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Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />
jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
<strong>193</strong><br />
C<br />
Janeiro 2022 Y<br />
PERIODICIDADE | MENSAL<br />
ANO XVI | 3 EUROS<br />
PUB<br />
TENDÊNCIAS DE MERCADO<br />
DÚVIDAS<br />
E INCERTEZAS!<br />
Pág. 06<br />
Reuse Aftermarket<br />
Pág. 18 \\ Reuse Aftermarket é o<br />
nome da Campanha que o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong> vai promover em 2022, na<br />
sua edição em papel, redes sociais<br />
e no próprio site da Campanha<br />
Visoparts<br />
Pág. 42 \\ A Visoparts acaba<br />
de inaugurar novas instalações que<br />
vão permitir aumentar e diversificar<br />
o stock, com mais produtos e mais<br />
variedade de referências<br />
Jordi Brunet Garcia<br />
Pág. 24 \\ Em entrevista ao JO,<br />
o secretário geral EGEA defendeu a<br />
necessidade de criação de legislação<br />
que garanta competitividade<br />
do pós-venda face à cibersegurança<br />
Peças de substituição<br />
Pág. 72 \\ Conhecer o mercado <strong>das</strong><br />
peças de substituição do automóvel<br />
permite ao perito escolher o processo<br />
de trabalho mais eficiente e a peça<br />
mais adequada para a reparação<br />
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M<br />
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CM<br />
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Editorial<br />
Folha de serviço ............................................................................ 04<br />
DESTAQUE<br />
Tendências de mercado ....................................................... 06<br />
CAMPANHA<br />
Reuse Aftermarket .................................................................... 18<br />
OPINIÕES<br />
Hélder Sardinha ............................................................................. 22<br />
André Pinheiro ................................................................................ 61<br />
ENTREVISTAS<br />
Jordi Brunet ...................................................................................... 25<br />
Luís Vieira e Manuel Monteiro ....................................... 28<br />
Rodrigo Cabral ................................................................................ 34<br />
Telmo Simões .................................................................................. 39<br />
EMPRESA<br />
Visoparts .............................................................................................. 42<br />
OFICINA DO MÊS<br />
Powercolor .......................................................................................... 46<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas ............................................................................................. 50<br />
Produto ................................................................................................... 64<br />
Repintura .............................................................................................. 76<br />
PRODUTO<br />
Car Care Motul ................................................................................ 62<br />
TÉCNICA & SERVIÇO<br />
Peças de substituição ........................................................... 72<br />
GESTÃO<br />
<strong>193</strong> Janeiro<br />
2022<br />
Satisfação de clientes ........................................................... 78<br />
OBRIGatÓRIO<br />
NÃO FACILITAR<br />
Com o avanço da vacinação, muitas oficinas<br />
começaram a descurar as regras de segurança<br />
sanitária, tanto no momento da receção<br />
dos veículos, como na entrega dos mesmos aos<br />
seus clientes. Mas o momento não é de facilitismo<br />
e todos os cuidados não são demais para proteger<br />
clientes e funcionários dos perigos do Covid-19 e<br />
suas variantes.<br />
Dar confiança ao cliente no momento de recolher<br />
o seu automóvel, garantindo-lhe que o veículo<br />
foi completamente desinfetado antes da entrega,<br />
transformou-se num serviço essencial da oficina.<br />
No entanto, não se trata apenas de o fazer, mas sim<br />
de comunicar ao cliente quais foram as medi<strong>das</strong><br />
implementa<strong>das</strong>, tanto quanto à prevenção relacionada<br />
com os funcionários e clientes, como no processo<br />
de receção e, evidentemente, no processo de<br />
entrega. Só assim é possível manter o estatuto de<br />
“oficina de confiança” que as Associações do setor<br />
recomendam, mas que nesta nova etapa é ainda<br />
mais importante.<br />
Assim, existem ações básicas que qualquer oficina<br />
deverá ter implementado, tal como desinfetar e<br />
higienizar diariamente as instalações. Para isso, as<br />
autoridades recomendam a utilização de soluções<br />
de água com lixívia a 2,5% ou de bioci<strong>das</strong> nas superfícies<br />
de contacto, através de um pulverizador.<br />
Antes da abertura, deve aplicar-se em to<strong>das</strong> as<br />
áreas de trabalho. Além disso, os funcionários devem<br />
usar máscara, aplicar frequentemente gel desinfetante,<br />
luvas e também deve ser medida a temperatura<br />
dos funcionários para evitar contágios.<br />
O cliente deve ser perfeitamente informado sobre<br />
todos os protocolos implementados e, se possível,<br />
deve colocar-se um selo ou uma etiqueta no veículo<br />
a informar de que foi completamente desinfetado<br />
antes da entrega. E também, sempre que for possível,<br />
é recomendável gravar um vídeo do processo de<br />
higienização. Não de forma geral, mas individualmente<br />
para cada automóvel, tal como fazem os concessionários<br />
no momento de dar informações sobre<br />
as características de um veículo no qual o cliente<br />
está interessado.<br />
Sempre que for possível, a relação com o cliente<br />
deve ser digital, por telefone ou até por videochamada,<br />
se necessário. Deve evitar-se a deslocação<br />
dos clientes à oficina para tratar de assuntos que<br />
possam ser tratados por estas vias, como a gestão<br />
da marcação prévia, para evitar a aglomeração<br />
de pessoas nas instalações. No entanto, quando o<br />
cliente tiver de se deslocar para ir buscar o automóvel,<br />
a oficina deve estar preparada com dispensador<br />
de gel desinfetante, divisórias de proteção de acrílico<br />
ou de vidro, marcas de distâncias de segurança,<br />
cartazes, fitas adesivas para limitar as zonas de<br />
acesso, etc.<br />
A receção e entrega, por último, são os momentos<br />
em que existe mais perigo de contágio e nos quais<br />
se devem reforçar as medi<strong>das</strong>. Aquando da chegada<br />
do veículo, este não deve entrar na oficina até que<br />
tenha sido desinfetado ou ozonizado. Além disso,<br />
durante a reparação, as partes do veículo nas quais<br />
irá haver contacto devem ser ventila<strong>das</strong> e protegi<strong>das</strong>.<br />
Por último, a entrega deve ser realizada também<br />
fora da oficina, com as chaves completamente<br />
desinfeta<strong>das</strong> e, inclusivamente, protegi<strong>das</strong> num<br />
saco de plástico hermético. No momento de realizar<br />
o pagamento, deve-se evitar tanto quanto possível o<br />
pagamento em dinheiro, disponibilizando alternativas<br />
que reduzam o contacto ao mínimo.<br />
Manter a oficina limpa é não só recomendável como<br />
também obrigatório. O aspeto da oficina, como o de<br />
qualquer outro estabelecimento comercial de produtos<br />
e serviços, é fundamental para influenciar<br />
positivamente os clientes, tendo em conta que pode<br />
ser a primeira coisa que veem ao entrar pela porta.<br />
Assim, por muita confiança que possam ter, obtida<br />
durante anos de bons serviços e boas reparações, a<br />
oficina deve ter cuidado com a limpeza, higiene e<br />
organização, algo que é não só recomendável, mas<br />
também obrigatório enquanto o Covid-19 continuar<br />
a ser uma ameaça.<br />
JOÃO VIEIRA | Diretor<br />
DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com // PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com<br />
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Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Parceiro em Espanha<br />
.es<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 3
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
IPSIS<br />
VERBIS<br />
RODRIGO CABRAL<br />
FUNDADOR E CEO DA TECH ONE<br />
AS PESSOAS PROCURAM<br />
UMA ALTERNATIVA EFICIENTE<br />
ÀS MARCAS PREMIUM.<br />
E É POSSÍVEL TER QUALIDADE<br />
PREMIUM COM UM PREÇO<br />
COMPETITIVO. ESSA É A NOSSA<br />
GRANDE MARCA<br />
CHALLENGE OFICINAS ESTÁ DE VOLTA<br />
Após um interregno de dois anos, devido à<br />
pandemia, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria<br />
com a T Academy - Gestão de Talentos,<br />
volta a realizar em 2022 o “Challenge <strong>Oficinas</strong>”.<br />
Esta competição põe à prova as competências<br />
funcionais dos colaboradores <strong>das</strong> oficinas, que,<br />
numa primeira fase, têm de responder ao questionário<br />
online que abrange as principais áreas do<br />
negócio oficinal, nomeadamente técnica, receção,<br />
peças, marketing e gestão. Para participarem nesta<br />
competição, as oficinas apenas têm de responder<br />
ao questionário que publicamos online no site<br />
do evento e habilitarem-se a ser uma <strong>das</strong> oficinas<br />
SEMÁFORO<br />
seleciona<strong>das</strong> para a grande final. Se é uma oficina<br />
organizada, bem equipada e com recursos humanos<br />
competentes e atualizados, aproveite esta<br />
oportunidade para participar num evento único e<br />
desafiante, onde apenas os melhores conseguem<br />
chegar à final. É uma competição que permite<br />
cada oficina tomar consciência daquilo que vale<br />
em termos de recursos humanos e enquanto organização.<br />
No fundo, consiste num processo de autoavaliação,<br />
ao mesmo tempo que se trata de uma<br />
competição lúdica. Desta forma, entusiasmam-se<br />
os colaboradores para um desafio onde as oficinas<br />
têm todo um caminho aberto para evoluir.<br />
LUÍS VIEIRA E MANUEL MONTEIRO<br />
FUNDADORES DA B-PARTS<br />
EM PORTUGAL TEMOS<br />
UMA QUOTA ENORME<br />
NOS PROFISSIONAIS E<br />
UMA MAIS REDUZIDA NOS<br />
PARTICULARES. LÁ FORA ESTÁ<br />
TOTALMENTE INVERTIDO<br />
JORDI BRUNET GARCIA<br />
SECRETÁRIO GERAL DA EGEA<br />
AS NOSSAS EMPRESAS<br />
ESTÃO A INVESTIR<br />
MUITOS RECURSOS PARA<br />
DISPONIBILIZAR AO MERCADO<br />
OS EQUIPAMENTOS CAPAZES<br />
DE FAZER A MANUTENÇÃO<br />
E REPARAÇÃO DOS VEÍCULOS<br />
MAIS MODERNOS<br />
Riscos de retração<br />
A Envolvente Empresarial do final<br />
do ano passado evidencia a continuação<br />
de um abrandamento da atividade após<br />
uma forte retoma do PIB. O surgimento<br />
de uma nova variante Covid-19 causa<br />
preocupação e poderá agravar a quebra<br />
de confiança e prejudicar a retoma.<br />
Outro problema associado é o aumento<br />
da inflação na área euro. Ainda que<br />
Portugal não atinja níveis tão altos, o<br />
índice de preços da produção industrial<br />
já regista subi<strong>das</strong> de dois dígitos,<br />
refletindo problemas nas cadeias<br />
de abastecimento. O BCE mantém que a<br />
subida da inflação é apenas temporária,<br />
mas paira o risco de um aperto<br />
antecipado <strong>das</strong> condições monetárias.<br />
Teletrabalho não serve a todos<br />
O teletrabalho está novamente<br />
na berlinda com o aumento<br />
de casos de infeção por Covid-19,<br />
mas convém realçar que este modo<br />
de laboração não é aplicável a muitas<br />
empresas. Uma coisa são as empresas<br />
de serviços ou de tecnologia, em que<br />
o trabalho remoto é perfeitamente<br />
possível, outra bem diferente é, por<br />
exemplo, a atividade de reparação<br />
automóvel, em que o teletrabalho<br />
pode ser muito penalizador e até<br />
inexequível. No aftermarket, a maioria<br />
<strong>das</strong> empresas labora em regime total<br />
ou maioritariamente presencial, quer<br />
a nível da distribuição e retalho, quer<br />
nas oficinas de manutenção<br />
e reparação automóvel.<br />
Economia circular<br />
Os fornecedores e distribuidores<br />
do setor automóvel estão a trabalhar<br />
em conjunto na transformação<br />
do mercado pós-venda num negócio<br />
sustentável de reparação e manutenção.<br />
A aplicação dos princípios da economia<br />
circular à economia da UE pode<br />
gerar poupanças líqui<strong>das</strong> de cerca<br />
de 600 mil milhões de euros às<br />
empresas da UE, criando 170.000<br />
empregos diretos no sector da gestão<br />
de resíduos. A economia circular tem-se<br />
revelado uma ferramenta essencial<br />
para se conseguir atingir estes valores,<br />
pois ajuda a prolongar a vida útil<br />
dos veículos e <strong>das</strong> peças. Este sistema<br />
aplica-se a várias áreas essenciais<br />
da sustentabilidade.<br />
4 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Destaque<br />
TENDÊNCIAS DE MERCADO<br />
DESAFIOS,<br />
DÚVIDas E<br />
INCERTEZAS!<br />
APESAR DE SER PREMATURO FALAR DO QUE SERÁ<br />
ESTE ANO 2022, JÁ QUE TUDO DEPENDERÁ DA EVOLUÇÃO<br />
DA PANDEMIA E DO SEU IMPACTO MACROECONÓMICO,<br />
SE CONSEGUIRMOS CONTROLAR A VAGA PANDÉMICA,<br />
A RECUPERAÇÃO ECONÓMICA PODERÁ SER RELATIVAMENTE<br />
RÁPIDA, MAS SE NÃO FOR POSSÍVEL CONTROLAR<br />
A PANDEMIA, 2022 SERÁ UM ANO EXTREMAMENTE<br />
COMPLICADO COM QUEBRAS DO CONSUMO PRIVADO MUITO<br />
ACENTUADAS E UMA RECESSÃO INEVITÁVEL
Com a evolução da pandemia, os operadores mostram ‐se receosos<br />
em relação ao futuro, pois a confiança dos consumidores e consequentemente<br />
dos seus clientes está em níveis muito baixos, o que<br />
poderá contribuir para uma quebra nas ven<strong>das</strong>. A pandemia obrigou a<br />
um maior rigor e empenho de todos os operadores, e a necessidade de<br />
estarem ao lado dos seus clientes. Outro dos impactos passa pela necessidade<br />
de tomada de decisões em curtos espaços de tempo e, perante<br />
uma situação totalmente nova para as empresas, para o mercado e para<br />
o país. Isso faz com que as empresas tenham de tomar decisões com base<br />
em informações escassas e recentes, o que nem sempre é fácil.<br />
Pandemia impõe bom senso<br />
Em tempo de pandemia, a sensibilização, o bom senso e a responsabilidade<br />
de cada um serão sempre as medi<strong>das</strong> mais eficazes nesta luta<br />
global, para além da adoção de um conjunto de medi<strong>das</strong> que foram<br />
defini<strong>das</strong> pelas autoridades de saúde. Entre o aumento significativo da<br />
higienização e uso de álcool gel, à tentativa regular de distanciamento<br />
(nomeadamente os contactos sociais), à diminuição <strong>das</strong> visitas dos<br />
vendedores e obrigatoriedade de to<strong>das</strong> as pessoas externas à empresa<br />
usarem máscara sempre que se desloquem às instalações, são algumas<br />
<strong>das</strong> medi<strong>das</strong> já adota<strong>das</strong> pelas empresas.<br />
Porém, enfrentamos atualmente uma fase com grande incerteza em que<br />
a situação sanitária do país deverá ter um grande efeito sobre o que será<br />
o futuro económico e social nacional. O impacto negativo da pandemia<br />
está a sentir ‐se em todo o tecido empresarial português e as empresas<br />
aftermarket não são exceção, mas o pós ‐venda é um setor que pode sair<br />
beneficiado com a crise, desde que haja uma adaptação <strong>das</strong> empresas.<br />
Ameaças e oportunidades<br />
Os desafios já eram grandes mesmo sem a pandemia, a competitividade<br />
existe e é feroz e com o período que atravessamos agora, a competição<br />
ainda será maior e mais agressiva, mas as empresas têm de saber manter<br />
o rumo, apostando na qualidade em todos os serviços e fidelizando<br />
cada vez mais os seus clientes. É preciso manter a mente aberta e inovar<br />
através de novas plataformas de negócio ou negócios alternativos. Um<br />
dos maiores desafios será implementar planos ambiciosos de formação e<br />
modernização <strong>das</strong> oficinas.<br />
Os profissionais do aftermarket têm estado a preparar ‐se para os novos<br />
tempos pós ‐Covid que trazem muitas dúvi<strong>das</strong> e incertezas. A melhor<br />
forma para o fazer é manterem ‐se atualizados de uma forma geral com<br />
as várias novidades do setor e perceber e interpretar os sinais que o próprio<br />
mercado vai dando. Mas as ameaças só são perigosas ou danosas<br />
para quem não quer evoluir. Apresentam imensos desafios e, sem dúvida<br />
que, apesar de poderem trazer dissabores, são sempre as melhores<br />
formas de aprender e de crescer. As oportunidades, para os que estão<br />
disponíveis e abertos à mudança, sem dúvida que vão traduzir ‐se em<br />
frutos mais tarde.<br />
O aumento de custo dos transportes <strong>das</strong> mercadorias em contentores e<br />
a inflação do preço <strong>das</strong> matérias primas estão a fazer disparar os preços<br />
<strong>das</strong> peças, reduzindo cada vez mais a margem de lucro dos fabricantes.<br />
Outro problema neste momento, são as ruturas de stocks de alguns<br />
fornecedores principalmente de primeiro equipamento com fábricas e<br />
armazéns nos países mais afetados, como Espanha, França e Itália.Na<br />
distribuição assiste ‐se à concentração do negócio em grandes grupos e o<br />
desenvolvimento de plataformas B2B que estão a alterar o modelo tradicional<br />
de negócio.<br />
As marcas automóveis, por sua vez, vão melhorar o seu posicionamento<br />
a curto prazo na distribuição de peças de substituição, num mercado no<br />
qual as barreiras entre o canal de marcas e o canal independente tendem<br />
a desaparecer. O número de decisores sobre onde realizar a reparação<br />
do veículo irá diminuir, o que resultará numa concentração do negócio<br />
de pós ‐venda.<br />
A consolidação da redução da procura por veículos diesel pode colocar<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 7
TENDÊNCIAS<br />
DE MERCADO<br />
A NÍVEL DA DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS, CONTINUARÁ A acentUAR ‐SE<br />
A TENDÊNCIA PARA A CONCENTRAÇÃO DA atiVIDADE NUM MENOR NÚMERO<br />
DE OPERADORES, SEJA PELA CONSOLIDAÇÃO DE GRUPOS JÁ ESTABELECIDOS,<br />
SEJA POR FUSÕES AQUISIÇÕES OU OUTRO TIPO DE MOVIMENTOS<br />
em perigo a sustentabilidade de alguns<br />
fabricantes de peças de substituição.<br />
Por outro lado, o acesso aos<br />
dados do veículo tornará este num<br />
elemento ativo no sistema de pós<br />
‐venda, sendo que o futuro da mobilidade<br />
será elétrico. Estas tendências<br />
vão afetar o volume e a estrutura do<br />
mercado bem como os modelos de<br />
negócio de todos os agentes.<br />
Ultrapasssar dificuldades<br />
Os efeitos da pandemia no setor pós<br />
‐venda foram bastante menos graves<br />
do que se previa. O ano de 2020 foi<br />
altamente imprevisível, tendo a faturação<br />
<strong>das</strong> empresas oscilado entre<br />
mínimos e máximos históricos. Quem<br />
conseguiu resistir e manter o negócio<br />
nos períodos de confinamento saiu<br />
reforçado. Em momentos como este,<br />
é fulcral ter flexibilidade e agilidade<br />
financeira, aplicar uma liderança que<br />
proteja todos e, ainda mais importante,<br />
é preciso um propósito que nos<br />
faça superar todos os desafios com<br />
motivação. O que aprendemos com<br />
esta pandemia, foi a necessidade de<br />
termos as nossas estruturas muito<br />
bem prepara<strong>das</strong> para nos adaptarmos<br />
rapidamente a mudanças profun<strong>das</strong>.<br />
A gestão do negócio muito rigorosa e<br />
atempada, permite que as empresas<br />
consigam ter alguma tranquilidade<br />
em momentos de grande incerteza.<br />
Durante a pandemia ficou também<br />
provado o que já se sabia – que o<br />
overservice prestado nos serviços<br />
associados à logística é um desvio<br />
perverso e desnecessário do que seria<br />
adequado e conveniente, que causa<br />
custos enormes e desnecessários<br />
para as empresas. Não existe uma<br />
necessidade real para que assim seja,<br />
mas enquanto for abusivamente usado<br />
como fator diferenciador, em vez<br />
de coisas que realmente acrescentem<br />
valor, não há nada a fazer.<br />
A importância da digitalização da<br />
empresa e dos seus processos já era<br />
reconhecida como necessidade, mas<br />
a pandemia só veio reforçar esta urgência.<br />
De igual forma a resiliência<br />
necessária para prosseguir o caminho<br />
delineado independentemente<br />
dos obstáculos que todos sentimos.<br />
A otimização de recursos, especialmente<br />
os humanos foi uma realidade,<br />
bem como a capacitação de que<br />
há valores inegociáveis: as ven<strong>das</strong><br />
são sempre uma referência, mas os<br />
valores da honestidade, da transparência<br />
e da vida em si saíram reforçados<br />
neste momento delicado. Mais<br />
do que ensinamentos, esta crise veio<br />
confirmar a importância <strong>das</strong> colaborações<br />
e parcerias entre empresas. A<br />
estratégia de foco no cliente, disponibilizando<br />
to<strong>das</strong> as ferramentas que<br />
estes necessitam para a sua atividade<br />
e conseguir ajudá los a desenvolver e<br />
fazer crescer os seus negócios, permitiu<br />
que muitas empresas ultrapassassem<br />
esta crise juntos.<br />
Concentração do negócio<br />
Uma concentração de negócio, seja<br />
em que setor for, obriga as empresas<br />
a diferenciarem se. É necessário que<br />
haja uma proposta de valor que seja<br />
compreendida pelos clientes, e esse<br />
deve ser o grande objetivo: oferecer<br />
qualidade a preços competitivos, no<br />
tempo certo e respeitando as regras<br />
do mercado. A concentração do negócio<br />
da distribuição de peças tem<br />
vindo a ser feita faz já mais de uma<br />
década e continuará a seguir o seu<br />
caminho. A dimensão de grandes<br />
grupos de distribuição são muito<br />
interessantes, mas também têm os<br />
seus desafios que uma PME pode<br />
contornar, como a decisão rápida e o<br />
empresário que está diariamente no<br />
negócio, conhecendo a sua equipa e<br />
os seus clientes.<br />
A necessidade de abranger mais<br />
clientes no mercado, ou até mesmo,<br />
explorar novos mercados, faz com<br />
que os distribuidores unam esforços<br />
sob uma marca única que partilha os<br />
mesmos interesses. É mais fácil atuar<br />
no mercado enquanto uma rede do<br />
que enquanto players individuais.<br />
Este fenómeno verifica se há muito<br />
no conceito de rede de oficinas. A<br />
principal vantagem deste modelo é o<br />
concertar de preços entre distribuidores,<br />
que permite uma maior retenção<br />
de margem e uma viabilidade de<br />
negócio maior. Do ponto de vista <strong>das</strong><br />
oficinas e casas de peças mostra se<br />
uma desvantagem pois quanto menos<br />
distribuidores no mercado, menor<br />
o seu poder negocial. No entanto<br />
um distribuidor mais robusto, signi<br />
8 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
fica um nível de serviço melhor, o que<br />
significa maior rapidez na aquisição<br />
do material, menos tempo por reparação,<br />
mais reparações e consequentemente<br />
mais faturação.<br />
A Europa genericamente está mais<br />
avançada neste processo de concentração,<br />
mas Portugal irá aproximar ‐se<br />
desta realidade a par e passo. O benefício<br />
de economias de escala <strong>das</strong> grandes<br />
estruturas que possam permitir<br />
em última instância um preço mais<br />
favorável para o cliente final, imprimem<br />
necessariamente maior profissionalismo<br />
ao sector com processos<br />
e critérios comerciais bem estabelecidos.<br />
No reverso da medalha as grandes<br />
estruturas deixam de conseguir<br />
um enfoque regional que acompanhe<br />
as especificidades de cada mercado e<br />
têm uma resposta menos rica em nichos<br />
de mercado que estruturas mais<br />
pequenas dão importância.<br />
O fenómeno da concentração está em<br />
marcha e vão continuar a aparecer<br />
Novos Grupos e a desenvolverem ‐se<br />
os atuais. Havendo prós e contras,<br />
é algo inevitável. Como vantagens,<br />
eventualmente aumenta ‐se a margem<br />
de negociação, o poder de compra,<br />
a oferta para os clientes torna ‐se<br />
maior e mais diversificada, entre outros<br />
benefícios…<br />
Em Portugal já se verificaram alguns<br />
fenómenos de concentração ao nível<br />
dos distribuidores e tem sido notório<br />
o crescimento dos grupos de retalhistas<br />
que, dessa forma, tentam ganhos<br />
de escala para os seus negócios. Se os<br />
ganhos de escala fruto do crescimento<br />
são uma realidade, a verdade é que,<br />
tornando ‐se grandes demais, estas<br />
entidades poderão perder rapidez e<br />
agilidade na relação com o mercado e,<br />
consequentemente desperdiçar boas<br />
oportunidades de negócio.<br />
A tendência de concentração irá<br />
continuar, e no nosso país passará<br />
pela iberização da distribuição.<br />
Normalmente a concentração dita a<br />
lei do mais forte, e estas estruturas<br />
maiores conseguem mais eficiência<br />
na distribuição e otimização da compra,<br />
o que vai provocar mais pressão<br />
sobre o preço. Quem não tiver capacidade<br />
de ombrear com estas estruturas,<br />
vai sucumbir.<br />
Veículos elétricos:<br />
o novo desafio!<br />
Os veículos elétricos são um dos desafios<br />
do futuro. Esta será uma transição<br />
que demorará tempo e com uma<br />
perspetiva a médio ‐longo prazo, visto<br />
que os automóveis a combustão ainda<br />
estão para durar. Juntamente com os<br />
fabricantes de peças automóveis, as<br />
empresas de distribuição devem conseguir<br />
adaptar ‐se e servir o mercado<br />
consoante as suas necessidades.<br />
O fenómeno dos veículos elétricos<br />
é uma consequência da evolução do<br />
setor. Ainda que, efetivamente, estes<br />
carros não necessitem de tantas peças<br />
de manutenção, eles necessitam<br />
de mais escrutínio e de uma reparação<br />
mais especializada. Antevê ‐se<br />
um número mais reduzido de peças,<br />
porém peças mais específicas, que<br />
poderão ser comercializa<strong>das</strong> por<br />
distribuidores mais específicos também.<br />
Até à generalização deste tipo<br />
de veículos é preciso trabalhar as<br />
duas realidades, preparando o terreno<br />
para um futuro de eletrificação.<br />
Apesar dos veículos elétricos não<br />
necessitarem de mudanças de óleo,<br />
filtros ou velas não implica uma redução<br />
direta no serviço <strong>das</strong> oficinas,<br />
dado que precisam de outro tipo de<br />
manutenção, como travões, pneus e<br />
baterias. Para a realização deste tipo<br />
de serviços é necessário que a oficina<br />
esteja preparada tecnicamente,<br />
tanto com ferramentas, como com<br />
pessoal qualificado. Cabe então às<br />
oficinas antecipar as necessidades do<br />
cliente e estar preparada para oferecer<br />
estes produtos e serviços e assim<br />
diferenciarem ‐se da concorrência.<br />
Não é líquido que haja perda de faturação<br />
só porque os VE necessitam<br />
de menos manutenção. Os fatores<br />
a considerar sobre este assunto são<br />
vários. Por exemplo: devido ao desenvolvimento<br />
técnico o custo <strong>das</strong><br />
peças para os novos modelos (VE ou<br />
não) é significativamente mais alto<br />
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TENDÊNCIAS<br />
DE MERCADO<br />
AS EMPRESAS QUE FOREM CAPAZES DE INVESTIR NA SUA MELHORIA<br />
CONTÍNUA MELHORARÃO AS SUAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS SENDO<br />
CADA VEZ MAIS EFICIENTES EM GRANDE MEDIDA POR VIA DA DIGITALIZAÇÃO<br />
DOS PROCESSOS, UM CAMINHO INCONTORNÁVEL E DESEJÁVEL<br />
do que para os modelos anteriores, o<br />
que gera mais volume para o mesmo<br />
consumo. Haverá também novos serviços<br />
que irão ser prestados e que serão<br />
geradores de receita importantes<br />
no futuro. A evolução será consideravelmente<br />
lenta. A preponderância<br />
do parque de VE será muito limitada<br />
ainda por muito tempo.<br />
Os veículos elétricos ou eletrificados<br />
podem efetivamente requerer menos<br />
manutenção, mas ao mesmo tempo,<br />
vão utilizar componentes muito<br />
mais complexos, com custos mais<br />
elevados, o que acaba por devolver as<br />
referi<strong>das</strong> compensações.<br />
Cadeia de valor vai MANTER ‐se<br />
Já há anos que vemos operadores<br />
assumirem vários níveis na cadeia,<br />
nomeadamente a Distribuição e o<br />
Retalho, mas as funções continuam a<br />
existir diferencia<strong>das</strong>, a armazenagem e<br />
distribuição da venda a retalho. Grosso<br />
modo, a primeira exige foco nas<br />
compras e na logística enquanto que<br />
a segunda compre a função de proximidade<br />
e apoio direto às oficinas. A<br />
“junção” da distribuição nacional com<br />
a cobertura local na mesma entidade<br />
é o que naturalmente acontece mais<br />
facilmente, mas em todos os casos são<br />
sempre manti<strong>das</strong> as duas áreas perfeitamente<br />
defini<strong>das</strong>. Os negócios são<br />
diferentes. Há também os retalhistas<br />
que passam a ser em alguns produtos<br />
abastecidos diretamente pelo fabricante,<br />
como acontece com os grupos de<br />
retalhistas surgidos mais notadamente<br />
nos últimos anos, mas a zona de cobertura<br />
da empresa nestes casos é sempre<br />
local, não nacional. Para se converter<br />
em nacional – o que não é fácil, mas é<br />
possível, e há disso bons exemplos no<br />
mercado – tem de passar a ter as duas<br />
estruturas claramente defini<strong>das</strong>, a distribuição<br />
e as lojas, para funcionar. Há<br />
ainda outro canal, paralelo ao tradicional,<br />
que tem crescido mais recentemente<br />
com um sucesso apreciável: as<br />
ven<strong>das</strong> pelas plataformas online B2C.<br />
Especialmente no caso nos produtos<br />
não cativos (produtos não destinados<br />
especificamente a um ou poucos modelos<br />
de automóveis) é um canal de<br />
distribuição a observar. l<br />
C<br />
DEVOLUÇÕES CONTINUAM A SER PROBLEMA<br />
om ou sem pandemia, as<br />
devoluções continuam a ser um<br />
dos temas mais complexos e sensíveis<br />
de abordar. As mesmas continuam a<br />
existir, por vezes com motivos ou<br />
justificações inacreditáveis e se<br />
existisse mais diálogo entre os diversos<br />
players e regras mais claras para todos,<br />
poderia minimizar ‐se o seu impacto,<br />
que realmente consomem muito<br />
tempo e recursos. O problema<br />
logístico <strong>das</strong> devoluções é algo já<br />
identificado há muito por todos os<br />
players do Aftermarket mas para o<br />
qual tem sido complicado encontrar<br />
uma solução eficaz. As empresas<br />
fazem tudo para mitigar o custo da<br />
sua gestão, que se transforma em<br />
perda de rentabilidade e<br />
produtividade para todos os<br />
intervenientes. Neste momento é<br />
possível através de plataformas online<br />
fazer a devolução por referência,<br />
incluindo motivo e comentários sobre<br />
a devolução, bem como anexar<br />
fotografias <strong>das</strong> peças. Este processo<br />
liberta os recursos humanos afetos a<br />
esta área, para se concentrarem em<br />
casos mais sensíveis, aumentando<br />
mais uma vez o nível de serviço. Deste<br />
modo, a oficina consegue perceber de<br />
imediato se a sua devolução é aceite ou<br />
não e se a mesma acarreta custos<br />
adicionais. Sendo assim, é possível<br />
poupar tempo e recursos tanto para a<br />
oficina, como para os distribuidores<br />
10 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
VECL<br />
<br />
Europ Exide Technologies - Original<br />
-
TENDÊNCIAS<br />
DE MERCADO<br />
AS REDES OFICINAIS IRÃO CONTINUAR A DESENVOLVER ‐SE, COM O<br />
APARECIMENTO DE NOVOS CONCEITOS E TIPOLOGIAS, ATÉ PORQUE AS OFICINAS<br />
TÊM A NOÇÃO QUE NECESSITAM DE TER APOIO PARA ESTAREM MELHOR<br />
PREPARADAS PARA OS DESAFIOS QUE O MERCADO COLOCA<br />
RUTURAS DE STOCK<br />
PREOCUPAM SETOR<br />
m dos receios que se verifica hoje nem é tanto o<br />
U<br />
preço <strong>das</strong> peças, mas sim mesmo a existência em<br />
stock <strong>das</strong> próprias peças, o que nem sempre é possível.<br />
As falhas de stock são uma realidade que está a afetar<br />
bastante o setor e esperemos que a médio prazo se<br />
normalizem. Os efeitos são negativos porque a falhas<br />
de stock acabam por ser frustrantes para o<br />
distribuidor e para os seus clientes. Este fenómeno,<br />
sem precedentes nesta dimensão, é resultado de<br />
muitas variáveis que vão desde a disponibilidade de<br />
matéria prima para produção até ao transporte dos<br />
produtos ao distribuidor não sendo de negligenciar<br />
também do ponto de vista monetário, o aumento de<br />
custos de todos os elementos mencionados. As falhas<br />
de stock são um problema atual, que afeta a<br />
generalidade <strong>das</strong> marcas e prejudica muito o dia ‐a‐dia<br />
dos distribuidores, que se veem a braços com um<br />
esforço extra para manter o nível de serviço,<br />
prejudicando muitas vezes a margem. A forma<br />
encontrada de mitigar os efeitos <strong>das</strong> falhas tem sido<br />
aumentar a profundidade e largura do stock<br />
reforçando também os itens de maior criticidade.<br />
Como tem sido anunciado pelos próprios fabricantes<br />
de peças, é previsível que as dificuldades sem<br />
prolonguem até ao final de 2022 e nenhum operador<br />
do pós ‐venda consegue estar preparado para isso. Os<br />
construtores de automóveis dependem de centenas de<br />
chips para incorporar num único veículo e muitos<br />
tiveram já de parar a produção, porque não recebem<br />
dos fabricantes de peças estes componentes. É<br />
estimado que estas paragens acumulem um custo<br />
global à indústria automóvel superior a 400 mil<br />
milhões de euros em perda de ven<strong>das</strong>. As implicações<br />
disso no pós ‐venda vão bem além da indisponibilidade<br />
atual de algumas peças, pois têm impacto no parque<br />
automóvel em si. Vemos já hoje um aumento<br />
significativo <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> dos veículos usados, por<br />
exemplo. A adequação da distribuição de peças a um<br />
parque de evolução assíncrona é muito complicada.<br />
Terá tendência para obrigar os fabricantes a adequar a<br />
sua produção à necessidade do mercado mas o que<br />
não ajuda o aftermarket é o foco dos fabricantes no<br />
fornecimento ao primeiro equipamento, ficando<br />
sempre o pós ‐venda para depois… Essa dificuldade é<br />
um facto e tem sido um fator mais complicado de<br />
eliminar no que toca à normalização da atividade<br />
comercial por parte de todos os players. A escassez de<br />
semicondutores e o encarecimento <strong>das</strong> matérias‐<br />
‐primas é algo que parece ter vindo para ficar e cabe às<br />
empresas dar a volta a essa situação.<br />
12 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
E<br />
PERDA DE MARGEM<br />
sse é um dos grandes desafios do<br />
aftermarket nacional e quem<br />
não perceber isso vai ter grandes<br />
dificuldades. Há empresas que<br />
trabalham para Rappel, com margens<br />
que muitas vezes não sustentam<br />
sequer a estrutura. Só uma gestão<br />
rigorosa poderá salvar muitas<br />
empresas. A resposta mais uma vez<br />
reside na qualidade do serviço<br />
prestado. No fim do dia, todos os<br />
distribuidores oferecem apenas peças,<br />
o fator diferenciador passa a ser como<br />
essas peças são disponibiliza<strong>das</strong>.<br />
Fidelizar os clientes, garantindo um<br />
volume constante e sustentável de<br />
ven<strong>das</strong> e otimizar os processos<br />
internos com a finalidade de reduzir<br />
custos, são as respostas à queda nas<br />
margens. Fazer cada vez mais, com<br />
maior racionalização dos custos. Para<br />
que o mercado funcione, é necessário<br />
preservar e proteger todos os<br />
intervenientes. É necessário que todos<br />
façam alguma ginástica financeira e<br />
contribuam para que haja<br />
estabilidade. Só assim o setor<br />
conseguirá lutar contra as per<strong>das</strong> de<br />
margem e impedir que alguém saia<br />
fragilizado. A preservação dos canais<br />
de ven<strong>das</strong> poderia ajudar a evitar a<br />
perda de margens, mas há<br />
distribuidores e marcas automóveis<br />
que ultrapassaram este canal e<br />
vendem diretamente às oficinas,<br />
esmagando as margens. Brevemente,<br />
poderão até mesmo ultrapassar as<br />
oficinas e atacar o cliente final. É<br />
preciso ter um cuidado redobrado com<br />
este tipo de políticas, pois não<br />
podemos passar por cima de todos,<br />
sem olhar a meios. Os distribuidores<br />
que esmagam margem de<br />
comercialização por forma a serem<br />
competitivos ao nível do preço, não<br />
libertam recursos para investir em<br />
novos projetos, melhorarem processos,<br />
e conseguirem prestar um serviço mais<br />
eficaz e cada vez com maior qualidade<br />
