificuldades<br />

logísticas do último semestre atrapalharam<br />

um pouco a evolução, que se<br />

deve colocar em redor dos 25%, espera<br />

o nosso interlocutor, que salienta<br />

que “apenas 25% já é um resultado<br />

ótimo!”. O crescimento é nas ven<strong>das</strong><br />

e em termos de estrutura e pessoal,<br />

com a empresa a preparar-se para<br />

duplicar em tamanho e a reestruturar-se<br />

como multinacional.<br />

Para 2022, os grandes objetivos são<br />

aumentar a participação no mercado<br />

mundial, ampliando a cadeia de distribuição<br />

a nível global e fortalecendo<br />

os parceiros através da participação<br />

em eventos próprios ou terceiros.<br />

Está previsto o lançamento <strong>das</strong> dez<br />

novas linhas de produto que já estão<br />

em desenvolvimento e ainda disponibilizar,<br />

através da Universidade Tech<br />

One – também em desenvolvimento<br />

– conhecimento técnico amplo para<br />

todos os parceiros de negócio. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 37


TELMO SIMÕES E SÉRGIO SIMÕES, ADMINISTRADORES DA TRAVOCAR<br />

ESTAMOS CÁ PARA DURAR<br />

E PARA CRESCER


entrevista<br />

A COMEMORAR 40 ANOS, A TRAVOCAR ESTÁ MAIS FORTE DO QUE<br />

NUNCA E ENTRA EM 2022 COM MUITO SONHOS E PROJETOS NA MANGA.<br />

O JORNAL DAS OFICINAS FOI ATÉ ÁGUEDA, À CASA-MÃE DA EMPRESA,<br />

SABER MAIS SOBRE A HISTÓRIA DESTE ESPECIALISTA NA COMERCIALIZAÇÃO<br />

DE LUBRIFICANTES NA ÁREA DA INDÚSTRIA, SETOR AUTO E AGRÍCOLA,<br />

QUE TEM UMA RELAÇÃO PRIVILEGIADA COMO EMBAIXADOR OFICIAL<br />

DA MARCA CASTROL<br />

m<br />

Águeda, é Telmo Simões, filho do fundador<br />

Armando Correia Simões, quem nos recebe<br />

e recorda os primeiros tempos da Travocar,<br />

quando ele próprio era apenas “um miúdo”. Nessa altura,<br />

os verões eram passados na «Auto Recreio», a<br />

estação de serviço do pai, onde, durante as férias tinha<br />

como missão “secar os carros para não mancharem,<br />

porque não me deixavam lavar”. Aproveitava os – então<br />

esporádicos – aumentos do preço da gasolina para<br />

ir lá “ganhar uma gorjeta, quando os clientes atestavam<br />

os carros” e assim cresceu, a ajudar naquele que<br />

era o negócio do pai. Já com uma visão empreendedora,<br />

Armando Correia Simões adquiriu a casa em frente<br />

à estação de serviço e não hesitou em “agarrar na ideia”<br />

quando a BP o desafiou a montar o negócio dos lubrificantes.<br />

Assim nascia a Travocar, em agosto de 1981.<br />

Foi nessas antigas instalações que a empresa começou<br />

a ser montada, com o quintal a servir para “arrumar<br />

tambores, que eram rebolados no chão. Tínhamos<br />

uma rampa e colocávamo-los na pick-up, depois descarregavam-se<br />

com a ajuda de umas cunhas ou com<br />

pneus” lembra, saudoso, as memórias que já lá vão.<br />

As características da região onde estão inseridos em<br />

muito contribuíram para o sucesso da empresa, que se<br />

alavancou com o fornecimento direto de lubrificantes<br />

às oficinas e indústrias do concelho, como “a fábrica<br />

<strong>das</strong> motos FAMEL, aqui mesmo em frente, as fábricas<br />

de bicicletas ou de ferragens. Começámos a vender<br />

para o auto, que era o mais fácil, para as oficinas<br />

e depois começámos a vender para a indústria aqui à<br />

volta”, conta. Ao mesmo tempo que a Travocar crescia,<br />

a BP crescia igualmente na zona norte do país, e foi<br />

dando à empresa novas valências. Quando a BP faz a<br />

joint-venture com a Mobil, “nós, por mérito, fomos os<br />

privilegiados que ficaram como distribuidor da Mobil<br />

e ainda crescemos mais”, explica Telmo Simões. Quando<br />

a joint-venture terminou, a BP compra a Castrol e<br />

a Travocar assume a distribuição desta marca, sempre<br />

ao ritmo daquela que não sendo uma marca de distribuição<br />

exclusiva, sempre foi o contrato mais importante<br />

que a empresa teve ao longo destes anos.<br />

A dada altura, contudo, o número de distribuidores<br />

da BP tornou-se excedentário e foi a Travocar que assumiu<br />

a zona de Aveiro e de Albergaria. “De 150 distribuidores<br />

passaram a 50 e, em 2015, a BP fez uma<br />

revolução e ficaram apenas distribuidores. E nós fomos<br />

um dos cinco escolhidos”, revela, com orgulho de<br />

quem sabe que foi suado e merecido. Desde então começaram,<br />

a cinco, a fazer um projeto ibérico “e fomos<br />

desenvolvendo o negócio. Nesta fase estamos num<br />

projeto a três (porque houve três que se juntaram num<br />

só), mas o mercado é que não cresceu e, nos próximos<br />

anos, a tendência é mingar”, considera o administrador.<br />

Novas realidades<br />

Tal como nas últimas quatro déca<strong>das</strong>, qual casamento<br />

feliz, a Travocar continua atualmente a dançar a<br />

mesma música da gigante petrolífera e, no final de<br />

outubro de 2021, disse-lhe “até já”, migrando a relação<br />

comercial para a Castrol, uma vez que a BP deixou<br />

oficialmente de comercializar lubrificantes. “A estratégia<br />

da transição energética da BP levou a uma reforma<br />

dos recursos humanos e do negócio a nível mundial.<br />

Uma <strong>das</strong> decisões que foi tomada foi a de passar os<br />

lubrificantes para a Castrol e passar a ter dois negócios<br />

paralelos e independentes: o auto e a indústria”, detalha<br />

o responsável, adiantando que a Travocar é cliente<br />

<strong>das</strong> duas áreas “com um peso significativo, pelo que<br />

tivemos que transitar para as duas áreas e na Castrol<br />

agora temos dois responsáveis de negócio, que correspondem<br />

a dois chefes, para dois canais diferentes”.<br />

De acordo com Telmo Simões, enquanto distribuidores,<br />

as empresas necessitam ter volume de negócio, o<br />

que fez com que alguns dos concorrentes se juntassem<br />

“para ter peso e começaram a passar a mensagem de<br />

que são distribuidores exclusivos da marca. Nós não<br />

somos exclusivos, no entanto temos contratos com a<br />

BP e em breve vamos ganhar algumas valências novas”,<br />

garante.<br />

Hoje, a Travocar conta com uma equipa de 21 colaboradores,<br />

dos quais oito comerciais para a área auto e outros<br />

quatro para a indústria. No setor auto, a empresa faz o<br />

distrito de Aveiro, Coimbra e Leiria e está a começar a<br />

desenvolver a área de Viseu, ao passo que na indústria<br />

a Travocar vai até Sines. As ven<strong>das</strong> fazem-se de “forma<br />

direta pelos vendedores, ou de forma indireta através da<br />

busca que os clientes fazem nos sites, mas também nos<br />

chegam encomen<strong>das</strong> via telefone. A maior vantagem de<br />

andar aqui há 40 anos e de nos termos «portado bem»<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 39


TELMO SIMÕES E<br />

SÉRGIO SIMÕES<br />

O GRANDE PROJETO DA TRAVOCAR PARA 2022 É A CONSTRUÇÃO DE UM<br />

LABORATÓRIO QUE SERVIRÁ TANTO DE APOIO À INDÚSTRIA COMO ao SETOR<br />

AUTO. O OBJETIVO É FAZER ANÁLISES PARA OS CLIENTES, UTILIZANDO O<br />

PROTOCOLO DA CASTROL<br />

é o passa-palavra. Já temos uma carteira<br />

de clientes que permite que uns<br />

angariem outros e tragam amigos e<br />

os conhecidos. Depois há o mecânico<br />

que trabalhava nesta oficina e que depois<br />

sai e monta um negócio por conta<br />

própria e vem cá comprar... mas,<br />

claro, o primeiro responsável pelas<br />

ven<strong>das</strong> são os comerciais”, aponta o<br />

administrador. A Travocar vende para<br />

o retalho, mas “o foco são as oficinas.<br />

Tentamos criar parcerias, acordos de<br />

ven<strong>das</strong>, de rapel, ajudamos a montar<br />

uma oficina melhor e para tal temos o<br />

Castrol Auto Service, que é o embandeiramento<br />

de oficinas, ou seja, são<br />

clientes Castrol através de nós e têm<br />

usufruto de regalias da própria rede”.<br />

Quanto à logística, Telmo Simões<br />

menciona três formas diferentes de<br />

fazer chegar os produtos aos clientes:<br />

“Aqui na zona (20/30 km) fazemos<br />

nós a distribuição direta. Se for mais<br />

de 100/150 km, temos um carro dedicado<br />

para o fazer, todos os dias.<br />

Para distâncias maiores trabalhamos<br />

com transportadoras. Todos os dias,<br />

por volta <strong>das</strong> quatro e pouco eles estão<br />

aqui e carregam o que houver.<br />

Conseguimos entregar em qualquer<br />

local <strong>das</strong> regiões que cobrimos em<br />

cerca de 24h”.<br />

Neste momento, a aposta da Travocar<br />

passa pelo setor automóvel e<br />

o administrador não poderia estar<br />

mais satisfeito com os resultados<br />

alcançados: “Em 2021 tivemos um<br />

crescimento substancial de ven<strong>das</strong><br />

e em breve atingiremos os valores<br />

de 2019”, afirma. O administrador<br />

conta que a pandemia “acelerou alguns<br />

processos na Travocar”, nomeadamente<br />

ao nível da digitalização:<br />

“agora já fazemos reuniões regulares<br />

pelo Teams e pelo Zoom, já é normal.<br />

Além disso, começámos a desenvolver<br />

algumas aplicações e o nosso<br />

sistema informático já é todo na nuvem”.<br />

Isto traz alguma flexibilidade<br />

ao pessoal, permitindo aos comerciais,<br />

não estando na sede, ter acesso<br />

a toda a informação disponível através<br />

dos seus próprios tablets.<br />

Os novos tempos levaram ainda a<br />

que a empresa apostasse num portal<br />

B2B, que já está feito, mas ainda está<br />

por implementar, faltando apenas<br />

ultimar alguns detalhes. Além disso<br />

está também pronta a avançar uma<br />

nova página na internet, “mais agradável”<br />

para o utilizador.<br />

Sonhos e desafios<br />

O grande sonho de Telmo Simões, no<br />

entanto, não é digital. É, pelo contrário<br />

bem palpável e precisa de espaço<br />

para se concretizar. Trata-se de um<br />

pequeno laboratório que servirá tanto<br />

de apoio à indústria como ao setor<br />

auto, que já está adjudicado, mas que<br />

não tomou forma este ano, exatamente<br />

por falta de lugar para ser instalado.<br />

A ideia é “fazer análises para os<br />

nossos clientes, utilizando o protocolo<br />

da Castrol, porque atualmente a Castrol<br />

tem um laboratório em Bilbao e<br />

nós mandamos as amostras para lá. A<br />

questão é que uma análise demora, a<br />

correr bem, duas semanas. E nós queremos,<br />

em situações de emergência,<br />

despistar possíveis causas de eventuais<br />

problemas”, esclarece. Este é um<br />

projeto que já tem o espaço definido,<br />

só que em 2021 não foi possível libertar<br />

espaço na Travocar devido ao stock<br />

acumulado, mas o administrador<br />

TRAVOCAR<br />

Administradores<br />

Telmo Simões e Sérgio Simões<br />

Morada Rua de Aveiro, 138 –<br />

Barrosinhas – Zona Industrial Norte<br />

3750-760 Águeda<br />

Telefone 234 622 945<br />

E-mail info@travocar.com<br />

Site www.travocar.com<br />

assegura que “assim que o mercado<br />

normalizar nos preços e nós conseguirmos<br />

pôr o stock ao nível normal,<br />

vamos avançar com essa obra”.<br />

Tudo isto numa altura difícil, a nível<br />

global, por falta de matérias-primas,<br />

aumento generalizado de preços e<br />

muita dificuldade no que toca à logística.<br />

Telmo Simões nota que “os<br />

preços dos lubrificantes dispararam.<br />

E há falta. Durante o ano inteiro houve<br />

falta de componentes, de bases…<br />

depois houve falta de aditivos e em<br />

alguns lubrificantes houve falta de<br />

stock”. Ainda assim, a Travocar reagiu<br />

rapidamente e de forma incisiva:<br />

“fizemos o reforço de stock antes <strong>das</strong><br />

subi<strong>das</strong> e passámos o ano todo sem<br />

falta de produto, porque tivemos um<br />

stock três vezes o que deveríamos ter”,<br />

explica. O responsável entende que<br />

num momento como este, “o negócio<br />

e a logística não se compadecem. As<br />

oficinas não têm os óleos todos, nem<br />

têm que ter, mas não podem estar à<br />

espera de alguém que faça uma encomenda<br />

e esteja cinco dias à espera de<br />

um óleo. O cliente leva o carro à oficina,<br />

tira o óleo, põe óleo, paga e vai-<br />

-se embora. Se nós não fornecemos,<br />

alguém da concorrência vai fornecer,<br />

porque os óleos são compatíveis, temos<br />

é de ter a capacidade de entregar<br />

na hora”, defende.<br />

40 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Questionado sobre a possíveis dificuldades<br />

na gestão <strong>das</strong> infindáveis<br />

referências que existem hoje em dia<br />

no negócio dos lubrificantes, Telmo<br />

responde que “é complicado e simples<br />

ao mesmo tempo. Nós conseguimos<br />

gerir graças ao conhecimento e<br />

competência que os colaboradores<br />

da Travocar têm. Fazemos muita formação<br />

e reforçámos a equipa. Nunca<br />

fomos para lay-off e embora os vendedores<br />

estivessem em casa, todos os<br />

dias conversávamos e debatíamos a<br />

problemática <strong>das</strong> normas, as aprovações<br />

<strong>das</strong> OEM, as diretivas… e fomo-<br />

-nos atualizando”.<br />

A formação é um dos pilares na Tra-<br />

ta o Covid!”, exclama. Além disso, a<br />

Travocar faz algumas parcerias com<br />

centros de formação e institutos,<br />

onde se desloca para dar formação,<br />

como é o caso do Instituto Superior<br />

Técnico, onde vão, uma vez por ano,<br />

conversar durante uma hora sobre<br />

lubrificantes, “eles têm a parte teórica,<br />

nós vamos falar sobre a prática”.<br />

E o administrador salienta que “as<br />

ven<strong>das</strong> dependem muito dos comerciais”,<br />

sendo que a equipa da Travocar<br />

“tem um conhecimento técnico<br />

assinalável. Além disso, dispomos<br />

de todos os portais <strong>das</strong> marcas, que<br />

estão incluídos no nosso site, em que<br />

pela matrícula se sabe qual é o óleo<br />

explica, “gerimos o stock deles e o<br />

nosso. O segredo do negócio hoje é o<br />

cliente chegar, ser fornecido, pagar e<br />

voltar outra vez, mas para isso temos<br />

de ser competentes”. E se as manutenções<br />

programa<strong>das</strong> funcionam<br />

nas oficinas dos concessionários<br />

automóveis, porque só fornecem<br />

uma marca, com “duas ou três referências”,<br />

o mesmo não acontece nas<br />

oficinas multimarca, “onde a maioria<br />

dos clientes aparece para mudar<br />

o óleo sem marcação, ou marcando<br />

de manhã para a tarde. O problema<br />

é ter o stock disponível. Temos que<br />

ter um leque que cubra a maior parte<br />

do parque automóvel”, diz.<br />

cá para durar e para crescer”. A breve<br />

trecho espera “ganhar novas valências<br />

com o contrato com a Castrol, que é,<br />

no fundo, um contrato que já tem 40<br />

anos!”, destaca. Ter uma marca própria<br />

nunca foi um objetivo, apesar de,<br />

em tempos, já terem sido desafiados a<br />

ter, “por um setor que nem é muito tradicional,<br />

mas nunca avançámos”.<br />

No ano 2021, que foi “completamente<br />

atípico”, dado o aumento de preços,<br />

falta de matérias-primas e pelo Covid-19,<br />

revela que “não foi possível<br />

fazermos grandes campanhas”, tendo<br />

a empresa optado por “fruto do stock<br />

que tínhamos, absorver ao máximo os<br />

aumentos da matéria-prima e retar-<br />

A TRAVOCAR ACONSELHA INDIVIDUALMENTE CADA CLIENTE SOBRE O QUE<br />

DEVERÁ FAZER PARTE DO SEU STOCK MÍNIMO. O SEGREDO DO NEGÓCIO<br />

HOJE É O CLIENTE CHEGAR, SER FORNECIDO, PAGAR E VOLTAR OUTRA VEZ,<br />

MAS PARA ISSO TEM DE SE SER COMPETENTE<br />

vocar, tanto interna, como externa:<br />

“fazíamos a formação para os clientes,<br />

mas nesta altura da pandemia<br />

parou. Entretanto, já fizemos a primeira<br />

formação interna, com toda a<br />

gente aqui, e vamos agora começar<br />

a fazer formações com os clientes e<br />

com as casas de peças… assim permi-<br />

adequado ao carro”. A parte mais<br />

difícil, confessa, é saber rentabilizar<br />

o stock na oficina. E para isso,<br />

a Travocar também está preparada,<br />

aconselhando individualmente cada<br />

cliente sobre o que deverá fazer parte<br />

do seu stock mínimo com base na<br />

tipologia dos seus clientes. Assim,<br />

Venham mais 40<br />

A efeméride de 2021 é, sem dúvida, o<br />

importante marco dos 40 anos de vida<br />

que a Travocar celebra. Infelizmente, a<br />

situação pandémica não deixou fazer<br />

a devida festa, mas não faltarão oportunidades<br />

para o fazer no futuro, pois<br />

Telmo Simões garante que “estamos<br />

dar os aumentos aos clientes, mas em<br />

períodos normais trabalhamos com<br />

base nas campanhas”. E para o futuro,<br />

continuará a trabalhar o mercado<br />

com base nas campanhas, porque,<br />

acredita, “o mercado automóvel ainda<br />

vai valer uns bons números, durante<br />

alguns anos”. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 41


Veja o vídeo<br />

empresas<br />

VISOPARTS INAUGURA NOVAS INSTALAÇÕES<br />

IMAGEM MODERNA<br />

E FUTURISTA


LIGADA AO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO<br />

DE PEÇAS PARA PESADOS HÁ DEZASSETE ANOS,<br />

A VISOPARTS DEU EM 2021 UM PASSO HÁ MUITO<br />

DESEJADO: MUDOU DE INSTALAÇÕES. COM CERCA<br />

DE 2.100 METROS QUADRADOS DE ÁREA TOTAL<br />

E 1.700 METROS QUADRADOS DE ARMAZENAGEM,<br />

O NOVO EDIFÍCIO DA VISOPARTS APRESENTA<br />

UMA IMAGEM MODERNA E ATÉ FUTURISTA<br />

A<br />

Visoparts há muito que já vinha a necessitar de ter mais espaço de<br />

armazenagem e melhores condições para os seus trabalhadores,<br />

como tal, pôs mãos à obra e construiu aquela que é hoje a sua casa e<br />

a dos seus clientes.<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, fez-se à estrada e fomos conhecer os ‘cantos à casa’<br />