e valor acrescentado para o cliente.<br />
Naturalmente que o preço é um fator<br />
importante, algumas vezes decisivo,<br />
mas não o único e arriscamo nos a<br />
dizer que não o principal. A qualidade<br />
e oferta do produto, o serviço, as<br />
entregas, são outros fatores que pesam<br />
imenso no momento da compra. O<br />
distribuidor tem de ser muito mais<br />
que um fornecedor de peças, tem de<br />
ser um fornecedor de soluções.<br />
AUMENTO INEVITÁVEL DO PREÇO DAS PEÇAS<br />
endo em conta os efeitos dos fenómenos como a escassez de matérias<br />
T<br />
‐primas para a produção de componentes e o significativo aumento de<br />
preços, como do aço, por exemplo, acreditamos que a tendência de aumento de<br />
preço <strong>das</strong> peças continue a ser uma realidade nos próximos tempos. No<br />
entanto, esta não será uma realidade exclusiva <strong>das</strong> marcas premium, mas sim<br />
de qualquer fabricante de peças. Mesmo com a estabilização dos preços, existe<br />
a possibilidade real que os preços <strong>das</strong> peças não baixem, depois de terem<br />
subido, tornando se assim numa nova realidade. Outro exemplo, de razão<br />
semelhante à que originou a crise dos semicondutores, é a crise dos óleos base,<br />
usados na produção de lubrificantes, que tem causado aumentos nos preços<br />
muito significativos e praticamente mensais. E há também fatores exógenos,<br />
como o aumento abrupto dos custos de transporte, que contribuem<br />
significativamente para isso. Independentemente do posicionamento do<br />
produto, Premium ou outro, os preços <strong>das</strong> peças já aumentaram em 2020 e<br />
irão continuar a aumentar. O aumento do custo de matérias primas, da<br />
produção, da logística e em particular do transporte (seja marítimo, aéreo ou<br />
terrestre) numa escala nunca antes vista em tão curto espaço de tempo terão<br />
necessariamente reflexo no preço dos produtos.<br />
DESAFIOS TECNOLÓGICOS<br />
s fabricantes de produtos e por consequência também o mercado do<br />
O<br />
aftermarket encontram se hoje com o enorme desafio da digitalização e<br />
do elétrico. No futuro, os desafios passarão por oferecer novos serviços ao<br />
cliente, desaparecendo outras fontes de receita. A maior especialização e<br />
conhecimento técnico, associa<strong>das</strong> ao continuo investimento em novas<br />
tecnologias, no domínio do digital, em detrimento do negócio mais<br />
tradicional, passará a ser determinante neste sector. Os benefícios aliados à<br />
economia circular manter se ão como prioridade e terão um papel cada vez<br />
mais decisivo no futuro, aliado ao contexto regulamentar a ele associado. As<br />
oficinas continuam a efetuar um enorme esforço no acompanhamento da<br />
evolução tecnológica do sector. Sem dúvida, que muitas são as oficinas que<br />
conseguem prestar um serviço tão ou mais competente aos seus clientes que<br />
o prestado pelas marcas oficiais. A formação técnica, o digital, a continua<br />
inovação no sector, a par da paulatina transformação do sector para a<br />
vertente elétrica em detrimento da mecânica, são sem dúvida os maiores<br />
desafios a prazo para as oficinas e para todo o setor em geral.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 13
TENDÊNCIAS<br />
DE MERCADO<br />
PEÇAS PARA VEÍCULOS PESADOS - MERCADO COMPETITIVO<br />
mercado de distribuição de<br />
O<br />
peças aftermarket para veículos<br />
pesados continua a ser muito<br />
competitivo, com players importantes<br />
e crescimentos acima da média o que<br />
dá um sinal de extrema vitalidade do<br />
sector, embora as peças originais<br />
ocupem sem dúvida um espaço muito<br />
importante e vão continuar a ter<br />
preponderância.<br />
O mercado de distribuição de<br />
peças para veículos pesados em<br />
Portugal é um mercado maduro com<br />
muitos players, muita experiência<br />
e competitividade, sendo muito<br />
exigente para os players, porque a<br />
esta realidade estão associados alguns<br />
problemas de fundo, desde logo o<br />
inevitável esmagamento <strong>das</strong> margens<br />
comerciais assim como a falta de rigor<br />
no controle de crédito. Estas são duas<br />
áreas que não podem ser usa<strong>das</strong> como<br />
argumento comercial.<br />
A continua proliferação de pontos de<br />
venda de casa de peças, essencialmente<br />
no mercado multimarca, trouxe<br />
enorme pressão sobre os preços,<br />
descurando muitas vezes a qualidade,<br />
assessoria e garantias aos clientes.<br />
O mercado encontra ‐se numa<br />
fase de grande saturação. A maior<br />
especialização e conhecimento técnico,<br />
associa<strong>das</strong> ao continuo investimento<br />
em novas tecnologias, no domínio do<br />
digital, em detrimento do negócio mais<br />
tradicional, passará a ser determinante<br />
neste sector.<br />
Com a competitividade existente no<br />
negócio do aftermarket, e no sentido<br />
de alguém se poder diferenciar, a<br />
continua aposta na formação <strong>das</strong><br />
equipas, tecnologia, capacidade<br />
logística e sua gestão eficaz, a par da<br />
assessoria e qualidade no produto, são<br />
fatores que determinam o continuo<br />
investimento. Fatores como o preço,<br />
deixaram há algum tempo de ser<br />
o mais determinante na decisão<br />
do cliente. A qualidade e garantia<br />
do produto vendido passarão a ser<br />
decisivas. O cliente hoje é profissional<br />
a 100%, efetua o diagnóstico <strong>das</strong><br />
avarias de forma muito célere e<br />
quer ver o seu problema resolvido<br />
no mais curto espaço de tempo.<br />
A forma assertiva como a oficina<br />
resolve o problema, determina a sua<br />
rentabilidade, o que obriga todos<br />
os players de mercado a constantes<br />
investimentos em produtos de<br />
qualidade, tecnologia e apresentação<br />
de soluções integra<strong>das</strong>.<br />
No que se refere ao aumento do<br />
preço <strong>das</strong> peças, é um processo<br />
inevitável, que já está a acontecer.<br />
Depois do efeito da crise pandémica,<br />
tem sido extramente difícil para<br />
todos os mercados e setores de<br />
atividade ajustarem ‐se à disrupção<br />
que aconteceu em todo o setor<br />
produtivo do comércio de peças. O<br />
custo de transporte internacional,<br />
que na maioria dos casos mais que<br />
duplicou, o aumento da energia e<br />
combustíveis, associado ao facto da<br />
enorme transformação que o sector<br />
do emprego sofreu e ajustamentos<br />
a que as empresas foram sujeitas,<br />
está a inflacionar de forma<br />
considerável o preço <strong>das</strong> mercadorias.<br />
O condicionamento gerado pela<br />
disponibilidade do produto junto<br />
dos fabricantes, os quais lutam<br />
desesperadamente pela reposição<br />
de stocks a nível mundial, gerando<br />
também o efeito inflacionista que<br />
assistimos, conduz a um continuo<br />
e desafiante esforço de não passar<br />
esse efeito diretamente no preço de<br />
venda aos clientes. O que as empresas<br />
podem e devem fazer é estancar a<br />
margem nos níveis em que estão para<br />
que os seus negócios se mantenham<br />
viáveis. Para além disso têm que<br />
ser muito rigorosos na atribuição e<br />
controlo do crédito.<br />
AS MUDANÇAS PROVOCADAS PELA PANDEMIA FIZERAM SURGIR<br />
UMA NOVA GERAÇÃO DE EMPRESÁRIOS, COM GRANDE CAPACIDADE<br />
E PREPARAÇÃO, QUE VAI ALTERAR A FORMA DE FAZER O NEGÓCIO<br />
14 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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presentes em automóveis micro-híbridos exigem um uso muito intenso da bateria:<br />
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APRENDEMOS MUITO AO LONGO<br />
DA PANDEMIA EM TODAS AS ÁREAS.<br />
SENTIMOS QUE A CAPACIDADE DE<br />
ADAPTAÇÃO E FLEXIBILIDADE<br />
NA ORGANIZAÇÃO SÃO ESSENCIAIS<br />
PARA EVOLUIR E CRESCER.<br />
QUANDO TEMOS A CERTEZA QUE<br />
OS ALICERCES SÃO RESISTENTES<br />
E QUE EXISTE PRONTIDÃO PARA<br />
REAGIR, CONSEGUIMOS ESTAR MAIS<br />
CONFIANTES E ESPERANÇOSOS<br />
JOAQUIM CANDEIAS, BILSTEIN GROUP<br />
CONSIDERAMOS QUE EM PORTUGAL<br />
AS MARCAS DE AFTERMARKET VÃO<br />
CONTINUAR A POSSUIR A MAIOR QUOTA DO<br />
MERCADO PÓS ‐VENDA, POIS AS OFICINAS<br />
INDEPENDENTES, QUE CONTINUAM A SER<br />
EM MAIOR NÚMERO, CONTINUARÃO A<br />
SER MELHOR SERVIDAS PELO MERCADO<br />
AFTERMARKET. QUANTO AO FUTURO, AS<br />
EXIGÊNCIAS DO MERCADO VÃO TORNAR‐<br />
‐SE CADA VEZ MAIORES, E A CAPACIDADE<br />
DE ADAPTAÇÃO DAS EMPRESAS<br />
RELATIVAMENTE À FORMA COMO O<br />
MERCADO EVOLUIR SERÁ ESSENCIAL<br />
FLÁVIO MENINO, AUTOZITÂNIA<br />
PINI<br />
OS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO ATÉ SE<br />
PODEM MANTER, MAS TERÃO QUE<br />
SE REAJUSTAR E REDIMENSIONAR,<br />
ADMITINDO, PORÉM, QUE POSSAM<br />
HAVER ALTERAÇÕES MAIS<br />
PROFUNDAS. HAVENDO O AUMENTO<br />
E A PROLIFERAÇÃO DOS GRUPOS,<br />
BEM COMO O CRESCIMENTO E<br />
TRANSFORMAÇÃO DE ALGUNS<br />
RETALHISTAS, TERÃO QUE HAVER<br />
ADAPTAÇÕES, SOB PENA DE<br />
ALGUÉM NA CADEIA PERDER<br />
PREPONDERÂNCIA<br />
A ADEQUAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO<br />
DE PEÇAS A UM PARQUE DE EVOLUÇÃO<br />
ASSÍNCRONA É MUITO COMPLICADA.<br />
TERÁ TENDÊNCIA PARA OBRIGAR<br />
OS FABRICANTES A ADEQUAR A SUA<br />
PRODUÇÃO À NECESSIDADE DO MERCADO<br />
MAS O QUE NÃO NOS AJUDA É O FOCO<br />
DOS FABRICANTES NO FORNECIMENTO<br />
AO PRIMEIRO EQUIPAMENTO, FICANDO<br />
SEMPRE O PÓS ‐VENDA PARA DEPOIS…<br />
A PANDEMIA ESSENCIALMENTE VEIO<br />
ACELERAR O PROCESSO E O CRESCIMENTO<br />
DO COMÉRCIO ONLINE E DO MARKETING<br />
DIGITAL. O QUE SE PERSPETIVAVA SER<br />
GRADUAL E ACONTECER A MÉDIO/LONGO<br />
PRAZO, ACONTECEU QUASE DE IMEDIATO,<br />
O QUE NOS LEVOU A IMPLEMENTAR<br />
JÁ UM B2B PARA ACESSO ONLINE AO<br />
STOCK. O CONTACTO ONLINE É UMA MAIS<br />
VALIA MAS NÃO SUBSTITUI O CONTACTO<br />
PRESENCIAL. PARA A MOTORBUS SERÁ<br />
SEMPRE FUNDAMENTAL DARMO ‐NOS A<br />
CONHECER, DAR A CARA E CRIAR RELAÇÕES<br />
DE PROXIMIDADE COM O CLIENTE<br />
CARLOS GONÇALVES, FILOURÉM<br />
CARLOS SILVA, KRAUTLI PORTUGAL<br />
PEDRO LEBRE, MOTORBUS<br />
16 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PARA QUE O MERCADO FUNCIONE,<br />
É NECESSÁRIO PRESERVAR E PROTEGER<br />
TODOS OS INTERVENIENTES. É NECESSÁRIO<br />
QUE TODOS APLIQUEMOS ALGUMA<br />
GINÁSTICA FINANCEIRA E CONTRIBUAMOS<br />
PARA QUE HAJA ESTABILIDADE. SÓ ASSIM<br />
CONSEGUIREMOS LUTAR CONTRA AS PERDAS<br />
DE MARGEM E IMPEDIR QUE ALGUÉM SAIA<br />
FRAGILIZADO. AS ALTERAÇÕES DE MERCADO<br />
REPRESENTAM SEMPRE UMA OPORTUNIDADE<br />
PARA QUEM FOR CAPAZ DE SE ADAPTAR<br />
E UMA AMEAÇA PARA QUEM, POR OUTRO<br />
LADO, NÃO ACOMPANHAR O SETOR<br />
JOSÉ CARVALHO, ROMAFE<br />
A CONCORRÊNCIA NO MERCADO<br />
TEM CONDUZIDO INVARIAVELMENTE<br />
AS EMPRESAS A ESMAGAREM A SUA<br />
MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO<br />
POR FORMA A SEREM COMPETITIVAS<br />
AO NÍVEL DO PREÇO. CONTUDO,<br />
ENTENDEMOS QUE A PERSECUÇÃO<br />
DESTA ESTRATÉGIA NÃO LIBERTA<br />
RECURSOS PARA QUE AS<br />
ORGANIZAÇÕES INVISTAM EM NOVOS<br />
PROJETOS, SE RENOVEM, MELHOREM<br />
PROCESSOS E PRESTEM UM SERVIÇO<br />
CADA VEZ COM MAIOR QUALIDADE<br />
E VALOR ACRESCENTADO PARA<br />
O CLIENTE<br />
LUÍS ALMEIDA, JAPOPEÇAS<br />
APENAS PODEMOS CONDICIONAR O<br />
QUE DEPENDE DE NÓS, POR UM LADO<br />
INVESTIR NUMA LOGÍSTICA MAIS<br />
EFICIENTE, QUER NA COMPRA, QUER<br />
NA DISTRIBUIÇÃO AO CLIENTE. POR<br />
OUTRO LADO, ACRESCENTAR VALOR<br />
À PEÇA, ATRAVÉS DE SERVIÇOS<br />
DE VALOR ACRESCENTADO QUE O<br />
CLIENTE VALORIZE. O DISTRIBUIDOR<br />
TEM DE SER MUITO MAIS QUE UM<br />
FORNECEDOR DE PEÇAS, TEM DE SER<br />
UM FORNECEDOR DE SOLUÇÕES<br />
MIGUEL LOPES, APL EXPRESSO<br />
ÕES<br />
HAVERÁ SEMPRE ESPAÇO PARA REDES OFICINAIS<br />
QUE FAÇAM A DIFERENÇA, PROPORCIONANDO SERVIÇOS<br />
DIFERENCIADOS E ACESSO A DADOS E FERRAMENTAS<br />
QUE POSSAM BENEFICIAR CLARAMENTE A VIDA DIÁRIA<br />
DE UMA OFICINA DE REPARAÇÃO AUTOMÓVEL.<br />
É POR AÍ QUE NOS GUIAMOS E PROVA DISSO TEM SIDO O<br />
CRESCIMENTO SUSTENTADO DA CGA CAR SERVICE<br />
E MULTI OFICINA SERVICE<br />
TIAGO DOMINGOS, AUTO DELTA<br />
A AUTO RECTO É UMA DAS EMPRESAS<br />
LÍDERES DE MERCADO NO SETOR ELÉTRICO.<br />
CONTA COM UMA PLATAFORMA B2B QUE TEM<br />
ASSUMIDO CADA VEZ MAIS IMPORTÂNCIA<br />
JUNTO DOS CLIENTES. A ESTRATÉGIA PASSA<br />
POR CONTINUAR A SEGUIR UM CAMINHO<br />
BEM DELINEADO NO QUE A COMPRAS DIZ<br />
RESPEITO, PARA ALÉM DISSO, A EMPRESA<br />
PRETENDE, TAMBÉM, CONTINUAR A<br />
ACOMPANHAR OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS,<br />
RECORRENDO A UMA PRESENÇA DIGITAL<br />
MAIS CONSTANTE<br />
OS STOCKS SÃO MESMO UM PROBLEMA<br />
QUE SE FOI AGRAVANDO COM<br />
O DECORRER DA PANDEMIA, UMA VEZ<br />
QUE FORAM COMEÇANDO A FALTAR<br />
AO NÍVEL DOS FABRICANTES,<br />
OBRIGANDO ‐NOS A GERI ‐LOS COM A<br />
MÁXIMA ATENÇÃO. CLARO QUE TUDO<br />
ISTO TEM UM IMPACTO SIGNIFICATIVO<br />
NO FUTURO DO PREÇO DAS PEÇAS<br />
NO GERAL E EM PARTICULAR<br />
DAS MARCAS PREMIUM<br />
A ELETRIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS<br />
E A CONDUÇÃO AUTÓNOMA SÃO<br />
AO MESMO TEMPO AMEAÇAS<br />
E OPORTUNIDADES. O FACTO<br />
DE OS NOSSOS PRINCIPAIS<br />
FORNECEDORES SEREM<br />
FABRICANTES DE 1º EQUIPAMENTO<br />
DÁ ‐NOS ALGUMA TRANQUILIDADE<br />
QUANTO AO FUTURO, POIS SÃO ELES<br />
QUE ESTÃO A DESENVOLVER TODAS<br />
ESSAS TECNOLOGIAS E QUANDO<br />
PASSAREM PARA O MERCADO<br />
DE AFTERMARKET CONTAMOS<br />
COM ELES E ELES CONNOSCO<br />
ALCINO SOUSA, AUTO RECTO<br />
FILIPE TEIXEIRA, X ‐ACTION<br />
RICARDO ALMEIDA, VICAUTO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 17
ECONOMIA CIRCULAR NO AFTERMARKET<br />
ESTÍMULO<br />
À INOVAÇÃO!<br />
O QUE SERÁ NECESSÁRIO PARA TRANSFORMAR A NOSSA ECONOMIA DESCARTÁVEL NUMA<br />
ECONOMIA ONDE OS RESÍDUOS SÃO ELIMINADOS, OS RECURSOS CIRCULAM E A NATUREZA É<br />
REGENERADA? A RESPOSTA ESTÁ NA ECONOMIA CIRCULAR, O TEMA DA CAMPANHA “REUSE<br />
AFTERMARKET”, QUE O JORNAL DAS OFICINAS LANÇA EM 2022<br />
Uma economia “mais circular” tem vindo<br />
a ser apresentada como um conceito<br />
operacional no caminho para a mudança<br />
de paradigma, tendo em vista<br />
enfrentar os problemas ambientais e<br />
sociais decorrentes da globalização dos mercados e<br />
do atual modelo económico baseado numa economia<br />
linear de “extração, produção e eliminação”.<br />
A Comissão Europeia adotou o novo plano de ação<br />
de economia circular em Março de 2020. É uma<br />
<strong>das</strong> principais pedras angulares do Green Deal -<br />
Acordo Verde Europeu, a nova agenda da Europa<br />
para o crescimento sustentável. A transição da UE<br />
para uma Economia Circular reduzirá a pressão<br />
sobre os recursos naturais e criará crescimento<br />
sustentável e emprego.<br />
A Economia Circular fornecerá aos cidadãos produtos<br />
de alta qualidade, funcionais e seguros, eficientes<br />
e acessíveis, que durem mais tempo e sejam<br />
concebidos para a reutilização, a reparação e a reciclagem<br />
de alta qualidade. Inspirando-se nos mecanismos<br />
dos ecossistemas naturais, que gerem os<br />
recursos a longo prazo num processo contínuo de<br />
reabsorção e reciclagem, a Economia Circular promove<br />
um modelo económico reorganizado, através<br />
da coordenação dos sistemas de produção e consumo<br />
em circuitos fechados.<br />
A Economia Circular ultrapassa o âmbito e foco<br />
estrito <strong>das</strong> ações de gestão de resíduos e de reciclagem,<br />
visando uma ação mais ampla, desde do<br />
redesenho de processos, produtos e novos modelos<br />
de negócio até à otimização da utilização de recursos.<br />
É um conceito estratégico que assenta na<br />
redução, reutilização, recuperação e reciclagem<br />
de materiais e energia, substituindo o conceito de<br />
fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos<br />
circulares de reutilização, restauração e renovação,<br />
num processo integrado.<br />
A Economia Circular é uma nova forma de pensar<br />
o nosso futuro e como nos relacionamos com<br />
o planeta. O destino final de um material deixa de<br />
ser uma questão de gestão de resíduos, mas parte<br />
do processo de design de produtos e sistemas. Assim<br />
podemos eliminar o próprio conceito de lixo:<br />
cada material é aproveitado em fluxos cíclicos, o<br />
que possibilita sua trajetória de produto a produto,<br />
preservando e transmitindo seu valor.<br />
Esta transição, gradual mas irreversível, em direção<br />
a um sistema económico sustentável, constitui<br />
um elemento indispensável da nova estratégia<br />
industrial da UE. Um estudo recente estimou que<br />
a aplicação dos princípios da economia circular à<br />
economia da UE pode gerar um aumento adicional<br />
de 0,5 % do PIB da União até 2030, criando cerca<br />
de 700.000 novos postos de trabalho. Há igualmente<br />
vantagens evidentes para as empresas, dado<br />
que, na UE, as matérias-primas representam, em<br />
média, cerca de 40 % dos custos da produção industrial<br />
ou artesanal, os sistemas em circuito fechado<br />
podem permitir aumentar a rendibilidade<br />
<strong>das</strong> empresas e protegê-las <strong>das</strong> flutuações dos preços<br />
dos recursos.<br />
A economia circular baseada no mercado único e<br />
no potencial <strong>das</strong> tecnologias digitais pode reforçar<br />
a base industrial da UE e promover a criação de<br />
empresas e o empreendedorismo entre as PME. A<br />
adoção de modelos inovadores assentes numa relação<br />
mais próxima com os clientes, na personalização<br />
em massa e na economia de partilha e colaborativa,<br />
apoiados por tecnologias digitais como a<br />
Internet <strong>das</strong> coisas, os megadados e a inteligência<br />
artificial, permitirá acelerar não só a circularidade<br />
mas também a desaterialização da economia, tornando<br />
a Europa menos dependente de matérias-<br />
-primas primárias.<br />
Estratégia de futuro<br />
O plano de ação da Comissão Europeia para a economia<br />
circular estabelece uma estratégia orientada<br />
para o futuro, no intuito de criar uma Europa<br />
mais limpa e mais competitiva em associação com<br />
os agentes económicos, os consumidores, os cidadãos<br />
e as organizações da sociedade civil. Visa acelerar<br />
a mudança transformadora requerida pelo<br />
Pacto Ecológico Europeu, tendo por base as ações<br />
desenvolvi<strong>das</strong> no domínio da economia circular<br />
desde 2015. O presente plano inclui um conjunto<br />
de iniciativas relaciona<strong>das</strong> entre si por forma a estabelecer<br />
um quadro estratégico sólido e coerente,<br />
em que os produtos, serviços e modelos de negócio<br />
sustentáveis sejam a norma e haja uma transformação<br />
dos padrões de consumo no sentido da<br />
prevenção de resíduos. O desenvolvimento deste<br />
quadro estratégico será gradual, sendo dada prioridade<br />
às principais cadeias de valor dos produtos.<br />
Serão toma<strong>das</strong> novas medi<strong>das</strong> para reduzir a produção<br />
de resíduos e garantir o bom funcionamento<br />
do mercado interno da UE para as matérias-primas<br />
secundárias de alta qualidade. A capacidade<br />
da UE se responsabilizar pelos seus resíduos será<br />
igualmente reforçada.<br />
A Europa não alcançará uma mudança transformadora<br />
se atuar isoladamente. A nível mundial, a<br />
UE continuará a liderar o caminho rumo a uma<br />
economia circular e a utilizar a sua influência, saber<br />
fazer e recursos financeiros para concretizar os<br />
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para<br />
2030. O plano visa também garantir que a economia<br />
circular esteja ao serviço <strong>das</strong> pessoas, <strong>das</strong> regiões<br />
e <strong>das</strong> cidades, contribua integralmente para<br />
a neutralidade climática e aproveite o potencial da<br />
investigação, da inovação e da digitalização. Por<br />
último, o plano contempla o desenvolvimento de<br />
um quadro de acompanhamento robusto que contribua<br />
para medir o bem-estar para além do PIB.<br />
Conceber produtos sustentáveis<br />
Até 80 % do impacto ambiental dos produtos é determinado<br />
na fase da conceção. Contudo, o padrão<br />
«extrair, fabricar, utilizar e deitar fora», próprio<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 19
Quadro I // Economia Circular – Menos resíduos, mais valor<br />
Ciclos<br />
biológicos<br />
Aumentar o consumo<br />
de energia renovável<br />
Mineração /<br />
materiais<br />
de fabrico<br />
Ciclos<br />
técnicos<br />
Agricultura /<br />
recolha (Caça<br />
e Pesca)<br />
Fabricante de peças<br />
Fabricante do produto<br />
Recuperação<br />
Matéria-prima<br />
biológica<br />
Prestador de serviços<br />
Reutilizar /<br />
redistribuir<br />
Biosfera<br />
reutilizar /<br />
remanufacturar<br />
Reciclar<br />
Cascatas<br />
Consumidor<br />
Utilizador<br />
Recolha<br />
Recolha<br />
Manutenção<br />
Biogás<br />
Reciclagem<br />
anaeróbica /<br />
compostagem<br />
Extração de<br />
matéria-prima<br />
bioquímica<br />
Recuperação de energia<br />
Aterro<br />
Diminuir as per<strong>das</strong><br />
Fonte: Fundação Ellen MacArthur<br />
da economia linear, não oferece incentivos<br />
suficientes aos produtores<br />
para que apostem na circularidade<br />
dos produtos. Muitos produtos avariam<br />
de forma demasiado rápida e<br />
não podem ser facilmente reutilizados,<br />
reparados ou reciclados, sendo<br />
um grande número fabricado para<br />
utilização única. A Diretiva Conceção<br />
Ecológica vem precisamente<br />
legislar no sentido da indústria adequar<br />
os produtos a uma economia<br />
com impacto neutro no clima, eficiente<br />
em termos de recursos e de<br />
natureza circular, reduzir a produção<br />
de resíduos, bem como garantir que<br />
os resultados obtidos pelas empresas<br />
que estão na vanguarda da sustentabilidade<br />
passam a ser a norma.<br />
No âmbito da Economia Circular, a<br />
Comissão estabelece princípios de<br />
sustentabilidade e outros meios adequados<br />
para regulamentar as seguintes<br />
matérias:<br />
l Melhorar a durabilidade, a possibilidade<br />
de reutilização, a capacidade<br />
de atualização e a reparabilidade dos<br />
produtos, reduzir a presença de produtos<br />
químicos perigosos e aumentar<br />
a eficiência energética dos produtos<br />
e a sua eficiência na utilização dos<br />
recursos;<br />
l Aumentar o teor de materiais reciclados<br />
nos produtos, garantindo<br />
simultaneamente o seu desempenho<br />
e segurança;<br />
l Estimular a remanufactura e a reciclagem<br />
de alta qualidade;<br />
l Reduzir as pega<strong>das</strong> ecológicas e de<br />
carbono;<br />
l Restringir a utilização única e combater<br />
a obsolescência prematura;<br />
l Proibir a destruição de bens duradouros<br />
não comercializados;<br />
l Incentivar o modelo de negócio<br />
«produto como um serviço» ou outros<br />
modelos em que os produtores<br />
mantêm a propriedade dos produtos<br />
ou a responsabilidade pelo desempenho<br />
dos mesmos ao longo do ciclo de<br />
vida;<br />
l Mobilizar o potencial da digitalização<br />
<strong>das</strong> informações sobre os produtos,<br />
incluindo soluções como etiquetagem<br />
e marcas de água digitais;<br />
l Recompensar os produtos com base<br />
no seu desempenho diferenciado em<br />
termos de sustentabilidade, nomeadamente<br />
por meio do estabelecimento<br />
de uma relação entre níveis de desempenho<br />
elevados e incentivos.<br />
Desde as matérias-primas<br />
até à preservação do valor<br />
O sistema circular e o sistema linear<br />
diferem um do outro na forma como<br />
o valor é criado ou mantido. Numa<br />
economia linear, as matérias-primas<br />
são recolhi<strong>das</strong>, depois transforma<strong>das</strong><br />
em produtos que são utilizados até<br />
serem finalmente descartados como<br />
resíduos. O valor é criado neste sistema<br />
económico através da produção<br />
e venda do maior número possível de<br />
produtos.<br />
Uma economia circular segue a abordagem<br />
dos 3R: reduzir, reutilizar e<br />
reciclar. A utilização de recursos é<br />
minimizada (reduzir). A reutilização<br />
de produtos e peças é maximizada<br />
(reutilização). E por último, mas não<br />
menos importante, as matérias-primas<br />
são reutiliza<strong>das</strong> (recicla<strong>das</strong>) a<br />
um nível elevado.<br />
A mobilidade pode servir como um<br />
bom exemplo. A partilha de carros<br />
significa que menos pessoas têm de<br />
comprar os seus próprios carros. Isto<br />
reduz a utilização de matérias primas<br />
(reduzir). Se o motor de um carro estiver<br />
partido, pode ser reparado ou o<br />
chassis e o interior do carro podem<br />
ser utilizados para fazer ou renovar<br />
outro carro (reutilização). Quando<br />
estas peças já não podem ser reutiliza<strong>das</strong>,<br />
o metal, o tecido e o plástico<br />
<strong>das</strong> peças podem ser derretidos para<br />
serem utiliza<strong>das</strong> num carro novo (reciclagem).<br />
Os produtos também podem<br />
ser convertidos em serviços, tais<br />
como Spotify que vende licenças de<br />
audição em vez de CDs. Neste sistema,<br />
o valor é criado concentrando-se<br />
na preservação do valor.<br />
Os modelos empresariais são também<br />
utilizados numa economia circular,<br />
com maior ênfase nos serviços<br />
20 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Quadro II // Elementos de uma economia circular<br />
Capital natural<br />
Utilização de substâncias<br />
não tóxicas e sem<br />
esgotamento dos<br />
recursos naturais<br />
Energias<br />
renováveis<br />
Transição para<br />
as energias<br />
renováveis em vez<br />
da energia fóssil<br />
Reutilização e<br />
reciclagem de alto valor<br />
Maior duração do produto,<br />
maior utilização de peças do<br />
produto e reciclagem<br />
de materiais<br />
Recursos<br />
Eliminação e incineração<br />
Reciclagem<br />
Produção<br />
Reutilização<br />
Reciclagem<br />
Utilização<br />
Novos modelos<br />
de negócio<br />
Pagando pela utilização<br />
em vez da propriedade,<br />
o produtor continua a ser<br />
do proprietário do produto<br />
Conceção<br />
do produto<br />
Tem em conta<br />
a reutilização, a<br />
reparação, a utilização<br />
de peças modulares<br />
e um processo de<br />
produção diferente<br />
Colaboração na cadeia<br />
de fornecimento<br />
Novas alianças entre empresas<br />
em cadeias de produção novas<br />
e estabeleci<strong>das</strong><br />
do que nos produtos. Um exemplo de<br />
um modelo que facilita a transição<br />
para a economia circular é uma combinação<br />
produto-serviço (Product-<br />
-As-A-Service System), que é vista<br />
como um modelo para integrar produtos<br />
e serviços. Um exemplo generalizado<br />
de uma combinação produto-serviço<br />
é o sistema de impressoras<br />
Xerox, no qual as empresas recebem<br />
uma impressora gratuitamente e pagam<br />
por cópia. Este sistema enquadra-se<br />
bem na economia circular,<br />
porque como fabricante, a Xerox tem<br />
interesse em assegurar que a impressora<br />
dure muito tempo, podendo<br />
repará-la e atualizá-la. No sistema<br />
de venda linear, o fabricante beneficia<br />
frequentemente se o produto se<br />
avariar rapidamente para que possa<br />
vender um novo produto.<br />
Economia circular<br />
no aftermarket<br />
O fator mais importante para os benefícios<br />
económicos da economia<br />
circular é a mudança e melhor compreensão<br />
do lado da procura. A forma<br />
como as empresas lidam com os<br />
seus clientes e o papel que desempenham<br />
ao longo <strong>das</strong> suas vi<strong>das</strong> acaba<br />
por conduzir a uma menor utilização<br />
de matérias-primas, a uma menor<br />
produção de resíduos e a mudanças<br />
na produção.<br />
O aftermarket em geral e as oficinas<br />
em particular, têm um papel fundamental<br />
neste processo de transformação,<br />
quer na utilização de<br />
materiais mais sustentáveis, quer<br />
na mensagem positiva que podem<br />
transmitir aos seus clientes, incentivando-os<br />
a serem mais conscienciosos<br />
na escolha dos componentes que<br />
instalam nas suas viaturas.<br />
Esta transição, gradual mas irreversível,<br />
em direção a um sistema<br />
económico sustentável, constitui<br />
um elemento indispensável da nova<br />
estratégia de gestão <strong>das</strong> empresas<br />
aftermarket que querem estar na linha<br />
da frente da circularidade mas<br />
também da desmaterialização da<br />
economia, tornando o setor menos<br />
dependente de matérias-primas primárias.<br />
A transição para a economia<br />
circular será sistémica, profunda e<br />
transformadora para todo o setor<br />
aftermarket, exigindo o alinhamento<br />
e cooperação por parte de to<strong>das</strong> as<br />
partes interessa<strong>das</strong> a todos os níveis<br />
– fabricantes, distribuidores, retalhistas,<br />
oficinas e consumidor final.<br />
Embora 62% <strong>das</strong> empresas do setor<br />
automóvel já tenham a sustentabilidade<br />
como prioridade estratégica,<br />
segundo um estudo realizado pela<br />
Capgemini Research Institute, ainda<br />
falta um longo caminho até à integração<br />
completa do conceito Economia<br />
Empresarial em todo o universo<br />
empresarial.<br />
Com um valor total de 4,7 mil milhões<br />
de euros de peças sobressalentes<br />
reconstruí<strong>das</strong> vendi<strong>das</strong> pelos<br />
fornecedores em 2020, o mercado<br />
pós-venda automóvel já está a contribuir<br />
substancialmente para os<br />
objetivos de economia circular propostos<br />
pela Comissão Europeia no<br />
seu Green Deal. As emissões evita<strong>das</strong><br />
com a comercialização destas peças<br />
remanufactura<strong>das</strong>, considerando o<br />
material retido durante o processo<br />
de refabricação, foram mais de 800<br />
kt CO2 em 2020, uma quantidade<br />
igual às emissões anuais de carbono<br />
de 120.000 cidadãos da EU. Os fabricantes<br />
e distribuidores do setor<br />
automóvel estão a trabalhar em conjunto<br />
na transformação do mercado<br />
pós-venda num negócio sustentável<br />
de reparação e manutenção.<br />
O facto de capacitar os consumidores<br />
e de lhes dar a possibilidade de reduzir<br />
os custos constitui um elemento<br />
central do quadro estratégico para a<br />
sustentabilidade dos produtos. Tendo<br />
em vista reforçar a participação<br />
dos consumidores na economia circular,<br />
fabricantes e distribuidores<br />
devem adotar medi<strong>das</strong> que permitam<br />
obter informações fiáveis e pertinentes<br />
sobre os produtos nos pontos<br />
de venda, incluindo no que respeita<br />
à sua vida útil e à disponibilidade de<br />
serviços de reparação, peças sobressalentes<br />
e manuais de reparação. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 21
OPINIÃO<br />
HELDER VALADAS SARDINHA<br />
BOSCH PRODUCT SPECIALIST ROTATING MACHINES IBERIA E EUROPE SOUTH<br />
A REMANUFATURAÇÃO NO CAMINHO PARA<br />
A SUSTENTABILIDADE NO AFTERMARKET<br />
O CONCEITO DE ECONOMIA CIRCULAR É ALGO QUE ENTROU DE FORMA GERAL EM TODAS AS EMPRESAS<br />
E ÁREAS DE NEGÓCIO, E O SETOR AUTOMÓVEL NÃO É EXCEÇÃO, COM AS EXIGÊNCIAS DOS CONSUMIDORES<br />
A TRANSFORMAR A SUSTENTABILIDADE NUM FATOR ESTRATÉGICO TAMBÉM PARA ESTE SETOR<br />
A<br />
verdade é que se olharmos<br />
para aquilo que nos diz<br />
a História, a indústria<br />
automóvel sempre desempenhou<br />
um papel de liderança tanto na área<br />
da revolução dos processos como<br />
da inovação tecnológica, criando<br />
modelos que depois acabam por<br />
impactar e servir de matriz para a<br />
economia global. Também no que<br />
diz respeito ao compromisso de<br />
reduzir o seu impacto ambiental, a<br />
indústria automóvel assumiu, desde<br />
cedo, a liderança no cumprimento<br />
dos critérios de sustentabilidade,<br />
tanto no que concerne à produção,<br />
como à utilização dos veículos, o<br />
que só tem sido possível graças aos<br />
fortes investimentos em investigação<br />
e desenvolvimento. É exatamente<br />
isso que fica expresso no estudo The<br />
Automotive Industry in the Era<br />
of Sustainability realizado pelo<br />
Capgemini Research Institute,<br />
segundo o qual cerca de 62% <strong>das</strong><br />
empresas do setor automóvel<br />
têm já a sustentabilidade como<br />
prioridade estratégica, isto é,<br />
já dispõem de uma estratégia<br />
para o desenvolvimento da<br />
sustentabilidade com objetivos<br />
bem definidos, defendendo os<br />
especialistas em todo o mundo<br />
que o setor automóvel está à frente<br />
<strong>das</strong> outras indústrias (46%),<br />
ou a par (19%) em matéria de<br />
sustentabilidade.<br />
Ora, para chegar até aqui e continuar<br />
neste caminho, a economia circular<br />
tem-se revelado uma ferramenta<br />
essencial pois ajuda a prologar a<br />
vida útil dos veículos e <strong>das</strong> peças.<br />
Este sistema aplica-se a várias áreas<br />
essenciais da sustentabilidade, desde a<br />
cadeia de abastecimento à reciclagem,<br />
passando pela política de compras e<br />
pelo pós-venda.<br />
Enquanto a procura global por<br />
matérias-primas aumenta, e os<br />
recursos escasseiam, o uso inteligente<br />
e sustentável de matérias-primas<br />
é cada vez mais importante, pois<br />
garante a utilização dos produtos<br />
pelo maior tempo possível e extensão<br />
do seu ciclo de vida. Como resposta<br />
a essa necessidade, processos como<br />
reaproveitamento, reparação,<br />
remanufactura ou reciclagem que são<br />
a base da economia circular, ajudam<br />
a conservar os recursos naturais. Na<br />
prática, e segundo dados da ACEA<br />
(Associação Europeia de Fabricantes<br />
de Automóveis), a utilização de<br />
componentes reciclados reduz até<br />
80% o consumo de energia durante<br />
o processo de fabrico, quando<br />
comparado com a utilização de peças<br />
novas, requerendo 88% menos água<br />
e 90% menos produtos químicos, e<br />
reduzindo o desperdício geral nuns<br />
expressivos 70%.<br />
Para que a cadeia de valor saque o<br />
maior partido destes processos, é<br />
importante que as empresas que<br />
produzem sobretudo para o setor<br />
automóvel façam uma aposta cada vez<br />
mais forte e expressiva em programas<br />
e soluções que contribuam para<br />
promover a reutilização de produtos,<br />
e assim incentivar também as oficinas<br />
a recorrer a peças remanufatura<strong>das</strong><br />
para as reparações nos automóveis.<br />
Se até há uns anos, o recurso por<br />
parte <strong>das</strong> oficinas a este tipo de peças<br />
se devia sobretudo à necessidade de<br />
tornar a reparação economicamente<br />
viável, ou também ao facto de a<br />
produção da peça na origem já ter<br />
sido descontinuada, agora a realidade<br />
começa a ser diferente, e as oficinas<br />
já perceberam que escolher uma<br />
peça remanufaturada pode<br />
perfeitamente ser a primeira<br />
opção, porque garantem a<br />
mesma qualidade ao cliente<br />
final a um menor preço. Os<br />
produtos remanufaturados<br />
em série são parte<br />
importante da tal estratégica<br />
de sustentabilidade e de<br />
promoção da economia<br />
circular. Estes produtos<br />
cumprem os mesmos padrões<br />
<strong>das</strong> peças originais, pois<br />
superam rigorosos testes de<br />
qualidade e funcionalidade,<br />
e além de ser<br />
uma boa opção na hora de reparar<br />
um veículo, são também uma solução<br />
que respeita o meio ambiente e que<br />
demonstra o compromisso para com<br />
a sustentabilidade.<br />
Em comparação com a produção<br />
de peças novas, a remanufaturação<br />
requer menos material e energia, o<br />
que permite importantes poupanças<br />
de recursos naturais e emissões de<br />
CO 2, esta deve ser claramente uma<br />
<strong>das</strong> apostas <strong>das</strong> empresas do setor<br />
automóvel uma vez que garante<br />
qualidade e confiança, tanto junto<br />
<strong>das</strong> oficinas, como do cliente final,<br />
contribuindo assim com o meio<br />
ambiente e a valorização da economia<br />
circular. l<br />
OS PRODUTOS REMANUFATURADOS<br />
EM SÉRIE SÃO PARTE IMPORTANTE DA<br />
ESTRATÉGICA DE SUSTENTABILIDADE E<br />
DE PROMOÇÃO DA ECONOMIA CIRCULAR<br />
22 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
As baterias de chumbo usa<strong>das</strong> devem ser:<br />
- manusea<strong>das</strong> em segurança;<br />
- acondiciona<strong>das</strong> em contentores adequados e devidamente sinalizados;<br />
- encaminha<strong>das</strong> para empresas licencia<strong>das</strong> como é o caso dos centros da<br />
REDE VALORCAR.<br />
Deste modo é assegurada a reciclagem de vários materiais.<br />
O chumbo é fundido e reutilizado no fabrico de novas baterias.<br />
O plástico é reprocessado para fabrico de diversos produtos.<br />
O eletrólito é neutralizado ou reconvertido e usado na<br />
indústria química.
entrevista<br />
JORDI BRUNET GARCIA, SECRETÁRIO GERAL DA EGEA<br />
AS NOVAS AMEAÇAS<br />
SÃO AS MEDIDAS<br />
DE CIBERSEGURANÇA<br />
EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JORNAL DA OFICINAS, O SECRETÁRIO GERAL DA ASSOCIAÇÃO<br />
EUROPEIA DE FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS OFICINAIS (EGEA) DEFENDEU A NECESSIDADE<br />
DE CRIAÇÃO DE LEGISLAÇÃO QUE GARANTA COMPETITIVIDADE DO SECTOR DE PÓS-VENDA FACE<br />
AOS DESAFIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS E DA CIBERSEGURANÇA<br />
A<br />
Associação Europeia de Fabricantes de<br />
Equipamentos Oficinais foi fundada em Paris,<br />
em 1980, e o objetivo é representar os<br />
interesses dos fabricantes e fornecedores de ferramentas<br />
de diagnóstico, equipamentos de teste e oficinais<br />
para as Autoridades Europeias e harmonizar,<br />
sempre que possível, as diferentes normas nacionais<br />
de equipamentos oficinais por toda a Europa. Conta<br />
com 11 associações nacionais como membros e ainda<br />
3 empresas em países sem associação. Representa<br />
uma força de mercado considerável, cerca de 650<br />
empresas com 40.000 colaboradores e um volume<br />
de negócios anual de 2.000M €.<br />
Está constantemente a monitorizar projetos legislativos<br />
europeus e da Comissão Económica <strong>das</strong> Nações<br />
Uni<strong>das</strong> para a Europa (UNECE) que têm impacto<br />
na liberdade de acesso a informações técnicas<br />
e dados sobre veículos, novas tecnologias de teste de<br />
veículos e segurança dos equipamentos. Os grupos<br />
técnicos de trabalho estão a acompanhar novos desenvolvimentos<br />
na tecnologia e legislação dos veículos<br />
e o seu impacto na evolução dos equipamentos<br />
oficinais. Em entrevista ao JO, Jordi Brunet Garcia<br />
falou do trabalho que tem sido desenvolvido junto<br />
da Comissão Europeia em defesa da indústria dos<br />
equipamentos para oficinas auto.<br />
Como têm evoluído os equipamentos oficinais<br />
em termos de qualidade de construção, fiabilidade<br />
e tecnologia?<br />
De várias maneiras. Apenas para mencionar algumas,<br />
hoje o software constitui a grande parte do<br />
valor e do custo de desenvolvimento de todos os<br />
equipamentos de diagnóstico. Os equipamentos<br />
oficinais tornaram-se, em geral, muito mais específicos<br />
em termos de aplicação: pense em equipamento<br />
dedicado apenas à verificação inicial, por<br />
exemplo. Por último, mas não menos importante,<br />
todos os equipamentos estão a evoluir para IoT ficando<br />
ligados a um ambiente de trabalho.<br />
O acesso aos dados dos veículos é algo que está<br />
a condicionar o trabalho de muitas oficinas.<br />
Qual é a posição da EGEA sobre esta matéria<br />
e o que deve ser feito para que as oficinas<br />
independentes tenham acesso a estes dados?<br />
À medida que a tecnologia automóvel se torna<br />
mais complexa devido aos novos componentes<br />
eletrónicos, às novas cadeias cinemáticas, etc.,<br />
o acesso adequado aos dados nos veículos é cada<br />
vez mais importante para manter um equilíbrio<br />
justo no setor do aftermarket automóvel. Na nossa<br />
opinião, a melhor forma de garantir um acesso<br />
adequado aos dados dos veículos é através da<br />
legislação, de forma a garantir que os fabricantes<br />
de veículos são obrigados a conceder acesso, com o<br />
mesmo detalhe, aos operadores independentes e à<br />
sua própria rede de concessionários.<br />
A Comissão Europeia deverá apresentar legislação<br />
sobre esta matéria no primeiro trimestre de 2022.<br />
Que envolvimento tem a EGEA no regulamento<br />
da nova legislação?<br />
A EGEA é membro do grupo de trabalho da Co-<br />
missão Europeia sobre veículos automóveis, que se<br />
dedica a discussões entre to<strong>das</strong> as partes interessa<strong>das</strong><br />
dos governos, indústria e associações de consumidores<br />
envolvi<strong>das</strong> nas atividades regulamentares<br />
relativas aos veículos a motor. Este grupo de<br />
trabalho está a ajudar a Comissão na elaboração<br />
da legislação relativa à homologação dos veículos,<br />
que supostamente incluirá disposições relativas ao<br />
acesso aos dados dos veículos. A EGEA mantém,<br />
igualmente, contactos diretos com a DG-GROW e<br />
outros organismos da Comissão, a fim de garantir<br />
que a futura legislação concede os direitos do mercado<br />
pós-venda.<br />
Qual é a opinião da EGEA sobre a Plataforma<br />
Aberta de Telemática Segura (S-OTP).<br />
Considera que é uma boa solução para resolver<br />
o problema do acesso aos dados dos veículos?<br />
A S-OTP é um conjunto de regras e medi<strong>das</strong> neutras<br />
em termos tecnológicos que permitirão a todos<br />
os prestadores de serviços (ISP) instalar as<br />
suas próprias aplicações no veículo. Aplicações<br />
autoriza<strong>das</strong> e seguras requerem acesso em tempo<br />
real, a dados e funções gerados também em tempo<br />
real através de interfaces de software seguras e sem<br />
riscos, e capacidade de interagir com o condutor<br />
utilizando o HMI dos veículos (Interface-Humano-Máquina)<br />
e comunicar com as suas próprias<br />
plataformas «off-board» de forma não monitorizada<br />
e não distorcida. Este modelo contrasta com<br />
o modelo de Veículo Conectado proposto pelos fabricantes<br />
de veículos, onde os dados do veículo são<br />
24 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
OS FABRICANTES DE EQUIPAMENTOS PROVARAM A SUA CAPACIDADE<br />
DE CONCEBER E DISPONIBILIZAR EQUIPAMENTOS INOVADORES AO LONGO<br />
DOS ANOS E A INDÚSTRIA CONTINUA A PRECISAR DESTA COMPETÊNCIA
JORDI BRUNET<br />
GARCIA<br />
Diesel, que por razões físicas já não<br />
é possível em veículos modernos com<br />
medição de opacidade, e três países<br />
da UE já apresentaram planos firmes<br />
para a sua introdução. Há que<br />
pôr em prática uma abordagem unificada<br />
esta deve basear-se numa definição<br />
genérica de materiais, procedimentos<br />
de teste, limites de aceitação/<br />
recusa, bem como as categorias de<br />
veículos em causa (a partir do Euro<br />
5B ou superior).<br />
Será também possível testar os<br />
sistemas eletrónicos dos veículos,<br />
através da tomada OBD, nos centros<br />
de inspeção?<br />
Na minha opinião, a testagem efetiva<br />
dos sistemas eletrónicos dos veículos<br />
através da tomada OBD nos centros<br />
de inspeção só será possível quando<br />
existir uma norma como a ePTI definida<br />
na ISO20730. Espera-se que<br />
esta norma seja publicada no próximo<br />
ano, mas, para que se torne obrigató-<br />
A Associação Europeia de Fabricantes<br />
de Equipamentos Oficinais, através<br />
<strong>das</strong> empresas que são membros <strong>das</strong><br />
suas associações nacionais europeias,<br />
agrupam conhecimentos e experiência<br />
substanciais no design, operação<br />
e apoio técnico dos equipamentos<br />
especializados necessários para diagnosticar,<br />
reparar e recalibrar sistemas<br />
automatizados de assistência ao condutor.<br />
A EGEA publicará em breve<br />
um documento de Boas Práticas de<br />
reparação e calibração para ADAS,<br />
para ajudar a contribuir para melhorar<br />
as competências dos profissionais<br />
do aftermarket nesta matéria.<br />
E o equipamento de diagnóstico será<br />
compatível com a arquitetura de<br />
cibersegurança do veículo?<br />
A introdução do Regulamento R155<br />
da UNECE sobre cibersegurança na<br />
legislação da UE terá um impacto nos<br />
equipamentos de diagnóstico multimarca,<br />
pois permitirá aos fabricantes<br />
A MELHOR FORMA DE GARANTIR UM ACESSO ADEQUADO AOS DADOS<br />
DOS VEÍCULOS É ATRAVÉS DA LEGISLAÇÃO, DE MODO A GARANTIR<br />
QUE OS FABRICANTES DE VEÍCULOS SÃO OBRIGADOS A CONCEDER ACESSO<br />
AOS OPERADORES INDEPENDENTES<br />
encaminhados através do servidor de<br />
back-end dos construtores, que se<br />
torna a única fonte de origem para os<br />
ISP, limitando o desenvolvimento de<br />
novos serviços, tecnicamente avançados<br />
e competitivos por terceiros.<br />
Qual é a posição da EGEA sobre as<br />
inspeções técnicas dos veículos<br />
atualmente pratica<strong>das</strong> na Europa?<br />
Considera que os procedimentos<br />
estão atualizados ou é necessário<br />
modernizar os centros de inspeção<br />
com novos equipamentos e testes?<br />
O objetivo dos testes nos Centros<br />
de Inspeção é garantir a segurança,<br />
o cumprimento dos requisitos de<br />
emissões e confirmar que todos os<br />
sistemas relacionados estão a funcionar<br />
corretamente ao longo da<br />
vida útil do veículo. Cada vez mais os<br />
veículos estão equipados com novos<br />
sistemas baseados em sensores sofisticados<br />
e software complexo e nos últimos<br />
anos têm demonstrado que são<br />
frequentemente alvo de adulteração,<br />
desativação ou reparação e manutenção<br />
inadequada. São exemplo<br />
disso os airbags, a gestão do motor,<br />
os filtros de partículas ou os sistemas<br />
de AdBlue. Uma vez que a tecnologia<br />
dos veículos evolui constantemente,<br />
a EGEA considera que as Inspeções<br />
Técnicas de Veículos devem evoluir<br />
da mesma forma, com novos procedimentos<br />
e equipamentos capazes de<br />
testar to<strong>das</strong> estas novas tecnologias.<br />
O controlo <strong>das</strong> emissões de<br />
partículas dos veículos a gasóleo<br />
continua a não ser eficaz. Que<br />
alterações devem ser feitas para<br />
tornar este controlo mais rigoroso?<br />
A experiência adquirida com a aplicação<br />
do regulamento existente mostra<br />
que a utilização de opacímetros<br />
continua a ser relevante para veículos<br />
até à categoria Euro 5A (inclusive).<br />
Além disso, o controlo do bom<br />
funcionamento do filtro de partículas<br />
deve ser feito através da medição<br />
do número de partículas. Vários estudos<br />
demonstram que a medição do<br />
número de partículas é um meio eficiente<br />
e adequado para determinar<br />
defeitos e adulteração nos motores<br />
ria para os fabricantes de veículos,<br />
terá de ser mencionada na legislação<br />
de homologação. Sem esta ferramenta,<br />
não me parece que seja viável a testagem<br />
dos sistemas, para além da que<br />
está relacionada com as emissões, que<br />
já estão estandardizados e presentes<br />
no parque automóvel atual.<br />
Os sistemas ADAS e de<br />
cibersegurança instalados em<br />
veículos novos são mais difíceis<br />
de reparar e calibrar. Como é que<br />
os equipamentos oficinais se<br />
adaptaram e evoluíram para estes<br />
novos sistemas?<br />
Há cada vez mais sistemas de assistência<br />
ao condutor a serem tornados<br />
obrigatórios pela legislação europeia<br />
(por exemplo, o UE 2019/2144) e há<br />
muitos mais sistemas a ser implementados<br />
por cada fabricante de veículos,<br />
quer de série ou como opcionais.<br />
Muitas oficinas ainda não estão totalmente<br />
familiariza<strong>das</strong> com todos estes<br />
sistemas de assistência automatizados<br />
e, consequentemente, os métodos<br />
corretos para os reparar e recalibrar.<br />
de veículos a implementação e avaliação<br />
<strong>das</strong> suas próprias medi<strong>das</strong> de<br />
cibersegurança. É claro que a EGEA<br />
é contra a ciber-proteção do veículo,<br />
mas precisamos de introduzir na legislação<br />
disposições de forma a receber<br />
as informações necessárias sobre<br />
a cibersegurança dos fabricantes de<br />
veículos, de modo a que os nossos<br />
fabricantes possam desenvolver e fornecer<br />
ferramentas compatíveis com a<br />
arquitetura proprietária de cibersegurança<br />
do veículo.<br />
Qual é a posição da EGEA sobre<br />
o futuro do MVBER? O que deve<br />
ser feito para que este continue a<br />
proteger os direitos <strong>das</strong> oficinas<br />
independentes e do mercado pósvenda<br />
em geral?<br />
Defendemos a renovação e a melhoria<br />
do regulamento. Teremos disposições<br />
mais específicas relativas ao acesso à<br />
informação e, uma vez que a legislação<br />
em vigor é de 2010, a adaptação<br />
às novas tecnologias. As oficinas precisam<br />
de acesso aos dados dos veículos,<br />
à informação sobre reparação<br />
26 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
e manutenção e à informação sobre<br />
peças de substituição e o quadro legal<br />
europeu de concorrência deve continuar<br />
a garantir um acesso eficaz a<br />
estas características para operadores<br />
independentes multimarca.<br />
Os veículos estão a tornar-se<br />
cada vez mais informatizados e<br />
complexos. Que dificuldades traz<br />
esta rápida evolução tecnológica<br />
aos equipamentos de oficina?<br />
Mais do que dificuldades temos de<br />
vê-las como desafios. As nossas empresas<br />
estão a investir muitos recursos<br />
para disponibilizar ao mercado<br />
os equipamentos capazes de fazer a<br />
manutenção e reparação dos veículos<br />
mais modernos. Alguns exemplos<br />
são novos equipamentos de teste de<br />
suspensão baseados na mudança de<br />
fase, equipamento de teste de feixes<br />
de cabeça capazes de diagnosticar faróis<br />
de última geração, contadores de<br />
partículas de fumo, etc...<br />
de reparação é cada vez mais importante<br />
para manter um equilíbrio justo<br />
no setor do aftermarket. As novas<br />
ameaças são as medi<strong>das</strong> de cibersegurança<br />
que estabelecem direitos de<br />
acesso individuais com base em certificados<br />
(emitidos pelo fabricante do<br />
veículo), bem como as capacidades<br />
de conetividade dos novos veículos e<br />
a possibilidade de troca de dados entre<br />
o fabricante os próprios automóveis.<br />
Como sabemos, hoje o processo<br />
de reparação e serviço já não começa<br />
na porta da oficina, mas sim remotamente<br />
do lado do consumidor. E<br />
esta é, atualmente, uma grande vantagem<br />
para os fabricantes de veículos<br />
e respetivos concessionários. Por<br />
isso, é muito importante trabalhar<br />
tanto nas legislações de homologação<br />
como do MVBER para encontrar<br />
as soluções adequa<strong>das</strong> para os vários<br />
interesses do mercado pós-venda e<br />
dos consumidores.<br />
menos trabalho e comprarão menos<br />
equipamentos?<br />
É verdade que a manutenção de veículos<br />
elétricos é diferente da manutenção<br />
de um veículo com um motor<br />
de combustão interna e que, deste<br />
modo, o mercado pós-venda terá de<br />
evoluir em conformidade. Mas ainda<br />
haverá sistemas para testar e, consequentemente,<br />
serão necessários<br />
equipamentos. Por exemplo, os aparelhos<br />
para testar baterias elétricas e<br />
componentes dos veículos híbridos<br />
irão substituir os equipamentos de<br />
testes de emissões. Existem também<br />
possíveis novos serviços ligados aos<br />
veículos elétricos, como: A otimização<br />
do veículo, incluindo o alinhamento<br />
<strong>das</strong> ro<strong>das</strong>, a eficácia do sistema<br />
de arrefecimento, o alinhamento<br />
do motor, a potência regeneradora e<br />
quaisquer outros fatores que possam<br />
afetar a gama de baterias. Relatórios<br />
do estado do carro, com o diagnóstico<br />
dos vários fatores que afetam o estado<br />
ainda o sistema de climatização, que é<br />
mais complicado nestes veículos. Procurar<br />
conectores de fluidos, válvulas<br />
inteligentes e bombas de calor serão<br />
novas categorias de serviço no futuro.<br />
Quais serão as maiores<br />
ameaças e, por outro lado, as<br />
maiores oportunidades de toda<br />
esta evolução do negócio de<br />
equipamentos oficinais?<br />
Certamente que a nova mobilidade<br />
está a criar ameaças. Pense nos veículos<br />
elétricos: diagnósticos e procedimentos<br />
de teste completamente<br />
diferentes a ter em conta. E a mobilidade<br />
partilhada? Não pode funcionar<br />
sem manutenção planeada/preditiva,<br />
o que significa equipamento<br />
conectado. Mas to<strong>das</strong> as ameaças são<br />
oportunidades para aqueles que conseguem<br />
ser pioneiros no mercado. Os<br />
fabricantes de equipamentos provaram<br />
a sua capacidade de conceber e<br />
disponibilizar equipamentos inova-<br />
A EGEA PUBLICARÁ EM BREVE UM DOCUMENTO DE BOAS PRÁTICAS<br />
DE REPARAÇÃO E CALIBRAÇÃO PARA ADAS, PARA AJUDAR A CONTRIBUIR<br />
A MELHORAR AS COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS DO AFTERMARKET<br />
NESTA MATÉRIA<br />
Estará salvaguardado o direito à livre<br />
reparação de veículos numa oficina<br />
independente, mesmo quando<br />
estes ainda estão no período de<br />
garantia <strong>das</strong> marcas, ou haverá mais<br />
restrições?<br />
À medida que a tecnologia automóvel<br />
se torna mais complexa devido<br />
aos novos componentes eletrónicos,<br />
novos sistemas de motorização, etc.,<br />
a legislação sobre o direito adequado<br />
EGEA<br />
Secretário geral<br />
Jordi Brunet Garcia<br />
Morada Avenue Arnaud Fraiteur,<br />
15-23 – 1050 Bruxelas – Bélgica<br />
Telefone +32.499-390.459<br />
Email sg@egea-association.eu<br />
Site www.egea-association.eu<br />
Depois de um ano e meio de<br />
pandemia, os efeitos da crise<br />
no negócio <strong>das</strong> empresas de<br />
equipamentos foram piores ou<br />
menores do que o esperado?<br />
A EGEA realizou um inquérito<br />
aos seus associados em meados de<br />
2020. Como se esperava, as nossas<br />
empresas registaram uma queda<br />
importante do volume de negócios,<br />
mas, felizmente, o nosso sector não<br />
foi tão atingido como outros, não<br />
houve lay-offs significativos, nem<br />
empresas a encerrar. Apesar de<br />
ainda ser um pouco cedo para tirar<br />
conclusões, uma vez que as consequências<br />
da pandemia ainda não<br />
se manifestam totalmente, todos<br />
apontam para a necessidade de ter<br />
estruturas mais flexíveis, pequenas,<br />
reativas e eficientes, capazes de se<br />
adaptar imediatamente a uma procura<br />
em constante mudança.<br />
Os veículos elétricos requerem<br />
menos manutenção do que os<br />
veículos a combustão. Acha que,<br />
por isso, no futuro, as oficinas terão<br />
geral da bateria e com comparações<br />
com outros veículos semelhantes. Verificações<br />
da proteção do sistema de<br />
arrefecimento, que protege itens de<br />
alto custo como a bateria, motores,<br />
módulos eletrónicos e inversores e<br />
dores ao longo dos anos e a indústria<br />
continua a precisar desta competência<br />
para disponibilizar equipamentos<br />
conectados, para aplicações específicas<br />
da aplicação e orientados para o<br />
trabalho na oficina do futuro. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 27
LUÍS VIEIRA E MANUEL MONTEIRO, FUNDADORES DA B-PARTS<br />
SEM STOCK<br />
NÃO SE VENDEM PEÇAS
entrevista<br />
COMEÇARAM EM 2015, DE MANSINHO, E ATUALMENTE SÃO A MAIOR EMPRESA A NÍVEL MUNDIAL<br />
DE COMÉRCIO DE PEÇAS USADAS ONLINE... E SÃO PORTUGUESES. FOMOS SABER QUAL<br />
É O SEGREDO DO SUCESSO DA B-PARTS, QUE FOI ADQUIRIDA POR UM DOS MAIORES GRUPOS AUTOMÓVEIS<br />
DO MUNDO – A STELLANTIS – À CONVERSA COM OS SEUS FUNDADORES, LUÍS VIEIRA E MANUEL MONTEIRO<br />
B-Parts é um fenómeno que já não é só português,<br />
mas também mundial. A retalhista de peças auto<br />
originais usa<strong>das</strong> com garantia, criada por Luís<br />
Vieira e Manuel Monteiro em 2015 tem tido um<br />
crescimento exponencial e foi, também por isso,<br />
adquirida pelo Grupo Stellantis, em julho de<br />
2020. Com uma rede de centros de abate na Europa<br />
e com clientes em 115 países, tem por objetivo<br />
simplificar e melhorar a aquisição de peças<br />
usa<strong>das</strong>, oferecendo um serviço de entrega e pós-<br />
-venda único no setor. A empresa Portuense, que<br />
estreou novas e amplas instalações no passado mês<br />
de novembro, está numa <strong>das</strong> melhores fases da sua<br />
(ainda) curta existência e apresenta crescimentos<br />
muito acima da média, tendo em conta o mercado.<br />
Os projetos para o futuro são muitos e todos com<br />
«pernas para andar».<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi perceber o que está por<br />
detrás do sucesso e como funciona todo o processo<br />
que parece ser simples, mas que acarreta procedimentos<br />
complexos e uma equipa multifuncional<br />
capaz de fazer funcionar sete departamentos de<br />
forma perfeita. “Definimos de imediato que teríamos<br />
de ser uma empresa de serviços. Por acaso<br />
vendemos peças usa<strong>das</strong>, mas aquilo que queremos<br />
é dar formação de serviço. E definimos tudo, desde<br />
logo. Pensámos em quais seriam os departamentos<br />
mais fortes: costumer care, costumer support, sales<br />
team e a logística integrada nos pagamentos”,<br />
referem.<br />
A B-Parts é um conceito de empresa de futuro e<br />
está constituída por vários departamentos: sales<br />
(ven<strong>das</strong> onde se falam sete línguas), equipa de supply,<br />
departamento de contas, que é quem gere os<br />
fornecedores, pós-venda, equipa de logística, departamento<br />
financeiro, desenvolvimento e marketing.<br />
A longo prazo, o objetivo é ter uma presença<br />
ainda mais forte no mercado europeu, mas atualmente<br />
já são líderes europeus no comércio de peças<br />
originais usa<strong>das</strong>.<br />
“Claro que para lá chegarmos o investimento foi<br />
grande. Nos primeiros dois anos despejamos dinheiro<br />
na empresa. Queríamos logo de início um<br />
nível de serviço muito forte. A questão <strong>das</strong> garantias,<br />
a questão de termos sempre uma resposta<br />
para o nosso cliente. Fosse nosso prejuízo, prejuízo<br />
do cliente, do fornecedor ou da logística, mas tínhamos<br />
de ter sempre um fim para um processo<br />
que foi iniciado com uma reparação. Estamos a<br />
falar de produto automóvel, produto eletrónico,<br />
produtos usados, estamos a falar de coisas muito<br />
estanques”, rematam.<br />
Atualmente chegam a mais de 100 países (mais<br />
propriamente 115, como foi referido anteriormente)<br />
e a empresa foi preparada para gerir tudo isto,<br />
nunca de uma forma danosa para o cliente, mas<br />
de uma forma equilibrada e com bom senso: “Uma<br />
coisa boa que conseguimos, foi implementar logo<br />
desde o início o bom senso na resolução de problemas<br />
com os clientes”.<br />
Outro dos objetivos da B-Parts, foi estruturar um<br />
mercado muito fragmentado, esclarecem, “quando<br />
COM UMA REDE DE CENTROS DE ABate NA EUROPA E COM CLIENTES<br />
EM 115 PAÍSES, A B-Parts TEM POR OBJETIVO SIMPLIFICAR E MELHORAR<br />
A AQUISIÇÃO DE PEÇas USADas, OFERECENDO UM SERVIÇO DE ENTREGA<br />
E PÓS-VENDA ÚNICO NO SETOR<br />
começamos, em 2015, o mercado português era hiper<br />
fragmentado. A zona de Leiria ia até Coimbra,<br />
depois havia só Lisboa e só o Porto. Nós queríamos<br />
agrupar uma rede de fornecedores, estruturá-la e<br />
dedicar-lhe todos os nossos procedimentos de garantia<br />
e ter uma equipa de suporte para isso, até<br />
porque trabalhamos uma área com detalhes muito<br />
subjetivos como as peças para automóveis, e temos<br />
de lidar com o bom senso de resolver tudo da<br />
melhor forma. Tínhamos um desafio tecnológico<br />
importante quando começámos, porque não existiam<br />
assim tantas ferramentas quanto isso. Existe<br />
um software grande em Portugal que é o Atena, de<br />
uma empresa de Famalicão, que são nossos parceiros,<br />
mas a adesão era muito baixa, ou seja, existiam<br />
as ferramentas, mas eram poucos os que a utilizavam.<br />
Assim, a única forma que observámos para<br />
resolver o problema foi criar uma mini ferramenta<br />
de gestão direta do nosso site, uma aplicação Android<br />
que identificava o carro, selecionava as peças<br />
que queriam colocar à venda e automaticamente<br />
ficavam disponíveis na B-Parts. Foi grande evolução<br />
e funcionou em pleno”, explicam os nossos<br />
entrevistados.<br />
Atualmente, a empresa gere um stock de quase cinco<br />
milhões de peças, um número imbatível que foi<br />
sendo conquistado pelos próprios através da ajuda<br />
que davam aos fornecedores. Por exemplo, quando<br />
os fornecedores não tinham inventário, a B-Parts<br />
colocou equipas no terreno equipa<strong>das</strong> com um software<br />
desenvolvido pela empresa para os ajudar e<br />
sem quaisquer custos. “Claro que existiam os Velhos<br />
do Restelo, que não queriam stock ou que não<br />
queriam sequer saber o stock que tinham, mas nós<br />
fazíamos questão de reforçar a ideia de que sem<br />
stock não vendiam e garantimos que conseguiam<br />
vender peças para toda a Europa e não só no bairwww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Janeiro 2022 29
LUÍS VIEIRA E<br />
MANUEL MONTEIRO<br />
A B-parts É UM MARKETPLACE, QUE OFERECE UM EFICIENTE<br />
E transparente SERVIÇO BaseaDO NA EXPERIÊNCIA<br />
DE UMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR E NA QUALIDADE DE UM STOCK<br />
DE PEÇAS DE vários PAÍSES, COM SIGNIFICativos AUMENTOS<br />
nas VENDas E ENTREGas EM MAIS DE 100 PAÍSES<br />
ro onde tinham a loja, tal como estavam<br />
acostumados. Dizíamos-lhes,<br />
repare, assim sai do comércio local<br />
e o seu mercado é multiplicado por<br />
milhões”, contam.<br />
Crescimento imparável<br />
A primeira versão da B-Parts, se é<br />
que se pode chamar assim, foi desenvolvida<br />
entre julho e dezembro<br />
de 2014, quando implementada a<br />
aplicação de procura de peças. A empresa<br />
iniciou atividade com um stock<br />
de 2.000 artigos e a partir daí começaram<br />
à procura fora de Portugal, até<br />
porque era precisamente aí que podiam<br />
crescer em stock: “O primeiro<br />
fornecedor espanhol que tivemos foi<br />
em setembro de 2015. Em 2016 intensificámos<br />
a abertura da rede em<br />
Espanha. Eles eram mais evoluídos,<br />
já tinham muita coisa em formato<br />
digital e tinham cerca de 20 mil<br />
artigos, dez vezes mais do que nós.<br />
A partir daí o mercado português<br />
começou a ganhar maturidade, começou-se<br />
a implementar o software<br />
e nós temos processos de sincronização<br />
de stocks com essa ferramenta<br />
que nos permitem estar em to<strong>das</strong><br />
as áreas. O que é importante referir<br />
é que, na altura do projeto e durante<br />
o processo de desenvolvimento<br />
da ferramenta, cerca de 70 ou 80%<br />
<strong>das</strong> nossas primeiras equipas de recursos<br />
humanos eram developers. A<br />
partir daí, e através de oficinas e de<br />
companhias de seguros, concluímos<br />
que a grande arma que podíamos<br />
ter na empresa era a oferta, a quantidade<br />
de stock. Não era uma questão<br />
comercial de clientes, mas uma<br />
questão de ativo de fornecedores. O<br />
nosso sucesso ou insucesso está em<br />
organizar a base da empresa que é o<br />
stock, ter sempre stock. Podemos ter<br />
a plataforma mais bonita do mundo,<br />
podemos ter tudo de bom, mas senão<br />
tivermos stock...” revelam, só para se<br />
ter uma ideia de um dos segredos do<br />
sucesso da empresa.<br />
Um centro de abate médio tem, em<br />
termos de catalogação de peças cerca<br />
de vinte mil e a B-Parts, como referido,<br />
chega quase aos cinco milhões.<br />
Tudo isto se consegue com bons fornecedores<br />
e são eles uma parte muito<br />
importante da B-Parts. Aliás, não é<br />
qualquer centro de abate que fornece<br />
peças para a B-Parts. É a empresa<br />
que os seleciona, até porque é preciso<br />
ter a certeza de que não vão existir<br />
problemas com garantias e por aí<br />
fora. A rede de fornecedores vai aumentando,<br />
tendo em conta a procura<br />
do mercado. “Todos têm de ser certificados,<br />
todos têm de ter contrato<br />
assinado connosco para podermos<br />
estar tranquilos no serviço que estamos<br />
a oferecer ao cliente”, garantem<br />
Luís Vieira e Manuel Monteiro. E a<br />
verdade é que funciona, pois o sucesso<br />
da empresa tem sido notório, com<br />
crescimentos fora do vulgar. “No ano<br />
passado crescemos «só» 67% e este<br />
ano vamos chegar aos 95%, mas<br />
em termos de fornecedores estamos<br />
sempre a crescer (um aumento de<br />
cerca de 20%). Isto quer dizer que<br />
cada um deles tem de nos dar garantias<br />
de crescimento de 80%. Estando<br />
com a B-Parts, eles sabem que vão<br />
ter um crescimento grande, porque<br />
nós fazemos a ponte entre o fornecedor<br />
e o cliente. Os fornecedores estão<br />
realmente satisfeitos com o nosso<br />
trabalho, temos perfeita noção disso”,<br />
salientam.<br />
A internacionalização<br />
O sucesso da B-Parts não passou<br />
despercebido ao mercado e logo em<br />
2017, dois anos depois de terem iniciado<br />
atividade, foram contatados<br />
por alguns grandes clientes. Eram a<br />
única empresa neste negócio e isso<br />
também foi vital. Vital para que a<br />
Stellantis tivesse conhecimento do<br />
trabalho da B-Parts e quisesse fazer<br />
uma parceria. O acordo foi fácil de<br />
estabelecer e é explicado pelos dois<br />
responsáveis da empresa: “em Portugal<br />
temos uma quota enorme nos<br />
profissionais e uma mais reduzida<br />
nos particulares. Lá fora está totalmente<br />
invertido. Cá, temos as companhias<br />
de seguros connosco que<br />
acreditaram desde início no projeto<br />
da B-Parts (ver caixa). Estamos com<br />
a Stellantis de corpo e alma e o único<br />
objetivo que temos com este negócio<br />
passa por podermos aceder às oficinas<br />
como fornecedores. Estamos na<br />
plataforma da Stellantis, que fornece<br />
to<strong>das</strong> estas oficinas, a Service Box, e<br />
este ano foi de preparação tecnológica<br />
e de aculturamento. O ano de<br />
2022 é que vai ser a grande aposta.<br />
Todo o crescimento que falamos até<br />
aqui é apenas do nosso canal, é isolado.<br />
Ainda não entramos no campeonato<br />
Stellantis. A partir de agora teremos<br />
mais potencial. Por exemplo,<br />
em França já se podem comprar as<br />
30 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
nossas peças usa<strong>das</strong> através da Feu<br />
Vert e é um negócio que será replicado<br />
na Península Ibérica. O que<br />
sempre quisemos fazer foi replicar<br />
o nosso modelo noutras geografias e<br />
não só na Europa. No entanto, sempre<br />