deste projeto tão ambicionado por José Oliveira, administrador da empresa.<br />

“As novas instalações são um sonho que se tornaram numa necessidade para<br />

enfrentar os próximos anos com outra capacidade de resposta. As instalações<br />

antigas já estavam completamente fora <strong>das</strong> nossas necessidades diárias, ao<br />

nível da armazenagem e até de pôr em causa o nosso bom serviço para com<br />

os clientes. Estávamos limitados a poder negociar maiores quantidades porque<br />

não podíamos armazenar”, revelou o administrador.<br />

Estar limitado não faz parte do ADN de José Oliveira, como tal, as novidades<br />

não ficam por aqui. Se é para mudar, muda-se sempre para melhor, assim, a<br />

Visoparts não mudou apenas o ‘visual’ <strong>das</strong> suas instalações como também a<br />

sua imagem de marca. O logotipo da empresa, apresenta agora uma imagem<br />

mais moderna e até futurista.<br />

Estas novas instalações trouxeram ainda uma sala de formação. “Queremos<br />

começar a dar formação aos nossos funcionários e aos nossos clientes, é uma<br />

mais valia para qualquer negócio. Temos que estar informados e acompanhar a<br />

evolução do mercado, para isso já temos três ações de formação pensa<strong>das</strong> para<br />

este ano. Ainda não temos datas, mas já temos parceiros, estamos só dependentes<br />

da evolução pandémica que estamos a viver”, explicou o administrador.<br />

A evolução do negócio<br />

Com o negócio a correr de vento em popa, José Oliveira revelou ao JO qual<br />

o segredo para conseguirem atingir números de faturação recorde em 2021<br />

e ter todos os seus clientes fidelizados. “O nosso modelo de negócio é um<br />

pouco diferente do mercado habitual. Crescemos a ser especialistas em semirreboques,<br />

mas ao longo dos anos os nossos clientes ‘obrigaram-nos’ a<br />

mudar a agulha e a seguir em direção aos camiões. Temos já 17 anos de vida<br />

e nunca baixámos os braços ao longo do tempo, fomos sempre procurando<br />

novos fornecedores, novos parceiros, novas referências. Sem nunca descurar<br />

a estratégia que para nós é tão importante: termos sempre bons fornecedores<br />

para oferecer um bom serviço aos nossos clientes”, afirmou.<br />

O MAIOR DESAFIO DOS ÚLTIMOS<br />

DOIS ANOS FOI GARANTIR UMA<br />

RESPOSTA DE QUALIDADE A TODOS<br />

OS PEDIDOS, SEM INTERRUPÇÕES<br />

E COM UMA SATISFAção TOTAL<br />

DOS CLIENTES, E ISSO FOI<br />

CONSEGUIDO DE FORMA EXEMPLAR<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 43


VISOPARTS<br />

A VISOPARTS APOSTA EM RECURSOS HUMANOS EXPERIENTES<br />

E DÁ FORMAÇÃO REGULAR ÀS SUAS EQUIPAS, PARA RESPONDER<br />

A ELEVADOS PADRÕES DE EXIGÊNCIA DAS EMPRESAS DOS SEUS CLIENTES


Como resultado deste modelo de negócio<br />

e visão de futuro, hoje a empresa<br />

disponibiliza aos seus clientes um<br />

portfólio com 42 famílias de produtos<br />

to<strong>das</strong> elas liga<strong>das</strong> aos semirreboques,<br />

travagem, suspensão, iluminação<br />

e mais recentemente, apostaram<br />

nos motores, nas embraiagens e nos<br />

compressores de ar. José Oliveira<br />

acrescentou ainda “Temos to<strong>das</strong> as<br />

soluções que o nosso cliente necessita,<br />

e se existir alguma que não tenhamos<br />

na ‘ponta da língua’, procuramos<br />

para ter”.<br />

Com um mercado cada vez mais exigente,<br />

o administrador revelou ao<br />

JO a ‘mezinha’ milagrosa que utiliza<br />

para o dia a dia da empresa “Estamos<br />

diariamente à procura de novos produtos<br />

e de novos fornecedores. O ano<br />

de 2020 foi um ano muito atípico e<br />

não conseguimos acrescentar nada<br />

de novo, mas 2021 já foi um pouco<br />

melhor. No entanto, só nos mudamos<br />

para estas novas instalações<br />

há cerca de dois meses e como tal,<br />

mesmo que quisessemos acrescentar<br />

novas marcas, não tínhamos capacidade<br />

logística para o fazer. Neste mo-<br />

“A verdade é que já começamos a ter<br />

falta de referências em marcas de<br />

primeiro equipamento e os nossos<br />

fornecedores não nos conseguem dar<br />

prazos de entrega. Até agora temos<br />

conseguido colmatar as falhas, reforçando<br />

as relações com os melhores<br />

fabricantes mundiais, trabalhando<br />

com parceiros e fornecedores de elevada<br />

resiliência, que nos asseguram o<br />

fornecimento em situações de crise”.<br />

Sem um ponto final à vista, para o<br />

administrador o pior ainda está para<br />

vir “2022 vai ser um pouco duro neste<br />

aspeto, vamos querer servir o nosso<br />

cliente e vamos ter muita dificuldade<br />

em servir com aquele produto<br />

que estavam habituados a comprar e<br />

que agora não existe. Não será fácil<br />

reverter esta situação, e já estamos a<br />

abdicar de alguma margem para proteger<br />

o nosso cliente. Provavelmente<br />

só conseguiremos reverter a situação<br />

quando os preços estabilizarem”.<br />

2022 cheio de novidades<br />

O futuro é incerto, mas para a Visoparts<br />

2022 avizinha-se cheio de<br />

novidades. Tal como já é habitual, a<br />

A VISOPARTS ACREDITA QUE A MELHOR MANEIRA DE APOIAR<br />

OS SEUS CLIENTES E RESPONDER ÀS SUAS NECESSIDADES É MANTER<br />

OS STOCKS ELEVADOS E ATUALIZADOS<br />

mento a situação mudou e já temos<br />

vários fornecedores e produtos em<br />

vista para adicionar em 2022”.<br />

Para além desta gestão rigorosa, José<br />

Oliveira acredita que a sua filosofia<br />

de vida também se adequa bastante<br />

ao seu negócio. “Não compramos só<br />

por comprar e não vendemos só por<br />

vender. Ou seja, temos que vender e<br />

servir o nosso cliente com produtos<br />

de qualidade”.<br />

A crise dos stocks<br />

e as margens comerciais<br />

Mas nem tudo são boas notícias. A<br />

dificuldade de abastecimento de peças<br />

junto dos fornecedores começam<br />

a preocupar José Oliveira que revelou<br />

ao JO já começar a ter escassez<br />

de alguns produtos de primeiro<br />

equipamento, bem como de abdicar<br />

de margem para proteger os seus<br />

clientes.<br />

VISOPARTS<br />

Administradores José Carlos<br />

Oliveira e Olga Oliveira<br />

Morada Parque Industrial<br />

Coimbrões,<br />

Estrada Principal, 3500 – 618 Viseu<br />

Telefone 232 471 427<br />

email geral@visoparts.com<br />

Site www.visoparts.com<br />

empresa vai continuar a apostar no<br />

digital, desta vez, num portal B2B “A<br />

Visoparts tem apostado forte no digital,<br />

os nossos clientes neste momento<br />

já podem consultar referências, produtos,<br />

amostras de stock, etc. Em<br />

2022 já vão conseguir fazer compras<br />

online através da nossa plataforma<br />

B2B. Ainda assim, o nosso site tem-<br />

-nos feito aumentar as ven<strong>das</strong>. Apesar<br />

de eu considerar que este ramo de<br />

peças para pesados não é algo que se<br />

compre online, no entanto, as grandes<br />

frotas procuram esta opção e nós<br />

tínhamos que ter. À distância de um<br />

clique, os clientes podem encontrar<br />

milhares de produtos <strong>das</strong> mais diversas<br />

categorias, pesquisar referências,<br />

solicitar orçamentos, entre muitas<br />

outras funcionalidades”, explicou.<br />

Segundo o administrador, 2021 não<br />

poderia ter corrido melhor. Não só<br />

mudaram de instalações, como as<br />

ven<strong>das</strong> foram superiores ao que esperavam.<br />

“O ano de 2020 foi atípico<br />

para nós porque como trabalhamos<br />

quase sempre para grandes frotas<br />

e estas em março e abril de 2020<br />

pararam, isso refletiu-se no nosso<br />

negócio. Perdemos cerca de 10% de<br />

faturação relativamente a 2019. Em<br />

2021 recuperámos e conseguimos fechar<br />

acima de 2019, que tinha sido<br />

o melhor ano de sempre da Visoparts”.<br />

Para 2022 o administrador deixa<br />

uma garantia “Vamos continuar a<br />

trabalhar dentro <strong>das</strong> linhas que traçámos<br />

e a aproveitar esta nossa aposta<br />

nas novas instalações com uma<br />

maior capacidade de armazenagem.<br />

Se 2022 não for melhor que 2021,<br />

então que seja igual que já é bom.<br />

Consideramos que há sempre espaço<br />

para crescer, respeitando e cumprindo<br />

com a cadeia de valor - queremos<br />

acima de tudo manter a confiança<br />

que os nossos clientes depositam em<br />

nós porque lhes disponibilizamos a<br />

solução mais adequada às suas necessidades<br />

e com a melhor relação<br />

qualidade/preço” concluiu. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 45


Oficina<br />

do Mês<br />

POWERCOLOR<br />

FOCO NA QUALIDADE<br />

E DISPONIBILIDADE<br />

LOCALIZADA NUMA DAS ZONAS COM MAIOR POTENCIAL DE CRESCIMENTO NA CIDADE DO PORTO,<br />

A POWERCOLOR É UMA EMPRESA JOVEM COM ELEVADA ENERGIA E PROFISSIONALISMO,<br />

MAS QUE SURGE COMO RESULTADO DE UMA LONGA EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO DE TRÊS GERAÇÕES<br />

A<br />

Powercolor é uma oficina dedicada à manutenção<br />

e reparação multimarca, chaparia<br />

e pintura de automóveis no Porto,<br />

criada em julho de 2010. Dispõe de três grandes<br />

áreas de trabalho: secção de pintura com estufas<br />

para repintura e preparação, secção da chaparia<br />

e secção de mecânica. Conta com equipamento<br />

especializado para serviços de diagnóstico, climatização<br />

e lavagem. A equipa é composta por sete<br />

técnicos especializados, sendo três pintores, dois<br />

chapeiros e dois mecânicos.<br />

“Temos um grande foco na fidelização através da<br />

confiança transmitida ao longo dos anos. Somos<br />

conhecidos pela qualidade dos serviços realizados.<br />

Para maior satisfação dos nossos clientes,<br />

oferecemos a lavagem exterior, aspiramos e desinfetamos<br />

as viaturas em qualquer tipo de intervenção<br />

realizada na nossa oficina. A fidelização está<br />

focada na qualidade do trabalho, com a garantia<br />

dos serviços realizados, e comunicação constante<br />

com o cliente”, refere Paulo Alexandrino, gerente<br />

da Powercolor.<br />

A oficina está preparada para oferecer os serviços<br />

transversais associados às áreas da mecânica,<br />

eletrónica e colisão, sendo o restauro total de automóveis<br />

clássicos uma <strong>das</strong> suas especialidades.<br />

Disponibiliza soluções inteligentes de reparações<br />

e manutenções em geral, acompanhando as novidades<br />

crescentes associa<strong>das</strong> à mobilidade, que<br />

são suporta<strong>das</strong> através de um call center de apoio<br />

técnico disponível diariamente.<br />

As parcerias com as melhores empresas fornecedoras<br />

de produtos de pintura automóvel sempre<br />

foi prioridade. Tendo uma política de serviços<br />

orientada para os clientes, a Powercolor, garante<br />

a satisfação dos mesmos como um dever. O marco<br />

46 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


mais importante na vida da empresa ocorreu em<br />

dezembro de 2019, quando teve a oportunidade<br />

de mudar de instalações e passou a contar com<br />

uma localização privilegiada e um espaço mais<br />

amplo, o que possibilitou reunir todos os serviços<br />

que dispõe dentro <strong>das</strong> valências de mecânica,<br />

chapa e pintura.<br />

Com o objetivo de melhorar e atualizar a gestão e<br />

os serviços prestados, Paulo Alexandrino decidiu<br />

aderir em 2021 à rede Carwin, a mais nova rede<br />

de oficinas multimarca, gerida pela Newonedrive,<br />

empresa do grupo NORS. A marca possui um<br />

conceito inovador e diferencia-se pela transparência,<br />

conveniência, suporte técnico avançado,<br />

dinamismo, sustentabilidade e pelas vantagens<br />

associa<strong>das</strong> a todos os players na cadeia de valor:<br />

distribuidores, parceiros, oficinas e clientes.<br />

A Powercolor conta com a assistência técnica da<br />

rede Carwin, através do Data Tecnic e utilizam o<br />

Armin OPTI GRAPHIC, uma avançada plataforma<br />

oficinal de apoio à manutenção e reparação<br />

automóvel. Com a identificação exata e simples<br />

do automóvel e peças, garante a rapidez, qualidade<br />

e rentabilidade nas reparações. É uma mais<br />

valia pelas soluções associa<strong>das</strong> que otimizam a<br />

visão global do negócio. A nível da formação técnica,<br />

os colaboradores têm participado em ações<br />

promovi<strong>das</strong> pela rede.<br />

POWERCOLOR<br />

Gerente: Paulo Alexandrino<br />

Morada: Av. Fontes Pereira de Melo, 473 -<br />

4100-262 Porto<br />

Telemóvel 933 292 224<br />

E-mail geral@powercolor.pt<br />

Site www.powercolor.pt<br />

A Carwin estabeleceu parcerias com diversas<br />

marcas de peças de qualidade comprovada e reconhecida<br />

pelo aftermarket, nomeadamente com a<br />

Delphi para o fornecimento de equipamento oficinal,<br />

com destaque às máquinas de diagnóstico.<br />

Como oficina aderente à rede Carwin, a Powercolor<br />

tem disponíveis uma série de vantagens,<br />

designadamente: Formação especializada; Call<br />

center de apoio técnico disponível diariamente;<br />

Imagem moderna e atrativa; Possibilidade de implementar<br />

a imagem adaptada à oficina, sem perder<br />

a sua identidade; Gestão independente com<br />

apoio de uma gestão de rede com vasto know-how<br />

no setor. E com vista a oferece um melhor serviço<br />

aos seus clientes, disponibiliza um serviço transparente<br />

realizado por técnicos profissionais e dedicados;<br />

reparação e manutenção de automóveis<br />

de to<strong>das</strong> as marcas e modelos, assim como peças e<br />

equipamentos de qualidade reconhecida.<br />

As novas tecnologias também já estão presentes,<br />

conforme refere Paulo Alexandrino “Além<br />

da segurança e profissionalismo habituais que<br />

transmitimos aos nossos clientes através <strong>das</strong> redes<br />

sociais, a comunicação contínua adaptada<br />

às necessidades do consumidor é um diferencial.<br />

Devido à pandemia esta comunicação e feedback<br />

em tempo real são ainda mais apreciados pelos<br />

nossos clientes”.<br />

A Powercolor já tem uma estratégia planeada<br />

para os próximos anos e que vai de encontro com<br />

os objetivos da adesão à Rede Carwin, por ter<br />

acesso à informação necessária para evoluir de<br />

forma constante, e contar com to<strong>das</strong> as condições<br />

para angariar novos clientes, sempre com muita<br />

qualidade e disponibilidade para uma rápida resposta.<br />

Para Paulo Alexandrino, o grande desafio é<br />

conseguir gerir os prazos de encomen<strong>das</strong> de peças<br />

necessárias, para garantir maior rapidez na resposta<br />

ao cliente. l<br />

A POWERCOLOR PROCURA UMA ESPECIALIZAÇÃO CONTÍNUA<br />

POR MEIO DE FORMAÇÕES, AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS MAIS atUAIS<br />

E CONTA COM O APOIO DA REDE CARWIN PARA ACOMPANHAR<br />

A EVOLUÇÃO DO AFTERMARKET<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 47


EMPRESA<br />

BGA COMEMORA 90 ANOS DE FABRICO DE PEÇAS OE<br />

90 ANOS DE PERÍCIA<br />

E INOVAÇÃO!


COM MAIS DE 90 ANOS DE FABRICO DE PEÇAS OE, A BGA É A DIVISÃO DE AFTERMARKET<br />

DO BRITISH GASKETS GROUP (4BG), CONSTITUÍDO EM 1929. JUNTOS, A BGA E O GRUPO 4BG<br />

REPRESENTAM 10 FÁBRICAS QUE PRODUZEM ANUALMENTE MAIS DE 28 MILHÕES DE ARTIGOS<br />

PARA UMA VASTA GAMA DE INDÚSTRIAS, INCLUINDO A AUTOMÓVEL, AEROESPACIAL, DEFESA,<br />

ELETRODOMÉSTICOS, MARÍTIMA, PETROQUÍMICA E FERROVIÁRIA, PARA CITAR ALGUMAS<br />

Esta estrutura confere a to<strong>das</strong> as empresas do<br />

grupo acesso às mais avança<strong>das</strong> técnicas de<br />

fabrico, experiência e equipamento, dando<br />

vantagem à BGA quando se trata da produção<br />

de peças e componentes de alta qualidade para<br />

o mercado de reposição mundial. O Grupo 4BG<br />

é fornecedor de equipamento original para empresas<br />

como a Caterpillar, BMW, Aston Martin,<br />

Rolls Royce, Bosch, Nissan, Jaguar Land Rover,<br />

Renault, etc.<br />

A garantia de qualidade no Grupo 4BG é uma<br />

prioridade, possuindo departamentos dedicados a<br />

testes de produto, assegurando que cada produto<br />

fabricado cumpre os elevados padrões estabelecidos<br />

e as especificações do cliente. Aderindo às rigorosas<br />

normas de qualidade ISO TS16949, ISO<br />

9001-2, ISO 14001, o Grupo 4BG tem um portfólio<br />

inigualável na indústria de equipamento e maquinaria<br />

especializada para medição e testes.<br />

Os produtos BGA são reconhecidos pelas suas<br />

especificações OE para o mercado pós-venda automóvel,<br />

com mais de 40.000 referências em Direção<br />

e Suspensão, Veios de transmissão e Juntas<br />

homocinéticas, Bombas de direção assistida, Kits<br />

de distribuição, Juntas, Bombas de óleo, Bombas<br />

de água e Termóstatos, Polias de cambota, Correias<br />

de Transmissão e Tensores que cobrem to<strong>das</strong><br />

as marcas de automóveis de passageiros e veículos<br />

comerciais ligeiros.<br />

Emprega mais de 200 pessoas e opera num centro<br />

de distribuição no Reino Unido com mais de<br />

100.000 m 2 de área e uma capacidade de armazenagem<br />

de mais de 95% da sua gama. Oferece<br />

um serviço de expedição no próprio dia do pedido,<br />

conseguindo assim fornecer às oficinas peças e<br />

componentes de reposição que satisfazem ou excedem<br />

a qualidade do equipamento original.<br />

Graças aos avanços nas tecnologias de fabrico, a<br />

BGA pode comercializar estas peças de alta qualidade<br />

para o mercado pós-venda a preços verdadeiramente<br />

acessíveis.<br />

Com mais de 40.000 peças disponíveis, as encomen<strong>das</strong><br />

da BGA são geri<strong>das</strong> por um sistema totalmente<br />

automatizado, o que resulta num processamento<br />

rápido e prazos de entrega reduzidos. Com<br />

mais de 95% da gama sempre disponível em stock,<br />

a BGA está preparada para recolher as encomen<strong>das</strong><br />

de clientes e oferecer expedição no mesmo dia<br />

para qualquer parte do mundo. Em todo o mundo,<br />

a BGA tem tido um rápido crescimento nos mercados<br />

de exportação, designadamente na região da<br />

EMEA, especificamente no Norte de África. Nos<br />

próximos 5 anos, a BGA planeia continuar a explorar<br />

novos horizontes, assegurando que todos os<br />

países em todo o mundo tenham acesso a produtos<br />

HRH O Príncipe de Gales e Davide Piaser,<br />

Chefe de Ven<strong>das</strong> de Exportação da BGA,<br />

no Castelo de Windsor, no Reino Unido, numa<br />

recepção organizada em nome da Rainha, para<br />

os Prémios “The Queen’s Awards for Enterprise”.<br />

automóveis pós-venda que satisfaçam os padrões<br />

de qualidade de equipamento original a um custo<br />

acessível.<br />

“The Queens Award for Enterprise”<br />

O sucesso da BGA nos mercados de exportação nos<br />

últimos anos foi reconhecido quando a BG Automotive<br />

recebeu o The Queen’s Award for Enterprise:<br />

International Trade 2020. A exportação representa<br />

agora mais de 60% do volume de negócios da<br />

BGA e é um importante trampolim para o crescimento<br />

futuro dos seus negócios dentro do mercado<br />

automóvel. A BGA está presente, recorde-se, nos<br />

mercados da Europa, Rússia, Médio Oriente, África,<br />

Ásia, América Sul e EUA. E está a ser alvo de<br />

bastante procura por parte de países longínquos<br />

como a Austrália, graças à sua elevada reputação e<br />

à reconhecida qualidade <strong>das</strong> peças e componentes<br />

para o aftermarket de que dispõe.<br />

Da parceria com a BGA, os clientes beneficiam de<br />

90 anos de perícia e inovação, de uma <strong>das</strong> maiores<br />

gamas de produtos disponíveis no mercado pós-<br />

-venda e de uma equipa de Engenheiros no Reino<br />

Unido que trabalha incessantemente para fornecer<br />

produtos de qualidade superior ao mercado pós-<br />

-venda em contínuo crescimento. l<br />

Qualidade e testes<br />

Durante o desenvolvimento de um produto, a BGA<br />

realiza diversos testes, de modo a assegurar que<br />

cada produto cumpre os rigorosos padrões de qualidade<br />

exigidos. Uma vez ultrapassados estes testes<br />

iniciais, seguem-se provas de desempenho e simulação<br />

da vida real, frequentemente para destruição e<br />

sempre em comparação com uma nova peça idêntica<br />

de equipamento original. A BGA consegue assim<br />

assegurar que os seus produtos cumprem e ultrapassam<br />

as normas do equipamento original.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 49


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

O<br />

fornecedor global para os setores automotive<br />

e industrial, Schaeffler celebrou o seu 75º<br />

aniversário com uma cerimónia digital. Os<br />

irmãos Dr. Wilhelm e Dr.-Eng E.h. Georg Schaeffler<br />

lançaram a primeira pedra do Grupo em 1946<br />

ao fundar a Industrie GmbH em Herzogenaurach.<br />

Era o início de uma empresa que conta hoje com<br />

mais de 83.900 colaboradores em cerca de 200 locais<br />

distribuídos em 50 países. Entre outras, três<br />

empresas independentes de sucesso - INA, LuK e<br />

FAG - juntar-se-iam para criar um líder tecnológico<br />

global com o ADN de uma empresa familiar.<br />

Consequentemente, no dia de hoje a Schaeffler<br />

celebra 75 anos de progresso, inovação tecnológica<br />

e sucesso económico com uma cerimónia de<br />

aniversário online para todos os colaboradores e<br />

colaboradoras e alguns convidados específicos do<br />

mundo económico e político. O espírito pioneiro,<br />

as inovações e as aquisições estratégicas são a base<br />

GRUPO SCHAEFFLER CELEBRA 75º ANIVERSÁRIO<br />

EM MOVIMENTO HÁ 75 ANOS<br />

do sucesso. O vertiginoso crescimento da empresa<br />

a partir de 1950 foi possível graças ao rolamento<br />

de agulhas com gaiola, uma engenhosa invenção do<br />

Dr.-Eng. E.h. Georg Schaeffler que revolucionou o<br />

movimento e a mobilidade, tanto na construção<br />

automóvel como na indústria. Esta invenção estabeleceu<br />

as bases de um sucesso global contínuo.<br />

Desde sempre que a Schaeffler se caracterizou pela<br />

sua extraordinária capacidade inovadora e pelo seu<br />

alto nível de responsabilidade social. A curiosidade<br />

e uma visão voltada para o futuro, que motivaram<br />

os dois irmãos, são a grande força, até aos dias de<br />

hoje, desta empresa familiar, defensora da tradição.<br />

Por ocasião do 75º aniversário foi criada a Fundação<br />

Schaeffler para sublinhar a responsabilidade<br />

social do Grupo Schaeffler e dos seus acionistas<br />

familiares.<br />

A Fundaçao Schaeffler será dotada com um fundo<br />

inicial de 3 milhões de euros, repartidos em partes<br />

iguais entre a Schaeffler AG e a IHO Holding. A<br />

fundação desenvolverá as suas atividades em todo o<br />

mundo e concentrar-se-á em três áreas de abordagem:<br />

1) Proteção do Clima e do Meio ambiente, 2)<br />

Investigação e Ciência e 3) Formação, Qualificação<br />

e Igualdade de Oportunidades. Olhando para o futuro,<br />

o Grupo Schaeffler posicionou-se claramente<br />

a nível estratégico com o seu Roadmap 2025.<br />

No núcleo estratégico estão a sustentabilidade e a<br />

digitalização, ladea<strong>das</strong> por cinco áreas de abordagem<br />

relaciona<strong>das</strong> com temas como os acionamentos<br />

eficientes em CO2 ou as energias renováveis.<br />

“Enquanto houver movimento, também existirá<br />

Schaeffler. Na Schaeffler, a inovação, a qualidade,<br />

a compreensão do sistema e excelência no fabrico<br />

combinam-se para formar uma força comum. Com<br />

esta força e o ADN da empresa familiar, estamos<br />

perfeitamente preparados para o futuro”, disse<br />

Klaus Rosenfeld, CEO da Schaeffler AG.<br />

50 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


LANÇA SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO<br />

Sogilub | A Sogilub, Sociedade de Gestão Integrada dos Óleos Lubrificantes Usados, está<br />

a lançar um projeto inovador de sensorização dos “oleões” da rede DiY. A rede de recolha<br />

designada por rede Do It Yourself (DIY), é a rede de recolha de óleos lubrificantes usados<br />

provenientes dos cidadãos, que permite dar resposta à necessidade de existência de locais<br />

onde qualquer particular possa deixar o óleo lubrificante usado que produziu, de um modo<br />

rápido e fácil, mas com a garantia de que o resíduo vai ser encaminhado da forma correta.<br />

Este projeto inovador, tem como objetivo medir o nível de óleo usado nos diferentes pontos<br />

de recolha (oleões) desta rede, de forma remota e centralizada, o que irá permitir otimizar<br />

os procedimentos e as rotas de recolha, assim como facilitar a experiência do particular, que<br />

poderá ser informado sobre que pontos de recolha estão disponíveis para receber o seu óleo<br />

usado. O projeto piloto, focando a monitorização do nível de óleo usado nos oleões ECOLUB da<br />

rede DiY, decorreu durante o último trimestre de 2021.<br />

FALECEU ANTÓNIO CHÍCHARO<br />

Faleceu dia 15 de dezembro, no Hospital de Beja, o empresário bejense António Chícharo. António<br />

Chícharo tinha 83 anos e durante a sua vida esteve ligado a várias instituições e associações sociais<br />

e empresariais. Alentejano na sua essência, mas com uma ampla e correta visão do mundo, António<br />

Chícharo, após ter terminado os seus estudos académicos em Évora e em Lisboa, cedo voltou à sua terra,<br />

começando a trabalhar aos 23 anos, na empresa familiar de seu pai, ligada à atividade do Comércio Automóvel.<br />

A sua capacidade, determinação e resiliência, permitiu que, em 1968 tenha acedido ao estatuto<br />

de Concessionário da Toyota e criado a empresa José Cândido Chícharo & Filho, Lda., curiosamente, no<br />

dia anterior ao 25 de Abril de 1974. Ao longo da sua vida, e a par da carreira empresarial, foi presidente<br />

da ANECRA – Associação Nacional <strong>das</strong> Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel durante largos<br />

anos, assim como administrador do Centro de Formação Profissional de Reparação Automóvel e provedor<br />

da Santa Casa da Misericórdia de Beja. António Chícharo foi igualmente dirigente do NERBE e da Associação<br />

Comercial do Distrito de Beja. Em 2019, o empresário recebeu da Câmara de Beja a Medalha de<br />

Mérito Empresarial, depois de, entre 2001 e 2005, ter sido eleito na Assembleia Municipal de Beja, pelo<br />

PSD. Homem extraordinário, deixou um legado grande à sua família e à sua cidade do coração. O <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> apresenta a toda a família e amigos de António Chícharo as mais senti<strong>das</strong> condolências.<br />

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autosilva<br />

ARRANCA O ANO NA AUTO RECTO<br />

Mobiletron | A Auto Recto aposta na Mobiletron como primeira marca do ano 2022. Uma<br />

marca conhecida sobretudo pelos seus reguladores e placas. São mais de 600 referências<br />

diferentes desta marca na Auto Recto. A oferta abrange reguladores e placas, mas também<br />

módulos de ignição, sensores, son<strong>das</strong> lambda e bobines de ignição. A Mobiletron tem uma<br />

experiência de mais de 30 anos e está presente em mais de 100 países.


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

PUBLIREPORTAGEM<br />

A LENDA<br />

DE UM ÓLEO ÚNICO<br />

Antigamente, era quase indiferente que óleo se usava no motor: havia poucos<br />

tipos de óleo diferentes e o motor aguentava quase tudo. Posteriormente,<br />

surgiram mais tipos de óleo, mas as várias viscosidades, como, por exemplo,<br />

10W-40 ou 15W-40, continuaram a servir de orientação. As viscosidades indicam a<br />

espessura ou a fluidez do óleo em estado frio e quente. Mas, hoje, a viscosidade é só<br />

uma <strong>das</strong> muitas características importantes.<br />

O que aconteceu para que surgissem tantos tipos de óleo? Nos seus esforços no<br />

sentido de reduzirem o consumo de combustível e, como consequência, também<br />

as emissões, os fabricantes automóveis, em especial os europeus, descobriram que<br />

o óleo de motor era um dos elementos cruciais para isso. Quando desenvolvem um<br />

novo motor, as propriedades que o óleo tem de ter são defini<strong>das</strong> muito cedo. Cabe<br />

A LIQUI MOLY EXPLICA<br />

POR QUE MOTIVO EXISTEM<br />

TANTOS ÓLEOS DE MOTOR<br />

DIFERENTES E NÃO É POSSÍVEL<br />

TER UM ÓLEO PARA TODOS<br />

OS VEÍCULOS<br />

PRÉMIOS AOS VENCEDORES BLACK FRIDAY<br />

ASER | A Black Friday foi celebrada na sexta-feira 26 de Novembro e o Grupo ASER e os seus parceiros não<br />

quiseram perder a oportunidade de estender a celebração do seu 5º Aniversário a este dia especial. Um dia que<br />

tanto os retalhistas como os consumidores começaram a celebrar nos Estados Unidos, mas que agora se estendeu<br />

a praticamente todo o mundo e já se tornou um dos dias mais esperados do ano, com inúmeras ofertas e campanhas<br />

especiais. Durante esse dia, todos os clientes que fizeram uma compra em qualquer dos distribuidores ASER<br />

em Espanha e Portugal puderam registar-se no website desenvolvido para a campanha e participar no sorteio de<br />

vários televisores de 55”.<br />

então aos fabricantes de óleo desenvolverem um óleo adequado. E porque cada<br />

fabricante automóvel tem pontos de partida diferentes em termos tecnológicos, as<br />

propriedades exigi<strong>das</strong> em termos de óleo são, também elas, diferentes.<br />

O lubrificante universal <strong>das</strong> passa<strong>das</strong> déca<strong>das</strong> transformou-se assim num líquido altamente<br />

especializado. E, por isso, não é possível haver atualmente um óleo universal<br />

adaptado a todos os veículos. A LIQUI MOLY produz em exclusivo na Alemanha e tem<br />

o óleo adequado para todos os automóveis. Atualmente, o óleo de motor é como<br />

uma peça de reposição líquida e usar o óleo errado é como montar uma peça não<br />

adequada. Podem surgir perigos que ultrapassam em muito as simples lamas de óleo,<br />

pois existem combinações de óleo/motor que podem destruir o motor após poucas<br />

centenas de quilómetros. O óleo certo para um determinado veículo é indicado pelo<br />

manual ou pelo guia de óleo disponível no site e app da LIQUI MOLY.<br />

REFORÇA PROXIMIDADE COM OS CLIENTES<br />

CEPSA | Já estão em vigor os novos benefícios do cartão StarRessa Direct, que oferece agora aos clientes<br />

profissionais Cepsa mais vantagens, mais serviços e descontos em combustível até 9 cêntimos nos 1.800 postos<br />

de abastecimento disponíveis na Península Ibérica. Entre as novas vantagens destaca-se um duplo desconto.<br />