que vamos replicar, isso obriga a<br />
criar uma rede no local, o que é mais<br />
moroso, mas tem sido possível. Temos<br />
a obrigação empresarial de levar<br />
a B-Parts para outras paragens e temos<br />
vindo a aprender com isso, e a<br />
Stellantis vai ajudar”, entendem.<br />
Peças usa<strong>das</strong> de qualidade<br />
O controlo de qualidade <strong>das</strong> peças<br />
usa<strong>das</strong> é um processo de confiança,<br />
mas não só. Há um compromisso<br />
de avaliação, com cada um dos for-<br />
Imagine, sete geografias diferentes<br />
de compra e há um que diz… «não<br />
esse cartão é uma estupidez» e outro<br />
diz, «bom, bom eram os cantos ao<br />
contrário» … seria impossível de gerir.<br />
Portanto, nós encontramos uma<br />
forma nossa e dissemos, a partir de<br />
agora têm de passar a fazer assim”.<br />
A diferença agora, comentam, são<br />
“os quilómetros que as encomen<strong>das</strong><br />
percorrem”. Se antigamente vendiam<br />
no bairro, agora as peças já vão para<br />
longe e precisam de estar uniformiza<strong>das</strong>.<br />
Por isso, está tudo centralizado<br />
na B-Parts, desde o processo<br />
logístico, de venda, reclamação, ou<br />
devolução, pelo que assim os clientes<br />
utilizam, de facto, a plataforma”,<br />
garantem. E a plataforma é um su-<br />
SEGUROS EM PARCERIA<br />
COM A EUROP ASSISTANCE<br />
Europ Assistance em parceria com a B-Parts<br />
lançou um seguro de indemnização para<br />
mão de obra no mercado de reparação<br />
automóvel. A nova parceria permite que<br />
os clientes da B-Parts (reparadores de<br />
automóveis e clientes finais) adquiram uma<br />
peça usada na loja online e beneficiem,<br />
gratuitamente, de um seguro durante um<br />
período de 12 meses e até 150 euros para<br />
compensação de mão de obra da montagem<br />
ou desmontagem de motores e caixas<br />
de velocidades em caso de defeito ou não<br />
conformidade destes componentes. “Tendo<br />
a B-Parts uma pegada comercial em mais<br />
de 115 países, todo o valor que possamos<br />
acrescer ao nosso produto, nomeadamente<br />
em termos de serviço, terá um impacto<br />
real nos nossos clientes. A parceria com a<br />
Europ Assistance é uma mais-valia única no<br />
mercado em que operamos e, com esta característica,<br />
mantemos o percurso a que nos<br />
propusemos, de profissionalizar o comércio<br />
europeu de peças originais auto usa<strong>das</strong>,<br />
mantendo o foco não só no crescimento,<br />
mas especialmente na comodidade dos<br />
nossos clientes, particulares ou profissionais”<br />
afirmam Manuel Araújo Monteiro e<br />
Luís Sousa Vieira.<br />
A aquisiçÃO DA B-PARTS PELO GRUPO STELLANTIS VAI TRAZER<br />
UM ENORME POTENCIAL DE CRESCIMENTO PARA A EMPRESA.<br />
EM TERMOS DE MERCADO, SÓ O GRUPO PSA GERE MILHARES DE OFICINAS<br />
NA EUROPA, MAIS A REDE EUROREPAIR, O QUE RESULTARÁ NUMA FORTE<br />
PRESENÇA NO CLIENTE PROFISSIONAL, SOBRETUDO FORA DE PORTUGAL<br />
necedores, antes de o produto ser<br />
despachado e isso fez com que a taxa<br />
de reclamação tenha, nos últimos<br />
três anos, caído para um terço. São<br />
os fornecedores que embalam o produto,<br />
segundo as normas da B-Parts,<br />
o que, contam, “foi uma guerra.<br />
cesso. Por dia são transaciona<strong>das</strong><br />
cerca de 350 peças, mas o número<br />
cresce todos os meses. Em novembro<br />
alcançaram as 12 mil ordens, sendo<br />
normalmente uma peça por ordem,<br />
com praticamente dois milhões de<br />
utilizadores por mês.<br />
A B-Parts e os clientes<br />
A B-Parts vende e compra peças. Claro<br />
que em cada país existem sempre<br />
marketplaces generalistas e outras<br />
empresas especializa<strong>das</strong> no comércio<br />
de peças usa<strong>das</strong>, no entanto, “aí cada<br />
fornecedor paga para estar presente<br />
e depois tem o «fee» da transação.<br />
Connosco, não pagam nada porque<br />
temos linhas de descontos. Só pagam<br />
alguma coisa se venderem as<br />
peças connosco. Se não venderem<br />
nada, não pagam nada. É um modelo<br />
de negócio transacional. A melhor<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 31
LUÍS VIEIRA E<br />
MANUEL MONTEIRO<br />
A PLATAFORMA B-PARTS, DISPONÍVEL EM 8 IDIOMAS, É A LÍDER EUROPEIA<br />
EM COMÉRCIO ELETRÓNICO DE PEÇAS AUTOMÓVEIS USADAS<br />
COM MAIS DE 5 MILHÕES DE PEÇAS EM STOCK E DISPONÍVEIS PARA VENDA<br />
cooperação é sermos um retalhista.<br />
Compramos e vendemos e aplicamos<br />
a nossa margem”, garantem. Neste<br />
momento, 50% do volume de negócios<br />
da B-Parts é para exportação.<br />
Atualmente a empresa conta com 99<br />
fornecedores e espera crescer mais<br />
20% no próximo ano. Até então todos<br />
estes fornecedores foram contabilizados<br />
e angariados diretamente<br />
pelos fundadores, que agora já contam<br />
com uma equipa que faz esse<br />
trabalho.<br />
Em Portugal, 60% dos clientes são<br />
oficinas e 40% particulares. Lá fora<br />
é o inverso, mas com tendência de<br />
crescimento para as oficinas: “Todos<br />
os meses damos informação ao<br />
fornecedor do que é que venderam,<br />
para onde venderam, qual foi o volume<br />
do mercado interno deles e qual<br />
a sua exportação. Depois fazemos o<br />
mapa mundo dos melhores destinos<br />
daquele mês. E aparecem ven<strong>das</strong> estranhas,<br />
como alguém na Coreia que<br />
comprou um para-choques para um<br />
Hyundai europeu… as matrículas lá<br />
são quadra<strong>das</strong> e cá são compri<strong>das</strong>!<br />
Como vai ele colocar a matrícula?<br />
Acontecem estas coisas caricatas. Até<br />
porque o transporte lhe custou 10<br />
vezes o que custou a peça… Isto dá<br />
para perceber que o tipo de cliente<br />
varia e que é muito distinto de país<br />
para país”.<br />
A harmonização de preços<br />
Entre os segredos do negócio está ainda<br />
a harmonização de preços. Como é<br />
que se compra peças a vários fornecedores<br />
com modelos de preços distintos?<br />
Luís Vieira e Manuel Monteiro<br />
respondem que “o especialista do preço<br />
é o fornecedor. O preço de uma peça<br />
reutilizada é uma coisa complicada.<br />
Depende de onde saiu a peça, da matéria-prima,<br />
de que carro. O preço da<br />
peça é ainda baseado em determinado<br />
mercado, na disponibilidade de stock.<br />
Se houver um produto que ninguém<br />
tem, há um preço, se for um produto<br />
corriqueiro, há outro preço. Nós somos<br />
sempre uma boa compra, mas o<br />
know-how do preço, é deles. E depois<br />
trabalhamos preços com os nossos algoritmos.<br />
Fazemos pricing por mercado,<br />
por linhas de produto, por procura,<br />
mas ainda vamos trabalhar isto melhor,<br />
ainda há muito caminho a percorrer.<br />
Uma coisa que damos sempre<br />
ao utilizador é um preço chave na mão<br />
sem surpresa, já com tudo definido,<br />
transporte, fiscalidade. Há muita coisa<br />
a definir até chegarmos ao… «quanto<br />
é que custa esta peça?» E depois de<br />
estar definido é aquilo e pronto. Nós<br />
só somos um facilitador de fecho de<br />
negócio. Tudo o que são fornecedores<br />
B-Parts têm um preço de revenda, acedem<br />
ao nosso serviço, usam o nosso<br />
nome. Isto tudo ajuda”, dizem.<br />
Depois de pedido, o produto chega ao<br />
cliente de forma rápida, mas depende<br />
do tipo de artigo. “Temos duas áreas de<br />
resposta aos pedidos recebidos. A de<br />
colisão, que tem uma taxa de resposta<br />
brutal, ou seja, viaturas com mais de<br />
dois anos, temos oitenta e tal por cento<br />
de taxa de resposta para os elementos<br />
principais. Na parte mecânica para<br />
carros com mais de dez anos já temos<br />
uma boa resposta, mas continua a ser<br />
baixa para o que nós queremos, há<br />
tanto tipo de carro, por isso não é fácil.<br />
Normalmente, com outras empresas, é<br />
ao contrário, a taxa de resposta é mais<br />
baixa, entre os 5 e os 8%. Nós estamos,<br />
no global, com uma taxa de resposta<br />
entre os 45 e os 50%, que é excelente,<br />
mas para nós ainda é baixo”. E tudo<br />
B-PARTS<br />
Fundadores Luís Vieira<br />
e Manuel Monteiro<br />
Morada Estr. da Circunvalação,<br />
10748 B 1.1<br />
4460-280 Matosinhos<br />
Telefone 220 327 775<br />
E-mail geral@b-parts.com<br />
Site www.b-parts.com<br />
pode ter qualidade e ser reutilizável,<br />
até os componentes de eletrónica,<br />
onde a B-Parts terá uma palavra muito<br />
importante a dizer. “Essas peças são de<br />
qualidade e a poupança é assustadora.<br />
Estou a falar de poupanças em torno<br />
dos oitenta e tal por cento. As centralinas<br />
são caras, queimam-se facilmente<br />
e custam mais de mil euros. Usa<strong>das</strong><br />
compram-se por 100 euros. E depois,<br />
em termos logísticos, já não há distância<br />
e como a logística não mexe muito<br />
com o preço final… Assim podemos<br />
olhar para este produto com futuro e<br />
tentarmos ser mais agressivos fora da<br />
Europa, esse é o objetivo”.<br />
Para o futuro, a B-Parts quer projetos<br />
novos, aplicar este modelo de negócio<br />
a outros clientes e aumentar a<br />
presença geográfica já em 2022. “O<br />
nosso foco operacional é grande. Somos<br />
uma papelaria para o potencial<br />
do mercado e não um quiosque. Até a<br />
pandemia nos ajudou a crescer… Não<br />
estávamos habituados a crescimentos<br />
muito grandes e o ano passado ultrapassou<br />
os 100%. Se eu comparar<br />
este ano com 2019, registamos um<br />
crescimento de 300%. Em termos de<br />
faturação, e não é nenhum segredo,<br />
este ano vai representar 10 milhões<br />
de euros e para o ano temos uma estimativa<br />
de 20 milhões, mantendo o<br />
crescimento de 100% que temos vindo<br />
a conquistar”. l<br />
32 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Tudo o que<br />
se move,<br />
funciona<br />
melhor com<br />
LIQUI MOLY<br />
www.liqui-moly.pt
entrevista<br />
RODRIGO CABRAL, FUNDADOR E CEO DA TECH ONE<br />
EFICIÊNCIA<br />
É UMA DAS PALAVRAS<br />
MAIS IMPORTANTES<br />
NO NOSSO NEGÓCIO<br />
FUNDADA HÁ 15 ANOS NO BRASIL, A TECH ONE DEPRESSA SE CIMENTOU COMO UMA REFERÊNCIA NO FABRICO<br />
DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMÓVEIS NA AMÉRICA LATINA. HOJE É UMA EMPRESA GLOBAL, COM<br />
QUATRO LABORATÓRIOS E MAIS DE 40 FÁBRICAS ESPALHADAS PELO MUNDO E O FUNDADOR, RODRIGO CABRAL,<br />
GARANTE QUE É A EFICIÊNCIA QUE LHES POSSIBILITA TER QUALIDADE PREMIUM A PREÇOS COMPETITIVOS<br />
Em março de 2020 a Tech One chegou a Portugal<br />
e é daqui que pretende fazer a ponte com<br />
o resto da Europa, através da Tech One European<br />
Division. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> foi saber mais<br />
sobre a história desta empresa e os objetivos para<br />
a implementação do negócio no velho continente.<br />
Criado no seio de uma família com um antigo relações<br />
públicas na General Motors, Rodrigo Cabral<br />
conta que desde sempre foi “um amante de carros”.<br />
Formado em economia, não hesitou em lançar-se<br />
no negócio <strong>das</strong> peças quando surgiu a oportunidade<br />
de começar a comprar e vender lâmpa<strong>das</strong> para<br />
automóveis e, em pouco tempo, estava a contratar<br />
uma fábrica para produzir os seus próprios produtos<br />
para a empresa, importando diretamente para<br />
o Brasil. Das lâmpa<strong>das</strong> Xénon expandiu para as<br />
super brancas e depois para as LED, até que começou<br />
a diversificar as linhas de produto, que hoje<br />
vão muito além da iluminação, passando por acessórios<br />
multimédia, sinalização, ferramentas, substituição<br />
e ainda áudio e vídeo para carros, camiões<br />
e motociclos. “Tivemos que nos adaptar e reinventar.<br />
Atualmente, temos mais de 1.200 produtos em<br />
linha”, revela o CEO da empresa que vende três<br />
marcas distintas: A Tech One, enquanto marca<br />
premium e onde se integram os produtos tecnológicos<br />
mais inovadores e avançados, a Code, mais<br />
competitiva e agressiva em termos de preço, e a<br />
Svart, dedicada ao áudio. No total são 32 linhas de<br />
produto ativas e outras dez em desenvolvimento.<br />
“O que é bom não precisa de ser caro”<br />
Segundo Rodrigo Cabral, a Tech One “procura<br />
garantir a geração de valor e sustentabilidade do<br />
negócio para to<strong>das</strong> as partes envolvi<strong>das</strong>, seja através<br />
da atualização <strong>das</strong> suas linhas ou do desenvolvimento<br />
de novos produtos e marcas”. A seu ver,<br />
“a eficiência é uma <strong>das</strong> palavras mais importantes<br />
no nosso negócio. O que é bom não precisa de ser<br />
caro e o que é caro, não é necessariamente bom”.<br />
No entanto, a grande questão é como aliar estes<br />
dois fatores – preço e qualidade - e é aqui que o<br />
nosso entrevistado considera residir o grande segredo<br />
para a competitividade: “nós desenvolvemos<br />
tudo”. E acrescenta: “Mais importante que ser o<br />
mais rápido é ser o melhor. E nós temos a preocupação<br />
de oferecer um produto de qualidade com<br />
um preço competitivo. Somos mais baratos porque<br />
mudamos o processo fabril e o produto. Podíamos<br />
transformar tudo em margem, mas o nosso cliente<br />
ia ser apenas mais um no mercado”.<br />
Todos os produtos são desenvolvidos nos quatro laboratórios<br />
exclusivos da Tech One (Rio de Janeiro,<br />
Xangai, Miami e Aveiro) e produzidos nas 42 fábricas<br />
homologa<strong>das</strong> na Ásia, o que faz com que os<br />
acessórios comercializados pela Tech One “tenham<br />
tecnologia exclusiva e qualidade testada e confirmada<br />
antes de chegar às mãos dos consumidores”.<br />
Além disso, ressalva, “somos responsáveis por todo<br />
o processo de consolidação <strong>das</strong> nossas marcas –<br />
desde a pesquisa de mercado, desenvolvimento de<br />
produtos, relação com fornecedores, qualidade,<br />
distribuição, logística, marketing e garantia até<br />
à relação com o cliente. Alguns dos produtos são<br />
desenvolvidos em parceria com os clientes, porque<br />
às vezes as necessidades surgem da parte deles. Há<br />
uma troca de informação e aprendizagem mútua”.<br />
Nos laboratórios, cada produto é desenvolvido ao<br />
detalhe, de forma a assegurar a melhor qualidade<br />
possível. Por exemplo, a fita isoladora “tem que ter<br />
uma boa cola e isso é diferente de ter muita cola. Este<br />
nosso produto, em específico, tem muita diferença<br />
daquilo que o mercado europeu está habituado a<br />
receber. Aliás, tudo o que possamos aqui mencionar<br />
tem um diferencial em relação à concorrência.<br />
Nas escovas, a borracha que usamos para fornecer o<br />
Canadá, onde as temperaturas chegam aos -40ºC, é<br />
diferente da que usamos para o Brasil, onde os termómetros<br />
chegam aos 40ºC”, exemplifica.<br />
O controlo de qualidade, na Tech One, é apertado.<br />
Ainda que Rodrigo Cabral considere que “os<br />
maiores certificadores dos nossos produtos são<br />
os nossos clientes”, acaba por confessar que é a<br />
própria empresa que tem “um nível de exigência<br />
por vezes superior a algumas entidades”, havendo,<br />
a posteriori, também a certificação por parte<br />
da SGS. As fábricas recebem visitas regulares do<br />
CEO e, a somar à monitorização e verificação dos<br />
produtos antes do envio, é realizado um teste de<br />
qualidade por amostragem à chegada dos contentores<br />
ao destino. Só depois da aprovação técnica<br />
34 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
RODRIGO CABRAL<br />
ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS, A tecH ONE CONSEGUE NÃO SÓ<br />
INTERAGIR COM O SEU PÚBLICO FINAL DE UMA FORMA MAIS DIRETA,<br />
MAS TAMBÉM CONHECÊ-lo MELHOR E, COM ISSO, DIRECIONAR DE FORMA<br />
AcertiVA A SUA COMUNICAÇÃO<br />
(cujos procedimentos estão descritos<br />
em manual), os produtos são disponibilizados<br />
para comercialização, o<br />
que resulta, segundo o responsável,<br />
“em ampla qualidade e fiabilidade”.<br />
“[A crise atual] para nós tem<br />
sido uma oportunidade”<br />
Bem instalada no Brasil e presente já<br />
em cerca de 30 países, a Tech One não<br />
treme perante os atuais desafios do<br />
mundo do pós-venda. Para Rodrigo<br />
Cabral, “a crise energética da China é<br />
temporária”, ao passo que a dificuldade<br />
com os fretes marítimos, apesar de<br />
não ser tão temporária, “já está relativamente<br />
administrada em termos de<br />
timing, por nós”, pelo que não deverá<br />
afetar a atividade da empresa.<br />
A Tech One nasceu ligada aos acessórios,<br />
ao longo do tempo foi migrando<br />
para peças de desgaste e, entretanto,<br />
começou a entrar nos componentes<br />
automóveis, dispondo de soluções<br />
globais para os três tipos de mercado.<br />
Nesse sentido, o fundador afirma<br />
que o grande objetivo é “ser capaz<br />
de produzir da forma mais eficiente<br />
para alterar custo, de forma a que<br />
isso permita sustentar as margens<br />
de rentabilidade dos nossos clientes.<br />
Trabalhamos para que o cliente ganhe<br />
dinheiro, para que toda a gente<br />
fique feliz”. E dá um exemplo simples<br />
sobre a otimização que é feita:<br />
“Ao desenvolver um produto como as<br />
lâmpa<strong>das</strong>, temos a preocupação de<br />
fazer caixas menores. Assim, conseguimos<br />
ocupar menos espaço no stock<br />
do cliente, pagamos menos transporte,<br />
economizamos material e o<br />
dinheiro que sobra pode ser investido<br />
no marketing. Algo tão simples<br />
como uma caixa menos volumosa<br />
significa menos valor gasto no transporte<br />
internacional, no transporte<br />
doméstico… e no Brasil até se paga<br />
imposto sobre o transporte, por isso,<br />
paga-se menos imposto.<br />
“A eficiência é algo<br />
que já está no nosso ADN”<br />
Na opinião, do CEO, natural do Brasil,<br />
a Tech One é “a solução para o problema<br />
do aumento dos custos <strong>das</strong> matérias-primas<br />
e dos transportes”, pois<br />
entende que “a determinada altura o<br />
nível de preços já não pode ser absorvido<br />
e torna-se impagável. Nós, por<br />
outro lado, vimos de um país que tem<br />
uma estrutura de negócios que já exige<br />
preços mais competitivos. Tínhamos<br />
que trazer eficiência com baixo custo”.<br />
Hoje, a Tech One já “não é uma empresa<br />
brasileira, somos uma empresa<br />
mundial. Aproveitámos a economia<br />
de escala no Brasil, onde há 200 milhões<br />
de habitantes e, com tudo isto,<br />
conseguimos ser competitivos. Agora,<br />
os preços dispararam e o poder<br />
de compra não está a acompanhar<br />
o acréscimo dos custos. Ou seja, as<br />
pessoas procuram uma alternativa<br />
eficiente àquilo que se chama de<br />
TECH ONE<br />
EUROPEAN DIVISION<br />
Responsáveis : Jorge Esteves<br />
e Paulo Martins<br />
Morada Av. Europa, 633<br />
3810-139 Aveiro<br />
Telefone 234 090 358<br />
E-mail geral@ttech.pt<br />
Site www.techone-europe.com<br />
marca premium. E é possível ter<br />
qualidade premium com um preço<br />
competitivo. Essa é a nossa grande<br />
marca!”, esclarece.<br />
Logicamente que o aumento dos<br />
preços dos fornecedores também<br />
impacta a Tech One, especialmente<br />
“na quantidade vendida”. Contudo,<br />
principalmente na Europa, a crise<br />
atual “tem sido uma oportunidade<br />
para nós, não só pelo aumento dos<br />
preços, mas pela rutura de stock dos<br />
nossos concorrentes. Ao sermos uma<br />
empresa global, conseguimos redirecionar<br />
as compras que temos em<br />
andamento. A não ser que o produto<br />
esteja adaptado a uma região, a<br />
maioria do que vendemos é mundial.<br />
Os produtos já vêm com cinco línguas<br />
nas caixas e nos manuais, o que<br />
nos dá agilidade, para além do stock<br />
que temos a nível local”.<br />
Mais de 300 mil seguidores<br />
A internet tem trazido à Tech One<br />
um novo ponto de contacto com os<br />
consumidores finais. “Somos uma<br />
empresa muito moderna, muito à<br />
frente neste tipo de propostas. No<br />
Instagram temos mais de 320 mil<br />
seguidores, o que mostra a nossa dedicação<br />
e empenho no mundo digital”,<br />
diz Rodrigo Cabral. Isto permite<br />
à empresa interagir de forma direta<br />
com o público e direcionar de forma<br />
assertiva a comunicação. O site tem<br />
uma média de 6 mil visitas por mês<br />
e continua a crescer, enquanto que o<br />
canal oficinal da Tech One no YouTube<br />
está perto de atingir meio milhão<br />
de visualizações.<br />
Embora o contacto com o consumidor<br />
do produto seja fomentado,<br />
a verdade é que a Tech One apenas<br />
trabalha em B2B, vendendo para<br />
revendedores de peças e escolhendo<br />
“respeitar toda uma cadeia de ven<strong>das</strong>.<br />
Não vendemos nem a lojas nem<br />
a clientes finais, só a distribuidores”,<br />
afirma, justificando que com a Tech<br />
One, “o cliente consegue ter uma<br />
gama enorme de produtos sem ter<br />
que trabalhar com vários fornecedores<br />
ao mesmo tempo. Com um fornecedor<br />
apenas consegue ter soluções<br />
para os seus negócios e aqui sabe<br />
36 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
que vai ter qualidade e preço e vai ter<br />
tempo para se focar nas ven<strong>das</strong>”.<br />
Outro dos motivos de orgulho para o<br />
CEO são os prémios já conquistados<br />
pela marca, que considera “confirmar<br />
o seu sucesso”. Caso disso é o galardão<br />
“Marca Brasil”, um dos mais<br />
importantes e expressivos para o<br />
setor empresarial brasileiro. Através<br />
dos votos dos consumidores, a Tech<br />
One foi bicampeã na categoria «Melhor<br />
Sensor de Estacionamento» em<br />
2018 e 2019, e campeã na categoria<br />
«Melhor Câmara de marcha atrás»<br />
em 2019”, conta.<br />
Hoje, a Tech One emprega cerca de<br />
100 funcionários, nos escritórios<br />
no Brasil, China, Canadá e Europa,<br />
tendo entre cinco a dez mil pessoas a<br />
trabalhar na cadeia de produção, entre<br />
fornecedores e subfornecedores,<br />
mais os 1.700 distribuidores parceiros.<br />
“Essa é a nossa equipa”, diz o responsável,<br />
“os dez mil trabalhadores<br />
<strong>das</strong> fábricas e os outros 50 mil trabalhadores<br />
nas distribuidoras, nas lojas<br />
espalha<strong>das</strong> pelo mundo”, reflete.<br />
Por várias razões, o fabrico é totalmente<br />
feito na Ásia e Rodrigo Cabral<br />
“PORTUGAL FOI A NOSSA PORTA DE ENTRADA PARA TODO O MERCADO EUROPEU”<br />
A Tech One entrou em Portugal – e no resto da<br />
Europa – em março de 2020, apenas quinze<br />
dias antes de o país entrar em Estado de<br />
Emergência. Depois disso, com toda a gente a<br />
trabalhar a partir de casa, foi mais complicado<br />
fazer a primeira abordagem e Paulo Martins,<br />
o responsável no nosso país, diz mesmo que<br />
“fizemos centenas de videochama<strong>das</strong> e os<br />
resultados foram reduzidos”. As reuniões<br />
virtuais, sem contacto físico, mais o facto de<br />
se estar a começar um projeto do zero, “que é<br />
preciso promover”, aumentaram um pouco a<br />
dificuldade, mas o caminho está a ser construído.<br />
Rodrigo Cabral reconhece que a construção<br />
de confiança leva algum tempo, mas sublinha<br />
que “todos os clientes que já compraram,<br />
voltaram a comprar”. Ao entrar no mercado<br />
com um preço muito competitivo, facilmente<br />
foram identificados como “marca branca ou<br />
barata. Este é um trabalho que temos de fazer,<br />
a desmistificação. Nós somos, pelo contrário,<br />
uma marca premium, somos a maior marca do<br />
continente sul americanos e em determinados<br />
produtos até vendemos mais do que algumas<br />
marcas reconheci<strong>das</strong>!”, declara.<br />
Na opinião do responsável, o mercado português<br />
dá prioridade à qualidade e à fiabilidade, mas<br />
também “procura excelentes oportunidades de<br />
preço”. Entre os produtos com maior aceitação,<br />
destaca os da Tech One, como a linha mais<br />
completa de lâmpa<strong>das</strong>, escovas, acessórios de<br />
conforto e segurança, como câmaras de marcha<br />
atrás e sensores de estacionamento, além de<br />
linhas de reparação e manutenção como fusíveis,<br />
terminais, compressores portáteis, cavaletes e<br />
macacos hidráulicos.<br />
Com a linha Code, Rodrigo Cabral nota um maior<br />
interesse do mercado português nas super led<br />
de grande resistência bem como nos produtos<br />
para instalação de som na linha Svart, onde<br />
um dos “grandes sucessos” é a fita isolante, que<br />
“tem memória elástica, flexibilidade e excelente<br />
cola, além de ser segura pela sua tecnologia<br />
«corta-chamas»”.<br />
O fundador da Tech One explica ainda que<br />
“Portugal foi a nossa porta de entrada para todo o<br />
mercado Europeu”, através da Tech One European<br />
Division, que “além de investir no mercado<br />
português, desenvolveu-se em paralelo nos<br />
mercados de Espanha, Polónia, Itália, França, etc.<br />
onde a aceitação está a ser grande! Atualmente<br />
temos 40 distribuidores a trabalhar com os nossos<br />
produtos em diferentes partes da Europa, e temos<br />
a expetativa de em 2022 iniciarmos parcerias<br />
com mais distribuidores, em novos mercados<br />
europeus”. Satisfeito com os resultados obtidos<br />
até ao momento, revela que já estão a trabalhar<br />
com alguns dos maiores players portugueses.<br />
Como forma de apoio aos clientes portugueses, a<br />
divisão europeia oferece uma formação técnica no<br />
início da venda de produtos a cada cliente e dispõe<br />
de um laboratório local, localizado em Aveiro, “para<br />
atender às exigências de apoio dos seus parceiros”.<br />
Está prevista uma campanha anual de venda, com<br />
desconto de rappel, com prémios associados como<br />
viagens, exclusivas para os revendedores e para<br />
2022, o plano passa por entrar em pelo menos quatro<br />
novos países, lançar as novas linhas de produtos<br />
(já em curso) com pelo menos 100 novos itens e<br />
fazer a exibição da marca ao público com stand<br />
próprio nos eventos nacionais que se realizarão<br />
ao longo do ano por todo o país. A expetativa de<br />
ven<strong>das</strong> é “muito positiva”, mas, para já, a Tech One<br />
prefere “ser conservadora”.<br />
Website: www.techone-europe.com<br />
A TECH ONE É RESPONSÁVEL POR TODO O PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO<br />
DAS SUAS MARCAS, DESDE A PESQUISA DE MERCADO, DESENVOLVIMENTO<br />
DE PRODUTOS, RELAÇÃO COM FORNECEDORES, QUALIDADE, DISTRIBUIÇÃO,<br />
LOGÍSTICA E MARKETING<br />
não antecipa qualquer alteração na<br />
matriz fabril no mundo “nesta década<br />
e provavelmente nem nesta geração.<br />
Dentro de tudo o que já vi, de<br />
capacidade instalada, de infraestrutura…<br />
há uma série de fatores conjugados<br />
que vêm sendo construídos<br />
desde os anos 60/70 que eu não vejo<br />
que venham a alterar-se”.<br />
Enquanto fabricante, também produz<br />
para marcas próprias de clientes,<br />
até porque “somos produtores<br />
de material. Embalar com a nossa<br />
marca ou com a marca do cliente, em<br />
termos de custo, é-nos igual. Muitas<br />
vezes os clientes gostam de ter marca<br />
própria e nós conseguimos apresentar-lhes<br />
essa opção”.<br />
Desafios atuais<br />
Para a Tech One, na atualidade não<br />
há problemas, “há desafios”. E o<br />
maior desafio é “ir percebendo o que<br />
cada mercado procura. Temo-nos<br />
dedicado muito à expansão internacional<br />
e toda a parte de desenvolvimento<br />
de negócio tem sido um<br />
desafio com a questão atual da mobilidade<br />
relativa que temos”, explica<br />
Cabral, que é da opinião que “a mudança<br />
da matriz energética não deve<br />
afetar tão diretamente o nosso mercado<br />
nos próximos 10 anos, tendo<br />
basicamente a necessidade de adaptação<br />
dos produtos face à nova frota<br />
de viaturas elétricas que chegará ao<br />
mercado”. Para já, estão “atentos às<br />
mudanças do mercado, às mudanças<br />
climáticas e implantando com a<br />
equipa interna os devidos estudos de<br />
mercado para os próximos anos”.<br />
Apesar da pandemia, 2020 foi um<br />
ano positivo na empresa, que conseguiu<br />
crescer cerca de 73%. Já 2021,<br />
ia lançado com um crescimento expectável<br />
de 50%, mas as dificuldades<br />
logísticas do último semestre atrapalharam<br />
um pouco a evolução, que se<br />
deve colocar em redor dos 25%, espera<br />
o nosso interlocutor, que salienta<br />
que “apenas 25% já é um resultado<br />
ótimo!”. O crescimento é nas ven<strong>das</strong><br />
e em termos de estrutura e pessoal,<br />
com a empresa a preparar-se para<br />
duplicar em tamanho e a reestruturar-se<br />
como multinacional.<br />
Para 2022, os grandes objetivos são<br />
aumentar a participação no mercado<br />
mundial, ampliando a cadeia de distribuição<br />
a nível global e fortalecendo<br />
os parceiros através da participação<br />
em eventos próprios ou terceiros.<br />
Está previsto o lançamento <strong>das</strong> dez<br />
novas linhas de produto que já estão<br />
em desenvolvimento e ainda disponibilizar,<br />
através da Universidade Tech<br />
One – também em desenvolvimento<br />
– conhecimento técnico amplo para<br />
todos os parceiros de negócio. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 37
TELMO SIMÕES E SÉRGIO SIMÕES, ADMINISTRADORES DA TRAVOCAR<br />
ESTAMOS CÁ PARA DURAR<br />
E PARA CRESCER
entrevista<br />
A COMEMORAR 40 ANOS, A TRAVOCAR ESTÁ MAIS FORTE DO QUE<br />
NUNCA E ENTRA EM 2022 COM MUITO SONHOS E PROJETOS NA MANGA.<br />
O JORNAL DAS OFICINAS FOI ATÉ ÁGUEDA, À CASA-MÃE DA EMPRESA,<br />
SABER MAIS SOBRE A HISTÓRIA DESTE ESPECIALISTA NA COMERCIALIZAÇÃO<br />
DE LUBRIFICANTES NA ÁREA DA INDÚSTRIA, SETOR AUTO E AGRÍCOLA,<br />
QUE TEM UMA RELAÇÃO PRIVILEGIADA COMO EMBAIXADOR OFICIAL<br />
DA MARCA CASTROL<br />
m<br />
Águeda, é Telmo Simões, filho do fundador<br />
Armando Correia Simões, quem nos recebe<br />
e recorda os primeiros tempos da Travocar,<br />
quando ele próprio era apenas “um miúdo”. Nessa altura,<br />
os verões eram passados na «Auto Recreio», a<br />
estação de serviço do pai, onde, durante as férias tinha<br />
como missão “secar os carros para não mancharem,<br />
porque não me deixavam lavar”. Aproveitava os – então<br />
esporádicos – aumentos do preço da gasolina para<br />