Presencial e imediato no momento de cada abastecimento, e ainda um desconto no final do mês em função dos<br />

litros consumidos através de saldo disponível no cartão. As novas condições já em vigor são automaticamente<br />

ativa<strong>das</strong> a partir da primeira transação efetuada com o cartão StarRessa Direct nos terminais Cepsa de qualquer<br />

dos postos Cepsa aderentes.<br />

52 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

LOCTITE LANÇA PLATAFORMA DE<br />

FORMAÇÃO ONLINE<br />

GRATUITA<br />

Loctite, a marca líder mundial em adesivos e selantes, lançou<br />

LOCTITE XPLORE, uma inovadora plataforma de<br />

formação online gratuita para facilitar o trabalho dos<br />

profissionais do setor de montagem, manutenção e reparação<br />

automóvel. Esta ferramenta tem como objetivo ajudar a tomar<br />

decisões fundamenta<strong>das</strong> nas últimas inovações dos diferentes setores.<br />

LOCTITE EXPLORE oferece ao utilizador, de forma fácil,<br />

o acesso a uma série de recursos relacionados com a utilização<br />

dos adesivos e selantes Loctite, conteúdos baseados no conhecimento<br />

acumulado ao longo de mais de 65 anos de experiência<br />

da marca. Em formato de módulos, a plataforma dá a conhecer<br />

a tecnologia oferecida por cada um dos produtos adesivos industriais<br />

disponibilizados pela marca. Assim, LOCTITE XPLORE<br />

pretende ser um espaço de divulgação de conhecimentos pela<br />

mão de técnicos especialistas do setor, que revelam na plataforma<br />

todos os seus truques e desmistificam len<strong>das</strong> urbanas.<br />

AÇÃO FORMATIVA PARA OFICINAS<br />

RecOficial | No passado dia 23 de Novembro, decorreu mais uma sessão formativa<br />

exclusiva para as oficinas RecOficial intitulada: Diagnóstico e Reparação de Veículos<br />

Híbridos e Elétricos. O parque de veículos híbridos e elétricos está em franco crescimento<br />

pelo que, muito em breve, vai ser necessário diagnosticar as falhas no respetivo sistema<br />

de armazenamento de energia. A presente sessão incidiu no diagnóstico e verificação de<br />

toda a estrutura <strong>das</strong> baterias de alta tensão e fez parte do plano de formação exclusivo<br />

para as oficinas RecOficial que, no ano de 2021, contemplou 8 formações online. Como<br />

é do conhecimento de todos, as oficinas aderentes à rede ibérica RecOficial estão<br />

continuamente a preparar-se para poder intervencionar qualquer tipo de viatura seja<br />

convencional, híbrida ou elétrica.<br />

CONFIRMA ESTATUTO<br />

DE LÍDER NO DESPORTO AUTOMÓVEL<br />

Brembo | A Brembo celebra o 60º aniversário da melhor maneira, confirmando a sua supremacia tecnológica<br />

no desporto automóvel com 62 títulos mundiais alcançados nas principais competições de duas e quatro ro<strong>das</strong><br />

em 2021. A empresa sedeada em Bergamo atinge um novo recorde: ao longo dos seus 47 anos de presença<br />

global nas diferentes competições de corri<strong>das</strong>, a empresa nunca ganhou tantos títulos como neste ano, e agora<br />

conta com mais de 500 campeonatos obtidos ao longo do tempo. A experiência adquirida ao longo dos anos na<br />

pista representa o laboratório privilegiado para a Brembo, onde as soluções mais recentes são testa<strong>das</strong> e depois<br />

transferi<strong>das</strong>, ao longo dos próximos anos, para a produção de veículos. Os títulos conquistados em desportos<br />

motorizados, também incluem importantes vitórias alcança<strong>das</strong> com o apoio <strong>das</strong> marcas que fazem parte do<br />

Grupo, como Marchesini e AP Racing (desde 2000), e duas marcas recentemente adquiri<strong>das</strong> pela empresa: SBS<br />

Friction e J.Juan.<br />

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NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

Q&F<br />

ADICIONA AKRAPOVIC AO SEU PORTFÓLIO DE MARCAS<br />

Celebrando atualmente 30 anos de existência, a Q&F acaba de adicionar uma nova marca ao seu portfólio, a Akrapovic. Fundada na Eslovénia em 1991 por<br />

Igor Akrapovic, um piloto de motociclismo que enveredava uma busca incansável pela perfeição, não tardou muito a singrar o seu cunho num palco<br />

mundial. Tal aconteceu em 1997 nas FIM World SBK com o piloto Akira Yanagawa pela Kawasaki. Desde então, os sucessos foram-se acumulando dentro<br />

da competição, com um total de 153 campeonatos mundiais vencidos, como também fora desta. Exemplo disso são os seus 62 prémios de melhor marca, como<br />

também os 14 prémios Red Dot Awards que comprovam que a Akrapovic não só é capaz de elevados níveis de performance, como também em qualidade, som e<br />

claro, no seu design. Tudo graças à sua capacidade de manipular, em casa, componentes como o aço, o titânio e o carbono, garantindo assim um controlo exímio<br />

em todo o processo de fabrico, desde a modelação 3D, até ao seu embalamento.<br />

PRÉMIO FORNECEDOR DO ANO GROUPAUTO<br />

DENSO | A Denso Aftermarket, a divisão aftermarket do fabricante líder de componentes<br />

de equipamento original Denso, ganhou o prestigioso prémio de Fornecedor<br />

do Ano 2021, atribuído pelo grupo líder de compras multinacionais, GroupAuto International.<br />

Durante uma cerimónia que infelizmente teve de ser realizada virtualmente<br />

devido às contínuas restrições do coronavírus, a Denso recebeu o prémio, que foi votado<br />

pelos membros do GroupAuto International, porque tinha alcançado vários objetivos de<br />

desempenho notáveis em múltiplas disciplinas para refletir o alinhamento consistente<br />

da empresa com a estratégia empresarial em desenvolvimento do GroupAuto. Entre as<br />

categorias que a Denso recebeu, algumas <strong>das</strong> mais altas pontuações foram: Qualidade,<br />

Ven<strong>das</strong>, Logística e Marketing, to<strong>das</strong> elas áreas chave para o sucesso de qualquer<br />

negócio. O prémio é um aval aos valores fundamentais da Denso Aftermarket e um<br />

reconhecimento dos esforços da organização para assegurar que não só cumpre, mas<br />

supera, as eleva<strong>das</strong> expectativas do grupo.<br />

BILSTEIN GROUP CADA VEZ MAIS SUSTENTÁVEL<br />

bilstein group | “A proteção do ambiente significa a proteção do negócio”, é este o pensamento do bilstein<br />

group e é também esta a ideia-chave que serve de base às mensagens que delineiam a estratégia da empresa<br />

na área da sustentabilidade. A sustentabilidade é parte integrante da estratégia de futuro da empresa, atingindo<br />

já diversos objetivos para proteger o meio ambiente. Contudo, é importante reter que a sustentabilidade vai<br />

para além da pegada de carbono de uma empresa. Para o bilstein group este conceito consiste em três pontos:<br />

Economia: produzimos produtos duráveis e de elevada qualidade que combinam a proteção ambiental e a<br />

mobilidade acessível; Ecologia: na produção e distribuição dos nossos produtos e serviços, temos em atenção o<br />

processo e as estruturas que conservam os recursos, tanto quanto possível; Aspetos Sociais: preocupamo-nos<br />

com os nossos colaboradores e com o ambiente. Todos os processos de produção no bilstein group Engineering<br />

foram analisados e otimizados, o que representou uma poupança de 47 tonela<strong>das</strong> e 140 400 kW/hora de<br />

processamento de energia por ano.<br />

56 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


BOSCH E UNIVERSIDADE DO PORTO<br />

PARCEIRAS NO PROJETO THEIA<br />

A<br />

Bosch e a Universidade do Porto anunciaram um novo projeto de inovação – Projeto THEIA – na<br />

área da mobilidade inteligente, com um investimento superior a 28 milhões de euros, a aplicar<br />

até 2023. Este consórcio entre a Bosch e a Universidade do Porto irá integrar cerca de 55 novos<br />

colaboradores da Bosch e mais de 70 investigadores da Universidade do Porto. O projeto é mais um<br />

exemplo da aposta da Bosch nas relações de parceria com a academia como forma de contribuir para a<br />

inovação e competitividade do país. “Não temos dúvi<strong>das</strong> que estas parcerias são a chave para impulsionar<br />

a inovação, o desenvolvimento científico e a criação de emprego qualificado. É por isso que continuaremos<br />

a trabalhar no sentido de promover estas relações que são sinónimo do reconhecimento da qualidade<br />

do talento e da dinâmica do ecossistema de investigação e desenvolvimento que existe em Portugal”,<br />

afirma Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal.<br />

CONQUISTA QUARTO PRÉMIO<br />

‘MARCA DO SÉCULO’<br />

Sonax | A Sonax é mais uma vez distinguida como<br />

«Marca do Século» na categoria de cuidado automóvel.<br />

Um júri de especialistas de renome nomeou a marca<br />

Sonax para se juntar à “primeira liga de marcas alemãs”<br />

pela quarta vez, na sequência de prémios anteriores<br />

desde 2013. Manfred Hoffmann, Diretor Geral da Sonax<br />

GmbH, explica porque é que o prémio é tão significativo<br />

“O prémio e o convite para juntar a Sonax a este grupo<br />

selecionado de marcas notáveis é uma grande honra e<br />

deixa-nos muito orgulhosos. O prémio é altamente significativo,<br />

pois sublinha as qualidades de destaque da marca<br />

Sonax e a grande reputação dos seus produtos. Quando<br />

os clientes votam em nós, é sinónimo de que confiam na<br />

marca e nas experiências positivas que têm tido com os<br />

nossos produtos. Portanto, a nossa promessa de qualidade<br />

Made in Germany, continuidade, fiabilidade e um elevado<br />

nível de foco no cliente estão no topo da nossa lista.”<br />

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NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

NOVA CAMPANHA “PARTILHAMOS O MESMO DESTINO”<br />

FEBI | A nova campanha da febi, que promove a forte gama de componentes de direção e suspensão,<br />

utiliza a assinatura ‘Partilhamos o mesmo Destino’ para enfatizar a essência e propósito dos produtos em<br />

destaque. A vida é uma viagem. Nem sempre é simples, com curvas desafiantes e viragens imprevisíveis<br />

ao longo do caminho; com as peças de direção e suspensão da febi tem um parceiro de confiança que<br />

o ajuda a estar seguro e confortável, onde quer que a estrada o leve. Com uma vasta gama de mais de<br />

10.000 artigos de direção e suspensão, que cobre todos os tipos de veículos europeus e asiáticos mais<br />

populares, a febi oferece aos clientes um catálogo completo de produtos. Adicionalmente, a filosofia ‘Fast<br />

to Market’ utilizada pela febi – e que envolve uma pesquisa e desenvolvimento constantes que conduz a<br />

uma expansão contínua da gama – permite que novos artigos sejam lança<strong>das</strong> assim que possível, tanto<br />

para veículos novos como para veículos já existentes.<br />

ESTUDO REVELA IMPACTO DOS VE NO EMPREGO<br />

CLEPA | A Associação Europeia dos Fornecedores da Indústria Automóvel, encomendou<br />

à PwC Strategy& a avaliação do impacto, de três cenários de política do Green Deal (Pacto<br />

Ecológico Europeu), sobre o emprego e o valor acrescentado entre os fornecedores da indústria<br />

automóvel em toda a Europa no período 2020-2040. Tais cenários representam uma abordagem<br />

de tecnologia mista; a abordagem atual apenas VE (Veículos Elétricos) proposta no pacote<br />

‘Fit for 55’ e um cenário de aumento exponencial de Veículos Elétricos. Todos os três cenários<br />

pressupõem uma eletrificação acelerada para cumprir as metas ambientais, com uma elevada<br />

quota de mercado de veículos elétricos em 2030 de mais de 50%, quase 80% e perto de 100%,<br />

respetivamente. O estudo prevê que, no cenário exclusivamente de Veículos Elétricos, 70%<br />

do impacto no emprego será sentido já no período de 2030-2035, com muitos profissionais<br />

tradicionalmente dependentes dos motores de combustão interna a ficarem desempregados.<br />

CHEGA A VILA REAL E VILA DO CONDE<br />

Mi<strong>das</strong> | Vila Real e Vila do Conde são as duas novas cidades que passaram a contar com a presença da<br />

Mi<strong>das</strong>. Tendo sempre presente um dos principais pilares do seu posicionamento, a proximidade, a marca<br />

selecionou a localização de cada um destes espaços de forma a estar cada vez mais acessível, facilitando<br />

a vida dos condutores e tornando as suas vi<strong>das</strong> mais cómo<strong>das</strong> e seguras. Em Vila Real, a cidade que<br />

conta pela primeira vez com uma oficina Mi<strong>das</strong>, o ponto escolhido foi o recém-ampliado complexo<br />

comercial do Continente que, além de contar com novas áreas de estacionamento, prevê também acessos<br />

facilitados a quem o visite. Em Vila do Conde, as instalações da Mi<strong>das</strong> podem ser encontra<strong>das</strong> no recém<br />

inaugurado Vila do Conde Retail Park, espaço que se junta ao Vila do Conde Porto Fashion Outlet para<br />

criar uma área única no âmbito da oferta comercial integrada.<br />

FORMAÇÃO A PROFISSIONAIS CAT<br />

Centro Zaragoza | O Centro Zaragoza vai formar profissionais dos Centros de Tratamento<br />

de Veículos Autorizados (CAT) no manuseamento seguro de veículos elétricos e híbridos. O Centro<br />

Zaragoza possui uma vasta experiência na área dos veículos com novos sistemas de propulsão,<br />

tendo ministrado um grande número de cursos nos últimos anos a diferentes grupos de<br />

profissionais, tanto presencial como online, o que lhe permite ministrar formação de alto nível<br />

para os técnicos do centro que têm que lidar com veículos de alta tensão. Para a realização<br />

desta formação estarão previstas as instalações do Centro Zaragoza especialmente concebi<strong>das</strong><br />

para o efeito, tais como salas de formação, salas de oficinas e uma oficina totalmente equipada<br />

com uma superfície de 4.000 m2. A formação permitirá aos técnicos realizarem práticas no<br />

desligamento de veículos elétricos e / ou híbridos, na extração segura da bateria de alta tensão<br />

deste tipo de veículo após a sua segurança, e no manuseio, armazenamento e embalagem <strong>das</strong><br />

referi<strong>das</strong> baterias, preparando-as para o transporte se necessário.<br />

58 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


AUTOMECHANIKA FRANKFURT<br />

DESTACA RECONDICIONAMENTO<br />

Para a edição deste ano da Automechanika, foi tomada a decisão de destacar a indústria de recondicionamento<br />

de componentes auto. Haverá um Dia Especial do Recondicionamento onde os visitantes<br />

poderão conhecer as últimas tendências e desenvolvimentos deste setor. O recondicionamento<br />

poupa milhões de tonela<strong>das</strong> de emissões de CO2 por ano, permite uma poupança de CO2 de até 90% e<br />

uma poupança de material de até 85%. De acordo com Olaf Mußhoff, Director da Automechanika Frankfurt:<br />

“Numa época de alterações climáticas e de escassez de recursos, a importância da economia circular<br />

e do recondicionamento vai certamente aumentar. É por isso que estou particularmente satisfeito por<br />

continuarmos a nossa parceria com a APRA, que é um dos mais importantes representantes da indústria<br />

de recondicionamento”. Tanto a associação como a principal feira internacional para o aftermarket automóvel<br />

beneficiam desta parceria: A Automechanika pode contar com a inestimável perícia da APRA, com<br />

muitos anos de experiência e com uma vasta rede internacional.<br />

CEO DA METELLI CONQUISTA<br />

PRÉMIO DE QUALIDADE<br />

Após o anúncio feito durante o Dia do Fornecedor Digital<br />

da Schaeffler, o prémio de Qualidade foi entregue<br />

a Sergio Metelli, CEO da Metelli SpA. O prémio, que<br />

foi especificamente para a família de produtos <strong>das</strong><br />

bombas de água, atesta a qualidade e o alto nível de<br />

confiabilidade que sempre distinguiram os produtos da<br />

Metelli. Durante a cerimónia de premiação, a empresa<br />

aproveitou para agradecer à Schaeffler pela produtiva<br />

relação colaborativa e pela constante confiança depositada<br />

no Grupo Metelli ao longo dos anos em que as<br />

duas marcas foram parceiras – “uma parceria que, temos<br />

certeza, continuará em nos próximos anos”, revelou o<br />

departamento de comunicação do Grupo Metelli.<br />

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vertice internacional


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

INAUGURA NOVAS INSTALAÇÕES<br />

EM ARTEIXO, LA CORUNHA<br />

TAB | No passado dia 19 de novembro a TAB inaugurou novas instalações em Arteixo, que<br />

passam a ser a nova delegação da TAB Noroeste. Os mercados da Galiza e do Norte de Portugal<br />

vão ser servidos até ao Porto, em 2022 a empresa prepara-se para abrir um novo armazém. A<br />