ir lá “ganhar uma gorjeta, quando os clientes atestavam<br />
os carros” e assim cresceu, a ajudar naquele que<br />
era o negócio do pai. Já com uma visão empreendedora,<br />
Armando Correia Simões adquiriu a casa em frente<br />
à estação de serviço e não hesitou em “agarrar na ideia”<br />
quando a BP o desafiou a montar o negócio dos lubrificantes.<br />
Assim nascia a Travocar, em agosto de 1981.<br />
Foi nessas antigas instalações que a empresa começou<br />
a ser montada, com o quintal a servir para “arrumar<br />
tambores, que eram rebolados no chão. Tínhamos<br />
uma rampa e colocávamo-los na pick-up, depois descarregavam-se<br />
com a ajuda de umas cunhas ou com<br />
pneus” lembra, saudoso, as memórias que já lá vão.<br />
As características da região onde estão inseridos em<br />
muito contribuíram para o sucesso da empresa, que se<br />
alavancou com o fornecimento direto de lubrificantes<br />
às oficinas e indústrias do concelho, como “a fábrica<br />
<strong>das</strong> motos FAMEL, aqui mesmo em frente, as fábricas<br />
de bicicletas ou de ferragens. Começámos a vender<br />
para o auto, que era o mais fácil, para as oficinas<br />
e depois começámos a vender para a indústria aqui à<br />
volta”, conta. Ao mesmo tempo que a Travocar crescia,<br />
a BP crescia igualmente na zona norte do país, e foi<br />
dando à empresa novas valências. Quando a BP faz a<br />
joint-venture com a Mobil, “nós, por mérito, fomos os<br />
privilegiados que ficaram como distribuidor da Mobil<br />
e ainda crescemos mais”, explica Telmo Simões. Quando<br />
a joint-venture terminou, a BP compra a Castrol e<br />
a Travocar assume a distribuição desta marca, sempre<br />
ao ritmo daquela que não sendo uma marca de distribuição<br />
exclusiva, sempre foi o contrato mais importante<br />
que a empresa teve ao longo destes anos.<br />
A dada altura, contudo, o número de distribuidores<br />
da BP tornou-se excedentário e foi a Travocar que assumiu<br />
a zona de Aveiro e de Albergaria. “De 150 distribuidores<br />
passaram a 50 e, em 2015, a BP fez uma<br />
revolução e ficaram apenas distribuidores. E nós fomos<br />
um dos cinco escolhidos”, revela, com orgulho de<br />
quem sabe que foi suado e merecido. Desde então começaram,<br />
a cinco, a fazer um projeto ibérico “e fomos<br />
desenvolvendo o negócio. Nesta fase estamos num<br />
projeto a três (porque houve três que se juntaram num<br />
só), mas o mercado é que não cresceu e, nos próximos<br />
anos, a tendência é mingar”, considera o administrador.<br />
Novas realidades<br />
Tal como nas últimas quatro déca<strong>das</strong>, qual casamento<br />
feliz, a Travocar continua atualmente a dançar a<br />
mesma música da gigante petrolífera e, no final de<br />
outubro de 2021, disse-lhe “até já”, migrando a relação<br />
comercial para a Castrol, uma vez que a BP deixou<br />
oficialmente de comercializar lubrificantes. “A estratégia<br />
da transição energética da BP levou a uma reforma<br />
dos recursos humanos e do negócio a nível mundial.<br />
Uma <strong>das</strong> decisões que foi tomada foi a de passar os<br />
lubrificantes para a Castrol e passar a ter dois negócios<br />
paralelos e independentes: o auto e a indústria”, detalha<br />
o responsável, adiantando que a Travocar é cliente<br />
<strong>das</strong> duas áreas “com um peso significativo, pelo que<br />
tivemos que transitar para as duas áreas e na Castrol<br />
agora temos dois responsáveis de negócio, que correspondem<br />
a dois chefes, para dois canais diferentes”.<br />
De acordo com Telmo Simões, enquanto distribuidores,<br />
as empresas necessitam ter volume de negócio, o<br />
que fez com que alguns dos concorrentes se juntassem<br />
“para ter peso e começaram a passar a mensagem de<br />
que são distribuidores exclusivos da marca. Nós não<br />
somos exclusivos, no entanto temos contratos com a<br />
BP e em breve vamos ganhar algumas valências novas”,<br />
garante.<br />
Hoje, a Travocar conta com uma equipa de 21 colaboradores,<br />
dos quais oito comerciais para a área auto e outros<br />
quatro para a indústria. No setor auto, a empresa faz o<br />
distrito de Aveiro, Coimbra e Leiria e está a começar a<br />
desenvolver a área de Viseu, ao passo que na indústria<br />
a Travocar vai até Sines. As ven<strong>das</strong> fazem-se de “forma<br />
direta pelos vendedores, ou de forma indireta através da<br />
busca que os clientes fazem nos sites, mas também nos<br />
chegam encomen<strong>das</strong> via telefone. A maior vantagem de<br />
andar aqui há 40 anos e de nos termos «portado bem»<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 39
TELMO SIMÕES E<br />
SÉRGIO SIMÕES<br />
O GRANDE PROJETO DA TRAVOCAR PARA 2022 É A CONSTRUÇÃO DE UM<br />
LABORATÓRIO QUE SERVIRÁ TANTO DE APOIO À INDÚSTRIA COMO ao SETOR<br />
AUTO. O OBJETIVO É FAZER ANÁLISES PARA OS CLIENTES, UTILIZANDO O<br />
PROTOCOLO DA CASTROL<br />
é o passa-palavra. Já temos uma carteira<br />
de clientes que permite que uns<br />
angariem outros e tragam amigos e<br />
os conhecidos. Depois há o mecânico<br />
que trabalhava nesta oficina e que depois<br />
sai e monta um negócio por conta<br />
própria e vem cá comprar... mas,<br />
claro, o primeiro responsável pelas<br />
ven<strong>das</strong> são os comerciais”, aponta o<br />
administrador. A Travocar vende para<br />
o retalho, mas “o foco são as oficinas.<br />
Tentamos criar parcerias, acordos de<br />
ven<strong>das</strong>, de rapel, ajudamos a montar<br />
uma oficina melhor e para tal temos o<br />
Castrol Auto Service, que é o embandeiramento<br />
de oficinas, ou seja, são<br />
clientes Castrol através de nós e têm<br />
usufruto de regalias da própria rede”.<br />
Quanto à logística, Telmo Simões<br />
menciona três formas diferentes de<br />
fazer chegar os produtos aos clientes:<br />
“Aqui na zona (20/30 km) fazemos<br />
nós a distribuição direta. Se for mais<br />
de 100/150 km, temos um carro dedicado<br />
para o fazer, todos os dias.<br />
Para distâncias maiores trabalhamos<br />
com transportadoras. Todos os dias,<br />
por volta <strong>das</strong> quatro e pouco eles estão<br />
aqui e carregam o que houver.<br />
Conseguimos entregar em qualquer<br />
local <strong>das</strong> regiões que cobrimos em<br />
cerca de 24h”.<br />
Neste momento, a aposta da Travocar<br />
passa pelo setor automóvel e<br />
o administrador não poderia estar<br />
mais satisfeito com os resultados<br />
alcançados: “Em 2021 tivemos um<br />
crescimento substancial de ven<strong>das</strong><br />
e em breve atingiremos os valores<br />
de 2019”, afirma. O administrador<br />
conta que a pandemia “acelerou alguns<br />
processos na Travocar”, nomeadamente<br />
ao nível da digitalização:<br />
“agora já fazemos reuniões regulares<br />
pelo Teams e pelo Zoom, já é normal.<br />
Além disso, começámos a desenvolver<br />
algumas aplicações e o nosso<br />
sistema informático já é todo na nuvem”.<br />
Isto traz alguma flexibilidade<br />
ao pessoal, permitindo aos comerciais,<br />
não estando na sede, ter acesso<br />
a toda a informação disponível através<br />
dos seus próprios tablets.<br />
Os novos tempos levaram ainda a<br />
que a empresa apostasse num portal<br />
B2B, que já está feito, mas ainda está<br />
por implementar, faltando apenas<br />
ultimar alguns detalhes. Além disso<br />
está também pronta a avançar uma<br />
nova página na internet, “mais agradável”<br />
para o utilizador.<br />
Sonhos e desafios<br />
O grande sonho de Telmo Simões, no<br />
entanto, não é digital. É, pelo contrário<br />
bem palpável e precisa de espaço<br />
para se concretizar. Trata-se de um<br />
pequeno laboratório que servirá tanto<br />
de apoio à indústria como ao setor<br />
auto, que já está adjudicado, mas que<br />
não tomou forma este ano, exatamente<br />
por falta de lugar para ser instalado.<br />
A ideia é “fazer análises para os<br />
nossos clientes, utilizando o protocolo<br />
da Castrol, porque atualmente a Castrol<br />
tem um laboratório em Bilbao e<br />
nós mandamos as amostras para lá. A<br />
questão é que uma análise demora, a<br />
correr bem, duas semanas. E nós queremos,<br />
em situações de emergência,<br />
despistar possíveis causas de eventuais<br />
problemas”, esclarece. Este é um<br />
projeto que já tem o espaço definido,<br />
só que em 2021 não foi possível libertar<br />
espaço na Travocar devido ao stock<br />
acumulado, mas o administrador<br />
TRAVOCAR<br />
Administradores<br />
Telmo Simões e Sérgio Simões<br />
Morada Rua de Aveiro, 138 –<br />
Barrosinhas – Zona Industrial Norte<br />
3750-760 Águeda<br />
Telefone 234 622 945<br />
E-mail info@travocar.com<br />
Site www.travocar.com<br />
assegura que “assim que o mercado<br />
normalizar nos preços e nós conseguirmos<br />
pôr o stock ao nível normal,<br />
vamos avançar com essa obra”.<br />
Tudo isto numa altura difícil, a nível<br />
global, por falta de matérias-primas,<br />
aumento generalizado de preços e<br />
muita dificuldade no que toca à logística.<br />
Telmo Simões nota que “os<br />
preços dos lubrificantes dispararam.<br />
E há falta. Durante o ano inteiro houve<br />
falta de componentes, de bases…<br />
depois houve falta de aditivos e em<br />
alguns lubrificantes houve falta de<br />
stock”. Ainda assim, a Travocar reagiu<br />
rapidamente e de forma incisiva:<br />
“fizemos o reforço de stock antes <strong>das</strong><br />
subi<strong>das</strong> e passámos o ano todo sem<br />
falta de produto, porque tivemos um<br />
stock três vezes o que deveríamos ter”,<br />
explica. O responsável entende que<br />
num momento como este, “o negócio<br />
e a logística não se compadecem. As<br />
oficinas não têm os óleos todos, nem<br />
têm que ter, mas não podem estar à<br />
espera de alguém que faça uma encomenda<br />
e esteja cinco dias à espera de<br />
um óleo. O cliente leva o carro à oficina,<br />
tira o óleo, põe óleo, paga e vai-<br />
-se embora. Se nós não fornecemos,<br />
alguém da concorrência vai fornecer,<br />
porque os óleos são compatíveis, temos<br />
é de ter a capacidade de entregar<br />
na hora”, defende.<br />
40 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Questionado sobre a possíveis dificuldades<br />
na gestão <strong>das</strong> infindáveis<br />
referências que existem hoje em dia<br />
no negócio dos lubrificantes, Telmo<br />
responde que “é complicado e simples<br />
ao mesmo tempo. Nós conseguimos<br />
gerir graças ao conhecimento e<br />
competência que os colaboradores<br />
da Travocar têm. Fazemos muita formação<br />
e reforçámos a equipa. Nunca<br />
fomos para lay-off e embora os vendedores<br />
estivessem em casa, todos os<br />
dias conversávamos e debatíamos a<br />
problemática <strong>das</strong> normas, as aprovações<br />
<strong>das</strong> OEM, as diretivas… e fomo-<br />
-nos atualizando”.<br />
A formação é um dos pilares na Tra-<br />
ta o Covid!”, exclama. Além disso, a<br />
Travocar faz algumas parcerias com<br />
centros de formação e institutos,<br />
onde se desloca para dar formação,<br />
como é o caso do Instituto Superior<br />
Técnico, onde vão, uma vez por ano,<br />
conversar durante uma hora sobre<br />
lubrificantes, “eles têm a parte teórica,<br />
nós vamos falar sobre a prática”.<br />
E o administrador salienta que “as<br />
ven<strong>das</strong> dependem muito dos comerciais”,<br />
sendo que a equipa da Travocar<br />
“tem um conhecimento técnico<br />
assinalável. Além disso, dispomos<br />
de todos os portais <strong>das</strong> marcas, que<br />
estão incluídos no nosso site, em que<br />
pela matrícula se sabe qual é o óleo<br />
explica, “gerimos o stock deles e o<br />
nosso. O segredo do negócio hoje é o<br />
cliente chegar, ser fornecido, pagar e<br />
voltar outra vez, mas para isso temos<br />
de ser competentes”. E se as manutenções<br />
programa<strong>das</strong> funcionam<br />
nas oficinas dos concessionários<br />
automóveis, porque só fornecem<br />
uma marca, com “duas ou três referências”,<br />
o mesmo não acontece nas<br />
oficinas multimarca, “onde a maioria<br />
dos clientes aparece para mudar<br />
o óleo sem marcação, ou marcando<br />
de manhã para a tarde. O problema<br />
é ter o stock disponível. Temos que<br />
ter um leque que cubra a maior parte<br />
do parque automóvel”, diz.<br />
cá para durar e para crescer”. A breve<br />
trecho espera “ganhar novas valências<br />
com o contrato com a Castrol, que é,<br />
no fundo, um contrato que já tem 40<br />
anos!”, destaca. Ter uma marca própria<br />
nunca foi um objetivo, apesar de,<br />
em tempos, já terem sido desafiados a<br />
ter, “por um setor que nem é muito tradicional,<br />
mas nunca avançámos”.<br />
No ano 2021, que foi “completamente<br />
atípico”, dado o aumento de preços,<br />
falta de matérias-primas e pelo Covid-19,<br />
revela que “não foi possível<br />
fazermos grandes campanhas”, tendo<br />
a empresa optado por “fruto do stock<br />
que tínhamos, absorver ao máximo os<br />
aumentos da matéria-prima e retar-<br />
A TRAVOCAR ACONSELHA INDIVIDUALMENTE CADA CLIENTE SOBRE O QUE<br />
DEVERÁ FAZER PARTE DO SEU STOCK MÍNIMO. O SEGREDO DO NEGÓCIO<br />
HOJE É O CLIENTE CHEGAR, SER FORNECIDO, PAGAR E VOLTAR OUTRA VEZ,<br />
MAS PARA ISSO TEM DE SE SER COMPETENTE<br />
vocar, tanto interna, como externa:<br />
“fazíamos a formação para os clientes,<br />
mas nesta altura da pandemia<br />
parou. Entretanto, já fizemos a primeira<br />
formação interna, com toda a<br />
gente aqui, e vamos agora começar<br />
a fazer formações com os clientes e<br />
com as casas de peças… assim permi-<br />
adequado ao carro”. A parte mais<br />
difícil, confessa, é saber rentabilizar<br />
o stock na oficina. E para isso,<br />
a Travocar também está preparada,<br />
aconselhando individualmente cada<br />
cliente sobre o que deverá fazer parte<br />
do seu stock mínimo com base na<br />
tipologia dos seus clientes. Assim,<br />
Venham mais 40<br />
A efeméride de 2021 é, sem dúvida, o<br />
importante marco dos 40 anos de vida<br />
que a Travocar celebra. Infelizmente, a<br />
situação pandémica não deixou fazer<br />
a devida festa, mas não faltarão oportunidades<br />
para o fazer no futuro, pois<br />
Telmo Simões garante que “estamos<br />
dar os aumentos aos clientes, mas em<br />
períodos normais trabalhamos com<br />
base nas campanhas”. E para o futuro,<br />
continuará a trabalhar o mercado<br />
com base nas campanhas, porque,<br />
acredita, “o mercado automóvel ainda<br />
vai valer uns bons números, durante<br />
alguns anos”. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 41
Veja o vídeo<br />
empresas<br />
VISOPARTS INAUGURA NOVAS INSTALAÇÕES<br />
IMAGEM MODERNA<br />
E FUTURISTA
LIGADA AO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO<br />
DE PEÇAS PARA PESADOS HÁ DEZASSETE ANOS,<br />
A VISOPARTS DEU EM 2021 UM PASSO HÁ MUITO<br />
DESEJADO: MUDOU DE INSTALAÇÕES. COM CERCA<br />
DE 2.100 METROS QUADRADOS DE ÁREA TOTAL<br />
E 1.700 METROS QUADRADOS DE ARMAZENAGEM,<br />
O NOVO EDIFÍCIO DA VISOPARTS APRESENTA<br />
UMA IMAGEM MODERNA E ATÉ FUTURISTA<br />
A<br />
Visoparts há muito que já vinha a necessitar de ter mais espaço de<br />
armazenagem e melhores condições para os seus trabalhadores,<br />
como tal, pôs mãos à obra e construiu aquela que é hoje a sua casa e<br />
a dos seus clientes.<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, fez-se à estrada e fomos conhecer os ‘cantos à casa’<br />
deste projeto tão ambicionado por José Oliveira, administrador da empresa.<br />
“As novas instalações são um sonho que se tornaram numa necessidade para<br />
enfrentar os próximos anos com outra capacidade de resposta. As instalações<br />
antigas já estavam completamente fora <strong>das</strong> nossas necessidades diárias, ao<br />
nível da armazenagem e até de pôr em causa o nosso bom serviço para com<br />
os clientes. Estávamos limitados a poder negociar maiores quantidades porque<br />
não podíamos armazenar”, revelou o administrador.<br />
Estar limitado não faz parte do ADN de José Oliveira, como tal, as novidades<br />
não ficam por aqui. Se é para mudar, muda-se sempre para melhor, assim, a<br />
Visoparts não mudou apenas o ‘visual’ <strong>das</strong> suas instalações como também a<br />
sua imagem de marca. O logotipo da empresa, apresenta agora uma imagem<br />
mais moderna e até futurista.<br />
Estas novas instalações trouxeram ainda uma sala de formação. “Queremos<br />
começar a dar formação aos nossos funcionários e aos nossos clientes, é uma<br />
mais valia para qualquer negócio. Temos que estar informados e acompanhar a<br />
evolução do mercado, para isso já temos três ações de formação pensa<strong>das</strong> para<br />
este ano. Ainda não temos datas, mas já temos parceiros, estamos só dependentes<br />
da evolução pandémica que estamos a viver”, explicou o administrador.<br />
A evolução do negócio<br />
Com o negócio a correr de vento em popa, José Oliveira revelou ao JO qual<br />
o segredo para conseguirem atingir números de faturação recorde em 2021<br />
e ter todos os seus clientes fidelizados. “O nosso modelo de negócio é um<br />
pouco diferente do mercado habitual. Crescemos a ser especialistas em semirreboques,<br />
mas ao longo dos anos os nossos clientes ‘obrigaram-nos’ a<br />
mudar a agulha e a seguir em direção aos camiões. Temos já 17 anos de vida<br />
e nunca baixámos os braços ao longo do tempo, fomos sempre procurando<br />
novos fornecedores, novos parceiros, novas referências. Sem nunca descurar<br />
a estratégia que para nós é tão importante: termos sempre bons fornecedores<br />
para oferecer um bom serviço aos nossos clientes”, afirmou.<br />
O MAIOR DESAFIO DOS ÚLTIMOS<br />
DOIS ANOS FOI GARANTIR UMA<br />
RESPOSTA DE QUALIDADE A TODOS<br />
OS PEDIDOS, SEM INTERRUPÇÕES<br />
E COM UMA SATISFAção TOTAL<br />
DOS CLIENTES, E ISSO FOI<br />
CONSEGUIDO DE FORMA EXEMPLAR<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 43
VISOPARTS<br />
A VISOPARTS APOSTA EM RECURSOS HUMANOS EXPERIENTES<br />
E DÁ FORMAÇÃO REGULAR ÀS SUAS EQUIPAS, PARA RESPONDER<br />
A ELEVADOS PADRÕES DE EXIGÊNCIA DAS EMPRESAS DOS SEUS CLIENTES
Como resultado deste modelo de negócio<br />
e visão de futuro, hoje a empresa<br />
disponibiliza aos seus clientes um<br />
portfólio com 42 famílias de produtos<br />
to<strong>das</strong> elas liga<strong>das</strong> aos semirreboques,<br />
travagem, suspensão, iluminação<br />
e mais recentemente, apostaram<br />
nos motores, nas embraiagens e nos<br />
compressores de ar. José Oliveira<br />
acrescentou ainda “Temos to<strong>das</strong> as<br />
soluções que o nosso cliente necessita,<br />
e se existir alguma que não tenhamos<br />
na ‘ponta da língua’, procuramos<br />
para ter”.<br />
Com um mercado cada vez mais exigente,<br />
o administrador revelou ao<br />
JO a ‘mezinha’ milagrosa que utiliza<br />
para o dia a dia da empresa “Estamos<br />
diariamente à procura de novos produtos<br />
e de novos fornecedores. O ano<br />
de 2020 foi um ano muito atípico e<br />
não conseguimos acrescentar nada<br />
de novo, mas 2021 já foi um pouco<br />
melhor. No entanto, só nos mudamos<br />
para estas novas instalações<br />
há cerca de dois meses e como tal,<br />
mesmo que quisessemos acrescentar<br />
novas marcas, não tínhamos capacidade<br />
logística para o fazer. Neste mo-<br />
“A verdade é que já começamos a ter<br />
falta de referências em marcas de<br />
primeiro equipamento e os nossos<br />
fornecedores não nos conseguem dar<br />
prazos de entrega. Até agora temos<br />
conseguido colmatar as falhas, reforçando<br />
as relações com os melhores<br />
fabricantes mundiais, trabalhando<br />
com parceiros e fornecedores de elevada<br />
resiliência, que nos asseguram o<br />
fornecimento em situações de crise”.<br />
Sem um ponto final à vista, para o<br />
administrador o pior ainda está para<br />
vir “2022 vai ser um pouco duro neste<br />
aspeto, vamos querer servir o nosso<br />
cliente e vamos ter muita dificuldade<br />
em servir com aquele produto<br />
que estavam habituados a comprar e<br />
que agora não existe. Não será fácil<br />
reverter esta situação, e já estamos a<br />
abdicar de alguma margem para proteger<br />
o nosso cliente. Provavelmente<br />
só conseguiremos reverter a situação<br />
quando os preços estabilizarem”.<br />
2022 cheio de novidades<br />
O futuro é incerto, mas para a Visoparts<br />
2022 avizinha-se cheio de<br />
novidades. Tal como já é habitual, a<br />
A VISOPARTS ACREDITA QUE A MELHOR MANEIRA DE APOIAR<br />
OS SEUS CLIENTES E RESPONDER ÀS SUAS NECESSIDADES É MANTER<br />
OS STOCKS ELEVADOS E ATUALIZADOS<br />
mento a situação mudou e já temos<br />
vários fornecedores e produtos em<br />
vista para adicionar em 2022”.<br />
Para além desta gestão rigorosa, José<br />
Oliveira acredita que a sua filosofia<br />
de vida também se adequa bastante<br />
ao seu negócio. “Não compramos só<br />
por comprar e não vendemos só por<br />
vender. Ou seja, temos que vender e<br />
servir o nosso cliente com produtos<br />
de qualidade”.<br />
A crise dos stocks<br />
e as margens comerciais<br />
Mas nem tudo são boas notícias. A<br />
dificuldade de abastecimento de peças<br />
junto dos fornecedores começam<br />
a preocupar José Oliveira que revelou<br />
ao JO já começar a ter escassez<br />
de alguns produtos de primeiro<br />
equipamento, bem como de abdicar<br />
de margem para proteger os seus<br />
clientes.<br />
VISOPARTS<br />
Administradores José Carlos<br />
Oliveira e Olga Oliveira<br />
Morada Parque Industrial<br />
Coimbrões,<br />
Estrada Principal, 3500 – 618 Viseu<br />
Telefone 232 471 427<br />
email geral@visoparts.com<br />
Site www.visoparts.com<br />
empresa vai continuar a apostar no<br />
digital, desta vez, num portal B2B “A<br />
Visoparts tem apostado forte no digital,<br />
os nossos clientes neste momento<br />
já podem consultar referências, produtos,<br />
amostras de stock, etc. Em<br />
2022 já vão conseguir fazer compras<br />
online através da nossa plataforma<br />
B2B. Ainda assim, o nosso site tem-<br />
-nos feito aumentar as ven<strong>das</strong>. Apesar<br />
de eu considerar que este ramo de<br />
peças para pesados não é algo que se<br />
compre online, no entanto, as grandes<br />
frotas procuram esta opção e nós<br />
tínhamos que ter. À distância de um<br />
clique, os clientes podem encontrar<br />
milhares de produtos <strong>das</strong> mais diversas<br />
categorias, pesquisar referências,<br />
solicitar orçamentos, entre muitas<br />
outras funcionalidades”, explicou.<br />
Segundo o administrador, 2021 não<br />
poderia ter corrido melhor. Não só<br />
mudaram de instalações, como as<br />
ven<strong>das</strong> foram superiores ao que esperavam.<br />
“O ano de 2020 foi atípico<br />
para nós porque como trabalhamos<br />
quase sempre para grandes frotas<br />
e estas em março e abril de 2020<br />
pararam, isso refletiu-se no nosso<br />
negócio. Perdemos cerca de 10% de<br />
faturação relativamente a 2019. Em<br />
2021 recuperámos e conseguimos fechar<br />
acima de 2019, que tinha sido<br />
o melhor ano de sempre da Visoparts”.<br />
Para 2022 o administrador deixa<br />
uma garantia “Vamos continuar a<br />
trabalhar dentro <strong>das</strong> linhas que traçámos<br />
e a aproveitar esta nossa aposta<br />
nas novas instalações com uma<br />
maior capacidade de armazenagem.<br />
Se 2022 não for melhor que 2021,<br />
então que seja igual que já é bom.<br />
Consideramos que há sempre espaço<br />
para crescer, respeitando e cumprindo<br />
com a cadeia de valor - queremos<br />
acima de tudo manter a confiança<br />
que os nossos clientes depositam em<br />
nós porque lhes disponibilizamos a<br />
solução mais adequada às suas necessidades<br />
e com a melhor relação<br />
qualidade/preço” concluiu. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 45
Oficina<br />
do Mês<br />
POWERCOLOR<br />
FOCO NA QUALIDADE<br />
E DISPONIBILIDADE<br />
LOCALIZADA NUMA DAS ZONAS COM MAIOR POTENCIAL DE CRESCIMENTO NA CIDADE DO PORTO,<br />
A POWERCOLOR É UMA EMPRESA JOVEM COM ELEVADA ENERGIA E PROFISSIONALISMO,<br />
MAS QUE SURGE COMO RESULTADO DE UMA LONGA EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO DE TRÊS GERAÇÕES<br />
A<br />
Powercolor é uma oficina dedicada à manutenção<br />
e reparação multimarca, chaparia<br />
e pintura de automóveis no Porto,<br />
criada em julho de 2010. Dispõe de três grandes<br />
áreas de trabalho: secção de pintura com estufas<br />
para repintura e preparação, secção da chaparia<br />
e secção de mecânica. Conta com equipamento<br />
especializado para serviços de diagnóstico, climatização<br />
e lavagem. A equipa é composta por sete<br />
técnicos especializados, sendo três pintores, dois<br />
chapeiros e dois mecânicos.<br />
“Temos um grande foco na fidelização através da<br />
confiança transmitida ao longo dos anos. Somos<br />
conhecidos pela qualidade dos serviços realizados.<br />
Para maior satisfação dos nossos clientes,<br />
oferecemos a lavagem exterior, aspiramos e desinfetamos<br />
as viaturas em qualquer tipo de intervenção<br />
realizada na nossa oficina. A fidelização está<br />
focada na qualidade do trabalho, com a garantia<br />
dos serviços realizados, e comunicação constante<br />
com o cliente”, refere Paulo Alexandrino, gerente<br />
da Powercolor.<br />
A oficina está preparada para oferecer os serviços<br />
transversais associados às áreas da mecânica,<br />
eletrónica e colisão, sendo o restauro total de automóveis<br />
clássicos uma <strong>das</strong> suas especialidades.<br />
Disponibiliza soluções inteligentes de reparações<br />
e manutenções em geral, acompanhando as novidades<br />
crescentes associa<strong>das</strong> à mobilidade, que<br />
são suporta<strong>das</strong> através de um call center de apoio<br />
técnico disponível diariamente.<br />
As parcerias com as melhores empresas fornecedoras<br />
de produtos de pintura automóvel sempre<br />
foi prioridade. Tendo uma política de serviços<br />
orientada para os clientes, a Powercolor, garante<br />
a satisfação dos mesmos como um dever. O marco<br />
46 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
mais importante na vida da empresa ocorreu em<br />
dezembro de 2019, quando teve a oportunidade<br />
de mudar de instalações e passou a contar com<br />
uma localização privilegiada e um espaço mais<br />
amplo, o que possibilitou reunir todos os serviços<br />
que dispõe dentro <strong>das</strong> valências de mecânica,<br />
chapa e pintura.<br />
Com o objetivo de melhorar e atualizar a gestão e<br />
os serviços prestados, Paulo Alexandrino decidiu<br />
aderir em 2021 à rede Carwin, a mais nova rede<br />
de oficinas multimarca, gerida pela Newonedrive,<br />
empresa do grupo NORS. A marca possui um<br />
conceito inovador e diferencia-se pela transparência,<br />
conveniência, suporte técnico avançado,<br />
dinamismo, sustentabilidade e pelas vantagens<br />
associa<strong>das</strong> a todos os players na cadeia de valor:<br />
distribuidores, parceiros, oficinas e clientes.<br />
A Powercolor conta com a assistência técnica da<br />
rede Carwin, através do Data Tecnic e utilizam o<br />
Armin OPTI GRAPHIC, uma avançada plataforma<br />
oficinal de apoio à manutenção e reparação<br />
automóvel. Com a identificação exata e simples<br />
do automóvel e peças, garante a rapidez, qualidade<br />
e rentabilidade nas reparações. É uma mais<br />
valia pelas soluções associa<strong>das</strong> que otimizam a<br />
visão global do negócio. A nível da formação técnica,<br />
os colaboradores têm participado em ações<br />
promovi<strong>das</strong> pela rede.<br />
POWERCOLOR<br />
Gerente: Paulo Alexandrino<br />
Morada: Av. Fontes Pereira de Melo, 473 -<br />
4100-262 Porto<br />
Telemóvel 933 292 224<br />
E-mail geral@powercolor.pt<br />
Site www.powercolor.pt<br />
A Carwin estabeleceu parcerias com diversas<br />
marcas de peças de qualidade comprovada e reconhecida<br />
pelo aftermarket, nomeadamente com a<br />
Delphi para o fornecimento de equipamento oficinal,<br />
com destaque às máquinas de diagnóstico.<br />
Como oficina aderente à rede Carwin, a Powercolor<br />
tem disponíveis uma série de vantagens,<br />
designadamente: Formação especializada; Call<br />
center de apoio técnico disponível diariamente;<br />
Imagem moderna e atrativa; Possibilidade de implementar<br />
a imagem adaptada à oficina, sem perder<br />
a sua identidade; Gestão independente com<br />
apoio de uma gestão de rede com vasto know-how<br />
no setor. E com vista a oferece um melhor serviço<br />
aos seus clientes, disponibiliza um serviço transparente<br />
realizado por técnicos profissionais e dedicados;<br />
reparação e manutenção de automóveis<br />
de to<strong>das</strong> as marcas e modelos, assim como peças e<br />
equipamentos de qualidade reconhecida.<br />
As novas tecnologias também já estão presentes,<br />
conforme refere Paulo Alexandrino “Além<br />
da segurança e profissionalismo habituais que<br />
transmitimos aos nossos clientes através <strong>das</strong> redes<br />
sociais, a comunicação contínua adaptada<br />
às necessidades do consumidor é um diferencial.<br />
Devido à pandemia esta comunicação e feedback<br />
em tempo real são ainda mais apreciados pelos<br />
nossos clientes”.<br />
A Powercolor já tem uma estratégia planeada<br />
para os próximos anos e que vai de encontro com<br />
os objetivos da adesão à Rede Carwin, por ter<br />
acesso à informação necessária para evoluir de<br />
forma constante, e contar com to<strong>das</strong> as condições<br />
para angariar novos clientes, sempre com muita<br />
qualidade e disponibilidade para uma rápida resposta.<br />
Para Paulo Alexandrino, o grande desafio é<br />
conseguir gerir os prazos de encomen<strong>das</strong> de peças<br />
necessárias, para garantir maior rapidez na resposta<br />
ao cliente. l<br />
A POWERCOLOR PROCURA UMA ESPECIALIZAÇÃO CONTÍNUA<br />
POR MEIO DE FORMAÇÕES, AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS MAIS atUAIS<br />
E CONTA COM O APOIO DA REDE CARWIN PARA ACOMPANHAR<br />
A EVOLUÇÃO DO AFTERMARKET<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 47
EMPRESA<br />
BGA COMEMORA 90 ANOS DE FABRICO DE PEÇAS OE<br />
90 ANOS DE PERÍCIA<br />
E INOVAÇÃO!