TAB Noroeste ocupa uma área de 500 m 2 , que inclui um showroom com amostras de produtos,<br />

escritórios e stock de segurança para atender às necessidades do cliente para baterias de<br />

arranque e de tração. A delegação começa com uma equipa de cinco pessoas, entre pessoal<br />

comercial e de escritório. Carlos Varela, diretor da delegação, coordenará o trabalho de ven<strong>das</strong><br />

e assistência técnica.<br />

PROMOVE BOAS PRÁTICAS<br />

Tips4y | A Tips4y é uma empresa inovadora, colaborativa e ágil que promove o crescimento pessoal<br />

e profissional dos seus colaboradores. Sendo uma empresa tecnológica dedicada à indústria automóvel,<br />

são vários os desafios a que a Tips4y está constantemente a ser sujeita num mercado em rápi<strong>das</strong><br />

mudanças, e para as quais é fundamental proporcionar um ambiente único a cada colaborador. Ao<br />

ser desafiada pelo seu ambiente competitivo, a Tips4y gosta igualmente de desafiar as suas equipas<br />

a questionarem e a inovarem para além <strong>das</strong> suas áreas funcionais, motivando um espaço salutar para<br />

partilha de ideias, conhecimento, criatividade e espírito de iniciativa. O trabalho colaborativo é outro<br />

pilar determinante para assegurar uma visão estratégica alinhada nas equipas, estimulando sinergias<br />

conjuntas que permitem maximizar as características e as competências individuais a favor dos objetivos<br />

globais da organização, sem deixar de inspirar a progressão de carreira em cada pessoa, respeitando as<br />

suas próprias metas.<br />

STRATIO ANUNCIA<br />

RONDA DE INVESTIMENTO<br />

PARA CONTINUAR A CRESCER<br />

A<br />

Stratio,<br />

plataforma líder mundial de manutenção preditiva de frotas<br />

em tempo real, lançada em Coimbra em 2017, acaba de anunciar uma<br />

ronda de investimento Séries A de 12 milhões de dólares para acelerar<br />

a sua expansão, aumentar a capacidade de I&D e duplicar a equipa até ao final<br />

de 2022. O investimento foi liderado pela Forestay Capital, o braço Deep Tech<br />

e SaaS Venture Capital da Waypoint Capital, e contou com a participação dos<br />

anteriores investidores Crane Venture Partners. A empresa já tem presença<br />

nas principais regiões do globo: Europa, América do Norte, América Latina<br />

e Ásia e entra assim numa nova fase de crescimento global, pretendendo desenvolver<br />

ainda mais a plataforma já reconhecida pelas maiores empresas de<br />

transportes do mundo e recrutar mais de 60 pessoas. A Stratio tem vindo a<br />

conquistar algumas <strong>das</strong> maiores empresas de transportes do mundo e oferece<br />

a plataforma mais robusta e inovadora de manutenção preditiva de frotas em<br />

tempo real utilizando Inteligência Artificial.<br />

MONDEGOPEÇAS E RPA<br />

ASSOCIAM-SE AO GRUPO SERCA<br />

A Mondegopeças e RPA são os novos associados do Grupo Serca Automoción, desde o dia 01<br />

de outubro de 2021 A Mondegopeças, é uma empresa com 40 anos de existência no sector<br />

do aftermarket automóvel, com sede em Coimbra e lojas de revenda em Antanhol, Águeda,<br />

Aveiro, Coimbra, Figueira da Foz, Leiria e mais recentemente em Pombal, empresa líder na sua<br />

zona de atuação, dedicada à comercialização de peças e acessórios automóvel e que ao longo<br />

dos últimos anos tem tido uma expressiva expansão da sua atividade com a abertura de vários<br />

pontos de venda. Por sua vez, a RPA iniciou a sua atividade em 1997 e é uma empresa dedicada<br />

à comercialização de peças e acessórios automóvel e serviços de valor acrescentado, com<br />

sede em Lisboa, com pontos de venda em Vila Franca de Xira, Mem-Martins, Évora e Setúbal.<br />

A empresa tem feito uma forte aposta em profissionais qualificados para poderem entregar<br />

um serviço de excelência aos seus clientes. Conforme mencionado pela RPA, “mais que um<br />

armazém de peças automóvel, a RPA pretende ser um parceiro global dos seus clientes”.<br />

60 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


OPINIÃO<br />

ANDRÉ CASTRO PINHEIRO<br />

DIRETOR DIVISÃO AUTOMÓVEL DA FUCHS LUBRIFICANTES<br />

COMÉRCIO DE LUBRIFICANTES<br />

EM PORTUGAL<br />

DEPOIS DE UM ANO MARCADO PELO APARECIMENTO DA COVID-19, QUE TRANSFORMOU<br />

AS NOSSAS VIDAS E OS NEGÓCIOS, PROVOCANDO UMA REDUÇÃO DRÁSTICA DA ECONOMIA,<br />

ATRAVESSAMOS 2021 COM ENORMES DISRUPÇÕES, AGORA CAUSADAS PELA ESCASSEZ<br />

E AUMENTO DO CUSTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS<br />

Se os efeitos da pandemia<br />

provocaram uma diminuição<br />

nas ven<strong>das</strong> de lubrificantes,<br />

as dificuldades <strong>das</strong> matérias-primas<br />

trouxeram disrupções na cadeia<br />

de abastecimento. Estes tempos<br />

mais difíceis tiveram, no entanto, o<br />

mérito de evidenciar quem está de<br />

forma profissional, estruturada e<br />

com perspetiva de longo prazo neste<br />

sector, reforçando a importância<br />

desta abordagem de qualidade<br />

ao negócio dos lubrificantes.<br />

Internamente, sentimos que a<br />

qualidade dos produtos FUCHS,<br />

a força do Grupo (e da marca) e<br />

a resiliência da nossa cadeia de<br />

abastecimento foram determinantes<br />

para conseguirmos crescer nestes<br />

tempos.<br />

Ultrapassada esta fase disruptiva e<br />

olhando agora para o futuro, é certo<br />

que a dimensão global do negócio<br />

de lubrificantes vai enfrentar alguns<br />

desafios, pela redução do número<br />

médio de quilómetros percorridos<br />

e pelo crescimento nas ven<strong>das</strong> de<br />

veículos elétricos, cuja ausência de<br />

motor de combustão elimina um<br />

consumo importante de óleo nas<br />

oficinas. Em Portugal, esse efeito<br />

será atrasado, pois o nosso parque<br />

circulante é muito antigo e demora<br />

mais de 20 anos a se renovar. Para<br />

termos uma melhor perspetiva, entre<br />

2030 a 2035, 60% a 70% do parque<br />

automóvel será constituído pelos<br />

veículos vendidos nos últimos 10<br />

anos (2010 a 2020), na sua grande<br />

maioria com motores de combustão<br />

interna.<br />

Agora, é importante começarmos a<br />

preparar esse futuro, começando por<br />

conhecer e analisar bem o mercado<br />

e a sua evolução, definir a estratégia<br />

certa para os segmentos em que<br />

queremos atuar e garantir que essa<br />

estratégia está alinhada com a nossa<br />

cultura. Porque os desafios maiores,<br />

nos próximos 10 anos, vão vir da<br />

cadeia de distribuição, aquilo que<br />

chamo o ‘terreno de jogo’, com três<br />

pontos críticos de interação:<br />

1 - A forma como o cliente final<br />

escolhe o prestador de serviço<br />

(oficina);<br />

2 - A forma como/onde esse<br />

prestador de serviço escolhe o seu<br />

fornecedor (revendedor);<br />

3 - A forma como/onde os<br />

fornecedores se abastecem<br />

(importador/distribuidor). A cadeia<br />

é longa e quem não acrescentar valor<br />

vai ser ultrapassado ou substituído.<br />

Qualidade, confiança, criação de<br />

valor, fiabilidade e sustentabilidade<br />

devem ser o foco de quem quer<br />

vencer e se manter neste mercado.<br />

E aqui voltamos à nossa experiência<br />

de 90 anos em lubrificantes – a<br />

FUCHS foi fundada em <strong>193</strong>1 em<br />

Mannheim – e aos mais de 30<br />

anos em que estamos diretamente<br />

presentes em Portugal. A força<br />

global e foco do Grupo no sector dos<br />

lubrificantes e a proximidade que<br />

temos com os Clientes são a nossa<br />

aposta para continuarmos a crescer<br />

em ven<strong>das</strong> e relevância no negócio<br />

aftermarket em Portugal. Estamos<br />

muito empenhados em apoiar a<br />

nossa rede atual de distribuição<br />

e expandir a mesma através de<br />

novas parcerias, que se enquadrem<br />

neste nosso posicionamento,<br />

acrescentando valor à nossa presença<br />

em Portugal. l<br />

“É CERTO QUE A DIMENSÃO GLOBAL DO NEGÓCIO DE<br />

LUBRIFICANTES VAI ENFRENTAR ALGUNS DESAFIOS,<br />

PELA REDUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE QUILÓMETROS<br />

PERCORRIDOS E PELO CRESCIMENTO NAS VENDAS DE<br />

VEÍCULOS ELÉTRICOS, CUJA AUSÊNCIA DE MOTOR DE<br />

COMBUSTÃO ELIMINA UM CONSUMO IMPORTANTE DE<br />

ÓLEO NAS OFICINAS”


produto<br />

MOTUL LANÇA INOVADORA GAMA CAR CARE<br />

MANTER O CARRO<br />

COMO NOVO<br />

A GAMA MOTUL CAR CARE É COMPOSTA POR 17 PRODUTOS E ACESSÓRIOS<br />

PARA LIMPAR E CUIDAR TANTO O EXTERIOR COMO O INTERIOR DO AUTOMÓVEL, INCLUINDO<br />

PRODUTOS PARA ELIMINAR ARRANHÕES OU REPARAR FUROS<br />

62 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A<br />

Motul Car Care é uma gama inovadora com<br />

produtos pensados para cuidar e manter<br />

impecável o veículo. Esta nova linha de produtos<br />

responde ao desejo do condutor prolongar ao<br />

máximo a sensação inesquecível do veículo novo.<br />

A gama Car Care está composta por 17 produtos e<br />

acessórios destinados à limpeza, o cuidado e a manutenção<br />

para o interior e exterior do automóvel. A<br />

aposta na inovação e o desenvolvimento de produtos<br />

da mais alta qualidade, permitiu à Motul desenvolver<br />

esta nova gama, que completa a já conhecida<br />

linha de produtos para o setor automóvel.<br />

Um exterior deslumbrante<br />

A gama Motul Car Care possui 7 produtos com os<br />

seus respetivos acessórios que ajudam a limpar e<br />

a proteger a superfície exterior do veículo de forma<br />

a reviver to<strong>das</strong> as sensações do primeiro dia.<br />

Trata-se de um conjunto de produtos específicos<br />

para proporcionar acabamentos perfeitos tanto na<br />

carroçaria como nos vidros, nas jantes e na frente<br />

do automóvel. Além disso, a linha conta com dois<br />

produtos para solucionar problemas como reparar<br />

um furo ou eliminar riscos.<br />

Entre os produtos para o cuidado exterior encontramos:<br />

l Champô Automóvel, um detergente concentrado<br />

que ajuda a limpar de forma eficaz toda a sujidade,<br />

além de também aplicar uma capa protetora contra<br />

a humidade e sujidade;<br />

l Brilho Express, um produto de limpeza a seco<br />

formulado para restaurar a vitalidade <strong>das</strong> cores;<br />

l Limpa Vidros, ajuda a recuperar a transparência<br />

de todos os vidros do veículo, proporcionando uma<br />

perfeita visibilidade;<br />

l Remove Insetos, desenhado com uma fórmula<br />

concentrada que permite eliminar os restos de<br />

insetos e outros resíduos orgânicos da carroçaria,<br />

especialmente na dianteira do veículo;<br />

l Limpa Jantes, um produto de limpeza concentrado<br />

que dissolve com eficácia a sujidade, gordura<br />

e óleo de todo o tipo de jantes, deixando uma película<br />

repelente da sujidade;<br />

l Repara-Furos, um aerossol destinado à reparação<br />

de furos em pneus de automóveis ligeiros e comerciais,<br />

com ou sem câmara de ar;<br />

l Elimina Arranhões, uma pasta de polimento que<br />

elimina os riscos finos em to<strong>das</strong> as superfícies pinta<strong>das</strong><br />

ou enverniza<strong>das</strong> dos veículos graças às suas<br />

partículas micro abrasivas, recuperando as cores e<br />

com um acabamento brilhante na pintura.<br />

Cuidar do interior do veículo<br />

melhora o conforto<br />

Por outro lado, a gama Motul Car Care dispõe de<br />

4 produtos específicos especialmente formulados<br />

para limpar e manter a pele, tecidos e até os plásticos,<br />

para neutralizar todos aqueles odores que o<br />

impedem de recordar o cheiro a carro novo.<br />

Para o cuidado do interior do veículo, a Motul oferece:<br />

l Limpa Plásticos, específico para superfícies plásticas<br />

como o tablier ou painel de instrumentos;<br />

l Limpa Tapeçarias, apto para todos os tecidos do<br />

interior do automóvel;<br />

l Limpa-Estofos de Pele, um creme que limpa, nutre<br />

e revitaliza todos os tipos de couros.<br />

l Neutralizador de Odores, capaz de eliminar por<br />

completo todos os maus odores.<br />

Acessórios específicos<br />

para um cuidado excecional<br />

A gama de cuidados inclui não sós produtos de<br />

limpeza, mas também acessórios específicos para<br />

a correta aplicação de cada produto. Neste sentido,<br />

a gama Motul Car Care conta com 6 acessórios desenhados<br />

com materiais de alta qualidade e adaptados<br />

pela sua forma e acabamento, a cada função.<br />

Entre eles encontram-se a Esponja Jumbo, a Luva<br />

de Lavagem de Algodão e a Escova Limpa Jantes.<br />

Também se confecionaram 3 tipos de panos de<br />

microfibra de limpeza adaptados a cada aplicação<br />

(Microfibra Limpa Carroçaria, Microfibra Limpa-<br />

-Vidros e Microfibra Limpa Plásticos). l<br />

A APOSTA NA INOVAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS DA MAIS ALTA<br />

QUALIDADE, PERMITIU À MOTUL DESENVOLVER ESTA NOVA GAMA CAR CARE QUE<br />

COMPLETA A JÁ CONHECIDA LINHA DE PRODUTOS PARA O SETOR AUTOMÓVEL


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

A<br />

DRiV Motorparts, uma divisão da Tenneco,<br />

fornece aos instaladores no seu portfólio de<br />

peças de pós-venda, ajuda digital, implementando<br />

códigos QR exclusivos na embalagem<br />

dos seus produtos. Incorporar códigos QR em caixas<br />

de componentes de algumas <strong>das</strong> marcas mais<br />

respeita<strong>das</strong> da indústria dará ao instalador acesso<br />

instantâneo a uma quantidade de informações<br />

úteis para a montagem de peças. O conteúdo é<br />

projetado para tornar a instalação o mais eficiente<br />

e fácil possível e para manter atualizados aqueles<br />

que trabalham com veículos com os mais recentes<br />

desenvolvimentos técnicos da indústria automóvel.<br />

Apenas digitalizando o rótulo da embalagem confirma<br />

a autenticidade do produto, as especificações,<br />

o procedimento de montagem relevante e,<br />

também, uma nova oportunidade para os mecânicos<br />

atualizarem as suas habilidades gratuitamente.<br />

Depois de se digitalizar o código QR com um<br />

smartphone, acede-se a um menu principal onde<br />

podem navegar facilmente por vários guias personalizados,<br />

que vão desde especificações do produto<br />

DRIV MOTORPARTS APRESENTA CÓDIGOS QR NAS EMBALAGENS<br />

AJUDA DIGITAL PARA OS MECÂNICOS<br />

a dicas de instalação e condições de garantia até<br />

como entrar em contato direto com o centro de suporte<br />

técnico do fabricante. Para alcançar o maior<br />

número possível de instaladores, o menu e os recursos<br />

estão disponíveis em oito idiomas (inglês,<br />

espanhol, francês, alemão, italiano, holandês, polaco<br />

e russo) com mais recursos e idiomas a serem<br />

adicionados em breve. Mais importante ainda, a<br />

leitura do código QR confirma que a peça é um<br />

produto DRiV original, garantindo aos técnicos<br />

que estão a instalar no veículo do cliente peças de<br />

qualidade, seguras e amplamente desenvolvi<strong>das</strong>.<br />

Se o código QR revelar que uma peça é falsa, será<br />

exibida uma página onde o instalador poderá relatar<br />

o problema diretamente ao<br />

Centro de Suporte Técnico DRiV.<br />

Uma vantagem adicional para os mecânicos e técnicos<br />

do motor é a oportunidade de atualizar os<br />

seus conhecimentos gratuitamente. O menu contém<br />

um link para o Garage Gurus Learning Management<br />

System, onde (depois de se criar uma<br />

conta gratuita) são oferecidos cursos técnicos,<br />

webinars e materiais que podem ser acedidos 24<br />

horas por dia. Inicialmente, os códigos QR serão<br />

apresentados em pastilhas e discos Ferodo para<br />

veículos ligeiros (LV), pastilhas e discos Jurid para<br />

veículos ligeiros e marcas Engine Expertise (Glyco,<br />

Nural, Goetze e AE). Para amortecedores Monroe,<br />

peças MOOG e outras marcas, a DRiV irá adicionando<br />

nos próximos meses.<br />

Massimiliano Milani, diretor executivo de marketing,<br />

ven<strong>das</strong> e operações comerciais da DRiV<br />

Motorparts, disse: “Desenvolver códigos QR e<br />

adicioná-los à embalagem de milhares de peças<br />

é um investimento significativo, no entanto, é<br />

uma parte fundamental da estratégia da marca<br />

para fornecer aos seus clientes e instaladores, que<br />

são aqueles que usam os produtos diariamente, a<br />

melhor experiência possível <strong>das</strong> marcas e produtos<br />

DRiV Motorparts. Ao adicionar códigos QR<br />

à embalagem do produto, a marca está a oferecer<br />

aos instaladores informações completas e valiosas<br />

quando mais precisam, além da oportunidade de<br />

aprimorar ainda mais o seu serviço”.<br />

64 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


CAMPANHA NO MÊS DE JANEIRO<br />

ZUKIPEÇAS | A Zukipeças, empresa especialista na comercialização de peças para viaturas Suzuki.<br />

oferece 10% extra em painéis de carroçaria durante o mês de Janeiro a todos os profissionais. A Promoção<br />