COM MAIS DE 90 ANOS DE FABRICO DE PEÇAS OE, A BGA É A DIVISÃO DE AFTERMARKET<br />
DO BRITISH GASKETS GROUP (4BG), CONSTITUÍDO EM 1929. JUNTOS, A BGA E O GRUPO 4BG<br />
REPRESENTAM 10 FÁBRICAS QUE PRODUZEM ANUALMENTE MAIS DE 28 MILHÕES DE ARTIGOS<br />
PARA UMA VASTA GAMA DE INDÚSTRIAS, INCLUINDO A AUTOMÓVEL, AEROESPACIAL, DEFESA,<br />
ELETRODOMÉSTICOS, MARÍTIMA, PETROQUÍMICA E FERROVIÁRIA, PARA CITAR ALGUMAS<br />
Esta estrutura confere a to<strong>das</strong> as empresas do<br />
grupo acesso às mais avança<strong>das</strong> técnicas de<br />
fabrico, experiência e equipamento, dando<br />
vantagem à BGA quando se trata da produção<br />
de peças e componentes de alta qualidade para<br />
o mercado de reposição mundial. O Grupo 4BG<br />
é fornecedor de equipamento original para empresas<br />
como a Caterpillar, BMW, Aston Martin,<br />
Rolls Royce, Bosch, Nissan, Jaguar Land Rover,<br />
Renault, etc.<br />
A garantia de qualidade no Grupo 4BG é uma<br />
prioridade, possuindo departamentos dedicados a<br />
testes de produto, assegurando que cada produto<br />
fabricado cumpre os elevados padrões estabelecidos<br />
e as especificações do cliente. Aderindo às rigorosas<br />
normas de qualidade ISO TS16949, ISO<br />
9001-2, ISO 14001, o Grupo 4BG tem um portfólio<br />
inigualável na indústria de equipamento e maquinaria<br />
especializada para medição e testes.<br />
Os produtos BGA são reconhecidos pelas suas<br />
especificações OE para o mercado pós-venda automóvel,<br />
com mais de 40.000 referências em Direção<br />
e Suspensão, Veios de transmissão e Juntas<br />
homocinéticas, Bombas de direção assistida, Kits<br />
de distribuição, Juntas, Bombas de óleo, Bombas<br />
de água e Termóstatos, Polias de cambota, Correias<br />
de Transmissão e Tensores que cobrem to<strong>das</strong><br />
as marcas de automóveis de passageiros e veículos<br />
comerciais ligeiros.<br />
Emprega mais de 200 pessoas e opera num centro<br />
de distribuição no Reino Unido com mais de<br />
100.000 m 2 de área e uma capacidade de armazenagem<br />
de mais de 95% da sua gama. Oferece<br />
um serviço de expedição no próprio dia do pedido,<br />
conseguindo assim fornecer às oficinas peças e<br />
componentes de reposição que satisfazem ou excedem<br />
a qualidade do equipamento original.<br />
Graças aos avanços nas tecnologias de fabrico, a<br />
BGA pode comercializar estas peças de alta qualidade<br />
para o mercado pós-venda a preços verdadeiramente<br />
acessíveis.<br />
Com mais de 40.000 peças disponíveis, as encomen<strong>das</strong><br />
da BGA são geri<strong>das</strong> por um sistema totalmente<br />
automatizado, o que resulta num processamento<br />
rápido e prazos de entrega reduzidos. Com<br />
mais de 95% da gama sempre disponível em stock,<br />
a BGA está preparada para recolher as encomen<strong>das</strong><br />
de clientes e oferecer expedição no mesmo dia<br />
para qualquer parte do mundo. Em todo o mundo,<br />
a BGA tem tido um rápido crescimento nos mercados<br />
de exportação, designadamente na região da<br />
EMEA, especificamente no Norte de África. Nos<br />
próximos 5 anos, a BGA planeia continuar a explorar<br />
novos horizontes, assegurando que todos os<br />
países em todo o mundo tenham acesso a produtos<br />
HRH O Príncipe de Gales e Davide Piaser,<br />
Chefe de Ven<strong>das</strong> de Exportação da BGA,<br />
no Castelo de Windsor, no Reino Unido, numa<br />
recepção organizada em nome da Rainha, para<br />
os Prémios “The Queen’s Awards for Enterprise”.<br />
automóveis pós-venda que satisfaçam os padrões<br />
de qualidade de equipamento original a um custo<br />
acessível.<br />
“The Queens Award for Enterprise”<br />
O sucesso da BGA nos mercados de exportação nos<br />
últimos anos foi reconhecido quando a BG Automotive<br />
recebeu o The Queen’s Award for Enterprise:<br />
International Trade 2020. A exportação representa<br />
agora mais de 60% do volume de negócios da<br />
BGA e é um importante trampolim para o crescimento<br />
futuro dos seus negócios dentro do mercado<br />
automóvel. A BGA está presente, recorde-se, nos<br />
mercados da Europa, Rússia, Médio Oriente, África,<br />
Ásia, América Sul e EUA. E está a ser alvo de<br />
bastante procura por parte de países longínquos<br />
como a Austrália, graças à sua elevada reputação e<br />
à reconhecida qualidade <strong>das</strong> peças e componentes<br />
para o aftermarket de que dispõe.<br />
Da parceria com a BGA, os clientes beneficiam de<br />
90 anos de perícia e inovação, de uma <strong>das</strong> maiores<br />
gamas de produtos disponíveis no mercado pós-<br />
-venda e de uma equipa de Engenheiros no Reino<br />
Unido que trabalha incessantemente para fornecer<br />
produtos de qualidade superior ao mercado pós-<br />
-venda em contínuo crescimento. l<br />
Qualidade e testes<br />
Durante o desenvolvimento de um produto, a BGA<br />
realiza diversos testes, de modo a assegurar que<br />
cada produto cumpre os rigorosos padrões de qualidade<br />
exigidos. Uma vez ultrapassados estes testes<br />
iniciais, seguem-se provas de desempenho e simulação<br />
da vida real, frequentemente para destruição e<br />
sempre em comparação com uma nova peça idêntica<br />
de equipamento original. A BGA consegue assim<br />
assegurar que os seus produtos cumprem e ultrapassam<br />
as normas do equipamento original.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 49
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
O<br />
fornecedor global para os setores automotive<br />
e industrial, Schaeffler celebrou o seu 75º<br />
aniversário com uma cerimónia digital. Os<br />
irmãos Dr. Wilhelm e Dr.-Eng E.h. Georg Schaeffler<br />
lançaram a primeira pedra do Grupo em 1946<br />
ao fundar a Industrie GmbH em Herzogenaurach.<br />
Era o início de uma empresa que conta hoje com<br />
mais de 83.900 colaboradores em cerca de 200 locais<br />
distribuídos em 50 países. Entre outras, três<br />
empresas independentes de sucesso - INA, LuK e<br />
FAG - juntar-se-iam para criar um líder tecnológico<br />
global com o ADN de uma empresa familiar.<br />
Consequentemente, no dia de hoje a Schaeffler<br />
celebra 75 anos de progresso, inovação tecnológica<br />
e sucesso económico com uma cerimónia de<br />
aniversário online para todos os colaboradores e<br />
colaboradoras e alguns convidados específicos do<br />
mundo económico e político. O espírito pioneiro,<br />
as inovações e as aquisições estratégicas são a base<br />
GRUPO SCHAEFFLER CELEBRA 75º ANIVERSÁRIO<br />
EM MOVIMENTO HÁ 75 ANOS<br />
do sucesso. O vertiginoso crescimento da empresa<br />
a partir de 1950 foi possível graças ao rolamento<br />
de agulhas com gaiola, uma engenhosa invenção do<br />
Dr.-Eng. E.h. Georg Schaeffler que revolucionou o<br />
movimento e a mobilidade, tanto na construção<br />
automóvel como na indústria. Esta invenção estabeleceu<br />
as bases de um sucesso global contínuo.<br />
Desde sempre que a Schaeffler se caracterizou pela<br />
sua extraordinária capacidade inovadora e pelo seu<br />
alto nível de responsabilidade social. A curiosidade<br />
e uma visão voltada para o futuro, que motivaram<br />
os dois irmãos, são a grande força, até aos dias de<br />
hoje, desta empresa familiar, defensora da tradição.<br />
Por ocasião do 75º aniversário foi criada a Fundação<br />
Schaeffler para sublinhar a responsabilidade<br />
social do Grupo Schaeffler e dos seus acionistas<br />
familiares.<br />
A Fundaçao Schaeffler será dotada com um fundo<br />
inicial de 3 milhões de euros, repartidos em partes<br />
iguais entre a Schaeffler AG e a IHO Holding. A<br />
fundação desenvolverá as suas atividades em todo o<br />
mundo e concentrar-se-á em três áreas de abordagem:<br />
1) Proteção do Clima e do Meio ambiente, 2)<br />
Investigação e Ciência e 3) Formação, Qualificação<br />
e Igualdade de Oportunidades. Olhando para o futuro,<br />
o Grupo Schaeffler posicionou-se claramente<br />
a nível estratégico com o seu Roadmap 2025.<br />
No núcleo estratégico estão a sustentabilidade e a<br />
digitalização, ladea<strong>das</strong> por cinco áreas de abordagem<br />
relaciona<strong>das</strong> com temas como os acionamentos<br />
eficientes em CO2 ou as energias renováveis.<br />
“Enquanto houver movimento, também existirá<br />
Schaeffler. Na Schaeffler, a inovação, a qualidade,<br />
a compreensão do sistema e excelência no fabrico<br />
combinam-se para formar uma força comum. Com<br />
esta força e o ADN da empresa familiar, estamos<br />
perfeitamente preparados para o futuro”, disse<br />
Klaus Rosenfeld, CEO da Schaeffler AG.<br />
50 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
LANÇA SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO<br />
Sogilub | A Sogilub, Sociedade de Gestão Integrada dos Óleos Lubrificantes Usados, está<br />
a lançar um projeto inovador de sensorização dos “oleões” da rede DiY. A rede de recolha<br />
designada por rede Do It Yourself (DIY), é a rede de recolha de óleos lubrificantes usados<br />
provenientes dos cidadãos, que permite dar resposta à necessidade de existência de locais<br />
onde qualquer particular possa deixar o óleo lubrificante usado que produziu, de um modo<br />
rápido e fácil, mas com a garantia de que o resíduo vai ser encaminhado da forma correta.<br />
Este projeto inovador, tem como objetivo medir o nível de óleo usado nos diferentes pontos<br />
de recolha (oleões) desta rede, de forma remota e centralizada, o que irá permitir otimizar<br />
os procedimentos e as rotas de recolha, assim como facilitar a experiência do particular, que<br />
poderá ser informado sobre que pontos de recolha estão disponíveis para receber o seu óleo<br />
usado. O projeto piloto, focando a monitorização do nível de óleo usado nos oleões ECOLUB da<br />
rede DiY, decorreu durante o último trimestre de 2021.<br />
FALECEU ANTÓNIO CHÍCHARO<br />
Faleceu dia 15 de dezembro, no Hospital de Beja, o empresário bejense António Chícharo. António<br />
Chícharo tinha 83 anos e durante a sua vida esteve ligado a várias instituições e associações sociais<br />
e empresariais. Alentejano na sua essência, mas com uma ampla e correta visão do mundo, António<br />
Chícharo, após ter terminado os seus estudos académicos em Évora e em Lisboa, cedo voltou à sua terra,<br />
começando a trabalhar aos 23 anos, na empresa familiar de seu pai, ligada à atividade do Comércio Automóvel.<br />
A sua capacidade, determinação e resiliência, permitiu que, em 1968 tenha acedido ao estatuto<br />
de Concessionário da Toyota e criado a empresa José Cândido Chícharo & Filho, Lda., curiosamente, no<br />
dia anterior ao 25 de Abril de 1974. Ao longo da sua vida, e a par da carreira empresarial, foi presidente<br />
da ANECRA – Associação Nacional <strong>das</strong> Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel durante largos<br />
anos, assim como administrador do Centro de Formação Profissional de Reparação Automóvel e provedor<br />
da Santa Casa da Misericórdia de Beja. António Chícharo foi igualmente dirigente do NERBE e da Associação<br />
Comercial do Distrito de Beja. Em 2019, o empresário recebeu da Câmara de Beja a Medalha de<br />
Mérito Empresarial, depois de, entre 2001 e 2005, ter sido eleito na Assembleia Municipal de Beja, pelo<br />
PSD. Homem extraordinário, deixou um legado grande à sua família e à sua cidade do coração. O <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> apresenta a toda a família e amigos de António Chícharo as mais senti<strong>das</strong> condolências.<br />
PUB<br />
autosilva<br />
ARRANCA O ANO NA AUTO RECTO<br />
Mobiletron | A Auto Recto aposta na Mobiletron como primeira marca do ano 2022. Uma<br />
marca conhecida sobretudo pelos seus reguladores e placas. São mais de 600 referências<br />
diferentes desta marca na Auto Recto. A oferta abrange reguladores e placas, mas também<br />
módulos de ignição, sensores, son<strong>das</strong> lambda e bobines de ignição. A Mobiletron tem uma<br />
experiência de mais de 30 anos e está presente em mais de 100 países.
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
PUBLIREPORTAGEM<br />
A LENDA<br />
DE UM ÓLEO ÚNICO<br />
Antigamente, era quase indiferente que óleo se usava no motor: havia poucos<br />
tipos de óleo diferentes e o motor aguentava quase tudo. Posteriormente,<br />
surgiram mais tipos de óleo, mas as várias viscosidades, como, por exemplo,<br />
10W-40 ou 15W-40, continuaram a servir de orientação. As viscosidades indicam a<br />
espessura ou a fluidez do óleo em estado frio e quente. Mas, hoje, a viscosidade é só<br />
uma <strong>das</strong> muitas características importantes.<br />
O que aconteceu para que surgissem tantos tipos de óleo? Nos seus esforços no<br />
sentido de reduzirem o consumo de combustível e, como consequência, também<br />
as emissões, os fabricantes automóveis, em especial os europeus, descobriram que<br />
o óleo de motor era um dos elementos cruciais para isso. Quando desenvolvem um<br />
novo motor, as propriedades que o óleo tem de ter são defini<strong>das</strong> muito cedo. Cabe<br />
A LIQUI MOLY EXPLICA<br />
POR QUE MOTIVO EXISTEM<br />
TANTOS ÓLEOS DE MOTOR<br />
DIFERENTES E NÃO É POSSÍVEL<br />
TER UM ÓLEO PARA TODOS<br />
OS VEÍCULOS<br />
PRÉMIOS AOS VENCEDORES BLACK FRIDAY<br />
ASER | A Black Friday foi celebrada na sexta-feira 26 de Novembro e o Grupo ASER e os seus parceiros não<br />
quiseram perder a oportunidade de estender a celebração do seu 5º Aniversário a este dia especial. Um dia que<br />
tanto os retalhistas como os consumidores começaram a celebrar nos Estados Unidos, mas que agora se estendeu<br />
a praticamente todo o mundo e já se tornou um dos dias mais esperados do ano, com inúmeras ofertas e campanhas<br />
especiais. Durante esse dia, todos os clientes que fizeram uma compra em qualquer dos distribuidores ASER<br />
em Espanha e Portugal puderam registar-se no website desenvolvido para a campanha e participar no sorteio de<br />
vários televisores de 55”.<br />
então aos fabricantes de óleo desenvolverem um óleo adequado. E porque cada<br />
fabricante automóvel tem pontos de partida diferentes em termos tecnológicos, as<br />
propriedades exigi<strong>das</strong> em termos de óleo são, também elas, diferentes.<br />
O lubrificante universal <strong>das</strong> passa<strong>das</strong> déca<strong>das</strong> transformou-se assim num líquido altamente<br />
especializado. E, por isso, não é possível haver atualmente um óleo universal<br />
adaptado a todos os veículos. A LIQUI MOLY produz em exclusivo na Alemanha e tem<br />
o óleo adequado para todos os automóveis. Atualmente, o óleo de motor é como<br />
uma peça de reposição líquida e usar o óleo errado é como montar uma peça não<br />
adequada. Podem surgir perigos que ultrapassam em muito as simples lamas de óleo,<br />
pois existem combinações de óleo/motor que podem destruir o motor após poucas<br />
centenas de quilómetros. O óleo certo para um determinado veículo é indicado pelo<br />
manual ou pelo guia de óleo disponível no site e app da LIQUI MOLY.<br />
REFORÇA PROXIMIDADE COM OS CLIENTES<br />
CEPSA | Já estão em vigor os novos benefícios do cartão StarRessa Direct, que oferece agora aos clientes<br />
profissionais Cepsa mais vantagens, mais serviços e descontos em combustível até 9 cêntimos nos 1.800 postos<br />
de abastecimento disponíveis na Península Ibérica. Entre as novas vantagens destaca-se um duplo desconto.<br />
Presencial e imediato no momento de cada abastecimento, e ainda um desconto no final do mês em função dos<br />
litros consumidos através de saldo disponível no cartão. As novas condições já em vigor são automaticamente<br />
ativa<strong>das</strong> a partir da primeira transação efetuada com o cartão StarRessa Direct nos terminais Cepsa de qualquer<br />
dos postos Cepsa aderentes.<br />
52 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
LOCTITE LANÇA PLATAFORMA DE<br />
FORMAÇÃO ONLINE<br />
GRATUITA<br />
Loctite, a marca líder mundial em adesivos e selantes, lançou<br />
LOCTITE XPLORE, uma inovadora plataforma de<br />
formação online gratuita para facilitar o trabalho dos<br />
profissionais do setor de montagem, manutenção e reparação<br />
automóvel. Esta ferramenta tem como objetivo ajudar a tomar<br />
decisões fundamenta<strong>das</strong> nas últimas inovações dos diferentes setores.<br />
LOCTITE EXPLORE oferece ao utilizador, de forma fácil,<br />
o acesso a uma série de recursos relacionados com a utilização<br />
dos adesivos e selantes Loctite, conteúdos baseados no conhecimento<br />
acumulado ao longo de mais de 65 anos de experiência<br />
da marca. Em formato de módulos, a plataforma dá a conhecer<br />
a tecnologia oferecida por cada um dos produtos adesivos industriais<br />
disponibilizados pela marca. Assim, LOCTITE XPLORE<br />
pretende ser um espaço de divulgação de conhecimentos pela<br />
mão de técnicos especialistas do setor, que revelam na plataforma<br />
todos os seus truques e desmistificam len<strong>das</strong> urbanas.<br />
AÇÃO FORMATIVA PARA OFICINAS<br />
RecOficial | No passado dia 23 de Novembro, decorreu mais uma sessão formativa<br />
exclusiva para as oficinas RecOficial intitulada: Diagnóstico e Reparação de Veículos<br />
Híbridos e Elétricos. O parque de veículos híbridos e elétricos está em franco crescimento<br />
pelo que, muito em breve, vai ser necessário diagnosticar as falhas no respetivo sistema<br />
de armazenamento de energia. A presente sessão incidiu no diagnóstico e verificação de<br />
toda a estrutura <strong>das</strong> baterias de alta tensão e fez parte do plano de formação exclusivo<br />
para as oficinas RecOficial que, no ano de 2021, contemplou 8 formações online. Como<br />
é do conhecimento de todos, as oficinas aderentes à rede ibérica RecOficial estão<br />
continuamente a preparar-se para poder intervencionar qualquer tipo de viatura seja<br />
convencional, híbrida ou elétrica.<br />
CONFIRMA ESTATUTO<br />
DE LÍDER NO DESPORTO AUTOMÓVEL<br />
Brembo | A Brembo celebra o 60º aniversário da melhor maneira, confirmando a sua supremacia tecnológica<br />
no desporto automóvel com 62 títulos mundiais alcançados nas principais competições de duas e quatro ro<strong>das</strong><br />
em 2021. A empresa sedeada em Bergamo atinge um novo recorde: ao longo dos seus 47 anos de presença<br />
global nas diferentes competições de corri<strong>das</strong>, a empresa nunca ganhou tantos títulos como neste ano, e agora<br />
conta com mais de 500 campeonatos obtidos ao longo do tempo. A experiência adquirida ao longo dos anos na<br />
pista representa o laboratório privilegiado para a Brembo, onde as soluções mais recentes são testa<strong>das</strong> e depois<br />
transferi<strong>das</strong>, ao longo dos próximos anos, para a produção de veículos. Os títulos conquistados em desportos<br />
motorizados, também incluem importantes vitórias alcança<strong>das</strong> com o apoio <strong>das</strong> marcas que fazem parte do<br />
Grupo, como Marchesini e AP Racing (desde 2000), e duas marcas recentemente adquiri<strong>das</strong> pela empresa: SBS<br />
Friction e J.Juan.<br />
rodape_Nelson_Tripa.pdf 1 21/12/2021 17:41<br />
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NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
Q&F<br />
ADICIONA AKRAPOVIC AO SEU PORTFÓLIO DE MARCAS<br />
Celebrando atualmente 30 anos de existência, a Q&F acaba de adicionar uma nova marca ao seu portfólio, a Akrapovic. Fundada na Eslovénia em 1991 por<br />
Igor Akrapovic, um piloto de motociclismo que enveredava uma busca incansável pela perfeição, não tardou muito a singrar o seu cunho num palco<br />
mundial. Tal aconteceu em 1997 nas FIM World SBK com o piloto Akira Yanagawa pela Kawasaki. Desde então, os sucessos foram-se acumulando dentro<br />
da competição, com um total de 153 campeonatos mundiais vencidos, como também fora desta. Exemplo disso são os seus 62 prémios de melhor marca, como<br />
também os 14 prémios Red Dot Awards que comprovam que a Akrapovic não só é capaz de elevados níveis de performance, como também em qualidade, som e<br />
claro, no seu design. Tudo graças à sua capacidade de manipular, em casa, componentes como o aço, o titânio e o carbono, garantindo assim um controlo exímio<br />
em todo o processo de fabrico, desde a modelação 3D, até ao seu embalamento.<br />
PRÉMIO FORNECEDOR DO ANO GROUPAUTO<br />
DENSO | A Denso Aftermarket, a divisão aftermarket do fabricante líder de componentes<br />
de equipamento original Denso, ganhou o prestigioso prémio de Fornecedor<br />
do Ano 2021, atribuído pelo grupo líder de compras multinacionais, GroupAuto International.<br />
Durante uma cerimónia que infelizmente teve de ser realizada virtualmente<br />
devido às contínuas restrições do coronavírus, a Denso recebeu o prémio, que foi votado<br />
pelos membros do GroupAuto International, porque tinha alcançado vários objetivos de<br />
desempenho notáveis em múltiplas disciplinas para refletir o alinhamento consistente<br />
da empresa com a estratégia empresarial em desenvolvimento do GroupAuto. Entre as<br />
categorias que a Denso recebeu, algumas <strong>das</strong> mais altas pontuações foram: Qualidade,<br />
Ven<strong>das</strong>, Logística e Marketing, to<strong>das</strong> elas áreas chave para o sucesso de qualquer<br />
negócio. O prémio é um aval aos valores fundamentais da Denso Aftermarket e um<br />
reconhecimento dos esforços da organização para assegurar que não só cumpre, mas<br />
supera, as eleva<strong>das</strong> expectativas do grupo.<br />
BILSTEIN GROUP CADA VEZ MAIS SUSTENTÁVEL<br />
bilstein group | “A proteção do ambiente significa a proteção do negócio”, é este o pensamento do bilstein<br />
group e é também esta a ideia-chave que serve de base às mensagens que delineiam a estratégia da empresa<br />
na área da sustentabilidade. A sustentabilidade é parte integrante da estratégia de futuro da empresa, atingindo<br />
já diversos objetivos para proteger o meio ambiente. Contudo, é importante reter que a sustentabilidade vai<br />
para além da pegada de carbono de uma empresa. Para o bilstein group este conceito consiste em três pontos:<br />
Economia: produzimos produtos duráveis e de elevada qualidade que combinam a proteção ambiental e a<br />
mobilidade acessível; Ecologia: na produção e distribuição dos nossos produtos e serviços, temos em atenção o<br />
processo e as estruturas que conservam os recursos, tanto quanto possível; Aspetos Sociais: preocupamo-nos<br />
com os nossos colaboradores e com o ambiente. Todos os processos de produção no bilstein group Engineering<br />
foram analisados e otimizados, o que representou uma poupança de 47 tonela<strong>das</strong> e 140 400 kW/hora de<br />
processamento de energia por ano.<br />
56 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
BOSCH E UNIVERSIDADE DO PORTO<br />
PARCEIRAS NO PROJETO THEIA<br />
A<br />
Bosch e a Universidade do Porto anunciaram um novo projeto de inovação – Projeto THEIA – na<br />
área da mobilidade inteligente, com um investimento superior a 28 milhões de euros, a aplicar<br />
até 2023. Este consórcio entre a Bosch e a Universidade do Porto irá integrar cerca de 55 novos<br />
colaboradores da Bosch e mais de 70 investigadores da Universidade do Porto. O projeto é mais um<br />
exemplo da aposta da Bosch nas relações de parceria com a academia como forma de contribuir para a<br />
inovação e competitividade do país. “Não temos dúvi<strong>das</strong> que estas parcerias são a chave para impulsionar<br />
a inovação, o desenvolvimento científico e a criação de emprego qualificado. É por isso que continuaremos<br />
a trabalhar no sentido de promover estas relações que são sinónimo do reconhecimento da qualidade<br />
do talento e da dinâmica do ecossistema de investigação e desenvolvimento que existe em Portugal”,<br />
afirma Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal.<br />
CONQUISTA QUARTO PRÉMIO<br />
‘MARCA DO SÉCULO’<br />
Sonax | A Sonax é mais uma vez distinguida como<br />
«Marca do Século» na categoria de cuidado automóvel.<br />
Um júri de especialistas de renome nomeou a marca<br />
Sonax para se juntar à “primeira liga de marcas alemãs”<br />
pela quarta vez, na sequência de prémios anteriores<br />
desde 2013. Manfred Hoffmann, Diretor Geral da Sonax<br />
GmbH, explica porque é que o prémio é tão significativo<br />
“O prémio e o convite para juntar a Sonax a este grupo<br />
selecionado de marcas notáveis é uma grande honra e<br />
deixa-nos muito orgulhosos. O prémio é altamente significativo,<br />
pois sublinha as qualidades de destaque da marca<br />
Sonax e a grande reputação dos seus produtos. Quando<br />
os clientes votam em nós, é sinónimo de que confiam na<br />
marca e nas experiências positivas que têm tido com os<br />
nossos produtos. Portanto, a nossa promessa de qualidade<br />
Made in Germany, continuidade, fiabilidade e um elevado<br />
nível de foco no cliente estão no topo da nossa lista.”<br />
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NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
NOVA CAMPANHA “PARTILHAMOS O MESMO DESTINO”<br />
FEBI | A nova campanha da febi, que promove a forte gama de componentes de direção e suspensão,<br />
utiliza a assinatura ‘Partilhamos o mesmo Destino’ para enfatizar a essência e propósito dos produtos em<br />
destaque. A vida é uma viagem. Nem sempre é simples, com curvas desafiantes e viragens imprevisíveis<br />
ao longo do caminho; com as peças de direção e suspensão da febi tem um parceiro de confiança que<br />
o ajuda a estar seguro e confortável, onde quer que a estrada o leve. Com uma vasta gama de mais de<br />
10.000 artigos de direção e suspensão, que cobre todos os tipos de veículos europeus e asiáticos mais<br />
populares, a febi oferece aos clientes um catálogo completo de produtos. Adicionalmente, a filosofia ‘Fast<br />
to Market’ utilizada pela febi – e que envolve uma pesquisa e desenvolvimento constantes que conduz a<br />
uma expansão contínua da gama – permite que novos artigos sejam lança<strong>das</strong> assim que possível, tanto<br />
para veículos novos como para veículos já existentes.<br />
ESTUDO REVELA IMPACTO DOS VE NO EMPREGO<br />
CLEPA | A Associação Europeia dos Fornecedores da Indústria Automóvel, encomendou<br />
à PwC Strategy& a avaliação do impacto, de três cenários de política do Green Deal (Pacto<br />
Ecológico Europeu), sobre o emprego e o valor acrescentado entre os fornecedores da indústria<br />
automóvel em toda a Europa no período 2020-2040. Tais cenários representam uma abordagem<br />
de tecnologia mista; a abordagem atual apenas VE (Veículos Elétricos) proposta no pacote<br />
‘Fit for 55’ e um cenário de aumento exponencial de Veículos Elétricos. Todos os três cenários<br />
pressupõem uma eletrificação acelerada para cumprir as metas ambientais, com uma elevada<br />
quota de mercado de veículos elétricos em 2030 de mais de 50%, quase 80% e perto de 100%,<br />
respetivamente. O estudo prevê que, no cenário exclusivamente de Veículos Elétricos, 70%<br />
do impacto no emprego será sentido já no período de 2030-2035, com muitos profissionais<br />
tradicionalmente dependentes dos motores de combustão interna a ficarem desempregados.<br />
CHEGA A VILA REAL E VILA DO CONDE<br />
Mi<strong>das</strong> | Vila Real e Vila do Conde são as duas novas cidades que passaram a contar com a presença da<br />
Mi<strong>das</strong>. Tendo sempre presente um dos principais pilares do seu posicionamento, a proximidade, a marca<br />
selecionou a localização de cada um destes espaços de forma a estar cada vez mais acessível, facilitando<br />
a vida dos condutores e tornando as suas vi<strong>das</strong> mais cómo<strong>das</strong> e seguras. Em Vila Real, a cidade que<br />
conta pela primeira vez com uma oficina Mi<strong>das</strong>, o ponto escolhido foi o recém-ampliado complexo<br />
comercial do Continente que, além de contar com novas áreas de estacionamento, prevê também acessos<br />
facilitados a quem o visite. Em Vila do Conde, as instalações da Mi<strong>das</strong> podem ser encontra<strong>das</strong> no recém<br />
inaugurado Vila do Conde Retail Park, espaço que se junta ao Vila do Conde Porto Fashion Outlet para<br />
criar uma área única no âmbito da oferta comercial integrada.<br />
FORMAÇÃO A PROFISSIONAIS CAT<br />
Centro Zaragoza | O Centro Zaragoza vai formar profissionais dos Centros de Tratamento<br />
de Veículos Autorizados (CAT) no manuseamento seguro de veículos elétricos e híbridos. O Centro<br />
Zaragoza possui uma vasta experiência na área dos veículos com novos sistemas de propulsão,<br />
tendo ministrado um grande número de cursos nos últimos anos a diferentes grupos de<br />
profissionais, tanto presencial como online, o que lhe permite ministrar formação de alto nível<br />
para os técnicos do centro que têm que lidar com veículos de alta tensão. Para a realização<br />
desta formação estarão previstas as instalações do Centro Zaragoza especialmente concebi<strong>das</strong><br />
para o efeito, tais como salas de formação, salas de oficinas e uma oficina totalmente equipada<br />
com uma superfície de 4.000 m2. A formação permitirá aos técnicos realizarem práticas no<br />
desligamento de veículos elétricos e / ou híbridos, na extração segura da bateria de alta tensão<br />
deste tipo de veículo após a sua segurança, e no manuseio, armazenamento e embalagem <strong>das</strong><br />
referi<strong>das</strong> baterias, preparando-as para o transporte se necessário.<br />
58 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
AUTOMECHANIKA FRANKFURT<br />
DESTACA RECONDICIONAMENTO<br />
Para a edição deste ano da Automechanika, foi tomada a decisão de destacar a indústria de recondicionamento<br />
de componentes auto. Haverá um Dia Especial do Recondicionamento onde os visitantes<br />
poderão conhecer as últimas tendências e desenvolvimentos deste setor. O recondicionamento<br />
poupa milhões de tonela<strong>das</strong> de emissões de CO2 por ano, permite uma poupança de CO2 de até 90% e<br />
uma poupança de material de até 85%. De acordo com Olaf Mußhoff, Director da Automechanika Frankfurt:<br />
“Numa época de alterações climáticas e de escassez de recursos, a importância da economia circular<br />
e do recondicionamento vai certamente aumentar. É por isso que estou particularmente satisfeito por<br />
continuarmos a nossa parceria com a APRA, que é um dos mais importantes representantes da indústria<br />
de recondicionamento”. Tanto a associação como a principal feira internacional para o aftermarket automóvel<br />
beneficiam desta parceria: A Automechanika pode contar com a inestimável perícia da APRA, com<br />
muitos anos de experiência e com uma vasta rede internacional.<br />
CEO DA METELLI CONQUISTA<br />
PRÉMIO DE QUALIDADE<br />
Após o anúncio feito durante o Dia do Fornecedor Digital<br />
da Schaeffler, o prémio de Qualidade foi entregue<br />
a Sergio Metelli, CEO da Metelli SpA. O prémio, que<br />
foi especificamente para a família de produtos <strong>das</strong><br />
bombas de água, atesta a qualidade e o alto nível de<br />
confiabilidade que sempre distinguiram os produtos da<br />
Metelli. Durante a cerimónia de premiação, a empresa<br />
aproveitou para agradecer à Schaeffler pela produtiva<br />
relação colaborativa e pela constante confiança depositada<br />
no Grupo Metelli ao longo dos anos em que as<br />
duas marcas foram parceiras – “uma parceria que, temos<br />
certeza, continuará em nos próximos anos”, revelou o<br />
departamento de comunicação do Grupo Metelli.<br />
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vertice internacional
NOTÍCIAS<br />
EMPRESAS<br />
INAUGURA NOVAS INSTALAÇÕES<br />
EM ARTEIXO, LA CORUNHA<br />
TAB | No passado dia 19 de novembro a TAB inaugurou novas instalações em Arteixo, que<br />
passam a ser a nova delegação da TAB Noroeste. Os mercados da Galiza e do Norte de Portugal<br />
vão ser servidos até ao Porto, em 2022 a empresa prepara-se para abrir um novo armazém. A<br />
TAB Noroeste ocupa uma área de 500 m 2 , que inclui um showroom com amostras de produtos,<br />
escritórios e stock de segurança para atender às necessidades do cliente para baterias de<br />
arranque e de tração. A delegação começa com uma equipa de cinco pessoas, entre pessoal<br />
comercial e de escritório. Carlos Varela, diretor da delegação, coordenará o trabalho de ven<strong>das</strong><br />
e assistência técnica.<br />
PROMOVE BOAS PRÁTICAS<br />
Tips4y | A Tips4y é uma empresa inovadora, colaborativa e ágil que promove o crescimento pessoal<br />
e profissional dos seus colaboradores. Sendo uma empresa tecnológica dedicada à indústria automóvel,<br />
são vários os desafios a que a Tips4y está constantemente a ser sujeita num mercado em rápi<strong>das</strong><br />
mudanças, e para as quais é fundamental proporcionar um ambiente único a cada colaborador. Ao<br />
ser desafiada pelo seu ambiente competitivo, a Tips4y gosta igualmente de desafiar as suas equipas<br />
a questionarem e a inovarem para além <strong>das</strong> suas áreas funcionais, motivando um espaço salutar para<br />
partilha de ideias, conhecimento, criatividade e espírito de iniciativa. O trabalho colaborativo é outro<br />
pilar determinante para assegurar uma visão estratégica alinhada nas equipas, estimulando sinergias<br />
conjuntas que permitem maximizar as características e as competências individuais a favor dos objetivos<br />
globais da organização, sem deixar de inspirar a progressão de carreira em cada pessoa, respeitando as<br />
suas próprias metas.<br />
STRATIO ANUNCIA<br />
RONDA DE INVESTIMENTO<br />
PARA CONTINUAR A CRESCER<br />
A<br />
Stratio,<br />
plataforma líder mundial de manutenção preditiva de frotas<br />
em tempo real, lançada em Coimbra em 2017, acaba de anunciar uma<br />
ronda de investimento Séries A de 12 milhões de dólares para acelerar<br />
a sua expansão, aumentar a capacidade de I&D e duplicar a equipa até ao final<br />
de 2022. O investimento foi liderado pela Forestay Capital, o braço Deep Tech<br />
e SaaS Venture Capital da Waypoint Capital, e contou com a participação dos<br />
anteriores investidores Crane Venture Partners. A empresa já tem presença<br />
nas principais regiões do globo: Europa, América do Norte, América Latina<br />
e Ásia e entra assim numa nova fase de crescimento global, pretendendo desenvolver<br />
ainda mais a plataforma já reconhecida pelas maiores empresas de<br />
transportes do mundo e recrutar mais de 60 pessoas. A Stratio tem vindo a<br />
conquistar algumas <strong>das</strong> maiores empresas de transportes do mundo e oferece<br />
a plataforma mais robusta e inovadora de manutenção preditiva de frotas em<br />
tempo real utilizando Inteligência Artificial.<br />
MONDEGOPEÇAS E RPA<br />
ASSOCIAM-SE AO GRUPO SERCA<br />
A Mondegopeças e RPA são os novos associados do Grupo Serca Automoción, desde o dia 01<br />
de outubro de 2021 A Mondegopeças, é uma empresa com 40 anos de existência no sector<br />
do aftermarket automóvel, com sede em Coimbra e lojas de revenda em Antanhol, Águeda,<br />
Aveiro, Coimbra, Figueira da Foz, Leiria e mais recentemente em Pombal, empresa líder na sua<br />
zona de atuação, dedicada à comercialização de peças e acessórios automóvel e que ao longo<br />
dos últimos anos tem tido uma expressiva expansão da sua atividade com a abertura de vários<br />
pontos de venda. Por sua vez, a RPA iniciou a sua atividade em 1997 e é uma empresa dedicada<br />
à comercialização de peças e acessórios automóvel e serviços de valor acrescentado, com<br />
sede em Lisboa, com pontos de venda em Vila Franca de Xira, Mem-Martins, Évora e Setúbal.<br />