é válida em material de carroçaria para Suzuki Samurai, Jimny e Vitara, limitada ao stock existente. A<br />

Zukipeças tem disponível peças de reparação e outros artigos satélite como a gama Wurth para limpeza<br />

de mãos, aditivos de motor, acessórios overland, etc… sempre com o foco no que é útil para um Suzuki.<br />

O website da empresa (www.zukipecas.pt) é o principal meio de ligação ao catálogo online que tem<br />

fotografias reais e atualiza<strong>das</strong> de mais de 2.000 artigos. A Zukipeças consegue entregar ao cliente não<br />

só a peça, como a garantia de que é a peça correta e apoio permanente e garante total transparência e<br />

assistência. Embora seja uma empresa recente no mercado, a Zukipeças é já um parceiro de valor junto<br />

<strong>das</strong> oficinas e acima de tudo um parceiro para a contínua preservação de qualquer 4x4 Suzuki.<br />

TOP TEC 6610 CUMPRE ESPECIFICAÇÃO<br />

FORD WSS-M2C 952-A1<br />

LIQUI MOLY | Com o Top Tec 6610, a Liqui Moly lança no mercado um novo óleo para<br />

motores que cumpre, entre outras, o mais recente requisito da Ford (WSS M2C 952-A1). Este<br />

novo óleo foi desenvolvido com base no Top Tec 6600, que está aprovado pela BMW. É um<br />

óleo de topo que reduz o consumo de combustível, oferecendo ao mesmo tempo uma proteção<br />

abrangente ao motor. Esta especificação de óleo da Ford é exigida principalmente para<br />

o motor Duratorq TDCI de 1,5 litros. Além disso, o óleo é também homologado oficialmente<br />

pela Mercedes (MB 229.71), Jaguar e Land Rover (STJLR.03.5006) e pela Opel (OV0401547),<br />

sendo também recomendado para a General Motors (GM dexos D). Cumpre também o<br />

requisito ACEA C5 e API SP. É adequado tanto para motores a gasolina como para motores a<br />

gasóleo. Com uma viscosidade de 0W-20, trata-se de um dos óleos de motor mais fluidos.<br />

Segue assim a tendência dos construtores automóveis se afastarem de óleos de motor mais<br />

espessos, uma vez que, com um óleo mais fluido, o motor não precisa de tanta potência para<br />

bombear.<br />

VÁLVULA INJEÇÃO ALTA PRESSÃO<br />

BOSCH HDEV6<br />

JÁ DISPONÍVEL<br />

O<br />

número<br />

de veículos equipados com sistemas<br />

de injeção direta de gasolina da Bosch tem<br />

também vindo continuamente a aumentar.<br />

Para permitir que as oficinas realizem tarefas de<br />

reparação destes sistemas, a Bosch ampliou a sua<br />

gama de pós-venda com as válvulas de injeção de<br />

alta pressão HDEV6. Depois <strong>das</strong> HDEV5, esta última<br />

geração está concebida para pressões nominais<br />

de injeção de até 350 bar. Os fabricantes de automóveis<br />

estão a equipar cada vez mais motores com as<br />

válvulas de injeção de alta pressão HDEV6. A Bosch<br />

apoia as oficinas disponibilizando conhecimentos<br />

técnicos, kits de reparação e substituição adequados,<br />

como é o caso da válvula HDEV6, recentemente<br />

incluída no portfólio de produtos. Isto permite que<br />

as oficinas aumentem o seu potencial de faturação,<br />

tirando partido deste mercado que está em crescente.<br />

A Bosch desenvolveu o kit de ferramentas BTG<br />

5120, que permite a substituição profissional do anel<br />

de vedação da câmara de combustão (vedação de Teflon),<br />

da junta tórica e dos elementos de desacoplamento<br />

de quase to<strong>das</strong> as válvulas de injeção dos tipos<br />

HDEV5 e HDEV6.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 65


Notícias<br />

Produto<br />

DIESEL TECHNIC APRESENTA<br />

SENSOR DE NÍVEL DE COMBUSTÍVEL<br />

A<br />

Diesel Technic desenvolveu um sensor que mede o nível de combustível no<br />

tanque de cada veículo. No tubo da boia do sensor de nível, encontra-se<br />

uma boia de plástico que modifica a sua posição vertical em função da<br />

quantidade de combustível que há no depósito. Através da posição da boia, modifica-se<br />

a resistência elétrica que controla a visualização da quantidade de combustível<br />

restante. O tubo da boia contém uma série de interruptores de linguetas. Esses<br />

interruptores são acionados de forma magnética pela boia. Através desse processo<br />

sem contato exclui-se o desgaste mecânico. A resistência secundária aumenta consideravelmente<br />

a precisão do sensor de nível. A carcaça robusta de alumínio evita<br />

danos mecânicos durante o transporte, instalação e funcionamento. Os sensores de<br />

nível de combustível da marca DT Spare Parts dispõem de uma carcaça de alumínio<br />

de alta resistência, resistente contra corrosão e anodizada.<br />

ACONSELHA MANUTENÇÃO DA BatERIA<br />

CLARIOS | De acordo com Clarios, fabricante <strong>das</strong> baterias VARTA, mais da metade <strong>das</strong><br />

avarias nas estra<strong>das</strong> podem ser evita<strong>das</strong> com um bom cuidado da bateria. Clarios explica que o<br />

envelhecimento do parque automóvel nacional aliado às baixas temperaturas do Inverno tornam<br />

imprescindível a revisão deste elemento. Conforme demonstram os dados da Associação Automóvel<br />

de Portugal (ACAP), a média de idade dos veículos em Portugal é de 13,2 anos, um valor superior à<br />

média europeia, que se situa nos 10,8 anos. De referir que este valor piorou face aos últimos dados<br />

revelados pela ACAP. Com um parque automóvel bastante envelhecido, é muito provável que a bateria<br />

nunca tenha sido trocada ou que tenha sido substituída pela última vez há muito tempo, o que<br />

aumenta consideravelmente o risco de avarias. Segundo os relatórios dos serviços de assistência em<br />

viagem, uma <strong>das</strong> principais causas de avaria nas estra<strong>das</strong> portuguesas são os problemas na bateria.<br />

QUATRO ÓLEOS PARA CAIXAS MANUAIS<br />

MOBIL | A Mobil acaba de lançar quatro novos óleos para caixas manuais, nomeadamente<br />

o Mobil 75W Multi Vehicle, o Mobil 75W-80 Multi Vehicle, o Mobil EP 75W-80 Multi Vehicle e o Mobil<br />

75W-90 Multi Vehicle O Mobil 75W Multi Vehicle é um óleo para caixas manuais, oferecendo<br />

excelente proteção para rolamentos e engrenagens, bem como desempenho comprovado dos<br />

sincronizadores numa ampla gama de aplicações. O Mobil 75W-80 Multi Vehicle é um óleo para<br />

caixas manuais, oferecendo excelente proteção para rolamentos e engrenagens, bem como desempenho<br />

comprovado dos sincronizadores numa ampla gama de aplicações. O Mobil EP 75W-80 Multi<br />

Vehicle é um óleo mineral para caixas formulado com óleos base selecionados de alta qualidade,<br />

combinados com um avançado sistema de aditivos. O Mobil 75W-90 Multi Vehicle é um óleo para<br />

caixas manuais, oferecendo excelente proteção para rolamentos e engrenagens, bem como desempenho<br />

comprovado dos sincronizadores numa ampla gama de aplicações.<br />

66 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


SKF LANÇA<br />

BOMBAS DE ÁGUA<br />

ELÉTRICAS<br />

A<br />

SKF acabou de lançar para o mercado do aftermarket<br />

auto a mais recente linha de bombas<br />

de água elétricas. Cada vez mais motores serão<br />

equipados com soluções de bomba de água elétrica, seja<br />

como bomba principal ou bomba de água adicional, particularmente<br />

importantes nos sistema de refrigeração<br />

em carros híbridos. As bombas de água elétricas SKF são<br />

concebi<strong>das</strong> para equiparar e mesmo exceder os requisitos<br />

do Primeiro Equipamento. A eficiência de arrefecimento<br />

equivale ao equipamento original para desempenho otimizado.<br />

A segurança do veículo é uma prioridade da SKF<br />

e por isso to<strong>das</strong> as bombas de água elétricas foram desenvolvi<strong>das</strong><br />

para reparações seguras e duradouras. Antes da<br />

instalação da bomba de água na viatura, o mecânico deve<br />

ler o código QR na etiqueta do produto na embalagem<br />

para aceder às instruções da SKF, informações técnicas e<br />

informações mais detalha<strong>das</strong> sobre o produto.<br />

CHAMPION LUBRICANTS CUMPRE ESPECIFICAÇÃO<br />

FORD WSS-M2C 952-A1<br />

A<br />

Champion Lubricants cumpriu de forma rápida os requisitos mais recentes do mercado<br />

com o lançamento do seu novo óleo de motor CHAMPION OEM SPECIFIC 0W20 C6<br />

F. Este inovador lubrificante é um dos primeiros do mercado que cumpre a nova especificação<br />

Ford WSS-M2C 952-A1 e a futura sequência ACEA C6. É um óleo de motor competente<br />

e inovador que é recomendado para os motores a diesel EcoBlue mais recentes da Ford, que podem<br />

ser encontrados numa variedade de motores, incluindo o EcoSport, Focus, Puma, Transit<br />

Connect e muitos mais. Com a tão esperada introdução da ACEA C6, o OEM SPECIFIC 0W20<br />

C6 F foi formulado para prolongar e manter a eficiência e a eficácia dos sistemas de pós-tratamento<br />

de gases de escape. Não só proporciona uma economia de combustível superior e reduções<br />

de CO 2 nestas aplicações, como também proporciona uma excelente proteção do motor e<br />

garante arranques a frio fáceis.<br />

PUB


Notícias<br />

Produto<br />

PUBLIREPORTAGEM<br />

RESÍDUOS<br />

<strong>das</strong> OFICINAS<br />

Segundo a legislação em vigor, to<strong>das</strong> as empresas que produzem<br />

resíduos perigosos são responsáveis pelos mesmos até que os<br />

entreguem a Operadores de Gestão de Resíduos Licenciados, ou<br />

seja, empresas com licença para os recolher e passar as e-GAR (Guias de<br />

Acompanhamento de Resíduos eletrónicas).<br />

Quais são as obrigações de uma oficina<br />

relativamente aos resíduos que produz?<br />

As oficinas não são exceção e também elas têm a responsabilidade pela<br />

gestão dos seus resíduos, desde o momento em que são produzidos até<br />

serem entregues a um operador autorizado. Na instalação, os resíduos<br />

devem estar corretamente separados, acondicionados e identificados<br />

com os respetivos códigos LER (Lista Europeia de Resíduos). Por último, as<br />

oficinas devem submeter anualmente os Mapas de Resíduos no Portal do<br />

SILiAmb.<br />

Quais os resíduos que têm que ser<br />

separados nas oficinas?<br />

Dependendo do tipo de atividade (mecânica, chapa, pintura, eletricidade,<br />

etc.) em cada oficina, podem ser produzidos diferentes tipos de resíduos,<br />

no entanto de forma geral para uma oficina que efetue manutenções<br />

enumeram-se alguns dos principais resíduos produzidos e que devem<br />

estar separados em diferentes contentores.<br />

Código LER<br />

Descrição<br />

13 02 08* Óleos<br />

15 01 01 Embalagens de papel e cartão<br />

15 01 10* Embalagens contamina<strong>das</strong><br />

15 01 11* Embalagens sob pressão<br />

15 02 02* Absorventes contaminados<br />

15 02 03 Filtros de ar e de habitáculo<br />

16 01 03 Pneus usados<br />

16 01 07* Filtros de óleo<br />

16 01 12 Pastilhas de travão<br />

16 01 13* Fluídos de travões<br />

16 01 14* Anticongelante<br />

16 01 17 Metais ferrosos<br />

16 01 18 Metais não ferrosos<br />

16 01 19 Plástico<br />

16 01 20 Vidro<br />

16 01 21* Outros componentes contaminados<br />

16 06 01* Baterias<br />

DAYCO LANÇA NOVAS<br />

BOMBas ELÉTRICAS PARA VE<br />

Refletindo a sua história de 110 anos de excelência em engenharia, a Dayco<br />

está a expandir ainda mais o seu portfólio de gestão térmica com a introdução<br />

de bombas de água elétricas (e-bombas), não apenas para veículos<br />

híbridos e elétricos (EV), mas para aplicações movi<strong>das</strong> a motores de combustão<br />

interna (ICE) tradicionais selecionados, na região EMEA. Quando se trata de veículos<br />

elétricos e híbridos, as e-bombas são a única solução que garante a gestão correta<br />

da temperatura dos inversores e baterias, por exemplo. Fabricantes de veículos<br />

em todo o mundo estão sob enorme pressão para reduzir as emissões e melhorar o<br />

consumo de combustível, e é por isso que trabalham em parceria com especialistas<br />

de sistema como a Dayco para desenvolver soluções de equipamento original (OE)<br />

para atingir esses objetivos.<br />

NOVO LUBRIFICANTE PARA autoMÓVEIS<br />

Redwaste<br />

- O seu Fornecedor de Soluções Ambientais<br />

ROWE | O lubrificante ROWE HIGHTEC MULTI FORMULA 0W-20, distribuído pela Romafe, promete melhorar<br />

a eficiência do motor, reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2. O novo produto da marca alemã<br />

possui um elevado nível de racionalização, compatibilidade com sistemas híbridos e excelente proteção a baixas<br />

temperaturas e no arranque a frio. O HIGHTEC MULTI FORMULA 0W-20 cumpre com as seguintes especificações:<br />

ACEA C5/C6; API SP/SN PLUS: Ford WSS-M2C952-A1; GM dexos D; Jaguar Land Rover STJLR.03.5006; MB 229.71<br />

E Opel/Vauxhall OV0401547.<br />

68 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


LANÇA TRÊS NOVAS REFERÊNCIAS<br />

DE KITS BOMBA DE ÁGUA<br />

AIRTEX | A Airtex expandiu a sua oferta do kit de bomba com três referências, incluindo<br />

WPK-167803, a qual cobre uma variedade de aplicações Ford, Opel, Citroën /<br />

Peugeot e Toyota e os kits de bomba de água WPK-171501 e WPK-170401, ambos para<br />

vários modelos Hyundai e Kia. Também foram introduzi<strong>das</strong> duas novas referências de<br />

bomba de água: 2125 para Mazda CX-5, 3 e 6 e 2131, que se adequará a várias aplicações<br />

do Grupo VAG. A Airtex continua a adicionar produtos às suas amplas gamas para garantir<br />

que os seus clientes tenham as soluções de substituição de que necessitam, tendo<br />

também a confiança na adaptação de uma marca de alta qualidade e confiável. O diretor<br />

de marketing Sam Robinson, disse: “Estamos continuamente a investir na expansão <strong>das</strong><br />

nossas linhas de produtos para atender as exigências e requisitos do mercado de pós-<br />

-venda. Como fabricante de equipamento original, estamos mais bem equipados para<br />

reagir às mudanças e exigências do mercado, fornecendo à indústria uma ampla gama<br />

de produtos de qualidade premium que eles podem fornecer com confiança.”<br />

MEWA OFERECE<br />

ESTEIRA DE RETENÇÃO<br />

DE ÓLEO<br />

A<br />

MEWA oferece uma esteira de retenção de óleo com o formato de uma toalha.<br />

É ultra-absorvente, flexível, amiga do ambiente e não tem de ser adquirida.<br />

A esteira MULTITEX é alugada juntamente com um sistema ecológico<br />

de reutilização e um pacote de serviços. A MEWA recolhe as esteiras para lavagem,<br />

onde filtra os óleos usados para os reutilizar, e volta a entregá-las. Na MEWA, os<br />

resíduos do óleo são reutilizados quando as esteiras de retenção de óleo MULTI-<br />