A empresa tem feito uma forte aposta em profissionais qualificados para poderem entregar<br />
um serviço de excelência aos seus clientes. Conforme mencionado pela RPA, “mais que um<br />
armazém de peças automóvel, a RPA pretende ser um parceiro global dos seus clientes”.<br />
60 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
OPINIÃO<br />
ANDRÉ CASTRO PINHEIRO<br />
DIRETOR DIVISÃO AUTOMÓVEL DA FUCHS LUBRIFICANTES<br />
COMÉRCIO DE LUBRIFICANTES<br />
EM PORTUGAL<br />
DEPOIS DE UM ANO MARCADO PELO APARECIMENTO DA COVID-19, QUE TRANSFORMOU<br />
AS NOSSAS VIDAS E OS NEGÓCIOS, PROVOCANDO UMA REDUÇÃO DRÁSTICA DA ECONOMIA,<br />
ATRAVESSAMOS 2021 COM ENORMES DISRUPÇÕES, AGORA CAUSADAS PELA ESCASSEZ<br />
E AUMENTO DO CUSTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS<br />
Se os efeitos da pandemia<br />
provocaram uma diminuição<br />
nas ven<strong>das</strong> de lubrificantes,<br />
as dificuldades <strong>das</strong> matérias-primas<br />
trouxeram disrupções na cadeia<br />
de abastecimento. Estes tempos<br />
mais difíceis tiveram, no entanto, o<br />
mérito de evidenciar quem está de<br />
forma profissional, estruturada e<br />
com perspetiva de longo prazo neste<br />
sector, reforçando a importância<br />
desta abordagem de qualidade<br />
ao negócio dos lubrificantes.<br />
Internamente, sentimos que a<br />
qualidade dos produtos FUCHS,<br />
a força do Grupo (e da marca) e<br />
a resiliência da nossa cadeia de<br />
abastecimento foram determinantes<br />
para conseguirmos crescer nestes<br />
tempos.<br />
Ultrapassada esta fase disruptiva e<br />
olhando agora para o futuro, é certo<br />
que a dimensão global do negócio<br />
de lubrificantes vai enfrentar alguns<br />
desafios, pela redução do número<br />
médio de quilómetros percorridos<br />
e pelo crescimento nas ven<strong>das</strong> de<br />
veículos elétricos, cuja ausência de<br />
motor de combustão elimina um<br />
consumo importante de óleo nas<br />
oficinas. Em Portugal, esse efeito<br />
será atrasado, pois o nosso parque<br />
circulante é muito antigo e demora<br />
mais de 20 anos a se renovar. Para<br />
termos uma melhor perspetiva, entre<br />
2030 a 2035, 60% a 70% do parque<br />
automóvel será constituído pelos<br />
veículos vendidos nos últimos 10<br />
anos (2010 a 2020), na sua grande<br />
maioria com motores de combustão<br />
interna.<br />
Agora, é importante começarmos a<br />
preparar esse futuro, começando por<br />
conhecer e analisar bem o mercado<br />
e a sua evolução, definir a estratégia<br />
certa para os segmentos em que<br />
queremos atuar e garantir que essa<br />
estratégia está alinhada com a nossa<br />
cultura. Porque os desafios maiores,<br />
nos próximos 10 anos, vão vir da<br />
cadeia de distribuição, aquilo que<br />
chamo o ‘terreno de jogo’, com três<br />
pontos críticos de interação:<br />
1 - A forma como o cliente final<br />
escolhe o prestador de serviço<br />
(oficina);<br />
2 - A forma como/onde esse<br />
prestador de serviço escolhe o seu<br />
fornecedor (revendedor);<br />
3 - A forma como/onde os<br />
fornecedores se abastecem<br />
(importador/distribuidor). A cadeia<br />
é longa e quem não acrescentar valor<br />
vai ser ultrapassado ou substituído.<br />
Qualidade, confiança, criação de<br />
valor, fiabilidade e sustentabilidade<br />
devem ser o foco de quem quer<br />
vencer e se manter neste mercado.<br />
E aqui voltamos à nossa experiência<br />
de 90 anos em lubrificantes – a<br />
FUCHS foi fundada em <strong>193</strong>1 em<br />
Mannheim – e aos mais de 30<br />
anos em que estamos diretamente<br />
presentes em Portugal. A força<br />
global e foco do Grupo no sector dos<br />
lubrificantes e a proximidade que<br />
temos com os Clientes são a nossa<br />
aposta para continuarmos a crescer<br />
em ven<strong>das</strong> e relevância no negócio<br />
aftermarket em Portugal. Estamos<br />
muito empenhados em apoiar a<br />
nossa rede atual de distribuição<br />
e expandir a mesma através de<br />
novas parcerias, que se enquadrem<br />
neste nosso posicionamento,<br />
acrescentando valor à nossa presença<br />
em Portugal. l<br />
“É CERTO QUE A DIMENSÃO GLOBAL DO NEGÓCIO DE<br />
LUBRIFICANTES VAI ENFRENTAR ALGUNS DESAFIOS,<br />
PELA REDUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE QUILÓMETROS<br />
PERCORRIDOS E PELO CRESCIMENTO NAS VENDAS DE<br />
VEÍCULOS ELÉTRICOS, CUJA AUSÊNCIA DE MOTOR DE<br />
COMBUSTÃO ELIMINA UM CONSUMO IMPORTANTE DE<br />
ÓLEO NAS OFICINAS”
produto<br />
MOTUL LANÇA INOVADORA GAMA CAR CARE<br />
MANTER O CARRO<br />
COMO NOVO<br />
A GAMA MOTUL CAR CARE É COMPOSTA POR 17 PRODUTOS E ACESSÓRIOS<br />
PARA LIMPAR E CUIDAR TANTO O EXTERIOR COMO O INTERIOR DO AUTOMÓVEL, INCLUINDO<br />
PRODUTOS PARA ELIMINAR ARRANHÕES OU REPARAR FUROS<br />
62 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A<br />
Motul Car Care é uma gama inovadora com<br />
produtos pensados para cuidar e manter<br />
impecável o veículo. Esta nova linha de produtos<br />
responde ao desejo do condutor prolongar ao<br />
máximo a sensação inesquecível do veículo novo.<br />
A gama Car Care está composta por 17 produtos e<br />
acessórios destinados à limpeza, o cuidado e a manutenção<br />
para o interior e exterior do automóvel. A<br />
aposta na inovação e o desenvolvimento de produtos<br />
da mais alta qualidade, permitiu à Motul desenvolver<br />
esta nova gama, que completa a já conhecida<br />
linha de produtos para o setor automóvel.<br />
Um exterior deslumbrante<br />
A gama Motul Car Care possui 7 produtos com os<br />
seus respetivos acessórios que ajudam a limpar e<br />
a proteger a superfície exterior do veículo de forma<br />
a reviver to<strong>das</strong> as sensações do primeiro dia.<br />
Trata-se de um conjunto de produtos específicos<br />
para proporcionar acabamentos perfeitos tanto na<br />
carroçaria como nos vidros, nas jantes e na frente<br />
do automóvel. Além disso, a linha conta com dois<br />
produtos para solucionar problemas como reparar<br />
um furo ou eliminar riscos.<br />
Entre os produtos para o cuidado exterior encontramos:<br />
l Champô Automóvel, um detergente concentrado<br />
que ajuda a limpar de forma eficaz toda a sujidade,<br />
além de também aplicar uma capa protetora contra<br />
a humidade e sujidade;<br />
l Brilho Express, um produto de limpeza a seco<br />
formulado para restaurar a vitalidade <strong>das</strong> cores;<br />
l Limpa Vidros, ajuda a recuperar a transparência<br />
de todos os vidros do veículo, proporcionando uma<br />
perfeita visibilidade;<br />
l Remove Insetos, desenhado com uma fórmula<br />
concentrada que permite eliminar os restos de<br />
insetos e outros resíduos orgânicos da carroçaria,<br />
especialmente na dianteira do veículo;<br />
l Limpa Jantes, um produto de limpeza concentrado<br />
que dissolve com eficácia a sujidade, gordura<br />
e óleo de todo o tipo de jantes, deixando uma película<br />
repelente da sujidade;<br />
l Repara-Furos, um aerossol destinado à reparação<br />
de furos em pneus de automóveis ligeiros e comerciais,<br />
com ou sem câmara de ar;<br />
l Elimina Arranhões, uma pasta de polimento que<br />
elimina os riscos finos em to<strong>das</strong> as superfícies pinta<strong>das</strong><br />
ou enverniza<strong>das</strong> dos veículos graças às suas<br />
partículas micro abrasivas, recuperando as cores e<br />
com um acabamento brilhante na pintura.<br />
Cuidar do interior do veículo<br />
melhora o conforto<br />
Por outro lado, a gama Motul Car Care dispõe de<br />
4 produtos específicos especialmente formulados<br />
para limpar e manter a pele, tecidos e até os plásticos,<br />
para neutralizar todos aqueles odores que o<br />
impedem de recordar o cheiro a carro novo.<br />
Para o cuidado do interior do veículo, a Motul oferece:<br />
l Limpa Plásticos, específico para superfícies plásticas<br />
como o tablier ou painel de instrumentos;<br />
l Limpa Tapeçarias, apto para todos os tecidos do<br />
interior do automóvel;<br />
l Limpa-Estofos de Pele, um creme que limpa, nutre<br />
e revitaliza todos os tipos de couros.<br />
l Neutralizador de Odores, capaz de eliminar por<br />
completo todos os maus odores.<br />
Acessórios específicos<br />
para um cuidado excecional<br />
A gama de cuidados inclui não sós produtos de<br />
limpeza, mas também acessórios específicos para<br />
a correta aplicação de cada produto. Neste sentido,<br />
a gama Motul Car Care conta com 6 acessórios desenhados<br />
com materiais de alta qualidade e adaptados<br />
pela sua forma e acabamento, a cada função.<br />
Entre eles encontram-se a Esponja Jumbo, a Luva<br />
de Lavagem de Algodão e a Escova Limpa Jantes.<br />
Também se confecionaram 3 tipos de panos de<br />
microfibra de limpeza adaptados a cada aplicação<br />
(Microfibra Limpa Carroçaria, Microfibra Limpa-<br />
-Vidros e Microfibra Limpa Plásticos). l<br />
A APOSTA NA INOVAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS DA MAIS ALTA<br />
QUALIDADE, PERMITIU À MOTUL DESENVOLVER ESTA NOVA GAMA CAR CARE QUE<br />
COMPLETA A JÁ CONHECIDA LINHA DE PRODUTOS PARA O SETOR AUTOMÓVEL
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Produto<br />
A<br />
DRiV Motorparts, uma divisão da Tenneco,<br />
fornece aos instaladores no seu portfólio de<br />
peças de pós-venda, ajuda digital, implementando<br />
códigos QR exclusivos na embalagem<br />
dos seus produtos. Incorporar códigos QR em caixas<br />
de componentes de algumas <strong>das</strong> marcas mais<br />
respeita<strong>das</strong> da indústria dará ao instalador acesso<br />
instantâneo a uma quantidade de informações<br />
úteis para a montagem de peças. O conteúdo é<br />
projetado para tornar a instalação o mais eficiente<br />
e fácil possível e para manter atualizados aqueles<br />
que trabalham com veículos com os mais recentes<br />
desenvolvimentos técnicos da indústria automóvel.<br />
Apenas digitalizando o rótulo da embalagem confirma<br />
a autenticidade do produto, as especificações,<br />
o procedimento de montagem relevante e,<br />
também, uma nova oportunidade para os mecânicos<br />
atualizarem as suas habilidades gratuitamente.<br />
Depois de se digitalizar o código QR com um<br />
smartphone, acede-se a um menu principal onde<br />
podem navegar facilmente por vários guias personalizados,<br />
que vão desde especificações do produto<br />
DRIV MOTORPARTS APRESENTA CÓDIGOS QR NAS EMBALAGENS<br />
AJUDA DIGITAL PARA OS MECÂNICOS<br />
a dicas de instalação e condições de garantia até<br />
como entrar em contato direto com o centro de suporte<br />
técnico do fabricante. Para alcançar o maior<br />
número possível de instaladores, o menu e os recursos<br />
estão disponíveis em oito idiomas (inglês,<br />
espanhol, francês, alemão, italiano, holandês, polaco<br />
e russo) com mais recursos e idiomas a serem<br />
adicionados em breve. Mais importante ainda, a<br />
leitura do código QR confirma que a peça é um<br />
produto DRiV original, garantindo aos técnicos<br />
que estão a instalar no veículo do cliente peças de<br />
qualidade, seguras e amplamente desenvolvi<strong>das</strong>.<br />
Se o código QR revelar que uma peça é falsa, será<br />
exibida uma página onde o instalador poderá relatar<br />
o problema diretamente ao<br />
Centro de Suporte Técnico DRiV.<br />
Uma vantagem adicional para os mecânicos e técnicos<br />
do motor é a oportunidade de atualizar os<br />
seus conhecimentos gratuitamente. O menu contém<br />
um link para o Garage Gurus Learning Management<br />
System, onde (depois de se criar uma<br />
conta gratuita) são oferecidos cursos técnicos,<br />
webinars e materiais que podem ser acedidos 24<br />
horas por dia. Inicialmente, os códigos QR serão<br />
apresentados em pastilhas e discos Ferodo para<br />
veículos ligeiros (LV), pastilhas e discos Jurid para<br />
veículos ligeiros e marcas Engine Expertise (Glyco,<br />
Nural, Goetze e AE). Para amortecedores Monroe,<br />
peças MOOG e outras marcas, a DRiV irá adicionando<br />
nos próximos meses.<br />
Massimiliano Milani, diretor executivo de marketing,<br />
ven<strong>das</strong> e operações comerciais da DRiV<br />
Motorparts, disse: “Desenvolver códigos QR e<br />
adicioná-los à embalagem de milhares de peças<br />
é um investimento significativo, no entanto, é<br />
uma parte fundamental da estratégia da marca<br />
para fornecer aos seus clientes e instaladores, que<br />
são aqueles que usam os produtos diariamente, a<br />
melhor experiência possível <strong>das</strong> marcas e produtos<br />
DRiV Motorparts. Ao adicionar códigos QR<br />
à embalagem do produto, a marca está a oferecer<br />
aos instaladores informações completas e valiosas<br />
quando mais precisam, além da oportunidade de<br />
aprimorar ainda mais o seu serviço”.<br />
64 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
CAMPANHA NO MÊS DE JANEIRO<br />
ZUKIPEÇAS | A Zukipeças, empresa especialista na comercialização de peças para viaturas Suzuki.<br />
oferece 10% extra em painéis de carroçaria durante o mês de Janeiro a todos os profissionais. A Promoção<br />
é válida em material de carroçaria para Suzuki Samurai, Jimny e Vitara, limitada ao stock existente. A<br />
Zukipeças tem disponível peças de reparação e outros artigos satélite como a gama Wurth para limpeza<br />
de mãos, aditivos de motor, acessórios overland, etc… sempre com o foco no que é útil para um Suzuki.<br />
O website da empresa (www.zukipecas.pt) é o principal meio de ligação ao catálogo online que tem<br />
fotografias reais e atualiza<strong>das</strong> de mais de 2.000 artigos. A Zukipeças consegue entregar ao cliente não<br />
só a peça, como a garantia de que é a peça correta e apoio permanente e garante total transparência e<br />
assistência. Embora seja uma empresa recente no mercado, a Zukipeças é já um parceiro de valor junto<br />
<strong>das</strong> oficinas e acima de tudo um parceiro para a contínua preservação de qualquer 4x4 Suzuki.<br />
TOP TEC 6610 CUMPRE ESPECIFICAÇÃO<br />
FORD WSS-M2C 952-A1<br />
LIQUI MOLY | Com o Top Tec 6610, a Liqui Moly lança no mercado um novo óleo para<br />
motores que cumpre, entre outras, o mais recente requisito da Ford (WSS M2C 952-A1). Este<br />
novo óleo foi desenvolvido com base no Top Tec 6600, que está aprovado pela BMW. É um<br />
óleo de topo que reduz o consumo de combustível, oferecendo ao mesmo tempo uma proteção<br />
abrangente ao motor. Esta especificação de óleo da Ford é exigida principalmente para<br />
o motor Duratorq TDCI de 1,5 litros. Além disso, o óleo é também homologado oficialmente<br />
pela Mercedes (MB 229.71), Jaguar e Land Rover (STJLR.03.5006) e pela Opel (OV0401547),<br />
sendo também recomendado para a General Motors (GM dexos D). Cumpre também o<br />
requisito ACEA C5 e API SP. É adequado tanto para motores a gasolina como para motores a<br />
gasóleo. Com uma viscosidade de 0W-20, trata-se de um dos óleos de motor mais fluidos.<br />
Segue assim a tendência dos construtores automóveis se afastarem de óleos de motor mais<br />
espessos, uma vez que, com um óleo mais fluido, o motor não precisa de tanta potência para<br />
bombear.<br />
VÁLVULA INJEÇÃO ALTA PRESSÃO<br />
BOSCH HDEV6<br />
JÁ DISPONÍVEL<br />
O<br />
número<br />
de veículos equipados com sistemas<br />
de injeção direta de gasolina da Bosch tem<br />
também vindo continuamente a aumentar.<br />
Para permitir que as oficinas realizem tarefas de<br />
reparação destes sistemas, a Bosch ampliou a sua<br />
gama de pós-venda com as válvulas de injeção de<br />
alta pressão HDEV6. Depois <strong>das</strong> HDEV5, esta última<br />
geração está concebida para pressões nominais<br />
de injeção de até 350 bar. Os fabricantes de automóveis<br />
estão a equipar cada vez mais motores com as<br />
válvulas de injeção de alta pressão HDEV6. A Bosch<br />
apoia as oficinas disponibilizando conhecimentos<br />
técnicos, kits de reparação e substituição adequados,<br />
como é o caso da válvula HDEV6, recentemente<br />
incluída no portfólio de produtos. Isto permite que<br />
as oficinas aumentem o seu potencial de faturação,<br />
tirando partido deste mercado que está em crescente.<br />
A Bosch desenvolveu o kit de ferramentas BTG<br />
5120, que permite a substituição profissional do anel<br />
de vedação da câmara de combustão (vedação de Teflon),<br />
da junta tórica e dos elementos de desacoplamento<br />
de quase to<strong>das</strong> as válvulas de injeção dos tipos<br />
HDEV5 e HDEV6.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 65
Notícias<br />
Produto<br />
DIESEL TECHNIC APRESENTA<br />
SENSOR DE NÍVEL DE COMBUSTÍVEL<br />
A<br />
Diesel Technic desenvolveu um sensor que mede o nível de combustível no<br />
tanque de cada veículo. No tubo da boia do sensor de nível, encontra-se<br />
uma boia de plástico que modifica a sua posição vertical em função da<br />
quantidade de combustível que há no depósito. Através da posição da boia, modifica-se<br />
a resistência elétrica que controla a visualização da quantidade de combustível<br />
restante. O tubo da boia contém uma série de interruptores de linguetas. Esses<br />
interruptores são acionados de forma magnética pela boia. Através desse processo<br />
sem contato exclui-se o desgaste mecânico. A resistência secundária aumenta consideravelmente<br />
a precisão do sensor de nível. A carcaça robusta de alumínio evita<br />
danos mecânicos durante o transporte, instalação e funcionamento. Os sensores de<br />
nível de combustível da marca DT Spare Parts dispõem de uma carcaça de alumínio<br />
de alta resistência, resistente contra corrosão e anodizada.<br />
ACONSELHA MANUTENÇÃO DA BatERIA<br />
CLARIOS | De acordo com Clarios, fabricante <strong>das</strong> baterias VARTA, mais da metade <strong>das</strong><br />
avarias nas estra<strong>das</strong> podem ser evita<strong>das</strong> com um bom cuidado da bateria. Clarios explica que o<br />
envelhecimento do parque automóvel nacional aliado às baixas temperaturas do Inverno tornam<br />
imprescindível a revisão deste elemento. Conforme demonstram os dados da Associação Automóvel<br />
de Portugal (ACAP), a média de idade dos veículos em Portugal é de 13,2 anos, um valor superior à<br />
média europeia, que se situa nos 10,8 anos. De referir que este valor piorou face aos últimos dados<br />
revelados pela ACAP. Com um parque automóvel bastante envelhecido, é muito provável que a bateria<br />
nunca tenha sido trocada ou que tenha sido substituída pela última vez há muito tempo, o que<br />
aumenta consideravelmente o risco de avarias. Segundo os relatórios dos serviços de assistência em<br />
viagem, uma <strong>das</strong> principais causas de avaria nas estra<strong>das</strong> portuguesas são os problemas na bateria.<br />
QUATRO ÓLEOS PARA CAIXAS MANUAIS<br />
MOBIL | A Mobil acaba de lançar quatro novos óleos para caixas manuais, nomeadamente<br />
o Mobil 75W Multi Vehicle, o Mobil 75W-80 Multi Vehicle, o Mobil EP 75W-80 Multi Vehicle e o Mobil<br />
75W-90 Multi Vehicle O Mobil 75W Multi Vehicle é um óleo para caixas manuais, oferecendo<br />
excelente proteção para rolamentos e engrenagens, bem como desempenho comprovado dos<br />
sincronizadores numa ampla gama de aplicações. O Mobil 75W-80 Multi Vehicle é um óleo para<br />
caixas manuais, oferecendo excelente proteção para rolamentos e engrenagens, bem como desempenho<br />
comprovado dos sincronizadores numa ampla gama de aplicações. O Mobil EP 75W-80 Multi<br />
Vehicle é um óleo mineral para caixas formulado com óleos base selecionados de alta qualidade,<br />
combinados com um avançado sistema de aditivos. O Mobil 75W-90 Multi Vehicle é um óleo para<br />
caixas manuais, oferecendo excelente proteção para rolamentos e engrenagens, bem como desempenho<br />
comprovado dos sincronizadores numa ampla gama de aplicações.<br />
66 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
SKF LANÇA<br />
BOMBAS DE ÁGUA<br />
ELÉTRICAS<br />
A<br />
SKF acabou de lançar para o mercado do aftermarket<br />
auto a mais recente linha de bombas<br />
de água elétricas. Cada vez mais motores serão<br />
equipados com soluções de bomba de água elétrica, seja<br />
como bomba principal ou bomba de água adicional, particularmente<br />
importantes nos sistema de refrigeração<br />
em carros híbridos. As bombas de água elétricas SKF são<br />
concebi<strong>das</strong> para equiparar e mesmo exceder os requisitos<br />
do Primeiro Equipamento. A eficiência de arrefecimento<br />
equivale ao equipamento original para desempenho otimizado.<br />
A segurança do veículo é uma prioridade da SKF<br />
e por isso to<strong>das</strong> as bombas de água elétricas foram desenvolvi<strong>das</strong><br />
para reparações seguras e duradouras. Antes da<br />
instalação da bomba de água na viatura, o mecânico deve<br />
ler o código QR na etiqueta do produto na embalagem<br />
para aceder às instruções da SKF, informações técnicas e<br />
informações mais detalha<strong>das</strong> sobre o produto.<br />
CHAMPION LUBRICANTS CUMPRE ESPECIFICAÇÃO<br />
FORD WSS-M2C 952-A1<br />
A<br />
Champion Lubricants cumpriu de forma rápida os requisitos mais recentes do mercado<br />
com o lançamento do seu novo óleo de motor CHAMPION OEM SPECIFIC 0W20 C6<br />
F. Este inovador lubrificante é um dos primeiros do mercado que cumpre a nova especificação<br />
Ford WSS-M2C 952-A1 e a futura sequência ACEA C6. É um óleo de motor competente<br />
e inovador que é recomendado para os motores a diesel EcoBlue mais recentes da Ford, que podem<br />
ser encontrados numa variedade de motores, incluindo o EcoSport, Focus, Puma, Transit<br />
Connect e muitos mais. Com a tão esperada introdução da ACEA C6, o OEM SPECIFIC 0W20<br />
C6 F foi formulado para prolongar e manter a eficiência e a eficácia dos sistemas de pós-tratamento<br />
de gases de escape. Não só proporciona uma economia de combustível superior e reduções<br />
de CO 2 nestas aplicações, como também proporciona uma excelente proteção do motor e<br />
garante arranques a frio fáceis.<br />
PUB
Notícias<br />
Produto<br />
PUBLIREPORTAGEM<br />
RESÍDUOS<br />
<strong>das</strong> OFICINAS<br />
Segundo a legislação em vigor, to<strong>das</strong> as empresas que produzem<br />
resíduos perigosos são responsáveis pelos mesmos até que os<br />
entreguem a Operadores de Gestão de Resíduos Licenciados, ou<br />
seja, empresas com licença para os recolher e passar as e-GAR (Guias de<br />
Acompanhamento de Resíduos eletrónicas).<br />
Quais são as obrigações de uma oficina<br />
relativamente aos resíduos que produz?<br />
As oficinas não são exceção e também elas têm a responsabilidade pela<br />
gestão dos seus resíduos, desde o momento em que são produzidos até<br />
serem entregues a um operador autorizado. Na instalação, os resíduos<br />
devem estar corretamente separados, acondicionados e identificados<br />
com os respetivos códigos LER (Lista Europeia de Resíduos). Por último, as<br />
oficinas devem submeter anualmente os Mapas de Resíduos no Portal do<br />
SILiAmb.<br />
Quais os resíduos que têm que ser<br />
separados nas oficinas?<br />
Dependendo do tipo de atividade (mecânica, chapa, pintura, eletricidade,<br />
etc.) em cada oficina, podem ser produzidos diferentes tipos de resíduos,<br />
no entanto de forma geral para uma oficina que efetue manutenções<br />
enumeram-se alguns dos principais resíduos produzidos e que devem<br />
estar separados em diferentes contentores.<br />
Código LER<br />
Descrição<br />
13 02 08* Óleos<br />
15 01 01 Embalagens de papel e cartão<br />
15 01 10* Embalagens contamina<strong>das</strong><br />
15 01 11* Embalagens sob pressão<br />
15 02 02* Absorventes contaminados<br />
15 02 03 Filtros de ar e de habitáculo<br />
16 01 03 Pneus usados<br />
16 01 07* Filtros de óleo<br />
16 01 12 Pastilhas de travão<br />
16 01 13* Fluídos de travões<br />
16 01 14* Anticongelante<br />
16 01 17 Metais ferrosos<br />
16 01 18 Metais não ferrosos<br />
16 01 19 Plástico<br />
16 01 20 Vidro<br />
16 01 21* Outros componentes contaminados<br />
16 06 01* Baterias<br />
DAYCO LANÇA NOVAS<br />
BOMBas ELÉTRICAS PARA VE<br />
Refletindo a sua história de 110 anos de excelência em engenharia, a Dayco<br />
está a expandir ainda mais o seu portfólio de gestão térmica com a introdução<br />
de bombas de água elétricas (e-bombas), não apenas para veículos<br />
híbridos e elétricos (EV), mas para aplicações movi<strong>das</strong> a motores de combustão<br />
interna (ICE) tradicionais selecionados, na região EMEA. Quando se trata de veículos<br />
elétricos e híbridos, as e-bombas são a única solução que garante a gestão correta<br />
da temperatura dos inversores e baterias, por exemplo. Fabricantes de veículos<br />
em todo o mundo estão sob enorme pressão para reduzir as emissões e melhorar o<br />
consumo de combustível, e é por isso que trabalham em parceria com especialistas<br />
de sistema como a Dayco para desenvolver soluções de equipamento original (OE)<br />
para atingir esses objetivos.<br />
NOVO LUBRIFICANTE PARA autoMÓVEIS<br />
Redwaste<br />
- O seu Fornecedor de Soluções Ambientais<br />
ROWE | O lubrificante ROWE HIGHTEC MULTI FORMULA 0W-20, distribuído pela Romafe, promete melhorar<br />
a eficiência do motor, reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2. O novo produto da marca alemã<br />
possui um elevado nível de racionalização, compatibilidade com sistemas híbridos e excelente proteção a baixas<br />
temperaturas e no arranque a frio. O HIGHTEC MULTI FORMULA 0W-20 cumpre com as seguintes especificações:<br />
ACEA C5/C6; API SP/SN PLUS: Ford WSS-M2C952-A1; GM dexos D; Jaguar Land Rover STJLR.03.5006; MB 229.71<br />
E Opel/Vauxhall OV0401547.<br />
68 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
LANÇA TRÊS NOVAS REFERÊNCIAS<br />
DE KITS BOMBA DE ÁGUA<br />
AIRTEX | A Airtex expandiu a sua oferta do kit de bomba com três referências, incluindo<br />
WPK-167803, a qual cobre uma variedade de aplicações Ford, Opel, Citroën /<br />
Peugeot e Toyota e os kits de bomba de água WPK-171501 e WPK-170401, ambos para<br />
vários modelos Hyundai e Kia. Também foram introduzi<strong>das</strong> duas novas referências de<br />
bomba de água: 2125 para Mazda CX-5, 3 e 6 e 2131, que se adequará a várias aplicações<br />
do Grupo VAG. A Airtex continua a adicionar produtos às suas amplas gamas para garantir<br />
que os seus clientes tenham as soluções de substituição de que necessitam, tendo<br />
também a confiança na adaptação de uma marca de alta qualidade e confiável. O diretor<br />
de marketing Sam Robinson, disse: “Estamos continuamente a investir na expansão <strong>das</strong><br />
nossas linhas de produtos para atender as exigências e requisitos do mercado de pós-<br />
-venda. Como fabricante de equipamento original, estamos mais bem equipados para<br />
reagir às mudanças e exigências do mercado, fornecendo à indústria uma ampla gama<br />
de produtos de qualidade premium que eles podem fornecer com confiança.”<br />
MEWA OFERECE<br />
ESTEIRA DE RETENÇÃO<br />
DE ÓLEO<br />
A<br />
MEWA oferece uma esteira de retenção de óleo com o formato de uma toalha.<br />
É ultra-absorvente, flexível, amiga do ambiente e não tem de ser adquirida.<br />
A esteira MULTITEX é alugada juntamente com um sistema ecológico<br />
de reutilização e um pacote de serviços. A MEWA recolhe as esteiras para lavagem,<br />
onde filtra os óleos usados para os reutilizar, e volta a entregá-las. Na MEWA, os<br />
resíduos do óleo são reutilizados quando as esteiras de retenção de óleo MULTI-<br />
TEX passam pelas linhas de lavagem de tecnologia de ponta que funcionam de<br />
forma a poupar água graças a um sistema de cascata. Assim, a esteira regressa cada<br />
oficina ou fábrica, seja grande ou pequena, um pouco mais amiga do ambiente – e<br />
também mais eficiente. A leve esteira de apenas 600 gramas mede 60 x 90 centímetros<br />
quadrados. Num instante, pode ser levado ao seu local de utilização onde<br />
serve de base flexível para trabalhos de reparação e manutenção. O tecido especial<br />
da esteira consegue absorver cerca de três litros de líquido. Os óleos de motor, óleos<br />
de engrenagem, solventes e lubrificantes de refrigeração são armazenados de forma<br />
segura e limpa no núcleo absorvente, enquanto a superfície da esteira fica praticamente<br />
seca. A solução para áreas maiores é simples: Basta juntar algumas esteiras<br />
MULTITEX. A seguir à utilização, a esteira é guardada de forma segura no MEWA<br />
SaCon. Este contentor de segurança de plástico robusto é igualmente fornecido<br />
pela MEWA, já que é parte integrante do sistema. Tem ro<strong>das</strong> e assim é móvel, é<br />
empilhável e possui aprovação de mercadorias perigosas..<br />
NOVO CATÁLOGO 2022<br />
METALCAUCHO | O principal fornecedor europeu de peças sobressalentes<br />
de borracha e metal para o setor automóvel, já está a olhar para o ano<br />
2022, e partilhou com os seus clientes o novo catálogo, no qual, além de uma<br />
apresentação corporativa com os seus principais marcos e forma de trabalhar<br />
que a tornaram uma referência no mercado pós-venda, apresenta mais de<br />
26.000 referências.<br />
Nesta útil ferramenta o utilizador encontra uma nova forma de visualizar o<br />
extenso catálogo. Conscientes da elevada taxa de lançamentos de produtos e de<br />
aparecimento de novas famílias de produtos todos os meses, o catálogo apresenta<br />
uma oferta em 35 macro-famílias, que por sua vez estão dividi<strong>das</strong> em mais de 300<br />
famílias de produtos. As 35 macrofamílias em que organiza a sua oferta são: Genéricos<br />
diversos e universais; O-rings, vedantes e parafusos; Ferramentas; Bakelite;<br />
Amortecedores; Injeção; Filtros de combustível e Embraiagem.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 69
Notícias<br />
Produto<br />
KROFTOOLS APRESENTA<br />
CARRINHO 3 PRATELEIRAS COM SUPORTES<br />
A<br />
marca especialista em ferramentas e equipamentos profissionais para as oficinas automóvel, lançou um novo Carrinho 8690 da KROFtools de 3 prateleiras<br />
com suportes. Há mais de 30 anos no mercado, a Kroftools continua a procurar melhorar e inovar os seus artigos para poder chegar, cada vez mais,<br />
às necessidades dos seus parceiros e de quem procura a marca, tentando encontrar novos produtos para acompanhar a evolução do mercado. Características<br />
do Carrinho 3 prateleiras com suportes: Acessórios:(1x) pega; (1x) porta ferramentas; (1x) caixa para peças; (4x) Ro<strong>das</strong> 3” (2x com travão); Medi<strong>das</strong><br />
carro:Altura 775mm (com ro<strong>das</strong>); Largura 703mm; Comprimento 353mm. O peso máximo suportado por prateleira é de 20kg.<br />
“COMPROMISSO SOCIAL NO PÓS-VENDA”<br />
OLIPES DISTINGUIDA | A Olipes foi finalista na categoria “Fabricantes de<br />
componentes” dos prémios “Compromisso Social no Pós-Venda”, promovidos pelas entidades<br />
espanholas Sernauto e Ancera em colaboração com a Motortec Madrid. Dentro da política de<br />
gestão integrada da Olipes, a empresa sempre ambicionou construir um projeto empresarial<br />
em que o bem comum esteja tão presente como o seu. Desta forma, e dentro da sua estratégia<br />
de responsabilidade social corporativa, realiza diversas políticas pró-ativas, incluindo<br />
a cooperação para ajudar as crianças. Assim, através da Fundação Abriendo Caminos, a<br />
Olipes contribui anualmente com até 10% dos seus lucros para planos de melhoria da saúde,<br />
integração social, educação e formação de crianças e jovens em risco de exclusão social. A<br />
Fundação Abriendo Caminos, fundada em 2009 por Arturo Oliver, é uma organização privada<br />
sem fins lucrativos, de nacionalidade espanhola, que tem o seu património permanentemente<br />
afetado para a realização de projetos de interesse geral<br />
CHEGA aos 300 CENTROS<br />
REDE VALorcar | Acabam de ser aprovados para integrar a Rede Valorcar mais 31 centros de<br />
abate de Veículos em Fim de Vida (VFV) e de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA), e mais<br />
26 centros de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA), em resultado do concurso de seleção<br />
lançado pela Valorcar no dia 3 de maio.No âmbito deste concurso, foram recebi<strong>das</strong> 75 candidaturas, que<br />
foram avalia<strong>das</strong> no sentido de garantir que possuem todos os licenciamentos legalmente exigidos. Adicionalmente,<br />
to<strong>das</strong> as instalações aprova<strong>das</strong> foram vistoria<strong>das</strong> para determinar se respeitam os requisitos<br />
mínimos de operação (instalações e equipamentos) definidos pela Agência Portuguesa do Ambiente.<br />
Todo este processo de avaliação foi conduzido pela Valorcar e auditado por uma entidade independente.A<br />
Rede Valorcar passou assim a ser constituída por 310 centros, que se encontram espalhados por todos os<br />
distritos do continente (292) e nas regiões autónomas dos Açores (11) e da Madeira (7).<br />
70 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
KRAUTLI PORTUGAL LANÇA<br />
CS ONE DA CTEK<br />
A<br />
Krautli Portugal apresenta o CS ONE da CTEK, o revolucionário<br />
carregador de baterias e o mantenedor inteligente<br />
com tecnologia APTOTM (Adaptive Charging). A<br />
Tecnologia de Carregamento Adaptativo (APTOTM) reconhece<br />
que tipo de bateria está a usar, qual o seu tamanho e que tipo de<br />
carga precisa. Um programa de carregamento dedicado e único é<br />
então automaticamente entregue à bateria (2 a 8 amperes), para<br />
satisfazer exatamente as suas necessidades. O carregador também<br />
dirá quanto tempo falta para que a bateria esteja carregada<br />
e pronta a ser utilizada. Além disso, um sensor de temperatura<br />
incorporado ajustará automaticamente a voltagem de saída tanto<br />
em condições frias como quentes para os tempos de carga mais<br />
rápidos e seguros. O CS ONE foi concebido para a completa segurança<br />
e paz de espírito do utilizador, razão pela qual dispõe<br />
de pinças polariza<strong>das</strong> e sem faíscas. Basta colocar uma pinça em<br />
cada ponto de carregamento e o CS ONE funcionará automaticamente.<br />
Tem LEDs de contagem decrescente fáceis de seguir,<br />
dando-lhe uma indicação visual sobre o tempo restante para a<br />
bateria estar completamente carregada e mesmo quando pode<br />
reiniciar uma bateria descarregada. O CS ONE foi desenvolvido<br />
para ser completamente compatível com a utilização em automóveis,<br />
motociclos, caravanas, carrinhas e barcos. A sua marca<br />
distintiva é a total facilidade de utilização, não exigindo modos<br />
de seleção – basta ligar e o CS ONE fará o resto. Fornece uma<br />
liberdade superior e paz de espírito, tanto que pode ser deixado<br />
ligado à bateria indefinidamente, tendo a certeza absoluta de que<br />
o veículo está sempre pronto para ser utilizado.<br />
PUB<br />
A DESBRAVAR<br />
NOVOS<br />
CAMINHOS<br />
Proteja-se dos imprevistos. Não há nada que consiga resistir às forças extremas<br />
de motores cada vez mais potentes como os lubrificantes Champion. A Adaptive<br />
Shield Technology cria um escudo protetor à volta <strong>das</strong> peças do motor, o que torna<br />
os lubrificantes Champion a escolha ideal para obter um desempenho extraordinário.<br />
DESENVOLVIDO PARA IR MAIS ALÉM.<br />
SAIBA MAIS EM WWW.CHAMPIONLUBES.COM
Técnica<br />
&Serviço<br />
PEÇAS SUBSTITUIÇÃO NA PERITAGEM AUTOMÓVEL<br />
CONHECER O MERCADO<br />
CONHECER O MERCADO DAS PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO DO AUTOMÓVEL (FABRICANTES, DISTRIBUIÇÃO,<br />
QUALIDADE, SERVIÇO, GARANTIA, PREÇO…), PERMITE AO PERITO DE SEGUROS DE AUTOMÓVEIS ESCOLHER<br />
O PROCESSO DE TRABALHO MAIS EFICIENTE E A PEÇA MAIS ADEQUADA PARA A REPARAÇÃO.