TEX passam pelas linhas de lavagem de tecnologia de ponta que funcionam de<br />

forma a poupar água graças a um sistema de cascata. Assim, a esteira regressa cada<br />

oficina ou fábrica, seja grande ou pequena, um pouco mais amiga do ambiente – e<br />

também mais eficiente. A leve esteira de apenas 600 gramas mede 60 x 90 centímetros<br />

quadrados. Num instante, pode ser levado ao seu local de utilização onde<br />

serve de base flexível para trabalhos de reparação e manutenção. O tecido especial<br />

da esteira consegue absorver cerca de três litros de líquido. Os óleos de motor, óleos<br />

de engrenagem, solventes e lubrificantes de refrigeração são armazenados de forma<br />

segura e limpa no núcleo absorvente, enquanto a superfície da esteira fica praticamente<br />

seca. A solução para áreas maiores é simples: Basta juntar algumas esteiras<br />

MULTITEX. A seguir à utilização, a esteira é guardada de forma segura no MEWA<br />

SaCon. Este contentor de segurança de plástico robusto é igualmente fornecido<br />

pela MEWA, já que é parte integrante do sistema. Tem ro<strong>das</strong> e assim é móvel, é<br />

empilhável e possui aprovação de mercadorias perigosas..<br />

NOVO CATÁLOGO 2022<br />

METALCAUCHO | O principal fornecedor europeu de peças sobressalentes<br />

de borracha e metal para o setor automóvel, já está a olhar para o ano<br />

2022, e partilhou com os seus clientes o novo catálogo, no qual, além de uma<br />

apresentação corporativa com os seus principais marcos e forma de trabalhar<br />

que a tornaram uma referência no mercado pós-venda, apresenta mais de<br />

26.000 referências.<br />

Nesta útil ferramenta o utilizador encontra uma nova forma de visualizar o<br />

extenso catálogo. Conscientes da elevada taxa de lançamentos de produtos e de<br />

aparecimento de novas famílias de produtos todos os meses, o catálogo apresenta<br />

uma oferta em 35 macro-famílias, que por sua vez estão dividi<strong>das</strong> em mais de 300<br />

famílias de produtos. As 35 macrofamílias em que organiza a sua oferta são: Genéricos<br />

diversos e universais; O-rings, vedantes e parafusos; Ferramentas; Bakelite;<br />

Amortecedores; Injeção; Filtros de combustível e Embraiagem.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 69


Notícias<br />

Produto<br />

KROFTOOLS APRESENTA<br />

CARRINHO 3 PRATELEIRAS COM SUPORTES<br />

A<br />

marca especialista em ferramentas e equipamentos profissionais para as oficinas automóvel, lançou um novo Carrinho 8690 da KROFtools de 3 prateleiras<br />

com suportes. Há mais de 30 anos no mercado, a Kroftools continua a procurar melhorar e inovar os seus artigos para poder chegar, cada vez mais,<br />

às necessidades dos seus parceiros e de quem procura a marca, tentando encontrar novos produtos para acompanhar a evolução do mercado. Características<br />

do Carrinho 3 prateleiras com suportes: Acessórios:(1x) pega; (1x) porta ferramentas; (1x) caixa para peças; (4x) Ro<strong>das</strong> 3” (2x com travão); Medi<strong>das</strong><br />

carro:Altura 775mm (com ro<strong>das</strong>); Largura 703mm; Comprimento 353mm. O peso máximo suportado por prateleira é de 20kg.<br />

“COMPROMISSO SOCIAL NO PÓS-VENDA”<br />

OLIPES DISTINGUIDA | A Olipes foi finalista na categoria “Fabricantes de<br />

componentes” dos prémios “Compromisso Social no Pós-Venda”, promovidos pelas entidades<br />

espanholas Sernauto e Ancera em colaboração com a Motortec Madrid. Dentro da política de<br />

gestão integrada da Olipes, a empresa sempre ambicionou construir um projeto empresarial<br />

em que o bem comum esteja tão presente como o seu. Desta forma, e dentro da sua estratégia<br />

de responsabilidade social corporativa, realiza diversas políticas pró-ativas, incluindo<br />

a cooperação para ajudar as crianças. Assim, através da Fundação Abriendo Caminos, a<br />

Olipes contribui anualmente com até 10% dos seus lucros para planos de melhoria da saúde,<br />

integração social, educação e formação de crianças e jovens em risco de exclusão social. A<br />

Fundação Abriendo Caminos, fundada em 2009 por Arturo Oliver, é uma organização privada<br />

sem fins lucrativos, de nacionalidade espanhola, que tem o seu património permanentemente<br />

afetado para a realização de projetos de interesse geral<br />

CHEGA aos 300 CENTROS<br />

REDE VALorcar | Acabam de ser aprovados para integrar a Rede Valorcar mais 31 centros de<br />

abate de Veículos em Fim de Vida (VFV) e de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA), e mais<br />

26 centros de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA), em resultado do concurso de seleção<br />

lançado pela Valorcar no dia 3 de maio.No âmbito deste concurso, foram recebi<strong>das</strong> 75 candidaturas, que<br />

foram avalia<strong>das</strong> no sentido de garantir que possuem todos os licenciamentos legalmente exigidos. Adicionalmente,<br />

to<strong>das</strong> as instalações aprova<strong>das</strong> foram vistoria<strong>das</strong> para determinar se respeitam os requisitos<br />

mínimos de operação (instalações e equipamentos) definidos pela Agência Portuguesa do Ambiente.<br />

Todo este processo de avaliação foi conduzido pela Valorcar e auditado por uma entidade independente.A<br />

Rede Valorcar passou assim a ser constituída por 310 centros, que se encontram espalhados por todos os<br />

distritos do continente (292) e nas regiões autónomas dos Açores (11) e da Madeira (7).<br />

70 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


KRAUTLI PORTUGAL LANÇA<br />

CS ONE DA CTEK<br />

A<br />

Krautli Portugal apresenta o CS ONE da CTEK, o revolucionário<br />

carregador de baterias e o mantenedor inteligente<br />

com tecnologia APTOTM (Adaptive Charging). A<br />

Tecnologia de Carregamento Adaptativo (APTOTM) reconhece<br />

que tipo de bateria está a usar, qual o seu tamanho e que tipo de<br />

carga precisa. Um programa de carregamento dedicado e único é<br />

então automaticamente entregue à bateria (2 a 8 amperes), para<br />

satisfazer exatamente as suas necessidades. O carregador também<br />

dirá quanto tempo falta para que a bateria esteja carregada<br />

e pronta a ser utilizada. Além disso, um sensor de temperatura<br />

incorporado ajustará automaticamente a voltagem de saída tanto<br />

em condições frias como quentes para os tempos de carga mais<br />

rápidos e seguros. O CS ONE foi concebido para a completa segurança<br />

e paz de espírito do utilizador, razão pela qual dispõe<br />

de pinças polariza<strong>das</strong> e sem faíscas. Basta colocar uma pinça em<br />

cada ponto de carregamento e o CS ONE funcionará automaticamente.<br />

Tem LEDs de contagem decrescente fáceis de seguir,<br />

dando-lhe uma indicação visual sobre o tempo restante para a<br />

bateria estar completamente carregada e mesmo quando pode<br />

reiniciar uma bateria descarregada. O CS ONE foi desenvolvido<br />

para ser completamente compatível com a utilização em automóveis,<br />

motociclos, caravanas, carrinhas e barcos. A sua marca<br />

distintiva é a total facilidade de utilização, não exigindo modos<br />

de seleção – basta ligar e o CS ONE fará o resto. Fornece uma<br />

liberdade superior e paz de espírito, tanto que pode ser deixado<br />

ligado à bateria indefinidamente, tendo a certeza absoluta de que<br />

o veículo está sempre pronto para ser utilizado.<br />

PUB<br />

A DESBRAVAR<br />

NOVOS<br />

CAMINHOS<br />

Proteja-se dos imprevistos. Não há nada que consiga resistir às forças extremas<br />

de motores cada vez mais potentes como os lubrificantes Champion. A Adaptive<br />

Shield Technology cria um escudo protetor à volta <strong>das</strong> peças do motor, o que torna<br />

os lubrificantes Champion a escolha ideal para obter um desempenho extraordinário.<br />

DESENVOLVIDO PARA IR MAIS ALÉM.<br />

SAIBA MAIS EM WWW.CHAMPIONLUBES.COM


Técnica<br />

&Serviço<br />

PEÇAS SUBSTITUIÇÃO NA PERITAGEM AUTOMÓVEL<br />

CONHECER O MERCADO<br />

CONHECER O MERCADO DAS PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO DO AUTOMÓVEL (FABRICANTES, DISTRIBUIÇÃO,<br />

QUALIDADE, SERVIÇO, GARANTIA, PREÇO…), PERMITE AO PERITO DE SEGUROS DE AUTOMÓVEIS ESCOLHER<br />

O PROCESSO DE TRABALHO MAIS EFICIENTE E A PEÇA MAIS ADEQUADA PARA A REPARAÇÃO.


Colaboração CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

Na peritagem de automóveis,<br />

prevaleceu o uso da peça de<br />

substituição OEM (Original<br />

Equipment Manufacturer). Hoje em<br />

dia, o mercado aumentou e diversificou,<br />

podendo ter acesso a referências<br />

de peças de substituição OES<br />

(Original Equipment Supplier),<br />

IAM (Independent Aftermarket<br />

Manufacturer), Remanufatura<strong>das</strong> e<br />

Reutiliza<strong>das</strong>.<br />

OEM é a peça de substituição do<br />

construtor do veículo, com suas<br />

referências, distribuída comercialmente<br />

na sua rede de concessionários,<br />

agentes e distribuidores autorizados,<br />

fornecida na embalagem<br />

da marca do veículo e com o logo<br />

ou marca do próprio fabricante do<br />

veículo, identificando a peça. OES é<br />

a peça de substituição do fabricante<br />

do equipamento original, ou seja, o<br />

fornecedor do fabricante do veículo,<br />

que é fornecido por um canal de<br />

comercialização e sob uma referên-<br />

deve ser claramente uma <strong>das</strong> apostas<br />

<strong>das</strong> empresas do setor automóvel<br />

uma vez que garante qualidade e<br />

confiança, tanto junto <strong>das</strong> oficinas,<br />

como do cliente final, contribuindo<br />

assim com o meio ambiente e a vasustentabilidade.<br />

Em comparação<br />

com a produção de peças novas,<br />

a remanufaturação requer menos<br />

material e energia, o que permite<br />

importantes poupanças de recursos<br />

naturais e emissões de CO2, esta<br />

lorização da economia circular. Por<br />

último as peças Reutiliza<strong>das</strong>, que<br />

são devidamente revistas e controla<strong>das</strong>,<br />

dando garantia de fiabilidade<br />

e duração.<br />

Por sua vez, tomando como referência<br />

o Regulamento MVBER aplicável<br />

ao setor dos veículos a motor e<br />

as suas diretrizes específicas, as seguintes<br />

definições são forneci<strong>das</strong>:<br />

l Peças originais: São peças ou equipamentos<br />

fabricados de acordo com<br />

as especificações e normas de produção<br />

estabeleci<strong>das</strong> pelo fabricante<br />

do veículo para a montagem de seus<br />

veículos. Podem ser peças fabrica<strong>das</strong><br />

pelo próprio fabricante (OEM),<br />

pelo fornecedor do fabricante (OES)<br />

ou por fabricantes independentes<br />

que seguem os requisitos do fabricante<br />

(IAM).<br />

l Peças de qualidade equivalente:<br />

São peças de substituição de fabri-<br />

DE FORMA IMPLÍCITA, A QUALIDADE DA PEÇA DE SUBSTITUIÇÃO,<br />

TENDO COMO REFERÊNCIA A PEÇA DE SUBSTITUIÇÃO OEM,<br />

TEM QUE SER EQUIVALENTE<br />

cia diferente da marca do veículo; a<br />

embalagem e identificação da peça<br />

é da responsabilidade do fabricante<br />

da peça de substituição. Este tipo de<br />

peças é fabricado de acordo com as<br />

especificações do fabricante do veículo.<br />

A peça de substituição IAM é fabricada<br />

por empresas independentes<br />

que não fornecem tais peças ao<br />

fabricante do veículo e que as comercializam<br />

com a sua própria referência<br />

e as distribuem com suas próprias<br />

embalagens e identificações,<br />

com independência do fabricante<br />

do veículo.<br />

As peças Remanufatura<strong>das</strong> garantem<br />

a mesma qualidade ao cliente<br />

final a um menor preço. Estes produtos<br />

cumprem os mesmos padrões<br />

<strong>das</strong> peças originais, pois superam<br />

rigorosos testes de qualidade e funcionalidade,<br />

e além de ser uma boa<br />

opção na hora de reparar um veículo,<br />

são também uma solução que<br />

respeita o meio ambiente e que demonstra<br />

o compromisso para com a<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 73


PEÇAS SUBSTITUIÇÃO<br />

NA PERITAGEM<br />

AUTOMÓVEL<br />

O PROCESSO DE trabalHO DO PERITO COMEÇA COM A AValiação<br />

DOS DANOS. NESTE MOMENTO, CRIA A LISTA DE PEÇAS QUE,<br />

NA SUA AValiação TÉCNICA, DEVEM SER SUBSTITUÍDAS<br />

cantes independentes que produzem<br />

peças com qualidade suficientemente<br />

alta para que o seu uso “não<br />

manche a reputação da rede autorizada<br />

em questão”.<br />

Perito na seleção<br />

<strong>das</strong> peças de substituição<br />

O mercado de peças de substituição<br />

de automóvel é muito amplo,<br />

dinâmico, competitivo e complexo.<br />

O perito de seguros de automóveis,<br />

com base nos seus conhecimentos<br />

e na sua experiência, decide qual<br />

é a peça de substituição adequada<br />

para garantir a reparação correta do<br />

veículo. O seu processo de trabalho<br />

começa com a avaliação dos danos;<br />

neste momento, cria a lista de peças<br />

que, na sua avaliação técnica, devem<br />

ser substituí<strong>das</strong>.<br />

Por meio dos diferentes sistemas de<br />

avaliação de danos, uma vez seleciona<strong>das</strong><br />

as peças a substituir, obtêm-<br />

-se as referências e os preços da peça<br />

de substituição original do fabricante<br />

do veículo (OEM). Este é o momento<br />

em que o perito pode avaliar<br />

a conveniência de utilizar outro tipo<br />

de peça de substituição do OEM<br />

predefinido, por defeito, no relatório<br />

de peritagem do sistema de avaliação.<br />

A entrada <strong>das</strong> plataformas<br />

digitais de peças de substituição,<br />

como ferramentas para o perito de<br />

seguros de automóveis, permitem<br />

visualizar e escolher as referências<br />

disponíveis para cada uma <strong>das</strong> peças<br />

a serem substituí<strong>das</strong> na peritagem,<br />

tanto a original do fabricante<br />

do veículo (já conhecida) bem como<br />

a de outros fabricantes de peças de<br />

substituição.<br />

Para a correta aplicação em peritagens,<br />

é essencial ter referências<br />

cruza<strong>das</strong> fiáveis, que relacionem a<br />

peça OEM com a peça correta OES<br />

/ IAM, ter a lista de PVP atualizada<br />

para a sua aplicação imediata na peritagem<br />

e poder indemnizar pelo valor<br />

da reparação. Também é necessário<br />

garantir que por trás de cada<br />

referência exista o canal adequado<br />

para a distribuição da peça de substituição,<br />

que permita que a reparação<br />

seja concluída sem incidentes.<br />

Levando em consideração essas três<br />

variáveis, oficinas e peritos estarão<br />

pendentes de:<br />

l Referências que são solicita<strong>das</strong> e<br />

que os distribuidores indicam que<br />

estão disponíveis.<br />

l Peças forneci<strong>das</strong> que não correspondem<br />

à variante do modelo que<br />

está a ser reparado, verificando se<br />

o veículo está bem definido no peritagem<br />

para verificar se houve uma<br />

referência cruzada errada.<br />

l Forma de fornecimento: que seja<br />

a mesma que a peça OEM, tendo<br />

em conta que é fornecida como peça<br />

completa ou como peça desmontada<br />

(peça principal mais acessórios).<br />

<strong>Oficinas</strong> e peritos darão seguimento<br />

aos processos de substituição <strong>das</strong><br />

peças de substituição, verificando a<br />

adaptabilidade <strong>das</strong> peças ao veículo<br />

e que, mediante um incidente, a<br />

sua instalação possa ser realizada de<br />

acordo com os processos estabelecidos<br />

pelo fabricante do veículo.<br />

De forma implícita, a qualidade da<br />

peça de substituição, tendo como<br />

referência a peça de substituição<br />

74 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


OEM, tem que ser equivalente. Esta<br />

qualidade é igual quando a peça<br />

provém de um fornecedor de equipamento<br />

original, o elemento é o<br />

mesmo que é distribuído pela marca<br />

do veículo, com requisitos idênticos.<br />

Contudo, muda com a peça de qualidade<br />

equivalente. Neste caso, as<br />

qualidades que podemos encontrar<br />

no mercado são muito diferentes,<br />

em função do fabricante. É preciso<br />

conhecer os fabricantes e distribuidores<br />

deste tipo de peças de substituição<br />

e constatar a qualidade <strong>das</strong><br />

peças forneci<strong>das</strong>.<br />

A CESVIMAP fez uma pesquisa a<br />

respeito <strong>das</strong> peças de substituição<br />

e sua qualidade, analisando como<br />

podem afetar os processos de substituição<br />

de peças nas áreas de carroçaria,<br />

pintura e mecânica, comprovando<br />

seu funcionamento correto e<br />

seu comportamento posterior para<br />

um novo impacto. O trabalho do<br />

perito é finalizado com o comprovativo<br />

da rastreabilidade da peça de<br />

substituição. É a função do perito<br />

verificar que a peça de substituição<br />

usada na reparação é a indicada na<br />

peritagem. Novamente, as plataformas<br />

digitais de gestão de peças de<br />

substituição são uma grande ajuda<br />

para que o perito possa comprovar<br />

a correspondência entre a peça de<br />

substituição indicada na peritagem,<br />

a encomendada pela oficina e pelo<br />

fornecedor, finalmente, da oficina<br />

ao fornecedor. O trabalho do perito<br />

vai além de determinar que a substituição<br />

da peça é a operação mais indicada,<br />

escolhendo a peça de substituição<br />

mais adequada. l<br />

AS PLATAFORMAS DIGITAIS DE PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO<br />

PERMITEM VISUALIZAR E ESCOLHER AS REFERÊNCIAS DISPONÍVEIS<br />

PARA CADA UMA DAS PEÇAS A SEREM SUBSTITUÍDAS NA PERITAGEM<br />

PEÇAS UTILIZADAS NA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE AUTOMÓVEIS<br />

“GLOSSÁRIO DE PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO”<br />

Com a preocupação de clarificar, com objetividade, os diversos termos utilizados neste mercado,<br />

ESTE Glossário de peças de substituição fORNECE uma definição clara e precisa dos diferentes tipos de peças<br />

PROPOSTOS AOS profissionais do sector e, consequentemente, AO consumidor<br />

As peças de substituição utiliza<strong>das</strong> na<br />

manutenção e reparação de veículos<br />

automóveis são objeto de diversas<br />

designações, ao ponto da sua interpretação<br />

variar de um profissional do sector para<br />

outro. A necessidade de uma clarificação <strong>das</strong><br />

características <strong>das</strong> peças de substituição e<br />

suas condições de fabrico torna-se evidente<br />

à luz do atual Regulamento Europeu MVBER<br />

e <strong>das</strong> importantes mutações do mercado,<br />

traduzi<strong>das</strong> pelas ofertas, de origem muita<br />

diversa, que são feitas aos profissionais<br />

do sector. É com vista a colmatar essa<br />

necessidade que publicamos a seguir este<br />

“Glossário de Peças de Substituição”. O<br />

objetivo deste Glossário é definir da forma<br />

mais simples possível os termos mais<br />

utilizados e ajudar os profissionais do sector<br />

e os consumidores a reconhecer as diferenças<br />

entre as ofertas existentes no mercado.<br />

Subjacente à elaboração deste Glossário<br />

esteve a preocupação de não emitir quaisquer<br />

juízos de valor em relação a cada um dos tipos<br />

de peças.<br />

PEÇAS NOVAS<br />

PEÇAS DE ORIGEM<br />

Peças idênticas às utiliza<strong>das</strong> na montagem dos<br />

veículos. São peças fabrica<strong>das</strong> para ou pelos<br />

construtores de automóveis, de acordo com os<br />

seus cadernos de encargos, e distribuí<strong>das</strong> quer<br />

pelas redes independentes, quer pela rede de<br />

concessionários da marca.<br />

PEÇAS EQUIVALENTES ÀS DE ORIGEM<br />

Peças que respeitam as mesmas especificações<br />

técnicas que as peças de origem. São peças<br />

concebi<strong>das</strong>, fabrica<strong>das</strong> e controla<strong>das</strong> de acordo<br />

com os mesmos cadernos de encargos <strong>das</strong> peças<br />

de origem e distribuí<strong>das</strong> pelas redes do Comércio<br />

Independente.<br />

PEÇAS ADAPTÁVEIS<br />

Peças sucedâneas especialmente concebi<strong>das</strong><br />

para o mercado da reposição. O caderno de<br />

encargos deste tipo de peças é definido pelo<br />

próprio fabricante.<br />

PEÇAS RENOVADAS<br />

PEÇAS SEMI-NOVAS<br />

Peças de montagem recondiciona<strong>das</strong> com<br />

troca sistemática dos componentes gastos por<br />

componentes de origem ou equivalentes aos de<br />

origem. Estas peças são monta<strong>das</strong> e controla<strong>das</strong><br />

segundo os mesmos critérios <strong>das</strong> peças de origem.<br />

PEÇAS RENOVADAS ADAPTÁVEIS<br />

Peças recondiciona<strong>das</strong> com substituição<br />

dos componentes gastos por componentes<br />

equivalentes aos de origem ou adaptáveis.<br />

Peças recondiciona<strong>das</strong> com peças equivalentes<br />

às de origem ou adaptáveis.<br />

PEÇAS REPARADAS<br />

Peças repara<strong>das</strong> com substituição de<br />

componentes defeituosos, mas sem troca<br />

sistemática <strong>das</strong> peças usa<strong>das</strong>. Peças repara<strong>das</strong><br />

com peças de origem, peças de qualidade<br />

equivalente ou adaptáveis.<br />

PEÇAS REUTILIZÁVEIS<br />

PEÇAS REUTILIZÁVEIS<br />

Peças reutiliza<strong>das</strong> no mesmo estado em que<br />

foram recupera<strong>das</strong> a partir de outro veículo.<br />

Peças recupera<strong>das</strong> ou de ocasião, obti<strong>das</strong> a<br />

partir de veículos acidentados ou destinados ao<br />

desmantelamento.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 75


NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />

repintura<br />

DRIVUS OFERECE SERVIÇO DE CONSULTORIA PERSONALIZADO<br />

BODYSHOP OPTIMIZER<br />

A<br />

Bodyshop Optimizer é a mais recente oferta<br />

da Drivus, uma marca da Axalta, que presta<br />

serviços empresariais ao mercado de repintura<br />

automóvel na Europa, Médio Oriente e África<br />

(EMEA). Este novo serviço de consultoria personalizado<br />

centra-se nas finanças <strong>das</strong> oficinas e visa impulsionar<br />

os lucros <strong>das</strong> oficinas de repintura automóvel.<br />

“A Axalta oferece muito mais do que tintas.<br />

A Bodyshop Optimizer é um serviço de apoio ao<br />

cliente completo. Os especialistas da Drivus têm os<br />

conhecimentos mais atualizados sobre a indústria<br />

e evoluções do mercado proporcionados através da<br />

monitorização de tendências no mercado de repintura,”<br />

afirmou Babak Tehrani, diretor do negócio de<br />

Repintura da Axalta na região EMEA.<br />

Os especialistas da Drivus, que trabalham em estreita<br />

colaboração com as oficinas, avaliam o desempenho<br />

<strong>das</strong> oficinas através de reuniões de consultoria presenciais<br />

periódicas e frequentes online, utilizando<br />

dados e indicadores-chave de desempenho (ICD)<br />

fornecidos pela ferramenta baseada na Web, Drivus<br />

Bodyshop Cockpit. Os especialistas identificam áreas<br />

que podem ser melhora<strong>das</strong> para aumentar a rentabilidade<br />

<strong>das</strong> oficinas centrando-se em dados financeiros<br />

importantes, incluindo taxas horárias e análise de<br />

lucros e prejuízos.<br />

Os ICD relacionados com lucros e prejuízos são comparados<br />

com os padrões da indústria e os objetivos<br />

pré-definidos para os clientes para que seja elaborado<br />

um plano de melhoria personalizado.<br />

“Com a Bodyshop Optimizer, os clientes recebem<br />

informações sobre os aspetos financeiros relevantes<br />

dos respetivos negócios que lhes permite analisar e<br />

otimizar o desempenho de forma contínua ao longo<br />

do tempo,” declarou Babak Tehrani.<br />

“O nosso objetivo é ajudar as oficinas a criar melhores<br />

negócios e permitir-lhes não só aproveitar as melhorias<br />

no presente, como também planear para o futuro”,<br />

acrescenta.<br />

76 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


AGILIZA PROCESSO DE REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS<br />

Spies Hecker | A empresa está a ajudar as oficinas a agilizar o processo de reparação de<br />

peças de plástico com a adição do aditivo para plásticos Permasolid Speed-TEC 9260 ao seu<br />

portfólio Speed-TEC. Este novo aditivo com aplicação direta em peças de plástico foi desenvolvido<br />

para ser misturado com Permasolid Speed -TEC HS Speed Surfacer 5500 e o Permasolid Speed-TEC<br />

HS Wet-on-Wet Speed Surfacer 5550. O processo de reparação <strong>das</strong> peças de plástico é agilizado<br />

ainda mais, uma vez que o aditivo pode ser facilmente misturado em to<strong>das</strong> as cores, desde branco<br />

puro até preto, o que significa que existe uma cor adequada para to<strong>das</strong> as reparações de cores.<br />

Kevin Welling, Training Academy Manager na Axalta no Reino Unido e na Irlanda, afirmou, “A Spies<br />

Hecker está ciente de que a rapidez é essencial para as oficinas de hoje em dia que têm um grande<br />

volume de trabalho. O novo aditivo de aplicação direta em peças de plástico é a solução ideal para<br />

aumentar a produtividade com um processo com menos passos na reparação de peças de plástico.”<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

Nós damos uma mãozinha<br />

Não fazemos<br />

manutenção automóvel,<br />

mas fazemos a manutenção<br />

da sua terminologia!<br />

CY<br />

INFRAVERMELHO CRS-4C<br />

Car repair System | O modelo infravermelho de onda curta CRS - 4C é adequado para a<br />

secagem de produtos bicomponentes utilizados na reparação automóvel. Este infravermelho é extremamente<br />

flexível e fácil de mover. Equipado com Temporizador eletrónico que regula a temperatura<br />

e o tempo de secagem este infravermelho tem as seguintes características: Profundidade de<br />

penetração; Regulação da altura: de 40 cm até 200 cm; Tempo de secagem e consumo de energia<br />

reduzidos; Máxima adaptabilidade e rentabilidade de utilização; O corpo de cada um dos painéis<br />

pode ser regulado em diferentes ângulos; 4 cassetes que podem ser controlados separadamente,<br />

podendo secar um ou mais elementos ao mesmo tempo.<br />

NOVA APOSTA NOS ADITIVOS PARA PLÁSTICOS<br />

Cromax | anunciou a introdução do novo aditivo para plásticos AZ9700 Ultra Performance que<br />

visa melhorar a eficácia da gama de Aparelhos Ultra Performance Energy PS1081-PS1084-PS1087 e<br />

NS2081-NS2084-NS2087 molhado sobre molhado. O AZ9700 Ultra Performance pode ser aplicado<br />

diretamente na superfície e tem a flexibilidade e as propriedades de aderência necessárias para<br />

a pintura <strong>das</strong> peças de plástico habituais do exterior dos veículos. Graças a este novo aditivo para<br />

aplicação direta em plástico, os Aparelhos Ultra Performance Energy<br />

PS1081-PS1084-PS1087 e NS2081-NS2084-NS2087 molhado<br />

sobre molhado requerem um processo com menos passos<br />

e menos produtos para a reparação de peças de plástico.<br />

Além disso, pode ser utilizado em todos os ValueShades,<br />

desde o branco puro ao preto. Com esta inovação<br />

tecnológica, o sistema Ultra Performance Energy<br />

System permite otimizar os fluxos de trabalho na<br />

reparação de substratos de plástico.<br />

CMY<br />

K<br />

PUB<br />

TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA<br />

Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />

relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />

profissionais especializados em várias áreas<br />

da indústria e uma tecnologia que nos permite<br />

criar projetos à medida de cada cliente.<br />

CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA<br />

Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />

as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />

uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong><br />

as repetições em novos projetos e baixar<br />

consideravelmente o valor final do documento,<br />

mantendo a terminilogia e o estilo<br />

de comunicação já existentes. Um programa<br />

criado a pensar em si!<br />

Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />

Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt


Gestão<br />

uma excelente forma de garantir que regressam à<br />

sua oficina. Todos sabemos que é melhor prevenir<br />

do que remediar, e muitas mulheres referem o medo<br />

do desconhecido como uma razão para evitar a ida<br />

à oficina, pelo que deve incentivar uma manutenção<br />

regular e verificações periódicas do estado do veículo,<br />

com um lembrete a indicar quando deve ocorrer<br />

a próxima manutenção. Caso tenham anotações no<br />

certificado de inspeção periódica, despenda algum<br />

tempo para perceber qual o respetivo orçamento e<br />

estilo de vida antes de aconselhar um plano de reparações<br />

e, caso tenha reparado uma avaria recentemente,<br />

um telefonema de seguimento uma semana<br />

depois para verificar se está tudo a funcionar bem<br />

irá demonstrar que se preocupa.<br />

CLIENTES SATISFEITOS<br />

COMO ATRAIR<br />

CLIENTES DO<br />

SEXO FEMININO<br />

TRADICIONALMENTE, O PÓS-VENDA AUTOMÓVEL FOI DOMINADO POR<br />

HOMENS, MAS ISTO ESTÁ A MUDAR E AGORA AS OFICINAS DEVEM<br />

FAZER O ESFORÇO DE ATRAIR CLIENTES DO SEXO FEMININO<br />

Mesmo nesta era moderna de feminismo e<br />

igualdade, a reparação automóvel continua<br />

a ser uma atividade dominada por homens,<br />

perseguida pelo estigma de ser sexista. Isto<br />

resultou numa enorme falta de confiança por parte<br />

<strong>das</strong> mulheres no que diz respeito à manutenção<br />

dos seus automóveis e, em muitos casos, evitam as<br />

oficinas até algo correr mal. Assim, é importante a<br />

oficina saber como pode atrair mais mulheres.<br />

Da perspetiva feminina, escolher uma oficina que<br />

cuide da segurança e fiabilidade dos seus automóveis<br />

não tem que ver apenas com uma questão de<br />

preço. As clientes femininas precisam de confiar nas<br />

pessoas, sentir que são bem-vin<strong>das</strong>, que são valoriza<strong>das</strong><br />

como clientes, e escusado será dizer que não<br />

querem, de forma alguma, ser trata<strong>das</strong> de modo<br />

condescendente.<br />

Dê conselhos claros sem utilizar<br />

LINGUAGEM téCNICA<br />

Não assuma que as mulheres não sabem nada sobre<br />

automóveis. Algumas sabem e não há nada pior do<br />

que serem subestima<strong>das</strong>. Porque nem todos os homens<br />

que entram pela sua porta entendem 100%<br />

daquilo que lhes diz, pelo que talvez seja melhor<br />

perguntar a todos os clientes se têm conhecimentos<br />

técnicos antes de se lançar numa explicação. Uma<br />

explicação escrita detalhada sobre o que detetou,<br />

incluída na folha de serviço ou anexada à fatura,<br />

também é útil. Podem não saber do que está a falar<br />

naquele momento, mas pelo menos podem ir pesquisar<br />

quando chegarem a casa.<br />

Mantenha o contacto<br />

Manter um contacto regular com os seus clientes é<br />

Limpe, limpe e VOLTE a limpar<br />

Desde a limpeza da receção e da sala de espera e,<br />

talvez mais importante, <strong>das</strong> casas de banho, os seus<br />

clientes irão apreciar um pequeno esforço extra em<br />

to<strong>das</strong> estas áreas. Se está a efetuar um serviço rápido<br />

ou referente a uma anotação no certificado de<br />

inspeção periódica, com o cliente a aguardar, neste<br />

caso é importante que as instalações estejam limpas<br />

e sejam confortáveis, especialmente se os clientes<br />

estiverem ali sentados durante uma hora ou duas.<br />

A mesma regra aplica-se ao pessoal da receção: um<br />

uniforme limpo demonstra que têm orgulho na sua<br />

aparência e indica que serão capazes de cuidar do<br />

veículo do cliente.<br />

Área de espera APROPRIADA para criançAS<br />

É importante que a sala de espera da sua oficina seja<br />

um espaço seguro para os filhos dos clientes. Durante<br />

o dia é provável que a idade destas crianças seja<br />

inferior a cinco anos, o que significa que os pequenos<br />

andarão a gatinhar pelo chão e necessitarão de<br />

entretenimento enquanto ali estiverem. Se parecer<br />

que o chão não vê um aspirador ou uma esfregona<br />

há meses, isso irá provocar um afastamento imediato<br />

por parte de pais exigentes. Uma pequena caixa<br />

de brinquedos ou uma simples mesa para brincar<br />

pode fazer toda a diferença para pais em dificuldades<br />

com uma criança impaciente.<br />

A importância de um bom café<br />

Não há qualquer desculpa para um mau café. Se a<br />

sua máquina de café ainda é <strong>das</strong> que serve bebi<strong>das</strong><br />

em pó agua<strong>das</strong> em copos de plástico triviais, está na<br />

hora de mudar. Servir um bom café de qualidade<br />

revela que se preocupa com a satisfação dos clientes.<br />

Não tem de provocar uma grande mossa nas suas<br />

receitas: existe no mercado uma vasta oferta de máquinas<br />

acessíveis de cápsulas, que irão proporcionar<br />

um excelente café, para exceder as expetativas dos<br />

seus clientes. l<br />

AS CLIENTES FEMININAS PRECISAM DE CONFIAR NAS PESSOAS, SENTIR<br />

QUE SÃO BEM-VINDAS, QUE SÃO VALORIZADAS COMO CLIENTES, E ESCUSADO<br />

SERÁ DIZER QUE NÃO QUEREM SER TRATADAS DE MODO CONDESCENDENTE<br />

78 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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