Colaboração CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
Na peritagem de automóveis,<br />
prevaleceu o uso da peça de<br />
substituição OEM (Original<br />
Equipment Manufacturer). Hoje em<br />
dia, o mercado aumentou e diversificou,<br />
podendo ter acesso a referências<br />
de peças de substituição OES<br />
(Original Equipment Supplier),<br />
IAM (Independent Aftermarket<br />
Manufacturer), Remanufatura<strong>das</strong> e<br />
Reutiliza<strong>das</strong>.<br />
OEM é a peça de substituição do<br />
construtor do veículo, com suas<br />
referências, distribuída comercialmente<br />
na sua rede de concessionários,<br />
agentes e distribuidores autorizados,<br />
fornecida na embalagem<br />
da marca do veículo e com o logo<br />
ou marca do próprio fabricante do<br />
veículo, identificando a peça. OES é<br />
a peça de substituição do fabricante<br />
do equipamento original, ou seja, o<br />
fornecedor do fabricante do veículo,<br />
que é fornecido por um canal de<br />
comercialização e sob uma referên-<br />
deve ser claramente uma <strong>das</strong> apostas<br />
<strong>das</strong> empresas do setor automóvel<br />
uma vez que garante qualidade e<br />
confiança, tanto junto <strong>das</strong> oficinas,<br />
como do cliente final, contribuindo<br />
assim com o meio ambiente e a vasustentabilidade.<br />
Em comparação<br />
com a produção de peças novas,<br />
a remanufaturação requer menos<br />
material e energia, o que permite<br />
importantes poupanças de recursos<br />
naturais e emissões de CO2, esta<br />
lorização da economia circular. Por<br />
último as peças Reutiliza<strong>das</strong>, que<br />
são devidamente revistas e controla<strong>das</strong>,<br />
dando garantia de fiabilidade<br />
e duração.<br />
Por sua vez, tomando como referência<br />
o Regulamento MVBER aplicável<br />
ao setor dos veículos a motor e<br />
as suas diretrizes específicas, as seguintes<br />
definições são forneci<strong>das</strong>:<br />
l Peças originais: São peças ou equipamentos<br />
fabricados de acordo com<br />
as especificações e normas de produção<br />
estabeleci<strong>das</strong> pelo fabricante<br />
do veículo para a montagem de seus<br />
veículos. Podem ser peças fabrica<strong>das</strong><br />
pelo próprio fabricante (OEM),<br />
pelo fornecedor do fabricante (OES)<br />
ou por fabricantes independentes<br />
que seguem os requisitos do fabricante<br />
(IAM).<br />
l Peças de qualidade equivalente:<br />
São peças de substituição de fabri-<br />
DE FORMA IMPLÍCITA, A QUALIDADE DA PEÇA DE SUBSTITUIÇÃO,<br />
TENDO COMO REFERÊNCIA A PEÇA DE SUBSTITUIÇÃO OEM,<br />
TEM QUE SER EQUIVALENTE<br />
cia diferente da marca do veículo; a<br />
embalagem e identificação da peça<br />
é da responsabilidade do fabricante<br />
da peça de substituição. Este tipo de<br />
peças é fabricado de acordo com as<br />
especificações do fabricante do veículo.<br />
A peça de substituição IAM é fabricada<br />
por empresas independentes<br />
que não fornecem tais peças ao<br />
fabricante do veículo e que as comercializam<br />
com a sua própria referência<br />
e as distribuem com suas próprias<br />
embalagens e identificações,<br />
com independência do fabricante<br />
do veículo.<br />
As peças Remanufatura<strong>das</strong> garantem<br />
a mesma qualidade ao cliente<br />
final a um menor preço. Estes produtos<br />
cumprem os mesmos padrões<br />
<strong>das</strong> peças originais, pois superam<br />
rigorosos testes de qualidade e funcionalidade,<br />
e além de ser uma boa<br />
opção na hora de reparar um veículo,<br />
são também uma solução que<br />
respeita o meio ambiente e que demonstra<br />
o compromisso para com a<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 73
PEÇAS SUBSTITUIÇÃO<br />
NA PERITAGEM<br />
AUTOMÓVEL<br />
O PROCESSO DE trabalHO DO PERITO COMEÇA COM A AValiação<br />
DOS DANOS. NESTE MOMENTO, CRIA A LISTA DE PEÇAS QUE,<br />
NA SUA AValiação TÉCNICA, DEVEM SER SUBSTITUÍDAS<br />
cantes independentes que produzem<br />
peças com qualidade suficientemente<br />
alta para que o seu uso “não<br />
manche a reputação da rede autorizada<br />
em questão”.<br />
Perito na seleção<br />
<strong>das</strong> peças de substituição<br />
O mercado de peças de substituição<br />
de automóvel é muito amplo,<br />
dinâmico, competitivo e complexo.<br />
O perito de seguros de automóveis,<br />
com base nos seus conhecimentos<br />
e na sua experiência, decide qual<br />
é a peça de substituição adequada<br />
para garantir a reparação correta do<br />
veículo. O seu processo de trabalho<br />
começa com a avaliação dos danos;<br />
neste momento, cria a lista de peças<br />
que, na sua avaliação técnica, devem<br />
ser substituí<strong>das</strong>.<br />
Por meio dos diferentes sistemas de<br />
avaliação de danos, uma vez seleciona<strong>das</strong><br />
as peças a substituir, obtêm-<br />
-se as referências e os preços da peça<br />
de substituição original do fabricante<br />
do veículo (OEM). Este é o momento<br />
em que o perito pode avaliar<br />
a conveniência de utilizar outro tipo<br />
de peça de substituição do OEM<br />
predefinido, por defeito, no relatório<br />
de peritagem do sistema de avaliação.<br />
A entrada <strong>das</strong> plataformas<br />
digitais de peças de substituição,<br />
como ferramentas para o perito de<br />
seguros de automóveis, permitem<br />
visualizar e escolher as referências<br />
disponíveis para cada uma <strong>das</strong> peças<br />
a serem substituí<strong>das</strong> na peritagem,<br />
tanto a original do fabricante<br />
do veículo (já conhecida) bem como<br />
a de outros fabricantes de peças de<br />
substituição.<br />
Para a correta aplicação em peritagens,<br />
é essencial ter referências<br />
cruza<strong>das</strong> fiáveis, que relacionem a<br />
peça OEM com a peça correta OES<br />
/ IAM, ter a lista de PVP atualizada<br />
para a sua aplicação imediata na peritagem<br />
e poder indemnizar pelo valor<br />
da reparação. Também é necessário<br />
garantir que por trás de cada<br />
referência exista o canal adequado<br />
para a distribuição da peça de substituição,<br />
que permita que a reparação<br />
seja concluída sem incidentes.<br />
Levando em consideração essas três<br />
variáveis, oficinas e peritos estarão<br />
pendentes de:<br />
l Referências que são solicita<strong>das</strong> e<br />
que os distribuidores indicam que<br />
estão disponíveis.<br />
l Peças forneci<strong>das</strong> que não correspondem<br />
à variante do modelo que<br />
está a ser reparado, verificando se<br />
o veículo está bem definido no peritagem<br />
para verificar se houve uma<br />
referência cruzada errada.<br />
l Forma de fornecimento: que seja<br />
a mesma que a peça OEM, tendo<br />
em conta que é fornecida como peça<br />
completa ou como peça desmontada<br />
(peça principal mais acessórios).<br />
<strong>Oficinas</strong> e peritos darão seguimento<br />
aos processos de substituição <strong>das</strong><br />
peças de substituição, verificando a<br />
adaptabilidade <strong>das</strong> peças ao veículo<br />
e que, mediante um incidente, a<br />
sua instalação possa ser realizada de<br />
acordo com os processos estabelecidos<br />
pelo fabricante do veículo.<br />
De forma implícita, a qualidade da<br />
peça de substituição, tendo como<br />
referência a peça de substituição<br />
74 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
OEM, tem que ser equivalente. Esta<br />
qualidade é igual quando a peça<br />
provém de um fornecedor de equipamento<br />
original, o elemento é o<br />
mesmo que é distribuído pela marca<br />
do veículo, com requisitos idênticos.<br />
Contudo, muda com a peça de qualidade<br />
equivalente. Neste caso, as<br />
qualidades que podemos encontrar<br />
no mercado são muito diferentes,<br />
em função do fabricante. É preciso<br />
conhecer os fabricantes e distribuidores<br />
deste tipo de peças de substituição<br />
e constatar a qualidade <strong>das</strong><br />
peças forneci<strong>das</strong>.<br />
A CESVIMAP fez uma pesquisa a<br />
respeito <strong>das</strong> peças de substituição<br />
e sua qualidade, analisando como<br />
podem afetar os processos de substituição<br />
de peças nas áreas de carroçaria,<br />
pintura e mecânica, comprovando<br />
seu funcionamento correto e<br />
seu comportamento posterior para<br />
um novo impacto. O trabalho do<br />
perito é finalizado com o comprovativo<br />
da rastreabilidade da peça de<br />
substituição. É a função do perito<br />
verificar que a peça de substituição<br />
usada na reparação é a indicada na<br />
peritagem. Novamente, as plataformas<br />
digitais de gestão de peças de<br />
substituição são uma grande ajuda<br />
para que o perito possa comprovar<br />
a correspondência entre a peça de<br />
substituição indicada na peritagem,<br />
a encomendada pela oficina e pelo<br />
fornecedor, finalmente, da oficina<br />
ao fornecedor. O trabalho do perito<br />
vai além de determinar que a substituição<br />
da peça é a operação mais indicada,<br />
escolhendo a peça de substituição<br />
mais adequada. l<br />
AS PLATAFORMAS DIGITAIS DE PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO<br />
PERMITEM VISUALIZAR E ESCOLHER AS REFERÊNCIAS DISPONÍVEIS<br />
PARA CADA UMA DAS PEÇAS A SEREM SUBSTITUÍDAS NA PERITAGEM<br />
PEÇAS UTILIZADAS NA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE AUTOMÓVEIS<br />
“GLOSSÁRIO DE PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO”<br />
Com a preocupação de clarificar, com objetividade, os diversos termos utilizados neste mercado,<br />
ESTE Glossário de peças de substituição fORNECE uma definição clara e precisa dos diferentes tipos de peças<br />
PROPOSTOS AOS profissionais do sector e, consequentemente, AO consumidor<br />
As peças de substituição utiliza<strong>das</strong> na<br />
manutenção e reparação de veículos<br />
automóveis são objeto de diversas<br />
designações, ao ponto da sua interpretação<br />
variar de um profissional do sector para<br />
outro. A necessidade de uma clarificação <strong>das</strong><br />
características <strong>das</strong> peças de substituição e<br />
suas condições de fabrico torna-se evidente<br />
à luz do atual Regulamento Europeu MVBER<br />
e <strong>das</strong> importantes mutações do mercado,<br />
traduzi<strong>das</strong> pelas ofertas, de origem muita<br />
diversa, que são feitas aos profissionais<br />
do sector. É com vista a colmatar essa<br />
necessidade que publicamos a seguir este<br />
“Glossário de Peças de Substituição”. O<br />
objetivo deste Glossário é definir da forma<br />
mais simples possível os termos mais<br />
utilizados e ajudar os profissionais do sector<br />
e os consumidores a reconhecer as diferenças<br />
entre as ofertas existentes no mercado.<br />
Subjacente à elaboração deste Glossário<br />
esteve a preocupação de não emitir quaisquer<br />
juízos de valor em relação a cada um dos tipos<br />
de peças.<br />
PEÇAS NOVAS<br />
PEÇAS DE ORIGEM<br />
Peças idênticas às utiliza<strong>das</strong> na montagem dos<br />
veículos. São peças fabrica<strong>das</strong> para ou pelos<br />
construtores de automóveis, de acordo com os<br />
seus cadernos de encargos, e distribuí<strong>das</strong> quer<br />
pelas redes independentes, quer pela rede de<br />
concessionários da marca.<br />
PEÇAS EQUIVALENTES ÀS DE ORIGEM<br />
Peças que respeitam as mesmas especificações<br />
técnicas que as peças de origem. São peças<br />
concebi<strong>das</strong>, fabrica<strong>das</strong> e controla<strong>das</strong> de acordo<br />
com os mesmos cadernos de encargos <strong>das</strong> peças<br />
de origem e distribuí<strong>das</strong> pelas redes do Comércio<br />
Independente.<br />
PEÇAS ADAPTÁVEIS<br />
Peças sucedâneas especialmente concebi<strong>das</strong><br />
para o mercado da reposição. O caderno de<br />
encargos deste tipo de peças é definido pelo<br />
próprio fabricante.<br />
PEÇAS RENOVADAS<br />
PEÇAS SEMI-NOVAS<br />
Peças de montagem recondiciona<strong>das</strong> com<br />
troca sistemática dos componentes gastos por<br />
componentes de origem ou equivalentes aos de<br />
origem. Estas peças são monta<strong>das</strong> e controla<strong>das</strong><br />
segundo os mesmos critérios <strong>das</strong> peças de origem.<br />
PEÇAS RENOVADAS ADAPTÁVEIS<br />
Peças recondiciona<strong>das</strong> com substituição<br />
dos componentes gastos por componentes<br />
equivalentes aos de origem ou adaptáveis.<br />
Peças recondiciona<strong>das</strong> com peças equivalentes<br />
às de origem ou adaptáveis.<br />
PEÇAS REPARADAS<br />
Peças repara<strong>das</strong> com substituição de<br />
componentes defeituosos, mas sem troca<br />
sistemática <strong>das</strong> peças usa<strong>das</strong>. Peças repara<strong>das</strong><br />
com peças de origem, peças de qualidade<br />
equivalente ou adaptáveis.<br />
PEÇAS REUTILIZÁVEIS<br />
PEÇAS REUTILIZÁVEIS<br />
Peças reutiliza<strong>das</strong> no mesmo estado em que<br />
foram recupera<strong>das</strong> a partir de outro veículo.<br />
Peças recupera<strong>das</strong> ou de ocasião, obti<strong>das</strong> a<br />
partir de veículos acidentados ou destinados ao<br />
desmantelamento.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro 2022 75
NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />
repintura<br />
DRIVUS OFERECE SERVIÇO DE CONSULTORIA PERSONALIZADO<br />
BODYSHOP OPTIMIZER<br />
A<br />
Bodyshop Optimizer é a mais recente oferta<br />
da Drivus, uma marca da Axalta, que presta<br />
serviços empresariais ao mercado de repintura<br />
automóvel na Europa, Médio Oriente e África<br />
(EMEA). Este novo serviço de consultoria personalizado<br />
centra-se nas finanças <strong>das</strong> oficinas e visa impulsionar<br />
os lucros <strong>das</strong> oficinas de repintura automóvel.<br />
“A Axalta oferece muito mais do que tintas.<br />
A Bodyshop Optimizer é um serviço de apoio ao<br />
cliente completo. Os especialistas da Drivus têm os<br />
conhecimentos mais atualizados sobre a indústria<br />
e evoluções do mercado proporcionados através da<br />
monitorização de tendências no mercado de repintura,”<br />
afirmou Babak Tehrani, diretor do negócio de<br />
Repintura da Axalta na região EMEA.<br />
Os especialistas da Drivus, que trabalham em estreita<br />
colaboração com as oficinas, avaliam o desempenho<br />
<strong>das</strong> oficinas através de reuniões de consultoria presenciais<br />
periódicas e frequentes online, utilizando<br />
dados e indicadores-chave de desempenho (ICD)<br />
fornecidos pela ferramenta baseada na Web, Drivus<br />
Bodyshop Cockpit. Os especialistas identificam áreas<br />
que podem ser melhora<strong>das</strong> para aumentar a rentabilidade<br />
<strong>das</strong> oficinas centrando-se em dados financeiros<br />
importantes, incluindo taxas horárias e análise de<br />
lucros e prejuízos.<br />
Os ICD relacionados com lucros e prejuízos são comparados<br />
com os padrões da indústria e os objetivos<br />
pré-definidos para os clientes para que seja elaborado<br />
um plano de melhoria personalizado.<br />
“Com a Bodyshop Optimizer, os clientes recebem<br />
informações sobre os aspetos financeiros relevantes<br />
dos respetivos negócios que lhes permite analisar e<br />
otimizar o desempenho de forma contínua ao longo<br />
do tempo,” declarou Babak Tehrani.<br />
“O nosso objetivo é ajudar as oficinas a criar melhores<br />
negócios e permitir-lhes não só aproveitar as melhorias<br />
no presente, como também planear para o futuro”,<br />
acrescenta.<br />
76 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
AGILIZA PROCESSO DE REPARAÇÃO DE PLÁSTICOS<br />
Spies Hecker | A empresa está a ajudar as oficinas a agilizar o processo de reparação de<br />
peças de plástico com a adição do aditivo para plásticos Permasolid Speed-TEC 9260 ao seu<br />
portfólio Speed-TEC. Este novo aditivo com aplicação direta em peças de plástico foi desenvolvido<br />
para ser misturado com Permasolid Speed -TEC HS Speed Surfacer 5500 e o Permasolid Speed-TEC<br />
HS Wet-on-Wet Speed Surfacer 5550. O processo de reparação <strong>das</strong> peças de plástico é agilizado<br />
ainda mais, uma vez que o aditivo pode ser facilmente misturado em to<strong>das</strong> as cores, desde branco<br />
puro até preto, o que significa que existe uma cor adequada para to<strong>das</strong> as reparações de cores.<br />
Kevin Welling, Training Academy Manager na Axalta no Reino Unido e na Irlanda, afirmou, “A Spies<br />
Hecker está ciente de que a rapidez é essencial para as oficinas de hoje em dia que têm um grande<br />
volume de trabalho. O novo aditivo de aplicação direta em peças de plástico é a solução ideal para<br />
aumentar a produtividade com um processo com menos passos na reparação de peças de plástico.”<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
Nós damos uma mãozinha<br />
Não fazemos<br />
manutenção automóvel,<br />
mas fazemos a manutenção<br />
da sua terminologia!<br />
CY<br />
INFRAVERMELHO CRS-4C<br />
Car repair System | O modelo infravermelho de onda curta CRS - 4C é adequado para a<br />
secagem de produtos bicomponentes utilizados na reparação automóvel. Este infravermelho é extremamente<br />
flexível e fácil de mover. Equipado com Temporizador eletrónico que regula a temperatura<br />
e o tempo de secagem este infravermelho tem as seguintes características: Profundidade de<br />
penetração; Regulação da altura: de 40 cm até 200 cm; Tempo de secagem e consumo de energia<br />
reduzidos; Máxima adaptabilidade e rentabilidade de utilização; O corpo de cada um dos painéis<br />
pode ser regulado em diferentes ângulos; 4 cassetes que podem ser controlados separadamente,<br />
podendo secar um ou mais elementos ao mesmo tempo.<br />
NOVA APOSTA NOS ADITIVOS PARA PLÁSTICOS<br />
Cromax | anunciou a introdução do novo aditivo para plásticos AZ9700 Ultra Performance que<br />
visa melhorar a eficácia da gama de Aparelhos Ultra Performance Energy PS1081-PS1084-PS1087 e<br />
NS2081-NS2084-NS2087 molhado sobre molhado. O AZ9700 Ultra Performance pode ser aplicado<br />
diretamente na superfície e tem a flexibilidade e as propriedades de aderência necessárias para<br />
a pintura <strong>das</strong> peças de plástico habituais do exterior dos veículos. Graças a este novo aditivo para<br />
aplicação direta em plástico, os Aparelhos Ultra Performance Energy<br />
PS1081-PS1084-PS1087 e NS2081-NS2084-NS2087 molhado<br />
sobre molhado requerem um processo com menos passos<br />
e menos produtos para a reparação de peças de plástico.<br />
Além disso, pode ser utilizado em todos os ValueShades,<br />
desde o branco puro ao preto. Com esta inovação<br />
tecnológica, o sistema Ultra Performance Energy<br />
System permite otimizar os fluxos de trabalho na<br />
reparação de substratos de plástico.<br />
CMY<br />
K<br />
PUB<br />
TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA<br />
Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />
relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />
profissionais especializados em várias áreas<br />
da indústria e uma tecnologia que nos permite<br />
criar projetos à medida de cada cliente.<br />
CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA<br />
Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />
as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />
uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong><br />
as repetições em novos projetos e baixar<br />
consideravelmente o valor final do documento,<br />
mantendo a terminilogia e o estilo<br />
de comunicação já existentes. Um programa<br />
criado a pensar em si!<br />
Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />
Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt
Gestão<br />
uma excelente forma de garantir que regressam à<br />
sua oficina. Todos sabemos que é melhor prevenir<br />
do que remediar, e muitas mulheres referem o medo<br />
do desconhecido como uma razão para evitar a ida<br />
à oficina, pelo que deve incentivar uma manutenção<br />
regular e verificações periódicas do estado do veículo,<br />
com um lembrete a indicar quando deve ocorrer<br />
a próxima manutenção. Caso tenham anotações no<br />
certificado de inspeção periódica, despenda algum<br />
tempo para perceber qual o respetivo orçamento e<br />
estilo de vida antes de aconselhar um plano de reparações<br />
e, caso tenha reparado uma avaria recentemente,<br />
um telefonema de seguimento uma semana<br />
depois para verificar se está tudo a funcionar bem<br />
irá demonstrar que se preocupa.<br />
CLIENTES SATISFEITOS<br />
COMO ATRAIR<br />
CLIENTES DO<br />
SEXO FEMININO<br />
TRADICIONALMENTE, O PÓS-VENDA AUTOMÓVEL FOI DOMINADO POR<br />
HOMENS, MAS ISTO ESTÁ A MUDAR E AGORA AS OFICINAS DEVEM<br />
FAZER O ESFORÇO DE ATRAIR CLIENTES DO SEXO FEMININO<br />
Mesmo nesta era moderna de feminismo e<br />
igualdade, a reparação automóvel continua<br />
a ser uma atividade dominada por homens,<br />
perseguida pelo estigma de ser sexista. Isto<br />
resultou numa enorme falta de confiança por parte<br />
<strong>das</strong> mulheres no que diz respeito à manutenção<br />
dos seus automóveis e, em muitos casos, evitam as<br />
oficinas até algo correr mal. Assim, é importante a<br />
oficina saber como pode atrair mais mulheres.<br />
Da perspetiva feminina, escolher uma oficina que<br />
cuide da segurança e fiabilidade dos seus automóveis<br />
não tem que ver apenas com uma questão de<br />
preço. As clientes femininas precisam de confiar nas<br />
pessoas, sentir que são bem-vin<strong>das</strong>, que são valoriza<strong>das</strong><br />
como clientes, e escusado será dizer que não<br />
querem, de forma alguma, ser trata<strong>das</strong> de modo<br />
condescendente.<br />
Dê conselhos claros sem utilizar<br />
LINGUAGEM téCNICA<br />
Não assuma que as mulheres não sabem nada sobre<br />
automóveis. Algumas sabem e não há nada pior do<br />
que serem subestima<strong>das</strong>. Porque nem todos os homens<br />
que entram pela sua porta entendem 100%<br />
daquilo que lhes diz, pelo que talvez seja melhor<br />
perguntar a todos os clientes se têm conhecimentos<br />
técnicos antes de se lançar numa explicação. Uma<br />
explicação escrita detalhada sobre o que detetou,<br />
incluída na folha de serviço ou anexada à fatura,<br />
também é útil. Podem não saber do que está a falar<br />
naquele momento, mas pelo menos podem ir pesquisar<br />
quando chegarem a casa.<br />
Mantenha o contacto<br />
Manter um contacto regular com os seus clientes é<br />
Limpe, limpe e VOLTE a limpar<br />
Desde a limpeza da receção e da sala de espera e,<br />
talvez mais importante, <strong>das</strong> casas de banho, os seus<br />
clientes irão apreciar um pequeno esforço extra em<br />
to<strong>das</strong> estas áreas. Se está a efetuar um serviço rápido<br />
ou referente a uma anotação no certificado de<br />
inspeção periódica, com o cliente a aguardar, neste<br />
caso é importante que as instalações estejam limpas<br />
e sejam confortáveis, especialmente se os clientes<br />
estiverem ali sentados durante uma hora ou duas.<br />
A mesma regra aplica-se ao pessoal da receção: um<br />
uniforme limpo demonstra que têm orgulho na sua<br />
aparência e indica que serão capazes de cuidar do<br />
veículo do cliente.<br />
Área de espera APROPRIADA para criançAS<br />
É importante que a sala de espera da sua oficina seja<br />
um espaço seguro para os filhos dos clientes. Durante<br />
o dia é provável que a idade destas crianças seja<br />
inferior a cinco anos, o que significa que os pequenos<br />
andarão a gatinhar pelo chão e necessitarão de<br />
entretenimento enquanto ali estiverem. Se parecer<br />
que o chão não vê um aspirador ou uma esfregona<br />
há meses, isso irá provocar um afastamento imediato<br />
por parte de pais exigentes. Uma pequena caixa<br />
de brinquedos ou uma simples mesa para brincar<br />
pode fazer toda a diferença para pais em dificuldades<br />
com uma criança impaciente.<br />
A importância de um bom café<br />
Não há qualquer desculpa para um mau café. Se a<br />
sua máquina de café ainda é <strong>das</strong> que serve bebi<strong>das</strong><br />
em pó agua<strong>das</strong> em copos de plástico triviais, está na<br />
hora de mudar. Servir um bom café de qualidade<br />
revela que se preocupa com a satisfação dos clientes.<br />
Não tem de provocar uma grande mossa nas suas<br />
receitas: existe no mercado uma vasta oferta de máquinas<br />
acessíveis de cápsulas, que irão proporcionar<br />
um excelente café, para exceder as expetativas dos<br />
seus clientes. l<br />
AS CLIENTES FEMININAS PRECISAM DE CONFIAR NAS PESSOAS, SENTIR<br />
QUE SÃO BEM-VINDAS, QUE SÃO VALORIZADAS COMO CLIENTES, E ESCUSADO<br />
SERÁ DIZER QUE NÃO QUEREM SER TRATADAS DE MODO CONDESCENDENTE<br />
78 Janeiro I 2022 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com